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ECONÔMICA REGIONAL RELATÓRIO FINAL 2013 Anhanguera Educacional - Uniderp Adriana da Silva Santos RA Cristiana Fajoli RA Administração – Economia Nome do professor

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2013

Anhanguera Educacional - Uniderp

Adriana da Silva Santos RA

Cristiana Fajoli RA

Administrao Economia

Nome do professor

Anlise econmica regional

relatrio final

Hortolndia, 11 de Setembro de 2013.

1. IntroduoAinda se discute a verdadeira origem da pizza, dividem esse mrito osbabilnios,hebreuse egpcios. Contudo, foi na Itlia, mais exatamente em Npole, que esta se aperfeioou, tornando-se famosa pelo mundo.

Inicialmente, a pizza era um alimento de pessoas humildes, com o objetivo de saciar a classe mais pobre atravs de uma massa de trigo assada, com cobertura de toucinho, peixes e queijo.

O alimento chegou ao Brasil atravs dos imigrantes italianos e at 1950 era mais comum nas colnias italianas. Foi em So Paulo (no Brs) que as primeiras pizzas foram comercializadas e incorporadas ao gosto e cultura brasileira.Atualmente, no Brasil so consumidos em mdia 1,5 mi de pizzas por dia, sendo o estado de So Paulo responsvel por 53% do total. um alimento acessvel a todas as classes, capaz de servir uma famlia por um preo razovel. O estado de So Paulo tem cerca de 12mil pizzarias e o mercado cresce de 6 a 8% ao ano.

2. Anlise Econmica Regional Escolhido o nosso objeto de anlise, baseamos nossa pesquisa em textos, reportagens e principalmente numa entrevista realizada com o scio-proprietrio da Expresso Pizza, Wlamir Sacchi.

O mercado estudado abrange principalmente a Regio Norte de Campinas, tem como nico concorrente direto a pizzaria Pizza Nobre, situada na mesma rua; ambas apresentam um produto diferenciado, de maior custo. Estima-se que o potencial mercado consumidor seja de 200 mil clientes.

Os consumidores do produto escolhido so essencialmente das classes B, C e D. Verifica-se a predominncia de jovens adultos e casais em que ambos trabalham, trazendo uma estabilidade que os permite consumir um produto diferenciado, de maior preo. Com uma renda mensal que varia entre R$1500,00 a R$4500,00, calcula-se que essas famlias gastem, em mdia, R$100,00 por ms no consumo de pizzas.

Os meses de maior rentabilidade so, respectivamente, Julho, Janeiro, Dezembro e Agosto; o produto exclusivamente delivery e retirada no local, com predominncia de 70% para pedidos realizados por telefone. Em mdia so vendidas 9 mil pizzas desse padro na regio. Na Expresso Pizza, 40% das vendas correspondem pizza quadrada, produto inovador que potencializou suas vendas.Observou-se uma expanso do mercado e aumento no nmero de potenciais consumidores devido ao desenvolvimento ocorrido na regio, com a instalao de estabelecimentos comerciais, bancos, instituies de ensino e grandes condomnios residenciais. O crescimento econmico do Brasil possibilitou maior poder de aquisio. Inovao nos sabores, formatos e investimento em insumos de primeira qualidade tornaram o pblico mais fiel ao produto.

3. Custos de ProduoDefine-se Custo de Produo como a soma de insumos e servios necessrios ao processo produtivo de uma atividade, em certo perodo de tempos. Seguem-se alguns conceitos e os itens correspondentes pesquisa realizada em peridicos e, principalmente por meio de entrevista ao proprietrio.Despesa Fixa: tem durao superior ao ciclo de produo. Ex: aluguel, gua, luz, telefone, internet, salrios e encargos.

Despesa Varivel: diretamente proporcional s vendas. Ex. taxas de cartes, servios de banco e impostos.

Custo Direto Varivel: valor gasto diretamente com a aquisio da materia-prima e fabricao do produto. Ex. massa, tomate, queijo, azeitonas, cebola, embalagens, entre outros.

Receita: valor conseguido na venda do produto.Lucro: diferena entre a Receita e Custo+Despesas.Apesar do custo de produo ser elevado, verificamos que uma grande fatia do que o empresrio arrecada tem como destino os cofres pblicos.

