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Raphael Draccon

DRAGÕES DEÉTER 2

Corações de Neve4a reimpressão

LeYa2009

Para José Mário (in memoriam), porque este é omomento em que o pai se torna o filho, e o filho se torna o pai.

PRÓLOGO

00

Adam Bell caminhou até aquele local com os olhos vendados.Estava com os pés descalços e sem uma camisa que lheco!risse o peito. " corpo se mostrava marcado com cicatri#es$a sa%de em e&trema de!ilitação. 'ada passo que dava naquele

dia era tão di()cil mas tão di()cil que parecia e&i*ir toda a(orça do mundo na mani(estação. +alve# porque e&i*isse.+alve# porque a culpa (aça com que os passos de um homem

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se tornem mais pesados. E (aça com que o (ardo de suae&ist,ncia se torne um (ato an*ustiante demais para a alma epesada para o coração.-ão importa$ a questão a ser o!servada no caso de Adam era

que (osse qual (osse o motivo das pesadas passadas daquelehomem aqueles eram seus %ltimos passos./orque Adam Bell iria morrer.Ao redor de onde ele caminhava escutavamse *ritos.Barulho de *ente$ al*a#arra de multidão. Eram esses os sonsque ditavam o mundo e os passos e os coraçes naquelapraça de 1ehorlis capital do eino de 3tallia. Era assim que

o povo stalliano encarava o (ato de ver um prisioneirocondenado caminhar de olhos vendados para a e&ecuçãop%!lica onde seria morta a vida e os ideais que coa!itavam omesmo corpo. +alve# al*uém sentisse pena daquela condiçãomas é di()cil achar quem tivesse pena de um criminoso. /orisso a eu(oria daquele povo naquele dia vi!rava dentro de

cada um o deseo por uma ustiça que não teria condiçespsicol5*icas de discernir se era usta o su(iciente ou não. /oiscada passo que um homem d6 em direção a uma morte nãonatural é um aviso 7 humanidade em que ele est6 inserido quetoda ela (alhou em al*um ponto.E enquanto ele respirar sempre sempre parecer6 ainda havera esperança de que essa (alha poder6 ser en(im corri*ida ou

entendida."u que ela não ser6 consertada amais.Adam ouviu a marcha de seus e&ecutores. Ele tinha medocomo todo homem mesmo o que não demonstra tem diantedo (ato. 1as com a venda nos olhos e tendo apenas seuspensamentos para ima*inar o (uturo incerto por mais di()cil

que possa parecer ele ouvia uma m%sica em seus ouvidos.Era uma m%sica l)rica$ poética$ tranquila. +alve# a m%sicaper(eita para uma pessoa reali#ar uma !oa passa*em se

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al*uém um dia 6 houver tido a intenção ou a pretensão decriar uma m%sica assim." sol detr6s de nuvens de tom cin#a estava se pondo ao(undo e tochas estavam sendo acesas. +am!ores começaram

a tocar e se tam!ores (oram levados 7quele local d6 para seter ideia de que aquilo era tratado como  um pouco mais do queuma simples e&ecução.Ele su!iu de*raus de madeira e caminhou no que parecia umandar elevado. Escutava a multidão  ainda  mais pr5&ima.Escutavaa de (rente. 3entiu al*uém atr6s de si se*urar o n5de pano que lhe co!ria os olhos para destaparlhe a visão. E o

n5 (oi des(eito. E a venda (oi retirada.E Adam viu.8 (rente dele havia uma multidão de ple!eus ansiosos.Al*uns *ritavam &in*amentos$ al*uns (a#iam sinais o!scenos$al*uns permaneciam em sil,ncio como le*)timos comparsasde Beanshee o arauto da morte em (orma de uma mulher

maltrapilha. " condenado estava em cima de um palanqueamarrado com as mãos para tr6s. m vento (rio carre*ado depoeira soprou e encheu sua vista. Ele *ostaria de limpar seurosto mas o!viamente as mãos unidas não dei&aram e osolhos lacrimearam. :avia lutado por aquelas pessoasreunidas mas parecia que todas elas haviam se esquecidodisso. "u talve# amais houvessem sa!ido.

"s olhos de Adam continuaram lacrimeando. -uvens escurasanunciavam um press6*io i*ualmente som!rio. Lo*o haviapouca lu# do sol naquele momento.Ali6s havia pouca lu# de qualquer nature#a naquelemomento.- Adam Bell voc, (oi ul*ado e considerado culpado por um

tri!unal de s6!ios e ustos ma*istrados que o ul*aram econdenaram 7 pena de morte em praça p%!lica. 3eus crimesincluem crimes contra a monarquia conspiração incitação 7

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re!elião rou!os de posses de  sangue superior, esc6rnio de  sangue

 superior, assassinato de  sangue superior, va*a!unda*em posse dearmas não autori#adas ataque a soldados do ei assassinatode soldados do ei traição e cola!oração com criminosos

(ora*idos. ma pausa. ;ue sua alma so(ra em Aramis osanos de casti*o que sua conduta em vida imp<s. ;uemestava di#endo o discurso era 'harles =avei# o!eso /rimeiro1inistro de 3tallia. 'omo pre*a a lei usta e honrada doc5di*o de 3tallia comandada e outor*ada pelo ma*n)(ico eiAlonso 'oraçãode-eve voc, tem direito testemunhado erati(icado pelo povo dessa nação a di#er suas %ltimas

palavras se (or de sua vontade.E houve sil,ncio. :avia muito muito do que Adam *ostariade ter dito mas pouca vontade em (a#,lo. =iante do sil,ncioque o a*uardava contudo ele ainda conse*uiu di#er>- /enduremme numa *arra(a (eito um *ato... e atirem emmim... e aquele que atirar em mim... dei&em que rece!a

tapinhas nos om!ros... e que o chamem... Adam.Ao (undo em sua mente ainda escutava a m%sica l)rica queecoava apenas dentro de si. 3a!ia que aquelas pessoas haviamesquecido pelo que ele lutara$ e se elas não sa!iam ou seeram ovens demais para terem ouvido sua hist5ria então nãohavia nada que ele quisesse di#er. +alve# por isso ele tenhaa!ai&ado a ca!eça e escutado a ovação da multidão que veria

seu sacri()cio.- ;ue a ustiça sea (eita sentenciou o /rimeiro1inistro.=ois soldados atr6s dele o tiraram dali e o encaminharam atéuma parede marcada por centenas de pontas de (lechas. Asnuvens !loquearam qualquer lu# do céu e (i#eram o arnoturno (icar carre*ado. As chamas das tochas re(letiram

som!ras. E uma mulher de ca!elos vermelhos e vestidodes*renhado caminhou pela multidão na direção dos soldadosque se armavam.

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=e onde estava Adam viu a parede de homens uni(ormi#adosportando nas mãos um arco e uma (lecha cada um./osicionaramse testando suas setas nas cordas esperando umcomando. =e lon*e pareciam de# mas talve# (ossem mais.

"u menos. ;ual a di(erença em um momento como esse?" povo que assistia estava posicionado de (rente a Adam e decostas para os arqueiros. m primeiro comando (oi dado e osarcos se armaram apontando (lechas a(iadas na direção docondenado. Ele tentou o!servar o olhar de al*uns dossoldados mas por mais curioso que (osse ele s5 conse*uiaen&er*ar o olhar da mulher de vermelho. Ela olhava para ele

com uma e&pressão triste.E chorava por um dos lados da (ace.Adam apertou os olhos cheios de poeira que aindalacrimeavam. Em al*um lu*ar !em distante de sua mentesoldados responderam a um se*undo comando militar. mcomando de morte. As mãos dos arqueiros soltaram as (lechas

a(iadas. Adam no se*undo que antecede o impacto p<de urar que viu as setas avançarem em sua direção a umavelocidade muito mais lenta do que deveriam ter. A m%sical)rica em seu interior aumentou de volume. m de seus olhosverteu uma l6*rima e ele desco!riu que o lacrimeo não era

por causa da poeira ou ao menos não apenas por causa dapoeira./orque ele tam!ém chorou por apenas um dos lados da (ace." vento (rio soprou de novo e tocou cada pessoa naquelapraça. " coração de cada uma delas sentiu a (rie#a. -o céuescuro não era poss)vel ver estrelas.1as se pudessem elas sa!eriam que naquela noite a estrelade 1c@ennitt !rilhava mais (orte por detr6s da escuridão.

Ao lon*o de toda sua vida Adam Bell acreditou que haveriaesperança em consertar os erros da humanidade. 1as naquelanoite (ria no momento em que sua respiração (oi

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interrompida por setas a(iadas que lhe per(uraram o corpomais ainda por uma %nica que lhe per(urou o coração aimpressão que ele tinha era de que esses eternos erros nãoseriam entendidos nem consertados amais.

+alve# talve# um dia até seriam sim entendidos.

1as consertados amais.

ATO ICorações de Inverno

01

Ainda era outono naquela época. Essa palavra outono nãosim!oli#a apenas a época das colheitas$ tratase tam!ém deum termo que representa o per)odo da vida em que umapessoa se encaminha 7 velhice. m termo que tam!ém

poderia ser su!stitu)do por  ocaso.  /or acaso "caso era onome daquele continente onde um ei ainda lon*e doper)odo no!re que tra# a velhice ao ser humano iria seconsa*rar em uma época de outono.Em -ova Ether no continente oeste não e&istia eino maisimportante que Ar#allum. Era o einosede a !ase o einode +odos os einos. 3eus eis não eram apenas eis de seusterrit5rios eram tam!ém os homens que decidiriam quaisquer

questes que envolviam todos os outros. " ei de Ar#allumseria sempre tam!ém o ei dos eis. E com !ase nessain(ormação voc, poder6 melhor entender por que naquele dia

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daquela tarde de outono todos os povos daquele continenteindependentemente de onde estivessem estavam orando a seu

semideus  Criador  ou a seus semideuses pre(eridos epedindo com toda a (é que iluminassem a consa*ração do

novo monarca./orque diante das leis dos homens e a!ai&o das leis semidivinas Ar#allum estava consa*rando o(icialmente seu novoei.Bran(ord. 3o!renome nascido ple!eu se sa*rado no!re eiluminado pelo semidivino. " primo*,nito se chamou /rimo

e virou mito> o 'açador o ei que liderou a Caçada deBruxas em uma época em que as !ru&as desa(iaram as (adas.E os homens desa(iaram as !ru&as. Lançado ao trono nas*raças do povo /rimo Bran(ord hoe descansa com honras aolado de sua ainha(ada +erra Bran(ord com a certe#a de quecometeu muitos erros porque era humano posto queacertou muitas ve#es porque era her5i./rimo Bran(ord e sua ainha dei&aram na terra dos homensdois herdeiros. " caçula e por isso ainda pr)ncipe sechamava &el e era amado pela ple!e. " se*undo o maisvelho e herdeiro le*)timo do trono de Ar#allum se chamavaAn)sio e era amado pela no!re#a.3eu pai era amado por am!os.

An)sio sempre (ora treinado para o *rande momento.Aprendera a (alar como no!re a montar cavalos a se portar 7mesa a (alar em p%!lico e manear com per(eição uma lançaum escudo e uma espada não necessariamente nessa ordem.Aprendera !em matem6tica *eo*ra(ia e hist5ria militar. &eltam!ém tivera liçes mas não seria ei. An)sio seria$ entãoseu (ardo nesse caso sempre (ora maior. Ainda assim e pormais tempo de treinamento 6rduo a que tivesse se dedicadocom seriedade quando se olhou naquele espelho e aeitou

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pela quarta ve# a !ase da capa vermelha que lhe pesava so!reos om!ros o ei por direito não se sentiu preparado.=e (ato qualquer s%dito diria que ele estava. ora treinadodesde o nascimento$ não haveria como não. Entretanto An)sio

esperava ainda que seu pai vivesse muito mais anos do que as(olhas de um carvalho. Acreditava que o momento havia sidoprecipitado mas (osse qual (osse a hora em que aquelemomento se desse ele iria se sentir da mesma (orma.raqueava por não suportar como deveria a perda masnin*uém amais suportaria realmente como deveria ache*ada da morte.

"!servarase mais uma ve# no espelho e deseou que aomenos a mãe estivesse presente. -ão morriam (adas todos osdias ainda mais escolhendo a morte em nome de outras vidascomo um dia (oi a opção daquela ainha. Entretanto não é ahist5ria da no!re ainha que iremos narrar mas sai!a que sehoe escrevemos ainhas com erres mai%sculos é porque

+erra Bran(ord um dia andou so!re a terra dos homens e poreles sacri(icou muito mais que uma vida.An)sio Bran(ord então inspirou (undo !uscando a (orçaencontrada apenas na ma*ni(ic,ncia. -ão era o 1aior de+odos os eis. 1as era (ilho =ele. /ensava nisso quando viuno re(le&o no espelho a porta do quarto se a!rir.E uma das princesas mais conhecidas do mundo entrar.- Est6 na hora amado Branca 'oraçãode-eve a princesaprometida a An)sio Bran(ord ainda no !erço entrou sorrindoseu sorriso luminoso. -ão era a mais !ela das princesas masera %nica. 'arisma. Branca era dotada do tipo de carisma queconquistava multides e as (a#ia ter vontade de (a#er coisaspor ela que não (ariam conscientemente.

- Ainda temo o momento Branca. Acho que nunca vou mesentir preparado. ma e&piração. orte. 1as sei qual olimite da o!ri*ação.

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- C muito !om realmente que sai!as. ma pausa. =evesisto a teu pai.- Achas sem d%vida que sou uma !oa escolha não achas? An)sio dei&ou a visão do pr5prio re(le&o para con(erir se a

resposta viria dotada de veracidade.- 3em (alsa prosa acho que és a melhor a(irmação sinceraque os olhos não conse*uiriam esconder.An)sio !alançou a ca!eça uma ve# em positivo. Aquelamulher e seu irmão mais novo eram seu novo conceito de(am)lia e em pouco tempo (aria daquela princesa sua ainhae ao lado dela *overnaria Ar#allum do eito mais s6!io que

 ul*asse.- 3a!es Branca lem!rar da ima*em de meu pai me trou&e 7tona uma hist5ria que *ostaria de contar a ti um dia.- :um... adoro hist5riasD "utro dia sonhei que contava mil euma delas para não morrer nas mãos de um cruel senhoracreditas?

- 1as que sonho estranho...- +am!ém achei. 1as e esta hist5ria que queres me contar? Cde amor?- +am!ém. 1as antes de tudo é uma hist5ria de esperança.ma hist5ria que nos re(orça a ideia de que os inustiçadospodem ludi!riar a inustiça e en(rentar os inustos. Ela mere(orça a ideia de que o que separa um no!re de um ple!eu é

apenas a roupa que veste. E as idéias que circulam em suasmentes."!servouse uma %ltima ve# no espelho. "s ca!elos estavamcheios a !ar!a estava *rossa no rosto. " (ato é que estavaparecido com seu pai$ con(erir isso lhe tra#ia (orça. Ecora*em. Branca entrelaçou seu !raço no !raço do novo ei

dos eis prestes a con(erir sua consa*ração o(icial. An)sioBran(ord a condu#iu além daquelas portas do rande /açocom a certe#a de que duas lu#es o iluminavam em cada passo.

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- Esta hist5ria que queres me contar tem a ver com al*um*rande pr)ncipe coraosos ple!eus ou dra*es alados?- -ão ela não tem dra*es alados.- E coraosos ple!eus?

- " *rande pr)ncipe deles.

02

"s sales do rande /aço naquele dia estavam realmentea*itados.1uito mais do que serviçais em correria ou que aiasdesesperadas com (ios de (ino linho des!otado de um preciosovestido no!re. +ratavase na )nte*ra de verdadeira ansiedadede uma e*ré*ora de sensaçes universais oriunda de todo umpovo. A(inal aquele /aço havia visto um pr)ncipe en*atinhar$andar e cair$ andar$ (alar$ correr$ até caval*ar.E naquele dia de repente ele se consa*raria ei.

F6 (a#ia al*um tempo que ei /rimo Bran(ord padecera emum ritual som!rio comandado por uma !ru&a i*ualmentel%*u!re e em!ora An)sio 6 tivesse assumido as decises deseu eino nas semanas se*uintes a cerim<nia o(icial decoroamento s5 estava acontecendo seis meses depois da(atalidade. Esse tempo mais e&tenso se dava para que todas ascomitivas dos quin#e einos em terras ocidentais e tantosoutros no céu ou no mar pudessem se preparar e cada um emseu tempo e em sua necessidade melhor preparar asprovid,ncias e os rumos de suas via*ens até Ar#allum.=essa (orma as primeiras comitivas a che*ar (oram as de'6lice e do eino do orte o que era natural 6 que se tratavados einos mais pr5&imos comandados pelos eis 3e*undo e

+ércio Bran(ord irmãos do (alecido ei /rimo.+ércio Bran(ord naquele momento estava em seus aposentospois sua via*em havia sido a mais cansativa. F6 3e*undo

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passeava com o so!rinho pelos corredores a*itados do rande/aço aproveitando para tomar conhecimento do que tivessede sa!er e proetar para o (uturo o que pudesse serantecipadamente vislum!rado.

- 'omo est6 Branca? per*untou ei 3e*undo enquantocaminhavam.- -o in)cio chorou dias pela morte da mãe. Ali6s choroutanto mas tanto que acreditei que morreria de pranto. A maçãdo rosto perdeu as curvas e a (ace che*ou a (icar esqueléticade tanta l6*rima derramada.- +emos de compreend,la. 'horei menos mas tam!ém chorei

a morte de meu irmão teu pai.An)sio suspirou (orte. E per*untou>- C poss)vel morrer através do pranto s6!io tio?- -ão. 1as é poss)vel através da dor que vem com ele.ei 3e*undo não per*untava so!re a princesa Branca poracaso. /r5&imo de Ar#allum tam!ém estava o eino de

3tallia lar dos 'oraçãode-eve o que não dei&ava de sernaquelas condiçes uma inc5*nita e uma preocupação a mais.A(inal por mais que a princesa Branca (osse em poucotempo sa*rada ainha de Ar#allum nin*uém sa!ia mais oque esperar das relaçes entre os dois einos desde que aainha osaléa 'oraçãode-eve havia sido assassinada nasterras de Ar#allum no mesmo ritual de ma*ia ne*ra

envolvendo o herdeiro de Fames ancho Famil 'oraçãode'rocodilo e uma !ru&a cani!al que vitimara /rimo Bran(ord.- +u 6 estiveste com Alonso depois de... de... tu sa!es... aper*unta partiu do ei 3e*undo. Am!os estavam o!servandoa a*itação do pal6cio de uma das muitas sacadas do rande/aço.

- Ainda não. ma pausa posta pelo descon(orto. +u achasque pode não haver volta meu tio?

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- An)sio... acredito que Alonso tenha capacidade su(icientepara entender que não (oi culpa da *uarda deste eino suaainha ter padecido nestas terras.- -ão sei se um 'oraçãode-eve pode ter tal capacidade de

 ul*amento em tais condiçes...- +ua dama 6 deu pista do contr6rio? a per*unta erainteli*ente.- -ão como parece até aqui nesta conversa. 1as através deBranca aprendi que esta (am)lia detém sentimentos muitocomple&os. Eles costumam dar uma va#ão sempre maise&a*erada aos sentimentos. 'omo te disse> antes Branca

chorou por dias inteiros e quase não comeu quaisquermi*alhas. -os %ltimos dias contudo anda sorrindo comocriança e acreditando que serei um *rande eiD Assim o sãonessa (am)lia. Eles são di(erentes. 3e amam amam com muitaintensidade. 3e odeiam odeiam com todas as (orças.- Gsso é t)pico da raça humana como um todo.

- -ão para um 'oraçãode-eve insisto. 3a!es e&istem(am)lias (oradas no aço. E&istem (am)lias como a nossa(oradas na po!re#a e em duros testes traçados por (adas. 1asos 'oraçãode-eve são di(erentes. Eles são mais inst6veis.Eles são movidos por outra coisa...- +u queres di#er que eles são (orados pelo qu,?- /elas dores mais pro(undas e as ale*rias mais inst6veis de

um coração humano.

03

E eis e ainhas e no!res (oram convocados para o 3alãoeal. E sinos e cornetas ecoaram. E An)sio Bran(ord tomou

posição. E a cerim<nia para a consa*ração do novo ei deAr#allum se iniciou.

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04

&el Bran(ord estava sentado no trono 7 esquerda e odiavaisso.

etesta!a  estar ali. F6 não se sentia !em em cerim<niasno!res mas ter de sentar em um dos tr,s tronos era al*oinima*in6vel h6 pouco tempo. Fusti(ic6vel$ An)sio sempresentara 7 esquerda de /rimo a(inal era o pr)ncipe herdeiro.&el nessas (estas podia (icar onde !em quisesse eentendesse mesmo porque nin*uém se preocupava demais

com ele quando An)sio /rimo e sua ainha(ada estavampresentes.

1as a*ora ele era o "nico pr)ncipe herdeiro de Ar#allum. Emais se uma (atalidade indeseada acontecesse a An)sio e!ato tr,s ve#es no coração para que Beanshee não nos escuteisso o o!ri*aria a assumir aquele trono. 3e houvesse nascidocom )ndole ruim se deseasse o poder mais do que tudo navida com certe#a acharia uma (orma de tentar assassinar ouenlouquecer ou !anir o pr5prio irmão. /a*ue a !e!ida certa epoder6 escutar hist5rias desse tipo aos montes das !ocas de!ardos.1as não ali naquele /aço. -ão ali. /orque &el Bran(ord nãotinha )ndole ruim nem sede de poder.

E possu)a outras en*rena*ens em seu coração."cupando a mente do pr)ncipe o!sessivamente estava uma ovem que não poderia estar naqueles sales pois não erano!re nem princesa nem ainha. A menina :anson. A ovem1aria :anson. =aria tudo para chamar seu s5sia coloc6lonaquele trono sentado como um ilusionista coletando atençescom o*os de m6*ica e correr para tomar ch6 de (rutas na casa

humilde e modesta de sua nova prote*ida. 3a!ia porém queseu irmão *ostaria de t,lo ao seu lado esquerdo e ele ali

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estaria até o (im. Ainda que houvesse de sucum!ir ao tédiopara isso.'orneteiros reais ecoaram seus acordes com maestria. Eescutouse a vo# que anunciava>

3ua 1aestade ei An)sio +erra Bran(ord e 3ua Alte#aBranca 'oraçãode-eveD3e Branca 'oraçãode-eve 6 houvesse sido sa*rada ainhanaquele momento não teria entrado de !raços dados comAn)sio Bran(ord. Estaria 6 sentada no trono va#io ao ladodireito do trono central do ei." vão de no!res parecia um corredor in(inito de iluses. C

desse sentimento que vive a pol)tica que comanda$ sea a dosno!res sea a do povo. /or de!ai&o daquelas cortinas de sedae colunas de m6rmore daqueles carpetes e a#uleoscar)ssimos das paredes re!ocadas e lisas dos imensos e pesados candela!ros que sustentavam um n%mero incont6vel de*rossas velas de cera de a!elha de vinho servido em copos de

chi(res e de toda aquela comida diversi(icada que rodava osalão em pesadas !andeas e pratos de prata An)sio Bran(ordtentava se*urar o pr5prio est<ma*o e não vomitar.-o!res se aoelharam e restaram de pé apenas os monarcasou seus representantes diretos."s monarcas estavam na (rente na primeira (ila na dianteirados tr,s tronos reais. Atr6s havia os de#essete monarcas e os

3ete 'onselheiros eais que a*ora eram "ito 3enhores dauerra e das decises reais cuos conselhos audavam os eisna (amosa 3ala edonda. Hestiam mantos (inos com capu#escada um com uma cor. " mais novo dentre eles o oitavo eraum senhor de (eiçes (inas 5culos de lentes de !ai&o *rau eum sorrisinho c)nico de quem parecia estar sempre no

controle da situação.Apenas dois einos não haviam enviado representante al*umnaquele dia hist5rico. m era "# eino som!rio comandado

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pelo soturno ma*olinch "scar Ioroaster. " outro eraAtlJntidas o eino su!merso e avesso 7 super()ciecomandado pelo assustador e medonho ei @raKen.An)sio Bran(ord che*ou ao limite de seu trono e (icou de pé 7

(rente dele.3ua princesa (oise para pr5&imo do pai o ei Alonso'oraçãode-eve. Ainda não seria naquela ve# que se sentariaao lado direito do amado. "s no!res se levantaram quandoAn)sio (icou em (rente a todos de pé. 3eus tios os eis3e*undo e +ércio Bran(ord se apro&imaram. m tra#ia nasmãos o !astão$ o outro a coroa.

ei 3e*undo Bran(ord entre*ou com as duas mãos o !astão depuro ouro maciço que An)sio aceitou.=epois o ei inclinou a ca!eça em sinal de humildade atéonde estea o limite da humildade de um ei e ei +ércio lheordenou a ca!eça com uma das peças mais preciosas de todo"caso> a coroa de ouro e diamantes em (orma de estrelas

cru#adas de cinco pontas."s tr,s (i#eram uma rever,ncia. An)sio Bran(ord com o!astão nas mãos e a coroa real na ca!eça sentouse no tronocentral e os no!res novamente se aoelharam."s corneteiros mais uma ve# ecoaram acordes sincroni#ados." ei limpou a *ar*anta para (alar. E todos provavelmente 6devem !em sa!er que quando um ei resolve se p<r a (alar

qualquer pessoa em qualquer local e de qualquer posiçãosocial se cala. 'omo todos naquele pal6cio. E como todosn5s.

05

-5s que aqui estamos sa!emos !em o porqu,. E posso (alarque nin*uém aqui nesta sala sente mais este momento do queeu que vivi e me preparei para ele temendo o dia em que

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che*aria. E o temia porque sa!ia sem (loreios que nomomento em que che*asse como che*ou isso si*ni(icariacomo si*ni(ica que iria perder e perdi o maior de todos osmomentos de minha vida. /ois nenhum momento de minha

vida ser6 maior do que aqueles em que estive com meu paiei /rimo Bran(ord.oi assim que An)sio começou seu discurso. 3uas palavrastocaram os coraçes dos no!res que tinham coraçes dosserviçais que tinham o privilé*io de escutar tais palavrasmesmo que das %ltimas (ilas e dos monarcas que viram em/rimo Bran(ord o 6pice de um aliado. Branca 'oraçãode

-eve mantinha uma e&pressão irremov)vel> sem sorrisos esem l6*rimas escutando cada palavra com atenção e nadamais.F6 &el Bran(ord sentia a pele se arrepiar. :onrame pro(undamente a presença dos monarcas erepresentantes reais deste continente neste /aço. :onrame e

audame. /orque não penseis que é (6cil ser (ilho do 1aiordos eis. -ão penseis que é (6cil sentarme aqui e dar in)cioao maior dos (ardos pois quem é ei e merece ser ei ouacompanha de perto a vida de um ei merecedor do t)tulosa!e !em a responsa!ilidade que carre*amos 6 desde o !erçoacima de nosso pr5prio e*o na moldura de nossa pr5priavida. ma pausa. -este momento su!lime diante de minha

(am)lia de meus aliados e diver*entes e de minha (uturaesposa e ainha eu uro pelo san*ue de um Bran(ord quenão darei ,n(ase ao (raqueo e serei um canal de toda liçãoaprendida. Furo que serei enér*ico quando (or preciso e serei(le&)vel quando (or necess6rio. E por (im uro que separareio usto do inusto quando isso (or inevit6vel.

Al*uns naquele salão se olharam da mesma maneiraintranquila com que se olham os ressa!iados. /er*untavamseem pro(undo sil,ncio o que aquelas palavras si*ni(icavam. A

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maioria tinha sua pr5pria conclusão e sorriaindependentemente de qual (osse menos um. Estecompreendia mas não *ostava dos rumos que as coisasestavam tomando. erra!r6s. Hicton erra!r6s. " ei que

!aniu sua coroa e&tin*uiu a monarquia de 1inotaurus esa*rouse Gmperador di#em mais pela (orça que pela leio!servava An)sio com os olhos apertados como se umaventania de *rãos de areia estivesse lhe cortando a (ace emantinha uma e&pressão at)pica no sem!lante do rosto semca!elos.Em seu interior apenas uma certe#a> no (uturo ainda iria

!ater de (rente com An)sio Bran(ord. /ois a*ora eu An)sio +erra Bran(ord rene*o diante do'onselho eal e de todos v5s o posto de primeiro pr)ncipereal para me tornar o le*)timo ei de Ar#allum. E uro porhonra cumprir minhas promessas e ser hoe e em todos osdias que ainda viver o melhor ei que possa. :ouve uma

(orte inspiração. /ois senhores eu não quero amais que seesqueçam de que eu não sou o maior ei que 6 e&istiu so!reas terras de -ova Ether.1as sou o (ilho dele.Aplausos. Le*)timos empol*antes apai&onados. C um (ato> oser humano se sente !em quando é deslum!rado. Ele passa adar credi!ilidade maior e a olhar de (orma di(erente uma

situação quando isso acontece. 1esmo um conte%do (racopode ser (acilmente dis(arçado e !em vendido por uma !oaapresentação. 'onverse com os vendedores de estradasaqueles que vendem !u*i*an*as em carroças pu&adas por!urros de cidade em cidade e eles lhe contarão hist5rias dessetipo aos montes.

E ali naquele /aço o cen6rio era per(eito. :avia a situação aplateia a oportunidade. 1as acima disso havia o instrumentoper(eito para o espet6culo. An)sio sa!ia (alar sa!ia escolher

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as palavras as pausas o tim!re o sil,ncio entre determinadas(rases. Assim como seu pai quando se mani(estava era comose uma orquestra invis)vel e inaudita ru(asse seusinstrumentos intan*)veis para rati(icar a emoção proposta

pelas palavras ditas. Acredite voc, poderia detestar An)siovoc, poderia não se importar nem um pouco com pol)ticavoc, poderia nem mesmo ser deste plano de e&ist,ncia eportanto não ter nada a ver com os assuntos reais de qualquerre*ião de -ova Ether. 1as ainda assim voc, naquelemomento sem som!ra al*uma de d%vida teria aplaudido depé e com *osto o nascimento do novo ei de Ar#allum.

A(inal para isso voc, até estaria preparado.1as não para o que viria lo*o em se*uida.

0

1aria :anson havia dispensado sua turma in(antouvenil. Es

tava particularmente (eli# naquele dia. =esde que resolveraaceitar o conselho de seu anti*o pro(essor 3a!ino von )*arohoe o oitavo 'onselheiro eal da 3ala edonda do rande/aço as coisas andavam assim para ela. eli#es. 3a!inosempre (ora uma inspiração e isso não era e&clusividade. -ãoera o primeiro pro(essor a despertar em alunos sentimentos de!usca maiores de ideali#açes e reali#açes de *randessonhos humanos.3a!ino ensinou 1aria :anson e uma penca de alunos araciocinar. -ão lhe importava que sou!essem de cor nomes dosanti*os eis h6 muito (alecidos ou da capital de cada einodos continentes "caso ou -ascente. Gnteressavalhe (a#,losentender os porqu,s. 3a!er por que um no!re era no!re e por

que um ple!eu era ple!eu mesmo que esse pensamentoincitasse certa revolta quando analisado (riamente.Gnteressavalhe que seus alunos sou!essem ler escrever e

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contar. 3a!ia que conhecimento universal era priorit6rio aconhecimento (olcl5rico que cada povo poderia e deveria tersua cultura pr5pria e que isso o enriqueceria mas com aconsci,ncia de que isso não deveria ser a prioridade popular.

/ois em sociedade nin*uém morreria se não sou!esse adança t)pica de sua cidade.1as talve# sim se não sou!esse ler escrever e contar.E 1aria o!servava o hori#onte naquele momento pensandoem coisas como  responsabilidade  e  confiança,  quando seuspensamentos (oram interrompidos pelos !rados. ritosin(antis que !erravam de um amontoado de vo#es em roda.

=ois pestinhas estavam se esmurrando enquanto seus cole*asnão s5 adoravam a situação como ainda incitavam a !ri*a(eito cães. arotos por mais que os adultos tentem (rear esseinstinto adoram momentos como esse em que saem darotina. 1as para a nova pro(essora aquele momento não eranada comum. 'erto não era a primeira !ri*a que iria apartar

entre dois meninos sem u)#o mas ainda assim dessa ve# elase surpreendeu de verdade. E era usti(ic6vel.m dos dois meninos era um *aroto ro!usto e *rande para suaidade." outro com o rosto suo de pancadas era irmão dela.

0!

ei An)sio Bran(ord tinha consci,ncia do risco que viria ase*uir.Eram momentos %nicos no rande /aço$ passada a cerim<niade consa*ração do ei os no!res a*ora se concentravam naconclusão de uma importante tradição que nunca (ora

que!rada. e#ava a tradição de coroação real que ap5s acerim<nia o ei posto poderia se !ene(iciar do que se

conhecia em -ova Ether como #s $r%s ese&os.

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ma ve# em uma ta!erna (eita inteiramente de rochasencai&adas e telhas resistentes que serviam de morada paraninhos de aranhas escutei de um !ardo *ordo e *lutão que taltradição nascera h6 séculos quando um ei (oi coroado na

presença de um *,nio que lhe cedeu tal direito. "s *,nios de-ova Ether contava o !ardo costumam reali#ar tr,s deseos e apenas tr,s de quem quer que consi*a o direito do (eito.A tradição assim (oi passada e o!viamente não havia *,niospara reali#ar deseos de todos os eis do mundo. ;uando issopassou a não ser mais poss)vel os *,nios começaram a sair decena mas os deseos continuaram. :oe o ei posto tem

direito a escolher dentre todos os *overnantes presentes emsua cerim<nia tr,s deseos reais que não podem serrecusados.E se*uindo tal !ene()cio An)sio Bran(ord continuou suaprosa>- 3a!em ainda me impressiono como "s +r,s =eseos

costumam ser mais esperados e dotados de *lamour do quetoda a cerim<nia de consa*ração real."s no!res riram. -in*uém tinha certe#a a!soluta de queAn)sio havia (eito uma piada e nin*uém dei&aria de rir dapiada de um ei mas riram ainda assim pois se o (osseteriam (eito seus papéis.- ;uando era pequeno l6 pelos meus cincos anos 6

ima*inava o que pediria a *overnantes tão poderosos."!viamente eu cresci e hoe os pedidos que (arei são umpouco di(erentes daqueles que teria (eito em tal época. E ainda!em ou do contr6rio ter)amos eis loucos por a) atr6s de /ésrandes domesticados ou *alinhas que pem ovos de ouroDE toda a corte *ar*alhou dessa ve# com certe#a.

- 1as o pior (oi quando che*uei a oito outonos. /ois a) passeia ter a certe#a de que não necessitaria de tr,s pedidos.-aquele momento senhores e senhoras s5 me !astava um.

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Apenas um acreditem. Eu ensaiava... e aqui ele (e# umapausa. 3emideuses por que estou contando isso?... e todos*ar*alharam novamente. Bom mas per*untem 7s aias e elasrati(icarão o que estou a di#er. Eu tinha oito anos e ensaiava

diante de um espelho o dia em que che*aria até nosso honradoei Alonso 'oraçãode-eve e diria então> =e tu meu !omaliado real quero apenas a mão da mulher mais (ascinante que

 6 andou pelas terras de teu einoD e An)sio apontou nadireção de Alonso levando com seu sinal todos os olharesdaquele salão.ei Alonso estava com a e&pressão (echada e o olhar va*o de

um catat<nico com o pensamento visivelmente distante dali.Ao perce!er porém todas as atençes voltadas para si a!riuum lar*o sorriso para todos os presentes em uma s%!itamudança dr6stica Me assustadoraN de humor. A!riu os !raços e!ateu com as palmas nas co&as a(irmando>- Ah moleque travessoD Estavas achando que eu iria mesmo

cederte minha esposa? e todo o salão riu de novo.ei 3e*undo Bran(ord o!servava !em as mudanças dr6sticasde e&presses de Alonso 'oraçãode-eve mas sorriu com apiada ainda assim em!ora compreendesse um certo humorne*ro contido no coment6rio. F6 An)sio i*norando essedetalhe continuou>- -a verdade ei da -eve pensava que (icarias irritado com

minha petulJncia. E então terminava meu ensaio apontandotemeu dedo indicador e !radando como um meninohomempara todos os cantos> E pare de se (a#er de desentendido quesa!es muito !em que (alo de tua (ilhaD e risos ecoaram ere!ateram naquelas paredes uma ve# mais. E o pior... (oi queensaiei tanto meu discurso... apenas para desco!rir dois

outonos depois que Branca 6 era minha prometida desde o!erçoD os risos viraram *ar*alhadas.

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F6 ei Alonso surpreendentemente terminou a conversadi#endo>- "lhe pelo lado !om da coisa (ilho do 1aior dos eisD +u*anharas um pedido e&traD e a ale*ria conta*iava com

aplausos e sorrisos aqueles sales.Eles vinham de todos ali menos de um> erra!r6s. Este aindapermanecia impass)vel impertinente e secarrão. m rostodesprovido de emoção que a tudo o!servava descon(iado emcontraste com a maioria no salão.- /ois !em senhores 7 parte do que contei invoco a*ora meudireito real da tradição dos +r,s =eseos do ei que irei a v5s

pronunciar a*ora.E todo um salão de *ar*alhadas se calou a!ruptamente.

0"

1ete o dedo no olhoD -o olhoD... Arranca o ca!elo deleD...

Ai na caraD -a caraD... eram coisas como essa que *ritava o*rupo de meninos ao redor de Foão :anson e :ector armerincentivando a atracação dos dois *arotos. F6 as meninaspr5&imas ou *ritavam de (orma histérica ou apontavam paraa !ri*a cochichando com as ami*as e (a#endo as caretas maisestranhas.1aria che*ou ao local correndo. Em um %nico movimento

 o*ou :ector para o lado movida pela adrenalina da situaçãoe se colocou no meio dos dois. Foão ainda pensou em pularpara cima do *aroto de novo quando a irmã *ritou>- -em pense nisso Foão :ansonD e o *aroto empalideceucom a ordem como o mais ri*oroso militar diante da ordem deum superior.

- oi ele quem começou limitouse a resmun*ar enquantoa!ai&ava a *uarda deva*ar. -a (ace um hematoma

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demonstrava que a !ri*a havia sido (eia antes de 1aria semeter.- 1as que a!surdo é esse voc,s dois? Hoc,s acham que éassim que se resolvem as coisas? Batendo um na cara do

outro?Foão (icou mudo e (echou a cara. :ector tomou a palavra>- " pr)ncipe &el !ate na cara dos outros e voc, não reclamaD risos sur*iram dos cantos. Foão voltou a (icar vermelhodoido para a irmã sair da (rente.

- C  diferente,  armerD Ele luta dentro do rin*ue. C umesporte e ele luta para o povo. Ele não (ica !atendo nosoutros no meio da rua como voc,sD =everiam se enver*onharpor isso ali6s. Hoc,s !ancam os adolescentes mas a*emcomo criançasD aquilo (oi (orte. 1aria cutucara o ponto (racode um adolescente> ser comparado a uma criança. "s doispra dentro da sala 6D"s meninos caminharam com 1aria até dentro da Escola eal

do 3a!er e (oram levados para uma sala di(erente com umquadrone*ro. A cada um (oi entre*ue um pedaço de calc6rioe dada a ordem de escrever de uma ponta a outra al*o como>Eu não vou mais !ater na cara dos outros. m casti*o decriança que e&atamente por isso per(urava a alma dos doismuito pior do que se 1aria tivesse arriado suas calças e !atidoem seus traseiros com um cinto de couro.

- Ca'elo lam'ido  armer di#ia enquanto escrevia.

- eadinho cute*cute...  sussurrava Foão de volta citandoo apelido in(antil que :ector armer *anhara por causa dele eque perse*uiria o *aroto pelo resto da vida.Enquanto am!os en*oliam seus e*os naquela sala 1ariaconversava com a senhora armer que não estava nadasatis(eita em ouvir os relatos da pro(essora. :ector poderia terescapado do cinto na Escola eal do 3a!er mas não parecia

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que de punição mais ri*orosa em casa quando as portas sãotrancadas e não se usam m6scaras sociais.E quando a senhora armer se a(astou indi*nada e mesmoenver*onhada pelo (ilho Ariane -arin que até então apenas

o!servava as coisas se apro&imou da pro(essora.- 1aria não sea tão dura com o Foão. A culpa (oi toda doest%pido do :ector armer.- Gsso não é desculpa ArianeD " Foão devia se controlarD F6pensou se tudo na vida...- Hoc, não t6 entendendo 1ariaD "s meninos t,m essa coisade honra pra c6 e or*ulho pra l6 que eles aprendem copiando

da no!re#a.- E da)? 35 (alta voc, me di#er a*ora que o :ector armer

insultou a honra do FoãoD- -ão a do Foão não...- =e quem então?- A sua.

0#

Antes de anunciar meu /rimeiro =eseo *ostaria deanunciar minha usti(icativa. 'omo todos aqui !em sa!em acada dia tomamos conhecimento de novos instrumentos e

arti()cios !élicos que evoluem e até caminham pararevolucionar os com!ates e disputas de *uerra. ma pausa. /ara n5s monarcas contudo muito mais (6cil se torna nossaposição. /ois se por um lado somos n5s os respons6veis pelasdecises mais di()ceis e se somos n5s até mesmo osrespons6veis pelas declaraçes que tais con(litos e&i*em poroutro não somos n5s que colocamos a maior parte de

conhecidos no campo de !atalha ou choramos por ver nossos(ilhos destroçados por a!utres.

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- 8s ve#es choramos... disse ei Alonso com uma vo#(raca causando um e&tremo malestar no salão.An)sio mordeu os l6!ios. /ara aud6lo naqueladescon(ort6vel situação e desviar a atenção para si ei

3e*undo e&clamou>- Hossa 1aestade tem ra#ão no discurso que cita posto queme parece i*norar a tensa prisão que nossa pr5priaconsci,ncia nos an*ustia quando temos de tomar tais di()ceisdecises.- ei 3e*undo não acredite que todos os monarcas so(ram damesma an*%stia que cita disse An)sio.- alais por v5s? per*untou erra!r6s piorando odescon(orto.- -ão disse An)sio. alo pela o!servação de tais e&emplose de suas atitudes ditatoriais e desprovidas de quaisquer

 usti(icativas senão a da am!ição desen(reada postas acimado car*o que deveriam representar.

:ouve sil,ncio. " clima continuou tenso. =essa ve# (oi ei+ércio quem tentou es(riar os Jnimos mudando a direçãodaquele di6lo*o>- 1as An)sio tu enrolaste e ainda não mani(estaste teu/rimeiro /edido. Antes ei 3e*undo havia usado orespeitoso termo vossa comum ao se re(erir a eis.Entretanto ei +ércio a*ora se utili#ava do tu. " (ato era

que eis poderiam (alar com outros eis pelo tu porveremse de (orma i*ual. ;ualquer outro que não um einão.An)sio modi(icou a e&pressão séria e sorriu de (ormaa*rad6vel.- Hossa 1aestade tem total ra#ão. /ois !em (alava so!re os

caminhos que nosso desenvolvimento !élico est6 tomando eadmito que isso me preocupa pois é inevit6vel que muitosaqui dentro deste /aço continuarão com suas desavenças ao

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sa)rem dele e milhares ainda morrerão em nome dessa (altade entendimento entre n5s.Adamantine o ei de Ara*on tomou a palavra>- ei An)sio entendo o que tu queres di#er e em nome de

minha nação compartilho de tua humanidade. 1as tam!émnão posso ser hip5crita ao admitir que para al*uns de n5snão h6 alternativa. /ois o que (arias tu se um intruso viesse atétuas terras entrasse sem permissão em tua casa humilhassetua honra e sequestrasse tua princesa e (utura esposa?" eiera mostrou os caninos. "s einos de Ara*on e OKKeram inimi*os declarados desde que eiera POor tomou

para si a princesa Bella de Adamantine como esposa (orçadae a mantinha como sua princesaescrava até os dias de hoe.Essa triste hist5ria é contada pelos !ardos como o casoconhecido como A Bella e " eiera.+odos mantiveram o sil,ncio 7 espera da resposta.- Eu o mataria disse ei An)sio com uma se*urança que

che*ava a assustar. E antes que al*uém comentasse so!re adualidade da resposta e do discurso anterior ele concluiu> Aquestão seria apenas se eu o (aria so#inho ou se levariamilhares de vidas comi*o por uma desonra diri*idaespeci(icamente a mim.- A desonra de um ei é a desonra da nação que ele representa e&clamou ei Adamantine.- 3e assim o é por que então e&istem ricos *overnantescomandando naçes de população tão po!re? Acaso a rique#ade um ei não deveria provir da rique#a da nação que elerepresenta?"lhares entrecru#ados se diri*iram a 1idas o ei de ordio." ei amaldiçoado que tinha mãos e toque de ouro e toda

uma e&tensa rique#a que seu povo amais iria e&perimentarvivendo entretanto como um inv6lido sem nada poder tocar

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dependendo de escravos até mesmo para lhe dar !anhos oucolocar comida em sua !oca.- 1aestade... chamou a atenção do salão ei 1idas. -emtoda rique#a é uma !,nção...

- Ainda assim pre(erese o so(rimento que ela e&i*e do que apa# do desape*o... disse ei Acosta l)der de "rion vi#inhoe desa(eto de ei 1idas.- Acaso não tens de acordar tua ainha ei? per*untou1idas.ei Acosta se preparou para avançar so! a u*ular de 1idasmas seu campeão Be*nard o trou&e de volta 7 ra#ão. A

nação de "rion assumira suas desavenças com ordio emeventos passados que culminaram com sua ainha Belluci emcoma pro(undo até os dias de hoe. " so(rimento da (am)liareal de "rion (oi motivo de esc6rnio em ordio quechamaram o evento de A Bela ainha Adormecida.- H5s todos estais vendo como delimitamos hoe aqui os

rumos de todo o "caso? per*untou ei An)sio. E como aevolução !élica me preocupa ante tais campos de !atalhaspreparados por tamanha intolerJncia e ac%mulo de rancor?/ois !em rati(ico e insisto que é nisso que se !aseia meu/rimeiro /edido e di*o mais> tam!ém meu 3e*undo.E ei An)sio virouse na direção do ei de +a*Qood. Ee&clamou>- ei 'ollen não é desconhecido para nenhum presente neste/aço o poderio militar que teu e&ército adquiriu ap5s anos decom!ate 7 pirataria em teus portos. /rocede o que a(irmo?ei 'ollen que 6 estava surpreso de ter sido o ei escolhidopara o /rimeiro =eseo não *ostou nem um pouco dos rumosque aquilo estava tomando.

- /er(eitamente ei Bran(ord...- E tal poderio vem do (ato de passar a treinar teu e&ércitopara se utili#ar da temida p5lvora ne*ra recurso destrutivo de

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poder imenso mas não ainda completamente aper(eiçoado porqualquer nação. C di*na de admiração a (orma como tirastedos mares e trou&este para a terra tal recurso !élico com teusen*enhosos criando canhes altamente transport6veis para o

campo de !atalha.- Hossa 1aestade... disse com cuidado ei 'ollen ... atéa*ora não compreendo se estais me repreendendo oucon*ratulando...- ei 'ollen não tenho condiçes nem direito de ul*ar a(orma como prote*es tua nação. Apenas a(irmo que a p5lvorane*ra pode levar tudo o que conhecemos no campo de !atalha

a caminhos som!rios e sem volta e por isso *ostaria de usarmeu /rimeiro /edido para (a#er um protesto contra tal (orça.

- m... protesto? 'omo assim 1aestade?- 1eu /rimeiro =eseo é que +a*Qood esva#ie em seus marestodos os !arris de p5lvora ne*ra que e&istem em seu estoqueno atual momento.

:ouve um momento s%!ito de sil,ncio e choque no salão.-enhum maior do que o do ei de +a*Qood.- 1as... mas... mas... 1aestade...ei An)sio manteve a pose austera e o!servou o ei de 'ollenem sil,ncio diante de uma e&pressão que a*uardava adecisão. " salão estava inteiramente transtornado e isso tinhaum motivo. A(inal haveria de se ter cora*em para acataraquele pedido.E de se ter ainda mais para recus6lo.- 1as... disse ei 'ollen ainda chocado e quase em sussurro isso (aria com que +a*Qood (osse tomada por todos oslados...- 3ei !em o que te preocupa ei 'ollen voltou a di#er ei

An)sio. +emes que teus vi#inhos invadam tuas (ronteiras etomem tuas a#idas. /ois !em di*o que ter6s de con(iar emmim. /orque quero que meu /rimeiro =eseo sea uma ode 7

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pa#. E (aço isso não apenas por Ar#allum mas por todo o"caso. /or isso declaro aqui diante de todos que esta!eleçoum acordo entre naçes de que qualquer ataque a +a*Qoodno per)odo de um ano a partir de hoe ser6 tratado como um

ataque tam!ém a Ar#allum e a todas as naçes que se di#emsua aliada.1urmurinhos murmurinhos muitos murmurinhos. Atémesmo &el Bran(ord se per*untava se seu irmão tinha totalconsci,ncia do que estava (a#endo e para onde tais atitudespoderiam levar as diversas naçes. ei 'ollen entre omurm%rio *eral passava a mão na ca!eça tentando visuali#ar

qual seria a melhor opção para seu eino. Em um anoconse*uiria com certe#a reer*uer seu estoque de p5lvorane*ra. A questão era apenas esta> as outras naçes iriam

o!edecer ao acordo !er'al imposto pelo ei?=e certo apenas um (ato> estar contra Ar#allum tam!émnunca era uma !oa opção.

+alve# sea por isso que ap5s o salão silenciar e ap5s seucoração parar de !ater tão (orte ele conse*uiu di#er olhandopara An)sio>- 1aestade vosso =eseo é uma ordem." salão voltou 7 al*a#arra. 'omo pre*ava a tradição escri!asreais tra#iam per*aminhos em que estavam previamenteescritos os termos ditados pelo ei em tr,s c5pias. /ara se tera certe#a de que os deseos seriam atendidos ao eirespons6vel ca!ia ler e reler os termos e assin6los na (rentede todos carim!ando com seu selo real. =ali uma c5pia de taldocumento seria enviado ao eino indicado através depom!oscorreios.A assinatura de ei 'ollen nos tr,s documentos saiu

tr,mula.- /ois !em é hora de mani(estar meu 3e*undo =eseo.3enhores v5s todos aqui sa!eis que as raças racionais

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esperam por uma Era -ova que trar6 não apenas umconhecimento maior a -ova Ether como ditar6 os caminhosespirituais que os seres vivos devem se*uir. E esta Era estar6

inau*urada com o lend6rio retorno do a!atar...

- -ão sa!ia que Hossa 1aestade levava a sério os rumoresso!re o retorno de 1erlim de 'hristo disse ei "rontemonarca das terras de Al!ion.- /ois não apenas levo a sério como acredito assim comomeu pai tam!ém acreditava no retorno de ilho do 'riadorei "ronte.- E acredita que... dessa ve#... ele não ir6 retornar em Al!ion?- 3ei que tuas terras tiveram a !,nção de ver nascer em tuacapital o avatar na /rimeira Hinda. Bendito é o ei que comoArthur possa ser *uiado por alma tão pura.- E maldito aquele que padece do mesmo destino de Arthurdiante da morte disse ei "ronte.- En*raçado tu (alares de tal destino quando (oste um dos

respons6veis por ele... disse ainha @apella a ainha daL)n*ua erina so!erana de 1osquete.- ei /hilipe... disse ei "ronte diri*indose ao ei de

1osquete conhecido como o +ei da Máscara de erro ... cuide da l)n*ua de tua esposa. =o contr6rio em curtotempo teremos neste salão instruçes de croché e educação de

crianças." salão e&plodiu em esc6rnios.- +ens ra#ão "ronte... disse a ainha. +alve# sea melhoreu ensinar croch, a meus (ilhos. ;uem sa!e assim eles nãome matem...1ais esc6rnios$ mais al*a#arra no salão. ei An)sio voltou atomar a palavra>- 3enhores senhoras por (avorD C de uma Era -ova di(erentedesta que (aloD ma Era em que não teremos tamanha

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di(erença e entenderemos qual o motivo da  criaç-o  denossos seres. Entenderemos o que h6 detr6s do véu da'riação e o que o 'riador e seus semideuses esperam detodos n5s.

A maioria naquela sala escutava An)sio até com certaadmiração. As pessoas realmente acreditavam naquela

hist5ria. "u ao menos  queriam acreditar que -ova Ethercaminhava para um rumo di(erente do que parecia caminhar eque tudo iria mudar quando 1erlim Am!rosius renascesseatravés de uma vir*em como pre*avam as escrituras. "utros

como erra!r6s porém mantinham e&presses de!ochadas na(ace e não escondiam o tédio que tudo aquilo lhes causava.An)sio se virou para seu tio ei +ércio.- E é a ti ei +ércio que dirio meu 3e*undo /edido.ei +ércio parou de conversar com seu campeão e seconcentrou no so!rinho>- /ois não ei An)sio...

ei +ércio poderia ter usado o termo ei Bran(ord mashavia tr,s eis presentes com o mesmo so!renome. Lo*ooptara pelo primeiro nome do ei de Ar#allum.

- 3a!emos que um homem dito pelo povo como  santocaminha por tuas terras.- /er(eitamente...

- =i#em que é capa# de mila*res que o homem comum nãoconse*ue e que pro(ere discursos que tocam em partes daalma que !ardo al*um ainda alcançou.- C verdade 1aestade...- Esse senhor porém é um anti*o sacerdote impedido dee&ercer seu o()cio.- -ão por acaso um anti*o condenado... disse erra!r6s nãosimpati#ando com os rumos das coisas. "utra ve#.

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- E que cumpriu sua pena em car6ter o!ediente e e&emplar disse ei An)sio. =i#em inclusive que cumprimentavatodos os *uardas pelo nome e a*radecia cada prato de comidaque lhe entre*avam.

