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Comunicação Oral – GT 1 Educação a Distância NOVAS FRONTEIRAS PARA O ESTÁGIO CURRICULAR NA REALIDADE VIRTUALIZANTE: PRÁXIS VIVENCIADAS NO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA, MODALIDADE A DISTÂNCIA UAB/UFMT. SOUZA-TORRES, Glauce Viana de - UAB/UFMT- [email protected] CASTILHO, Heliete Martins Moreno - UAB/UFMT - [email protected] DALSICO, Arali Maiza Parma - UAB/UFMT - [email protected] Situando a problematização norteadora Ao pensarmos o planejamento do Estágio Curricular previstos nos cursos de graduação, modalidade a distância, inevitavelmente elencamos os limites e possibilidades da organização pedagógica e cultural; os sujeitos que serão envolvidos no projeto formativo; os objetivo e fundamento teóricos da proposta pedagógica e os aspectos legais considerando: quantidade de horas, lócus de realização do estágio; processo de orientação, distâncias entre municípios, pólos presenciais e convênios. Incluem-se também neste elenco, os aspectos operacionais e pedagógicos que são normatizados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - nº 9394/96, que fixa as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Licenciatura em Pedagogia/2006, a Lei 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes e a Orientação Normativa nº. 07/2008 que estabelece orientação sobre a aceitação de estagiários no âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, além dos documentos normativos elaborados pelas Instituições de Ensino Superior (IES). 1

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Comunicação Oral – GT 1 Educação a Distância

NOVAS FRONTEIRAS PARA O ESTÁGIO CURRICULAR NA REALIDADE VIRTUALIZANTE: PRÁXIS VIVENCIADAS NO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA, MODALIDADE A DISTÂNCIA UAB/UFMT.

SOUZA-TORRES, Glauce Viana de - UAB/UFMT- [email protected], Heliete Martins Moreno - UAB/UFMT - [email protected]

DALSICO, Arali Maiza Parma - UAB/UFMT - [email protected]

Situando a problematização norteadora

Ao pensarmos o planejamento do Estágio Curricular previstos nos cursos de

graduação, modalidade a distância, inevitavelmente elencamos os limites e possibilidades da

organização pedagógica e cultural; os sujeitos que serão envolvidos no projeto formativo; os

objetivo e fundamento teóricos da proposta pedagógica e os aspectos legais considerando:

quantidade de horas, lócus de realização do estágio; processo de orientação, distâncias entre

municípios, pólos presenciais e convênios. Incluem-se também neste elenco, os aspectos

operacionais e pedagógicos que são normatizados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional - nº 9394/96, que fixa as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Licenciatura em

Pedagogia/2006, a Lei 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes e a Orientação

Normativa nº. 07/2008 que estabelece orientação sobre a aceitação de estagiários no âmbito da

Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, além dos documentos

normativos elaborados pelas Instituições de Ensino Superior (IES).

Se por um lado as inquietações nos desestabilizaram, também provocaram indagações

que orientaram a proposta de estágio na modalidade de oferta a distância dos cursos de

graduação, em especial na Pedagogia, tais como: Quais sujeitos assumem a organização

pedagógica do estágio na modalidade a distância? Como a realidade virtualizante possibilita o

trabalho pedagógico entre as equipes envolvidas? É possível um caminho diferenciado para o

estágio curricular frente às inovações tecnológicas disponíveis na educação, atendendo a

legislação vigente? Como os recursos multimidiáticos (re)constroem os cenários e atores do

estágio curricular? Estas foram indagações norteadoras da proposta de estágio aqui

apresentada, a partir da experiência docente vivenciada nos polos de formação da

Universidade Aberta do Brasil no Curso de Licenciatura em Pedagogia/UFMT, modalidade a

distância.

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Concepções do Estágio Curricular no Curso de Pedagogia UAB/UFMT

As Práticas Pedagógicas e Ensino/Estágio ofertado no Curso de Licenciatura em

Pedagogia UFMT/UAB objetivam oferecer situações reflexivas e contextualizadas acerca da

profissão docente, conferindo condições ao acadêmico tornar-se autor de sua prática, por meio

da vivência escolar e da análise crítica do contexto educativo, tendo como objeto de reflexão

os referenciais teóricos estudados e a prática profissional.

