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Um vento brejeiro passou no terreiro, uma brisa suave refrescou o ar. É Natal! É Natal! um perfume de flores, uma festa de odores roçou pelos campos, chegou na cidade. É Natal! É Natal! Que cantos, que risos, que sons, que sorrisos; que doce magia na chegada de Deus. É festa, é alegria, é Jesus, é Maria, é estar com você. O Natal acontece no gesto, na prece, na união dos irmãos. Desejamos FELIZ NATAL e PRÓSPERO ANO NOVO É Natal!

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Um vento brejeiropassou no terreiro,

uma brisa suaverefrescou o ar.

É Natal! É Natal!

um perfume de flores,uma festa de odoresroçou pelos campos,

chegou na cidade.

É Natal! É Natal!

Que cantos, que risos,que sons, que sorrisos;

que doce magiana chegada de Deus.

É festa, é alegria,é Jesus, é Maria,é estar com você.

O Natal aconteceno gesto, na prece,

na união dos irmãos.

Desejamos FELIZ NATAL e PRÓSPERO ANO NOVO

É Natal!

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O ELO EditorialUNINDO PELA INFORMAÇÃO

Boletim Informativo do SINPAITPublicação Mensal – Distribuição Gratuita

DIRETOR RESPONSÁVELJesus José Bales

AssistenteLuci Helena Lipel

ReportagensDalísio dos Santos – MTb. 7.765

Jornalista ResponsávelNeltair Pithan e Silva – MTb. 5.840-52

DIRETORIA EXECUTIVAPRESIDENTE

Jesus José BalesVice de Política de Classe

Luci Helena Lipel - José Vieira Rocha Junior1º Vice de Administração

Solange Aparecida de Andrade - Hilda Engler Raggio Bergamasco2º Vice de Administração

Erasmo Torres Ramos - Maria Luiza F. de Almeida Vilar Feitosa3º Vice de Administração

Vera Galvão Moraes - Maria Nilza Bueno da Silveira1º Vice de Planejamento

Mário Kaminski - Nilsa Maria Leis Di Ciero2º Vice de Planejamento

Armando Barizan - Yllen Fábio Blanes de Araújo3º Vice de Planejamento

Renato Miranda de Moraes Carvalho - Antonio Fojo da CostaVice de Normatização

Regina Candellero Castilho Nami HaddadSandra Morais de Brito Costa

Vice de ComunicaçãoDalísio Domingues dos Santos - Ivete Cassiani Furegatti

Vice de CulturaMarco Antonio Melchior - José Maria Coutinho

Vice Parlamentares Edir José Vernaschi - Oswaldo Roque

Vice Relações Públicas Suzana Lacerda Abreu de S. Lage

Maria Aparecida Almeida Dias de SouzaVice Inspeção

Ruy Antonio de Arruda Pereira - Rubens Chiapeta AlvaresVice Medicina

Geraldo da Silva Pereira - Ettore Paulo PinottiVice Segurança

José Antonio Mesquita de Oliveira - Newton Carlos PerisVice Aposentados

Adriano Salles Toledo de CarvalhoMaria Marly do Nascimento Jungers

Vice Sindicais Cyro Fessel Fazzio - Erlon Martinho Pontes

Vice Sociais Darcy Rizzo Hungueria - Jane Claudete da Cunha Duarte

Vice Interior Eduardo Caldas Rebouças - Décio Francisco Gonçalves da Rocha

Vice Internacional Nelson Alves Gomes - Luiz Carlos do Prado

CONSELHO FISCALTITULARES

Bruno Clemente Domingos, Emilia de Castro Paiva, Felix Suriano Domingues Neto,

Rubens de Souza Brittes, Wilson Antonio BernardiSUPLENTES

Ana Maria Fornos Rodriguez, Antonio Picinini, Enio Celso Salgado, Rivaldo Ribeiro da Costa, Tadashi Abe

SINPAITSindicato Paulista dos Auditores Fiscais do Trabalho

Fundado em 19/05/1953R. Avanhandava, 133 – 4º andar – cjs. 41/42

Centro – São Paulo/SP – CEP: 01306-001Tels: (11) 3214-0750 / 3255-9516 / 3257-5267

Fax: (11) 3258-5868www.sinpait.com.br / e-mail: [email protected]

Reprodução: As matérias publicadas só poderãoser reproduzidas com autorização expressa do SINPAIT,

sujeitando, os infratores, às penalidades legais.Responsabilidades: As matérias assinadas são de

inteira responsabilidade de seus autores, não refletindo,necessariamente, a opinião do SINPAIT.

Editoração, Criação e ImpressãoGRAPHCOLLOR Gráfica e Editora Ltda

(11) 3159-1485 / [email protected]

Tiragem: 4.000

ISSN 1983-263X

Preocupa, cada vez mais, o esvazia-mento das atividades e serviços do Minis-tério do Trabalho e Emprego. Agências de Atendimento continuam sendo fechadas, Brasil a fora, serviços paulatinamente transferidos para outros órgãos públicos, e, em que pese a nomeação de agentes admi-nistrativos, aprovados em recente concur-so, as repartições ministeriais continuam carentes de mão-de-obra e infra-estrutura adequada para suprir a intensa demanda.

O caso da Superintendência de São Paulo é típico. Ela continua ocupando, desde os idos de 1950, o velho prédio da Rua Martins Fontes, 109, uma edificação de 70 anos, que apesar da situação pri-vilegiada, por estar na região central da cidade, de há muito não oferece as condi-ções necessárias para o fluxo normal das atividades. Reforma recente melhorou, um pouco, as instalações, porém não o sufi-ciente. A Superintendência paulista, por sua grande demanda, e importância es-tratégica, de há muito faz jus a uma sede moderna, funcional, como, aliás, ocorre em muitos Estados.

No caso específico da Inspeção do Trabalho, a retração também é acentuada e progressiva. No recente ENAFIT, em Be-lém do Pará, voltou-se a lamentar a gran-de defasagem no quadro de Auditores Fiscais. Os concursos tem apresentado pequeno número de aprovados, cujas no-meações sequer repõem a quantidade de AFTs aposentados, ou afastados.

Como sempre, a discussão desse im-portante tema, no Encontro Nacional, foi apenas “au passant”, de modo superficial, sem qualquer aprofundamento na análise das conseqüências que esse esvaziamento está provocando. Simplesmente denunciar o número cada vez menor de AFTs, e pedir novos concursos, não resolve nada. Não muda uma vírgula na realidade preocu-pante que envolve a Inspeção do Trabalho brasileira e seu futuro. Vê-se que o próprio foco de atuação do MTE tem se voltado mais para a área de políticas públicas. O direcionamento da intervenção prioritária

A Inspeção do Trabalho e o Esvaziamento do MTE

cada vez mais deixa de ser a Fiscalização das Relações de Trabalho. A própria OIT, igualmente enfraquecida, não se mostra preocupada com a situação brasileira.

Apenas como ilustração menciona-mos dois casos ilustrativos: no ENAFIT de Belém a colega AFT Rosângela Rassy, ex-Presidente da ASSINTRA, afirmou que o município paraense de Marabá, considera-do o maior município do mundo, em exten-são, conta com apenas dois Auditores Fis-cais do Trabalho. Em Cruz Alta, importante município do Rio Grande do Sul, o colega AFT Cláudio Almir Carvalho aposentou-se em outubro corrente, e a Agência de Aten-dimento da cidade, que ele dirigiu e era o único funcionário, foi fechada. Não só essa cidade, como toda a região, está sem Audi-tor Fiscal do Trabalho

É a instituição – Inspeção do Trabalho – que está definhando em nosso país. Per-de força, perde espaço, a cada momento. Qual a razão disso? Estará dentro de uma nova política de governo? Esse desinte-resse pelos destinos da Inspeção do Tra-balho, no Brasil, pode estar, num primeiro momento, atingindo só a categoria dos Auditores Fiscais. Porém, a médio prazo, atingirá, de modo devastador, toda a clas-se trabalhadora. Afinal, para retirar direito trabalhistas, nem sempre é preciso lei. Basta não fazer nada. Deixar as relações de trabalho ao léu, ao sabor dos interes-ses momentâneos. Cursos, treinamentos, reciclagem, não são oferecidos aos AFTs há muito tempo. A homologação das res-cisões contratuais, na DRT/SP, passou a ser feita pelos novos servidores de apoio que, ao que se comenta, também vão ser treinados para exercer a mediação (mesa redonda). A própria chefia da Fiscalização do Trabalho, no Estado de São Paulo, ficou praticamente acéfala por dois meses.

Essa realidade depressiva gera deses-tímulo e, cada vez mais, alienação, man-tendo a categoria numa rotina burocrática que a entorpece e enfraquece, sem des-pertar qualquer reação que a mobilize para um futuro melhor.

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O ELO

Decisão do Ministério do Traba-lho e Emprego, tomada no ano passado, obrigando o desconto

da Contribuição Sindical sobre todos os funcionários públicos, trouxe para a cena principal um antigo problema da organização sindical dos Auditores Fis-cais do Trabalho: a categoria pode, ou deve, continuar mantendo um Sindica-to Nacional, até aqui convivendo com Sindicatos Estaduais, ou o Sindicato Nacional deve ser extinto, dando lugar a uma Federação Nacional? A questão é muito complexa e a decisão final, que somente pode ser tomada pela vonta-de soberana da maioria dos AFTs, pode ser polêmica. A manutenção do Sindi-cato Nacional poderá levar à extinção dos Sindicatos Estaduais, que regredi-riam à condição de associação civil. A criação da Federação poderia arrastar as atuais associações estaduais a serem transformadas em sindicatos. Leve-se em conta que a sindicalização não é

Sindicato Nacional ou Federação?Decisão soberana é só dos AFTs

obrigatória. O impasse manteve-se no 27º ENAFIT.

Nos diversos aspectos apresenta-dos, além da questão da representati-vidade, que é o principal de todos, há o problema dos custos das entidades estaduais. Nem sempre o AFT quer ser sócio da entidade de seu Estado e do Sindicato Nacional, optando apenas por um deles para não ter um gasto mensal maior. Além, é obvio, de ex-pressivo grupo de AFTs, que numa postura anti-solidária, não se associa a nenhum dos dois, ainda que se benefi-cie, de modo indireto, de todas as con-quistas que a luta sindical obtém para a categoria.

A organização sindical dos AFTs, e seus modelos em discussão, foram tema de um painel no ENAFIT de Be-lém. Participaram, como debatedores, o AFT André Luiz Grandizoli, Secretá-rio-Adjunto de Relações do Trabalho, do MTE; jornalista Antonio Augusto

de Queiroz, Assessor Parlamentar do DIAP; Cláudio Santos, professor e advo-gado da Associação Nacional dos Do-centes-Andes; e Hélio Stefani Gherardi, advogado sindical e Assessor Técnico do DIAP.