- E tam!ém que muitos presos violentos passaram a acreditarna redenção através de suas palavras complementou ei+ércio.- /ois então... continuou ei An)sio ... sei !em que as leisde orte não permitem que e&prisioneiros e&erçam (unçesde che(ia sea ela em car6ter pol)tico econ<mico ou reli*ioso.- /er(eitamente...- Entretanto por meu pedido quero que a!ras uma e&ceção aesse homem. Acredito que a humanidade precisa ouvir aspalavras de um homem como este. 'om certe#a ele ainda tem*randes serviços a prestar 7 nossa :ist5ria.1urm%rios no salão$ não tanto quanto os do /rimeiro =eseomas murm%rios ainda assim. A soturna e&pressão de erra!r6s

se mostrava numa %nica e le*)tima carranca.- E meu 3e*undo /edido é que o homem conhecido comoFohn +ucK possa e&ercer seu sacerd5cio so!re as terras deorte..." mais interessante era que aquele pedido parecia a*radar 7maioria esma*adora do salão. As pessoas estavam admiradascom a escolha do ei e até mesmo o pr5prio ei +ércio

parecia e&tremamente satis(eito de poder dar tal poder deredenção a um anti*o (rei sem !urlar as leis de sua nação paraisso.- 1aestade vosso =eseo é uma ordem.E o salão até mesmo quem diria aplaudiu quando osescri!as reais se apro&imaram e ei +ércio assinou os

per*aminhos que se*uiriam para o eino do orte. E (oiassim aproveitando essa melhora no am!iente que An)sioBran(ord se*uiu para seu =eseo mais pol,mico>

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- :6 tempos muitas hist5rias de luta e cora*em nasceram emnossas terras. 1uitos homens tornaramse imortais através desuas o!ras ou de suas hist5rias de sacri()cios em prol deoutros mais (racos ou mais necessitados. +enho certe#a de

que cada um de v5s possui em vossa mem5ria um pre(erido eposso di#er aqui que em minha pr5pria eu tam!ém tomo talatitude.&el Bran(ord se aeitou em seu trono. :6 al*um tempoAn)sio lhe havia con(idenciado qual seria seu terceiro pedidono dia em que (osse sa*rado ei. 1as não acreditava quequando esse dia che*asse ele (osse levar aquilo  realmente  a

sério.- 3enhores (aço parte de uma *eração posterior 7 *randemaioria presente e o!viamente por isso aca!o pois por meidenti(icar com her5is mais pr5&imos de minha época comotam!ém o (a#em milhares de ovens pr5&imos 7 minha idadeou até mesmo da nova *eração que (ormam os ovens dos dias

de hoe.Branca não piscava.ei Alonso tam!ém não.- E se hoe estamos aqui em consider6vel momento detranquilidade (oi porque *randes her5is no passado se uniram

a meu pai /rimo Bran(ord liderando a épica Caçada de

Bruxas.  +odos os l)deres desse movimento hist5rico setornaram *randes lendas e aumentaram seu pr5prio mito emsuas pr5prias ornadas. Al*uns não estão mais entre n5s comoArthur /endra*on que se entristeceria ao ver o que se tornoua *uerra santa pela terra que de(endeu ou 1erlin Am!rosiuso sa*rado 'hristo e primeiro avatar de nosso 'riador. Al*unslevaram sua e&peri,ncia e ustiça ao ma*istrado como lorde

Pil(red de Gvanhoé. Al*uns até hoe estão desaparecidoscomo o capitão Lemuel ulliver. Al*uns desvirtuaram seu

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caminho como o ma*olinch "I. 1as de todos nenhum tevedestino mais in*rato do que o!ert de LocKsleR.An)sio havia dito o nome.Gmediatamente murm%rios correram por aqueles sales mas

dessa ve# eram murm%rios diferentes. " caso de o!ert deLocKsleR o her5i ul*ado como !andido era o mais pol,micodaquelas terras. /ara as pessoas ele era dito nas ruas emsussurros. /ara os monarcas apenas quando as portas estavamtrancadas e até as paredes estavam dormindo. o!ert de LocKsleR (oi um dos maiores her5is do mundo emuito triste para sua mem5ria é v,lo apodrecer em uma cela7 espera da morte marcado como criminoso ao invés de her5i.+am!ém comple&a é sua situação a(inal ele e muitos de seu!ando (oram capturados por soldados de 3tallia no 'ondadode 3herQood uma re*ião que na teoria pertenceria 7s terrasde 3tallia mas que na pr6tica é uma re*ião neutra por selocali#ar a!ai&o do eino de Bro!din*na*.

" salão era sil,ncio. +udo o que estava sendo dito eraverdade. " 'ondado de 3herQood (icava a!ai&o do einoi*ante dos céus e portanto era de comum acordo pol)ticoesta!elecido por um tratado assinado ali se reconhecer uma6rea neutra em!ora constasse no mesmo documento eletam!ém se locali#ar dentro de um anti*o limite das terras de1inotaurus e de +a*Qood e ser de todos esses einos aresponsa!ilidade de sua condução *overnamental. -a pr6ticaporém essa condução era (eita por 3tallia com recursosecon<micos pr5prios. +a*Qood não tinha o menor interesseem 3herQood e 1inotaurus apenas queria capturar e puniraqueles que se opunham ao seu posicionamento imperialista.Lo*o quando o!ert de LocKsleR e !oa parte de seu !ando

(oi capturado por tropas militares do eino de 3tallia1inotaurus solicitou a trans(er,ncia da prisão do (amoso(u*itivo para si Mo que o teria levado sem demora 7 e&ecução

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na (orcaN. Apoiado porém no tal tratado assinado por1inotaurus +a*Qood 3tallia e Bro!din*na* que esta!eleciao condado como re*ião neutra e apoiado no (ato de LocKsleRestar sendo procurado por crimes  também  contra as leis de

3tallia ei Alonso 'oraçãode-eve se ne*ou a entre*ar o(u*itivo capturado a 1inotaurus e o levou para ser ul*ado emsuas terras so! seu c5di*o penal."!viamente isso atraiu a ira de erra!r6s./ara piorar a situação depois de ul*ado pelas leis stallianaso!ert de LocKsleR (oi condenado 7 prisão perpétua, sentença quecumpria até ali. A questão era que em 3tallia LocKsleR (ora

 ul*ado por crimes contra o Estado relativos apenas a  furtos eincitação a ideias de rebelião  na população. 'omo nem ele nemnin*uém de seu !ando amais havia atirado uma %nica (lechacontra soldados daquele eino isso impediu que (osselevantada a hip5tese de  sentença de morte,  (ato de que 6 nãoescaparia se tivesse sido ul*ado pelas leis de 1inotaurus.

A sentença irritou ainda mais o 6 calvo imperador erra!r6s.- -ão ul*o aqui hoe se ei Alonso 'oraçãode-eve a*iucorretamente em tomar para si o prisioneiro que capturounem se sua sentença pelas leis stallianas (oi a mais usta que oanti*o her5i merecia. -ada disso é question6vel e Ar#allumnão se mani(estar6 em tal pol,mico assunto que não lhe ca!e." que est6 aqui sendo levantado é apenas o direito ao meu

+erceiro =eseo que pretendo dedicar 7 mem5ria de meu pai.erra!r6s trincou os dentes.E meu %ltimo =eseo é que o!ert de LocKsleR sea li!ertadode sua pena de prisão perpétua so! a circunstJncia de anistia" 

- nf/mia  !radou erra!r6s atraindo para si todo um salãoem pura tensão. Apenas a ideia de requisitar a li!ertação de

um prisioneiro condenado 6 se trataria de al*o imoralD 3o! acircunstJncia proposta é al*o verdadeiramente inaceit6velD

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1urmurinhos no salão. Era a primeira ve# na hist5ria de-ova Ether que um *overnante no 3alão eal desa(iavapu!licamente o direito dos +r,s /edidos de um ei posto.- Entendo vossa disc5rdia com relação ao meu pedido pois

todos aqui temos conhecimento de como vosso e&ércitoso(rera !ai&as nas !rincadeiras mortais promovidas pelo*rupo de LocKsleR. 1as peço por (avor ei erra!r6s quecompreendais que...

- mperador erra!r6sD rosnou o monarca.3oldados apareceram na entrada do salão preocupados comos rumos que aquela cele!ração estava tomando. An)sioBran(ord que antes mantinha uma e&pressão paciente e (alavacomo um aliado dessa ve# mudou totalmente a e&pressão.Assumiu uma postura séria e disse em tom (irme mudando opronome de tratamento>- F6 que (a#es questão de relem!rar a este salão o t)tulo autoproclamado tam!ém acho que esta é uma questão que deveria

ser votada aproveitando a presença de nossos l)deres dasterras do "caso. Em particular acredito que um eino possase a!ster da monarquia como sistema de *overno se este (or odeseo tam!ém de sua nação mas sea qual (or a decisão a sertomada ela deve ser esta!elecida ao lado dos l)deres quecomandam as naçes vi#inhas.erra!r6s deu um passo 7 (rente e todos aqueles que estavamno caminho entre ele e An)sio Bran(ord se a(astaram comreceio dei&ando um corredor entre eles.- ;uem toma decises pela nação de 1inotaurus é1inotaurusD 3omente ela e nin*uém maisD 3oldados de1inotaurus se apro&imaram de seu Gmperador. &el Bran(ordse levantou e se apro&imou do irmão o!servando de lon*e o

campeão de erra!r6s um homem !ranco alto e com umacicatri# de !atalha que descia em dia*onal do alto da testa até

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o nari#. +odos os soldados de 1inotaurus usavam o ca!eloraspado ou quase raspado em um corte tipicamente militar.Aquele papel que &el estava (a#endo tam!ém era o de umcampeão de Ar#allum. m campeão de um ei tinha o papel

de liderar sua *uarda quando necess6rio tomar a (rente de seue&ército quando em estado de *uerra e lutar em duelos dehonra para os quais (osse convocado. Lo*o era comum quequem assumisse esse papel (osse um lorde$ um com!atentemilitar e&periente em !atalhas. Em Ar#allum porém seucampeão era o pr5prio pr)ncipe &el +erra Bran(ord quepedira pelo t)tulo em uma surpreendente decisão.

oi a primeira ve# que um pr)ncipe assumiu esse peri*osopapel.- Então além de Gmperador queres tam!ém o t)tulo de1inotaurus? per*untou An)sio. "u queres que1inotaurus se trans(orme em sin<nimo de Aquele=ominado /ela +irania?

- +u apenas... erra!r6s tentou di#er.- se o termo vossa quando te re(erires ao 1aior dos eisD disse &el Bran(ord. 3e rene*as o t)tulo de ei então nãoouses colocarte no mesmo patamar de um.erra!r6s suspirou (orte de raiva. 3urpreendentemente o eiera POor tomou a palavra ao di#er em seu altivo po!re>- OKK ap5ia o t)tulo de 1inotaurusD E reconhece erra!r6scomo GmperadorD-o salão e&plodiram murmurinhos e coment6rios espantosos.&el olhou para An)sio consciente de como aquele o*oestava (icando peri*oso.- /ois se tu tomas erra!r6s como aliado eiera entãoAra*on não apenas rene*a o t)tulo em votação como toma

1inotaurus como desa(etoD !radou ei Adamantinecausando mais (risson.

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/almas (ortes de EnKidu campeão do eino de ruKchamaram as atençes do salão disperso para ele.- ei il*amesh tem al*o a di#er... disse ele.3il,ncio. E som>

- ruK... disse de (orma lenta e arrastada o ei il*ameshtam!ém ap5ia o t)tuloDLo*o que a a*itação do salão ameaçou retornar antes que elaaumentasse ei Blunder!ore o eii*ante (alou por cimade todas as outras vo#es ao di#er al*o em sua l)n*ua natal. 3uavo# *rossa e poderosa lem!rava uma corneta tocada. 'omonin*uém nada entendeu do dialeto seu campeão tradu#iu em

um altivo ainda mais po!re que o do eiera com um tomde vo# i*ualmente poderoso>- Bro!din*na* i*ualmente ap5ia o t)tulo...ei 3e*undo coçou a ca!eça enquanto os murmurinhosvoltavam. erra!r6s o!servava Bran(ord com um artriun(ante. &el odiava aquele sorriso.

ei An)sio tomou a palavra>- Em al*umas lin*ua*ens o t)tulo Gmperador possui osentido de 3enhor dos eis o que nos dei&a em umasituação de das duas uma> ou modi(icamos o sentido dapalavra ou rene*amos o t)tulo proposto por erra!r6s.3il,ncio.- Então eu su*iro modi(icarmos o sentido para Aquele ;ue

Gr6 3e +ornar " 3enhor =os eis rosnou erra!r6s.1ais soldados de Ar#allum che*aram ao local e entraram norande 3alão causando mais al*a#arra. A impressão era deque se (osse &in*ada a mãe de al*uém naquele momentoestaria esta!elecida a /rimeira uerra 1undial.- E independentemente das consequ,ncias pol)ticas ou

militares que pensa ser capa# de impor eu rene*o aqui em teusolo teu +erceiro /edido An)sio +erra Bran(ordD

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erra!r6s cuspiu no tapete real e unto de sua comitiva deumeiavolta e se diri*iu 7 sa)da.oi quando ei An)sio (e# um sinal com a ca!eça e a uardade Ar#allum !loqueou a sa)da. "s homens de 1inotaurus

tocaram o ca!o de suas armas. "s de Ar#allum tam!ém.- Antes de partires L)der de 1inotaurus... disse An)sio maisuma ve# atraindo atençes no am!iente tenso ... *ostaria queassistisses ao des(echo de nosso ato. A(inal parece mesmoque te esqueces de que o destino e o ul*amento de o!ert deLocKsleR não te pertencem pois tua *uarda (oi incompetentee in(eli# no que a de 3tallia não.

erra!r6s virouse possesso$ nada irritava mais umminotaurino do que o menospre#o ao seu poderio militar. Araiva queimava em seu interior. -o de seus soldados tam!ém.1as para o !em do salão nada (oi dito por nenhum deles.Ali.- E dei&o a consequ,ncia de meu +erceiro =eseo 7quele que

realmente tem o poder de conced,loD+odas as atençes da sala se voltaram para ei Alonso'oraçãode-eve que parecia novamente um pouco distantedo mundo alheio ao que acontecia ao redor. Ao ver asatençes de todos em si contudo mais uma ve# o ei saiu domundo pr5prio em que estava arre*alando os olhos como seapenas ali tivesse se dado conta da importJncia da escolha que

tinha de tomar.-ão era apenas uma questão de conceder ou não o =eseo deum ei. Era a hora de escolher aliados em um con(litopol)tico e militar declarado. Era o momento de di#er se estavado lado de 1inotaurus e dessa (orma contra o sistemaesta!elecido pelos monarcas de todo o continente "caso ou

se estava ao lado de Ar#allum e assim atestando de (ormap%!lica que não apenas não mantinha rancores contra a

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(am)lia Bran(ord como estava contra as ideias pol)ticas emilitares de 1inotaurus." ei olhou para a pr5pria (ilha Branca posicionada atr6s deAn)sio

Bran(ord. " coração dela !atia r6pido$ mais parecia que iriaso(rer uma arritmia card)aca. ato usti(ic6vel> tudo o que umaprincesa prestes a se tornar ainha menos desea na vida é versua terra natal entrar em desavenças com a terra de seu (uturoesposo.- 1aestade... disse Alonso 'oraçãode-eve com uma vo#arranhada e (ria ... vosso =eseo é uma ordem.

erra!r6s ran*eu os dentes e caminhou para a sa)da mais umave#. "s soldados olharam para seu ei e dessa ve#des!loquearam a sa)da o!servando a or*ulhosa comitiva de1inotaurus dei&ar a sala.- Aqueles que queiram trilhar os mesmos caminhos de1inotaurus... disse ei Bran(ord ... por (avor que 6 o

(açam desde a*ora.eiera ao lado de seu campeão o trollher5i rendel e desua comitiva de !estas(eras de OKK virouse e tam!émdei&ou o rande 3alão so! o olhar da comitiva de Ara*on.- -ossas pend,ncias ainda não terminaram eieraD disseei Adamantine. ei POor apenas mostrou seus caninos econtinuou seu caminho.

=a parte do eino de ruK ei il*amesh e sua comitivaliderada pelo campeão EnKidu tam!ém caminharam emsil,ncio na direção da sa)da do rande 3alão. /or %ltimo acomitiva de Bro!din*na* o einoi*ante (e# o solo tremerao (a#er o mesmo.;uando ao salão se tornou novamente sil,ncio diante de

rostos surpresos ei An)sio +erra Bran(ord virouse de (rentepara aqueles que restaram no sa*uão e disse>- Est6 consumado.

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E todos que ali permaneceram com e&ceção dos eis secolocaram de oelhos. Era o (inal daquela cerim<nia e apenaso in)cio do muito que ainda estava por vir.Estão esta!elecidos os alicerces para a construção da Era

-ova de Ar#allum e de todo o continente do "caso.

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Aquela pend,ncia estava *erando sequelas.As crianças 6 estavam saindo da Escola eal do 3a!er esa)am em !ando como sempre. "!viamente que naquele dia o%nico assunto entre elas era Foão :anson e :ector armer.Al*uns dos di6lo*os que uma pessoa poderia escutar seandasse por ali e (in*isse não estar prestando atenção no*rupo de meninas seriam>- Hoc, viu? " Foão partiu pra cima mesmo do armerD- C mas ele não a*uenta. " armer é maior. E é mais velho

tam!ém. ;uem pode com al*uém maior e mais velho?- " pr)ncipe &el 6 derrotou *ente maior e mais velha queeleD- Ah mas ele é pu*ilista né? " Foão não.- 1as o que voc,s acham do que o armer (alou? Hoc,sacham que a pro(essora e o &el 6... 6... voc,s sa!em...- 3er6? 1as antes do casamento? Gsso é desonraDAs meninas riram como se aquilo (osse uma *rande piada.1as realmente nos dias de hoe até parece né?- Ah não aconteceu não pode acreditar. Ela é muito (eia praeleD- =ei&a de ser inveosa *arotaD A 1aria é linda...- -ão isso é tudo ponto de vista...

- Ah sai daquiDF6 perdidos em suas pr5prias conversas o *rupo de armer iamais 7 (rente e era (ormado de uns cinco *arotos e nenhuma

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menina. armer era o mais velho. 1ais atr6s vinha o *rupo deFoão composto de tr,s meninos e de todas as meninas queso!raram da classe. "s dois haviam trocado mais (arpas antesde sa)rem da Escola eal mas am!os eram su(icientemente

espertos para (icar cada um na sua.+anto ele quanto seu velho rival haviam sido avisados queam!os seriam e&pulsos por qualquer sinal de !ri*a mesmo(ora do hor6rio escolar.- Hoc, vai pe*ar ele mais tarde? per*untou 'ostard um dosami*os de armer.- " pro!lema é que se eu pe*ar aquele !ai&inho idiota a

est%pida da irmã dele vai me e&pulsarD E sa!e o que vaiacontecer com isso? A minha mãe vai me comer vivo quenem aquela !ru&a quase (e# com os doisD os ami*os dearmer riram alto.Alto o su(iciente para não perce!erem a apro&imação do outro*rupo de onde veio um>

- Hem (alar isso na minha caraD 'ortou as risadas ao (undoa vo# adolescente de Foão :anson. Era uma vo# que ora era*rossa demais ora escapava umas palavras !em mais (inas doque deveriam." ovem :anson se apro&imou acompanhado de seu *rupode adolescentes que inclu)a Ariane -arin. Era impressionantecomo havia crescido de um ano para outro$ mais parecia que

 6 havia do!rado do tamanho comparando com o ano anterior.:ector armer que apesar de tudo ainda era maior do queFoão :anson parou e se virou.

- Gh o ca'elo lam'ido resolveu (alar *rossoD +6 mudando a

vo# é &uan0inho? " uan#inho havia se tornado umapelido d%!io entre o mundo ple!eu. -a verdade ele se

re(eria ao clã =e 1arco (am)lia rival do clã 'asanova. 3eusdois herdeiros costumavam se envolver em *randes hist5riasde disputas amorosas *erando a ale*ria dos contadores de

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causos e do povo interessado por not1cias sociais. Lo*o seo rapa# (osse um *rande conquistador mas se sustentasse 7custa do pai era um uan#inho. 3e se sustentasse por contapr5pria era um casanovinha. -ão 7 toa o primeiro apelido

costumava ser depreciativo. " se*undo motivo de or*ulho.Além disso Foão :anson usava um corte de ca!elo realmentemuito parecido com o herdeiro dos =e 1arco.- Eu t< é de saco cheio de escutar *ente que nem voc,de!ochar do nome da minha (am)liaDFoão parou diante de armer. "s dois (icaram (rente a (rentena distJncia de um palmo. Braços para !ai&o$ olhos nos olhos.'omo citado armer era um pouco mais alto mas apenas umpouco. /orém era mais encorpado por ser um pouco mais*ordo. E tam!ém era um ano mais velho. "s adolescentes(i#eram um c)rculo ao redor dos dois e permaneceram com ospunhos (echados ansiosos por uma poss)vel continuidade da!ri*a interrompida mais cedo.

- 3a!e... disse armer ... eu s5 não termino de !ater emvoc, a*ora porque eu ia ser e&pulso daquiD- GiiiiiiiihD *ritaram os adolescentes ao redor.- A hora que voc, quiser pançudoD devolveu Foão.- Giii666666hD *ritaram de novo. Ah eu não dei&ava... e 3e(osse eu metia lo*o a mão na caraD eram al*umas pérolasque tam!ém se escutava no *rupo ao redor.- Hoc, s5 !anca o macho assim na (rente dos outros porquesa!e que a irmã#inha é a nova pro(essora. E s5 eu que seriae&pulso se eu que!rasse voc,DC... C isso a)D e /ode apostarD partiam do *rupo ami*ode armer.- /rimeiro... (alou Foão ... ao contr6rio de voc, a minha

irmã é pessoa usta. /or isso ela iria me e&pulsar tanto quantovoc, se eu !atesse na sua cara de novoD uuuhD *ritou ooutro *rupo. E se*undo> se voc, quer mesmo sa!er quem é

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mais homem... reparem o termo homem ... tem outro eitode a *ente resolver isso."s dois *rupos (icaram em sil,ncio.- Ah é? E que eito?

- Eu e voc,... a vo# de Foão saiu *rossa dessa ve#. :oe na!atida das quatro em uma disputa l6 no terreno !aldio atr6sda 'atedral. 'om todo mundo aqui de testemunhaD"s *rupos se olharam (ascinados.- ma disputa? armer estranhou. E uma disputa de qu,?

- e 'oxin2...

"s dois *rupos urraram de pra#er.

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Era a hora de coraçes em con(lito de!aterem.-o salão do rande /aço estava sendo servido um imensocoquetel para as comitivas reais que ainda permaneceram nolocal. Ainda havia no ar um clima de surpresa pelos rumosque as coisas haviam tomado e um sentimento de temor so!reo que o (uturo reservava ao continente do "caso. 'omitivas se!anqueteavam enquanto esperavam a ve# de seus monarcasconversarem com o novo ei. 3ervos reais andavam com!andeas de um lado para o outro e co#inheiros reais

mantinham seus serviços de maneira (renética./ara se ter uma ideia na *rande mesa montada havia umavariedade inquestion6vel de (rutas> amoras *roselhas cereaslimes marmelos romãs. ma mesa de carnes de porco euma mesa de carnes de pei&es. :avia muito vinho e hidromelpara ser !e!ido. E havia até pratos com especiarias di()ceis deserem encontradas como pimenta canela e aç%car.

An)sio Bran(ord permanecia sentado em seu trono com acoroa na ca!eça alheio ao !anquete servido ao redor. Estava

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atendendo eis e monarcas ainda presentes um por ve# eescutando su*estes pedidos usti(icativas ou reclamaçesso!re pro!lemas de ordem pol)tica entre naçes. Ali tratadoseram resta!elecidos ou rati(icados promessas eram (eitas

mesmo sa!endose das di(iculdades de serem (uturamentecumpridas e alianças eram (orti(icadas mesmo com a certe#ade que tempos di()ceis pareciam sur*ir.Branca 'oraçãode-eve ao (undo o!servava a rica mesa de(rutas tentando decidir qual seria a melhor opção.- /osso dar uma su*estão? disse a vo# de &el sur*indo aolado dela com duas taças de vinho nas mãos.- Ah mas é claroD ela sinali#ou com a ca!eça aceitando umadas taças. +u és meu cunhado &el Bran(ord. Em muitoainda pedirteei tua su*estão.- Branca por (avor não use esses termos comi*o...- ;ue termos?- -ão me chame por tu por e&emplo. =aqui a pouco me

chamar6 de senhor. Hoc, vai se tornar esposa de meu irmãomulherD /or (avor me chame de voc, ou... &el   apenas

&el ou... sei l6... invente um apelido para mimDEla riu. Aquele não era um conselho tão pr6tico para uma'oraçãode-eve. -o!res eram treinados para (alar entre si nase*unda pessoa. Em momentos )ntimos porém al*unsutili#avam o voc, mas nunca em p%!lico o que seria

tomado como desrespeito.- C estranho para mim isso mesmo sendo tu... uma pausa ...mesmo sendo  você de minha (am)lia a*ora. Hai contra toda ar)*ida educação que 6 rece!i.- Eu entendo mas insisto que tente. E pelo amor do 'riador>não (ale em mes5cliseD "s escri!as  já  deveriam ter a!olido

isso da l)n*ua altivaDA princesa riu novamente. E !e!eu mais de sua taça de vinho.

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- Eu (alo sérioD ele tam!ém riu. Eu não entendo por que nosdias de hoe ainda encontramos al*umas (i*uras que seapresentam como> 3enhores eu sou "laim a!ode/orcoGGG (ilho de "laim a!ode/orco GG que (oi casado com a

senhora 'osteleta3u)na GH e que era neto do... !om... "laima!ode/orco G.A princesa cuspiu o vinho que estava !e!endo. "!servouenver*onhada ao redor com medo dos olhares dos outrosno!res. E perce!eu que nin*uém estava muito preocupadocom suas reaçes.- /rometo que (arei um es(orço... &el.- -ão soa !em melhor?Ela voltou a me&er nas (rutas.- Hoc,... o termo era tão di()cil de ser dito por ela que maisparecia que a palavra pesava ... não disse que ia me audar aescolher uma (ruta? " que su*ere?&el meteu a mão em uma (ruteira e tirou uma maça

vermelha *orda e imensa. A (ruta che*ava a relu#ir de tãoper(eita e ele a estendeu para ela.- "lhe isso> se essa (ruta pulsasse iriam achar que é umcoração.- 3a!es começo a entender por que al*umas no!res costumamtra#er teu nome nas conversas e reunies particulares entre

mulheres. +u... ela limpou a *ar*anta ... !oc%  (ala comopoeta de ve# em quando em!ora tenha a simplicidade de umaldeão.- E isso me de(ine muito mais do que ser irmão de ei An)sio+erra Bran(ord (ilho de /rimo Bran(ord e neto de :amsBran(ord. Hoc, não concorda?Ela analisou por al*uns se*undos. E per*untou com e&pressão

séria>- Acaso a (am)lia tam!ém não de(iniria um homem?- "s seres humanos nela contidos não os t)tulos.

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- m homem não deveria herdar o respeito que seusantecessores conquistaram? -em honrar essa conquista?- 3eus atos devem honrar essa tradição$ não a e&i!ição dasquali(icaçes.

Ela pensou mais uma ve# e dessa ve# concordou.- -ão se leem tais coisas escritas em livros não é?- -ão porque as pessoas costumam ler os livros errados.A princesa pe*ou um marmelo e o comeu. /erce!eu que sua!oca (icou um pouco sua mas dessa ve# não (icouenver*onhada por isso. &el lhe o(ereceu um lenço.- /ensei que iria aceitar minha maçã... ele disse achando

*raça.- -ão é issoD ela limpou a !oca. C que não *osto de maçãs.- Hoc, di# isso porque não conhece as maçãs doces de=enimsD Hou pedir para An)sio lhe servir 7 noite quandoestiverem a s5s. Hoc, nunca mais ir6 querer outra (ruta...A princesa corou na hora. =o eito que tinha a pele p6lida

suas !ochechas pareciam elas pr5prias le*)timas maçãs.- &el..." pr)ncipe era s5 sorriso. Ele mesmo mordeu a (ruta.- /or (alar em An)sio vou lhe con(idenciar que queria lheper*untar al*o so!re meu irmão que acho que pode meresponder.- 3e não (or al*o indiscreto...- 3e (osse al*o indiscreto per*untaria diretamente ao meuirmão.Ela sorriu e concordou.- =i*a...- Estava o!servando An)sio mais cedo e perce!i que ele est6com uma marca estranha no !raço. /arece um quadrado em

que as !ordas se e&pandem (eito o  &o2o da cru0  que ascrianças *ostam. C um s)m!olo... assim... e ele desenhou noar com o indicador um S.

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- C um s)m!olo m)stico. ui eu que *ravei com aço nele.- 3ério? &el até parou de masti*ar a maçã. E elerepresenta o qu,?- 1a*ia !ranca.

oi a ve# de &el cuspir um pedaço da (ruta antes queen*as*asse.- /rincesa... est6 me di#endo que voc, conhece... magia branca? -

disse quase em sussurro.- 'onheço muitas coisas &el. -em sempre leio os livroserrados.- A*ora entendo. An)sio não quis me contar como mas...- E&atamente ela anteviu o (inal da (rase. "u como voc,acha que (oi rompida a leprosa pele em pedaços de sapo?&el se calou e houve uma pausa. :ouve um tempo em queseu irmão havia dei&ado o rande /aço e não retornado. mtempo em que palavras erradas (oram ditas e atitudesinconsequentes acompanharam a reação. &el partira com seu

*uardacostas troll e sua m)tica 6*uiadra*ão em uma ornadapessoal atr6s do irmão apenas para encontr6lo como um!isonho homem dominado por uma !i#arra e leprosa pelean()!ia. An)sio se recusara a (alar so!re o assuntoposteriormente. E ele ainda não (a#ia idéia do que haviaque!rado aquela ma*ia medonha. Até a*ora.- &el... a princesa disse em lamento ao perce!er a reação

dele.- "!ri*ado. E s5 então diante da reação dele Branca'oraçãode-eve se deu conta dos (r6*eis sentimentos queuniam aqueles dois. Ela pe*ou o lenço que ele lhe haviaemprestado e limpou o rosto dele antes que uma l6*rimaescorresse.

Era interessante que 6 nenhum dos dois estava maisinteressado no que outros pensavam ao redor.

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- 3a!ia que as l6*rimas de um pr)ncipe são in*redientespoderosos em rituais m6*icos?- C mesmo princesa? ele tentou sorrir. E l6*rimas de eis?Branca o!servou ao (undo seu pai Alonso 'oraçãode-eve

e suspirou.- Essas são capa#es até de puri(icar um esp)rito...&el perce!eu o olhar de compai&ão dela.- ei Alonso parece que não chora mais não é?- -ão. Ele a*ora é o ei das !ágrimas de nverno. As l6*rimas quecon*elam. As l6*rimas que não caem.&el alisou o !raço da princesa sem sa!er e&atamente o que

di#er.E então de repente sur*iu aquele 3"1D 3ervos reaisderru!aram !andeas uma (alação se*uida de uma histeriacomeçou a tomar conta de todo aquele salão. ei An)sio selevantou em um salto de seu trono e muitos correram para olado de (ora ou para al*uma anela procurando uma

e&plicação racional para o que estava acontecendo.Era um som que vinha sa!ese l6 de onde alto e em parteensurdecedor. Era um som que lem!rava o estalar de caudasde dra*es e crescia e crescia e crescia. 'rescia porque se

aproxima!a daquele pal6cio. uardas correram para (ora epara dentro do 3alão eal *ritando coisas para os presentes eprincipalmente *ritando coisas para o ei. Era al*o que vinhado céu. E mais do que isso> que não apenas manteria no araquele clima de surpresa pelos rumos que as coisas estavamtomando como tam!ém o sentimento de temor so!re o que o(uturo reservava 7quele continente.Al*o que eles nunca haviam visto.Al*o que eles nunca ima*inaram e&istir.

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=o lado de (ora do rande /aço 6 a al*uns quil<metros dedistJncia as comitivas reais que não permaneceram nopal6cio se distanciavam cada ve# mais. -enhuma delas iriaem!ora de Ar#allum pois seus representantes lutariam nos

dias se*uintes no a*uardado /unho =e erro. Entretantodepois das o(ensas so(ridas e desavenças esta!elecidaso!viamente as comitivas não seriam mais !em rece!idas norande /aço tendo de se acomodar em estala*ens de *randelu&o e pompa.Era essa a preocupação de todas elas quando onde quer que

estivessem escutaram aquilo. E  tam'ém  se surpreenderamcom al*o que não ima*inavam e&istir.- 1eu Gmperador... disse um soldado de 1inotaurusem!as!acado.erra!r6s saiu de dentro de uma carrua*em e tomou posiçãopara o!servar aquilo que vinha do céu. Até ele que poucodemonstrava sentimentos não escondeu a pr5pria surpresa.

- " que é... aquilo meu Gmperador?- Eu não sei soldado.1as se não estiver do nosso lado então estar6 contra n5s.

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1ãããããeDDD 1ãããeD Hem c6D Hem c6D Hem c6 A"ADAnna -arin lar*ou tudo o que estava (a#endo e correu paraencontrar a (ilha>- " que (oi meu 'riador?- Hoc, não est6 escutando... isso?Anna -arin estava. +anto que correu com a (ilha com ocoração acelerado e o mundo em con(lito. Ao che*ar do lado

de (ora encontrou *rupos de moradores (a#endo o mesmotodos se olhavam e se per*untavam não apenas o que era

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aquilo mas tam!ém se estavam novamente em tempos de*uerra.Era triste ver o que um inesperado atentado pirata anteriorhavia (eito com aquele povo outrora tão se*uro de si e mais

do que isso tam!ém um e&emplo para todos os povos daquelecontinente. " mais di()cil parecia o (ato de ter de aceitar que aparan5ia e o medo haviam se instalado não apenas nas casasdaquelas pessoas mas tam!ém nos coraçes de cada umadelas$ um local de onde apenas elas poderiam retirar osentimento o que tornava tal tare(a muito mais di()cil.;uando aquela coisa passou por cima delas al*umas pessoas

se a!ai&aram com medo de que (osse outro ataque dessa ve#pelo ar em ve# de por mar e terra. Ariane -arin tomada pelasom!ra que aquilo (a#ia em sua ca!eça se a*arrou (orte aocorpo da mãe.

" que é a#uilo, mãe?Anna -arin ao lon*o de sua vida 6 havia visto muita coisa

em eventos envolvendo !ru&as !oas e !ru&as ruins. F6 haviavisto ma*ias ne*ras sendo destitu)das como havia visto!ru&as cani!ais tentarem devorar crianças. F6 havia vistocoisas espantosas e havia visto coisas que seriam ditasimposs)veis.Ainda assim ela amais havia visto al*o i*ual 7quilo.

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1aria :anson o!servou no hori#onte o que quer que (osseaquilo continuar seu caminho até parar acima do rande/aço. Ao seu lado @ennR anti*a companheira de classe de1aria e hoe na condição de sua aluna dei&ou os pesados

livros ca)rem de suas mãos.- Aquilo est6...  descendo no rande /aço? per*untou @ennRcom a vo# lenta.

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1aria :anson tinha olhos arre*alados que não piscavam. Asmãos tr,mulas e essencialmente %midas de susto. E umcoração !atendo e&tremamente (orte dentro do peito.- Est6...

15

An)sio +erra Bran(ord 6 estava do lado de (ora do rande/aço ao lado de todos os soldados dispon)veis do pal6cioprincipalmente os melhores deles. Aquela coisa havia (eitouma imensa som!ra so!re o ardim real trans(ormando o diaem um inesperado momento de eclipse. +odos os presenteso!servavam de lon*e com surpresa nas (aces e arrepio nospelos.Arqueiros armaram seus arcos e !estas apontando suas setaspara o alto.- 1aestade é s5 dar o sinal... disse o capitão.

- -ão. 3inda não..." capitão (e# um sinal com o punho (echado e nenhumarqueiro li!erou sua corda./ouco a pouco deva*ar e meio tr,mula aquela coisa (oiparando. Era imensa. Gmensa. =e lon*e parecia um !ichooriundo da raça dos dra*es. 1as de perto... de perto era al*o

ainda mais (a!uloso porque 6 não parecia mais um !icho.Ali6s sa!ese l6 o que parecia. Era como se colocassem um...

na!io em pleno ar mas essa ainda é uma descrição po!re.

Era mais como um... monstro (ormado de madeira e metalcom um ra!o met6lico que *irava velo# o su(iciente paralem!rar as !atidas de asas de um p6ssaro di()cil de se recordaro nome mas capa# de parar no ar. Em al*uns pontos pareciasoltar (o*o pelas ventas. E havia ainda uma !ase onde seencontrava um retJn*ulo met6lico e !rilhante no centro e

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outros dois menores nas pontas (ormando um desenho quelem!rava uma cru#. Ao redor do corpo met6lico rodava de

maneira !arulhenta uma espécie de  corrente 2rossa  demetal que *irava ao lon*o de toda a parte e&terna no sentido

hor6rio por um vão em que !rilhava uma lu# ru!ra.E era incr)vel como o ra!o met6lico havia parado de *irar

mas ainda assim aquele imenso peso permanecia parado noar.=as tr,s placas !rilhantes na parte in(erior que lem!ravamuma cru# o *rande retJn*ulo do centro parou de !rilhar

permanecendo !rilhantes apenas as pequenas placas lateraisda cru#. E então pouco a pouco o imenso ve)culo aladocomeçou a descer. Lentamente e ve# ou outra oscilando e!am!eando um pouco como se não (osse acostumado com opr5prio peso mas ainda assim descendo so! o olhar depessoas que mantinham !ocas a!ertas e olhos arre*alados.Lo*o ainda durante a descida pr5&ima se escutou o som de

compartimentos sendo deso!stru)dos como o som que (a#uma *rande anela quando a!erta de uma %nica ve# demaneira r)spida."s arqueiros voltaram a suar (rio e tremeram as armas nasmãos.- 1aestadeD voltou a di#er o capitão com uma vo# mais

tr,mula do que deveria.- 3inda não...&el Bran(ord o!servava a coisa ao lado de seu *uardacostas o troll 1oonQarKston apelidado entre os homenssimplesmente de 1uralha. " troll não havia participado dacerim<nia dentro do salão mas a*ora aquela de(initivamentese tornava uma situação em que sua presença se (a#iae&tremamente necess6ria.

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;uatro compartimentos in(eriores (oram a!ertos cada um naponta daquele imenso casco. Al*uns no!res tentaram seesconder ou se prote*er ima*inando que daquelescompartimentos revelados sairiam tiros de canhão ou sa!ese

l6 o qu,. As setas ainda acompanhavam o lento movimento dedescida. " punho do capitão ainda se mantinha (echadoindicando que nin*uém deveria atirar uma %nica (lecha que(osse. Até porque 7quela altura nin*uém mais discernia se(lechas serviriam para al*uma coisa.E então dos compartimentos revelados em ve# de canhessa)ram en*rena*ens com pés em (orma de rodas de

carrua*ens mas com o triplo do tamanho que uma roda decarrua*em teria. E com um envolt5rio que roda de carrua*emal*uma 6 havia sido revestida.E deva*ar con(orme o !am!ear do ve)culo permitia as rodastocaram o chão (a#endo o imenso p6ssaronavio *emeren*rena*ens de metal e suavi#ar o imenso peso que deveria

ter. ;uando a !ase do monstro de aço tocou o chão esustentou seu peso houve um !arulho (orte equivalente acentenas de armaduras caindo ao mesmo tempo de uma*i*antesca prateleira. As duas placas ainda !rilhantes naslaterais in(eriores se apa*aram de ve#. A nuvem de poeiraer*uida na descida (oi !ai&ando.E en(im houve sil,ncio.

ma ve# ou outra se escutava apenas o som de armas desoldados se movimentando. "u de *uardas mudando deposição por ordem de superiores. ei An)sio Bran(ordordenou que as (lechas (ossem a!ai&adas e os soldadoso!edeceram e&tremamente cautelosos.E de s%!ito o naviop6ssaro (e# um !arulho que lem!rava

uma porta sendo a!erta violentamente. m soldado no sustoatirou uma seta no pr5prio pé e caiu *ritando.

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As (lechas voltaram a ser apontadas tr,mulas para aquelacoisa. Eu mandei a!ai&ar armasD !radou ei An)sio com a vo#se*ura que seu capitão deseava ter.

+odas$ todas as armas (oram a!ai&adas.E ei An)sio esperou.oi quando do novo compartimento a!erto pareceu desceruma escada m5vel presa por cordas em suas laterais que sedesprendiam com um pedaço da !ase in(erior do casco quetocou o chão como se (osse um (ilete de melão sendo cortadode uma (ruta per(eita. 'ada ve# mais pessoas se a*lomeravam

naquele ardim sem sa!er e&atamente se estavam sentindoseprivile*iadas ou não de estarem ali.E viuse uma som!ra sur*ir de dentro daquele casco. E depoisum pequeno ser descer passo a passo aquela escadaimprovisada até tocar o chão e (icar (rente a (rente com eiAn)sio +erra Bran(ord.

Aquele encontro iria mudar o mundo.

1

/r5&imo ao cais do porto de Ar#allum naquele momento umne*ro solit6rio o!servava o mar tranquilo. Era alto e umpouco (orte e tinha uma e&pressão ina!al6vel de quem nãoteme a vida sea por muita cora*em ou pela pr5pria (alta deousadia diante dela. -as mãos uma (aca com uma lJmina dotamanho de um ante!raço e um arti()cio de pedra riscada quelhe servia como amolador." nome daquele ne*ro era 3nail al(ord.- Hoc, andou sumido... disse uma vo# que se apro&imava

atr6s dele. A dona dela era uma menina de não mais quede#essete anos de ca!elos ruivos até os om!ros e corpo detrape#ista. Ela era Liriel a!!iani.

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- Eu sei... ele disse e então reparou melhor na menina. ostei do novo corte.Ela sorriu o mesmo sorriso que todas as mulheres do mundodão quando são notadas.

- "!ri*ada...- As coisas vão !em no pulapula do circo?- Hão sim. E o nome é trapé$io.

- E qual a di(erença?- =ei&a de ser rid)culoD E por que voc, não vem tra!alharconosco? A!riu uma va*a pra atirador de (acas...Ele sorriu. " riso era ir<nico.- -a verdade a!!iani estive sumido um tempo porque andeirealmente ocupado.- E mesmo? E um homem da sua laia andou ocupado (a#endoo qu, posso sa!er?- 'açando !ru&as.

1! 3audaçes povo do "caso mestres e monarcas destecontinente tão promissor. :6 muito esperamos esta vinda eadmito que muito pra#eroso sea para nosso povo não apenasatestar sua e&ist,ncia como para n5s individualmente(a#ermos parte deste momento hist5rico a vo# que emitiatais palavras era de uma tonalidade neutra nem alta nem!ai&a. " altivo utili#ado era de uma rique#a assustadora paraquem o!servava e seu emissor tinha uma classe tal para secomunicar que (a#ia as pessoas parecerem menores do queeram e esse detalhe é di*no de nota vou lhe e&plicar oporqu,.

Acontece que quem desceu daquele... navioquenave*avanocéu ou sea l6 que nome tivesse uma coisa daquelas (oium ser ma*ricela de não mais que um metro e vinte o que

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lo*o nos (aria pensar em um anão ma*relo. " pro!lema eraque o rosto... ou melhor ainda a  cabeça  do cidadão era dotamanho da de um homem muitas ve#es maior. Lo*o maisparecia que um en*raçadinho havia colocado um tu!o na

orelha de um anão e assoprado até que sua ca!eça inchasse. Emais> o ser ainda se vestia de (orma impec6vel no quepareciam roupas no!res de seda adaptadas para seu tamanhocordes de ouro ao redor do pescoço e cordes de prata aoredor dos pulsos. E isso sem (alar dos anéis esculpidos coms)m!olos que nin*uém ali entenderia tão cedo.ei An)sio limpou a *ar*anta. 3uspirou (undo e tomou

cora*em para per*untar>- 3audaçes. ;uem és tu nave*ador dos céus que teapresentas hoe aqui para n5s?- "h (alta de educação a minha não me apresentarprimeiramente e o pequeno ser pareceu em!araçado. /eçodesculpas a todos mas é que em nossa cultura nos

apresentamos apenas depois de mani(estarmos nossasintençes detalhe que na cultura da vossa raça é o contr6rio.- 'ompreendo o que tu di#es visitante voltou a di#er o ei. 1as a*ora que sa!es em que cultura est6s por (avor peço quenos esclareças o que não podemos concluir.- 'om toda a certe#a ei An)sio Bran(ord.- Então sa!es o que acontece neste /aço no dia de hoe?- A!solutamente rande ei. -ão por acaso é este o diacalculado para nossa che*ada. Estou aqui em nome e a pedidodo povo oriental do continente do -ascente e aproveito paratra#er não apenas um acordo de cooperação com este eino eseus aliados como tam!ém uma proposta de in)cio de outraEra em todo este continente.

:ouve !ur!urinhos em todos os cantos. Al*uns seper*untavam se aqueles seres haviam che*ado do espaço oque não seria di()cil de acreditar por sinal 6 que a *ente v,

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tanta coisa hoe em dia. E não parece haver muita di(erençaentre um ser que veio do espaço e um que não se am!os v,mem um navio que voa no céu...- Eu sou umpelstichen mestre dos (erreirospilotos de

La!uta e tra*o aqui hoe o (uturo que 6 (oi vislum!rado nocontinente do -ascente e que a*ora voa com o vento aqui paraas terras do "caso neste Hishnu ele apontou para a *randem6quina atr6s de si. " que todos v5s podeis ver aqui se tratada mais moderna unção entre ma*ia e metal que uma raçainteli*ente 6 ousou (undir. Ele dar6 in)cio a uma Era em quema*ia e tecnolo*ia caminharão de mãos dadas a serviço de

uma civili#ação mais pr5spera e rica. Em que os homens nãoirão temer a ma*ia mas (a#er com que ela sirva aos seusinteresses. Em que as distJncias se tornarão menores. Em queo conhecimento se e&pandir6 de (orma mais r6pida e maisdemocr6tica. C essa a Era que o(erecemos hoe em Ar#allum atodos os l)deres que aqui se encontram.

As pessoas voltaram a o!servar a imensa carrua*em voadorasurreal demais para a inteli*,ncia humana simplesmente  aceitar

sua e&ist,ncia.- E então o que nos di#em?+odos olharam para ei Bran(ord esperando. A m6&imarealmente era verdadeira> *randes poderes$ *randesresponsa!ilidades. An)sio ponderou apenas al*uns se*undos.

E disse>- Hisitantes por mais que amais esper6ssemos pela vossavisita e tendo per(eita consci,ncia de que !asta um %nico*esto meu para que chuvas de (lechas eclipsem o mesmo solde onde vieram... seam então pois !emvindos ao rande/aço de Ar#allum.

As pessoas não mani(estaram reaçes positivas ou ne*ativas.Ainda não sa!iam se estavam diante de uma !,nção ou deuma maldição.

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- 'ontudo visitante... continuou o ei ... tu disseste quevieste de ")ir as terras do -ascente no dia de hoe paraatender a um pedido.- 'om toda a certe#a Hossa 1aestade.

- E *ostaria de sa!er> esse...  pedido  se oriunda da (i*ura dequem?- =o *rande sultão de Al;uadim Badroul!adour 1aestade e as pessoas se olharam espantadas. A (i*ura do sultão que*overnava o mundo oriental era lend6ria e rendia hist5rias tãoesdr%&ulas quanto (ascinantes. 3enhores apresento a todos o ma*n)(ico *uerreiro e

campeão oriental u**iero e um homem (orte de ca!eloslon*os e lisos traços orientais e olhos cortados apareceu dedentro do ve)culo alado e o!servou aquele mundo semes!oçar reação como se nada ali tivesse importJncia. "representante o(icial de todo o continente de "(ir noma*n)(ico torneio do /unho =e erro.

&el +erra Bran(ord estava tão estupe(ato quanto o irmão.

1"

Hoc, vai mesmo en(rentar o :ector armer mais tarde Foão? per*untou Ariane nervosa.

-

4 claro  que eu vou respondeu Foão (a#endo al*unsalon*amentos que pareciam pouco pr6ticos. Ele vai pa*arcaro por ter insultado a minha irmã...- Foão tipo... olha é claro que eu quero que voc, *anhe t6entendendo?... mas... assim... voc, sa!e que ele é mais velhomais (orte e maior do que voc, não sa!e?Foão parou e olhou para ela como se achasse aquele

coment6rio de Ariane um verdadeiro insulto pior do que osde :ector armer 7 sua irmã.- Hoc, est6 querendo me dar uma força, é isso?

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- /< não (ica assimD Eu s5 quero di#er que...- Hoc, não tem de se preocupar Ariane ele disse !astantese*uro trocando seus alon*amentos por aquecimentos quedavam pulos e socos em inimi*os ima*in6rios.

- 1esmo? 1as por que não?- /orque eu tenho um plano.

1#

3enhores presentes como dito antes eu sou o senhorumpelstichen e estou aqui hoe para tra#er a v5s o (uturo detodo o continente do "caso." salão do rande /aço estava lotado uma ve# mais. 35 quedessa ve# em a!soluto sil,ncio (osse esse sil,ncio oriundo deno!res (osse de serviçais. ei An)sio permanecia de pé 7(rente de seu trono (undido em prata enquanto o pequenovisitante 6 acompanhado de mais dois... assistentes

i*ualmente !em vestidos com ca!eças desproporcionais ecom malas maiores do que as malas de humanos o audavamem seu discurso.- Hossa 1aestade a hist5ria que envolve a 'riação e o(uncionamento de nosso mundo de éter é conhecida pelamaioria e por muito além dessa maioria tenho a mais a!solutacerte#a. Entretanto o que acredito que não sea deconhecimento *eral de vossos *overnantes e mesmo devossos *overnados é a di(erença com que os continentes do-ascente e do "caso se desenvolveram em sentidostecnol5*icos ele mudou o (oco do olhar. /ara con(irmarminha opinião *ostaria neste instante de per*untar aos aquipresentes al*o que conheçam ou ul*uem conhecer so!re o

que v5s conheceis como o ex5tico continente.m no!re da comitiva de Ara*on que a maioria nem sa!ia onome se adiantou>

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- "uvi di#er que l6 e&istem homens ma*ricelas que se deitamnus em camas de pre*os...'om aquele rosto desproporcional ao resto do corpo o *nomopareceu sorrir. E dotado de surpreendente !om humor

respondeu>- :um ima*inem a cena curiosa que deva ser um homemdesses !e!endo 6*ua depois de tal (eito. =everiam coloc6lopara re*ar ardinsD e até pela surpresa da espirituosidade docoment6rio todo o salão do rande /aço começou a rir."utra vo# presente 6 mais animada disse>- /arece que l6 h6 (lautistas que hipnoti#am co!ras e as (a#em

dançar em plena praça...- :um... então 6 sa!emos quem chamar quando nossas ruasestiverem in(estadas de ratos... e o salão começou a rirnovamente. Até ei An)sio.ma terceira vo# correu pelo sa*uão>- /elo que se conta e&istem homens com tur!antes que

mandam de*olar !elas mulheres seminuas quando estas lhescontam hist5rias ruins ao pé da cama...- Acredito que todos t,m de entend,los> malhumorado devemesmo ser um homem que se deita com !elas mulheresseminuas com o intuito de ouvilas contar hist5riasD o*nomo riu. "s ali presentes tam!ém. E ainda por cimaruinsD

" salão dessa ve# *ar*alhou (orte. A empatia do orador com aplateia havia sido esta!elecida de ve#.- C verdade que l6 as mulheres se deitam com *,nios? per*untou o pr)ncipe &el.+odos se calaram a!ruptamente diluindo de imediato a *raçaanteriormente e&posta. /ela primeira ve# ao menos até o

presente momento o pequenino de *rande crJnio pareceupouco 7 vontade.

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- /r)ncipe &el Bran(ord a(irmo a v5s que muita coisa émiti(icada quando oriunda do povo do "riente. 3uas culturassão di(erentes e principalmente a (iloso(ia que envolve suastradiçes. C o povo oriental um povo que d6 um valor maior e

e&acer!ado a conceitos como honra e vaidade$ seus comérciosenvolvem produtos que aqui v5s não sa!eis todo o potencial$seus animais não e&istem nestas terras e seus rituais de ma*ianão são descritos nos livros do "cidente. 3uas mulheres sãoe&5ticas e se vestem para a*radar a sultes tão ricos quecomprariam este /aço apenas para servir de apreço para seuharém sem o(ensas na a(irmação. Apenas como comparação

sua (ilha Badoura a princesa de Fade talve# sea a mulhermais !ela do mundo...- C... realmente é de dar pena um continente que não conheceBranca 'oraçãode-eve disse ei An)sio (a#endo aprincesa corar e todo o salão rir. Branca querida acho quemandarei (a#er uma réplica tua em cera e a enviarei para

al*uns sultesD ar6 muito mais sucesso do que uma princesade adeD o salão riu (orte uma se*unda ve#. /ensando !emacho melhor não. Eles a mandariam lhes contar hist5rias ede*olariam acoitada quando (icasse em sil,ncio... e todo o salão dessave# *ar*alhou." pequenino chamou para si as atençes novamente>- /ois por mais di(erente que sea aos presentes a cultura do"riente di*olhes que tal cultura prestou um valios)ssimoserviço 7 humanidade com contri!uiçes envolvendoe&peri,ncias ou ao menos o  financiamento de e&peri,ncias quepor incans6veis anos trataram de !uscar uma (orma de (undira ma*ia com a mais desenvolvida tecnolo*ia das raças

inteli*entes.- Gma*ino que tenhas realmente muita coisa a nos di#er emesmo ensinar senhor umpelstichen. /ara se ter uma ideia

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até hoe acredit6vamos que navios eram para ser colocadosem cima da 6*ua do mar...Al*uns se*uraram o riso. -ão porque o coment6rio do ei(osse en*raçado mas porque ele deveria ser a!surdo. 1as não

era.-ão mais.- /ois o que viram ali (ora diante de vossos olhos é apenasuma pequenina amostra de poder e de como a nova  magia

desenvolvida no "riente pode revolucionar todo oconhecimento ocidental.:ouve murmurinhos. " (ato era que quaisquer re(er,ncias a

coisas novas eram sempre mais di()ceis de serem aceitas no"cidente do que no "riente. 1ais ainda quando se tratava deassuntos envolvendo ma*ias esp)ritos ou novos semideuses.- E que nova ma*ia seria essa? per*untou um ei curioso.

- 3 ma2ia !ermelha, %ajestade.

An)sio Bran(ord começou a temer os rumos daquela conversa.

Ali ele entendeu que o mundo iria mudar.

20

C sério mesmo aquele papo so!re caçar !ru&as? per*untouLiriel.

- C sim.- E para quem estava (a#endo isso?- /ara o ei.Liriel a!!iani (icou muda um tempo. Era impressionante aascensão mete5rica se voc, não se importar de chamarmosassim daquele ne*ro insolente de maruo de navio pirata eladrão pédechinelo a homem de con(iança de capitão a*ente

duplo da 'oroa e sa!e l6 mais onde 6 estava a*ora...- 1as voc, ainda est6 (a#endo esse tra!alho?