A pizza vendida na capital do Estado de So Paulo foi considerada a mais cara quando comparada ao preo praticado em capitais como Nova York, Londres e Japo.

Em Campinas os preos praticados tem uma reduo de 40% em relao Capital.

4. Informaes MacroeconmicasRegio Metropolitana de Campinas

Formada por 19 municpios, apresenta-se como a segunda regio metropolitana mais rica e desenvolvida do estado de So Paulo, ficando atrs apenas da regio metropolitana da cidade de So Paulo. Apresenta desenvolvimento econmico elevado, com o PIB de R$ 90 bilhes (1,8% do PIB nacional) e PIB per capita de R$31.400.Sua economia, em constante crescimento, concentra empresas de alta tecnologia, indstria, montadoras de veculos e prestadoras de servios diversos. Destacam-se ainda: o Polo Txtil (regio de Americana, Santa Brbara, nova Odessa), Polo de Alta Tecnologia /CIATEC Companhia de Desenvolvimento do Polo de Alta Tecnologia de Campinas) e a maior refinaria de petrleo da Petrobras (REPLAN Paulnia). O setor de comercio e servios representado por centros comerciais, shoppings centers, grandes magazines e comercio popular, instensificando ainda mais a concentrao de renda na regio.O mercado de trabalho dinmico, apresenta muitas oportunidades em diversos seguimentos e mo-de-obra qualificada; assim sendo, sua taxa de desemprego se apresentou como a terceira mais baixa do pas, no primeiro semestre de 2013 (4,51%).

Podemos citar como fatores determinantes para o crecimento desta regio a facilidade de loteamento, malha rodoviria moderna, aeroporto internacional (Viracopos) e ferrovia. A presena instituies de ensino (tcnico e universitrio) tambm possibilita maior disponibilidade de mo-de-obra qualificada.

Dados Relevantes de Cidades da Regio

CampinasHortolndiaMonte MorSumar

N de Habitantes1.080.113192.69248.949241.311

N de Hab. por gnero: Homens520.86597.43924.472119.863

N de Hab. Por gnero: Mulheres559.24895.25024.477121.448

PIBR$36.688.629.000R$6.226.404.000R$1.193.389.000R$7.848.049.000

PIB per capitaR$33.939,56R$32.391,23R$24.369R$32.505,56

Rendimento nominal mdio mensal por domiclioR$4.330,00R$2.339,00R$2.316,00R$2.681,00

IDH0,8050,7560,7730,762

Fonte: IBGECampinas

O PIB de Campinas o maior da Regio Metropolitana de Campinas (RMC). Em 2009 a cidade possua 44.496 empresas e estabelecimentos comerciais atuantes. A principal fonte econmica no setor tercirio (comrcio e prestao de servios); em seguida, destaca-se o setor secundrio, com complexos industriais de mdio e grande porte. A agricultura o setor menos relevante, ainda assim, Campinas possui criao de aves e lavoura (cana-de-acar, milho, tomate e caf). Campinas concentra cerca de um tero da produo industrial do estado de So Paulo, destacam-se as indstrias de alta tecnologia e parque metalrgico.

Alm de possuir diversos centros comerciais e shopings centers, Campinas tem na regio central uma grande concentrao de estabelecimentos comerciais populares. A cidade a principal do interior do pas no que diz respeito formalizao de microempreendedores individuais.

Atualmente, Campinas o terceiro maior plo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsvel por, pelo menos, 15% da produo cientfica nacional, como exemplos, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria(EMBRAPA) e o Instituto Agronmico de Campinas (IAC).

Hortolndia

O PIB de Hortolndia o quinto maior da RMC, 27 em todo o estado de So Paulo. De acordo com o IBGE, em 2010, a cidade possua 4.674 empresas e estabelecimentos comerciais atuantes.

No setor primrio, destaca-se a agricultura familiar, sendo uma das cidades da RMC que mais compra produtos de pequenos produtores. A insdstria o segundo setor mais relevante para a economia do municpio, formada por empresas de alta tecnologia, necessitando de mo-de-obra especializada. Em 2007, 45% da populao trabalhava no setor.

