trabalho - evolução dos agregados macroeconômicos

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ENGENHARIA ECONÔMICA EVOLUÇÃO DOS AGREGADOS ECONÔMICOS Professor: Alexandre Assunção Lima NOMES: Erick Julio da silva Ricardo Esteves Felipe Augusto Saraiva Lopes Clever Milan 1

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Page 1: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

ENGENHARIA ECONÔMICA

EVOLUÇÃO DOS AGREGADOS ECONÔMICOS

Professor: Alexandre Assunção Lima

NOMES: Erick Julio da silva

Ricardo Esteves

Felipe Augusto Saraiva Lopes

Clever Milan

Belo HorizonteAbril / 2009

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Page 2: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

Belo HorizonteAbril / 2009

Participação dos agregados macroeconômicos

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Trabalho sobre Evolução dos Agregados Econômicos, a ser entregue ao professor: Alexandre Assunção Lima, da disciplina de ENGENHARIA ECONÔMICA na universidade FUMEC

Trabalho sobre Evolução dos Agregados Econômicos, a ser entregue ao professor: Alexandre Assunção Lima, da disciplina de ENGENHARIA ECONÔMICA na universidade FUMEC

Page 3: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

Agregados Macroeconômicos

I. Definições

Os principais agregados macroeconômicos são PRODUTO, RENDA, DESPESA.

I.1. PRODUTO - é a produção total de bens e serviços finais que são produzidos por uma sociedade num

determinado período.

I.2. RENDA - renda pessoal ou consumo das famílias - somatório das remunerações recebidas pelos proprietários

dos fatores de produção como retribuição pela utilização de seus serviços na atividade produtiva. Ex: salário, aluguéis,

juros, lucros;

I.2.1. RENDA PESSOA DISPONÍVEL (RPD) é a renda com que as famílias contam para poderem

consumir.

I.3. POUPANÇA (S) é parte RPD que não foi consumida.

I.4. RENDA(D) = C + S

W - salários - remuneração do fator de produção trabalho (comissões, honorários de profissionais liberais,

ordenados dos executivos, mesmo que não assalariados)

J - juros - remuneração do fator de produção capital

A - aluguéis - remuneração dos proprietários dos recursos naturais

L - lucros - remuneração do fator de produção capital

RENDA(D) = w + j + a + l

I.5. DESPESAS - é o total dos gastos efetuados pelos agentes econômicos na aquisição de bens e serviços

produzidos pela sociedade.

I.6. Investimento - refere-se às despesas voltadas para a ampliação da capacidade produtiva da economia. Ex.

construção de uma hidroelétrica, a construção ou ampliação de uma fábrica, a aquisição de novas máquinas e

equipamentos por uma firma, etc.

I.6.1 Investimento bruto é compra de bens de capital - somente produtos novos. Representam um

acréscimo ao estoque de capital da economia. (Bens de investimento é sinônimo de bens de capital.)

I.6.2 Variações positivas de Estoque são bens produzidos e não vendidos no período, para serem

vendidos no futuro. Por significarem um acréscimo ao patrimônio da sociedade tais variações são computadas

como investimentos.

Investimento Bruto (Ib) = Formação bruta de Capital fixo + Variação de Estoque

Ib = Fbkf + VarEst

Investimento bruto (-) depreciação (=) Investimento Líquido

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Page 4: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

Iliq=Ib - Dep

I.7. Depreciação - uma parte dos bens de capital em uso na economia poder sofrer desgastes física ou

obsolescência. Isso configurara um decréscimo no estoque de capital denominado depreciação.

Renda = consumo + poupança

R = C + S

Despesa = Consumo + investimento

D = C + I

Como renda = despesa = produto

C + I = C + S

I = S

PRODUTO = RENDA = DESPESA

Contabilidade Nacional

Produto = Produção - consumo intermediário

Produto = bens finais + serviços finais

Renda = fatores de produção = terra, capital (juros e lucros), e trabalho.

