feliz natal e próspero ano novo - jornal o açoriano · 2018-08-30 · de agir (bento xvi)” –...
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O Açoriano2
EDIÇÕES MAR4231, Bl. St-LaurentMontréal, Québec
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VICE-PRESIDENTE: Nancy Martins
DIRECTOR: Mario Carvalho
DIRECTOR ADJUNTO: Antero Branco
REDACÇÃO: Sandy Martins
COLABORADORES: Debby MartinsMaria Calisto
Natércia Rodrigues
CORRESPONDENTES:Açores
Alamo OliveiraEdite MiguelJorge Rocha
Roberto Medeiros
FOTOGRAFIA: Anthony NunesRicardo SantosJosé Rodrigues
AçoresHumberto Tibúrcio
INFOGRAFIA: Sylvio Martins
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O AçorianoEDITORIAL
Natal do EmigranteO homem da terra desta edição será dedicado a
todos os repatriados e familiares, não por ser uma homenagem à vida que escolheram, mas que nos sirva de reflexão, por todo o sofrimento que vivem as famílias afectadas pela deportação. São conter-râneos nossos, que em muitos casos vivem à deri-va no caminho do crime e da toxicodependência, droga, álcool e roubo. Também conheço alguns casos em que refizeram uma vida nova, digna repleta de honestidade. No blogue do jornalista Açoriano José Gabriel Ávila encontrei entre vá-rios escritos um artigo que muito me emocionou, intitulado ‘’Natal do repatriado’’ que podem ler na íntegra na página 5, por saber que muitos dos nossos conterrâneos vivem e sofrem esta triste re-alidade da deportação, numerosos são os Açoria-nos repatriados que chegam aos Açores todos os anos.Quando lá che-
gam, abandonam por completo a pou-ca vontade de viver que ainda havia, quando residiam na América ou Ca-nada, sentem-se emigrantes na terra aonde nasceram, não dominam a lín-gua portuguesa, não conhecem ninguém, partiram ainda muito jovens na companhia dos pais. Em vários casos deixa-ram atrás, esposa, filhos, pais, irmãos e amigos. Os que cá ficam também muito sofrem, e choram oceanos de lágrimas todos os dias por saberem que ao deportar um dos seus, eles os perdem para toda a vida. A minha mensagem de Natal é que ao menos enquanto é tempo tirem os papéis, Ameri-canos ou Canadianos, para se tornarem cidadãos do país aonde vivem. Erros, todos nós os faze-mos, é preciso não os repetir, endireitar o leme e tomar o rumo certo.Natal, é data importante pelo nascimento de Je-
sus em que devemos comemorar o seu aniversá-rio. E em vez de lhe darmos ao aniversariante um presente, é ele que nos dá o verdadeiro presente de Natal: o Amor. Pois, ele nos ensina a viver de verdade, sem falsas ilusões, sem discriminação, onde ricos e pobres, doentes e saudáveis, negros, brancos, amarelos ou vermelhos, podem ser fe-lizes se aprenderem e seguirem os seus ensina-mentos. Aonde, cada família esteja unida, onde todos se-
jam felizes com aquilo que possuem, não vivem de ilusões que o mundo pode dar, mas vivem pela certeza dos ensinamentos de Jesus. São os únicos que produzem justiça, igualdade e mostram que a morte não existe. Às vezes reclamamos que não conseguimos com-
prar um carro novo, uma casa um pouco maior, uma roupa de marca, um novo jogo para os nos-sos filhos, porque não temos dinheiro suficiente para comprar. Devemos agradecer a Deus pelas riquezas que temos e que não damos o devido va-lor. A casa, embora seja simples, pelo menos não moramos debaixo das pontes. As roupas que pos-suímos, que nos agasalha, embora não sejam de marca e nem da moda. A comida que temos, pelo menos não passamos fome. Pela saúde que temos,
pois enxergamos, falamos, ouvimos, podemos andar. A verdadeira fe-
licidade é que po-demos ser felizes com o que temos, procurando fazer o bem às outras pes-soas. E este é um presente que todos podemos dar, se o quisermos e se es-forçarmos de ver-dade.
Para todos aqueles que sofrem a dor da injustiça social, que estão doentes vai um pensar positivo de esperança, confiança e crentes de que o dia de amanhã será melhor e menos doloroso. Parabéns, a todos os casais, que excederem os
momentos difíceis, evitando a separação, dando aos filhos, o melhor presente do mundo um Natal em família. Aos noivos que decidiram assumir a sua relação comprometendo-se unindo-se um ao outro na aliança de Deus através do matrimónio, ponde de lado os preconceitos modernos em que o casamento já não é necessário, casar, é um sinal de respeito e fidelidade um pelo outro, nada resiste ao tempo quando a união não é solidificada num compromisso de seriedade.A todas as mães que tiveram a coragem de dar
à luz um filho, negando a sua destruição através do aborto, conheço grandes homens e mulheres fi-lhos de numerosas famílias que são o orgulho dos pais que foram concebidos e gerados em situações muito complicadas.‘’O Açoriano” deseja a todos, felizes festas de
Natal e um próspero Ano Novo.