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- -ão. /edi demissão.- /or que maldição (e# isso?- " pa*amento não era tudo o que eu esperava.- Eu duvido que a 'oroa pa*ue mal. Ainda mais para esse tipo

de serviço...- -ão eles não pa*am realmente.- E então?3nail olhou de lado para ela como que 6 cansado de tantase&plicaçes e&i*idas. 1as suspirou porque sa!ia que aquelacuriosidade e&cessiva era parte insepar6vel da alma (eminina.- -a verdade as ameaças andam correndo de (orma mais

intensa do que se previa. Gntensa a ponto de An)sio Bran(ordquerer mais uma ve# realmente  pro(issionali#ar essaatividade...- 'omo é? Liriel (e# uma careta surpresa. " que quer di#er

isso? ;ue ele pretende tra#er de volta os anti2os? Hoc, s5pode estar de !rincadeiraD- Estou di#endo apenas o que escutoD Além do mais nãoimporta se ele manter6 seus  caçadores  de (orma amadora oupro(issional. Eu *anharia menos do que eu sei que posso*anhar em qualquer instJncia...- :um... e o que pretende (a#er... s5cio? ela arriscou.- Ah voc, se lem!ra da minha proposta...

- /or que outro motivo voc, viria me procurar?Eles (icaram se olhando. m tempo lon*o demais paraqualquer um dos dois não se sentir constran*ido.- C o se*uinte a!!iani> antes de o seu *rupo sere&terminado voc, era uma antasma e antes de o meu *ruposer di#imado eu era um 3om!ra correto?- 'orreto.- E eles eram duas or*ani#açes criminosas que disputavampoder com a...- =6 pra voc, me di#er al*o que eu não sai!a?

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- " (ato é que antes de eles se perderem no caminho... querodi#er... antes de a guerra começar... e nin*uém mais se lem!rarde como tudo começou... voc, se lem!ra do que eles eram?Antes de se tornarem duas sociedades criminosas?

- Eram duas sociedades secretas.- Então...

- 6nt-o o #uê?

- C assim que n5s vamos *anhar dinheiro...- Ainda não entendi.- -5s vamos renascer  essas sociedades secretas a!!iani e oquei&o de Liriel quase caiu diante da ousada proposta. 35que dessa ve# elas renascerão como uma s5...3e o mundo iria mudar aquele parecia ser mesmo um !omdia.

21

3enhores como v5s sa!eis *,nios são as entidades maispr5&imas entre seres humanos e seres imateriais disseumpelstichen em meio ao sil,ncio. 3ão eles entidades

criadas com o intuito de (a#er essa ponte m)stica e li!eraremquando autori#ados determinados conhecimentos para aevolução do nosso mundo. Em 1echa capital de La!uta

nosso eino natal por muito tempo tra!alhamos com eles aonosso lado e desco!rimos mais do que qualquer raça poderiaousar. =esco!rimos so!re a inversão da *ravidade que os(a#ia levitar tapetes so!re a vit5ria ante a matéria que os (a#iaalterar seus tamanhos e até a (onte de suas aptides tidas pelamaioria de v5s como inalcanç6veis...- /elo que queres di#er *nomo... disse ei +ércio ...

desco!riste a (onte de poder... de *,nios?

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- -a verdade 1aestade n5s não a desco!rimos. Ela nos (oirevelada por eles quando autori#ados a isso...

- 3utori0ados7 /or parte de quem ou de... qu,?- =esculpai a (alta de precisão s6!io ei mas n5s *nomos

entendemos de ma*ia e ci,ncia não de hierarquias etéreas.:ouve mais murmurinhos. umpelstichen emitiu um sinal eum de seus assistentes se apro&imou e a!riu uma valise comum sistema en*enhoso. 'om certe#a até mesmo 3nail al(ordteria de (a#er um curso para a!rir um ne*5cio daquele acho.=e l6 umpelstichen retirou um cristal vermelho como ru!i./arecia porém tão cristalino que era poss)vel ver seu interiorcomo se (osse vidro. E al*o em seu interior.

- 3enhores esse é um cristal 8in * o *nomo er*ueu o !raço emostrou aos presentes o que tra#ia. C um cristal di(erente deoutros quaisquer que qualquer um de v5s podeis 6 ter vistoum dia. 3uas propriedades são di(erentes !em como suacomposição. Ele é (orte e s5lido por (ora como todo cristal

mas é imposs)vel ne*armos que por dentro ele é muito maissutil do que outras pedras.- E no que um cristal desses modi(ica nosso atualconhecimento?- 1odi(ica a partir do (ato de nenhum cristal conhecido atéhoe possuir a capacidade de a!sorção de ener*ia desse

poliedro.- ;uando di#es ener2ia, tu te re(eres 7 ener*ia luminosa? per*untou ei 3e*undo.- -ão 1aestade. e(irome 7 ener*ia etérea." salão voltou a (icar a*itado. Era uma questão di()cil> aceitaral*uém entrando na sua casa e lhe di#endo que tudo o que

voc, conhece 6 não lhe serve tão !em quanto voc, acreditavah6 pouco tempo.

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- 'omo um cristal pode a!sorver ener*ia tão sutil *nomo?Estamos (alando de uma ener*ia emanada por semideusesDma ener*ia muito acima da nossa compreensãoD disse eiAn)sio rece!endo !ur!urinhos de concordJncia do salão.

- ei Bran(ord concordo com v5s quando di#eis que esta éuma ener*ia que nunca compreenderemos por completo. Cuma ener*ia que nos d6 criação e da qual nunca teremoscontrole ou do contr6rio ser)amos criadores e não criação.Entretanto vivemos em um mundo onde os primeiros dra*eseram (ormados de éter. alamos dos mesmos elementais quenos li*avam e ainda nos li*am aos nossos sonhos e aos

sonhos de nossos sa*rados semideuses. E isso (a# com quenossa terra sea uma terra inst6vel onde a ma*ia s5 édestrutiva para aquele sem disciplina para estud6la.- Ainda assim... disse ei 'ollen ... tu precisas nos di#ercomo tal ener*ia sutil como o éter pode ser concentrada emo!eto aparentemente tão (r6*il...

- C poss)vel com a desco!erta que d6 !ase 7 ma*ia quenomeamos ma2ia !ermelha. " l)quido que podereis melhoro!servar ao colocar o cristal so! uma !oa (onte de lu#.ei An)sio ao lado de &el Bran(ord o!servou o cristalpr5&imo a um serviçal que se*urava um candela!ro. A te&tura

do cristal  tam'ém lem!rava vidro mas era poss)vel

perce!er que seria preciso mais do que uma marretada parapartilo.

- /arece que al*o realmente  corre no interior desta pedra disse An)sio. 1as é al*o mais... denso do que 6*ua e aindaassim suave o su(iciente para não se tornar pedra aqui dentro.- /er(eitamente disse o lorde *nomo. "s senhores estãodiante da maior desco!erta de todos os tempos...- E o que a(inal é esse (luido senhor umpelstichen? per*untou &el Bran(ord.

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A resposta os dei&ou !oquia!ertos.

94ter l1quido:." salão virou um pandem<nio. ei An)sio teve de pedirsil,ncio tr,s ve#es o que era al*o a ser notado 6 que um ei

não costuma repetir ordens nem deveria.- 'omo... per*untou perple&o o ei ... como voc,s podemconcentrar ener*ia tão sutil não apenas dentro de cristais masem su!stJncias l)quidas?- Estais vendo como vossas culturas andais em passosseparados? -o "riente tais e&perimentos 6 são conhecidos e

h6 muito eles estudaram tais propriedades sem conse*uiremcontudo a per(eição do que aqui apresentamos.- -ão pareces ter respondido 7 minha per*unta senhorumpelstichen... continuou o ei.- 1ais uma ve# peço vossas desculpas *rande ei.Acompanhem> o éter é o que d6 ori*em ao (ant6stico e é

através dos 2%nios e de suas revelaçes para a construção daEra -ova que est6 sendo iniciada que aprendemos a adquirilo. oi assim que constru)mos pequenos  tanques  de éter

l)quido onde mer*ulhamos os cristais 8in.- E o que desco!riram?- ;ue tais cristais são capa#es não apenas de a!sorver éter

l)quido como tam!ém necessitam disso para 2erar força, damesma (orma que vossa pele a!sorve 6*ua e enru*a quandomuito tempo dentro de um la*o e ainda assim não podeisviver sem ela dentro de ti.1ais uma pausa. 1ais !ur!urinhos. ei Adamantine tomou apalavra>- +u di#es que tais cristais necessitam ser !anhados em... éter

l)quido para *erar... força. A que tipo de (orça te re(eres?- ma (orça para a qual não t)nhamos um nome h6 al*unsanos mas hoe 6 (oi !ati#ada pelo sultão de Al;uadim.

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- E com que nome o sultão a !ati#ou? per*untou ei +ércio.

- "  6therpun;.  "!viamente houve mais al*unsmurmurinhos e (alat5rio antes que o pr5prio *nomocontinuasse. C com ela que *eramos uma (orça altamente

ori*inal que movimenta mecanismos criados por n5s paratodo tipo de m6quina que nossa ima*inação conce!a comoesta que aqui nos trou&e dos céus no dia de hoe.

- E podes nos revelar o que *,nios vos ensinaram so!re tais

formas de se e&trair éter em estado tão puro? insistiu eiAdamantine.

- Gsto in(eli#mente é al*o que ainda não posso revelar a v5s.Eu o (arei apenas a ei Bran(ord quando estivermos a s5scaso nossos povos che*uem a um acordo de cooperação quea*rade a am!as as partes.- E do contr6rio? per*untou ei An)sio.- =o contr6rio 1aestade iremos voltar aos céus e o(erecer

tal acordo a outros que possam nos o(erecer o queesperamos..." ei não pareceu contente com o coment6rio em!oraentendesse as motivaçes propostas. F6 ia (a#er umao!servação quando o *nomo disse>- 1as se (or do vosso interesse podemos (a#er umademonstração dessa (orça vermelha e de como ela modi(ica

tudo o que sa!emos so!re a quintess,ncia. Gsso seria doa*rado deste 3alão eal?E todo o salão (e# onomatopéias de aprovação. /areciamcrianças diante de um espet6culo apresentado no palco do*lorioso 1aestade e !endito é o homem que cresceu masque mantém dentro de si a ale*ria de uma criança e que vive

cada dia como um *rande dia." no!re *nomo rece!eu de um assistente um se*undo cristaldessa ve# tão !ranco que che*ava a ser transl%cido. 3e o outro

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 6 parecia vidro esse era completamente indissoci6vel aomenos de lon*e.- 3enhores este cristal que vos apresento a*ora se trata de um

cristal 8an2. Assim como o outro ele tem uma capacidade de

a!sorção do éter l)quido mas com uma propriedade di(erentee oposta 7 do cristal 8in.- Então se trata de duas (orças opostas? per*untou eiBran(ord.- -a verdade é como se (ossem a mesma (orça s5 que vistaem lados e&tremos. Elas não se opem na verdade. Elas se

complementam.1ais (alação no am!iente.

- A di(erença é que desco!rimos que o cristal  8in  tem dea!sorver o éter l)quido em temperaturas elevadas enquanto o

cristal  8an2  tem a necessidade de a!sorv,lo emtemperaturas (rias. E é isso que torna tudo muito mais

interessante..." outro assistente que não precisava tomar conta da valise dessa ve# trou&e ao salão uma espécie de geringonça, que maislem!rava uma pequenina chaminé de vidro. :avia uma !aseque lem!rava um !alde com a lar*ura um pouco maior doque o quadril de um homem. Ele tinha uma altura que ia maisou menos até os oelhos de um homem médio. Esse !alde

estava preso por sua ve# em uma !ase em (orma de estrelaonde havia quatro encai&es para quatro o!etos do tamanho deum ovo poderem ser aloados.- 3enhores este é um aparato que denominamos   &andman. mcaptador de ener*ia etérea que criamos e que aprendemos amanipular com ()sica aplicada.

" salão novamente era sil,ncio.- Lo*o reparem que a (orça vermelha esta!elecida nestecampo ener*ético é tão (orte que se os prendermos nesse

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&andman...  e am!os os *nomos a!ai&aramse e prenderam oscristais na !ase da *erin*onça.:ouve um !arulho que lem!rava o som de um vento (orteentrando pela !recha de uma porta arrastando poeira e (olhas

com ele." salão e&clamou assustado. -in*uém piscava. -in*uém.E am!os os *nomos soltaram os cristais que pareciam !rilharmais (orte do que deveriam. " senhor umpelstichen (e# umsinal e outro assistente correu para pe*ar uma *rande !olsaamarrada por uma corda. Enquanto isso e&clamou para osalão>- 3enhores e senhoras e a*ora para concluir nossademonstração *ostaria de poder contar com al*um volunt6rioque se apresentasse neste salão...As pessoas se olharam. "lhos a(oitos procurando o primeiroque (osse capa# de ter cora*em de saciar tal curiosidadeo!sessiva dentro daquele compartimento. " sil,ncio começou

a (icar an*ustiante até que al*uém deu um passo 7 (rente e osalão aplaudiu." volunt6rio era &el Bran(ord.- /or (avor... umpelstichen estendeu o !raço para opr)ncipe na direção do mecanismo. " *nomo levou &el atéo cume da estrela que (ormava a !ase onde havia o !alde e apequena chaminé de vidro. &el se manteve ali de pé e seria

mentira di#er que ele tam!ém não estava apreensivo.- /r)ncipe &el Bran(ord insisto para que um de v5s o!servede mais perto porque tenho certe#a de que o que irão ver setrata de al*o tão  fantástico na concepção dos presentes que amaioria achar6 ter sido oriunda de uma alucinação ou truquedi()cil demais para se desco!rir o mecanismo de ilusionismo.

&el ainda era apreensão. " resto do salão tam!ém." *nomo desamarrou a *rande !olsa entre*ue anteriormentepelo assistente. :avia areia ali dentro.

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3er6 que as velas de al*uns candela!ros poderiam serapa*adas um pouco? =i*o não todas apenas al*umas poucas." *nomo despeou todo o saco de areia no centro da pequenachaminé de vidro rodeado pelos quatro cristais. 'andela!ros

(oram apa*ados.E imediatamente todo o salão (icou !oquia!erto com o queviu.

22

" sino das tr,s horas tocou e o coração da meninaricocheteou com ele.Ariane -arin a*ora 6 estava uma pilha de nervos. altavauma hora para a disputa de honra entre Foão :anson e :ectorarmer e Foão continuava se aquecendo e se alon*ando namaior calma.Ela urava que queria (icar calma tam!ém mas aquelesentimento estava su!indo pela sua coluna contorcendo seus

dedos (a#endoa roer as unhas e crescendo dentro de seupeito até que ela tivesse de...- FoãoDDD ela *ritou en(im. Ele parou de se esquivar deataques ima*in6rios e virouse para ela curioso>- ;ue (oi *arota?- /ara tudoD /elo amor do 'riador eu não estou a*uentando

mais caraD ala a verdade vai> voc, tem mesmo um planopra daqui a pouco diante do :ector armer?- +enho sim.E o pior é que ele tinha mesmo.

23

/rimeiro houve o asso!io.

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Gma*ine ou melhor crie o som do vento varrendo elevantando poeira em uma sala sem m5veis. Gma*ine que essevento s5 e&ista dentro dessa sala na sua mente. Ele *ira e *irae a poeira da sala sem m5veis *ira com ele. A*ora trans(orme

essa sala em um lar*o recipiente de vidro. E trans(orme essapoeira em areia. 1as mantenha o som.oi assim que aconteceu.As part)culas de sil)cio começaram a dançar um !aileinacredit6vel para os olhos humanos enquanto um soproindelével e e&tenuante tomava (orma. Era um shoQ !aseadoem (antasia e sentimento$ um !aile que não podia ser

entendido com a mente pois apenas coraçes lhe dariamcredi!ilidade. E emoção.Ao redor do lado de (ora do recipiente com areia tomando(ormas o ar em a*ito !alançava as roupas e os ca!elos dopr)ncipe de Ar#allum !oquia!erto.E então as part)culas de areia er*uiamse rodeadas por um

campo de (orças de atração imposs)vel de ser visto com olhoshumanos mas i*ualmente imposs)vel de ser i*norado. "spelos se eriçaram. "s olhos se arre*alaram e a adrenalinacorreu por corpos que viam part)culas de areia tomarem umcontorno que se colocava de pé como se a ima*inação (i#essesentido na realidade e moldasse o conceito de realidade. /ois!endito não é apenas o coração que sonha como tam!ém a

mente que v, e&istir um sonho nascido da ima*inação.As part)culas de sil)cio viraram (ormas que desenhavampernas que desenhavam troncos que desenhavam !raços quedesenhavam seios que desenhavam a (i*ura de uma e&tensaca!eleira e de um rosto tão !onito mas tão !onito que atémesmo na marca da areia era poss)vel se admirar tal criação.

ma (orma (eminina. ma (orma semidivina.ma (orma humana.

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ei An)sio arre*alou os olhos. 'oraçes pulsaram untosnaquele salão até mesmo os coraçes de inimi*os. A !oca de&el Bran(ord não (echou e ele sentiu areia entrar nela. E nomomento em que o avatar de areia em (orma de mulher

começou a se mover e a se comunicar como se (osse um servivo o *nomo umpelstichen começou a ler um per*aminhoao lado do assistente que se*urava um pires com uma vela>- 3audaçes povo do "cidente. Eu sou Badoura herdeira de")ir a princesa do eino de Fade. " *nomo lia os di6lo*osdo per*aminho em sincronia com os suaves movimentos damulher de areia. ma sincronia que com certe#a 6 havia sido

treinada antes. ;uando eia (alava de ve# em quando *rãos deareia escorriam de seus movimentos para lo*o depois seer*uerem novamente e voltarem aos seus lu*ares pu&adospela (orça desconhecida e anti*ravitacional que movia aener*ia contida no mecanismo daqueles cristais. ostariamuito de estar presente neste dia de hoe no qual tenho o

conhecimento de que um novo ei de Ar#allum se coloca notrono uma ve# mais.Era poss)vel perce!er olhos *randes e ca!elos ne*ros lon*osalém de t%nicas (ol*adas que provavelmente eram de tecidoscaros e (inos. /arecia (icar descalça com adereços depulseiras e ar*olas e !rincos em muitos locais inclusive nostorno#elos e no pescoço. &el o!servava !em tais

particularidades. Estava tão pr5&imo que via detalhes que nãodeveriam existir mesmo em uma escultura de areia ainda

que viva. Ele via... c1lios, que ca)am em movimentos mais!ruscos e retornavam ao lu*ar. Ele via so!rancelhas. Atémesmo o ca!elo de areia de ve# em quando !alançavaenquanto era poss)vel acreditar que a princesa de areia piscava

os olhos de tempos em tempos.

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- 3ei muito !em porém que muito mais surpreendente ser6

minha presença em tal cerim<nia da forma como se d6 a*orae ima*ino que estea a surpreender todos os presentes. " (atoé que estou enviando a vosso continente no dia de hoe o

(uturo visuali#ado por meu pai sultão e GmperadorBadroul!adour e por nosso continente e esperamos poderdividilo com nossos irmãos do outro lado do oceano paraque possamos viver em um mundo cada ve# mais conscientede sua ornada de evolução espiritual.A princesa parou e colocou o ca!elo atr6s das orelhas.- /osso continuar? ela per*untou se*undo a leitura do *nomoe se p<s a esperar.:ouve murmurinhos de aprovação no salão. Até mesmo eiAn)sio respondeu>- C claro.- :ã... umpelstichen pareceu sem eito. 3enhores nestemomento na verdade a princesa estava (alando comi*o. H5s

todos aqui não estais vendoa neste e&ato instante mas nomomento 6 passado em que ela disse tais palavras semanasatr6s." salão voltou a *erar murmurinhos. -aquele momentocomeçou a ser levantada até mesmo a hip5tese de !ru&aria nosalão minimi#ada pelas pessoas mais cultas. A maioriaporém (alava so!re hip5teses envolvendo tempo e espaço eestudos de ci,ncias de tem6ticas (ant6sticas demais que nuncahaviam sido dominadas.A princesa (e# um aceno com a ca!eça como se al*uém emsua realidade lhe tivesse autori#ado a continuar.- /ois !em neste momento o senhor umpelstichen eterni#aminha e&ist,ncia em um !loco de éter através de uma ci,ncia

aqui desenvolvida conhecida como magia vermel'a. ma ci,nciaque *era uma (orça conhecida entre o "riente como  (t'erpun).

Essa ci,ncia ir6 modi(icar tudo o que conhecemos em nosso

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mundo e até mesmo nosso conhecimento e conceito so!re oreal e o imaginário. A(inal é um (ato que estamos lidando com amesma ener*ia que nos d6 criação através de semideusesmaiores do que n5s$ uma ener*ia in(inita que est6 muito além

de qualquer de(inição por completo. ma pausa. E um !elosorriso. /or isso *ostaria de dar minha !,nção 7 ascensão donovo ei Bran(ord e di#er que "(ir espera que hoe sea partede um novo ciclo na hist5ria da vida de -ova Ether. Funtocom nossos en*enheiros*nomos estar6 acompanhando a comitiva nosso *uerreiro e campeão u**iero para representarnosso povo no torneio que v5s nos enviastes tão a*rad6vel

convite pela primeira ve#. Espero que nosso campeão possa(a#er us a vossas e&pectativas e que se saia muito !em. marever,ncia que derramou !astantes *rãos de areia do avatarquando a ca!eça se a!ai&ou e que lo*o (oram repostos. A*ora me despeço e mais uma ve# dei&o em vossas mãosminha !,nção por todo esse dia tão importante. 1eu nome é

Badoura (ilha de Badroul!adour a princesa de Fade. Aprincesa então uniu as duas mãos em sinal de prece na alturado coração. E a semideusa que ha!ita em mim sa%da todosos semideuses que ha!itam em cada um de v5s. -amast,D ea ca!eça (oi a!ai&ada com as mãos ainda unidas na altura docoração.Al*umas pessoas ainda assustadas do salão tentaram copiar o

*esto de volta como se a princesa estivesse presente. &el detão perto ainda (icou o!servando a princesa er*uer a ca!eçacom um sorriso e des(a#er o *esto. " sorriso daquela princesade areia 6 era capa# de parar uma !ri*a$ em carne e ossoprovavelmente interromperia o marchar de e&ércitos. " tipode princesa pelo qual soldados adoram ter motivo para

morrer. E então a princesa esticou a mão direita como sequisesse tocar em al*uém na (rente dela que nin*uém podiaver. -o re(le&o ainda !oquia!erto com aquele espet6culo

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&el Bran(ord esticou tam!ém seu !raço direito. E nomomento em que a mão do pr)ncipe de carne e a da princesade areia se tocaram os cristais pararam de !rilhar comintensidade e o corpo de areia se des(e# diante de um pr)ncipe

sem palavras para descrever a an*ustiante sensação deimpot,ncia que era ver aquele ser tomar (orma e depois sedes(a#er diante dele.&el apro&imou a mão direita de si e o!servou a palma. :aviaareia nela. 3ervos reais acenderam novamente candela!rosque iluminaram melhor o am!iente. &el deu dois passos paratr6s ainda e&tasiado. E em um movimento lento e suave

despeou uma linha de areia 7 sua (rente como se (ossemsementes atiradas ao vento."lhou para umpelstichen e sorriu aplaudindo o espet6culo.+odo o salão incluindo ei An)sio acompanhou os aplausosque se tornaram cada ve# mais (ortes acompanhados deasso!ios enquanto os *nomos cumprimentavam a todos como

atores ao (im de uma peça./ouco a pouco a a*itação local (oi diminuindo e escutouse aper*unta>- 1as que... aparato surpreendente é este? sussurrou al*uémentre aquela al*a#arra.- 3enhores o que viram hoe é uma revolução. 1ostramosaqui a v5s apenas uma parte do que queremos tra#er a este

continente. 1esmo aqui nestas terras é sa!ido que a ener*iacom que se constr5i um universo não pode ser destru)daapenas trans(ormada. Baseado nesse princ)pio n5s cientistas*nomos compreendemos que o que quer que sea amais seperder6 no universo de -ova Ether. +udo o que dissermos outoda atitude que tivermos amais ser6 esquecida ou perdida.

- 3enhor umpelstichen o senhor quer di#er que podemosa*ora vencer a eterna luta do homem contra a morte?

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- -a verdade ei Adamantine a morte não e&iste. Ao menosnão como pensais. /orque rati(ico> tudo o que (a#emos nesteuniverso (ica *ravado e qualquer semideus poder6 dar vidanovamente a tais momentos pelo resto da e&ist,ncia. -o

momento em que -ova Ether tomou (orma todos n5s aquineste salão e até muito além dele nos tornamos eternos.- Então... disse ei An)sio raciocinando ... a(irmas que atémesmo semideuses que ainda nem e&istem poderão no(uturo quando !em entenderem retornar a este momento emque estamos a*ora e dar vida a ele novamente?- /er(eitamente. A(inal mais uma ve#> a ener*ia de um

universo não pode ser destru)da apenas trans(ormada. /eloresto da e&ist,ncia semideuses poderão voltar a estemomento ou a qualquer outro que 6 tenha tomado (orma em-ova Ether e (a#er a leitura deles assim como (i#emos aleitura de um momento da princesa de Fade 6 passado. E di*omais> tais momentos eterni#ados no +empo nunca serão os

mesmos para semideuses di(erentes.- Gnteressante o termo que usas> leituras  disse ei An)sio. =e onde o tiraste?- =as escrituras sa*radas porque di#em tais escritos que nahist5ria da 'riação primeiro houve o Her!o. E o salão voltoua cochichar. " que quero di#er senhores é que eles me&em

sim com a mesma ener*ia etérea para dar criaç-o 7s nossasvidas mas cada um deles tem tanta individualidade quantocada um de n5s. E isso se re(lete na (orma como cada umdeles nos v, a ponto de o 'riador não ser senhor a!soluto dopr5prio universo respons6vel por criar.- Gsso é uma !las(,miaD disse um no!re da comitiva de"rion. ;uereis a*ora vos considerar semideuses?- /elo que estou a entender... disse ei 3e*undo ... nossosvisitantes na verdade t,m o interesse apenas de compreendercomo tais semideuses pensam.

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- E isso não seria a criatura querer entender a criação? ono!re insistiu.- /er(eitamente disse umpelstichen. 1as não com oo!etivo de tomarmos o lu*ar deles. 1as de nos tornarmos

servos melhores.- Ainda me cheira a heresia...- -ão disse ei An)sio com olhos em !rasa. Gsso cheira ao6pice da evolução mais (ant6stica que poder)amos almear." salão voltou a (a#er murmurinhos. 3e al*uém estivesse emd%vida de que aquilo tudo (osse !om ou ruim depois de umaopinião do 1aior dos eis essa d%vida com certe#a 6 não

e&istia mais.- E senhor umpelstichen... continuou o ei. =isseste que

tal (orça oriunda de uma ma2ia !ermelha aqui apresentada

pode ter outras (unçes além de (a#er leitura de momentos 6 *ravados no éter?- /er(eitamente 1aestade. Através de nossos estudos demos

*,nese a uma (orça de atração para a qual não temos ainda umnome mas que aprendemos porém a utili#ar como (orçamotora. 3a!endo utili#ar tal (orça podemos até mesmo movermoinhos sem depender do estado do vento. "u (a#er *irarhélices que empurrem navios.- "u (a#,los (lutuarem nos céus...

- Gsso 6 é al*o que necessita um pouco mais até do queapenas  essa (orça motora a*ora apresentada. " maisimportante a ser aqui ressaltado é que -ova Ether ter6 suas!ases de conhecimento modi(icadas para sempre e estamosaqui para sa!er se Ar#allum e todo o "caso deseam (a#erparte ou não dessa evolução.

:ouve mais a*itação de no!res e monarcas e&citados. 'omocitado é di()cil para o ser humano aceitar o novo mas muito

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mais (6cil a tare(a se torna ap5s um deslum!re pois h6 denascer raça que adore mais ser deslum!rada do que esta.- 3enhor umpelstichen... tomou a palavra ei An)sio ap5sr6pida ponderação.

- /ois não Hossa 1aestade?- /oderia eu te (a#er uma %ltima per*unta?- ;uem sou eu para ne*arvos um direito le*)timo eiBran(ord...- =e onde v5s conse*uistes os cristais apresentados? A mimparece que a maioria de n5s nunca os viu...- 1aestade provavelmente esta sensação venha oriunda do

(ato de que s5 conse*uimos tais cristais  diretamente  de*,nios.1ais a*itação e (alat5rio.- nomos conse*uiriam o imposs)vel? -os tempos de hoe 6

se ne2ocia com seres planares? per*untou &el.- 3im no continente -ascente isso 6 é uma pr6tica comum.

,nios 6 não concedem mais =eseos de (orma altru)sta masos ne*ociam por preços distintos. -ão é 7 toa que ase&peri,ncias que desenvolvemos envolvem altos custos e!uscamos sempre os melhores parceiros como estamos aquimais uma ve# (a#endo inclusive.- E o que *,nios poderiam pedir como moeda de troca? C

di()cil ima*inar al*o que não possam ter... ou  2erar...  continuou o pr)ncipe.- 'om toda a certe#a Alte#a. Essas entidades poderiam *erartudo de material que precisamos comprar. Lo*o suas moedasde troca envolvem sempre necessidades que seus planosetéreos não podem suprir...&el (icou chocado. Arre*alou os olhos e não sa!ia se queriaper*untar o que per*untou>- Est6 di#endo que eles trocam tais mercadorias por...

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- 'omo podeis ver Alte#a *,nios nem sempre se deitam commulheres 7 (orça. -a maioria das ve#es podem ser apenasne*5cios. Achastes que sultes mantinham haréns para sipr5prios? -em em sua ovialidade m6&ima seriam capa#es de

cuidar de mulheres tão !elas..." salão dessa ve# se a*itou tanto que até ei An)sio perce!euque não conse*uiria mais resta!elecer o controle total. Eramuita in(ormação e muitas emoçes di(erentes para um %nicodia.- 3enhores *nomos por (avor convoquem o resto de suacomitiva e tomem seus lu*ares como convidados do rande

/aço. +odos v5s permanecereis conosco ao lon*o destasemana e irão tomar lu*ar nos locais de honra da Arena deHidro. -ão posso desear sorte a vosso campeão de "(ir poisnenhum ar#allino ir6 ter outro nome senão o de &el em seucoração durante o torneio mas posso !em rece!,los eacomod6los. 3eam !emvindos$ seam muito !emvindos a

Ar#allum.ei An)sio acompanhou o cientista e seus assistentes so!cumprimentos e sorrisos. &el ainda permanecia assustadocom tudo o que escutara. F6 An)sio não sa!ia se temia ou seencoraava o sentimento que vinha diante daquele (uturo aprincipio tão incerto e di(erente. -o (undo achava que o quesentia por aquele (uturo era um pouco de receio. 1as tam!ém

talve# um pouco de e&citação. F6 Branca 'oraçãode-evepr5&ima ao pai ao (undo tinha muito mas muito mais medodesse (uturo incerto rodeado de coraçes aquecidos eminvernos que pareciam querer tardar para passar. E mal sa!ia aprincesa de neve o quanto ela deveria temer mesmo.

24

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" sino das quatro horas soou.Atr6s da 'atedral da 3a*rada 'riação havia um terreno!aldio que um dia (ora usado para plantação de *irass5is de

um anti*o cléri*o mas que hoe era apenas um terreno deterra que (icava enlameado nos dias de chuva. As crianças*ostavam de usar o lu*ar para !rincar principalmente aquelasque não eram che*adas 7s ladainhas dos cléri*os nas missas eque iam o!ri*adas pelos pais.E !om di#iam que (ora ali tam!ém que morrera Famil'oraçãode'rocodilo derru!ado do alto daquela catedral

pelo pr)ncipe &el +erra Bran(ord. -enhuma delas porémhavia visto o corpo ou sa!ia se aquilo era mesmo verdade.1as desde que a hist5ria havia se passado ou desde que os!oatos haviam corrido na !oca da população nenhum *rupode crianças ousou voltar a se reunir ali.Até aquele dia.

- "K pessoal e a*ora mãos para cimaD *ritou umasurpreendente e me*aanimada Ariane -arin com a vo# maisen(6tica que conse*uia parecendo uma du!l, de artistacircense em cima de um ta!lado improvisado com cai&asvelhas de madeira.E o *rupo de adolescentes e crianças naquele lu*ar Mque eramuito maior do que a classe inteira de Foão :anson

aumentado pela propa*anda !oca a !oca da disputaN er*ueuas mãos e começou a a*it6las.- /ra tr6sD /ra tr6sD ela continuou. As pessoas se a(astaramdei&ando um espaço que de(inia uma 6rea de rin*ue para Foão:anson e :ector armer devidamente sem camisas e comataduras ao redor dos punhos. E me di*am... ééééD. me

di*am> o que é que eles vão (a#er a*ora?:ouve sil,ncio.

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" *rupo de adolescentes e crianças ao redor que nunca

haviam visto uma disputa de  'oxin2 ao vivo se o!servouprocurando al*uém que sou!esse o que era para ser dito. Ai... Ariane suspirou a!ai&ando os !raços e !otando as

mãos na cintura. /restem atenção...

25

1ãe cad, o Foão? Ele saiu. =isse que ia resolver al*umas... pend,ncias.

1aria se calou descon(iada. E então concluiu>- Ele saiu carre*ando al*uma coisa? m pedaço de pau... ouuma corrente... ou...- -ão claro que não o que é isso minha (ilha? /arece que eles5 ia cuidar de al*um animal (erido ou coisa assim...- /or qu,?- Ele me pediu ataduras...

2

1uito !em... senhoras e senhores... voc,s agora sa!em do queé hora MesperoNDAriane -arin mais uma ve# comandava o espet6culo com a

compet,ncia de uma artista circense. Foão :anson *in*ou deum lado para o outro o!servando seu advers6rio nos olhos(eito predador diante de uma caça con(iante no escape. :ectorarmer era mais velho maior e mais (orte. 1as naquelemomento nin*uém diria que o *aroto parecia se preocuparcom isso.- Fo*uem essas mãos para cimaD *ritou Ariane.

" p%!lico er*ueu os !raços a*itando as mãos. Foão com opeito e os !raços ma*ros estava tão concentrado no andar que

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nem podia escutar al*uns *ritos de lindo para ele por maisesdr%&ulo que isso pudesse ser. 'aminhou para o centro dorin*ue sentindo al*uns cumprimentos de incentivo lhetocarem os om!ros enquanto caminhava.

=o outro lado :ector armer com sua *ordura caindo pelas!ordas da !ermuda apertada sorria para ele.- Gnspirem inspirem... continuava a animada u)#a. E a*orasoltem o arD era interessante que o povo a o!edecia. A*orapra tr6sD /ra tr6sD e todos se a(astaram em c)rculoesta!elecendo novamente o espaço do rin*ue. "s dois seposicionaram como !o&eadores um em (rente ao outro

am!os com a mão esquerda armada para socar. E meaudemD Hamos me audemD 1e contem o que é que eles vão(a#er a*oraD

- Boxe... 'oxe... 'oxin2 - *ritou a plateia e se se*uiu umBA1DAs pessoas viraram o rosto em caretas de dor. Foão sentiu

como se tivesse socado uma parede que lhe devolvia aintensidade do soco aplicado che*ou a ver coisas piscaremperto dos olhos. -ão sa!ia di#er como armer havia sentidoaquela rodada e...

- Boxe... 'oxe... 'oxin2  e 6 se deu um se*undo BA1DAriane (ran#iu a testa preocupada. Foão trincou os dentes para

evitar morder a pr5pria l)n*ua. "u *ritar de dor. ma linha desuor desceu deva*ar pelo rosto.E a platéia prosse*uiu>

- Boxe... 'oxe... 'oxin2 - e um terceiro *A%+

Foão manteve os dentes trincados. As coisas que estavampiscando perto de seus olhos dessa ve# e&plodiram. A mão(echada travou no re(le&o e parecia que nunca mais iria a!rir.Ele se sentiu tonto. A respiração (icou pesada$ o corpo

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tam!ém. ma l6*rima de dor desceu da (ace (echada. "solhos se apertaram tanto que pareciam (echados.:ouve então a primeira pausa que acontecia a cada tr,ssocos e os dois competidores se a(astaram.

- GhD voltou a comandar Ariane. 1ãos pro alto pessoalD/arece que as mãos deles estão doendoD" *rupo ao redor er*ueu os !raços de novo e começou avaiar>- -ão estamos nem a)D -ão estamos nem a)D- Então parceiro... voltou a di#er Ariane com sua estridentevo# adolescente. ;uem ser6 que a*ora t6 dentro e quem ser6

que a*ora t6 (ora?Foão sentia areia no lu*ar dos ossos das mãos. /ensava naséria possi!ilidade de arrumar uma (ratura *rave naqueleem!ate. /ensava na possi!ilidade de que!rar ossos$ de (a#erum papel de idiota na (rente de sua turma e principalmentede Ariane$ e de dei&ar um sueito est%pido e que insultara a

honra de sua irmã sair ileso da o(ensa com motivos parachacotear sua (am)lia ainda mais.Entretanto havia um %ltimo porém que o (a#ia pesar aqueladecisão acima de todos aqueles> qual seria a reação de seupai um lenhador r%stico que sustentou aquela (am)lia po!recomo le*)timo homem quando sou!esse que seu (ilho recuou(eito uma criança diante de al*uém que insultara uma

:anson? " senhor :anson era um homem rude muitas ve#esmais violento do que a nature#a dos (ilhos precisaria masFoão havia adquirido o c5di*o de honra e a (iloso(ia de vidadaquele lenhador. =issessem o que dissessem :i*or :ansonpara seu (ilho era um her5i.E (oi por isso. oi por isso que mesmo sem sa!er se sua mão

estava (raturada Foão :anson voltou ao centro do rin*ue e*ritou entre respiraçes pesadas>- Eu estou dentroD

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" *rupo ao redor urrouD$ !ateu palmasD$ pisou (orte no chãoD$pulou de (orma alucinadaD$ (e# um verdadeiro pandem<nioDritaram o so!renome dele e a*ora sim ele escutou atémesmo al*uns *ritos de lindoD que as meninas !erravam.

E lo*o (oi a ve# de haver sil,ncio e de todas as atençescorrerem e se (i&arem em :ector armer. E (oi ali ah (oi alinaquele momento que aconteceu. /ois (oi então que Foão:anson en(im o!servou com atenção as condiçes de seuoponente. E perce!eu que o *aroto do outro lado era mais

(orte mais velho e maior mas não mais resistente.  /oisele viu o olhar de :ector armer$ e viu ali tam!ém um re(le&ode puro susto e de pura dor.E Foão :anson perce!eu então que :ector armer estava com

medo. E por mais di()cil que sea admitir isso ele adorouaquela sensação./ois (oi quando o menino de T4 anos se sentiu no topo domundo.

armer se*urava o punho esquerdo com a mão direita etentava esconder a dor. :avia socado com a mão canhotaassim como Foão pois era canhoto. L6!ios estavam apertadose ele estava a*oniado ainda mais com aquele sil,ncio *eralque esperava sua resposta. :avia passado !em pelo primeiro

soco. :avia sentido o se*undo. 1as o terceiro... o %ltimo

soco havia acertado em cheio seu dedo anular$ em cheio osu(iciente para sentir o dedo latear e travar para tr6s. 3erece!esse uma pancada daquelas de novo naquela mão sa!ese l6 o que poderia acontecer.1as !om se voc, 6 (oi moleque e teve de passar por al*umaprova de masculinidade diante de um *rupo de outrosmoleques sa!e que ele não poderia dar outra resposta que nãoa>

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- Eu estou dentro... disse com uma vo# !em maisdesanimada que a de Foão anteriormente." p%!lico *ritou satis(eito de novo.- Est6 certo pessoalD 'ontinue rodando parceiroD *ritou

Ariane." p%!lico se posicionou. "s advers6rios tam!ém.oi quando armer estranhou ao perce!er que Foão :ansonestava mudando a posição para socar armando dessa ve# amão direita.- Ei voc, não pode mudar a mão do socoD *ritou armer.- Fu)#a... Foão disse sem tirar os olhos do oponente.- Ele pode sim... disse Ariane. Gsso é pouco comum masum competidor de 'oxin2 pode mudar de mão para socar sequiser (oi o pr5prio &el quem me disse. C que a maioria s5conse*ue socar com a mão !oa...

E (oi então e  s5 então que armer entendeu o que estavaacontecendo. "s olhos se arre*alaram. As so!rancelhas se

er*ueram. A !oca a!riu. A e&pressão travou.E :ector armer se lem!rou en(im de que Foão :anson n-oera canhoto.- 1ãos pra cima pessoalD E mais uma ve#> me audemDHamos me di*am me di*am o que é que eles vão (a#era*oraD

- Boxe... 'oxe... 'oxin2 * e um BA1D " dedo anular dearmer (e# um E3+AL"D A mão do *aroto do!rou.Foão :anson suado e e&citado com toda aquela situação erapura vi!ração.

- Boxe... 'oxe... 'oxin2  e um se*undo BA1D =essa ve#o dedo de armer (e# um 'A'@D " *aroto caiu de oelhos

se*urando a mão e l6*rimas começaram a sur*ir na (ace.Ariane estupe(ata pu&ou o coro para a conta*em de nocaute>

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- m dois tr,sD =ois até o seisD m dois tr,s$ dois até ocincoD m dois tr,s$ dois até o quatroD a platéia contava

 unto.Foão permaneceu ali de pé *in*ando de um lado para o

outro. =entes ainda trincados. "lhar ainda (i&o. /ensamentosainda compenetrados.- m dois tr,s$ dois até o doisD m dois tr,s$ dois até o umD" *rupo de armer *ritava e *ritava e *ritava para que ele selevantasse mas todos sa!iam que era tarde demais.- m... dois... tr,sD e a plateia invadiu o rin*ue e começou aer*uer Foão :anson para o alto como se (osse ele um

campeão de arenas. Ariane se uniu ao coro (eminino quechamava Foão de lindo e até de outras coisas que nãopretendo citar. Foão sorriu para ela.Aoelhado :ector armer tentava evitar mas não conse*uiaparar de chorar de dor com o osso do dedo que!rado. Al*unsami*os que ao menos eram ami*os tam!ém na derrota o

er*ueram e o audaram a caminhar para sair dali. 3entiasemal sentiase humilhado sentiase vin*ativo.E (oi assim em um lento passo ap5s o outro ouvindo *ritose&tasiados para o outro e amparado pelas mesmas pessoas dequem ele se enver*onhava de precisar do amparo que armersaiu derrotado daquele terreno !aldio urando vin*ança e umdia de troco e volta ao ovem desa(eto.

Foão :anson naquele momento estava tão e&tasiado mas tãoe&tasiado que nem perce!eu.

2!

'omeçou a anoitecer no rande /aço mas a escuridão

porém ia muito além de onde a lu# das tochas não conse*uiache*ar. As diversas comitivas haviam sido aloadas masserviçais reais tinham de (icar 7 todo momento para l6 e para

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c6 para resolver pro!lemas e e&i*,ncias que envolviamculturas di(erentes e (ormas di(erentes de lidar comtravesseiros tamanhos de cama ou !arulhos pouco a*rad6veispara quartos vi#inhos.

ei An)sio estava no anti*o quarto dos pais sentado em umacadeira de onde o!servava o quarto inteiro. -ada havia sidome&ido por ordem dele naquele c<modo. +udo estavae&atamente como havia (icado desde a %ltima ve# que os pais

haviam sa)do no "ltimo dia. "s lenç5is empoeirados estavam(ora de lu*ar. 'hinelos ocupavam o lu*ar de !otas. oupas noarm6rio permaneciam 7 espera de quem as escolhesse.Era como se ali o mundo não houvesse parado e o quartoainda estivesse 7 espera do retorno de seus le*)timosan(itries. -ada ali parecia que iria voltar a ter vida um dia.1as a porta se a!riu.- Grmão...An)sio olhou na direção da entrada. :avia muito tempo que

ele e &el não se encontravam (rente a (rente sem nin*uémpor perto. 3em s5sias$ sem o!ri*açes sociais$ sem pronomesde tratamento di(erenciados. 3em m6scaras$ sem peles desapos$ sem ataduras nas mãos.- &el...:ouve sil,ncio entre eles. -enhum dos dois sorriu.

- Eu...  tentou di#er &el.- Hoc,... continuou An)sio o!servandoo com a mesmae&pressão (ria demonstrada por um homem diante de umao(ensa. &el olhou para !ai&o pensando no que di#er.=eseou que Branca 'oraçãode-eve sur*isse de repente

naquele quarto  simplesmente  para que ele tivesse umadesculpa para dei&ar o c<modo.- " que voc, acha An)sio?

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:ouve uma pausa. " ei sa!ia a resposta mas ainda assimper*untou>- 3o!re o qu,?&el encostou o om!ro no um!ral da porta e cru#ou os

!raços demonstrando o descon(orto. 3eus olhos (i&os nosolhos do irmão.- Hoc, acha que poderemos... recomeçar ainda?- Ar#allum precisa de n5s. " nome Bran(ord ainda é !ase de...- Hoc, sa!e que eu não me re(iro ao (uturo de Ar#allum.:ouve sil,ncio. An)sio tirou seu olhar do irmão e pareceupensativo em meio ao olhar que lem!rava o(ensa.- Eu... não sei.- -ão di*o a*ora An)sio. =i*o... um dia.- +alve#. ;uem pode (alar so!re o =estino além dele pr5prio?- " 'riador.- -ão acredito que o 'riador tenha tanto controle so!re n5scomo se pode pensar. -a verdade acredito que muitas ve#es

n5s " surpreendemos com atitudes que Ele amais esperaria...- 1as não é a) que est6 nosso livrear!)trio?- C... ele suspirou como se aquilo (osse uma *rande piada ... nosso livre-arbtrio, não é?&el resolveu que ao menos naquele momento nãoconse*uiria tirar nada de !om daquela conversa e virousepara se retirar.- &el...Ele voltou. E disse>- Grmão...

- ;uando voc, vai me di#er o  porqu%? a e&pressão deAn)sio era *élida.:ouve mais uma pausa.

- Gsso (a# mesmo di(erença?- a#. /ara mim (a#...

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&el queria uma resposta mas não tinha ideia so!re a melhormaneira de se e&pressar. -ão tinha mesmo.An)sio para incentiv6lo continuou>- Eu quero sa!er  irmão,  porque... depois de tudo o que (oi

dito... ainda assim voc, se meteu no meio de uma ornada. /orque (oi 7s 3ete 1ontanhas &el? /or que não me dei&ou l6em meu triste destino se voc, mesmo disse que...&el inspirou (undo antes que aquela conversa continuasse acortar seu coração.- Era o que o 'riador esperava de mim. Ele sa!ia que não eraaquela a resposta. Era meu =estino.- -ão... (oi al*o mais.- Hoc, é minha (am)lia An)sioD- 1ais...- Era minha o!ri*açãoD- -ão tente me (a#er de idiotaD Hoc, !em sa!e que não tinha

o!ri*ação nenhuma Ali6s voc, nunca teve o!ri*açes...

A velha conversa retornava. A velha conversa que s5 era ditaem sussurros e portas (echadas por anos e anos quando asvelas do rande /aço 6 estavam apa*adas. "s serviçais nãocaminhavam. E até os cães de *uarda estavam dormindo.- Hoc, é meu irmão An)sioD 35 esta 6 seria a maior

 usti(icativa.

- -ão esta talve# sea uma delas. 3e voc, me disser que (oiaté l6 por culpa, então esta até ser6 outra. 1as nenhuma delas

ser6 a maior usti(icativa...- Eu não vou lhe di#er o que quer ouvir irmão.- Hoc, dir6...- 3into lhe decepcionar mas insisto que não direi.-

-ão di*o a*ora &el. =i*o um dia.

&el virouse de costas. E (alou por cima do om!ro>

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- Hoc, não acredita não é verdade? Hoc, não acredita quenossos destinos ainda estão unidos...- 3inceramente?Eu não sei.

&el Bran(ord partiu daquele quarto. :avia um sentimento de(%ria diante daquela situação$ um sentimento destrutivo queele ainda não estava preparado para lidar.F6 An)sio Bran(ord não parecia nem um pouco se importar.

2"

" que n5s estamos (a#endo aqui? per*untou Liriel." local era um velho *alpão de Jn*ulos tortos dessesretirados dos contos das piores hist5rias de horror deacampamentos. icava em um local um pouco isoladopr5&imo ao cais de Andreanne. F6 era noite e aquilo nãoaudava Liriel a se sentir melhor dentro do lu*ar. Ela sentia na

verdade uma ener2ia pesada e concentrada ali. ma ener*iade viol,ncia. =e crueldade. =e coisas ruins.- 3a!e eu estou acostumada a invadir lu*ares !arrapesadamas ainda assim esse aqui me arrepia...- ela&a. C que voc, sente coisas por aqui.- au voc, sa!e mesmo aonde levar uma mulher.

Eles entraram pelo sa*uão. :avia m5veis co!ertos com lonase&tremamente empoeiradas cortinas pretas *rossas nas anelas e t6!uas que ran*iam a cada movimento mesmo omais leve. 3ome isso ao vento que sussurrava entre (restas de

 anelas que pareciam (echadas e a *otas de 6*ua quepin*avam do teto com a in(iltração de 6*ua da chuva e voc,entender6 por que nin*uém entrava naquele lu*ar.

- /or que estas t6!uas ran*em tanto?- /ara denunciar invasores. -in*uém entra aqui sem (a#er!arulho.

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- 3e eu quisesse eu entraria.

- -ão voc, iria tentar.Ela pareceu o(endida.- Hem c6> d6 pra me e&plicar que lu*ar é esse?

- Aqui é o  +eformat5rio. Anti*amente esse lu*ar serviacomo uma espécie de... internato. Eles tra#iam os ovens parac6 e...- e(ormat5rio pra quem?- Bom... ovens.- =e que tipo? =elinquentes? Ga ter superlotação s5 aqui em

Andreanne...- -ão di*o nesse sentido ele parou sem sa!er como see&pressar. 3a!e era um local de re(ormat5rio... ao lon*o dacaçada...

- 3 Caçada de Bruxas7  ela per*untou surpresa.- C por a)...

- E quem eles tra#iam aqui?- "s (ilhos das !ru&as mortas."s pelos dela se arrepiaram uma ve# mais.

- Então era para c6 que os caçadores tra#iam os 5rf-os...- +ra#iam. Aqui os moleques so(riam horrores. Eles eramo!ri*ados a aceitar o (ato de que as mães cometiam !ru&aria eque deveriam ne*ar o nome delas. =eviam rene*ar o

so!renome (amiliar e se tornar meninos sem rosto. =everiamvirar *arotos sem identidade.- E os que se recusavam?- Hoc, poderia escutar os *ritos l6 de (ora. 'arrascos nãotra!alham apenas em dias de e&ecução. Eles sa!em ser ruinsem todos eles...3nail a *uiou para um novo c<modo. =essa ve# não havialonas empoeiradas. Apenas cadeiras velhas ca)das pelo chãoem (rente a um palanque improvisado com um pedestal que

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se*urava um livro a!erto. A luminosidade era (ornecida porum candela!ro que se*urava tr,s velas e que o pr5prio 3nailhavia acendido.Liriel entretanto s5 prestava atenção ao (ato de que a vo#

dele tra#ia se*redos que não eram tão (6ceis de reconhecer. Eassimilar.- C impressão minha ou voc, sa!e o que aconteceu por aquipor e&peri,ncia pr5pria?- Eu não teria idade pra sa!er.Ele olhou para !ai&o. Ela notou e per*untou>- 1as...- 1as meu pai sim.Liriel se calou. Ele tam!ém.- E por que voc, nos trou&e aqui?- /orque (oi aqui que tudo começou.Liriel andou deva*ar untando as peças. m rato correu porentre as t6!uas de madeira e até o !icho (e# ran*er um pouco

a madeira com a corrida. Bem pouco mas (e#.- 'omo... tudo pode ter começado por aqui?- Gma*ine que voc, é um *aroto cua mãe (oi queimada como!ru&a certo?- 'erto.- Gma*ine al*uém lhe !atendo com hora marcada al*uém lhesurrando todos os dias colocando sua cara dentro de um !alde

com 6*ua !arrenta al*uém lhe dei&ando dormir nu todomachucado em um chão molhado aoelhado ao lado dede#enas de outros como voc, em celas que não ca!em nemum terço do n%mero que por acaso est6 l6...- 'erto...- A*ora ima*ine que todos os dias eles tenham uma ideia

criativa para lhe (orçar a aceitar o que eles lhe propem.Gma*ine (icar acorrentado enquanto lhe arrancam unhas. made cada ve#. E lhe servem comida em ti*elas de cachorro. E

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queimam o seu ca!elo com velas s5 pra voc, sentir o cheiroe sa!er que ele é seu.- ... certo.- Aos poucos Liriel voc, vira um !icho. Hoc, dei&a de ser

humano compreende?- E essa deveria ser s5 a primeira etapa.- 3im essa era apenas a primeira (ase. ;uando os meninosperdiam a identidade era a hora de eles lhes darem uma.- Hoc, sa!e como acontecia?- Aos poucos eles dividiam os *arotos em *rupos. "s quetinham a mãe morta na (o*ueira eram chamado de fantasmas. "s

que tinham as mães en(orcadas eram chamados de  sombras.

"!viamente em condiçes normais nenhum ser humanoaceitaria tal imposição dos mesmos opressores respons6veispor seus tormentos. 1as quando est6 se tornando um animalqualquer hip5tese de manter uma  identidade é a*arrada. E participar de um *rupo em que todos estão no mesmo !arco por

mais *rotesco que possa parecer é uma (orma de manter umaidentidade...- Hoc, me parece culto demais para um ladrão pédechinelo.- Eu não sou culto. Eu apenas... aprendi coisas. 1eu pai eramuito melhor do que eu.Liriel !alançou a ca!eça.- 'ontinua...- =a) que havia homens que (a#iam... e&peri,ncias. /arare(orçar esse esp)rito os *rupos dos ovens eram separados

nas celas. Eles colocavam propositadamente mais  som'rasem uma cela e mais fantasmas em outra.