Ao encontro do Projeto Político Pedagógico (2007) do curso, o princípio

epistemológico das Práticas Pedagógicas e Ensino/Estágio se alicerçam em uma concepção

dialética interacionista [...] “trata-se, portanto, de processo de construção que se dá na relação

do sujeito (que conhece) com o entorno físico e social (que é conhecido), devendo ser

significativo para o sujeito” (p.33). A aprendizagem, portanto perpassou pela concepção que a

realidade é dialética. É um processo de ir e vir, de reflexão-ação, de interação da experiência

sensorial e da razão, da interrelação sujeito e objeto. Gadotti (1995) contribui nessa discussão

quando contextualiza o sentido da ação-reflexão-ação na “práxis pedagógica”, como ação

transformadora

[...]Práxis, em grego, significa literalmente ação. Assim, pedagogia da práxis poderia ser confundida com pedagogia da ação, defendida pelo movimento da escola nova. Poderia ser considerada como uma nova versão da pedagogia pragmática que entende a práxis como prática estritamente utilitária, reduzindo o verdadeiro ao útil. Contudo, mais do que a escola nova, a pedagogia da práxis evoca a tradição marxista da educação, embora a pedagogia aqui apresentada transcenda o marxismo. Nesta tradição, práxis significa ação transformadora (GADOTTI, 1995, p. 30).

Pimenta (2004, p. 114) apresenta essa concepção quando relata (...) “a pesquisa é

componente essencial das práticas de estágio, apontando novas possibilidades de ensinar e

aprender a profissão docente”. Nesse sentido as Práticas Pedagógicas e Ensino/Estágio,

propicia aos futuros professores entendimento mais claro das situações ocorridas no interior

das escolas e, consequentemente, possibilita uma adequada elaboração e aplicação de práticas

pedagógicas, sob um contexto analítico reflexivo da profissão docente.

[...] não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Enquanto ensino, continuo buscando, reprocurando. Ensino por que busco, por que indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade (FREIRE, 1996, p. 29).

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Esse processo de “busca” apontado por Freire foi essencial para a formação docente, já

que a pesquisa se constitui em uma atividade inerente ao exercício profissional e, portanto,

fundamental no momento de elaboração das práticas pedagógicas, em consonância com a

realidade educacional diagnosticada, as quais devem contribuir nas proposições de ações

educativas das instituições escolares, prevista em níveis de ensino de atuação do futuro

Pedagogo.

Consubstanciado na proposição estabelecida no Projeto Político Pedagógico do curso

(2007), assim como no documento norteador das Práticas Pedagógicas e Ensino/Estágio

(2011) do Curso de Pedagogia UAB/UFMT, que prevê 300 horas de estágio curricular

obrigatório, em que a proposição do Estágio II composto por 100 horas possibilita-nos

vivenciar novas fronteiras em dois polos de atendimento Pedagogia UAB/UFMT: o polo de

Juara a 730 Km da capital do estado e o polo de Primavera do Leste a 192 Km da capital com

trinta e três e cinquenta e oito acadêmicos respectivamente, em desenvolvimento do

componente curricular.

A proposta de Estágio II em consonância com a matriz curricular do curso de

Pedagogia UAB/UFMT, contemplou o Núcleo de Estudos III do curso: Ciências Básicas e

Metodológicas, com ênfase nas disciplinas/áreas Mundo Social: Pensamento Matemático,

Mundo Social: História e Geografia e Mundo Social: Ciências Naturais.

A proposta do estágio II não teve a pretensão de esgotar a discussão e formação neste

momento específico, mas contribuir para o entendimento do fazer pedagógico, em especial da

proposta pedagógica apresentada pela escola, dos sujeitos envolvidos, na prática educativa das

situações ocorridas na escola, sob um contexto analítico reflexivo da profissão docente. Os

objetivos específicos das Práticas Pedagógicas e Ensino/Estágio II do curso de Pedagogia

UAB/UFMT foram:

Observar e refletir sobre as práticas metodológicas utilizadas pelos professores no espaço escolar, visando reelaborar os planejamentos elaborados nas disciplinas de Matemática, Ciências Naturais, História e Geografia;Reelaborar os planejamentos das atividades didáticas elaborados para cada uma das disciplinas em questão, para possíveis ampliações dos mesmos, de forma a contemplar conjuntamente as áreas/disciplinas de Matemática, Ciências Naturais, História e Geografia;Socializar com os professores e gestores, os planejamentos reelaborados para a escolha daquele que será executado com uma turma de alunos da educação infantil e/ou ensino fundamental;Executar o planejamento escolhido;Elaborar um relatório reflexivo e analítico sobre a execução do planejamento escolhido;

