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ANO XVII • N.º 203 • PREÇO: E 1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E 15,00 MAIO 2016 Delegação: Travessa de S. Pedro, nº 4 3320-236 Pampilhosa da Serra Director: Carlos Simões A voz do regionalismo — fundado em 1999 — Sede:Rua das Escolas Gerais, 82 – 1100-220 LISBOA Tel./Fax 218 861 082 – [email protected] www.casapampilhosadaserra.pt A NÃO PERDER... 3 FUNDAÇÃO DR. JOSÉ FERNANDO NUNES BARATA ATRIBUI BOLSA DE ESTUDO Pág. 6 3 SANTA CASA OBTÉM FINANCIAMENTO PARA A REQUALIFICAÇÃO DA COZINHA DO CENTRO COMUNITÁRIO Pág. 7 3 AS NOSSAS MONTANHAS E A NOSSA GENTE Pág. 15 Pág. 5 1941 2016 75 ANOS «A ideia que se construiu de Pombal, enquanto personalidade ambiciosa e visionária, e enquanto homem de ação, cai algo por terra, depois de vermos um cidadão que vive ociosamente à custa de terceiros quase metade da sua existência» Pág. 12 JOSÉ BARATA clínico e autor do livro “A vida e a obra do Marquês de Pombal” INAUGURADO NOVO CENTRO DE SAÚDE Pág. 17 MEÃS/MALHADA DO REI ARREBATA TORNEIO DE FUTSAL INTERCOLECTIVIDADES GRANDE CONCENTRAÇÃO DE CONCERTINAS ENCHE AUDITÓRIO MUNICIPAL Pág. 20

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ANO XVI I • N.º 203 • PREÇO: E1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 • MAIO 2016

Delegação:Travessa de S. Pedro, nº 4

3320-236 Pampilhosa da SerraDirector:

Carlos Simões

A v o z d o re g i o n a l i s m o— fundado em 1999 —

Sede:Rua das Escolas Gerais, 82 – 1100-220 LISBOATel./Fax 218 861 082 – [email protected]

www.casapampilhosadaserra.pt

A NÃO PERDER...

3 FUNDAÇÃO DR. JOSÉ FERNANDO NUNES BARATA ATRIBUI BOLSA DE ESTUDO Pág. 6

3 SANTA CASA OBTÉM FINANCIAMENTO PARA A REQUALIFICAÇÃO DA COZINHA DO CENTRO COMUNITÁRIO Pág. 7

3 AS NOSSAS MONTANHAS E A NOSSA GENTE Pág. 15Pág. 5

19412016

75ANOS

«A ideia que se construiu de Pombal, enquanto personalidade ambiciosa e visionária, e enquanto homem de ação, cai algo por terra, depois de vermos um cidadão que vive ociosamente à custa de terceiros quase metade da sua existência» Pág. 12

JOSÉ BARATAclínico e autor do livro “A vida e a obra

do Marquês de Pombal”

INAUGURADO NOVO CENTRO DE SAÚDE

Pág. 17

MEÃS/MALHADA DO REI ARREBATA TORNEIO DE FUTSAL INTERCOLECTIVIDADES

GRANDE CONCENTRAÇÃO DE CONCERTINAS ENCHE AUDITÓRIO MUNICIPAL

Pág. 20

Jornal “Serras da Pampilhosa”

Fundado em Junho de 1999

Ficha Técnica

Presidente:José Ferreira

Director:Carlos Simões

Sub-Director:... .... ....

Redactores:António Amaro RosaAníbal PachecoJorge Ramos

Colaboradores nesta edição:

André MendesAnselmo LopesArmando RamosArmindo MendesIsaura FernandesIsidro Alves MarquesJ. Marques de AlmeidaJúlio Cortez FernandesManuel NunesMaria do Céu BritoZé Manuel

Paginação e Grafismo:Beta VicenteSérgio Vicente

Montagem e Impressão:Vigaprintes - Artes Gráficas, Lda.Núcleo Empresarial Quinta da Portela, n.º 38Guerreiros – 2670-379 Loures

Telefone: 219 831 849 Fax: 219 830 784E-mail: [email protected]

Propriedade:Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra

Sede:Rua das Escolas Gerais, n.º 82,1100-220 Lisboa

Telefone: 218 861 082

E-mail:[email protected]

Distribuição:Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra

Periodicidade: Mensal

Tiragem: 1.500 exemplares

Depósito Legal n.º 228892/05Inscrito no Instituto da Comunicação Social sob o n.º 123.552

O Estatuto Editorial está disponível para consulta em www.casapampilhosadaserra.pt

Todos os artigos são da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não traduzem a opinião da Direcção do Jornal e/ou dos órgãos sociais da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra.

2 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Ficha de InscriçãoNome __________________________________________________________________________

Morada ________________________________________________________________________

Cód. Postal __________ - _______ _______________________________

Telef./Telemóvel ____________________

E-mail: ___________________________

Desejo receber os 12 números do Jornal “Serras da Pampilhosa”.

201__ / ____ / _______ Ass. _________________________________

Actualidade Opinião Breves

EDITORIALMaio é um mês espe-

cial... mês das flores, mês das Mães, mês de

Maria.Maio, é tempo da celebração da

cor e da vida que em plena prima-vera pinta e alegra a nossa paisa-gem. É o mês que toca o nosso coração por vários motivos: é o mês em que celebramos o Dia das Mães, e entre todas elas, e para quem é crente, aquele mês em que é adorada a Virgem Maria mãe de Deus e nossa Mãe, com peregrina-ções e as celebrações em Fátima e um pouco por todo o país.

Celebrar as mães é celebrar a vida, é celebrar sua presença amorosa no lar, presença que acolhe, cuida, educa e ajuda a crescer. No Dia das Mães queremos cumprimentar e agradecer a todas as mulheres que assumem e vivem com dedicação e responsabilidade sua vocação materna, e todas aquelas que no passado exerceram o seu papel e, em muitos casos, com grandes difi-culdades para criar os seus filhos, como sucedeu por essas aldeias serranas pampilhosenses.

Claro está que a inauguração do Centro de Saúde da nossa vila é um momento de grande regozijo para todos os pampilhosenses. Já abriu portas por alturas do feriado muni-cipal, e isso é o mais importante. Contudo, como se isso fosse muito importante para a tutela, a cerimó-nia oficial só aconteceu posterior-mente. Para nós… o que conta… é mesmo estar a funcionar… e não sermos movidos pelas “pompas e circunstâncias” que parecem ter adiado o ato oficial por parte das entidades oficias.

Estar em família e amigos é sempre um momento especial, como especiais foram os eventos proporcionados pelas associa-ções e coletividades regionalistas nas últimas semanas. Os almoços de aniversário continuam a fazer parte da agenda dos domingos, mas tivemos também intensa ativida-de desportiva. O “nosso” Grupo Desportivo Pampilhosense tem mostrado a fibra da gente serrana nos últimos jogos em que tem esta-do em excelente nível, assegurando lugar brilhante na tabela classifica-tiva. Os mais novos estão também no bom caminho e o futuro será certamente promissor.

Por Lisboa, a Casa Concelhia pôs a jogar cerca de 90 atletas em repre-sentação de 8 equipas de aldeias do concelho. O Torneio de Futsal Intercoletividades CCPS 2016, que terminou no dia 7 do corrente, teve como vencedora a equipa de

Meãs/Malhada do Rei, ao vencer na final a Camba por 5-2. Mas salientamos que o resultado mais importante foram os momentos de convívio e confraternização através do desporto.

A música tradicional esteve também em grande atividade. O 3º Encontro de Concertinas da Casa do Concelho, em Lisboa, e a Grande Concentração de Concer-tinas, em Pampilhosa da Serra, que encheu por completo o auditório municipal foram momentos altos da divulgação da nossa cultura, e a demonstração das grandes quali-dades das nossas e nossos toca-dores, cantadores e organizadores. Também o Rancho Folclórico de Dornelas do Zêzere teve a sua festa de aniversário e de parabéns por mais um ano de atividade. É um facto que a tocar, cantar e dançar a Pampilhosa da Serra está no topo, o que nos enche de orgulho.

Orgulhosos estarão também todos aqueles que de alguma forma estão ligados á Casa do Conce-lho de Pampilhosa da Serra, que comemora os seus 75 anos já no próximo dia 1 de Junho. A avaliar pelo programa anunciado nesta edição, vai ser uma comemoração que dignifica a sua brilhante histó-ria e todos os que serviram aque-la instituição regionalista, sendo à medida da marcante efeméride que se comemora e onde todos devem estar presentes.

Também o “nosso” Serras da Pampilhosa” vai completar em Junho os 17 anos de publicações ininterruptas. Um já significativo caminho percorrido, fruto de esfor-ço de várias pessoas voluntárias, como diretores, redatores e colabo-radores em geral, tendo por missão produzir este jornal que se assume como a Voz do Regionalismo.

Nesta passagem do aniversário, o Serras passará por uma transfor-mação no seu formato. Passará dos atuais 30 x 42 cm para uma dimen-são um pouco menor 25 x 30 cm, mantendo a qualidade de impres-são. Esta alteração surge por força das dificuldades financeiras que a publicação atualmente provoca na gestão da Casa do Concelho, permitindo com esta alteração anular essas dificuldades, sem pôr em causa os objetivos para o qual foi criado em 1999.

Confirma-se…Maio é um mês especial…trás vida, cor, celebração, alegria e mudança.

O DirectorCarlos Simões

EDITORIAL

INFORMAÇÃO: Faça o pagamento do Jornal “Serras” e/ou as quotas de sócio da Casa por transferência bancária para o IBAN: PT50 0035 0582 00008286130 23

COMEMORAÇÕES DOS 75 ANOS DA CASA DO CONCELHO E 17 ANOS DO SERRAS

Com carga simbólica importante, os 75 anos da Casa do Concelho de

Pampilhosa da Serra (CCPS) que este ano se completam, são motivo de orgulho e de festa para todos os pampilhosenses.

Celebrar o trajeto e obra desta instituição e recordar todos os que ajudaram a percorrer este caminho, é para os atuais dirigentes forte motivação para dedicar grande empenho na organização das comemorações das Bodas de Diamante.

Para além desta efeméride, também o “nosso” Serras da Pampilhosa comemora os 17 anos de publicações ininterruptas, o que também é para todos aqueles que ajudaram e ajudam a manter este jornal, motivo de grande satisfação e orgulho no trabalho realizado.

Para além de diversos eventos desportivos, recreativos e culturais, realizados no âmbito destas comemorações, como foram já este ano o 3º Encontro de Concertinas da CCPS e o Torneio de Futsal Intercoletividades 2016, o programa tem já previsto para o dia de aniversário, dia 1 de Junho, pelas 19:30 horas uma Sessão Solene, hastear da bandeira e Porto de Honra, nas instalações da sede, na

Rua das Escolas Gerais 82. Lisboa, para a qual estão convidados todos os pampilhosenses, associados e coletividades filiadas.

Mantendo a tradição, o ponto alto das comemorações realizam-se com um almoço de aniversário no primeiro domingo de Junho. Este ano será no Domingo, dia 5, iniciando-se este dia de festa com um jogo de futebol de 11, entre a Seleção das Filiadas da Casa do Concelho e o Grupo Desportivo Pampilhosense, que virá até à capital para o efeito. O jogo realiza-se pelas 10:00 horas, no Estádio da Medideira, Amora, Seixal (estádio do Amora F.C.), com entrada livre.

O almoço realiza-se pelas 12:30 horas, na Quinta Valenciana, em Fernão Ferro, onde não faltará muita animação com a presença do Grupo de Concertinas “Os Serranitos”, o Rancho Folclórico da CCPS e artistas surpresa.

A direção apela para que efetuem a vossa marcação para o almoço, através dos telfs. 966 870 022 – José Ferreira ; 927404914 – André Mendes ; 218 861 082 – Sede ; ou por email para: [email protected]

A direção da CCPS

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 3

CASA DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRAHorário de AberturA dAs instAlAções

Segunda-feira: 15h30 – 19h30 | Quarta-feira: 15h30 – 19h30Sábado: 15h30 – 19h30 | Até 22h00 em dia de ensaio do RanchoAos Domingos quando há eventos.

Para confirmar ligar 919 455 245 (Sr. António)

1. A maioria dos pampilhosenses que no primeiro quartel do século passado deixaram as suas terras em busca dum futuro melhor em Lisboa viviam próximo uns dos outros, o que facilitava contactos frequentes onde mitigavam as saudades da terra e falavam das coisas que lhes eram familiares. Ao estabelecerem comparações com a nova realidade social que encontraram na cidade, logo se aperceberam de que seria necessário fazer qualquer coisa no sentido de eliminar algumas das carências com que as suas povoações se defrontavam. A referência a esse atraso passou a ser o tema geral das suas conversas o que, perante o abandono a que os poderes de então votavam aquelas terras serranas, faria germinar entre eles a ideia de que a união e o esforço colectivo poderiam ser o caminho ao seu alcance para combater o isolamento e levar às suas aldeias alguns sinais de progresso.

Passando das palavras aos actos, em breve começariam a surgir iniciativas orientadas para a criação de associações cívicas a que chamaram “comissões de melhoramentos”, cujos objectivos se resumiam, fundamentalmente, a lutar de forma organizada pelo progresso das povoações que tinham deixado, quer por sua iniciativa quer em colaboração com as instituições locais.

Assim nasceu um movimento a que os seus promotores decidiram chamar “Regionalismo”, um fenómeno social em que se conjugam o espírito de união das gentes pampilhosenses, a sua generosidade e todo um conjunto de esforços orientados para o progresso do concelho e, simultaneamente, para o bem-estar das suas populações, através da implementação de medidas debatidas e aprovadas em contexto democrático pelas colectividades representativas das diversas povoações do município. A sua criação surgia como um farol capaz de abrir caminho para a recuperação de tanto tempo perdido na senda do desenvolvimento, face a um poder sem capacidade para enfrentar e dar solução aos anseios duma população que ignorava benefícios como abastecimento de água, saneamento, electrificação, medidas de higiene, comunicações, assistência médica, etc e que continuava a viver o seu quotidiano tal como os seus pais e avós o haviam vivido.

2. A partir da segunda década do séc. XX, as associações regionalistas, tal como as conhecemos hoje, começaram a surgir no nosso concelho com objectivos bem definidos relativamente ao progresso das aldeias que representavam, mas à medida que o número de associações ia crescendo, começou a sentir-se a necessidade de criar uma estrutura em que estivessem federadas e pudessem dispor dum local que as acolhesse e onde centrassem a sua organização administrativa.

E a comunidade pampilhosense em Lisboa, liderada por relevantes personalidades que marcaram o seu tempo, não demorou a colmatar essa lacuna na estrutura orgânica do regionalismo concelhio. E foi a partir dos núcleos de pampilhosenses que já tinham alguma organização, denominados “Sociedade de Defesa e Propaganda dos Interesses de Pampilhosa da Serra, Lda.” e “Grémio Regional Pampilhosense”, ambos de

vida efémera, que se avançou para a criação desse patamar, materializado na fundação da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra (CCPS). Assim, no já longínquo dia 01 de Junho de 1941, os pampilhosenses, saudosos da terra mas inconformados com o seu atraso, reuniram-se, para esse efeito, na sede do Grémio dos Vendedores de Leite e Lacticínios de Lisboa, no número 268 da Rua da Palma, e tomaram a decisão histórica de fundar a CCPS, aprovando logo os Estatutos e procedendo à eleição dos seus primeiros dirigentes.

Lembrar aqui os fundadores será uma forma de prestar homenagem a esses ousados pampilhosenses, com realce para os que integraram os primeiros órgãos sociais e assumiram a gestão da nova casa regional como casa comum da comunidade pampilhosense em Lisboa. Assembleia-geralPresidente – Dr. Cipriano Nunes BarataVice-presidente – Augusto Ramos NevesSecretários – Dr. José A. Silva Cardoso e Miguel Neves PintoDirecção Presidente – Cap. Augusto N. Afonso Vice-presidente – José Maria Almeida Secretários – Armando Afonso Reis e José Nunes BritoTesoureiro – José AlmeidaVogais – José Maria Fonte Júnior e Jaime LameirasConselho FiscalPresidente – Joaquim Antunes Pereira dos SantosSecretários – António Cruz e Alfredo AlexandreVogais – António Maria Martins e Augusto Batista

Todos os dedicados pampilhosenses que estiveram na fundação da CCPS estariam certamente longe de supor que a instituição que criaram sob o lema da esperança resistisse a todas as contrariedades que marcaram o seu percurso e continuasse hoje, 75 anos passados, a mostrar um longo historial ao serviço da comunidade, de tal modo que esta velha instituição perdurou no tempo, foi no passado e continua a ser no presente um traço de união entre as gentes da Pampilhosa da Serra e um parceiro credível e empenhado no desenvolvimento do município.

É pena que não esteja apurado o número global de pampilhosenses que passaram pelos órgãos sociais da CCPS ao longo destes 75 anos de vida activa, muitos deles mantendo-se no exercício dos respectivos cargos durante vários anos, cujo número deverá comportar para cima de um milhar, se atendermos a que nos primeiros 50 anos da sua actividade fizeram parte daqueles órgãos 767 dirigentes, sendo a sua distribuição de 194 pela assembleia geral, 342 pela direcção e 231 pelo conselho fiscal, o que dá uma ideia do nível de participação da nossa gente nos destinos da CCPS, dignificando-a e mantendo-a viva e ao serviço do concelho .

A história da CCPS nem sempre foi fácil, mas os seus dirigentes, e duma forma abrangente todo o movimento regionalista pampilhosense, sempre encontraram respostas adequadas para as situações que foram encontrando neste longo percurso ao serviço da comunidade e a casa dos pampilhosenses em Lisboa vai marcando gerações de forma tão positiva que está agora a comemorar 75

anos de vida activa, com uma vitalidade que mostra sinais de continuidade no futuro.

Para além dos objectivos da CCPS relacionados com o apoio logístico às colectividades nela federadas, através da disponibilidade de espaços para a realização de assembleias-gerais, de reuniões ou de festas de convívio, desde cedo que tomou várias iniciativas de grande significado no domínio da cultura e do apoio social, recordando algumas como cursos de instrução primária, aulas de música, realização de palestras, de conferências e de concursos de poesia, criação duma biblioteca, projecção de filmes, exposições fotográficas, concessão de subsídios de beneficência e para fins assistenciais.

