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ANO XVIII • N.º 207 • PREÇO: E 1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E 15,00 SETEMBRO 2016 A voz do regionalismo desde 1999 A NÃO PERDER ... 3 FOGO AMEAÇOU PESCANSECOS E PRAÇAIS Pág. 4 3 ASSOCIAÇÃO DE COMBATENTES VAI COMEMORAR O 1.º ANIVERSÁRIO Pág. 5 3 GRUPO DESPORTIVO PAMPILHOSENSE INICIA ÉPOCA COM VITÓRIAS Pág. 17 1941 2016 75 ANOS «Não tenho nenhum complexo por trabalhar nas obras e ser mulher» Pág. 10 e 11 A notícia é triste e o concelho de Pampilhosa da Serra chora a grande perda do Professor José Ramos Mendes, deixando assim de contar com uma das suas mais ilustres figuras. Pág. 5 MARIA CELESTE PACHECO TRABALHADORA NA CONSTRUÇÃO CIVIL FALECEU O NOSSO PROFESSOR JOSÉ RAMOS MENDES Sede: Rua das Escolas Gerais, 82 - 1100-220 LISBOA - Tel./Fax 218 861 082 - [email protected] www.casapampilhosadaserra.pt | Delegação: Travessa de S. Pedro, nº 4 3320-236 Pampilhosa da Serra | Director: Carlos Simões Pág. 20 O FOLCLORE DESCEU À CIDADE COM A CASA CONCELHIA Pág. 7 OBRA DE HERCULANO PAULO DE JESUS PERPETUADA EM COVANCA REAL CONFRARIA DO MARANHO REUNIU EM ASSEMBLEIA GERAL Pág. 9

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Page 1: E1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 ... · A voz do regionalismo desde 1999 ... Zé Manuel Paginação e Grafismo: ... buído ao conceituado restaurante Largo do Paço,

ANO XVIII • N.º 207 • PREÇO: E1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 • SETEMBRO 2016

A v o z d o re g i o n a l i s m o d e s d e 1 9 9 9

A NÃO PERDER ...3 FOGO AMEAÇOU PESCANSECOS E PRAÇAIS Pág. 4

3 ASSOCIAÇÃO DE COMBATENTES VAI COMEMORAR O 1.º ANIVERSÁRIO Pág. 5

3 GRUPO DESPORTIVO PAMPILHOSENSE INICIA ÉPOCA COM VITÓRIAS Pág. 17

19412016

75ANOS

«Não tenho nenhum

complexo por trabalhar nas

obras e ser mulher»

Pág. 10 e 11

A notícia é triste e o concelho de Pampilhosa da Serra chora a grande perda do Professor José Ramos Mendes, deixando assim de contar com uma das suas mais ilustres figuras. Pág. 5

MARIA CELESTE PACHECOTRABALHADORA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

FALECEU O NOSSO PROFESSOR JOSÉ RAMOS MENDES

Sede: Rua das Escolas Gerais, 82 - 1100-220 LISBOA - Tel./Fax 218 861 082 - [email protected] – www.casapampilhosadaserra.pt | Delegação: Travessa de S. Pedro, nº 4 3320-236 Pampilhosa da Serra | Director: Carlos Simões

Pág. 20

O FOLCLORE DESCEU À CIDADE COM A CASA CONCELHIA

Pág. 7

OBRA DE HERCULANO PAULO DE JESUS PERPETUADA EM COVANCA

REAL CONFRARIA

DO MARANHO REUNIU EM

ASSEMBLEIA GERAL Pág. 9

Page 2: E1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 ... · A voz do regionalismo desde 1999 ... Zé Manuel Paginação e Grafismo: ... buído ao conceituado restaurante Largo do Paço,

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 3

O mês de Setembro anuncia a chegada do outono e é por excelência um mês de

transição.Para uma grande maioria de

pessoas, passam das férias para o regresso ao trabalho, o regresso às localidades e países para onde emigraram em busca de melhores condições dentrabalho e de vida, a labuta dos dias de escola está de volta e o calor do Verão dá lugar ao fresquinho do outono.

No dia 22 deste mês foi o fim do verão que este ano se apresentou especialmente quente.

Pelas terras de Pampilhosa da Serra as temperaturas de agosto e setembro criaram condições ideais para surgir o flagelo dos incêndios, colocando a população sempre em sobressalto devido ao risco elevado. Que o digam as gentes de Soeiri-nho, Pescansecos, Praçais e outras localidades próximas que viram o fogo chegar bem perto das aldeias. Felizmente que não houve viti-mas a lamentar, graças ao trabalho dos nossos corajosos e heroicos bombeiros.

Vamos a ver se este ano a Pampi-lhosa da Serra fica só por este incêndio, contudo à que começar já a prevenção para o ano que vem, porque combustível para arder nas nossas serras é o que não falta.

Nesta edição damos ainda conta da realização de eventos nos últimos dias de agosto. A home-nagem ao grande regionalista Herculano Paulo foi um momen-to marcante e da maior justiça a

um homem que partiu cedo, mas deixou um grande exemplo de soli-dariedade e luta pela sua Covanca e pelo concelho.

Festas e comemorações conti-nuaram no final de agosto, e desde a ultima edição do Serras desta-co Machio de Cima com a Liga a completar 70 anos de fundação, juntando muitos conterrâneos e amigos, tal como em Covões com um almoço bem animado, assim como animada foi a festa em Carvoeiro e outras localidades.

O mês de Setembro trouxe também a tristeza a todos os pampi-lhosenses e não só, que choraram a partida do nosso amigo e cola-borador José Ramos Mendes. Um homem bom, um grande professor e atual presidente das Assembleia Municipal, que deixou um grande exemplo de ser humano difícil de imitar.

Setembro foi também mês de regresso às atividades desportivas no concelho, com o nosso GD Pampilhosense a iniciar a época futebolística com plantel sénior renovado e em bom nível, vencendo a primeira eliminatória da Taça da Associação de Futebol de Coimbra e o primeiro jogo do campeonato distrital. Também a equipa de futsal da Comissão de Melhoramentos da Póvoa, iniciou o campeonato distri-

tal, e saudamos o início de competi-ção oficial da sua equipa de juniores, conseguindo assim cativar os jovens para a prática desportiva.

Por Lisboa a Casa do Conce-lho fez também a sua rentrée com a realização do XIV Festival de Folclore de Santa Maria Maior, em parceria com aquela junta lisboeta, levando mais uma vez o folclore de todo o país às ruas de Alfama com grande sucesso. Por ser o bairro do Fado, a casa concelhia está ainda a participar com quatro representan-tes no concurso da Grande Noite de Fado da freguesia e tem já garantido um representante na grande gala final no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

Também na gastronomia a Pampilhosa da Serra está nas bocas de Portugal, estando de parabéns o Chef Flávio Silva que colocou o restaurante Buke, no Villa Pampi-lhosa Hotel em lugar de destaque, vencendo um prémio importante num conceituado certame no norte do país.

A Pampilhosa da Serra está viva e recomenda-se. Bem-haja a todos os que contribuem para engrandecer o concelho e a região.

O Director, Carlos Simões

Jornal “Serras da Pampilhosa”

Fundado em Junho de 1999

Ficha Técnica

Presidente: José Ferreira

Director: Carlos Simões

Sub-Director: ... .... ....

Redactores:António Amaro RosaAníbal PachecoJorge Ramos

Colaborador no Território: José Manuel Almeida Gonçalves

Colaboradores nesta edição:

Anselmo LopesFlávio Silva Manuel NunesMarisa CarvalhoRicardo SerraSérgio TrindadeZé Manuel

Paginação e Grafismo:Beta VicenteSérgio Vicente

Montagem e Impressão:Vigaprintes-Artes Gráficas, Lda.Núcleo Empresarial Quinta da Portela, n.º 38Guerreiros – 2670-379 LouresTelefone: 219 831 849 Fax: 219 830 784E-mail: [email protected]

Propriedade: Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra

Sede: Rua das Escolas Gerais, n.º 82, - 1100-220 Lisboa

Telefone: 218 861 082

E-mail:[email protected]

Distribuição:Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra

Periodicidade: Mensal

Tiragem: 1.500 exemplares

Depósito Legal n.º 228892/05Inscrito no Instituto da Comunicação Social sob o n.º 123.552

O Estatuto Editorial está disponível para consulta em www.casapampilhosadaserra.pt

Todos os artigos são da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não traduzem a opinião da Direcção do Jornal e/ou dos órgãos sociais da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra.

2 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Ficha de InscriçãoNome _________________________________________________________________________

Morada _______________________________________________________________________

Cód. Postal ________________- __________ _______________________________________

Telef./Telemóvel _______________________ E-mail: ________________________________

Desejo receber os 12 números do Jornal “Serras da Pampilhosa”. 201__ / ____ / _______ Ass. _________________________________

Actualidade Breves

EDITORIAL

INFORMAÇÃO: Faça o pagamento do Jornal “Serras” e/ou as quotas de sócio da Casa por transferência bancária para o IBAN: PT50 0035 0582 00008286130 23

O Chef Flávio Silva colo-cou novamente a vila de Pampilhosa da Serra

e o Restaurante Buke na boca de Portugal. Desta feita com um prémio de grande valor a nível nacional, sendo-lhe atribuída a Medalha de Bronze.

Este prémio foi também já atri-buído ao conceituado restaurante Largo do Paço, em Amarante, que conta já com uma estrela Miche-lin, o que para o Chef Flávio signi-fica que a medalha atribuída ao Buke, do Villa Pampilhosa Hotel é de bronze mas tem sabor a ouro, e por toda a qualidade e rigor que existe entre todos os concor-rentes.

A concurso estiveram cerca de 100 participantes, dos quais

apenas 20 ganharam prémios. As 7 medalhas de bronze

foram divididas pelas catego-rias de “Cozinha Tradicional” e “Cozinha de Autor”, categoria onde o Buke Villa Pampilhosa Hotel recebeu essa distinção. Foram ainda atribuídas 7 meda-lhas de prata e 6 de ouro.

Este prémio coloca assim o restaurante Buke no grupo de restaurantes de grande qualidade a nível nacional, mostrando que no interior de Portugal também há gastronomia de grande nível.

A cerimónia de entrega dos prémios decorrei no dia 19 de setembro de 2016, pelas 19 horas, na Casa da Música na cidade do Porto, onde houve um menu de degustação único, da

autoria de alguns dos melhores Chef´s portu-gueses premiados no IX Concurso Vinhos Verdes & Gastronomia.

O conceituado Concurso Vinhos Verdes & Gastronomia, de periodicidade anual e âmbito nacional, tem por objetivo a divul-gação dos vinhos de qualidade da Região dos Vinhos Verdes e a sua promoção em harmoni-

zação com diferentes propostas gastronómicas. O Concurso tem sido honrado com a participação de alguns dos mais prestigiados e reconhecidos restaurantes e chef 's de Portugal, nas categorias de Cozinha de Autor, Interna-cional e Tradicional, bem como com a participação, numa catego-ria específica, dos restaurantes de aplicação das Escolas de Hotela-ria do Turismo de Portugal.

Flávio SilvaCarlos Simões

A Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, lança medalha comemorativa

alusiva aos 75 anos desta instituição.Quem desejar poderá fazer a sua

aquisição junto da Direcção na Casa do Concelho, pelo preço de 12,50

euros.

75 ANOS DA CASA DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA

CASA DO CONCELHO DE PAMPILHOSA

DA SERRAHorário de Abertura

das Instalações

Segunda-feira: 15h30 – 19h30Quarta-feira: 15h30 – 19h30Sábado: 15h30 – 19h30 | Até às 22h00 em dia de ensaio do RanchoAos Domingos quando há eventos.Para confirmar ligar:Tm. 919 455 245 (Sr. António)

Com organização GRUPO DE BTT “Os Cremalheiras Empe-

nados”, organização técnica da XISTARCA, patrocínio da SEASIDE, e apoios da Câma-ra Municipal de Pampilhosa da Serra, Juntas de Freguesia de Cabril, Pampilhosa da Serra e Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra, vai reali-zar-se no dia 30 de outubro de 2016, pelas 9h30 horas, o IV Trail de Pampilhosa da Serra.

O evento será constituído por:

Trail longo (35 km) – 9h30

Trail curto (18 km) - 10h00Mini trail (não competitivo)

7 km – 10h00No final do Trail haverá um

churrasco de convívio para todos os participantes.

Informa-se a todos os inte-ressados que podem pernoitar no dia 29 de outubro no Pavi-lhão Municipal de Pampilhosa da Serra.

Para mais informações consulte o site do Clube em http://oscremalheirasempena-dos.pt/index.php

Inscreva-se já!!!

IV TRAIL DE PAMPILHOSA DA SERRA

MEDALHA DE BRONZE PARA O BUKE NO IX CONCURSO DE VINHOS VERDES & GASTRONOMIA

Exmo. Senhor Director do Serras da Pampilhosa

Ao perfazer 17 anos de publicação ininterrupta, o nosso “Serras” entra com redobrado vigor no 18º ano de contacto regular com os seus leitores. No limiar de atingir a maioridade, os seus respon-sáveis consideraram ser a altura adequa-da para o início de uma nova etapa da sua vida ao serviço do regionalismo e da comunidade pampilhosense, de tal modo que o jornal apareceu em casa dos seus assinantes com uma nova imagem gráfica. Trata-se duma mudança que não pode deixar de ser sublinhada pelo que representa de evolução positiva, mas que só agora me foi possível abordar, dedicando-lhe algumas palavras que, na minha perspectiva, se impunham desde há tempos no sentido de lhe introduzir algumas melhorias.

Considero as alterações bastante oportunas e que vão contribuir para a melhoria da apresentação do jornal, não somente por adoptarem um formato e um modelo gráfico que se aproxima da generalidade das publicações do género, como por tornar o jornal mais leve e maleável ao tacto no seu folheio, facili-tando o arquivamento e arrumação a quem, como eu, o guarda religiosamente desde o número 0.

Como leitor e colaborador desde a primeira hora e considerando o “Serras” como a maior realização do regionalis-mo na área da cultura, não posso deixar de me congratular com a mudança operada e felicitar, na sua pessoa caro Director, todos aqueles que a tornaram possível.

Os meus melhores cumprimentos.Aníbal Pacheco.2016.09.19

Nota do Diretor: Várias têm sido as mensagens que nos chegaram e que apontam no mesmo sentido da opinião do nosso colaborador Aníbal Pacheco e que agradecemos. A mudança que efetuamos traduz algu-mas opiniões e sugestões que fomos recebendo, assim como, dão resposta a algumas dificuldades económi-cas que estavam a criar obstáculos à continuidade do “nosso” Serras. Falta-nos ainda mais um passo. Temos que sensibilizar uma boa parte dos assinantes para efetuarem o pagamento da sua assinatura em atraso. Não nos parece justo que uns paguem para outros usufruírem sem cumprirem a sua obrigação.