- Eles *eravam facç<es...- 3im. E ima*ine então o que acontecia? -essas celas aqueles

que estavam em menor n%mero aca!avam  exterminadospelos pr5prios ovens em maior quantidadeD Hoc,

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compreende o que (a#iam com a ca!eça desses *arotos? 3e o

cara era um  fantasma  e estava numa cela de  som'ras,então ele deveria ser e&terminadoD Entretanto o quedeterminava o que era um ou outro? A (orma como a mãe (oi

morta pelas pr5prias pessoas que os incentivavam a a*irassimD:ouve sil,ncio entre os dois. Até ela cortar per*untando>

- E como (oi que nasceram as sociedades7- m dia a *uerra estourou aqui dentro. m dos carrascosvacilou e um dos *rupos conse*uiu tomar as chaves e a!rir as

celas. 3urpresos e sem sa!er como deter so#inhos aquelesmoleques treinados pra matar que eles pr5prios haviamcriado a %nica solução encontrada pelos carrascos queso!raram (oi a!rir as celas do outro *rupo e dei&ar que eles sematassem enquanto tentavam correr para pedir auda.- E quem viria se meter nisso? A uarda eal?- +alve#$ talve# se (osse outra época. 1as eles estavam em

tempo de *uerra e nin*uém iria retirar e&ércitos de !atalhaspor causa de !astardos (ora de controle.- Então os pr5prios soldados viraram as costas para o que elespr5prios haviam criado...- oi por a). " (ato é que muito *aroto morreu nesse dia semsa!er direito nem por que motivo estava !ri*ando. E os que

so!reviveram os poucos que so!reviveram sa)ram pela noiteadentro. E assim começou o recrutamento...- E nasceram as sociedades secretas.- -a verdade eles meio que recomeçaram um culto de onde asmães haviam parado. 1as sem treinamento em ma*ia.-enhum deles (a#ia ideia de com que estava lidando. E a

coisa (oi (icando cada ve# mais peri*osa. oi assim que aCaçada de Bruxas  aca!ou por di#imar um pro!lema econstruir outro no lu*ar...

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- 1as quando começou a *uerra civil?- Eles haviam sido treinados para se odiar. :aviam sidopreparados para se destruir. A primeira *eração e até mesmoa se*unda levou isso adiante. 1as a terceira... os novos

associados 6 não tinham vivido o que eles haviam vivido nãotinham o mesmo  5dio. Aos poucos eles não sa!iam maisnem mesmo como a *uerra havia começado...- Entendo o que di#...- 'laro que entende. Hoc, (a# parte dessa *eraçãoD A *eraçãoque 6 entrou na hist5ria quando o que começou como duas

sociedades secretas 6 havia se tornado duas sociedadescriminosasD E a) sim passaram a chamar a atenção do eimas tarde demais para poder di#im6las tão (acilmente.- E o que voc, pretende (a#er aqui al(ord?

- -5s somos os  "ltimos so're!i!entes,  a!!ianiD "s%ltimos de uma *uerra de décadasD Gsso tem de ter um motivoD

Eu quero res*atar as ori*ens disso tudo. Eu quero refa0er oe&ército ovem que (oi constru)do neste lu*ar.- " que voc, anda !e!endo em ta!ernas ne*ro? 'om queintuito quer (a#er um ne*5cio desses?- Eu quero res*atar o esp)rito das sociedades secretas nascidasaquiD 'om os testes de seleção dos mais (ortes com os rituaisde iniciação com a (iloso(ia que envolve o cultoD- Hoc, quer então...- Eu quero relem!rar aos escolhidos de uma nova *eraçãoa!!iani como (oi que toda a maldita *uerra começou...

2#

'atedral da 3a*rada 'riação. ma noite de céu estel)(ero eromantismo uvenil. ;uem 6 tendo amado uma ve# na vidapoderia resistir a uma com!inação e&plosiva desse tipo?

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Bom...- aleme mais so!re estrelas... disse 1aria :anson naquelanoite de poucas estrelas no céu. Ela estava deitada de costasna co!ertura do local.

- -ão sei se estou com esp)rito para isso hoe...&el Bran(ord deitado ao lado dela mantinha os olhos nasmesmas estrelas mas o pensamento muito além do quequalquer uma delas poderia alcançar.- Eu estou a!orrecendo voc,? ela per*untou. A per*unta nãoera ir<nica era sincera.- -ão. 1eu pro!lema não é com voc,...- E eu posso lhe audar sea com quem (or seu pro!lema?- ostaria mas não. -ão esse pro!lema...- C uma pena. -ão *osto de ver voc, neste estado...Ele olhou para ela mas não parecia en&er*6la. 3eupensamento ainda estava mais distante do que qualquerpessoa poderia alcançar sem a permissão do pensador.

- 'omo anda sua relação com seu irmão? ele per*untoutentando mudar o assunto.

- Boa. =empre (oi !oa. C esse o pro!lema?- ;ue pro!lema? ele apertou as so!rancelhas voltando aospoucos 7quele lu*ar.

- " seu pro!lema.

- 'omo assim?- Hoc, est6 com pro!lemas com seu irmão?&el pareceu acordar de um sonho v)vido e retornar de ve# a-ova Ether. =e repente se deu conta do quanto aquela *arotapensava r6pido.- =eus do céu... se não conhecesse sua inteli*,ncia achariaque é uma !ru&a...- Bru&as são (eias. Eu não sou tão horripilante assim... e derepente como toda mulher de ve# em quando 1aria :anson

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teve um ataque de inse*urança e per*untou com uma vo#invocada tra#endo no tom o aviso de que o homemper*untado deveria responder 7quela per*unta com muito cuidado

- Eu sou??

&el como todo homem nessas situaçes riu. Al*uns o(a#em antes da resposta. Ele o (e# depois.- -ão claro que não 1aria. Hoc, teria de nascer de novo para(icar horripilante...Ela sorriu. 3a!ia que não era uma pessoa horripilante lon*edisso. 1as é um (ato> toda mulher simplesmente precisaescutar isso de um homem de ve# em quando. E o sorriso que

costuma acompanhar a recepção da resposta (a# com quetodo homem sinta que sempre vale a pena repetir um elo*io.- E qual o pro!lema com seu irmão? 1aria :anson mal sedava conta de que qualquer resposta que (osse dada não erauma simples resposta. Ela estava com um primeiro pr)ncipe epedindo que ele lhe revelasse detalhes da pol)tica interna da

(am)lia real. 3e visse a situação por esse lado amais (ariaper*unta nenhuma.1as não via.- Al*uma ve# voc, 6 disse coisas que *ostaria de não ter dito? ele per*untou.- 'laroD 'omo na primeira ve# em que nos conhecemos econversamos e eu não perce!i que era voc,D E não apenas

critiquei a pol)tica do seu pai como ainda disse que deveriahaver al*uma coisa errada com a (am)lia realD Ai quever*onhaD&el riu alto.- 6D Hoc, ainda se lem!ra disso? Eu mesmo 6 haviaesquecido. Hoc, não devia se enver*onhar daquilo senhorita

:ansonD oi um !arato...- Aquilo (oi um em'araço, isso sim...- Hoc, (oi espontJnea...

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- Eu (ui... idiota+

&el parou dessa ve# se*urando o riso. E disse>- +6 certo aquilo (oi mesmo um ve&ame...- " qu,??? ela disse enchendo o coitado de tapas e

o!ri*ando &el a (echar a *uarda com os !raços como seestivesse sendo atacado no rin*ue. ;uer di#er que voc,concorda né seu semver*onha?- Ei... ei... eu desistoD Eu desistoD Eu tava !rincandoD oi!rincadeiraDEla parou e sorriu. Ele a a!raçou antes que o humor delavariasse de novo. Ela v6 entender... adorou o a!raço.- 1ulheres...- E voc, est6 mudando de assunto s5 para não me di#er o quehouve entre voc, e seu irmãoD

- 6u estou mudando de assunto? ele per*untou surpreso. Eentão suspirou 6 convencido de que talve# a culpa (osserealmente dele. "u talve# porque sou!esse que seria !om

realmente  (alar com al*uém> Est6 certo. 3a!e eu tivepro!lemas com An)sio. /ro!lemas sérios.

- Antes ou depois?- =o qu,?- =a via*em. Hoc, não (oi 7s 3ete 1ontanhas atr6s do seuirmão?Era interessante como eles (alavam do caso como se nãoestivessem (alando do ei de Ar#allum o novo 1aior doseis. 'omo se (osse um simples pro!lema envolvendo doisirmãos e cuos pro!lemas internos a(etassem apenas uma(am)lia não milhares delas.- ui. :ouve uma pausa. Eu (ui sim...- Hoc, (raqueou nesta (rase...

- 'om que raios voc, anda aprendendo essas coisas?Ela riu.- 'om pro(essor 3a!ino...

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- Ah tinha de ser. " 'onselheiro mais estranho da 3alaedonda...- Ele não é estranho po&aD Ele é... e&c,ntrico.- /ra mim isso é ser estranhoD

- E pra mim voc, continua mudando de assuntoDEle suspirou. =e novo.- 3er6 que eu *anho uma hoe?- 1e di# &el> o que voc, disse de tão ruim para An)sio?Ele tentou (alar. +entou de verdade$ s5 que a vo# não saiu. Elarespeitou o (ato.- Hoc, não precisa me di#er se não...- Eu disse a ele que ele poderia ir em!ora. Eu disse a ele quen5s não éramos mais irmãos e que não me importava commais nada que viesse dele.E disse a ele que por mim eu *ostaria que ele morresse.

30

3nail al(ord estava diante do pequeno palanque armado.:avia a(astado muitas das cadeiras velhas que estavam 7(rente (a#endo um c)rculo mal(ormado com apenas tr,s nocentro. ma na (rente da outra. " candela!ro que ele haviatra#ido estava em cima da cadeira do meio. :avia apenas duasvelas acesas a*ora. Liriel não (a#ia a menor idéia do que elepretendia com aquilo o que não era al*o anormal em setratando de com quem ela estava lidando.- Eu 6 disse que este lu*ar d6 arrepios?- F6 sim.- Gmpressionante que 6 voc, não se incomoda nem um poucocom isso né? insistiu Liriel.

- Hoc, di# com o (ato de o lu*ar me dar arrepios ou de voc, sesentir assim aqui?- 'om os dois.

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3nail parou o que estava (a#endo. E !alançou a ca!eça.- C realmente eu não me incomodo nem um pouco.

- Hoc, não pode ser assim tão...  frio. =eve haver al*o queme&a com voc,D

- 3empre e&iste. 1as seria uma (raque#a se eu dei&asse quevoc, sou!esse o qu,.- 'laro...Liriel continuou a o!servar o am!iente. 3nail soprou ase*unda vela e se antes o am!iente 6 era sinistro com apenasuma vela cua chama dançava entre t6!uas ran*endo elepiorou.- -e*ro voc, est6 realmente me dei&ando arrepiada... eladisse o!servando os arredores. Aos poucos o que antespareciam som!ras de repente pareciam vultos.- Hoc, se acostuma com elas...Liriel deu um *rito de susto pois a vo# veio de tr6s de si. Elavirouse contorcendo a coluna (eito um *ato e deparouse com

3nail atr6s dela.- 'aceteD ;uer me matar de susto?- 3eria uma morte !em !esta pra uma ladra astuta... Ela estavaassustada demais para rir.- " que voc, quer com tudo isso?- Eu 6 lhe disse o que eu quero> eu quero recomeçar a(iloso(ia das sociedades secretas que nasceram aqui...A chama de uma %nica vela ainda dançava.- E quando voc, pretende começar com isso?- A*ora.:ouve um *rito. -enhuma chama continuou a dançar. E omundo de Liriel a!!iani se tornou escuro de ve#.

31

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;ueria sa!er o que di#er a voc,... lamentou 1aria :ansonainda em choque. -em sempre al*o precisa ser dito...Ela não sa!ia se o que !rilhava nos olhos dele eram re(le&osdo piscar de estrelas ou l6*rimas nascidas que se recusavam a

morrer.

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Foão :anson e Ariane -arin estavam do lado de (ora da casada menina.:aviam comido arro# com (eião e era interessante queAndreanne era o %nico eino do "caso em que o arro# era umproduto popular a(inal era um dos poucos lu*ares que oprodu#ia 6 que se tratava de um dos locais mais quentes de-ova Ether. =evoraram doces (eitos 7 !ase de amorasenviados pela senhora :anson. E durante todo o tempo!e!eram hidromel sem 6lcool popular mistura envolvendo

uma dose de mel para duas de 6*ua. -a verdade crianças o!e!iam com 6*ua$ adultos com 6lcool.- Foão... Ariane disse deitada na *rama e o!servandoestrelas. Era en*raçado como os dois pareciam uma versão

um pouco mais  adolescente de &el Bran(ord e 1aria:anson naquele mesmo instante na co!ertura da 'atedral da

3a*rada 'riação.- ala.- +ipo... é que... !om dei&a pra l6DEle olhou na direção dela.- ala p<DAriane detr6s de toda sua comple&idade (eminina in(antilestava realmente em!araçada.

- C que... sa!e... eu t< a (im de (alar um ne*5cio mas eu nãosei como di#er isso...

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E ela não sa!ia mesmo.- Hoc, t6 me dei&ando preocupado Ariane.- -ão é que...- Hoc, aprontou mais al*uma coisa é?

- -ão nãoD ela disse conta*iada com sua pr5pria (alta depaci,ncia. -ão é nada dissoD Ah esquece...Foão levantou o tronco e se sentou. Ariane (e# o mesmo. "rapa# então começou a (alar mas...- 1e (ala de uma ve# o que... A vo# dele (alhou e saiu (ina(eito a de uma menina. Ele apertou os punhos de raiva. Aique sacoD a vo# voltou ao normal.Ariane riu.- /or que voc, de ve# em quando (ala (ino assim?- Eu... não sei.Ela sentiu o em!araço dele dessa ve#. 3orriu e deulhe um!eio no rosto.- -ão precisa se preocupar. Hoc, é um (o(o...

Ele se enca!ulou sem eito. Ao menos uma ve# na vidaaquela vo# que insistia em alterar sem e&plicação o tim!relhe serviu para al*uma coisa. " coração começou a !aterdi(erente os pelos se arrepiaram e ele (icou com medo de(icar vermelho na (rente dela.- 1as me (ala vai. " que voc, queria me (alar? Foãocontinuava pensando apenas que ainda conse*uia sentir o(rescor que (icou no rosto no local !eiado. E que não podia(icar vermelho.- +6 !om entãoD ela respirou (undo. E resmun*ou mais parasi pr5pria que para Foão> ;uer sa!er? Hou mandar na caralo*oDHoc, quer ser meu namorado Foão?

" ritmo estranho no coração do *aroto não diminuiu.

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Liriel a!riu os olhos quando uma chama (oi novamente acesa.-a verdade ela estava 6 com os olhos a!ertos mas naescuridão em que seu mundo estava isso não (a#ia a menor

di(erença. Até aquele momento. "nde eu estou?- -o mesmo lu*ar.Liriel perce!eu que estava sentada. +entou mover os !raçosmas não conse*uiu.Ela estava acorrentada a uma das cadeiras.- " que voc, pensa que est6 (a#endo seu des*raçado? E

voc,... voc, me 'ateu? Hoc, perdeu a...

- Eu a estou iniciando.Ela (icou em choque. =iante do sil,ncio ele continuou>

- Liriel a!!iani voc, (oi con!ocada. Hoc, ser6 a primeirae ser6 meu !raço direito. 1as para isso e&istem situaçes emque voc, precisa... se aprimorar. E n5s (aremos isso através dasua iniciação.- Hoc, est6 malu...- 3e voc, do!rar seus !raços poder6 veri(icar que com seuante!raço do!rado ao m6&imo as suas mãos tocam sua !oca.Hoc, provavelmente não deve ter comido nada nas %ltimasduas horas. 'ontando o tempo em que (icou desacordadaessas horas passam para tr,s. =evido 7 situação de peri*o

voc, não deve estar sentindo (ome neste momento. 1asquando começar a rela&ar voc, vai sentir...:ouve sil,ncio. Ele esperou a reação dela. Ela pensou emresmun*ar mais al*uma coisa. 1as desistiu e apenasper*untou>- E da)?Ela viu o vulto de 3nail sur*ir 7 sua (rente. Gmpressionavacomo ele e as som!ras pareciam irmãos siameses. ma!andea portando uma maçã (oi colocada 7 (rente dela.

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- Esta !andea como ainda pode ver possui uma maçã. 3evoc, não conse*uir pe*6la a sua (ome vai piorar...- E como eu vou pe*ar a maçã se eu estou presa seu idiota?- -ão !anque a esperta comi*o a!!ianiD a (rase (oi dita de

(orma (ero#. ero# o su(iciente para assustar quem 6 estavaassustado. -5s dois sa!emos que voc,... mexe coisas. Eunão sei o nome dessa ha!ilidade mas sei que voc, é capa# de(a#er coisas usando sua mente.- C um truque... é s5 um truque...

- -ão. C um dom.

Liriel começou a se sentir nervosa e a*itada. Aquelascorrentes privandolhe de movimento incomodavam. "am!iente pesado a dei&ava tensa. A (ome desnorteada.Aquela... som!ra o!servandoa como se (osse um !ichotirava seu racioc)nio. Ela começou a se a*itar como se tivesse(orças su(icientes para se li!ertar so#inha das correntes.- /or que... por que voc, est6 (a#endo isso comi*o? ela dissecom vo# tr,mula começando a chorar.- /orque voc, é (raca LirielD /orque voc, não merece o domque temD- Eu pensei que... ela sussurrou entre choro.- /orque aqui hoe *arota ou voc, vai aprender a evoluir ouvoc, vai morrerD Hoc, me escutou Liriel? "u voc,... vai...

morrerD- Eu pensei que n5s (<ssemos parceiros... ela continuou asussurrar.- +6 vendo aquela vela? A cera 6 est6 no (imD E quando elaapa*ar não vai mais haver lu# neste am!ienteD E n5s dois

sa!emos que voc, n-o conse*ue mover coisas que não v,D

Então me di#> voc, quer morrer de (ome a!!iani?- Eu pensei que n5s (<ssemos... ami*os.

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- Então para de chorar (eito uma criança in%til e pe*a aporcaria daquela maçãD ele *ritou pr5&imo ao rosto delaem!ora ela não sou!esse mais de que lado ele estava.- Est6 !em seu maldito des*raçadoD ela *ritou para a

escuridão enquanto esticava a mão esquerda. A (orça mentalque acompanhava aquele ato ()sico era tão (orte mas tão(orte que a maçã (e# a !andea me&er.-as som!ras al(ord não mani(estou o encantamento de ver

aquilo novamente. A matéria atra)da por uma (orçamani(estada pela mente humana incompreendida porqualquer um que não i*ualmente capa# do (eito.Liriel a*arrou a maçã de (orma instintiva e a levourapidamente 7 !oca mordendo um *rande pedaço. ;uando (oimordiscar o se*undo porém sentiu a (ruta arrancadaviolentamente de si.- -ãoD -ãoD Hoc, disse que...- =e novo.

:ouve sil,ncio. " vulto dele sur*iu 7 (rente dela mais umave# e colocou a maçã mordida outra ve# em cima da !andeaa(astada.- =e novo.

Ela mordeu o l6!io in(erior. Era rai!a, estava (uriosa de estarsendo testada como uma co!aia e principalmente estava

(uriosa por sa!er o quanto estava impotente naquela situação.Ela esticou o !raço. E a maçã mais uma ve# como metalpr5&imo de um )mã correu até ela. Ainda que a (omeestivesse na mesma intensidade houve muito mais controleno movimento desta ve#.- Eu posso comer a*ora?3nail (oi até ela e retirou a (ruta de suas mãos uma ve# mais.

- 3inda n-o.

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Ela olhou para ele com o pior olhar do mundo. Ele não seimportou di#endo>

- /elo visto voc, realmente precisa  o'ser!ar o  que ir6me&er antes de (a#er não é?

Ela não respondeu.- Estou errado?- H6 pra AramisD3nail se apro&imou. E o coração de Liriel acelerou quando elaescutou o roçar. "s olhos se arre*alaram e re(letiram o !rilhode uma lJmina de um (acão mais a(iado do que muitasespadas de *uerreiros e&perientes. A lJmina che*ou pr5&imade seus olhos e apenas o m)nimo toque diante de seu nari# (e#um corte de onde escorreu san*ue.:avia poucas coisas com que Liriel a!ianni tinhadi(iculdades de lidar.Hiol,ncia era uma delas.- Estou errado? ele voltou a per*untar alterando a vo#.

- -ão ela respondeu em choque.Ele !alançou a ca!eça satis(eito e (oi até a !andea. 'olocoua maçã ali mais uma ve# e disse>- 1emori#e o que est6 vendo a*ora. Hoc, conse*ue?Ela !alançou a ca!eça duas ve#es com os olhos aindaarre*alados. Ele colocou a imensa (aca na mesma !andea aolado da maçã.- A*ora memori#e assim...- " que voc, quer?- Hoc, conse*ue perce!er que se levasse até voc, a (aca nolu*ar da maçã a lJmina deceparia seus dedos?" coração dela !ateu (orte de nervoso. " ar não e&istia nemcirculava mais.

- Hoc, conse*ue me&er a maçã ao lado da (aca?Ela ainda estava assustada demais para pensar de (ormacorreta. A cada momento estava mais e mais envolvida

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naquele maldito o*o psicol5*ico mas tam!ém não via escapepara que!raca!eça tão peri*oso.- Eu consi*o...- Bem nas atuais condiçes não duvido. 1as vamos ver

como voc, se sai... assim.A (aca (oi colocada em cima da maçã. A pouca lu# dançou no!rilho da lJmina a(iada. :ouve um sopro.E a chama que dançava a pouca lu# (oi apa*ada.- 3a!e por que as cortinas deste lu*ar são pretas Liriel?/orque a lu# não che*a aqui. Hoc, pode *ritar e nin*uém lheescuta. " tempo passa e voc, não perce!e. Lo*o se voc, não

pe*ar aquela maçã voc,  !ai  morrer de (ome porquenin*uém vai vir aqui lhe dar mais nada para comer. 1as eu

aconselharia a voc, me&er  apenas  aquela maçã. "u docontr6rio !om eu não sei como voc, (ar6 para se*ur6la..." coração dela !atia tão (orte que ela não conse*uia nemescutar o que ele di#ia direito. " (ato era que naquele

instante Liriel a!!iani estava com os olhos !em a!ertos.1as na escuridão em que seu mundo estava isso não (a#ia amenor di(erença.

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1as voc, acha que esses... seres vieram mesmo em pa#?per*untou uma 1aria :anson ressa!iada.

- ;uem vai sa!er? 3 princ1pio, parece que sim. 1as de umacoisa tenho certe#a 1aria...- =o qu,?

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- An)sio é a pessoa mais preparada do mundo para lidar com asituação.- 1as... voc, estava di#endo que eles trou&eram um lutador dooutro continente. C verdade isso?

- +am!ém. Ele representa "(ir. A ederação de /u*ilismosempre reserva nesses torneios uma va*a para um campeãoestran*eiro representante de al*uma nação convidada quenão sea (iliada o(icialmente. C a primeira ve# que cedem ava*a a al*uém do outro continente...- E... como ele é?- ;uer sa!er a verdade? Assustador e (ascinante ao mesmo

tempoD Ele tem os olhos... rasgados, sa!ia?- 'omo assim?- Eles são...  puados para o lado é di(erente de qualquer coisaque 6 tenha visto. Hoc, ver6D 1as na verdade qualquercoisa que venha daquele continente me assusta. As hist5riasque são contadas são surreais demais até para pessoas

acostumadas com ma*ias.1aria ponderou. E mudou de assunto>- &el o torneio de pu*ilismo começa em tr,s diasD Hoc, temcerte#a de que tem condiçes de lutar?- 'om os con(litos que andam so!re mim nos %ltimos temposlutar nesse torneio é tudo pelo que mais anseio...- 1as ainda assim> não lhe d6... sei l6...   medo  de entrar no

rin*ue? " povo todo vai estar l6 olhando pra voc, sãopu*ilistas do mundo todo...A *arota estava com uma e&pressão assustada. &el viu apreocupação com ele naquelas palavras e achoua ainda maisador6vel por isso.- C claro que eu tenho medo 1aria. 'omo poderia não t,lo?

ele inspirou (undo e concluiu> 1as tam!ém tenho cora*em.- Gsso não é um parado&o?- /or que seria?

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- 'ora*em não si*ni(ica a*ir com aus,ncia do medo?- -ão. 'ora*em si*ni(ica a*ir ainda que na presença dele.1aria (icou sem palavras. Lem!rouse de seus primeirosencontros com &el quando sua timide# a (a#ia perder todos

os di6lo*os para o ainda se*undo pr)ncipe.- " que anda lendo &el Bran(ord?Ele riu muito alto com a per*unta.- Hoc, se surpreenderia se sou!esse...Ela tam!ém riu e eles (icaram se olhando pelo que pareceramséculos. Ele esperava que ela lhe dissesse outra coisa maspara surpresa de am!os ela disse com o coração acelerado>- Hoc,... me surpreenderia?"s olhos dela !rilhavam mas eram olhos (r6*eis. "lhos que!rilhavam uma inse*urança uvenil de quem nunca sa!e seest6 tomando as decises corretas mas ao mesmo tempo sa!eque e&istem certas decises que terão de ser tomadas e nãoadianta pensar muito so!re as consequ,ncias que a envolvem.

&el se sentiu um privile*iado apenas de estar ali. 1ais aindade ser o escolhido para aquela per*unta inse*ura.

- >o&e, voc, di#?- m dia.Ele sentiu o coração amolecer. A *arota 7 sua (rente era tãoespecial mas tão especial que ele sentiu medo de não ser

capa# de ser a pessoa certa simplesmente de merecer estarali.- Assim que voc, estiver preparada ele disse deva*ar.- Eu não quero estar preparada. Acho que nunca vou estarpreparada. /or isso eu quero que voc, me surpreenda..." coração dele tam!ém !ateu acelerado. /elo sa*rado'riador aquela menina era lindaD Era uma !ele#a simples

mas ao mesmo tempo pro(unda. Era uma !ele#a que re(letiano e&terior o que o interior tinha de melhor.- 3a!e... eu sei que voc,s...

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- -5s? ela per*untou descon(iada.- C... *arotas...- 'erto ela rela&ou.- Eu sei que voc,s acreditam que n5s...

- arotos?- C... ele riu. Eu sei que voc,s acham que n5s costumamoster o total controle nesse tipo de situação e sei que n5s até

mesmo *ostamos de parecer que temos esse controle masnem sempre n5s podemos nos mostrar tão se*uros quantoparecemos querer demonstrar...- E depende do qu, essa inse*urança?- =o valor da outra pessoa.- Bom n5s... ela sorriu ... sonhamos com pr)ncipes ecavalos !rancos. 3onhamos em tocar estrelas e assim comosemideuses amais sermos esquecidas...- Eu sei. C isso que nos d6 receio...- Hoc, tem... receio com relação a mim?

- 1uito.- Então... isso quer di#er que eu... tenho valor pra voc,?Ele !alançou a ca!eça duas ve#es olhando um poucoassustado para ela. E nos olhos dele ela via a con(irmação daresposta o que era muito mais importante do que as palavrasque não eram ditas. E o mais interessante daquela cena eraque na inse*urança dele ela *anhava a se*urança que todamulher sonha encontrar em um homem.Ele concluiu>- +anto valor que em al*uns momentos não sei se sou di*no...- 3a!e 7s ve#es (ico pensando que ainda que voc, (osse ople!eu mais po!re do mundo ainda assim voc, seria umpr)ncipe.

- Eu acredito. Hoc, não é a ple!eia mais po!re do mundo masveo em voc, no!re#a.

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1aria :anson a!raçou (orte &el Bran(ord para não chorar na(rente dele. &el como todo homem diante de uma e&pressãopura de sensi!ilidade (eminina sorriu um riso di(erente. mriso de satis(ação mas um riso de quem acredita que vale a

pena viver apenas por momentos como aquele."s rostos dos dois roçaram um na pele do outro e ela sentiu a!ar!a rala dele. Ele inspirou (undo e sentiu o !om cheiro quevinha dela. L6!ios se tocaram e o mundo daqueles ovensparou para eles por um instante.-o alto... !om... no alto a velha e romJntica estrela de BlaKecomo sempre pulsava (orte e e&citante como um !rilhante

coração.

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Foão :anson estava em choque. /era) voc, t6 me dei&ando con(usoD /ara ele como para

todo *aroto e di*o tam!ém todo homem e até todo idoso eradi()cil a!sorver a (orma direta como a psicolo*ia (emininaencarava aquele tipo de situação. +ipo... d6 pra voc, repetir?- "ra essa FoãoD disse a sempaci,ncia. ;ual (oi a parteque voc, não entendeu?- 'ara voc, t6 (alando sério? 1as... do tipo sério mesmo?Ariane estava visivelmente constran*ida por tudo aquilo terde estar partindo dela e pelo modo como Foão prolon*avaaquele constran*imento. -a ca!eça dela era  ele  quemdeveria ter (eito a proposta e com um !uqu, de (lores nasmãos inclusiveD- "ra se voc, não quer então di# lo*oD ela disse invocada.- Ei calmaD -ão precisa (icar nervosaD Eu s5 per*untei se...

- -ão tem nin*uém nervosa aquiD ela *ritou !ome&tremamente nervosa. E quer sa!er? Esquece o que eudisse...

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Ela se*uiu irritada na direção da casa. A!riu a porta escutandoainda ao (undo o ovem :anson di#endo>- Ariane espera p<D Ariane...E !ateu a porta violentamente enquanto ele di#ia em um

sussurro que s5 ele podia escutar>- 1as eu quero...E Foão :anson (icou ali olhando a!o!alhado para a porta(echada assustado mais do que qualquer outra coisa.Assustado com os sentimentos dentro de si. Assustado com asreaçes que esses sentimentos provocavam.Assustado com as reaçes que eles ainda iriam provocar.

3

/or que voc, est6 (a#endo isso comi*o? Liriel per*untouem choro.- /orque eu preciso que voc, desperte.

- Eu não consi*o... por (avor...- a!!iani o que voc, é capa# de (a#er s5 tem duase&plicaçes> ou voc, é uma !ru&a ou voc, (oi tocada.

Ela !alançou a ca!eça ne*ativamente. -ão porque nãoconcordasse mas porque não tinha condiçes psicol5*icaspara concordar com qualquer ar*umento que a impedisse deser solta.- E voc, não é uma !ru&a... ele continuou.- Eu não consi*o...Ele (oi até pr5&imo a ela e disse em seu ouvido>- Então voc, vai morrer de (ome...- /or (avor...- /ara de se (a#er de po!re coitada a!!ianiD /ara de ser

v)tima da circunstJnciaD- ... por (avor...

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A maçã com a (aca em cima tremia. 3nail sa!ia que elapoderia me&,la apenas seu receio a impedia. m receio queela precisava perder.- +ra# aquela maçã a!!ianiD

- Eu não consi*o seu malditoD3nail sentiu a cadeira onde ela estava presa  tremer  com o *ritodela. =epois reparou que as cortinas se movimentaram./ouco mas se movimentaram. +alve# (osse mais um sussurrodo vento.+alve# não.- Hoc, vai me&er aquela maçã com aquela (aca e sa!e por

que voc, vai a!!iani? /orque se voc, não (i#er voc, vaienver*onhar essa sociedade secreta que a escolheu parareinici6laD Hoc, vai enver*onhar sa!ese l6 qual sea aentidade que lhe tocouD3nail perce!eu que os vidros das anelas começaram   também a!alançar. As cadeiras pr5&imas começaram a ran*er. As

correntes a estalar.- E voc, vai me&er aquela maçã porque do contr6rio voc, vaienver*onhar o so!renome que temD o tom de vo# iaaumentando *radativamente de intensidade. Hoc, vai me&eraquela maçã Liriel a!!iani porque se não (i#er estea ondeestiver o in(eli# do seu pai... vai sentir... ainda mais...ver*onha... de... voc,D

- Che2aE 3nail (oi arremessado para tr6s com a viol,ncia de umencontro com um mamute em movimento. 'adeiras velhasarrastaramse pelo chão. Hidros se espati(aram. 'ortinassu!iram e desceram como se al*uém as tivesse estendido.ma delas se soltou e dei&ou entrar a lu# do luar no am!iente

escuro. A maçã e a (aca (oram parar do outro lado pr5&imosao palanque improvisado. 1as o mais impressionante (oi que

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uma parte da corrente que prendia Liriel se /A+G (eitovidro.3nail estava ca)do no chão assustado com a intensidade da(orça que ele pr5prio havia provocado.

- -unca... ela disse com uma vo# que não parecia a dela.Ainda era dela mas não parecia. ... nunca cite a lem!rançade meu paiD Ele era homem *rande demais para estar naspalavras de outros menores como voc,D- Eu acredito. E voc, s5 prova que precisamos um do outro.Eu preciso de voc, para me audar a reestruturar essasociedade voc, precisa de mim para atin*ir o potencialm6&imo que possuiu...- Eu não preciso de voc,D- A %ltima ve# em que disse isso eu tive de cortar um !u(ãopintado com um olho na testa para impedir que voc, (ossemorta...- /or que depois do que voc, (e# comi*o hoe eu con(iaria

em voc,?- /orque eu lhe revelei minha (raque#a.- E qual seria?- A mesma que a sua.:ouve uma pausa. Liriel me&eu a maçã até si e mordeu um*rande pedaço. =epois !alançou a ca!eça positivamente duasve#es.En(im ela havia compreendido.

3!

&el Bran(ord suspirou (undo enquanto molhava o pr5priorosto em uma !acia com 6*ua. Estava em seu quarto e

o!servava o nascer do sol através da sacada. 3a!ia que aqueledia era um dos mais e&citantes de toda sua  criaç-o  e

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esperava que estivesse não apenas pronto para ele comotam!ém capacitado para a responsa!ilidade que carre*aria.Era o dia em que desco!riria o advers6rio que en(rentaria empouco tempo. 1al havia dormido o que não deveria ser um

!om sinal para um pu*ilista mas tam!ém não se sentiacansado pelo contr6rio. 3entiase a(oito. A tensão e aadrenalina que vinha com ela 6 percorria seu sistema internoe ele aos poucos 6 se movimentava de um lado a outro paradescarre*ar um pouco aquela sensação." (ato era que &el sa!ia o que estaria em o*o. -ão setratava apenas de um campeonato de pu*ilismo$ tratavase de

uma disputa de poder. ma Era -ova estava sendo iniciadano "caso e al*umas di*resses pol)ticas 6 haviam sedesenhado. /odiase esperar muitas coisas dessa Era queestava sur*indo mas a pa# não parecia uma delas. einosiriam disputar o poder de poder ser o mais (orte$ l)deres teriam

de provar que  ainda  tinham poderio para manter sua

liderança$ sistemas de *overnos seriam questionados eideolo*ias seriam postas em em!ate.Aquele torneio seria uma prévia. -ão seria um torneio quetestaria a (orça dos melhores homens. 3eria um torneio quetestaria a (orça das melhores naçes.E &el Bran(ord era Ar#allum.Enquanto pensava em coisas do tipo e se e&ercitava por contapr5pria !ateram na porta duas ve#es.- Entra... ele disse sem se voltar para a entrada do quarto.A porta a!riu e um imenso troll colocou uma parte do corpopara dentro o que é um coment6rio muito su!stancial em setratando de trolls. "!servou &el a*itado movimentandosecomo se estivesse dançando passos que lem!ravam o

pu*ilismo com uma toalha ao redor do pescoço e os ca!elosmolhados.- /ronto? per*untou o troll em seu altivo po!re.

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- =esde o dia em que dei meu primeiro soco...1uralha concordou e saiu. Estava acostumado a ver seuprote*ido sempre sorridente e !emhumorado. Até mesmodurante as lutas por mais arriscadas que (ossem aquele rapa#

costumava se manter descontra)do diante da vida. 1as nãonaquele dia. Ali ele estava diante de um ovem centradoconcentrado e con(iante. m ovem que havia passado pormuitas coisas recentemente$ situaçes (ortes que aumentarama (orça de seu esp)rito e aceleraram seu amadurecimentocomo ser humano e como representante de uma nação. Era um

 ovem que !uscava (orça e con(iava nessa (orça para um

amadurecimento.m ovem que era o e&ato re(le&o da nação que representava.&el o!servou um imenso quadro pintado com o rosto do paina parede. /ermaneceu se*undos o!servando o olhar da(i*ura. E então !ateu (orte tr,s ve#es no peito. Apontou paraa tela. E saiu.

" salão de re(eiçes 6 estava a*itado naquele in)cio demanhã. -ão era apenas o primeiro pr)ncipe que havia se postode pé muito mais cedo do que precisaria praticamente quasetodos os representantes de seus einos ou ao menos os queainda estavam hospedados no rande /aço (i#eram o mesmo.As serviçais serviam pão cereais hidromel e sucos dediversas (rutas.

Apesar de estar relativamente cheio o local poucos se(alavam naquele dia. &el mordeu um pedaço de pãoenquanto se lem!rava da luta que o (i#era che*ar até ali. Aluta contra noll. A luta em que havia su!ido ao ranKin* A ese candidatado como representante de Ar#allum 7 disputa do/unho =e erro. 3e*uindo as re*ras qualquer outro do

mesmo ranKin* poderia ter tam!ém se candidatado 7 va*a oque *eraria uma disputa interna entre os candidatos. ;uando

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&el Bran(ord conse*uiu o ranKin* e se candidatou porémtodos os outros candidatos retiraram a candidatura.+odos menos um.A hist5ria desse imenso !rutamontes que ousou desa(iar o

pr)ncipe eu prometo que um dia ainda contarei a voc,$ apenasnão posso parar este momento para isso. " que importa nestemomento é que enquanto &el se preparava 1eliosotreinador do pr)ncipe e anti*o campeão hoe um senhor derespeito e compet,ncia untouse a ele na mesa enquanto opu*ilista masti*ava seu pão e !e!ia um concentrado suco 7!ase de uva.- Andei o!servando ainda pouco um de seus poss)veisoponentes...- ;ual deles?- " tal pu*ilista de BrUe.- Eu nem sa!ia que e&istiam pu*ilistas em BrUe.- -em eu.

"s dois riram. Acontecia que BrUe era o eino da !ele#a e dasartes. /ara quem vinha de (ora realmente era muito mais (6cilpensar em encontrar m%sicos pintores e poetasprincipalmente poetas saindo pelas *avetas de l6 mas não*uerreiros arqueiros ou pu*ilistas. /ara se ter uma ideia a(am)lia real de BrUe era composta de do#e princesas. +odaselas damas que repudiavam qualquer coisa que não

vislum!rasse !ele#a e que sonhavam com casamentos quelhes trou&essem artistas em ve# de *uerreiros.- E o que voc, achou do sueito?- Ensinaram o cidadão a prote*er apenas um lado do rosto oué s5 isso que sua inteli*,ncia conse*ue acho. -ão sei achoque em Brée um homem que conse*ue er*uer os !raços 6

deve ser considerado um pu*ilista.- =6 um desconto pro cara. Ele deve ser escritor...- Acaso 6 viu al*um escritor entrar em rin*ues de lutas?

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- Bom deve e&istir al*um...- +alve# mas não hoe.&el !alançou a ca!eça. -ão estava preocupado com seusoponentes iniciais. Estava preocupado com os oponentes que

en(rentaria nas (inais do torneio. "s (racos seriam eliminadoslo*o de cara. E o que dava o (rio no est<ma*o era a d%vida desa!er se realmente merecia seu lu*ar dentre os (ortes.- Eu vi sua luta...&el saiu do transe em que estava e notou um ovem pu*ilistana sua (rente olhando para ele enquanto tam!ém masti*avaum pedaço de pão mas que !e!ia com leite. " rapa# não

deveria ter mais do que sua pr5pria idade e&i!ia a sa%det)pica de um pu*ilista mas tinha a pele !ron#eada e osca!elos mais escuros.- /erdão...- Eu disse que vi sua luta. A que o trou&e até aqui...- Ah voc, me viu nocautear noll?

- -ão. Eu vi a outra luta...&el quando entendeu o que o rapa# estava lhe di#endoarre*alou os olhos e a!ai&ou o tom de vo# (alando quase emsussurro>- Est6 (alando sério? Hoc, estava l6?- Estava. A luta (oi para poucos espectadores mas... voc,sa!e... pu*ilistas sa!em dessas coisas...

1elioso !alançou a ca!eça. :avia simpati#ado com o rapa#.+odo treinador *osta de conversar com praticantes  de!erdade.- Eu não sei se 6 (omos apresentados antes... disse &el.- -ão (omos. Eu sou Pilliam. epresento o eino de seu tio+ércio Bran(ord.- Hoc, é o lutador de '6lice? havia surpresa da parte dopr)ncipe.

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- 3ou. 1e candidatei antes que enviassem o !ichano com!otas... "s tr,s riram.- F6 pensou em um ne*5cio desses? " que mais (altariatra#erem para um rin*ue?

- 1ulheres disse o treinador.&el er*ueu as so!rancelhas concordando. Pilliamaproveitou a dei&a>- Gnteressante o senhor citar isso. 3a!e que ando pensando emidéias malucas como essa?- 1ulheres no rin*ue? ;uem pa*aria para ver um ne*5ciohorroroso desses? per*untou o treinador.- 1as a) é que est6D Elas não lutariam no rin*ue...- E lutariam onde?- Em traes m)nimos na lama."s dois se olharam pensativos um tempo com aquele olhar depor que nin*uém nunca pensou nisso antes? e !alançaram aca!eça.

- :um... eu pa*aria uma (ortuna para ver um ne*5cio dessesD disse &el.- 6D Escutem o que eu di*o> deem seu dinheiro para vermulheres (a#erem coisas mais interessantesD Est6 para e&istirmulheres que mereçam campos de !atalhas... a(irmou ovelho treinador.- Hoc, di# isso porque não conhece o novo capitão da uarda

eal disse &el.- -ão me di*a que é uma... disse Pilliam.- LindaD E lhe cortaria a *ar*anta antes que pudesse iniciar uminsulto. Pilliam (e# uma e&pressão de d%vida. E voltou amasti*ar o pão.&el que havia terminado o seu levantouse.

- Bom... Pilliam né?" rapa# concordou. &el concluiu>

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- Eu vou me encaminhando a*ora pois n5s dois sa!emos quenão é aconselh6vel pu*ilistas se conhecerem antes de umtorneio não é?- C verdade. 1as não se preocupe com o meu lado Alte#a. 3e

n5s nos cru#armos durante o torneio não tenha d%vida de quevou dei&ar seu rosto irreconhec)vel para as damas que lhetratarem depois.&el riu alto que!rando um pouco aquela e&pressão (echadaque mantinha desde o amanhecer.- -ão meu ami*o. Hoc, apenas vai tentar...

&el esticou um punho (echado. Pilliam tocou seu punho no

dele em um comprimento de pu*ilistas. " pr)ncipe e seutreinador 6 estavam saindo do lu*ar com e&presses !emhumoradas quando &el avistou An)sio Bran(ord entrando nosalão. Eles cru#aram olhares. E a e&pressão !emhumorada dopr)ncipe voltou a se (echar.

3"Ariane estava se olhando de (rente no %nico espelho quetinham naquela casa." espelho ali6s deveria estar no quarto da mãe mas elahavia tra#ido para o seu. Era um espelho pequeno quadradodo tamanho de um rosto. A menina naquele momento viravao espelho em diversos Jn*ulos para ver melhor detalhes deseu pr5prio corpo. Hestia apenas um curto vestido 6 velho edes*astado que !atia acima de seus oelhos e que ela usavaapenas para dormir.As e&presses da menina eram meio di()ceis de tradu#ir$ poral*umas ve#es pareciam satis(eitas mas na maioria delas não.

Al*umas ve#es parecia impaci,ncia$ outras irritação. "utras(rustração. Ela pu&ou um pouco a parte que lhe co!ria otronco e olhou para !ai&o para ver os pr5prios seios.

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oi quando Anna -arin entrou no quarto.

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- ;uerida eu... Anna se surpreendeu com a posição deAriane o!servando o pr5prio corpo. Est6 tudo !em meuamor?

Ariane escondeu o espelho colocando o !raço para tr6s comose estivesse praticando um crime com o ditocuo.- Est6 sim. /or que mãe?- -ada querida. Eu s5 estou per*untando..." humor de Ariane que 6 não estava nada !om pareciapiorar a cada momento.- -a verdade mãe 6 que voc, per*untou não est6 nãoD- -ão? a mãe (icou surpresa. 1as por qu, minha (ilha?- /orque eu não concordo mais com esse ne*5cio de voc,a!rir a porta do meu quarto sem !ater antesDAnna -arin (icou muda. A#uilo era al*o completamente novo einesperado para ela.- 'omo é? per*untou a mãe.

- C isso que eu disseD Eu acho que eu preciso ter o meuespaço...Anna -arin estava com os olhos arre*alados diante daqueleser pouco humorado e de (irme#a nos ar*umentos. oi quandoAnna perce!eu então que o em!araço de sua (ilha estava no(ato de estar...  envergon'ada diante dela. A sua (ilha aquela queela havia vestido calçado doutrinado e alimentado de

repente... sentiase em!araçada diante dela.- 1as minha (ilha voc, não precisa ter ver*onha da sua mãeDEu sou sua ami*aD- -ão é questão de ter ver*onha mãeD -ão é issoD A questão éque eu não sou mais aquela criança que voc, dava !anhoquando era pequena. Hoc, tem de aceitar que eu cresci+

- 1as... mas...- Eu 6 (i# tre#e anosD 3a!e o que isso si*ni(ica?

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- ;ue eu acho que se eu 6 tenho direito de ser iniciada em umcoven de !ru&as mãe então eu tam!ém tenho direito a ter aminha privacidadeDAnna -arin a!riu a !oca e se não e&istisse a mand)!ula seu

quei&o teria ca)do no chão. Estava im5vel e com os olhosarre*alados parecendo uma est6tua de m6rmore. sando todaa (orça do mundo ela se recomp<s en*oliu a saliva comdi(iculdade concordou lentamente com a ca!eça uma ve# edisse com um sorriso (orçado> 1as é claro que voc, tem minha (ilha.Anna -arin saiu do quarto. E do lado de (ora sem sa!er se

deveria se sentir o(endida ou or*ulhosa a dedicada mãecru#ou os !raços e começou a rir sem sa!er tam!ém qual omotivo do pr5prio riso.

3#

Lenhadores costumam se levantar !em cedo mais até do quepu*ilistas de noites maldormidas. Gsso não era e&ceção na(am)lia :anson onde :)*or :anson tam!ém cumpria essatare(a. -aquele dia porém ele tinha uma companhiainusitada> seu (ilho Foão :anson havia insistido para aud6loem sua tare(a.- AaaahD *ritou Foão descendo o machado em um pedaço detronco colocado em pé em cima da !ase que so!rara de uma6rvore derru!ada. A lJmina desceu até o meio do toco.- espiração.Foão olhou para o pai com uma e&pressão insatis(eita. :)*or

 o*ou o tronco acertado (ora e colocou outro em pé no lu*ar.Foão nada disse apenas o!servandoo.

- " seu pro!lema é a respiração errada.Foão continuou calado o!servando o pai. :)*or sa!ia que seu(ilho (alava pouco e o!servava muito. Admirava aquele eito

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do (ilho$ sentia um or*ulho danado ali6s. Evitava demonstraresse or*ulho para não amolecer o *aroto. 1as tinha noção dopotencial daquele menino.- ica do meu lado...

Foão (icou. :)*or er*ueu o machado.- ;uando voc, (i#er este movimento voc, deve inspirar...Foão copiou o movimento com o machado e encheu o pulmão.

- A*ora voc, prende um pouco e sente o ar correndo dentrode voc,. Gsso é (orça...Foão prendeu a respiração e (echou ainda mais a e&pressãoconcordando.- E então voc, (i&a seu ponto e e&pira em uma s5D AssimD e:)*or desceu o machado com tanta viol,ncia que a lJmina!ateu no tronco da 6rvore que servia de !ase separando otoco de madeira em dois.Foão !uscou outro toco de madeira para tentar de novo.

- /ai é impressão minha ou voc, perdeu seu  anel de

lenhador7" anel de lenhador era dado a todo novo lenhador aceito emum *rupo (ormado. Era como o adereço de um sindicato$ eraum s)m!olo de (orça de um *rupo e do que aquele ser humanoera parte. 3empre eram dados em dupla para que a se*unda

 5ia (osse presenteada a uma alma *,mea e re(orçasse o

si*ni(icado de fam1lia que ele tra#ia."!viamente naquela (am)lia EriKa :anson possu)a o outro.

- -ão ele est6... emprestado apenas.:)*or se a(astou e sentouse ao pé de outra 6rvore. Foãoestranhou a resposta mas antes que per*untasse al*o mais opai se antecipou di#endo>

- 1as então... disse enquanto se sentava e acendia umci*arro improvisado de palha. ;uando voc, vai me di#era(inal?

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- =i#er o qu,? per*untou Foão tentando dis(arçar o 5!vio.- " motivo de voc, ter vindo me acompanhar hoe.- Eu sempre acompanho voc, quando não tem aula...- Ah isso com certe#a. 1as no dia em que se inicia o sorteio

das chaves do /unho =e erro? -ão a) não...Foão :anson riu sem eito.- C tão 5!vio assim?- Eu conheço voc, h6 quantos anos Foão :anson?- 'ator#e.- 'ator#e anos. " su(iciente para sa!er que voc, meacompanhou hoe porque quer me di#er al*uma coisa. E se

voc, teve o tra!alho de vir até aqui para me di#er al*umacoisa é porque não queria di#er na (rente da sua mãe e da suairmã. Gsso me leva a duas concluses> ou voc, (e# al*uma!esteira das *randes ou voc, quer conversar assuntos dehomem...Foão :anson (icou em!as!acado com o racioc)nio do pai. Era

um homem r%stico anal(a!eto e na maioria das ve#es r)spidoe !astante duro na criação dos (ilhos. 1as ainda assimnaquela ri*ide# era um homem admir6vel.Foão não tinha d%vida de que se era um *aroto de racioc)nior6pido era porque teve a quem pu&ar.- +6 certo pai. C meio que os dois...E Foão er*ueu o machado tentando se concentrar na

respiração.- /apo de homem unido a *randes !esteiras? disse :)*orap5s uma !a(orada. F6 sei então o que é... o pai riu. 1ulheres.Foão :anson desceu o machado tão surpreso que errou otoco.

- Acertei né?" ovem :anson suspirou.C...

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- 1anda então...- Bom... sa!e... é que... p< paiD Eu não entendo as mulheresDEu não consi*o entender como (unciona a ca!eça delasD'araça uma hora elas elo*iam voc, sorriem até lhe !eiam

no rostoD A) no outro elas choram mandam voc, em!ora eaté !atem a porta na sua caraD E não é nem de um dia prooutroD Elas mudam de humor de uma hora pra outraD 1ee&plica isso paiD:)*or :anson riu alto mas muito alto mesmo com o pedidodo (ilho.- Ai... ai meu 'riador... disse recuperando o (<le*o. ;uer

di#er que voc, acha que vai  realmente  entender isso tudoum dia?- -ão vou? per*untou Foão !em surpreso.

- ?unca. Hoc, vai morrer sem sa!er.- 1as... por que é assim pai?- /orque a *raça é essa. /assar a vida tentando desco!rir.

Hoc, 6 pensou que mundo tedioso seria se elas (ossem comon5s?Foão apoiou o peso so!re o machado usandoo como uma!en*ala improvisada.- C... pode ser.- 3e s5 e&istissem homens no mundo *aroto o mundo 6 teria

aca!ado. C preciso a sensi!ilidade (eminina. Elas são maissens)veis mesmo sa!e? -5s somos !rutos usamos muita(orça queremos resolver tudo no tapa.- Ah nisso elas tam!émD Elas pu&am ca!elo e metem a unhana cara e...- Ah mas nada que se compare com espadas (lechas ecanhes. E elas *eram vida. Hoc, 6 pensou como deve ser

isso?- -em ima*ino.

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- -em eu porque n5s homens parecemos ser capa#es de s5*erar morte. Além do mais não se preocupe com o mauhumor delas. +em... dias em que elas (icam assim sa!e?- -ão entendi.

- Bom eu !em que *ostaria de lhe e&plicar melhor mastam!ém não sei e&plicar como (unciona isso. 3implesmente

e&iste uma semana em que elas  precisam  estar malhumoradas sa!e? Acho que se não (or assim sei l6 elas...morrem entendeu?- Eu nãoD ;ue troço malucoD /or que al*uém iria precisar (icarmalhumorado todo m,s pra não morrer?- 3e eu sou!esse o porqu, eu seria uma mulher caceteD"s dois riram. Foão er*ueu o machado. Gnspirou. =epoisdesistiu do *olpe para (alar>- 1as... sa!e... eu tenho mais d%vidas... ele continuava aparecer em!araçado.- 1anda...

- +ipo... p< pai por que a minha vo# (ica (alhando de ve# emquando? ;ue sacoD Eu tento (alar *rosso e ela sai (ina v6riasve#esD e Foão 6 que havia começado a (alar resolveu chutaro !alde de ve#. /or que eu não tenho !ar!a i*ual a voc,? Epor que dia!os demora tanto para nascer ca!elo em!ai&o domeu !raço? " Al!arus l6 da Escola 6 tem o do!roD " do!roque euD:)*or voltou a rir. Era interessante o!servar de (ora d%vidasque se tornaram tão importantes em épocas passadas.- Gsso vem so#inho *aroto. epare que :i*or nuncachamava Foão :anson de (ilho. Ele pre(eria usar termoscomo *aroto rapa# ou usar o nome pr5prio de Foão. F6reparou seu maldito tamanho atual comparado com o do ano

passado? /arece que voc, do!rou de tamanho em um anoD Eutam!ém não sei como (uncionam essas coisas mas é assimDHoc, simplesmente cresce e vem com tudo isso unto.

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- Então os pelos em!ai&o do meu !raço vão crescer?- 1as é claroD A sua vo# vai en*rossar seus m%sculos vãoaumentar vão crescer pelos até no seu peitoD- Ah eu sa!iaD Eu sa!iaD Eu disse pro Al!arus que isso ia

acontecerD Eu disseD 1as ele disse que s5 iam crescer pelos naminha mãoD- E por que cresceriam pelos na sua mão rapa#?- /orque... ora porque... !om dei&a eu cortar a madeira quevoc, est6 me desconcentrando toda hora eu heinD /arece quenão quer que eu consi*a...:)*or :anson !alançou a ca!eça satis(eito e voltou a (umar

seu ci*arro de palha. +ossiu um pouco. Foão er*ueu omachado e inspirou (undo.- 1as quer sa!er o que eu acho? per*untou o pai enquanto o*aroto ainda estava com o machado er*uido. Foão sentiu o arpreso correndo por dentro de si. "!servou o toco de 6rvoretraçou sua meta e escutou a vo# do pai> Hoc, devia parar de

enrolar e conversar sério de uma ve# com Ariane..." machado desceu com tanta viol,ncia que a lJmina dividiuo toco em dois e se cravou na !ase da 6rvore cortada com umaintensidade que seria até di()cil pu&ar depois. Foão permaneciaassustado. ma parte pela pot,ncia do *olpe. 1as a maiorparte pelo conselho do pai.- EiD Foão protestou. Eu não disse que meu pro!lema era

com ela... disse tentando demonstrar se*urança.:)*or apenas sorriu mais uma ve#.- 'ator#e anos Foão :anson. 'ator#e anos...