Nos nossos dias, o regionalismo pampilhosense vai perseguindo objectivos diferentes daqueles que estiveram na base da sua fundação, naqueles tempos em que todos os seus esforços convergiam no objectivo de dotar as aldeias que cada associação representava dos serviços e equipamentos que pudessem ir ao encontro dos anseios da população. Os tempos mudaram, tudo se alterou com a instituição dum poder local efectivo, eleito pelos cidadãos e dotado de meios humanos e técnicos que lhe permitem lançar políticas activas de desenvolvimento económico, social e cultural à escala territorial do município, o que colocou o regionalismo numa encruzilhada que o levou a optar pela procura de novos caminhos em que pudesse dar continuidade à sua notável acção em benefício do concelho, sem necessidade de desbaratar o capital de experiência que lhe vinha do passado, alargando a sua actuação a novos objectivos onde a cultura ocupa lugar proeminente, de tal modo que, reforçando a sua matriz original, se adaptou com êxito a uma nova realidade social.

3. Como órgão de cúpula do movimento regionalista pampilhosense, é assim que a CCPS continua a trilhar um caminho aberto há 75 anos, atenta à preservação do ideal que sempre a tem norteado e, em cooperação com as instituições locais, comprometida na defesa de tudo quanto diga respeito ao desenvolvimento do concelho e ao sentir das suas comunidades. Aberta ao exterior, como é exemplo, entre outros, a sua participação empenhada nos programas da ACRL e com uma estrutura etnográfica dinâmica que vai preservando a nossa cultura, divulgando-a em inúmeras actuações, o que merece ser devidamente enaltecido, e um jornal, o nosso “Serras” já com um histórico de 17 anos ininterruptos como mensageiro cultural e veículo de informação sobre a realidade do regionalismo e dos valores patrimoniais do município, a longevidade da Casa do Concelho representa um verdadeiro símbolo da união e da capacidade empreendedora das gentes pampilhosenses

Aníbal Pacheco

CASA DO CONCELHO 75 ANOS A VIVER O REGIONALISMO E A UNIR A COMUNIDADE PAMPILHOSENSERe a l i z o u - s e ,

no passado dia 24 de

Abril, Domingo, o 3.º Encontro de Concertinas da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra.

O dia começou cedo na Casa do Concelho. Aliás, começou na noite anterior, após o fim do ensaio do Rancho da Casa, em que os elementos do rancho ajudaram a arrumar o salão da CCPS, após o términus do ensaio, para que tudo ficasse pronto o encontro de concertinas do dia seguinte. Isto até porque as gentes pampilhosenses não deixam trabalho por fazer!

Domingo, às 14h, já “Os Serranitos” estavam pela Casa concelhia para bem receber os atrevidos tocadores de concertina que iam chegando. O salão foi enchendo, as concertinas começaram a fazer barulho, e deu-se início ao evento. Por volta das 15h, o grupo de concertinas da CCPS subiu ao palco para “abrir o baile”, e dar o exemplo das actuações que viriam a seguir. Até final da tarde, as janelas da Casa abriram para Alfama, entoando músicas tradicionais de Norte a Sul do país, interpretadas por diversos grupos e individualidades bem conhecidos do mundo concertinista. Foram vários os que passaram pelo palco da CCPS: abrindo com “Os Serranitos”, seguiram-se Amigos da Portela, Escola de Concertinas Filipe Oliveira, Primeira Forma, Beira Lima, Os Resineiros, Seca-Adegas e Companhia, Grupo Pedrosini, Pedro Rodrigues, Os Escangalhas, Celso Pinto, Somos do Norte e Vítor Rosa, antes das apresentações fecharem com Chave de Ouro com o “nosso” João Tomás. Pelo meio, deu-se o sorteio das rifas que foram vendidas no dia, pelas “nossas” Mariana Corga e Inês Marques, e que saiu ao “nosso” José

António Marques, que foi para casa com uma garrafa de aguardente com uma escada lá dentro feita em madeira de carvalho, oferta do “nosso” António Henriques, mais conhecido por “Seca-Adegas”. No final, o Presidente da Direcção da CCPS, Sr. José Ferreira, agradeceu a presença de todos, congratulou o sucesso de mais um evento realizado naquela Casa, apesar de uma menor afluência comparativamente a anos anteriores, fruto de vários eventos que se realizavam naquela data (como a peregrinação dos Ranchos Folclóricos a Fátima).

A tarde findou com todos os concertinistas a tocarem juntos no salão da CCPS, enquanto que o público mais resistente ia fazendo o gosto ao pé!

Foi mais um evento de sucesso realizado na Casa de todos os pampilhosenses, à semelhança dos restantes que ao longo do ano vão acontecendo, e que contou com a mão-de-obra de elementos do rancho, d’”Os Serranitos” e da Direcção da CCPS. Para o ano pretende-se realizar a 4ª edição do certame, novamente perto do fim-de-semana da Páscoa. Fiquem atentos ao “Serras da Pampilhosa” e ao site da CCPS, que com um aspecto renovado e nova atenção, dão a conhecer os eventos e as actuações da Estrutura Etnográfica da CCPS com a maior rapidez.

Um abraço a todos os leitores deste jornal!!

André Mendes

SUCESSO NO 3.º ENCONTRO DE CONCERTINAS DA CASA CONCELHIA

Actualidade Actualidade

PAMPILHOSA PREPARA-SE PARA ACOLHER REFUGIADOS

O Município de Pampilho-sa de Serra, no sentido de concertar a sua ação no

âmbito do possível acolhimento de refugiados, a fim de dar resposta à Plataforma de Apoio aos Refugia-dos, proporcionou uma reunião no passado dia 3 de maio com as Insti-tuições locais com responsabilidade nesta matéria, para perceber que tipo de respostas poderão vir a ser dadas para o futuro no acolhimento no Concelho.

Estiveram presentes, além do Município de Pampilhosa da Serra, através da Vereadora da Ação Social,

os representantes da Associação Solidariedade Social de Dornelas do Zêzere, da Santa Casa da Mise-ricórdia de Pampilhosa da Serra e da Cáritas Diocesana de Coimbra e ainda o pároco da Paróquia de Pampilhosa da Serra. Em conjun-to foi analisada a capacidade do Concelho em acolher famílias de refugiados, tendo em conta as áreas de atuação que é necessário garantir no respetivo acolhimento, nomea-damente alimentação, vestuário, saúde, educação, emprego e ensino do português para estrangeiros.

Realizou-se, nos dias 22,23 e 24 de abril, o primeiro festival de caminhadas em

Pampilhosa da Serra, numa parce-ria do Município de Pampilhosa da Serra com o Villa Pampilhosa Hotel****.

Com o objetivo de promover o território, a gastronomia serrana e dinamizar a rede de percursos pedestres, realizaram-se cami-nhadas temáticas e workshop´s/sessões de esclarecimento.

O programa iniciou-se na noite de dia 22, com uma degustação da Gastronomia Serrana realizada no restaurante “A Piscina”.

O dia 23 foi repleto de ativi-dades. Na parte da manhã, reali-zou-se o percurso temático “Flora e Fauna na Aldeia do Xisto de Fajão”, PR1, onde o guia propor-cionou explicações técnicas rela-tivas ao tema. Posteriormente, os participantes almoçaram no restaurante “O Pascoal”, em Fajão. Durante a tarde, os vários orado-res convidados, deram seguimen-to aos workshop´s/sessões de esclarecimento sobre as temáti-cas Turismo de Natureza e Rural, Primeiros Socorros, Técnicas de Pedestrianismo, Nutricionismo e

Construção de bastões de cami-nhadas, apresentados pelos orado-res: Jorge Santos, André e Daniela Almeida, Clara Carvalho, Drª Rute Marques e Alberto Martins e José Coelho, respetivamente. Após o jantar, servido no restaurante “ O Buke”, no Villa Pampilhosa Hotel, deu-se início à caminhada temática “Walking dead na aldeia de Pesse-gueiro” em que o ponto alto foi a atuação do Grupo Musical Frater-nidade Pampilhosense. Encerrou--se o dia com uma prova de licores

e aguardentes “às cegas” no bar ”O Lagar”.

No dia 23, pelas 10h00 iniciou--se o percurso “Rota Villa Pampi-lhosa”, guiado pela pampilhosense D. Esmeralda Alexandre, que pron-tamente se disponibilizou para conduzir as cerca de 80 pessoas que participaram no evento. A atividade foi encerrada com um “Churrasco Serrano acompanha-do de Arraial” no mercado municipal.

WALKING WEEKEND'16

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 5

No âmbito da comemora-ção do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios

2016: Desporto, um Património Comum, o Município de Pampi-lhosa da Serra associou-se a esta efeméride, através do Museu Muni-cipal e dos Serviços de Desporto, que organizaram no dia 18 de abril a caminhada noturna “Pampilho-sa Night Run - À Descoberta do Património”.

Uma atividade que reuniu quatro dezenas de participantes e que asso-ciou o desporto ao património local.

O trajeto contemplou vários pontos de interesse histórico da vila, onde se realizaram jogos tradicio-nais e se abordaram, de uma forma lúdica, questões relacionadas com o

património pampilhosense.Esta night run teve como ponto

de partida o Pavilhão Desportivo e

terminou no Museu Muni-cipal, num percurso de 3 Km.

“PAMPILHOSA NIGHT RUN - À DESCOBERTA DO PATRIMÓNIO”

Nos dias 30 de abril e 1 de maio, o concelho de Pampi-lhosa da Serra regressou ao

passado com o 3.º Encontro Nacio-nal de Veículos Antigos Motorizados. Esta iniciativa é uma organização do Clube EDP com o apoio do Municí-

pio de Pampilhosa da Serra e da Liga de Melhoramentos da Freguesia de Pessegueiro.

Na manhã do primeiro dia, o ponto de encontro foi na zona da Praça do Regionalismo, num parque fechado onde se juntaram cerca de 40 carros clássicos e 80 participantes. Seguiu-se viagem para a Aldeia do Xisto de Fajão, onde os participantes puderam provar iguarias tipicamente serranas ao almoço, no restaurante

“O Pascoal”, conhecer a aldeia e o museu local.

Na parte da tarde, os participantes conheceram a praia fluvial de Pesse-gueiro e o bar “O Lagar”, onde degus-taram mais alguns produtos regio-nais e fizeram uma prova de licores

e aguardentes “às cegas”. O dia foi encerrado ao som das “Concertinas do Machio” depois do jantar, que teve lugar no Villa Pampilhosa Hotel.

Pelas 10h00 do dia seguinte, os participantes saíram do hotel em direção à Barragem de St. Luzia. De regresso a Pampilhosa da Serra, os participantes puderam visitar o museu municipal e encerrar o programa com um almoço no Restaurante “A Piscina”.

A União Progressiva de Vale Serrão comemorou o 60º aniversário da fundação,

com um grande almoço de convívio realizado no dia 24 de Abril de 2016, naquela aldeia serrana.

Apesar de nesta airosa aldeia apenas viverem permanente pouco mais de uma dúzia de pessoas, compareceram neste evento cerca de 130, para se deliciarem com um almoço muito bem confecionado e servido pelas pessoas da terra, com excelente serviço de cozinha sob coordenação de Alda Neves, embora não sendo de lá natural continua a prestar relevantes serviços, tendo sido casada com o saudoso José Bernardo das Neves.

Tendo como palco as excelentes instalações da Casa de Convívio de Vale Serrão, de onde se pode disfrutar de uma das mais belas paisagens do concelho, possui um espaçoso e funcional salão, que foi inaugurado pelo antigo presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, José Augusto Veiga Nunes de Almeida, ao qual foi dado o nome do falecido José Bernardo das Neves, um símbolo da aldeia, à qual prestou relevantes serviços, assim como ao concelho, tendo sido um dos principais impulsionadores para a construção de uma grande e importante obra do regionalismo: a Ponte de Álvaro, que liga o concelho de Pampilhosa ao concelho de Oleiros.

A presidir à mesa de honra esteve o presidente da assembleia geral da coletividade, José Nunes Neves, composta pelo Eng.º Jorge Custódio, vice presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, pelo representante da Junta de Freguesia local, António Seco, por António Barata Lopes e António Fernandes Barata Gonçalves, respetivamente presidente e vice presidente da União Progressiva, pelo senhor Padre João Prior e por José Manuel, representante da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra e do Jornal Serras da Pampilhosa.

Terminado o almoço a sessão de discursos foi iniciada pelo presidente da mesa José Neves que cumprimentou os elementos da mesa de honra e todos os presentes, e agradeceu a presença naquele importante dia para a coletividade.

De seguida o Eng.º Jorge Custódio cumprimentou os presentes em nome da autarquia,

agradeceu o convite e apresentou os cumprimentos do senhor Presidente da Câmara, que não estava presente por se encontrar em serviço. Teceu considerações elogiosas a quem confecionou e serviu o excelente almoço com que acabavam de ser servidos, enaltecendo a figura de Alda Neves, não só por ter sido a orientadora do almoço com outros colaboradores, mas também porque se trata de alguém que está sempre pronta a ajudar em tudo o que esteja a seu alcance. Aos jovens que ali estavam em elevado número, deixou palavras de incentivo para que venham às suas origens e de seus antepassados honrando assim sua memória.

Continuou Jorge Custódio afirmando ser importante trazer pessoas do exterior, divulgar o concelho e as suas belas paisagens, não esquecendo aquela que dali se desfrutava, sendo certamente uma das mais belas, senão a mais bela do concelho. Incentivou as coletividades para criarem um posto de trabalho. Opinou que se das 109 aldeias do concelho, se criasse um posto de trabalho em metade delas, era certamente muito importante para o concelho, e o município dá para isso ajuda, tal como está disponível para apoiar em tudo o que esteja a seu alcance, havendo presentemente obras iniciadas mas ainda não terminadas, mas deixou a garantia que em breve o serão.

Apresentou ainda os cumprimentos em nome da Junta de Freguesia de Pampilhosa da Serra, ali representada por António Seco, com a certeza que também tudo fará pelo engrandecimento desta e de outras terras de sua freguesia. A terminar, Jorge Custódio disse ainda que lhe constou que fazia falta uma

máquina de lavar louça, anunciando que a mesma seria oferecida pelo município. Perante este anúncio, o autarca foi entusiasticamente aplaudido, que encerrou a sua intervenção apelando à divulgação das grandes potencialidades e qualidades do concelho, a fim de, todos unidos, se poder levar bem longe o nome de Pampilhosa da Serra, promovendo o turismo como setor de grande importância para o desenvolvimento.

António Barata Lopes, presidente da direção, começou por cumprimentar os presentes, agradecendo a sua presença, que serve de motivação ao trabalho da direção. “Só todos unidos podemos colaborar para que nossa terra tenha as melhores condições possíveis” disse o presidente, que agradeceu e enalteceu a figura de Alda Neves, pela sua sempre pronta colaboração e dedicação. Terminou lembrando que a seguir seria a reunião da assembleia geral, apelando a todos sua comparência.

Foram em seguida homenageados com Diploma de Mérito Regionalista, três distintos regionalistas filhos da terra, sendo eles, António Fernandes Barata Gonçalves, José Lopes Pereira e Américo Barata Lopes, pelos relevantes serviços prestados ao longo de dezenas de anos com total dedicação à sua terra, contribuindo decisivamente para o seu engrandecimento.

No ecrã do salão foi exibido um vídeo dedicado a cada um dos associados homenageados, relembrando seu passado, desde a infância até à atualidade. Todos agradeceram a distinção que estavam a receber, tendo José Lopes Pereira ficado muito emocionado ao ver seu passado, além de agradecer à direção, lembrou os seus “professores” no regionalismo, sendo que já nenhum se encontra entre nós, que foram José Bernardo das Neves e Manuel Marques João, dizendo que com eles muito aprendeu, sendo pessoas que tudo fizeram pelo engrandecimento de sua terra e do concelho.

E assim terminou mais um excelente convívio que decorreu da melhor forma, tendo cada um seguido aos seus destinos decerto com vontade de voltar.

Zé Manel

UNIÃO PROGRESSIVA DE VALE SERRÃO HOMENAGEIA REGIONALISTAS

A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Pampilhosa

da Serra encerrou o mês de prevenção de maus tratos em crianças com passeio pedestre no Casal da Lapa.

A CPCJ de Pampilhosa da Serra, dinamizou durante o mês de abril várias atividades integradas na campanha de prevenção dos maus tratos na infância, nomeadamente:

Distribuição da história do laço azul e de postais com mensagens/atividades, “uma ideia para cada dia!” do mês de abril, pelas crianças que frequentam os estabelecimentos de ensino do concelho.

Dia 11 de abril, comemorou-se o “dia azul”, lançou-se o desafio a toda a comunidade/serviços e em especial à comunidade escolar, para vestirem uma peça de roupa de cor azul, ao qual aderiram as

IPSS, a escola e o Município. Realizou-se uma prova de

pedipaper que decorreu no Agrupamento de Escolas Escalada, Pampilhosa da Serra (escola sede) no dia 13 de abril e envolveu 50 crianças.

No dia 28 de abril, distribuíram-se Laços Azuis, com a mensagem (história do “laço azul”) no dia de feira pela Vila.

O encerramento do mês decorreu no dia 30 de abril com um passeio pedestre pela “Promoção dos Direitos da Criança – eu não sou (In)diferente”, destinada às famílias e população concelhia em geral e que reuniu 90 pessoas que participaram de forma entusiasmada na caminhada culminando num lanche partilhado.

Resultou em grande êxito a Grande Concentração de Concertinas realizada dia 17

de Abril de 2016, promovido pelo Grupo de Concertinas do Machio no auditório municipal do Edifício Multiusos de Pampilhosa da Serra.

Conforme programa, este evento iniciou-se com a concentração para um almoço que decorreu no restau-rante comunitário da Santa Casa da Misericórdia de Pampilhosa da Serra, no qual participaram cerca de 130 convivas, onde estiveram os componentes dos diversos grupos de

concertinas convidados.Apesar do programa do evento ter

sido alterado devido à chuva, e por isso não ter sido feito o desfile previs-to pelas ruas da vila, o êxito foi grande e os aplausos são poucos para todas pessoas intervenientes que gratuita-mente se deslocam, e alguns de bem longe, só para mostrar a sua cultura e músicas tradicionais da sua região.

Os grupos, presentes além dos anfitriões Grupo de Concertinas do Machio, foram os “Amigos da Gaita” de Ansião, Grupo de Concertinas

de Serpins, Grupo de Concertinas da Lousã, Grupo de Concertinas de Carenque-Amadora, e o Grupo de Concertinas de Casconha-Cernache, Coimbra. O auditório municipal onde foi apresentado este maravi-lhoso espetáculo foi pequeno para receber tão elevado número de espe-tadores que, apesar de se colocarem mais cadeiras, ainda alguns tiveram de ficar de pé.

Nas suas atuações os grupos demonstraram o melhor que tinham e sabiam, não havendo defeitos a apontar. Destaque para os de Casco-nha, Cernache, pelo brilhante espe-táculo que apresentaram, apontando contudo como menos bom os seus

trajes, sendo todos de preto, simboliza tristeza, e a música regional simboliza alegria, mas aceita-se de bom grado, cada qual tem seus gostos e tradições.