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GENTE DA TERRA
Mario CarvalhoHaja Saúde para viver o Natal
Ora viva cá, estamos nós no final do ano. O tempo passa depressa, devoran-do as horas e os dias da nossa vida na memória armazenamos recordações.Aproveito esta ocasião festiva para
agradecer a todos os colaboradores e leitores da revista “O Açoriano”, pelo
vosso apoio e empenho e palavras carinhosas ao longo de todo o ano. Nunca devemos deixar morrer as nossas tradições nem deixar o espírito de Natal ser invadido pe-las distracções modernas, vamos viver o natal na companhia das nossas famílias e amigos, natal é tempo de partilhar a amizade, e o amor.Neste momento, o meu pensa-
mento vai para as pessoas, que irão passar o natal sós, todos aque-les que estão doentes, vivendo a incerteza do dia de amanhã.Recordar-se não é o mesmo que
lembrar-se; não são de maneira nenhuma identicos. A gente pode muito lembrar-se bem de um even-to, rememorá-lo com todos os por-menores, sem por isso dele ter a recordação. A memória não é mais do que uma condição transitória da recordação: ela permite ao vivi-do que se apresente para consagrar a recordação. Esta distinção torna-se manifesta ao exame das diversas idades da vida. O velho perde a memória, que geralmente é de todas as faculdades a primeira a desaparecer. No entanto, o velho tem algo de po-eta; a imaginação popular vê no velho um profeta, animado pelo espírito divino. Mas a recordação é a sua melhor força, a consolação que os sustenta, porque lhe dá a visão distante, a visão de poeta. Ao invés, o moço possui a memória em alto grau, usa dela com facilidade, mas falta-lhe o mínimo dom
de se recordar. Em vez de dizer: “aprendido na mocidade, conservado na velhice”, poderíamos propor: “memória na mocidade, recordação na velhice”. Os óculos dos velhos são graduados para ver ao perto; mas o moço que tem de usar óculos, usa-os para ver ao longe; porque lhe falta o poder da recordação, que tem por efeito afastar, distanciar. A feliz recordação do velho é, como a feliz facilidade do
moço, um gracioso dom da natu-reza, da natureza que protege com seus cuidados maternais as duas idades da vida que mais precisam de socorro, se bem que, em certo sentido, sejam também as mais favorecidas. Mas é por isso tam-bém que a recordação, tal como a memória, muitas vezes não passa de portadora dos dados mais im-previstos. Apesar de se distinguirem por
grande diferença, a recordação e a memória são por vezes tomadas umas pela outra. A recordação é efectivamente passado idealiza-do, mas como tal, implica uma responsabilidade muito maior do que a memória, que é indiferente ao ideal. A recordação tem por fim, evitar
as soluções da continuidade na vida humana e dar ao homem a certeza da sua passagem pela terra que fica marcada e será recordada para sempre, num só traço, num
sopro, e pode exprimir-se na unidade. Assim, se vai, mais um ano com muitas lembranças e poucas recordações, va-mos pensar com confiança que o ano novo será melhor do que o velho. Vamos todos recordar o Natal da nossa vida, sem prendas mas com muita alegria, junto das pessoas que nós amamos. Desejo a todos umas Festas Felizes, tenham um bom Natal e um Próspero Ano Novo 2010.Brindamos todos juntos, Haja Saúde.
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AS NOSSAS RAÍZES
Bispo de Angra – Abraçar a vida humana na celebração do Natal“Nós é que fazemos o Natal, com o nosso testemunho e em-
penho, qual fermento que leveda a massa, luz que ilumina e fogo que aquece, sal que preserva da corrupção e dá sabor à vida. Celebrar o Natal de Jesus é abraçar a vida humana e a própria humanidade”.Na sua Mensagem de Natal, D. António Sousa Braga subli-
nhou que “a ideia de um Deus sem mundo ou de uma Igreja confinada na sacristia, contraria o Mistério da Encarnação de Deus, que nos desafia a encarnar a fé na vida” O Bispo de Angra, D. Antó-
nio Sousa Braga, sustenta que “não adianta muito queixar-se de como o Natal é celebra-do hoje”.“Nós é que fazemos o Natal,
com o nosso testemunho e empenho, qual fermento que leveda a massa, luz que ilu-mina e fogo que aquece, sal que preserva da corrupção e dá sabor à vida. Celebrar o Natal de Jesus é abraçar a vida humana e a própria hu-manidade, como Ele, com paixão e até à Paixão, que é a for-ma mais radical do amor” – argumenta o Prelado açoriano.“A fé não nos protege dos problemas e das dificuldades.
Não facilita, compromete. Não nos exime de combater e de arriscar, para que se realize o que se espera e ainda não se vê. Como afirma a Carta aos Hebreus, ‘a fé é garantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se vêem’ (Heb 11, 19)” – acrescenta.Encarnar a fé na vida, reforça o Bispo de Angra, “consiste
em ‘apostar’ em Deus, que age na história de forma miste-riosa, que nem sempre compreendemos e tantas vezes nos custa aceitar”.“A Deus jamais alguém O viu” - diz-nos S. João (Jo 1, 18).
Mas torna-se visível no Filho Encarnado, que O revela como Amor. Por isso, não obstante tudo o que acontece no mundo e na nossa vida, acreditamos que Ele nos quer bem e quer o nosso bem, ainda que o Seu silêncio seja incompreensível. “Deus é Amor” (1 Jo 4, 16). Apesar de todas as trevas, Ele
é que “tem o mundo nas Suas mãos… Esse amor divino é a luz – fundamentalmente a única – que ilumina, incessante-mente, um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e de agir (Bento XVI)” – refere a Mensagem de Natal.Segundo D. António, “o Menino, nascido em Belém há dois
mil anos, veio trazer-nos a vida e a vida com abundância para todos”.“É isso mesmo o que exprime a exuberância festiva desta
quadra natalícia, que, ape-sar de alguns excessos, se justifica, precisamente, por-que celebra o Mistério inau-dito de um Deus, que ‘en-carna’ na realidade da vida humana, com a debilidade da gratuidade, para que ela seja plenamente humana” – sustenta.Em Belém, ressalvou o
Bispo de Angra, “o Altíssi-mo não se manifesta na Sua Omnipotência, mas na fragi-lidade de ‘um menino envol-to em panos e deitado numa
manjedoura’ (Lc 2, 12). O que contrariava as expectativas messiânicas de um libertador político. É a imagem de um Deus, que está para além de tudo o que possamos pensar e dizer d’Ele”.“Deus é tão grande, que se pode fazer pequeno; é de tal
maneira poderoso, que se pode fazer inerme e vir ao nos-so encontro como criança indefesa…; é tão bom, que pode renunciar ao Seu esplendor divino e descer a um estábulo, para que O possamos encontrar” (Bento XVI) – concretiza a Mensagem natalícia.Por outro lado, D. António Sousa Braga sublinhou que “a
ideia de um Deus sem mundo ou de uma Igreja confinada na sacristia, contraria o Mistério da Encarnação de Deus, que nos desafia a encarnar a fé na vida”.“A fé não nos protege dos problemas e das dificuldades.
Não facilita, compromete. Não nos exime de combater e de arriscar, para que se realize o que se espera e ainda não se vê” – finaliza.