40

" mundo 6 era Ar#allum." centro de Andreanne começou a se a*itar. As horas estavamse passando e a multidão se encaminhava para o local onde

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aconteceria o sorteio das chaves de lutas do espet6culo maisa*uardado do ano. /ara comportar a multidão local e osvisitantes de outros locais o lu*ar escolhido (ora a Arena deHidro. -in*uém sa!ia por que motivos a Arena (ora !ati#ada

com esse nome a(inal de vidro não tinha nada. -a verdadeeu sei sim o motivo mas como não me lem!ro e não veo porque ele seria relevante podemos se*uir para o que realmenteinteressa." local era *rande e servia de arena para torneios como os depu*ilismo e de ustas ou outros o!etivos (estivos queinteressassem aos planos reais. 3ua arquitetura era

arredondada composta de diversos de*raus de concreto queserviam de arqui!ancada. Estimavase que a Arena uma dasmaiores do mundo possu)a capacidade para a!ri*ar cento ecinquenta mil pessoas. =entro da arena ou apenas nos poucosde*raus acima locali#avamse as arqui!ancadas no!res quese*uiam o mesmo esquema de qualquer lu*ar. Além da

posição *eo*r6(ica o di(erencial desses lu*ares era quepossu)am proteçes superiores a(inal nin*uém iria querer verum ei e seus convidados torrarem em um sol de rachar ousa)rem espirrando da arena ap5s um dia de chuva não é?=ependendo do espet6culo crianças eram permitidas.-aquele dia não. A não ser claro com autori#ação especialou arrumando um eito de !urlar os *uardas na entrada coisa

que al*umas sempre conse*uiam mas a maioria não. :aviaoutros eventos para elas porém principalmente em uman(iteatro montado em outro setor (ora da arena principal masdentro da pr5pria Arena de Hidro.=o lado de (ora o mercado in(ormal ple!eu (ervia com ache*ada de milhares de estran*eiros$ pessoas que vinham de

todo lu*ar do continente e que tra#iam prata e ouro. :avia!arracas armadas que vendiam comidas locais t)picas ou nemtão t)picas assim. :avia !arracas que vendiam lem!ranças de

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Andreanne. :avia mulheres que se*uravam os pulsos dosturistas com mãos que pareciam *arras e uravam pelo 'riadorque conse*uiam ler o (uturo nas linhas das mãos das pessoas.:avia até mesmo desocupados que co!ravam um princ,s ou

dois para o!servar os cavalos ou carrua*ens dos visitantes.Bom na verdade eles não co!ravam eles pediam umacola!oração mas era melhor dar al*uma coisa a eles do queencontrar no (inal seu cavalo marcado com al*uma lJminaaquecida em (o*o não é?A cada hora o trJnsito de pessoas parecia do!rar. " tempoestava cola!orando e (a#ia um dia de sol (orte. " comércio e

dessa (orma o povo estava (eli# e isso era !om depois dostempos som!rios que Ar#allum havia passado e que esperavater dei&ado para tr6s. "s *uardas estavam a postos e ase*urança estava sendo !em(eita na medida do poss)vel pelauarda eal. " porto de Andreanne continuava a rece!erpessoas que vinham por mar e o culto ao !rasão de Ar#allum

o culto que nasceu com /rimo Bran(ord e continuava a serincentivado por An)sio estava l6.Esse culto tinha um nome> &el +erra Bran(ord.A responsa!ilidade daquele rapa# de de#essete anos era*rande. /ara que voc, tenha uma ideia dessaresponsa!ilidade ali6s me d, a sua mão mais uma ve# econ(ie em mim. Hamos n5s dois para o centro da praça em

(rente 7 Arena de Hidro para que voc, se sinta l6 dentro eentenda o que &el Bran(ord si*ni(icava para Andreanne edessa (orma tam!ém para Ar#allum naqueles tempos.A!ra a mente ima*ine e visuali#e comi*o. Hamos no seutempo. E um. E dois.E tr,s.

ma praça com chão de terra. Hoc, est6 no centro dela e euestou ao seu lado. -ão se preocupe eu estou ao seu lado.Hoc, escuta o murmu rinho das pessoas. E&istem vo#es e

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mais vo#es. 1uitas vo#es. E&istem pessoas querendo vendercoisas. ;uerendo vender comida. ;uerendo vender serviços.;uerendo vender até a si pr5prias. As pessoas passam aonosso redor a*itadas. +odas elas se*uem na direção da Arena

que est6 atr6s de voc,. 3ão centenas de roupas di(erentes>al*umas se vestem de modo simples$ outras com mais possede modo so(isticado. Em al*um lu*ar uma criança chora nos!raços de al*uém. Adolescentes riem. As pessoas andam econversam e conversam. Hoc, escuta as solas se arrastandono chão de terra. Hoc, perce!e crianças sem camisa edescalças correndo uma atr6s da outra em !rincadeiras

in(antis. Hoc, v, um *rupo de meninos sem camisa comataduras nas mãos simulando lutas de pu*ilismo. Hoc, escutao crepitar de al*o sendo co#inhado ali na hora. Hoc, escutapessoas (a#endo apostas.A*ora voc, se vira e em ve# da praça voc, olha para aArena. H, como ela é imensa e como voc, se sente pequeno

diante dela. /erce!a como aqui quando n5s não constru)mosmas  tocamos  no éter ela é muito maior do que voc,poderia ter ima*inado. "u pelo menos é do tamanho da suaima*inação. As pessoas (ormam lon*as (ilas para conse*uirsuas entradas para as lutas enquanto *uardas tentam manter ocontrole do (lu&o de pessoas. epare que cada in*resso é(ormado por um pedaço de papel com um carim!o real eaqueles que 6 o conse*uiram o a*itam como se (osse umtro(éu. " sol toca na pele das pessoas e toca na nossa e aesquenta com vi*or. " suor escorre na testa delas e escorre nanossa. Hoc, sente a pele %mida de suor. " ar mais o(e*ante. Ese sente vivo como nunca.1as estamos aqui dentro para perce!er a importJncia de &el

Bran(ord. /or isso concentrese a*ora s5 no que vou di#er.1antenha as ima*ens em se*undo plano. Eu vou isolar o resto

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dos sons e movimentos neste momento e vou rastrear apenaso que tiver relação com o pr)ncipe pu*ilista.E um. E dois. E tr,s.Em al*um lu*ar um *aroto di# que quer ser &el Bran(ord

quando crescer. =uas adolescentes di#em que *ostariam de terseu primeiro !eio com ele. +r,s *arotas mais velhas*ostariam de (a#er mais do que apenas um primeiro !eio. m*aroto de cator#e anos e&i!e um corte de ca!elo i*ual ao dopr)ncipe. -a verdade concentrandose melhor esse n%meroso!e para quarenta e tr,s *arotos s5 naquela praça. masenhora animada possui uma (ai&a na ca!eça com o nome

Bran(ord. 3eus oito (ilhos tam!ém. ma ovem de vinte ecinco anos e&i!e uma tatua*em com o nome completo dopr)ncipe. "utra e&i!e o rosto dele na pr5pria pele. m artistaest6 posicionado em um canto da praça e&i!indo quadros quepintara do pu*ilista. Ao redor dele de#enas de pessoasadmiram o tra!alho e comentam so!re como as pinturas

lem!ram ou não o her5i nacional. =uas senhoras na casados setenta anos cochicham so!re a relação de 1aria :ansone &el Bran(ord e a opinião so!re am!os 6 terem dormido

 untos ou não. =uas crianças de de# anos relatam a um casal

de turistas so!re o or*ulho de terem aula com a namoradado pr1ncipe. ;uatro ovens entre quin#e e de#esseis anos

anti*as companheiras de sala de aula de 1aria comentamso!re o que ser6 que o pr)ncipe viu na *arota e so!re o quantosuas pr5prias qualidades são melhores que as dela. ma sopade uma verdura verde que criança al*uma *osta de comerest6 sendo vendida como o *rande motivo pelo qual opr)ncipe *anha (orça para vencer suas lutas. A sopa est6vendendo que nem 6*ua.

E isso tudo n5s podemos ver apenas em uma primeira !usca.3e eu ou voc, nos concentr6ssemos ainda maisdesco!rir)amos o do!ro de situaçes. 'aso queira (açao e

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depois me conte o que mais desco!riu so!re &el Bran(ordnaquele momento. E quando estiver pronto toque mais umave# em minha mão e sonhe comi*o novamente. Hamos éhora de retornarmos ao mundo linear.

E um. E dois.E tr,s.

41

1aria :anson (oi pe*a de surpresa. Estava dentro de casaplaneando as aulas que voltaria a ministrar na Escola eal do3a!er lo*o que os tr,s dias de competição do /unho =e erroaca!assem e a vida em Andreanne voltasse ao normal.ostava de dar aulas para crianças e até para os pré

adolescentes pois aprendia com eles. Aprendia a manter apure#a a crescer sem perder a curiosidade in(antil pelomundo e a valori#ar coisas simples que o ser humano mal

continua a perce!er a e&ist,ncia ao lon*o de seuamadurecimento.Estava envolta em seus pensamentos quando escutou a vo#de Ariane do lado de (ora>- 1ariaaaaaD 1ariaaaaaaaaaaaaaaaaD 1ari...A porta da casa dos :anson (oi a!erta rapidamente.

- 1as que *ritaria é essa meu 'riador? per*untou uma1aria assustada.- HemD Hem ver o &elD

" nome. Ariane havia dito o nome que (a#ia as pernas de1aria :anson !am!earem o que a (a#ia acreditar que aquilo

era amor talve# pai&ão mas talve#  tam'ém  amor eprovavelmente com ra#ão.- " &el? "nde?- -a praçaD Ele t6 che*ando na ArenaD

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1aria (icou ali pensando no que (a#er. E como não se decidiaAriane (oi até ela a pe*ou pela mão e saiu carre*andoa>- Hamos l6 1ariaD Hoc, t6 toda lerda hoe eu heinDE 1aria l6 (oi *uiada pela menina pensando se estava !onita

o su(iciente ou !em vestida o su(iciente.- 1as... eu tenho de me trocar aindaD- -ão p<D A *ente s5 vai ver ele passar...1aria (oi se*uindo Ariane ainda sem sa!er se estava prontapara o que quer que (ossem (a#er. E (oi ainda ao lon*o docaminho da casa dela até a praça que a adolescente lheper*untou de uma (orma inse*ura capa# de me&er com um

coração>- 1aria... se eu (i#er uma per*unta... voc, vai ser sinceracomi*o?- E al*um dia eu dei&ei de ser?Ariane pensou. E pensou. E disse olhando para !ai&o>- -ão.

1aria sorriu.- 'onte pra mim qual o pro!lema Ariane. Eu sou sua ami*a ea*ora sou tam!ém até sua pro(essoraD 3e voc, não con(iar emmim vai con(iar em quem?- E voc, é minha )dola tam!ém...- 'omo assim? 1aria per*untou e&tremamente con(usa. Ecuriosa. /or que voc, seria minha (ã menina?- "ra essa 1aria voc,  pegou o pr)ncipeD Ariane e&clamoucomo se aquilo (osse /bvio.  -ão e&iste nin*uém neste einointeiro... di*o até mais> não e&iste nin*uém no  mundo inteiro...

acima deleD- Ariane o que é isso? 'omo é que voc, (ala assim de... e... edo... do... 1aria começou a (icar vermelha.

Ariane começou a rir.- Ai ai voc, é uma *raça sa!ia? Eu quero ser que nem voc,quando (icar mais velha...

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" coment6rio (e# 1aria parar de corar um pouco. E a*radecerao 'riador pela vida que lhe dava momentos como aquele.- -ão você que é uma *raça Ariane.- -ão... não sou ela disse desanimada. +ipo... eu acho que

até as minhas ami*as *ostam de mim sa!e? 1as são s5 elas...- 'omo assim? +odo mundo *osta de voc,D- Ah 1ariaD /< voc, entendeuD Eu não t< (alando demeninas...- Ah...1aria repreendeu a si pr5pria pela demora para processara*ora sim al*o tão 5!vio. " que meninas na pré

adolesc,ncia na adolesc,ncia na uventude e tam!ém na (aseadulta e hoe em dia até mesmo na velhice pensam? Emmeninos ou rapa#es ou homens ou senhores de respeito ecom !oa )ndole ora essaD Al*umas até nos sem isso...- Hai l6> (a# a per*unta que voc, queria me (a#er.- +6 t6 !om. C que... tipo assim... voc, acha que eu sou

!onita?- Ariane é claro que voc, é !onitaD =e onde tirou essaper*unta?- -ão p<... eu quero di#er... não !onita do tipo !onitinha

sa!e? e aqui ela (e# uma careta de noo.   Be'%s  são!onitinhos sa!e? Eu quero di#er !onita como... *ente

*rande entende? =o tipo... !onita  para meninos,  t6 meentendendo?1aria podia perce!er que havia tanto receio da resposta delaque aquele olhar arre*alado e inse*uro de Ariane não deveriater sido muito di(erente do olhar dela diante de um lo!o*i*antesco que havia lhe estraçalhado a av5.Ela parou de andar e se a*achou para (icar (rente a (rente com

sua pupila.

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- Ariane olha pra mimD Hoc,... é... lindaD -ão deve e&istir um*aroto na sua idade que não desee estar com uma meninacomo voc,.- 1as a) é que est6D a *arota cru#ou os !raços em!urrada.

3e isso é verdade então por que eu não tenho um namorado?/< 1aria tem *arota l6 na sala que tem até mais de umD

+ipo... não são namorados*namorados,  sa!e? 1as são...

tipo... ficantes exclusi!os, sa!e?

- Ah... é? 1aria estava com uma e&pressão  muitoesdr%&ula.

- Anti*amente as pessoas achavam que eu era esquisita sa!e?:oe em dia eu acho que elas não acham mais mas... eu acho7s ve#es entende?- E por que voc, seria esquisita?- Ah olha pra voc, 1ariaD " seu ca!elo é lindo voc, tem um

 eito meio... t)mido que eu acho que os homens *ostam. Hoc,(ala !em voc, tem o maior pernãoD A*ora olha pra mim> eutenho co&as (inas eu não sou alta e p<D eu mal tenho peitosDHoc, sa!e o que é isso pra uma *arota?

- 'laro que eu sei ArianeD Eu sou uma *arotaD- Ah mas não d6 pra compararD Hoc, depois que começou asair com o pr)ncipe *anhou roupas lindas dele que s5 adei&am mais !onita. As minhas são es(arrapadas com tecido

va*a!undoD Aquela 5ia que o &el deu pra voc, é... tipo...caraca a  supremacia máxima do uni!erso, t6 meentendendo? F6 os meus !rincos são de madeira são pesadossão tipo... a visão do %ltimo c)rculo de Aramis sa!e? 3imAriane era e&a*erada. 1as que *arota na idade dela não o é? /< 1aria... se voc, !otar um decote todo mundo vai olhar

pra voc,D 3e eu colocar vão rir de mim...1aria estava perce!endo que Ariane iria começar a chorar seela não (i#esse al*uma coisa. E r6pido.

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- ma ve# eu per*untei ao &el o que ele havia visto em mim.3a!e o que ele me respondeu?- " qu,?- A minha inteli*,ncia.

- Ah t6 !omD ela começou a !ater o pé no chão. Eu 6aprendi que eles *ostam de di#er isso na nossa (rente. ;uando

che*a na ta!erna a) eles (alam de tudo das mulheres menosdisso.- 'erto. 1aria riu. 1as normalmente o que um homem di#como se*unda opção no que chamou a atenção dele voc,deve levar a sério...- E o que (oi que ele disse?- " olhar.Ariane mudou a e&pressão ra!u*enta para uma e&pressãomais su!lime.- Ai que !onitoD 1as o seu olhar é !onito mesmo.- -ão dessa ve# eu não estava (alando de mim...

- E de quem voc, t6 (alando?- =o que chamou a atenção do Foão em voc,..." mundo de Ariane mudou a velocidade de rotação por ummomento.- 1aria... muita calma nessa hora oK?- "K... 1aria ria. +inha vontade de apertar as !ochechasdaquela menina até arranc6las. 1as (icou na sua.

- @uando ele disse isso?- Ele não disse na verdade. Ele escreveu. E quer sa!er? Eunem deveria estar contando isso pra voc,...E 1aria p<sse a andar sem olhar para tr6s. Ariane deu um*rito apertando os olhos e saltitando>- 1aria :ansonDDD -em pense em se (a#er de sonsaDDD

1aria sorriu. :6 um ano mal havia dado o primeiro !eio.A*ora 6 !ancava o cupido. A vida era mesmo capa# de semodi(icar muito r6pido.

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Ariane correu até ela e começou a pu&6la pela !lusa.- Hai vai> (ala maisD +ipo... onde ele escreveu isso? Equando? E di#ia o qu,? E por que voc, nunca me contou?- Ei voc, acha que eu vou dedurar meu irmão assim é? Eu 6

te disse muito...- -ão voc, não pode (a#er isso comi*oD E covardia p<D mne*5cio desses deve ser até contra a leiDAs duas começaram a rir.- /osso te dar um conselho? per*untou 1aria.- ala.- a# essas per*untas pra ele.

Ariane (icou muda. E olha que (alando de quem estamos(alando isso era um coment6rio e&tremamente di*no de nota.

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&el Bran(ord diri*iase 7 Arena de Hidro para acompanhar o

sorteio das chaves. Ao redor dele havia um n%mero incont6velde *uardas com o em!lema de Ar#allum sem contar seu*uardacostas troll 1uralha. &el não caminhava como osoutros$ estava er*uido so!re uma !ase (ormada por umacarrua*em sem teto improvisada. =istri!u)a sorrisos t)midos ese mantinha a!raçado a uma imensa !andeira de Ar#allum.Ao redor diversas de#enas e de#enas crianças corriam

 unto da comitiva. As pessoas no caminho paravam o que querque estivessem (a#endo para aplaudilo *ritar (rases deincentivo ou arremessarem (lores no caminho da carrua*em.Era poss)vel sa!er onde ele estava s5 acompanhando os *ritosdas pessoas. Al*umas adolescentes *ritavam tanto e sees*oelavam tanto que desmaiavam em se*uida (osse pela

insolação desidratação ou pela emoção de estarem tãopr5&imas a ele.

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&el pre(eriria se*uir para a Arena de maneira discreta semtodo aquele clamor. 1as sa!ia tam!ém que ele não era apenasum lutador e aquilo tudo não era apenas um torneio. 3eupovo estava (eli# seu pai deveria estar tam!ém. Ele era um

s)m!olo e isso poderia dei&6lo or*ulhoso. 1as haviaaprendido com (adas tempos antes so!re o quanto o e*o poderia estra*ar uma ornada e não se dei&ava envolver aomenos não mais na sedutora sensação de poder da qualpoderia ser tomado.rupos de meninos *ritavam>- A&elDDD A&elDDD A&elDDD com as mãos en(ai&adas como as

dele.F6 *rupos de meninas !om...- Hamos l6> um... dois... tr,s... e... 6D disse uma menina paraum *rupo com mais de duas de#enas delas.- LindoDDD +esãoDDD Bonito e... !om elas repetiamincessantemente com todo o poder de suas *oelas.

&el reconheceu aqueles *ritos. Hirouse e não se espantounem um pouco quando viu Ariane e&i!indo uma (ai&a comum coração e seu nome escrito 7 mão com tinta vermelha."utras e&i!iam a (ai&a> 'omunidade &el Bran(ord no meuquarto. Aquele era um (ãclu!e criado h6 pouco tempo(ormado por meninas que adoravam o pr)ncipe. Ele nãoestranhou nem um pouco quando desco!riu que a (undadora

do (ãclu!e era Ariane -arin. &el acenou para ela e amenina começou a !eiar o coração que tra#ia pintado na(ai&a. Ele acenou para as outras e a *ritaria não parou. Eraum escarcéu tão vi!rante e imposs)vel de ser i*norado quequem não estivesse nas ruas sa)a para ver o que estavaacontecendo. E passava a *ritar ou a aplaudir tam!ém.

E &el então viu 1aria :anson pr5&ima ao *rupo de Ariane.'omo sempre ela estava com seu eito t)mido querendopassar desperce!ida no meio da multidão.

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- "lhaD "lha 1ariaD Ele t6 apontando pra voc,D disseAriane eu(5rica.=o alto &el !ateu tr,s ve#es no peito e com a mesma mãoapontou seu indicador para 1aria :anson. Ela sem eito

diante de tantos olhares repetiu o *esto. Ao redor dela asmeninas do (ãclu!e haviam se aoelhado e er*uiam ea!ai&avam o tronco em rever,ncia 7 1aria como se (osse elauma le*)tima semideusa. ;ue é isso *ente? /arem com isso pelo amor do 'riador... ela voltava a (icar vermelha. 'rianças (oram até ela e...pasmem... pediram aut5*ra(os para a namorada do pr)ncipe.

1aria :anson s5 então se deu conta de que de(initivamentehavia alcançado o au*e de seu status de  cele'ridade  emAndreanne./ara se ter uma ideia do que (oi dito posso citar um detalheem que voc, 6 ir6 conse*uir ter a noção dessa popularidadee se não o conse*uir é porque não deve ser o or*ulho dos

seus pais> naquele ano 1aria :anson havia resolvido pentearseus ca!elos de uma maneira mais... ori*inal. 'ostumava sairprendendo seu ca!elo para tr6s em um ra!odecavalo lon*oque lhe tocava as costas mas o detalhe curioso era quesempre em uma das laterais do rosto ela dei&ava um poucode (ios para prender uma mecha !em (ina que ia um poucoalém do quei&o.8s ve#es ela trançava esse (io lateral. -a maioria das ve#esela apenas o prendia.-ão importava (osse uma (orma ou a outra o estilo estava setornando (e!re entre as adolescentes de Andreanne.&el Bran(ord avistou ao (undo a Arena de Hidro e sentiu um(rio na !arri*a. A autocon(iança (ora testada e ele se

questionou se era mesmo a melhor opção para representarAr#allum naquele torneio. -ão che*ou a nenhuma conclusão

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e&tremamente positiva so!re a resposta. 1as sa!ia que eratarde demais para desistir.

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=e novo. =ei&a eu entender novamente> voc, me amarrou metorturou me dei&ou com (ome e testou meus limites até o

ponto m6&imo. /or que voc, acha que eu rece!eria mesmoordens de voc, de novo?

- /orque se voc, não (i#er nunca vai sa!er qual o seu limite.- E quem disse que eu quero sa!er meu limite?- As suas atitudes.- ;ue atitudes?- a!!iani voc, herdou um circo (alido de um pai com oso!renome no!re em des*raça. E com o tempo voc, nãoapenas assumiu os ne*5cios como reestruturou o circo etornouo novamente lucrativo.- E isso quer di#er...- ;ue voc, (e# tudo isso pra limpar o so!renome do seu pai./ara que as pessoas se lem!rem !em dele não como umtraidor mas com um !om sentimento.- Ainda não entendo qual a relação.

- ma *arota capa# de desa(iar os piores tipos da no!re#a dene*ociar com mercen6rios de arriscar o pescoço em rou!osimposs)veis e ainda administrar um ne*5cio t)pico de homenspor uma causa dessas é uma pessoa sem som!ra de d%vidacom muita autocon(iança. Hoc, é uma pessoa que traçametas a!!iani. ma t)pica ca!eçadura que não desiste(6cil...

Liriel (icou quieta.

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- Hoc, é uma pessoa que se leva ao limite m6&imo todos osdias. 1as como toda *arota voc, tem elementos que adei&am (r6*il. Hiol,ncia é uma delas. A principal ali6s.Liriel permaneceu quieta.

- Lo*o é compreens)vel que voc, não e&plore o dom que tempor receio. ;ue voc, tenha medo de se (erir ou de (eriral*uém. 1as a oportunidade que voc, est6 tendo a*ora édi(erente...- /or qu,?

- /orque eu estou aqui para *arantir a voc, a proteç-o  que

voc, nunca teve nesse caso. E além do mais ainda e&iste um(ator em que voc, deveria pensar...- ;ue seria...- 3e voc, sem querer aca!ar machucando al*uém semsom!ra de d%vida Mcom trocadilhos por (avorN esse al*uémserei eu...Liriel a!!iani começou a *ostar daquela proposta.

44

1aria :anson tentava não entrar em colapso.:avia in*ressado na arena da Arena de Hidro ao lado de seueterno pro(essor 3a!ino von )*aro. "s camarotes onde

(icavam as (am)lias reais tinham poucos assentos e osconvidados do ei e das comitivas tinham de participar doespet6culo da se*unda visão mais privile*iada> dentro dapr5pria arena ao redor do rin*ue armado e ao lado das pessoasconvidadas ou que pa*avam in*ressos mais caros. 1ariaolhava para o alto o!servando as arqui!ancadas cada ve#mais cheias e tudo aquilo a assustava um pouco. -aquele dia

como se tratava de uma cerim<nia de sorteio de chaves

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apenas os portes (oram a!ertos ao p%!lico e por isso aArena não parava de encher.- -ossa pro(essorD -unca ima*inei que cou!esse tanta *entena Arena.

- =enhorita >anson, n-o é A toa que de!emos  nãoacreditar em nada do que se escuta e apenas na metade do quese v,.- Ai pro(essor...- " que voc, tem?- -ão sei. Eu estou... nervosa.- /or voc,?/er*unta capciosa. 1aria (icou sem eito mas como todomundo 6 sa!ia de seu relacionamento mesmo não tinha porque ne*ar.- /elo &el.Ela perce!eu que 3a!ino mudou a e&pressão. icou mais...sério talve# até mais pensativo mas este coment6rio nunca é

tão relevante porque 3a!ino sempre est6 pensativo.- 1aria... e aqui ela notou que a mudança de e&pressão tinhasi*ni(icado. /ara 3a!ino não cham6la de senhorita :ansonera porque o papo era sério. Hoc, sa!e que voc, é uma

 ovem que o 'riador tocou dentre milhares que *ostariam deestar no seu lu*ar não é verdade?- 3im. Eu sei.- 'laro que voc, passou por muita coisa que a maioria nãoteria conse*uido. Hoc, so!reviveu a uma !ru&a cani!alsenhorita :anson e aqui ela perce!eu a mudança de tom etratamento mais uma ve#. Eu conheci homens e&perientes na

época da Caçada de Bruxas  que não (oram capa#es domesmo (eito...- /or que est6 me di#endo essas coisas pro(essor?

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- /orque voc, merece  tudo o que est6 acontecendo na suavida neste momento. E eu quero que voc, tenha consci,nciadissoD Hoc, ter sido escolhida pelo pr)ncipe mais co!içado detodo o continente estar servindo 7 sua p6tria na (ormação de

 ovens na Escola eal do 3a!er e ter a popularidadeinstantJnea que adquiriu entre a população dessa cidade...1aria continuou tentando entender aonde aquele senhorastuto queria che*ar. 3a!ino nunca nunca di#ia nada semsentido. A maioria das ve#es até parecia mas ele sempre tinhaum local para che*ar. E incomodava não sa!er aonde aquiloche*aria.- 3a!e pro(essor... apesar de eu não conse*uir ver o &el com

todo o deslum!re que ele causa ao menos n-o mais, é !em

melhor ser reconhecida como a 2arota mais sortuda de?o!a 6ther do que como a 2arota da maca'ra Casa

de oces.

- -ão duvido disso. E por isso estou aqui rati(icando tudo isso.Hoc, não deve se sentir culpada por estarem acontecendotantas coisas !oas na sua vida.- Eu não sei por que estou cada ve# mais temerosa de onde vaiestar o entretanto de todo esse racioc)nio...3a!ino suspirou.- 'erto. Bom senhorita :anson estou di#endo tudo isso para

constatar que voc, apesar da ca!eça !oa e de todoesclarecimento que possui tem consci,ncia ainda de que pormais maravilhoso que tudo estea a parecer voc, é umamenina da ple!e e &el Bran(ord é o primeiro pr)ncipe deAr#allum o eino dos einos.1aria (icou em choque.

- " que quer di#er pro(essor?- ;ue voc, tem de estar preparada para tudo.- " &el *osta de mim.

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- -ão é di()cil *ostar de voc, senhorita :anson. A questãonão é essa.- " &el *osta do estilo de vida da ple!eD- Assim como a ple!e *osta do estilo de vida no!re.

- Aonde voc, quer che*ar a(inal pro(essor? per*untou 1aria:anson começando a (icar... (uriosa.- Ao (ato de que quero que voc, estea preparada paraqualquer coisa 1aria. Hoc, é uma !oa menina. ma dasmelhores desse lu*ar. E !em as pessoas costumam sercontaminadas pelo contato com a no!re#a. C um mundo(ascinante de (ora mas de dentro ele envolve traiçes

invea co!iça lu&%ria e muitos muitos se*redos.- ;ue... tipo de se*redos?- 3e sou!éssemos não seriam se*redos. 1as são mistériosque quando tra#idos 7 tona (a#em com que as coisas nuncamais seam as mesmas. Al*uns são capa#es de que!rarcoraçes. "utros de ras*ar tratados. Am!os sempre serão

capa#es de verter l6*rimas. 1as o *rande (ato é que nadapermanece o mesmo depois que eles são revelados.- E se eles nunca (orem revelados?- A) seus descendentes continuarão a carre*ar o (ardo.- Ao lon*o de toda a vida?- "u até a pr5&ima revelação.1aria :anson estava um pouco chocada com toda aquela

conversa. 3ua ca!eça *irava e o pensamento não (i&ava umponto. Ela ainda tinha centenas de per*untas para (a#er a3a!ino mas a multidão tanto de (ora quanto de dentro daarena começava a (a#er uma al*a#arra tão alta que mal sepodia ouvir a si pr5prio.Ela !uscou o motivo da *ritaria e não sou!e tradu#ir o que

sentiu ao desco!rir.ei An)sio Bran(ord havia che*ado 7 Arena de Hidro.

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Aquela era a hora de separar os homens das crianças.Foão :anson e Ariane -arin estavam se olhando a(astados na

6rea dedicada ao p%!lico in(antil e adolescente ainda dentroda Arena de Hidro mas (ora da arena de com!ate. " local 6estava começando a (icar !em cheio de ovens na (ai&a dostre#e a quin#e anos todos de (rente a um palco onde empouco tempo um apresentador iniciaria uma curiosa

competição de performances.

-in*uém sa!ia e&atamente onde essa competição haviacomeçado mas era (ato que sua ori*em tinha ares circenses.-ela havia uma competição individual e outra em *rupo. "s

 ovens então se (antasiavam das lendas mais conhecidas de-ova Ether ou mesmo das lendas locais das cidades ee(etuavam as tais  performances  em cima do palco. Aresposta do p%!lico era que de(inia o vencedor. -o in)cio eramais uma !rincadeira mas pouco a pouco a coisa estavacomeçando a (icar cada ve# mais séria. As (antasias eram cadave# mais caprichadas e até os pr,mios 6 eram cada ve# maisinteressantes.-aquele dia o pr,mio era uma espada esculpida em madeiraréplica da espada usada pelos cavaleiros de Andreanne em

treinamentos.Ariane  sempre,  sempre odiou essas  performances.  " motivo era5!vio> não havia uma %nica apresentação em que al*uém nãotivesse a original  idéia de vestir um capu# !ranco manchado detinta vermelha enquanto outro simulava um lo!o *i*anteuma av5 esquarteada ou um caçador her5i ou até todos ostr,s untos. ma ve# houve inclusive uma *rande con(usão

quando a or*ani#ação teve de chamar a uarda eal ap5suma in(eli# resolver se apresentar com um capu#   realmente

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manchado de san*ue. -o (im desco!riram que o san*ue erade um coelho.Foão :anson passava pelo mesmo pro!lema mas ele nunca olevou tão a sério quanto Ariane. Era compreens)vel$ apesar de

so(rer o que so(reu e de ver sua irmã ser (eita escrava poruma !ru&a decrépita ele e 1aria :anson voltaram  vivos

daquela hist5ria sinistra.Ariane -arin viu a av5 sendo devorada.-aquele dia contudo eles não pensavam em nada disso.-aquele dia eles s5 pensavam um no outro.- C... oi ele se apro&imou dela a!rindo caminho entre outros

adolescentes.- "i... os oelhos dela estavam !am!os. E ela estava sesentindo est%pida por isso. Aquele na (rente dela era Foão:anson. " Foão :anson. " mesmo *aroto que ela 6 haviavisto por anos !asicamente todos os dias. ;ual era adi(erença de uma hora para outra pom!as?

- +6 tudo... !em? ele per*untou sem eito. =a parte dele o*aroto se recriminava so!re sua escasse# de palavras. Ele eraum  'omem, caram!aD 'omo podia (icar sem sa!er o que di#erpara uma... *arota?- C... t6 sim. /or qu,? Ariane estava sendo r)spida. E pordentro se per*untando por que maldito motivo estava sendor)spida com ele.- Ah... por nada... Gdiota. Gdiota. GdiotaDAm!os (icaram em sil,ncio. E olharam para o palco aindasem a apresentadora que se aeitava em um canto com uma(antasia que lem!rava a armadura usada anti*amente por/rimo Bran(ord.E então Foão sentiu al*o começar a queimar dentro de si.

'omeçou no est<ma*o. E su!iu su!iu (eito vapor. 'he*ou nopeito e a*itou seu coração. E quando começou a su!ir para a*ar*anta Foão :anson sa!ia que se não (alasse al*uma coisa

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iria  eplodir como um vulcão ou desear se tacar de umpenhasco mais tarde.- Ariane a *ente precisa conversarD a vo# não saiu (ina.Ali6s muito pelo contr6rio.

Ariane trincou os dentes para mandar as pernas  n-o  sedo!rarem. " coração !atia (orte. 3uor escorria ao lado da

testa. E ela amou ah meu ami*o ela amou quando ele tirouum lenço do !olso e limpou o suor da testa dela.E... !om tudo !em que ele até havia assoado naquele lençodias antes mas acreditava que 6 havia secado. E que tinha

limpado o suor dela com o outro lado$ esperava. =e qualquer(orma ela não tinha como ter conhecimento disso e adorou ocuidado.- Hoc, quer conversar so!re o qu, Foão?- 3o!re n5s dois ele disse com a (irme#a de um préadolescente que havia de(initivamente se tornado umadolescente.Ele a pe*ou pela mão como 6 havia (eito de#enas de outrasve#es mas dessa ve# (oi  diferente para Ariane -arin. Amenina (oi se*uindo atr6s dele como um #um!i sem sa!erdireito o que pensar ou como a*ir. Estava acostumada a (alarpelos cotovelos mas não sa!ia o que di#er. -ão naquelemomento. -ão so!re aqueles assuntos.

Ele a levou para tr6s de um pinheiro e a colocou de (rente paraele. Am!os (icaram em sil,ncio de novo se olhando mas nãoera mais um sil,ncio constran*edor. Era um sil,ncio...particularmente e&citante.- ala pra mim...Ela (icou olhando para ele com aqueles !enditos olhos

arre*alados que s5 ela sa!ia (a#er. Ele per*untou de novo>- ala pra mim> é verdade?- " qu,?

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- ;ue voc, gosta de mim./ut#*rilaD Ariane estava preocupada se Foão conse*uiria

ou!ir o  coração dela !atendo daquele eito a(o!ado queestava.

- C claro que eu *osto de voc, Foão. ;ue ideiaD- -ãoD 3em enrolação ArianeD Eu conheço voc,D Eu quero

sa!er se voc, *osta... 2osta de mimD 1as de verdade. /ra eunão (a#er papel de idiota. -ão desta ve#...Ele tam!ém estava assustado. Ela podia ver nos olhos dele. Epara Ariane aquilo era tão... lindo que ela tinha vontade de

chorar. Est6 certo que ele não era nenhum pr)ncipe &elBran(ord mas... ora !olas que se danasseD Ela tam!ém nãoera nenhuma 1aria :ansonD

- Eu... ela tentou di#er.

- Hoc, disse que eu era fofo. Hoc, me deu um !eio no rostoe me disse issoD

Ele lem!ravaD 'araça ele lem!ravaD Ariane tinha vontade desair correndo encontrar uma mel'or amiga qualquer e começar a*ritar e a dar pulinhos e a a*itar as mãos como se elasestivessem pe*ando (o*o contando todos os detalhes que ainda

estava acontecendo ali.- E eu não me lem!ro direito do que aconteceu comi*onaquela catedral h6 al*um tempo... eu não lem!ro direito de

como aconteceu e&atamente mas eu sei que... se hoe eu aindaestou vivo é por sua causa ArianeD E... tipo... voc, é muitoimportante pra mim e eu preciso sa!er deu pra entender?Ariane en*oliu em seco. espirou (undo e disse>- Eu... *osto...  gosto de voc, Foão ela tomou cora*em paradi#er.

Foão estava nervoso. -ervoso pacasD 1as a*ora tinha de ir atéo (im a(inal ele era homemD Ele 6 tinha cator#e anos nãoera mais aquele *arotinho de... tre#e da metade do ano

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anteriorD Ele 6 sa!ia até o que mulheres *ostavam nesse caso.E assim a!riu o colete surrado que estava usando por cimada camisa e !uscou um dos !olsos que (icavam por dentro.Arre*alou os olhos desesperado quando não encontrou nada.

E a) acalmandose se deu conta de que estava procurando no!olso errado sentindose idiota. :avia treinado aquilo seteve#es naquele mesmo dia e na hora errara o !olso. =equalquer (orma ele (oi até o !olso certo e pu&ou a chave deouro daquele momento./ois (oi quando Ariane viu a rosa vermelha como umdesenho de coração.- Hoc, quer ser minha namorada Ariane?E dessa ve# a menina não a*uentou e começou a chorar.Est6 certo que a (lor estava um pouco amassada mas p<D voc, acha que ela iria reclamar? Ela estava nas nuvensDAriane -arin estava nas nuvensD Aquilo era per(eito$   perfeito

demais para que uma menina de tre#e anos não se derretesse

como pedras de *elo no sol.- Eu quero simD ela disse com (irme#a.Eles continuaram se olhando. Ele sorriu. Ela achou o sorrisomaravilhoso. :aviam che*ado ao ponto em que qualquercoisa que um (i#esse o outro aca!aria tendo aquela opinião.1as o sil,ncio por mais que houvesse sorrisos entre eles estava começando a (icar lon*o demais.- E o que a *ente (a# a*ora? ela per*untou.- Ah sei l6. +ipo... acho que a *ente !eia né?Ela !alançou a ca!eça concordando. A questão !6sica apenasera> como pelo amor do 'riador se (a#ia aquilo? Ariane(echou os olhos e (e# um !ico desen*onçado esperando porele. Foão que tam!ém era o *aroto menos e&periente do

mundo naquela situação (e# outro !ico esquisito e (echou osolhos com (orça demais.

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E os dois se apro&imaram. 'omo os olhos estavam (echadosdemais eles erraram o alvo e aca!aram encostando os l6!iosnos cantos das !ocas um do outro." resultado (oi... estranho.

- " que voc, achou? ele per*untou coçando a ca!eça umpouco temeroso mas tam!ém con(uso.- Ah sei l6 caraD +ipo... achei que seria di(erente...- ;uer tentar de novo?Ela concordou. =essa ve# ele acertou o alvo. "s l6!ios(icaram unidos um !om tempo e depois se des*rudaram.- E a*ora? ele per*untou.- Ah (oi melhor né? /elo menos eu 6 posso di#er que nãosou mais !oca vir*em de !eio lon*oD- /ois é...- E nem voc, t6? ;ue eu seiDFoão (icou sem eito. -ão é (6cil para um *aroto de cator#eanos admitir uma coisa daquelas.

- 1as eu *ostei t6? ela disse. -ão se preocupa. oi lindotudo o que voc, (e#...Ele sorriu satis(eito. 'omeçou a (icar mais con(iante.- +6 pronta pra !eiar de l)n*ua? ele per*untou maisanimado.Ariane se a(astou dele de (orma !rusca.- Ei calma a) né Foão? +6 pensando que eu sou o qu,? ela

em!urrou a e&pressão o(endida. Aca!ou de me pedir emnamoro e 6 quer me !eiar de l)n*ua? Eu sou uma *arota derespeito t6 me escutando?E ela virouse de costas e começou a andar invocada de voltapara o local onde estavam montado o palco das

performances.

Foão :anson (icou ali !oquia!erto e est6tico pensando se umdia apenas em um %nico e inesquec)vel dia ele iriacompreender a ca!eça do pensamento (eminino.

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8 (rente dele sem que ele pudesse ver Ariane -arin sorria.3e*urava sua rosa e as pernas ainda continuavam !uscando(orças. -ão havia unic5rnios. -ão havia nin(as. -ão haviapr)ncipes nem cavalos !rancos.

1as havia ma*ia. Ariane -arin pelo resto da vida serecordaria daqueles momentos e veria ma*ia em cadadetalhe./ois para ela aquela era a sua *rande epopeia. 3ua m6&ima(antasia." seu le*)timo conto de (adas.

4

Estavam reunidos dentro do rin*ue os de#esseis lutadores querepresentavam o /unho =e erro.3eus monarcas os o!servavam. 1ilhares de pessoas de todos

os cantos poss)veis do planeta tam!ém. /essoas que haviamviaado por dias até semanas para estarem ali. Em umaplata(orma com um sistema en*enhoso de suportes de placashavia de#esseis placas m5veis com o nome de cada eino e oprimeiro nome de seu representante em!ai&o." presidente da 'on(ederação eal de /u*ilismo estava de pédiante de uma mesa com o nome de cada eino dentro de umcopo escuro virado. Esses copos eram divididos em dois*rupos de oito nomes. =urante o processo o presidentemisturaria os copos e desviraria aleatoriamente dois deles. Asplacas com os nomes dos escolhidos seriam colocadas eer*uidas no mecanismo para que todo o p%!lico sou!essequem seriam os advers6rios de uma (orma clara que evitava

que acusassem a 'on(ederação de !ene(iciar al*um lutador.m corneteiro real começou a soar acordes que calaram umaparte da al*a#arra. +am!ores ru(aram e até mesmo os

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monarcas se a*itaram nervosos por conhecerem  seus

advers6rios. " presidente começou a em!aralhar cada um dosoito copos. /arou desvirou o primeiro depois o se*undo eal*uém in(ormou a al*uém que in(ormou ao pessoal das pla

cas. Lo*o escutouse a primeira al*a#arra quando su!iram osnomes pelos quais os pu*ilistas se anunciavam no rin*ue>

ALBG"- & "G"-'aradoc 1enoto

Era interessante como a partir do momento em que as placaseram er*uidas os sentimentos entre os monarcas semodi(icavam ainda que (ossem aliados em questes pol)ticas.Aquele momento (oi um e&emplo> !astaram as placas su!irempara que ei "ronte de Al!ion olhasse para ei Acostacomo se am!os (ossem anti*os desa(etos que veriam

campees reali#arem duelos de honra na arena.A se*unda rodada se revelou um (uturo con(ronto entre>

3+ALLGA & "Gil!erto u**iero

-a arena todas as atençes se diri*iram ao lutador oriental.

1aria o!servou melhor os tais  olhos ras2ados  queassustavam &el e sentiu a pele se arrepiar. eparou na cor dapele mais... dourada do que o normal e não sa!ia se estavaassustada ou (ascinada com aquele homem misterioso. " povoao redor aplaudiu sem muito entusiasmo.evelaramse os pr5&imos oponentes>

1"3;E+E & AA"-:artas =imitri

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1ais uma ve# houve aplausos mas sem o entusiasmo que seesperava devido 7 *rande massa predominantemente local./ouco se escutava dos (an(arres de 1osquete conhecidos

pelo !arulho e e&centricidades de seu estilo de ser. Ao redornaquela multidão a cada tr,s (rases uma delas ou tinha onome Ar#allum ou 1inotaurus.-o rin*ue &el se movimentava de tanta ansiedade. -aarqui!ancada An)sio tremia uma das pernas em um tiquenervoso.

A quarta rodada (oi anunciada depois do ru(ar dos tam!ores>

V"@ W @iott =evlin

" povo (oi 7 loucura. Aplaudiram com a certe#a de que

aquela seria uma das lutas mais destruidoras da primeira (ase.ei 'ollen de +a*Qood o!servou o eiera e torceu paraque seus lutadores se cru#assem.E então toda a arena tremeu. Esse tremor vinha tanto de*ritos eu(5ricos quanto por uma intensidade tão (orte de vaiasda massa maior. " sorriso despreocupado de Hicton erra!r6sdemonstrava quem havia sido anunciado>

1G-"+A3 W +AP""=adamisto Etto &el o!servou o pu*ilista de 1inotaurus$ era o imenso carecacom a cicatri# da testa até o nari# e que tam!ém era o

campeão de erra!r6s. " *i*ante !ranco andava no centro daarena com os !raços er*uidos (orçando m%sculos em umvisual assustador. " lutador de +a*Qood um pu*ilista 6

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quase na casa dos trinta tentava passar a mesma se*urançamas era not6vel que ele estava suando (rio diante da visão doadvers6rio.&el questionouse se seria capa# de vencer aquele

!rutamontes. 1as a d%vida desse pensamento teve de serinterrompida porque dessa ve# !om ouvinte ah dessa ve#sim a Arena de Hidro parecia que iria que!rar Mah é esse omotivo do nomeDN. "s pés do p%!lico a*itavam e !alançavamo chão. As pessoas se es*oelavam até perderem a vo#. eiAn)sio aplaudiu com um sorriso triun(ante no rosto. E entreaquela onda de *ritaria que impedia até mesmo de se pensar

até &el achou *raça do que viu. " coração (oi 7 !oca devido7 adrenalina. E 1aria :anson parecia que iria desmaiar dene&voso.-o alto era anunciado o advers6rio de Ar#allum.

4!

A maçã ainda estava com a (aca a(iada acima. Liriel estavacom os !raços acorrentados mas dessa ve# 7 (rente nopr5prio colo.- 'oncentra... e me&e a maçãD disse al(ord ao lado dela.

Liriel inspirou (undo (ocou a (ruta e  forçou.  Era di()cil

aquilo$ ela nunca havia tentado al*o tão espec)(ico daquele eito. A (ruta tremeu e tremeu tam!ém a lJmina acima.Liriel suspirou e tudo (icou normal de novo.- =e novo.- Eu...- =e novo.

Ela inspirou e  forçou.  +entar (a#er aquilo de maneira tão

espec)(ica parecia ter um preço. Era como se tivesse al*umacoisa pontia*uda sendo (orçada de dentro da ca!eça com

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al*uém tentando (urar sua testa pelo lado de dentro.  o1aaquilo.A maçã tremeu... e tremeu... e tremeu...- Gsso... machuca.

- Hai a!!ianiD !errou irritado al(ord. /ara de se (a#erde (raca e me&e a porcaria... da... maçãDLiriel que 6 estava estressada (icou tão (ula da vida comaquele sueito antip6tico !errando em seu ouvido que

forçou com pressão i*norando a dor que acompanhava o ato." resultado (oi uma maçã e uma lJmina voando em direçes

di(erentes com uma ener*ia cinética ine&plic6vel. A maçãvoou na direção de Liriel e acertoulhe o peito com aviol,ncia de uma pedrada. F6 a (aca voou *irat5ria como umaserra na direção de 3nail al(ord que virou de lado enquantoa a(iada lJmina ras*ava uma parte do om!ro e se cravava naparede atr6s.- ilha da... mãe...

Liriel estava suada o(e*ante e nervosa. "!servandoa estavaum sueito assustado com olhos arre*alados e a mão em um(erimento no om!ro que san*rava.- Eu... quero parar. Eu quero ir em!ora... ela disse quase emchoro.- -ão. Hoc, não pode. Hoc, tem de aprender.

- /or qu,? Eu ainda não entendo o porqu,...- /orque sem voc, eu não vou conse*uir.- /or que voc, quer tanto reviver essa sociedade secreta seuralé? " que voc, não est6 me contando?

- /orque ele vai depender de n5s.Liriel estranhou aquela entonação. ;uantos quantos se*redosaquela som!ra humana am!ulante ainda teria?- ;uem é ele? ela per*untou.

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3nail al(ord se levantou e (oi até a lJmina cravada naparede. 'om um certo es(orço di(icultado pela dor no om!romachucado ele arrancou a (aca e (oi até ela.- ;uem é ele? ela repetiu.

- Essa resposta não importa a*ora. -este momento importa oque temos de (a#er para che*armos até ele.Ele pe*ou a (ruta no chão. oi até a !ancada e colocou maisuma ve# a maçã e a lJmina em cima dela. " san*ue escorriado om!ro e ela se impressionou como ele i*norava ou (in*iai*norar a dor.- 1as eu não compreen...- =e novo.

4"

ma (lecha (oi arremessada do arco de o!ert de LocKsleR notraseiro de um soldado de 1inotaurus.

/ara diversão *eral a (lecha tinha uma ponta de !orracha etanto o!ert de LocKsleR quanto o po!re soldado não tinhammais do que cator#e anos. E o clima era de risos em *eral. "soldado acertado naquele instante retornava ao palco pararece!er aplausos de uma plateia de adolescentes que sedivertia como nunca naquela tarde.- LocKsleR é o m6&imo né Foão?- 1ais do que o pr)ncipe &el? ele per*untou semresqu)cios daquele ci%me que tinha um ano antes ou ao

menos sem tantos resqu)cios. Era como se a*ora que Ariane

-arin era  sua namorada,  o pr)ncipe não (osse mais umconcorrente em!ora essa disputa amais tivesse acontecido anão ser na ca!eça do *aroto.- Ah... impressionante tam!ém aquela mudança. :6 um anoAriane -arin responderia por pura provocação> claro que

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não né ca!eça?  ?in2uém  é sa!endo que isso tiraria o ovem :anson do sério. 1as naquelas circunstJncias porincr)vel que pareça ela disse> 1enos do que voc,...Foão :anson não conse*uia sa!er se a ale*ria que e&istia

dentro dele era poss)vel ca!er dentro de um corpo humano.Ele estava de mãos dadas al*uém escutou? Ele estava de

m-os dadas com Ariane -arin e não era como ami*oD Eleo!servava os arredores e sorria com or*ulho para qualquer umque olhasse para os dois.

3eria mentira di#er que ela tam'ém não (a#ia o mesmo.

-o p6tio da Arena de Hidro aconteciam as performances.-o alto do palco armado a apresentadora da cerim<niaper*untava quem na plateia *ostaria de ser o pr5&imo a seapresentar. m *arotinho de não mais que de# anos vestidode &el Bran(ord su!iu ao palco (e# a pose de com!ate dopr)ncipe imitou al*uns socos cumprimentou o p%!lico e saiu

rece!endo aplausos.Em se*uida su!iu ao palco uma dupla de moleques que 6 (oiovacionada antes mesmo de se apresentar. -ão era paramenos> os moleques haviam tido tanto tra!alho com aquela(antasia que 6 mereciam o pr,mio. Eles se apresentaram umsentado no om!ro do outro e uma (antasia que tapava os dois.- 'araca olha issoD F6 *anhouD F6 *anhouD !errava Ariane.

Enquanto o de !ai&o andava com todo o cuidado sem verdireitoaonde estava indo o de cima me&ia os !raços de um eitãomeio truculento o que tornava a cena c<mica. " detalhe daroupa no!re mas ao mesmo tempo um pouco sua e apertada.A m6scara com a ca!eça achatada o pouco ca!elo atr6s da

nuca os olhos constru)dos com (undo de *arra(as os dentesprotu!erantes que sa)am da !oca. Até o chinelo nos dedos.+udo era muito en*raçadoD

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Aqueles moleques eram uma per(eita caricatura de1oonQKston o troll 1uralha se*urança pessoal de &elBran(ord. 3e o pr5prio pr)ncipe estivesse ali com certe#aestaria rolando pelo chão diante daquela s6tira. E a

apresentação terminava com uma espécie de !oneco dentro deum carrinho de mão com um pouco de (eno e com todo ocuidado e sincronia o troll se a!ai&ando e se er*uendo domeio do (eno com um %nico dedo o tal !oneco de panovestido com um suspens5rio improvisado." !oneco tinha um *rande carta# escrito Foão :anson.As *ar*alhadas (oram *erais enquanto todos apontavam para

Foão que levou na esportiva. Ariane que lem!rava !emdaquela cena durante o inesquec)vel primeiro encontro de&el e 1aria ria tanto que a!raçou o namorado emconsideração.Foão adorou que todo mundo visse aquilo."s moleques tiraram a (antasia e (oram aclamados pelo

p%!lico. Eram dois irmãos *,meos chamados Al!arus eAndreos =arin de não mais que tre#e anos. Al!arus eracompanheiro da mesma turma de Foão na Escola eal de3a!er$ Andreos da mesma turma nas aulas de &adre#. Am!oshaviam escutado do pr5prio Foão como o *aroto haviadesco!erto que sua irmã estava saindo com o pr)ncipe doeino uma c<mica hist5ria que o!viamente correu

rapidamente entre os outros adolescentes.A apresentadora 3imonR uma ovem de mais ou menos vintee cinco anos per*untou se mais al*uém iria se apresentarnaquele dia ou do contr6rio ela 6 entre*aria o pr,mio de1elhor antasia para os *,meos depois de tamanhaaclamação.

- -5s vamosD disse uma vo# atraindo atençes.Foão e Ariane como todos olharam naquela direção. E(echaram a e&pressão.

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3u!ia ao palco :ector armer com mais dois. E o sorrisopati(e daquele *aroto não parecia um !om sinal.- Eu odeio esse *aroto... disse Ariane.- 'alma. /ode ser que ele (ique na dele...

- icar na dele nadaD ela disse raivosa como se (osse Foão oculpado de o outro *aroto estar su!indo no palco. -o anopassado ele se vestiu de mulher colocou um capu# !ranco e(e# o ami*o dele o*ar suco vermelho nele no palcoD 'aracasa!e como eu me senti? Ele devia ser proi!ido de participar denovoD- Eu sei. Foão sa!ia. Em outros anos ele assistira ao *aroto

e&i!indo uma versão do pr5prio Foão correndo da 'asa de=oces com treeitos e(eminados enquanto outro vestido demulher imitava uma versão de sua irmã correndo *orda eretornando para a casa 7 todo momento para encher os !olsoscom mais doces enquanto um terceiro (a#ia uma !ru&a quenão sa!ia mais o que (a#er e tentava escorraç6la como uma

cadela.Ali su!iram tr,s. Era 5!vio que :ector armer estava vestidode &el Bran(ord. 3eu companheiro um menino de (am)lia de!oas posses chamado /aulo 'ostard colocou uma peruca ecomo colocou diversos enchimentos na roupa para simularuma *rande !arri*a de onde tirava toda hora um doce deal*um !olso era de entender que simulava sua tosca versão de

1aria :anson. " terceiro (icava pr5&imo sem que sesou!esse direito o porqu,.- Eu vou su!ir l6 a*ora pra d6 porrada em todo mundoD disseFoão tentando se desvencilhar de Ariane.- -ão FoãoD -ão (a# issoD Assim voc, vai se re!ai&ar ao n)veldeleD

Al!arus e Andreos perce!eram a a*itação de Foão. 'omometade daquela plateia não simpati#avam com aquilo. Aoutra metade porém que nunca est6 mesmo nem a) e adora

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uma e&ecração p%!lica entrava na onda. " terceiro audou oque estava vestido de 1aria e colocou um carta# no peitoescrito HGE1. A plateia no in)cio riu !astante." terceiro esticou um lençol escuro no chão 7 (rente dos

outros dois (antasiados que (in*iram estar deitadoso!servando as estrelas com atuaçes !em teatrais>- Ai... ai... disse /aulo o que se (antasiou de 1aria :anson(orçando uma e&a*erada vo# (ina. aaaaa&el voc, é tão(orte e !onito e *ostoso e romJntico...- E voc, ainda não viu naaaada... disse :ector armer(orçando a vo# para uma e&a*erada vo# *rave. ma parte da

plateia riu.- Ai... ai &el... pra que serve essa !oca tão *rande?- E pra !eiar voc,...Escutaramse risadas. Ariane trincou os dentes de raiva.- Ai... pra que servem esses !raços tão *randes?- C pra carre*ar voc, no colo...

