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ANO XX • N.º 235 • PREÇO: E 1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E 15,00 JANEIRO 2019 A voz do regionalismo desde 1999 Sede: Rua das Escolas Gerais, 82 - 1100-220 LISBOA - Tel./Fax 218 861 082 - [email protected] www.casapampilhosadaserra.pt | Delegação: Travessa de S. Pedro, nº 4 3320-236 Pampilhosa da Serra | Director: Carlos Simões Pág. 6 Pág. 15 Pág. 11 Pág. 3 Pág. 20 A NÃO PERDER ... 3 MUNICÍPIO ATRIBUI BOLSAS DE ESTUDO PARA O ENSINO SUPERIOR Págs. 4 3 REAL CONFRARIA DO MARANHO CONTINUA EM GRANDE ATIVIDADE Págs. 5 3 FRATERNIDADE PAMPILHOSENSE BRILHA NO ENCERRAMENTO DO INSPIRA NATAL Págs. 7 3 3º ENCONTRO DO MEDRONHO E DO MEDRONHEIRO Pág. 9

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Page 1: E1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 • …presidente Esmeralda Alexandre. Na atividade associativa regionalista, este é o mês de marcar ou reunir as assembleias gerais

ANO XX • N.º 235 • PREÇO: E1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 • JANEIRO 2019

A v o z d o re g i o n a l i s m o d e s d e 1 9 9 9Sede: Rua das Escolas Gerais, 82 - 1100-220 LISBOA - Tel./Fax 218 861 082 - [email protected] – www.casapampilhosadaserra.pt | Delegação: Travessa de S. Pedro, nº 4 3320-236 Pampilhosa da Serra | Director: Carlos Simões

Pág. 6

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Pág. 20

A NÃO PERDER ...

3 MUNICÍPIO ATRIBUI BOLSAS DE ESTUDO PARA O ENSINO SUPERIOR Págs. 4 3 REAL CONFRARIA DO MARANHO CONTINUA EM GRANDE ATIVIDADE Págs. 5 3 FRATERNIDADE PAMPILHOSENSE BRILHA NO ENCERRAMENTO DO INSPIRA NATAL Págs. 7 3 3º ENCONTRO DO MEDRONHO E DO MEDRONHEIRO Pág. 9

Page 2: E1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 • …presidente Esmeralda Alexandre. Na atividade associativa regionalista, este é o mês de marcar ou reunir as assembleias gerais

E o novo ano aí está. Depois da época natalícia com a festa da família epassadas as

comemorações da passagem de ano, o mês de Janeiro é associado ao início de novas etapas e novos desafios. Já os romanos, na sua mitologia, consideravam Janeiro o mês dedicado a Janus, que era o deus das transições, das portas e das passagens.

Com os dias frios, secos e solarengos na primeira quinzena do ano, nota-se bem que os dias estão a aumentar. Já pelo Natal se notava. “Pelo Natal passada de pardal”, e também “Em Janeiro uma hora por inteiro e, quem bem olhar, hora e meia lhe há de achar”, são provérbios que se ouviam e ainda se ouvem aos pampilhosenses quando se referem a terem mais tempo com luz do dia.

Ainda no rescaldo do mês de Dezembro, damos nota nesta edição de diversas atividades realizadas na vila, com principal destaque para o encerramento do evento Pampilhosa Inspira Natal 2018. Damos nota do excelente concerto protagonizado pelo Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense que teve grande sucesso, enaltecendo o facto de ser o primeiro concerto do novo Maestro Filipe Vicente. A “Banda da Pampilhosa”, como é comummente conhecido o grupo, esteve neste período principalmente ativo. A realização do seu Jantar de Natal e do Concerto de Fim de Ano, constituiu grande êxito, enchendo o auditório municipal, confirmando assim que este grupo tem futuro garantido, tendo em conta a juventude dos seus elementos e maestro, a qualidade da sua execução e a experiência da presidente Esmeralda Alexandre.

Na atividade associativa regionalista, este é o mês de marcar ou reunir as assembleias gerais das coletividades, onde se apresentam, analisam, discutem e votam os relatórios de atividades e contas, onde se apresentam os planos e orçamentos para o ano que se inicia e, periodicamente, se elegem novos órgãos socias. É neste mês que começam a ser planeados e preparados os eventos para o resto do ano, principalmente os almoços de convívio e aniversário que se realizam maioritariamente durante o primeiro semestre do ano.

Publicamos e damos destaque à entrevista a Nuno Mata, diretor da revista cultural Arganilia. A última edição desta revista cultural da Beira Serra é dedicada à celebração dos 75 anos da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, ao mesmo

tempo que salienta o desaparecimento e importância do grande jornalista e regionalista António Lopes Machado e de João Alves das Neves. È sem dúvida uma publicação a não perder que deve ser consultada por todos os pampilhosenses, contendo textos, reflexões, estudos e opiniões, ligados à casa concelhia e ao associativismo regionalista.

A Santa Casa da Misericórdia teve honras de visita da Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, o que permitiu á instituição dar a conhecer o trabalho que diariamente desenvolve junto da população mais vulnerável, nomeadamente crianças e idosos. È de facto de aplaudir e apoiar a obra realizada pela nossa Santa Casa, cumprindo um papel social insubstituível no concelho, sendo igualmente de aplaudir o apoio da Fundação PT, que permitiu que fosse entregue à instituição uma nova viatura adaptada, no âmbito do Projeto de Transporte Inclusivo – “Pampilhosa mais Perto”. Esta viatura, visa facilitar o transporte coletivo, inclusivo e organizado de pessoas em situação de isolamento social e/ou em situação económica precária para serviços de saúde. Sem dúvida um grande apoio para os mais idosos.

Com naturalidade o Orçamento e GOP 2019 foi aprovado em Assembleia Municipal realizada a 21 de dezembro, mas não tão natural foi a aprovação do Sistema Intermunicipal de Serviços de Abastecimento Público de Água, Saneamento de Águas Residuais e Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos e a constituição da empresa intermunicipal que o vai gerir. Trata-se de transferir a gestão do abastecimento de água às populações e recolha de lixo para uma empresa gerida por 11 municípios da região. Parece que tal vai implicar aumento de tarifas, mas, segundo informações do presidente da câmara, José Brito, trata-se de uma situação quase inevitável, face a novas exigências por parte da União Europeia e Governo. Também, tendo em conta que o município tem um prejuízo anual de 700.000€ com estes serviços e vai deixar de receber a compensação estatal deste valor, parece-nos que se trata de colocar o município “entre a espada e a parede”. Este é aliás o título de um esclarecedor artigo de opinião assinado por Gustavo Brás, que publicamos e merece uma leitura atenta.

O Director, Carlos Simões

Jornal “Serras da Pampilhosa”

Fundado em Junho de 1999

Ficha Técnica

Presidente: José Ferreira

Director: Carlos Simões (TE-1232)

Sub-Director: ... .... ....

Redactores:António Amaro RosaAníbal PachecoJorge Ramos

Colaborador no Território: Zé Manel (CO1623)

Colaboradores nesta edição:Abel AlmeidaAdriano Pires Anselmo Lopes Barata Lopes Bruno Henriques da Silva Gustavo BrásIsaura FernandesJ. Marques de AlmeidaManuel NunesXana Pires

Paginação e Grafismo:Beta VicenteSérgio Vicente

Montagem e Impressão:Vigaprintes-Artes Gráficas, Lda.Núcleo Empresarial Quinta da Portela, n.º 38Guerreiros – 2670-379 LouresTelefone: 219 831 849 Fax: 219 830 784E-mail: [email protected]

Propriedade: Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra

Sede: Rua das Escolas Gerais, n.º 82, 1100-220 Lisboa

Telefone: 218 861 082

E-mail:[email protected]

Distribuição:Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra

Periodicidade: Mensal

Tiragem: 1.500 exemplares

Depósito Legal n.º 228892/05Inscrito no Instituto da Comunicação Social sob o n.º 123.552

O Estatuto Editorial está disponível para consulta em www.casapampilhosadaserra.pt

Todos os artigos são da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não traduzem a opinião da Direcção do Jornal e/ou dos órgãos sociais da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra.

2 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Ficha de InscriçãoNome _________________________________________________________________________

Morada _______________________________________________________________________

Cód. Postal ________________- __________ _______________________________________

Telef./Telemóvel _______________________ E-mail: ________________________________

Desejo receber os 12 números do Jornal “Serras da Pampilhosa”. 201__ / ____ / _______ Ass. _________________________________

Breves

EDITORIAL

PAGAMENTO DA QUOTA E/OU ASSINATURA

Faça o pagamento do Jornal “Serras” e/ou as quotas de sócio da Casa por transferência bancária para o IBAN: PT50 0035 0582 00008286130 23,

indicando o seu nº de leitor e/ou nome. Enviar cópia do comprovativo para a Casa do Concelho, via postal ou para

[email protected]

Cumpre convocar os Associados desta Instituição de utilidade pública, em pleno gozo dos

seus direitos, para a Assembleia Geral Ordinária, a realizar no próximo dia 17 de Fevereiro de 2019, domingo, pelas 14h30m, na sua sede, Rua das Escolas Gerais, 82, Lisboa, com a seguinte

ORDEM DE TRABALHOS1. Leitura e Votação da Ata da Assem-

bleia Geral do dia 28 de Janeiro de 2018;2. Apreciação e Discussão do Rela-

tório e Contas do exercício de 2018 e votação das propostas nele contidas;

3. Leitura do Parecer do Conselho

Fiscal e votação das suas propostas;4. Apreciação, Discussão e Votação

do Plano de Atividades e do Orçamento para o exercício de 2019;

5. Assuntos de interesse geral.Mais cumpre informar que, não se

encontrando presente a maioria dos associados na hora acima referida, (14h30m), a Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, trinta minu-tos depois, ou seja, pelas 15h00, com qualquer número de presenças.

Pela Mesa da Assembleia Geral O Presidente (João Manuel de Matos Ramos)

CASA DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA

– CONVOCATÓRIAS –ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

ASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL

Nos termos dos artigos 5º e 9º dos Estatutos e dos artigos 13º a 19º do Regulamento Interno,

convoco a Assembleia-Geral Ordiná-ria da Associação de Combatentes do Concelho de Pampilhosa da Serra, para reunir na sede da Junta de Freguesia de Pampilhosa da Serra, pelas 14H00 do dia 10 de Fevereiro de 2019, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1. Apreciação e discussão do Rela-tório e Contas da Direção do exercício de 2018, e votação das propostas nele contidas;

2. Leitura do Parecer do Conselho Fiscal e votação das suas propostas;

3. Apreciação e votação do Plano de Atividades e Orçamento, para o ano de 2019;

4. Apreciação, discussão e votação da proposta da direção para alteração do artigo 5º do Regulamento Interno.

5. Apreciação, discussão e votação da proposta da direção para alteração do artigo 20º Regulamento Interno.

6. Apreciação, discussão e votação da proposta da direção para que seja efetuada a renumeração dos artigos do Regulamento Interno.

7. Propostas e análise de outros assuntos de interesse para a Associação.

Se à hora marcada não houver número legal para a Assembleia poder funcionar, terá a mesma, lugar meia--hora depois, com qualquer número de associados presentes, conforme previsto no n.º 1 do art.º 17º do Regulamento Interno em vigor.

Pampilhosa da Serra, 29 de Dezembro de 2018

O Presidente da Assembleia GeralJosé Batista Marcelino

ASSOCIAÇÃO DE COMBATENTES DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA

Cumpre convocar os Associados desta Instituição de utilidade pública, em pleno gozo dos seus direitos, para a Assembleia Geral Eleitoral, a realizar no próximo dia 17 de Fevereiro de 2019, domingo, pelas 16h00, na sua sede, Rua das Escolas Gerais, 82, Lisboa, com a seguinte

ORDEM DE TRABALHOSÚNICO. Eleição dos Corpos Sociais para o biénio 2019/2020, com imediata

tomada de posse;Mais cumpre informar que, não se encontrando presente a maioria dos associados na hora acima referida, (16h00), a Assembleia Geral Eleitoral reunirá, em segunda convocatória, trinta minutos depois, ou seja, pelas 16h30m, com qualquer número de presenças

Pela Mesa da Assembleia Geral O Presidente (João Manuel de Matos Ramos)

Page 3: E1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 • …presidente Esmeralda Alexandre. Na atividade associativa regionalista, este é o mês de marcar ou reunir as assembleias gerais

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 3

e Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos e a constituição da empresa intermuni-cipal que o vai gerir, a APIN – Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior, E.I.M.. A criação deste sistema surge pelo facto do Estado ir cortar nas transferências que faz anualmente para a Câmara Municipal para esse fim, o que provoca elevados prejuízos, e por outro lado, segue no sentido imposto pela União Europeia e pelo Governo, que impede que qualquer sistema de gestão de águas, saneamento e recolha de resíduos seja deficitário.

Relativamente a este assunto, confor-me nota de imprensa do Município de Pampilhosa da Serra de 27/12 a que tivemos acesso, o percurso para a cons-tituição da uma solução agregada nos Municípios da Região de Coimbra, tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos últimos seis anos, sendo que em 2017-2018, as Comunidades Intermunicipais da Região de Coimbra e de Leiria inicia-ram um trabalho para o mesmo efeito, que agora se traduz, ao que tudo indi-ca, na agregação de 11 Municípios em torno desta Empresa Intermunicipal, ou seja Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penacova, Penela e Vila Nova de Poiares. No fundo, a APIN irá agregar os serviços de água, saneamento e resíduos urbanos, de vários Municípios vizinhos, numa única entidade profissional e geradora de escala, com o intuito de se revelar como um modelo de gestão capaz de gerar eficiência e sustentabilidade económica e financeira.

Segundo a mesma nota, no que diz respeito à situação de Pampilhosa da Serra, José Brito, considera que o Muni-cípio “ficou praticamente sem opção. Tendo em conta as imposições por parte da União Europeia e do poder central, se não aprovássemos a constituição desta empresa, não poderíamos aceder a fundos comunitários para resolver os inúmeros problemas afetos à distribui-

ção de água em baixa.”“À questão dos fundos comunitários

continuaria a somar-se um outro proble-ma: os consequentes prejuízos anuais na ordem dos 700.000,00 €/ano e que são suportados na íntegra pelo Município. Ou seja, o valor cobrado aos Munícipes fica muito aquém do valor real da despe-sa com o mesmo serviço”, podemos ler na nota enviada.

José Brito, admitiu ainda o “peso político” desta decisão que implicará o aumento das tarifas, mas que por outro lado “é uma questão de responsabilidade que devemos ter relativamente à salva-guarda de um bem que é essencial para o futuro. Nós como outros concelhos, temos perdas de água na ordem dos 40%, sendo que agora é uma respon-sabilidade que vamos delegar para esta empresa”, acrescentou.

Assim, nestes 11 Municípios que compõem a agregação, a tarifa passa-rá a ser igual, sendo certo que o esca-lonamento das mesmas, já efetuado, contempla a designada “tarifa social”, para famílias que não consigam suportar o aumento das taxas. Este facto, “exige que o nosso gabinete de ação social este-ja devidamente atento a esta situações, para que estas questões sejam cumpri-das e para que os direitos dos nossos Munícipes sejam protegidos”, salientou José Brito.

Na Assembleia Municipal, o líder do executivo, frisou que este aumento das tarifas, algo que no concelho não acon-tecia desde 2005, é uma decisão “muito

difícil.” Contudo, considera que está aqui em causa é a “sustentabilidade e o futuro. Ou queremos continuar na senda do progresso e fazer coisas pelo território, ou então encostamo-nos a um canto a gerir o que sobra das despesas correntes e não fazemos mais nada. Apesar de tudo, fico satisfeito com esta aprovação pois a grande maioria dos deputados reconheceu que é uma decisão funda-mental para o futuro, não estando aqui em causa qualquer simpatia partidária, até porque dos 23 elementos apenas 1 votou contra”, concluiu.

A finalizar a sessão, o senhor presiden-te reconheceu que, devido às contingên-cias provocadas pelos incêndios, algumas obras previstas não foram feitas, salien-tando o saneamento básico na Amoreira, Pessegueiro e Póvoa da Raposeira. “Um investimento muito grande mas com o tempo será uma realidade”. Referiu-se também à continuação do sucesso do evento “Pampilhosa Inspira Natal” e Festival da filhó espichada, dando um agradecimento pelo esforço das juntas de freguesia e Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra, referindo que “sem essa preciosa colaboração não seria possível realizar os eventos”.

Terminados os trabalhos o senhor presidente da Assembleia deu a sessão por encerrada, agradecendo a boa forma como decorreram, deixando um desejo comum de umas boas festas natalícias e um feliz ano de 2019.

Zé Manel

Actualidade

Realizou-se no dia 21 de Dezem-bro de 2018, no salão nobre dos paços do concelho, a Assembleia

Municipal de Pampilhosa da Serra, presidida pelo seu presidente Hermano Almeida (Nélito), estando presente o presidente José Brito com todo o execu-tivo municipal, deputados, presidentes de junta de freguesia, público e imprensa regional, nomeadamente “A Comarca de Arganil” e o jornal “ SERRAS DA PAMPILHOSA”.

Antes de se dar inicio à ordem de trabalhos, o senhor presidente informou que se iria proceder á cerimónia da entre-ga de bolsas de estudo, atribuídas pelo município aos alunos do ensino superior do concelho com melhores notas (ver noticia em separado nesta edição).

De seguida deu-se início à ordem de trabalhos prevista, tendo antes da ordem do dia sido lida a ata anterior, expediente e outros assuntos. Neste ponto o senhor deputado César Oliveira pediu a palavra, com algum lamento referiu-se à situação das casas ardidas há 14 meses e que pouco se via feito. Questionou acerca do ponto de situação, assim como o andamento da ratificação da Estrada Nacional 344. O senhor presidente da Câmara respondeu informando que “nas casas ardidas tudo estava a decor-rer de forma aceitável, justificando-se algum atraso devido ao grande volume de obras”, adiantou que “até há bem pouco os prejuízos do município deram entrada para candidatura, mas tudo tem que obedecer às normas estabelecidas”, adiantando que a seu tempo tudo será comtemplado. Quanto à retificação da EN 344, José Brito informou que “o atraso deve-se ao estudo geológico a ser feito e espera-se que em breve o projeto seja concluído”.

Ainda relativamente às casas ardidas, o presidente José Brito referiu ainda que quem não se candidatou à reconstru-ção terá que proceder à sua limpeza. Informou ainda que a conta solidária da autarquia para apoio aos afetados pelos incêndios ainda não foi mexida, tendo sido depositado recentemente o valor de 70.000,00 Euros, atribuídos pela Embai-xada de Israel, sendo que “o subsídio dos fundos europeus ainda não foi recebido, e não se sabe a quantia, nem quando é pago”. Informou que primeiro serão pagas as despesas da proteção civil e outras, só depois serão entregues, decer-to não o que estava previsto.