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HOMEM DA TERRA
Natal do menino repatriado José Gabriel ÁvilaA cidade cobria-se de negro. Aqui e ali, ruas iluminadas
com símbolos natalícios, tentavam atrair clientes às lojas, pouco movimentadas do velho burgo. Pelas ruas estreitas, reflectindo no piso escorregadio da calçada à portuguesa a policrimia das lâmpadas, passavam, lentamente, automóveis cheios de mirones, desejosos de muitas prendas na noite da consoada. De vez em quando, via-se um vulto no passeio, abrigado
pelo guarda-chuva negro. Já era tarde para uma noite de In-verno que começara antes das seis.Cansado de gastar os ténis pelas ruas da cidade, andava
o Joe. Tinha dormido uma vez mais, ao relento, com outros companheiros regressados da América. Abrigados do frio, jun-to à montra de um stand de auto-móveis, faziam daquele espaço o seu poiso nocturno. Ninguém os chateava, nem mesmo a polícia, logo que não provocassem des-mandos. Viviam pr’àli, a partir das 7 da noite e até ao amanhe-cer, num território totalmente seu. Depois, levantavam arraiais, do pouco que possuíam e partiam até ao outro lado da cidade, em busca de alimento para sustentar a puta da vida que levavam mas que não tinham escolhido.Joe nascera em São Miguel mas
fora com os pais, ainda criança, para a América. Naquele tempo, não havia maneira de uma famí-lia pobre sobreviver, se não fosse a emigração.Quando chegou aos states teve
saudades da rua onde vivera, dos amigos, da família que deixara. Mas a escola e os amigos, ajudaram-no a entrar no mundo americano. Os pais compraram carro, passados pou-cos meses, depois casa e os irmãos singraram na vida. Joe, o mais novo dos quatro irmãos, completou o Hight Scholl e entrou para o College. Desde muito novo sonhara em ser advogado, para defender os pobres, - dissera um dia à mãe, quando soube que o patrão despedira o pai, sem lhe pagar nada, só porque ele faltara ao trabalho para ir, com um ir-mão, à urgência do hospital. Quando encontrar esse filho da ...vou levá-lo a tribunal para
ele pagar a papá aquilo que lhe deve! – dizia Joe, vezes sem conta. De repente, a vida do jovem estudante sofre um gran-de revés: os pais faleceram num desastre de automóvel. Sem meios, teve de dar um rumo diferente à sua vida. Foi traba-lhar para viver pois, nos states, sem trabalho não se chega a lado algum. Joe começou, então, a ver os seus sonhos de
infância a desfazerem-se. Abandonado, sem protecção dos irmãos, refugiou-se na toxicodependência, como forma de matar as desilusões. Mas esse trajecto tortuoso, conduz, nor-malmente, à delinquência e ao crime. Ainda tentou tratar-se, mas o vício foi mais forte e obrigou-o ao roubo. Apanhado pelas malhas da lei, foi preso e passado algum tempo, repa-triado para a terra que o viu nascer, agora completamente só e deserdado.Também vocês foram repatriados para terras do Egipto- gri-
tou Joe, para as figuras do presépio, instalado, ironicamente, frente ao monumento ao emigrante.
Tua mãe, pariu-te numa cabana. A minha também, numa enxerga, sem luz e ao frio, que o pobre não chega a rico!- continuou o americano já bastante embriagado.Mas entre nós há muitas diferenças: todos os anos toda a
gente celebra o teu aniversário e eu, desde que meus pais morreram, nunca mais soube o que era uma vela num bolo. E tanto que eu precisava de amor, de um carinho, para dei-xar a puta desta vida e ser gente como tanto queriam meus pais!...Joe, após uns momentos, caíu de joelhos, frente ao presé-
pio. Com a cabeça no chão, começou a chorar, lamentando, baixinho, a sua infeliz sorte. Só quando os sinos repicaram para a Missa do galo, já a noite ía alta e gelada, é que Joe se ergueu, trémulo, e cabisbaixo foi cambaleando para junto da montra. Ao longe, os fiéis entravam sorridentes, para as cerimónias
solenes em honra do nascimento de Jesus.
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FESTIVIDADES
Almoço de NatalComo é tradição, a direcção e colaboradores do Jornal a
Voz de Portugal e do O Açoriano reuniram-se no domin-go 13 de Dezembro a convite do Editor Eduino Martins e família para um almoço de Natal, no restaurante Casa Minhota.Para além do momento de confraternização, que se vi-
veu naquela tarde, a direcção do Jornal a Voz de Portu-gal, aproveitou esta quadra natalícia, e a presença Antó-nio Vallacorba director deste jornal, para lhe distinguir com uma placa para assinalar 25 anos de colaboração com este semanal.O director António Vallacorba do Jornal A Voz de Por-
tugal e Mário Carvalho, O Açoriano fizeram uso da pa-lavra para agradecer a todos os colaboradores e funcio-nários Sylvio Martins e Kevin Martins, o seu empenho e profissionalismo.O Açoriano reconhece a todos, sem esquecer o Eduino
Martins pelo investimento financeiro na publicação da revista, para todos, Boas Festas e um Feliz Ano Novo.
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UM POUCO SOBRE NÓS
Nancy MartinsA castanha
Tel comme la grande majorité de leurs parents, les fruits gras et amylacés (noix, noisette, amande, cacahuète, etc), le marron est un aliment typiquement automnal. Ce qu’il le rend différent est, sans aucun doute, sa composition nutri-tionnelle. Il est moins calorique que les autres fruits gras et amylacés, sa teneur en gras est significativement inférieure alors que celle en hydrates de carbone est supérieure. Son nom scientifique est “Castanea Sativa”. Bien que la
variété la plus consommée soit la variété commune ou eu-ropéenne, trois autres types spécifiques de marrons existent, soit le marron de la Chine, le marron japonais et marron américain. Cha-que variété présente une valeur nutritionnelle très semblable, se di-fférenciant surtout dans la teneur en hydrates de carbone qui est plus in-tense dans le marron de la Chine. Informations nutri-
tionnelles Le marron est un fruit particulièrement riche en hydrates
de carbone complexes. La quantité de gras qu’il présente, est très semblable à celle des céréales, et en conséquence, très inférieure à celle des autres fruits gras. D’autre part, son contenu en eau est d’environ 50 %. Toutes ces propriétés font du marron un fruit à teneur calorique très inférieure aux autres d’automne. Avantages et désavantages Par sa richesse en hydrates de carbone, le marron constitue
une excellente source d’énergie. Dans la cuisine, c’est un aliment très universel, pouvant être consommé uniquement cuit ou grillé. Il peut également servir d’accompagnement, de base pour des soupes, dans la confection de sauces et même dans des desserts ou gâteaux. Contrairement à la majorité des fruits, il n’est pas commun de consommer le marron cru, étant donné sa dureté. Comment acheter et conserver Les marrons sont disponibles du début de l’automne
jusqu’à la fin de l’’hiver. Au moment de l’achat, on doit particulièrement vé-rifier la peau qui doit être bien brillante et intacte (sans coupures ou fentes). Ils doivent être conservés dans un endroit frais et sec. Dans la mesure du possible, il doivent être séparés afin de ne pas les comprimés. Tant crus que cuits, les mar-rons peuvent se conserver parfaitement jusqu’à 6 mois au congélateur.