Produto = Renda

II. Terminologia:

II.1. Produto Líquido = Produto Bruto - Depreciação

II.2. Produto Interno = Produto Nacional - Renda Bruta Recebida do Exterior + Renda Bruta Enviada ao

Exterior Ou

II.3. Produto Interno = Produto Nacional - Renda Líquida Enviada ao Exterior, onde:

II.4. Renda Líquida Enviada ao Exterior = Renda Bruta Enviada ao Exterior - Renda Bruta Recebida do

Exterior

II.5. Produto a Custo de Fatores = Produto a Preços de Mercado - Impostos Indiretos + Subsídios

Em suma, o produto é classificado como (Líquido | Bruto), (Interno, Nacional) e (Custo de Fatores | Preços de Mercado).

III. Renda Nacional

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Page 5: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

Renda Nacional é a soma de todas as rendas recebidas pelos proprietários dos fatores de produção utilizados durante o

ano, ou seja, o custo dos fatores, salários e ordenados, juros, aluguéis, lucros mais as transferências do Governo para o

setor privado (subsídios e pensões). Para obter a renda nacional é necessário fazer 3 ajustes no PIB:

1. Subtraímos do PIB a renda líquida obtida pelas empresas multinacionais estrangeiras e que é enviada ao

exterior. Para obter este valor somamos ao PIB qualquer renda obtida no exterior por empresas ou residentes

desse país e subtraímos qualquer renda obtida no próprio país por empresas ou residentes estrangeiros (PNB).

2. Subtraímos a depreciação do PNB

3. Subtraímos os impostos indiretos (que incidem sobre as vendas). Assim, em um modelo completo da

economia, os conceitos convencionais dos agregados macroeconômicos são:

Equação da Demanda Agregada

Y = C + G + I + (X – M)

Onde:

Y = PIB

C = Despesas de consumo das famílias

G = Despesas de consumo final da administração publica

I = Formação bruta de capital

X = Exportações

M = Importações

X – M = Balança comercial

IV. Despesas de consumo das famílias - C

O Consumo final efetivo das famílias é a despesa de consumo das famílias mais o consumo realizado por transferências

sociais em espécie das unidades das administrações públicas ou das instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias.

Despesas de consumo final das famílias: Despesas com bens e serviços realizadas pelas famílias.

No Brasil, a participação das despesas de consumo das famílias no PIB – anos 2002 a 2008 – em milhões de Reais – foi

de:

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008PIB 1.477.822 1.699.948 1.941.498 2.147.239 2.369.797 2.597.611 2.889.719

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Page 6: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

CONSUMO DAS FAMILIAS 912.058 1.052.759 1.160.611 1.294.230 1.428.906 1.579.616 1.753.414

Verifica-se que o consumo final das famílias saltou de 912.058 milhões de reais que em 2002 representava 61,71% do PIB

nacional para 1.753.414 milhões que em 2008 representaram 60,68% do PIB, demonstrando assim que, embora o

percentual deste agregado em relação ao PIB nacional tenha se mantido, ao longo do período analisado, houve um visível

acréscimo na renda das famílias, que aproxima-se de 13% em relação de 2002/2003, 21,42% em relação 2002/2004,

29,53% em 2002/2005, 36,17% em 2002/2006, 42,26% em 2002/2007 e finalizando quase 48% em relação a 2002/2008

considerando o aumento de 912,058 para 1.753,414.

Despesas de consumo das famílias 2002 a 2008

O IBGE divulga o PIB dos 5.560 municípios existentes em 2002, quando o PIB brasileiro era de R$ 1,3 trilhão, e revela que

nove municípios respondiam por um quarto dessa renda. Em relação ao PIB per capita, o setor petrolífero foi o principal

responsável pela elevação dos municípios aos primeiros lugares.

Naquele ano, metade do PIB (Produto Interno Bruto) nacional estava concentrado em apenas 1,3% dos municípios

brasileiros (70 de um total considerado de 5.560), onde morava um terço (33,3%) da população. Nove municípios sozinhos

_seis deles localizados na região Sudeste_ respondiam naquele ano por um quarto (25%) de todos os bens e serviços

produzidos no país. Nelas viviam somente 15,2% dos brasileiros.