Foram mencionadas as discussões ocorridas em três seminários realizados recentemente, pelo SINAIT, na Bahia, Paraná e Amazonas. Mas, até aqui, não há consenso quanto à forma a ser ado-tada e nem há, por parte dos AFTs, uma mobilização para discutir o tema e en-caminhar solução, ainda que isso seja da maior importância para a própria sobrevivência da organização da ca-tegoria. Há colegas que atribuem essa apatia à forma como o SINPAIT tratou a questão. Talvez não tenha sido atribuí-do a ela a sua real importância. Há vá-rios anos isso vinha sendo levantado, sem sensibilizar os colegas. A Portaria do MTE, sobre a cobrança compulsória da Contribuição Sindical, surgiu como

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um golpe, obrigando entidades dos AFTs a fazerem alguma coisa. Pelo me-nos iniciar a discussão.

Até agora, de prático, há duas coi-sas: todos são contra a cobrança da Contribuição Sindical; todos acham ne-cessária uma definição, mas ninguém considera viável, neste momento, qual-quer decisão, porque não há consenso. A maioria considera urgente o debate nas bases, nas unidades locais, e, para isso, é preciso municiar os AFTs com o maior volume possível de informações e esclarecimentos.

No painel do Encontro de Belém sa-lientou-se a necessidade de adoção da convenção 151, da OIT. Questões como o direito de greve e Convenção Cole-tiva de Trabalho, no serviço público, continuam sem clareza, sem definição legal. Adotada a Contribuição Sindical, ela não será cobrada do setor patronal, eis que não há representação sindical patronal no serviço público. Quanto a campanha salarial, ela não tem a ca-racterística da iniciativa privada, pois o empregador do serviço público, por lei, é submetido ao seu orçamento anual, aprovado no exercício anterior. A lei de meios enquadra os gastos no serviço público.

Paradigma: SINDIRECEITA? No caso especifico da representa-

ção sindical dos AFTs, os participan-tes do debate prestaram importantes esclarecimentos técnicos, mas não avançaram qualquer sugestão sobre o caminho a ser tomado. Como para-digma, mencionou-se muito o SINDI-RECEITA, que representa os Auditores da Receita Federal do Brasil, a jovem super-receita, na qual os Auditores Fiscais do Trabalho foram barrados. A

diretoria do SINDIRECEITA fala e age em nome da categoria, mas as delega-cias estaduais tem ampla autonomia de ação, em pé de igualdade com o Núcleo Sindical Nacional. No caso do SINAIT, situações práticas, envolvendo interesses de associados, tem ocorrido com certa freqüência, colocando em falta de sintonia o Sindicato Nacional e os estaduais, sobretudo em ações judi-ciais sobre questões comuns aos dois. Em São Paulo o SINPAIT vem levantan-do esse problema há vários anos, pois é sempre cobrado por associados.

Infelizmente, era muito pequeno o número de AFTs que estava no plená-rio durante esse debate. O colega AFT Lourival da Cunha Souza, da Associa-ção do Maranhão, disse que o funda-mental é incentivar essa discussão jun-to a categoria, com ampla retaguarda técnica, para que ela possa decidir. É a mesma opinião dos colegas Jesus Ba-les, Presidente do SINPAIT (São Paulo) e Renato Futuro, Presidente da AGI-TRA (Rio Grande do Sul). O advogado Cláudio Santos, da ANDES, pediu que a categoria dos AFTs encaminhe a dis-cussão de modo sereno, “sem desen-cadear uma luta fratricida”. E o colega AFT Fahid Tahan Sab, de Minas Gerais, dizendo ser favorável à extinção do SI-NAIT e criação da Federação Nacional, pediu que a categoria seja consultada em plebiscito para decidir o que deve ser feito. Fahid é fundador da antiga FASIBRA e do SINAIT, Presidente de ambas.

O direito de sindicalização foi estendido ao servidor público pela Constituição de 1988. Os constituin-tes foram influenciados pelo lobby da OIT – Organização Internacional do Trabalho, que defende esse mode-lo de representação também para os

funcionários pú-blicos. Na práti-ca, porém, esse modelo não tem funcionado com toda eficiência. Boa parte dos sindicatos de ser-vidores públicos, salvo exceções, é pouco represen-tativa, com baixa adesão e poucos filiados. Muitos deles foram to-mados por parti-dos políticos, ou

movimentos ideológicos, dos quais se tornaram apenas instrumento de agi-tação e contestação aos governantes, não obtendo, nunca, benefícios reais para as categorias representadas. São sindicatos fracos, porém barulhentos, fazendo a agitação sonora, diante das repartições, por meio de carros de som emprestados de alguma central sindical, ou de outros sindicatos mais fortes, quase sempre da iniciativa pri-vada.

Nesse quadro, o sindicalismo, no serviço público, ainda aguarda defini-ções para que possa ser forte e bem representar suas categorias. Definição, por exemplo, do efetivo empregador, aquele que, em nome do serviço pú-blico, tem plenos poderes para decidir. Porque, no mais das vezes, as negocia-ções, como as greves, se arrastam por dias, e até meses, sem solução, sem en-tendimento, jogando a opinião públi-ca contra o servidor e, no final, a única conquista é o não-desconto dos dias parados. Evidencia-se uma contradição muito acentuada entre as relações sin-dicais na iniciativa privada, e as exerci-das no serviço público. Os dois mode-los não se ajustam. Só muito recente houve decisão judicial, em instância superior, mandando aplicar ao servi-dor público a mesma forma de direito que ampara o trabalhador da iniciativa privada. Mas ainda não se consolidou um ordenamento legal que, de modo efetivo, regule as relações sindicais na área pública, estabelecendo o que ne-gociar, e como negociar, fixando com clareza, direitos e deveres das partes. De momento, a principal atuação sin-dical dos servidores públicos é no âm-bito do Judiciário, conduzindo ações que protejam os direitos individuais, ou coletivos, do servidor. Não há, por exemplo, data base, pois o índice de reajuste se vincula à disponibilidade orçamentária.

Talvez, por ser um tanto recente, a sindicalização no serviço público, no Brasil, ainda não ajustou uma rotina operacional que embase sua existên-cia. Afinal, o empregador real, do fun-cionário público, é o povo. As greves, como elemento de pressão, não tem a mesma força daquelas que ocorrem contra o empregador privado. As rei-vindicações salariais do servidor esbar-ram nas provisões orçamentárias, que emanam de lei. Todas essas contradi-ções acabam resultando nas decisões unilaterais do governo, que concede

Fotos: Arquivo SINPAIT

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os reajustes como quer, ou como as disponibilidades permitem. A PLR, por exemplo, já tão enraizada na iniciativa privada, inexiste no serviço público.

A SIT Ausente

O 27º ENAFIT, em Belém do Pará, ocorreu entre os dias 27 de setembro e 02 de outubro corrente. A sessão sole-ne de abertura foi no Hangar – Centro de Convenções, na noite do dia 27 de setembro. O Hino Nacional foi execu-tado pela banda do 4º Distrito Naval. A mesa foi presidida pelo AFT Otavio Paixão, Presidente da ASSINTRA, enti-dade anfitriã, e teve a presença da AFT Rosa Maria Jorge, Presidente do SINAIT, do Sr. André Figueiredo, Secretário Executivo do MTE, Sr. Edson Haubert, Presidente do Instituto MOSAP, do Sr. Luís Alberto dos Santos, Sub-chefe da Casa Civil da Presidência da República, do AFT Francisco Luis Lima, do Ma-ranhão, Presidente da Confederação Ibero-Americana de Auditores Fiscais do Trabalho. Foi com surpresa que se constatou a ausência da Secretária da SIT, AFT Ruth Beatriz Vasconcelos Vile-la. Não houve qualquer representante da SIT, fato, talvez, nunca ocorrido na história dos encontros nacionais dos Auditores Fiscais do Trabalho.

O Sr. Luís Alberto dos Santos, repre-sentante da Casa Civil da Presidência da República, atacou governos anteriores, que chamou de neo-liberais; entende que fracassou a doutrina do Estado mínimo, que teria golpeado o serviço público federal, introduzindo as tercei-rizações de serviços e incentivando a flexibilização e precarização das rela-ções de trabalho. Segundo ele, o gover-no do Presidente Lula adotou direção

oposta, diminuindo as terceirizações, convocando concurso público para preenchimento de vagas, combatendo a corrupção e o nepotismo. Também criticou aqueles que denunciam o au-mento excessivo de gastos do governo, destacando que o governo brasileiro gasta pouco, com o funcionalismo, se comparado com muitos outros países. Mencionou que a Argentina, por exem-plo, proporcionalmente tem muito mais servidores públicos que o Brasil. Enfatizou que é necessária e urgente a realização de concurso para admissão de mais Auditores Fiscais do Trabalho, pois o atual número é muito pequeno, prejudicando a fiscalização, consideran-do “que nosso país tem cerca de 50% de sua mão-de-obra na informalidade”. Confirmou que há provisão de recursos para o pagamento da última parcela do aumento salarial dos servidores federais (5%) no ano que vem. A exposição do Sr. Luís Alberto dos Santos foi longa e cansativa, pois estava marcada para o dia 29 de setembro, mas como não po-deria ficar em Belém, acabou fazendo a palestra na sessão inaugural. Sua expo-sição foi de natureza política.

O AFT Francisco Luiz Lima, Presiden-te da CIAAFT, disse que a maioria dos países latino-americanos ratifica as con-venções da OIT, mas, na prática, quase nenhum as cumpre.

No caso do Brasil mencionou que ainda persistem formas cruéis nas rela-ções de trabalho, como jornadas exces-sivas, o trabalho infantil, a exploração dos trabalhadores safristas, sobretudo no corte da cana, onde são impostas metas de produção que, às vezes, são desumanas. E tem aumentado o fluxo de trabalhadores imigrantes, na Améri-ca do Sul, que nem sempre são respei-

tados em sua dignidade. Francisco Luís lamentou a ausência do Estado brasileiro em muitas dessas situações, dra-máticas para os traba-lhadores mais fragiliza-dos. Contudo disse que os Auditores Fiscais do Trabalho, no Brasil, tem sempre dado o melhor de si, e mesmo atuando em número reduzido, produzem uma ação fiscal de grande impor-tância na proteção dos trabalhadores.

O Dr. André Figuei-

redo, Secretário Executivo do MTE, mostrou-se otimista com a atual fase vivida pelo Brasil. Destacou que até pouco tempo o Brasil era conhecido como o “país do carnaval”, mas hoje é respeitado como um dos países que mais se destacam na geração de renda e produção de riqueza. Elogiou as po-líticas sociais do governo e a boa apli-cação dos recursos do FAT que, no seu entender, não mais são direcionados às empresas, mas canalizados para a pro-moção dos trabalhadores.

A presidente do SINAIT, AFT Rosa Maria Jorge, também criticou o en-colhimento constante do quadro de Auditores Fiscais do Trabalho, conside-rando de extrema importância a reali-zação de concurso para nomeação de novos AFTs.