Tal como a grande maioria dos seus fami-liares, os frutos gordos e amiláceos (noz, avelã, amêndoa, amendoim, etc), a casta-nha é um alimento tipicamente outonal. O que o torna diferente é, sem dúvida a sua composição nutricional. É menos calórica que os restantes frutos gordos e amiláceos, já que o seu teor em gordura é significati-
vamente inferior, no entanto, apresenta um teor superior em hidratos de carbono. O seu nome científico é Castanea Sati-
va. Embora a variedade mais consumi-da seja a variedade comum ou europeia, existem três outros tipos específicos de castanhas, nomeadamente, a castanha da China, a castanha japonesa e castanha americana. O valor nutricional é muito semelhante em todas as variedades do fruto, diferenciando-se sobretudo, no teor de hidratos de carbono, mais intenso na castanha da China.Informação nutricionalAs castanhas são um fruto particular-
mente rico em hidratos de carbono com-plexos. A quantidade de gordura que apresentam, é em tudo muito semelhante à dos cereais, e consequentemente, muito inferior à dos restantes frutos gor-dos. Por outro lado, o seu conteúdo em água é de cerca de 50 %. Todas estas propriedades fazem da castanha um fruto de teor calórico muito inferior aos restantes frutos de outono.Vantagens e desvantagensPela sua riqueza em hidratos de carbono, a castanha consti-
tui uma excelente fonte de energia.Em culinária, é um alimento muito versátil, podendo ser
consumida apenas cozida ou assada, mas também, utilizada como acompanhamento de pratos (castanhas assadas, cozi-das ou em puré), em base para sopas, na confecção de mo-lhos e até mesmo em sobremesas e bolos.Ao contrário da maioria dos frutos, não é comum, consumir-
se castanha crúa pela sua grande adstringência e dureza.Como comprar e conservarAs castanhas encontram-se no mercado desde princípios de
outono a finais de inverno. No momento da compra, deve ter-se particular cuidado na observação do es-tado da sua pele, que deve ser bem brilhante e intacta (sem cortes ou gretas). Para conservar em casa, devem ser guardadas em local fresco e seco. É importante que não sejam comprimi-das e amaçadas, devendo estar separadas entre si, tanto quanto possível para que não fiquem moídas. Tanto cruas como assadas, as castanhas podem perfeitamente conservar-se num conge-lador durante cerca de 6 meses.
La châtaigne
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Fé DE UM POVO
Matança do porco, tradição açorianaA Associação dos Pais organizou na sua sede, no passado
dia 5 de Dezembro, o jantar da matança do porco, com can-tigas ao desafio por cantadores amadores locais.O repasto, cuja ementa foi sopa de couve, torresmos de vi-
nha de alho, morcela, chouriço, torresmos brancos acompa-nhados com batata-doce e inhames, foi confeccionado pelos membros desta associação: Abílio Santos, Ângelo Peixoto e Jorge Simões que também contaram com a ajuda de outros
membros. Na verdade, foi de óptima qualidade, com muita fartura e bom tempero ao agrado da quase centena de pesso-as que estavam presentes.O serão foi animado à maneira antiga ao som da guitarra to-
cada por José de Sousa, do violão, Tony Melo, do acordeão, Jorge Pimentel e José Aguenelo, seguido de cantigas ao im-proviso por cantadores amadores, Manuel de Fátima, José Aguenelo, Mariano, António Bento (Traguita) e este vosso serviçal.Foi um serão muito divertido, que prolongou-se até às tan-
tas da manhã. A tradição da matança do porco mantém-se viva na me-
mória dos Açorianos que emigraram, era um dos momentos mais desejados do ano, que geralmente acontecia desde o início do mês de Dezembro até a véspera do Natal. Quem matava porco não passava fome no Inverno, era assim com a chegada do mês de Dezembro vinha o mau tempo, os barcos não iam para o mar, não havia peixe, os dias eram mais frios nos Açores. Recordo-me como se fosse hoje, na véspera do dia da matança as mulheres em grupo lavavam, picavam a salsa e a cebola, de vez enquanto aqueciam os pés com um cálice de licor de anis. No dia seguinte, logo sobre a manhã ainda escura e fria, chegava o matador à nossa casa, deitava sobre a mesa o seu naipe de facas e raspadeiras, que iria uti-lizar na operação da matança do animal, fumava um cigarro enquanto esperava a vinda daqueles que vinham ajudar na matança. Quando faltava algum, meu pai mandava-me ir à sua casa chamar porque às vezes ficavam adormecidos (fo-leiros) e não tinham relógio para despertar. Na generalidade, os familiares e amigos participavam na matança, iam de casa em casa segundo a ordem definida pelo matador. Preparava-se o banco e de entre os convivas escolhia-se aqueles que iriam apanhar o bicho no curral, tendo este jejuado até à ma-nhã fatídica para vazar as tripas. Quatro deles seguravam-no em cada uma das patas e um outro às orelhas, comandados pelo matador, um pegava no alguidar e um outro mexia o sangue, o matador dizia ‘’não vá o sangue coalhar’’! O carrasco desfere então o golpe fatal que se quer rápido
e certeiro no coração, infeliz daquele que atingia a goela do porco estragava o sangue e ficava mal avaliado como matador, existia uma competição em que eram cotados os seus dotes de matador, logo mais tarde toda a gente sabia na freguesia, enquanto o sangue jorra para o alguidar, o bicho
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Fé DE UM POVOoscila, esperneia em espasmos e gritos violentos na sua luta derradeira.Durante a queima, limpeza e raspagem, vão-se aceitando
apostas relativas ao hipotético toucinho do animal, cujo acertante se orgulha do olho que tem para estas coisas.