Em 2007 o consumo das famílias apurou alta de 5,7% no segundo trimestre na comparação com o mesmo

período do ano anterior e apresentou leve desaceleração em relação ao trimestre anterior (6,0%). Segundo técnicos do

IBGE a ligeira perda de fôlego se deveu ao movimento da massa salarial, que passou de 7,0% no primeiro trimestre para

5,2% no segundo trimestre.

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Page 7: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

Para os técnicos o padrão consumo das famílias, que segue uma trajetória de alta por 15 meses consecutivos, não se

alterou. Além do aumento da massa salarial, as operações de crédito para pessoas físicas também elevou-se em 26,5%

em termos nominais. Já a despesa de consumo com a administração pública subiu 3,9%.

Em relação ao primeiro trimestre de 2007, o consumo das famílias subiu 1,5%. No ano, a taxa acumulada chegou a 5,9%.

SÃO PAULO, 10 de junho de 2008 - O consumo das famílias brasileiras já começa a dar sinais de

enfraquecimento, de acordo com dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE). Dentre os componentes da demanda interna, a Despesa de Consumo das Famílias cresceu

6,6% no primeiro trimestre deste ano, o décimo oitavo crescimento consecutivo na taxa trimestral em relação ao mesmo

trimestre do ano anterior, favorecida pela elevação da massa salarial real dos trabalhadores e pelo crescimento, em termos

nominais, do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas. A taxa ficou

um pouco abaixo das previsões do mercado, que apostava em um aumento em torno de 7,3% (média).

V. Despesas de consumo final da administração publica - G

Despesas de consumo final das administrações públicas: Serviços individuais e coletivos prestados gratuitamente, total ou

parcialmente, pelas três esferas de governo (federal, estadual e municipal), deduzindo-se os pagamentos parciais

(entradas de museus, matrículas etc.) efetuados pelas famílias. São valorados ao custo de sua produção.

  2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008PIB 1.477.822 1.699.948 1.941.498 2.147.239 2.369.797 2.597.611 2.889.719

CONSUMO DO GOVERNO

304.044 329.596 373.284 427.553 474.773 517.287 584.408

Quanto às despesas de consumo final da administração publica, essas saltaram de 304.044 milhões de reais que em 2002

significavam 20,57% do PIB nacional, para 584.408 milhões de reais em 2008, equivalentes a 20,22% do PIB daquele

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Page 8: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

ano. Assim conclui-se que houve uma pequena redução, quase que imperceptível, dos serviços prestados pelas três

esferas de governo no período em estudo. Tal redução pode ser, também, reflexo das privatizações efetivadas neste

período.

Despesas de consumo final da administração publica de 2002 a 2008

Em 2002 o setor Serviços estava concentrado principalmente nas capitais; apenas duas delas, São Paulo e Rio de Janeiro,

concentravam mais de 20% do total de serviços no País.

O cálculo do PIB dos municípios foi realizado, naquele ano, integralmente pelos organismos estaduais, exceto no caso de

Tocantins, cabendo ao IBGE coordenar as discussões metodológicas, treinar as equipes técnicas e acompanhar os

trabalhos.

Uma análise da economia dos dez municípios brasileiros com maior PIB per capita em 2002 revelou que o setor petrolífero

era o principal responsável pela elevada produção. O PIB per capita é o quociente entre o valor do PIB municipal e a

população residente de cada cidade, tomando como referência a data de primeiro de julho de cada ano. É importante

ressaltar, porém, que nem toda renda produzida dentro do município é efetivamente apropriada pela população residente.

A concentração dos serviços nas capitais já era alta, chegando a 39% do valor total de Serviços em 2002. Dos 41

municípios que representavam 50% do total de Serviços no País, 17 deles eram capitais. Como o peso dos serviços, no

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Page 9: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

total do PIB, era de 54%, a distribuição dos municípios das capitais em relação ao PIB era semelhante à sua participação

no valor total dos serviços. A única exceção era Manaus, um município essencialmente industrial.

Apenas duas capitais - Rio de Janeiro e São Paulo - concentraram, em 2002, cerca de 20% do total dos Serviços. Com o

Distrito Federal, chegou-se a 25,7% dos Serviços no País.