No auditório a apresentação foi feita pelo representante do Grupo de Concertinas de Machio, Álvaro Margarido, que se mostrou muito satisfeito por ver o auditório comple-tamente cheio, agradecendo a todos os grupos assim como aos presentes. Chamou ao palco todos os represen-tantes dos grupos presentes para lhes serem entregues lembranças ofereci-das pelo Município de Pampilhosa

da Serra, sendo essa entrega efetuada pelo seu representante, senhor verea-dor João Santos Alves, que na ocasião agradeceu a presença de todos, salien-tando a importância destes eventos para o concelho, desejando as boas vindas a todos os grupos participan-tes. Transmitiu mensagem do muni-cípio, na qual mostrou todo o gosto em participar e apoiar, estando a autarquia disponível para colabora-ção futura.

O espetáculo musical foi aber-to pelo Grupo de Concertinas do

Machio com o hino do grupo, segui-do de mais duas músicas, passando de seguida à atuação dos outros grupos que, durante meia hora cada, apresen-taram com qualidade as suas tradicio-nais músicas.

De salientar que o auditório mante-ve-se cheio até ao final, confirmando a certeza que a música regional conti-nua a ser a mais preferida dos pampi-lhosenses e do povo Português.

E assim terminou mais este grande evento cultural, ficando a organização com a certeza do dever cumprido, e todos visivelmente satisfeitos decerto com vontade de voltar.

Zé Manel

GRANDE CONCENTRAÇÃO DE CONCERTINAS ENCHE AUDITÓRIO MUNICIPAL

4 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

3º ENCONTRO NACIONAL DE VEÍCULOS ANTIGOS

Estão abertas as candidaturas para o III Concurso de

Fotografia “Pampilhosa da Serra Inspira Natureza”.

Nesta 3ª edição, o Município de Pampilhosa da Serra irá continuar a promover a atividade fotográfica através da observação da natureza e os recursos naturais do concelho.

Serão premiados as melhores fotografias que, segundo o critério do júri, forem as melhores imagens no âmbito das seguintes temáticas, “Património Paisagístico”, “Xistosi-dade” e “Água”.

Para os vencedores de cada tema, o prémio será de 500€. Para os segundos lugares o prémio será de 150€.

O reg u lamento encontra-se disponível em www.

cm-pampilhosadaserra.pt, ou através do contato telefónico: 235590335.

III CONCURSO DE FOTOGRAFIA “PAMPILHOSA DA SERRA INSPIRA NATUREZA”

PASSEIO PEDESTRE ENCERRA COMEMORAÇÕES DO “MÊS DA PREVENÇÃO DOS MAUS TRATOS NA INFÂNCIA”

Actualidade Actualidade

No final do ano passado mês de dezembro a Junta de Freguesia de Portela

do Fojo – Machio procedeu à reconstrução de umas alminhas que se encontram na berma sudeste da Estrada Nacional 344, no troço entre a saída de acesso a Vale de Pereiras e

Machios e o cruzamento daquela via nacional com a Estrada Nacional

351, ao cimo da Maria Gomes. Como o imóvel se encontrava

em avançada ruína foi necessário proceder a uma intervenção de fundo. Os trabalhos de recuperação, que foram ainda iniciados no mês de Novembro e estiveram a cargo de dois funcionários ao serviço da

Junta de Freguesia, consistiram na reconstrução e reforço das paredes,

construção da cobertura em lousa, na pavimentação do chão e na abertura de um pequeno caminho pedonal de acesso ao local.

Como a tabuinha original, além de já estar corroída pelo tempo, não apresentava qualquer vestígio de representação e também se desconhecia a que santo eram dedicadas estas alminhas1, foi mandada fazer uma nova tabuinha, onde se optou por pintar um São Miguel, por ser o padroeiro do Machio, paróquia a que pertencem as alminhas. A tabuinha foi oferecida pelo Sr. Carlos Machado, carpinteiro em Pampilhosa da Serra e a pintura saiu das mãos de Maria Celeste Neves, com ateliê de artes decorativas em Pampilhosa da Serra, que igualmente ofereceu o seu trabalho.

Estas alminhas, como anuncia a inscrição no seu nicho, foram mandadas edificar em 1952, por Manuel José2, ao que parece, em cumprimento de uma promessa. Manuel José, um negociante em porcos, que era natural e residente na aldeia de Vale de Pereiras, terá procurado um espaço apropriado

para o efeito, de preferência um local de beira de estrada e de passagem das pessoas da freguesia. O sítio que achou mais adequado ficava num terreno à beira da antiga estrada que ia para a Pampilhosa, no cimo da serra, na encosta virada a Maria Gomes, na confluência das estradas de acesso a Maria Gomes e ao Vale de Pereiras e Machios. Propôs então a compra dessa sorte de terreno ao seu proprietário, Joaquim Alves, natural e residente em Maria Gomes. Este, sem saber o que fazer inicialmente, a conselho da sua esposa, Emília dos Anjos Barata, acabou por declinar a proposta, mas decidiu-lhe ceder, desse seu terreno, a porção necessária para construção das alminhas3.

Poucos anos depois, em 1954, como noticia A Comarca de Arganil de 7 de Setembro desse ano, seriam alvo da «gatunagem». «Na noite de 26 para 27 do mês findo, gatunos audaciosos arrombaram a caixa das Almas, que o Sr. Manuel José, desta localidade [de Vale de Pereiras], havia mandado construir na serra de Maria Gomes, no local denominado Almas Fundeiras, de onde levaram todas as esmolas ali existentes»4.

Porém, apesar deste periódico as denominar de Almas Fundeiras, há quem na Maria Gomes, que conhece a edificação e a área envolvente desde a sua meninice, diz chamarem-se Almas Louceiras.

Depois, com a morte do seu patrono, o avançar dos anos chegou o abandono. Aos poucos caíram em ruínas. Com os grandes incêndios de 2003 e de 2005, que devastaram as serras da Pampilhosa, acabariam por entrar em completa ruína.

As alminhas eram consideradas pequenos pontos de referência, tanto para os locais como para os forasteiros. Aí se parava para descansar, deixar uma esmola, ou se acoitarem da chuva, no caso das

maiores. Serviam também de ponto de orientação. Hoje, para além de um símbolo dessa fé cristã, representam, por isso, também um elemento da memória das nossas gentes.

As alminhas são assim património cultural e religioso, que nos remete para a fé dos nossos antepassados, fazendo parte da nossa identidade, e que, por todos estes motivos, devem ser preservadas.

Com a recuperação destas alminhas, a Freguesia de Portela do Fojo – Machio passou a desfrutar de mais um elemento do seu património, um símbolo da sua memória coletiva.

Um bom exemplo a seguir …

Pedro Freire

___________1 As alminhas podem ser dedicadas a

Nossa Senhora do Carmo, a Nossa Senhora de Fátima, a Nossa Senhora da Boa Viagem, a S. Miguel ou a Cristo Crucificado. Esta iconografia pode ser representada em variados suportes, como em madeira, pedra ou azulejo.

2 Na inscrição, que está na pedra superior do nicho, desenhada em argamassa, lê-se M J / 1952.

3 FREIRE, Pedro – [Entrevistas a] ALVES, Maria Emília Barata – [As alminhas da Maria Gomes] [Manuscrito]. Julho de 2015 e Jan. 2016.

4 A Comarca de Arganil. I Série. Ano LIV, n.º 4252 (7 Set. 1954), p. 4. Esta notícia foi-nos facultada pelo amigo António Amaro Rosa, historiador e amante do património pampilhosense, ao qual agradecemos.

BIBLIOGRAFIA:A Comarca de Arganil. I Série. Ano

LIV, n.º 4252 (7 Set. 1954), p. 4. FREIRE, Pedro – [Entrevistas

a] ALVES, Maria Emília Barata – [As alminhas da Maria Gomes] [Manuscrito]. Julho de 2015 e Jan. 2016.

ALMINHAS DE VALE DE PEREIRAS/MARIA GOMES RESTAURADAS PELA JUNTAFreguesia de Portela do Fojo–Machio na preservação do seu património O Rancho Folclórico de

Dornelas do Zêzere comemorou mais um ano

de atividade, no dia 16 de Abril de 2016, contando com a colaboração do Município de Pampilhosa da Serra e a Junta de Freguesia local.

O Rancho foi fundado a 12-4-2000 por José Francisco Cebola, conhecido por Comissário Cebola, homem humano, tal como seu pai, sempre trabalhando para bem da comunidade, prestando relevantes serviços à terra que o viu nascer. Foi presidente do rancho desde sua fundação até ao ano de 2009, altura em que nos deixou para sempre, decerto recordado por bons motivos.

Seu irmão António Cebola seguiu os seus passos, continuando e prestigiando o seu legado, tendo vindo a prestar relevantes serviços à sua terra e ao concelho. Foi presidente do rancho até final do ano de 2015,

passando a presidente da assembleia geral, sendo também secretário da assembleia municipal de Pampilhosa da Serra.

O atual presidente Alexandrino Marques, já vem servindo o rancho ao longo dos anos pertencendo aos seus corpos sociais e como componente do mesmo, para o qual sempre demonstrou total dedicação. Homem simples e trabalhador, possui capacidades que garantem a certeza de levar por diante o bom nome do Rancho de Dornelas.

Do programa da comemoração constou o seguinte: às 11.30 horas foi celebrada missa na igreja local pelo senhor padre João por alma de todos os falecidos, seguindo-se o almoço em que compareceram cerca de 120 pessoas, sendo a mesa de honra composta por, Dr.ª Alexandra Tomé vereadora da cultura da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra,

pelo presidente da junta de freguesia local Joaquim Isidoro, pelo presidente da Associação de Solidariedade de Dornelas do Zêzere, Manuel Isidoro, pelo presidente da assembleia geral do Rancho folclórico António Cebola, o Rancho Folclórico de Pampilhosa da Serra por Manuel Alexandre, o presidente da direção Alexandrino Marques e outros membros da direção, o senhor padre João, António Martins em representação da Póvoa da Raposeira, imprensa regional A Comarca de Arganil com José Vasconcelos, a Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra e o Jornal Serras da Pampilhosa por José Manuel, e ainda estava presente o Rancho folclórico A Flor das Cortes.

Devido a grandes chuvas em dias anteriores em que o maravilhoso rio Zêzere levava um enchente só visto em grandes invernos, e nem todos, não se sabia se seria possível o desfile pelas ruas da aldeia, mas como o tempo o permitiu foi feito, dando assim mais brilho ao evento, com o grupo de bombos à frente seguido pelos ranchos presentes, foi feito o desfile culminando com uma brilhante atuação frente ao salão da junta de freguesia, onde de seguida foi feito um espetáculo apresentando suas danças e cantares, como sempre de agrado de todos.

O senhor presidente da assembleia geral António Cebola usando da palavra agradeceu a todos chamando ao palco os ranchos presentes, tendo-lhes sido oferecidas lembranças do

Foi assinado na passada sexta-feira, dia 29 de abril, na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa,

o contrato de financiamento no valor de 169.310,23€ referente ao projeto apresentado pela Santa Casa da Misericórdia de Pampilhosa da Serra ao Fundo Rainha D. Leonor, tendo em vista a requalificação do espaço da cozinha do centro comunitário desta instituição.

Esta requalificação tem como finalidade dar resposta ao aumento da procura verificada neste equipamento após a abertura da nova Estrutura Residencial para Pessoas Idosa e da Unidade de Cuidados Continuados Integrados, bem como da concentração naquele espaço da confeção de refeições para o serviço de

apoio domiciliário. Esta obra será o culminar de mais

um esforço financeiro levado a cabo pela instituição e constitui a etapa final de um conjunto de intervenções já

efetuadas ao longo de vários anos neste complexo, tendo subjacente continuar a promover a qualidade dos serviços prestados nas diversas respostas sociais.

SANTA CASA OBTÉM FINANCIAMENTO PARA A REQUALIFICAÇÃO DA COZINHA DO CENTRO COMUNITÁRIO

No dia 29 de maio a Liga Pró-Melhoramentos da Freguesia de Fajão, com

a participação de coletividades da freguesia e a sempre amiga do Vale Derradeiro, irão reunir forças e estar unidas, para homenagear um grande regionalista que consegue levar por diante uma obra que continua a ser no presente preponderante para o desenvolvimento do movimento associativo regionalista e do concelho, e um promotor da comunicação entre as várias coletividades do concelho, muito especialmente na nossa Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra.

O dinamismo deste grande regionalista Carlos Simões, merece o apoio e carinho de todos os regionalistas do nosso concelho.

É fundamental que as coletividades tenham uma identificação clara da sua missão, do seu sentido de união, entrega e dedicação às comunidades que representa.

O Carlos Simões é um jovem, mas tem já 30 anos de experiencia em atividade associativa, fazendo ao longo dos anos parte dos corpos sociais de várias coletividades e associações regionalistas do concelho de Pampilhosa da Serra, com objetivos de desenvolvimento regional.

Atualmente, o Carlos exerce as funções de Presidente da Assembleia Geral da Comissão Associativa de Melhoramentos de Camba, e de Vice-presidente da Assembleia-geral da Sociedade União e Progresso de Covanca, as duas aldeias do seu coração e de onde é descendente. Paralelamente é também Presidente da Assembleia Geral da Liga Pró-melhoramentos da Freguesia

de Fajão, Presidente da Assembleia-geral da União e Progresso de Vale Derradeiro, Vice-presidente da direção da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra e Secretário da Assembleia-geral da Associação de Combatentes do Concelho de Pampilhosa da Serra. A agora, mais recentemente, é o Diretor do Jornal Serras da Pampilhosa.

O sacrifício do trabalho voluntário dos nossos regionalistas, foi e será sempre a base do sucesso do associativismo pampilhosense e o rumo mais correto para o regionalismo dos nossos dias, sendo o Carlos Simões um exemplo para todos nós, merecendo esta homenagem por tudo o que representa para o nosso concelho!

Para quem se quiser juntar a esta homenagem que decorrerá na Quinta Valenciana, Fernão Ferro, pelas 12:30 horas do dia 29 de maio, deverá efetuar a sua marcação para: Isaura Fernandes – Telm. 933 396 017, ou para o email: [email protected] . Inscreva-se já.

Isaura Fernandes

HOMENAGEM REGIONALISTA A CARLOS SIMÕES

RANCHO FOLCLÓRICO DE DORNELAS DO ZÊZERE COMEMORA SEU 16º ANIVERSÁRIO

No passado sábado, dia 9 de abril, vinte alunos da Escola Municipal de Natação de

Pampilhosa da Serra participaram no 2ºTorneio de Natação do Centro Social Padres Redentoristas.

Esta prova contou ainda com a participação das escolas de natação da Câmara Municipal de Vila de Rei, da Câmara Municipal de Proença-a-Nova e do Centro Social Padres Redentoristas. Um torneio que foi direcionado especialmente para jovens nadadores e que teve como principal objetivo fomentar o gosto pela prática da Natação.

A Fundação Dr. José Fernando Nunes Barata procedeu à atribuição da primeira Bolsa

de Estudo, no âmbito do Programa “Educação +”.

Instituída pela Dr.ª Telma Barata, viúva do ilustre advogado Dr. José Fernando Nunes Barata, a Fundação teve, desde a primeira hora, o envolvimento e empenho do Município de Pampilhosa da Serra, tendo em conta a importância desta instituição no âmbito dos fins culturais, educativos, sociais, artísticos, científicos e filantrópicos, preconizados pela Fundação.

A prossecução destes objetivos está patente na concessão de bolsas de estudo a estudantes economicamente carenciados, pelo que foi concretizada a atribuição da primeira Bolsa de Estudo, no âmbito do Programa “Educação +” da Fundação.

A aluna contemplada com a Bolsa de Estudo, no valor total de 2.000,00 euros, foi Inês Sofia Marques dos Santos Machado, residente no Concelho de Pampilhosa da Serra e que ingressou no curso de Licenciatura em Ciências da Educação da Faculdade de

2º TORNEIO DE NATAÇÃO CSPR- CASTELO BRANCO

FUNDAÇÃO DR. JOSÉ FERNANDO NUNES BARATA ATRIBUI BOLSA DE ESTUDO

É de referir o excelente desempenho de todos os nadadores e agradecer a todos aqueles que colaboraram e acompanharam neste evento desportivo.

Por fim, congratulámos a aluna

Leonor Chora Alves Custódio que obteve o 1º lugar no escalão de sub-10 na prova de costas, a aluna Adriana Margarida Silva Seco que obteve um 2º lugar no escalão de sub-11 na prova de bruços e a aluna Bruna Rafaela Silva Seco que obteve um 2º lugar no escalão de sub-13 na prova de bruços.

Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, no ano letivo 2015/2016.

A cerimónia decorreu no dia 29 de abril, na sede da Fundação, na Biblioteca Municipal Dr. José Fernando Nunes Barata, com a presença do Presidente da Câmara, José Brito, enquanto membro do Conselho de Administração da Fundação, que procedeu à entrega do cheque à jovem,

destacando o papel da Fundação neste tipo de apoios, revelando a importância desta atribuição pela ajuda que constitui para as famílias, motivando também a jovem no sentido de trabalhar para o aproveitamento nos estudos.

O momento foi ainda acompanhado pela Vereadora da Educação, Dr.ª Alexandra Tomé, também membro do Conselho de Curadores da Fundação.

Município de Pampilhosa da Serra e da Junta de Freguesia de Dornelas do Zêzere.

Passada a palavra ao presidente da direção que, sendo o seu primeiro ano de mandato, se mostrou visivelmente satisfeito e agradeceu a presença de todos prometendo tudo fazer para continuar a dar o bom nome ao Rancho.

Presidente da junta de freguesia local Joaquim Isidoro, prometeu fazer tudo o que esteja a seu alcance para o engrandecimento do rancho e de toda a freguesia.

Dr.ª Alexandra Tomé em representação do município felicitou estes eventos, dando mais vida à aldeia e ao concelho, agradeceu o convite e felicitou o Alexandrino,

presidente da direção, incentivando-o à continuidade da atividade estando o município disponível para apoiar no que for possível, terminando a intervenção cantando parabéns ao Rancho.

Ap+os as intervenções foi hora de dar inicio ao espetáculo que todos esperavam, com a casa cheia, para assistir a mais uma demonstração de divulgação da cultura e das nossas tradições, que se prolongou tarde adiante terminando com um lanche.

E assim terminou mais um aniversário de uma valorosa instituição, que decorreu de uma forma excelente, cada qual regressou a seus destinos com a certeza da vontade de voltar.

Zé Manel

6 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 7

Tendo em conta o sucesso de iniciativas anteriores, tal como o concurso da Almo-

fada realizado em 2015 onde houve boa participação, a direção da Comis-são de Melhoramentos de Castanhei-ra da Serra vem este ano propor um novo concurso, esperançados que haja também uma boa adesão.