Passado ao 1º ponto da ordem do dia, o senhor presidente da Câmara infor-mou da situação financeira do municí-pio, revelando que estavam dentro das normas e sem dívidas. Explicou deta-lhadamente como estavam a decorrer os processos em tribunal contra o municí-pio, informando também que as obras em curso estavam a decorrer de boa forma, explicando todas elas. Destacou o acordo entre o município e o sindicato da administração pública, a entrega de duas casas reconstruídas pela Federação Portuguesa de Futebol, em Padrões e Ceiroquinho, a sessão de esclarecimen-to em Lisboa na Gulbenkian sobre o regulamento de subsídios a atribuir á reconstrução de habitações não perma-nentes ardidas, o 7º encontro de apicul-tores em que se destacaram as enormes e graves consequências do aparecimento da Vespa Asiática e a forma de as dizimar. Deu várias informações acerca das obras em curso, promoção turística, colabo-ração na cultura, educação, ação social,

desporto, nos imensos eventos promo-vidos no concelho e a sua alta importân-cia, atribuição de subsídios às diversas instituições, finalização dos trabalhos de requalificação do estádio municipal, continuação dos trabalhos de requali-ficação do mercado municipal, o novo bloco na escola sede do agrupamento de escolas, finalização dos trabalhos de construção do parque de autocaravanas em Pampilhosa da Serra, construção de um muro para desvio de águas e limpeza de terreno em Praçais e referiu ainda um estudo para construção de uma nova ponte a montante da vila.

Na apresentação do Orçamento e Grandes Opções do Plano para o ano de 2019, a assembleia foi informada que o município procurou construir um documento “claro e completo”, que inclui os contributos das várias unida-des orgânicas da instituição de acordo com as políticas municipais, de modo a “continuar com a estratégia de rigor e prudência, nomeadamente na projeção de receitas e firmes na redução de despe-sas, gestão cuidadosa, transparência e rigor nas contas, concentração na coesão social, economia e emprego, cultura e desenvolvimento, relevante e decisiva para a melhor qualidade de vida dos cidadãos”. Para o executivo, o ano de 2019 corresponde ao segundo ano do mandato autárquico para o que foram eleitos (2017-2021), “tentando tudo fazer ao seu alcance, tendo para o efeito uma enorme responsabilidade de gerir com lealdade a missão de que foram incumbidos, honrando o município, apesar do devastador incêndio ocorrido no concelho, que transferiu ao municí-pio grandes transtornos e dificuldades”. Apesar de se terem adiado várias obras previstas no concelho, o executivo refere que “tudo tem sido feito pela continua-ção do seu desenvolvimento”.

No Orçamento Previsional que foi apresentando, podemos verificar que se prevê de Receitas correntes 9.465.282,00 Euros e de capital 4.899.011,00 Euros, totalizando 14,364.293,00 Euros de receitas. No que respeita a Despesas correntes prevêem-se 9.052.293,00 Euros e de capital 5.312.000,00 Euros, totalizando 14.364.293,00 Euros. Depois de devidamente explicadas ponto por ponto, o orçamento foi colo-cado à votação tendo sido aprovado por unanimidade.

Seguiram-se os restantes pontos da ordem de trabalhos: Mapa de pessoal ano 2019, 3ª revisão do orçamento e grandes opções do plano do ano 2018, código do imposto municipal sobre imóveis, fixação de taxas de IMI para 2019, isenção parcial relativamente á taxa do IMI nas zonas das freguesias do concelho, onde estão inseridos prédios urbanos com afetação industrial para 2018, a liquidar em 2019, como medida de combate á desertificação, participação variável no IRS, taxa municipal de direi-to de passagem, afetação ao domínio público municipal dos artigos rústicos inscritos na matriz predial da freguesia de Janeiro de Baixo com os números 4336 e 4338, tendo estes pontos sido aprovados por unanimidade.

Também incluído na ordem de traba-lhos, sendo um dos pontos a que foi atribuída grande importância, foi apro-vada por maioria com um voto contra a criação de um Sistema Intermunicipal de Serviços de Abastecimento Público de Água, Saneamento de Águas Residuais

A Câmara Municipal de Pampilho-sa da Serra, aprovou, por unani-midade, em Assembleia Muni-

cipal Extraordinária, os quatros decre-tos-lei em análise relativos à questão da descentralização, que remetem para a transferência de competências da admi-nistração central para a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra.

No entanto, na sessão realizada ontem, dia 18, José Brito, Presidente da Câmara Municipal e Vice-Presidente da CIM-RC, salientou que “a questão da descentralização para a Comunidade Intermunicipal só é viável se for aceite por todos os Municípios”. Isto é, dos 19 Municípios que integram a CIM-RC, basta apenas um recusar a proposta de descentralização, para que “imediata-mente a Comunidade fique sem hipóte-se de aceitar essas competências”.

Em discussão estiveram os diplomas afetos à transferência de competên-cias para a CIM RC, nos domínios da promoção turística interna sub-regional, justiça, projetos financiados por fundos europeus e programas de captação de investimento e, por último, apoio aos Bombeiros Voluntários e programas de apoio às corporações de Bombei-

ros Voluntários. “Foi feito um trabalho exaustivo por parte da Comunidade Intermunicipal com todos os Muni-cípios. Houve um cuidado enorme por parte de todos os presidentes em perceber o que está aqui em causa, que responsabilidades vamos assumir e, no fundo, com que resposta financeira é que vamos enfrentar estas responsabili-dades”, referiu José Brito.

O autarca, acrescentou ainda que no caso de todos os Municípios aprovarem estas medidas que ajudarão a “aproxi-mar a decisão das pessoas”, a CIM-RC passará a assumir competências que lhe permitirão “ter alguma coisa a dizer em relação a determinados assuntos, que até este momento não tem, e que são funda-mentais para o nosso território. É minha convicção que ficaremos bem melhor se estas competências forem aceites por nós e delegadas à CIM-RC, pois os inte-resses de Pampilhosa da Serra ficarão mais bem defendidos”, sublinhou.

No que diz respeito à componen-te financeira associada à delegação de competências intermunicipais, foi ainda clarificado que nenhuma das mesmas “implica despesa” suplementar, uma vez que “a CIM tem receitas próprias

do orçamento geral do estado”, bem como a cotização dos Municípios que a integram, pelo que “estes diplomas não contemplam transferências de verbas.”

Na Assembleia Municipal, foram ainda explanados os sete decretos-lei relativos à transferência de competên-cias para o Município de Pampilhosa da Serra, todos eles aprovados em reunião extraordinária da Câmara Municipal, no passado dia 10 de janeiro. Estes diplo-mas, publicados entre os dias 27 e 29 de novembro de 2018, preveem a transfe-rência de competências da administra-ção local autónoma do Estado para o Municípios nas seguintes áreas: praias marítimas; jogos de fortuna ou azar; vias de comunicação; estruturas de aten-dimento ao cidadão; habitação; gestão do património imobiliário público sem utilização e estacionamento público.

A propósito destes diplomas, José Brito esclareceu que “tudo foi devida-mente ponderado”, pelo que o “execu-tivo chegou à conclusão que deveria aprovar a aceitação de todas as compe-tências.”

DEPUTADOS APROVAM DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA COMUNIDADE INTERMUNICIPAL

ASSEMBLEIA MUNICIPAL APROVA SISTEMA INTERMUNICIPAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA, SANEAMENTO E DE RECOLHA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Page 4: E1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 • …presidente Esmeralda Alexandre. Na atividade associativa regionalista, este é o mês de marcar ou reunir as assembleias gerais

4 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

“A Minha Primeira Ajuda”, medi-da de apoio à natalidade, continuará a ser uma realidade no concelho de Pampilhosa da Serra, tendo sido aprovada por unanimidade, em reunião de câmara realizada na manhã do dia 14 de janeiro.

A referida medida impõem-se como uma tentativa de incentivar o aumento da taxa de natalidade, que tem vindo a decrescer ao longo dos últimos anos. O Município preten-de assim colmatar a insuficiência de medidas específicas a nível nacional que, neste domínio, contribuam para a atenuação de um problema cada vez mais preocupante.

Neste sentido, o Município de

Pampilhosa da Serra pretende, através desta medida, apoiar a nata-lidade no concelho, promovendo paralelamente a economia local. Isto porque o valor total atribuído é entregue sob a forma de vales que posteriormente poderão ser utilizados nos estabelecimentos comerciais e IPSS’s do concelho, nomeadamente para pagamento da mensalidade da creche e jardim de infância.

De referir que é atribuído um valor total de 1.500,00€ no nascimento do 1º e 2º filho, e 5.000€ no nascimento do 3º e seguintes.

Actualidade

O Rancho Folclórico de Pampilhosa da Serra, tal como em anos anteriores

pela época natalícia, presenteou os utentes da Santa Casa da Misericór-dia com as suas tradicionais danças e cantares, agrupamento onde seu provedor Dr. António Sérgio faz parte como dançarino.

No ultimo Natal o Rancho pampilhosense levou o folclore a todos os utentes, atuando nos dois lares existentes. Esta dupla atuação foi efetuada para não implicar a deslocação de todos só para um local, tendo em conta as dificuldades motoras que quase todos apresen-tam.

É de felicitar um nobre gesto

como este, levar carinho e alegria a todos os que se encontram

naquele prestigiado lar, é a sua casa, sua penúltima morada, depois de toda uma vida de árduo trabalho, sendo de louvar gestos como este. Pelo ambiente vivido foram recebi-

dos com total agrado, a prova que continuam a gostar das tradicionais

músicas da região, estando as salas cheias, tanto no novo lar como no inicial nos quais fizeram atuação.

Também de felicitar a direção por ao longo do ano lhes proporcio-nar outros convívios e passeios. As condições que lhes proporcionam decerto são as melhores possíveis, mas nunca como em sua própria casa, só os de fracos rendimentos e depois de uma dura vida de trabal-ho, quando já não lhes é possível estar em sua própria casa vão para estas, os outros procuram melhores locais, sendo um dever de todos nós acarinha-los. Hoje eles, amanhã nós.

Zé Manel

SANTA CASA RECEBEU O RANCHO FOLCLÓRICO DE PAMPILHOSA DA SERRA

A Câmara Municipal de Pampi-lhosa da Serra ofereceu um presente de Natal a todas as

crianças e jovens da Comunidade Educativa. Os alunos do ensino públi-co receberam os seus presentes no decorrer da Festa de Natal do Agrupa-mento de Escolas Escalada, no dia 14

de dezembro, enquanto que as crian-ças do ensino particular, das IPSS do concelho, receberam os seus presentes na quarta-feira, dia 19, pelas mãos da Sra. Vereadora, Dra. Alexandra Tomé, num momento especial repleto de sorrisos.

CÂMARA MUNICIPAL ENTREGOU PRESENTES À COMUNIDADE EDUCATIVA

Após processo de candidaturas para atribuição de bolsas de estudo a alunos pampilhosen-

ses que ingressaram no Ensino Supe-rior, o Município de Pampilhosa da Serra atribuiu apoios a 9 alunos, na sequência da aprovação da totalidade das candidaturas apresentadas.

Com apresentação de Cristina Ventura, a entrega das bolsas de estu-do decorreu numa cerimónia que antecedeu a Assembleia Municipal que teve lugar no dia 21 de dezembro, no salão nobre dos paços do concelho, onde estiveram presentes os alunos abrangidos por este apoio.

Como referido na ocasião, á seme-lhança dos anos anteriores iriam ser entregues as bolsas, ao abrigo do Regulamento Municipal em vigor. Para atribuição das bolsas, os valo-res são calculados da seguinte forma: Aos alunos com média de ingresso de 12,1 a 14 valores são atribuídos 50,00 euros, de 14,1 a 16 valores, 100,00 euros e superior a 16 Valores, 150,00 Euros. De referir que estes valores são atribuídos mensalmente a cada aluno e pagos na totalidade no fim do ano. Nesta situação concreta o valor afeto a cada bolsa de estudo variou de acordo com a média de ingresso no ensino superior dos respetivos alunos, sendo

que o montante máximo atribuído está fixado em 900€ e o montante mínimo em 600€, num total global de 6 900€ entregues.

Conforme deliberação de reunião camarária de 27-11-2018, com este bom incentivo foram contemplados nove alunos, sendo os seguintes: Jéssica Alexandra Ramos Matos, Joana Batista Fernandes, Marisa Alves Bernardo, Milene Nunes Martins, Luiz Carlos Carlota Ramos, Pedro Henrique Isidoro Pinto, Fátima Marle-ne Antunes Silva, Daniel José Moura Vicente Magalhães e Rodrigo Alexan-dre Lopes Almeida, de referir que estes alunos residentes foram os que concluíram o 12º ano em Pampilhosa da Serra ou noutros locais do país em 2018, e continuam os seus estudos superiores.

Terminada a cerimónia o senhor presidente José Brito referiu que “esta ajuda reflete o reconhecimento por parte de todos nós, de que é impor-tante estar atento ao percurso destes alunos pois são importantíssimos para o futuro do concelho e do país”. Aos comtemplados desejou um bom Natal e feliz Ano Novo e as maiores felicidades para continuação do maior sucesso nos seus estudos, sendo uma mais-valia para o concelho e para o país.

Segundo o município, “esta atri-buição é uma valorização do méri-to dos alunos, possibilitando-lhes a frequência num nível de ensino que tantos custos acresce às famílias. A referida medida, constitui-se também como uma alavanca de apoio social que tanto tem beneficiado os jovens Pampilhosenses, minorando as desi-gualdades que intervêm, não raras vezes, como fator impeditivo no aces-so à educação”.

Para além dos alunos que este ano ingressaram no ensino superior, também foi formalizada a entrega de bolsas de continuidade aos alunos do concelho que ainda se encontram a terminar as respetivas licenciaturas.

Zé Manel

MUNICÍPIO ATRIBUI BOLSAS DE ESTUDO PARA O ENSINO SUPERIOR

MEDIDA DE APOIO À NATALIDADE CONTINUA EM EXECUÇÃO NO CONCELHO

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 5

Actualidade

Na persecução dos seus objeti-vos estatutários que visam a promoção e divulgação dos

sabores e tradições da gastronomia pampilhosense, a Real Confraria do Maranho de Pampilhosa da Serra levou a cabo e participou em diversas atividades que valorizaram a institui-ção e enalteceram o Maranho como produto gastronómico de excelência.

Pampilhosa Inspira Natal 2018

A convite do Município de Pampi-lhosa da Serra, a Confraria do Mara-nho esteve mais uma vez presente, no evento "Pampilhosa Inspira Natal 2018", que decorreu nos dias 14 a 16 e de 21 a 23 de dezembro com um espaço de venda, promoção e divul-gação do nosso Maranho com Serpão. Apesar da venda, os visitantes tiveram a oportunidade de degustar o Mara-nho, saber um pouco da sua história e conhecer a erva aromática que nos distingue - o "Serpão", a qual esteve sempre em exposição.

Tomada de posse como vice-presi-dente suplente da FPCG

Nesse mesmo fim-de-semana, dia 15 de dezembro, a Real Confraria do Maranho esteve também presente numa cerimónia igualmente impor-

tante para a Confraria: a Tomada de Posse com uma vice-presidência suplente na Federação Portuguesa de Confrarias Gastronómicas (FPCG), passando assim a fazer novamente parte dos órgãos sociais. A cerimónia decorreu na Pousada de Condeixa, tendo estado presentes os confrades Paula Nunes, que tomou posse em nome da Real Confraria do Maranho, e Armindo Tavares. Nessa mesma cerimónia foi atribuída a insígnia

“Otimus Conviva” ao Sr. Presidente do Turismo da Região Centro, Dr. Pedro Machado na qual a Real Confraria do Maranho também está presente com a sua Insígnia.

Programa “Prós e Contras” da RTPNa segunda-feira seguinte, dia 17 de

dezembro, a convite da FPCG, a Real Confraria do Maranho esteve presen-te no programa "Prós e Contras" da RTP 1, de Fátima Campos Ferreira, que decorreu na Fundação Champali-maud, com o tema a defesa da gastro-nomia portuguesa.

Almoço de ReisA Real Confraria do Maranho

de Pampilhosa da Serra realizou no dia 12 de Janeiro o seu já tradicional Almoço de Reis, no restaurante "Os

Amigos", em Dornelas do Zêzere.Foi mais um encontro de confra-

ternização entre confrades e amigos como já vem sendo hábito ao longo dos anos.

No final do almoço como habitual existe sempre um momento cultural, desta vez a cargo do Rancho Folcló-rico Dornelas do Zêzere, representa-do pelo Sr. Alexandrino Monsanto e cinco dos membros do rancho que nos brindaram com as Janeiras.

Aproveitamos para agradecer a presença da Junta de freguesia de Dornelas do Zêzere, bem como, a presença e apoio da autarquia à Confraria no desempenho das suas tarefas estatutárias, que são a promo-ção e divulgação dos sabores e tradi-ções da gastronomia serrana

Ao Rancho de Dornelas um abraço forte e amigo de toda a direção, e a todos os confrades e amigos o nosso bem-haja pela presença e convívio.

Mais uma vez, em diversas ativida-des, a confraria mostrou a sua união e uniu esforços para enaltecer a Gastro-mania Serrana, em especial o Mara-nho com Serpão, cumprindo assim o seu principal objetivo.

Xana Pires e Real Confraria do Maranho

REAL CONFRARIA DO MARANHO CONTINUA EM GRANDE ATIVIDADE

O Município de Pampilho-sa da Serra aderiu ao Ano Nacional da Colaboração

2019, com o projeto “Julho em Ação, Um Mês de Diversão”.

O Ano Nacional da Colabora-ção 2019 consiste numa iniciativa de âmbito nacional, promovida pelo Fórum para Governação Inte-grada – Fórum GovInt, uma rede colaborativa informal de institui-ções públicas e privadas que estu-da, reflete e age sobre problemas complexos, promovendo modelos de governação integrada.

O objetivo é mobilizar e inspi-rar a sociedade portuguesa, através dos cidadãos/ãs e das instituições,

para a relevância estratégica da colaboração como forma de reso-lução de problemas e de otimiza-ção dos recursos disponíveis. No fundo pretende-se criar uma rede de projetos de base colaborativa, valorizados pelas parcerias.

No que diz respeito ao projeto “Julho em Ação, um Mês de Diver-são”, tendo em vista o sucesso da iniciativa, foi constituída uma rede de parcerias entre o Município de Pampilhosa da Serra, a Associação de Solidariedade Social de Dorne-las do Zêzere e a Caritas Diocesana de Coimbra/ATL de Pampilhosa da Serra.