Fundada em 1991, Hortolndia se consolidou na RMC como uma cidade de grande desenvolvimento econmico. Algumas empresas instaladas no municpio so: IBM, Magneti Marelli, Wickbold, Dell e EMS.

O comrcio e servios locais so responsveis pela maior parte de empregos com carteira assinada. O Shopping de Hortolndia e estabelecimentos comerciais de grande porte impulsionam a economia local.

Sumar

A cidade se apresenta na posio 70 em relao ao PIB dos municpios de todo Brasil. Sumar apresenta caractersticas que a tornam insteressante para investimentos, tais como: proximidade do Aeroporto de Viracopos, ferrovia, sofisticada malha rodoviria e proximidade ao Plo Petroqumico de Paulnia.

A indstria a principal fonte de renda do municpio, destacando-se os ramos metalrgico, qumico, eltrico e txtil. Empresas de grande expresso esto instaladas no municpio, como Honda, 3M do Brasil, Villares, Adere, Amanco, Buckman, Wabco, Pastifcio Selmi, Pirelli, Sata Brasil, Quinta Roda, Flask, Desleeclama, Syngenta, Sherwin Williams, Schneider, Transitions Opticals, Sotreq, PPG.

O desenvolvimento industrial favoreceu o crescimento do comercio e prestao de servios. Sumar expandiu essencialmente a atividade comercial na dcada de 90, com a chegada de grandes magazines. As principais empresas comerciais e prestadoras de servio instaladas em Sumar so: Casas Bahia, Lojas Pernambucanas, Lojas Cem, Cybelar, Lojas Colombo, Magazine Luiza, Seller Magazine, Transportadora Mercrio, Transportadora NGD, Transportadora Nevalma, Transportadora Delzan, Quinta Roda, Sotrec, Tracbel, TA Logstica, Supermercados Good Bom, Paulisto e Pague Menos.

Monte Mor

A cidade, nmero 388 no ranking de PIB por municpios, possui sua economia baseada na indstria, que atrada pelos baixos preos de loteamentos, se instalou em grande nmero na regio. O crescimento populacional trouxe desenvolvimento nos setores de comercio e prestao de servios.

Na agricultura predominam: cana-de-acar, tomate, batata, feijo, milho, pimento, berinjela, abobrinha, arroz sequeiro, soja, sorgo, caf, alface, batata doce, milho verde, uva comum e figo de mesa. O municpio tambm se destaca na pecuria; Predomina o gado de corte com 15.000 cabeas. H produo de leite, de carne suna, frango de corte, ovos e equinos.

5. A importancia dos indicadores da economia para microempresarios.

Para o microempreendedor extremamente importante estar atento aos indicadores da economia para poder se antecipar ou se adequar a situaes menos favorveis.

A estabilidade na taxa de emprego apresentada pelo Brasil na ltima dcada diminui a mo-de-obra disponvel, o que eleva os salrios e, consequentemente, as despesas fixas da empresa; em contrapartida, quanto mais emprego, mais dinheiro circula pelo comrcio.

A redistribuio de renda e o aumento do poder de compra do consumidor impulsionaram o crescimento econmico, ao mesmo tempo, com a crise no exterior, o Real se valorizou e, infelizmente, os programas para potencializar a indstria (incentivos fiscais, estruturais, etc) e aumentar a produtividade no foram bem-secedidos; ou seja, aumentou o poder de compra, mas no houve disponibilidade de produtos/servios quando se quis consumir. O resultado desse impasse a inflao.

Uma vez que o produto estudado neste relatrio diz respeito ao ramo de comercio de alimentos, o nvel de inflao talvez o mais importante dado a ser acompanhado; a inflao atinge diretamente o preo dos insumos necessrios produo de pizzas, desta sendo, surge a necessidade de reavaliar os custos de produo, para decidir se esse valor vai ser retirado do lucro ou repassado para o cliente. O nosso produto foi reajustado devido a gastos de produo.

O IPCA (ndice de Preos ao Consumidor Amplo), medido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica), foi criado com o objetivo de oferecer a variao dos preos no comrcio para o pblico final. O IPCA considerado o ndice oficial de inflao do pas.