1ais risadas.- /ra que serve esses m%sculos tão *randes no seu a!d<men?- E pra voc, lavar roupa...1ais e mais risadas.- E pra que serve esse...- C pra isso mesmoD" terceiro inte*rante no palco er*ueu o lençol escuro tapando

os dois para a plateia e :ector armer e /aulo 'ostardcomeçaram a a*itar o lençol enquanto *ritavam>- Ai... que isso... ai... &el... eu sou pura... e inocente... nãoD...paraD... nãoD... paraD... não para &el não paraD Ai queloucuuuuraDBoa parte do p%!lico delirava e risadas viraram *ar*alhadas.

Ao mesmo tempo em que os dois (in*iam estar se atracandoatr6s do lençol coisas iam sendo o*adas para (ora do palco

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como as tais !alas os enchimentos de 1aria :anson eclaro por %ltimo a placa de HGE1.Foão continuava tremendo com uma careta (uriosa. Arianealisou o !raço dele tentando acalm6lo.

" n%mero terminava com o lençol ainda er*uido de onde seescutava a vo# de :ector armer>- E a)?... ostou?- Ai &el... vinha a vo# (ina (orçada do outro *aroto. 3e eu*ostei...E o lençol escuro ca)a revelando a *arota colocando a mãona cintura e di#endo>- 35 assim pra eu (icar ma*raDma parte do p%!lico começou a rir e até mesmo a aplaudir.ma outra menor achou de mau *osto o n%mero com 1aria:anson que carre*ava a (ama de moça de (am)lia e o respeitocomo nova pro(essora.- Esse cara...

- Foão... o se*redo é não li*ar. 3enão a) mesmo é que aspessoas vão (icar lem!rando e...- Ariane o cara t6 #oando com a honra da minha irmãD Eainda tiraram um sarro com a cara da minha namoradaD Hoc,sa!e o que é isso pra um... homem? Assistir a uma coisa

dessas em p%!lico? Eu  tenho o'ri2aç-o de (a#er al*umacoisaD- 3e preocupa não Foão e uma mão tocou o om!ro do*aroto. Ele se virou e viu Al!arus ali. Esse cara é um idiotamesmo. 1as não li*a não e o *aroto mostrou a Foão o irmãoAndreos esperandoo em outro canto." troco vem a*ora.

4#

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&el estava sentado no vesti6rio dos lutadores. PilliamameQell o pu*ilista de '6lice sentou ao seu lado secandoos ca!elos com uma toalha.

- ale a verdade> voc, pa*ou quanto pros u)#es lhe darem amaior mole#a da competição?&el riu.- Eu não menospre#o meus advers6rios.- Ah calma a)D Brée? Hou repetir> BrUe? +6 de!rincadeira...- Ei voc, vai en(rentar o pu*ilista de ordio. A tradição de

pu*ilismo l6 tam!ém não é tão (orte.- +6 !om mas os pu*ilistas de ordio não (a#em poesiasD EmBrUe eles praticam pu*ilismo nas horas va*as provavelmenteentre o ch6 das cincoD- =ei&e de ser maldoso.Pilliam sorriu. E suspirou>

- C muito louco né?- " qu,?- A tensão e a coisa toda. =i*o l6 dentro. Hoc, viu a loucuraque (oi quando anunciaram seu nome? A arena literalmentetremeuD- C sim. Aquele p%!lico !errando o seu treinamento todopassando na ca!eça. A *ente se torna... sei l6... um...- Gnstrumento.- Gnstrumento?- =e al*o maior.- ala de maior no sentido de ideais?- alo no sentido de maior do que n5s.- 3a!e... entenderia melhor seu ponto de vista se (<ssemos...

sei l6... como os caras de BrUe> artistas.- E n5s não somos?- /essoas se esmurrando podem ser consideradas artistas?

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- =epende do motivo.- " motivo de se esmurrarem?- " motivo pelo qual se dedica uma vida a isso. &elponderou so!re o assunto. E per*untou>

- E&istem artistas marciais, não é?- E&istem.- 1as pelo que me disseram e&iste toda uma (iloso(ia portr6s das artes que eles praticam.- =o pu*ilismo de -ova Ether tam!ém. Hoc, apenas não aconhece.- E você a conhece?- ;uem me dera. /ara isso é preciso um mestre. 1as umverdadeiro$ daqueles que não se sa!e mais onde encontrar.- 1as voc, 6 viu um artista marcial praticando arte?- F6. ma ve# em 3tallia. m disc)pulo de LocKsleR...- LocKsleR é um mestre marcial? havia muita surpresa nosolhos do pr)ncipe.

- 3im. Em arqueirismo. m dos %ltimos vivos.- 1as... então é poss)vel e&istir uma (iloso(ia espiritual portr6s de um arcoe(lecha?- 1uito mais do que voc, poderia ima*inar.- 1as como pode haver tanto conte%do atr6s de um ato tãosimples quanto atirar uma (lecha?- Acaso 6 viu uma (lecha lançada retornar? &el permaneceu

calado.- /ensar so!re isso lhe (a# respeitar cada (lecha que lança navida. E mais do que isso> lhe (a# entender toda aresponsa!ilidade que aescolha de lanç6la sempre carre*ar6.

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" ovem Al!arus =arin havia su!ido no palco unto do irmãoAndreos e mais a ovem +aru*a Msimp6tica a!reviação detartaru*aN uma das inte*rantes do (ãclu!e que Ariane crioupara &el Bran(ord e que ultimamente depois de 1aria

:anson era a melhor ami*a da *arota. 'omo os tr,s estavamreunidos em roda no centro enquanto o p%!lico a*uardavaera (6cil perce!er que eles estavam !olando o n%mero na hora.Al!arus e Andreos tiraram a camisa e al*umas meninas*ritaram por !rincadeira. Al!arus começou a andar pelo palcode (orma caricata (in*indo e&i!ir os m%sculos que não tinha.Enquanto isso Andreos amarrava ataduras improvisadas nas

mãos emprestadas pelo menininho que havia se apresentadocomo pr)ncipe &el.- A) *alera !ate palma assim 5D e Al!arus começou achamar a platéia de adolescentes para ele. " mais incr)vel éque ela ia unto com ele. Foão e Ariane se olharam a!ismadoscom o carisma daqueles dois.

- 'ara... tipo... esses dois são dois artistas natosD disse Foão.- C um dia a *ente ainda vai ver os dois no 1aestade...;uando o p%!lico todo começou a aplaudir no ritmocadenciado e acelerado que Al!arus pedia o *aroto começoua entoar poesia improvisada mas em um ritmo que nin*uém

mas nin2uém mesmo amais havia visto i*ual em nenhumlocal de -ova Ether>- Eu sou :ector armerD E meto porradaD Eu dou porradaD Euen(io a porradaD 35 ando com a turma e !ato nos manéD 1asquando eu t< so#inho eu nem sei o que é mulherD8 loucura. " p%!lico de(initivamente (oi 7 total loucura comaquilo que estavam vendo. +odos começaram a *ritar eapontar para :ector armer que perdeu a cor. ;uando o

p%!lico parou de !errar Andreos entrou na poesia ritmadaditada por aquela !atida constante do p%!lico mas dessa ve#acelerando ainda mais as pron%ncias das (rases>

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- Eu sou Foão :anson e aqui al*o não se austaD Escapei da'asa de =oces mas esse cara me assustaD Acho que é porqueele é mais (eio que aquela !ru&aD" p%!lico voltou a *ritar. " ritmo se mostrava tão

conta*iante que o p%!lico começou a dançar com o pr5prioritmo que ditava nas palmas. Andreos voltou a cantarapontando para o mesmo /aulo 'ostard que havia (eito opapel de 1aria :anson minutos antes>- Aquele é o /aulinho e o /aulinho é um cara mau se tirarpau do /aulinho /aulinho (ica sem pauD 3e o /aulinho pe*aum pau ele vira muito mau /aulinho pe*a voc, e !ate que

nem animalD 1as se não tirar o pau do /aulinho o /aulinhose sente malD" p%!lico *ar*alhou. Era tanta al*a#arra que estavamchamando a atenção até mesmo de adultos que passeavampelo lado de (ora das arqui!ancadas e que correram para vero que estava acontecendo.

- Eu não entendo de !ater nem entendo de dar porradaD/orque na minha ca!eça atacar o (raco é coisa erradaD -ãohumilho nin*uém pra aparecer pra mulheradaD " cara tentame #oar mas não arruma namoradaD"s *arotos começaram a emitir *ritos como i666D euuuuhh no ouvido de :ector armer e sua turma. Aquelaera um rima inteiramente po!re para os padres da poesia

erudita mas... quem ali *ostaria de escutar poesia erudita?Andreos voltou a atacar de :ector armer dessa ve#

encurtando a rima para (a#er uma escada para Al!arus Foão:anson>- Escuta aqui moleque voc, s5 (ala do que di#emD 1as s5 pravoc, sa!er> eu nem sou mais !oca vir*emD

- Esse cara por inteiro ainda não entendeu como é que éD;uando eu (alei em !eiar estava (alando em mulherD

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" p%!lico voltou a !errar como nunca. Aquele massacrep%!lico de :ector armer era melhor do que uma luta depu*ilismo. Andreos no palco imitou um oran*otan*oandando na direção de Foão :anson>

- E melhor parar com isso$ não vai ser !om pra sua sa%deDAl!arus a!riu os !raços apontando pro p%!lico com umacara de!ochada>

- alou *rosso pra *alera o !eadinho cute*cute" p%!lico começou a !ater os pés em ,&tase mais parecendouma versão contida da multidão dentro da arena propriamentedita que havia estremecido tudo ainda havia pouco. Foão eAriane tapavam a !oca e en&u*avam l6*rimas de tanto rir.E então Andreos e Al!arus =arin (icaram (rente a (rentecomo se (ossem pu*ilistas. E era enquanto o p%!lico aindaaplaudia naquele ritmo cadenciado de palmas que escutaram ai*ualmente ovem +aru*a di#er o mais alto que podiasatiri#ando a pr5pria ami*a Ariane>

- EééééD E quem é que t6 dentro? E quem é que t6 (ora? Entãome di*am éééé me di*am o que é que eles vão (a#er a*oraDE a plateia de adolescentes Me 6 com al*uns adultos tam!émN*ritou em resposta>- Bo&e... !o&e... !o&in*D"s *arotos simularam o primeiro soco. Andreos e&a*erou ador de seu :ector armer a*itando o pulso e assoprando asmãos.- Bo&e... !o&e... !o&in*DE o se*undo soco. Andreos a*itava a mão como se estivessepe*ando (o*o.- Bo&e... !o&e... !o&in*D" terceiro soco. Andreos caiu de oelhos simulando choro

e&a*erado (eito uma criança. " p%!lico aplaudia de pé comose houvesse presenciado aquela luta. :ector armer (a#iatantas caretas entre olhos arre*alados que mais parecia um

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porco com os sons que emitia. Al!arus passeando pelo palcocomo o vitorioso Foão :anson pe*ou distJncia correu e se

 o*ou na plateia. =e#enas de !raços não apenas evitaram aqueda como o o*aram para o alto diversas ve#es. " p%!lico

*ritava tanto 6 *anhouD que nin*uém mais tirava o pr,miodos dois.E quando o *aroto retornou ao palco e cumprimentou op%!lico ao lado do irmão Andreos e da sens)vel +aru*aapontou para o casal no meio do p%!lico e disse diante de um:ector armer vermelho de raiva>- 3enhoras e senhores> Foão :anson e Ariane -arinD

E todos se viraram para os dois e os aplaudiram. orte comose as duas anti*as  aberraç0es  daquela cidade de repentehouvessem se tornado um s)m!olo de or*ulho e simpatia.Ariane -arin se per*untou se e&istia no mundo al*uma pessoamais (eli# do que a pessoa que ela era naquele instante.

F6 Foão sentiu medo daquilo tudo pois em seu Jma*o !em

aprendeu na pr5pria pele que quando a vida d6 a um serhumano uma (elicidade tão plena quanto a que ele estavavivendo é porque ela ir6 e&i*ir um alto preço por isso maistarde.E ali o ovem :anson ainda não tinha como sa!er. 1as eleestava certo.

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"s portes ran*eram quando os trincos se movimentaram.:avia dois *uardas se*uidos por mais tr,s. 8 (rente de todoseles ia mais um se*urando al*uns molhos de chavessu(icientes para con(undir um homem s5!rio que ia a!rindo

outros portes !arulhentos entre corredores claustro(5!icos ede pouca luminosidade. " homem entre os uni(ormi#ados

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deveria estar al*emado nos pés. 1as não estava. =everia estaral*emado nos punhos.1as não estava.Era um homem alto na casa dos quarenta anos com uma

!ar!a crescida no rosto e *randes olheiras a!ai&o dos olhos.Ainda assim ele passava a impressão de manter al*o que

parecia  um sorriso no rosto. 3eus m%sculos estavame&tremamente doloridos mas ele caminhava sem demonstrara dor. 3eus (erimentos principalmente nas costas cortavam eainda assim ele se recusava a curvar sua postura mesmo queapenas um pouco."s *uardas que o acompanhavam passavam por momentos decon(lito naquela %ltima caminhada. 'ada corredor cada celapor onde eles passavam emitiam o nome daquele prisioneiro.E eles deveriam ini!ir e silenciar aqueles *ritos.1as não ini!iram. -em silenciaram.Al*uns dos pr5prios *uardas tinham o nome daquele

prisioneiro tatuado em al*uma parte do tronco que o uni(ormeco!risse. "utros haviam lido réplicas de al*umas de suasorat5rias. "s mais anti*os 6 haviam contado al*uns de seus(eitos para a *eração mais nova. +odos conheciam a hist5ria.E nenhum deles sa!ia di#er se seu coração queria com!at,loou se aliar 7 sua luta.Ainda assim eles caminhavam. 'aminhavam ao lado dele$caminhavam com ele entre eles. 'aminhavam em passosconstantes na direção do %ltimo portão. Entre*aram a ele aapenas al*uns passos antes do (im uma sacola com ospertences com que ele ali havia che*ado> somente uma mudade roupa e um cordão composto por uma ponta de (lecha.Ao (undo ainda era poss)vel escutar os aplausos dos

prisioneiros. E os *ritos do nome. Eles !atiam nas *rades$ elespisavam (irme no chão. E ainda que seus corpospermanecessem atr6s daquelas *rades eles choravam. /orque

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seus esp)ritos iam livres unto com aquele homem cedidospor vontade pr5pria.A(inal era isso que aquele homem era> um coletor deesp)ritos.

E quando o %ltimo portão (oi a!erto e quando os primeirospassos para (ora dali (oram dados muitos esp)ritoscaminharam unto e se tornaram livres com ele. +ornaramsenovamente livres com ele. /orque esp)ritos vivem em ideais. Eaquele homem representava o maior ideal para um serhumano.Era por isso$ era por isso que quando ele partiu atr6s de si

ainda se continuava a escutar os aplausos. E os choros. E os*ritos."s *ritos que o chamavam como se tocassem em seu om!roe dissessem o nome.LocKsleR.

ATO IICORA$%&' D& G&LO

01

&el Bran(ord acordou mais cedo do que muitos criados do

rande /aço naquele dia. Estava naquele instante em seupr5prio territ5rio$ esmurrava um !oneco de madeira em queadorava !ater no recinto trans(ormado em centro detreinamento. Escutou passos entrarem ali. 1as nãointerrompeu seu aquecimento.- =everia poupar ener*ia. /ode ser que precise dela maistarde. Ele interrompeu os socos e se virou. 3uava !astante 6."!servandoo estava o lutador do eino do orte.- Pilliam...

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- Pill.&el (e# um movimento de ca!eça que parecia e&pressar umque sea. /reparouse para recomeçar os e&erc)cios mastravou os movimentos. E desistiu.

- C... disse suspirando ...acho que voc, pode ter ra#ãoPillD- Hoc, est6 nervoso não é? +em todos os motivos do mundopra isso...- E voc, não?- +am!ém. 1as menos do que voc,.- E como pode sa!er?- Eu tenho menos a perder.&el achou o coment6rio curioso. /e*ou uma toalha e se p<sa en&u*ar os ca!elos.- /ensei que como representante de orte voc, estaria maismotivado.- Eu estou. 1as as minhas responsa!ilidades são menores do

que as suas.- /or que sou um pr)ncipe?- /orque voc, é uma nação.- Acaso voc, tam!ém não deveria ser?- -ão. /orque eu estou representando a minha nação em ummero torneio de pu*ilismo.- E eu?- Hoc, é uma !andeira viva em uma simulação do que podevir a ser a primeira *uerra de proporçes mundiais.&el se manteve em sil,ncio.- Hoc, &el vai dar ao mundo uma prévia de quem ser6 o*overnante desse continente na pr5&ima Era. Hoc, de(inir6 amoral do seu povo. Hoc, ou ir6 (racassar retum!antemente e

assim a(undar6 Ar#allum com voc, ou ir6 ter um sucessoinacredit6vel e assim avisar6 ao mundo que é Ar#allum queainda comanda as naçes.

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&el ainda mantinha o sil,ncio.- E então Bran(ord? ;ual ser6 o destino de Ar#allum na Era-ova? &el urava que queria responder 7 per*unta. 1as elenão sa!ia a resposta.

02

Ariane havia acordado suando. Estava um pouco tr,mula$arrepiada até. A mãe havia entrado no quarto sentindo aa*itação da (ilha e naquele momento sentava ao seu lado.

- "utro sonho? a mãe per*untou.- "utro.- E como era esse?- Assustador.- 1e conta.- :avia... havia um homem e uma espada tipo... m)stica sa!e?E o cara caval*ava uma espécie de la*arto verde que

lem!rava um dra*ãoD- Ele era um homem mau?- -ão. Ele com!atia um monte de *entemonstro e um eiacho que era um ei mas sem pele.- m ei sem pele?- CD :avia s5 um pouco de pele mas voc, via o... es#ueleto dele

sa!e? E tinha coisas que voavam como aquela coisa que a*ente viu ontemD E tinha um castelo som!rio (ormado depedras *randes em (orma de caveiraD A ponte (a#ia um!arulho horr)vel e quando ela a!ria o portão parecia uma...boca, entendeu? +ipo parecia que ela comia a nossa alma sa!e?1uito sinistro caraD- Hoc, entrou no castelo?

- Entrei.- E o que havia l6?

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- :avia uma !ru&a muito !onita que parecia uma (ada de-ova Ether. 35 que ela não era s5 humana...- /or qu,?- Ela era meio humana entendeu?

- -ão.- E que ela era... meio humana e meio... 6*uia. Gsso é muitolouco?- -ão importa.- /ode ser que ela estivesse s5  vestida de 6*uia sa!e? 1as...tipo... era um sonho né p<? Então como é que eu vou sa!er?35 sei que ela me viu... a vo# tremulou. Ela me   viu, mãeD

Hoc, me entendeu? Ela sabia que eu estava l6DA mãe não comentou.- " que poderia ser tudo isso mãe?Anna -arin continuou em sil,ncio. Ela achava que sa!ia aresposta$ na verdade ela  sabia  a resposta. 1as não seria elaquem a daria a Ariane -arin.

-ão$ não naquele momento nem daquela (orma.+alve# em pouco tempo até em outro momento. +alve# deoutra (orma. 1as com certe#a quem e&plicaria aquilo nãoseria ela.

=eria a outra.

03A (aca acima da maçã *irou v6rias ve#es e tom!ou no chãoenquanto a (ruta era pu&ada até Liriel a!!iani. A ovemdessa ve# estava sentada mas não estava presa. =essa ve# ela

tinha o li!re*ar'1trio de continuar ou não tudo aquilo e pormais que não quisesse ela continuava.

Ela pe*ou a maçã no ar que veio até si.

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- 3atis(eito ca!eçudo? ela per*untou até !emhumoradademais para o momento.- -ão ele respondeu mais malhumorado do que seesperaria. Hoc, conse*ue (a#er melhor.

- -ão consi*o não.- Hoc, conse*ue.- 'omo sa!e?

- oc% precisa.Liriel (e# uma cara de des*osto e mudou de posição nacadeira.

- /or que ele vai precisar né?- 3im.- E quem é ele?- Hoc, vai sa!er.- /ois então enquanto voc, não me disser o nome eu não(aço.3nail deu um 3"'" irritado na parede que a (e# dar um pulo

e se arrepiar. "!servouo com olhos arre*alados de susto. Elerealmente  parecia (urioso mas nada disse. "lhou para ooutro lado e parecia pensativo além da conta so!re se deveriacontar a ela. "u não.:ouve sil,ncio. E então som>- "K eu vou lhe di#er.

E 3nail al(ord en(im disse 7 Liriel a!!iani o nome dequem era ele.E ap5s entender do que é que estava (a#endo parte ela nãoapenas voltou a se concentrar além do que achava serposs)vel como passou a dar o m6&imo$ mas o m6&imo

mesmo de si em cada nova tentativa.

04

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Foão :anson audava a irmã a limpar a casa mas sua mentenão estava ali. Ele varria a casa com uma vassoura velha. Elausava um !alde para limpar al*uns compartimentos de !arroque serviam de pratos para a (am)lia com uma touca

improvisada nos ca!elos.Foão pela primeira ve# na vida varria a casa com um sorrisotão *rande na (ace que mal ca!ia nela de(ormando o rosto.1e&ia porém a vassoura de uma maneira esquisita queparecia tudo menos uma pessoa que pretendia varrer al*umacoisa.- Esquerda direita esquerda direita esquerda direita uma

(inta em!ai&o direita ele di#ia quase em transe para sipr5prio. E então recomeçava> Esquerda direita esquerdadireita...- " que é isso Foão? 1aria não a*uentou mais (icar olhandopara aquela cena sem sa!er o si*ni(icado.Foão pareceu sair de um transe.

- " que (oi *arota?- " que é isso que voc, est6 contando de esquerda pra l6 edireita pra c6? +6 tendo aulas de dança a*ora?Foão pareceu em!araçado. 1aria poderia urar que ele (icouaté mesmo vermelho.- -ão p<D Gsso é da aula de... &adre#.- Fo*adas de ta!uleiro? " &adre# de -ova Ether envolvia

simulaçes de *uerra em um ta!uleiro e o*adas de dadosocultas. =e ve# em quando um o*ador poderia andar menoscasas do que sua o*ada de dados permitisse. Essa o*ada era

chamada de uma finta.- /or a)...- Gmpressionante como voc, sempre *ostou dessas simulaçes

de *uerra não é? As crianças de Andreanne costumam ser(ascinadas pela hist5ria de /rimo Bran(ord. Hoc, era a %nica

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que sempre se interessava muito mais pela de Arthur/endra*on...- C eu *osto. m dia vou me tornar cavaleiro.- Eu vou sempre lhe apoiar nos seus sonhos Foão. /ena que

cavalaria é para no!res...- Hoc, é uma ple!eia e est6 namorando um pr)ncipe...1aria continuou olhando para ele surpresa com a respostainteli*ente. Ainda assim Foão parecia estar em qualquer lu*ardo mundo menos naquela casa varrendo aquele chão. E elatinha idéia do motivo.- Hoc, parece (eli# hoe não é?

Ele continuou sorrindo. 3a!ia que ela não a*uentaria eper*untaria de novo de uma (orma um pouco mais diretadessa ve#.- Hoc, tam!ém não vai me di#er o porqu,? ela até parou deen&u*ar o que estava en&u*ando para ver se ele lhe davaatenção.

Ele continuou sorrindo. 3a!ia que ela pr5pria responderia 7pr5pria per*unta.- Hoc, (alou com ela não (oi?Ele parou de varrer e olhou para ela. 1ordeu os l6!iostentando evitar outro sorriso. 1as não dava$ não dava para

esconder aquilo. /orque ele n-o queria esconder aquilo.- oi...1aria arre*alou os olhos e lar*ou tudo en&u*ando as mãos ese apro&imando dele como se a maior not)cia do mundotivesse sido revelada. ma not)cia ali6s que ela mesma 6tinha conclu)do inclusive.- 'araca *arotoD 1e contaD 'omo é que (oi?Foão voltou a varrer como se aquilo não (osse de *rande

importJncia para nenhum dos dois.- Ah *arotaD 'uida da sua vida que eu cuido da minhaD

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- Foão :ansonDDD ela disse com a autoridade de irmã maisvelha. /ode contando tudo. A*oraD

- Ei... ele achou *raça. Eu me meto nas suas coisas com o

principe0inho7

Ela achou *raça da alcunha. Era o apelido que ele usava comtraços de ci%me 6 h6 um ano para se re(erir a &el.- 1as é claro que se meteD "u voc, se esqueceu da ver*onhaque me (e# passar no meu primeiro encontro?

Foão mordeu os l6!ios. -ossa como ele era...  infantil  umano antes.

- +6 certo. 1as é s5 dessa ve# pra compensar.- E a)? E a)? "nde (oi que voc, (alou com ela? oi na porta dacasa dela ou (oi na praça ou...- oi na Arena. Atr6s de um pinheiro.- m pinheiro? ;ue per(eito...- /or qu,?- /elo que eu li eles sim!oli#am a (é e a esperança além deservirem como met6(ora para a rvore da Hida. Al*uns locaiso chamam de pino.- 3e voc, di# ca!eçuda...- 1as termina de contarD ela reclamou como se não (osse elaquem o tivesse interrompido. E a)? Hoc, (alou pra ela ir atél6?

- -ão. Eu pe*uei ela pela mão e levei ela até l6D1aria sorriu o sorriso *ostoso que as mulheres sa!em sorrirdiante do valor desses detalhes simples em tais situaçes paraelas duas ve#es mais importantes que para os meninos que se

concentram em outros detalhes.- E ela?-

/arecia nervosa.- E voc,?- Eu não.

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FoãoDDD- 1uito. -ão sei se (iquei mais nervoso na vida diante da!ru&a cani!al ou diante dela aliD- ;ue comparação horrorosa FoãoD

- Bom se voc, não quer ouvir eu vou voltar a varrer...- =ei&a de ser chato &uan0inhol- +6 !om !estonaD /rimeiro eu limpei o rosto dela com o meulenço. =epois eu tirei uma rosa do meu colete e (i# o pedidoD1aria em um ato completamente desastrado de surpresaderru!ou com estardalhaço o que ainda so!rava do !alde. A6*ua se espalhou pelo chão mas ela nem se importou.

- Hoc,... voc, pediu? Hoc, pediu? 1as... pediu pediu

mesmo7- /edi. i# que nem ela. 1andei na cara lo*o.1aria a!riu a !oca o m6&imo que conse*uia e a mantevea!erta enquanto dava pulinhos. Foão se sentia no topo domundo.- 'araça caracaD E ela? E ela? :ein e ela?- Ela aceitou.1aria ainda com a !oca a!erta o m6&imo que conse*uiacomeçou a me&er os !raços para a (rente e para tr6s a*itandoos ca!elos mais parecendo estar correndo no mesmo lu*arque qualquer outra coisa.

- E depois?- A *ente se !eiou.- =e l)n*ua? olhos arre*alados.- oi sim. FoãoDDD- +6 p<D oi selinho$ voc, conhece como ela é doida. 1as!om daqui a pouco eu consi*oD Eu 6 sei que tem semanas em

que voc,s são  estranhas C s5 eu conse*uir !eiar ela em

uma semana normal, voc, vai ver s5.

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1aria pe*ou um pano e começou a en&u*ar a 6*ua derramadano chão. Ela tam!ém sorria como nunca antes na tare(a.- Então... (oi !om né moleque?Foão suspirou antes de voltar a varrer a casa. E sorriu.

- /or inteiro cara./or inteiro.Ao (undo em outro c<modo Foão :anson não sa!ia mas seupai o escutava. E tam!ém sorria. Ele nunca nunca diria aquiloao (ilho mas ele estava or*ulhoso daquele *aroto.Ele estava or*ulhoso o su(iciente para toda uma vida.

05

An)sio Bran(ord caminhava com um punho se*urando ooutro e os !raços para tr6s por corredores de muitas !ele#asnaturais e sons a*rad6veis aos ouvidos. Ao seu lado o *nomoumpelstichen o acompanhava pelo passeio matinal.

'omo se daria teu t)tulo em tuas terras comparados com osnossos senhor umpelstichen?- Hossa 1aestade em 1echa capital de La!uta seria o queaqui v5s considerais um !arão.- sa o tu comi*o em ocasies particulares como estas./ermitote. uarda o vossa para situaçes em p%!lico de

maior pompa.- 35 tenho a a*radecer a !ondade Hossa 1aestade.- 1e surpreende que tenhas um t)tulo a!ai&o de duque.Ali6s tu pareces um ser de surpresas (6ceis. "ntem tu mesurpreendeste com tua che*ada dos céus. 1as muito mais mesurpreendeste por tuas propostas tu podes supor o quanto?- /rovavelmente.

- E podes supor por que motivos tuas propostas me (ascinamtanto quanto preocupam?

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- /rovavelmente porque Hossa 1aestade até o momento pormais que comamos da mesma comida ou caminhemos por!elos cen6rios trocando sorrisos e elo*ios não podeis a(irmarse nossa sinceridade é veross)mil ou não.

- +u és tão inteli*ente quanto pareces senhor umpelstichen.- "!ri*ado ei Bran(ord. 1uito me honra tal coment6rio.- 1as ainda não sei o que concluir a respeito da questão que tumesmo levantaste.- Hossa 1aestade é verdade quando dissemos que tudo o queconhecemos ter6 de ser revisto. ;ue -ova Ether inicia umaEra -ova não apenas no plano imaterial como no de

conhecimento e evolução. ;ue n5s desco!rimos a (orça de*,nios e que ne*ociamos com eles. E que estamos aqui parapropor uma parceria a Ar#allum posto que tam!émpoderemos e&por a mesma proposta a qualquer outro que semostre um parceiro mais vantaoso para meu povo.- " que me (a# pensar até onde vão os limites da lealdade do

povo *nomo mesmo dentre aqueles que se tornam seusaliados.- -ão vou mentir ei Bran(ord que n5s *nomos mantemosnossa lealdade nos limites de nossos interesses. Entretantocomo podeis ver não mentimos so!re nenhuma circunstJnciae acho isso uma vanta*em a ser considerada.- E por qu,?- /orque pre(iro como aliado um interesseiro assumido queme di*a verdades do que um interesseiro enrustido que (inaa*ir por empatia ou altru)smo mas me di*a em!ustes.- +eu povo nunca mente?- +alve# ve# ou outra ele possa até sim omitir é verdade.1as mentir mentir não. 1entir não.

- /ara tra#er a Ar#allum a evolução que prometes e para (a#,lo so! os termos de tra#,la até aqui primeiro do que aos

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outros ima*ino que co!res um preço alto não senhorumpelstichen?- 'om toda a certe#a Hossa 1aestade.- m preço em moedas de eis?

- E muito mais 1aestade.- alas do preço dos *,nios?- E de muito mais 1aestade.ei An)sio o!servou o ardim de (lores coloridas espalhadasentre est6tuas de ala!astros mas não reparou em nenhumacor. Estava pensativo e tenso$ não era (6cil para um homemter o poder do mundo nas pr5prias mãos.

Ainda pensativo ele per*untou>- Até onde vão os limites da am!ição *noma?- Em terras pr5&imas de onde toca a am!ição humana.ei An)sio ainda era um conunto de d%vidas. 1as a cada diamenor do que no dia anterior.- aremos assim> tu ir6s me contar tudo o que preciso sa!er

para que eu possa pesar tudo o que preciso acatar. 1as tu o(ar6s sem mentir ou mesmo omitir quaisquer revelaçes pormais di()ceis que elas seam. 3e nossos povos vão dar asmãos quero que am!os o (açam com as mãos limpas.Estamos de acordo?- -ão h6 maior pra#er para um ser como eu do que ne*ociarcom um s6!io como v5s ei Bran(ord.

E homem e *nomo ei e !arão sentaramse diante de um!elo cen6rio natural enquanto um relatava ao outro tudo oque o outro precisava sa!er. 'ada ve# que um (alava o outropermanecia em e&tremo sil,ncio. /ara ouvirem um ao outro epara ouvirem a si mesmos. /ois cada palavra que co!ria cadasom naquele ardim aquele dia tra#ia com ela o destino de

muitas vidas e de muitas raças muito além de seus pr5priospovos. 1uito além de suas pr5prias vidas. "u de seuspr5prios sonhos.

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Ali naquela conversa o mundo 6 começou a mudar.

0

Ele havia andado por al*uns quil<metros e era tempo desa!er se (ora o su(iciente. /or outros conse*uira carona nascostas de charretes. Era (6cil para ele conse*uir carona$ era(6cil para ele conse*uir qualquer coisa. osse 6*ua$ (ossecomida$ carona$ hospeda*em$ até mesmo lealdade. Ao menosquando se tratava do povo da ple!e aquele homemconse*uiria qualquer coisa até mesmo suas almas. Bastaria aele apenas pedir.Ele che*ou a um !airro da peri(eria e andou pelos caminhosmenos movimentados para não ser reconhecido. /assou por!ecos e cumprimentou indi*entes. /assou por !ares mas nãoentrou em nenhum deles. 'ada parede decalcada cada murosuo com pichaçes de (rases que di#iam ser suas o (a#ia

repensar a pr5pria vida a pr5pria ornada e os pr5priosconceitos. m *rupo de adolescentes !rincava de um o*ocom uma !ola de meias e parou para o!servar o sueito!ar!udo que passava. Apontaram para ele e cochicharam entresi. ;uando um homem que tem metade de si trans(ormada emmito aparece em nossa (rente é di()cil acreditar em suae&ist,ncia. /ois um homem ou mulher que tem em metadede si um mito não tem tanta di(erença assim para um semideus./essoas humildes se apro&imaram dele e sorriram sorrisos quenão lem!ravam que sa!iam sorrir. Eram pessoas de vida detratos e de sonhos humildes. Eram pessoas de vidas simples$de vidas tristes$ de vidas enclausuradas por limites além de

seus controles pois mesmo o mais humilde pode ter umcoração de *randes sonhos. Elas sorriam e a*radeciam. E

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di#iam o nome com a entonação de um mantra sa*rado.LocKsleR.Ele continuou seu caminho na direção de uma (a#enda.Al*uns caminhavam com ele (eito (iéis como se (osse ele

1erlim Am!rosius o 'hristo de -ova Ether. E ele permitiuque eles caminhassem ao seu lado e que contassem a ele suashist5rias e o atual estado de suas vidas diante da atualrealidade daquelas terras. /ermitiu mas até che*ar 7quela(a#enda r%stica. Ali ele (e# um sinal aos que o se*uiam etodos entenderam.E permitiram que a partir dali ele caminhasse s5.

LocKsleR caminhou na direção daquela (a#enda e seus pés sesuaram de lama. Ele ouviu o !arulho de porcos. Ele sentiu ocheiro ruim de estrume e não perce!eu tanta di(erença docheiro que sentiu por tantos anos enclausurados na prisão./assou direto pela entrada da resid,ncia com o coração leve.

Ele iria !ater na porta de madeira carcomida mas sentiu que

a pessoa que procurava não estava l6 dentro. E então ohomem contornou a casa.E a viu.Ela estava usando roupas que apenas homens deveriam usar.Estava (a#endo serviços que apenas homens deveriam (a#er$não porque o se&o (eminino sea (r6*il demais para se i*ualarao se&o masculino mas porque mulheres são seres (ant6sticosdemais para utili#arem suas ener*ias em tra!alhos que não sãodi*nos de suas sensi!ilidades.Ele caminhou na direção dela e ela não ouviu. "s porcoscontinuaram se alimentando e i*noraram o homem que seapro&imou. 1as a som!ra dele a avisou e da som!ra que s5e&istia porque havia lu# naquele momento o olhar dela

encontrou o homem. A lu# do sol iluminou os dois e oscoraçes de am!os pulsaram vivos. Ela lar*ou o saco de raçãoque tinha nas mãos. Ele lar*ou o que quer que estivesse nas

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dele. Ela tirou as luvas pesadas que vestia. Ele soltou toda a!a*a*em quase nenhuma que carre*ava. E houve sil,ncio$do tipo que precede o sonho ou a realidade que caracteri#a areali#ação de um sonhar. /ois muito (6cil é sa!er o que sonha

o homem que ama. E mais ainda a mulher que vive talsonho.Ela correu e havia l6*rimas que dei&avam marcas na corrida.oram de#essete anos 7 espera dele. C claro que teve outroshomens nesse tempo mas nunca outro amor. Eles entraramem sua vida e sa!iam que tinham data esta!elecida para sairpois o coração que sente o que eles sentiam é um coração

pleno.E !endito é o coração (rio aquecido por amor.Ela pulou nos !raços dele com a roupa sua de lama e ele s5conse*uia ver a !ele#a que e&istia nela. E que emanava dela.Em nenhum momento ela disse al*o$ nem mesmo o nome quelem!rava um mantra. E por muito tempo eles permaneceram

a!raçados sem di#er uma palavra sequer. " sil,ncio que se(a#ia e&istia não porque um não tivesse mais o que di#er aooutro ap5s tanto tempo mas porque para duas almas que sereencontram não h6 nada que precise ser dito não importaquantos dias quantos anos ou quantas vidas se passem.E então do sil,ncio que precede o !eio nasceu o primeirosom que veio dele. " som que dançava entre suas palavras

entre seus pensamentos e entre seus sentimentos. " motivo. "destino. A motivação.1arion." nome havia sido dito como um mantra.E&istem poucas !em poucas coisas pelas quais vale a penaviver e morrer.

" amor é uma delas.

0!

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Ariane estava com a mãe em um case!re isolado. Estavam alias duas mas não estavam so#inhas. :avia mais uma. :aviaoutra.

- =esde quando isso acontece? a senhora per*untou.- =esde... desde quando mesmo querida? per*untou Anna.- =esde a minha iniciação.

A senhora a!ai&ou a ca!eça concordando. " nome da terceiraera 1adame Hiotti e ela era uma !ru&a. ma das mel'ores.

- Gsso é normal madame?- +alve# se levarmos em conta o potencial dessa menina.- " que são estes sonhos madame? per*untou Ariane.- Hia*ens.- Hia*ens?- /lanares.- Ah sim a*ora e&plicou tudo...- ArianeD repreendeu a mãe. ale direito com a madame...

Ariane em!urrou a cara não *ostando de ser repreendida na(rente de outra pessoa. 1adame Hiotti (e# um sinal de tudo!em para Anna e sorriu para Ariane como sempre .- ;uerida eu quero que voc, ima*ine uma no# certo?- ... ela não respondeu ainda em!urrada com a mãe.- 'erto? Hiotti insistiu.- 'erto.- 3e eu lhe dou uma no# (echada o que voc, (a#? Hoc, colocana !oca e come?- =ãD C claro que não. -o#es t,m cascaD- Ariane... voltou a di#er a mãe com uma vo# *rave. Arianeresolveu não piorar o estado de humor dela e tentou levar asério a conversa.

- Então o que voc, (aria primeiro?- Eu que!raria a casca.- /or qu,?

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- /orque não se pode comer a cascaD- /or qu,?- /orque é horr)velD- 'onheço animais que a comeriam...

- 1as não é pra isso que serve a cascaD- C pra qu,?- E pra prote*er o que est6 dentro dela entendeu?- E o que est6 dentro dela?- A no#D- 1as a casca também não (a# parte da no#?Ariane estava começando a (icar nervosa. F6 era impaciente

por nature#a$ aquelas per*untas s5 a dei&avam ainda maisa*itada.- +ipo... é assim 5> a casca (a# parte da no# s5 porque  protege ano# sacou? 1as ela não é a no#no# entendeu? Ela s5 (a#parte. 1as a no# de verdade est6  dentro  da casca t6 meentendendo?

- :um...1adame Hiotti pareceu muito mais satis(eita. Balançou aca!eça al*umas ve#es e voltou a sorrir.- ;uerida ima*ine a*ora assim. Gma*ine que n5s somos(ormados de ener*ia semidivina mas que somos parecidoscom essa no# que voc, pensou certo?- +6. Ariane começou a prestar mais atenção naquela

conversa. Até se esqueceu de que estava em!urrada com amãe.- Gma*ine que assim como voc, mesma e&plicou n5stivéssemos uma casca ao nosso redor que nos  protegesse. maproteção um pouco mais... (orte que nos envolvesse.- :um... hum...

- 1as ao mesmo tempo ima*ine que essa casca (osse a *entemas ao mesmo tempo não (osse exatamente a *ente. ;ue oque quer que n5s seamos s5 pudesse ser realmente

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encontrado  dentro dela. E que essa proteção (osse s5 umacasca que prote*e a no# de verdade entendeu?+6.- 3e voc, plantar uma no# com casca o que vai acontecer?

- "ra essa não vai acontecer nadaD- E se a *ente a tirar mais tarde de de!ai&o da terra...- Hai estar a mesma coisa.- E se voc, plant6la sem a casca?- Hai nascer sei l6 um pé de no#esD- Então ela vai evoluir para al*o melhor.- +ipo... acho que sim né?- E nisso que devemos pensar.- 'omo assim?- Gma*ine que esse corpo de carne que voc, tem com todosesses olhos !onitos que voc, tem (osse apenas a casca deuma no#...

- ... e que quem quer que voc, sea de !erdade estea dentro

de voc, prote*ida por essa casca.- ... !ele#a.- 3e voc, acreditar que voc, é apenas essa casca ao seu redora sua vida vai ser como a no# que é enterrada com cascaentende? Ela não vai mudar nem vai evoluir. -ão importa oque aconteça no (im quando a casca apodrecer ela vai ser a

mesma.- +< entendendo...

- 1as se voc, entender que voc, na verdade é o que est6

dentro da casca então voc, vai ser capa# de evoluir como ano# plantada sem ela.- 'erto. 1as o que isso tem a ver com os meus sonhos?-

;uando a *ente dorme a nossa casca se abre.

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Ariane (icou em sil,ncio. Apesar de seu racioc)nio uvenilainda ser limitado perto do daquela senhora e&periente alguma

coisa passou a (a#er sentido.- Então... quer di#er que a *ente...

- ;uero di#er que é um dos modos de a *ente ativar a nossano# de verdade.

- E por que a *ente nem lem!ra direito dos sonhos?- /orque a maioria acredita que a no# é a casca.- E por que eu sou di(erente?- /orque voc, 6 entendeu que não é.- 1as voc, aca!ou de me e&plicar isso tudo. 'omo eu poderia

sa!er disso antes?- /orque voc, 6 plantou a no#. A de verdade.- ... plantei sem a casca?- /or isso é no sono. E ao lon*o dele.- Então nasceu um pé de no#es?- Então voc, evoluiu.

Anna o!servava admirada aquela senhora e sua (orma decolocar as palavras. Ela sa!ia que não estava diante apenas deuma pro(unda conhecedora dos *randes mistérios.Ela estava diante de uma verdadeira mestra.- E madame... Era not6vel como Ariane voltava a (alar comaquela senhora de uma maneira não apenas respeitosa comosincera por um respeito conquistado em ve# de imposto. ...o

que vai acontecer daqui para a (rente?- " pé de no#es vai dar (rutos...- 1as o que são esses lu*ares que o meu eu de verdade visita?- 3ão outros planos.- =e qu,?- =e éter. Locais como -ova Ether nascidos da ess,ncia de

um 'riador e outros semideuses que os mant,m vivos.

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- au. Ariane estava assustada. +odas aquelas in(ormaçesdavam medo 7 primeira vista. 1as tam!ém era de admitirque ao mesmo tempo eram e&tremamente e&citantes.- E esse é s5 o primeiro passo...

- 'omo assim madame? per*untou dessa ve# a mãetam!ém um pouco assustada. /or enquanto Ariane precisa do sono porque ainda não (oitreinada. Ariane mantinha seus t)picos olhos arre*alados. 1as no (uturo ela não (icar6 presa a essa condição. "lhos

ainda surpresos.Lo*o ela vai aprender a que!rar a casca sempre que quiser."s olhos arre*alados não diminu)ram. 1as havia nascido umsorriso a!ai&o deles.

0"

" estran*eiro ainda era intimidador. &el encaminhouse até

uma 6rea isolada do e&tenso ardim do rande /aço com uma(onte no centro que dei&ava no ar aquele !arulho a*rad6vel de6*ua correndo. L6 entre posiçes meditativas que maispareciam uma dança lenta o pu*ilista oriental que vierarepresentar outro continente se e&ercitava. "u ao menosparecia se e&ercitar.

- Gsso é uma espécie de... dança?" homem não respondeu. &el (oi tomado por !om senso e

não o interrompeu mais até que o outro  parecesse  terterminado.- =esculpe por interromper..." oriental (e# um sinal com a ca!eça. E o pr)ncipe per*untou>- Hoc, (ala o altivo?- Eu... estudar um pouco.- 'omo é mesmo seu nome estran*eiro?

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- u**iero.- C um nome... di(erente.- Assim como o seu.- -ão aqui nestas terras.

- Assim como não o meu em minhas.&el se sentiu idiota com a conclusão 5!via.- 3eus olhos são di(erentes u**iero. -unca havia visto umapessoa com olhos ras*ados como os seus.- F6 eu achar que os olhos aqui ser *randes demais.- Em suas terras todos t,m olhos assim?- Até as mulheres.- Elas devem ser muito !onitas...- +anto quanto as daqui.&el deuse por satis(eito. 1ovimentouse em alon*amentos.- 1as... voc,s en&er*am normalmente com esses olhos(echados?- +anto quanto voc,s (a#er !em tantas per*untas com !ocas

pequenas. &el riu se dando conta do que (a#ia.- =esculpe. C que (ico curioso so!re a cultura oriental. Gssoque estava (a#endo ainda h6 pouco por e&emplo. ;uemovimentos eram aqueles?- 3ão movimentos de respirar.- /or que não melhorar a respiração com e&erc)cios aer5!icos?- " que ser isso?- "s e&erc)cios... sa!e?... de es(orços ()sicos de movimentosr6pidos.- Ah sim... aer5!icos.- Gsso. /or que não usar esse tipo de e&erc)cios para melhorara respiração?- /orque e&erc)cios de movimentos r6pidos (a#er !em ao

corpo. 1as não toca em esp)rito.- /u*ilismo é corpo.- /u*ilismo é esp)rito.

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- -o "cidente o pu*ilismo é uma (orma de com!ate.- -o "riente um caminho de vida.&el parou tudo surpreso. Lar*ou seu alon*amento para l6 e(icou eu(5rico. Apro&imouse.

- EsperaD Est6 (alando de artes... marciais? Artes marciaisde !erdade7 " homem aquiesceu.- Hoc, as conhece?- -5s as vivemos.- Elas devem ser... (ascinantes.- Elas ser o que são.

&el parecia uma criança para quem al*uém di#ia possuir umnovo !rinquedo. -ão sa!ia nem direito o que (a#er.- Aquilo... aquilo que voc, estava (a#endo... os... movimentosde respiração... o homem aquiesceu mais uma ve# para opr)ncipe compreendendo o idioma. ...aquilo é arte marcial?- +udo ser.- -ão compreendo.- Artista marcial compreender que ter dentro de si uma ener*iamaior. ma ener*ia e&traordin6ria.- Cter.- -ão importar nome. 3e eu disser a voc, que aquela rosa sechama (ormi*a ela não dei&ar6 de ser (lor. E ser !ela. Lo*oa importJncia est6 em que olhe para ela e não pense nela

como rosa. 1as pense nela como (lor. E como !ela.- -ão colocar nela um r5tulo...- Eu não entender essa palavra. 1as acho que voc, entender amim. 3e voc, pensar em uma (lor como (lor todas as (loresserão (lores. E voc, as respeitar6 da mesma (orma nãoimportar qual sea o nome ou qual sea a cor que elas tenham.'ompreender?

&el estava (ascinado$ (ascinado demais. u**iero concluiu>

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- A ener*ia de que (alo ser mesmo caso. -ão importar quenome tenha. -ão importar o que voc, ler so!re ela. Gmportarque a sinta. Gmportar que a compreenda. E que a respeite.- Hoc, sente a ener*ia naqueles movimentos não é?

- Eu a sentir em todos os momentos.- E... como é essa sensação?- /lena.&el ainda era (ascinação.- Hoc, acha que um dia eu poderia aprender e alcançar esseest6*io u**iero?- Hoc, precisar primeiro desco!rir como calar seus

pensamentos.- 'omo voc, cala os seus?- -ão penso nisso.&el ponderou e começou a rir so#inho da resposta.- Gsso é uma espécie de sarcasmo oriental?u**iero sorriu ami*avelmente.

- -ão entender a palavra...- /ois eu acho que voc, a compreende sim muito !em.u**iero (e# um cumprimento de rever,ncia curvando otronco com um *esto estranho de mãos. F6 ia se retirandoquando...- Espera.Ele se virou. &el o o!servava concentrado.- 1e mostre.- " qu,?- A ener*ia.- F6 lhe di#er que não ser assim.- "ra que se daneD -ão importa como seaD Eu estou lhepedindo que me mostre de al*um eito como é essa ener*ia de

que (alaD 3e e&iste mesmo em n5s uma (orça tão poderosaquanto voc,s pre*am tem de haver uma (orma de podermani(est6laD

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- 3enhor Bran(ord haver sempre h6. 1as s5 quando e&istemotivo.&el estava (ascinado demais com aquilo$ (ascinado a pontode não conse*uir pensar em estar tão perto e não ter  aquilo.

- Eu #uero que voc, me mostre.- 3eu e*o não ser motivo.- /or (avor...u**iero não es!oçou reação. /ara o pr)ncipe de Ar#allum aindi(erença dele era pior do que a recusa pois intimidava acontinuidade da reação hostil.- /or (avor... &el insistiu. 1inha humildade não poderia

ser um motivo?- +riste deve ser o homem que (a# (orça para ser humilde.&el suspirou. Era um ovem em con(lito relem!rando depassa*ens em que 6 errara outras ve#es.- 3a!e... uma ve# uma (ada me deu uma lição parecida. Eparece que eu não aprendi.

- ma !oa (ada?- 3im. Ela tinha a pele ne*ra uma linda vo# e era !ela$ eununca havia visto uma (ada como ela antes. " nome era...- -ão importar que sai!a seu nome. -ão importar a cor nem a!ele#a. Gmportar que a perce!er como avatar simplesmente.- 1as eu não a rotulei como pode parecer...- 1as s5 ao se concentrar nas caracter)sticas erradas voc, 6

esquecer as liçes aprendidas." pr)ncipe a!ai&ou a ca!eça e coçou o ca!elo atr6s do crJnioem!araçado. 'omo que com pena u**iero cortou o sil,ncio>- " que ela ensinar a voc,?- ;ue a (é pode mover sete montanhas.- Ela testar voc,?

- 3im.- Hoc, passar?- 3im.

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- 3e voc, passar em um teste de (adas por que ela precisarentão lhe ensinar humildade?- /orque eu me senti or*ulhoso com a aprovação." oriental sorriu e !alançou a ca!eça compreendendo.

- Ela me disse que sou um pr)ncipe e não posso errar porquepreciso ser e&emplo. ;ue o pensamento é mais peri*oso queuma espada. E que o 'riador s5 olhar6 por mim enquanto eu

honrar minha criaç-o.- Então a (ada entender a arte marcial.

- Ela praticaria arte marcial?

- Ela entender a arte marcial.- 'omo al*uém pode entender al*o que não pratica?- 3e da onde eu estou eu apontar para aquela (lor e da ondevoc, est6 voc, apontar para a mesma (lor quem o!servarpara onde apontarmos não ver6 a mesma (lor?- 'om certe#a.- Então qual a di(erença do dedo que aponta?&el ponderou e aquiesceu al*umas ve#es mordendo osl6!ios. E concluiu em vo# alta>- " importante é para onde ele aponta...

- " importante é entender para onde ele aponta.- 'ompreendo.- E tanto o dedo que ter 5ias quanto o dedo que ter calos...

- 3er6 visto simplesmente como um dedo concluiu opr)ncipe !alançando a ca!eça. 1antinha uma e&pressãosatis(eita. E u**iero voltou a sorrir.- Hoc, conse*uir o que queria. ...- Hoc, não querer sentir um pouco da plenitude que a ener*ia

tra#er?XC assim.0#

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Foão :anson voltava da (eira da cidade apressado. Levava

(rutas pedidas pela mãe e levava  rápido.  A ur*,ncia nãoes!arrava no deseo incontrol6vel da senhora :anson por

(a#er mais al*um doce como pode dar a parecer mas porquea hora de in)cio do /unho =e erro se apro&imava e ele nãoiria perder aquilo por nada. /or nada.'orria por uma trilha que conhecia !em e ouvia pessoasconversando que *ravavam no ar palavras em que elees!arrava enquanto corria. A maioria dessas palavras (a#iare(er,ncia ao evento dali a al*umas horas. 1as nem todas.Al*umas delas eram !em di(erentes e tra#iam viol,ncia ea*ressividade no tom como se al*uém as tivesse *ravado noar em ne(r)*o+1as o mais curioso era que corria por causa da preocupaçãocom o pai.

Bom vou (alar a verdade> Foão não estava correndo  s5  por

causa da apro&imação do torneio. /or isso tam!ém mas nãosomente. 'orria porque h6 tempos al*o martelava em suaca!eça e ele precisava desco!rir o motivo. " (ato é que h6tempos vinha perce!endo que uma ve# por m,s seu pai sa)a decasa sem motivo e voltava... di(erente. 8s ve#es voltava maissério$ outras parecia preocupado$ outras taciturno. -ão

importava$ sempre voltava di(erente e quem é (ilho que seimporta sa!e reconhecer essas coisas nos pais.:avia tentado sondar al*o com a mãe 6 aviso antes queal*uém per*unte. Entretanto sentiu que a mãe desconversou.