MUNICÍPIO ADERIU AO ANO NACIONAL DA COLABORAÇÃO

Realizou-se na vila, no dia 12 de janeiro, pelas 21:00 horas, no Auditório Municipal do

edifício Monsenhor Nunes Pereira, o concerto de Ano Novo, apresenta-do pelo Grupo Musical Fraternida-de Pampilhosense.

Com o auditório bem composto onde acorreram muitos pampilho-senses que encheram a plateia e o 1º balcão, a banda pampilhosense brin-dou a assistência com uma brilhante atuação, executando diversas músi-cas de vários tipos, interagindo com o público, o que resultou num exce-lente espetáculo.

O grupo formado por mais de três dezenas de músicos executan-

tes, foi comandado pelo novo Maes-tro Filipe Vicente, recentemente empossado na função, e que reali-zava ali o seu segundo concerto em Pampilhosa da Serra.

Neste espetáculo esteve em repre-sentação do Município o vereador Carlos Alegre, o presidente da junta de freguesia de Pampilhosa da Serra, Nuno Almeida, a presidente da dire-ção do Grupo, Esmeralda Alexan-dre, o Padre Orlando Henriques e outras individualidades.

Entrou bem o ano de 2019 a nossa Banda, prometendo muitos sucessos para o futuro.

Carlos Simões

CONCERTO DE ANO NOVO PELA FILARMÓNICA PAMPILHOSENSE

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6 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

A Revolta do Bacalhau é um Concurso Nacional, criado pelo Recheio e pelo NSC

– Conselho Norueguês da Pesca, onde profissionais são desafiados a desenvolver receitas de Bacalhau da Noruega, procurando modelos tradi-cionais ou complementares de uso de produtos, técnicas e equipamentos para a confeção e apresentação dos trabalhos a concurso.

A grande Final da 14.º edição decorreu no dia 19 de dezembro

de 2018, no Hotel Sheraton Lisboa, onde os três finalistas da Categoria Profissionais disputaram o galardão máximo. Também foi anunciado o vencedor da Categoria Estudantes e atribuídos os Diploma de Ouro e Diploma de Prata aos 30 melhores Restaurantes a concurso.

Os grandes triunfantes da 14ª edição do concurso foram o Luís Moleiro, do Altis Belém Hotel & Spa, na categoria “Profissionais”, o Bernar-do Calvo, da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, na categoria "Estudantes", e o restaurante Café Central, em Coimbra, na categoria "Restaurantes".

Foram ainda atribuídos Diploma

de Ouro e Diploma de Prata aos 30 restaurantes finalistas, tendo o Restau-rante “O Buke” do Villa Pampilhosa Hotel, recebido o Diploma de Ouro, na pessoa do seu Chef Flávio Silva.

O júri foi composto pelos Chefes Hélder Diogo, António Nobre e Hélio Loureiro, que percorreram Portugal de lés a lés para visitar os 30 restauran-tes finalistas e provar as suas receitas com Bacalhau da Noruega.

O restaurante “O Buke” volta aos

grandes palcos nacionais. De refe-rir que no dia 17 de dezembro, o Buke com o seu chef Flávio Silva foi também galardoado com Diploma de Prata a nível nacional no concurso Gastronomia com Vinho do Porto. O interior está de parabéns e a Pampi-lhosa da Serra está no mapa da melhor gastronomia nacional.

Carlos Simões

Actualidade

RESTAURANTE “O BUKE” GALARDOADO NA 14ª REVOLTA DO BACALHAU

O Secretario de Estado para a Valorização do Inte-rior, João Paulo Catarino,

marcou presença na reunião ordi-nária do concelho intermunicipal da CIM-RC, realizada no dia 10 de janeiro de 2019, na Câmara Munici-pal de Pampilhosa da Serra.

Na sessão que juntou os deza-nove concelhos da CIM Região de Coimbra, o ex-presidente da Câmara Municipal de Proença-a--Nova, dirigiu-se aos autarcas para dar conta das diversas medidas em curso, “transversais a todos os ministérios”, para a fixação da popu-lação e captação de investimento nos territórios de baixa densidade, “um caminho que durante muitos anos não se fez e que agora se inicia”, tal como constatou o próprio.

Para José Brito, presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, “há a necessidade abso-luta de que a União Europeia e o nosso governo percebam que estes territórios têm de ter um tratamen-to adequado se realmente quere-mos ter coesão. Defendemos todos há muito tempo a criação de um

Programa Operacional Regional para a Baixa Densidade, sendo que para o efeito é imprescindível que se perceba quais os territórios que realmente carecem de medidas excecionais”, assinalou.

Foi precisamente em torno de um eventual Programa Operacional Regional representativo da especi-ficidade dos territórios de interior, que incidiram as intervenções dos autarcas presentes no conselho intermunicipal. Nesse sentido, esti-

veram em evidência questões como a criação de uma linha de finan-ciamento específico para o desen-volvimento dos territórios de baixa densidade, bem como medidas fiscais e demográficas, que incen-tivem a fixação de pessoas nestes territórios.

Recorde-se que João Paulo Catarino, ex-presidente da Câma-ra Municipal de Proença-a-Nova, desempenhou funções como presidente da Unidade de Missão para a Valorização do Interior até outubro do ano transato, sendo que no âmbito da remodelação governamental viria a tomar posse como Secretario de Estado para a Valorização do Interior. “O que vos posso garantir é que tendo sido presidente de Câmara como muitos de vós, conheço esta realidade e as nossas questões. Estou empenha-díssimo em ajudar-vos e, no fundo, ser o provedor destes territórios”, concluiu.

Zé Manel

CONCELHOS DA COMUNIDADE INTERMUNICIPAL REUNIDOS NA VILA – José Brito defende criação de um Programa Operacional Regional para Territórios de Baixa Densidade

Foi com o intuito de desvendar o particular mundo dos cogu-melos, que cerca de 80 parti-

cipantes se aventuraram em novo passeio micológico, organizado pelo Município de Pampilhosa da Serra.

O passeio, que se desenrolou ao longo de um setor da Grande Rota das Aldeias Históricas em direção à nascente do Rio Unhais, contou com o acompanhamento especiali-zado do Eng. João Gama, no sentido de apelar à importância da mico-logia e respetivo potencial ecológi-co dos cogumelos que ocupam o território.

Ao longo da caminhada, existiu ainda um aconselhamento perma-

nente no que diz respeito à adoção de boas práticas na colheita e consu-mo de cogumelos, na tentativa de ajudar a manter a integridade do ecossistema e de garantir a seguran-ça dos consumidores.

Uma vez terminada a caminha-da, a iniciativa continuaria com um debate subordinado ao tema “Into-xicação por Cogumelos” e um show cooking de chocolate e cogumelo com degustação dirigido pelo chef Flavio Silva, do Villa Pampilhosa Hotel. Depois de almoço, a ativi-dade terminaria com uma tertúlia sobre as valências do medronho e do medronheiro e, no seguimento, uma prova de aguardentes e licores.

PASSEIO À DESCOBERTA DO MUNDO DOS COGUMELOS

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 7

Actualidade

O jovem Maestro do Grupo Musical Fraternidade Pampi-lhosense, recentemente

empossado no cargo, realizou o seu primeiro concerto na vila, no dia 23 de Dezembro, no concerto de Natal que assinalou o encerramento do Pampilhosa Inspira Natal 2018.

O novo maestro, apesar da enor-me responsabilidade que certamente sentia, teve um sucesso de tal ordem que a grande maioria dos visitantes se deslocou para apreciar a atuação do grupo, sendo o mesmo fortemente aplaudido. O jovem maestro trans-

bordava de felicidade, assim como a presidente de direção do Grupo, a dinâmica Esmeralda Alexandre e seus colaboradores, estando assim certos da continuidade deste antigo grupo, e na continuação da missão de levar cada vez mais longe a nossa cultura musical e o bom nome do concelho, honrando quem já há centenas de anos o fundou e todos os que lhes deram continuação.

O Inspira Natal 2018 foi um êxito, não como no primeiro ano que foi um mar de gente, mas o sucesso continuou bem acentuado, já quase

a terminar, pelo ambiente vivido, os que nele participaram sentiam felici-dade por mais um dever cumprido. De salientar o empenho de todas as Juntas de Freguesia do concelho que se mantiveram desde o inicio firmes na confeção da Filhó espichada, sendo altamente apreciada, consti-tuindo uma grande atração para os visitantes do evento.

A Real Confraria do Maranho marcou assinalável presença, em que a dinâmica Paula Nunes, apaixonada pela causa, se manteve presente quase na totalidade dos dias, assim como o Armindo Tavares, ambos especialistas na confeção do Maranho, contribuído para uma melhor promoção gastro-nómica do concelho. Na ocasião, refe-riram que o sucesso foi muito bom, tendo vendido mais de 4 dezenas de quilos do referido produto.

De referir e sublinhar o Nobre gesto de nossos Bombeiros Voluntá-rios que trabalharam todos os dias, desde a abertura ao fecho de modo a angariar fundos para aquela Nobre instituição, permitindo assim apoiar a sua missão na ajuda às populações.

Destacamos também o Grupo Desportivo Pampilhosense, que este-ve com um bar a funcionar em gran-de, trabalhando também para anga-

riação de fundos para sua instituição para melhoramento do desporto.

Marcante presença foi também a da Santa Casa da Misericórdia de Pampilhosa da Serra, divulgando e vendendo produtos confecionados pelo pessoal da instituição, ajudando assim a proporcionar melhores condi-

ções de vida aos seus utentes.Em suma, é de enaltecer e felicitar

todos os participantes que, trabalhan-do gratuitamente, contribuíram para o sucesso do evento e para o bem de seu semelhante. Feliz Ano Novo a todos.

Zé Manel

FRATERNIDADE PAMPILHOSENSE BRILHA NO ENCERRAMENTO DO "INSPIRA NATAL"– Novo Maestro, o jovem Filipe Miguel Almeida Vicente, orquestrou o seu primeiro concerto na vila.– Juntas de Freguesia felizes por mais um dever cumprido com êxito no Festival da Filhó Espichada.– Real Confraria do Maranho teve sucesso na promoção da gastronomia do concelho.– Associação de Bombeiros, Grupo Desportivo e Santa Casa trabalharam afincadamente para angariação de fundos para suas instituições.

A direção do Grupo Musical Fraternidade Pampilhosen-se, presidida por Esmeralda

Alexandre coadjuvada pelos seus dignos colaboradores, tem como tradição proporcionar aos músicos um Jantar de Convívio pela época natalícia.

Mantendo a tradição, realizou-se no dia 27 de Dezembro de 2018, o referido convívio anual entre todos os elementos da banda, não para lhes pagar, mas configurando um merecido reconhecimento pelos brilhantes serviços prestados.

O jantar foi servido pela Santa Casa da Misericórdia de Pampi-lhosa da Serra nas suas instalações, tendo estado presentes cerca de 120 pessoas, sendo os 62 membros do grupo, maestro, músicos, alunos de música e professores, corpos sociais, e demais convidados. O Municí-pio de Pampilhosa da Serra esteve representado pelo seu vice-presi-

dente Jorge Custódio, das juntas de freguesia de Pampilhosa da Serra, Janeiro de Baixo e Pessegueiro, pelos seus presidentes Nuno Almei-da, José de Jesus Martins e Benja-mim Marques, respetivamente, o senhor Padre Orlando Henriques, pároco da freguesia, o senhor prove-dor da Santa Casa da Misericórdia de Pampilhosa da Serra António Sérgio, a Real Confraria do Mara-nho por Paula Nunes e Armindo Tavares, e José Manuel Almeida pela Casa do Concelho de Pampilho-sa da Serra e jornal SERRAS DA PAMPILHOSA.

O convívio decorreu de forma excelente, onde a juventude marcou presença em grande maioria. A presidente da direção, visivelmente satisfeita, dirigiu-se aos presentes agradecendo a presença, destacan-do o Município que considerou “o motor deste grupo”. Esmeralda Alexandre felicitou o novo Maes-

tro pelo grandioso sucesso no seu primeiro concerto realizado a 23 de Dezembro de 2018, no encerramen-to do evento “Pampilhosa Inspira Natal” e do famoso “Festival da Filhó Espichada”. A presidente teceu ainda rasgados elogios aos músicos, na maioria jovens, na certeza da continuidade e prestigio deste grupo e na manutenção da cultura musical, levando longe o seu bom nome e do concelho.

O presidente da Junta de Fregue-sia de Pampilhosa da Serra, Nuno Almeida, cumprimentou os presen-tes, agradeceu o convite que “aceitou com orgulho”, felicitando o novo Maestro e músicos pela continua-ção do sucesso. Deixou a promessa que a Junta de Freguesia “dentro do possível continuará a colaborar na aquisição de instrumentos”, sendo assim um incentivo para promoção da cultura musical.

João Santos, presidente da Assembleia Geral, ao usar da palavra cumprimentou os presentes, com destaque para o jornal SERRAS DA PAMPILHOSA. Aos músicos e direção agradeceu a boa vonta-de “por irem em frente pugnando pela cultura musical, enfrentando os desafios que se deparam, sendo superados com boa vontade e sacrifício”, estando certo que “esta orquestra continuará a ser uma reali-dade”.

Pelo município, Jorge Custódio, felicitou a direção e o novo Maes-

JANTAR DE NATAL DO GRUPO MUSICAL FRATERNIDADE PAMPILHOSENSE– Novo Maestro Filipe Miguel Almeida Vicente felicitado pelo sucesso do seu primeiro concerto

tro pelo enorme sucesso no seu primeiro concerto no Inspira Natal. Disse ser um enorme orgulho para o concelho ter este grupo e estar certo na sua continuação para o futuro. Saudou os músicos, os professores de música, e os pais dos jovens músi-cos no apoio prestado, colaborando e incentivando seus filhos. “O muni-cípio continuará dentro do possível a prestar todo o apoio, com a certeza que este excelente grupo continua-rá a prestar relevantes serviços ao concelho, e ao qual estamos gratos”, concluiu o autarca.

Filipe Vicente, o jovem e novo Maestro, há bem pouco tempo empossado no cargo, dirigiu-se e cumprimentou com humildade os presentes, e agradeceu ao município, à direção, às juntas de freguesia, aos professores de música, aos alunos, e aos seus pais toda a colaboração e apoio. “Só todos unidos em conjun-to podemos manter esta banda no bom caminho, e para isso podem

contar com a minha colaboração”, disse o Maestro. Confidenciou que, após ter sido empossado no cargo que aceitou “com orgulho”, tem contado com a colaboração de todos, e tudo tem feito ao seu alcance para “melhorar certas coisas, havendo umas que estão bem e que é para manter, havendo outras que estão menos bem que tentarei melhorar”. Apelou para o apoio de todos, considerando que só assim é possível fazer melhor. A terminar lembrou e apelou para a presença de todos no próximo concerto do grupo a 12 de Janeiro 2019 pelas 21.30 horas no auditório municipal, para o Concerto de Ano Novo.

Terminadas as intervenções, o convívio familiar continuou, sendo entregues lembranças aos músicos, ficando a sensação de um futuro de sucesso.

Zé Manel

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8 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Actualidade Opinião

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 9

Actualidade

sanitárias (benefício da introdução de joani-nhas e alguma diversidade de espécies como o loendro, a olaia e o alecrim; prevenção de doenças como a antracnose e da presença da borboleta do medronho e outras espécies indesejáveis).

Para evitar os erros cometidos noutras culturas, defendeu a valorização do produ-to, procurando criar escala através da união dos produtores: quer partilhando conhecimento, sucessos e fracassos; quer juntando produções para responder ao mercado. Nesse sentido, também mencio-nou um conjunto de produtos já existentes (aguardente, geleia, doce, mel, licores, gin, bombons, medronho confeitado e liofili-zado, patés, pão de medronho e fruto para consumo em fresco) e o turismo, assente em pequenos passos, mas seguros, para a sustentabilidade futura.

COOPERATIVA PORTU-GUESA DO MEDRONHO

Professor na Universidade de Aveiro, Carlos Fonseca é também o Presidente da Cooperativa Portuguesa do Medronho (CPM). Integrou a mesa de honra do III Encontro do Medronho e do Medronheiro e na sua intervenção inicial saudou a Profes-sora Filomena Gomes pela investigação na área do medronho.

Fez uma referência histórica à criação da Cooperativa, sedeada em Proença-a-Nova, quando era Presidente do Município o atual Secretário de Estado da Valorização do Inte-rior, João Paulo Catarino.

Considerou o José Martins (Lenda da Beira), como produtor de referência da Cooperativa, que tem atualmente cerca de 30 produtores com uma área total a rondar os 200 hectares. Apelou à participação de mais produtores para uma maior afirmação e considerou que Portugal pode-se posicio-nar como o maior produtor de medronho.

A CPM tem como missão “promover a cultura do medronheiro em Portugal, o cooperativismo dos produtores nacionais de medronho, organizar, estruturar e represen-tar a fileira e valorizar o medronho, os seus subprodutos e o medronheiro em todo o território Português e além-fronteiras”.

No final do encontro, realizou-se em Signo Samo a Assembleia da Cooperativa, que a passou a integrar nas sua Direção o José Martins. Os interessados poderão contactar a CPM pelo telefone 925 273 263 ou através do e-mail [email protected].

OUTRAS INTERVENÇÕES NO PAINEL DE ORADORES

O Dr. Tomás Henriques, da Fundação Pina Ferraz (com sede em Penamacor), defendeu o papel do medronho como produto mobilizador para a região, referindo que é necessário passar das palavras aos atos para que haja uma discriminação posi-tiva, a começar pela criação de mais incen-tivos. Apelou igualmente à mobilização dos produtores.

Em representação da DRAPC (Dire-ção Regional de Agricultura e Pescas do Centro), o Eng.º João Gama, que tem apoiado e acompanhado de perto o proje-to da Lenda da Beira, fez uma dissertação muito interessante sobre a associação de duas culturas com horizontes temporárias diferentes: o medronheiro e o sobreiro. Aproveitando os apoios existentes para a instalação de sobreiros, o medronheiro tem um crescimento mais rápido e, para além das suas potencialidades, pode ter um contributo fundamental na prevenção e ajuda no combate aos incêndios (como já se provou na Lenda da Beira) e para a valorização das faixas de gestão florestal (que circundam os aglomerados popula-cionais). Salientou ainda a importância da

silvopastorícia para esses mesmos obje-tivos.