O Diretor

CARTA AO DIRETOR

NOTA DA REDAÇÃOPor lapso na edição de Agosto na última página onde no titulo se lê Carlos Mendes deve ler-se Carlos Neves, e na noticia onde se lê Carlos Alberto Santos Mendes deve ler-se Carlos Alberto Santos Neves. Pelo qual apresento as minhas desculpas.

Zé Manel

É pelo terceiro ano conse-cutivo que a Casa do Concelho de Pampilho-

sa da Serra participa na Grande Noite de Fado de Santa Maria Maior. Após o sucesso dos anos anteriores, a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior (Lisboa) em parceria com as associações da freguesia, volta a levar a efei-to mais uma grande iniciativa de Fado, com um concurso prévio de apuramento aberto a parti-cipantes em representação de coletividades da freguesia.

Participam 17 instituições, coletividades, clubes, asso-ciações e casas regionais, que inscreveram 41 fadistas amado-res concorrentes (20 masculi-nos e 21 femininos). Entre as instituições inscritas temos o: Grupo Sportivo Adicense, Sociedade Boa União, Tejo-lense Atlético Clube, Centro Cultural Magalhães Lima, Academia de Recreio Artístico, Grupo Desportivo da Moura-ria, Grupo Gente Nova, Casa de Lafões, Casa da Covilhã, Casa da Comarca da Sertã, Lusitano Clube e a Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra.

Cada instituição pode inscre-

ver até 4 concorrentes, 2 mascu-linos e 2 femininos, sendo divididos por 4 eliminatórias, onde cada concorrente canta-rá 2 fados. Na eliminatória é apurado diretamente 1 fadista masculino e 1 fadista feminino.

Do conjunto das elimina-tórias são apurados 4 fadistas masculinos e 4 fadistas femini-nos com a melhor pontuação.

A fase de eliminatórias iniciou-se no dia 17 de Setem-bro para apurar os participantes

na gala final da Grande Noite do Fado. A Casa do Concelho inscreveu 4 fadistas: Dionísio Camacho; Alexandra Ralha; Paulo Simão; e Marlene Vila-nova.

Destes grandes fadistas temos já a garantia de ter um represen-tante da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra na grande final. Na primeira eliminatória que decorreu no dia 17/9, pelas 15:00 horas, na Academia de Recreio Artístico, o nosso parti-

A CASA DO CONCELHO PARTICIPA NA GRANDE NOITE DE FADO DE SANTA MARIA MAIOR

cipante Dionísio Camacho este-ve em excelente nível e superou com brilhantismo a concorrên-cia ficando apurado para a final.

A segunda eliminatória reali-zou-se no dia 24/9, pelas 15:00 horas, no Grupo Desportivo da Mouraria, e a Casa esteve repre-sentada por Alexandra Ralha, com grande atuação.

A terceira eliminatória vai ter lugar no dia 1/10, pelas 15:00 horas no Grupo Sporti-vo Adicense, onde Paulo Simão, um homem da serra, represen-tará a Casa concelhia pampi-lhosense.

A quarta e última eliminató-ria decorrerá no dia 8/10, pelas 15:00 horas, na Sociedade Boa União, cabendo a Marlene Vila-

nova representar os pampilho-senses.

A entrada para as eliminató-rias é livre e por isso não percam oportunidade para ouvir bom fado. Os nossos artistas necessi-tam do teu apoio.

A grande final disputa-se no dia 31 de Outubro no Coliseu dos Recreios de Lisboa, pelas 21 Horas.

Vão ser entregues bilhetes às Associações para venda, poden-do desde já ser feitas reservas para a Casa do Concelho atra-vés dos meios de comunicação da Casa.

Não faltes!

Carlos Simões

Page 3: E1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 ... · A voz do regionalismo desde 1999 ... Zé Manuel Paginação e Grafismo: ... buído ao conceituado restaurante Largo do Paço,

4 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 5

da região.No dia da sua partida, após a

missa de corpo presente, foram muitos os que desde a capela mortuária à igreja, e depois para o cemitério, se juntaram para mani-festar o grande pesar que os seus conterrâneos pampilhosenses e arganilenses e não só, sentiam pela perda do seu grande amigo, professor e grande figura na sua Pampilhosa da Serra, de onde era originário, e de Arganil onde residia.

A missa teve honras de celebra-ção conjunta entre os párocos de Pampilhosa da Serra, Padres João Prior e Orlando Henriques, e condiscípulos do falecido, Padres Sertório Batista Martins, António Ramos Gaspar, André Ramos Gaspar, Borges de Carvalho, Pedro Santos, David, Jesus Ramos e outros sacerdotes e diáconos que colaboraram nos serviços

fúnebres, tendo a celebração sido solenizada pelo grupo coral da paróquia da Pampilhosa da Serra.

Foi uma cerimónia de muita emoção com a filha Marta Mendes a cantar o salmo.

No final da cerimónia Marta Mendes muito emocionada leu um texto que escreveu em memória do seu querido Pai que contagiou todos e levou toda aquela multidão às lágrimas; Edite Novais também falou do seu Tio. Seguiu-se o representante da filar-mónica Grupo Musical Fraterni-dade Pampilhosense que referiu que o professor foi um herói. Na ocasião, José Brito, presidente do Município pampilhosense, disse que aquele momento apanhou

todos de surpresa. E adiantou “Morreu um amigo de todos os pampilhosenses que colaborou em muitas instituições”. E finalizou confirmando que “foi um grande presidente da Assembleia Munici-pal, um homem de consensos, um comunicador. Partiu um homem que nos vai fazer muita falta”.

Marcaram também presença diversas instituições, associações e coletividades regionalistas, assim como autarcas dos diversos muni-cípios da região, representados ao mais alto nível, pelos seus presi-dentes e vereadores, assim como a Paróquia de Arganil que disponi-bilizou um autocarro para os seus paroquianos ali se deslocarem.

Seguiu-se o cortejo Fúnebre com centenas de pessoas a acom-panhar o Prof Ramos Mendes ao toque de marcha fúnebre pela filarmónica Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense.

Em sinal de luto e respeito os serviços camarários encerraram para acompanhar o professor até á sua última morada, transportado na urna coberta pelas bandeiras do município e da União Progres-siva de Sobral Valado, coletivida-de da sua terra e à qual o Prof. Ramos Mendes sempre deu gran-de dedicação.

No Cemitério estiveram centenas de pessoas, com vários amigos que manifestaram o seu agradecimento pelo exemplo que José Ramos Mendes deixou para todos.

Descanse em Paz Professor.

Carlos Simões Fotos: “A Comarca de Arganil

Actualidade Actualidade

A Associação de Comba-tentes do Concelho de Pampilhosa da Serra

(ACCPS) foi fundada a 12 de Outubro de 2015, completando assim o seu primeiro aniversário. Para comemorar a efeméride a associação vai realizar no dia 15 de Outubro de 2016 um almo-ço de convívio em Pampilhosa da Serra, pelas 12:30 horas, no restaurante comunitário da Santa Casa da Misericórdia, no local da antiga resineira.

A Associação de Combatentes pampilhosenses é uma instituição composta por antigos combaten-

tes da guerra colonial, e aberta a militares que serviram Portu-gal em missões internacionais, sendo este evento aberto também a todos os amigos que estejam solidários com os mesmos, assim como os respetivos familia-res, pelo que se espera uma boa adesão a este grande almoço.

Com a certeza de ser um conví-vio agradável, onde se recorda-rão tempos passados e decerto se encontrarão amigos que se não viam há anos, haverá também a possibilidade de recordar os tempos de uma guerra que não teve razão de existir, (como todas

as guerras) e onde os tempos tristes são a maior parte. Os momentos de alegria no regresso a casa dos que tive-ram a sorte de voltar com vida, e a tristeza por muitos que lá a perderam na mais linda das idades, ficando não se sabe onde. Outros, também regressaram mas mutilados, não morreram na guerra mas devido a ela, nunca mais foram nada na vida, foram sim esquecidos. Ir a uma guerra é uma expe-riência triste, só quem por lá passou lhes dá o verdadeiro

valor. Quem voltou sem mazelas, (e que foram poucos) pode-se considerar um felizardo.

Com total apoio do município irá em breve ser erguido na vila um Monumento ao Combatente, onde irá ser perpetuado o nome de todos os que perderam a vida servindo a sua e a nossa Pátria. Já foi definido o local e já estão na posse da Associação alguns obje-tos para o mesmo, com o projeto a ser desenvolvido pelo município encontrando-se em bom anda-mento.

Por isso, companheiros, familia-res e amigos, marquem já a vossa presença, sendo nossa intenção proporcionar-lhe um dia memorá-vel e agradável, e para que melhor possamos servir marquem com a maior antecedência possível, para os seguintes membros da direção:

José Manuel, Telf. 965023655; Manuel Xavier, 969027902; Júlio Simões,235594381; Luiz Gomes, 963042795; José Martins, 932669365; Ramiro Almeida, 935599696; José Alexandre, 933735369; ou por email para [email protected].

A Direção da ACCPSZé Manel

Ao longo de quinze dias a Pampilhosa da Serra recebeu um grupo de sete Alunos do

Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – ISCSP, acompanhados de uma Professora de Investigação na área da Gerontologia.

Por forma a tornar esta ação possí-vel desenvolveram-se parcerias entre o ISCSP, a Câmara de Pampilhosa da Serra e o Contrato Local de Desenvol-vimento Social.

O Projeto de Voluntariado esta-beleceu-se na observação do Enve-lhecimento Ativo dos munícipes da Pampilhosa da Serra e nas boas práti-cas intergeracionais dos mestres sénio-res e jovens. De forma a perceber-se a participação dos idosos nas atividades, aplicaram-se 27 inquéritos.

Decorreram Ações Formativas / Palestras de partilha de saberes e expe-riências entre a Professora Dr.ª Stella Bettencourt da Câmara e 62 funcio-nárias das Instituições do concelho. O

Voluntariado desenvolveu-se assim em diversas áreas de intervenção social: junto da Comunidade, junto dos Idosos das Instituições de Solidarie-dade Social, nomeadamente Santa Casa da Misericórdia da Pampilhosa da Serra e Associação Solidariedade Social de Dornelas do Zêzere e ainda no Centro de Acolhimento Temporá-rio de Crianças e na Ludoteca Pampi-lho da Câmara Municipal e ATL da Caritas Diocesana de Coimbra.

Ocorreram em simultâneo ações de estimulação cognitiva junto dos

mestres séniores e de intergeraciona-lidade sobre a importância dos Avós com os jovens. Considerando impor-tante o contato e observação com a comunidade estiveram desde o dia 20 de Agosto a 2 de Setembro a prestar Voluntariado Social, terminando esta ação de voluntariado com um pique-nique partilhado na praia fluvial da Pampilhosa da Serra, com a partici-pação da comunidade envolvendo a Santa Casa da Misericórdia e ATL.

O fundamento principal deste voluntariado foi observar o envelhe-

cimento e o isolamento social e considera-se que toda esta experiência dos Voluntários e Professora Dr.ª Stella Bettencourt da Câmara enrique-ceu o concelho com o contributo de reflexões e reciprocidade de conheci-mentos.

A completar 80 anos de idade, faleceu no IPO de Coimbra no dia 11 de

Setembro de 2016, tendo o seu corpo estado em câmara ardente na casa mortuária de Pampilhosa da Serra onde foi velado, seguindo o funeral para o cemitério daquela vila no dia seguinte pelas17h30.

O Prof. Ramos Mendes, natu-ral de Sobral Valado, aldeia da freguesia e concelho de Pampi-lhosa da Serra, deixou para os vindouros um exemplo de vida dedicada ao seu semelhante e em prol da felicidade do seu próximo.

Foi eleito Presidente da Assem-bleia Municipal de Pampilhosa da Serra, no dia 31 de outubro de 2009, para um primeiro manda-to, tendo sido reeleito dia 12 de outubro de 2013, mandato que atualmente cumpria.

Era colaborador dos jornais

“Serras da Pampilhosa” e “A Comarca de Arganil”, assim como, cofundador da Rádio Clube de Arganil, colaborador da Rádio Boa Nova e responsável pelo Grupo Coral da Paróquia de Arganil. Além destas funções, ainda jovem chegou a ser fute-bolista no Naval 1º de Maio, da Figueira da Foz, e foi músico e maestro do Grupo Musical Frater-nidade Pampilhosense. Para além destas funções foi presidente da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de Pampilhosa da Serra, cargo que exerceu durante dois mandatos. Foi cofundador e primeiro grande Juiz da Real Confraria do Maranho de Pampi-lhosa da Serra.

Como colaborador há vários anos do jornal “Serras da Pampi-lhosa”, assinava mensalmente o artigo “Ditos e Factos”, que

surgiu da amizade com o fale-cido diretor do jornal Armindo Antunes, e dedicava o espaço a temas diversos da vida pampilho-sense e da atualidade regionalista. Na “Comarca de Arganil”, assi-nava semanalmente a "Nota da Semana", espaço que dedicava aos mais diversos temas da atualidade nacional e internacional, mas no qual dava prioridade a assuntos regionais e da "sua" Pampilhosa da Serra, concelho da sua natu-ralidade.

Foi ordenado sacerdote, e foi prefeito e professor no Seminário em Buarcos e pároco em Unhais o Velho, Piodão e Pombeiro da Beira. Um Homem culto, dinâ-mico, defensor intransigente dos valores do Ser Humano. Um Homem que, de alguma forma, ajudou a escrever a história de muitos dos seus alunos e os orientou e norteou, dando rumo e significado à vida de muitos jovens.

Atualmente, para além de presidente da assembleia muni-cipal, era presidente da assem-bleia geral do Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense, da assembleia geral da Casa do Benfica de Pampilhosa da Serra e membro do Conselho Econó-mico Paroquial do concelho, ao que se juntam outras importantes funções em diversas instituições

Tendo em conta o passa-do não muito recente, é normalmente no mês de

Setembro que o flagelo dos incên-dios florestais assola o concelho de Pampilhosa da Serra.

Este ano, excetuando alguns pequenos fogos, as chamas fica-ram “bravas”, tendo deflagrado um forte incêndio, pelas 12:08 horas de segunda-feira, dia 12 de setembro, próximo de Soeirinho, atingindo grandes proporções, sendo de imediato combatido ao longo da tarde por 166 bombei-ros operacionais, apoiados por 39 viaturas e por quatro meios aéreos vindos de Aveiro e Viseu.

Segundo disse à Lusa uma fonte de Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra, o incêndio foi dominado às 05:01 de terça-feira, e na fase de rescaldo participaram 295 bombeiros, com o auxílio de 86 veículos.