Para conter a inflao o Banco Central tem elevado a Selic (taxa bsica de juros). Essa medida afeta diretamente emprstimos e compras a prazo. Para o nosso setor, torna-se mais dispendioso qualquer investimento que no possa ser efetuado vista (reformas, aquisio de equipamentos, entre outros).

Em tempos, com juros reduzidos e medidas de reduo de impostos (IPI Imposto sobre Produto Industrializado), o Governo procurou aquecer o mercado incentivando a compra de veculos e a chamada linha branca; tais incentivos afetam diretemante o microempreendedor, que v o seu produto perdendo competitividade. Famlias que comprometem uma parte de sua renda com aquisio de bens acabam freando o consumo de suprfulos, como a pizza de valor mais elevado.

Outro fator a ser considerado a taxa de cmbio do dlar. Produtos importados so negociados nessa moeda, tais como a farinha e gros, chegando a afetar at mesmo o custo do principal ingrediente da pizza: o queijo. Tambm essencial acompanhar a evoluo do PIB para entender se o mercado est num estado crescente, estagnado ou decrescente, para planejar aes futuras.

Carga TributriaNo Brasil, a carga tributada elevada e ilgica, uma vez que se paga mais imposto pelo que se consome do que sobre a renda do cidado. Desta forma, proporcionalmente, o cidado de baixa renda paga mais ao Governo do que o mais favorecido. Esse parmetro prejudica fatalmente o microempresrio, pois vai pagar a maior carga de impostos na fase de produo, o que torna seu produdo mais caro e com menor porcentagem de lucro. Muitas vezes ainda se faz necessrio investir em segurana, porque o Governo, apesar dos impostos, no nos garante esse direto.

Calcula-se que, nos ltimos anos, a tributao sobre o consumo tenha sido em torno de 18% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto que a tributao sobre renda no ultrapassa os 8%. Com uma reforma tributria bem desenvolvida, a tributao deveria ser sobre a renda e patrimnio, o que tornaria o precesso mais justo, visto ser proporcional capacidade de cada cidado.

O dinheiro que o empresrio hoje paga em impostos, poderia ser utilizado para potencializar a sua atividade, modernizar a produo, contratar mais funcionrios e talvez at praticar um preo mais reduzido; todos esses fatores, em grande escala, so capazes de impulsionar as atividades de comrcio e servios.

Fonte: www.barrazine.com.br

Fonte: www.pedromigao.com.br

Fonte: www.pedromigao.com.br6. Referncias7 oportunidades de negcio para lucrar com a classe C. Disponvel em: . Acesso em: 15 maio 2013.A influncia da inflao e o aumento do consumo. Disponvel em: http://brasileconomico.ig.com.br/noticias/a-influencia-da-inflacao-e-o-aumento-do-consumo_133092.html. Acesso em: 03 Setembro 2013.Anlise do Mercado. Disponvel em: . Acesso em: 15 maio 2013.ANEXO: Lista de Municpios do Brasil por PIB. Disponvel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_munic%C3%ADpios_do_Brasil_por_PIB. Acesso em: 4 setembro 2013.As reas mais promissoras para abrir um negcio em 2011. Disponvel em:

. Acesso em: 15 maio 2013.

Campinas tem taxa de desemprego de 4,5%. Disponvel em: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/08/ig_paulista/86861-campinas-tem-taxa-de-desemprego-de-4-5.html. Acesso em: 4 setembro 2013.Carga Tributria: Impostos no Brasil so altos e mal distribudos. http://www.implicante.org/noticias/carga-tributaria-impostos-no-brasil-sao-altos-e-mal-distribuidos/. Acesso em: 03 Setembro 2013.

Classe Social. Disponvel em: . Acesso em: 5 setembro 2013.Como indicadores da economia afetam a sua empresa. Disponvel em: http://www.negociosparanegocios.com.br/sitenew/index.php?option=com_content&view=article&id=497:como-indicadores-da-economia-afetam-a-sua-empresa&catid=41:home. Acesso em: 03 Setembro 2013.

Consumo de pizza aumenta no interior paulista. Disponvel em: . Acesso em: 6 setembro 2013.

CUSTOS e formao de preo de venda - parte 2 de 4. Disponvel em: . Acesso em: 15 maio 2013.