Já são horas de matar o outro bicho dizia o matador, que por estas bandas se afoga com copinhos de vinho, licores e aguardente servidos invariavelmente pela dona da casa.A operação de abertura do porco é
sempre um momento de alguma preci-são, não vaia a afiadíssima faca perfurar alguma tripa e deitar muito do trabalho a perder.“ Se queres ver o teu corpo, abre um
porco” diz um dos convivas, referindo-se ao provérbio que dá conta das seme-lhanças viscerais entre um e outro ani-mal.Enquanto o matador vai dando expli-
cações técnicas à medida que o seu tra-balho se desenrola, alguém com ar de entendido refere que no porco tudo se aproveita, para logo outro responder “ eu no porco gosto de tudo, menos do torresmo da agonia “ o que resulta em gar-galhada geral.É chegada a altura de retirar as tripas, operação esta, que
requer alguma atenção de modo a que nenhuma se rebente. Depois de depositadas em grandes alguidares, serão poste-
riormente lavadas pelas mulheres da casa, de preferência numa ribeira ou tanque de lavar roupa que leve corrente, para que depois sejam cheias com o refogado da salsa, cebo-la, sangue, arroz, banha que resultará nas morcelas que irão curar suspensas em varapaus no fumeiro da enorme chaminé
tradicional.Aproxima-se a hora do almoço. Com ela
vem também a confraternização, razão senão principal, pelo menos importante, entre algumas anedotas e cantigas impro-visadas ao desafio.Este era um ritual que se repetia ano após
ano pelas ruas das aldeias das nove ilhas dos Açores, que infelizmente com o de-correr do tempo e o modernismo, foi de-saparecendo dos costumes e tradições do viver do povo Açoriano. É verdade que as condições sanitárias nem sempre eram as melhores, mas nunca ninguém morreu por esta razão.De salientar que todos os participantes
nesta festa: os cozinheiros, os que deco-raram a sala, serviram à mesa e animaram
o serão foram todos benévolos. Mesmo a sobremesa foi uma oferta das esposas dos membros.Parabéns a todos quanto participaram e recordaram tem-
pos de outrora na Associação dos Pais situada no 333 da rua Castelneau este, pelo esforço em manter viva esta tradição, à maneira antiga, recebendo todos na sua casa em família.
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CRÓNICA LITERáRIA
Natércia e José RodriguesO Natal é a festa do nascimento de Jesus, em Belém na
Palestina, há cerca de 2000 anos. A data conhecida pelos pri-meiros Cristãos foi fixada pelo Papa Júlio 1º para o nasci-mento de Jesus Cristo como uma forma de atrair o interesse da população. Pouco a pouco o sentido cristão modelou e reinterpretou o Natal na forma e intenção. Conta a Bíblia que um anjo anunciou para Maria que ela daria à luz, Jesus, o filho de Deus. Na véspera do nascimento, o casal viajou de Nazaré para Belém, chegando na noite de Natal. Como não encontraram lugar para dormir, eles tiveram de ficar no estábulo de uma estalagem. Ali mesmo, entre bois e cabras, Jesus nasceu, sendo enrolado com panos e deitado numa manjedoura.Pastores que estavam próximos com seus rebanhos foram
avisados por um anjo e visitaram o bebé. Três reis magos que viajavam há dias seguindo a estrela guia igualmente en-contraram o lugar e ofereceram presentes ao menino: ouro, mirra e incenso. No re-gresso, espalharam a no-tícia de que havia nasci-do o filho de Deus. O ciclo natalício inicia-
se na véspera do Natal, 24 de Dezembro, e vai até o dia de Reis, 6 de Ja-neiro. Para acompanhar esse período, é preciso manter a ingenuidade de uma criança, a esperança de um amanhecer enso-larado, a ternura de um botão de rosas e a leveza de uma linda borboleta no ar. A emoção do povo é revelada nos folguedos natalícios através de sua acção dramática. No mundo ocidental, predominantemente cristão, o Natal
é uma época de especial importância e aquele período, cada vez mais “antecipado”, por influência do marketing, que mais “mexe” connosco. É verdade que a “religião consumis-ta” foi reforçando a importância destas festas (porque ao Na-tal se seguem as festas da passagem e o próprio dia de Ano Novo) e, assim, a religião, mesmo que não a pratiquemos, e o consumismo acabam, apesar de tudo, por reforçar os elos familiares e de amizade nesta altura do ano. Todos nos dei-xamos influenciar, e também influenciamos, nesta onda de “trocas” materiais e afectivas, mas, infelizmente, por pouco tempo. Apesar de tudo, o Natal é uma festa linda.Nesta quadra natalícia, independentemente do nosso credo,
da nossa cor política ou posição social, convergimos todos
O Natal é a festado nascimento de Jesus
para a formulação de votos que exprimem a aspiração mais humana e mais genuína, que gostaríamos de ver concreti-zada à nossa volta, a começar por aqueles a que estamos ligados por laços de sangue, de amizade, de profissão, bem como em todo o mundo, particularmente nos países onde a violência e a morte de tantos inocentes se transformam em notícia banal de todos os dias. Se há um tempo no ano em que nos sentimos membros e
irmãos da grande família humana, esse é seguramente esta quadra natalícia. Tudo isto, porque na criança frágil de Be-lém, simbolicamente evocada em todos os presépios do mundo, contempla o que melhor define a pessoa humana. Ele, que é Deus, faz-se o que nós somos, para que tenhamos acesso ao que Ele é. A vida que brota do mistério da encarna-ção do Verbo de Deus, ajuda-nos a entender, de modo mais pleno, a nossa humanidade, bem como os valores que, quan-do promovidos e defendidos, contribuem para tornar este
mundo mais solidário e mais fraterno. Esta quadra tem o condão de criar em todos um “parentesco espiritual”, congregando-nos numa única e grande família, participante do mesmo bem fundamental: o dom da vida que somos chamados a preservar desde o seu início até ao seu termo natural. O Natal pode ser, para
alguns, uma festa de amor e de alegria, mas para outros é, com cer-teza, um período de pro-funda tristeza, porque sentem na alma, não a
“inveja” da felicidade dos outros, mas sim todo o tipo de carências, sejam elas materiais ou de outra espécie. Nesta quadra, a dor é ainda maior, apesar de muitos voluntários, genuína e abnegadamente, partilharem com eles, todo um conjunto de bens ou de solidariedade.Que neste Natal, você sinta toda a alegria necessária para
ser feliz a cada instante e que todas as suas vontades, sonhos e desejos, sejam realizados. Que você tenha uma noite de paz, que tenha boas festas juntamente com as pessoas que sempre estão ao seu lado! Que você encontre razões para continuar vivendo, sorrindo e fazendo amigos! Boas festas, com muito ânimo e muita alegria e que se torne
realidade os sonhos que deseja alcançar!Feliz Natal.
