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ECE 2006/7 1 Economia do Comércio Electrónico Guiões desenvolvidos 2º semestre - 2006/2007 - Optativa G3 Jorge Rosario (resp.) ISEG – UTL

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ECE 2006/7 1

Economia do Comércio Electrónico

Guiões desenvolvidos2º semestre - 2006/2007 -

Optativa G3

Jorge Rosario (resp.)

ISEG – UTL

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ECE 2006/7 2

Preços afixados Preços personalizados

I. Introdução

Velha economia

Produtos padronizados Produtos diferenciados

Bens tangíveis Intangíveis

Oferta orienta processo Procura orienta processo

Nova Economia

Automação de processos Informação molda a organização

Cadeia de Valor lineares Redes colaborativas e inteligentes

Unidades orgânicas Ecossistemas de empresas

-Economia e Organização DigitalNovos mercados em redeAcesso global, imediato e permanenteOrganização em redeSistemas virtuaisInteractividade-MercadoEscolha dos consumidoresTransacções electrónicasOferta multimédiaModificação na intermediaçãoRedução dos custos de transacção - Produtos Personalização do conteúdoRedução dos custos marginais de reprodução e distribuição- TecnologiaNormalizaçãoDigitalização e miniaturização

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ECE 2006/7 3

A. Transformações estruturais e ambiente electrónico

Implicações sócio-económicas

Internet

Comércio (e negócio) electrónico Mudanças organizacionais, mercados

e modelos de negócio

Convergência das Telecomunicações, informática e média

Sociedade da informação,Organização em rede e Economia do conhecimento

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ECE 2006/7 4

I.A.1. Aspectos essenciais

• Relação espaço /tempo, função comunicação (McLuhan)

• Crescimento da interactividade na sociedade e na economia.

• Processamento e tratamento da informação; papel do conhecimento. 3ª Revolução da informação.

• Mercado digital: emergência de formas de intermediação e desaparecimento de outras.

• Acelerador de certas transformações; globalização, qualificações, trabalho, processos organizativos ...

• Estratégias em rede e novas formas de relacionamento, parcerias e concorrência (M.Castells).

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I.A.2.Efeitos na sociedade de informação

• Internet plataforma global de informação? • Aprendizagem interactiva com múltiplas origens e

formas.• Massificação do acesso e difusão do saber – WSIS -. • Trabalho mais abstracto. Realidade mediatizada (S.Zuboff)• Reorganização dos modelos de interactividade• Alteração das escalas de funcionamento das

organizações• Incerteza:

Muitos produtos não atingiram a maturidade Experimentação nas formas de relacionamento Insuficiências em algumas tarefas essenciais Enquadramento legal e comercial Dados e estudos fiáveis para avaliar e medir as consequências.

• Ex. trabalhadores em TI na G.B. => 20M. Utilizam, 4M. que exploram e aplicam, e 1,2M. especialistas.

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ECE 2006/7 6

I.A.3. Sistemas naturais, artificiais e virtuais

• Sistemas e leis naturais, necessidade vs. contingência e teleológica

• Ciência do natural e do artificial. Descritivo e normativo.

• Interfaces e objectos artificiais• Problema da concepção, simulação e

sistemas virtuais. A informática desenvolve sistemas virtuais cuja existência é possível ou seja é um estado potencial susceptível de concretização, baseado num projecto concreto, mediado por um interface, - um computador – e, eventualmente - suportado por uma rede fisica de suporte.

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ECE 2006/7 7

I.A.4. Digitalização e convergência• A digitalização (ou numeração) permite o

transporte , o armazenamento, a difusão e a colocação mais fácil dos conteúdos. A digitalização é a base da convergência tecnológica

• A Internet permitiu a combinação de serviços que anteriormente funcionavam em sistemas e mercados separados. A convergência de mercado e de infra-estrutura implica uma maior convergência na oferta (e nos operadores) e na procura de serviços de comunicação integrados.

• UMTS (Sistema Universal de Telecomunicações Moveis): Tecnologia de 3ª geração que alia telecomunicações móveis e banda larga, e permite transmitir voz, dados e multimédia a uma velocidade superior.