Uma das intervenções que mais desper-tou a curiosidade dos presentes foi a do Eng.º Rui Lopes, do Instituto Politécnico de Leiria, que relatou as suas experiências para a confeção do Pão de Medronho, associando a sua experiência na gastronomia ao papel de investigador. Embora ainda com algum caminho a percorrer para a sua comercia-lização em quantidade significativa, foram apontados alguns dados positivos para o produto (longevidade superior a 6 dias, rico em vitaminas e minerais e com efeitos probióticos). No final foram distribuídos alguns exemplares, cuja composição incluía cerca de 40% de medronho.

A REN (Redes Energéticas Nacio-nais), esteve representada pelo Eng.º Pedro Marques que divulgou o apoio desta entida-de à cultura do medronho, a par do pinheiro manso, do carvalho, da vinha e da apicul-tura. Em 2018, o medronheiro foi mesmo a cultura que mais cresceu entre as que são plantadas pela REN nas faixas atravessadas pelas linhas de energia. Recentemente, cele-braram um protocolo com a Cooperativa Portuguesa do Medronho para incentivar o desenvolvimento da espécie. Apesar de todos os custos de preparação e instalação da cultura serem assumidos pela REN, o produto fica a pertencer aos proprietários dos terrenos onde são plantados os medro-nheiros.

A última apresentação coube á diretora do IEFP - Centro de Emprego e Formação Profissional do Pinhal Interior Norte (Arga-nil), Dr.ª Adília Farinha, que apresentou algumas das medidas de apoio à contratação, entre as quais:

- A medida Contrato-Emprego, regulada pela Portaria 34/2017, de 18 de janeiro, para contratos sem termo ou a termo de duração igual ou superior a 12 meses, com incentivo de 9 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS = 428,90 EUR em 2018), no caso de contrato sem termo, ou de 3 vezes o valor do IAS, no caso de contrato a termo certo. Este apoio é majorado em 10 % para postos de trabalho localizados em território economicamente desfavorecido (como é o caso da Pampilhosa da Serra).

- Os estágios profissionais integrados nos apoios imediatos às empresas e populações

afetadas pelos incêndios, ao abrigo da porta-ria 347-A/2017, de 15 de novembro, que contempla, entre outros apoios, o aumento da comparticipação do IEFP para 90% da bolsa de estágio.

OUTRAS ENTIDADES PRESENTES NO ENCONTRO (Promoção de produtos e serviços)

Para além da LENDA DA BEIRA, PAMPIMEL, GREENCLON, AGRO SANUS, IEFP (Centro de Emprego – Arganil), e um stand onde faziam FILHÓ ESPICHADA, estiveram presentes diversas entidades, entre as quais:

NOVA FLORESTA: Empresa de Olei-ros que vende medronheiros e outras plan-tas, mas também pode apoiar na elaboração de projetos, preparação de terrenos, planta-ções, adubação e limpezas.

TECNIFERTI: Empresa de Leiria espe-cializada em fertilizantes.

SABORES DE CÁ: Uma loja online de produtos da região do Pinhal Interior, que nasceu para dar resposta à procura dos produtos do Centro de Portugal, dos produ-tores locais

IBERO MASSA FLORESTAL: Um fabricante de carvão certificado para agri-cultura biológica, cujo representante comu-nicou o interesse em adquirir acácias (as mesmas que são consideradas uma praga no concelho da Pampilhosa da Serra), por ser uma das espécies usadas como matéria prima.

No final, todos os participantes com quem falámos mostraram a sua satisfação por mais um Encontro que começa a ser uma referência, não só para o concelho da Pampilhosa da Serra, mas também a nível nacional, numa espécie que pode ser funda-mental para o desenvolvimento e divulgação da região.

Está de parabéns o José Martins e a Lenda da Beira. Fazemos votos que os proprietários pampilhosenses cujos terrenos não estão a ser aproveitados possam apro-veitar as potencialidades desta espécie, para darmos consistência à vontade expressa pelo Presidente do Município da Pampilhosa da Serra de instalar o centro de competências para o medronho.

Anselmo Lopes

Conforme noticiámos na anterior edição do Serras, a aldeia do Signo Samo, na encosta da Soalheira,

freguesia e concelho da Pampilhosa da Serra, O dia 8 de dezembro de 2018 foi palco de mais um Encontro do Medronho e do Medronheiro, organizado pela empresa LENDA DA BEIRA.

Graças à persistência do empresário José Martins, reconhecida e apoiada pelo Muni-cípio de Pampilhosa da Serra, o projeto que aí está a ser desenvolvido, já é uma referência a nível nacional.

Para além do elevado número de parti-cipantes (cerca de 210), merece destaque a presença de diversas empresas e entidades, que valorizaram o evento pela diversida-de de contributos que apresentaram, não apenas para a cultura do medronheiros e produtos associados, mas também pelas pistas que deixaram para uma estratégica de desenvolvimento do concelho e da região.MUNICÍPIO DE PAMPILHOSA

DA SERRA, JUNTA DE FREGUE-SIA E ENTIDADES LOCAIS

A presença do Presidente José Brito, que abriu o painel de intervenções, agradeceu a dinâmica de José Martins (empresário da Lenda da Beira), saudou os membros da mesa e todos os presentes, salientou a importância do medronheiro na prevenção e regeneração do após incêndios. Merece destaque a sua afirmação pública da dispo-nibilidade para apostar na instalação do centro de competências para o medronho, no concelho da Pampilhosa da Serra, o que é um sinal muito importante para a imple-mentação de novas estratégias de desen-volvimento.

Merece igualmente destaque a presença dos Presidentes da Junta de Freguesia de Pampilhosa da Serra, Nuno Almeida, e da Associação Empresarial de Pampilhosa da Serra, João Alves, como demonstração do apoio que a Lenda da Beira merece. Pena é que outras Associações e Entidades Locais não se tenham associado à iniciativa, até porque seria uma excelente oportunidade para a divulgação dos seus projetos.

A PAMPIMEL - Cooperativa de Apicul-tores e Produtores de Medronho de Pampi-lhosa da Serra CRL esteve presente com os seus produtos, designadamente o mel e seus derivados, onde aparece com a marca do seu nome.ESAC – ESCOLA SUPERIOR

AGRÁRIA DE COIMBRA

Tem sido um dos principais parceiros da Lenda da Beira, pela investigação que tem feito para a melhoria da cultura do medronheiro.

A ESAC é uma escola que está integrada no Instituto Politécnico de Coimbra, global-mente orientada para a prossecução dos objetivos do ensino superior politécnico no âmbito das tecnologias, das ciências e enge-

nharias agrárias e afins e do turismo e lazer, tendo já desenvolvido outras parcerias no concelho (exemplo: georreferenciação no Trinhão). Os interessados poderão consul-tar o site da ESAC: http://portal.esac.pt/portal/

A equipa liderada pela Professora Filo-mena Gomes, que esteve na Mesa de Honra do evento, fez duas apresentações:

O Professor Ivo Rodrigues, do Departa-mento de Ciência e Tecnologia Alimentar, debruçou-se sobre a valorização do poten-cial de inovação e desenvolvimento do medronho ao nível dos produtos, incluindo:

Produtos fermentados: aguardente, licor, vinagre e bagaço (antioxidantes e corantes naturais).

Produtos não fermentados: fruto em fresco, fruto desidratado (muesli, snacks e biscoitos), polpas (doces e geleias, chut-neys, sumos e néctares de fruta, preparados <iogurtes, gelados, pastelaria>, confitados e gomas). Entres estas, a marmelada de medronho e o pastel de nata de medronho.

A valorização de subprodutos, através de bagaços não fermentados (resultantes da extração de polpa) e de bagaços fermenta-dos com diversas utilizações (antioxidantes, corantes, cosméticos, fármacos, suplemen-tos alimentares, etc.) foi também referida como demonstração das possibilidades de desenvolvimento de produtos.

A terminar, sugeriu a consulta do “Manual de Boas Práticas para a Cultura do Medronheiro” lançado no II Encontro do Medronho e do Medronheiro, realizado pela Lenda da Beira em 8 de Dezembro de 2017.

A Professora Justina Franco falou sobre as boas práticas para a cultura do medronheiro (vide http://www.esac.pt/medronho).

Tendo por objetivo uma cultura rentável e sustentável, em que o meio rural gere rendimentos que permitam fixar as popu-lações, salientou a importância da escolha das plantas certas de acordo com o local e o fim: produção de fruto fresco, produção de aguardente, etc.

Exemplificou com as experiências já feitas em diversos locais: Serra do Caldeirão, Serra da Gardunha, Serra de Monchique, Serra da Lousã, São Mamede, Malcata, Monfurado, Cabrela, Penela, Pampilhosa da Serra, Oleiros e Parque Clonal da ESAC.

Abordou os diversos aspetos da gestão da produção, desde a instalação (preparação do terreno, compassos entre linhas, ferti-lizações) ao acompanhamento da cultura (condução e podas, escala de estados feno-lógicos, controle de infestantes, época de colheita, impacto ambiental, técnicas de adubação, avaliação da fertilidade, etc.) e às perspetivas futuras.

Os pomares já existentes em Pampilhosa da Serra (Lenda da Beira) e em Oleiros (Jorge Simões) são casos de estudo muito importantes. Foram igualmente focados os problemas fisiológicos da cultura (exemplo: mumificação <“fruto negro”>) e questões

3º ENCONTRO DO MEDRONHO E DO MEDRONHEIRO (cont.)

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10 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Almoço Convívio de Natal

Póvoa da Raposeira é uma aldeia da freguesia de Unhais-o-Velho que conta ainda com cerca de 60 habitantes permanentes, o que permite a realização com sucesso de diversas iniciativas que envolvem a população.

A Comissão de Melhoramentos da Póvoa da Raposeira, dignamente presidida por António Hermenegildo Martins, que conta com o apoio de seus dignos colaboradores e das autarquias locais, vem proporcionado à população uma melhor qualidade de vida, seguindo os passos dos fundadores daquela associação. Um dos locais mais frequentados são as espaçosas e funcionais instalações

da Casa de Convívio, equipada com um bar que abre diariamente, proporcionando um ponto de encontro e agradáveis convívios.

A aldeia é detentora e onde se vivem várias tradições, sendo uma delas o convívio pela época natalícia,

constando do tradicional almoço de batatas com bacalhau. No ultimo Natal não se fugiu à regra, tendo no dia 19 de dezembro sido servido um grande almoço no salão da Casa de Convívio, onde compareceram cerca de 70 pessoas.

As autarquias locais marcaram presença. O município pelo seu presidente José Brito, e a Junta de freguesia de Unhais o Velho com todo o seu executivo, presidente, secretário e tesoureiro, nomeadamente José Batista Marcelino, José Lourenço Pereira Batista e António Domingos, alguns amigos do Machialinho e a imprensa regional pelo SERRAS DA PAMPILHOSA.

Tudo decorreu de forma agradável num ambiente familiar, sendo de

salientar a confeção e serviço do almoço feito por pessoas da aldeia, com uma equipa de cozinheiras formada por Elisabete Bernardo, Gina Bernardo, Alda Bernardo e Salomé Bernardo, e decerto outros mais colaboradores.

Num excelente ambiente vivido e visivelmente satisfeito, o presidente da direção usando da palavra, agradeceu a presença de todos, esperando a continuação daquela tradição por muitos anos. Saudou o presidente do município e agradeceu tudo o que tem feito pelo engrandecimento da aldeia. Referiu que para José Brito, por imposição da lei, será este seu último mandato à frente do município, “mas esta terra estará sempre pronta a recebe-lo de braços abertos”. Deu também um grande agradecimento às cozinheiras acima referidas, e a todos quantos colaboraram para que esta tradição seja mantida, desejando a todos “as maiores felicidades para um bom Natal e Ano Novo que se aproximam”.

O senhor presidente da Junta de Freguesia, José Marcelino, em seu nome e dos restantes membros que o acompanham agradeceu o convite que com honra aceitou, felicitou as cozinheiras e a presença da imprensa regional, estando sempre pronto em ajudar em tudo que esteja ao seu alcance. Lembrou que quem queira preencher os impressos do I.R.S. renovação de carta de condução e outros serviços a Junta de Freguesia está pronta a apoiar a fazê-lo.

O senhor presidente do município, além de felicitar e agradecer às cozinheiras, agradeceu o convite que lhes foi endereçado, aceitando com honra, e a forma gentil como foi e é costume ser recebido. Agradeceu também as palavras que o seu amigo presidente da direção lhe dirigiu, prometendo que “quando deixar de ser presidente o José Brito sempre que possa marcará sua presença, sentindo-se aqui como em família”. Agradeceu á junta de freguesia presente pela prestimosa colaboração no Pampilhosa Inspira Natal com a filhó espichada, afirmando que “sem ela e as restantes juntas não seria possível manter a tradição iniciada há alguns anos”, deixando mensagem de apoio do município sendo que “a sua colaboração será sempre prestada em tudo o que estiver ao seu alcance”.

Terminadas as intervenções o convívio continuou muito agradável, na certeza de sua continuação nos anos vindouros.

O Lagar de Azeite com as Lagaradas e Tibornadas

O concelho de Pampilhosa da Serra foi outrora um território onde era produzida considerável quantidade de azeite, ainda o é, embora em menor quantidade. Esta produção deu origem à construção de Lagares em diversas aldeias, onde se extraia esse saboroso e apreciado produto.

O sistema de extração de azeite era muito antigo. Nos chamados lagares de “vara”, por norma, a “vara” era um enorme tronco de sobreiro, preso numa extremidade, e na outra um grande peso. Por sua vez, esse peso era exercido em cima das “seiras”, onde estava a azeitona já moída no chamado “pio”. A azeitona era moída com uma enorme mó de pedra, em certos lagares tinham até duas, em que sua força motriz era a água que caía em cima de uma roda que transmitia sua força movendo todo o sistema. A azeitona, depois de moída, passava para as seiras onde era prensada,

extraindo-se o azeite para a “tarefa”, local onde era feita a separação das chamadas “águas russas” e da água quente que se adicionava na massa para que melhor fosse feita sua extração do tão apreciado produto que a natureza nos dá.

Destes tradicionais lagares já poucos existem devido a uma menor produção, e ao envelhecimento das populações, dando lugar a outros mais modernos e de produção muito maior. Muitos dos velhos lagares encontram-se ao abandono, outros foram transformados para outros usos, outros ainda, embora poucos, estão ainda em funcionamento. Dizem os antigos que o azeite extraído da forma tradicional é mais saboroso.

Encontramos um desses antigos lagares na Póvoa da Raposeira. Mantendo antigas tradições que os antepassados deixaram, na aldeia ainda existe uma quantidade acentuada de oliveiras e o seu lagar funciona exatamente como os primitivos. Só a prensa foi substituída por uma hidráulica, fazendo o mesmo serviço, mas mais eficiente. O trabalho num lagar tradicional é duro e mais moroso, mas na Póvoa da Raposeira fazem questão que seja assim, não só pelo azeite ser mais saboroso, mas pela manutenção de usos e costumes de seus antepassados.

Trata-se de um lagar exclusivo da caraterística aldeia, e o trabalho é feito em comunidade, não tendo lagareiro fixo, todos são lagareiros, ajudando-se mutuamente uns aos outros. Quando da moagem da sua azeitona é uma festa, embora cansados fazem questão em confecionar as tradicionais e muito apreciadas “Lagaradas”, sendo a ementa composta de Bacalhau cozido com hortaliça, tendo o lagar

sido equipado com uma cozinha para o efeito.

Outro prato tradicional são as “Tibornadas” de bacalhau com batatas, ambos assados no borralho da “fornalha”, que está sempre acesa para aquecimento de água para o sistema de extração, e também para manter o ambiente mais quente, visto que este serviço é feito na época fria.

Ambos os pratos são regados com o bom azeite acabado de extrair. Não menos importante são as entradas na refeição, constando de Broa quente também na fornalha e ensopada no azeite. Uma entrada excelente e altamente saborosa.

Para estes momentos, os lagareiros convidam amigos, um convívio verdadeiramente familiar, por norma feito ao jantar. Tivemos o prazer de ser recentemente convidados para um destes inesquecíveis momentos, tendo no final o António Martins à guitarra, que em suas mãos parece falar, e o Celestino á viola, presenteado todos com uma excelente sessão de fados, ouvindo-se por vezes também o característico som da pedra rodando moendo a azeitona. Alguns ainda mostraram o seu pé de dança, outros cantaram à desgarrada, destacando o grande entusiasta Armindo Bernardes com suas velhas canções que até parece que seus olhos riem.

São velhas tradições que felizmente esta aldeia ainda continua a manter, sendo de grande importância sua manutenção, não só pelo excelente convívio que proporciona, mas mais ainda para que nossos vindouros saibam como viveram os seus antepassados.

Zé Manel

Actualidade PÓVOA DA RAPOSEIRA REVIVE TRADIÇÕES

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 11

Entrevista

Serras da Pampilhosa – No derradeiro mês de 2018 chega aos leitores a 31.ª edição da Revista Arganilia. O que pode-mos encontrar nestas 143 pági-nas?

Nuno Mata – Há duas recor-dações, de António Lopes Machado e João Alves das Neves, no caso deste último através de uma das suas mais relevantes obras de âmbito histórico-cul-tural, e que são dois dos mais relevantes obreiros da revista desde o seu número 1. Sem eles, porventura, a revista não teria saído da concepção, ainda que só com eles não fosse possível concretizá-la até chegarmos a este n.º 31. Para além dessas memórias, visita-se o regiona-lismo de Pampilhosa da Serra, desde a sua aurora ao que pode-rá vir a ser no futuro, através dos textos, reflexões, estudos e opiniões de Aníbal Pacheco, Anselmo Lopes, António Amaro Rosa, António Firmino da Costa, António Lopes Macha-do, Augusto Duarte Henriques Simões, Augusto Máximo Flor, Dionísio Mendes, Eurico Dias Nogueira, João Ramos, José Fernando Nunes Barata, Júlio Cortez Fernandes, Marcelo Caetano, Maria Beatriz Rocha--Trindade, Maria das Dores Guerreiro, Miguel Torga, Sandra Alexandre e Urbano Duarte, uns felizmente entre nós, outros já desaparecidos, mas que deixa-ram testemunhos e sementes. São textos organizados e compi-lados a propósito do 75.º aniver-sário da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra e que a Arganilia, com muita satisfação, fixará nas suas páginas para o futuro.

Serras da Pampilhosa – Deixando as fronteiras de Pampilhosa da Serra e alar-gando a sua visão aos restantes concelhos (até porque o Nuno Mata é descendente de arga-nilenses), que balanço global faz do regionalismo da Beira Serra? A paisagem destas terras seria a mesma hoje sem esse movimento associativista?