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COMUNIDADES
Presépio das Caldeirasdas Furnas inaugurado
Casa do Povo das Furnas oferece almoço de Natal aos mais idosos
A Câmara Municipal da Povoação inaugurou, recentemente, o famoso e singular Presépio das Caldeiras ao som do Grupo de Serenatas e can-tares do Vale das Furnas. Este ano, o mais célebre presépio de natal da
ilha e único no mundo conta com mais de 4.000 mil lâmpadas e cerca de 170 figuras.O presépio das Furnas começou em 1976, ao
que tudo indica, com um Grupo de Jovens das Furnas (J.D.F.), que na altura também tinha do-tes para ensinar pintura, música, entre outras particulares.Depois de estar cerca de dois anos estagnado,
recomeçou com muita força e vontade popular até aos dias de hoje, sempre enriquecido, de ano para ano. Durante muito tempo este evento esteve a car-
go da responsabilidade da Junta local, contando sempre para o efeito com o apoio da autarquia. Nos últimos anos essa responsabilidade passou exclusiva-mente para a Câmara Municipal.
O presépio das Caldeiras das Furnas estará exposto até ao dia 9 de Janeiro, com a iluminação das 18h00 até à 01h00.
Edite Miguel
Cerca de 96 idosos da freguesia de Furnas reuniram-se, no dia 9 de Dezembro, à mesa para um almoço convívio ofere-cido pela Casa de Povo local.A maior parte deste grupo, cerca de 55 seniores, foram
também este verão, a convite da mesma instituição, visitar o Pa-lácio de Santana, tendo na altura sido recebidos pelo presidente do governo, Carlos César, e pela sua esposa que aproveitaram o mo-mento para mostrar também ao grupo o jardim do palácio, che-gando mesmo a tirar uma foto de família no final do encontro, que alguns guardam de recordação com muito carinho. Neste passeio os seniores das Furnas tiveram ainda a oportunidade de visitar a exposição de Leonardo Da Vinci, patente, na altura, nas Portas do Mar.Depois do almoço de Natal, muito animado com grandes
momentos de descontracção, o Presidente da Casa do Povo, Duarte Pimentel, desejou a todos os presentes um Santo Na-
tal e um próspero Ano Novo repleto de bons momentos. Por sua vez, o Presidente da Câmara, Carlos Ávila, referiu que os avós são muito importantes no seio familiar. “Vós sois a união, a paz e o equilíbrio da família. Sois muito importan-
tes no crescimento das crianças e na formação dos jovens. Um avô diz-se que é como um livro, cheio de saber. Esta é uma homenagem a vós, mas também às vossas fa-mílias. O Natal é isso mesmo, uma relação de afectos, de amor, de amizade e são esses sentimen-tos que nos dão força para os me-ses que se seguem. Desejo, assim, a todos um Santo Natal em famí-lia”.Este encontro à mesa terminou
com uma pequena lembrança ofe-recida aos presentes, tendo ficado
no horizonte outra acção desta instituição: um novo passeio ao Palácio de Santana, desta vez com um grupo mais jo-vem que também ainda não teve a oportunidade de conhecer aquele importante marco da arquitectura açoriana.
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COMUNIDADES
Roberto Medeiros
A mosaico faz a suas primeiras exposições de presepios nos eua
O Santuário La Salette em Attleboro, Mas-sachusetts, EUA, recebeu o Presépio da Lagoa do artesão e bonecreiro lagoen-se António Morais. Trata-se da primei-
ra de quatro exposições que a Asso-ciação Mosaico Cultural e Solidária de Lagoa, Açores, EUA e Canada, leva a efeito após a sua constituição em Outubro passado. Numa parceria entre a Mosaico, a UCLA – Amigos da Lagoa na Nova Inglaterra, o Xe-rife do Condado do Bristol County, Thomas Hodgson, o Consulado de Portugal em New Bedford, através da cônsul, Drª Graça Fonseca, Fr. M Pereira e o Fr. Pat e MS Director do Santuário, foi possivel, gracas ao apoio da Secretaria Regional da Economia dos Açores e da Sata, con-cretizar este projecto. Milhares de visitantes, entre americanos e luso-americanos, desde a abertura da ex-posição no dia 27 de Novembro ate 31 de Dezembro conhecerão um pre-sepio da Lagoa, nas versões bíblica e tradicional dos Açores. Outra exposição do presépio da La-
goa, poderá de igual modo, durante este mês ainda, ser visitada no “Prince Henry Society Reading Room of the Ferreira Mendes Portuguese-American Archives, na UMass. Dartmouth, numa iniciativa coordenada pela Drª Glória Sá, directora da Ferreira-Mendes Portuguese-American Archi-ves, em colaboração com a “ Claire T. Carney Library”, o “Center for Portuguese” e a Associação Mosaico.Judy Downey, directora da Biblioteca da Casa da Sauda-
de, em New Bedford, convidou a comunidade portuguesa a visitar a 3ª Exposição do Presépio da Lagoa da autoria do artesão/bonecreiro António Morais, A abertura da exposição ocorreu no dia 2 de Dezembro e a mesma ficará patente ao público até ao dia 31 de Dezembro, durante o horário normal da biblioteca. Diáriamente aquela instituição é frequentada por escolas que frequentam diferentes aulas temáticas e que poderão visitar o presépio da Lagoa. O mesmo poderá acon-tecer aos utentes do Centro de Assistência ao Imigrante que funciona paredes meias com a biblioteca, no mesmo No dia 3 de Dezembro de 2009 a Associação Mosaico
Cultural e Solidária realizou na vila de Mattapoisett, nos EUA, a quarta exposição de um presépio representativo do
quotidiano insular dos Açores e ainda de um presépio em Terracota, realizado por artesãos lagoenses. Michael Gagne,
o Administrador da Câmara Munici-pal de Mattapoisett, Mass, abriu ao público, pelas 16:00 horas, a exposi-ção que ficará patente nos Paços do Concelho, até ao dia 31 de Dezem-bro de 2009. Esta e as outras exposições de pre-