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ECE 2006/7 8

Digitalização e convergência

Tecnologias de Informação: computadores, programação,

interfaces

Produção de conteúdos: Texto, audio, video,

Base de dados

InteroperabilidadeTCP/IP, VoIP, IPv6, URL

difusão

Telecomunicações:Redes satélite, cabo, ADSL, sem fio e radiodifusão UMTS

Acesso WebLargura de banda

HTML, XML, GIF, JPEG,

MP3

Jorge
Jorge
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ECE 2006/7 9

I.B. Internet, a rede das redes

• Internet é uma rede de centenas de milhares de redes interconectadas com 3 niveis de operadores:• Network Service Providers (NSPs ou NAPs). Gere

os “backbones” (coluna vertebral) com as melhores tecnologias, banda larga para grandes distancias. Ex. EBONE na Europa, MCI, AT&T, PT

• Internet Service Providers (ISPs). Fornecem acesso às subredes locais, senhas, identificações, programas Ex. Telepac, Clix, AOL

• Utilizadores finais

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ECE 2006/7 10

I.B.1. Arquitectura da rede Internet

NSP

NSPNSP

NSP

ISP

ISPISP

ISP

ISP ISP

ISP

ISP

ISP

ISP

Backbone

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ECE 2006/7 11

Componentes de infrastrutura Internet

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ECE 2006/7 12

Normas multimediaGIF (Graphics Interchange Format) formato grafico e algoritmo de compressao mais usado para graficos simples.JPEG (Joint Photographics Experts Group) formato grafico e algoritmo de compressao mais usado para fotografias Normas de som incluem MP3, ficheiros sonoros codificados em formato de compressão MPEG (Moving Pictures Experts Group) formato norma para ficheiros audio e video.Streaming media. (fluxo continuo) Som e video pode ser experimentado num navegador web antes de descarregar todo o clip e.g. Real Networks.

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ECE 2006/7 13

I.B.2. Princípios básicos

• Primazia do utilizador final (end-to-end argument) nas decisões finais.

• IP sobre tudo: protocolo único entre redes e acima de qualquer tecnologia, que apenas define o modo de transferência de dados entre pontos. Mecanismo de comunicação entre plataformas heterogéneas e interoperabilidade entre computadores

• Conectividade e bem publico; externalidades positivas e negativas

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ECE 2006/7 14

I.B.3. Conectividade e estrutura

• Estrutura da rede- sistemas abertos onde cada nível tem funcionalidades

precisas

- comunicação através de protocolos entre nós do mesmo nível.

- os computadores na rede são chamados de nós (nodes). Computadores e aparelhos que afectam recursos numa rede são chamados de servidores.

Modelo de referência da International Organization for Standardization.

• Qualidade do serviço: (tempo de transito dos pacotes, nível de segurança, prioridade, custo,...)

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ECE 2006/7 15

I.B.3.a Modelo OSI (Open System Interconnection)

Físico

Ligação

Rede

Transporte

...Apresentação

Aplicação

Físico

Ligação

Rede

Transporte...

Apresentação

Aplicação

Protocolos - Internet

Inte

rfaces

Ethernet, PPP

IP, VoIP

TCP, UDP

DNS, HTTP, SMTP, FTP

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ECE 2006/7 16

Estrutura da rede: Princípios do modelo OSI

O nível físico representa os cabos e circuitos, os protocolos descrevem como os bits devem materializados nos computadores e sistemas de transmissão. O nível ligação descreve o modo agrupamento dos bits e sua transferência, reconhece e estabelece as sequencias. A rede implica a formação, controlo e entrega de pacotes e de fluxos. O transporte, que inclui o encaminhamento, gere a emissão, a recepção e o congestionamento das mensagens entre computadores, e assegura a ligação dos dados da origem ao destino. Nas camada superiores de apresentação e aplicação (mais proximo do utilizador) procede-se à formatação e codificação dos dados e a sua aplicação de rede como transferência de ficheiros, correio electronico, etc..