Já em 2008, a Despesa de Consumo da Administração Pública avançou 5,8% no primeiro trimestre contra o mesmo

período de 2007. A Formação Bruta de Capital Fixo registrou crescimento de 15,2%, explicado, principalmente, pelo

aumento da produção e da importação de máquinas e equipamentos. Ainda nesse trimestre, a aceleração do crescimento

da Construção Civil foi destaque e contribuiu para o desempenho positivo da Formação Bruta de Capital Fixo.

VI. Formação bruta de capital - I

Formação bruta de capital fixo: Acréscimos ao estoque de bens duráveis destinados ao uso das unidades produtivas,

realizados em cada ano, visando ao aumento da capacidade produtiva do País.

  2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008PIB 1.477.822 1.699.948 1.941.498 2.147.239 2.369.797 2.597.611 2.889.719

Formação Bruta de capital Fixo

242.162 259.714 321.516 342.237 389.328 455.213 548.75

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Page 10: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

Formação bruta de capital de 2002 a 2008

Os acréscimos de bens duráveis ocorridos no ano de 2002 foram de 242.162 milhões de reais representando 16,39% do

PIB daquele ano, mas evoluíram sensivelmente para 18,99% do PIB de 2008 no valor de 548.75 milhões de reais.

Em economia se demonstra que há uma relação direta entre o nível de investimentos (formação bruta de capital fixo -

FBKF) de um país e o ritmo de crescimento de seu PIB. Pode-se entender essa relação matemática de forma intuitiva: é só

com o aumento da capacidade produtiva (mais fábricas, mais geração de energia, mais empregos) que se consegue obter

um aumento sustentável na renda de um país.

Quando a capacidade produtiva de um país está sendo subutilizada, pode-se obter - mediante medidas governamentais de

estímulo - por curtos períodos de tempo, um crescimento causado por uma melhor utilização da capacidade produtiva já

existente. Mas esse crescimento de curto prazo, apelidado de vôo de galinha, não se sustenta se não for acompanhado,

simultaneamente, por novos investimentos na produção.

Um dos países que mais tem crescido nas últimas décadas, de forma sustentada e é sempre olhado com inveja pelos

demais, é a China, que manteve uma taxa de crescimento médio de seu PIB de 11,45% a.a. entre 1991 e 2003. No mesmo

período o Mundo cresceu, em média, 4,41% a.a. e o Brasil apenas 1,98% a.a.

Uma rápida análise dos dados macroeconomicos na China nos explica o por quê desse forte e contínuo crescimento: a

taxa de investimento (FBKF- formação bruta de capital fixo) na China foi acima de 28%, em média, nos anos 80 - e desde

então tem aumentado ainda mais, atingindo patamares acima dos 40% nos anos 2002 e 2003.

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Page 11: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

A comparação com o Brasil deixa evidente o por quê do Brasil não crescer como a China: Em 2007 IBGE recalculou as

seguintes taxas de investimento no Brasil: em 2005 foi de 16,3% do PIB. Em 2004, 16,1%. Em 2003, 15,3%. Em 2002,

16,4%. Em 2001, 17% e em 2000 16,8%, quase e metade das taxas chinesas.

O comportamento da taxa de poupança da China revela comportamento similar à da taxa de investimento (FBKF) no

período de 1980 a 2003, saindo de uma média de 35% nos anos 80 para um patamar acima dos 40% na década de 90 e

início do novo século. Portanto, aumentar o ritmo de crescimento do PIB brasileiro - que já foi dos maiores do Mundo, até

1980, e desde então é dos menores.

VII. Exportações - X

Exportação de bens e serviços: Bens e serviços exportados avaliados a preços FOB, ou seja, incluindo somente o custo de

comercialização interna até o porto de saída das mercadorias.