As áreas ardidas integraram "sobretudo povoamentos de pinheiro e eucalipto", além de zonas com matos diversos, segun-do adiantou José Brito ao JN, presidente da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra.

Naquele momento o montante dos prejuízos causados pelo fogo, estava ainda a ser calculado pelos serviços da autarquia.

Em média, os pinhais devastados pelo fogo tinham cerca de 20 anos, enquanto a idade dos euca-liptais oscilaria entre sete e dez anos, segundo o presi-dente da Câmara.

"A povoação de Praçais foi a mais ameaçada, mas os bombeiros conseguiram evitar que fosse atingida", disse José Brito ao JN, frisando que o incêndio não afetou habitações, nem causou acidentes pessoais.

Pescanseco Cimeiro também teve o incêndio

nas suas imediações, tendo o tanque-piscina daquela localidade sido útil para abastecimento de água dos helicópteros no combate às chamas.

Além de um elevado número de parcelas particulares de flores-ta que foram queimadas, entre as 12H08 de segunda-feira e a madrugada de terça-feira, o incên-dio destruiu uma extensão signi-ficativa dos baldios de Decabelos e Soeirinho e uma pequena parte da propriedade comunitária da freguesia do Cabril.

A chuva que caiu, na madruga-da de terça-feira, deu uma grande ajuda aos operacionais no terreno, num momento em que "o incên-dio já estava dominado", afirmou José Brito. "Poupou-se muito trabalho de rescaldo e vigilância",

sublinhou o autarca.Segundo fonte da autarquia,

presume-se que o incêndio teve origem numa máquina florestal que ardeu.

Nas últimas décadas, Pampi-lhosa da Serra tem sido um dos concelhos do país mais fustigados

pelos incêndios, um problema agravado pelo êxodo rural, que remonta ao período entre as duas guerras mundiais do século XX, com uma quebra significativa do número de residentes que ultra-passa os dois terços desde 1930. Um flagelo que só se atenua com pessoas no território e com melhor prevenção e mais eficaz planeamento e ordenamento florestal.

Vamos ter esperança que o fogo não volte tão cedo a assus-tar as nossas gentes e a destruir a nossa riqueza natural. Obrigado aos bravos “soldados da paz” pelo seu esforço em prol do próximo e defesa seus bens.

Carlos Simões

FOGO AMEAÇOU PESCANSECOS E PRAÇAIS DESTRUIDOS 250 HECTARES DE POVOAMENTOS FLORESTAIS

PROJETO DE VOLUNTARIADO DE ALUNOS DO ISCSP

FALECEU O NOSSO PROFESSOR JOSÉ RAMOS MENDES

Foto: Sérgio Trindade

Foto: Sérgio Trindade

Foto: António Tiago

Foto: Fátima Silva

ASSOCIAÇÃO DE COMBATENTES VAI COMEMORAR O 1.º ANIVERSÁRIO

O Posto de Turismo de Pampilhosa da Serra recebe, entre 3 de

outubro e 3 de novembro 2016, mais uma exposição no âmbito da "Oficina do Artesão", inti-tulada "Miminhos para bebé" com o objetivo de promover e valorizar o artesanato, os

produtos endógenos e estimu-lar a economia local.

A artesã local protagonis-ta desta exposição chama-se Tânia Cruz e apresenta várias peças para crianças, feitas em ponto cruz. A exposição será inaugurada dia 3 do corrente mês, às 18 horas.

OFICINA DO ARTESÃO - MIMINHOS PARA BEBÉ

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6 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 7

Regionalismo Actualidade Regionalismo

A aldeia mais a norte da freguesia de Fajão-Vidual e do concelho de Pampilhosa da Serra, na

encosta do Picoto de Cebola, apesar de distante dos centros urbanos, enche--se de naturais e visitantes durante os meses de verão. As suas festas de agos-to têm já tradição como sendo das mais animadas da região e nas quais os covanquenses primam por trazer artistas de renome.

Este ano não foi exceção, tendo a aldeia estado em festa nos dias 19, 20 e 21 de agosto, onde não faltou alegria e muita animação, contando ainda com diversas atividades, como foram os jogos tradicionais e um torneio de futsal no excelente polidesportivo da aldeia, que contou com a participação das equipas de Camba, Meãs, S. Jorge da Beira e a da casa. As Damas e os Vira Milho, destacaram-se na anima-ção musical, enchendo por completo o recinto de baile.

Na segunda-feira, dia 22 e já em fim de festa o programa foi reservado a homenagear Herculano Paulo de Jesus. Figura impar, grande homem e grande regionalista que se destacou ao servi-ço da coletividade da terra que o viu nascer – a Sociedade União e Progresso de Covanca.

Este dia iniciou-se com a celebração

de missa em memória do homenagea-do na bonita capela de Covanca, cele-brada pelo Padre Pedro, pessoa muito querida na aldeia e no concelho de Pampilhosa da Serra, onde foi pároco há alguns anos, tendo cativado a amiza-de e admiração dos covanquenses e de habitantes das aldeias da região, sendo muito acarinhado quando por ali vem em visita.

Na celebração o Padre Pedro vincou bem as qualidades humanas de Hercu-lano Paulo, a sua sempre pronta ajuda solidária para com os outros e desta-cando-se também como um bom chefe de família. Numa celebração muito emotiva, o senhor Padre consi-derou o homenageado um exemplo que deverá ser seguido, afirmando que a “a morte não é o fim de tudo nem é uma desgraça, porque proporciona ensinamentos e é uma forma de ficar em paz”.

Contando com a presença desde o início do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, José Brito, seguiu-se à missa a cerimó-nia de descerramento de placa alusiva, para assinalar e perpetuar a obra de Herculano Paulo, colocada no salão principal da Casa de Convívio de Covanca, uma obra para qual também deu grande contributo.

Com o salão repleto de covanquen-ses, familiares, amigos e convidados, Carlos Simões fez a introdução da cerimónia, considerando que Hercula-no Paulo foi um grande homem e um grande amigo, anunciando de seguida a projeção de um vídeo que retratou a vida do homenageado, tendo provoca-do as lágrimas em muitos que viveram e conviveram com o Herculano. Foi retratada a sua vida desde a adolescên-cia e toda a sua atividade profissional na restauração em Lisboa, passando pelas suas diversas atividades de que tanto gostava, não esquecendo a sua grande ligação ao regionalismo.

Herculano Paulo ocupou diversos cargos diretivos na coletividade de Covanca: em 1970 iniciou-se como 1º Vogal da direção; 1976 – 2º Secretá-rio direção; 1977 – Vice-presidente da direção; 1978 a 1981 – Presidente da direção; 1982/1983 – Presidente da Assembleia Geral; 1988 a 1990 – Vice--presidente da direção; 1992/1993 – 1º Vogal da direção; 1994 a 1996 – Vice-presidente da direção; 1997 a 2001 – Presidente da direção; e de 2010 a 2014 foi Presidente da Assem-bleia Geral, cargo que exercia quando faleceu.

Ficou assim assinada a sua obra com a placa que contem gravado “Homena-gem ao grande regionalista Herculano Paulo de Jesus pelos serviços presta-do à Sociedade União e Progresso de Covanca”.

Na presença da viúva Idalina Paulo, os filhos Rui e Paulo agradeceram em nome da família a homenagem que estavam a prestar ao seu pai, tendo salientado as suas qualidades humanas e a sua força.

A presidente Sónia Luís deixou também a sua mensagem de reco-nhecimento e agradecimento pelo contributo do homenageado pelo engrandecimento da aldeia, conside-rando que a sua presença será sempre sentida e será inspiradora. No mesmo sentido, o presidente da Câmara, José Brito lembrou que Herculano Paulo foi sempre um homem que lutou muito pela sua vida, e pela melhoria da sua terra e do concelho, sempre lutador no seu trabalho mas atento no apoio à sua família. Terminou cumprimentando os convidados presentes, em especial o Padre Pedro, agradado por o ter ali no seu concelho. A rematar disse que devemos seguir o exemplo do Hercu-lano e continuar a lutar pela nossa terra, como o Herculano fez desde 1970 quando entrou para a coletividade.

Irmão do homenageado, José dos Santos Simão interveio para, em nome

dos irmãos e familiares, agradecer à direção da coletividade a iniciativa de prestar homenagem ao seu ente queri-do.

Após esta sentida cerimónia, seguiu--se um excelente almoço de convívio, servido no espaçoso recinto de festas da aldeia, que contou com a partici-pação de perto de duas centenas de pessoas, entre as quais estiveram, para além do presidente do município, o representante da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra e jornal Serras da Pampilhosa, Carlos Simões, o repre-sentante de A Comarca de Arganil, José Vasconcelos e ainda representantes de

diversas coletividades congéneres.Várias intervenções se fizeram ouvir

após o repasto, nomeadamente Isaura Fernandes pela Liga de Fajão, Sérgio Trindade por Vale Derradeiro, Lour-des Maia pelo Porto da Balsa, Luís Barata pela Camba, Marco Almeida como associado e Carlos Simões pela casa concelhia, tendo sido unanimes em realçar as qualidades impares de Herculano Paulo, tendo o ultimo orador salientado ainda o facto de no dia anterior ter havido eleições para os órgãos sociais da coletividade covan-quense. Carlos Simões, na qualidade de presidente da assembleia geral elei-to, salientou o facto de ter havido alte-ração na presidência da direção, mas que irá continuar a ser desempenhado por uma mulher. Mostrou-se disponí-vel para ajudar e enalteceu a coragem da nova presidente Sandra Gonçalves,

tendo em conta a sua pouca expe-riencia anterior nas lides regionalistas, considerando contudo que a renova-ção é uma agradável realidade para a aldeia e para o regionalismo.

José Brito, por ter que se ausentar interveio de seguida para reforçar as palavras ditas acerca do homenagea-do. Deixou mensagem de incentivo à nova direção e mostrou-se recetivo ao pedido ali formulado, relativamente ao apoio para a construção de uma cober-tura no recinto de festas.

Sónia Luís procedeu á leitura de carta do ex-presidente do município Hermano Almeida, associando-se

aquela homenagem, passando de seguida à entrega dos emblemas de 25 anos associado, aos sócios residentes em Covanca.

Posteriormente Sónia Luís chamou a nova presidente para lhe passar o testemunho. Este ato foi simbolizado pela entrega da bandeira da coleti-vidade, tendo na ocasião Sónia Luís referido que a coletividade e a Covan-ca fica muito bem entregue á direção de Sandra Gonçalves. Por sua vez, a nova presente teceu rasgados elogios ao trabalho da sua antecessora, o que lhe facilitaria o trabalho futuro. Pediu apoio de todos para cumprir o seu mandato, e prometeu que tudo fará pela aldeia para colocar a Covanca em lugar de destaque no contexto do concelho e da região.

O quente dia de agosto continuou em animado convívio, pondo assim

um ponto final nas festividades de Covanca 2016, ficando já encontro marcado para agos-to de 2017.

Carlos Simões

OBRA DE HERCULANO PAULO DE JESUS PERPETUADA EM COVANCAEM MACHIO DE CIMA HOUVE FESTA RIJA E COMEMORAÇÃO DOS 70 ANOS DA LIGA

A Liga de Melhoramen-tos de Machio de Cima, teve origem na

anterior Liga de Melhoramen-tos da Freguesia de Machio, que englobava três aldeias da freguesia: o Machio de Cima e de Baixo e ainda Vale de Perei-ras. Essa designação mante-ve-se durante os primeiros 25 anos, tendo a sua comissão organizadora sido eleita no dia 25 de agosto de 1946.

Após a separação das outras duas aldeias da forma-ção inicial, a Liga continuou a trilhar o seu caminho em prol do desenvolvimento da sua aldeia, sendo atualmente, passados 70 anos, bem visível o trabalho desenvolvido por todas as mulheres e homens que serviram a coletividade e lutaram pelo desenvolvimento do Machio de Cima.

Foi exatamente esse brilhan-te historial que a presidente da assembleia geral Elisa Matias e

a presidente do conselho fiscal Fátima Lopes, recordaram e sublinharam no grande almoço comemorativo do 70º aniver-sário da Liga, que decorreu no dia 27 de agosto, no Largo Jaime Lameiras, em Machio de Cima.

Na mesa de honra, para além da presidente da assembleia geral Elisa Matias, estavam pela junta de freguesia de Portela do Fojo-Machio, Álvaro Margari-

do que também representou o Município de Pampilhosa da Serra por impossibilidade do vereador indicado, e Marcelo Farinha, secretário da junta que representou o seu presidente ausente por doença, que com outros associados ladeavam o presidente da direção da Liga de Melhoramentos de Machio de Cima, Manuel João das Neves.

A imprensa regional esteve representada por José Vascon-celos do jornal A Comarca de

Arganil, tendo mais tarde esta-do José Antão diretor rancho da Casa Concelhia que repre-sentou a instituição e o jornal Serras da Pampilhosa.

Dirigindo-se aos presentes, o presidente da direção agra-deceu a presença e deu os para-béns pelos 70 anos da Liga. Mostrou-se já cansado por estar há mais de 20 anos ao serviço da Liga, desafiando os mais jovens para continuarem com ideias para assegurar o futuro.

Álvaro Margarido sublinhou a importância da efeméride e o longo e brilhante caminho de 70 anos da Liga, não deixan-do de recordar Jaime Lamei-ras pelo muito que dedicaram à aldeia. Congratulou-se pelo elevado número de presenças, agradecendo e felicitando o trabalho de Manuel Neves.

Uma prenda foi trazida pelo secretário da junta de fregue-sia, Marcelo Farinha, fazendo a entrega de um cheque á Liga no valor de 750 euros, que serão certamente bem empregues em melhoramentos na aldeia, gesto prontamente agradecido pela direção.

Neste almoço que juntou mais de centena e meia de pessoas, houve oportunidade de conviver e também evocar o trajeto da coletividade. Na abordagem que Elisa Matias e Fátima Lopes fizeram ao histo-rial da Liga aniversariante, foi destacado o papel importante da coletividade no contexto do concelho, mostrando “orgulho e vaidade” na beleza da sede, sendo das poucas que está aberta durante todo o ano, clas-sificando o trabalho da Liga de “muito positivo”.

Nesta abordagem ao papel e história da coletividade, foram lembradas grandes personali-dades da aldeia e a obra que deixaram, com grandes melho-ramentos. A estrada Trinhão--Machio que foi um caso de um grande melhoramento no longínquo ano de 1955, e que veio facilitar muito o acesso de carro para outras paragens

como Lisboa e, no ano seguin-te, foi aberta até Machio de Baixo e Vale de Pereiras. No ano de 1964 a reparação da capela e do cemitério, a aquisi-ção de uma carreta funerária e no ano seguinte o abastecimen-to de água com fontanários e lavadouros. Também o apoio aos mais carenciados foi obra da Liga, assim como a repara-ção de caminhos e dos lagares. O ano de 1973 ficou marcado por duas grandes obras da Liga, a inauguração da nova escola e a eletrificação da aldeia.