A sessão solene foi encerrada com uma bela interpretação do hino do Pará por uma cantora, acompanhada de excelente violonista. Após houve o jantar de confraternização, no bonito e amplo salão do Hangar Centro de Con-venções, que se prolongou até as pri-meiras horas da madrugada. Antes de servir o jantar houve apresentação do espetáculo AmazôniaParáBrasil, de na-tureza regional. Foi uma performance muito bonita, caracterizando a floresta, seu povo, uma apresentação que, em vários momentos, emocionou e arran-cou aplausos dos presentes.

Senador do PSol

O tema “Direitos Humanos” foi enfo-cado pelo Senador José Nery, do PSol/PA. Ele fez a exposição sob a ótica so-cialista, doutrina da qual é partidário. Denunciou que no Brasil, em pleno sé-culo XXI, empregadores ainda impõem aos trabalhadores jornadas brutais, que geram doenças, quando não cau-sando mortes. Citou o setor sucro-alco-oleiro onde mais tem se verificado essa violência. Defendeu uma revolução cultural, em nosso país, que substitua os valores individuais, pelos coletivos. Mencionou que na cultura brasileira a idéia de direito confunde-se com a de privilégio e, nessa atrofia, propaga-se que o nobre conceito de direitos huma-nos é utilizado para proteger bandidos, tornando o tema impopular. Destacou que empregadas domésticas formam uma das categorias mais atingidas em seus direitos e pediu alteração da le-gislação, com adoção de mecanismos legais que permitam à fiscalização do

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trabalho convocar patroas e exigir res-peito aos direitos das domésticas. De-nunciou que dois milhões e meio de crianças ainda trabalham, no Brasil, e, muitas vezes, em condições desuma-nas. Lembrou a figura de Dr. Helder Câ-mara, o saudoso arcebispo de Olinda e Recife, pelo trabalho social que desen-volveu em defesa dos mais fracos e po-bres. Neste ano Dr. Helder, que chegou a ser cogitado para o Prêmio Nobel da Paz, estaria completando 100 anos.

O Senador José Nery informou que foi adotado, oficialmente, o dia 28 de janeiro, como o Dia Nacional de Erra-dicação do Trabalho Escravo. A data foi escolhida porque marca a chacina de Unaí, em Minas Gerais, quando três colegas Auditores Fiscais do Trabalho e um motorista do MTE, foram assassina-dos brutalmente, com tiros a queima roupa, por pistoleiros pagos pela fa-mília de fazendeiros que possuíam, na época, as maiores plantações de feijão, não só de Unaí, como do Brasil. Os co-legas fiscalizavam as propriedades dos irmãos Manica. Apesar da repercussão internacional, desse massacre, os acu-sados até aqui não foram a julgamen-to.

Finalizando, o Senador Nery fez um ataque ao neo-liberalismo e à teoria do estado mínimo, acusando o atual go-verno, e denunciando que no Brasil uti-liza-se o dinheiro do povo, bilhões de reais, para salvar especuladores, ban-queiros, até empreiteiras que iriam à falência, enquanto esses espertalhões oferecem, em troca, a flexibilização dos direitos trabalhistas, e demissões em massa, ante qualquer instabilidade na economia. Nery vaticinou que não vai demorar para que o Brasil alcance sua sociedade socialista, ainda que hoje seja muito cruel a concentração de renda no país.

Nova metodologia

A mesa redonda destinada ao de-bate da nova metodologia a ser ado-tada pela SIT, para a auditoria Fiscal do Trabalho, a partir do ano que vem, ficou prejudicada pela ausência de re-presentante da Administração. Sem interlocutor da SIT, a discussão trans-formou-se em um monólogo, onde os AFTs participantes expuseram opiniões pessoais.

Era o momento para se indagar, da administração, por que a fiscalização em grupo é melhor que a individual?

Ou por que está sendo adotada?

Relatou-se o de-sentendimento que levou a represen-tação do SINAIT a deixar o Grupo Téc-nico Ministerial que estudava o projeto. O que já se sabe, é que no início de Ja-neiro-2010, haverá mudança radical na forma operacional da Auditoria Fiscal do Trabalho. Basicamente passará a ser feita de modo coletivo, em grupos de AFTs, - fiscalização por equipe, com co-ordenador – com projetos específicos, e a aferição individual do trabalho do AFT, como ora é feita, deixará de exis-tir.

Nesta edição a colega AFT Ruth Be-atriz Vilela, Chefe da SIT, presta todos os esclarecimentos sobre a nova me-todologia, numa entrevista que conce-deu ao “O ELO.

Nessa mesa redonda do ENAFIT foi criticada a falta de treinamento, de cur-sos técnicos, que em administrações anteriores eram oferecidos aos AFTs para sua constante atualização profis-sional. Defendeu-se o planejamento regionalizado e a nomeação de AFTs por especialização, em cada área; al-guns criticam a nova forma, de traba-lho em equipe, entendendo que isso poderá “engessar” a inspeção e tam-bém poderá prejudicar a defesa dos trabalhadores, quando estes fazem de-núncias no plantão de “Orientação ao Público”, pois esta forma de Ação Fiscal, tipicamente individual, poderá deixar de existir; também criticou-se a forma, às vezes prepotente e arrogante, pela qual o Ministério Público do Trabalho relaciona-se com a auditoria Fiscal do Trabalho, “É um absurdo o procurador enviar requerimentos diretamente à pessoa do Auditor Fiscal. Essa relação tem de ser institucional, jamais envol-vendo a pessoa física”, disse um colega AFT, que recebera convocação direta-mente do procurador, para ser ouvido em processo no qual apenas informara o novo endereço da empresa.

Também foi defendida a ampliação da fiscalização indireta, com a convo-cação da empresa para exibição do-cumental, em todos os casos, servindo como procedimento preparatório para o aprofundamento da ação fiscal, na etapa seguinte; criticou-se a falta de

estímulo, que estaria ocorrendo, em re-lação ao trabalho dos AFTs e a descon-tinuidade no processo da ação fiscal; outra crítica, contra a nova metodolo-gia, foi a de que ela vai priorizar a quan-tidade, em prejuízo da qualidade; AFTs que participaram do grupo de trabalho que elaborou o projeto da nova meto-dologia disseram que o planejamento será quadrianual, mas o primeiro deles terá duração de dois anos; será intro-duzida reformulação no SFIT para que se possa ter os dados das equipes.

O objetivo central da nova sistemá-tica é traduzir em números o trabalho dos AFTs, permitindo divulgação segu-ra dos resultados da ação fiscal; aguar-da-se a Portaria da SIT esclarecendo todos os pontos. O debate não desper-tou o interesse que se esperava, pois era bastante reduzido o número de Auditores Fiscais em plenário. Um dos AFTs que se mostrou decepcionado, com isso, foi o conhecido colega Mar-celinho, de Brasília. “Se nós próprios reconhecemos que somos poucos, porque o quadro está muito defasado, e nem isso motiva os colegas para um debate sério, então fica difícil pensar-mos no futuro da categoria. Mais do que nunca é hora de fazermos nossa auto-crítica”.

Eleição do SINAIT

Desta vez a eleição do SINAIT não despertou grande atenção dos partici-pantes do 27º ENAFIT. As duas chapas concorrentes – a Chapa 1-Alternativa Democrática, presidida pelo colega Lourival da Cunha Souza, do Maranhão, com proposta de modificar a condução do SINAIT, e a Chapa 2-Unidade e Luta, encabeçada pela colega Rosângela Rassy, do Pará, representando a atual Diretoria do Sindicato – foram apre-sentadas ao plenário. Cada candidato apresentou seu programa de ação.

Nas questões fundamentais, como

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O ELO

Lei Orgânica do Fisco, a proposta que versa sobre fim do desconto previden-ciário, que incide sobre os AFTs apo-sentados, a urgente necessidade de nomeação de número maior de AFTs, o amplo debate sobre a organização sin-dical da categoria, as duas chapas mos-traram posições bastante próximas.

A chapa dois procurou colar sua imagem na atual diretoria, garantindo que continuará fazendo a mesma coisa. A chapa 1 defendeu a alternância na di-reção do SINAIT – daí seu nome, Alter-nativa Democrática – destacando que, se vitoriosa, abriria amplo canal de co-municação com os AFTs, ouvindo cada um sobre a melhor forma de encami-nhar as demandas da corporação. Hou-ve elogios sobre o modo como a atual diretoria conduziu a campanha salarial, mas também houve críticas, sobretudo pela protelação das negociações, o que teria retardado em mais de seis meses, a concessão do reajuste, cujo índice já era bastante evidente que não seria ele-vado.

A esse respeito, o colega AFT Fahid Tahan Sab, de Minas, e ex-presidente do SINAIT, enviou carta à atual presi-dente, Rosa Maria Campos Jorge, em setembro último, fazendo vários ques-tionamentos à diretoria. Sobre a cam-panha remuneratória, Fahid afirmou: “O SINAIT não percebeu que o gover-no poderia perder a CPMF, no Senado, em 2007, e ainda, superestimando sua força, deixou de aceitar, em outubro de 2007, a proposta do governo, de sub-sídio igual ao dos delegados da Polícia Federal. Por isso foi levado, por mano-bras procrastinatórias do governo, a uma mobilização longa, onerosa e can-sativa, que foi acompanhada de uma desgastante e arriscada greve, para, ao final, oito meses depois, em julho/2008, aceitar proposta de valor menor ao que fora oferecido em outubro/2007. Com isso, ganhou o governo oito meses de economia orçamentária, e nós perde-mos oito meses de aumento remune-ratório”. Ainda que sem resposta, a car-ta repercutiu intensamente, eis que foi enviada, também, à quase totalidade dos auditores fiscais, mas as questões levantadas por Fahid, de interesse dire-to para a categoria, não foram debati-das no 27º ENAFIT.

Na abertura da sessão, para apre-sentação das chapas, havia cerca de 200 AFTs em plenário. No final da apresenta-ção eram menos de 100. Os adeptos da chapa 1 vestiam camisetas vermelhas e

os da chapa 2, camisetas azuis.A chapa 2 foi a vitoriosa, com a co-

lega AFT Rosangela Rassy eleita nova Presidente do SINAIT.

Programação

O 27° ENAFIT teve sua abertura so-lene na noite do dia 27 de setembro último, no Hangar Centro de Conven-ções, seguido do tradicional jantar de confraternização que foi precedido pela apresentação do espetáculo “Ama-zôniaParaBrasil”, do grupo coreográfico Ana Hunger.

Na segunda-feira, pela manhã, houve o encontro ecológico, no boni-to Jardim Botânico de Belém – Bosque Rodrigues Alves – onde os presentes ouviram palestras de Lúcio Flávio Pin-to, conhecido jornalista, sociólogo e escritor; à tarde, no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas, houve a conferencia de abertura do 27° ENA-FIT, proferida pelo senador José Nery (PSOL/PA) que enfocou o tema “Os Direitos Humanos e a Atuação da Fis-calização do Trabalho no Resgate da Cidadania”; a seguir a Dra. Zélia Luiza Pierdoná, Procuradora da República/SP, fez palestra abordando o tema “Apo-sentadoria no Serviço Público após as Reformas Constitucionais”; no final da tarde houve café cultural e abertura de exposições temáticas.