A proposta é um Concurso de Fotografia, cujo tema é:

“Um olhar sobre a Castanheira e/ou a Serra do Açor”

Regulamento:• Podem participar fotógrafos profis-sionais ou amadores.• Cada participante poderá concorrer com 3 fotografias a cores ou a preto e branco de 20x25 cm.• Não é permitido usar Photoshop.

Com este concurso, a Comissão de Melhoramentos de Castanheira da Serra pretende despertar a criativida-de dos fotógrafos, de modo a realçar as belezas naturais de Castanheira da

Serra, dos seus recantos e Serra do Açor onde está inserida.

As fotografias a concurso serão expostas na Casa de Convivio de Castanheira da Serra no dia em que se inicia a festa anual desta terra, isto é, dia 13 de agosto de 2016.

Esperamos a colaboração de todos e votos de boas fotografias. Muito obrigada.

Maria do Céu Brito

CASTANHEIRA DA SERRA DESAFIA PARA CONCURSO DE FOTOGRAFIA

8 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 9

Actualidade Opinião Regionalismo

Tendo em conta o êxito dos anos anteriores e porque é já tradição na região, é pelo

11º ano consecutivo que as coletivi-dades regionalistas da freguesia de Fajão–Vidual, e a União e Progresso de Vale Derradeiro (Cabril), vão realizar um grandioso Encontro Convívio Regionalista, no recinto da Nª Srª da Guía, em Fajão, no próximo dia 12 de Junho, aberto a todas as coletividades e seus asso-ciados, conterrâneos, familiares e amigos.

Do programa consta, pelas 7:00 horas a saída de vários autocarros de Lisboa (Campo Grande) com destino a Fajão, com paragem pelo caminho para pequeno-almoço. A chegada a Fajão está prevista para cerca das 10:30 horas, ao que seguirá uma visita a Fajão - Aldeia de Xisto, com uma arruada com o Grupo de Bombos “Ecos do Picoto” das Meãs e uma visita ao Museu Monsenhor Nunes Pereira. Pelas 12:30 horas início do grandioso almoço pique-nique, no recinto da Nª. Srª da Guia, com entradas de enchidos na brasa, uma deliciosa Sardinhada, Grelhada Mista, Sopa Serrana e as delicio-sas sobremesas da região como são a Tigelada, Arroz Doce e fruta da época. Durante toda a festa haverá bom Vinho tinto e branco, Imperial à descrição e outras bebidas.

Após a refeição ao ar livre, o café será da iniciativa própria nos estabe-lecimentos da aldeia, iniciando-se pelas 15:30 horas um grande espe-táculo com a atuação do Rancho Folclórico de Dornelas do Zêzere, seguido da atuação do Grupo de Bombos “Ecos do Picoto” e tocado-res de concertina, onde todos pode-rão soltar a garganta cantando à

desgarrada e matar a sede com a boa pinga. Os tocadores de concertina que queiram participar vão encerrar o espetáculo, estando o regresso à capital previsto para as 18:00 horas.

Vai ser festa de arromba, a alimen-tação é grátis e só paga o transporte quem for no autocarro de Lisboa que custa 20,00 €.

Para ajudar nos custos haverá um sorteio de rifas, onde o 1º prémio será um Cabaz com produtos da região, o 2º prémio será uma garrafa de aguardente de mel do Alto Ceira e 3º um queijo da região.

A organização estará a cargo das coletividades da freguesia e amigas aderentes a esta iniciativa que são: Fajão, Camba, Ponte de Fajão, Covanca, Castanheira da Serra, Ceiroco, Gralhas, Porto da Balsa, Vale Derradeiro, Boiças, Ceiroqui-nho, Cavaleiros, Mata e Vidual, contando com o prestimoso apoio da Junta de Freguesia de Fajão-Vi-dual.

As inscrições são obrigatórias para que não falte nada.

Inscreve-te já para; Isaura Fernan-des – 933396017 ; Jorge Morais – 963895921; Carlos Simões – 919877607; José João – 935034511; Victor Batista Pereira (em Fajão) 938263373, ou por email para: [email protected]

Vem conviver, visitar Fajão e desfrutar da beleza da serra. Tira umas mini férias porque sexta-feira, dia 10, é feriado e segunda dia 13 também é feriado em Lisboa. Não faltes neste grande convívio e trás amigos.

Pela OrganizaçãoCarlos Simões

A aldeia de Coelhal através da sua Liga de Amigos vai home-nagear um de seus dedica-

dos filhos, tal como aprovado por unanimidade e aclamação na última assembleia geral.

Sendo o atual presidente da dire-ção, nasceu em 29 de março de 1932, sempre demonstrou total dedicação à terra que o viu nascer. É associa-do desde 1958, e ao longo dos anos tem vindo a pertencer aos corpos diretivos e, quando o não foi, sempre colaborou com os mesmos, nunca se poupando a esforços pelo engrande-cimento de sua terra e do concelho, tendo pertencido aos corpos direti-vos da Casa do Concelho de Pampi-lhosa da Serra, e membro de seu Rancho folclórico desde a primeira hora. Até agora, tem sido membro da Junta de freguesia de Pessegueiro, tendo sempre levado bem longe o

bom nome da sua terraFalamos de MANUEL DE

ALMEIDA RIBEIRO.A bem merecida homenagem

a esta grande figura pampilhosen-se será a 10 de Junho de 2016, no Coelhal com o seguinte programa.

Às 11.00 horas, será celebrada missa na capela local pelo senhor padre Ramiro Moreira por alma de todos os falecidos, cerca das 12.30 horas na casa de convívio será descerrada placa alusiva ao ato, segui-do de almoço oferecido a todos os presentes, findo o qual será entregue lembrança ao homenageado e inter-venções a quem o desejar.

Da parte da comissão organizadora é intenção servir o melhor que possa-mos, para que tal aconteça agradecía-mos a todos os convidados, sócios e amigos que queiram estar presentes de o informarem o mais atempado

possível.Para, Hélder Tm 967124922,

André Tm 916764511, Zé Manel Tm 965023655.

Zé Manel

Vai realizar-se no dia 11 de junho de 2016, na Aldeia do Meio (Pampilhosa da Serra),

uma homenagem à Ti de Forno, pessoa que foi muito estimada por todos os seus conterrâneos e amigos.

A Comissão Promotora da Home-nagem à Ti de Forno, convida todos os naturais e descendentes de Aldeia do Meio ou a esta Aldeia ligados de qualquer modo, a participarem na referida homenagem

Do programa consta, pelas 11:00 horas a celebração de Missa na Cape-la de N. Sra. da Conceição, por inten-ção de Maria dos Anjos Pedro (Ti de Forno) e seu marido Carmelindo

Augusto Pedro.A receção dos convidados de honra

está prevista para as 12:00 horas, seguindo-se o descerramento de uma placa comemorativa de homenagem à Ti de Forno, na casa onde nasceu e viveu.

Pelas 13:00 horas será servido um almoço na Casa de Convívio de Aldeia do Meio, e pela tarde have-rá animação com o Grupo Musical Machado e Carloto.

As inscrições deverão ser efetua-das até ao dia 07/06/2016 para os seguintes contactos:

- Armindo Francisco Mendes – 235 566 131 – 968 387 033

- João Antunes dos Reis – 235 594 237 – 963 132 153

- Manuel Mendes de Almeida – 235 594 688 - 964 472 477

Email: [email protected]

P´la Comissão PromotoraArmindo Mendes

11º ENCONTRO CONVÍVIO REGIONALISTAA Festa vai repetir-se em Fajão

LIGA DO COELHAL VAI HOMENAGEAR MANUEL RIBEIRO

HOMENAGEM À TI DE FORNO NA ALDEIA DO MEIO

Maria Luísa e David Lopes casaram a 1 de Maio de 1966 na igreja dos Jeróni-

mos em Lisboa. Ela natural de Maria Gomes, ele de Lomba do Barco, concelho e freguesia de Pampilhosa da Serra, comemoraram este ano as suas Bodas de Ouro matrimoniais.

O simpático casal já a 1 de Maio tinha comemorado a efeméride com um ato religioso no mesmo local onde há 50 anos deram o sim ao enlace, tendo nesse dia sido realiza-da uma grande festa com almoço no restaurante Caravela de Ouro, em Algés, com muitos amigos e fami-liares radicados na região da gran-de Lisboa, e onde o casal chamou também diversos elementos de cole-tividades regionalistas do concelho, estando representada a direção da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, o jornal Serras da Pampilhosa e jornal A Comarca de Arganil.

Para evitar deslocações, o casal proporcionou festa idêntica no dia a 8 de Maio, desta vez em Pampilhosa da Serra, com um almoço no Villa Pampilhosa Hotel, onde estiveram presentes um acentuado número de familiares e amigos. Além do almo-ço, tal como em Lisboa, a todos foi oferecido um postal onde consta foto atual e do dia do casamento, assim

como passagens do que ilustra o que foi sua vida.

Recorde-se que David, tal como tantos pampilhosenses, migrou para outras bandas com sua esposa à procura de melhores condições de vida, e conseguiram, tornando-se um prestigiado empresário no ramo de brinquedos e carros miniatura para colecionismo, preparando ainda seu filho para dar continuidade ao negó-cio que faz parte de sua vida.

David Lopes foi e continua a ser estimado por onde passou, nunca esquecendo as suas origens, tendo--lhe prestado relevantes serviços. Na sua aldeia construiu uma casa que só pelas maravilhosas vistas dá prazer

em lá viver. É também um presti-giado regionalista, além de colabo-ração pelo engrandecimento de sua terra, fez parte dos corpos sociais da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, e fez parte e foi grande impulsionador da Comissão para a construção da Ponte de Álvaro, obra de grande importância para o conce-lho, permitindo uma boa ligação ao concelho de Oleiros.

Ao casal David, e Luísa Lopes desejamos longa vida e que possam comemorar as bodas de diamante.

Carlos Simões e Zé Manel

FAMÍLIA E REGIONALISMO ACOMPANHAM MARIA LUISA E DAVID LOPES

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 11

ActualidadeRegionalismo

Apesar da bandeira do Grupo Unidos e Progresso de Gralhas (GUPG) tem inscri-

ta a data de 1 de Maio de 1976, a fundação legal chegou mais tarde e foi apenas no dia 30 de Abril de 1982, que passou a existir oficial-mente e, por essa razão, a coleti-vidade completa este ano 40 anos de atividade e 34 anos de funda-ção. Esta efeméride motivou a dire-ção para promover um almoço de confraternização, que se realizou no passado dia 3 de Abril de 2016, na Cantina da Universidade Lusófona, em Lisboa.

Aproveitando a mobilização dos associados para o evento, antes do almoço realizou-se a Assembleia Geral ordinária da coletividade daquela aldeia da freguesia de Fajão--Vidual, que contou com mais de uma dezena de associados, tendo decorrido de forma ordeira e, a espaços, bastante participada. Para além de serem tratados assuntos de interesse para a coletividade, cons-tava também da ordem de trabalhos a eleição dos órgãos sociais para o biénio 2016-2018, tendo sida apro-vada por unanimidade a lista única proposta, constituída pelos seguin-tes associados:

Assembleia GeralPresidente: Paulo Jorge Nunes de Almeida1º Secretário: Maria Conceição Anjos Martins Batista Costa2º Secretário: Fernando Augusto Santos Cruz

DireçãoPresidente: Rute Alexandra Mendes da CruzSecretário: Sérgio Martins PachecoTesoureiro: Ana Sofia Dias Pimenta1º Vogal: Maria Luísa dos Reis Mendes da Cruz2º Vogal: Hélia Marina da Silva AntunesSuplentes: Artur Lopes Dias e Mário Augusto Batista

Conselho FiscalPresidente: Alfredo Gonçalves AlmeidaSecretario: Jorge Manuel dos SantosRelator: Arménio Almeida Correia

Chegada a hora do almoço, veri-ficámos que não foram muitos os gralhenses que marcaram presença naquele convívio, mas aqueles que se associaram à festa não se arrepende-ram e tiveram uma tarde agradável. Associaram-se também à comemo-ração um considerável número de coletividades congéneres da região, designadamente as congéneres de Fajão, Camba, Covanca, Vale Derra-deiro, Ponte de Fajão, Porto da Balsa, Ceiroco, Castanheira da Serra e Malhada do Rei.

Na mesa de honra a presidir ao almoço, esteve Paulo Jorge Nunes Almeida na qualidade de presiden-te da assembleia-geral, acompanha-do por José Ferreira presidente da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, Carlos Simões diretor do jornal Serras da Pampilhosa, Antó-nio Lopes Machado diretor do jornal A Comarca de Arganil, Sérgio Vicente vice-presidente da Casa concelhia, Alfredo Almeida e famí-lia, ex-presidente da direção, ainda Isaura Fernandes, António Manuel Fernandes, Daniel Almeida, Fernan-

do Moreira, José Luís Costa e esposa em representação da Liga de Fajão.

Como é tradicional nestes conví-vios, logo após o almoço, vários oradores tiveram oportunidade de se referir a esta data marcante na vida da coletividade gralhense, come-çando pela recém eleita presidente da direção Rute Cruz, mais uma mulher que assumiu a liderança de uma coletividade regionalista, que começou por agradecer a presença de todos, especialmente às coleti-vidades ali representadas e convi-dados. Referindo-se à atividade da coletividade pediu o apoio e cola-boração de todos para a sua missão, deixando o desejo de muitos mais anos de vitalidade da coletividade.

Continuou a jovem presidente da direção informando que o 11º

Encontro Convívio de Coletividades Regionalistas Fajaenses e Amigas, se vai realizar em Fajão, no dia 12 de junho de 2016, deixando o apelo à presença de todos e mostrando-se convicta que será mais um sucesso e uma grande jornada do regiona-lismo. Terminou anunciando que durante a tarde teriam animação musical com o Grupo de Concerti-nas “Os Serranitos” e no final o bolo de aniversário.

Seguiu-se a entrega de emblemas de 25 anos de associativismo, tendo sido agraciados os associados: Jorge Manuel Gonçalves; Mário Augusto Batista; Pedro Miguel Correia Dias; António Gonçalves Almeida e Maria Conceição Anjos Costa

Seguiram-se intervenções de vários representantes de coletivida-des congéneres, designadamente, Maria do Céu Brito por Castanhei-ra da Serra, António Almeida por Ceiroco, Lourdes Maia pelo Porto da Balsa, Arménio Ramos pela Ponte de Fajão, Sérgio Trindade por Vale Derradeiro e Sónia Luís pela Covanca, tendo todos sido unani-mes em dar os parabéns à coletivida-de em festa e destacar a coragem de Rute Cruz em assumir funções de presidente da direção, aumentado o número de mulheres que desempe-nham cargos de destaque nos órgãos socias das coletividades regionalistas. Sónia Luís e Lourdes Maia mostra-ram o seu orgulho por pertencer a esse grupo, que tem a experiente Isaura Fernandes como um exemplo a seguir como uma grande mulher regionalista. Sónia Luís e também

Sérgio Trindade destacaram ainda o trabalho realizado pelo ex-presi-dente Alfredo Almeida e sua espo-sa Hélia, considerando que são um exemplo de dedicação e sacrifício, tendo os presentes correspondido com forte aplauso.

Isaura Fernandes, interveio em nome da Liga de Fajão para dar os parabéns ao GUP Gralhas e subli-nhou as mensagens dos oradores anteriores, pela coragem da nova presidente Rute Cruz e por acumu-lar também com o cargo de secre-tária do Liga. Salientou também o facto de Gralhas ser uma aldeia pequena mas tem o mérito de conseguir preencher a direção com elementos oriundos da aldeia. Deu igualmente destaque ao trabalho árduo e meritório realizado por Alfredo Almeida e Hélia em prol da sua terra, da freguesia e do regio-nalismo. Em nome da organização apelou também à presença de todos no 11º Encontro Convívio de Cole-tividades a realizar em Fajão no dia 12 de junho, havendo autocarros a partir de Lisboa, deixando o desafio para que a aldeia se encha de gente e de muita amizade e alegria, manten-do o sucesso dos anos anteriores. Terminou anunciando homenagem a Carlos Simões a realizar no dia 29 de maio, na Quinta Valenciana em Fernão Ferro.

Marco Almeida juntou a sua voz ao coro de desejos de muitos sucessos à coletividade gralhense, opinando que o evento que estavam a viver representa um incentivo às direções, porque as pessoas voluntá-rias que as integram gostam também de ser acarinhadas e reconhecidas publicamente. “Obrigado Rute pela disponibilidade e coragem por acei-tar este cargo, porque quem critica não tem essa disponibilidade. Qual-quer pessoa fica desmotivada se não tiver apoio” disse a concluir Marco Almeida.

Na qualidade de presidente cessante Alfredo Almeida referiu que a atividade como regionalista implica dedicar muito tempo da vida pessoal, mas trás ganhos significati-vos através da amizade que se difun-de e recebe, sem a busca de qualquer recompensa. No seu caso pessoal, disse ter ganho muito enquanto pessoa por militar no regionalismo, seguindo grandes exemplos dos antepassados.

Carlos Simões usou da palavra para apresentar os parabéns de congénere de Camba e, na qualidade de diretor do jornal Serras da Pampi-lhosa, associou-se à festa e teceu palavras de incentivo à nova presi-dente. Colocou o jornal ao dispor da coletividade de Gralhas e todas as restantes, apelando para enviarem notícias das suas atividades. Anun-ciou ainda o início do Torneio de Futsal Intercoletividades da Casa concelhia, que decorre aos sábados entre o dia 9 de abril e 7 de maio, no

Clube Futebol Varejense, em Lisboa, contando com 8 equipas do conce-lho, pedindo para que fossem assistir e aplaudir os atletas.

A Casa do Concelho de Pampi-lhosa da Serra (CCPS) associou-se às comemorações desta coletividade filiada, tendo o seu presidente José Ferreira referido na ocasião que a ação do GUP Gralhas e de todas as associações regionalistas, merece ser destacada e apoiada, deixando palavras de incentivo à direção. Disse que motivar os jovens para a garantir a continuidade do regionalismo e dos seus princípios, é um desafio importante, saudando a entrada em funções da jovem presidente Rute. Deu os parabéns e disponibilizou o

apoio da casa concelhia, anuncian-do a realização do III Encontro de Concertinas da CCPS, a realizar no dia 24 de abril e as comemorações dos 75 anos da casa concelhia, com uma sessão solene no próximo dia 1 de junho e grande almoço de aniver-sário no dia 5 de junho.