Evocando a fundação, não foi esquecido o grande impul-sionador de há 70 anos, José Maria Simões, acompanhado por outros grandes homens infelizmente já desaparecidos como foram Jaime Lameiras, José das Neves, João Alves e Manuel Fernandes.

Como projetos futuros ficou a ideia de se transformar o Lagar num Museu, onde sejam depositados, conservados e exibidos os objetos tradicio-

nais, documentos, fotografias, enfim…a história e a cultura dos machienses.

Mas este fim de semana de agosto foi de festa Machio de Cima, em honra de S. Miguel. Na sexta, dia 26, a tarde foi animada na aldeia com a parti-cipação do Rancho Folcló-rico de Pampilhosa da Serra e, á noite, baile com o artista Nandito da Sertã. No sábado, a seguir ao almoço atrás referido, houve a atuação das Concer-tinas do Machio, seguido da Ronda à aldeia. À noite houve

animação e baile com os Sons do Zêzere. A Missa em honra de S. Miguel realizou-se pelas 9:00 horas de domingo, dia 28, na capela local.

Foi um grande fim de sema-na de festa e certamente que Machio de Cima espera por si no próximo ano.

Carlos Simões

Fotos de Elisa Matias (www.facebook.com/machiode.cima)

Tendo em vista a prepa-ração da época despor-tiva 2016/2017 a

equipa Feminina do Sporting Clube de Portugal - Núcleo de Condeixa, estagiou em Pampi-lhosa da Serra. A equipa foi acolhida pelo município entre os dias 9 a 11 de setembro. Esta equipa realizou dois jogos de preparação: o “Pampilhosa da Serra Women Cup 2016”, no dia 10 de setembro e o “Troféu

José Brito” no dia 12 de setem-bro, no Pavilhão Gimnodes-portivo.

Os cerca de 20 elementos pernoitam nas Camaratas Municipais e efetuaram os trei-nos de preparação no Pavilhão Municipal.

Realizou-se no dia 21 de Agosto de 2016, pelas 11:00 horas, na Casa de

Convivo de Covanca (Fajão), a assembleia geral da Sociedade União e Progresso de Covan-ca, tendo como ponto único da Ordem de Trabalhos, a eleição dos corpos sociais para o próximo biénio.

Não surgiu na mesa nenhuma lista candidata, pelo que, após um intervalo para reflexão e contactos entre os associados presentes, foi possível à direção cessante apre-sentar uma lista, que foi aprovada por unanimidade e aclamação.

Na mesa da assembleia mantêm-se os mesmos elemen-tos, com uma troca entre o presidente e o vice, já no caso da direção a presidência conti-nuará entregue a uma mulher, Sandra Gonçalves, que substitui no cargo Sónia Luís que terminou os seus dois anos de mandato. Para assegurar a continuidade, dado a inexperiência de alguns novos elementos, mantem-se na direção o tesoureiro João Fran-cisco, e a anterior presidente que irá agora assumir funções como secretária. Registaram-se ainda os regressos à direção de Arménio Gonçalves como vice-presidente e dos vogais Paulo Moura e Alfre-do Francisco. No conselho fiscal

o sócio fundador José Simões assume a presidência, coadjuva-do pelos jovens Cátia Francisco e Paulo Camba.

A lista completa de órgãos sociais eleita foi assim a seguinte:

Assembleia Geral: Presiden-te, Carlos Simões; Vice-presiden-te, Alfredo Luís; Secretária, Paula Nunes.

Direção: Presidente, Sandra Marques Gonçalves; Vice-pre-sidente, Arménio Gonçalves; Tesoureiro, João Francisco; 1º secretário, Sónia Luís; 2º secre-tário, Carla Nunes; Vogais, Paulo Moura e Alfredo Francisco.

Conselho Fiscal: Presidente, José Pereira Simões; Secretário, Cátia Francisco; Relator, Paulo Camba.

Votos de muitos sucessos.

Carlos Simões

SANDRA GONÇALVES SUBSTITUI SÓNIA LUÍS NA PRESIDÊNCIA

DA COLETIVIDADE

EQUIPA FEMININA DE FUTSAL DO SPORTING ESTAGIOU NA VILA

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8 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 9

Actualidade Opinião Actualidade Opinião

Partindo do princípio que qualquer associação que tenha em vista a

prossecução de objectivos de interesse comum, seja qual for a área em que exerce a sua acção, se rege por um conjunto de normas consignadas nos respectivos Estatutos ou clarificadas em regulamentos que devem ser cumpridos pelos associados, será suposto que ninguém adere voluntariamente a uma associação sem que conheça não apenas os direitos que lhe cabem mas, igualmente, a obrigatoriedade da observância dos deveres que lhe competem na sua qualidade de membros do respectivo grupo social.

Na seriação desses deveres insere-se o pagamento das suas quotas, mensais ou anuais não importa para o caso, a favor da associação em que estão integrados, pois o seu valor, multiplicado pelo universo dos associados, é essencial para que os respectivos corpos sociais, por eles eleitos, possam fazer uma gestão equilibrada das receitas e das despesas colocadas à sua disposição face à implementação das estratégias julgadas adequadas para que possam cumprir os respectivos planos de actividade. Quando os associados falham no cumprimento dessa obrigação, tal omissão, sejam quais forem as razões, acaba por colocar dificuldades acrescidas a qualquer modelo de gestão associativa.

Torna-se por isso necessário que a gestão de qualquer associação esteja atenta ao incumprimento deste dever por parte dos associados, tomando atempadamente as medidas previstas nos Estatutos para a solução de tais casos, de modo a evitar que a situação se transforme em rotina que com o passar dos anos irá criar dificuldades acrescidas à sua resolução. Não me parece

apropriado que, para enfrentar o problema, se recorra a quaisquer m e d i d a s que possam estabelecer critérios diferenciados entre quem cumpre e quem se esquece ao longo dos anos do pagamento de uma das suas principais obrigações associativas, mas que, não obstante tal irregularidade, continua a manter intactos todos os seus direitos na vida associativa.

Não me parece adequado que se passe uma esponja sobre estes débitos através da aplicação de medidas administrativas que podem ir do perdão à redução do valor da quota, ou decidir que a liquidação em falta somente se torna obrigatória a partir de determinada data, além de serem contrárias às normas estatutárias, poderão criar divisões entre os associados, levando-os eventualmente a questionar qual a importância de se darem ao trabalho, tal como os Estatutos obrigam, de satisfazerem pontualmente os seus deveres perante a associação a que voluntariamente todos aderiram.

Valerá a pena pagar quotas? Como sempre, acho que sim. Não só por assim se contribuir para o reforço do associativismo como por uma questão de auto-estima, mas também como sinal de pertença a uma associação em que os seus membros se devem sentir comprometidos nos respectivos objectivos, bastando para tal que acreditem nela e cumpram os deveres estatutários.

Aníbal Pacheco

ASSOCIATIVISMO – Pagar quotas é um dever dos associados!

A Real Confraria do Mara-nho de Pampilhosa da Serra reuniu em assem-

bleia geral no dia 20 de Agos-to de 2016, nas instalações do auditório municipal de Pampi-lhosa da Serra por cedência do município.

Por falta devidamente justi-ficada do senhor Juiz Real da confraria Dr. José do Espirito Santo, para o substituir na presi-dência da mesa foi chamado o confrade Jaime Loureiro, que à hora marcada, 10.30 horas, deu início à sessão cumprimentando e agradecendo a presença dos confrades que ali se encontra-vam.

Passou de seguida a palavra ao senhor Mordomo Mor presiden-te da direção Dr. António Bara-ta, que também cumprimen-tou e agradeceu aos presentes, mostrando-se desmotivado pelo número de presenças ser dimi-nuto, facto que lamentou.

Deu início à apresentação das contas referentes ao ano de 2015, salientando, a impor-tante responsabilidade dos corpos gerentes, revelando-se a tarefa mais árdua ao longo do mandato quando exigida num contesto desfavorável da grave crise económica que o país e a Europa estão a atravessar, daí os problemas e desafios sociais com a diminuição de comparticipa-ções familiares.

No capitulo das contas, infor-mou que os proveitos e ganhos em 2015 totalizaram a quan-tia de 7.558,25 euros, gastos e perdas 3.173,87 euros, com um resultado positivo de 4.384,38 euros. Juntando o saldo do ano anterior, a tesouraria tem em caixa o valor de 5.304,81 euros, o que considerou confortá-vel para fazer face às despesas previstas, em especial na elabo-ração da Carta Gastronómica do concelho de Pampilhosa da Serra, salientando e agradecendo um subsídio do município de 3.000,00 euros.

Pelo presidente da mesa o documento foi posto a discus-são, finda a qual se procedeu á votação, sendo aprovado por unanimidade.

O senhor presidente do concelho fiscal, Victor M. D. Barata, salientou que, depois de conferir rigorosamente as contas apresentadas pela direção estas estavam conforme e agradeceu sua aprovação, propondo um Voto de Louvor, o qual foi apro-vado por unanimidade.

Relativamente a atividades em 2015, o senhor presidente da direção deu várias informações, designadamente a divulgação

do Maranho por todo o país, salientando a presença no 75º aniversário da Casa do Conce-lho de Pampilhosa da Serra onde esteve presente, o Garfo Doura-do, a parceria com o município pelo 2ºano, o Almoço de Reis, várias reuniões sensibilizando restaurantes do concelho para divulgação do Maranho, o estu-do e preparação da página Inter-net, reuniões preparatórias com o município para elaboração da Carta Gastronómica de Pampi-lhosa da Serra e, informou ainda da realização do XII Capitulo da Confraria no dia 17 de Setem-bro de 2016, com o almoço em Fajão, no restaurante O Pascoal, apelando à comparência. Infor-mou ainda que para finais de Novembro termina seu mandato, apelando aos confrades a elabo-ração de lista ou listas, sendo sua intenção entregar o cargo.

O 1º mordomo Vice-presi-dente da direção Eng.º Manuel Dias da Silva usando da palavra salientou que a Real Confraria desde sua fundação tendo feito todo o possível para preservar nossas tradições gastronómicas, em especial o Maranho, bem como divulgar a riqueza paisa-gística e natural do concelho.

Continuou, dizendo que a atual direção se tem empenha-do em tornar vivos os objetivos da Confraria, quer junto dos confrades e público em geral, quer em eventos diversos, Capí-tulos, “Garfo Dourado”, assem-bleias, Almoço de Reis em parce-ria com o município, “Poesia e Gastronomia” em parceria com o agrupamento de Escolas Esca-lada de Pampilhosa da Serra, participação em Capítulos de outras confrarias e em assem-bleias da Federação Portuguesa de Confrarias Gastronómicas, a implementação de um site digno da confraria, um proces-so para elaborar regulamento interno, um livro de usanças, a intenção em curso de elaborar a Carta Gastronómica do conce-

lho, sendo que para tal a dire-ção necessita de estar dotada de recursos materiais suficien-tes, seja quem for que esteja em funções, necessitando do apoio e colaboração de todos os asso-ciados, alem dos apoios sempre dados pela Câmara municipal de Pampilhosa da Serra.

O vice-presidente da direção considerou que é algo nebulo-sa a atual situação dos associa-dos, bem como o pagamento das quotas, sendo a sua clarifi-cação urgente, e ser importante conhecer quem são os confra-des que continuam empenhados em contribuir para os objetivos estatutários da Real Confraria, com todos os direitos e deve-res, sendo que o pagamento das quotas é fundamental, veri-ficando-se que existem dividas elevadas de quotas o que limita a Confraria em prosseguir seus objetivos.

Devido ao referido facto de existirem alguns associados com elevado número de quotas em atraso, o que devido a situações diversas torna difícil seu paga-mento, foi apresentada proposta à assembleia pelo senhor Vice--Presidente da direção o seguin-te: “O não pagamento de quotas referente aos anos de 2003 a 2007; isentar o pagamento de metade de 2008 a 2013; e que as quotas de 2014 a 2016 e daí em diante sejam de pagamen-to obrigatório. Para além disso, mandatar a direção para enviar carta a todos os confrades, à qual devem dar resposta até 30 de Setembro 2016, solicitando o pagamento das quotas em falta, informando que o não cumpri-mento do solicitado poderá levar à perda de qualidade de confra-de, segundo disposição dos esta-tutos Artigo. 13º”. Esta proposta foi depois discutida e posta à votação, tendo sido aprovada por unanimidade.

Ficou o apelo à compreensão dos visados, considerando-se que só assim se poderá ter uma

REAL CONFRARIA DO MARANHO REUNIU EM ASSEMBLEIA GERAL

Confraria forte e pugnar pelos interesses do concelho e de todos os pampilhosenses.

O senhor presidente da dire-ção agradeceu aos membros dos corpos sociais e confrades, que pugnaram pela boa harmo-nia no seio da instituição, bem como uma boa interligação entre setores, permitindo assim obter níveis de excelência no rigor e organização, agradeceu a todos

os que de algum modo contri-buíram para o engrandecimento da Confraria.

Nada mais havendo a tratar, o senhor presidente da mesa da assembleia deu por terminada a sessão eram 13.00 horas agrade-cendo a todos.

Zé Manel

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10 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 11

Entrevista Entrevista ActualidadeMARIA CELESTE PACHECO,

TRABALHADORA NA CONSTRUÇÃO CIVIL«Por vezes sinto que a minha capacidade de trabalho é uma coisa muito boa e não

é para todas, assim como não é para algumas emproadas suportar a sujidade na roupa durante o trabalho… sinto-me bem por ter essa vantagem e essa resistência»

Apesar da igualdade de género estar em franco progresso nas mais variadas atividades da sociedade, os chamados “trabalhos de mulheres” como são a costura, limpezas e doméstica, e os “trabalhos de homens” como são mineiro, pedreiro e outros, custam em abrir o acesso à atividade ao sexo oposto. Ao passarmos junto a uma obra de construção numa casa de uma aldeia pampilhosense, chamou-nos à atenção ver uma mulher a amassar cimento, a acarretar areia e pesadas vigas, o que pela raridade de ser uma mulher, se afigurou um bom motivo à realização de uma entrevista a esta trabalhadora para partilhar para o “SERRAS DA PAMPILHOSA” a sua experiência de vida e de trabalho. Carlos Simões

Serras da Pampilhosa – Onde nasceu e como foi a sua vida nos primeiros anos?

Maria Celeste – Nasci nas Meãs, e ali vivi a minha infân-cia e adolescência. Estudei até à quarta classe na esco-la da aldeia e por lá estive a trabalhar no campo, guardar as cabras, roçar mato e outras lides da casa.