Nuno Mata – O regionalismo beirão é, creio, a maior das reali-zações dos beirões. Se conse-guirmos recuar no tempo e nas imensas dificuldades e contin-gências existentes na altura em que as Ligas, Casas e Associa-ções foram criadas, percepcio-naremos a grandeza deste movi-mento associativo sem paralelo no nosso país. E sem ele, a água, a luz, a estrada, a escola, o posto médico, o telefone teriam chega-

do muitíssimo mais tarde do que chegaram. Mas, no meu enten-der, mais do que a realização do benefício em si mesmo, foi a capacidade de alguns pensarem e agirem em prol de muitos, sem que daí adviesse mais do que a satisfação de dever cumpri-do. Contudo, hoje assiste-se ao natural esvaziamento da acção destas associações. Os melho-ramentos necessários já não são suportáveis pelas colectividades regionalistas e a sua activida-de deve ser redireccionada, por exemplo, para a cultura e para a memória colectiva. Deveriam, entendo, ter um papel relevan-te na História local, mantendo vivas pessoas e tradições. Em suma, ainda há lugar para elas, já não o lugar inicial que ocupa-ram.

Serras da Pampilhosa – Ainda no plano do regionalis-mo, a Revista Arganilia também recorda neste novo número a incontornável figura de António Lopes Machado, falecido em 2018. Para quando uma Arga-nilia dedicada a esta persona-lidade ímpar? Que contribu-tos gostaria de ver publicados nessa eventual edição?

Nuno Mata – E para além de António Lopes Machado há tantas outras figuras que mere-cem destaques e homenagens, sendo assustadora a forma como “desaparecem” da nossa vida e se tornam, de repente, esqueci-das e anónimas… Porém, não se poderá amassar o pão sem que no alguidar haja farinha e é muito difícil reunir pessoas em número suficiente para construir uma revista dedica-da a uma determinada perso-nalidade. Garantidamente que havendo essa possibilidade, a Arganilia estará aberta e dispo-nível, como tem estado desde o primeiro número. Devo refe-rir que os novos tempos e as novas gerações estão mais afas-tados do passado e da relevân-cia desse mesmo passado, que inclui o material, o imaterial e as pessoas. Não é simples, portan-to, reunir pessoas interessadas em criar artigos que resultem num número da Arganilia, ainda que os temas ou personalidades sejam pertinentes e que haja, até uma certa urgência em fazê-lo, ou porque a gente mais nova se entregou a outras áreas de inte-resse, ou porque os mais velhos estão cada vez mais indisponí-veis. E esta dificuldade sinto-a em todas os números que tenho orientado.

Serras da Pampilhosa –

Analisando as últimas três edições da Revista Arganilia, verifica-se um predomínio de temas pampilhosenses. Como explica isso? Não teme even-tuais críticas sobre esse facto?

Nuno Mata – A sua questão é pertinentíssima, pois toca num aspecto complexo de gerir, que é um certo bairrismo ridículo que surge a cada passo. Aliás, o nome da revista tem sido, julgo, um entrave para que alguns não a considerem uma mais-valia no panorama cultural desta vasta região, até porque é um projec-to único, o que me entristece e que não permite que nela possa figurar toda a história destes concelhos. Devo dizer-lhe que estes 3 últimos números salva-guardam em cerca de 400 pági-nas o património, a cultura, a história e as personalidades de Pampilhosa da Serra. Se, por acaso, assim não fosse, temeria as críticas. Assim sendo, consi-dero que a Arganilia cumpriu o seu desígnio e permanece como um projecto com futuro. Deu-se o caso da revista despertar o interesse e a participação mais activa de alguns pampilhosenses que têm contribuído e muito para idealizar estes três últimos números, três que poderão ser mais, assim haja material para apresentar aos leitores.

Serras da Pampilhosa – Na última entrevista que nos conce-deu, salientava que há nomes novos e com valor que urge apresentar. Será isso que pode-remos esperar em 2019? Que pistas nos pode deixar quanto ao próximo número?

Nuno Mata – É isso mesmo que poderão esperar os leitores da Arganilia. Aliás, estava já em ideia o número de 2018 nessa temática, que ficou em suspenso para 2019, apenas pela necessi-dade cronológica de se avançar com os assuntos que compõem a revista de 2018. Não podendo avançar com muitas informa-ções, devo dizer que os contac-tos para a consecução da revista de 2019 estão feitos e que o tema central, sendo ainda cedo para dizer se único ou não, trará ao prelo uma das mais proe-minentes figuras do panorama artístico da Beira Serra que, curiosamente e intrigantemen-te, permanece quase incógnita entre nós. Devo dizer-lhe que será um número que me trará uma enorme satisfação de orga-nizar e que, simultaneamente, trará a responsabilidade de editar números semelhantes.

ENTREVISTA A NUNO MATA DIRECTOR DA REVISTA CULTURAL “ARGANILIA”

«Os melhoramentos necessários já não são suportáveis pelas colectividades regionalistas e a sua actividade deve ser redireccionada, por exemplo, para a cultura e para a memória colectiva»

O encerramento do ano de 2018 foi marcado pelo lançamento de mais uma edição da revista Arganilia que, uma vez mais, torna a dar relevo a temas pampilhosenses. Desta vez, a revista cultural da Beira Serra é dedicada à celebração dos 75 anos da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, ao mesmo tempo que salienta o desaparecimento do regionalista comarcão António Lopes Machado. Assuntos que serviram de mote a uma entrevista de Nuno Mata, director da Arganilia, ao SERRAS. António Amaro Rosa

O movimento regionalis-ta tem nas Beiras, mormente na Beira Serra, um dos seus berços mais profícuos. Diz D. Eurico Dias Nogueira, nesta revista, que “regionalismo, como movimento associativo, nasceu sobretudo no coração dos beirões”. Dificilmente se encontrará aldeia ou lugar que não tenha uma Comissão de Melhoramentos, uma União, enfim, um conjunto de homens bons e teimosos beirões que, trazendo cada um a sua pedra, foram construindo os melho-ramentos imprescindíveis à vida colectiva das populações, longe que se andava do Esta-do social. Não fossem estas agremiações e a água canalizada, a luz eléctrica, a estrada, o posto de saúde ou a cabine telefónica não teriam chegado de forma tão célere às serra-nias deste Portugal que permanece ostracizado. Hoje, o seu papel é mais de índole sociocultural, pois que os melhoramentos são herculeamente dispendiosos para estas associações, muitas sediadas em Lisboa. Porém, enfrentam desafios de sobrevivência, com dificuldades de captação de asso-ciados que desejem prolongar a vida destas agremiações.

Esta arganilia, a número 31, contém artigos que versam o assun-to atrás exposto, através da escrita de personalidades que enriquecem o espólio da revista, mas sobretudo, o da nossa história enquanto comuni-dade, que num extenso e valiosíssimo artigo, compilatório de várias abor-dagens, memoriza a Casa do Conce-lho da Pampilhosa da Serra, como aglutinadora e regaço das comissões de melhoramentos que floresceram naquele concelho e que, ainda hoje, teimam em resistir à erosão de um tempo bem mais individualista. São eles Aníbal Pacheco, Anselmo Lopes,

António Amaro Rosa, António Firmi-no da Costa, António Lopes Macha-do, Augusto Duarte

Henriques Simões, Augusto Máxi-mo Flor, Dionísio Mendes, Eurico Dias Nogueira, João Ramos, José Fernando Nunes Barata, Júlio Cortez Fernandes, Marcelo Caetano, Maria Beatriz Rocha-Trindade, Maria das Dores Guerreiro, Miguel Torga, Nuno Mata, Sandra Alexandre e Urbano Duarte.

Lembramos justamente a figura de António Lopes Machado que, sendo muitas coisas, foi acima de tudo um acérrimo regionalista, fosse da sua terra, fosse de todas as terras.

Terminamos este número com a memória de uma obra fundamen-tal aos que pretendem estudar e compreender esta Beira, um trabalho de João Alves das Neves que cumpre, este ano, os 10 anos de edição.

Uma vez mais, a arganilia reserva as suas páginas à história comum das gentes que habitam o território que serve. Bem-haja aos que se disponi-bilizaram a fazer nascer este volume de 2018.

Nuno Mata

EDITORIAL DA REVISTA “ARGANILIA” (N.º 31)

PERFILNUNO MATA, nascido em Sintra (1970), familiarmente ligado a Coja e residente, atualmente, em Guimarães. Licenciado em Geografia pela Universidade de Coimbra, é professor do ensino básico e secundário. Tem-se interessado pela recolha histórica do património edificado e imaterial da região da Beira Serra e de outras regiões, publicando dezenas de trabalhos e artigos na imprensa local. É, desde 2012, vice-director da revista cultural da Beira

Serra, Arganilia, continuando o trabalho do seu editor e fundador, professor João Alves das Neves, entretanto falecido.

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12 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Regionalismo Opinião

O propósito desta carta é denunciar a falta de respei-to que existe pelos consu-

midores de eletricidade e telecomu-nicações do interior do país.

Sendo assim passo a relatar as condições de quase terceiro mundis-mo em que vivemos no interior do país, no Portugal profundo, longe das grandes urbes e neste particular na região serrana do pinhal interior, concelho e freguesia de Pampilhosa da Serra, lugar de Vale Serrão.

Penso que o caso não é único, mas em particular é este que me atinge.

A interrupção de energia elétrica é frequente, basta haver uma inten-sidade de vento acima do habitual, e repare-se não estamos a falar de nenhum ciclone, basta haver uma pequena trovoada e o fornecimento de energia elétrica é logo interrom-pido. Esta situação existe há muitos anos, desde que me lembro que assim é. Curiosamente no municí-pio de Oleiros, que é contíguo, esta situação não se verifica.

Para além do desconforto que o mesmo acarreta ás populações, há ainda os danos causados aos equi-pamentos, pelas sobreintensidades geradas por este liga / desliga da energia. Para além destas inter-rupções o valor da voltagem não é constante, registando-se por vezes picos e baixas de tensão acima do recomendável. Nem é preciso ser um especialista na matéria para o perceber, basta ver o abaixamento da luminosidade das lâmpadas de incandescência para se ter a percep-ção do que está a acontecer.

Desde que a rede foi disponibi-lizada a esta povoação (e segura-mente a muitas outras), os investi-mentos feitos foram sempre curtos para as necessidades. O PT dimen-sionado para quando as habitações tinham uma potência contratada de 1,15KVA, neste momento não é adequado, quando o mínimo reco-mendável para uma habitação com duas pessoas neste momento é de 3,45KVA (isto se usar apenas uma máquina de lavar, se usar mais um ferro electrico, já não chega). No verão quando a população aumenta para cerca de dez vezes mais, esta situação é por demais evidente.

Quando era Presidente da direc-ção da União Progressiva de Vale Serrão, várias vezes chamei a aten-ção para este assunto junto das entidades competentes, mas como é hábito, a situação foi levada pouco

a sério. Penso que foram feitas algu-mas medições de voltagem por parte da EDP, mas os resultados obtidos, e as condições em que as mesmas foram feitas nunca foram do meu conhecimento, nem sei se das enti-dades a quem deveria ter sido comu-nicada (no caso á Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, a quem denunciei a situação).

Os consumidores do interior são portugueses como os do litoral, pagam a energia da mesma forma, será que não têm direito a um servi-ço com alguma qualidade? Aliás se analisarmos o preço da energia, pagamos a energia mais cara da Europa (estou a falar de valor rela-tivo ao poder de compra dos portu-gueses). Estudos recentes apontam para Portugal ser o quarto país mais caro da Europa em termos absolutos e o mais caro em termos relativos.

A média europeia aponta para valores médios de 30,15€ por KWh em Portugal, enquanto a média europeia se cifra nos 20,05 por KWh.

Isto sem falar das taxas e taxi-nhas que são aplicadas ao serviço pelo estado, que aproveita todas as oportunidades para nos esmifrar e esbulhar, sem nos oferecer nada em troca. Em suma, ganhamos como pobres e pagamos como ricos.

Não me admira, pois, que para sustentar ordenados pornográficos dos CEO, dos conselhos de admi-nistração, dos reguladores e da súcia de parasitas que gravitam em torno destas instituições com certeza que pouco sobrará para investimentos.

Nas telecomunicações, a situa-ção é ainda pior. Se quiser abrir um anexo de um email, é impossível.

Se a intenção é continuar a deser-tificar o interior, estamos no bom caminho, e então quem nos governa está de parabéns.

Tenho a consciência de que pouco ou nenhum resultado advirá desta carta, no entanto é meu dever manifestar a minha indignidade e a minha profunda revolta por este estado a que chegámos.

Se a sociedade civil não se mobi-lizar e continuar no marasmo a que parece estar devotada, seremos tratados sem respeito e sem consi-deração, apenas como um reba-nho necessário a que o dono tire o máximo proveito com o mínimo de despesa.

Barata LopesEngº Maq. Marinha Mercante

CARTA ABERTA À EDP DISTRIBUIÇÃO, REN E DEMAIS ENTIDADES ENVOLVIDAS

É habitualmente durante o primeiro semestre de cada ano que as coletividades

regionalistas e outras instituições realizam as suas assembleias gerais, os seus almoços de aniversário e outros eventos, principalmente na região da grande Lisboa. Assim, até ao momento chegou ao nosso conhecimento o agendamento dos seguintes eventos: 02 fevereiro – Liga de

Melhoramentos Freguesia de Pessegueiro – 10:30h – 13:00h, Comemorações do 80º aniversário, em Pessegueiro; 03 fevereiro – União e

Progresso de Vale Derradeiro - 9:00 h, Assembleia Geral, na Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, Lisboa; 10 fevereiro – Associação de

Combatentes de Pampilhosa da Serra – 14:00h, Assembleia Geral, na sede da Junta de freguesia de Pampilhosa da Serra; 16 fevereiro – Jantar do

grupo facebook Pampilhosenses e Descendentes – 18:30h, no Rest. Chimarrão, Av. de Roma,90D – Lisboa; 17 fevereiro – Casa do

Concelho de Pampilhosa da Serra - 14:30 h, Assembleia Geral Ordinária e Eleitoral, na sede, Rua das Escolas Gerais, 82, em Lisboa; 24 fevereiro – Comissão de

Melhoramentos de Ponte de Fajão – 12:30 h, Almoço de Aniversário, na Associação da Força Aérea Portuguesa; Av. Gago Coutinho, 129, em Lisboa;

5 março - CARNAVAL 10 março - Liga Pró-melhor-

amentos da Freguesia de Fajão – 12:30 h, Almoço Comemorativo do 85º aniversário, no Restaurante Caravela de Ouro, junto ao Jardim Municipal em Algés; 17 março - Rancho Folclórico

Casa Concelho Pampilhosa da Serra – 12:30 h, Almoço do 35º aniversário e atuação do Rancho e grupo de concertinas “Os Serranitos”, na Casa Concelho, Lisboa; (dia a confirmar) 30 março - União Progressiva

de Vale Serrão – 13:00h, Almoço Anual seguido de Assembleia Geral, na Casa de Convívio de Vale Serrão; 7 abril – Associação dos

Amigos de Cavaleiros – 12:30 h, Almoço Aniversário, no Restaurante Caravela de Ouro, Algés; 10 abril – FERIADO

MUNICIPAL 14 abril – Comissão de

Melhoramentos de Castanheira da Serra – 12:30 h, Almoço de Aniversário, no Restaurante Caravela de Ouro, em Algés; 19 abril – FERIADO (Sexta-

feira Santa) 20 abril - Comissão Associativa

de Melhoramentos de Camba – 12:30 h, Almoço de Páscoa e lanche, na Casa de Convívio de Camba; 20 abril – Sociedade União e

Progresso de Covanca – Assembleia Geral Extraordinária (Eleição Órgãos Sociais) – 15:30 h, na sede em Covanca; 20 abril - Comissão de

Melhoramentos da Póvoa – Assembleia Geral, Matança do Porco

e divertimento noturno, em Póvoa; 21 abril – DOMINGO DE

PÁSCOA 25 abril - FERIADO 5 maio – Sociedade Recreativa

e Progresso Ceiroquense (Ceiroco) – Almoço de Aniversário, em local a designar 12 maio - Comissão Associativa

de Melhoramentos de Camba – 10:30 h, Jogo futsal Solteiros x Casados; 13:00 h , Almoço de aniversário, no restaurante Caravela de Ouro, Jardim Municipal de Algés; 19 maio - União e Progresso de

Vale Derradeiro – 13:00 h, Almoço de aniversário, em local a designar; 02 junho – Casa do Concelho

de Pampilhosa da Serra – 12:30 h, Almoço comemorativo do 78º aniversário da Casa e do 20º Aniversário do Jornal “Serras da Pampilhosa”, na sede, Alfama, Lisboa; 9 junho – 14º Encontro

Convívio de Coletividades Fajaenses e amigas – 12:00 h, no recinto da Nª Srª da Guia, em Fajão (saída de Lisboa às 7:30h).

Outros eventos de outras coletividades se realizarão durante 2019, que serão divulgados após receção dessa informação que poderá enviar para [email protected]

Não faltem. A vossa participação é a motivação para que o associativismo regionalista seja cada vez mais forte e interventivo. Apoiem o movimento regionalista.

Carlos Simões

AGENDA DE EVENTOS REGIONALISTAS PAMPILHOSENSES 2019

CORREÇÃONoticia Jantar do Rancho Folclórico de

Dornelas do ZêzerePor lapso do autor, a notícia do jantar de Natal do Rancho de

Dornelas do Zêzere, publicada na edição de dezembro de 2018, contem um lapso no último parágrafo:

Onde se lê “Presidente da Associação de Solidariedade Social de Dornelas do Zêzere, Joaquim Isidoro”, deve ler-se “…Manuel Isidoro”. As nossas desculpas ao visado.

Adriano Pires

Aproveitando a possibilidade de umas miniférias no fim do ano foram muitos os que

se deslocaram até à Castanheira da Serra (freguesia de Fajão-Vidual) para assinalar a entrada em 2019 da melhor maneira.

Durante os últimos dias de 2018 e os primeiros do novo ano, a calma e a pacatez habituais durante todo o ano na Nossa Castanheira foram subs-tituídos pela agitação, a animação, alegria e boa disposição dos muitos que vieram de fora para se juntar aos residentes habituais, dando, por alguns dias, uma “nova vida” a esta pequena mas bela aldeia da Serra do Açor.

O sol “quentinho” de Inverno, que se fez sentir durante o dia, ajudou a aquecer e fez esquecer o frio que se fazia sentir durante a noite, em que as temperaturas desciam de forma mais intensa, obrigando as lareiras e salamandras a queimar madeira a todo o vapor.