sépios realizadas nos EUA, neste Na-tal de 2009, foram possiveis de con-cretizar, graças ao apoio da SATA e da Secretaria Regional da Economia dos Açores. Na organização e mon-tagem da exposição Roberto Medei-ros, presidente da Mosaico, contou com o apoio de Aires Oliveira e José António Pires, Berta Malhinha e Maria Tomasia, da UCLA - Ami-gos da Lagoa, na Nova Inglaterra. Destaque ainda para a colocação de foto junto a exposição do presépio na Biblioteca da Casa da saudade, da saudosa Drª Mary Vermette, que como directora do Museu da Baleia, de New Bedford e grande defensora da Língua, Herança e Cultura Por-tuguesa na Nova Inglaterra, foi dela que partiu o convite para se realizar
a primeira exposição do Presépio da Lagoa em Dezembro de 1999, no New Bedford Art Museum. Estas exposições de presépios ano após ano serão sempre, segundo imensos testemunhos colhidos de luso-americanos e descendentes, e agora também, por parte da Associação Mosaico Cultural e Solidária, uma homenagem a ela, ao município da Lagoa e ao Governo Regional dos Açores
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UM OLHAR
ESCRITO POR REGINA BRETT, 90 ANOS...1. A vida não é justa, mas ainda é boa.2. Quando estiveres em dúvida, apenas dá o próximo pequeno passo.3. A vida é muito curta para perdermos tempo a odiar alguém.4. O teu trabalho não vai cuidar de ti quando adoeceres. Os teus pais e amigos vão. Mantém o contacto.5. Paga as tuas facturas do cartão de crédito todos os meses.6. Tu não tens que vencer todos os argumentos. Concorda para discordar.7. Chora com alguém. É mais curativo do que chorar sozinho.8. Está tudo bem se ficares danado com Deus. Ele aguenta.9. Poupa para a reforma começando com o teu primeiro salário. 10. Quando se trata de chocolate, a resistência é em vão.11. Sela a paz com o teu passado para que ele não estrague o teu presente.12. Está tudo bem se os teus filhos te vêem chorar.13. Não compares a tua vida com a dos outros. Tu não tens ideia do que se passa na vida deles.14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, tu não deverias estar nele.15. Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não te preocupes, Deus nunca pisca.16. Respira bem fundo. Isso acalma a mente.17. Desfaz-te de tudo o que não é útil, bonito e prazenteiro.18. O que não te mata, realmente torna-te mais forte.19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de ti e de mais ninguém.20. Quando se trata de ir atrás do que tu amas na vida, não aceites NÃO como resposta.21. Acende velas, coloca lençóis bonitos, usa lingerie elegante. Não guardes para uma ocasião especial. Hoje é especial.22. Prepara-te bastante, depois deixa-te levar pela maré...23. Sê excêntrico agora, não esperes ficar velho para usar roxo.24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.25. Ninguém é responsável pela tua felicidade além de ti.26. Encara cada “chamado desastre” com estas palavras: Em cinco anos, vai importar?27. Escolhe sempre a vida.28. Perdoa tudo a todos.29. O que as outras pessoas pensam de ti não é da tua conta.30. O tempo cura quase tudo. Dá tempo ao tempo.31. Independentemente se a situação é boa ou má, irá mudar.32. Não te leves tão a sério. Ninguém mais leva...33. Acredita em milagres.34. Deus Ama-te por causa de quem Deus é, não pelo o que tu fizeste ou deixaste de fazer.35. Não faças auditorias da tua vida. Aparece e faz o melhor dela agora.36. Envelhecer é melhor do que a alternativa: morrer jovem.37. Os teus filhos só têm uma infância.38. Tudo o que realmente importa no final é que tu amaste.39. Vai para a rua o dia todo. Milagres estão à espera em todos os lugares.40. Se todos jogássemos os nossos problemas numa pilha e víssemos os dos outros, pegaríamos os nossos de volta.41. Inveja é perda de tempo. Tu já tens tudo o que precisas.42. O melhor está para vir.43. Não importa como tu te sintas, levanta-te, veste-te e aparece.44. Produz.45. A vida não vem embrulhada num laço, mas ainda é um presente!!!
Carlos César na ilha Terceira O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos Cé-
sar, afirmou que “o único motivo de satisfação” resultante do mau tempo na costa norte da Terceira deriva de não existir “nenhuma perda de vida” até ao momento. O presidente do Governo Regional dos Açores visitou a
zona da costa norte da ilha Terceira atingida durante a ma-drugada pelo mau tempo, que provocou cerca de uma cente-na de desalojados. Na ocasião, o autarca referiu que vão ser estudadas “todas as situações” referentes aos desalojados.
O essencial e importante “nesta fase”, sustenta Carlos Cé-sar, é “acautelar bens” e “salvaguardar e conhecer situações de precariedade ou potencial perigo” para os moradores afectados. Para o presidente do Governo Regional dos Aço-res, é necessário estudar as “alternativas” que cada família desalojada tem nesta fase, “seja por via de solidariedade fa-miliar”, através de “segundas habitações” ou, inclusive, por via de “uma ajuda provisória por parte do Governo”.Carlos César deixou também uma “mensagem” a todos os
locais que estão “a dar o seu contributo nesta fase” de mau tempo na Terceira: “O nosso dever é ajudar-mo-nos uns aos outros (...) para que as acções de todos sejam úteis e co-roadas de sucesso, e isso tem ocorrido, a boa vontade das pessoas é sempre o grande instrumento de sucesso nestas primeiras intervenções de emergência”.Durante a visita, o presidente do governo regional deslocou-
se às zonas mais afectadas pelo mau tempo e acompanhou os trabalhos de limpeza em curso, assim como as acções de apoio às populações.