Na terça-feira, pela manhã, houve o painel sobre “A Organização Sindical dos AFTs – modelos em discussão”; à tarde na primeira jornada Ibero-Ame-ricana de Inspeção do Trabalho, houve o painel “Diagnóstico da Inspeção do Trabalho na América do Sul e na Penín-sula Ibérica”; a seguir ocorreu o painel “Estratégias para o Fortalecimento da Inspeção do Trabalho”; no final da tar-de houve café cultural e lançamento de livros de AFTs.

Na quarta-feira, pela manhã, hou-ve a mesa redonda “Auditoria Fiscal do Trabalho – Metodologia em Cons-trução; após realizou-se plenária de classe; à tarde foi a palestra “Efeitos da Intensifi-cação do Trabalho na Saúde do Trabalha-dor”; após, o painel “Impacto do Modelo Generalista na Inspe-ção do Trabalho na Saúde e Segurança do Trabalhador; no

final da tarde foi o momento de inte-gração, no píer da estação das Docas, com passeio de barco pela Baía de Guajará.

Na quinta-feira, pela manhã, foi a palestra “Assédio Moral no Serviço Público e, depois, o painel “Trabalho Decente: A Ação da Auditoria Fiscal”; à tarde foi o painel “FGTS – Combate a Fraudes” e, no final da tarde, “Tribuna Livre”; na sexta-feira pela manhã foi a Sessão Plenária de Encerramento, com votação de proposições e moções, lei-tura da Carta de Belém e a escolha de Fortaleza para o 28° ENAFIT; a seguir foi a Sessão Solene de Encerramento, con-cluída pela bonita e alegre apresenta-ção do grupo “Boi Veludinho”, que trou-xe muita animação aos presentes.

Houve, também, a programação cultural e de lazer, aos enafitianos, com destaque para a peça teatral “Ver-o-Peso”, no histórico Teatro da Paz, que ocorreu na noite de segunda-feira.

Fortaleza

Na sessão de encerramento do 27º ENAFIT foi lida a carta de Belém e anunciado que o 28º ENAFIT será em Fortaleza. O colega Luiz Alves, do Ce-ará, fez uma saudação aos presentes, anunciou que já está fixado o calen-dário do 28º ENAFIT – será de 07 a 12 de novembro de 2010 – e foi projeta-do um filme institucional mostrando a Fortaleza atual, uma das mais pujantes capitais brasileiras.

Logo no início da sessão, o colega Lourival da Cunha, do Maranhão, apre-sentou uma mensagem de D. Pedro Casaldaliga, conhecido e combativo bispo de S. Felix do Araguaia, na qual ele exorta os Auditores Fiscais do Tra-balho a serem firmes na ação contra poderosos, e sempre isentos, diante da verdade, pois essa é a única forma da ação fiscal ter eficácia em favor dos tra-balhadores, sobretudo daqueles mais fracos e desprotegidos.

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A presidente do SINAIT, Rosa Ma-ria Campos Jorge, garantiu que a co-missão organizadora do 27º ENAFIT convidou a AFT Ruth Beatriz Vascon-celos Vilela, Secretária da SIT, a estar presente no Encontro. Mas a afirmação foi contestada por AFTs que atuam na SIT, que disseram que o convite, pela primeira vez, foi enviado pelo Correios, e chegou à Secretária no final da tarde da sexta-feira, que antecedia a data de abertura do Encontro. O fato gerou co-mentários, com prós e contras.

O consenso, em meio aos AFTs, é que as questões de grande importân-cia, que envolvem a categoria e a Ins-peção do Trabalho, não podem ficar restritas a posições pessoais, pois de-vem ser conduzidas de modo institu-cional.

Como o ENAFIT de Belém antece-deu a eleição do SINAIT, o clima elei-toral predominou. Alguns AFTs co-mentaram que apenas integrantes da Chapa 2, formada pela atual diretoria do SINAIT, foram convidados a partici-par dos painéis e exposições. Porém, a crítica da maioria é que o modelo atual do ENAFIT não empolga mais a catego-ria, as reuniões plenárias se esvaziam, e nenhum projeto técnico, nada real-mente importante, à Inspeção do Tra-balho, é produzido. Esse era, por exem-plo, o tema da conversa de um grupo de colegas auditores, que almoçava num dos restaurantes da Estação das Docas, no penúltimo dia do encontro. Um deles sintetizou esse sentimento de frustração: “somente podemos ser fortes, tendo o reconhecimento dos trabalhadores. Praticamente tudo que fazemos é direcionado a eles. O Encon-tro Nacional deve debater as grandes teses, as grandes questões nacionais, que interessam aos trabalhadores, que envolvem as relações de trabalho. Se é verdade que 60% dos trabalhado-res brasileiros estão na informalidade, como podemos ignorar isso? Qual nos-sa contribuição para que essa realida-de se modifique para melhor?”

A doce e bela Belém do Grão-Pará

Os colegas que compareceram ao 27° ENAFIT tiveram oportunidade de viver, durante toda uma semana, em Belém, capital do Pará, uma das cida-des mais acolhedoras e amorosas do Brasil. Iniciada em 1616, quando os portugueses construíram um grande forte, nas margens do Rio Amazonas,

há 120 quilômetros do oceano Atlântico, para proteger a re-gião dos ataques de piratas e invasores es-trangeiros.

Belém logo flo-resceu como cidade de grande importân-cia, guardiã de toda a fronteira norte e capital da então opu-lenta província do Grão-Pará, uma jóia da coroa, naqueles tempos do Brasil-Colônia.

O forte lá está, em suas perfeitas linhas originais, compondo com a Casa das Onze Janelas, a Catedral da Sé, o museu de Arte Sacra, o núcleo histórico principal da cidade velha, muito bem preservado, que marca os primeiros tempos da capital paraense. Na mesma aérea, sempre às margens do Amazonas, ali conhecida como baía de Guajará, há todo o bairro his-tórico, com sobradões enfeitados de azulejos, alguns desde o século XVll, ruas estreitas, um magnífico conjunto arquitetônico, de grande valor cultural, infelizmente desgastado pelo tempo, necessitando urgente reparação.

Com um pouco de boa vontade, o governo federal poderia destinar re-cursos para essa obra, que além de res-gatar importante página do Brasil co-lonial, ainda abriria postos de trabalho para centenas, talvez milhares de tra-balhadores, numa região ainda muito carente, necessitada de investimentos.

Diante da baía de Guajará está o antigo e nacionalmente conhecido mercado de Ver o Peso. No velho pré-dio de ferro é feito o mercado de pei-xe, produto fresco, trazido diariamen-te pelos pescadores, com grande va-riedade, sobressaindo-se o tucunaré, filhote, pirarucu, tambaqui. Inúmeras barracas, ao longo da avenida, mos-tram praticamente todos os produ-tos regionais da Amazônia, com sua farmácia natural, seus cheiros e tem-peros, frutas e, principalmente, a cas-tanha do Pará. Médicos recomendam ingerir pelo menos uma castanha do Pará, por dia, para prevenir o câncer de próstata, pois ela tem proprieda-des que atuam nesse sentido.

Ao lado do Ver o Peso, está a Estação das Docas. É o principal centro turístico da cidade, construído no antigo porto de Belém. Aproveitaram-se os velhos armazéns que, restaurados, transfor-

maram-se em restaurantes de primeira linha, num belo Shopping Center, com anfiteatro para apresentações artísti-cas e para reuniões, onde, inclusive, foi o 27° ENAFIT. A Estação das Docas, com mesas e cadeiras ao ar livre, diante do rio, onde é possível apreciar o magnífi-co pôr do sol amazônico (não distante da linha do Equador), atrai grande nú-mero de visitantes, diariamente, sendo um espaço, talvez, mais valorizado que o seu igual argentino, o Puerto Made-ro, em Buenos Aires.

Na semana do ENAFIT a população de Belém preparava-se para a sua gran-de festa anual, o Círio de Nazaré, certa-mente a maior manifestação religiosa do Brasil e, talvez, do mundo. Atraindo cerca de dois milhões de visitantes, ela se realiza sempre no segundo domin-go de outubro. A festa do Círio envolve toda a população, mesmo a que não é católica. Os pequenos altares com a imagem de Nossa Senhora (a berlinda) são enfeitados e colocados diante das casas, dos prédios, até no saguão dos hotéis. Motoristas de taxi fazem laços com pequenos pedaços da corda - que os fiéis seguram, puxando o andor - e colocam pendurados no retrovisor do carro para saudar os passageiros. Para as famílias de Belém a festa do Círio tem o mesmo significado do Natal, reu-nindo os parentes em lautos jantares.

De momento, o que entristece mui-to os paraenses é o futebol. Seus três grandes clubes, o Remo, Paissandu e Tuna Luso, estão muito mal, endivida-dos, fora da elite do futebol, mesmo na região norte. Lembra-se que o Paissan-du, o “Papão da Curuzu”, foi talvez, o único time brasileiro a derrotar o Boca Juniors, na Bombonera.

Para os enafitianos, uma pequena decepção: não choveu em nenhum dos dias do Encontro Nacional. Dentre outras características, Belém é conheci-da como a cidade das mangueiras e da chuva, porque, habitualmente, sempre chove no final da tarde. (D.S.)

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O ELO

A Secretaria da Inspeção do Traba-lho anunciou, em outubro corrente, seu projeto sobre a nova metodologia que regerá as atividades de fiscalização do AFT a partir de 2010. Ao ser aplicado extingue a pontuação individual, do modo como hoje é feita, e adota a for-ma coletiva de execução da ação fiscal. Todo o trabalho passa a ser em equipe e a avaliação será com base no cumpri-mento das metas coletivas, dentro dos projetos nos quais o auditor toma parte. A avaliação do desempenho individual, para efeito de promoções e progressões, ficará sob a coordenação do Ministério do Planejamento.

Essas inovações são profundas e mo-dificarão, de modo radical, a rotina de trabalho dos AFTs. Aguarda-se edição da portaria regulamentando a nova organi-zação da Auditoria Fiscal do Trabalho.

As informações foram prestadas pela colega AFT Ruth Beatriz Vasconcelos Vilela, Secretária da SIT, que gentilmen-te respondeu às perguntas formuladas pela reportagem de O ELO.