Mas, o calor humano foi o que acabou por aquecer a alma e o cora-ção de todos os que se reuniram na Castanheira da Serra. As noites foram passadas em alegre convívio na Casa da Comissão de Melhoramentos (Casa do Povo) que, 40 anos depois da sua inauguração, foi ampliada e tem agora melhores condições para acolher todos os que nos visitam. A lareira, estreada para a ocasião, onde está inscrito parte da letra do Hino da Castanheira da Serra, ajudou a

aquecer o ambiente. A amizade e os afetos fizeram o resto.

Mas, o ponto alto destes dias, como não podia deixar de ser, foi a passagem do ano e a entrada em 2019.

A festa juntou na última noite do ano, na Casa do Povo, mais de 60 pessoas e todos participaram, desde os mais novos aos mais velhos, com muita alegria, boa disposição e animação, pela madrugada dentro, com muita música, dança e bebida.

Tudo começou a ser preparado ainda muito antes da meia-noite, com a sala a ser decorada e as mesas a serem postas para receber os casta-nheirenses e amigos.

Horas antes, o forno comunitá-rio da aldeia já cozia as tigeladas e assava o delicioso cabrito que, horas mais tarde, haveria de ser servido no

último jantar de 2018, acompanhada com o tradicional arroz de forçura. Da ementa constava ainda Leitão assado, muitos salgadinhos, o típico Caldo Verde e muitas doces iguarias.

O novo ano, como não podia deixar de ser, foi recebido em grande festa, por entre beijos e abraços, com Champanhe e as inevitáveis passas. Um brinde geral e o abraço coleti-vo uniu todos os castanheirenses e amigos e selou os votos de um ano melhor para todos.

A festa que durou noite dentro, sempre bem regada e animada, ainda nem tinha terminado e, no dia seguinte, já se faziam planos para a Páscoa.

Os Castanheirenses desejam a todo um Bom e Próspero 2019.

Bruno Henriques da Silva

PASSAGEM DO ANO ANIMADA NA CASTANHEIRA DA SERRA

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 13

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14 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Regionalismo Actualidade

António Fernandes Barata Gonçalves, nasceu na aldeia de Vale Serrão a

11/12/1938. Originário de uma família paupérrima, o pai cego por volta dos 30 anos, era só a mãe que propiciava o magro sustento da casa. Com mais seis irmãos (dois dos quais faleceram ainda jovens), teve uma infância difícil, ainda agravada por uma doença óssea que o remeteu ao leito durante cerca de sete anos. Mais uma cruz que esta mãe heroína teve de carregar, para além de ser o “homem” da casa. Resistiu felizmente, com algumas sequelas, que sempre o condicionaram na sua normal movimentação.

Por volta dos seus vinte anos, foi viver para o Barreiro, onde se dedicou ao negócio de vendedor ambulante, á semelhança de tantos dos nossos conterrâneos, e onde acabou a instrução primária que tinha sido

interrompida devido á doença que o assolou.

Apesar do sucesso nos negócios, nunca esqueceu o seu Vale Serrão, onde assim que pôde construiu a sua habitação e onde se desloca frequentemente para tratar das suas propriedades agrícolas.

Sempre foi, e ainda é, um acérrimo

regionalista, tendo deste muito novo pertencendo aos corpos sociais da União Progressiva.

Foi várias vezes Vice-Presidente da Direção, Presidente interino (devido á morte de Manuel Marques João) e nestes últimos anos, foi meu Vice-

Presidente (durante 12 anos) de 2005 a 2017, altura em que se retirou devido a dificuldades motoras. Esteve também envolvido na Comissão pró construção da Ponte de Álvaro.

Durante a década de 70, organizou das festas mais grandiosas que foram realizadas na povoação. Cumpriu um dos seus sonhos, que

consistia em durante uma hora estourar foguetes conhecidos como “canhão”, pagos integralmente do seu bolso. Conseguiu a actuação de alguns artistas de renome (caso de Emanuel), hoje em dia fora do alcance de poucas ou nenhuma aldeia do nosso concelho.

Durante o tempo em que trabalhámos juntos foi sempre o meu braço direito e por vezes também o esquerdo, pois devido á minha profissão com ausências prolongadas do país era-me impossível estar fisicamente presente em representação da UPVS.

Em 2016 foi merecidamente agraciado com uma homenagem de mérito regionalista pela UPVS.

Sempre defendeu com veemência e por vezes com alguma agressividade a sua povoação. Os nossos dirigentes dos órgãos municipais muitas vezes sentiram na pele a persistência com que reivindicava os legítimos interesses e direitos dos habitantes de Vale Serrão.

Neste último 29 de dezembro, resolveu juntar familiares e amigos, no bonito salão (Sala José Bernardo das Neves, outro grande regionalista), da casa de convívio em Vale Serrão para comemorar o seu 80º aniversário. Foram cerca de 50 pessoas presentes que se banquetearam durante todo o dia com o magnifico almoço servido pelo restaurante “Sabrosa” da região de Tábua.

Foi um convivo bonito, com momentos belos e emotivos em que os presentes demonstraram o seu carinho e admiração a este homem que apesar da sua pouca instrução teve um papel activo quer no desenvolvimento da sua região, quer no bem-estar comum. Nunca um provérbio assentou tão bem “Faz mais quem quer do quem pode”.

Aqui fica um exemplo de que com vontade e persistência, podemos alcançar aquilo com que sonhamos. Já dizia o grande Presidente norte americano J.F. Kennedy “Não perguntes o que o teu país pode fazer por ti, pergunta o que podes fazer pelo teu país”. Foi este um dos lemas que norteou a vida deste homem.

Para terminar quero desejar tudo de bom para o “tio António” e que a vida lhe continue a sorrir no futuro. Que esteja connosco durante mais uns anitos pois continuamos a contar com ele para os combates regionalistas do futuro.

Barata Lopes

REGIONALISTA ANTÓNIO F. BARATA GONÇALVES FESTEJA 80 ANOS

Realizou-se no passado dia 20 de dezembro uma reunião do Conselho Local de Ação

Social de Pampilhosa da Serra, onde foi apresentado e aprovado o relatório de avaliação do ano de 2018, relativo às atividades desen-volvidas pela equipa do CLDS Pampilhosa ATIVA!. Nos últimos 36 meses, este projeto, dinamizou um “elevado número de ativida-des de grande diversidade”, pala-vras do Dr. Paulo Teixeira CEO da LOGFRAME, empresa de consul-tadoria que realizou a avaliação externa ao Projeto.

Do conjunto de pontos fortes e de oportunidades de melhoria, Paulo Teixeira, destacou o dinamis-mo e motivação da equipa como

um ponto a favor do sucesso do projeto que, segundo o mesmo, terá sido preponderante para a forte capacidade de adaptabilidade reve-lada. Um dos exemplos dessa capa-cidade foi a intervenção do projeto nos incêndios de 2017, revelando--se um instrumento importante na prestação de apoio às populações afetadas.

Nesta reunião foi ainda aprovado o relatório de avaliação do Plano de Ação do CLAS e apresenta-dos os projetos que as IPSS com intervenção local e o Município de Pampilhosa da Serra se encontram a preparar no âmbito do Programa Portugal Inovação Social.

CONSELHO LOCAL DE AÇÃO SOCIAL APROVA RELATÓRIO DO CLDS-3G

Realizou-se, no dia 27 de dezembro, uma sessão coletiva dirigida aos desem-

pregados inscritos no Centro de Emprego e Formação Profissional de Arganil, com o objetivo de apre-sentar ofertas e medidas ativas de procura de emprego, bem como de apoio ao empreendedorismo/cria-ção do próprio emprego.

Para a sessão foi convidado o jovem empresário Eng.º André Pereira, que possui empresas no concelho na área da construção civil e limpeza de florestas/agricultura. De uma forma simples e motivado-ra apresentou as suas empresas e as ofertas que tem disponíveis nas dife-rentes áreas de atuação das mesmas.

A presença deste empresário permitiu um diálogo interativo com os desempregados que tiveram oportunidade de esclarecer dúvidas e perceber as regalias que as suas empresas oferecem, atualmente, aos

seus trabalhadores. No fundo, esta sessão pretendeu

passar a mensagem de que emprego e trabalho fazem parte do dia-a-dia da vida em sociedade, sendo que a forma como os indivíduos encaram esta realidade, nomeadamente no que diz que respeito ao empenho, permitirá ao trabalhador não só ganhar o seu salário, mas também transformar a sua vida pelas apren-dizagens, relação com os outros e valorização pessoal que o trabalho pode proporcionar.

Tratou-se de uma iniciati-va promovida pelo Contrato de Desenvolvimento Social Pampi-lhosa ATIVA! em parceria com Gabinete de Inserção Profissional de Pampilhosa da Serra, que contou com o apoio do Centro de Emprego e Formação Profissional de Arganil e do Município de Pampi-lhosa da Serra.

CLDS PAMPILHOSA ATIVA! PROMOVEU SESSÃO PARA DESEMPREGADOS

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Cultura

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 15

São as seguintes aldeias e os seus padroeiros/as: Braçal - Senhor dos Milagres; Carvoei-ro - Senhor do Bonfim; Casal da Silva - Senhor Jesus; Coelhal - Nossa Senhora das Neves; Farropo - Senhora do Monser-rate; Malhadas da Serra - Divino Espirito Santo; Sobral Bendito - Nossa Senhora do Livramento; e Ramalheira - Nossa Senhora dos

Remédios.Todo este valioso património

faz parte da vida das pessoas, importante para a manutenção da fé e ligação ás suas raízes.

Zé Manel

Pessegueiro é uma freguesia do concelho de Pampilho-sa da Serra, em tempos

bastante esquecida, mas, atual-mente, graças às autarquias locais e á forte colaboração da Liga de Melhoramentos da Fregue-sia Pessegueiro, o seu desenvol-vimento tem sido acentuado, proporcionando uma melhor qualidade de vida das popula-ções locais, nomeadamente, em vias de comunicação e cultura.

O seu Lagar de azeite é muito antigo e foi reconstruído de modo a mostrar e legar aos jovens como foi o modo de vida dos seus antepassados, exibindo os equipamentos daquele lagar, os utensílios e objetos usados outrora. No lagar e área envol-vente foi também instalado um característico bar para convívio, promoção turística, com aloja-mento local, passeios pedestres e, além de outras valências, a sua excelente praia fluvial, que é o cartão de visita de Pessegueiro.

O seu património religioso, como na generalidade de todo o concelho, encontra-se em exce-lente estado de conservação, e para visitá-lo fomos amavelmen-

te recebidos pela altamente dedi-cada paroquiana Teresa Batista que, apesar dos seus quase 80 anos de idade, tem aquele seu adorado património, que é de todos, em excelente estado de limpeza e conservação, tendo mantido esta missão desde a sua juventude.

A Igreja Matriz é muito anti-ga, sobressaindo como um imponente imóvel, tendo uma bem alta torre sineira com dois sinos. O padroeiro adorado é São Simão, tendo a sua imagem instalada no Altar-mor, ladeado por duas figuras: a de de Santo António e de Nossa Senhora de Fátima. No lateral, a imagem de São Francisco de Assis. Existem ainda mais dois altares laterais, com as imagens de Sagrado Coração de Jesus e do Sagra-do Coração de Maria. A Igreja possui lindos vitrais, todos rela-cionados com a religião cristã, e uma caraterística pia batismal em pedra.

Como dado curioso, podemos encontrar no interior da igreja matriz uma pequena mas muito bela capela, tendo no centro de seu Altar-mor a imagem de

Nossa Senhora do Carmo, ladea-da pela Rainha Santa Isabel e São Luiz Gonzaga, e na lateral uma grande figura de cristo cruxifi-cado. De salientar que o altar desta capela é todo construído em talha dourada, assim como as figuras já descritas, que estive-ram guardadas muitos anos, mas em boas condições, tendo sido mandadas restaurar ao grande artista Elizeu. Quando da grande reconstrução da igreja no ano de 1996, foi feita esta capela, tendo sido lá colocadas as imagens, constituindo uma mais-va-lia para a igreja, a qual é muito apreciada. O autor desta valiosa e linda obra é o senhor padre Ramiro Moreira, contando com ajuda de seus colaboradores, que apesar de seus 87 anos de idade, continua paroquiando desta freguesia, onde é por todos muito estimado, tendo ainda a seu cargo a freguesia de Alvares e seus dois lares de idosos, dos quais foi o grande impulsiona-dor para a sua construção.

De salientar que a última reconstrução desta igreja e capela interior tiveram elevados custos e trabalho, tal como inscrito na

placa exposta que faz referencia a que esta magnifica obra deve-se à constante dedicação da comis-são da fábrica da igreja, presidida pelo pároco senhor Padre Rami-ro Moreira, aos ilustres filhos da terra Padre Dr. Benjamim Alves, senhor Eng.º João Alves e sua equipe técnica, colaboração do D.G.O.T., Camara Municipal de Pampilhosa da Serra, Junta de Freguesia de Pessegueiro, pedi-tório feito às coletividades da freguesia, população e amigos, a Liga de Melhoramentos da Freguesia de Pessegueiro com uma generosa quantia, só assim foi possível reconstruir este templo, inaugurando-se a referi-da reconstrução em 10 de Agos-to de 1996.

Em Pessegueiro existem ainda mais duas capelas: Uma também muito antiga junto ao cemitério, onde é celebrada missa quando dos funerais, além de outras cele-brações em certas ocasiões; e outra da venerada Nossa Senho-ra de Lourdes, com uma exce-lente vista, onde todos os anos é celebrada festa em sua honra, no segundo domingo de Setembro. A preparação desta festa é inicia-

da com uma “novena” orientada por Teresa Batista, onde todos os dias se reza o terço e cânticos apropriados. Ao nono dia, é feita a Procissão das velas, com saída da referida capela com a imagem da Senhora de Lourdes e respe-tivas insígnias, percorrendo as ruas da aldeia até á igreja Matriz. No dia da festa, faz o percurso inverso até sua capela, seguido de Missa solene, acompanhada pela banda filarmónica. Nestes festejos muito conhecidos é costume participarem grande quantidade de cristãos que aqui vêm para viver e manter a sua fé.

Para a manutenção e conser-vação em perfeito estado deste venerado património, é neces-sário muito trabalho generoso, para o qual muito se ficou a dever aos nossos antepassados, mas outros lhes dão continuida-de. Salientamos a Ti Matilde das Neves, como uma dedicada e muito estimada paroquiana, que toda sua vida se dedicou a esta Nobre causa, trabalhando para bem do seu semelhante antes de partir para o infinito. A sua falta foi muito sentida, levando um acompanhamento fúnebre

dificilmente visto na região. Nos últimos momentos de vida, já em seu leito sem forças para conti-nuar sua missão, chamou junto de si sua sobrinha, a Ti Patrocina Batista, para continuar os seus passos, e ela assim o fez até ao fim de sua vida, sendo ajuda-da pela sua filha Teresa Batista, com apenas 5 anos de idade, continuando com honra e brio ainda hoje, apesar de seus quase 80 anos de idade. Teresa Batis-ta, carinhosamente chamada de Terezita, continua assim a seguir os passos de sua adorada Mãe, continuando a afirmar que o faz, e enquanto puder o fará, com a maior vontade, fazendo parte de sua vida. Esperemos que se prolongue por muitos anos.

Além do referido patrimó-nio na sede de freguesia, todas as restantes aldeias têm o seu venerado padroeiro/a que, com honra mantêm em bom estado de conservação, e em que todos os anos, em data certa, é feita uma festa em sua honra, ocasião em que todos se juntam para viver e mantem a sua fé religio-sa, sendo também momentos de importante convívio.

PATRIMÓNIO RELIGIOSO DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRAFREGUESIA DE PESSEGUEIRO

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16 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

A Ludoteca Pampilho do Município de Pampilho-sa da Serra em colabora-

ção com o Projeto “CLDS – 3G Pampilhosa Ativa!”, promovido pela Associação de Solidariedade Social de Dornelas do Zêzere e o ATL da Cáritas Diocesana de Coimbra, levou 47 crianças e jovens ao musical “A Surpreenden-te Fábrica de Chocolate”.

Esta atividade realizou-se no dia 20 de dezembro e proporcionou às crianças e jovens serranos um dia diferente, cheio de alegria e fantasia.

Actualidade Opinião

Em Assembleia Geral realizada no dia 17 de Agosto, foram elei-tos os novos Órgãos Sociais da

Associação dos Amigos de Cavaleiros (AAC), para o exercício de 2018-2019.

Como tal e para conhecimento de todos, abaixo indicamos os elementos eleitos.

Assembleia GeralPresidente: Carlos SantosVice-Presidente: Maria de Lurdes

NascimentoSecretário: Maria do Carmo Barata

DireçãoPresidente: António CruzVice-Presidente: Carlos PiresSecretário: Pedro VieiraTesoureiro: Bruno Filipe1º Vogal: Ana Catarina Barata2ª Vogal: Zita Pereira

Conselho FiscalPresidente: Paulo Gomes

Secretário: Paulo MartinsRelator: Sabino Loja

A Direção, em nome da AAC, agra-dece a confiança depositada nos novos membros dos órgãos sociais, e apela para a colaboração e disponibilidade de todos, de forma a que, juntos e unidos, levemos os nossos objetivos à sua conclusão.

A Direção da A.A.Cavaleiros

Fajão é uma das aldeias mais antigas da região e muito se tem escrito acerca da sua história.

No regionalismo pampilhosense, foi também em Fajão que foram dados os primeiros passos deste movimento associativo, sendo coletividade pioneira a Liga Pró-melhoramentos da Freguesia de Fajão que teve na sua génese o Grupo Bandolinista de Fajão, fundado nos anos 20 do século passado.

A este respeito, o saudoso jornalista e escritor António Lopes Machado, dedicou no jornal A Comarca de Arganil, o seu editorial da edição do dia 11 de novembro de 2013, que aqui recordamos e transcrevemos:

« O Grupo Bandolinista de Fajão no livro de José Maria Alves Caetano

“É Fajão uma povoação antiquíssima que recebeu foral em 1233, concedido pelo prior do Mosteiro de S. Pedro de Folques, D. Pedro Mendes. Nessa época o Mosteiro de Folques era senhor de Fajão e do seu terreno. A sua localização, perto de uma estrada carreteira que ligava a Beira Baixa às outras Beiras tornava-se um local de passagem para os almocreves que por ali teriam que passar”, começava assim uns “Apontamentos para uma monografia de Fajão”, muito bem feita por Maria de Lourdes Nogueira de Almeida Bernardo (1999), que tem muito interesse para quem se interessa pela história de Fajão, onde se encontram nomes de homens ilustres pelo seu saber e pela sua dedicação à terra e freguesia, que mais tarde vieram a desenvolver no campo regionalista.