Encerrou Paulo Almeida, presi-dente da Assembleia-geral, cumpri-mentando os associados e coletivi-dades presentes. Referiu que o GUP Gralhas surpreende com a sua ativi-dade e melhoramentos realizados, com destaque para as recentes obras de beneficiação realizadas na aldeia pela direção cessante liderada por Alfredo Almeida, para quem pediu uma salva de palmas. Deu os para-

béns aos associados agraciados com emblemas de 25 anos, e agradeceu publicamente o relevante papel da imprensa regional para apoio às cole-tividades. Agradeceu a presença de todos e colocou-se ao dispor para ajudar a nova direção na sua ativida-de, apelando para a participação no leilão que se seguiria e para disfruta-rem da atuação dos Serranitos.

Pela voz de Arménio Ramos, seguiu-se um animado leilão de boas ofertas, recolhendo-se donativos no valor de 2200 euros, muito impor-tantes para a realização dos necessá-rios melhoramentos em Gralhas.

A atuação do Grupo de Concerti-nas “Os Serranitos” animou a tarde conforme anunciado, com a sua boa

música deu azo a que, espontanea-mente, se forma-se animado bailari-co. Para culminar, ao fim da tarde foi hora de todos cantarem os parabéns ao som das concertinas, apagar as velas do bolo de aniversário e brin-dar por mais um ano de atividade.

A direção agradeceu aos asso-ciados Fernando Santos e Alfredo Santos, proprietários do restaurante "Dominó" a oferta do bonito bolo de aniversário.

Entre os presentes ficou marcado o próximo encontro para dia 12 de junho, em Fajão para o 11º Encontro Convívio de Coletividades Fajaenses e Amigas.

Carlos Simões

COLETIVIDADE DE GRALHAS ELEGEU PRESIDENTE EM DIA DE ANIVERSÁRIO

A Sociedade Recreativa e Progresso Ceiroquense, fundada em 26 de Fevereiro de

1967, completou 49 anos de atividade em prol da aldeia de Ceiroco e das suas gentes, sendo aquela uma das localidades mais antigas da freguesia de Fajão-Vidual e da região da Serra do Açor.

Esta efeméride foi este ano mais uma vez comemorada com um dia de convívio entre os ceiroquenses, familiares e amigos que estiveram presentes, no passado dia 17 de Abril, na Quinta “O Cordeiro”, em Vale de Milhaços, onde foi servido um excelente almoço para quase uma centena de pessoas.

Na mesa de honra esteve a presidir António Dias Almeida, na qualidade de presidente da direção, ladeado por José Antunes João, também da direção, por Carlos Simões, vice-presidente da Casa Concelho de Pampilhosa da Serra e diretor do jornal Serras da Pampilhosa, por António Lopes Machado diretor do jornal A Comarca de Arganil, Eugénio Pereira representando o grupo organizador da iniciativa “Ceiroco ComVida”, e Pedro Moreira, Isaura Fernandes, António Manuel Fernandes e Fernando Moreira pela Liga de Fajão.

Várias coletividades estiveram representadas, associando-se assim ao ato festivo, designadamente, as congéneres de Camba, Covanca, Fajão, Ponte de Fajão, Castanheira da Serra, Porto da Balsa, Gralhas e Vale Derradeiro.

O espaçoso salão estava decorado com símbolos, painéis e cores alusivas à coletividade, incluindo um espaço destinado às crianças, o que constituiu

iniciativa inédita e elogiada pelos convidados presentes.

Terminada a refeição cuja qualidade mereceu aprovação e agrado de todos, foi o momento de o presidente da direção dirigir algumas palavras aos presentes, começando por agradecer a presença de todos, especialmente aos convidados, às coletividades congéneres ali representadas, aos elementos diretivos e ao serviço do restaurante. Apresentou os cumprimentos do Prof. Doutor Manuel Damásio, presidente da assembleia geral, que ali não pode estar presente. Mostrou-se feliz pela boa adesão aquele almoço de convívio, e pela presença de muitos que ali estavam pela primeira vez e também o apoio e solidariedade das coletividades congéneres.

Em nome do grupo “Ceiroco ComVida”, Elsa Pereira apresentou afável cumprimento a todos os presentes, em especial aos convidados e coletividades amigas, apresentando as Festas de Verão de Ceiroco, que terão lugar nos dias 13, 14 e 15 de Agosto, apelando e convidando para estarem presentes, proferindo ainda palavras de incentivo ao intercâmbio de atividades entre as aldeias durante o verão.

Na sequência da oradora anterior Eugénio Pereira, cumprimentou a imprensa regional enaltecendo o seu papel como elo de ligação das gentes da serra. Referiu-se aos projetos para o futuro em Ceiroco, designadamente a intenção de criar trilhos para ligação entre as aldeias vizinhas, ligação a Fajão e para as antigas Minas do Sernalhoso. É intenção da coletividade criar um espaço de lazer no Sernalhoso para

a realização de piqueniques e outros eventos, assim como estabelecer a ligação da Vala de Ceiroco a Fajão. Uma ligação por estrada desde Ceiroco até à Barragem junto à aldeia é também uma aspiração da coletividade, tendo já havido contactos profícuos com a autarquia nesse sentido. A terminar disse que tentam fazer o melhor possível e deveria ser feito um esforço das aldeias da região para não fazer coincidir as festas e outras atividades em Agosto, de modo a participarem todos em todas, reforçando o intercâmbio.

Seguidamente foi dada a palavra aos representantes de coletividades congéneres, começando por intervir Luís Barata pela Camba, seguindo-se Maria do Céu Brito por Castanheira da Serra, Lourdes Maia por Porto da Balsa, Marco Luís por Covanca e Arménio Ramos por Ponte de Fajão, que deixaram mensagens de parabéns e de apoio às iniciativas da coletividade ceiroquense.

Com mensagem semelhante Rute Cruz por Gralhas destacou a presença de juventude como algo muito positivo e promissor para o futuro. Anunciou a festa da aldeia de Gralhas para os dias 12, 13 e 14 de agosto. Terminou divulgando o 11º Encontro Convívio de Coletividades Fajaenses e Amigas, para o dia 12 de junho, em Fajão. Evento também lembrado por Sérgio Trindade de Vale Derradeiro, que apelou para a presença de todos, estando já abertas as inscrições para os autocarros que sairão de Lisboa nesse dia. Terminou sublinhando as felicitações à aniversariante de Ceiroco e com os parabéns ao seu pai que ali estava também como aniversariante.

Pela Liga pró-melhoramentos da Freguesia de Fajão, usou da palavra o seu presidente da direção, Pedro Moreira, que agradeceu o convite e destacou a obra da coletividade ao longo dos 49 anos de existência. Considerou importante aquele convívio para a juntar as pessoas e as coletividades, sendo uma boa manifestação de regionalismo. Terminou anunciando a realização de uma homenagem das coletividades da freguesia de Fajão-Vidual, ao presidente da assembleia-geral da Liga de Fajão, Carlos Simões, a realizar dia

29 de maio, na Quinta valenciana, em Fernão Ferro.

No seguimento das palavras de Pedro Moreira, Isaura Fernandes reforçou as felicitações e os parabéns, declarando-se como oriunda de Ceiroco de onde era o seu avô. Para além de voltar a apelar à presença nos eventos regionalistas anunciados, divulgou o almoço dos benfiquistas fajaenses, para dia 10 de agosto, em Fajão.

Marco Almeida usou da palavra para sublinhar a ideia que o intercâmbio entre coletividades é cada vez mais importante para o sucesso das suas atividades. Apontou o exemplo daquele momento em que estavam mais de 90 pessoas na sala, sendo Ceiroco uma aldeia pequena. Também no aspeto de desenvolvimento local, as aldeias já vão tendo razoáveis condições de vida, graças as coletividades e também ao intercâmbio entre elas. Terminou dando os parabéns à coletividade e teceu elogiosas considerações acerca do presidente da direção António Almeida, pela sua entrega ao regionalismo, estando sempre presente em todas as lutas, mesmo prejudicando a sua vida pessoal em prol do semelhante.

Pela Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra usou da palavra Carlos Simões, que cumprimentou os presentes e as coletividades suas filiadas ali representadas, e deu os parabéns à S.R.P. Ceiroquense pelo seu aniversário, a quem agradeceu o convite. Salientou a presença da juventude na sala, considerando um bom sinal para o futuro. Aludiu à participação de jovens nas iniciativas

da Casa e na sua estrutura etnográfica, designadamente no Rancho Folclórico, grupo de concertinas e grupo de bombos. Anunciou a realização do Torneio de Futsal Intercoletividades, e apelou á participação no almoço de comemoração dos 75 anos da Casa concelhia e os 17 anos do jornal Serras. As comemorações terão lugar no dia 1 de junho, pelas 19:30 horas, na sede, com uma Sessão Solene e Porto de Honra, e no dia 5 de junho com um jogo de futebol entre a Casa do Concelho e o Grupo Desportivo Pampilhosense, no estádio do C.F. Amora, pelas 10:00 horas, seguindo-se pelas 12:30 horas, um grande almoço de convívio na Quinta Valenciana, em Fernão Ferro. Terminou com mensagem na qualidade de diretor do Serras da Pampilhosa, deixando as páginas do jornal ao dispor das coletividades presentes para divulgarem as suas atividades.

De seguida foi momento de poesia com a ceiroquense Maria da Conceição Pereira a declamar um poema da sua autoria, seguindo-se o tradicional leilão pela voz de José Antunes João, tendo sido bastante concorrido, somando no final preciosa quantia para financiar melhoramentos em Ceiroco.

A tarde foi agradável e divertida, animado pela concertina de Arménio Gonçalves e muita música, terminando com o bolo de aniversário e um brinde de espumante para todos, com votos de mais um ano de êxitos.

Carlos Simões

AOS 49 ANOS COLETIVIDADE DE CEIROCO APRESENTA PROJETOS

10 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Sob o mote “churrasco em Souto do Brejo”, cerca de 50 soutenses e amigos reuni-

ram-se no passado sábado, 23 de abril, na Casa do Povo, sede da Liga dos Amigos de Souto do Brejo, para a inauguração das obras que a Direção daquela entidade regio-nalista tem desenvolvido. Marca-ram presença o vice-presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, Jorge Custódio, e o Presi-dente da Junta de Freguesia de Janeiro de Baixo, António Mendes. Também estiveram presentes neste evento, para além dos membros da Direção, o Presidente do Conselho Fiscal, António José Gonçalves, e o Presidente da mesa da Assembleia Geral, Armando Ramos, que se deslocaram do Porto e de Lisboa, respetivamente, para este evento.

Tratam-se de infraestruturas

construídas de raiz, referentes a uma casa de banho adaptada a pessoas com mobilidade reduzida e de uma churrasqueira. As referidas obras vieram colmatar uma defi-ciência que existia na sede daque-le Liga. Efetivamente as casas de banho encontram-se no piso infe-rior, apenas acessíveis por escadas e inexistia qualquer churrasqueira.

Na inauguração constatou-se que as obras não se encontravam completamente finalizadas. Esta “derrapagem” deveu-se ao S. Pedro que, por força da instabilidade climatérica, com a chuva que se fez sentir na semana anterior, inviabili-zou a finalização atempada. Contu-do, como afirmou o Presidente da Direção, Jorge Ramos, ao SERRAS DA PAMPILHOSA “que uma nova reinauguração seja motivo para mais um salutar convívio entre os

soutenses. Nada previa tal atraso e aquando do envio dos convites era espectável que as mesmas já se encontrassem concluídas.” Ainda assim a churrasqueira já se encon-trava operacional e não envergo-nhou a Direção que se orgulha das obras de utilidade, pois são uma mais valia para a Casa do Povo e de todos aqueles que quiserem tirar partido das mesmas.

Durante toda a tarde, e princí-pio de noite, não faltaram diver-sas carnes grelhadas com pão, acompanhadas de cerveja, vinho e sumos à livre disposição dos convivas. Reinou a boa disposi-ção entre todos, onde o convívio foi “rei e senhor”, aproveitando-se para colocar a conversa em dia com pessoas que já se viam há algum tempo. Foi com o jogo da malha que culminou este excelente dia

de encontro entre soutenses que se orgulham de ter na Casa do Povo novos serviços de utilidade pública, que poderão assim ficar ao dispor de todos os soutenses e

amigos daquela coletividade regio-nalista.

Armando Ramos

SOUTENSES REÚNEM-SE EM DIA DE INAUGURAÇÃO E REALIZAM UM CHURRASCO

12 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 13

Entrevista

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IMPRIMIMOS AS SUAS IDEIAS

JOSÉ BARATA, CLÍNICO E AUTOR DO LIVRO “A VIDA E A OBRA DO MARQUÊS DE POMBAL”

«Resta do empreendedorismo pombalino a “Baixa” lisboeta com um traçado inovador para a época, e a Companhia dos Vinhos do Alto Douro, construída sobre o massacre das gentes do Porto que a ela tiveram a ousadia de se opor. É curta obra para tanta tirania.»Depois de abordar aspetos do quotidiano cortesão, José Barata lança agora uma obra sobre uma célebre e controversa personalidade da história de Portugal. Em entrevista exclusiva ao “SERRAS DA PAMPILHOSA”, o médico e autor natural de Pampilhosa da Serra desvenda alguns pormenores sobre a figura de Marquês de Pombal e adianta uma novidade aos leitores pampilhosenses: a publicação, a breve trecho, de um livro sobre a Aldeia do Meio. António Amaro Rosa

Serras da Pampilhosa – Que factos curiosos podem os leitores descobrir nesta obra sobre Marquês de Pombal que ainda não sejam muito conhecidos?

José Barata – O Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho e Melo, é uma personagem especialmente curiosa em várias vertentes da sua vida e do seu percurso político. É um homem de origens não exatamente humildes, mas proveniente de uma família sem pergaminhos que lhe garantissem a vida faustosa dos nobres, ou que fizesse antever a projeção pública que mais tarde atingirá. Até à idade adulta nada se conhece de notável no seu percurso pessoal, vivendo ociosamente à custa de um tio rico com elevada posição no alto clero e do qual mais tarde herdará a fortuna. A imagem do homem empreendedor e ousado é atingida depois dos 40 anos de idade, já na curva descendente da vida, se tivermos em conta que a esperança média de vida na época pouco passava dos 50 anos. Teve a seu favor uma rara longevidade de 83 anos, que lhe proporcionou oportunidades de protagonismo que jamais atingiria sem a proteção da inesperada longa sobrevivência. Tenta um primeiro casamento no seio da nobreza, raptando uma sobrinha do Conde dos Arcos. A oposição da família da noiva será, porém, cerrada o que obriga o casal a um exílio prolongado na província, numa quinta situada entre Soure e Pombal. Só após o regresso a Lisboa, e ainda por influências do tio junto da corte de D. João V, consegue uma nomeação como embaixador de Portugal em Londres e depois em Viena. Regressa de Viena casado com uma duquesa austríaca, porque entretanto enviuvara, sem descendência, durante a estadia diplomática em Londres. D. João V, já na fase terminal do seu reinado, nada tinha para lhe oferecer aquando do seu regresso da missão em Viena e será o rei seguinte, D. José, que nomeia Pombal para o cargo de ministro, ainda sob influência de terceiros. Teve Pombal a sorte de encontrar um rei pouco vocacionado para o seu cargo e recorrendo a experiência acumulado nas duas missões diplomáticas rapidamente toma as rédeas do poder. A ideia que se construiu de Pombal, enquanto personalidade ambiciosa e visionária e enquanto homem de ação, cai algo por terra, depois de vermos um cidadão que vive ociosamente à custa de terceiros quase metade da sua existência e que vai conquistando os seus espaços de conveniência sempre à custa da influência alheia. Mesmo numa época em que a vida humana tinha um valor relativo, é pouco abonatório da sua pessoa o modo como afirma o percurso político, trucidando literalmente qualquer

esboço de oposição, e esmagando toda a perspetiva divergente da sua.

Serras da Pampilhosa – Como conviveu o rei com o crescente protagonismo do Marquês de Pombal?

José Barata – D. José, enquanto figura reinante, está bastante mal cotado na historiografia nacional. É um homem que chega tarde ao poder, já depois dos 35 anos, e que nunca mostrou grande entusiasmo pelo seu papel. Dá-lhe jeito alguém que faça por ele aquilo que ele não gosta de fazer, que é governar. Todavia, o consenso histórico vai hoje no sentido de que D. José nunca abdicou da sua autoridade régia. Ter-se-á estabelecido uma forte relação de cumplicidade e conivência entre o rei e o seu ministro, mas não é lícito acusar Pombal de abuso de poder. Tudo o que fez, de bom e de mau, teve o beneplácito do seu soberano.

Serras da Pampilhosa – Até que ponto a reconstrução de Lisboa, após o terramoto de 1755, se tornou incontornável para esse protagonismo?

José Barata – O terramoto será o grande momento da revelação de Sebastião José de Carvalho e Melo. Já a caminho dos 60 anos, Pombal encara com grande determinação e objetividade uma catástrofe que deixa Lisboa em ruinas e pejada de cadáveres. O temeroso rei D. José entra literalmente em pânico perante o cataclismo, mostrando-se incapaz de tomar qualquer decisão. Pombal assume, então, a dianteira em relação às medidas imediatas e futuras para resolver os problemas de uma capital arrasada, que é preciso limpar de escombros e de cadáveres, e reconstruir com a maior brevidade possível. Embora a célebre frase “agora é necessário enterrar os mortos e cuidar dos vivos” possa não ser da autoria de Pombal (ao contrário do que se crê) ela espelha de forma expressiva a determinação e o sangue-frio de um verdadeiro homem de ação. Se D. José já confiava no seu ministro, a partir desta data Sebastião José de Carvalho e Melo conquista definitivamente as graças do seu senhor, o qual lhe atribui o primeiro título nobiliárquico de Conde de Oeiras quatro anos depois da grande catástrofe.

Serras da Pampilhosa – Afinal, a figura de Marquês de Pombal fica na história com uma conotação positiva ou negativa?

