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EÇA DE QUEIRÓS (1845-1900)

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EÇA DE QUEIRÓS

(1845-1900)

Vida e Obra de Eça de Queirós

José Maria de Eça de Queirós nasceu na Póvoa de Varzim, em 1845.

Filho de José Maria de Almeida Teixeira de Queirós e de D. Carolina Augusta Pereira de Eça, cresceu afastado dos pais, tendo sido entregue à nascença aos cuidados de uma ama até aos seis anos (idade em que foi entregue aos avós paternos).

Pais de Eça de Queirós

Vida e Obra de Eça de Queirós

Aos dez anos entrou para o Colégio da Lapa (Porto), onde foi aluno de Ramalho Ortigão.

Em 1861 (dezasseis anos) foi estudar Direito para Coimbra, onde, paralelamente com a vida de estudante, participou no Teatro Académico de Coimbra e na vida boémia Coimbrã.

Colégio da Lapa

Vida e Obra de Eça de Queirós

A sua veia satírica e opositora revelou-se cedo, tendo-se envolvido (indiretamente) no conflito de ideias e gerações que ficou conhecido por “Questão Coimbrã”, pertencendo ao grupo “Geração 70” da vida boémia Coimbrã.

Geração de 70

Vida e Obra de Eça de Queirós

Estreou-se como escritor com a publicação de um conjunto de textos que mais tarde vieram a fazer parte do volume “Prosas Bárbaras”.

Passou a viver a sua vida dividido entre a política e a literatura.

Mesa de Escrever de Eça

Vida e Obra de Eça de Queirós

Casou-se a 10 de Fevereiro de 1886, aos quarenta anos, com Emília de Resende (1857-1934), com quem teve quatro filhos.

Morreu em Paris no ano de 1900.

Eça de Queirós e Emília de Resende

Monumento de EçaPóvoa de Varzim

Tumulo, Tormes (Baião, Resende)

Obras

A atualidade das suas obras verifica-se ainda no recorte das personagens, no humor, na ironia e até no sarcasmo que revelam o seu olhar lúcido, objetivo, perspicaz e crítico da sociedade portuguesa.

Fases estéticas da sua obra

Influência Romântica, inicia-se com as “Prosas Bárbaras” e termina com “O Mistério da Estrada de Sintra”.

Realismo, com a realização das obras “O Primo Basílio” e “O Crime do Padre Amaro”.

Superação do Realismo/ Eclética, visível nas obras “Os Maias”, “A Ilustre Casa de Ramires” e “A Cidade e as Serras”. Eça de Queirós e Ramalho Ortigão

Obras Principais

· A Cidade e as Serras

· A Ilustre Casa de Ramires

· A Relíquia

· A Tragédia da Rua das Flores

· As Farpas

· Contos e Prosas Bárbaras

· O Crime do Padre Amaro

· O Mandarim

· O Mistério da Estrada de Sintra

· O Primo Basílio

· Os Maias

· Uma Campanha Alegre

“Os Maias”

Este romance é considerado a obra-prima de Eça, publicada em 1888, e uma das mais importantes de toda a literatura portuguesa, devido à sua linguagem e ironia com que são apresentadas as situações.

É um romance realista (com traços naturalistas) onde não faltam o fatalismo, a análise social, peripécias e as catástrofes amorosas.

Trecho Literário

"Reparou no retrato de Pedro da Maia: e interessou-se; ficou a contemplar aquela face descorada, que o tempo fizera lívida, e onde pareciam mais tristes os grandes olhos de árabe, negros e lânguidos._ Quem é? - Perguntou._ É meu pai.Ela examinou-o mais de perto, erguendo uma vela. Não achava que Carlos se parecesse com ele. E voltando-se muito séria, enquanto Carlos desarrolhava com veneração uma garrafa de velho Chambertin:_ Sabes tu com quem te pareces às vezes?... É extraordinário, mas é verdade. Pareces-te com minha mãe!"