Serras da Pampilhosa – Qual foi o seu primeiro traba-lho a receber um ordenado?

Maria Celeste – Estive sempre na minha aldeia até á idade de 27 anos, altura em que fui trabalhar para a Quin-

ta da Lagoa, que fica próximo da Praia de Mira. Trabalha-va num hotel como ajudante

de cozinha, e por vezes servia os pequenos almo-ços quando havia mais clientes.

Serras da Pampilhosa – Gostava do que fazia?

Maria Celes-te – Estive lá um pouco mais de um ano e gostei muito do traba-lho que fazia. Foi uma alteração muito grande em relação ao que fazia na aldeia. Não era tão duro, conheci outra realidade e estive sempre acompa-nhada pelo meu

filho Ricardo que completou 7 anos nessa altura.

Serras da Pampilho-sa – Como surgiu começar a trabalhar na construção civil?

Maria Celeste – Depois de deixar o emprego na Praia de Mira devido a circunstâncias da vida, entive ainda em casa durante um ano, até que o meu irmão António Pacheco me convidou para ir trabalhar com ele. O primeiro trabalho foi a roçar mato num trabalho

para a EDP, depois fui traba-lhar para a Vala de Ceiroco, onde foi feito o revestimento a cimento de toda a extensão da Vala, que tem cerca de 7 km. A essa empreitada sucederam-se outras e outros trabalhos e assim fui ficando, e já passa-ram 22 anos sempre a traba-lhar na construção civil.

Serras da Pampilhosa - Tem noção que trabalhar na construção civil é uma ativi-dade reservada a homens? Como encara esse facto?

Maria Celeste – Na nossa zona não é normal encon-trar mulheres a trabalhar nas obras. Quando comecei há 22 anos havia outra rapari-ga das Meãs a trabalhar nisto, chamava-se Helena e já fale-ceu. Tinha um problema de coluna e faria agora 58 anos.

Pois não é normal e é uma atividade muito dura. Ainda ontem já andava desanimada com o calor, não era por andar a amassar massa de cimento, foi mesmo pelo calor, porque massa já amassei muita. No geral trabalhar na construção não tem para mim nenhum grande obstáculo e trabalho tal como os meus colegas homens. Eles sabem que não tenho problema de fazer qual-quer tarefa e deito a mão a tudo o que for necessário.

Serras da Pampilhosa – Em alguma situação se sentiu inferiorizada ou margi-nalizada pelo facto de ser mulher?

Maria Celeste – Não tenho nenhum complexo por traba-lhar nas obras e ser mulher. Alguns dias sinto-me um pouco cansada e desanima-da, mas já são 22 anos nisto e o corpo já está habituado. Desde que respeitem o meu trabalho não tenho qualquer problema de inferioridade.

Serras da Pampilhosa – Tem família. Quantos filhos?

PERFILMaria Celeste Mendes Pacheco

nasceu em Meãs, freguesia de Unhais o Velho, concelho de Pampilhosa da Serra, no dia 25 de Fevereiro de 1965. É filha de José Mendes Pacheco, natural da aldeia de S. Jorge da Beira, antiga Cebola, e de Maria Anunciação, natural de Meãs.

Estudou na escola primária de Meãs, onde completou o primeiro ciclo do ensino básico (4ª Classe).

Trabalhou na agricultura, hotelaria e atualmente é trabalhadora na construção civil na empresa Madurrada Construções, Lda, propriedade do seu irmão António Pacheco.

Reside em Meãs, é casada e tem um filho com 31 anos de idade.

Como é que a família encara o facto de trabalhar numa atividade normalmente reservada a homens?

Maria Celeste – Sim, sou casada com o Luís que também é de Meãs e tenho o filho Ricardo, de 31 anos de idade, que também já traba-lhou comigo na construção, mas que agora está em França a trabalhar sendo especializa-do em instalação de Pladur.

Para eles o meu trabalho tem pouco valor, principalmente o Luís, mas como já trabalho nisto há muitos anos e o meu marido trabalha comigo, e por eu trabalhar nas obras tal como os homens lá de casa, acaba por se tornar uma situa-ção normal.

Serras da Pampilhosa – Como consegue conciliar o trabalho na construção civil com a vida familiar?

Maria Celeste – Não é fácil. Tenho que fazer ainda a lide da casa depois das horas do trabalho. Levanto-me cedo e só regressamos a casa ao final da tarde, e assim, não sobra muito para o resto, mas ainda arranjo tempo para semear umas batatitas e umas cebo-litas e cuidar de um pequeno jardim.

Serras da Pampilhosa – Para uma mulher como a Celeste trabalhar nas obras é sinónimo de inferiorida-de? Ou antes pelo contrário, sente-se honrada por repre-sentar um símbolo da força feminina?

Maria Celeste – Sinto que não sou igual às outras mulhe-res que têm outras atividades. Nas horas de trabalho ando sempre toda suja e isso inco-moda-me um pouco quando estou na presença de outras mulheres, mas um banho ao fim do dia altera tudo. Para além disso não tenho qual-quer problema por trabalhar nas obras e deito a mão a tudo, e não teria qualquer proble-ma em fazer outro trabalho. Por vezes sinto que a minha capacidade de trabalho é uma coisa muito boa e não é para todas, assim como não é para algumas emproadas suportar a sujidade na roupa durante o trabalho. Por isso sim, sinto--me bem por ter essa vanta-gem e essa resistência.

Serras da Pampilhosa – Pensa continuar nesta ativi-dade, ou ainda tem algum sonho que desejaria ver reali-zado?

Maria Celeste – É difícil, na minha aldeia não há outras atividades para escolher e mudar, por outro lado, com os meus 51 anos e também os poucos estudos que tenho, dificultam muito a mudança para outro tipo de trabalho. Não é fácil hoje em dia arran-jar emprego, mas se o meu patrão me despedisse hoje e tivesse saúde, eu acho que conseguiria arranjar qual-quer coisa para trabalhar, tal como fiz quando tinha 27 anos, quando fui para Quin-ta da Lagoa sem conhecer lá ninguém.

Serras da Pampilhosa – Qual a sua opinião acerca da igualdade entre mulhe-res e homens na sua ativi-dade profissional? Somos todos iguais ou a igualda-de é difícil em determinadas funções? Porquê não haver mais mulheres a trabalhar nas obras?

Maria Celeste – Haven-do respeito mutuo, não vejo problema nenhum em homens e mulheres trabalha-rem juntos no mesmo empre-go e na mesma função. Há atividades como as obras em que essa igualdade é mais difí-cil. Trata-se de um trabalho muito duro e acarretar sacos de cimento, tijolos e vigo-tas, amassar cimento e andar sempre sujo não é fácil para muitas mulheres e também para alguns homens. Quando se fala de igualdade temos que ver se as pessoas têm capaci-dade para ser iguais.

«Não tenho qualquer problema por trabalhar nas obras e deito a mão a tudo, tal como não teria

qualquer problema em fazer outro trabalho»

Na madrugada do passado dia 14 de Agosto juntou-se no

recinto de festas do Cabril um grupo de 50 pessoas, miúdos e graúdos, para subir até ao topo da Serra de São Domin-gos. Movia-as o gosto de ver nascer o Sol nos penedos da nossa região.

Esta ideia partiu da funcio-nária da Junta de Freguesia do Cabril, a D. Paula, e desde logo teve o apoio da Junta. Daqui resultou, para todos os parti-cipantes, a oferta de um saco/mochila com uma garrafa de água, uma peça de fruta, um sumo, um queque, uma barrita de cereais, um chocolate e um

pequeno pacote de bolachas. No adro da festa já esperava

pelos caminhantes uma ceia aconche-gante: caldo verde quentinho, rissóis, bolos diversos, filho-ses espichadas, bem como bebidas fres-quinhas. Não seria por falta de alimen-to que esta aventura iria ser boicotada. Ai de quem se atreva a dizer que foi por falta de “combustível” que a subida aos penedos ficou por fazer!!!!

A primeira para-gem do grupo foi no alto da serra, a norte da povoação, na “capela” de São Domingos

onde foi lida a lenda do Santo e distribuído aos presentes uma

pequena lembrança. Seguimos serra acima e por volta das 4:30 da manhã tínhamos alcançado o cume, mas como o Rei Sol só nasceu por volta das 6:30, fomos brindados com 2 horas de convívio onde deu para tudo: embrulhar nas mantas, beber café, comer o farnel… Tudo preparado e ofereci-do pela Junta e transportado pela sua pik-up, que durante todo o percurso nos foi garan-tindo segurança (se alguém fraquejar, aqui está quem vos vai levar!). Foram duas horas que deram para, mais uma vez, mostrar como é fácil e agradá-vel a confraternização. Foram muitas as risadas, mas também houve grandes sonecas – o cansaço e o adiantado da hora foram os culpados.

Por fim, e apesar do fumo que nos tem toldado o firma-mento, lá apareceu o astro maior. A nossa terra é Linda!!!!

Descemos rumo ao Cabril onde cada um partiu para os seus lares.

Sérgio Trindade

NASCER DO SOL NA SERRA DE SÃO DOMINGOS

Depois de ter atuado em Lisboa no sábado, dia 17 de Setembro, Tony Carrei-

ra viajou para Paris. E foi já na capi-tal francesa que, no dia 19 de setem-bro, que o nosso conterrâneo cantor sofreu um acidente de viação, tendo o carro conduzido pelo artista embatido numa carrinha quando este ia a caminho dos estúdios.

O cantor, de 52 anos “queixava--se de dores nas costas” e por isso foi observado no hospital. Os exames realizados não revelaram problemas de maior.

“A família ficou alarmada ao saber", diz uma fonte citada pelo jornal Correio da Manhã, acrescen-tando que os três filhos – Mickael, David e Sara – só descansaram quando tiveram a certeza de que estava tudo bem. Segundo a mesma fonte "Estiveram sempre em contac-

to com o pai e todos se ofereceram para ir imediatamente até Paris, mas ele foi assistido no hospital e os médicos disseram que não havia razão para alarme."

Tudo não passou de um grande susto. Tony Carreira escreveu na sua página de Facebook a seguinte mensagem: “Após o concerto do passado fim de semana, vim para Paris em trabalho e efetivamente ontem sofri um acidente de viação. O cansaço não perdoa. Mas quero dizer-vos que estou bem e que não passou de um susto. Estarei de regresso a Lisboa em breve".

Segundo o Jornal de Noticias de 20 de setembro, a Regiconcerto, que representa o cantor, adiantou que Tony Carreira foi observado numa unidade hospitalar parisiense "apenas por precaução". "Foi apenas um susto, já está tudo bem", garan-

tiu fonte oficial da Regiconcerto.Natural de Armadouro, Pampi-

lhosa da Serra, Tony Carreira emigrou ainda jovem para França, onde viveu durante vários anos. Atualmente, o cantor divide os seus dias entre Lisboa e Paris, embora tenha residência fixa em Portugal.

Carlos Simões

TONY CARREIRA SOFREU ACIDENTE DE VIAÇÃO EM PARIS

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12 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 13

Actualidade

Carvoeiro é desde há muitos anos uma aldeia de grandes tradições, e dela são filhos

pessoas que se destacaram pela gran-de dedicação à aldeia e pelo engran-decimento da terra e da região que os viu nascer.

A Comissão de Melhoramentos do Povo do Carvoeiro, fundada em 10 de maio de 1942, é uma das mais antigas da região, tendo sido recente-mente eleita nova direção, presidida pelo jovem João Albano, um dedi-cado enfermeiro, que presta serviço no Centro de Saúde de Pampilhosa da Serra, que recentemente também regressou a suas origens. Este novo dirigente, em conjunto com os seus

dignos colaboradores, está a dar os primeiros passos e tudo fazer pela continuação do engrandecimento da sua terra, honrando assim a memória de seus antepassados.

O Centro de Convívio já foi cons-truído em finais da década de 50 do século passado, mas apresenta exce-lentes condições, onde mais recen-temente foram feitos melhoramen-tos, em especial no salão principal,

o que lhe veio dar um aspeto mais agradável, havendo planos para criar melhores condições e a tornar mais confortável.

Usualmente, no terceiro fim-de--semana de agosto realiza-se em Carvoeiro a festa anual em honra de seu padroeiro Senhor do Bomfim, que constitui a parte religiosa dos festejos dirigida pela comissão da capela. Inclui missa e procissão, sendo uma das mais famosas da região até aos dias de hoje.

Sexta-feira é o início das festas na aldeia com a atuação de um conjun-to musical. No sábado o dia princi-pal com a festa religiosa, pela tarde realizam-se ainda vários jogos tradi-

cionais, e á noite, além do conjunto musical, também as danças e canta-res regionais animam a festa com a atuação de um rancho folclórico, o que dá um bom ambiente à festa recordando as tradições dos antepas-sados, sendo ainda muito apreciadas por uma grande maioria dos carvoei-renses, continuando o arraial com um grupo musical que se prolonga pela noite dentro.

Neste dia e noite de festa a juven-tude reina. Uns ainda se vão deitar um pouco, para bem cedo se junta-rem aqueles que nem à cama vão. Com os seus instrumentos musicais e outros improvisados, os jovens e menos jovens fazem uma ronda pelas casas da aldeia tocando suas músi-cas tradicionais, acordando quem se atreve a dormir. Poderá não ser de agrado de alguns, deitarem-se tarde e acordar cedo, mas nestes dias de festa são momentos agradáveis e todos compreendem e aceitam de bom grado.

Finda esta tradição, que será bom ser mantida, dirigem-se à sede de freguesia, Pessegueiro, para se junta-rem no adro da Igreja, à saída da Missa dominical. São os chamados “resisten-tes”, visivelmente cansados de uma noite passada em claro e com os seus instrumentos musicais a fazerem uma verdadeira festa, proporcionam o ambiente para todos fazer um bailari-co e darem um pé de dança.

Apesar de estarem cansados, não parou por ali, os resistentes dirigi-ram-se de seguida à vizinha aldeia de Covões, onde o dinâmico presi-dente da direção da coletividade José de Almeida Alexandre os esperava,

e onde mais uma vez se cantou e dançou, e lhes foi oferecido um bem merecido aperitivo. De seguida, todos se dirigiram para as suas casas para o almoço familiar, e certamente para descansarem um pouco, porque à noite havia mais !!!

Segunda-feira, o último dia de festa, realiza-se o tradicional almoço comunitário, servido nas instalações da Casa de Convívio. Este almoço é oferecido a todos, confecionado e

servido pelas pessoas da aldeia, onde o Jaime e o Manuel da Madeira traba-lham afincadamente, contando ainda com a colaboração de outros volun-tários, com os jovens no serviço de mesa.