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Preparar uma oficina pedagógica a ser oferecida para professores, gestores e pais com base no planejamento executado com os alunos;Organizar um evento para realização das oficinas;Elaborar um relatório final, reflexivo e analítico, referente às Práticas Pedagógicas e Ensino – Estágio II. (DALSICO. SOUZA-TORRES. MORENO, 2011, p.04)

Diante dos objetivos propostos coube a nós, professoras orientadoras do estágio,

disponibilizar simultaneamente, através da internet, conteúdos pedagógicos por meio de

áudio, vídeos, textos e animações, além de possibilitar o trabalho colaborativo entre as

equipes envolvidas no estágio do curso.

Prática Pedagógica e Ensino/Estágio mediada por TIC

As novas fronteiras do estágio mediadas por Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC) reafirmam a relevância de Instituições de Ensino Superior (IES) em

formar indivíduos aptos a se beneficiarem de forma autônoma e colaborativa das informações

disponíveis na grande rede mundial de computadores.

Barbosa (2005) e Almeida (2003) contribuem no entendimento de mediação

pedagógica desenvolvida por meio de TIC, ao apresentarem o Ambiente Virtual de

Aprendizagem como sistema de gerenciamento de cursos on-line que facilitam a criação de

um ambiente educacional colaborativo, baseado em interface web. No que diz respeito ao

AVA é um espaço disponibilizado na rede de computadores, em que os sujeitos envolvidos

(alunos, tutores, coordenadores) no processo de ensino aprendizagem integram uma

comunidade virtual educacional, e interagem com recursos de informação e comunicação

intrínsecas ao AVA, buscando adquirir conhecimentos sobre uma determinada área em

comum.

As Práticas Pedagógicas e Ensino/Estágio II no Curso de Licenciatura em Pedagogia

UAB/UFMT foram estruturadas por meio do AVA - plataforma Moodle - pelas professoras

do estágio, que elaboraram uma proposta pedagógica consubstanciada nos documentos do

curso. Por meio da proposta foi disponibilizada a organização estrutural e pedagógica para

execução dos trabalhos (etapas) pedagógicos de estágio, em especial as dinâmicas de

interação entre os sujeitos do processo acadêmico, os conteúdos digitais, fóruns de dúvidas,

postagem de fotos dos encontros presenciais realizados, produção acadêmica e a evolução dos

acadêmicos frente às correções realizadas pelas professoras de estágio da UFMT, conforme

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imagens retiradas do AVA - plataforma Moodle - Curso Pedagogia UAB/UFMT,

apresentadas a seguir:

Figura 1 - Fonte da imagem: AVA de Curso Pedagogia UAB/UFMT, polo Primavera do Leste/MT, disponível em http://200.129.241.80/moodle/course/view.php?id=30

Figura 2 - Fonte da imagem: AVA de Curso Pedagogia UAB/UFMT, polo Juara/MT, disponível em http://200.129.241.80/moodle/mod/data/view.php?id=7365

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Figura 3 - Fonte da imagem: AVA de Curso Pedagogia UAB/UFMT polo Juara/MT, disponível em http://200.129.241.80/moodle/mod/assignment/submissions.php?id=6881

Alves e Brito (2007), Silva et al (2006) afirmam que o AVA é também um importante

recurso utilizado como prática pedagógica no ensino presencial. Valente (1999) coaduna com

mesmo posicionamento, ao afirmar que a incorporação de AVA em cursos presenciais tem

por fundamento não apenas a questão da atualização tecnológica, ou mesmo letramento digital

dos educandos, ou ainda a riqueza dos recursos mediáticos da Internet, mas também deve

fundamentar-se na importância da disseminação de uma nova cultura em rede, indispensável

para o cidadão do século XXI.

Os resultados das Práticas Pedagógicas e Ensino/Estágio – Pedagogia UAB/UFMT

As mudanças atuais decorrentes dos avanços das TIC não se resumem apenas às

questões de disponibilização de informações e cursos à distância na Word Wide Web

(WWW) para comunidades que habitam regiões inóspitas ou de difícil acesso, mas remetem

principalmente a uma reflexão mais minuciosa do processo de aprendizagem à distância, da

questão da autonomia e do colaboracionismo em uma “sociedade em rede” (CASTELLS,

1999). Nesse contexto o Estágio Curricular II proposto no Curso de Pedagogia UAB/UFMT

foi desenvolvido por meio de:

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- recursos multimídia e comunicacionais da Internet por meio do AVA – plataforma Moodle;

- material didático impresso - fascículos das disciplinas Mundo Social: Pensamento

Matemático I e II; Mundo Social: História e Geografia I e II; Mundo Social: Ciências

Naturais I e II; referente ao núcleo de estudos III do curso: Ciências Básicas e Metodológicas;

- planejamento previamente elaborado e discutido entre professores orientadores do

estágio/UFMT, coordenação de curso, coordenação pedagógica do polo e orientadores

acadêmicos (tutores);

- práticas interventivas de apoio ao trabalho pedagógico dos professores dos anos iniciais do

ensino fundamental, nas áreas de Ciências Naturais, Matemática, Histórica e Geografia, a

partir da reflexão – ação – reflexão;

[...] foi muito importante as orientações no polo de Juara, para que pudéssemos realizar a aula com sucesso com a cooperação da professora e a escola. E com certeza a participação das crianças foi lúdica e prazerosa atingindo os objetivos do plano de aula. E para mim, como acadêmica, foi importante realizar a prática, porque como estou longe da escola, me possibilitou perceber ao estar em contato direto com as crianças, que é possível realizar atividades que estão dentro do cotidiano da criança, mesmo que estes conteúdos sejam previstos nos livros didáticos [...] (Acadêmica I.A.I.D.)

- três encontros presenciais denominados Plantões de Atendimento do Estágio II. Estes foram

desenvolvidos nos polos de apoio presenciais da UAB/UFMT de Juara-MT e Primavera do

Leste-MT com a participação das professoras da UFMT, especialistas nas áreas de recorte do

Estágio II, acadêmicos e orientadores(tutores);

Podemos verificar que os encontros presenciais marcaram significativamente o

processo do estágio:

O atendimento foi muito importante, pois nos possibilitou tirar dúvidas a cada sugestão feita pela especialista na hora, de forma que a continuidade do trabalho se deu de forma mais clara e como a própria tutora Kátia coloca, permitiu conhecermos pessoalmente as orientadoras em questão [...] (Acadêmica D.P.F.)

O atendimento com as professoras foi muito importante para nós, pois conseguimos tirar muitas dúvidas que contribuíram na elaboração do plano de aula. A troca de ideias na elaboração de um planejamento de aula, faz toda a diferença na hora da aplicação com os alunos. (Acadêmica N.S.P.S.)

- interatividade possibilitada pela internet e sua relevância nas práticas pedagógicas

sóciointeracionistas (VIGOTSKY, 1998; MOURA et al.;2008). Estas foram vivenciadas no

estágio por meio dos fóruns de dúvidas criados na disciplina de estágio; envio das correções

dos professores referente aos planos a serem desenvolvidos; postagem de comentários e fotos

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dos acadêmicos ocorridos nos três encontros presenciais de orientação, ao longo de quatro

meses.

- o comprometimento social com o campo de estágio: escolas públicas do município polo, por

meio da promoção de palestras, grupo de discussão e oficinas pedagógicas nas áreas de

ciências, matemática, história e geografia. Assim, a culminância do estágio nos polos

promoveu encontro entre professores e acadêmicos do curso com apoio das Secretarias

Municipais de Educação. No polo de Juara foram oito salas contemplando grupo de discussão

e oficinas, correspondentes aos trinta e três acadêmicos em desenvolvimento do Estágio II. No

polo de Primavera do Leste foram doze salas contemplando grupo de discussão e oficinas,

correspondentes aos sessenta e dois acadêmicos cursando o Estágio II.

Ao total recebemos aproximadamente oitenta professores da rede púbica, com objetivo

de refletir e repensar sobre a prática pedagógica desenvolvidas durante o estágio.

A importância da sala de discussão no processo do estágio pode ser verificada na fala

das acadêmicas postadas no AVA - plataforma Moodle.

A realização das salas de discussões foi muito importante para que pudéssemos trocar informações sobre a realização do estágio e ainda ter um contato mais próximo com as professoras formadoras e com as professoras que atuam nas escolas em que foram realizados esses estágios. Particularmente gostei muito de todas as etapas desse trabalho desde a elaboração até a apresentação devido as professoras formadoras terem nos ajudado muito dando contribuições e também por suas posturas de compreensão de que ainda somos acadêmicas, assim acredito que todas pudemos ficar mais a vontade e sem receio no momento da apresentação. (Acadêmica B.F.R.)