  2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008PIB 1.477.822 1.699.948 1.941.498 2.147.239 2.369.797 2.597.611 2.889.719

EXPORTAÇÕES 208.323 254.770 318.892 324.842 340.457 355.399 414.257

As exportações brasileiras no ano de 2002 foram equivalentes a 14,07% do PIB naquele ano, cresceram em valor

atingindo 414.257 milhões de reais em 2008 mas em termos percentuais sofreram uma sensível redução na participação

do PIB nacional que caiu para 13,68% no ano de 2007 subindo novamente em 2008 atingindo 14,34% do PIB.

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Page 12: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

Exportações de 2002 a 2008

No ano de 2002, as importações atingiram US$ 47.216 milhões FOB, o que representou uma queda de 14,98% ante 2001.

A redução das importações foi conseqüência da lenta recuperação da atividade industrial, da substituição de importações e

da depreciação cambial.

No tocante ao desempenho das exportações, comparativamente a 2001, destacaram-se os aumentos das compras da

Índia (129,80%), Canadá (38,06%), China (32,13%), México (25,49%), Coréia do Sul (15,04%), Rússia (13,40%) e Estados

Unidos (7,95%), que produziram acréscimos nas exportações de petróleo (134,63%), produtos semimanufaturados de ferro

ou aços não ligados (39,96%), óleo de soja (53,76%), suco de frutas (24,45%) e aparelhos transmissores (emissores) p/

radiotelefonia (10,23%), entre outros produtos.

De outra parte, três fatores impediram um melhor desempenho das exportações: as crises da Argentina e da Venezuela

(houve queda de 53,32% nas exportações para a Argentina e de 27,47% nas vendas para a Venezuela), a retração de

importantes mercados da União Européia para produtos brasileiros (as exportações para a França caíram 7,64%,

respectivamente), e o protecionismo dos países desenvolvidos (dos Estados Unidos, principalmente).

Em 2007 a balança comercial brasileira (exportações menos importações) fechou o ano com superávit de US$ 40 bilhões.

O resultado foi 13,8% menor do que o superávit de 2006, que foi de US$ 46,4 bilhões. As exportações chegaram a US$

160,6 bilhões e as importações totalizaram US$ 120,6 bilhões. Apesar do superávit menor do que o do ano anterior, em

2007 as exportações apresentaram um crescimento de 16,6% em relação a 2006 e as importações, de 32%.

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Page 13: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

Em 2008 Pelo lado da demanda externa, as Exportações de Bens e Serviços que vinham com taxas positivas desde o

terceiro trimestre de 2006, registraram uma queda de 2,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. As

Importações de Bens e Serviços também apresentaram mais uma vez elevação nesta comparação, da ordem de 18,9%, o

décimo oitavo crescimento seguido desde o quarto trimestre de 2003.

VIII. Importações - M

Importação de bens e serviços: Bens e serviços adquiridos pelo Brasil do resto do mundo, valorados a preços CIF, ou seja,

incluindo no preço das mercadorias os custos com seguro e frete.

  2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008PIB 1.477.822 1.699.948 1.941.498 2.147.239 2.369.797 2.597.611 2.889.719

IMPORTAÇÃO (-)

185.954 205.272 243.622 247.362 271.679 315.362 409.427

As importações, no período em estudo, embora tenham crescido em valores, passando de 185.954 milhões de reais em

2002 para 409.427 milhões de reais em 2008, quase não houve acréscimo o seu percentual relativamente ao PIB que era

de 12,58% em 2002 caindo ligeiramente para 12,34% em 2007, o que demonstra uma estabilidade quanto à dependência

externa, o que pode ser, também, reflexo do aumento da independência de petróleo e seus derivados de origem

estrangeira. Merece destaque o fato de que 2005 foi o ano de menor influencia deste item – importações – na balança

comercial e, consequentemente, no PIB nacional (11,52%). Em 2008 houve um crescimento passando para 14,17% do

PIB.

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Page 14: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

Importações de 2002 a 2008

O resultado das exportações, em 2002, que registraram recorde histórico de mais de US$ 60 bilhões, crescimento de 3,7%

sobre 2001, deve ser visto como bastante positivo se considerarmos dois fatores importantes: a crise Argentina, que

redundou na diminuição de US$ 2,6 bilhões nas vendas brasileiras e o baixo desempenho do comércio mundial, com efeito

negativo sobre os preços dos produtos no mercado internacional.