José Barata – As leituras da figura de Pombal têm oscilado ao longo da história, à mercê do posicionamento político e ideológico de cada um dos seus numerosos biógrafos. A apologia conivente, ou mesmo bajuladora, e o anti pombalismo feroz estão equitativamente presentes na vasta bibliografia pombalina. Torna-se, curiosamente, muito fácil perceber as opções ideológicas de cada escriba pela forma como a sua pena retrata a personagem Pombal. Se de um truculento Camilo Castelo Branco se espera uma visão demolidora, já de historiadores de percurso conservador (nomeadamente alguns do nosso tempo) não se estranha uma perspetiva apologética. Esta visão dicotómica, quase maniqueísta, da figura de Pombal levou há alguns anos o historiador francês Mark Bloch a lançar um repto aos historiadores portugueses:

"Pombalistas, anti pombalistas, dizei-nos tão somente quem foi Pombal". Sem pretensões a usurpar o papel dos historiadores, e sem veleidades de tentar resolver o dilema de Bloch, procurei neste texto trazer aos leitores uma perspetiva desapaixonada, e sobretudo desmistificada, da curiosa personagem que foi Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras e Marquês de Pombal. Olhado à luz do seu tempo, Pombal esteve desfasado no seu sentido de estado e de poder. Pombal foi um visionário tardio. Quando na Europa de então vegetavam já as sementes de um liberalismo de cariz iluminista e humanista, Pombal firmou a sua ascensão política no ódio e na perseguição aos seus opositores. O atroz massacre dos Távoras não teve paralelo na Europa do iluminismo; os modelos

PERFILJOSÉ BARATA nasceu em Pampilhosa da Serra, em 1956.Licenciou-se em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, em 1981.Especialista de Medicina Interna desde 1991.É diretor do Serviço de Medicina do Hospital Vila Franca de Xira e professor auxiliar convidado da Faculdade de Ciências Médicas.Dedica-se à investigação na área da história e da genealogia, tendo especial interesse pela história da medicina portuguesa.Escreveu os livros: «As doenças e as mortes dos reis e rainhas na Dinastia de Bragança», «A vida na Corte Portuguesa» e publica agora «A Vida e a Obra do Marquês de Pombal».

de desenvolvimento económico que implementou já estavam desajustados da época, de tal modo que pouco tempo lhe sobreviveram. Em suma, a obra que realizou poderia ter tido a mesma dimensão com menos sangue vertido e sem necessidade do suplício de inocentes.

Serras da Pampilhosa – Qual é, a esta distância temporal, o grande legado de Marquês de Pombal?

José Barata – Pouco mais de dois séculos após o seu desaparecimento, resta do empreendedorismo pombalino a “Baixa” lisboeta com um traçado inovador para a época e a Companhia dos Vinhos do Alto Douro, construída sobre o massacre das gentes do Porto que a ela tiveram a ousadia de se opor. É curta obra para tanta tirania. Nem a estátua que hoje homenageia Pombal em Lisboa reuniu consenso. Pensada na década de 80 do século 19, só foi inaugurada em 1932, curiosamente na emergência do período salazarista.

Serras da Pampilhosa – Em anterior entrevista ao SERRAS referiu que tinha em perspetiva a elaboração de um ou dois trabalhos relacionados com Pampilhosa da Serra. Tem uma previsão para uma sua próxima publicação?

José Barata – Está concluído um estudo sobre a aldeia onde nasci – Aldeia do Meio – na perspetiva histórica, etnográfica e linguística, numa tentativa de preservação de um legado cultural e patrimonial que se perderia a breve trecho se não fosse fixado em texto. É um livro com cerca de 120 páginas que aguarda edição. Atendendo a que se trata de um assunto de interesse eminentemente local, pareceu-me razoável fazer uma edição restrita de circulação limitada. Nessa perspetiva, fiz uma proposta de cedência de direitos de autor ao pelouro da cultura da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra que não mostrou interesse pelo projeto. Entretanto, a Comissão de Melhoramentos de Aldeia do Meio está, de momento,

a trabalhar no sentido da edição. Outro trabalho que está em boa evolução é o estudo da repercussão das grandes epidemias do século 18 e 19 no concelho de Pampilhosa da Serra. Achei interessante avaliar até que ponto o isolamento geográfico teria contribuído para preservar o nosso concelho das grandes crises de mortalidade que grassaram na época em muitas regiões do país. E há já conclusões interessantes. Se a grave epidemia de Colera Morbus de 1855-1856, irradiando do litoral de Coimbra, parece ter sido sustida pela barreira da serra da Lousã, não afetando as gentes da Pampilhosa, outros eventos epidémicos de grande dimensão, entrados pela região de Castelo Branco, tiveram grande impacto na nossa região. Trata-se, porém, de um estudo laborioso, principalmente pela escassez de fontes, que tem ainda de ser cuidadosamente trabalhado antes de qualquer perspetiva de edição.

SINOPSE

Marquês de Pombal, título nobiliárquico de Sebas-tião José de Carvalho e

Melo, representa, passados mais de dois séculos sobre a sua morte, uma das personalidades históricas nacio-nais mais controversas.O percurso pessoal e político do Marquês de Pombal assume contor-nos invulgares, que o diferenciam de outras figuras igualmente céle-bres na História de Portugal. Um homem sem qualquer estatuto social e político acaba por alcançar um protagonismo de rara dimen-

são, chegando mesmo a eclipsar a própria figura do rei. A sua ascensão fulgurante, aliada a um desempenho político que teve tanto de inovador como de cruel, confere à figura de Pombal uma dimensão mítica, que é em grande parte responsável pelas apreciações desencontradas que a sua persona-lidade suscita.Este livro pretende assim, oferecer uma leitura objetiva do Marquês de Pombal, enquanto protagonista de um tempo peculiar da História portuguesa, e ir para além do mito que esconde, em certa medida, a perceção plena da sua pessoa.

«Está concluído um estudo sobre a aldeia onde nasci – Aldeia do Meio – na perspetiva histórica, etnográfica e

linguística, numa tentativa de preservação de um legado cultural e patrimonial que se perderia a breve trecho se

não fosse fixado em texto»

14 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

do um minuto de silêncio.Também foram aprovados Votos de

Agradecimento às seguintes entida-des: Câmara Municipal de Pampilho-sa da Serra e seu presidente; Presiden-te da Assembleia Municipal; Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra; Santa Casa da Misericórdia; Presiden-te da Junta de Freguesia de Pampi-lhosa da Serra, Jornal A Comarca de Arganil; Jornal Serras da Pampilho-sa; associados António Barata Dias, Maria Celeste Ramos Barata, José de Jesus Barata e a todos os que deram contribuição à União.

Por parte do Conselho Fiscal, o presidente Manuel Mendes Lopes confirmou a correção do relatório e contas apresentado, felicitando a dire-ção pelo seu trabalho e regozijou-se pelo facto de ter sido realizada a remo-delação da sede em Sobral Valado, tendo proposto um Voto de Louvor á direção e a todos os que colaboraram.

Colocado á votação o Relatório e Contas e as propostas nele incluídas foram aprovadas por unanimidade e aclamação.

No segundo ponto da ordem de trabalhos, não surgiu qualquer lista candidata a órgãos socias para o mandato seguinte, tendo a direção proposto a sua continuidade por mais dois anos, que, com uma ligeira alte-ração, foi apresentada à votação, tem sido aprovada por unanimidade. Ficou assim composto o elenco diretivo:

Assembleia Geral: Presidente, Jorge Manuel Barata de Almeida; Vice-pre-sidente, José Marques de Almeida; Primeiro secretário, Carlos Miguel Barata de Almeida; Segundo secretá-rio, Joana Marques Reis.

Direção: Presidente, António Ramos Barata Nunes; Vice-presiden-te, Pedro Alexandre Ferreira Carva-lho Nunes Pires; Primeiro secretário, Isabel Lurdes Gomes Barata Almeida; Segundo secretário, Ana Rute Assun-ção Vicente; Tesoureiro, José Alexan-dre Mendes Lopes; Primeiro vogal, Patrícia Alexandra Mendes Antunes; Segundo vogal, João Paulo Mendes Nunes; Suplentes, Nuno Alexandre Mendes Nunes, Luís Filipe Nunes Barata, Rita Marques Reis, Mário Rui Ferreira Pacheco, Maria Alice

Marques e Luzia Marques.Conselho Fiscal: Presidente,

Manuel Mendes Lopes; Secretário, José Vicente Nunes Pires; Relator, José Pires de Almeida; Suplentes, Maria dos Anjos Mendes Nunes, José Nunes Marques e Ana Paula Sousa Assunção.

Após a aprovação foi apresentado um Plano e Orçamento para 2016, seguindo-se a tomada de posse dos associados eleitos.

Encerrada a sessão, a direção aproveitou para fazer a sua primei-ra reunião e tomou, entre outras, a decisão de realizar as Festas de Sobral Valado, nos dias 19, 20 e 21 de agosto, mantendo-se o almoço comunitário pelos bons resultados obtidos, espe-cialmente na camaradagem e alegria verificados ano após ano. Para abri-lhantar os festejos irá ter-se em conta o fator económico.

Foi um dia em que os associados presentes da Casa do Concelho se sentiram na sua terra, vibrando com emoções e boa disposição, apanágio dos sobralvaladenses.

J. Marques de Almeida

Nota do Diretor: O jornal Serras da Pampilhosa fica reconhecido e sensi-bilizado pelo Voto de Agradecimento aprovado na assembleia geral da União Progressiva de Sobral Valado, desejando os maiores sucessos a essa coletividade e aos órgãos sociais eleitos. Estamos ao dispor para apoiar na divulgação das vossas atividades. Saudações pampilho-senses.

Actualidade Cultura Opinião

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 15

25 º ENCONTRO – CONVÍVIO DOS PRIMOS MARQUES

É bem verdade que o “Serras” vai cumprindo com eficácia a sua função de nos apro-

ximar das raízes, ao manter-nos informados do que se vai passando no território concelhio e que se reveste de natural interesse. Assim aconteceu, mais uma vez, ao inserir no seu número de Abril uma inte-ressante entrevista com um jovem da minha aldeia a quem me liga uma amizade sólida que já vem dos seus avós e continuada nos pais. Sempre admirei este meu conter-râneo que, não obstante se ver confrontado, desde pequeno, com uma situação de mobilidade redu-zida, sempre encontrou na família e nos seus numerosos amigos o suporte adequado para o ajudar a vencer os problemas resultantes dessa contrariedade.

A mãe, a minha amiga Leonor, autêntica “mãe coragem”, é mere-cedora dum extraordinário elogio no que diz respeito aos cuidados dispensados, anos fora, para a mini-mização desses problemas, num contexto de proximidade sempre atenta aos mínimos pormenores, vivendo a sua vida em função da vida do filho.

Pois o Carlos Neves, é a ele que me refiro, um rapaz que sempre mostrou qualidades de trabalho e uma inteligência viva que o levou a completar o ensino secundário, não indo mais além por dificul-

dades que terão mais a ver com a burocracia do que com as suas capacidades, é um cidadão útil à comunidade e há vários anos que desempenha funções administrati-vas em que coloca todo o seu saber e empenho.

Numa terra onde a vida asso-ciativa, sabe-se lá porquê, não tem grande história, ao contrário das restantes povoações da freguesia onde as agremiações regionalistas continuam activas, o Carlos Neves foi o idealizador e principal dina-mizador da fundação da Associa-ção Sociocultural e Ambiental de Unhais-o-Velho (ASCAUV) que em breve irá perfazer 10 anos de vida e que tem no seu horizonte a dinamização de actividades de natureza cultural ou de lazer.

Tive ocasião de acompanhar o Carlos nesses trabalhos, dando-lhe ânimo a prosseguir na concretiza-ção da ideia, sabendo que ele seria capaz de a levar a efeito, apenas necessitando do apoio e da parti-cipação empenhada dos jovens da aldeia, uns residentes, outros habi-tando fora mas agarrados às raízes e desejosos de colaborar em projec-tos de interesse local.

Recordo, desses tempos, a gran-de jornada de divulgação da Asso-ciação num almoço realizado na Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra com o salão repleto de unhaisenses radicados em Lisboa

ou idos da aldeia serrana. Ali se viveram horas de grande entusias-mo, sempre com o pensamento no torrão natal e o desejo de contri-buir para a valorização do nosso Unhais-o-Velho, uma aldeia que aparece mencionada numa carta de foro dada por D. Sancho I em finais do séc. XII.

As notícias sobre a actividade da ASCAUV não têm ocupado gran-de espaço das páginas do “Serras”, o que é pena, mas tal não quer dizer que esteja inactiva, como se pode inferir pela entrevista dada pelo Carlos Neves, o seu presi-dente desde a fundação. Sublinho, pela sua importância, as áreas em que a associação está empenhada, designadamente a limpeza e manu-tenção dos caminhos pedestres e a requalificação da zona em que se encontra implantado o cruzei-ro. Também o projecto da recupe-ração de um moinho, dos vários que existiam outrora, pondo-o a funcionar tal como nos tempos antigos, é um tema a que já me referi variadas vezes como forma de preservação do passado e marca visível da cultura e da vida das gera-ções que nos antecederam.

Aníbal Pacheco

Mais uma vez, com a necessária pompa e alguma circunstância, foi

devidamente assinalada a data de 10 de Abril, o feriado municipal, através dum conjunto de cerimónias a darem relevo histórico a idêntico dia e mês do ano de 1385, quando D. João I outorgou a Carta de Privilégios que resgatou a autonomia do concelho, libertando-o da dependência da Covilhã que lhe havia sido imposta por D. Fernando.

Para além da importância que atribuo a todos e a cada um dos números da programação festiva, pretendo realçar um facto, como velho defensor da rede de acessibilidades do município, factor essencial para o seu desenvolvimento, que tem a ver com o discurso do senhor presidente da Câmara na parte em que aborda aquele problema, na sequência, aliás, das muitas intervenções que tem feito de há anos a esta parte sobre esta matéria.

Subscrevo inteiramente a oportunidade e o teor do pedido formulado ao membro do governo ali presente quando o presidente afirma que “a Pampilhosa da Serra precisa, e merece, uma melhor ligação a Coimbra e a Lisboa. E está tão fácil! Apenas e só a rectificação e alargamento da EN344, que nos liga ao IC8 e à A13. São cerca de 20 km. Segundo o estudo prévio, feito pelo Município, e já entregue nas Infraestruturas de Portugal, tem um custo de cerca oito milhões de euros”.

Com palavras mais claras, dificil-mente seria possível. A necessidade desta obra não oferece dúvidas, os estudos prévios estão feitos, os custos avaliados, só faltará a decisão políti-ca para a execução dos trabalhos. E que resposta se ouviu do membro do governo? Quem, eventualmen-te, esperasse uma resposta directa terá ficado mais uma vez desiludido, apenas ficou a saber que o gover-nante estava solidário com o proble-

ma apresentado mas, quanto ao futuro, pediu aos pampilhosenses que se resignas-sem com a sua situação de inte-rioridade pois, em sua opinião, “a interioridade não é uma fatalida-de mas uma oportunidade”, uma linguagem política que é hoje muito usada mas nada muda, acabando por adiantar que os pampilhosenses podem contar com ele “na aposta da valorização do concelho”. Cá por mim, fico à espera que essa disponi-bilidade se possa traduzir em factos reais, tendo ali uma bela oportuni-dade para o fazer desbloqueando aquele velho e importante problema referido pelo senhor presidente da Câmara.

Todos sabemos que no âmbito do Portugal 2020 milhares de milhões de euros vão chegar ao país mas, ao que foi noticiado, o membro do governo que tem a seu cargo a gestão dessas verbas comunitárias defendeu recentemente a prioridade concedida a empresas em detrimento das autarquias e das comunidades intermunicipais na análise das candidaturas, aprovação de projectos e financiamento.

Se de facto assim acontecer, e sendo o poder autárquico um pilar essencial do desenvolvimento harmónico do país, com impacto da maior valia na correcção das assimetrias regionais, aquele critério de prioridades afigura-se discriminatório do poder local no que toca ao acolhimento dos projectos a desenvolver pelas autarquias ou comunidades interterritoriais.

Aníbal Pacheco

ACESSIBILIDADES – UM PROBLEMA ADIADO?

Realizou-se na “casa mãe” do regionalismo pampilhosense, no dia 6 de março de 2016, a

assembleia geral da União Progressiva de Sobral Valado. Da ordem de traba-lhos constou a apreciação, discussão e votação do Relatório e Contas da Direção e parecer do Conselho Fiscal, e propostas nele contidas, a eleição dos órgãos sociais da coletividade para o biénio 2016-2017 e, a apresentação de outros assuntos de interesse geral.

A mesa foi constituída pelo presi-dente Jorge Manuel Barata de Almei-da, ladeado pelo vice-presidente José Marques de Almeida e por Carlos Miguel Barata de Almeida que secre-tariou.

Após breve saudação do presidente e lamento pela fraca adesão de asso-ciados, foi lida a ata da sessão anterior, tendo sido aprovada por unanimida-de, entrando-se de imediato no 1º ponto da ordem de trabalhos.

A direção procedeu à apresentação do seu Relatório e Contas relativo ao ano de 2015, tendo o tesoureiro José Alexandre Mendes Lopes evidencian-do o facto de a direção ter terminado o mandato com saldo negativo no valor de 4.998,00 €, salientando que tal se deve aos elevados custos com a remo-delação da sede em Sobral Valado, que ascenderam a 70.525,97 €.

No quadro associativo verificou-se que atualmente a coletividade tem 403 associados, tendo entrado 12 e falecido 10 associados durante o ano. Foram agraciados com emble-mas de 50 anos de associativismo os sócios: José Barata da Costa; Manuel Nunes Marques; e João Nunes dos Reis. Com emblemas de 25 anos os sócios: Nuno Miguel Marques Olivei-ra; Valentim Mendes Vicente; e Maria Odete Mendes Vicente.

A associada Drª. Ana Paula Sousa Assunção pediu a palavra para felicitar a direção pelo trabalho desenvolvido, especialmente pelas obras realizadas, propondo um Voto de Louvor á dire-ção, tendo sido aprovado com uma vibrante salva de palmas pelos associa-dos presentes.

Por proposta da direção, em memó-ria dos associados falecidos ao longo da história da coletividade, foi guarda-

UNIÃO PROGRESSIVA DE SOBRAL VALADO ELEGEU ÓRGÃOS SOCIAIS

Decorreu de 18 a 21 de abril, na Biblioteca Municipal Dr. Fernando

Nunes Barata, a atividade “Avós, Chás e Livros”, com os partici-pantes das aulas de “Informática Sénior” e das aulas de “Alfabe-tização” do Programa Municipal “Conversa de Avós”.

Assim, no dia 18 de abril a biblioteca teve a visita dos senio-res das freguesias de Fajão/Vidual e Cabril. No dia 19, os seniores

de Dornelas do Zêzere, U n h a i s - o --Velho e Janeiro de Baixo.

Seguindo--se, Porte-la do Fojo, Machio e Pessegueiro no dia 20 de abril e o encerramento foi feito pela freguesia de Pampilhosa da

Serra, no dia 21 de abril.Num ambiente descontraído

e acolhedor, os seniores foram convidados a partilhar várias receitas da doçaria tradicional, seguindo-se uma visita à Feira do Livro.

A atividade foi encerrada com um lanche convívio onde os parti-cipantes degustaram os vários doces trazidos pelas dife-rentes freguesias e troca-ram receitas entre si.

A ASSOCIAÇÃO SOCIOCULTURAL E AMBIENTAL DE UNHAIS-O-VELHO ESTÁ A MEXER

AVÓS, CHÁS E LIVROS

Os primos Marques com origem em Malhadas da Serra voltaram a encontrar-

-se para almoçarem e conviverem.Mas desta vez o magno encon-

tro teve significado especial! Foi o 25º. O que só por si é razão mais que suficiente para se poder consi-derar um acontecimento singular. Mas, se ao facto a que nos referimos acrescentarmos que setenta e oito convivas disseram presente, naquele dia primaveril, com o sol a espreitar, ainda que um pouco envergonha-do, então os motivos de satisfação e orgulho são imensos.