CUSTOS e formao de preo de venda parte 3 de 4. Disponvel em: . Acesso em: 15 maio 2013.

Dia da Pizza: Reinveno do negcio mantm consumo em alta. Disponvel em:

. Acesso em: 4 setembro 2013.DUARTE, APW. Apurao dos custos de produo de pizzas e comparativo entre entrega prpria e terceirizada. IFES SC. 2009

Entenda o que o IPCA. Disponvel em: http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2007/09/14/entenda-o-que-e-o-ipca.htm. Acesso em: 03 Setembro 2013.IBGE Cidades@. Disponvel em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/index.php. Acesso em: 4 setembro 2013.

Inflao oficial desacelera para 0,03% em Julho, mostra IBGE. http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/08/inflacao-oficial-fica-em-003-em-julho-mostra-ibge.html. Acesso em: 03 Setembro 2013.

Hortolndia. Disponvel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hortol%C3%A2ndia#Economia. Acesso em: 4 setembro 2013.

O que inflao e como ela afeta a sua vida. Disponvel em: http://mdemulher.abril.com.br/carreira-dinheiro/reportagem/orcamento-domestico/inflacao-como-ela-afeta-sua-vida-746320.shtml. Acesso em: 03 Setembro 2013.

Pesquisa traa perfil de empresas do Polo de Confeco. Disponvel em: . Acesso em: 15 maio 2013.

Pizza brasileira considerada uma das mais caras do mundo. Disponvel em: . Acesso em: 22 Agosto 2013.

Prefeirura de Monte Mor. Disponvel em: http://www.montemor.sp.gov.br/index.php/historia. Acesso em: 4 setembro 2013.

Prefeitura Municipal de Sumar. Disponvel em: http://www.sumaremais.com.br/novo/content.php?t=content&id=457&idm=21. Acesso em: 4 setembro 2013.

Regio Metropolitana de Campinas. Disponvel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Metropolitana_de_Campinas. Acesso em: 4 setembro 2013.

Saiba Mais sobre como administrar os custos de sua empresa. Disponvel em:

. Acesso em: 15 maio 2013.7. ANEXO 1- Anlise econmica de um produto - Entrevista

Entrevista realizada em Setembro de 2013 com Wlamir Sacchi, 42 anos, scio e proprietrio da Expresso Pizza.

A Expresso Pizza foi fundada em 1991 na Regio Norte de Campinas; hoje situada na Av. Jos Pancetti, tem 40mil clientes cadastrados, com uma mdia de 3500 pizzas vendidas por ms. Sua marca atinge cerca de 200mil pessoas e encontrou um nicho no mercado ao lanar a pizza quadrada.

Identificao

1. Qual seu ramo de negcios?

Alimentcio Pizzaria Delivery.

2. Est h quanto tempo no mercado?

A pizzaria inaugurou em 1991 e eu entrei como scio um ano depois.

3. Fez um estudo de viabilidade antes de iniciar a atividade?

O meu irmo (e scio) fez.

4. Quem so os seus consumidores?

Esto entre as classes B, C e D, principalmente a C. Geralmente jovens casais; ambos trabalham e, por isso, podem consumir um produto de melhor qualidade.

5. Quem so seus concorrentes?

Das pizzarias da regio, apenas a Pizza Nobre nossa concorrente, por causa dos preos e qualidade dos alimentos.

6. Qual a melhor poca do ano para vendas?

Respectivamente Julho, Janeiro, Dezembro e Agosto. Os meses de frias so muito bons, assim como os perodos de frio.Estudo do produto1. Quais so os custos de produo?

difcil citar todos, mas entre eles esto os relacionados produo da massa (farinha, azeite, fermento), os recheios (muarela, tomate, presunto, ovos, azeitonas, organo, atum, etc), as embalagens, pizzaiolos, atendentes, aluguel, gua, luz, telefone, internet, encargos, impostos, taxas.

2. Qual o custo mdio para a produo?

Em relao ao preo praticado, eu posso dizer que cerca de 40% tem a ver com aluguel, salrios, encargos, infraestrutura; 25% na produo direta do alimento (ingredientes, embalagem, etc), mais ou menos 7% de lucro e o restante so impostos e taxas, cerca de 30%.