Em 2002, o índice de preços das exportações brasileiras registrou queda de 4,1%, enquanto o quantum apresentou

crescimento de 8,0%, resultado da competitividade dos produtos brasileiros, não só pela trajetória favorável da taxa de

câmbio, como pelo resultado dos investimentos realizados nos últimos anos pelo setor produtivo.

Em 2007 o Brasil importou US$ 10.595 milhões FOB em dezembro de 2007 contra US$ 7.211 milhões FOB em dezembro

de 2006, o que representou um aumento de 46,93%. No ano de 2007, as importações atingiram US$ 120.507 milhões, isto

é, um acréscimo de 31,95% em relação ao mesmo período do ano anterior. Tal expansão pode ser atribuída ao

crescimento da indústria de bens de consumo durável (incentivado pelas exportações); à sobrevalorização da taxa de

câmbio; ao baixo nível da alíquota média do imposto de importação recolhido; e ao financiamento externo.

Em 2008 o nível de exportações e importações brasileiras em julho foi recorde. Foram registradas vendas ao exterior de US$ 20,453 bilhões e compras de US$ 17,149 bilhões no mês passado.

Somando-se os dois valores, de importação e exportação, o que dá US$ 37,602 bilhões (a chamada corrente de comércio), o país também teve recorde histórico.

A média diária de exportações em julho foi de US$ 889,3 milhões e superou o resultado de junho em 0,4% e o de julho de 2007 em 38,6%, enquanto a média diária de importações ficou em US$ 745,6 milhões, representando um recuo de 1,4% sobre junho deste ano e crescimento de 52,2% sobre julho do ano passado.

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Page 15: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

Apenas na quinta e última semana de julho, contabilizada entre os dias 28 e 31, o saldo da balança comercial ficou negativo em US$ 123 milhões, resultante de US$ 3,178 bilhões exportados e US$ 3,301 bilhões importados.

Saldo acumuladoCom este resultado, a balança comercial do país acumula superávit de US$ 14,653 bilhões nos primeiros sete meses do ano. A média diária atingiu saldo positivo de US$ 100,4 milhões, mas ficou 38,7% abaixo da média diária de US$ 163,8 milhões registrada em igual período de 2007.

De janeiro a julho de 2008, foram registradas exportações de US$ 111,098 bilhões, com média diária de US$ 760,9 milhões, superior em 27,2% ao desempenho médio diário do mesmo período de 2007, que foi de US$ 598,2 milhões.

Na mesma comparação de períodos, observou-se um crescimento de 52,1% nas importações brasileiras, para US$ 96,445 bilhões. A média diária totalizou US$ 660,6 milhões, contra US$ 434,3 milhões apurados nos primeiros sete meses de 2007.

Fonte: http://economia.uol.com.br/ultnot/2008/08/01/ult4294u1583.jhtm

IX. Saldo da balança comercial (X – M)

O saldo da balança comercial, facilmente compreendido como sendo a diferença entre as exportações e as importações de

bens e serviços, reflete, diretamente, a performance de nossa capacidade produtiva, da competitividade de nossos bens e

serviços em relação ao mercado internacional, bem como a saúde de nossas transações.

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008EXPORTAÇÕES 208.323 254.770 318.892 324.842 340.457 355.399 414.257IMPORTAÇÃO (-)

185.954 205.272 243.622 247.362 271.679 315.362 409.427

Em todo o período em estudo a balança comercial manteve-se positiva, ou seja, nossas exportações superaram as

importações em percentuais que foram de 10,74% no ano de 2002 caindo para 1,17% no ano de 2008.

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Page 16: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

Saldo da balança comercial de 2002 a 2008

No mês de dezembro de 2002, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1.799 milhões, isto é, 2,16 vezes

maior do que o saldo de dezembro de 2001. Alcançou um saldo positivo de US$ 13.233 milhões. A diminuição das

importações num ritmo superior ao das exportações explica esse resultado.