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ECE 2006/7 17

Protocolo TCP/IP

Dados: correio electronico ou paginas WEb

Pacotes IP (endereços)

TCP desfaz e e recombina os pacotes

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ECE 2006/7 18

URLs e nomes de dominios

• Os endereços Web são estruturados de modo normalizado para localizar paginas Web num servidor:

• http://www.iseg.utl.pt/~ece• Que significam as extensões seguintes ou os

dominios de nivel global? .com .pt, .co.uk , .eu .org .gov .edu .net

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ECE 2006/7 19

HTML e XML

HTML (Hypertext Markup Language) Formato normalizado usado para a estruturação de texto e paginas web. As marcas definem o modo como o texto deve ser apresentado e as ligações com outros documentos. Os ficheiros HTML utilizam normalmente a extensao .HTML ou .HTM

XML (eXtensible Markup Language) Norma para transferir dados estruturados a partir de etiquetas (ou tags), contrariamente ao HTML que apenas apresenta a pagina.

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Exemplo HTML

Indice de pagina de acolhimento.html para uma Empresa B2B num navegador web mostrando a fonte HTML num editor de texto

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ECE 2006/7 21

Serviços na Internet

• A Internet permite um conjunto de capacidades onde se incluem os seguintes serviços:

E-mail ou correio electrónico: serviço que permite enviar ficheiros em modo texto via Internet (SMTP – Simple Mail Transfert Protocol - , POP – Post Office Protocol - ). Com o MIME – Multiporpose Internet Mail Extension - outros ficheiros podem ser anexados.

WWW (World Wide Web). Sistema de informação mais popular baseado em funções multimédia e hiperligações. Endereços URL. Forneceu a base para a utilização crescente das aplicações comerciais e para o comércio electrónico. Utiliza protocolo HTTP para transferência de ficheiros

Chat (conversa) e vídeo-conferência: O protocolo – IRC – (Internet Chat Relay) permite o dialogo em tempo real entre vários utilizadores.

Telnet: protocolo de interface de terminais e de aplicações de acesso. Fornece um sistema de orientado de comunicação bi-direcional entre um cliente e um servidor (cf.catálogos de biblioteca, base de dados...)

FTP: protocolo de transferência de ficheiros – File Transfert Protocol - para transmissão (cópias) de ficheiros entre computadores (com sistema operativos eventualmente diferentes).

Skype: utiliza uma tecnologia P2P VoIP, mistura de ponto a ponto e voz na Internet para telefonemas gratuitos (ou mensagens ou ficheiros) entre dois computadores ligados a Internet.

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ECE 2006/7 22

I.B.4. Tipologia da rede Tipos de rede e Critérios: a - dimensão

b - topologia ou estrutura física c – Transmissão de dados

d – Métodos e normas de comunicação

I.B.4.a. - Dimensão

LAN: Local Area Network (10-100 utiliz.)Redes privadas, velocidades grandes, distancia pequenas,Interligação directa de computadores a redeInstaladas dentro de uma sala, edifício ou campus universitario

MAN: Metropolitan Area Network (100-10 000 utiliz.)Instalações próximas ou cidadeUtiliza meios públicos e privadosNormas específicas

WAN: Wide Area Network (+ 10 000 utiliz.)Grande área geográfica - País, Continente -Tecnologias específicas, acesso atravês de nós à rede

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I.B.4.b. Topologia de rede

A topologia é um mapa físico, é definida pelo modo como cada aparelho está conectado e disposto na rede. Os nós podem utilizar uma difusão ampla – broadcast - típico dos LAN (ex.bus, ring 1) ou estar ligados ponto a ponto típico dos WAN (ex. star, ring 2).