É realmente agradável, mas cansa-tivo para quem proporciona tudo isto. Só com grande união e colaboração de todos torna possível dar continui-

dade. O evento termina com o habi-tual e necessário leilão de ofertas para fazer face às despesas e melhoramen-tos necessários.

De salientar que num dos dias seguintes é aquecido um forno a lenha e amassada uma certa quantidade de farinha, onde quem quiser pode levar e juntar-lhe um outro condimento a seu gosto, e levar ao forno a cozer. No final, todos provam as diversas espe-

cialidades, constituindo na realidade um evento fabuloso, onde o convívio reina, dando incentivo aos jovens para visitarem a terra de seus pais, conti-nuando e mantendo tradições, algu-mas delas dos nossos antepassados sendo importante serem mantidas.

Um aspeto digno de destaque no Carvoeiro, verifica-se em especial no mês de Agosto, é o facto sua Casa de Convívio permanecer todo ou quase todo o dia aberta pela direção. Nos

outros meses também abre ao fim do almoço ou jantar, abertura a cargo do dedicado carvoeirense Virgílio e família, o que permite que os poucos residentes venham tomar café ou qualquer outra bebida, proporcionan-do o encontro e convívio entre os habitantes, o que infelizmente, por falta de residentes em muitas aldeias do concelho, isso já não acontece e

os poucos existentes passam dias que não se encontram.

Estamos certos que Carvoeiro vai continuar bem vivo e a dar um bons exemplos. Bem hajam.

Zé Manel

Fotos: http://www.cmpcarvoeiro.pt/ e www.facebook.com/Cmp-Carvoeiro-Página

CARVOEIRO – AS PESSOAS E AS TRADIÇÕES

Estão abertas as candidaturas para o 3º Concurso de Fotografia

“Pampilhosa da Serra Inspira Natureza”, numa iniciativa da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra.

A organização estabeleceu como objetivo nesta 3ª edição, incentivar a captação de imagens fotográficas e sua

divulgação, enquanto expressão artística dos seus autores e enquanto elemento promotor do território e da cultura que, ao fixar a realidade no tempo e no espaço, permite a divulgação da beleza e dos recursos naturais do concelho.

O concurso está já a decorrer desde 5 de maio de 2016 e termina a 5 de maio de 2017.

Serão premiados as melhores fotografias que, segundo o critério do júri, forem as melhores imagens no âmbito das seguintes temáticas, “Património Paisagístico”, “Xistosidade” e “Água”.

Para os vencedores de cada tema, o prémio será de 500€. Para os segundos lugares o prémio será de 150€.

Consulte as normas do concurso em http://www.c m - p a m p i l h o s a d a s e r r a .p t / u p l o a d s / w r i t e r _ f i l e /document/2306/Normas_d e _ p a r t i c i p a _ _ o _ I I I _Concurso.pdf

Qualquer esclarecimento adicional contacte o Gabinete de Turismo, Telf. 235590335, ou por email para turismo@cm_pampilhosadaserra.pt

3º CONCURSO DE FOTOGRAFIA “PAMPILHOSA DA SERRA INSPIRA NATUREZA”

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14 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Actualidade

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 15

EM COVÕES HOUVE FESTA E ALMOÇO CONVÍVIO

Covões é uma aldeia da freguesia de Pampilhosa da Serra, situada à beira

do rio Unhais, o que lhe propor-ciona uma situação geográfica privilegiada. Apesar de ter uma população permanente muito reduzida, infelizmente como por todo o concelho, o municí-pio continua a criar as melhores condições para uma boa quali-dade de vida na aldeia. A realida-de é que as pessoas, por outros afazeres ou situações familiares, continua nos grandes centros, embora na sua terra se vá criando e mantendo excelentes infraestru-turas.

Na pequena aldeia de Covões, embora quase despovoada,os

seus naturais e descendentes continuam no verão a vir às suas origens, em especial na altura de sua festa anual em honra de sua padroeira nossa Senhora de Fáti-ma, tendo este ano sido realizada a 27 e 28 de Agosto e, como de costume, foi um sucesso, salien-tando-se o elevado numero de presentes, com a juventude a marcar significativa presença.

A festa foi organizada pela sua coletividade, o Grupo Progres-sivo de Covões, instituição que é presidida pelo dinâmico José de Almeida Alexandre, que é “filho adotivo” mas não se poupa a esforços pelo seu engrandeci-mento e não só, não faltando a ajuda de seus prestimosos cola-boradores.

No dia seguinte à festa é costume realizar-se um almoço

convívio. Este ano manteve-se a tradição, sendo confecionado e servido pelas pessoas da aldeia, onde compareceram mais de 60 pessoas, um almoço familiar e simples, onde foram dispensadas cerimónias ou discursos, servi-do nas instalações da Casa de Convívio de Covões, quiçá, uma das bastante antigas do conce-lho, datando sua inauguração em 1981.

A Casa de Convívio foi recen-temente reconstruída, o que lhe veio dar muito melhores condi-ções, em especial na cozinha, bar e salão, onde foram expos-tos vários apetrechos usados na região, muitos deles usados pelos nossos antepassados, recordando

assim sua memória, alem de lhe dar um aspeto agradável.

Além dos naturais de Covões, estiveram presentes os presiden-tes da comissão congénere de Ramalheira, Carlos Cruz com sua esposa, Álvaro Margarido membro do executivo da Junta de freguesia Portela do Fojo-Ma-chio, amigos de Lomba do Barco, Carvoeiro, Soeirinho, Malhadas da Serra, Vale de Pereiras e José Manuel como representante do Jornal Serras da Pampilhosa.

Terminado o almoço, o conví-vio iria continuar pela tarde adiante e até á noite, onde á espe-ra estavam os caracóis cozidos com a sopa e as sobras do almoço, que ainda davam para o jantar.

Zé Manel

Regionalismo Opinião

A PENSAR NA PAMPILHOSA DA SERRA

33. PONTOS +

No ano 2010, o Muni-cípio de Pampilhosa da Serra criou nas

sedes das 10 freguesias então existentes um serviço de proximidade dos habitantes

das várias aldeias do conce-lho, sobretudo a pensar numa população cada vez mais idosa e sem meios de transporte para se deslocarem à sede do Concelho.

Os serviços identificados para justificar a criação do ponto + foram os seguintes:

Apoio no preenchimento do IRS;

Acesso direto a Editais e Avisos;

Acesso a plataformas online;Ajuda no preenchimento de

requerimentos diversos;Serviço de fotocópia de

documentos;Ajuda na relação com diver-

sos fornecedores de serviços, nomeadamente telecomunica-ções e energia elétrica;

Internet grátis;Serviços dos CTT;Ligação com o Agrupamen-

to de Escolas de Pampilhosa da Serra;

Apoio às Juntas de Fregue-sia;

Apoio às coletividades locais;

Ponto de ligação com diver-sas entidades públicas, nomea-damente, Segurança Social, IMT, DGCI, Centro de Saúde, etc;

Execução diversos serviços administrativos de carácter geral não específicos de outros serviços;

A ideia foi excelente, gene-rosa e consensual. No entanto, julgo que poderá ser melho-rada, desenvolvida e alargada.

Tendo em conta a essência do serviço que se pretendeu criar, ou seja “a pensar numa população cada vez mais idosa

e sem meios de transporte” é fundamental não esque-cer que cada uma das atuais 8 freguesias tem povoações com distancias apreciáveis das sedes de freguesia, o que difi-culta à partida a relação de proximidade dos idosos sem

meios de transporte.Deste modo, entendo que

as Juntas de Freguesia deve-rão criar condições para leva-rem cada colaborador de um ponto + a cada uma das aldeias com população residente, pelo menos uma vez por semana.

- Com um computador

portátil, acesso à Internet e um conjunto de parcerias com as entidades acima referidas, muitas das necessidades das populações poderão ser resol-vidas nessas deslocações;

- A prestação de outros serviços de proximidade (aquisição de medicamentos, expedição de correspondên-cia, etc.) poderão também ser facilitados;

- Havendo em cada uma dessas aldeias instalações de coletividades associati-vas, onde poderá ser instala-da Internet gratuita e outros meios de apoio complementa-res do ponto +, poderá assim ser reforçada a ideia de chegar

cada mais próximo dos cidadãos.

O u t r a sugestão que já defendi quando era Presi-dente da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, é que a sede desta em Lisboa poderá também ela ser também um ponto +.

- Considerando as múltiplas situações em que pampilho-senses residentes na Grande Lisboa têm dificuldade em tratar no seu concelho de origem, poderá ser uma gran-de mais valia e também um fator de proximidade com o território e com as instituições locais, se houvesse na sede da CCPS uma espécie de “Mini Loja do Cidadão Pampilho-sense em Lisboa”.

- Para além dos serviços que esse ponto + poderá prestar, haverá também a possibilida-de de ser um centro de maior divulgação do concelho e das melhores iniciativas que vão sendo desenvolvidas local-mente.

- Complementarmente, este serviço poderá também ser um posto de atendimento a outras pessoas e entidades que

tenham interesse em se rela-cionar com a Pampilhosa da Serra, ajudando a estabelecer pontes para o desenvolvimen-to.

Com esta mensagem, quero mais uma vez salientar que o meu objetivo não é criticar uma solução válida e positiva, mas sobretudo contribuir para o seu desenvolvimento, em prol do concelho da Pampi-lhosa da Serra e dos pampi-lhosenses.

Até á próxima.

Anselmo Lopes

A atribuição de um prémio aos melhores alunos do Agrupamen-

to de Escolas Escalada, desde o 1º CEB até ao Ensino Secun-dário, é promovido desde há alguns anos a esta parte pelo Município de Pampilhosa da Serra, por considerar imperati-vo ir além das suas atribuições e competências no que concer-ne à Educação.

Reconhecendo como essen-ciais os incentivos ao trabalho escolar com vista ao sucesso e o reconhecimento público do mérito alcançado, o Município promoveu, mais uma vez, uma deslocação a Coimbra para que os 21 alunos designados pelo Agrupamento de Escolas Escalada como os melhores alunos de 2015/2016, para que pudessem usufruir do prémio municipal que lhes foi atribuí-do.

A deslocação a Coimbra aconteceu no passado dia 13 de setembro pautou-se, como de resto tendo sido também habi-tual, pela presença e compa-nhia da Sr.ª Vereadora com o pelouro da Educação, Dr.ª Alexandra Tomé. Esta viagem tem permanecido como um momento de divertido conví-

vio entre pares que, depois de um almoço em conjunto, abre oportunidades aos premiados para usufruírem do prémio individual que lhes é atribuí-do, no valor de 100€.

Parabéns aos premiados.

PRÉMIO DE MELHOR ALUNO 2015/2016

À semelhança de anos anteriores, o Muni-cípio de Pampilhosa

da Serra, voltou a oferecer os manuais escolares a todos os alunos do Agrupamento de Escolas Escalada, desde o 1º CEB até ao Ensino Secun-dário, naquela que considera uma importante medida de incentivo ao sucesso escolar.

O momento decorreu no passado dia 15 de setembro a par da Receção a Alunos e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas Esca-

lada, sendo significativo para toda a comunidade educativa este assinalar do início do ano

letivo 2016/2017.

OFERTA DE MANUAIS ESCOLARES 2016/2017

“Alverca, uma cidade com história e memória” é o títu-

lo de uma obra dedicada ao património cultural de Alver-

ca do Ribatejo, a qual conta com a colaboração do dornelense Adriano Brás Carvalho Pires.

O livro edita-do pela Junta de Freguesia de Alverca do Riba-tejo e Sobrali-nho, foi lançado em Dezembro de 2015 e pretende ser um roteiro do património monumental e edificado e dos museus locali-zados naquela freguesia do concelho de Vila Franca de Xira.

A iniciativa editorial partiu

da referida junta de fregue-sia e inseriu-se nas comemo-rações dos 25 anos de eleva-ção de Alverca do Ribatejo a cidade. Para tanto, a autarquia local convidou vários autores e investigadores locais para colaborar na feitura do roteiro, como foi o caso de Adriano Brás Pires, residente naquela cidade ribatejana há já várias décadas.

A participação do dornelense nesta obra colectiva prende-se com o Monumento ao Lami-nador de Chumbo, inaugurado a 10 de Julho de 2010 e locali-zado na rotunda das Silveiras, ou seja, numa das portas de entrada de Alverca do Ribate-jo. Todavia, o monumento foi inicialmente colocado na zona da Quinta do Forno.

Pretende o monumento representar a indústria alver-quense, tendo a máquina sido oferecida pelas Indústrias

DORNELENSE COLABORA EM LIVRO SOBRE O PATRIMÓNIO DE ALVERCA

BIOGRAFIA

ADRIANO BRÁS CARVALHO PIRES nasceu em Dornelas do Zêzere a 10 de Maio de 1945, sendo filho de Brás Gonçalves Pires e de Amália Dias Baptista de Carvalho.

Exerceu a profissão de soldador qualificado especializado em soldadura a eléctrico, Árgon, semiautomática, de manutenção de máquinas e de trabalhos em ferro forjado artístico em várias empresas, nomeadamente nas Minas da Panasqueira.

Durante o seu percurso profissional frequentou um curso de soldadura a Árgon no Centro de Formação Profissional n.º 1 de Lisboa e foi júri durante 15 anos nos exames de soldadura e serralharia civil, nos centros de formação de Lisboa e Alverca do Ribatejo, em representação do Sindicato dos Metalúrgicos da Área de Lisboa. Na área de protecção do trabalho fez dois cursos de higiene e segurança nas Minas da Panasqueira e em Alverca do Ribatejo.

Após a sua aposentação regressou aos estudos, tendo completado o ensino secundário no Centro de Emprego e Formação Profissional de Alverca do Ribatejo, no âmbito do programa “Novas Oportunidades”, e frequentou durante três anos três formações académicas avançadas na Universidade Lusófona: Direito do Desporto, Gestão Desportiva e Administração Autárquica e Finanças Públicas.

Apesar de revelar desde cedo propensão para as artes plásticas, não lhe deu continuidade em virtude das suas obrigações profissionais. Após a sua aposentação, frequentou durante três anos aulas de pintura a pastel, óleo, carvão, madeira e ferro forjado no ateliê da Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense, sob a direcção do mestre Júlio Carmo Santos.

É autor da construção de um monumento em chapa de ferro alusivo ao 25 de Abril de 1974, oferecido à cidade de Alverca do Ribatejo, um projecto de Júlio Carmo Santos em parceria com o presidente da junta de freguesia, Afonso Costa.

Pertence ao GART – Grupo de Artista e Amigos de Arte de Vila Franca de Xira.

Já expôs individualmente em Alverca do Ribatejo, Vila Franca de Xira e Forte de Casa. Colectivamente esteve presente no Forte da Casa, Vila Franca de Xira, Pampilhosa da Serra, Góis e Catalunha (Espanha).