E de uma (orma um tanto estranha tam!ém. Lo*o começoua ima*inar que seu pai tivesse uma amante e s5 essepensamento 6 parava seu coração. /ensou em conversar coma irmã mas ao mesmo tempo (icou com receio de colocarcoisas na ca!eça dela que se trans(ormariam em

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preocupaçes antes mesmo de sa!er se havia motivo para tal.F6 vira isso acontecer antes$ quantas verses não desco!riuso!re os casos maca!ros que envolviam ele e sua irmã e osso!re Ariane? ;uantas verses que variavam das ori*inais?

ma ve# o!servou o caminho que o pai (a#ia nesses diasesquisitos. 3e*uiuo de (orma competente mas desistiu nomeio do caminho por peso na consci,ncia. 3entiuse mal por

estar a*indo nas costas do pai$ por desconfiar  dele. Era

uma...  criança  de tre#e anos e tinha o direito de pensarassim.

1as a*ora não. A*ora ele era um adolescente de cator#eprestes a (a#er quin#e anos e precisava #elar pela inte*ridadede sua (am)lia mesmo porque se al*uma coisa acontecesse aopai seria ele quem se tornaria o homem da casa. E se seu paitivesse outra (am)lia que eles não sou!essem? E se estivessetirando dinheiro de casa para sustentar al*um v)cio? Erammuitas hip5teses que sua ima*inação conce!ia e aquilo estava

lhe corroendo. Era por isso que ele corria aquele dia naquelatrilha a tempo de alcançar o pai desco!rir o que tinha dedesco!rir e voltar para ver o in)cio do /unho =e erro.Ao (undo uma *rande (a#enda morada de um som!rio conde.Ele sa!ia que era ali que dava a trilha se*uida pelo pai nos

dias estranhos, e isso s5 piorava a i*norJncia so!re os

motivos porque aquele lu*ar lhe arrepiava a alma. A questãoera que aquela (a#enda não era uma (a#enda qualquer. Era a

a0enda de 6squeletos. " lu*ar onde nem os no!res de t)tulos pr5&imos *ostavam de visitar por mais dinheiro queaquele homem pudesse parecer ter.Apro&imouse deva*ar e escutou a vo# de :)*or ao (undo.

Estavam nos arredores da (a#enda em uma clareira queapesar das pouqu)ssimas 6rvores ainda assim servia para eleo!servar quieto de lon*e seu sinistro an(itrião.

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'onde Edmond =antes. " 'onde de Zdio. m homemsom!rio que pin*ava ira. =i#iam que a vin*ança corria emseu san*ue e que sua pai&ão não tinha limites. 1uito maisdi#iam as pessoas> (alavam so!re ma*ias escuras e pactos com

entidades som!rias. =i#iam que 6 havia sido preso eescapado da prisão dis(arçado do corpo do ami*o morto ou

escapado no corpo do ami*o morto. astara o resto de suasener*ias em vin*ança$ (i#era acordos com !ru&as para enviara alma de seus desa(etos para Aramis em so(rimento eterno. " que pelo amor do 'riador voc, t6 aprontando pai? elesussurrou entre ar!ustos.Foão não podia escutar o que di#iam. Estavam ali o pai oconde sinistro e um homem com a mão no ca!o de umaespada em!ainhada." homem com certe#a era respons6vel pela proteção dono!re e Foão se per*untou por que ele precisaria (icar deprontidão como se seu pai (osse um homem muito peri*oso.

" *aroto o!servou melhor o conde com quem seu paiconversava. Era ma*ro$ esquelético. +inha a pele p6lida!ranca an,mica como a pele do homem que não come oucome muito pouco. +inha olhos vermelhos de veiasestouradas e uma postura de peito estu(ado de quem (a# opr5prio or*ulho sempre che*ar primeiro. " homem quecuidava de sua proteção parecia em (orma mas tinha um olhardesa*rad6vel de quem parece estar constantemente malhumorado. sava um !i*ode que Foão inveou não porque*ostasse de !i*odes mas porque ele não tinha ainda a opçãode t,los ou não./erce!eu que o pai ar*umentou al*uma coisa. " condepareceu recusar. Ele ar*umentou novamente e dessa ve# o

conde aquiesceu. Então :)*or :anson retirou uma (aca desua cintura e o coração de Foão !ateu r6pido mas muitor6pido com isso. " *uardião de Edmond não retirou a mão da

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cintura. F6 ao redor do pescoço de conde Edmond preso porum cordão o menino perce!eu o anel. " anel querepresentava tudo o que seu pai era$ representava toda a

ener2ia que vinha dele. " anel que tinha uma contraparte no

dedo de sua mãe. m anel para aquela (am)lia quase m1sti*co, que prendia a ener*ia de :)*or :anson.E Foão :anson chocado viu seu pai (a#er al*o que suacapacidade de racioc)nio ainda não conse*uia entender.Aquilo era a!surdo. Aquilo era surreal. Era repu*nante eassustador.

" que Foão :anson viu era s5rdido$ o!scuro demais para um*aroto de cator#e anos entender o motivo.

10

Eu... preciso descansar. +udo !em.Liriel olhou para 3nail como se houvesse escutado a coisamais a!surda do mundo em!ora pela primeira ve# em sa!ese l6 quanto tempo ele houvesse concordado com ela emal*uma coisa.- 1as... por que voc, disse isso?- Hoc, não quer descansar?

- ;uero.- Então...- 1as... por que voc, aceitou assim tão (6cil meu pedido pradescansar?- Eu não deveria t,lo aceito?- =everiaD- Então...3nail o!servou Liriel com um olhar esdr%&ulo como se ela(osse uma alien)*ena cani!al. /rovavelmente se conhecesse

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Foão :anson os dois teriam muito que (alar do que sa!iamso!re mulheres ou mais provavelmente do que não sa!iamdi#er so!re elas.

- 1as... voc, até a*ora não aceitou nada do que eu (aleiD /or

que essa mudança de repente? vo# descon(iada.- /orque voc, merece.A (rase !ateu de modo pro(undo. Liriel se sentiu mal de estarper*untando aquilo tudo em!ora em seu comple&opensamento (eminino ainda não estivesse plenamentesatis(eita com a aceitação (6cil.

- 'erto. 1as que é esquisito é...- /or qu,?- /orque voc, não é assim.- E como eu sou?- rosso maleducado arro*ante e a*ressivo.3nail er*ueu as so!rancelhas. C assim que voc, me v,?

C...3nail pareceu um pouco... chocado. E não era (in*imentoquero di#er... não dava para (in*ir aquilo. Liriel se sentiu maloutra ve# de ter dito o que disse mas não podia mais voltaratr6s. Além do mais era tudo verdade mesmoD Esperava que one*ro aceitasse suas palavras até mesmo como um elo*io$

aquela reação dele era um choque tam!ém para ela.3nail sem di#er uma palavra saiu do case!re.Liriel o esperou um tempo. 1as ele não voltou.

11 

" que voc, quer tanto conversar Foão? per*untou 1aria:anson. /apai est6 envolvido com ma*ia ne*ra.

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12

Ei tudo !em? Liriel per*untou. :avia ido atr6s de 3nail e o

encontrado o!servando o porto com um olhar muito muitolon*e dali.- -ão.- /or que não?Ele (e# que não com a ca!eça.- -ão importa.

- Hoc, (icou... chateado com o que eu disse?- -ão importa.- Eu não sa!ia que palavras o incomodavam.- Elas não incomodam.- Hoc, parece incomodado...- -ão importa. Liriel (erveu.- Ai voc, sa!e ser irritante sa!ia? Ele pareceu quase sorrir.

- 3a!e... um suspiro ...ao lon*o da minha vida eu 6 (i#coisas que seriam consideradas ruins, me entende?- Entendo.- Eu sei que voc, me entende.- Gsso (oi uma ironia?- 35 um coment6rio.

- 3ei...- 1as !om entãoD -esse pouco tempo de vida eu conheci

pessoas ruins. =i*o pessoas ruins  mesmo  não apenas

pessoas de atos ruins, entende?- E qual a di(erença?- -ão sei se sei e&plicar. 1as acho que voc, sa!eria...

- /or que eu sa!eria?- /orque voc, é mais inteli*ente do que eu.- Gsso não é verdade...

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- C sim.- +6> eu sei que voc, sa!e que é.- Gsso (oi uma ironia?- -ão importa. "s dois riram.

- Bom eu diria que o que voc, quer e&pressar ne*ro é quee&istem pessoas que cometem atos ruins pelas

circunst/ncias  em que são colocadas. ma (orma deso!reviv,ncia.- /or a)...- E 6 outras pessoas cometem atos ruins por )ndole. /essoasque tenderiam a a*ir assim não importando em que situaçesestivessem.- Hiu como voc, é mais inteli*ente?- 3ão seus olhos.Ele riu. Ela emendou>- Hoc, vai se desculpar comi*o por ter me tratado daquelamaneira a*ressiva?

- /or que (aria isso?- /orque voc, não tem uma )ndole ruim. -ão... é?3nail apertou os l6!ios ao perce!er como havia sido colocadona parede. Aquela menina era mesmo inteli*ente. 1ais até doque ele *ostaria que (osse.- a!!iani uro que *ostaria mas não posso. /orque se (orpreciso tratarei voc, novamente daquele eito.- C tão importante assim?- " qu,?

- A missão em que voc, se colocou. E nos colocou.- Hoc, di# comparado a qu,?- A ponto de voc, evitar a %nica ami#ade que tem em proldela...

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3nail apertou o punho com vontade de dar outro soco em

uma parede. "diava a inteli*,ncia daquela *arota. #dia!a asua pr5pria admiração pela inteli*,ncia daquela *arota."diava a sua admiração por aquela *arota.

- Ela é importante a esse ponto... ele respondeu com umavo# (ria.Liriel !alançou a ca!eça e apertou os l6!ios. Ele lia adecepção em cada *esto (acial dela.- +ente ser *entil da pr5&ima ve# então ela disse. arotas*ostam disso...Ela virouse constran*ida e saiu dei&andoo so#inho. 3nail ao!servou voltar ao *alpão e sentiu a *ar*anta seca. Ele nãopodia se desconcentrar da missão a que (ora desi*nado comaquela menina. Era um soldado das ruas$ até um soldado do

mar e soldados  precisam  o!edecer a ordens. 1as s5 ocoração que nunca teve um ami*o sa!e o es(orço que é ne*aruma ami#ade.- Ela é importante a esse ponto... ele repetiu para si solit6rio ...mas eu *ostaria que não (osse.

13

LadR 1arion estava vestida com um roupão velho e

encardido mas que ainda assim lhe (icava !onito. -ão erauma mulher vistosa ao menos não mais. A idade haviadiminu)do a (ormosura$ a vida di()cil o !rilho que a alma (eli#re(lete. -a realidade 1arion nunca havia sido uma mulher de!ele#a ine*6vel$ tratavase de uma mulher normal mas detemperamento tão admir6vel e independente que a destacavadas outras damas ao redor.

-ão era 7 toa pois que o homem deitado em sua cama (osseo!ert de LocKsleR.

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- 3a!e tenho medo de conversar com voc, depois do nossoreencontro ela disse tra#endo duas canecas pesadas e cheiasde amassados com leite dentro.- C mesmo? E por qu,? ele per*untou pe*ando uma delas.

- +enho medo de que sea outro sonho...- 3onhou com nosso reencontro?- 1ais ve#es do que poderia acreditar.- Gsso me surpreende por vir da mulher que voc, é. Hoc, querdi#er que em todo esse tempo não apareceu nenhum outroem sua vida su(icientemente !om para lhe (a#er me esquecer?

- /ara isso eu precisaria querer.Ele (icou o!servandoa e ela podia urar que ele suspirou.1as isso não seria uma atitude t)pica daquele mito$ o!ert deLocKsleR era conhecido por ser or*ulhoso como um tronco de6rvore.Ela se sentou ao lado dele.- E a*ora o!in?

+o'in. " apelido dado por ela. Escut6lo novamente daquela!oca era uma via*em aos mais som!rios pores de umcoração. Ele não respondeu porém 7 per*unta. Aquilo eradi()cil para ele.E não por menos para ela.- Hoc, continuar6 a (a#er parte de um sonho?

- Eu represento um sonho.- Hoc, é um mito.- Eu sou um ideal. As pessoas acreditam nesse ideal por minhacausa. 1arion dei&ou sua caneca cair de (orma a(oita e!arulhenta. 3orteque havia 6 aca!ado de !e!er seu leite.- 3a!e h6 quantos anos eu o espero? ;uase vinte anos o!inD

ela alterou a vo#. ;uer que eu repita para voc,? /ois !emeu vou repetir> por quase... malditos... vinte... anosD- Eu não lhe pedi por isso...

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- "ra v6 se danar seu des*raçadoD Eu o esperei porque euamo voc,DEla er*ueuse irritada e deu as costas para ele apoiandose na

 anela. LocKsleR tam!ém se er*ueu vestido apenas com uma

calça.- E se voc, me ama como eu a amo sa!e que eu tenho de(a#er isso...- "ra l6 vamos n5s de novo... ela riu um riso de!ochado. "senhor eu tenho de (a#er issoD Hoc, tem de (a#er o qu,ca!eçudo? 3er o *rande l)der da nação? 3er o novo 1erlimAm!rosius ditar os caminhos como o novo 'hristo?- -ão (aça isso 1arion.- Eu diria o mesmo para voc, seu e*o)sta arro*ante metido asalvador do mundoD ela *ritou na cara dele. Eu tam!émdiria a voc,> não (aça issoD Eu poderia implorar a voc, porissoD E voc, dei&aria de (a#er isso por mim?- Hoc, sa!e que isso é maior do que n5s dois. -ão se trata de

voc, e eu se trata de...- 3e trata  apenas  de voc,D Hoc, sa!e o que é nascer nano!re#a e terminar alimentando porcos? Hoc, sa!e o que éver o nome da sua (am)lia ser arremessado na lama e se tornaruma p6ria entre o meio social em que cresceu? " que é versuas terras tomadas$ seus !ens con(iscados$ seu noivo preso eainda ter de a*radecer por ele não ser en(orcado?Ela começou a !ater no peito dele enquanto (alava e ele semanteve quieto. 3a!ia que ela precisava desa!a(ar tudo o queestava dentro dela. 3a!ia que ela até mesmo merecia isso.- 3a!e o que é ver seus anti*os ami*os virarem as costasquando passam por voc, na rua? 3er apontada pelas pessoascomo se (osse uma vul*ar? 3a!e o que é ver toda a sua vida

ser tirada de voc, e não poder (a#er nada porque os ladressão as mesmas pessoas para quem voc, deveria pedir audapara prender?

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1ais socos. 1ais sil,ncio. E l6*rimas.- 3a!e o que é o!in deitar em uma cama sem sa!er se voc,est6 viva ou morta? "u sem sa!er se voc, #uer  estar viva... oumorta? 3a!e o que é esperar quase vinte anos pela pessoa que

voc, ama?Ele a olhou no (undo dos olhos em choro. E disse>- Eu sei.Ela o a!raçou (orte e soluçou unto ao corpo dele.- -ão v6. /or (avor não v6. -ão de novo... não de novo...Ele mantevese a!raçado a ela até que ela se controlassenovamente. "u ao menos se controlasse um pouco. E então a

sentou novamente na cama r%stica pul*uenta e !arulhenta.- 1arion por (avor me escute.- -ão... por (avor não...- Entendo quando di# que carece de maior entendimento so!reminhas atitudes. Entendo e não a culpo. " que quero queperce!a é que diante do mesmo cen6rio que voc, aca!ou de

me e&por seria um a!surdo e uma calamidade se eu mecalasse e aceitasse essa situação...- 3e eu mesma me con(ormei com meu destino por que voc,não pode?- /orque nenhum homem pode admitir a vida sem li!erdade.- E por que tem de ser voc,?- /orque tem de ser al*uém.- E o que voc, quer (a#er o!in? ela e&altouse mais umave#. ;uer vestir novamente roupas verdes colantes e (icarsaltitando pela (loresta como se tivesse de#enove anos? Hoc,est6 com quarenta anos homemD ;uarentaD Hoc, não é maisaquele *aroto tolo (a#endo !rincadeiras mortais e sem limitescom um !ando de desocupadosD

- Hoc, est6 sendo inusta.- 'om voc,?- 'om eles.

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Ela suspirou.- ;ue sea...- 1arion voc, tem ra#ão em tudo em tudo o que di#. Eu nãosou mais um *aroto de de#enove anos sem responsa!ilidades

ou noção do tamanho de !rincadeiras peri*osas. -ão se tratamais do caso de *arotos re!eldes que querem desa(iar a lei.- E se trata de qu,?- 3e trata de um homem que quer colocar sua *entenovamente de pé.- Eu o odeio, sa!ia?- -ão. Hoc, me ama.- E qual a di(erença?LocKsleR se levantou e começou a !uscar o resto de suasroupas.- Essa é uma per*unta para poetas.- C verdade. Hoc, é apenas material para seus poemas. "pr)ncipe dos ladres.

- -ão eu sou o prncipe da plebe. "s ladres são de outra classe.1arion levantouse e mantevese a*itada sem sa!er onde!uscar ar*umentos. -a verdade sa!ia que não haviaar*umentos. -ão com ele.- E o que voc, pretende (a#er? Lutar so#inho por 3herQood?- Eu vou atr6s  deles. =e cada um deles. " quei&o de 1arionquase caiu.- Hoc, vai untar... seu anti*o *rupo?- 'ada um deles.- Eles (ormaram famlias, o!inD Eles se*uiram com suas vidascomo voc, deveria (a#er. Hoc, não pode pedir a eles quevistam roupas camu(ladas e m6scaras mais uma ve#...- A m6scara est6 na vida que eles t,m de (in*ir viver.

- Eles amadureceramD- -ão eles estão esperando pelas condiçes necess6rias paraisso. 1arion estava com tanta raiva pela impot,ncia de suas

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palavras que pe*ou um dos %nicos vasos da casa eE3/A+G" na parede.- /elo amor do 'riador ser6 que voc, não perce!e os mila*resque aconteceram em sua vida? Hoc, deveria ter sido

en(orcado e aca!ou condenado 7 prisão perpétuaD m ei (oiposto e o sucessor lhe tirou de l6 da %nica (orma que a leipermitiria> com o =eseo de um eiD 3er6 que voc, não podeser *rato por suas !,nçãos?- Eu sou. E por isso que si*o os sinais.- "s sinais lhe di#em que é hora de parar.

- -ão os sinais me di#em que ainda não é hora de parar.- E&istem homens mais ovens que voc, para (a#er o que voc,quer (a#er...- -ão e&istem homens mais ovens do que eu esperando queeu os lidere no que eles querem (a#er.- ="AD e outro vaso se partiu na parede. Era o %ltimodaquela casa. Hoc, quer morrer é isso? 3e voc, quer

morrer então morraD H6 v6 e morraDEle parou e dessa ve# sim suspirou. F6 havia se vestido.- =esculpe...- 'omo voc, pretende (a#er isso? ela disse com uma vo#menos descontrolada. /retende reunir um !ando deva*a!undos !arri*udos e assaltar 'asas eais de 1oedas? Edepois su!ir em telhados de po!res e o*ar moedas de eispelas chaminés?- -ão. Gsso não. Ele apertou os l6!ios. Gsso (oi in%til.- En(im concordamos em al*uma coisa.- Eu era ovem impulsivo e arro*ante. Aquela (oi a (orma queencontrei de desa(iar o sistema mas (oi a (orma errada.- /or qu,?

- /orque não adianta tirar poder econ<mico de uma classesocial (avorecida e trans(erir a uma carente 6 que o sistemase autor reestrutura. E s5 uma questão de tempo para tudo

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voltar a ser como antes pois o po!re não se repe por si s5enquanto o rico recompe a rique#a. -ão adianta me&er emal*umas !ases do sistema. -ão adianta trans(erirresponsa!ilidades. E preciso me&er no sistema como um todo.

=e dentro para (ora.- Hoc, parece ter repensado muita coisa.- Gsso é o que um homem mais (a# na prisão. " (ato 1arion éque eu dei pei&e ao homem e isso mata a (ome em curtopra#o mas a (ome volta.- E como se mata a (ome de ve#?- Ensinando o homem a pescar.- +ornandoo autosu(iciente...- E independente.- Hoc, quer di#er...- Livre.1arion tampou o rosto com uma das mãos.- /elo amor do 'riador o!in. Hoc, est6 querendo di#er que

dessa ve# em ve# de tirar de ricos voc,s est6 querendo...- Eu vou liderar a re!oluç-o.- Hoc, vai então...- Eu vou dar a independ,ncia a 3herQood.:ouve sil,ncio. Eles (icaram um tempo se olhando e aquelemomento deveria ser uma di()cil despedida. =o lado de (oraum porco *runhiu. 1arion mordeu um dos l6!ios e (e# umacareta irritada.- Est6 certo ela se mostrou contrariada. Eu vou (a#er aminha trou&a... disse suspirando.- -ão eu não estou lhe pedindo para (a#er isso.- E desde quando voc, precisa me di#er para (a#er al*umacoisa?

Ele sorriu. /oderiam ter se passado quase vinte anos masaquela ainda era a mesma menina que ele conhecera pormetade de sua vida.

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- " (ato  2aroto feli0,  é que eu não vou (icar olhando o

meu  homem li!ertar a minha terra enquanto eu alimentoporcos e ele a viu socar roupas maltrapilhas em uma trou&aimprovisada. Eu não vou (icar olhando voc, ser capturado

mais uma ve# porque lhe (alta um ami*o que lhe mostre ondeestão as (alhas dos seus planos est%pidosDEle se apro&imou. Ela não quis olhar nos olhos dele econtinuou socando as roupas.- " (ato é que eu não vou... e enquanto ela (alava ele ape*ou pelo quei&o e a o!ri*ou a olhar em seus olhos ...eu

não vou perder voc, de novo. -ão de novo.o!ert de LocKsleR !eiou 1arion e o coração de am!os!ateu como um s5.-ão de novo.E ali naquele entardecer solit6rio o (ato era que a almadaquele homem vivia no coração de milhares de pessoas.1as o coração daquele homem vivia no de uma %nica mulher.

14

"s portes da Arena de Hidro se a!riram e a multidão entrou.Eram centenas$ centenas que viravam milhares de pessoas.1ilhares de (ãs de homens que dei&avam de ser homens e

viravam *ritos. Hiravam pontos em movimento no meio deuma massa humana. Hiravam sentimentos encarnados emcorpos que 6 eram de (ormaspensamento. Hiravam o que demelhor e&iste no homem que vi!ra unido e que se desco!renessa vi!ração.:avia a entrada do povo onde um empurraempurra sem(imtomava conta de todos os lados enquanto soldados reais

tentavam manter a ordem de ve# em quando até de (ormaviolenta demais. :avia emoção em cada caminhada porque

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havia or*ulho em cada respiração. Aquele era o momento emque o homem di(erente de outro se tornava i*ual porqueam!os se tornavam instrumentos de um mesmo canal.Em pouco tempo as arqui!ancadas 6 estavam tomadas por

milhares. E as pessoas (a#iam !arulho e *ritavam (rases de*uerra que haviam criado ou (a#iam coreo*ra(ias queaprendiam na hora envolvendo movimentos de !raçospalmas pulos e !atucadas em instrumentos de !um!o. Eapenas quem 6 entrou em uma arena com milhares de pessoasunidas dessa (orma sa!e como é a sensação de arrepio quepercorre o corpo. E trans!orda o coração.

A outra entrada a no!re tam!ém estava (renética. 'arrua*ense mais carrua*ens che*avam a ponto de causar transtornotantos cavalos. =amas desciam audadas por cavalheiros ecavaleiros soldados reais indicavam caminhos a seremse*uidos eis e ainhas cumprimentavam no!res que raramente tinham a oportunidade de se encontrar com seus eis.

A maioria daquelas mulheres nunca havia visto um com!atede pu*ilismo de verdade na vida e lo*o era de ima*inar oque não se passava em sua ima*inação.F6 do lado de dentro quando ei An)sio Bran(ord entrou naarqui!ancada no!re com a princesa Branca 'oraçãode-evede !raços dados a arena (oi  absolutamente abaio.  A impressãoque se tinha era de que &el Bran(ord havia 6 nocauteado

al*uém pois o (risson daquele povo (oi tremendo$ imenso aponto de nin*uém escutar mais nada.Bandeiras de Ar#allum (oram a*itadas$ *ritos de *uerra etrechos do hino ecoados.- An)sio... Branca teve de *ritar ...esse povo est6enlouquecidoD disse entre e&presses assustadas.

ei An)sio sorriu.- 3im... ele disse or*ulhoso enquanto cumprimentava suamultidão. Ele est6 não é?

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-a 6rea ao redor do rin*ue dois :anson deveriam estareu(5ricos mas pareciam ausentes daquela convulsão humanaao redor de si. Estavam ainda um pouco a(astados do rin*ueporque os soldados reais haviam estendido uma (ai&a para

impedir que o p%!lico daquele setor tomasse os arredores dorin*ue ainda. :averia antes uma cerim<nia de a!ertura o(icialdo torneio e or*ulhos de Ar#allum des(ilariam por ali.- 1aria... o que n5s vamos (a#er 1aria?1aria :anson ainda estava chocada$ chocada demais parasa!er o que di#er.- Foão...

Ela se calou e am!os voltaram a (icar apenas com o !arulhoque a multidão (a#ia. -aquele lu*ar ainda havia muito!arulho mas não tanto quanto para quem estava naarqui!ancada com as pessoas *ritando ao seu lado.- ala p<D ritaD 1as (ala al*uma coisaD- Foão... ela disse no ouvido dele para que pudessem se ouvir

...eu não sei o que (a#erD 1as...- 1as o qu, pom!as? 1as o qu,?- A *ente precisa de provas pra acusar o papaiD A *ente nãopode che*ar e apontar o dedo na cara dele sem poder provarDA(inal... ele é o nosso pai né?- /rovas? Hoc, quer provas? o *aroto e&plodiu. Eu  vi,

caram!aD Hoc, quer mais o qu,?- Foão voc, não sa!e direito o que viu...Foão apertou os olhos e trincou os dedos quando entendeu.espirou (undo e apertou os olhos quando compreendeu que

sua irmã estava du!idando dele.

- Eu sei o que vi.- 1as voc, não pode ter tanta certe#a assimD

- " que voc, quer di#er com isso? ;ue eu in!entei7 C isso?ala (ala na minha cara que é issoD

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- -ão é que voc, estea inventando FoãoD Entenda> eu não

estou di#endo que sea mentira ou que voc, não... acrediteno que est6 di#endo. Foão continuou olhando para ela comcara de poucos ami*os. Eu s5 estou o!servando todas as...

hip5teses, entende?- Entendo. Entendo que voc, 6 est6 até  falando  como opro(essor#inhoD E que voc, t6 me tratando como se (osse euque tivesse cometido um crimeD- -ão é isso FoãoD " que eu quero di#er é que... sa!e... voc,...ai meu 'riador como eu posso di#er isso?... "lha voc,...

sonha com coisas assim não sonha? E isso é normal portudo o que a *ente passouD =i*o com as coisas ruins que a*ente 6 passou. E de ve# em quando com sonhos a *enterealmente...- Ah vai pra AramisD Foão :anson *ritou (urioso para airmã. 1aria e as pessoas ao redor que escutaram o

&in*amento (icaram chocadas com a reação daqueleadolescente. C isso que voc, acha? ;ue eu não seidi(erenciar meus sonhos da realidade? Eu vim até voc, lhe

pedir auda 1ariaD /edir auda porque eu n-o sei o  que(a#erD 35 que pelo visto voc, est6 mais perdida do que euD3e Foão estivesse (alando com Ariane a *arota com certe#a 6estaria &in*andoo de volta e um apontaria o dedo na cara dooutro até daqui a pouco estarem rolando no chão. 'omo(alava com 1aria a reação da menina (oi de choque de quemnunca vira o irmão (alar com ela de tal (orma. 1aria (icoucalada com o rosto assustado a!sorvendo aquelas palavrascomo se (ossem lJminas que cortavam o peito mas cortavam

por dentro.- Hoc, acha que o pai não pode cometer atitudes ruins? Hoc,acha que o principe#inho ama voc, e vai lhe trans(ormar naprincesa deste eino? Gsso sim é sonho 1aria :ansonD 3a!e

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quem estava do seu lado quando uma !ru&a que comia *enteacorrentou voc,? ui euD 3a!e quem passou (ome e !a!ousan*ue em!ai&o de uma escada enquanto chorava não porcausa da dor mas por ter de escutar os seus *ritos sem poder

(a#er nada? ui euD E isso (oi um  terror   realD E quando euvenho lhe pedir auda voc, vem di#er na minha cara que eunão sei di(erenciar um pesadelo de um horror   de verdade? 1aria :anson ainda era choque. a# assim 1aria> (ica coma sua nova vida corderosaD ica mesmoD /orque eu cansei ecansei por inteiro+

E Foão :anson sumiu no meio da multidão. 1aria queria

*ritar o nome dele. 1as in(eli#mente estava chocada demaispara isso.ei Alonso 'oraçãode-eve sentouse ao lado da (ilha.1antinha sua e&pressão séria com um olhar (rio e muitomuito distante dali. A (ace mais parecia um !oneco de ceracom uma pele p6lida de onde nasciam veias verdeescuras.

:avia olheiras e havia alienação ou ao menos parecia haver.Hestiase com roupas quentes não importando a temperatura.Ao seu lado havia um assento va#io. Aquele assentopermanecia va#io de (orma sim!5lica em re(er,ncia 7(alecida ainha osaléa. Branca olhava o assento va#iodei&ado pelo pai e a(a*ava a mão dele. Ele não devolvia oa(a*o e ela não se importava. 3a!ia que seu pai havia perdido

sentimentos com a morte da esposa que havia se tornado umei de coração *elado e de e&presses indi(erentes. m eique não chorava nem... 'om licença... disse uma doce vo# (eminina que (e# aprincesa e seu pai virarem os rostos na direção dela ...esseassento est6 ocupado?

Ao lado deles estava uma mulher visualmente no!re. +alve#uma condessa$ uma !aronesa até. Era alta e como era alta.+inha a pele clara e os ca!elos mais escuros. "s olhos verdes

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e um corpo sem muitas curvas mas que chamava a atençãopela quantidade de 5ias !em distri!u)das poleie. Brancaolhou para o pai e reparou o velho ei o!servando a mulhercom sua t)pica e&pressão distante. Ela inspirou para e&plicar

os motivos da indisponi!ilidade daquele assento quandosentiu a mão do pai tocar na sua. oi quando o quei&o daprincesa quase caiu. ei Alonso havia dado dois tapinhasleves na mão dela.E sorriu.&el escutava os *ritos do lado de (ora e tentava se manterconcentrado. Pilliam se apro&imou dele *in*ando. " rapa#

tam!ém parecia estar (a#endo o m6&imo de es(orço para semanter centrado.- A sensação da espera é an*ustiante não é?- -ão ima*inei que voc, (icaria nervoso neste momento disse o pr)ncipe. /ensei que s5 eu tivesse al*o realmente*rande a perder...

- -ão todos n5s temos al*o assim.- E o que voc, tem a perder nessa arena Pill?- -o meu caso o que tenho a perder não est6 nesta arena.&el ponderou se es(orçou mas não compreendeu. +am!émnão quis per*untar novamente a(inal havia coisas maisimportantes com as quais se preocupar. "!servou aquela salarodeada de pu*ilistas. Al*uns se aqueciam al*uns

conversavam al*uns se alon*avam$ todos se mantinham emmovimento de al*uma (orma.+odos menos um.&el o!servava u**iero o lutador oriental e via o homemsentado com as pernas do!radas e as mãos descansandoso!re os oelhos com as palmas para cima e os indicadores

unidos aos pole*ares.

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E ele não sa!ia o porqu, mas aquele homem quieto e im5velnaquela sala lhe tra#ia mais temor do que todos os outros emmovimento.Ariane entrou pu&ando a mãe pela mão sem se importar

muito com as outras pessoas em seu caminho.- Anda lo*o mãeDDD Hai começar p<D- 'alma ArianeD " que importa é que n5s 6 entramosD- +6 vendo o Foão ou a 1aria por a)?- Gsto aqui est6 lotado (ilhaD -5s não vamos encontrar al*umdeles nunca nessa...- 1ariaDDD

E Ariane saiu mais uma ve# pu&ando a mãe e i*norandoqualquer coisa que ela dissesse ou qualquer outra pessoa nocaminho.- 1ariaD ela repetiu a!raçando a ami*a. /erce!eu que oa!raço não (oi retri!u)do. 1aria dei&a de ser sem educaçãoDEstou (alando conti*oD

1aria tentou mudar a e&pressão ainda em choque que tinhamas não teve muito sucesso.- Ah oi ArianeD- Gh... da %ltima ve# que eu vi voc, com esse olhar de pei&emorto (oi porque voc, estava apai&onadaD 'omo voc, não émaluca de terminar com o &el então o que que é hein?- ArianeD disse a mãe. A 1aria tam!ém tem direito 7... privacidade, sa!ia?- Ah mãe (ica quieta a) que isso é papo entre ami*asD/rivacidade s5 (unciona para pais entendeu? -ão paramel'ores ami*asDE a mãe mais uma ve# a!riu a !oca sem sa!er quem eraaquele E.+. que havia trocado de corpo com a sua menininha

de tão pouco tempo antes.- 1aria o &el não !ri*ou com voc, né?

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1aria não conse*uia entender do que é que Ariane estava(alando nem sa!ia se queria entrar na ima*inação da meninanaquela hora. Ainda estava assustada com a revelação do irmãoe mais do que isso com a reação do irmão com relação a ela.

- -ão ele não...- Ah sa!iaD Ele não seria nem doido de terminar com voc,tam!émDAnna -arin perce!endo que al*uma coisa estava muito erradacom 1aria passou um !raço ao redor dela e a a!raçoudi#endo>- 1aria minha querida> eu posso audar voc, em al*uma

coisa?- Ah não. -ão  tia Anna. C que eu estou preocupada com oFoão...- ;ue tem o Foão? Ariane per*untou preocupada.- Ele sumiu no meio da multidão aqui.- 1aria o que é que aconteceu com o meu   namorado? Ariane

per*untou colocando as mãos na cintura.- :ein? ;ue hist5ria é essa de namorado? per*untou umaAnna -arin Mmais uma ve#N estupe(ata.- C uéD " Foão a*ora é o meu namoradoD- E por que voc, não me contou isso meu 'riador?- Ah mãe tipo... é que começou a*ora sa!e? A *ente  está se

con'ecendo ainda...- 3e conhecendo? 1as voc,s se conhecem por quase a vidatodaD- 1ãe quer parar de (a#er drama? Eu ia contar hoe é que eunão tive tempo...- 1as n5s estamos untas o dia todoD- Ah eu esqueci p<D E voc, não t6 dei&ando a 1aria me di#er

o que aconteceuDAnna voltou a suspirar. /or mais que ainda estivesse surpresadeu ra#ão a Ariane. Am!as olharam para 1aria.

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- C que... a *ente est6 com al*uns pro!lemas l6 em casa...coisa de (am)lia...As duas perce!eram que ela não queria (alar so!re o assunto.Anna virouse para a (ilha e disse>

- Hai procurar ele...- 1as como eu (aço pra encontrar o Foão no meio destamultidão?- =a mesma (orma que encontrou a 1aria. 3e concentra e pensa

nele. +enta  sentir  onde ele est6. A) depois dei&a seu instintolhe *uiar até ele...Ariane pensou um pouco e !alançou a ca!eça concordando.

Antes de ir (e# sua %ltima per*unta>- E se a *ente se perder de voc,s?- A) eu c'amo voc, entendeu?- :um... por inteiro.+rom!etas soaram. 3oaram (orte cadenciadas em acordesmilitares.

A multidão se calou na medida do poss)vel e ouviuse o ru(arde al*uns tam!ores. Esse som aumentou de intensidade eaumentou. E aumentou. Bateramse pratos que (i#eram umr6pido som a*udo e&plosivo. E mais uma ve# houve sil,ncio.A multidão cochichava coisas entre si e se*urava a respiraçãocom os olhos !em a!ertos na e&pectativa de não perdernenhum detalhe.

oi quando veio o som.Era o som do trotar de um cavalo treinado nascido da entradaprincipal daquela arena. m corcel entrou por aqueles portescorrendo e er*uendo poeira$ er*uendo com ele tam!ém seup%!lico. Era lindo com sela onde se prendiam !rases deAr#allum. Acima dele um cavaleiro se*urando uma corneta

pequena que podia tocar com uma mão. Ele correu por todaaquela arena ecoando o som militar. E a cada lado da arena

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em que passava como um raio a multidão se er*uia e aplaudiae asso!iava e *ritava." cavaleiro deu duas voltas completas pela arena e caval*ouaté o centro onde colocou seu corcel so!re duas patas.

-ovamente se escutaram seus acordes militares. -ovamentese escutaram os tam!ores e os pratos. E eles entraram.m *rupo de apro&imadamente cinquenta homens entrou naarena marchando com *ordos tam!ores presos por uma (ai&aao redor de seus pescoços. +ocavam e marchavam so!aplausos. Hestiam um uni(orme cin#a com detalhes emamarelo e dra*onetes nos om!ros que curiosamente não

se*uravam nenhuma capa. 1archavam e caminhavam e acada intervalo que davam em suas !atucadas escutavamse ospratos cada ve# mais altos.E então atr6s dos cinquenta homens com os tam!oresentraram os donos dos pratos. Eram trinta homens cada umcom dois pratos em cada mão. E que marchavam. E

marchavam. ;uase todos eram !em ovens e seus uni(ormeseram como os anteriores mas sem os dra*onetes. 1archaramlo*o atr6s dos homens com tam!ores se diri*indo ao ladoesquerdo da arena onde pararam em (ileira militar econtinuaram marchando sem cessar no mesmo lu*ar." homem do corcel e da corneta no centro da arena colocouseu corcel novamente em duas patas e mudou os acordes.

Ainda eram acordes militares mas eram !em di(erentes dosanteriores. " p%!lico sentiu vontade de aplaudir mas não o(e#. Estavam hipnoti#ados. 1as lo*o que viram o que veioem se*uida se colocaram novamente a aplaudir.-a arena pela mesma entrada principal eles entraramdeva*ar. Eram apro&imadamente sessenta homens vestindo

uni(ormes leves com saiotes que iam até a altura de seus oelhos. Alavas presas nas cinturas. lechas presas dentro dasalavas. Arcos pesados leves ou compostos presos nas mãos.

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Eram eles os arqueiros de Ar#allum. epresentavam umaparte do e&ército daquela nação e representavam !em. Elesnão eram considerados os melhores do mundo$ os arqueirosde 1inotaurus tinham essa (ama mas em 1inotaurus se

usavam !estas e não arcos lo*o os ar#allinos osconsideravam os melhores arqueiros do mundo."s arqueiros marcharam e marcharam até o lado direito daarena. E assim como os homens dos tam!ores e dos pratoseles continuaram marchando no mesmo lu*ar.E entraram na arena os cavaleiros e a) sim quem estivesseainda sentado se levantou. Hestindo a armadura cin#a com

detalhes em vermelho e dra*onetes que prendiam e&tensascapas eles entraram se*urando seus elmos de (erro polidocom uma das mãos. A (rente deles uma %nica mulher$ umadas mais !elas que Ar#allum 6 conhecera. Era loira comca!elos cacheados presos por uma (ita e olhos tão verdes queuma pessoa podia se ver re(letida neles. Bradamante era o

nome dela$ a uerreira /re(erida. A Bela Beanshee. Aquela/or ;uem "s :omens ;uerem 'horar. A nova capitã dauarda eal de Ar#allum promovida ap5s o a(astamento doanti*o capitão que não prote*eu com compet,ncia os'oraçãode-eve em territ5rio ar#allino. A primeira mulher aliderar uma tropa militar na hist5ria daquele eino.Atr6s dela homens que aprenderam a respeit6la na ponta da

espada e na rotina da *uerra. Eram homens sérios eme&celente (orma ()sica. "lhares (undos$ e&presses serenas.Al*uns até sorriam mas não todos. +odos porémmarchavam. Espadas *uardadas em !ainhas de couro enri

 ecido com sal*ueiro. " s)m!olo de Ar#allum estampado nopeito. " !rasão que voc, iria encontrar nos cantos do

1aestade$ e iria encontrar no peito da armadura de qualquerei Bran(ord.

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" s)m!olo do dra*ão alado acima de uma espada e umescudo cru#ados.Eles marcharam para o lado direito da arena 7 (rente dosarqueiros e continuaram a marcha no mesmo lu*ar. E então

com mais um acorde do corneteiro o som parou.E outra ve# houve sil,ncio.E som. =essa ve# o corneteiro não colocou seu corcel emduas patas. Ele apenas inspirou (undo e assoprou em suacorneta um acorde militar triste e som!rio que (e# a arenamer*ulhar em murmurinhos. As pessoas se olharamassustadas com os olhos arre*alados a !oca seca o coração

acelerado. Era um misto de medo e admiração. =e temor ee&citação.Elas haviam ouvido que aquilo estava acontecendo emAr#allum mas voc, sa!e> nin*uém leva muito a sério um!oato até que al*uém tenha tido a oportunidade de con(irmarcom os pr5prios olhos ou (in*ir que teve essa con(irmação.

"s coraçes !ateram ainda mais acelerados. Eles escutaram omarchar deles. ei An)sio Bran(ord em seu camarote sorriu.E eles entraram.- FoãoDDDAriane correu até o *aroto se o*ou em cima dele e o a*arrou(orte. Foão estava o!servando os cavaleiros e não retri!uiu oa!raço em que (oi a(o*ado. Apenas ainda mantendo os !raços

para !ai&o olhou para Ariane e disse>- Ah... oi.

Ariane (icou furiosa com aquela recepção. 3er recepcionada

com aquela animaç-o por 1aria :anson tudo !em a*ora oirmão era o namorado dela pom!asD- "i? 'omo assim> oi? /o&a eu pensei que voc, ia (icar...

tipo... um pouco mais (eli# de me ver né?Foão suspirou.- =esculpa. -ão é com voc, que eu estou desanimado não...

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Ariane tirou as mãos da cintura e assumiu uma postura demaior compai&ão. /er*untou com a vo# mansa>- Hoc, !ri*ou com a 1aria é?- -ão importa.

- 'omo assim não importa? Eu heinD Hoc, ouviu o que eudisse? Hoc, !ri*ou com a 1ariaaaaaD A sua irmãD C claro queisso importaD- /or qu,?- "ra... por qu,? /orque... tipo... se a *ente tivesse !ri*adoera uma coisa 6 que a *ente !ri*a mesmo h6... sei l6... unsde# anos de vidaD e ela riu e mordeu a pr5pria l)n*ua. 1as

p< voc, e a sua irmã nãoD ;ual (oi a %ltima ve# que voc,!ri*ou com ela?- Ah sei l6. A *ente vive discutindo.- =iscutir é uma coisa. Estou per*untando quando voc,  brigou

de verdade com a 1aria.- -unca.

- EntãoD?Foão continuou olhando para a (rente sem demonstrar muitoentusiasmo pelo que (alava Ariane. :avia visto os arqueirosentrarem marchando e aquilo 6 (oi um momento dee&citação. Her os cavaleiros entrarem em se*uida (ora puro,&tase. "lhava para aquelas armaduras e para aquelas capas eacreditava que aquele era o mais alto 6pice que um ser

humano poderia che*ar nessas terras.;uando o corneteiro ao centro tocou o acorde triste e som!rioe a ener*ia do am!iente se modi(icou Foão :anson desco!riuque o 6pice que tanto almeava estava acima do queima*inava ser. /ois quando o %ltimo *rupo entroumarchando os pelos do *aroto se eriçaram o coração (oi a

mil e assim como todos os presentes ele não sa!ia se deveriaaplaudir ou temer aquela entrada triun(al.

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- Então é verdade disse Foão meio a!o!alhado. Eles

voltaram de !erdade...- Foão... disse Ariane assustada. ;uem são eles?- "s caçadores de !ru&as.

Eles entraram tremendo. Al*uns tra#iam !um!os que ditavamum ritmo muito muito mais (orte que os tam!ores anteriores.=ois estandartes tra#iam suas pr5prias !andeiras. A %nicatropa militar do mundo que ostentava uma !andeira di(erenteda !andeira de seu eino. 3eu s)m!olo (a#ia re(er,ncia aos)m!olo de Ar#allum. /orém com al*umas di(erenças./ois a espada que cru#ava o escudo tinha a lJmina de (o*o elem!rava uma (o*ueira. " escudo que cru#ava a espada tinhaa 'ru# de 1erlim desenhada nele. E o dra*ão acima dos doisnão era um dra*ão comum.

6ra um =ra*ão de Cter.3uas armaduras eram vermelhoescuras em uma tonalidadeque lem!rava san*ue. 3eus homens não mostravam os rostos$

entravam todos eles com os capacetes em suas ca!eças oque lhes co!ria a maior parte deles. Aqueles eram os melhoresdentre os melhores do mundo. Eram homens que vinham detodos os lu*ares e tentavam ser aprovados nos ri*oros)ssimostestes ()sicos e mentais que normalmente terminavam emmorte 6 no processo de seleção. 3eus l)deres eram homens

que haviam servido ao lado de /rimo Bran(ord na Caçadade Bruxas.  3eus soldados eram ovens que provaram seuvalor em campos de !atalha.

;uando a Caçada de Bruxas  terminou /rimo Bran(ordhavia e&tin*uido o *rupo. 3eus inte*rantes voltaram a servirnos e&ércitos de seus einos (osse esse eino Ar#allum

(osse outro. -enhum deles porém conse*uia se tornarnovamente um soldado comum depois de che*ar 7 elitemaior. -a verdade todos eles sa!iam que estavam apenas

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cumprindo um per)odo de aus,ncia enquanto -ova Ether nãoprecisava novamente de seus serviços.-in*uém sa!ia quem eles eram. 3eus inte*rantes poderiam sero rapa# com quem voc, o*ou dardos em uma ta!erna dois

dias antes ou o novo namorado de sua (ilha. As idades eramvariadas e em suas identidades civis eles poderiam serqualquer um inclusive aquele rapa# para quem a sua so!rinharevelou ser simp6tica 7 !ru&aria outro dia um dia antes de ter

a casa queimada e o co!en que (requentava destru)do.35 havia ali uma identidade conhecida> a do coronel quecaminhava 7 (rente da tropa. -ão 7 toa um estran*eiro> AthosBa&ter o temido conde de La ére anti*o her5i de *uerra datropa de elite de soldados de 1osquete hoe coronel a serviçode Ar#allum."utrora um her5i de *uerra em plena (orma e espadachim(ormid6vel e matador hoe Athos se tratava de um homem*ordo com ca!elos e !ar!as !rancos temido não apenas por

suas e&i*,ncias como por sua trucul,ncia principalmentedepois que (ora a!andonado por sua condessa 'arlota Ba&tera 1iladR de Pinter.'omo Athos era um estran*eiro era conhecido como o l)derda tropa 6 que nenhum ar#allino mesmo nos altos escalespoderia revelar sua identidade o(icialmente.A e&ist,ncia daqueles cavaleiros ru!ros tinha um inc<modo.Gsso *erava uma paran5ia na sociedade em que se inseriampois *erava medo. "s caçadores de !ru&as não precisavam de!urocracias$ não precisavam levar uma pessoa a ul*amento.'açadores de !ru&as ul*avam qualquer pessoa na hora. Etinham permissão real para matar. Lo*o havia sempre aquestão> deveriam aqueles homens ser adorados como her5is

ou temidos como as piores !ru&as?Era di()cil ul*ar tal questão. /ara An)sio Bran(ord porém aquestão era clara> seu pai havia sido assassinado em um ritual

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som!rio de uma !ru&a cani!al. 3ua mãe havia partido daqueleplano de (orma di(erente mas pela mesma causa. 3ua pelehumana havia dado lu*ar a uma pele de !icho por conta deum maca!ro avatar som!rio. E todos 6 sa!iam que !ru&as

haviam voltado a se instalar em -ova Ether. 3a!iam quereunies voltaram a acontecer quando as portas eram(echadas e as crianças postas para dormir.E !astou um decreto. ma %nica assinatura diante do quadrocom a (i*ura do pai. /er*aminhos (oram escritos ecarim!ados. /om!oscorreios cru#aram os céus. 3oldados deelite (oram convocados.

E os caçadores renasceram.- Hossa 1aestade é cheio de surpresas... disse Gmperadorerra!r6s que estava nos lu*ares dos eis.- -osso autoproclamado Gmperador nem ima*ina o quanto...Foão :anson não piscava. Estava !oquia!erto$ estava sentindoum certo temor mas a e&citação diante daqueles homens

superava todos os outros sentimentos. E sentiu uma correnteelétrica su!ir pela espinha quando ao sinal de coronel Athostr,s comandantes *ritaram untos da (orma mais potente quesuas *ar*antas permitiam>- 'avaleiros de vermelho qual é vossa ma*ia?E toda aquela tropa vermelhoescura de apro&imadamentesetenta homens respondeu de (orma un)ssona>

94 a cru0 do meu escudo minha espada é minha2uia9- 'avaleiros de vermelho qual é vossa missão?

94 partir !assoura em dois e derru'ar caldeir-o9- 'avaleiros de vermelho por que vamos caval*ar?

9Porque queimo feiticeira e depois destruo altar9- 'avaleiros de vermelho como é a *uerra sua?

94 achar esconderi&o e cortar pescoço de 'ruxa9

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Eles !ateram o pé no chão e tudo pareceu tremer.- 'avaleiros de vermelho por que viveis desse eito?

9Porque honro esse dra2-o de éter !i!o no meu

peito9

Eles !ateram o pé novamente e houve sil,ncio. Era a hora deo povo decidir o que aqueles homens seriam para eles.E eles decidiram.1ilhares de pessoas começaram a aplaudir e urrar de uma(orma até mesmo descontrolada e e&tremamente emocional.As pessoas pulavam o*avam coisas na arena asso!iavam.

Era um completo pandem<nio em uma completa e a(oitaloucura diante da (orça daqueles homens como não se via h6muito tempo.3a!ino von )*aro entre a multidão olhava a (i*urasorridente do hoe velho Athos e o!servava preocupado tudoaquilo pois lem!rava !em daquele tempo. +empos de *uerra.Entretanto por mais triste que seam tempos de *uerra

3a!ino não poderia ser hip5crita de não admitir para si que gostava deles. /ois eram os tempos em que mais  precisavam dele.E ele estava de volta 7 *uerra.-a verdade toda -ova Ether parecia tam!ém estar."s soldados haviam parado de marchar." corneteiro ao centro tocou quatro acordes que todo

ar#allino era o!ri*ado a conhecer e reconhecer. " povo (icouquieto e se al*uém havia sentado ali se p<s de pé. As pessoasmantiveram sua e&pressão mais séria.E colocaramse em postura. Aqueles que não eram deAr#allum sa!iam o que aquilo si*ni(icava e se calaram emrespeito ao territ5rio onde eram visitantes."s tam!ores (oram ritmados nos primeiros acordes.

3e*uiramse os !um!os. E quando o primeiro prato ecooutodo ar#allino inspirou (undo e colocou a mão direita 7 (rentedo peito na altura do coração.

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E da (orma mais pro(unda que conse*uiam cantaram em uma%nica vo# o hino de Ar#allum.&el Bran(ord estava parado na entrada que levava 7 arena.3ua mão direita ainda estava 7 (rente do peito. "s pelos

estavam eriçados. E havia l6*rimas em seus olhos.- C !onito o hino de Ar#allum... disse Pilliam seapro&imando.- C !onito Ar#allum.Ao (undo os soldados dei&avam a arena e a 6rea ao redor dorin*ue era li!erada para que o povo invadisse os arredores daarena de maneira eu(5rica. " (alat5rio e o !arulho de todo

aquele mundo de pessoas e emoçes voltaram a vi!rar. "corneteiro voltou a comandar o espet6culo.E lo*o o povo começou a !errar mas !errar muito.- C Bran(ord disse Pilliam sentindo um n5 no est<ma*oque parecia torcer suas entranhas. A*ora não h6 mais volta.&el concordou com a ca!eça. Estalou quatro dedos em um

%nico movimento. E pareceu sorrir.=o lado de (ora os mastros er*uiam as !andeiras de '6lice ePherons convocando seus pu*ilistas para o espet6culocomeçar.- Ai no meio da caraD disse Foão :anson um pouco maisanimado do que anteriormente. Ariane ao seu lado tam!émestava !em e&citada com a competição.- 'araça FoãoD Esse *ordão de '6lice t6 trucidando o outroD- " outro cara é !om. " pro!lema é que o *ordo não sente os*olpes dele.uille 'lain o *uerreiro de Pherons mostrava na arenamuito !em o que o ovem :anson di#ia. :ermanno onta olutador de '6lice era um lutador de mais ou menos cento e

vinte quilos e !oa parte deles devido 7 *ordura no corpo. Eraum alvo (6cil muito (6cil de acertar e sua a*ilidade era quasenenhuma$ em compensação sua (orça ()sica era descomunal.

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'ada soco parecia um tiro de canhão. Até mesmo quando oimenso pu*ilista de(endia os *olpes aquilo do)aD E por maisque uille !atesse e !atesse e !atesse o imenso advers6rioparecia não sentir e ainda !ater mais (orte de volta.

- Ai... lamentou Foão :anson ...outro !em no meio da caraD-a sala dos lutadores &el Bran(ord se alon*ava. Eraposs)vel escutar o povo comemorando um nocaute e nin*uémprecisava ver para acreditar que o lutador de Pherons deveriater sido derrotado.- " que viemos (a#er aqui? per*untou o treinador 1eliosoentre um alon*amento e outro de seu pu*ilista.- Hencer respondeu &el (eito soldado."utro alon*amento.- " que viemos (a#er aqui?- Hencer.m representante do /unho =e erro entrou na sala e *ritou>- 3tallia e "(irD

" lutador de 3tallia il!erto Alliano era um pu*ilista quemais parecia um *alã de peça de teatro do que um pu*ilista.Era alto de ca!elos ne*ros. " tipo de pu*ilista com carismasu(iciente para chamar uma !oa dose do p%!lico (emininopara uma arena de pu*ilismo. =o outro lado da salau**iero que ainda se mantinha sentado de olhos (echadosa!riu os seus olhos pu&ados.