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Aveludado de cogumelos com castanhas e presunto
Ingredientes para 4 a 6 pessoas : 60 g de margarina; 100 g de cebola picada; 500 g de cas-tanhas congeladas; 300 g de mistura de cogumelos; 6 dl de água; 1 cubo de caldo de galinha; 4 dl de leite; pimenta; sal; noz moscada; 50 g de presunto picadoPreparação : Derreta a margarina numa panela. Junte a cebola picada e as castanhas congeladas. Tape e deixe cozinhar sobre lume bran-do enquanto lava os cogumelos e os pica em pedaços peque-nos. Deite os cogumelos na panela, mexa e deixe suar, durante cerca de 5 minutos com a panela tapada. Regue com a água a ferver e adicione o cubo de caldo de galinha. Deixe ferver até as castanhas estarem macias. Tempere com pimenta e triture tudo com a varinha mágica. Junte o leite e bata de novo com a varinha até obter um creme liso. Tempere com um pouco de sal, se achar necessário e perfume com noz moscada acabada de ralar. Deixe aquecer bem. Perfume com pimenta moída na altura e sirva a sopa salpicada com o presunto picado.
Monte BrancoIngredientes para 4 pessoas :1 kg de castanhas; 5 dl de leite; ½ colher de chá de essência de baunilha; 180 g de açúcar; 50 g de margarina; 5 dl de natas; 5 co-lheres de sopa de açúcar em pó (rasas)Preparação : Faça uma incisão em cada castanha e coza-as em água a ferver durante 30 minutos. Escorra-as e retire-lhes a casca e a pele interior. Cubra as castanhas descascadas com o leite, junte a essência de baunilha e leve a ferver. Tape o recipiente e deixe cozer sobre lume brando durante cerca de 10 minutos ou até as castanhas terem absorvido todo o leite. Reduza as castanhas a puré, misture o açúcar e leve novamen-te a cozer, em lume moderado, até a mistura se separar com facilidade das paredes do recipiente. Retire do lume, adicione a margarina Vaqueiro, mexendo até derreter e deixe arrefecer por completo. Disponha o puré de castanhas em pirâmide so-bre o prato de serviço e risque-o com os dentes de um garfo. Enfeite com as natas, batidas com o açúcar em pó até estarem firmes, passadas pelo saco pasteleiro. Sirva bem frio.
GASTRONOMIA
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CRÓNICA DA MARIA
Maria CalistaMês de Dezembro
Mês de Dezem-bro: mês de ale-gria, paz, amor, mês de hiverno, mês de frio, mas também é o mês mais esperado pe-las crianças porque
é o mês de Natal. O Natal é a data mais importante do calendário cristão por-que celebramos o nascimento de Jesus, o nosso salvador. Com os anos, cele-bramos o Natal, as crianças escrevem ao Pai Natal, este velhinho vestido de vermelho e de barba branca que dá es-perança às crianças que desejam tanto uma prenda. Mas muitas crianças nem sabem porque é tão especial a Noite de Natal. Com os anos que passam, para muitos o nascimento do Menino Jesus fica esquecido. Mas como começou o pai Natal? Muitas lendas são contadas pelo mundo inteiro. Dizem que o Pai Natal tem por nome São Nicolau, era um homem muito bom e muito rico, era um homem muito generoso que dava di-nheiro aos pobres e prendas às crianças. Diz a lenda que São Nicolau faleceu a 6 de Dezembro que é hoje o dia de São Nicolau. Este dia é ainda muito celebra-do em muitos países. Muitas lendas são contadas e muitas pessoas acreditam em muitas histórias relativas às decora-ções de Natal. Por exemplo, dizem que
o som das baladas dos sinos de Natal espanta as coisas más e atrai boa sorte e alegria. Também contam que as gri-naldas de Natal representam a presença do Menino Jesus na casa. As grinaldas colocadas nas portas das casas signifi-cam que a casa esta protegida. Muitas lendas são escritas, muitas são histórias imaginárias, muitas são transmitidas de pais em filhos. Mas a lenda mais bonita é a que você transmite aos seus filhos que irão um dia também transmiti-la. Passam a ser lendas de família, com as quais também são transmitidos valores. O mais importante é não esquecerem de dizer aos seus filhos o que significa a noite de Natal. A todos vocês Um Feliz Natal e um Prospero Ano Novo cheio de saúde e paz. Quando há Paz também há Amor, e quando temos Saúde, Amor e Paz, temos tudo, somos mais ricos do que um rei. Até 2010 Acoriano.
BOlO REITempo de preparação:1h30m, mais o tempo de levedar.Ingredientes:30 g. de fermento para pão; 500 g. de
farinha de trigo; leite q.b.; 4 ovos; 200 g. de açucar; conhaque q.b.; 150 g. de frutas cristalizadas cortadas e mace-radas em conhaque; 80 g. de nozes e passas; frutas cristalizadas e nozes para enfeitar; 2 gemas para pincelar o bolo;
geleia de fruta e açucar em pó para co-rar.Preparação:Desfaça o fermento num dl de leite
tépido e junte-lhe alguma farinha. Mis-ture bem e deixe em repouso por cerca de 2 horas coberto e em lugar abrigado. Dentro de um recipiente vidrado deite os ovos, o açucar, a manteiga, 1 cáli-ce pequeno de conhaque, o fermento que preparou e bata tudo. Aos poucos, adicione a restante farinha amassan-do bem, durante cerca de 30 minutos como se fosse pão. Se achar necessário, adicione um pouco de leite. Junte de-pois as frutas escorridas, as nozes e as passas e misture muito bem. Cubra com um pano branco e outro de lã e deixe levedar em lugar abrigado, de prefe-rência, de um dia para o outro. Divida a massa em duas porções ou prepare um bolo grande. Forme uma ou duas argolas dentro de um tabuleiro untado, colocando no meio uma lata vazia para o bolo não unir. Enfeite com frutas cris-talizadas e meias nozes e deixe levedar novamente no tabuleiro por mais duas ou três horas. Pincele com gemas bati-das. Leve depois ao forno (já quente) e, de preferência, de lenha. Depois de prontos e ainda quentes, pincele os bo-los com geleia de fruta e polvilhe com açucar em pó.