A organização, que é nomeada de um ano para outro, estabeleceu ante-cipadamente para si própria algu-mas condições para que o encontro

pudesse decorrer da melhor forma possível. Estabeleceu como objecti-vos, fazer uma divulgação atempada do evento, uma localização central e com bons acessos, escolher um restaurante com qualidade, tanto no aspecto que se prende com as condi-ções de acomodação das pessoas como, obviamente, como com a qualidade do repasto e que o preço não fosse elevado.

Agora, podemos afirmar que os objectivos foram plenamente atingi-dos. Tudo decorreu dentro daque-le ambiente familiar que percorre o imaginário da maioria das famí-lias, quando se projectam encontros semelhantes.

Foram quatro gerações em conví-vio, brincamos, brincamos muito, pusemos conversas em dia, conhe-cemos novos membros da família,

comemos muitíssimo bem, segundo as opiniões manifestadas, mas acima de tudo, fizemos história e os laços familiares saíram certamente forta-lecidos.

Uma história que assenta numa tradição familiar. Já os nossos pais tinham e têm o salutar costume de se encontrarem anualmente com o propósito de almoçarem e convive-rem.

São setenta e oito que podem dizer aos seus descendentes “em 2016 a família organizou um encontro em que juntamos quatro gerações…” , “…o elemento mais velho tinha noventa anos e os mais novos apenas um ano.” Insiste-se neste aspecto, porque provavelmente, por vários condicionalismos, o momento será

difícil de repetir, considerando o elevado número de participantes.

Foram distribuídos certificados de presença, cujo significado é apenas simbólico.

Uma família com esta dimensão é natural que esteja espalhada por várias localidades e algumas a uma distância considerável do local onde o evento teve lugar. Para esses que nos quiseram dar o prazer da sua presença, vão os nossos maiores agradecimentos.

Para o ano haverá mais. Como é costume, e o costume faz

lei, já foram nomeados os primos para a organização de 2017. A equipa é formada pelos primos Fernando Pelica/Carlos Antunes. Bom traba-lho.

Isidro Alves Marques

O leite materno é considerado o melhor alimento para o bebé.

Além de lhe fornecer todos os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento saudável, também lhe transmite agentes protetores contra bactérias e outros agentes patogénicos.

O leite materno corresponde a todas as necessidades do lactente, adaptando-se adequadamente a todas as fases dos primeiros anos de vida. Para além de estar rapidamente disponível, apresenta-se sempre à temperatura correta, é perfeitamente higiénico e alivia igualmente a pressão do orçamento familiar.

A partir do século XIX, as bombas de extração de leite materno foram-se disseminando e assumiram um papel útil em situações específicas como nos casos de excesso de leite, de necessidade de estimular a sua produção ou de ausência temporária

Museu de Pampilhosa da Serra Peça do mês de Maio BOMBA MANUAL DE LEITE

da mãe.Sendo a amamentação um forte elo

de ligação afetiva entre mãe e filho, tendo em conta a comemoração do Dia da Mãe, no primeiro domingo de maio, e sendo este mês particularmente voltado para o culto de Maria - na Religião Cristã, o Museu Municipal apresenta como peça deste mês, uma bomba manual de leite, em formato de "buzina de bicicleta", feita de vidro e com "pêra" de borracha, numa homenagem a todas as mães.

AS NOSSAS MONTANHAS E A NOSSA GENTE – 2

Sim, era do seu padrinho, a quem eram dirigidas acusações muito estranhas

(como a de ter sido, em Lisboa, nos primeiros anos do século XX, militante do Partido Republicano e membro da Carbonária), que, naqueles tenebrosos anos 40, aquela criança recebia alguma luz acalentadora de futuro.

- Não te deixes enganar, queri-do sobrinho! – insistia o padrinho de forma quase obsessiva. - Não te deixes enganar pelos homúncu-los de alma reles e raquítica que se julgam proprietários dos nossos corpos e donos das nossas cons-ciências. São abutres das nossas almas! Foge deles, querido sobri-nho, foge deles!

Insinuavam algumas vozes que o Ti Albano, do Malhô, e o seu irmão Francisco Martinho também tinham militado no mesmo campo ideológico em que o padrinho da criança teria nutrido a sua estrutu-ra intelectual.

O segundo era discreto, mas o primeiro fazia-se ouvir em lugares públicos, nomeadamente à entrada da igreja do Cabril:

- A porta está aberta para quem quer entrar! Mas cães não entram!

Às vezes reforçava:- Cães não entram e cabras

também não!E farpeava, sarcástico:

- Cães não entram?! Ai não que não entram! Cabras não entram?! Ai não que não entram!

As pessoas que se sentiam inco-modadas por estas farpas tentavam denegrir quem as lançava:

- Ele é um bebedolas! De facto, o Ti Albano era um

generoso consumidor de aguar-dente, o que contribuía para o adensamento da dúvida:

- Ele é um bebedolas?! Até poderá ser – havia quem retorquisse. - Mas ele é, sobretudo, um homem inteli-gente: usa a bebedeira como estra-tégia para, de maneira desinibida e aberta, poder dizer o que quiser e confundir os informadores da PVDE…

- Ele é um grande pregador! – declarou, uma vez, na Pampilhosa, em dia de mercado, um feirante que o ouviu a discursar sobre Os Dez Mandamentos da Lei de Deus. – Ele é um grande pregador! Nunca tinha ouvido ninguém a pregar como ele hoje aqui pregou!

- Ai da malícia! – Era com esta expressão que, habitualmente, encerrava os seus sermões. E, às vezes, acrescentava, entredentes: - Ai da perfídia!

Um dia, quando já se anuncia-va o fim da II Guerra Mundial, a criança, enquanto as cabras pasta-vam à volta do grande penedo em cujo cimo contemplava, lá em

baixo, a barragem de Santa Luzia, lembrou-se de mais uma chamada de atenção do seu padrinho:

- Olha que o Ti Albano do Malhô não é parvo nenhum! Ele diz muitas palavras incómodas e é por isso que alguma gente o despre-za. Há muita maldade escondida naquelas pessoas que tu vês por aí com caras de sonsos e de beatos. Não, querido sobrinho, não é só nos países que andam em guerra que a maldade anda à solta. Ela anda à solta aqui, querido sobri-nho, aqui! Aqui nas nossas serras, aqui nas nossas terras! Aqui!... A maldade anda à solta aqui. A malí-cia, de que fala o Ti Albano, anda à solta aqui. Aqui, bem próxima de nós! Aqui, no meio de nós! Por exemplo, em relação à Barra-gem: ela foi construída à custa da imolação dos cordeiros do povo do Vidual de Baixo, perpetrada por lobos sem alma e por abutres sem compaixão.

Fixou o seu olhar na vereda que, um pouco mais abaixo, atravessa-va a encosta da serra e viu uma rapariguinha a cair, vergada sob a pesadíssima saca de carvão que transportava, à cabeça, em direção à estrada que ficava no outro lado da serra.

Manuel Nunes

39.º ALMOÇO CONVÍVIO DOS ANTÓNIOS DA

PAMPILHOSA DA SERRA

No dia 18 de Junho, realiza-se o 39.º almoço convívio dos Antónios da Pampilhosa, no

Restaurante "Pôr do Sol" na Portela de Unhais, por volta das 12 horas.

Do menú constam as diversas entradas entre rissóis e pastéis de bacalhau a presunto, chouriço e queijo, regados por martini ou moscatel.

Para aconchegar a barriga uma sopa de legumes, seguida de cabrito assado no forno à moda da serra, acompanhado por vinho tinto ou branco, cerveja, sumo ou água.

Para os mais gulosos não faltam as tradicionais sobremesas.

Finalmente café e digestivos para descontrair logo de seguida, com uma agradável tarde de convívio.

Não faltem, tragam a família e os amigos, vai ser uma tarde bem passada.Confirmem: até dia 15 de Junho 2016Preço: 15 Santo Antónios.As inscrições podem ser feitas para:Restaurante: 235 512 285

António Martins (Unhais): 235 513 462 / 933 247 197António Joaquim (Unhais): 235 513 056António Marmelo (Trinhão): 235 566 230 / 934 589 080António Barata (Vidual): 235 513 160 / 934 792 119António Pedro (Malhada do Rei): 235 513 485

A Comissão Organizadora

Cultura Opinião Desporto Regionalismo

A PENSAR NA PAMPILHOSA DA SERRA

29. ESTRATÉGIA 2020

Foi com grande satisfação que tomei conhecimento da iniciativa do Município de Pampilhosa da Serra para à elaboração do PROGRAMA ESTRATÉGICO PAMPILHOSA DA SERRA 2010.

Saúdo igualmente a apresentação feita às associações concelhias, a come-çar pelas coletividades representativas das aldeias pampilhosenses.

Em boa verdade, muitas das refle-xões que tenho feito sob o mote “A Pensar na Pampilhosa da Serra” têm como objetivo provocar o debate sobre a estratégia que deve ser segui-da para que o nosso concelho possa alcançar novos patamares de desen-volvimento e inverter a tendência de despovoamento (cada vez menos pessoas) e desertificação (cada vez menos culturas agro florestais) que se tem acentuado nas últimas décadas.

Numa breve análise à apresentação disponível na página do Município na Internet (http://www.cm-pampi-lhosadaserra.pt/uploads/writer_file/document/2032/1.5_Plano_Estrat_gico_Municipal.pdf) é possível identi-ficar uma metodologia de análise e um conjunto de ideias que me parecem consensuais.

No entanto, acho que a concretiza-ção e aprofundamento desta Progra-ma deverá evoluir para um PLANO ESTRATÉGICO que envolva todos os agentes locais que possuam contri-buir para o desenvolvimento do terri-tório, bem como as entidades que possam colaborar nesse desígnio.

O enquadramento externo, à escala europeia e nacional é muito impor-tante, devendo também ser identifi-cadas oportunidades noutros espaços geográficos, com destaque para os continentes e países em que os portugueses estejam presen-tes, tentando aí identificar pampilhosen-ses (naturais e descendentes), que ajudem a promover a Pampilhosa da Serra e as suas potencialidades.

Como tenho dito noutras reflexões, este é um trabalho que deverá envolver todos os pampilhosenses que se iden-tifiquem com as suas origens e que, por isso mesmo, podem e devem ser os principais “vendedores” dos nossos “produtos” e “serviços”.

Ao nível das infraestruturas, no domínio do Crescimento Inteligente (uma das 3 prioridades da Estratégia Europa 2020) destacaria a necessi-

dade imperio-sa e urgente de desenvolver as novas tecnolo-gias com base em ligações à Inter-net mais fiáveis em todo o território, a exemplo do que já acontece na sede do concelho. Quem sabe se a partir daí não podería-mos incentivar a instalação de empre-sas viradas para o universo das comu-nicações digitais, que não precisam de ligações rodoviárias ou ferroviárias para chegar aos seus clientes em qual-quer parte do mundo. A envolvente ambiental de que dispomos, poderia até ser uma atração para investigadores e técnicos que poderão aí ter as condi-ções de trabalho ideais, ao contrário do que acontece nas grandes cidades, que os consomem e desconcentram prejudicando os resultados.

Outro aspeto que me despertou a atenção foi a Metodologia de Traba-lho, que inclui na Fase 3 a “Criação e Dinamização do Grupo de Ação Local 2020”. Talvez conviesse expli-citar melhor a natureza, objetivos e estrutura prevista para este Grupo, que me parece de transcendente impor-tância para o apoio à implementação do PLANO ESTRATÉGICO. Se é

que estou a interpretar bem a ideia, mais do que um órgão repre-sentativo ou burocráti-co, este Grupo deverá ser um fator de dina-mização de projetos e iniciativas concretas que vão de encontro às metas pretendidas.

Nesta fase, deixaria ainda uma recomenda-ção para que os hori-zontes da Pampilhosa

da Serra não se focassem apenas em Coimbra. Se queremos tomar posi-ção na Europa Comunitária e fazer valer as nossas potencialidades, que terão certamente mais a ver com o Interior, as Serras, os Rios e as suas envolventes, é fundamental que saiba-mos tirar partido dos elementos que nos diferenciam. Nesse sentido, talvez valha a pena ir estabelecendo parcerias intermunicipais e multidisciplinares, consoante as valências que queiramos desenvolver.

As notas que aqui deixo, não preten-dem de forma nenhuma ser uma críti-ca ao que se está a fazer. Antes pelo contrário, a ideia é tentar por toda a gente a pensar e a contribuir, confor-me escrevi na minha primeira reflexão para o Serras de Outubro de 2013

Até á próxima.

Anselmo Lopes

16 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

O último século, período de trans-formação e desenvolvimento da região serrana onde esta situado

o Município Pampilhosense, até ao inicio dos anos trinta devido ao isolamento da Pampilhosa da Serra, porque não dispu-nha de vias de comunicação adequadas, para a sede do distrito e concelhos limítro-fes, chegar à povoação era uma odisseia.

Apesar disso as ideias e preocupações que fervilhavam no resto do país, também chegavam a vila; consequência da peque-nez do meio, divisões politicas e ideoló-gicas, transformavam – se em querelas e animosidades pessoais.

A seguir à implantação da República a 5 de Outubro de 1910, a situação foi sendo cada vez mais tensa, entre mode-rados e radicais, monárquicos e republi-canos. Instaurada a ditadura militar de 28

de Maio de 1926, e posterior regime auto-ritário do chamado Estado Novo Salaza-rista, surgido da Constituição Politica de 1933, elementos da elite da vila, resolve-ram colaborar com a maçonaria solicitan-do a sua integração na organização.

A repressão iniciada, perseguia os filia-dos na maçonaria, que representariam ameaça ao novo regime. Para conti-nuarem a actividade, lojas maçónicas, agrupadas no Grande Oriente Lusita-no, desmembram-se em “células” mais pequenas, chamadas triângulos, formados no mínimo por três e no máximo, sete maçons.

A loja “Revolta”, sediada em Coimbra, constituída por alunos professores e licen-ciados pela Universidade de Coimbra, fragmentou-se em triângulos, um seria instalado na Vila da Pampilhosa, em 21 de Fevereiro de 1935, por iniciativa do capitão Augusto Franco, inspector maçónico das Beiras. Empossou como responsáveis, Luís Tomás Barateiro, médi-co, nome simbólico João Pinto Ribeiro, “obreiro” da loja Revolta, Anselmo dos Santos Ferreira, professor na Pampilhosa, nome simbólico Febo Moniz, e Porfírio Carneiro, ajudante do registo civil, nome simbólico Carvalho Araújo. Assistiram Fernando Vale, médico, nome simbólico Egas Moniz, da loja Revolução de Arganil, e Arménio Fernandes Rodrigues nome simbólico Magalhães Lima, do triângulo nº347 da Louzã.

O decreto que autorizava o triângu-lo nº352, na Pampilhosa foi expedido a 14 de Novembro de 1932, pelo Grande

Oriente Lusitano. O Dr. Luís Barateiro ficou Presidente, os outros dois, secretário e tesoureiro, respectivamente.

O presidente do triângulo pediu ao Capitão Franco, comunicasse ao Conse-lho da Ordem que os elementos do triân-gulo “iriam produzir trabalho útil, só será restringido pela reacção do meio envol-vente local atrasado e fanatizado”.

A acção dos maçons desenvolveu-se com sucesso, em 1934, o triângulo esta-va completo pela entrada de mais três elementos. José Luiz Nunes Junior, comer-ciante e industrial de produtos resinosos, nome simbólico Luís de Camões, Artur Duarte Gil farmacêutico, nome simbólico Elias Garcia, Marcelo Fernandes Baptista, professor primário na Amoreira, Fregue-sia da Portela do Fojo, nome simbólico Manuel Fernandes Tomaz.

Na acta ressalta amizade e companhei-rismo, dos Drs. Luiz Barateiro e Fernan-do Vale. Este afirmou durante a sessão inaugural: “Em meu nome pessoal e da loja Revolução de Arganil, apresento saudações aos elementos deste triângulo, como o irmão João Pinto Ribeiro, liga--nos há muitos anos uma grande amiza-de, envolvida numa saudade por aqueles belos tempos de sonho e de luta gene-rosa pelo ideal maçónico e republicano que sustentaram em Coimbra. Tempos que não voltam mais, para ele e para os seus antigos companheiros de trabalhos, mas deseja que em breve possam voltar para os novos que os vierem substituir. Conhece também de perto e há bastante tempo os novos irmãos e faz justiça as suas qualidades de trabalho e energia, e de inteligência, e confia que essas qualidades contribuirão para que esta nova organi-zação marque um lugar no quadro geral do Grande Oriente Lusitano. Felicita os novos irmãos e abraça-os fraternalmente.”

Ficou estabelecido, as sessões ordiná-rias seriam aos sábados, duas vezes por mês, nos segundos e quarto sábados de cada mês, e sessões extraordinárias sempre que necessário. O triângulo da Pampilhosa da Serra, núcleo maçónico do Rito Escocês Antigo e Aceito, sob os auspícios do Grande Oriente Lusitano Unido, Supremo Conselho da Maçonaria Portuguesa.

A actividade desenvolvida requeria algum cuidado para impedir, no meio pequeno da Pampilhosa as pessoas soubessem ao certo a acção dos maçons.

A correspondência enviada para o presi-dente do triângulo era endereçada no nome da esposa.

Publicada em 1935 a lei que proibia acti-vidade da maçonaria, acção da “ordem” na Pampilhosa era ainda mais “perigosa”.

Mesmo assim os filiados do triân-gulo rapidamen-te atingiram o número máximo (7 obreiros).

Um dos novos membros, Fernando Augus-to Gomes da Silva, nome simbólico Heliodoro Salgado, figura muito estima-da na Pampilhosa da Serra, viria ser o primeiro presidente da Câmara Muni-cipal democraticamente eleito após 25 de Abril de 1974.Desempenhou funções profissionais no serviço administrativo da fábrica de produtos resinosos, a “resinei-ra”, propriedade doutro maçon, José Luiz Nunes Junior.

Promulgada a ilegalização da maçona-ria, mesmo assim continuou na Pampi-lhosa da Serra. Em Março de 1936, foi convocada reunião a nível nacional no Buçaco, concelho da Mealhada.

Para assistir ao evento deslocaram-se, o Dr. Luís Barateiro Porfírio Carneiro, Fernando Gomes da Silva, e Dr. Artur Duarte Gil. A polícia política naquele tempo denominada POLÍCIA DE VIGI-LÂNCIA E DEFESA DO ESTADO (PVDE), antecessora, PIDE-DGS, estava ao corrente das movimentações, deteve todos dia 24 de Março de 1936. Seriam libertados em Coimbra, excepto o Dr. Barateiro, ficaria detido, transferido para os calabouços da polícia política na cidade do Porto onde permaneceu até ao fim de Junho de 1936, preso sem culpa formada, e sem ser ouvido por um Juíz.