Houve substituição de importações: a produção física do setor industrial cresceu, enquanto decresceu a importação de

insumos para o setor. Tratando-se de insumos, por exemplo, houve substituição das importações de petróleo: a produção

doméstica de petróleo atingiu a produção média de 1.754 milhão de barris de óleo equivalente por dia, representando um

crescimento de 12% em relação a 2001. Por isso, o conjunto das importações de petróleo e de seus derivados decresceu

11,99% em valor FOB.

Já em 2007 a balança comercial brasileira apresentou um superávit de US$ 40,039 bilhões, resultante de exportações de

US$ 160,649 bilhões (média diária de US$ 642,6 milhões) e importações de US$ 120,610 bilhões (média diária de US$

482,4 milhões). Este resultado foi 13,8% menor do que o superávit de US$ 46,456 bilhões de 2006. As exportações de

2007 apresentaram um crescimento de 16,6% em relação aos US$ 137,807 bilhões exportados em 2006. Já as

importações de 2007 cresceram 32% em relação aos US$ 91,351 bilhões registrados no ano anterior. A corrente de

comércio (exportações + importações) totalizou US$ 281,259 bilhões, valor recorde histórico para o período e 22,2% maior

que o registrado em 2006.

A balança comercial brasileira iniciou o ano de 2008 com um superávit de US$ 70 milhões, registrado entre os dias 1 e 6 de janeiro, fruto de exportações em US$ 1,49 bilhão e de importações em US$ 1,42 bilhão. O resultado é inferior ao registrado na primeira semana do ano de 2007, quando o superávit da balança comercial somou US$ 617 milhões.

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Na comparação pela média diária, o superávit da balança comercial também apresentou queda em relação a janeiro de 2007. Na primeira semana deste ano, o superávit, por dia útil, somou US$ 23,3 milhões, bem abaixo dos US$ 114 milhões por dia útil registrados no primeiro mês do ano passado. Em todo o mês de janeiro de 2007, o superávit somou US$ 2,51 bilhões.

Fonte: http://www.administradores.com.br/noticias/balanca_comercial_inicia_2008_com_superavit_de_us_70_milhoes/13643/

X. Conclusão

Na comparação com o quarto trimestre de 2007, o PIB a preços de mercado apresentou elevação de 1,3%. O Valor

Adicionado a preços básicos apresentou um aumento de 1,0% e os Impostos sobre produtos teve uma elevação de 2,6%.

Dentre os setores que contribuem para a geração do Valor Adicionado, destacam-se os Serviços com uma taxa de

crescimento de 2,5%, em seguida a Agropecuária com acréscimo de 2,2% e a Indústria com queda de 2,1% na

comparação com o quarto trimestre de 2007.

A taxa da Agropecuária pode ser, em grande parte, explicada pelo desempenho de alguns produtos com crescimento na

quantidade produzida e que possuem safra relevante no trimestre, segundo o Levantamento Sistemático da Produção

Agrícola (LSPA-IBGE) de fevereiro. Esse é o caso, por exemplo, do trigo, da cana de açúcar e da laranja, com crescimento

de produção no ano de 2008 de 47,5%, 19,2% e 0,1%, respectivamente. Por outro lado, o fumo, cuja safra também é

significativa no período apresentou uma queda de produção da ordem de 6,9%. As estimativas para a pecuária e a

produção da silvicultura e da exploração florestal apontam para um fraco desempenho dessas atividades nesse trimestre.

No valor adicionado da atividade industrial, o destaque foi Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana com 3,2% de

aumento, explicado principalmente pelo consumo residencial de energia elétrica. A Construção Civil cresceu 2,1%, seguida

pela Extrativa Mineral que atingiu 0,2% de variação, em grande parte decorrente da queda de 18,9% na produção de

minérios ferrosos e crescimento de 6,3% na produção de petróleo e gás. O volume do valor adicionado da Indústria de

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Page 18: Trabalho - Evolução dos agregados macroeconômicos

Transformação registrou declínio de 4,9%, resultado influenciado pela queda na produção de automóveis, camionetas e

utilitários, máquinas e equipamentos, têxtil, produtos químicos, metalurgia e artigos de borracha e plástico.