Bus

Ring 1 e 2 (anel)

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Star (estrela ou centralizada)

b. Topologia

Tree (arvore)

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1

2

3

1 11

2

33

1 3 2 1 3 1 1 1 1

2

33

I.B.4.c. Transmissão de dados: Comutação em pacote (Packet switching)

Mensagens divididas em pacotes (datagramas - UDT) etiquetados com endereço do expedidor, do destinatário e com a ordem de recepção. Pacotes enviados aleatoriamente, escolhendo vias menos ocupadas, permitindo o rápido estabelecimento da ligação.(Cf. Message Switching – mensagens completas )

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1

2

3

1

3

2

I.B.4.c. Transmissão de dados: Comutação em circuito (Circuit Switching)

Necessário estabelecer o circuito antes da comunicação, tempo para o estabelecimento de ligação elevado, elevada disponibilidade de ligações físicas, maior segurança (ex. rede telefónica ou de cobre).

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ECE 2006/7 27

I.B.4.d. Métodos e meios de comunicação

As redes utilizam protocolos, um conjunto de regras e sinais, para comunicar. As redes que utilizam protocolos TCP/IP de transporte de ligação para a partilha de informação numa mesma organização, chamam-se Intranet. Alguns dados podem ser partilhados com parceiros e com clientes da organização, criando por exemplo uma base de dados federada por várias Intranets. Trata-se de Extranet. A principal diferença reside nos direitos de acesso à informação.É possível fazer funcionar diferentes redes privadas na Internet - as VPN - (Virtual Private Network) através de reserva de largura de banda (tunneling) para ficheiros especiais ou prioritários. Cf.WebEDIAs VAN (Value Added Network) são redes proprietárias, cujo acesso está restringido aos subscritores, e não funcionam segundo os princípios de normas abertas da Internet. Constitui o comércio electrónico tradicional de trocas EDI, EFT entre parceiros comerciais.

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I.B.5. Organização de rede: I.B.5.a. Organização cliente /servidor

Em geral o modelo cliente/servidor é uma arquitectura onde a aplicação electrónica é dividida em duas partes: uma é utilizada pelo cliente, front-end (frente) - que corre no sistema do utilizador final, e outra, que é utilizada por todos os utilizadores - servidor, back-end (rectaguarda) -. O termo cliente/servidor pode ser utilizado para descrever uma estrutura de rede, mas também pode ser entendido como um modelo de actividade.A ideia é optimizar os sistemas de recursos envolvidos. Um computador fornece recursos partilhados para os usuários da rede. Integrar as vantagens dos computadores servidores multi-utilizadores com capacidade para gerir uma rede onde se incluem p.ex. PC, impressoras, fax, modems e ligações à Internet). Ou seja é possível atribuir ao utilizador um acesso rápido e simples apenas a certa funções e assim minimizar o carregamento na rede.Serviços de acesso WEB e sistemas operativos

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ECE 2006/7 29

Arquitectura cliente /servidor: níveis e funções

A divisão de funções numa aplicação entre uma componente solicitadora de serviços (cliente) e uma componente fornecedora de serviços (servidor) não é, contudo, visível para o cliente. As funções disponíveis no sistema servidor (base de dados, comunicação, etc.) podem ser processadas de forma distribuída e descentralizada, e independente da distância.Normalmente, o cliente é uma aplicação que corre num PC e está ligado a um servidor para desempenhar certas operações. O servidor é um aparelho que gere recursos (ex.ficheiros, base de dados, tráfego) de uma rede. Frequentemente, são aparelhos dedicados, desempenham unicamente tarefas de servidor.

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ECE 2006/7 30

Servidor activo e passivo (esquema básico)

Interface utilizador

Funções

Interface utilizador

Data storage

Servidor

Cliente Cliente

Funções

Data storage

Servidor

Servidor passivo Servidor activo

rede

rede

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Arquitectura cliente /servidor

A arquitectura cliente/servidor está baseada no facto que uma divisão pode ser efectuada entre diferentes níveis num programa de aplicação. Assim, as componentes necessárias podem ser processadas por entidades diferentes – Clientes e Servidores.Normalmente a estrutura do software define os seguintes níveis e funções:

• Armazenamento de dados (data storage) e ficheiros.• Funções de aplicação específicas

o Gestão do acesso a base de dados (segurança, integridade...)

o Lógica dos processos de negócios• Apresentação, interface gráfico utilizador (GUI).