Actualmente dedica o seu tempo às artes plásticas, a par da colaboração num jornal regional sedeado em Vila Franca de Xira.

Metálicas Previdente. No decurso da sua vida profissio-nal, Adriano Brás Pires foi o técnico responsável pela opera-ção e pela manutenção daque-la máquina de fabrico alemão e, por coincidência, pela sua montagem no actual monu-mento, assegurando inclusiva-mente a sua pintura quando tal se mostra necessário.

Além de disponível no tradi-cional formato de papel, numa

tiragem de 1000 exemplares, a obra pode ser descarrega-da gratuitamente em formato PDF no sítio oficial da junta de freguesia.

António Amaro Rosa

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16 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 17

Desporto Desporto

Realizaram-se a 26 de agosto 2016 os sorteios dos calen-dários da Divisão de Honra

e Taça da Associação de Futebol de Coimbra (AFC). A temporada arrancou de forma oficial com a I eliminatória da Taça AFC, dia 18 de Setembro, com o Pampilhosense a começar em grande ao deslocar-se às Gândaras para defrontar e eliminar o Ac. Gândaras (Lousã), formação que milita na 1ª divisão, vencendo por

categóricos 7 golos sem resposta. O campeonato iniciou-se no

Domingo, 25 de Setembro, tendo o conjunto serrano começado perante o mesmo adversário com que termi-nou a época passada, a defrontar o Vigor Mocidade e a vencer o primei-ro jogo do campeonato em Pampi-lhosa da Serra, por 1-0.

Jorge Ramos

O Pampilhosense arrancou a sua temporada a disputar e a vencer a I Eliminatória

da Taça AF Coimbra frente ao Ac. Gândaras. Ente ano a equipa serrana apresenta muitas novidades, foram muitos os atletas que entraram, nove no total, e algumas situações só ficaram resolvidas no decorrer desta semana. O plantel ainda não está encerrado mas, para já, foi com estes que o Pampilhosense iniciou a temporada, aguardando, sem pressas, pela entrada de um ou dois atletas. Assim sendo, o Pampilho-sense 2016/2017 será constituído da seguinte forma:Guarda-redes:

João PedroCedic (ex. Góis)

Defesas:CarapauRabecaCristianoFlávio Salgado

Renato (ex. Figueiró dos Vinhos)Rola (ex. Vinha da Rainha)Magalhães (ex. juvenis)

Médios:GravataRickyMiguel Barreto (ex. Júnior Acadé-

mica OAF)Seiça (ex. Vigor Mocidade)Ronaldo (ex. Oliv. Bairro)

Will (ex. Penelense)Avançados:

GalegoRatanaNormando (ex. Ansião)

Treinador: Carlos AlegreAdjunto: Jorge RamosFisioterapeuta: Cristiana Santos

Jorge Ramos

DESPORTIVO PAMPILHOSENSE JÁ CONHECE CALENDÁRIOS

PAMPILHOSENSE INICIOU ÉPOCA COM 18 ATLETAS

I Eliminatória da Taça AF CoimbraCampo das Gândaras, Gândaras – LousãAssistência: cerca de 70 espetadoresAo intervalo: 0-3 Pampilhosense: João Pedro, Rabe-ca, Carapau, Renato (Cristiano 70m), Flávio Salgado, Seiça (Ronal-do 63m), Will, Miguel Barreto (Rola 77m), Ratana. Ricky e Normando.

Suplentes não utilizados: Cedric, Magalhães e Galego

Treinador: Carlos AlegreAção disciplinar:Amarelos: Seiça 57m, Renato

59m e Cristiano 86m (Pampilhosen-se);

Golos: Normando (5m, 14m, 80m e 90m), Ratana (gp) (17m) e Ricky 54m e 68m (Pampilhosense).

Foi com a I Eliminatória da Taça

AF Coimbra que o Pampilhosen-se arrancou a temporada de forma oficial, prova em que a equipa serra-na pretende ir longe. Frente ao Ac. Gândaras, uma equipa que milita num escalão inferior, o Pampilhosen-se era favorito a seguir em frente mas, para tal acontecer, era preciso encarar o jogo com seriedade.

E desde cedo que se percebeu que o Pampilhosense não estava para surpresas! Logo no primeiro minu-to Ricky só não marcou porque um defesa contrário salvou sobre a linha de baliza. Ficou dado o aviso e pouco depois, aos 5m, Flávio Salgado cruza e Normando aproveita a saída em falso do guarda-redes da casa para, de cabeça, fazer o primeiro golo numa tarde que se iria tornar memorável para o jogador que é uma das contra-tações desta temporada. O caudal ofensivo da turma serrana não ficou por aqui e Flávio Salgado, também ele em tarde endiabrada, atirou ao poste. Com naturalidade o segundo golo surgiu aos 14m, novamente por intermédio de Normando a aprovei-tar uma sobra no interior da área para bater o guarda-redes da Ac. Gândaras pela segunda. A equipa da casa conti-nuava a demonstrar algumas fragi-lidades e o 3-0 não tardou a surgir, aos 17m, por intermédio de Ratana na conversão de uma grande penali-dade. A vencer por 3-0 o Pampilho-

sense levantou o pé, controlou o jogo com bola mas até final do primeiro tempo não foi capaz de voltar a bater o guardião adversário. Do outro o Ac. Gândaras também não foi capaz de esboçar qualquer reacção nem importunar o guardião João Pedro.

Na segunda metade o domínio continuou a pertencer ao Pampilho-sense. Um domínio avassalador que elevou o triunfo serrano para núme-ros de goleada. Aos 54m Flávio Salga-

do, em jogada individual pela esquer-da, cruza à medida para Ricky desviar para o fundo das redes. Estava feito o 4-0! Ronaldo também tentou entrar na lista de marcadores, aos 66m, mas o livre direto bem apontado pelo jogador serrano foi travado por uma boa defesa do guarda-redes. O 5-0 não demorou e resultou de uma rápida jogada de ataque, Norman-do cruzou para Ricky finalizar com sucesso, estavam decorridos 68m. A contrariar a corrente do jogo o Ac. Gândaras, aos 70m, tem a primeira jogada em que poderia ter chegado ao golo, o avançado da casa fugiu à defensiva serrana mas rematou por cima. Com o aproximar do final do encontro a equipa de Pampilhosa da Serra demostrava maior frescura

física e as o c a s i õ e s para marcar continua-vam a surgir com natu-r a l i d a d e . Aos 80m, numa exce-lente jogada colectiva, F l á v i o S a l g a d o entrou na área pela

direita e fez mais uma assistência para Normando que não desperdiçou a oportunidade de fazer o sexto golo da sua equipa. Aos 89m Flávio Salgado teve tudo para fazer o golo que já justificava, mas isolado permitiu a defesa do guarda-redes. No minuto seguinte Flávio Salgado teve nova ocasião para golo, isolado por Ricky ultrapassou o guarda-redes contrário e quando tinha tudo para finalizar preferiu oferecer o golo a Normando

que, assim, fez o 7-0 e assinou um poker. Já em período de c o m p e n -sação Will i s o l o u Ratana em zona fron-tal mas o g u a r d i ã o local voltou a estar em evidência.

Foi uma vitória natural da equi-pa do Pampilhosense num jogo em que ficou bem patente a diferença de escalões de ambas as equipas. Um triunfo que também só aconteceu por estes números porque o conjun-to de Pampilhosa da Serra encarou este desafio com seriedade. O Pampi-lhosense segue em frente na prova e na próxima eliminatória vai defrontar o Eirense em Eiras.

O trio de arbitragem não teve um trabalho isento de erros.

Resultados da primeira eliminatória:

Eirense 2-1 GóisSepins 0-3 Condeixa

Oliv. Hospital 5-1 Os MarialvasPereira 7-0 Adémia

Os Águias 2-1 LousanenseSilvestre 3-0 Moinhos

Ançã FC 6-0 Arouce PraiaVinha da Rainha 1-1 (5-3 gp) Vigor

MocidadeAc. Gândaras 0 – 7 GD Pampilho-

sense Tocha 2-1 Sourense

Lagares da Beira 0-0 (2-4gp) União FCMocidade FC 1-1 (4-3gp) A.A.

ArganilFebres – Brasfemes (adiado)

Jorge Ramos

ARRANQUE DE ÉPOCA VITORIOSOPAMPILHOSENSE 1 – 0 VIGOR MOCIDADE1ª Jornada da Divisão de Honra AF CoimbraEstádio Municipal de Pampilhosa da SerraAssistência: Cerca de 150 espetado-resÁrbitro: João CaladoAssistentes: João Veiga e Eduardo RamosAo intervalo: 0-0 Pampilhosense: João Pedro, Rabeca, carapau, Renato, Flávio Salgado, Seiça (Ronaldo 62m), Gravata (Galego 73m), Will, Miguel Barreto (Ratana 55m), Ricky e Normando.Suplentes não utilizados: Cédric, Magalhães e RolaTreinador: Carlos Alegre Vigor Mocidade: Pedro Dias, Fifa (Cavém 73m), Gaby, Serginho, Paga-nini, Rui Soares, Rafael Madeira, Diogo Batista (Henriques 89m), João Nunes (Dani Viseu 55m), Pimenta e Bruno.Suplentes não utilizados: Quaresma, Fábio, Tiago Pinto e Cenoura.Treinador: Luís Augusto Ação disciplinar: Amarelos: Cara-pau 51m, Rabeca 67m e Will 92m (Pampilhosense); Rafael Madeira 48m e Bruno 77m (Vigor Mocidade)Golos: Normando 78m

Boa casa no Municipal de Pampi-lhosa da Serra para assistir ao arranque do campeonato, com o Pampilhosense a receber a equipa do Vigor Mocidade, um adversário, que dizem as estatísti-cas, a turma serrana nunca venceu nos seis jogos disputados em Pampilhosa da Serra. Mas o conjunto de Fala tinha também o intuito de vencer ou somar pontos nesta deslocação.

Assistiu-se a um encontro muito equilibrado, com poucas oportuni-dades de golo, principalmente no primeiro tempo. As duas equipas até mostraram querer, mas faltaram opor-tunidades claras de golo durante 45m em que o jogo foi bastante dividido na zonam intermediaria. Apesar de ligeiro sinal mais para a formação da casa, o nulo ao intervalo era um resultado justo e espelhava bem o que aconteceu ao longo dos 45m.

O segundo tempo foi um pouco diferente, mas as situações de golo

também foram escassas. O Pampi-lhosense entrou melhor nos instan-tes iniciais, mas aos poucos o Vigor Mocidade foi se superiorizando no encontro, acabando mesmo por intro-duzir a bola na baliza de João Pedro, mas Rui Soares estava adiantado e o lance foi anulado. Só aos 75m surgiu a primeira ocasião de golo, e para o Vigor Mocidade, fruto da supremacia sobre o adversário naquele momento. Dani Viseu surgiu isolado em zona frontal mas João Pedro aproveitou a atrapa-lhação do jogador visitante para levar a melhor e anular o lance. E foi um pouco contra a corrente do jogo que o Pampilhosense vai apontar o único golo no encontro, aos 78m. Ronaldo cobrou um livre lateral e Galego cabe-ceou para excelente intervenção de Pedro Dias, no entanto a bola sobrou para Normando que, oportuno, fina-lizou com sucesso. O Vigor Mocida-de arriscou mais no ataque, mas foi o Pampilhosense que voltou a estar perto de dilatar o marcador quando, numa rápida jogada de ataque, Galego cruzou e Ricky desviou ao primeiro poste com muito perigo. Até final do encontro os visitantes bem tentaram outro resultado, mas o Pampilhosense conseguiu anular todas as acções do adversário e segurar os três pontos.

Foi uma vitória difícil da equipa serrana perante um adversário bem organizado e que veio a Pampilhosa da Serra com a intenção de discutir o triunfo. O jogo foi quase sempre equili-brado, e foi curiosamente no momento em que as coisas até estavam a pender para o lado dos visitantes que o Pampi-lhosense apontou o único tento no encontro.

O trio de arbitragem teve um trabalho regular. Fica a dúvida no golo anulado do Vigor Mocidade quanto à posição do jogador visitante, o lance não é esclarecedor.

Resultados:Condeixa 2 - 2 Penelense

Oliv. Hospital 5 - 1 Vinha da Rainha Sepins 2 - 2 Poiares

Pampilhosense 1 - 0 Vigor MocidadeNormando (75m)

Pereira 1 - 2 EirenseSourense 3 - 1 Febres

Ançã FC 2 - 0 União FC Lousanense 1 - 4 Tocha

Jorge Ramos

Na sequência dos anos ante-riores a Comissão de Melho-ramentos da Póvoa (Pampi-

lhosa da Serra), continua a promover o desporto com a dinamização da prática do Futsal.

A equipa de seniores de futsal da CM Póvoa, que milita na Divisão de Honra do Campeonato Distrital de Futsal da Associação de Futebol de Coimbra (AFC), fez a sua apresenta-ção oficial para a época 2016/2017, no domingo, dia 18 de Setembro, num jogo amigável frente à equipa de Paul, realizado no Pavilhão Municipal de Pampilhosa da Serra.

Relativamente à época anterior, a equipa apresentou algumas caras novas no plantel, vindas de Dornelas do Zêzere e outras de Silvares para tentarem ajudar este clube a crescer.

Foi um jogo que serviu para ambas as equipas ganharem ritmo e também acertar e melhorar alguns aspetos para garantir boas prestações nos seus campeonatos.

Apesar de ser um jogo de cariz amigável, ambas equipas mostraram trabalho e assistiu-se a um jogo muito interessante, fixando-se o resultado final em 5-2 favorável para a equipa povoense, sendo os golos apontados

EQUIPA DE FUTSAL DA PÓVOA INICIA ÉPOCAPELO PRIMEIRO ANO TAMBÉM EM JUNIORES

por Preto, Isidro (2) e Latado (2).Após o jogo ambas equipas se

deslocaram às instalações da Comis-são de Melhoramentos da Póvoa para um lanche/convívio entre as duas equipas, ficando o agradecimento a todos os adeptos e amigos que se deslocaram ao pavilhão para assistir à apresentação da equipa sénior.

JOGO A SÈRIO…No domingo, dia 25, pelas 17:00

horas, o jogo já foi a sério e a contar para o Campeonato Distrital de Futsal da AFC, com a equipa da Póvoa a deslocar-se a Coimbra para defrontar o CF Santa Clara, nesta que é a primeira jornada do campeonato.

Nesta deslocação a Santa Clara, a CM Póvoa poderia ter sido feliz e trazer algo mais, depois de estar a vencer por 0-1, mas, num minu-to tudo mudou e se deitou tudo a perder, duas desatenções defensivas e o placard mudou para 2-1 a favor dos da casa. A inexperiência da equipa serrana veio ao de cima, e notou-se em alguns jogadores novos ainda falta de entrosamento. Seguiu-se o 3-1 a papel químico, perda de bola no meio e golo do Santa Clara, resultado ao intervalo.