A Liga Pró-melhoramentos da freguesia de Fajão foi fundada oficialmente em 1933, mas teve antecedentes bem reveladores da dedicação e interesse das fajaenses pela sua terra, encravada entre serras à beira do Rio Ceira, donde alguns

partiram para o mundo, dadas as fracas possibilidades de ali viver, face à pobreza do local, mas que nunca esqueciam as suas origens.

E sempre se tem dito que a Liga nasceu no desejo de os fajaenses unidos contribuírem para a construção da estrada Rolão-Fajão, que retirasse a antiga vila, sede de concelho, do isolamento em que se vivia, com caminhos que não eram estradas e melhor serviam para almocreves.

Assim terá sido, mas o grupo de fundadores já vinha de trás, dos tempos do Grupo Bandolinista de Fajão, fundado por meados dos anos 20, do seculo passado, e a ele se refere nas suas crónicas enviadas para A Comarca de Arganil, agora no seu livro, José Maria Alves Caetano, a primeira em 1925 (10 de Dezembro), pois mais duas se seguiram, o que significa o seu apreço pelo Grupo Musical.

Ao ouvir falar desse grupo, José Maria Alves Caetano quis conhecer os seus responsáveis e foi ter com eles à sua sede, que era na Rua da Mouraria, onde falou com três elementos responsáveis: José Maria de Almeida, José Augusto de Campos e Alfredo Gaspar, cada um com a sua função no Grupo.

E logo verificou, ao ler os Estatutos, que o Grupo não se destinava apenas a Fajão, mas a todas as povoações da freguesia e que a sua finalidade era ensinar musica, para o que tinham um professor.

Chamou-se ainda a atenção que nos Estatutos se lia: “Fazer tudo quanto fosse possível em benefício de Fajão, não só auxiliando os pobres e as escolas, mas também acorrendo às necessidades públicas, promovendo melhoramentos locais”.

Estava assim aberto o caminho à fundação de uma coletividade regionalista, a Liga Pró-melhoramentos,

que já fez história, numa terra com história que é Fajão.

O Grupo aparece em primeiro lugar, a olhar com carinho para a escola onde os seus membros começaram a sua instrução, depois para os pobres da freguesia e, logo a seguir, “A velar pelos interesses da freguesia de Fajão em geral”.

José Maria Alves Caetano gostou do Grupo e por mais duas vezes a ele se refere no seu livro. Sobre um concerto realizado na Amadora, em Maio de 1927, começa por dizer que “Lisboa, além de diversas epidemias, havia a telefonia sem fios, que muita gente tem em casa para ouvir musica e quaisquer festas ou acontecimentos que se passam a grande distância”, e então contava que José Neves da Fonseca, morador nos Estados Unidos, enviara uma carta ao responsável pelo Grupo Bandolinista de Fajão, felicitando-o por, em Mont Vernon, ouvir o concerto da Amadora de 18 de Maio, sublinhando que “cá ouvi, transmitido pelo Rádio todo o concerto e confesso-lhe que todos os números agradaram imenso pela sua execução primorosa, mas em especial a rapsódia dos Cantos Populares Portugueses, que consolou a alma tão falta já de ares patriotas”.

A Liga Pró-melhoramentos da freguesia de Fajão tem assim, na sua origem, o Grupo Bandolinista de Fajão, formado em Lisboa, depois de uma ida à festa da Senhora da Guia, em Fajão, onde o êxito fora grande e incitador.»

Como constatamos por este texto, vem de longe o movimento associativo regionalista em Fajão, recordado nesta transcrição, na esperança que a história sirva de incentivo e inspiração para que os mais jovens sigam os exemplos dos pioneiros do regionalismo fajaense.

Isaura Fernandes

RECORDANDO A ORIGEM DA LIGA DE FAJÃO

No passado mês de dezembro, o Município de Pampilhosa da Serra

teve de tomar, porventura, uma das decisões mais complexas dos últimos mandatos, a vota-ção favorável à constituição do sistema intermunicipal de abas-tecimento de água, saneamento de águas residuais e de recolha de resíduos sólidos urbanos, bem como a constituição da empresa APIN – Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior, E.I.M.. Esta difícil decisão segue no sentido imposto pela União Europeia e pelo Governo, que impede que qualquer sistema de gestão de águas, saneamento e recolha de resíduos seja defici-tário.

Ora sucede que a Câmara Municipal, de forma a manter as tarifas baixas no seu concelho, acaba com um prejuízo anual na ordem dos 700.000€, ou seja, com esta nova diretiva, o Estado irá cortar esse valor nas transfe-rências que faz anualmente para a Câmara Municipal, estamos a falar da maior percentagem ao nível de receitas do orçamento municipal. Feitas as contas, a Câmara Municipal de Pampi-lhosa da Serra iria acabar com um prejuízo total de 1.400.000€ (700.000€ de prejuízo mais os 700.000€ que deixariam de ser transferidos). Para piorar o cenário, a U.E. veio ainda recu-sar candidaturas ao PO SEUR, Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, a todos os siste-mas de gestão que não se encon-trem agregados. Para os mais desatentos, trata-se do principal financiamento para construção e reabilitação de infraestruturas relacionadas com os sistemas de gestão de abastecimento de águas, saneamento e recolha de resíduos, financiamento esse, sem o qual o Município não terá capacidade em orçamento próprio para realizar muitas das reabilitações necessárias a execu-tar no sistema.

Colocado o cenário, foram apresentadas três soluções. Ou mantemos a gestão do serviço, assumindo 1.400.000€ de prejuí-zo e tendo ainda de encontrar recursos financeiros para não deixar degradar as infraestruturas existentes, ou vendemos o servi-ço ao setor privado, deixando de ter decisão na matéria e colocan-do os Pampilhosenses à mercê de eventuais aumentos extraordiná-rios de tarifas, ou assumimos a constituição de um sistema inter-municipal de capitais exclusiva-mente municipais, sem quotas maioritárias, onde cada um dos 11 Municípios agregados terá palavra em todas as decisões. Na minha modesta opinião penso que terá sido a melhor escolha possível. Os ganhos de escala e de eficiência com uma agrega-ção intermunicipal são eviden-tes. Primeiro, não defraudamos o futuro dos Pampilhosenses,

garantindo o investimento na reabilitação de estruturas exis-tentes e na construção de novas infraestruturas. Segundo, permi-timos que as tarifas não tenham necessidade de ser tão elevadas pois os sistemas mais rentáveis acabam por sustentar os restan-tes. Por fim mantemos poder de decisão, sendo que o Presidente da Câmara Municipal de Pampi-lhosa da Serra eleito terá assento em Assembleia Geral da APIN, assento esse que terá palavra fundamental em assuntos capi-tais como o aumento de tarifas extraordinário, cuja aprovação dependerá de unanimidade.

É certo que muitos de vós poder-se-ão questionar sobre o que irá suceder a municípios que não aceitem a agregação a um sistema intermunicipal, como o de Arganil, mantendo a gestão do serviço. Posso afirmar que a Câmara Municipal de Arganil conseguiu recentemente finan-ciamento de cerca de 5.000.000€ para construção e reabilitação de infraestruturas relacionadas com o sistema de gestão de abaste-cimento de águas, saneamento e recolha de resíduos, financia-mento esse que os fez declinar esta agregação, devendo acartar a despesa com o seu sistema defici-tário em orçamento próprio. Não tenho qualquer dúvida de que esta decisão apenas “empurra” o problema, deixando porventura a decisão inevitável de agregação para outro mandato, quando a verba prevista em financiamento terminar.

Concluindo, penso que esta terá sido sem dúvida a melhor solução encontrada para resolver um problema que mais cedo ou mais tarde nos teria de ser colo-cado. É extremamente impor-tante que os Pampilhosenses percebam que hoje em dia, após anos difíceis ao nível das finanças públicas, os governos terão cada vez menos tolerância para com gastos municipais excedentários como era o caso do nosso siste-ma deficitário. Entendam que a água é um bem essencial, e como bem essencial que é, é um bem de todos os Portugueses e alvo de constantes fiscalizações e exigências por parte da entidade reguladora. Ninguém dispensa o controlo absoluto de algo sem mais nem menos, e a Câmara Municipal não o irá fazer de bom grado, fá-lo-á por entender ser a melhor solução para o futuro da Pampilhosa da Serra e para o futuro dos Pampilhosenses.

Gustavo Brás

ENTRE A ESPADA E A PAREDE

ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE CAVALEIROSELEGEU ÓRGÃOS SOCIAIS PARA 2018-2019

CRIANÇAS E JOVENS ASSISTIRAM AO MUSICAL "A SURPREENDENTE FÁBRICA DE CHOCOLATE"

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 17

Cultura Actualidade AS NOSSAS MONTANHAS E A NOSSA GENTE – 33

A partir do gesto de retaliação que, naquela noite de Natal de 1937, o grupo dos “republicanos” exer-

ceu sobre o grupo dos informadores da PVDE (precursora da PIDE), que descre-vi na minha crónica nº 32, o conflito de uns contra os outros foi-se agudizando e adensando cada vez mais.

O compadre do “Arrota-Doutoradas” foi preso no dia de Entrudo de 1941. Pouco tempo depois, o seu filho foi expul-so do Seminário.

O mentor do grupo, precisamente o “Arrota-Doutoradas”, resolveu ir para Lisboa, colocando-se sob a proteção de um padre jesuíta, seu primo, que era respeitado pelos principais sustentáculos do regime salazarista.

O “Arrota-Doutoradas” tentou que o seu irmão, conhecido por “O Muro das Lamentações”, o acompanhasse na fuga para Lisboa, mas ele recusou:

- Não, mano, vai tu, que eu fico cá. Eu não fujo. Eu vou enfrentar os vermes e os répteis aqui.

E decidiu instaurar a “Jornada da Grande Ofensiva contra a Repelência da Babilónia”! No dia 22 de Junho de 1941, ou seja, no dia em que, no contexto da Segunda Grande Guerra Mundial, os Exércitos do Eixo iniciaram a “Operação Barbarroxa” com o objetivo de conquis-tarem o território soviético, o irmão do “Arrota-Doutoradas” fez da sua casa (que ficava quase no cimo da aldeia) uma fortaleza a partir da qual geriu a operação da “Grande Ofensiva contra a Repelência da Babilónia”.

De madrugada, fechou e trancou todas as portas e janelas; depois subiu ao terraço e aí içou a bandeira nacional; em seguida, servindo-se do grande funil de trasfega do vinho da dorna para a pipa como ampli-ficador de som, cantou o hino nacional, saudou os verdadeiros republicanos de Portugal e anunciou:

- Declaro que, a partir deste momento, está em curso a operação da “Grande Ofensiva contra a Repelência da Babilónia”.

Depois desta declaração, desceu para o primeiro andar, abriu a grande janela central, em cujo largo parapeito de xisto colocou várias garrafas de aguardente, uma arma caçadeira, alguns cartuxos carregados de pólvora e chumbo, e, a pender de uma trave para o exterior da janela, uma corda com nó em forma de forca.

- “A mim ninguém me tira a vida. Sou eu que a dou!” – Foi com estas palavras que, através do grande funil a servir de amplificador de som, iniciou, por volta das sete horas, a longa alocução dirigida à aldeia, a partir da janela central da sua casa transformada em fortaleza. – “A mim ninguém me tira a vida”, disse Jesus naquele tempo. E hoje, neste tempo, digo eu em nome dele e, por mim, diz ele em meu nome. Diz ele em mim e digo eu nele e por ele: “A mim ninguém me tira a vida. Sou eu que a dou”.

Repetiu este estribilho, em várias entoações, com várias pausas e vários recomeços, durante cerca de uma hora. Por volta das oito, começou a imprimir-lhe uma dimensão argumentativa:

- Ninguém me tira a vida porque, se algum dos vermes ou dos répteis que rastejam nesta terra de vermes e de répteis ousasse vir aqui tentar silenciar a minha voz incómoda, eu estoirar-lhe-ia os cornos, os miolos e as tripas com esta espingarda que, perante vós, ostento. Ou então, antes que tu, serpente ardilosa, pérfida e velhaca, me cercasses, apertass-es e asfixiasses até à morte, eu próprio, com esta corda, até à morte me cercaria, apertaria e asfixiaria. Antes que tu, verme asqueroso, repugnante e peçonhento, me tocasses e sujasses com a tua baba repul-siva, peganhenta e javarda, eu próprio, dependurado desta corda, mergulharia nas águas puras e limpas da eternidade.

Ia fazendo algumas pausas, que aproveitava para ingerir aguardente, e retomava o discurso repetindo obsessi-vamente as mesmas ideias, mas inovando constantemente nas técnicas de oratória através das quais as verbalizava. Aprovei-

tou a hora em que a aldeia almoçava para expor o núcleo ideológico e doutrinal da sua mensagem:

- Se vós, vermes nauseabundos, não pululásseis nas esterqueiras podres da ignorância e se vós, répteis asquerosos, não hibernásseis nos buracos escuros e apertados do desconhecimento, já teríeis, decerto, ouvido falar do poderoso e sumptuoso império da Babilónia. Eu sei que aqueles que vós ides ouvir à igreja também falam deste império. Só que eles falam com a intenção de manipular, conspurcar, atordoar e obscurecer! Eles falam do império da Babilónia dizen-do que foi algo que aconteceu há dois milénios e meio, como forma de Deus castigar o povo eleito que dEle se tinha afastado. Isso é verdade, meus irmãos? Pois eu digo-vos que isso é uma parte da verdade mas não é toda a verdade. E sabeis porquê, sabeis? Claro que não sabeis e nem quereis saber, mas, mesmo assim, eu vou dizer-vos e digo-vo-lo já: porque o império da Babilónia não acon-teceu apenas há dois mil e quinhentos anos, lá nas terras do Médio Oriente, mas o império da Babilónia acontece hoje, acontece agora, acontece aqui! Acontece hoje e aqui, nesta terra que os vermes transformaram em esterqueira pantanosa e imunda e os répteis transformaram em buraco traiçoeiro e tenebroso.

E gritou, teatral:- Aqui e agora! Aqui e agora, o império

da Babilónia! O império da Babilónia, aqui e agora! O império da Babilónia!

Prosseguiu:- O imperador do antigo império da

Babilónia chamava-se Nabucodonosor. Mas o imperador do novo império da Babilónia chama-se Salazar. Aquele era grandioso. Mas este é repelente.

[A “Grande Jornada” ainda só ia a meio. Contarei, na(s) próxima(s) cróni-cas, o que aconteceu na segunda metade daquele dia].

Manuel Nunes

Deambulando através dos meus velhos arquivos, vou encontran-do, aqui e acolá, alguns artigos

que pelo seu conteúdo me parecem, passados já alguns anos, sempre actuais e que na minha modesta observação devem ser dados a conhecer a alguns e, ou a relembrar, a outros, pelo seu sempre actual conteúdo.

Esta transcrição que vou fazer, publi-cada em A COMARCA DE ARGANIL, de 23-04-1968, da autoria do seu redac-tor em Lisboa, falecido recentemente, e meu bom amigo, Sr. António Lopes Machado, sempre atento aos fenómenos regionalistas, foi escrita com o título de «CRÓNICA DA VIDA LISBOETA», a seguir à Assembleia Geral da União Progressiva de Sobral Valado, realizada em 21-04-1968. Eis o que escreveu:

«No bem elaborado relatório que a direcção da União Progressiva de Sobral Valado apresentou hoje à assembleia geral da colectividade, que se realizou na Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, lia-se textualmente em determi-nada altura:«Não podemos deixar de lamentar a falta cada vez mais acentuada de conterrâneos que à causa regionalista queiram dedicar algum do seu tempo disponível, desempenhando um cargo nas direcções. Conta a nossa colectivida-de com um apreciável numero de asso-ciados, mas, infelizmente, as direcções são obrigadas a servir cinco e seis anos, para não deixarem acabar uma obra que

tanto custou a fundar e que tantos bene-fícios levou já à nossa terra. Não basta ser sócio, ir às festas, comparecer nas assembleias gerais, etc. É preciso também servi-la, desempenhando um cargo nas direcções. Esta uma verdade indiscutível com que deparam constantemente todas ou quase todas as nossas colectividades regionalistas.

Pagar uma quota, ir às festas e compa-recer nas assembleias, é, na verdade, bem pouco em comparação com o esforço e o sacrifício que é necessário fazer para se ser um dirigente compenetrado dos seus deveres.

A União Progressiva de Sobral Valado, parece, porém, ter resolvido, pelo menos por agora, esse difícil problema, procu-rando entre os jovens os dirigentes que não se encontravam entre os mais idosos.

A experiência tem uma certa respon-sabilidade, sem duvida, mas nós, que vimos esses jovens, rapazes e raparigas, também confiamos na sua vontade e nas suas possibilidades.

- A hora é dos jovens, com as sua quali-dades e os seus defeitos, é na juventude que estão depositadas as esperanças do amanhã - acentuou o veterano sr. Manuel Antunes da Costa, que tem três filhos entre esses jovens dirigentes.

A maior parte destes jovens tinha ainda nascido há pouco tempo quando a colectividade sobralvaladense surgiu, vai para 21 anos.

E estamos em crer que estes jovens,

senão todos, pelo menos a maior parte nem terão nascido em Sobral Valado, tendo apenas aprendido na casa paterna a amar a aldeia serrana donde vieram os seus progenitores em situação bem mais difícil do que aquela de que hoje desfrutam.

São Jovens modernos já com boas habilitações literárias, perfeitamente inte-grados na vida lisboeta do seu tempo.

Todavia, não pensarão como tantos outros a quem já temos ouvido afirmar, com um aparente desdém:- «Eu não sou de lá! Eu sou de Lisboa. Quem é de lá são os meus pais...»

Como que esta coisa de «ser de lá» tenha algo de desprestigiante para os seus pergaminhos.

Mas isto de aprender a amar a sua terra ou a terra dos seus progenitores, aprende-se com a educação na casa paterna. E os jovens de Sobral Valado já começaram a dar provas de que aprende-ram esta nobre lição.

Também nós confiamos neles.Lisboa, 21 de Abril de 1968. António

Lopes Machado.»Bela lição proferiu este HOMEM

sábio. Que ela seja entendida e compreendida pelos mais jovens da nossa aldeia e da nossa Pampilhosa, para bem das nossas desertificadas aldeias, que bem precisam de sangue novo. Os mais idosos estão a acabar e as nossas terras têm de continuar. Foi o regionalis-mo que retirou do esquecimento a nossa

região. É o regionalismo, de braço dado com as entidades oficiais, que tem que dar continuidade à nossa bela região.