Os esclarecimentos, prestados em pri-meira mão, no dia 06 de outubro último, seguem abaixo na forma de entrevista que Ruth prestou aos leitores de O ELO:

O ELO - Qual o conceito da nova me-todologia para Auditoria Fiscal do Trabalho e no que ela difere do mode-lo atual?Ruth - A nova metodologia se baseia em trabalho de equipe, planejamento par-ticipativo, valorização da qualidade das ações fiscais, abordagem estratégica dos temas da inspeção do trabalho e possibili-dade de utilização de vários instrumentos para intervenção nas relações de empre-go. Ela difere bastante do modelo atual, que se fundamenta na intervenção indi-vidualizada, avaliação essencialmente quantitativa e abordagem pontual e iso-lada dos problemas.

O ELO - Como será a avaliação da pro-dução de cada Auditor Fiscal do Tra-balho na nova metodologia? A atual forma de pontuação fica extinta?Ruth - O principal mecanismo de avalia-

SIT muda avaliação do AFT; acaba a pontuação individual

ção será a apuração do cumprimento das metas coletivas dos projetos que o AFT participa. A pontuação individual, na for-ma que conhecemos hoje, será extinta. Te-remos um instrumento para gerenciamen-to das ordens de serviço emitidas para a execução das tarefas ligadas aos projetos e das atividades de rotina (plantões, reu-niões). Ou seja, será um instrumento de natureza totalmente diversa do sistema de pontuação e aferição de produtividade até então vigente.As atuais metas nacionais, distribuídas por UF, serão substituídas por metas dis-tribuídas por projeto, propostas pelas re-gionais e validadas pelo órgão central. É importante lembrar que futuramente se-rão discutidas e estabelecidas regras para avaliação de desempenho individual, por cada órgão, sob a coordenação do Minis-tério do Planejamento, conforme prevê a lei (voltadas principalmente para o siste-ma de promoções e progressões).

O ELO - Quando o novo modelo entra em vigor? Haverá um período inicial de adaptação?Ruth - Uma grande parte da nova me-todologia já começa a ser aplicada em 2010. No decorrer do ano vamos avaliar o desenvolvimento das ações e a execução do planejamento, para implementar os ajustes que se mostrarem necessários. No primeiro trimestre estaremos realizando a capacitação gerencial das chefias e dos coordenadores de projeto. A implantação será gradual, principalmente em razão da necessidade de alterações no SFIT e poste-riormente no SFITWeb.

O ELO - Essa nova metodologia repre-senta uma garantia de maior autono-mia das regionais? Ela será acompa-nhada da autonomia orçamentária, com descentralização dos recursos?Ruth - As Superintendências terão liberda-de para definir seus projetos e respectivas metas, observando os parâmetros do Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei de Orçamento Anual. Alguns pro-jetos temáticos de âmbito nacional (FGTS, combate ao trabalho infantil, cumprimento de cotas de pessoas com deficiência - PCD e

aprendizes) serão obrigatórios, por integra-rem o Plano Plurianual ou por serem con-siderados compromissos de Governo. Mas as atividades econômicas, ou temas que serão objeto dos projetos serão definidos pela SRTE, com base no diagnóstico local. Os recursos orçamentários da fiscalização destinados a cada Superintendência serão conhecidos no início do planejamento. A distribuição dos recursos pelos projetos e a forma de utilização para a execução do pla-nejamento serão de responsabilidade das SRTE. A descentralização mensal pela SIT continuará existindo, por motivo operacio-nal, mas de acordo com o planejamento de cada Regional. Os limites impostos a essa autonomia são apenas os de natureza ad-ministrativa e de disponibilidade orçamen-tária no decorrer do ano. A transparência será garantida pela publicação do quadro de distribuição do orçamento na intranet, bem como dos quadros de resultados das 27 Regionais, para acompanhamento e conhecimento de todos. Serão divulgadas, também, as chamadas “boas práticas” re-lacionadas aos projetos, para uma troca de experiências entre as diversas unidades. A SIT irá acompanhar mensalmente o al-cance das metas físicas estabelecidas na Lei Orçamentária Anual e as acordadas com o Conselho Curador do FGTS (arrecadação ao fundo), além de avaliar periodicamente o desempenho dos projetos.

O ELO - A Secretaria está preparada tecnicamente para dar suporte às Re-gionais, sobretudo às menores, que não têm tradição de planejamento?Ruth - Todas as Superintendências tra-balham com planejamento desde 2004 e, portanto, já adquiriram boa experiên-cia no uso das ferramentas necessárias à elaboração de diagnóstico e projetos. Sabemos que algumas encontram mais dificuldades que outras, principalmente quando não dispõem de recursos huma-nos suficientes. A SIT já assumiu o compro-misso de garantir esse suporte quando da realização da última reunião das chefias e vem procurando se estruturar para enfren-tar esse desafio, inclusive buscando a me-lhoria do seu quadro de auditores, através dos processos seletivos para cargos DAS.

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“Os trabalhadores avulsos, não portuários, que são

milhares, em nível Brasil, até aqui eram tratados quase como párias, com pouca proteção le-gal. Contudo, Lei Federal apro-vada recentemente passou a re-conhecê-los, com mais clareza, esclarecendo aspectos até aqui nebulosos em suas relações de trabalho”, disse o colega AFT Renato Barbedo Futuro, Presi-dente da AGITRA, a Associação que reúne os Auditores Fiscais do Rio Grande do Sul.

Gaucho de Porto Ale-gre, na Inspeção do Tra-balho desde 1979, Rena-to Futuro, que integra o grupo especial que fisca-liza o trabalho portuário e aquaviário, no sul, é um estudioso e especialista das relações legais que envolvem os trabalhado-res avulsos.

Simplificou ação fiscal

O Auditor Renato Futuro ex-plica a inovação criada para o avulso, não portuário, que atua na movimentação de cargas:

“Até pouco tempo não havia quase nada, em matéria de le-gislação, que desse instrumen-to legal, ao Auditor Fiscal, para intervir nas relações de traba-lho do avulso, não portuário. Na maioria dos casos o colega Auditor não tem familiaridade com essa área. Porque sempre atuei na fiscalização do Trabalho Portuário, onde predomina esse tipo de mão-de-obra, comecei a estudar e pesquisar tudo, sobre

Avulso, não portuário, já goza de mais proteçãoela, reunindo bom material téc-nico, colocado à disposição dos autores da nova legislação.

Ela veio amparar melhor os direitos desses trabalhadores. Ao que sabemos, a Secretá-ria da SIT já determinou à sua assessoria técnica que elabore ementas, ou mesmo um emen-tário, para sistematizar os pro-cedimentos e tornar mais sim-ples o trabalho de fiscalização do colega AFT”.

Segundo Futuro, a nova Lei

dispõe sobre todos os aspectos que envolvem o trabalho des-ses avulsos não portuários. “Por exemplo, agora só os sindicatos dos trabalhadores avulsos, da respectiva categoria profissio-nal, serão os intermediadores na colocação desses profissio-nais junto aos tomadores.

Na prática, é o próprio sindi-cato que recolhe os tributos, a parte previdenciária do avulso. Não há contrato anotado em CTPS, mas a sua contratação obedece todos os pressupostos do contrato normal de trabalho. O tomador faz ao sindicato uma requisição de quantos trabalha-dores precisa; o sindicato pro-

“Até pouco tempo não havia quase nada, em matéria de

legislação, que desse instru-mento legal, ao Auditor Fis-

cal, para intervir nas relações de trabalho do avulso, não

portuário.

cede a escalação dos trabalha-dores e os coloca no local de trabalho; o pagamento pelo tra-balho, feito pelo empregador, é entregue ao sindicato, que re-passa os valores aos avulsos. O valor pago contém, discrimi-nados, os direitos trabalhistas, como percentuais de férias, 13º salário, FGTS. O recibo de pa-gamento expressa isso tudo. É uma forma de pagamento que lembra, um pouco, a remunera-ção do trabalhador temporário

da Lei 6019/74. O FGTS tem de ser depositado, cabendo ao sindicato pro-videnciar isso. Por outro lado, como legalmente cabe ao tomador pagar a taxa de serviço, a que faz jus o sindicato, não é ne-cessária a sindicalização do avulso, bastando que se cadastre na entidade sindical que será sempre chamado para ter o tra-

balho. Entendo que essa nova re-

gulamentação vai modificar profundamente, e para melhor, a situação do trabalhador avul-so, não portuário. Ele passa a ter garantida sua inclusão no mercado formal de trabalho”.

O colega AFT Renato Futuro já foi chefe da Fiscalização do Trabalho no Rio Grande do Sul, integrou a equipe que criou o SFIT e pertenceu ao grupo que resgatou o FGTS para o âmbito de competências da Inspeção do Trabalho, sendo seu primei-ro monitor quando o MTE re-cebeu o FGTS do Ministério da Previdência Social. (D.S.)

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O ELO

Sob o título acima, com cha-mada de primeira página, o Jornal Diário Serrano,

de Cruz Alta, Rio Grande do Sul, noticiou na sua edição de 26 de setembro último, o fechamento da Agência de Atendimento do MTE, dessa cidade, ocorrida por absoluta falta de funcionários.

Na verdade, a Agência está encerrando suas atividades, nes-te mês de outubro, porque o seu chefe, colega AFT Cláudio Almir Carvalho, teve publicada sua apo-sentadoria. Ele era o único funcionário a responder por todos os serviços da Agência, principalmente as homologações das res-cisões de contratos de tra-balho. Há 19 anos ele res-pondia pela representação do Ministério do Trabalho e Emprego no município de Cruz Alta.

“A exemplo do que aconteceu no ano passado com a Agência de Palmeira das Missões, o fe-chamento da Agência de Cruz Alta é definitivo. Chegou com minha aposentadoria, já que, por vontade da Secretaria de Inspeção do Trabalho não serão designados novos auditores, nem pessoal administrativo para a agência”, esclareceu Cláudio Carvalho. Ele recorda que esse desinteresse da Administração Federal vem de longa data, pois desde 1960, quando a reparti-ção recebeu Auditores Fiscais e Agentes Administrativos de outros órgãos federais, que en-tão tinham sido extintos, nunca mais houve admissão de pesso-al para o posto de Cruz Alta. E aquele pessoal pioneiro já tinha

“Fechado o atendimento do MTE em Cruz Alta”mais idade. Alguns tinham sido expedicionários da FEB, na Se-gunda Guerra Mundial e, assim, por volta de 1980 quase todos já estavam aposentados.

“Depois de todos estes anos de trabalho saio triste, pois sei que esta Cruz Alta, que amo tan-to, ficará sem a representação do Ministério do Trabalho. E sua po-pulação, principalmente os tra-balhadores, ficarão sem os servi-ços públicos oferecidos pelo Mi-nistério. Protelei meu pedido de

aposentadoria até onde me foi possível. Mas parece que o obje-tivo da Administração é mesmo fechar as agências. Fiz alerta so-bre isso há vários anos, inclusi-ve com declarações publicadas pelo O ELO, a revista mensal do Sindicato Paulista dos Auditores Fiscais do Trabalho.