Dependendo como os diferentes níveis estão distribuídos entre cliente e servidor, o servidor é activo ou passivo.

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ECE 2006/7 32

Vantagens e inconvenientes

Vantagens • Redução do congestionamento e dos tempos de espera dos

sistemas centralizados.• Configuração de redes heterogéneas de computadores e

possibilidades de especialização;• Segurança e administração centralizada ao nível do servidor.• Melhor adaptação de aplicações à organização de acordo

com funções e necessidades.• Diminuição das estruturas hierárquicas associadas aos

computadores centrais. Recursos centralizados ao nível do servidor.

• Inconvenientes• Tecnicidade e custo elevado• Estruturação rede a partir de um corpo central, o servidor

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ECE 2006/7 33

I.B.5.b Mainframe (ou computador central)

Mainframe corresponde a uma arquitectura centralizada onde existe um sistema integrado de (dumb) terminais directamente ligados ao computador central. São computadores possuindo uma enorme potência de calculo e de capacidade de entrada e saída, utilizados normalmente em instituições governamentais ou grandes empresas para aplicação de missões criticas como censos, estatísticas, processamento de transacções financeiras e bancárias.Oferecem serviços simultâneos e variados a múltiplos utilizadores através de terminais funcionando frequentemente em regime de time share. Sistema dominante nos anos 60 e 70. Importância da IBM. Reanimação recente deste mercado graças a sua reputação de fiabilidade e segurança. (ex. Deutsche Bahn).

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ECE 2006/7 34

Mainframe

O mainframe constitui uma base material de sistemas virtuais permitindo consolidar vários ambientes (seja sistemas operativos e/ou aplicações) numa infra-estrutura única, eliminando o desperdício das “ilhas” (ex.SAN)A partição é o método que permite dividir um espaço físico comum em domínios virtuais, operando cada um de modo independente, como se fossem maquinas distintas. A virtualização permite simular a disponibilidade física que pode não existir. Os recursos físicos constituem um fundo (pool) partilhado e são optimizados, através do controlo da sua utilização especifica em maquinas virtuais. Assim, os recursos são geridos e afectados segundo a prioridades das tarefas a satisfazer no momento.

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ECE 2006/7 35

Mainframe (virtualização)

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Arquitectura de rede

b) P2P

a) servidor

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ECE 2006/7 37

I.B.5.c. Arquitectura peer-to-peer (P2P ou par-a-par)

Modelo de rede informática descentralizada onde cada computador tem capacidades semelhantes para:

efectuar o mesmo tipo de funções em paralelo ou executar partes de uma mesma tarefa. (cf. computação distribuída)

Partilhar ficheiros, outros conteúdos e capacidade computacional

A comunidade de utilizadores pode partilhar e fazer replicas de conteúdos (ex. MP3 etc.), distribui-los e armazena-los num conjunto de nós que formam uma rede.Cada nó funciona como cliente e servidor (= servente) para os outros nós da rede; tanto utiliza como disponibiliza os recursos. Os programas P2P permitem a troca de ficheiros entre internautas (ex. KazaA, Bittorrent), mas mais importante a utilização da memoria física ou da capacidade de calculo potencial dos computadores (ex. projecto SETI-online)

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ECE 2006/7 38

Arquitectura peer-to-peer

Na pratica existem sistemas híbridos e alguns servidores colocados estrategicamente na rede com funções específicas de suporte.Enormes potencialidades no desenvolvimento das Intranets e Extranets e nas comunidades virtuais. Grande poder de difusão e sindicação de conteúdos com custos reduzidos e simplicidade de funcionamento (cf. rede Skype). Emergência de pequenas televisões e rádios independentes? Muito adequados para pequenas redes e uso doméstico para partilhar aplicações, dados, impressoras e outros recursos.Nova geração de rede P2P criptados (ex. GNUnet).Problemas legais (cópias e direitos de autor). Questões relacionadas com a segurança. Sistema muito descentralizado, algo difícil de administrar. Fragilidades nos elos da cadeia.