O setor de Serviços cresceu 2,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Os maiores destaques foram

para Serviços de Informação (9,1%); Intermediação Financeira e Seguros (4,9%); Outros Serviços (4,1%); Administração,

Saúde e Educação Pública (3,1%) e Serviços Imobiliários e Aluguel (2,2%). Por outro lado, Transporte, Armazenagem e

Correio apresentou queda de 2,0% seguido pelo Comércio (atacadista e varejista) com declínio de 1,3%, influenciados pelo

desempenho da indústria. O melhor desempenho foi para o subsetor Serviços de Informação, com destaque para a

elevação da Telefonia Móvel seguida pelo desempenho positivo dos Serviços de informática e conexas. Intermediação

Financeira e Seguros teve o segundo maior desempenho dentre os subsetores de Serviços, refletindo o aumento de 32,7%

em termos nominais do total das operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres e direcionados1[1].

Dentre os componentes da demanda interna, o maior destaque foi o crescimento de 5,5% da Despesa de Consumo da

Administração Pública. A Formação Bruta de Capital Fixo variou 3,8% em razão da continuidade do aumento da

importação de máquinas e equipamentos, apesar da desaceleração na sua taxa de crescimento. Ressalte-se que a média

da taxa de juros efetiva Selic para o quarto trimestre de 2008 (13,7% ao ano) é superior se comparada às do 3º trimestre

(12,9%), 2º trimestre (11,7%) e 1º trimestre (11,2%). A Despesa de Consumo das Famílias alcançou a taxa positiva de

2,2%, o vigésimo primeiro crescimento consecutivo nessa comparação.

Pelo lado do setor externo, as Exportações de Bens e Serviços decresceram em 7,0%. As Importações de Bens e Serviços

também apresentaram mais uma vez elevação nesta comparação, da ordem de 7,6%, o vigésimo primeiro crescimento

seguido, desde o quarto trimestre de 2003. As principais quedas na pauta de exportação foram extrativa mineral,

metalurgia, material elétrico, produtos agrícolas, química, abate de animais, produtos de madeira, artigos de borracha,

calçados, refino de petróleo e petroquímicos e automóveis. Desde o primeiro trimestre de 2006 o crescimento das

Importações de Bens e Serviços supera o das Exportações de Bens e Serviços nessa base de comparação.

Um fato que chama atenção é quanto aos investimentos. Estes vinham crescendo a dois dígitos desde o segundo trimestre

de 2007 (13,4%), no terceiro trimestre de 2008 cresceu 19,7%, reduzindo para apenas 3,8% no quarto trimestre de 2008,

na comparação ao mesmo período de 2007. Não deixa de ser um alerta de que os empresários estão reduzindo seus

investimentos, preocupados com os rumos em que está caminhando a economia. Os números também revelaram que os

consumidores estão mais conservadores, o consumo das famílias recuou de 7,3% no terceiro trimestre de 2008 para 2,2%

no fechamento do último trimestre de 2008. Somente o consumo do governo não foi tão afetado nesse tipo de comparação,

passou de 6,4% no terceiro trimestre para 5,5% no último trimestre de 2008.

Na análise por setores, a indústria foi a que mais sofreu com a crise, reduzindo sua produção em 2,1% no último trimestre

de 2008. Isso ocorreu principalmente pela redução na demanda interna por máquinas e equipamentos e pela queda nas

exportações de produtos industriais. Por outro lado a agropecuária apresentou resultados positivos de 2,2%, ante 6,4% no

terceiro trimestre. Este baixo desempenho é reflexo da queda na demanda mundial pelas commodities agrícolas. Apenas

este número positivo de 2,2% do setor agrícola não foi suficiente para evitar o baixo crescimento do PIB do último

trimestre, de apenas 1,3%.

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A conclusão que estes números revelam é a certeza de que fomos atingidos pelos efeitos da crise internacional, que afetou

os números mais fortemente a partir de setembro de 2008, aconteceu em um momento muito bom, em que a economia

brasileira crescia ao ritmo de aproximadamente 7% ao ano.

 

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