Na segunda parte, a Póvoa tentou melhorar e criou algumas oportuni-dades mas acabou por sofrer o 4º golo e deitou por terra todas as suas esperanças, chegou ainda ao 2º, mas logo de seguida sofre o 5º. Alguma inexperiência que com trabalho será corrigida. Resultado final 6-3 a favor dos conimbricenses, vitória justa de quem correu mais dentro de campo e que se notou que está mais solto.

A equipa arbitragem no global este-ve bem, fica as dúvidas num atraso de bola ao guarda redes do Santa Clara que depois de golo contra a Póvoa,

e num lance em que o jogador serra-no Latado segue isolado e derruba-do e fica uma cartolina vermelha por mostrar.

Parabéns às três equipas e, a CM Póvoa só pode prometer trabalho e dedicação para melhorar.

Na segunda jornada a CM Póvoa recebe a equipa da ADC Almalaguês, no dia 1 de outubro, pelas 20:00 horas em Pampilhosa da Serra, e no sábado seguinte, na terceira jornada será a deslocação a Marvão (Cantanhede).

E assim começou mais uma época de futsal em Pampilhosa da Serra, com a novidade que este ano a CM Póvoa apresenta uma equipa jovem para disputar o Campeonato Distrital

de Futsal da categoria de Juniores.Espera-se todo o apoio possível

dos Pampilhosenses e Povoenses, para que este projeto tenha futuro. No entender dos responsáveis pela

equipa esta dinâmica merece recom-pensa, e tudo dão para que a “nossa” Pampilhosa seja reconhecida por todo o distrito. Os plantéis ainda não estão fechados, sendo as novidades divulgadas oportunamente.

Apesar da equipa de Juniores ter perdido o seu primeiro jogo perante a equipa de Chelo por 14-0, toda a equipa tem muito orgulho em estar a representar as cores da Póvoa. “Não se esqueçam que têm mais 3 anos de futsal todos juntos pela frente este é só o primei-ro ano. Nós já temos imenso orgulho em vocês. Força malta...”, foi a mensagem deixada na página de facebook da equipa da CM Póvoa.

Força para estas equipas e como diz

o lema da aldeia: “Vamos todos como os da Póvoa”

Ricardo Serra (CM Póvoa) e Carlos Simões

Equipa de Séniores

Equipa de Juniores

PAMPILHOSENSE SEGUE EM FRENTE NA TAÇA AFCNORMANDO FOI O ROSTO DE UMA GOLEADA NATURAL

AC. GÂNDARAS 0 - 7 PAMPILHOSENSE

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18 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 19

Cultura Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra

Em Portugal os pesos e medidas têm raízes que se confundem com a própria

constituição do Estado. À medida que este se definia e consolidava, os pesos e medidas eram estabelecidos como padrões e como o meio de determinação dos impostos sobre a produção e o comércio dos bens e mercadorias. Tal como a moeda, eram instrumentos de poder e vassalagem.

Nas Cortes de Elvas, de 1361, foi tomada, pela primeira vez, a decisão de uniformizar os pesos e medidas. D. Pedro I e D. Manuel I fizeram reformas importantes, mas a primeira reforma geral foi feita por D. Sebastião por lei datada de 26 de Janeiro de 1575.

Em 1852, D. Maria II faz publicar o decreto de 13 de Dezembro que

adotou o Sistema Métrico Deci-mal com a respetiva nomenclatura original.

Atualmente, os processos de medição são bastante complexos, procurando satisfazer as necessida-des da ciência e da tecnologia.

O Estado Novo introduziu nas

escolas do ensino primário um conjunto de objetos que procura-vam facilitar a aprendizagem. Entre eles contavam-se objetos ligados à metrologia, como por exemplo os pesos – padrões de massa cuja gran-deza têm como unidade de medida o quilograma.

Setembro marca o início de mais um ano letivo e o Museu Municipal selecionou para peça deste mês a Caixa de Pesos da antiga Escola Primária, exposta habitualmente dentro da Caixa Métrica na sala de aula.

A nossa peça do mês é uma caixa de madeira, com 13 orifícios para diferentes unidades de massa e que apresenta os seguintes pesos: 2kg, 1kg, 1/2kg, 1/8Kg, 2hg e 1hg.

AS NOSSAS MONTANHAS E A NOSSA GENTE – 6

O facto de não ter sido admitido no Seminá-rio não surpreendeu

o padrinho do rapazinho, mas, para este, constituiu uma expe-riência muito amarga e dolo-rosa: a experiência da rejeição, exclusão e estigmatização.

Amargas e dolorosas viriam a ser outras experiências da sua vida, mas ele foi aprendendo a ver e a escutar em cada uma delas um apelo, cada vez mais nítido e insistente, à subida do “caminho íngreme e duro”, na adequada terminologia de Platão, das montanhas elevadas da sabedoria nas duas dimen-sões prática e teórica. Ainda muito jovem, foi para Lisboa. Trabalhando de dia e estudan-do à noite, foi progredindo na competência profissional e na consecução de graus acadé-micos cada vez mais elevados. Cultivou sempre, com cuidado, a virtude da humildade. Quan-do a morte o visitou, ele já estava à sua espera. Na discreta cerimónia do seu funeral, não esteve presente nenhum daque-les que o professor Rómulo de Carvalho/poeta António

Gedeão classificou como “gran-des senhores deste pequeno mundo”.

Este rapazinho, nascido numa aldeia perdida no interior montanhoso de Portugal e que se foi tornando adulto na cida-de de Lisboa e depois, como “cidadão do mundo”, noutras cidades de países da Europa e de outros continentes, é uma metáfora e um símbolo do homem e da mulher do conce-lho de Pampilhosa da Serra. Ele representa a DIGNIDADE que impregna quase todos os pampilhosenses que eu conhe-ço, quer aqueles que tiveram de partir quer aqueles que tive-ram de ficar. Os que tiveram de partir, na sua maioria para Lisboa, tornaram-se dignos de serem respeitados devido à seriedade no trabalho e noutras dimensões da vida humana. Os que tiveram de ficar não se resignaram a uma concep-ção fatalista da vida, apesar das condições adversas, mas conseguiram encontrar meios e formas de vida honrada e digna.

Manuel Nunes

Museu de Pampilhosa da Serra Peça do mês de Setembro - CAIXA DE PESOS

Falarmos em setembro é falar-mos da Escola, de regressar às salas de aulas, de voltar a

ver os colegas e os professores, ou seja, o início de mais um ano letivo. Mas é talvez ainda mais marcan-te para aquelas crianças que vão iniciar a sua escolaridade formal pela primeira vez e que deste modo principiam o seu percurso escolar.

No entanto, nem sempre assim foi, houve tempos em que a escola se iniciava mais tarde, no mês de outubro. Nessa altura, as crianças tinham que ajudar os seus pais e avós na debulha do milho e na vindima e só depois iam para a escola, e mesmo as que iam eram uma minoria, pois a maior parte

das crianças pampilhosenses nunca chegavam a ir à escola, principal-mente as meninas.

A fotografia que vos apresento hoje, datada de 1933, mostra-nos uma Pampilhosa muito diferente daquela que conhecemos hoje. Para além dos extensos campos de milho onde atualmente são os Paços do Concelho, podemos ver do lado direito, no sítio denomina-do «Carrascas», a Escola Primária Masculina e Feminina de Pampi-lhosa da Serra em construção. A sua edificação teve início a 23 de janeiro de 1931 e a inauguração aconteceu a 7 de outubro de 1934, domingo, e contou com a presença do Governador Civil do distrito,

Dr. Gustavo Teixeira Dias, da sua comi-tiva constituída por vários membros: pelo seu secretário, pelo Dr. Castanheira de Figueiredo (filho do pampilhosense Antó-nio Joaquim Cardoso de Figueiredo) e pelo vice-presidente da Câmara de Coimbra. Neste grande acon-tecimento, estiveram também presentes o Sr. Rangel de Lima, diretor das estradas deste distrito e presi-dente e vereadores da Câmara da Lousã.

À sua espera estavam as crian-ças com os respetivos professo-res, José Lourenço Gil e Maria D’ Assunção Ferreira. Seguiu-se um cortejo para o novo edifício escolar. O administrador e presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, Sr. Hermano Nunes de Almeida, assim como o presidente da Comissão Municipal da União Nacional, Sr. Jaime Henriques da Cunha, reconheceram e agradece-ram os benefícios já concedidos pelo Governo ao povo pampi-lhosense mas intercederam junto dos representantes do governo ali presentes, pelos benefícios que o concelho da Pampilhosa ainda

necessitava.Também o esforço empregue

destes dois homens, Hermano Nunes de Almeida e Jaime Henri-ques da Cunha, foi importante para que a construção da escola se tornasse uma realidade, assim como outras melhorias que o concelho «viu nascer».

Após a inauguração da nova escola houve novamente um corte-jo, mas desta vez para o edifício da Câmara Municipal, onde foi servi-do um «copo d’ água» pois trata-va-se de uma ocasião festiva.

A escola primária era constituí-da por duas salas, a da esquerda pertencia aos meninos e a sala da direita, era a das meninas. No pátio da escola também havia um muro que os separava na hora do recreio, mas este não era muito alto, pois os meninos por vezes aventuravam--se!

Até esta nova escola ser cons-truída, as crianças tinham aulas no primeiro andar da casa do Sr. Ilídio Nunes Barata, casa que também se pode ver nesta fotografia, mante-ve os traços originais e é onde atualmente fica a churrasqueira. A entrada fazia-se pela Rua Rangel de Lima, subia-se umas escadas que davam acesso a um patamar no primeiro andar, os meninos iam para uma sala que ficava do lado esquerdo e as meninas para uma sala que ficava à direita.

A escola primária que aqui vemos em construção funcionou até junho de 1999, uma vez que em setembro do mesmo ano, as crianças do primeiro ciclo juntar--se-iam às crianças dos restantes ciclos na nova escola situada em S. Martinho.

Apenas uma curiosidade, o edifício da Casa da Câmara, atual Museu Municipal localizado na Praça Barão de Louredo, também já foi Escola Primária para muitas crianças. A sala de aulas era na anti-ga secretaria, no primeiro andar, o recreio era na Praça Barão de Louredo e em dias de chuva, a cadeia dos homens que ficava no rés-do-chão, do lado esquerdo da porta principal, servia de resguardo da chuva e do frio.

A antiga escola primária conti-nua a ser uma escola, mas uma escola de música e valores cultu-rais, pois é atual sede do presti-giado Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense. Jaime Henriques da Cunha, onde quer que esteja, estará a sorrir, pois o Grupo Musi-cal do qual foi maestro e impul-sionador está num edifício que ele tanto lutou para ver construído!

hora das Dores ou Mater Dolo-rosa (Mãe Dolorosa). Nossa Sevo cristão humilde, repleto de fé.

Marisa Carvalho

ÁLBUM DE MEMÓRIAS - 4

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Actualidade

Realizou-se no sábado, dia 17 de setembro de 2016 mais uma grande festa

de folclore do Rancho da Casa

do Concelho de Pampilhosa da Serra, coincidindo com o IV

Festival de Folclore de Santa da Freguesia de Maria Maior. Em frente ao Museu do Fado, no Largo do Chafariz de Dentro, em

pleno coração do lisboeta e típi-co bairro de Alfama, houve gran-

O FOLCLORE DESCEU À CIDADE NA XIV FESTA DE FOLCLORE DA CASA CONCELHIAde animação, musica, danças e cantares e o espaço encheu-se para assistir a um grande espetá-culo de folclore, onde, para além do agrupamento pampilhosen-se anfitrião, estiveram presentes ranchos representando várias regiões do país, designadamen-te, o Rancho Folclórico “Estre-las da Manhã”, de Andorinha (Travanca de Lagos, Oliveira do Hospital), o Rancho Tricanas do Cidral (Póvoa de Varzim), o Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Arcos de Valdevez (Minho), o Rancho Folclórico e Etnográfico “Os Frieleiros” (Frielas, Loures) e o Grupo de Concertinas "Os Serranitos" também da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra que encerraram em apoteose o espe-táculo.

Tudo se iniciou pelas 14:00 horas com a concentração dos ranchos participantes nas insta-lações da Casa pampilhosense, na rua das Escolas Gerais, onde antes decorreu um almoço para os elementos da organização e para os ranchos convidados que se deslocaram de fora de Lisboa. Cerca das 15:00 horas todos os agrupamentos partici-pantes desfilaram pelas ruas de Alfama, constituindo momentos de grande agrado e curiosidade por parte dos muitos turistas que por ali passavam, e recebendo aplausos da população residente.

Chegados ao Largo Chafariz de Dentro, e perante numerosa assistência, foram apresentados os ranchos, oferecidas prendas a cada um dos agrupamentos e colocadas as fitas de participação nos respetivos estandartes. Na ocasião, o presidente da Casa, José Ferreira, em nome da orga-nização saudou e agradeceu a presença de todos os ranchos e

o apoio concedido pela Junta de freguesia de Santa Maria Maior, e salientou a importância daquele evento para a popula-ção lisboeta, especialmente de Alfama, porque ali vivem muitos pampilhosenses e descenden-tes. José Ferreira esteve acom-panhado por José Antão como diretor do Rancho e Carlos Simões, vice-presidente da dire-ção. Também o representante da junta de freguesia local, Sr. Maia

agradeceu e salientou a impor-tância do evento para a freguesia e para a cidade, naquele que é um bairro onde a presença de pampilhosenses é ainda uma forte realidade. Agradeceu à Casa do Concelho de Pampi-lhosa da Serra e ao seu rancho por dar continuidade ao festival,

e aos ranchos participantes e a todos os que tornaram possível aquele espetáculo, que engran-dece a divulgação cultural de diversas regiões do país na sua freguesia e na cidade.

Contando com a apresenta-ção de Jaime Carvalho (locu-tor da RDP Internacional), os ranchos atuaram de seguida com grande vivacidade e qualidade, sendo introduzidos pelo apre-sentador com referências ao seu

historial, trajes, usos e costumes. O folclore desceu ao bairro

lisboeta de Alfama com uma grande festa que resultou num êxito que se repete, a avaliar pelos fortes aplausos que cente-nas de pessoas que encheram por completo o largo, com o palco estrategicamente coloca-do tendo em frente o Museu do Fado. Este evento que é já tradição naquele bairro, foi uma organização da Casa de Conce-lho de Pampilhosa da Serra, com o apoio da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, ficando encontro marcado para o próxi-mo ano para mais uma grande festa de folclore.

Carlos Simões