Lembro que em 2005 a Secre-taria de Fiscalização, por meio dos departamentos responsáveis no Estado, realizou uma reunião para apresentar um projeto pilo-to, que visava o fechamento de todas as agências no Rio Grande do Sul. Ficariam somente seis ge-rências. Até mesmo Ijui e Santo Ângelo, cidades mais próximas, em nossa região, teriam suas ge-rências fechadas. Porém, o pro-jeto não teve êxito, mas ficou no

pensamento do comando, em Brasília, essa idéia contraditó-ria, que começou a colocá-la em prática a longo prazo. Decidiu-se que não seriam nomeados au-ditores fiscais para as agências, ficando na função aqueles que já estavam, até que se aposentas-sem. Assim, fechariam as agên-cias automaticamente”, afirmou Cláudio Almir.

Ele mencionou o Decreto Fe-deral 6.341/2008, que deu nova estruturação para o funciona-

mento do MTE, o qual pas-sou a ficar praticamente só com a fiscalização. O aten-dimento, com destaque para as homologações das rescisões contratuais, pas-sa a ficar a cargo de outros órgãos. Elas passam a ser feitas pelos sindicatos das categorias profissionais, ou pelo Ministério Público Es-

tadual, ou pela Defensoria Pública e, na última das hipóteses, pelo Juiz de Paz da cidade. Cláudio citou, também, o homologanet, sistema de homologação pela in-ternet, quando o empregador se dirigirá diretamente à Brasília.

Cláudio Almir Carvalho con-versou com a reportagem de O ELO em Belém do Pará, durante o 27º ENAFIT, eis que ele não perde os encontros nacionais. Emocionado, diz que sentirá falta de sua rotina de trabalho. “Tenho a cidade de Cruz Alta entranhada em mim. Seu povo é maravilhoso. Sempre fizemos de tudo para honrá-la. Cruz Alta é terra natal do escritor Érico Ve-ríssimo que nunca se esqueceu dela, mesmo quando estava no exterior”. (D.S.)

“Depois de todos estes anos de trabalho saio triste, pois sei que esta Cruz Alta, que amo tanto, ficará sem a representação do Ministério

do Trabalho.

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Alegria na festa dos aniversariantes

Aniversariantes de Setembro

O SINPAIT, conforme tradição, realizou com muito bom gosto a confraternização dos aniversariantes dos meses de agosto e

setembro.O evento foi no dia 07 de outubro, quarta-feira,

e reuniu os aniversariantes Damaris dos Santos Sil-va, Francisco Antonio Fiori, Geraldo da Silva Perei-ra, José Pereira Paes (agosto), Rodolpho Vinzens Simonek, Suzana Lacerda Abreu de Souza Lage e as funcionárias do SINPAIT, Silvana Ribeiro dos

Aniversariante de Agosto

Santos e Vaneide Monteiro Vilela Suzuki, além de vários diretores e convidados.

O bate-papo foi bastante diversificado, com tro-ca de informações entre os mais novos e os mais antigos Auditores-Fiscais do Trabalho, o que fez com que a confraternização se prolongasse por vá-rias horas.

Aos aniversariantes, a Diretoria do SINPAIT exter-na seus cumprimentos pela passagem do natalício, e aos convidados o agradecimento pela presença.

Convidados

Fotos: Arquivo SINPAIT

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O ELO

Na tarde do dia 17 de novembro último, o SINPAIT re-alizou a reunião festiva comemorativa dos aniversa-riantes do mês de outubro, com a presença de duas

dezenas de pessoas.Comemoraram seus aniversários os colegas José Geral-

do Leite, acompanhado de sua esposa Maria José, Maria Cecília Bertato Cardoso de Castro, Olga Massako Ishii, Ubirajara de Mello, acompanhado de sua esposa, tam-bém AFT, Rosa Mello e Nubar Guirimian.

Mais uma comemoração/mais alegria

Aniversariantes de Outubro e

acompanhantes

Convidados

Prestigiaram, ainda, a reunião, os convidados Eulália Gomes Matheu, João Saochuk, Nilza da Costa Mendonça, os Diretores Adriano Salles Toledo de Carvalho, Edir José Vernaschi, José Antonio Mesquita de Oliveira, Luci Helena Lipel, Maria Marly do Nascimento Carvalho, Rubens de Sou-za Brittes, Yllen Fábio Blanes de Araújo e o Presidente Jesus José Bales.

Aproveitando a presença dos colegas, o Presidente do SINPAIT fez uma explanação rápida da mudança que se pre-tende implantar na fiscalização a partir do próximo ano.

A reunião transcorreu com muita alegria e muito bate-papo.Aos aniversariantes renovamos os nossos cumprimentos

e aos convidados o nosso agradecimento pela presença.

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O grupo de Auditores Fis-cais que atua no combate às fraudes do FGTS e a

terceirização irregular, no Paraná, está centralizando suas atenções, no momento, no setor da saúde. Tem sido constatada, com frequ-ência, a contratação irregular de mão-de-obra, “PJs” e temporá-rios, em hospitais de expressão, bem como de trabalhadores na falsa condição de cooperados. Um dos focos de exploração dos trabalhadores é na área de fisio-terapia, mas a prática abusiva es-tende-se, praticamente, a todas as áreas, inclusive a radiologia onde, por lei, a jornada não pode passar de quatro horas diárias.

“Os colegas AFTs tem feito um trabalho técnico de bom nível e conseguido obter excelente índi-ce de regularização. Curitiba, por exemplo, é um importante cen-tro médico-hospitalar do país. O mesmo pode ser dito de Londri-na e Maringá. Mas essa evolu-ção, no bom atendimento, nem sempre é seguida do respeito à Legislação Trabalhista. Por isso a Inspeção do Trabalho paranaen-se está atenta e acompanha de perto esse setor”, disse o colega AFT Luiz Fernando Favaro Bus-nardo, que integra o núcleo de fiscalização contra as fraudes e terceirização irregular. Reeleito Presidente da Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho da Paraná, ele foi empossado sole-nemente no último dia cinco de outubro.

O descaminho da terceirização

Destacando uma certa fragili-dade do ordenamento legal que alcança a terceirização de servi-

Terceirização irregular centraliza ação fiscal no Paranáços - na verdade, quase sempre intermediação de mão-de-obra – o AFT Luiz Fernando lembrou que sequer há definição precisa para o que seja atividade fim da empresa. “Ninguém faria críticas se a empresa terceirizadora regis-trasse todos seus empregados, fizesse o enquadramento correto, respeitando, pelo menos, o piso profissional da categoria que vin-cula o empregador, respeitando normas de saúde e segurança, fa-zendo corretamente, e em dia, os depósitos do FGTS de seus em-pregados. Na prática, as fiscaliza-ções têm constatado, no mais das vezes, desrespeito a esses direitos básicos. Até casos de “quarteiriza-ção foram detectados”.

Esclareceu que a atuação do grupo de combate às fraudes e terceirização irregular começou no setor de Telemarketing. Numa única empresa obteve-se o re-gistro de mil trabalhadores co-operados, com o encerramento da cooperativa de mão-de-obra que incentiva a fraude. Noutra empresa alcançou-se o registro de outros mil trabalhadores, que estavam na condição de tempo-rários, mas totalmente à margem do que dispõe a Lei 6019. Essa forma de contratação - temporá-rios da Lei 6019 – caiu vertical-mente a partir de setembro do ano passado, com a chegada da crise econômica. As empresas tomadoras cancelaram os pedi-dos, por falta de atividade, e mui-tas agências de trabalho tempo-rários, algumas de grande porte, entraram em colapso. Mas, com o vigor da ação fiscal, o setor de Telemarketing está saneado, em grande parte, no Paraná.

O colega Luis Fernando disse

que os AFTs do núcleo de com-bate às fraudes e terceirização irregular tiveram, também, atu-ação destacada no setor de fri-goríficos e na própria Petrobrás, que tem alto índice de empresas fornecedoras de serviços e mão-de-obra. “O trabalho feito nos fri-goríficos e na Petrobrás foi, em boa parte, com o Ministro Públi-co do Trabalho”.

A auditoria que vem sendo feita no setor da saúde tem iden-tificado, principalmente, as con-tratações irregulares por meio de “PJs” (Pessoas Jurídicas). Porém o maior número de irregulari-dades tem atingido os fisiotera-peutas e seus afins. São vários fatores que contribuem para isso, mas, certamente, o princi-pal deles é a baixa remuneração paga pelos convênios médicos. Sob essa alegação, há hospitais e empregadores da área de saú-de que sugerem ao profissional que se torne autônomo – pessoa jurídica – firmando contratos de prestação de serviços. Mas não adianta esse expediente, pois na primeira oitiva do profissio-nal ficam claros os elementos caracterizadores da relação em-pregatícia. O que se constata é que o profissional, submetido a essa realidade, tem de cumprir jornadas estafantes e sem rece-ber, muitas vezes, sequer o piso profissional da categoria.

NR-13

O AFT Luiz Fernando informou que tem se intensificado, no Pa-raná, a fiscalização da NR-13. No interior uma das principais ativi-dades rurais tem sido o reflores-tamento e, com isso, cresce o nú-

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O ELO

Aconteceu, no último dia 05 de outubro, a posse da nova diretoria da As-

sociação dos Auditores-Fis-cais do Trabalho do Paraná, na sede da entidade, em Curitiba.

A posse foi bastante con-corrida, com cerimonial, leitura das atas, assinatura do termo de posse, inúmeros discursos e, posteriormente, um coquetel.

Foi reeleito o colega AFT Luiz Fernando Favaro Busnardo, acompanhado dos demais cole-gas da Diretoria, Conselho Fiscal

Posse da nova Diretoria em Curitiba

e representantes das Gerências Regionais.

Além de um grande grupo de colegas, estiveram presen-tes o Superintendente Regional do Trabalho, Alvyr Pereira de

Lima Júnior, o colega Lourival da Cunha Souza, Presidente da Associação dos Auditores-Fis-cais do Trabalho do Maranhão – AITEMA e Jesus José Bales, do SINPAIT.

mero de madeireiras. É atividade que exige acompanhamento ri-goroso da inspeção, em saúde e segurança, sobretudo quanto às medidas de prevenção.

Por outro lado, o Estado tem avançado no pólo da indústria au-tomobilística (Nissan, Volvo, Volks, Renault) e isso também exigiu a formação de forças-tarefa. Como já havia sido feito na área dos fri-goríficos, também na indústria automobilística a auditoria fiscal tem feito intervenções freqüentes, quanto a terceirizações irregulares e nos projetos de prevenção em saúde e segurança.