3. Todas as pizzas tem a mesma margem de lucro?

Sim, aproximadamente.

4. Conhece o preo praticado pela concorrncia?

Na verdade a nossa pizzaria sempre se rene com a Pizza Nobre para estabelecer uma proximidade entre os preos.

5. Quanto se vende? Existe um ponto de equilbrio?

Em mdia 3.500 pizzas por ms e esse o meu ponto de equilbrio. Em alguns meses ultrapassamos, em outros no.

6. Existe desperdcio? Isso contabilizado para ajuste do preo final?

O desperdcio mnimo, mas contabilizado.

Mercado consumidor e a Poltica Econmica

1. Alterou a qualidade do seu produto?

O produto foi aprimorado ao longo dos anos. Quando mudamos para esta localizao (mais privilegiada), as vendas aumentaram muito e, logo em seguida diminuiram. Sentimos a necessidade de investir num forno que padronizasse o cozimento. Em 2006 tive a ideia de criar uma pizza quadrada, que hoje parte da nossa identidade, correspondendo a 40% dos pedidos. H cerca de 4 anos introduzimos a opo do Catupiry original. Foram mudanas que contribuiram para um crescimento de 80% nas vendas, nos ltimos 13 anos.

2. O crescimento econmico do Brasil afetou de alguma forma?

H mais dinheiro circulando, ento, de alguma forma, sim.

3. Em tempos de crise, voc observa/observou uma variao do mercado consumidor?

claro que em tempos de crise todo o comrcio sente, mas o perfil do nosso consumidor faz com que a gente no tenha um grande impacto.

4. Alguma dificuldade de manter funcionrios devido maior oferta de emprego no mercado?

Nada muito significante.

5. Crise nos EUA e Europa?

Diretamente acredito que no, o nosso pas cresceu nesse perodo, mas quando a crise geral, todos sentimos.

6. Ascenso da China tem alguma influncia na sua rea?

No.

7. A inflao, valorizao do dlar, o aumento da taxa de juros ou as medidas do Governo influenciaram seu lucro ou o preo final? Tais fatores afetaram de alguma outra forma?

A inflao teve o tomate como smbolo e apesar de comprar cerca de 150kg por semana, no teve um impacto to grande. O problema que a inflao, de maneira geral, torna todos os ingredientes mais caros e isso teve que ser repassado ao consumidor. Em relao ao dlar, o trigo aumentou e precisamos observar mais as opes de compra na hora de escolher a farinha.

Uma medida do Governo que afetou nossas vendas foi a reduo do IPI e diminuio da taxa de juros para aquisio de veculos; acredito que as famlias tenham comprometido parte importante da renda, diminuindo nossas vendas; quando se investe em algo maior, pensa-se um pouco mais antes de gastar R$50 reais em uma pizza.

8. Quando existe uma variao de custos, voc repassa aos consumidores?

Nem sempre possvel repassar todo aumento de custo, mas o preo tem que aumentar. O cliente no vai deixar de comprar Coca-Cola, mesmo que ela custe R$6, mas para a empresa faz diferena. A margem de lucro j pequena, ento o reajuste tem que acontecer.

9. Em que voc se baseia para o reajuste anual?

Este ano tive que fazer dois reajustes, ele acontece de acordo com a necessidade, no exatamente por causa de juros ou previses econmicas. Eu observo o mercado, os insumos que preciso adquirir e decidimos pelo aumento.

10. De que forma a carga tributria se apresenta como um obstculo?

A carga tributria um enorme obstculo. Eu poderia ter mais funcionrios, a minha empresa poderia crescer mais. Um tero da nossa receita vai para impostos, fora o que se paga de encargos trabalhistas; e se eu precisar readequar minha equipe, ainda pago 40% de multa. O Brasil no incentiva o microempresrio, ns sobrevivemos no limite. muita burocracia e um sistema de impostos mal estudado.

11. Acredita que uma reforma tributria teria um grande impacto no seu negcio? De que forma?

Eu poderia investir no meu negcio, contratar mais funcionrios, talvez um gerente para eu no precisar trabalhar todos os dias, o dia todo. Seriam muitas as possibilidades, mas eu no me importaria de continuar pagando esses mesmos impostos se houvesse um retorno justo para mim e minha famlia.

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