As salas de discussão nos possibilitaram mostrar aos professores que atuam na escola, o que estamos desenvolvendo no decorrer do curso de pedagogia, que mesmo por ser um curso a distância, é um curso com qualidade. As salas nos possibilitaram interagir, trocar experiência com os participantes presentes e principalmente mostrou que a partir do momento em que o professor trabalha com a criança um conteúdo partindo de sua realidade, utilizando o lúdico, a atividade proposta se torna prazerosa, o ato de aprender se torna um prazer. (Acadêmica D.P.F.)

Quero parabenizar a todas as colegas pelo trabalho desenvolvido, todos foram de grande valia, aprendi muito com cada apresentação, a troca de experiência ocorrida entre os participantes só veio a ampliar a minha visão sobre a prática de ensino, contribuindo assim para a minha formação profissional. [...] (Acadêmica C.G.S.)

Com as oficinas ficou claro que é possível acreditar em novas práticas pedagógicas, desafiadoras baseadas nos conhecimentos dos alunos, dos professores e do próprio meio. Só se aprende fazer, fazendo [...] (Acadêmica A.C.S.)

A experiência vivenciada de estágio curricular Curso Pedagogia UAB/UFMT, na

modalidade a distância, nos permite fazer conjecturas nos seguintes aspectos: embora os

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primeiros trabalhos na área de Tecnologia Educacional tenham sido reportados na Literatura

há aproximadamente cinco décadas atrás (CHAPELLE, 2001), a investigação sobre práticas

pedagógicas mediadas por TIC está em pleno desenvolvimento nesta primeira década do

século XXI, e que há necessidade clara de considerar-se não apenas questões inerentes à

operacionalização das TIC por parte dos atores envolvidos no processo ensino-aprendizagem ,

mas principalmente de aprofundar-se na investigação e socialização de práticas pedagógicas

mediadas pelas TIC, em que as atividades de estágio curricular na modalidade a distância

ainda são poucas, considerando, sobretudo a organização dos conteúdos digitais, o processo

de interação como aconteceu, destacando os limites e possibilidades do tipo de interação

escolhida, e a evolução do curso no contexto da formação profissional docente.

O curso de Licenciatura em Pedagogia UAB/UFMT por meio do estágio possibilitou

ao acadêmico compreender as particularidades dos anos iniciais do ensino fundamental em

diferentes realidades e anos/séries escolares, contribuindo na construção do itinerário

formativo do educando, por meio de interfaces no ensino, pesquisa e intervenção pedagógica.

Referências

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Educação à Distância na Internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 29, n. 2, p. 327-340, jul./dez. 2003.

BARBOSA, R. M. Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Porto Alegre: Artemed, 2005

CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: PAZ e Terra, 1999.

CHAPELLE, C. A. Computer Appications in Second Language Acquisition Foundations for Teaching, testing and research. Cambridge: University Press, 2001.

DALSICO, Arali Maiza Parma. SOUZA-TORRES, Glauce Viana de. CASTILHO, Heliete Moreno. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E ENSINO: ESTÁGIO II. Cuiabá: UAB/UFMT, 2011. (digitalizado)

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 30 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Práxis. São Paulo: Cortez.1995.

PIMENTA, S.G. (org.). O estágio e a docência. São Paulo: Cortez, 2004.

_______. O estágio na formação de professores: unidade teoria prática? São Paulo: Cortez, 2001

SILVA, A.A.MAUD, R.F.,AFONSO,D.L.A.;LEITE,M.T.M., RAMOS, M.P. e SIGULE, D. Proposta de estudo: Análise da utilização do Moodle como ambiente virtual de apoio ao ensino presencial. Laboratório de Educação a Distância (LED), Universidade de São Paulo (UNIFESP), Brasil, 2006

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. Núcleo de Educação Aberta e a Distância. Licenciatura em Pedagogia com ênfase na Educação Infantil, Modalidade a Distância: Projeto Político-Pedagógico. Cuiabá, 2007. (digitalizado)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. Núcleo de Educação Aberta e a Distância. Licenciatura em Pedagogia com ênfase na Educação Infantil, Modalidade a Distância: Documento Geral Orientador das Práticas Pedagógicas e Ensino/Estágio. Cuiabá, 2010 (digitalizado).

VALENTE, J. A. O computador na Sociedade do Conhecimento. Campinas-SP: NIED-UNICAMP, 1999

VYGOTSKY, Lev. Formação social da Mente. São Paulo. Martins Fontes, 1998.

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