“Mas o fato de maior destaque, na Superintendência do Trabalho do Paraná, foi a pacificação inter-na. A passagem de alguns dele-gados regionais, com atitudes nem sempre adequadas, causou desconforto e até mesmo proble-mas para o desempenho normal da fiscalização. Com muita boa vontade, compreensão e espírito de solidariedade dos Auditores Fiscais, foi possível alcançar o consenso, acabando o descon-tentamento. De quatro anos para

cá os trabalhos fluem de modo normal, e muito produtivo, na Superintendência do Paraná. Por meio de bom planejamento técni-co, alcançou-se a valorização do trabalho de fiscalização. Não só na rotina fiscal, como nos grupos especiais de fiscalização, as metas são alcançadas e os problemas re-solvidos. O Paraná enfrenta, com regularidade, a migração interna de trabalhadores, na maioria sa-fristas. Procedem, sobretudo, de Minas Gerais, Alagoas e Pernam-buco. O grupo especial que faz o acompanhamento dessa ativida-de mobiliza considerável número de Auditores Fiscais, que já conta com eficiente cadastramento de tomadores e fornecedores dessa mão-de-obra, prevenindo possí-veis problemas, como o desliga-mento maciço dos trabalhadores, sem o cumprimento de seus di-reitos trabalhistas”.

Nasce nova liderança

Luiz Fernando Favaro Busnar-do, curitibano, 41 anos, casado, é AFT do concurso de 1994, tendo

sido empossado em janeiro de 1996. Integra o pessoal de legisla-ção, sendo formado em Adminis-tração e Direito, diplomado pela Uni-Curitiba. Em 2007 foi eleito pela primeira vez para a presidên-cia da AAFTP, reeleito neste ano de 2009. Foi Chefe da Seção de Fiscalização da Superintendência paranaense por vários anos. Mui-to sério e, ao mesmo tempo, mui-to simpático, Luiz Fernando trans-mite transparência e credibilida-de em sua atuação sindical, o que faz de sua pessoa uma liderança nova e em ascensão na auditoria Fiscal do Trabalho brasileira.

No entanto, externa reivindi-cação importante para seu Es-tado. “O Paraná, apesar de ser classificado superintendência de segundo grupo, é Estado de eco-nomia em expansão e, na minha visão, já merece ser elevado á classificação de primeiro grupo. Isso permitiria termos mais ge-renciais, melhor distribuição de AFTs e cobertura mais eficien-te dos setores que necessitam acompanhamento constante da fiscalização”. (D.S.)

Fotos: Arquivo SINPAIT

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Nomeação em BrasíliaNovo SuperintendenteO DOU de 17.09.09 publicou a Portaria nº 1.624, de 16.09.09, que nomeou CELUTA CRUZ MO-RAES KRAUSS para o cargo de Superintenden-te Regional do Trabalho e Emprego para o Es-tado do Sergipe.

ANTONIO FERNANDO DECNOP MARTINS – Subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração da Secretaria Executiva/MTE – Portaria PR/CC/MTE nº 435, de 01.09.09 (DOU. 02.09.09).

Nova Diretoria

Nossos cumprimentos aos novos dirigentes, desejando-lhes felicidades e sucesso na gestão

da entidade:

AAFT/PR – Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho no Estado do Paraná

(biênio 2009/2011)

Titulares: Diretor Presidente: Luiz Fernando Fa-varo Busnardo

Diretor Vice-Presidente: Sérgio Kmetiuk – Diretor Secretário Geral: Fábio Ubirajara de Campos Lantmann – Diretor Financeiro: Sérgio Antonio Wallbach Ribeiro – Diretor Jurídico: Fernanda Sucharski Matzenbacher – Diretor Cultural e Social: Isabel Cristina Stramandinoli – Diretor de Assuntos de Inativos: Isalino Antonio Giacomet - Diretor Regional Cascavel: Luiz Carlos Andrade - Foz do Iguaçu: Mafalda Dias – Londrina: Fernando Roque – Maringá: Lauro Souza - Ponta Grossa: Cláudio Baccarin

Suplentes: Diretor Regional Cascavel: Geraldo Antonio Maccarini - Foz do Iguaçu: Tadeu Alexandre de Albuquerque e Silva – Londrina: Juraci Setsue Takahashi – Maringá: Célia Aparecida Cateli Costa - Ponta Grossa: Eliane Horácio Nofre - Demais Diretores: Francisco Carlos de Lima, Lenita Maria Stankiewicz e Neuza Jara Soares.

CONSELHO FISCAL: Titulares – Daltro Sebastião Faccio, José Leo Lazarus e Luiz Alvaro Chibicheski – Suplentes: Manoel Quevedo Maia, Marilza Lima da Silva e Paulo Ricardo Vijande Pedrozo.

Designações em São PauloFERNANDA REGINA DELENA - Chefe do Serviço de Comunicação Social, da SRTE/SP - Portaria GM/MTE n° 2.208, de 17.11.09 (DOU. 18.11.09);

MARCO ANTONIO MELCHIOR - Chefe da Seção de Fiscalização do Trabalho, da SRTE/SP - Portaria GM/MTE n° 2.197, de 11.11.09 (DOU. 12.11.09);

HÉLCIO CECCHETTO FILHO - Chefe do Setor de Relações do Trabalho, da GRTE/ Santo André - Portaria GM/MTE n° 2.153, de 29.10.09 (DOU. 30.10.09);

ROSANGELA FRANÇA RIBEIRO - Chefe do Se-tor de Atividades Auxiliares, da GRTE/Sorocaba - Portaria GM/MTE n° 2.049, de 22.10.09 (DOU. 23.10.09);

ITAMAR MUNIZ - Chefe do Núcleo de Material e Patrimônio, do Setor de Serviços Gerais, da Divi-são de Administração, da SRTE/SP - Portaria GM/MTE n° 1.999, de 08.10.09 (DOU. 09.10.09);

VILMA DIAS - Assessora Técnica, da SRTE/SP - Portaria GM/MTE n° 1.970, de 08.10.09 (DOU. 09.10.09);

MARCOS ANTÔNIO FIGUEIREDO - Gerente Regional do Trabalho e Emprego em Araçatuba, da GRTE/Araçatuba - Portaria GM/MTE n° 1.857, de 30.09.09 (DOU. 01.10.09);

ALOISIO BATISTA DO NASCIMENTO - Chefe do Setor de Serviços Gerais, da Divisão de Administração, da SRTE/SP - Portaria GM/MTE n° 1.657, de 17.09.09 (DOU. 18.09.09);

BENEDITO JOSÉ RODRIGUES - Chefe da Agência Regional em Monte Alto, da GRTE/Ribeirão Preto - Portaria GM/MTE n° 1.613, de 03.09.09 (DOU. 04.09.09);

DARLI LÉSSIO DOS SANTOS DIAS - Chefe da Agência Regional em Atibaia, da GRTE/Jundiaí - Portaria GM/MTE n° 1.612, de 03.09.09 (DOU. 04.09.09).

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Aposentadorias

CARLOS GONÇALVES DA SILVA

AFT aposentado - Ribeirão Preto/SP

+ 30/10/2009

JORGE LUIZ LORUSSO

AFT - GRTE/Campinas/SP

+ 03/10/2009

SADRACH RODRIGUES DA SILVA

AFT aposentado - Indaiatuba/SP

+ 31/08/2009

SOLANGE MARISA ALONSO PINTO

AFT aposentada - Ribeirão Preto/SP

+ 31/07/2009

APARECIDO CARDOSO DE CASTRO

Esposo da colega AFT aposentada MARIA CECÍLIA BERTATO CARDOSO DE CASTRO

+ 01/03/2009

Adeus. Até sempre.Saudades...

Na Paz Do SenhorNossos cumprimentos pelos serviços prestados à classe e

à Inspeção do Trabalho aos contempladoscom as aposentadorias:

MARISA APARECIDA DIEGUES – Auditora Fiscal do Trabalho, lotada na GRTE/Guarulhos - Portaria SRTE/SP/MTE nº 437, de 05.11.09 (DOU. 12.11.09);

CELSO ANTONIO SILVEIRA – Auditor Fiscal do Trabalho, lotado na GRTE/São José do Rio Preto - Portaria SRTE/SP/MTE nº 436, de 05.11.09 (DOU. 12.11.09);

JORGE TADEU LOPES - Auditor Fiscal do Trabalho, lotado na GRTE/Santos - Portaria SRTE/SP/MTE nº 480, de 23.09.09 (DOU. 23.10.09);

MARGARIDA MARIA BALTIERI MAUAD - Auditora Fiscal do Trabalho, lotada na GRTE/Ribeirão Preto - Portaria SRTE/SP/MTE nº 498, de 06.10.09 (DOU. 22.10.09);

HORÁCIO SENICIATO - Auditor Fiscal do Trabalho, lotado na GRTE/Bauru - Portaria SRTE/SP/MTE nº 432, de 28.08.09 (DOU. 15.09.09);

IDEMAR AURELIANO DA SILVA - Auditor Fiscal do Trabalho, lotado na GRTE/Campinas - Portaria SRTE/SP/MTE nº 431, de 28.08.09 (DOU. 15.09.09).

Nova metodologia debatida em São PauloO Superintendente José Roberto de Melo reuniu-

se na manhã do último dia 4 de novembro, em seu gabinete, com um grupo de Auditores, Chefes e Gerentes Regionais da capital, para debater a nova metodologia que vai conduzir a Auditoria Fiscal do Trabalho, a partir de janeiro 2010, e, ao mesmo tem-po, pedir providências concretas para implantação da nova sistemática no Estado de São Paulo.

Estavam presentes os colegas Auditores Carlos Alberto Angelini (GRT-ZONA NORTE), Celso de Al-meida Haddad (SEGUR), Dalísio dos Santos, Hiroshi Kimura (GRT-ZONA LESTE), Lincoln Chisin Uyezu (GRT-ZONA OESTE), Makoto Sato (CHEFE DA FISCA-LIZAÇÃO), Marco Antonio Melchior, Nilza da Costa Mendonça (CHEFE DA SEÇÃO DE MULTAS), Regina Candellero Castilho Nami Haddad, Solange Apareci-da de Andrade, Vilma Dias (ASSESSORA) e Luis Ale-xandre de Faria.

A AFT Regina Haddad fez uma exposição técnica sobre o material enviado pela SIT, o qual chamou de diagnóstico, pois não contém definição legal sobre o que deve ser feito.

As discussões ficaram centralizadas na elaboração dos projetos e formação dos grupos de Auditores que irão implementá-los. A possível divergência da nova metodologia, com o regulamento da Inspeção, foi le-vantada por vários Auditores, principalmente quando se falou que não mais haverá setores de fiscalização e, por conseguinte, o sorteio dos Auditores previsto no Regulamento da Inspeção do Trabalho. Como foi informado que os projetos e a escolha dos auditores, pelo coordenador, devem ser comunicados à SIT até 13 de novembro corrente, praticamente todos enten-deram ser muito difícil o atendimento nesse prazo.

A nova metodologia dá autonomia às regionais e transfere ao superintendente a responsabilidade na condução dos trabalhos, ou seja, estabelecer projetos e distribuição dos Auditores, tarefa esta que será feita pelo coordenador.

O colega AFT Jesus Bales, presidente do SINPAIT, disse que as mudanças são sempre necessárias, porque nada, na vida, é estático, mas Jesus pede que a categoria sempre seja ouvida, a fim de que possa expor, com cla-reza, suas posições.