Acabaria libertado, por intervenção directa do Dr.Bissaya Barreto, seu amigo de Coimbra, Bissaya Barreto apesar de aderir a União Nacional, partido único do Salazarismo, nunca renegou a qualidade de maçon, Albino dos Reis presidente da Assembleia Nacional era também da maçonaria.

O Dr. Barateiro reassumiu as funções de Subdelegado da Saúde e médico muni-cipal na Pampilhosa da Serra, o Ministro do Interior ordenou ao executivo cama-rário, que pagasse os salários relativos ao tempo que permaneceu detido.

A actividade da maçonaria, terminou na Pampilhosa da Serra, por causa da lei número mil novecentos e um de vinte e um de Maio de 1935, impedia os funcio-nários o Estado de pertencer à “ordem maçónica”, sob pena de serem expulsos da função pública

O relacionamento entre os maçons manteve-se, em ocasiões especiais, exem-plo comemorações do 5 de Outubro, data da implantação da República, costuma-vam reunir-se na casa do Dr. Barateiro em Janeiro de Baixo, vigados pela PIDE; o Dr. Fernando Vale comparecia assim como republicanos e maçons, vindos da Louzã, Castanheira de Pera, e Góis.

Ficou a dever-se a maçonaria a “festa da árvore” que durante anos se realizou na Pampilhosa, cujo objectivo era incutir na juventude escolar o gosto pelas árvores e pela floresta; existiu um grémio operário na Vila, obra dos maçons.

Os maçons procuravam auxiliar as pessoas mais humildes. O Dr. Baratei-ro, Porfírio Carneiro e Fernando Gomes da Silva, eram conhecidos por estarem sempre dispostos ajudar muitas vezes, graciosamente, quem precisava dos seus préstimos.

Júlio Cortez Fernandes

FACTOS INÉDITOS DA HISTÓRIA DA VILA E CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA Actividade da maçonaria

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 17

Numa organização da direção da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra (CCPS), decorreu desde o dia 9 de Abril até 7 de Maio de 2016, mais uma edição do Torneio de Futsal Inter-coletividades filiadas na CCPS, que teve lugar no pavilhão desportivo do Clube Futebol Varejense, em Lisboa.

Este torneio tinha como objetivo o reforço do convívio através do desporto entre coletividades, onde evoluíram no recinto de jogo quase 100 atletas em representação de coletividades filiadas na Casa Concelhia, ao que se juntaram várias centenas de conterrâneos, fami-liares e amigos para assistir e aplaudir os atletas.

As equipas de Camba, Covanca, Meãs/Malhada do Rei, Janeiro de Baixo, Malhadas da Serra, Aldeias A e Aldeias B, e uma equipa do Rancho Folclórico da Casa do Concelho foram as participantes, divididas em dois grupos ficando apuradas a duas primei-ras de cada grupo para a fase final.

Os jogos decorreram em bom ritmo e excelente disputa, tendo sido possível observar jogadas de grande qualidade

técnica aplaudidas por muitos que ali se deslocaram para apoiar as suas equipas.

Foram momentos agradáveis onde foi possível rever velhos amigos e proporcionar a criação de laços entre os mais novos em torno das suas coletivi-dades e entre coletividades congéneres da região, o que contribuiu para manter e incentivar a ligação ao nosso concelho visando lutar contra o seu despovoa-mento e pelo seu desenvolvimento.

Neste sentido, esta iniciativa inte-gra-se num conjunto de atividades previstas no âmbito da comemoração

dos 75 anos da CCPS, ficando na organização a sensação de ter sido um êxito e ter atingido em pleno os obje-tivos que foram estabelecidos.

Como resulta-dos desportivos a surpreenden-te equipa de Meãs/Malhada do Rei alcan-çou o 1º lugar pela primeira vez que partici-pa neste evento, tendo vencido na final a concei-tuada equipa de Camba por expressivos 5-2. Classificou-se em 3º lugar a equipa que era anterior-mente campeã em título, Janei-ro de Baixo, que venceu a Covan-ca por 5-1.

A Taça Disci-plina foi atribuí-da à equipa do Rancho Folclóri-co da CCPS, que tiveram excelente comportamento, que, apesar de terem mais jeito para as danças e cantares, deram um grande exem-plo de fair-play,

não tendo nenhum cartão ao longo do torneio nos 4 jogos que disputou.

O título de Melhor Marcador, foi para o jogador Ricardo Fernandes, de Janeiro de Baixo, com 15 golos marca-dos, e o troféu de Melhor Defesa igualmente para a equipa de Janeiro de Baixo, com apenas 7 golos sofridos.

Como melhor Guarda Redes este-ve o guardião de Malhadas da Serra, por ser titular em todos os jogos tendo sofrido apenas 8 golos.

Para o jogador mais jovem Vasco Reis (Aldeias B – 10 anos) e o jogador mais idoso João Leitão (Meãs/M. Rei – 52 anos), parabéns pela participação e pelo exemplo irão receber troféus.

Foram atribuídos troféus a todas as equipas, patrocinados por juntas de freguesia e empresários do concelho de Pampilhosa da Serra, a quem a orga-nização agradece, designadamente às: Junta de Freguesia de Fajão-Vidual; Junta de Freguesia de Pampilhosa da Serra; Junta de Freguesia de Cabril; Junta de Freguesia de Unhais o Velho; Junta de Freguesia de Pessegueiro; ás empresas L Tintas; Snack S. Lázaro; Link Seguros; Restaurante Tonga e Restaurante Solar dos Duques. Um agradecimento especial para o Clube Futebol Varejense, pela atenção na cedência menos onerosa do pavilhão.

Os troféus relativos a todos os 8 lugares da classificação final, ao Melhor Marcador, Melhor defesa, Melhor Guarda Redes, Taça disciplina, jogador Mais Jovem, jogador Mais Idoso, será entregue no almoço comemorativo do 75º aniversário da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, a realizar no dia 5 de Junho, na Quinta Valenciana em Fernão Ferro, onde estão convi-dados os capitães de cada equipa para receber os respetivos troféus.

Como próximas iniciativas despor-tivas em 2016, está já programado um Torneio de Sueca e outro de Malha Intercoletividades e também o 2º Grande Torneio de Futsal Inter-Casas Regionais.

Carlos Simões

MEÃS/MALHADA DO REI ARREBATA TORNEIO DE FUTSAL INTERCOLECTIVIDADES

Meãs/Malhada do Rei

Covanca

Aldeias A

Aldeias B

Malhadas da Serra

Casa do Concelho Pampilhosa da Serra

Camba

Janeiro de Baixo

DesportoRancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra

próximo de acontecer, aos 90+5m, mas Carlos Lima não conseguiu concluir de cabeça com êxito depois de uma bola bombeada.

O Pampilhosense despede-se da temporada com uma derrota casei-ra por 3-2, ficando a dever apenas a si o facto de não ter conseguido alcançar o quarto posto da geral, já que uma vitória bastaria para conseguir tal posição na tabela, uma vez que os restantes adversá-rios perderam pontos. O Pampi-lhosense não conseguiu alcançar a melhor classificação de sempre nesta divisão, por culpa de uma primeira metade algo apática e também por cometer alguns erros que, mesmo a este nível, se pagam caro. A segunda metade foi dife-rente curiosamente com menos uma unidade, mas a tarefa não era fácil pois a desvantagem era de dois golos e pela frente estava um adversário também de valor.

O trio de arbitragem não teve uma tarde feliz. Nota zero para João Calado. Mal e com dualidade de critérios no capítulo disciplinar. Na primeira parte ficam as dúvi-das em dois lances na grande área do Vigor Mocidade passiveis de grande penalidade. Deixou jogar em demasia! Enfim, uma actuação muito fraca e para esquecer desta equipa de arbitragem.

Resultados:Penelense 5-0 Os Águias

Vinha da Rainha 1-2 FebresLagares da Beira 3-0 Cova GalaAnçã FC 0-1 Carapinheirense

Pampilhosense 2-3 Vigor Moci-dade

Condeixa 0-1 União FCPoiares 0-6 Sourense

Académica OAF B 2-2 Eirense

Fonte: Jorge Ramosin http://gdpampilhosense.blogs.sapo.

pt/

DESPEDIDA COM DERROTA TIRA O 4º LUGAR PAMPILHOSENSE 2 - 3 VIGOR MOCIDADE Última Jornada Divisão de Honra AF CoimbraEstádio Municipal de Pampilhosa da SerraAssistência: cerca de 150 espectadoresÁrbitro: João CaladoAssistentes: Eduardo Ramos e João Veiga Ao intervalo: 0-2

Pampilhosense: João Pedro, Gale-go, Carlos Lima, Carapau, Flávio Salgado, David Gonçalves, Ricardo Almeida (Tavares60m), Ricky, David Lopes, Ratana e Valada.

Suplentes não utilizados: Folhas, Nuno Batista e Cristiano

Treinador: Carlos Alegre

Vigor Mocidade: Pedro, Miguel, Serginho, Jardel, Cavaleiro (Diogo 70m), Soares (Cavén 88m), Gabriel, Costa, Pimenta, Fábio (Rafael 75m) e Paganini.

Suplentes não utilizados: Ricardo, Dani, Seiça e Almeida.

Treinador: Luís Augusto

Ação disciplinar:Amarelos: Carapau 45+2m, Ratana 45+3m e David Lopes 76m (Pampi-lhosense); Jardel 75m e Serginho 85m (Vigor Mocidade)Vermelhos diretos: Ricky 55m (Pampilhosense)

Golos: Ratana 64m e David Gonçal-ves 78m (Pampilhosense); Cavalei-ro 21m e 67m e Fabio (gp) 45+1m (Vigor Mocidade).

Na despedida do campeonato, Pampilhosense e Vigor Moci-dade tinham tudo para propor-cionar um bom espectáculo de futebol, pois estavam tranqui-lamente classificados na tabela. A questão era apenas decidir o lugar final. E nessa decisão os serranos tinham ainda uma vontade, alcançar a quarta posi-ção final.

Sem grande intensidade no jogo de ambas as equipas, as primeiras situações couberam a formação da casa. Aos 18m David Lopes rema-tou obrigando Pedro a uma exce-lente defesa e, na recarga, Valada atirou por cima do travessão com abaliza à sua merce. Dois minu-tos depois Valada entra na área e coloca à prova Pedro que, mais uma vez, mostrou atenção. E foi um pouco contra a corrente que o Vigor Mocidade vai chegar à vantagem no marcador, aos 21m, depois de um passe para as contas

da defensiva local e Cava-leiro, já com ângulo reduzi-do, a rematar forte e cruzan-do batendo João Pedro. A equipa serra-na reagiu, mas foi o Vigor M o c i d a d e que voltou a marcar, já em tempo de compensa-ção do primeiro tempo, de grande penalidade a castigar uma suposta mão de Carlos Lima no interior da grande área que parece exagerada, pois o defesa serrano tem os braços junto ao corpo. Alheio a tudo isto Fábio não tremeu da mara dos 11 metros e fez o segundo golo do Vigor Mocidade, aos 46m.

Na segunda parte as coisas fica-ram complicadas para a equipa pampilhosense que ficou a jogar com menos uma unidade, aos 55m, por expulsão de Rick num lance exagerado. Mas já antes, aos 52m, o Vigor Mocidade já tinha ameaçado o terceiro golo num remate de Costa ao poste direito da baliza serrana. Apesar da infe-rioridade numérica o Pampilho-sense arregaçou as mangas e redu-ziu aos 64m, com Valada a cruzar da direita e Ratana a concluir de cabeça ao segundo poste. A respos-ta dos visitantes não tardou e, três minutos depois, voltam a festejar! A equipa da casa perde a bola em zona proibida e Cavaleiro remata de pronto e colocado, à entrada da grande área, para o terceiro golo

da sua equipa. Mas os da casa não se davam por vencidos e David Gonçal-ves ficou perto de reduzir num rema-te de fora da área, levando a bola a emba-ter na trave da baliza visitan-te. Até que, aos 78m, o

médio e capitão do Pampilhosense não desperdiçou nova ocasião e fez acreditar a sua equipa, depois de um cruzamento de Galego e um desvio ao primeiro poste com sucesso de David Gonçalves. Sobre o apito final o empate esteve Classificação:

DIALFABRICO DE PASTELARIA E PADARIA PARA REVENDA

35 anos ao serviço dos clientesGerência de Paulo Simão

RUA SABINO DE SOUSA Nº 5 – A/B1900-370 LISBOA

TELEFONES 218132523/218128086

INFANTISPAMPILHOSENSE 1-5 LOUSANENSE

Ultima Jornada Campeonato Infantis Série A AFC

Resultados:Poiares 7-1 COJA

LousOliv. Hospital 6-2 GóisCOJA 4-5 Nogueirense

Tabuense 4-5 PoiaresAc. Gândaras 2-2 Tourizense

Pampilhosense 1-5 Lousanense

Classificação:

Ultima Jornada do Campeonato de Juvenis Série A AFC

Classificação:

Resultados:Nogueirense 3-2 TourizenseAtl. Arganil 4-4 Arouce Praia

Mirandense 2-2 Poiares

COJA 5-1 TabuenseOliv. Hospital 1-1 Góis

Lousanense 17-0 Pampilhosense

JUVENISLOUSANENSE 17-0 PAMPILHOSENSE

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 19

Estando já em funcionamento há algumas semanas, as novas instalações do Centro

de Saúde de Pampilhosa da Serra foram inauguradas oficialmente a 14 de Maio 2016, pela Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra e pela Administração Regional de Saúde do Centro I.P. (ARS).

Para presidir às cerimónias esteve presente o senhor ministro da saúde Professor Doutor Adalberto

Campos Fernandes, que foi recebido com Guarda de Honra prestada pelos Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra e a banda filarmónica do Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense.

Marcaram presença neste ato o senhor presidente da ARS do Centro, Dr. José Manuel Azenha Tereso, o senhor Eng.º Maurício deputado da Assembleia da República pelo distrito de Coimbra, o senhor presidente da camara municipal José Brito, acompanhado de seu vice-presidente Eng.º Jorge

INAUGURADO NOVO CENTRO DE SAÚDE

Custódio e todos seus vereadores, o senhor diretor do Centro de Saúde, Dr. Soares da Cunha, o senhor padre João, a quase totalidade dos deputados municipais e presidentes de junta de freguesia do concelho, a equipe de serviço no Centro de Saúde e restantes colaboradores, ao que se juntaram um elevado número de convidados particulares.

Depois de passada revista ao corpo de bombeiros pelo senhor ministro,

o senhor padre João procedeu a bênção do novo centro, salientando a utilidade e qualidade de excelência das instalações inauguradas, sendo da maior importância para a população do concelho, bastante envelhecida e cada vez mais a precisar de cuidados de saúde.

De seguida foi descerrada uma placa alusiva, dando-se inicio a uma sessão solene, em que a coordenadora oficial Dr.ª Cristina Ventura abriu a sessão salientando a presença do senhor ministro, todas as entidades e particulares presentes

desejando boas vindas.Passou a palavra ao senhor

presidente da camara José Brito sentindo-se honrado com a presença do senhor ministro, ao qual agradeceu e desejou boas vindas, assim como a todas as entidades e particulares presentes. Salientou a importância desta obra, num concelho pobre em que o mais importante são as pessoas. Um concelho com 109 aldeias, com uma área de 400 quilómetros quadrados numa região do interior, com acessos difíceis, e uma população idosa cada vez necessitada de cuidados médicos, aquela era uma infraestrutura muito desejada, e que finalmente passou do sonho à realidade, (tal como um sonho também é o que o senhor presidente pretende ver realizado, com é uma via rápida de acesso ao IC8, esperando-se a boa vontade deste governo).

José Brito informou ainda que esta obra só foi uma realidade graças ao protocolo de colaboração com a A.R.S. Centro, financiando com fundos comunitários em 85% dos custos através do programa Mais Centro, tendo agradecido na pessoa do senhor presidente José Manuel Azenha Tereso, tendo um custo superior a um milhão de euros. Os restantes 15% dos custos e o terreno foram suportados pelo município.

José Brito disse ainda que “Foi uma caminhada longa. Num concelho onde se não houver uma primeira resposta de proximidade na saúde, não há pessoas, pois ninguém arrisca viver”. Numa alusão à necessidade de travar o despovoamento do concelho, que não tem parado desde meados do século XX, o autarca expressou “uma alegria enorme” pela abertura do novo Centro de Saúde, ficando assim garantidas as condições que as pessoas exigem para se fixarem neste concelho do interior montanhoso.

A sessão foi encerrada pelo senhor ministro que com as suas simples, breves mas objetivas palavras. Cumprimentou todos os presentes, salientando que o dia tinha sido cansativo mas foi importante vir à Pampilhosa da Serra, inteirando-se das dificuldades, e dos difíceis acessos para cá chegar. Felicitou os autarcas que são quem está mais perto das populações, sentindo suas carências, zelando pelos seus interesses, não esquecendo a saúde, um bem da maior importância, mas não menos importante a sua prevenção.

Felicitou a A.R.S. Centro na pessoa de seu presidente, assim como o município no empenho que tiveram para que esta obra fosse uma realidade. Disse que foi ao chegar à Pampilhosa e inteirando-se das

dificuldades para chegar aos grandes centros, em especial a um hospital, lhe deu o verdadeiro valor à obra, visto que com o tempo de demora na viagem pode dar origem a perda de vidas. Reforçou as palavras do senhor presidente da camara, considerando as pessoas e a vida como o mais importante, prometendo tudo fazer ao seu alcance, assim como o governo a que pertence, para que o interior possa ter melhores cuidados de saúde.

Terminou felicitando os Pampilhosenses pelo belo concelho que têm, suas belas paisagens, que lhe falaram que tinham um bom hotel, iria ponderar a hipótese de cá vir passar uns dias de férias.

Findas as cerimónias foi oferecido pelo município um abundante lanche a todos os presentes.

E assim terminou mais uma importante inauguração, que

pelas suas qualidades é da maior importância para o concelho, decerto com esperança de virmos a ter cada vez melhores cuidados de saúde, o bem mais importante que temos.

O Centro de Saúde da Pampilhosa da Serra, que pertence ao Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte, tem 3.758 utentes, quatro médicos, cinco enfermeiros e sete assistentes técnicos, segundo o gabinete de

Relações Públicas e Comunicação da ARS do Centro.

A unidade integra as extensões de saúde de Dornelas do Zêzere e Unhais-o-Velho. Os trabalhos de construção do edifício iniciaram-se em agosto de 2014 e terminaram em dezembro de 2015.

Zé ManelFotos: Paulo Almeida

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