PROFESSOR JOSÉ RAMOS MENDES HOMENAGEADO EM ARGANIL

Através da imprensa regional, nomea-damente em A Comarca de Arganil e Serras da Pampilhosa, tivemos conheci-mento da homenagem que foi prestada ao saudoso amigo Professor José Ramos Mendes, natural que foi desta aldeia de Sobral Valado, que tanto amava. Home-nagem justíssima a este nosso conterrâ-neo que por onde passou - e foi diver-sificado o seu percurso - deixou amigos que pessoalmente contagiou e também através da sua escrita, admirada, na diver-sa imprensa da região.

Para nós, falar do amigo sincero José Ramos Mendes, é-nos um pouco difícil, quase da mesma idade, embora com caminhos profissionais diferentes, sempre nos soubemos compreender e entender e fomos sempre bons amigos. As conversas que tivemos, as cartas que trocamos, os escritos que publicámos nos diferentes meios de comunicação regional, são provas inequívocas do que escrevemos. Saliento a construção da primeira sede da União Progressiva de Sobral Valado, inaugurada em Agosto de 1980, eu presidente da direcção e ele não tendo qualquer cargo oficial nessa direcção, a colaboração prestada, desin-

teressada, franca e leal que nos dedicou. O projecto da obra da sua autoria e todos os dissabores inerentes porque passámos, ele tudo soube ultrapassar e encorajou a continuar. Em todos os projectos de progresso da sua aldeia, ele esteve sempre presente. O correio que trocámos, não só nesse período mas em todo o nosso percurso, são um hino de amor ao nosso querido Sobral Valado.

Na nossa aldeia onde passou a sua infância até ingressar no seminário, agora na Rua das Flores, construiu uma bela moradia, que visitava regularmente onde passava os fins de semana e até as férias na tranquilidade e sossego do seu Sobral Valado.

Era uma figura especial e inigualável na nossa aldeia que ficará para sempre gravada no coração e história dos sobral-valadenses. Aguardemos a projectada e merecida homenagem dos nossos conterrâneos, Câmara Municipal e Comarca de Arganil, para o verão deste ano de 2019.

O livro agora publicado e lançado na Biblioteca da Câmara Municipal de Arga-nil, denominado de «Contos e Poemas de Natal» que aconselhamos a sua leitu-ra, traduz uma resumida parte do grande carácter do Professor Ramos Mendes.

Que a sua alma, agora no Sobral Vala-do do Céu, esteja em Eterno descanso.

J. Marques de Almeida

DE SOBRAL VALADO: RECORDANDO CRÓNICA DA VIDA LISBOETA

Hoje, apresento a foto de Chaves Antigas para

fechaduras antigas das portas de algumas casas das nossas aldeias.

Estas chaves e as fechaduras em que se inseriam, eram feitas pelos ferreiros.

Na próxima publica-ção vou apresentar uma fechadura antiga.

Este modelo de chaves foi muito usado pelo nosso povo. Abel Almeida

USOS E COSTUMES DO NOSSO POVO (21): CHAVES ANTIGAS

No dia 28 de dezem-

bro, ultima sexta-feira do ano 2018, o Grupo Cultural e Recreativo de Pampilhosa da Serra, subiu ao palco do Audi-tório Municipal para apresen-tar a comédia teatral “Criança Sofre”.

Sinopse: As peripécias amorosas de três

conquistadores em volta de duas raparigas, que numa noite de festa, criam uma grande confusão. Tudo isto assistido por um bebé inocente, que acaba por sofrer as consequências da tentativa de encobrimento destes

romances proibidos.O Grupo Cultural e Recreativo

de Pampilhosa da Serra é composto por atores amadores Pampilhosen-ses, sendo que esta será a quarta exibição do grupo.

A entrada no espetá-culo foi gratuita.

CICLO DE TEATRO MISE EN SCÈNE Grupo Cultural e Recreativo de Pampilhosa da Serra apresenta "Criança Sofre"

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18 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

O Serras da Pampilhosa deseja aos seus leitores

um Feliz Ano Novo

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 19

criaram um ambiente fervoroso e saudável em tons de verde fora das quatro linhas.

Resultados:Tocha 0-0 Brasfemes

Académica SF 1-3 CondeixaEirense 2-0 Lagares da Beira

Carapinheirense 0-1 Vigor MocidadePenelense 3-2 Marialvas

Tourizense 2-1 União FCSourense 3-0 Ançã FC

Naval 1983 1-1 PampilhosenseSamuel (Nav); Dias (GDP)

Próxima Jornada (27/1/2019):Brasfemes – Académica SF

Condeixa – Eirense

Lagares da Beira – SourensePampilhosense – Tocha

Vigor Mocidade – Naval 1893Marialvas – Tourizense

União FC – CarapinheirenseAnçã FC – Penelense

Jorge Ramos

Desporto

Domingo, 13 de janeiro de 201914ª Jornada da Divisão de Honra AF CoimbraCampo de Treinos do Estádio Munici-pal José Bento PessoaAssistência: cerca de 300 espetadoresÁrbitro: Bruno PomboAssistentes: Vinícios Pires e Nuno SeveraAo intervalo: 0-0Pampilhosense: Kiko, Abel, Renato, Cristiano (Kiko Dias 80’), Amândio, Rafa (Flávio Salgado 60’), Ronaldo, Will (Miguel Barreto 73’), Simão, Ricky e Dias.Suplentes não utilizados: Cédric, Rola e Rui Velho.Treinador: Carlos AlegreNaval 1893: Vasco Guimarães, Amaral (Fernando Lopes 89’), Copinho, Rossito, Rodolfo, Luca (Maikon 65’), Ricardo, César Jesus, David Nogueira, Samuel e Silas.Suplentes não utilizados: Rui, Zitos, Rony, Leonel e MaurícioTreinador: José GodinhoAção Disciplinar: Amarelos: Rafa 37’, Amândio 60’ e Kiko Dias 87’ (Pampilho-sense); Copinho 60’ (Naval 1893).Golos: Dias 81’ (Pampilhosense); Samuel 51’ (Naval 1893).

No jogo grande da jornada tocavam--se os extremos do distrito com uma equipa da serra a viajar até ao mar, naque-la que é, a par da deslocação à Tocha, as viagens mais longas deste campeo-nato. A Naval 1893 seguia no comando da classificação e era nessa posição que queria se manter ao final desta ronda. Já o Pampilhosense, a dois pontos de distância, queria discutir os três pontos e surpreender. Para apimentar ainda mais este desafio o muito publico presente, tanto da equipa da casa como dos visi-tantes, que deram um colorido fantástico fora das quatro linhas.

A equipa serrana que entrou muito forte no encontro, surpreendendo um adversário que no primeiro quarto de hora sentiu muitas dificuldades para travar as investidas contrárias. Nessa fase a turma de Pampilho-sa da Serra dispôs de quatro boas ocasiões para inaugurar o marcador. A primeiro aos 3’, depois de um cruzamento de Abel com Ricky, sozinho na pequena área, a cabecear ao lado. Aos 5’ mais uma excelente oportu-nidade, depois de um remate de Will que Dias intercetou e ficou na cara do guar-dião da casa, mas o remate encontrou uma excelente oposição de Vasco Guimarães. A equipa serrana não baixou as guardas e aos 7’ tem nova situação de perigo, depois da triangulação entre Dias e Ricky com este ultimo a rematar, já de angulo apertado, para nova defesa do guarda-redes. O ultimo homem da Naval 1983 volta a estar em destaque aos 14’, depois de um livre direto de Ronaldo que encontrou no guarda-re-des da casa, uma vez mais, uma barreira intransponível. A partir daqui a equipa da casa consegue equilibrar o encontro e, aos

22’, tem a primeira situação de perigo para a baliza de Kiko, depois de um livre lateral cobrado por David Nogueira com Fernan-do a surgir solto ao segundo poste, a rema-tar para um corte in extremis de Renato a evitar o golo. E até final do primeiro tempo o desafio continuou equilibrado, principal-mente sobre a zona intermediária e sem ocasiões de golo.

Para a segunda parte estava reservada ainda mais emoção. Logo aos 51’ a equipa da casa, fruto de uma entrada mais atrevida, vai chegar à vantagem no marcador com Samuel a cobrar um livre lateral de forma direta e enganar a defensiva pampilhosen-se. Nesta fase à turma de Pampilhosa da Serra faltou maior discernimento, já que vai cometer duas grandes penalidades no espaço de 4’. A primeira, muito discutível, a penalizar uma mão de Cristiano num lance muito à “queima”, estavam decorridos 54’. César Jesus foi chamado a converter, mas Kiko, na baliza do Pampilhosense, negou o 2-0. Quatro minuto depois Rodolfo fugiu para o interior da grande área serrana e Renato derruba o jogador da casa, assina-lada nova infração! Desta feita foi David Nogueira chamado à responsabilidade, mas, uma vez mais, o desfecho foi o mesmo com Kiko a não se deixar eludir. A partir daqui os serranos assentaram o seu jogo e foram em busca de alterar o rumo dos acontecimentos. O primeiro sinal foi dado aos 69’ através de Simão que, depois de um ressalto, rematou para uma boa defesa de Vasco Guimarães. Até que aos 81’ o risco pampilhosense vai colher frutos: Kiko Dias e Amândio tem uma boa combinação na esquerda e este ultimo acelera, ultrapas-sa um adversário, e entra na grande área para servir atrasado Dias que não falhou e empatou o encontro. A equipa do Pampi-lhosense ainda tentou outro resultado, mas o empate acabou por persistir.

Jogo de emoções na Figueira da Foz com uma justa divisão de pontos. A equipa serrana entrou melhor, podia ter marcado primeiro, e se o tem feito abriria bom cami-nho para o triunfo. Tal não aconteceu e foi a Naval 1893 que, na segunda parte, marcou primeiro, podendo, logo de seguida, ter sentenciado o jogo ao dispor de duas gran-des penalidades. Os da casa também não aproveitaram e o Pampilhosense subiu no terreno vindo a alcançou o empate.

Depois de um trabalho regular na primeira parte, na segunda metade a equipa de arbitragem teve a tarefa mais dificultada e tem alguns lances de difícil análise. Na primeira penalidade a mão de Cristiano é resultado de um lance muito à “queima”. E a meio da segunda metade parece ter ficado por mostrar o segundo amarelo a Copinho depois de travar Dias numa joga-da perigosa.

Nota final para agradecer ao muito público que se deslocou de Pampilhosa da Serra para apoiar, de forma fantástica, a equipa do Pampilhosense que, juntamente ao muito publico afeto à equipa da casa,

Sábado, 12 de janeiro de 201916ª Jornada da Divisão de Honra Futsal AF CoimbraPavilhão Municipal de Pampilho-sa da SerraAo intervalo: 1-1Pampilhosense: Ferreira, Tiago Coelho, Parrança, Diogo Tomás e MirandaJogaram ainda: TAlberto, Marco Pestana e DecaTreinador: Nuno PestanaGolos: Diogo Tomás 18’, Alberto 27’, Parrança 31’ e Tiago Coelho 37’ (Pampilhosense); 4’ e 29’ (CP Miranda do Corvo).

No primeiro jogo em casa de 2019 a equipa do Pampilhosense queria somar o segundo triunfo consecutivo e ficar numa posição mais confortável para garantir os playoffs. Do outro lado estava um conjunto também a precisar de vencer para não se atrasar na luta pelos oito primeiros.

No primeiro tempo assistiu-se a um encontro equilibrado e com as equipas a impor pouca velocidade. O conjunto forasteiro saiu na frente do marcador aos 4’, cabendo aos serranos correr atrás do prejuízo. A reação pampilhosense foi tímida, a espaços uma oportunidade “aqui”, outra “ali” e o jogo parecia caminhar para descanso com a CP Miranda do Corvo a vencer. Até que nos últi-mos instantes um remate cruzado de Diogo Tomás empata o desafio e deixa as equipas iguais ao fim de 20’.

Na segunda metade a equipa serrana, pouco a pouco, foi subindo de rendimento e aos 27’, fruto de uma boa jogada coletiva, Miranda oferece a Alberto o golo que colo-cava a equipa pela primeira vez na frente do marcador. Pouco depois, aos 31’, numa fase em que os visi-tantes estavam penalizados por uma

expulsão, Parrança surgiu dentro da área a rematar forte para o 3-1. Com uma vantagem de dois golos o Pampilhosense tentou gerir o resul-tado, o CP Miranda do Corvo ainda assustou, mas o guardião Ferreira segurou a vantagem. Já perto do final Tiago Coelho, na sequencia de um livre, enganou os adversários e rema-tou forte batendo o guarda-redes adversário e confirmar, praticamen-te, o triunfo. Até final ainda houve tempo para a CP Miranda do Corvo reduzir para 4-2, com um golo nos últimos segundos, estabelecendo o resultado final.

Segunda importante vitória seguida da equipa do Pampilhosen-se que assim sobe à sexta posição na tabela, deixando a equipa bem colocada para garantir um dos oito primeiros classificados, lugares de acesso ao playoff.

Resultados:Domus Nostra 4-2 Ançã FC

Lavos 5-3 Norte e SoureMiro 4-1 São João Sub23U. Chelo 5-1 Santa Clara

Pampilhosense 4-2 CP Miranda do Corvo

Ac. Gândaras – Prodema

Próxima Jornada (6/1): Domus Nostra – São João Sub23

Norte e Soure – S. Martinho

CortiçaAnçã FC – Lavos

Santa Clara – MiroCP Miranda Corvo – U. Chelo

Prodema – Pampilhosense

INFANTIS12ª Jornada Campeonato de Infantis Futsal AFC Série A

Académica SF A 2-1 Pampilho-sense

Resultados:São João A 7-3 União 1919

Académica SF A 2-1 Pampilho-sense

S. Martinho Cortiça 3-1 NS Condeixa

Classificação: Pampilhosense – 8º lugar

(10J,2V,8D – 6Pts)

Próxima Jornada: Académica SF A – União 1919

NS Condeixa – São João AMiro – CP Miranda Corvo

BENJAMINS12ª Jornada do Campeonato de

Benjamins AFC Série A Pampilhosense 1-4 União 1919

Resultados:Esc. Viveiro 1-7 Serpinense

CP Miranda Corvo 1-0 Esc. João Veloso

Pampilhosense 1-4 União 1919 Classificação:

Pampilhosense – 7º lugar (10 jogos, 1V,1E, 8D – 4 Pts)

Próxima Jornada (26/1 – 11 horas):

União 1919 – Esc. João VelosoEsc. Viveiro – CP Miranda Corvo

Pampilhosense – NS Condeixa

Jorge Ramos

FUTSAL – RESOLVER NA SEGUNDA PARTE PAMPILHOSENSE 4 - 2 CP MIRANDA DO CORVO

Futebol - Classificação: Futsal - Classificação:

FUTEBOL – JOGO EMOTIVO EM EMPATE COM O LIDER – NAVAL 1893 1-1 PAMPILHOSENSE

Infantis

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Actualidade

A manhã do dia 11 de janei-ro de 2019, ficou marcada pela visita da Secretária de

Estado para a Cidadania e Igualda-de, Rosa Monteiro, à Santa Casa da Misericórdia de Pampilhosa da Serra. Além da visita à Estrutura Residencial para Pessoas Idosas no edifício sede, deslocou-se também, ao edifício da Unidade de Cuida-dos Continuados Integrados, bem como à Clínica de Medicina Física

e Reabilitação.A governante foi recebida pelo

Sr. Provedor António Sérgio Brito Martins, restantes órgãos sociais da Misericórdia, pelas Crianças da Casa da Criança que cantaram os Reis e por todos os convidados presentes, entre os quais, o Sr. Presi-dente da Câmara Municipal, José Brito e o Sr. Presidente da Assem-bleia Municipal, Hermano Almeida.

Em nota enviada à imprensa, a Santa Casa da Misericórdia de Pampilhosa da Serra refere que pretendeu com esta visita “dar a conhecer o trabalho que diariamen-te desenvolve junto da população mais vulnerável, nomeadamen-te Crianças e Idosos”. O objetivo da instituição foi “dar a conhecer o trabalho que se faz no interior centro do nosso País e que em muito contribui para o equilíbrio da economia social do nosso conce-lho.”

Segundo a mesma nota, a Santa Casa teve a intenção de sensibili-zar as entidades superiores para as dificuldades que por vezes sente por estar num concelho de inte-rior, onde os recursos existentes são mais escassos do que em conce-lhos do litoral, “mas que mesmo assim e porque somos persistentes, vestimos a camisola da Instituição e trabalhamos com parcerias (formais e informais) para conseguirmos alcançar os nossos objetivos.”

Durante esta visita, decorreu ainda a inauguração e respetiva “bênção” de uma nova viatura adap-tada, no âmbito do Projeto de Trans-porte Inclusivo – “Pampilhosa mais Perto”. Esta viatura, visa facilitar o transporte coletivo, inclusivo e orga-nizado de pessoas em situação de isolamento social e/ou em situação económica precária para serviços de saúde, nomeadamente o acesso às consultas e/ou tratamentos na Unidade de Medicina Física e de Reabilitação. Existiu um contributo fundamental por parte da Fundação PT, que através da primeira versão do programa “Apoiar”, permitiu a concretização deste desígnio que agora facilitará o acesso da comuni-dade sénior aos cuidados de saúde.

A manhã finalizou com um almo-ço convívio no Centro Comunitário da SCMPS, seguindo a Secretária de Estado para uma visita à SCM de Góis em Vila Nova do Ceira.

Na sua página de facebook, a Secretária de Estado, Rosa Montei-ro, mostrou-se agradada com a visita

a Pampilhosa da Serra, referindo que foi “muito simpaticamente rece-bida pelo Senhor Provedor Antó-nio Sérgio, pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal, José Brito e vereadores, o representante da UMP e os Provedores da SCM da Lousã,

Buarcos, Góis e Arganil. A SCMPS conta desde hoje de uma nova viatura que irá facilitar o transporte coletivo, inclusivo e organizado de pessoas em situação de isolamento social e/ou em situação económica precária, cuja aquisição contou com o apoio da Fundação PT. Tão grati-ficante conhecer o fantástico traba-lho de toda a equipa que trabalha para o bem estar e desenvolvimento desta comunidade, especialmente nas valências de Estrutura Residen-cial para Pessoas Idosas, Unidade de Cuidados Continuados Integra-dos e Clínica de Medicina Física e Reabilitação. Também aqui a máxi-ma é não deixar ninguém para trás!”, escreveu a governante.

Carlos SimõesFotos CMPS e SCMPS

SECRETÁRIA DE ESTADO PARA A CIDADANIA E A IGUALDADE VISITA SANTA CASA – Inaugurada e respetiva “bênção” de uma nova viatura adaptada, no âmbito do Projeto de Transporte Inclusivo – “Pampilhosa mais Perto”, com apoio da Fundação PT