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Luci. Acredito que para nós paulistas, e até para o próprio SINAIT, a alternativa é essa.”

João de Souza Bomfim – AFT aposentado/Joa-nópolis/SP – “Parabéns Jesus, parabéns SINPAIT – Jesus Bales, ‘O ELO’ – Boletim Informativo do Sindicato Paulista dos Auditores Fiscais do Tra-balho – continua forte e encorpado. Sabemos o quanto ele é custoso para os cofres do Sindicato, mas vale a pena. Sua impressão e seu material gráfico é coisa de primeiro mundo, ou em muitos casos até melhor. Alegro-me por saber que sua circulação já é do conhecimento da Fundação Bi-blioteca Nacional-RJ, do Ministério da Cultura.”

Maria Machado Silveira – AFT/Porto Alegre/RS – “Não me imagino deixando de receber as edições do excelente “O Elo”, o qual já faz parte de minhas leituras obrigatórias. Mais do que a linha editorial técnica, sempre de grande utili-dade para quem precisa se manter em dia com as novidades da nossa carreira, admiro nessa publicação a sua forma de promover a integra-ção dos Auditores Fiscais, sem os ranços ideo-lógicos que muitas vezes acabam por nos dis-tanciar de uma luta em comum. Assim sendo, solicito que seja providenciada a mudança do meu endereço para correspondência, que pas-sou a ser o que consta acima. Fico no aguardo, desejando a todos um excelente trabalho.”

Michel Temer – Presidente da Câmara dos De-putados – “Agradeço Boletim Informativo O ELO nº 277/2009”.

Rogério Lopes Costa Reis – AFT-SIT/MTE – “Sou AFT com exercício na SIT e gostaria de receber na minha residência os próximos exemplares da revista ELO. Sempre que tenho acesso à pu-blicação, me impressiona seu caráter informa-tivo e de defesa da nossa categoria. Parabéns pelo papel que desempenha pela comunica-ção dos AFT. Sentiria honrado se recebesse os exemplares regularmente.”

Jerônimo Jesus dos Santos – Consultor Jurídico do MTE – “Com os meus cordiais cumprimen-tos, é o presente para agradecer a inestimável atenção desse conceituado Sindicato dispensa-da a esta Consultoria Jurídica do Ministério do Trabalho e Emprego quanto ao envio de exem-plar do “Boletim Informativo do Sindicato Pau-lista dos Auditores Fiscais do Trabalho”.

Francisco Alves Bezerra – AFT aposentado/SP – “Caro amigo Jesus, muito obrigado pela lem-brança; você sabe o quanto é difícil em nossa atividade, aposentar-se, sem qualquer mácula; Duas grandes alegrias tive na vida; a primei-ra foi quanto tomei posse no cargo de fiscal do trabalho, em junho de 1984; a outra foi no dia 04 do corrente quando cheguei para cum-prir mais um Plantão e deram-me a notícia de que a minha aposentadoria havia sido publica-da, desde 02 de setembro; no mesmo instante, passada a euforia, descarreguei todos os pro-cessos e O.Ss. e corri para casa onde comemo-rei com meus entes queridos; Agradeço a Deus e a Jesus por terem me concedido a graça de ter pertencido a essa gloriosa carreira de Au-ditor Fiscal do Trabalho e de ter convivido com companheiros e amigos, como você e com to-dos aqueles com quem tive a oportunidade de trabalhar durante todo este tempo; Que Deus e Jesus iluminem e continuem orientando e ins-pirando todos os nossos colegas onde quer que se encontrem.

José Edson Carlos de Arruda – AFT aposentado/Sorocaba/SP – “Por motivos de saúde não com-pareci na reunião em Sorocaba, quando da sua presença. Entretanto não poderia deixar de en-viar os meus parabéns pela candidatura a chapa Alternativa Democrática, a você Jesus e a colega

CORREIO A ELO

Agradecimentos

Aposentadoria

Eleição SINAIT

Remessa

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O ELO

Enlace Matrimonial

Andréa e Ricardo

No dia 8 de novembro último, realizou-se no Buffet Baiúca, em São Paulo a cerimônia religiosa de casamento de Andréa e Ricardo.

Ricardo é filho de Isaac Kahn e Eliane Kahn.Andréa é filha de Pedro Henrique Távora Niess e de nossa colega Lucy Toledo das Dores Niess,

lotada na GRTE/Sul/São Paulo.

Na oportunidade, a diretoria do SINPAIT renova seusvotos de muito amor e felicidades ao jovem casal.

A redação de O ELO e a Diretoria do SINPAIT, agra-decem ao jornalista André Domingues o envio de exemplar se seu novo livro, “Caymmi sem folclore”, e o convite para a noite de autógrafos, que ocorreu no dia 08 de outubro passado, na Livraria Cultura, do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista.

O livro, editado pela Barcarolla, não é biográfico, mas contem importante trabalho de pesquisa sobre o grande compositor e cantor baiano, Dorival Caym-mi. Enfoca o seu pioneirismo em vários aspectos da música popular brasileira, sobretudo o resgate da música que emana do folclore nordestino, como as praieiras e canções de pescador.

Na abordagem crítica do famoso compositor, André Domingues menciona: “Outro indício bastante forte do alheamento do primeiro Dorival Caymmi à prática litúr-gica do candomblé, é o samba “Lá vem a Baiana”, de 1947, em que, jocosamente, trata os quebrantos e invo-cações de santos, de uma baiana, como meros artifícios de sedução: Lá vem a baiana de saia rodada/sandália bordada/vem me convidar para sambar/mas eu não vou! Lá vem a baiana coberta de contas/pisando nas pontas/dizendo que eu sou o seu ioiô/mas eu não vou! Lá vem a baiana, mostrando os encantos/falando de santos/dizendo que é filha do senhor do Bonfim. Mas pra cima de mim!? Pode jogar seu quebranto que eu não vou/pode invocar seu santo que eu não vou/pode esperar sentada, baiana, que eu não vou(...)”.

André Domingues vem de uma família de jornalis-tas. Seu pai, José Maria Domingues dos Santos, traba-lhou por muitos anos nas revistas da Editora Abril, no Departamento de Jornalismo da Rede Globo de Televi-são, no Jornal da Tarde, do Grupo Estado, e hoje é um dos editores do Diário do Comércio, da Associação Comercial de São Paulo. Sua avó, Helle Alves, a quem dedica o livro, foi repórter, durante mais de trinta anos, dos Diários Associados de São Paulo, e conta, na sua carreira, um furo internacional de reportagem. Helle foi a única repórter a presenciar, juntamente com o ci-negrafista Walter Gianello (TV Tupi-SP) e o fotógrafo Antonio Moura (Diário da Noite/SP), a chegada, numa clareira da selva boliviana, chamada “Quebrada de Jaguei”, em Camiri, do corpo do guerrilheiro Ernesto Chê Guevara, morto pouco antes, com um tiro no co-ração, por um comando militar do exército da Bolívia, chefiado pelo capitão Gary Prado.

A primeira, e histórica foto, de Guevara morto, foi do repórter fotográfico Antonio Moura, o “Mourão”, que logo correu o mundo. Helle Alves lembra que o corpo de Chê Guevara chegou de helicóptero, içado por um cabo de aço, e foi depositado numa mesa simples, de madeira, no interior de uma escola rural, onde foi feita a identificação oficial. Historiadores in-cluíram esse acontecimento – a morte de Chê - entre os cem mais importantes do jornalismo mundial, no século XX.

Caymmi sem folclore

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Um vento morno varre o entardecer que no doce balanço das ondas os sonhos rolam na imensidão do espaço. O azul do céu desmaia nos braços tépidos dos últimos raios do sol. Luzes em mutação e enroscam-se em tons com nuanças difusas. Um rendado cinza, tímido se alastra sobre o mar de águas esverdeadas refletindo a orgulhosa mata da encosta. O sol antes sen-tado em seu trono dourado onde se estende um tapete de luz cede gentil a passagem da majestosa lua que ainda tremula espia o rubor esmaecido no horizonte onde a luz brilhante se apaga mansamente. As ondas do mar murmuram desconexas na imensidão das águas desmaiadas nos braços de um Oráculo não revelado. No alto uma estrela maior fende os nimbos que caminham como guiados por um comandante invisível. Ao longe, na encos-ta, o mar sem regras, lambe num brusco estalar o penhasco coberto por conchas que se agarram como parasitas entremeadas por um musgo verde escuro. Na face inclinada da montanha, o colorido exótico forma desenhos fantasmagóricos iluminados pelos fachos incipientes do mágico luar. A lua se despe, deixa cair o manto, se debruça com seu séqüito de estrelas que, na confusão, procuram um lugar de destaque para formar o cintilante corre-dor da via - láctea. Vésper domina o exuberante esplendor do céu. A grande estrela anuncia a Noite Maior. A noite se aproxima no espelho das águas o luar se mira e ganha distancia com seus raios prateados. O sol se espre-guiça e se recolhe mansamente transmudando cores para se esconder nas brumas do infinito.

Uma estrela cadente rasga o espaço e se afunda no mar. Como por encan-to, no momento em que a espuma emaranha-se no denso balançar, as águas se abrem para receber a estrela que no despencar brusco deixa um rastro de luz. Como por encanto uma sombra se levanta das profundezas do mar, delineando numa profusão de cores. No plácido espelho delineia-se a forma de uma rústica manjedoura. Imaginação? Alucinação? Algo se move imper-ceptível. Paulatinamente, o desenho se aperfeiçoa, o pincel na magia de seu Executor, transforma sutilmente a acanhada cabana em uma manjedoura rutilante, sem alterar a sua simplicidade. Ao fundo, figuras de animais refle-tidos na réstia do luar sobre o mar. Folhas secas, com a maciez de um fofo abrigo, agasalham um pequenino corpo que resplandece numa aura de luz entre duas figuras prostradas de joelhos, contemplando com amor o filho de Deus. Jesus sorri, na inocência infantil. Maria e José, eleitos para compor a sagrada família, oram em silêncio.

No alto a estrela brilha e cabeças coroadas chegam com presentes, in-censo, ouro e mirra, É Natal! É a noite maior! Logo despertará o dia e o Sol apagará com seus raios a construção do sonho! Mas nunca desaparecerá o sorriso de uma criança na oferenda do Natal, o aperto de mão do amigo, o abraço fraterno na comunhão da família. Ouro, Mirra ou Incenso, não im-porta o valor e sim, o carinho da oferenda, onde mãos se levantam para a doação aos menos favorecidos, perpetuando a igualdade entre raças, cren-ças e condição social. O Natal é o sinal, a marca, o símbolo da fraternidade humana.

“Paz na terra aos homens de boa vontade.”

Kina de OliveiraAFT aposentada/SP

A NOITE MAIOR NO MARSILÊNCIO, LUAR, REVELAÇÃO