A sala toda parou tudo o que estivesse (a#endo.u**iero er*ueuse com a e&pressão séria e retirou seuroupão. ;uando o roupão caiu ele revelou uma imensatatua*em que possu)a nas costas e (e# a sala inteira arre*alaros olhos. Era um desenho em pretoe!ranco mas era umdesenho... lindo. Era um dra*ão$ parecia ser. 1as não um

dra*ão qualquer era um dra*ão em uma (orma que elesnunca nunca haviam visto. /arecia um la*arto ou umaserpente ou um cavalomarinho. E havia ideo*ramas

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pr5&imos a ele que nin*uém ali ima*inava o que poderiamsi*ni(icar.3o! aqueles olhares curiosos u**iero caminhou na direçãoda sa)da enquanto il!erto o!servava assustado aquele ser

tão curioso e di(erente de todos naquela sala.-in*uém disse uma %nica palavra.Assim que o *uerreiro oriental dei&ou a sala tudo voltou aonormal.- " que viemos (a#er aqui?- Hencer.- " que espera dessa luta senhor umpelstichen? per*untou

ei 'ollen de +a*Qood.- 'om todo o respeito ao lutador de nossos honrosos 'oraçãode-eve aqui presentes acredito que a luta não durar6 um%nico round inteiro."s eis ao redor se surpreenderam. 1enos ei Alonso queparecia alheio 7 conversa em!ora (osse seu pu*ilista quem

estivesse entrando na arena. Branca vendo a reação do pai oua (alta dela tomou a palavra>- 3enhor umpelstichen com todo o respeito a "(ir masil!erto 6 derrotou homens que disseram ser invenc)veis emsituaçes completamente adversas. ma ve# ele derrotou umanti*o campeão de!ai&o de uma nevasca que colocou atemperatura a um (rio a!ai&o de #eroD- Hossa Alte#a (utura Hossa 1aestade com todo o respeitomas vosso lutador ir6 conhecer hoe o que é adversidade...Branca olhou para An)sio que er*ueu as mãos a!ertas semsa!er o que di#er.F6 os olhos de Alonso 'oraçãode-eve continuavam apenasna interessante (i*ura da mulher ao seu lado. E o sorriso

daquela misteriosa mulher tam!ém era notado pela princesa.m sorriso  estranho.  m interessante sorriso capa# de

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aquecer um 'oraçãode-eve e ao mesmo tempo con*elaroutro.-a arena o ui# ordenou o in)cio da luta.il!erto de 3tallia *in*ou um pouco esperando uma

apro&imação. 3eu oponente e&5tico mantevese quieto 7espera dele. Aquilo era estranho para o stalliano$ pu*ilistasnão costumam se manter serenos dentro de um rin*ue massim eu(5ricos e hiperativos." povo estava adorando aquilo. u**iero para toda aquelamultidão era uma atração 7 parte. Era o :omem ;ue Heiodos 'éus. Aquele =os "lhos as*ados. " uerreiro Amarelo.

E aquele desenho de um dra*ão di(erente em suas costas eraal*o tão (ascinante quanto assustador. As pessoasconversavam so!re a (i*ura e adolescentes rece!iamne*ativas dos pais quando sondavam a possi!ilidade de teremuma daquelas tatua*ens em suas costas tam!ém.E então il!erto cansado de esperar e com a adrenalina a mil

partiu para cima do advers6rio. -ormalmente um pu*ilistaocidental se esquiva de *olpes em sua direção e tentaresponder em contraataques compar6veis com o ataquerece!ido ou em uma escala um pouco superior em velocidadee (orça.3urpreendentemente o pu*ilista oriental não./ara desespero de il!erto ele não desviava dos *olpes em

sua direção. Ele os apara!a. m atr6s do outro. m atr6s dooutro. 1oviase como uma *arça$ leve como se (osse um!ailarino se apresentando. il!erto socava e socava e socava.E o *uerreiro com as palmas das mãos desviava seu !raçopara um lado ou outro de uma (orma que o "cidente nuncanunca havia visto.

A multidão (oi ao del)rio com aquilo.Até mesmo os soldados que estavam controlando a multidãoao redor da arena se espantaram com a movimentação daquele

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*uerreiro. Era como se ele... previsse os movimentos do outro.'omo se am!os (ossem parte de uma %nica luta de uma %nicacoreo*ra(ia de uma %nica dança. 'omo se am!os (ossemparte de um *rande todo e tudo o que e&istia ali passasse a ser

tam!ém.E então o primeiro  round parecia quase no (im. il!erto

havia tentado acertar seu advers6rio por de#enas de ve#es esua ener*ia parecia se voltar contra ele. " pu*ilista orientalnão havia des(erido um %nico soco ainda mas il!erto sentiaos m%sculos doerem.

E então ele escutou o *rito.u**iero aparou seu %ltimo *olpe o que se acreditava queseria o %ltimo soco daquele round que tanto o haviades*astado e ele viu o oriental armar um soco com o punhovirado de lado na vertical. u**iero inspirou com (orça e omundo pareceu con*elar enquanto tudo o que pulsava com avida humana era concentrado naquele punho.

E então se ouviu o ;iaiEu não (aço a menor ideia de como reprodu#ir um ne*5ciodaqueles. 3e (osse tentar acho que sairia al*o esquisito como>

9rééééééaaaah9 ou um *runhido do tipo s5 que muitomuito mais alto e intenso do que um *runhido. m som quelem!rava um som de um animal. 1as não qualquer animal.

" som que lem!rava o som de um dra*ão." soco acertou il!erto no peito com tanta (orça mas comtanta (orça que o pu*ilista de 3tallia cru#ou todo o rin*ue e(oi arremessado para (ora. 3eu corpo (oi parar no meio damultidão ao redor que o se*urou impedindo que ca)sse deca!eça no chão. A capitã Bradamante e mais tr,s soldados

correram até l6 e as pessoas a!riram um c)rculo com medo doestado do derru!ado. " rapa# estava com os olhos arre*aladosde um ser humano que entra em choque. E então ele inspirou

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(orte como se tivesse sa)do de dentro d[6*ua e colocou a mãono peito para ter certe#a de que ainda estava vivo. 3entouseenquanto uma equipe médica corria até ele para atend,lo.;uando as pessoas perce!eram que o *uerreiro estava vivo

voltaram a rela&ar um pouco de toda aquela tensão que haviase instalado. E então suas atençes se voltaram para o*uerreiro no centro da arena ainda parado na posição de seu%ltimo soco com o punho direito tremendo na posição dosoco.Lo*o o punho parou de tremer. " *uerreiro se recomp<s eolhou na direção de il!erto.

E pela primeira ve# em toda a hist5ria u**iero viuBradamante." pu*ilista de "(ir untou um punho (echado a outro a!erto e(e# um movimento de rever,ncia na direção do advers6rioderrotado. Bradamante quase urou que a rever,ncia pareciapara ela.

" ui# tão assustado quanto todos ali tam!ém se recomp<s e(oi até ele para consider6lo o vencedor do com!ate. -omomento em que o !raço do oriental (oi er*uido o povoen(im saiu do choque em que estava. E começou a urrar emuma intensidade ensurdecedora. Berrando como lo!os.osnando como dra*es.u**iero não era mais apenas o uerreiro Amarelo. -ão era

mais apenas o :omem ;ue Heio =os 'éus nem Aquele de"lhos as*ados. Ele a*ora era o :omem ;ue ritava 'omo=ra*es.u**iero a*ora tinha um nome para aquele povo.E de!ai&o de uma ovação imposs)vel de ser esquecida havianascido o =ra*ão "riental.

- ;uantas lutas ainda (altam para o &el entrar? per*untouAnna -arin.- +r,s respondeu uma 1aria :anson tensa.

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- Ainda (altam tr,s? insistiu Anna.

- =5 (altam tr,s...-a sa)da da sala dos lutadores os pu*ilistas /a!lo :artas e=etre =imitri estavam apenas esperando a autori#ação para

entrar na arena. :artas com um sorriso c)nico no rosto t)picodo eito de!ochado e provocativo dos mosquetenses quecostumam irritar seus advers6rios antes das lutas per*untou>- =esculpe a i*norJncia... é que em 1osquete a *eo*ra(ia nãoé o nosso (orte mas... de onde mesmo voc, é pu*ilista?- =e Ara*on respondeu =imitri irritado.- Era*on? :artas apertou os l6!ios em mais uma caretair<nica. C... aqui n5s nunca ouvimos (alar disso não...

- Eu disse 3ra2on- Ah...A escuridão começou a tomar conta da Arena e tochas (oramacesas em diversos pontos. " espet6culo iluminado pela lu#do (o*o dei&ava o am!iente !onito. E quente. A luta entre os

pu*ilistas de 1osquete e Ara*on se iniciou. 1as nin*uémparecia perce!,la. -in*uém queria perce!,la. 3euspensamentos estavam distantes dali.-a arena uma luta até de certa (orma violenta se dava masseus coraçes estavam ansiosos 7 espera de outra alémdaquela ali.

- +eu representante parece nervoso ei Adamantine disseei 'ollen sentado ao lado do ei de Ara*on.ei 'ollen suspirou.- 3ei que pu*ilistas de 1osquete costumam provocar seusadvers6rios. =imitri apenas parece alterado.- -a verdade ele parece estar é levando uma !ela surra...1as nem mesmo os eis pareciam estar prestando mais

atenção 7quele com!ate.

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-a sala dos lutadores o treinador do pu*ilista :ermannoonta entrou apressadamente no recinto e disse a seucampeão de '6lice>- 1osquete venceuD Amanhã voc, en(renta :artas.

" o!eso pu*ilista apertou os dois punhos estalando diversosdedos ao mesmo tempo com um sorriso satis(eito. =o outrolado o!servado pelo t)mido pu*ilista de Brée &el Bran(ordainda se mantinha em constante movimento.- " que viemos (a#er aqui? per*untou 1elioso.- Hencer.m dos representantes do torneio voltou 7 sala e convocou>- Al!ion e "rion."s pu*ilistas 6 estavam de pé a postos. 'aradoc de Al!ionera de altura mediana e usava um corte militar com posturade soldado. Be*nard de "rion 6 era mais alto usava uma!ar!a crescida ca!elos crespos cheios e um corpo de quemparecia passar a maior parte de seu tempo em ta!ernas quando

não estava trocando socos. "u que trocava socos até dentrodelas.;uando os dois sa)ram da sala o treinador disse a &el>- " pr5&imo é 1inotaurus.- Eu sei.Ao (undo &el trocou olhares com o soturno adamisto. "*i*ante !ranco mantinha uma e&pressão (echada e não di#ia

nada. =e ve# em quando socava uma parede ou uma pilastrae (a#ia o salão tremer.- +omara que teu pu*ilista não durma na arena ei Acosta aprovocação vinha de ei 1idas de ordio.Al*uns presentes sorriram. ei Acosta sentiu o est<ma*o(erver ao se*urar a raiva que lhe tra#ia toda provocação

daquele desa(eto mesquinho em relação 7 sua ainha amada.ei An)sio para evitar que aquilo pro*redisse tomou apalavra>

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- ;ualquer um que vencer esse com!ate deve se prepararpsicolo*icamente. A(inal o vencedor en(rentar6 o pu*ilista de"(ir.- "... como a arena o est6 chamando mesmo?... =ra*ão

"riental? per*untou com seu eterno desdém erra!r6s.- Al*um pro!lema com a (i*ura de u**iero Gmperadorerra!r6s? per*untou o senhor umpelstichen sem sa!er sea utili#ação do termo o(enderia al*uns presentes.- -enhuma. -enhuma.- erra!r6s con(ia muito em seu *uerreiro adamisto senhorumpelstichen.

" !arão*nomo !alançou a ca!eça compreendendo.- +odo ei deveria con(iar em seu pu*ilista não é? per*untou o pequeno ser.- Eu não sou um ei. E não trou&e um pu*ilista a essa arena.

-ão apenas um pu*ilista.- Ah não? per*untou o senhor umpelstichen curioso.

- -ão. Assim como o senhor eu trou&e o (uturo da nossacivili#ação.- -ão compreendo por completo. " senhor trou&e umpu*ilista que acredita ser superior a todos os outros é isso?- Eu trou&e um homem que  sei  que é superior a todos osoutros.- ma evolução de *uerreiro?- ma evolução da raça humana." senhor umpelstichen (icou pensativo. "s outros presentesao menos os eis  humanos, sorriram de ironia mas nadadisseram.- /ara n5s *nomos uro que é e&tremamente interessantetentar entender a (orma de vossa raça pensar. /ara o meu

povo uma evolução da raça amais seria mostrada compunhos mas com ideias e livros.

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- E é por isso que quando precisam de poder para concluir oque escrevem vossa raça tem de voar por a) até onde o poderrealmente est6." !arão*nomo se calou. Era a primeira ve# desde que aquele

pequeno havia che*ado que al*uém conse*uia dei&6lo semresposta.- Gh... disse erra!r6s com seu ar despreocupado ede!ochado. " pu*ilista de Al!ion caiu...- 'araça Foão o !arri*udo derru!ou o pu*ilista !onitinhoD- +am!ém. =epois desse porradão acho que ele não vai ser!onitinho nunca maisD- Ah... ela mostrou a l)n*ua para ele. Hoc, t6 com invea...- \... a*ora voc, me pe*ou...- /< FoãoD ea*e p<D :oe voc, t6 todo... sei l6... paradão.Hoc, não é assimD- -em sempre as pessoas são como a *ente pensava que eramAriane.

Ariane se calou tentando entender a colocação.E então uma parte da Arena de Hidro começou a (a#ermuito muito !arulho. +odo o resto começou a vaiar aquelaminoria !arulhenta mas isso não ini!iu nem um pouco aquele*rupo si*ni(icativo. Fusti(ic6vel. =uas !andeiras haviam sidoer*uidas no mastro.Era a hora de 1inotaurus entrar na Arena.

1aria :anson estava preocupada com seu irmão. 1as osentimento que mais a corro)a era que  também  estavapreocupada com &el Bran(ord. E a preocupação com opr)ncipe de Ar#allum por mais que ela odiasse admitir para sipr5pria estava 7 (rente nas prioridades de suas preocupaçes.- 1aria...

- 35 (alta mais uma...- 1inotaurus e +a*Qood.

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Etto o *uerreiro ne*ro de +a*Qood er*ueuse. Era alto masainda assim era mais !ai&o que o *i*ante !ranco. ;uandoadamisto se er*ueu o pu*ilista de +a*Qood prendeu arespiração e en*oliu em seco. 1ais uma ve# todo o salão

parou tudo o que estava (a#endo inclusive &el Bran(ord. Eesperou que os dois se retirassem.adamisto não emitiu uma %nica e&pressão em seu rosto sérioe sem vida.m representante do torneio se apro&imou de u**ierosentado em sua posição de l5tus>- 3enhor u**iero o vencedor do com!ate anterior e que o

senhor en(rentar6 no dia de amanhã...- -ão importa." homem travou assustado. u**iero completou>- Eu irei en(rentar amanhã quem estiver no meu  d'arma.  -ãome importa quem tenha sido escrito nessas linhas.+ão curioso e con(uso quanto todos os presentes o

representante da 'on(ederação eal de /u*ilismo concordoucom a ca!eça e dei&ou a sala se*uido por Etto e adamisto.- " que viemos...- Hencer.- /ut#*rilaD e&clamou Ariane. "lha o tamanho do lutadorde +a*Qood.- " de 1inotaurus é ainda maior...

1aria :anson estava com a pressão arterial tão alta queparecia prestes a entrar em colapso.- 1aria... sussurrou Anna -arin. " pu*ilista de 1inotaurusé um monstroD- C... disse uma 1aria :anson com o olhar es!u*alhado euma vo# irreconhec)vel.

=a sala &el escutou o in)cio da luta. 3ua adrenalina pareciaque iria a(o*6lo dentro de si enquanto ele se movimentavacomo um !icho.

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- " que...- HencerDE a Arena de Hidro tremeu com um direto de direita que (e# asestruturas se me&erem.

=o lado de (ora era poss)vel montar um cen6rio (ict)cio doque estava acontecendo l6 dentro apenas se*uindo os *ritos.Eram *ritos eu(5ricos$ !rados que tra#iam um misto de pra#erancestral com u(anismo e&acer!ado. m espet6culo queme&ia com todos os sentidos e instintos humanos tantos osmais vis)veis quanto aqueles mais ocultos.Etto estava representando !em seu eino. Estava resistindo o

que podia diante de socos que lem!ravam o som de trovão. Acada soco que rece!ia e sentia o corpo do!rar a cada osso queestalava pelo rachar em um canto daquela arena erra!r6ssorria. adamisto !atia e !atia e !atia. Etto com dentes enari# sa*rando socava de volta e as pessoas (echavam osolhos quando viam o rosto do *uerreiro !ranco se de(ormando

e se per*untavam por que dia!os ele parecia i*norar qualquerdor.E então adamisto !atia de volta e Etto perdia mais umacostela ou mais um dente. " treinador do *uerreiro ne*roolhava nervoso para onde se sentavam os eis sem sa!er sedeveria parar a luta ou continuar assistindo 7queletrucidamento. =entro de si porém sa!ia !em que ei 'ollen

iria pre(erir ver seu pu*ilista arre!entado dentro do rin*ue doque dar o pra#er a erra!r6s de v,lo passar pela humilhaçãode pedir a desist,ncia do com!ate.- :onra ] l5riaD :onra ] l5riaD :onra ] l5riaD repetiaem !rados a eu(5rica torcida de 1inotaurus.:aviam comparecido em !om n%mero e ocuparam a ala

direita das arqui!ancadas. 1inotaurus tratavase de um povomuito vi!rante e com um culto 7 !andeira da pr5pria p6tria oque era tradu#ido na (i*ura daquelas pessoas (a#endo tanto

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!arulho em!ora (ossem minoria perante toda a arena queainda lhe vaiava. Gn(eli#mente essa eu(oria costumava seracompanhada de uma torcida que não era apenas (an6tica porsua !andeira mas tam!ém violenta. ;ualquer competição que

contasse com al*um representante daquele povo 6 contavacom uma se*urança que deveria esperar por seus torcedoressem limites.

Ja'. =iretoD=ois movimentos r6pidos do *i*ante de ca!elos raspados.Etto (icou temporariamente ce*o de um olho viu estrelas emal sou!e di#er quantas pessoas passou a en&er*ar dentro dorin*ue.- :onra... l5ria... :onra...adamisto correu e armou um  uppercut.  /erce!endo que ocom!ate 6 havia che*ado ao (im para desespero de seu ei otreinador do pu*ilista de +a*Qood arremessou uma toalha nochão. " ui# che*ou a tentar  (a#er a sinali#ação.

adamisto não interrompeu o *olpe." soco atin*iu o quei&o de Etto com uma viol,ncia tão*rande mas tão *rande que todos os dentes da (rente doadvers6rio racharam e o ma&ilar E3+AL". " corpo doatacado su!iu um pouco e tom!ou como um saco de !atatas."s minotaurinos nas arqui!ancadas urraram (eito lo!os eseria mentira di#er que não eram um pouco assustadoresaqueles uivos.-o centro do rin*ue adamisto er*ueu um dos !raços emantevese com sua t)pica e&pressão (echada.-o lu*ar dos eis ei 'ollen precisava se*urar a raiva de tervisto seu pu*ilista ter pedido a desist,ncia e ter sidonocauteado por um mino taurino. E (oi de l6 que erra!r6s

sentado a apenas dois lu*ares de An)sio Bran(ord sorriu.- +eu lutador tem *rande (orça ()sica erra!r6s... disse ei+ércio.

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- adamisto (oi treinado para o!ter as mesmas caracter)sticasde um carvalho ei. Ele não é apenas o campeão de umanação$ ele é seu s)m!olo.- m s)m!olo de (orça? per*untou ei 3e*undo.

- m s)m!olo de per(eição. adamisto est6 acima de outrosporque (oi preparado para estar acima de todos eles.- +al superioridade autoproclamada se !aseia em uma autocon(iança e&cessiva ou no 6 conhecido u(anismo e&acer!adode 1inotaurus?- Em nenhum dos dois ei 'ollen. Gnclusive a(irmo a Hossa1aestade que não é ver*onha al*uma vosso representante

sair so!re uma maca. adamisto insisto (oi preparado paraser tudo que o ser humano almea.- Achas que o esp)rito humano almea apenas tornarse maisimponente erra!r6s? 3e assim o (osse dever)amos queimarpintores en(orcar atores e al*emar poetas.

- ei 3e*undo na verdade  de!er1amos  (a#er isso. /intores

s5 nos servem para eterni#ar o !usto dos vitoriosos. /oetasen(raquecem a alma humana. Atores distraem a mente que*uerreia.- E quando a mente do *uerreiro não est6 em *uerra?

- A mente do *uerreiro sempre est6. " corpo pode não estarna *uerra momentaneamente mas a mente sempre est6.

- =eve ser triste viver para a *uerra... disse ei +ércio.- -ão deve ser triste não sa!er viver para ela. =e queadiantarão artistas quando um e&ército de verdade resolvertomar Brée? 3uas do#e princesas serão (eitas escravas e dadascomo cadelas a soldados de verdade. E o que (arão os poetas?=escreverão o ato com !elas palavras?LoKi o ei de BrUe mordeu o l6!io in(erior tentando !uscar

uma resposta 7 altura.Gn(eli#mente não encontrou.

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- =a minha parte... continuou erra!r6s ...se estivesse nolu*ar de ei LoKi em um momento de *uerra arremessariacorpos de artistas em catapultas e usaria suas ca!eças como!alas de canhão.

- Então... tomou en(im a palavra ei An)sio Bran(ord ...realmente não acreditas na pa# erra!r6s?- Apenas quando uma nação reinar so!erana so!re todas asoutras. 3em nenhuma que lhe escape nem lhe desa(ie.- -ão me re(iro 7 pa# em!açada pelo vislum!re de umGmpério. e(irome 7 pa# alcançada pelo esp)rito humano.- alamos do mesmo estado de esp)rito insistiu erra!r6s.- -ão não (alamos.- 35 e&iste um tipo de pa#.- E pelo visto tu não o conheces.:ouve um sil,ncio. /arecia que cada palavra tornava o climamais constran*edor. "s homens mais importantes do mundoestavam reunidos em um pequeno espaço e o mais peri*oso

disso tudo era que uma o(ensa entre eles não era resolvidacom al*uma !ri*a apartada pelos outros.Era resolvida com mortes de soldados e inocentes de duasnaçes.- /or que (oi mesmo que che*amos a essa produtivadiscussão? per*untou erra!r6s. -a arena serviçais estavama!ai&ando as !andeiras de 1inotaurus e +a*Qood.- /orque tu a(irmaste que adamisto era um ser superior aoshomens das outras naçes lem!rou ei +ércio.- "h sim. /or (avor não tomem tal coment6rio como o(ensapessoal. Estou apenas compartilhando convosco o (uturo...- " (uturo...? per*untou curioso o senhor umpelstichen.- " (uturo que o 'riador espera do ser humano. A evolução

que nos tornar6 uma raça mais (orte.- E da qual acreditas que é quem *uiar6 a humanidade?

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- Acaso nosso saudoso ei /rimo e cito aqui o primeiro nomeapenas para o di(erenciar dos irmãos e de seu sucessor nãosou!era que deveria ser o (ilho de um moleiro quem deveria

liderar a Caçada de Bruxas7 ;uem de v5s aqui o teria

escutado em tal época de po!re#a?- Gnteressante sa!er que meu pai servira de e&emplo a ti emal*o erra!r6s...

- -a realidade ele me  inspira, ei An)sio. +odo l)der quesa!e tomar pulso e liderar e&ércitos em uma *uerra e&erce emmim tal poder e vosso pai não é di(erente. " que não me

impediria claro de manter nossas diver*,ncias ou mesmodi#imar vossos escudos no campo de !atalha se um dia taisdiver*,ncias tenderem ao (ato."s serviçais que retiravam as !andeiras prenderam nosmastros as !andeiras dos pr5&imos pu*ilistas.- Gmperador... e aqui nin*uém sou!e di#er se An)sio estava(alando com seriedade ou com de!oche ...ima*ino como ser6

para v5s se um dia desco!rirdes que vossa nação não é dotadade tamanha superioridade em que (a#es vosso povo acreditar.- ei dos eis... tam!ém não era poss)vel identi(icar acaracter)stica na menção do t)tulo por erra!r6s ...ima*ino oque ser6 para v5s se um dia desco!rirdes que ela é.:ouve outra pausa s%!ita.

-a arena os serviçais rece!eram autori#ação para er*uer asnovas !andeiras.- Até o (inal do terceiro dia poderemos ver então seadamisto comprovar6 a re*ra disse ei An)sio.- Ah sim. Ele ir6 comprovar.

- -ão minotaurino continuou ei An)sio Ele ir6 tentar.E a Arena de Hidro começou a HGBA tanto mas tanto queera poss)vel sentir do lado de (ora a terra tremendo. " motivoera mais do que compreens)vel.

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-o alto vi!rava a !andeira de Ar#allum.&el Bran(ord estava sentado em um !anco de madeira deolhos (echados es(re*ando uma palma na outra quandoescutou os *ritos e sentiu a terra tremer. A adrenalina estava

lhe a*itando tanto que ele estava tendo tiques nervosostremendo determinadas partes do corpo para não se manterparado.E en(im escutou seu treinador di#er>- C a sua ve#...Er*ueuse com a e&pressão (echada. 1ordeu o l6!io in(erior eapertou os punhos. /recisava entrar naquela arena.

Precisa!a. Estava com medo mas ao mesmo tempo estava

se alimentando daquele sentimento.- Ar#allum e BrUeD anunciou o representante enquanto tra#iaadamisto de volta para a sala./osicionouse na sa)da para a arena. 3eu advers6rio 1enotoo pu*ilista de BrUe (icou ao seu lado o!servandoo temeroso.

" %ltimo advers6rio que *ostaria de en(rentar era o campeãolocal o pu*ilista que lutava não apenas para o seu povo mastam!ém para a (ama que conquistara. " pu*ilista que maistinha al*o a provar naquele maldito torneio.&el não olhava para ele. -ão importava o rosto de seus

advers6rios. " inimi*o nunca tinha rosto. -a arena s5 havia

ele e o outro." povo de Ar#allum começou a !atucar e a *ritar o nomedele. A pele se arrepiou.Ele (e# uma oração pedindo proteção ao 'riador. espirou(undo.E entrou.

Ariane -arin estremeceu e deu um pulo a*arrando Foão:anson>

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- 'araçaD 'araçaD Hoc, t6 ouvindo isso Foão? +6 parecendoque a terra t6 tremendoD- 'ara... ele disse meio em ,&tase saindo um pouco da apatiaanterior ...eu nunca vi nada i*ual a isso na minha vida.

- Gsso s5 pode di#er que...- ;ue ele t6 entrando...1aria :anson era uma pilha de nervos. Estava rodeada nãomais de pessoas mas de sentimentos. Estava eu(5ricareceosa e&citada temerosa. Eram sentimentos que deveriamaté mesmo se contradi#er mas partilhavam do mesmo corpoali. E de centenas e centenas de corpos.

'omo relem!rando rituais primitivos de homens 7 espera daevolução aquele povo !atia o som de *uerra a que estavaacostumado para incentivar seu pr)ncipe. /almas ecoavamtam!ores eram ru(ados e até mesmo centenas de pés sea*itavam e pisavam (irme na arqui!ancada acompanhando oritmo enquanto &el Bran(ord entrava com uma e&pressão

(echada.Era um som tri!al que repetia em uma cad,ncia e&plosivadois sons *raves se*uidos de um a*udo.+um... tum...'omo dois !um!os se*uidos de um prato. m som tri!al.m som inesquec)vel.+6.

m som semidivino.-o alto daquela noite pulsava mais (orte uma estreladi(erente. -in*uém sa!ia e&atamente o nome dela mas era elaquem a!ençoava a entrada do pr)ncipe. E então a chamaram/rince a Estrela do /r)ncipe.&el andava dançando so! aquele som tri!al cadenciado. E

caminhava na direção do rin*ue so! a estrela de um pr)ncipe.Aquilo tam!ém tra#ia seus instintos primitivos 7 tona e isso

naquele momento era 'om. Era 5timo. Era tudo com que ele

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poderia sonhar. 3eu advers6rio estava assustado com aqueleespet6culo. Aquele povo enlouquecido vi!rando como umas5 nação e o!servandoo como se estivesse sendo o*ado aos

lees dava  medo.  A arena inteira !alançava enquanto

pessoas que mais pareciam soldados *ritavam para opu*ilista assustado>- h vai morrerD h vai morrerD h vai morrerDEra um espet6culo$ aquele povo e aquela torcida eram umespet6culo que arrepiou até mesmo erra!r6s. An)sioBran(ord tentou se manter neutro mas aquilo era (orte$ (ortedemais. Era como se Ar#allum estivesse relem!rando a todosos monarcas presentes porque era aquele eino e não outroque liderava aquele continente.&el su!iu ao rin*ue e tirou seu capu# revelando uma!ermuda com as cores da !andeira de Ar#allum e as atadurasde pu*ilismo ao redor dos pulsos e cotovelos. E um corte deca!elo di(erente dos dias anteriores> os ca!elos estavam muito

curtos quase que raspados com navalha." povo enlouqueceu mais.1aria *ritou o nome dele diversas ve#es mas ele não escutounenhuma delas. 1ilhares de pessoas (i#eram o mesmo e eletam!ém pareceu ter a mesma reação. Ele s5 olhava para oadvers6rio. " inimi*o sem rosto. " derrotado antes de pisar

no rin*ue." ui# de com!ate chamou os dois. Ele teve de *ritar paraam!os o escutarem.- Eu quero uma luta limpa... sem *olpes !ai&os... sema*arres... sem se aproveitarem das cordas...&el continuava a*itado e se a*itando. A !oca seca. "

est<ma*o queimando. A respiração o(e*ante. Ele precisa!adaquele in)cio. Ele precisava daquilo.- Eu quero uma luta que mereça... este.... espet6culoD

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"s dentes trincados. "s dedos espremidos entre ataduras. Aspernas tr,mulas. A adrenalina a mil. 3e aquele maldito ui#não ordenasse de uma ve# que...

- Dutem * !errou o ui# se a(astando rapidamente.

&el partiu rosnando como um !icho.Ja'. Ja'.  =ireto.  Ja'. Ja'.  =ireto.  Ja'.  =ireto.  Ja'.=ireto. ma no est<ma*o. A se*unda no est<ma*o.

Eppercut" corpo do lutador de Brée su!iu e (e# um arco para tr6s quepara milhares de pessoas pareceu uma ima*em imensa em

velocidade lenta de um mundo momentaneamente sem som.E então o corpo tom!ou violentamente no chão e oadvers6rio tossiu san*ue." ui# (oi até o pu*ilista de Brée e ao ver as condiçes doca)do desistiu até mesmo de a!rir conta*em (a#endo o sinalde término de com!ate e apontando para &el Bran(ord.&el demorou para  compreender  o que estava acontecendo emchoque pelo término prematuro do com!ate. 3eu san*ue ainda(ervia. Ele  ainda queria mais. 1as aquele povo enlouquecido*ritando seu nome como louco possu)do e (a#endo a terratremer por uma noite lhe servia um pouco como catarse desentimentos acumulados e que tomavam vida pr5pria dentrodo rin*ue como (ormaspensamento que nasciam ali e dali.

E então quando o ui# er*ueu seu !raço direito e ele escutoumais uma ve# a ovação de milhares de pessoas em ,&tasediante de um homem adorado como um novo avatar seuracioc)nio p<de sair do com!ate terminado e !uscar oscamarotes. 1ilhares de pessoas ainda *ritavam o nome dele e

o mundo não parecia e&atamente real em tal situação.

" (ato era que &el Bran(ord havia !atido o recorde donocaute mais r6pido da hist5ria do /unho =e erro mas nemhavia perce!ido ou se importado.

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3eu olhar dali de onde estava s5 perce!ia naquela noiteempol*ante o irmão An)sio Bran(ord e seu desa(eto erra!r6s.

E o mais interessante era que o pr)ncipe ainda não sa!iadistin*uir para qual dos dois ele tinha mais a provar.

15

Em Andreanne havia um local isolado onde *rupos de ovens

que so!reviviam nas ruas se encontravam. Ele se locali#avano su!%r!io não muito distante do cais. :avia um !eco quedava em anti*o casarão de um al(aiate (alecido. =i#iam que oal(aiate havia sido assassinado$ mas o que importava era queele havia (alecido e nin*uém viera tomar posse daquela casaaté hoe.Lo*o todos os dias *arotos na (ai&a et6ria entre tre#e e vinte

anos se reuniam ali no (inal de cada dia. Al*uns contavamso!re o modo como escaparam de *uardas reais naquele dia."utros tripudiavam de no!res que haviam sido v)timas deseus ataques. "utros contavam hist5rias so!re tra*édiasenvolvendo pais alco5latras mães ad%lteras irmãos mortos ecoisas do tipo. ;uase todas hist5rias reais.

Al*umas ve#es aconteciam desentendimentos queculminavam em surras ou cortes. 3e um ser humano vive daviol,ncia tam!ém ser6 essa a %nica (orma pela qual sa!er6 secomunicar. Entretanto ainda que a princ)pio pareça não havera(eto em conviv,ncia tão violenta ali havia o mais pr5&imodesse sentimento a que aqueles adolescentes poderiam che*ar./orque de certo modo aquele era o %nico conceito de  famlia

que eles conheciam.

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m triste conceito é verdade mas é melhor um ser humanoa*arrar um conceito triste do que conceito de identidadenenhum./ara uma pessoa de !em porém caminhar por aquele lu*ar

cortava o coração. Era mais do que triste$ era dolorosoo!servar de#enas de ovens destruindo suas vidasprincipalmente por não sa!er o que (a#er com elas. Fovensviciados com tão pouca idade usando dro*as que até mesmoadultos pensavam duas ve#es em utili#ar.A principal delas o terr)vel p/-de-fadas.

Essa dro*a era um p5 !ranco que havia sur*ido na década

anterior em -ova Ether. =i#iam que navios piratas atrou&eram de uma terra que não deveria e&istir mas o (ato éque ela e&istia e sa!ese l6 como eles desco!riram tal (5rmulapara trans(ormar o que deveria ser uma desnecess6riadesco!erta passa*eira em um ne*5cio il)cito e&tremamentelucrativo.

" p5de(adas era inserido no corpo através das cavidadesnasais> o usu6rio inspirava aquilo normalmente com tanta(orça que o e(eito era quase que imediato. =i#iam nasta!ernas aqueles que 6 o haviam utili#ado Me esse n%mero ésempre !em maior do que se pensa a princ)pioN que umapessoa era capa$ de voar  so! o e(eito de tal su!stJncia.E ali naquele triste lu*ar o que se via eram de#enas de ovens

so! tal e(eito. Al*uns permaneciam deitados e havia sorrisosem seus rostos. 3orrisos de crianças. 3uas mentes porémpareciam muito distantes dali viaando por mundos etéricosque s5 alcançavam através de tal arti()cio. 'omo dito antes>tudo es!arrava na i*norJncia so!re o sentido da vida e oconhecimento do mundo. /ois o preço daquele v)cio era a

a!ertura de !uracos e destruição no pr5prio cére!ro$ a mesmachave para a mente que poderia (a#,los tocar em mundos

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muito mais ricos e se*uros se eles sou!essem outras (ormas muito mais (ant6sticas de (a#er isso.E ima*inem o que era para um *rupo de adolescentesviolentos como esse ver sua porta escancarada e a entrada de

um estranho. -a verdade de dois. 3nail al(ord entrounaquele am!iente vestindo seu so!retudo de muitos !olsos(alsos e com uma e&pressão (echada de poucos ami*os. Liriela!!iani mantinha uma e&pressão parecida mas não tinhanem um terço da se*urança de seu parceiro.A reação de todos os que não estavam viaando em outra5r!ita (oi correr para pe*ar suas...- uardem as (acas disse 3nail."s *arotos se olharam pensativos. 3nail não parecia um*uarda real mas isso nada si*ni(icava tam!ém. "lharam paraLiriel e continuaram sem sa!er o que pensar. m dos *arotos

que estava no meio do caminho entre o mundo  real  e omundo em que estava prestes a entrar (un*ou e correu para

pe*ar um (acão en(erruado no chão.oi quando uma lJmina *irou tão r6pida e tão violentamenteque cru#ou aquele salão até se cravar na parede. Al*unsadolescentes dei&aram cair suas (acas de susto.- Eu disse> *uardem... suas... (acas.- " que voc, quer? per*untou um *aroto de (ranas e roupassurradas com não mais que quin#e anos. 3nail perce!eu quese aquele não era o l)der do *rupo pela cora*em de ser oprimeiro a (alar em pouco tempo teria essa (unção.- 'omo é o seu nome (ilho?" *aroto (echou a e&pressão como se tivesse sido o(endido.- -ão interessaDEle (e# um sinal a um se*undo que correu para pe*ar o

mesmo (acão en(erruado no chão. -o momento em que o*aroto iria tocar o ca!o a (aca se  afastou  dele como setivesse vida pr5pria.

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" *aroto *ritou. A maioria deles tam!ém.- Essa *arota aqui presente é uma !ru&a disse 3nail. Aquela(rase (e# qualquer um com consci,ncia su(iciente paraentend,la tremer. 3e ela quiser ela pode di#er palavras

o!scuras e incendiar isso aqui antes que voc,s pensem emcorrer. Ela pode urinar nos seus ossos e com isso impedirque voc,s entrem até mesmo em Aramis e (a#er com que suasalmas (iquem va*ando por a) sem corpos como servos das!ru&arias dela. Ela pode cortar seus ca!elos e en(eitar !onecosde vodu com eles. Ela pode dar um !eio em qualquer um edepois arrancar a l)n*ua de voc,s com os dentes. Até Liriel

sentiu arrepios. Hoc,s querem sa!er como é a sensação dever uma pessoa arrancar seu couro e dar de alimento a cães(amintos de um olho s5?-enhum deles respondeu.- 'omo é o seu nome (ilho? ele per*untou para o mesmo*aroto.

- +Qist senhor disse uma vo# tr,mula.- +Qist... disse 3nail entre suspiros. 1e di*a *aroto> comovoc,s conse*uem p5de(adas?- Através de...3entindo o receio do *aroto em continuar Liriel seapro&imou mostrando os dentes em um sorriso maca!ro.- Através de tra!alhosD C o nosso pagamento...

- ;ue tipo de tra!alhos?- " que nos pedirem pra (a#er.3nail aquiesceu. 3a!ia do que eles estavam (alando>tra(icantes. +ra(icantes que se utili#avam de tra!alho quasein(antil para manter um sistema que se iniciava com piratas eterminava na alta corte. E ele sa!ia porque 6 havia vivido

aquilo. ma vida que ele cada ve# mais queria dei&ar paratr6s.

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- 'erto. Hamos (a#er o se*uinte> eu vim aqui hoe parao(erecer a voc,s uma nova (orma de vida. +alve# voc,s*ostem do que eu tenha a di#er$ talve# não. =e qualquer(orma a %nica coisa que eu peço é que voc,s me escutem e

depois decidam por si pr5prios."s *arotos voltaram a se olhar pensativos.- +emos um acordo?'omo nin*uém di#ia nada o ovem "liver tomou 7 (rente do*rupo e disse>- /ode contar...3nail al(ord se sentou com as pernas cru#adas como se

todos ali (ossem de uma %nica (am)lia e começou suanarrativa.E pouco a pouco em cada palavra em cada detalhe dahist5ria que 3nail começou a contar aqueles adolescentescomeçaram a prestar uma atenção cada ve# maior. Liriel quenão conhecia aquela narrativa untouse ao *rupo. E ali no

meio de de#enas de adolescentes perdidos 3nail al(ordtocoulhes o coração de uma maneira pro(unda que viol,nciaal*uma amais ser6 capa# de conse*uir encostar.Adolescentes sorriram ao desco!rir uma (orma muito masmuito mais (ant6stica de tocar em mundos de éter melhoresou piores do que aqueles em que viviam. /orque desco!riramque o ser humano é dotado de sonhos tão poderosos que são

capa#es de manter mundos vivos dentro de si. E muito alémde dentro de si.E&istem hist5rias que podem mudar o mundo.

1

Branca 'oraçãode-eve caminhou na direção do quarto ondeestava aloado o pai no rande /aço. Estava um poucopreocupada. :avia visto o pu*ilista de 3tallia ser massacrado

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pelo pu*ilista oriental de "(ir mas não se importava muitocom isso. -a verdade admitiria até mesmo a uma melhorami*a se tivesse uma que se sentia muito mais li*ada aosentimento de ,&tase que (oi ver &el Bran(ord vencer no

primeiro dia por Ar#allum. A(inal ela era a princesa de3tallia.1as em pouco tempo seria a ainha de Ar#allum.Entretanto sua preocupação es!arrava em seu pai. ei Alonso

 6 havia se tornado distante e mostrava uma psique a!alada.+ornarase recluso desmotivado desconcentrado. mhomem desprovido de ale*ria$ um homem triste o su(iciente

para se tornar incapa# de chorar. Her seu representante sereliminado no primeiro dia por um pu*ilista vindo do outrolado do mundo e se tornar motivo de esc6rnio entre seusi*uais não iria audar em nada uma poss)vel recuperação.Era nisso que Branca pensava quando entrou preocupadanaquele quarto. E seu quei&o quase caiu.

- Branca... oh... ol6 Branca disse um ei ainda distra)domas muito mais a*rad6vel do que nos %ltimos tempos.Branca não respondeu. 8 sua (rente seu pai postavase diantede um espelho e passava al*uns n5s por uma *ravata queacompanhava um surpreendente trae de *ala. Asso!iavaenquanto a amarrava o!servavase or*ulhoso e tinha umae&pressão ovial no rosto marcado.- /ai..." ei continuava asso!iando sem olhar para ela e seme&plicação desamarrou o n5 que havia dado anteriormente na*ravata. E então de repente virouse na direção da (ilha edisse>- BrancaD "h ol6 queridaD -ão a tinha visto a) ainda...

Branca continuava em!as!acada. " ei voltou a asso!iar ere(e# o n5 dandose a*ora por satis(eito em!ora de lon*eparecesse e&atamente id,ntico ao anterior.

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- /aiD /or que o senhor est6 vestido assim?" ei parou o que estava (a#endo e a o!servou com e&pressãosurpresa.- 'omo é querida? Hestido assim como?

- =o eito que voc, est6 vestido paiD e&clamou a princesaperdendo um pouco a compostura." ei se o!servou no espelho surpreso. Era a mesmae&pressão que um homem teria se perce!esse que estava nu ede repente se visse no se*undo se*uinte !em vestido.- Ei olhe que !elas roupasD Eu (ico !em em roupas comoestas não é verdade?- /ai...- " que acha do n5 desta *ravata querida? Est6 um poucoesquisito não est6?" ei 6 ia mais uma ve# des(a#er o n5 quando Brancaen*rossou o tom de vo# para ver se a mente dele ao menos se

mantinha concentrada nela.

- /aiD /or que voc, est6 vestido assim?- "ra querida acaso um homem poderia aceitar um convitede antar malvestido?- Fantar? e&clamou Branca ainda mais surpresa. 1as

 antar com quem pelo 'riador?- 'omi*o disse uma vo# (ria como um vento matinal.A mulher entrou em um lon*o vestido de *ala reque!randoos quadris. Em saltos altos. Branca a reconheceu de imediato.Era a mesma mulher que vira se sentar ao lado de seu paidurante o /unho =e erro. Ela caminhou na direção daprincesa e a pe*ou de surpresa ao se*urar sua mão e encostarseu rosto no dela como um !eio de cumprimento entreparentes.

- 'ondessa :elena Bravaria com muito pra#er.Branca não disse nada ainda surpresa.

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- 3eu pai lhe contou so!re o antar que temos hoe queridaprincesa? ela disse com o sorriso mais (also que Branca 6havia visto em toda a vida.

- Ele estava tentando me di#er...

- Ah ol6 querida condessaD =oce doce condessa. F6 tedisseram que esse vestido s5 entendeu sua e&ist,ncia quandotu o vestiste?" ei pe*ou a mão da condessa e a !eiou. Branca mal

reconhecia o pai ou ao menos o que ultimamente  esta!asendo seu pai.

E (oi assim estupe(ata que ela viu ei e condessa sa)rem de!raços dados daquele quarto enquanto Alonso 'oraçãode-eve lhe di#ia>- Branca querida não me espere para antar hoe est6 !em?Branca 'oraçãode-eve parecia que h6 tempos 6 não sa!iamais o que esperar de seu pai.

1!

ei An)sio Bran(ord estava em seu quarto lendo manuscritoscom conhecimentos que ele poderia precisar sa!er. Bateramna porta duas ve#es e ele interrompeu sua leitura paraautori#ar a entrada do visitante.

- 'om licença 1aestade...An)sio se surpreendeu com a entrada de 3a!ino von )*aroseu 'onselheiro Branco.- /ro(essor 3a!ino?- /eço desculpas pela (alta do protocolo ei Bran(ord. /elasurpresa veo que deveria ter pedido para me anunciaremantes.

ei An)sio mudou a e&pressão.

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- -ão te preocupes 'onselheiro. C que achei que se tratava deprincesa Branca.- 'ompreendo$ admito que para uma pessoa que espera veral*uém como a princesa dos 'oraçãode-eve ver outra tão

menos a(eiçoada deve ser realmente um choque.An)sio sorriu.- 1as o que te tra# aqui 'onselheiro?- 1aestade espero que tenhas consci,ncia do quanto aami#ade entre mim e teu pai (oi importante na vida de am!os.An)sio travou. 3empre travava quando o assunto era o pai.- Eu tenho sim pro(essor. +enho consci,ncia não apenas da

!oa ami#ade entre v5s como tam!ém da contri!uição queam!os e&erceram na Caçada.- /er(eitamente. C por isso que *ostaria de aproveitar estemomento de calmaria para vir aqui pessoalmente di#er aHossa 1aestade que és (ilho de um dos melhores ami*os quetive em vida e que minha lealdade e minha vida para conti*o

são da mesma intensidade que para com teu pai.- Gsso si*ni(ica muito para mim.- 1aestade...3a!ino (e# um sinal com a ca!eça e 6 estava se retirandoquando>- /ro(essor...- /ois não 1aestade?

- Estavas com ele quando... aconteceu, não estavas?oi a ve# de 3a!ino travar. " (ran#ino e ma*ricelo pro(essorapertou os l6!ios em lamento e !alançou a ca!eça.- Eu estava naquela 'atedral sim.- 3a!es eu *ostaria de ter estado l6.- Eu acredito. 1as acredito que Hossa 1aestade não deveria

sentir culpa por tal acaso. A(inal se l6 estivesses estadoprovavelmente não estarias esperando a entrada da princesaBranca com vida nestes aposentos.

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An)sio ponderou.- 3a!es... até hoe desde a... cerim<nia p%!lica amais

conse*ui retornar ao t%mulo de meu pai. -ão  so0inho,entendes? 3a!ino achou que o ei  quase  chorou na sua

(rente. E então os olhos do ei olharam para os dele> Achasque eu teria conse*uido salv6lo se houvesse (eito outraescolha?- -ão 1aestade. Assim como teu irmão tentou e tam!ém nãoconse*uiu.An)sio (echou a e&pressão e (icou sério.

3a!ino perce!eu.- " que achaste do desempenho de &el hoe? disse comuma vo# que não e&pressava or*ulho nem depreciação.- Eu achei so!er!o. " povo est6 or*ulhoso. Acredito queHossa 1aestade tam!ém...An)sio não respondeu. Apenas !alançou a ca!eça pensativo.- &el tem um papel importante para a nação...- =i#eis moralmente ou estrate*icamente?- Espiritualmente.3a!ino aquiesceu. An)sio concluiu>- " que me leva a pensar nas distraç0es do caminho que ele temde se*uir.3a!ino suspirou. /esado. /osição delicada a sua naquela

questão.- Acredito que para um ovem como ele deva haver muitaspelo caminho com certe#a. C por isso que com todo orespeito considero uma d6diva quando tais distraçes não odesvirtuam mas pelo contr6rio não apenas eno!recem seucaminho como o (ortalecem e o complementam.- +u a conheces !em não é? o ei per*untou de (orma

direta.- Ela (oi minha aluna e hoe toma a cadeira de pro(essora emmeu lu*ar na Escola eal do 3a!er.

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" ei tentou se es(orçar para parecer simp6tico.- Entende 3a!ino não é nada pessoal...- -ada em pol)tica parece ser.- Eu temo estarmos em tempos de pré*uerra. E temo que

&el não compreenda o que est6 em o*o. E qual o papel decada um de n5s no ta!uleiro.- 'om todo o respeito Hossa 1aestade depois da e&i!içãoque vimos hoe eu acho que ele compreende sim.An)sio ponderou novamente. 3a!ino pensou em se retirarnovamente quando>- /ro(essor?- /ois não 1aestade...- " que achaste de meu +erceiro =eseo em minha possecomo ei?3a!ino (icou completamente sem eito.- -ão sei se deveria ul*ar um =eseo de um ei...- -ão deves. Apenas quando teu ei permite.

3a!ino en*oliu com di(iculdade. /or mais que aquele 7 sua(rente (osse um descendente de um Bran(ord ele não era/rimo. ora treinado para ser é verdade mas não era.altavalhe a e&peri,ncia. Além disso An)sio Bran(ord tinhaal*o...  sombrio dentro de si que assustava 3a!ino von )*aro.m tipo de olhar sinistro que não seria visto nos sales reaismas que provavelmente seria real na 3ala edonda quando

estivesse diante de seus 'onselheiros em tempos de *uerra.- 1aestade... acredito que teu +erceiro =eseo (oi comochutar uma colmeia de a!elhas depois de lam!u#ar o corponu com mel.- 3e (osses tu em meu lu*ar tu terias a*ido di(erente?/er*unta di()cil e capciosa.

- 'om toda a certe#a ei Bran(ord teria honrado a mem5riade teu pai e a*ido da mesma (orma.

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- +u achas que LocKsleR conse*uir6 (icar quieto? Ao menospor um tempo?- Acho que um homem como LocKsleR não nasceu para (icarquieto. "uviremos (alar dele novamente mais r6pido do que

*ostar)amos.- E se ele tentar, 3a!ino?" velho pro(essor sa!ia o que o ei queria di#er e aondequeria che*ar. ma encru#ilhada que reunia LocKsleRerra!r6s e os 'oraçãode-eve.- 3er6 complicado. Hossa 1aestade deu li!erdade a ele. /araser coerente com tal atitude deverias apoi6lo até o (im.- -ão posso duelar com 3tallia por LocKsleR.- +alve#$ talve# realmente não possas nem devas duelar com3tallia por ele...1as talve# possas ou devas com 1inotaurus.

1"

:)*or :anson entrou e&austo em casa naquela noite. 1aria eCriKa :anson estavam sentadas antando so#inhas.'umprimentou de (orma sucinta as duas e sentouse 7 mesapara comer.- 'ad, Foão? per*untou mordiscando um pedaço de pãocom a mão sua.- Ainda não che*ou respondeu a mãe do *aroto. 1aria (icouo!servando minuciosamente cada reação do pai. Aos poucoscomeçou a se dar conta do que o irmão e &el vinhamdi#endo$ cada ve# mais se parecia com seu pro(essor.- ;u,? 'omo assim ele ainda não che*ou? -5s estamos(alando de um antar em (am)liaD

- C ele parece estar mesmo repensando seus costumes... disse 1aria sem encarar o pai.:)*or a (icou o!servando de lado.

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- 1aria :anson tem al*uma coisa que eu deveria sa!er?Ela olhou nos olhos do pai.- -ão sei. +em al*uma coisa que eu deveria sa!er?:)*or voltou a mordiscar seu pão. EriKa o!servava os dois

sem entender e&atamente o que estava acontecendo naquelacasa.- Hoc, conse*uiu ver &el lutar hoe? per*untou a mãe.- 'onse*ui. oi um pouco... assustador.- 3ou!e que ele destruiu o cara de Brée disse :)*orenquanto masti*ava.- C. Ele...

Escutouse o !arulho da porta se a!rindo. +odos se calaram eo!servaram Foão :anson entrar taciturno.- Boa noite." menino passou em direção ao quarto sem olhar para o pai.- Foão voc, não quer se sentar pra antar conosco? per*untou a mãe.

- +< sem apetiteD ele disse 6 virando na direção dos quartos.- Ei *aroto quer me di#er onde voc, estava até esta...BA1D A porta se (echou !ruscamente dei&ando :)*or:anson estupe(ato.

- 1as... mas... mas  quem esse *aroto est6 pensando que é?Eu vou...- =ei&a o menino :anson disse EriKa.- Ele est6 chateado disse 1aria.- 'hateado? 'hateado com o qu,?- Bata nele com um cinto. +alve# aude voc,s dois a terem um!om di6lo*o disse EriKa.:)*or parou um pouco chocado. A(inal quem era o homemdaquela casa? A impressão que estava tendo era de que toda a

sua (am)lia ou estava se voltando contra ele coitadinho ouele estava perdendo as rédeas daquele lar. -enhuma das duassituaçes o a*radava.

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Ele levantouse irritado e a!riu a !oca para *ritar com todomundo naquela casa para colocar a ordem de ve# no lu*ar. Eentão ao o!servar sua mulher e (ilha o o!servandodesa(iadoramente e ver o lu*ar onde seu (ilho deveria estar

sentado va#io ele simplesmente calouse pe*ou um ci*arrode palha e saiu do case!re para (umar.E então arremessou o ci*arro violentamente no chão a!riu aporta da casa em um estrondo que assustou as duas mulheres ese*uiu (urioso na direção do quarto dos irmãos.

- :anson o que voc,...  tentou di#er EriKa.- 'ala a !ocaD" *rito chocou tanto mãe quanto (ilha.A porta do quarto (oi a!erta tão violentamente quanto naprimeira ve#. :)*or :anson esperava ver o (ilho deitadoolhando para o teto e se considerando o adolescente com ospiores pro!lemas do mundo como todo adolescente. 1aspara sua surpresa ele viu Foão :anson com uma mochila nas

mãos o*ando suas roupas l6 dentro.- " que dem<nios voc, pensa que est6 (a#endo?Foão i*norou a per*unta e continuou o que estava (a#endo.Grritado o pai se apro&imou e apertou a man*a esquerda dacamisa do (ilho o!ri*andoo a se olharem.- Eu per*untei o que dem<nios voc, pensa que est6 (a#endo

Foão :ansonD- Eu poderia lhe per*untar a mesma coisa... houve uma pausa

consider6vel ... pai.m tapa. " rosto do ovem :anson virou quase cento eoitenta *raus violentamente.- Hoc, vai (alar assim com os seus ami*os va*a!undosD -ãocomi*o *arotoDFoão apertou os dentes. +rincouos com (orça. Aquilo eraraiva.

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aiva.- Eu vou per*untar pela terceira ve#> o que voc, pensa... queest6... (a#endo?- 1e a(astando de voc,.

"lhos nos olhos. :)*or :anson che*ou a armar outro tapa.Foão :anson nem piscou olhando (undo nos olhos dele. :)*or:anson ainda na posição armada mordeu o l6!io in(erior(echou o punho contraindo todo aquele sentimento e a!ai&oua mão respirando pesado.-a entrada do quarto mãe e (ilha o!servavam assustadas.- Hoc, acha que não precisa mais desta (am)lia? o pai

per*untou com uma vo# rouca por causa da (%ria contida.- -ão eu acho que não preciso mais de !oc%.:ouve sil,ncio. =e todas as partes. +anto da parte que sempre(alava quanto da que sempre o!edecia.- Então pe*a as suas coisas e sai respondeu o pai. A mãederramou duas l6*rimas que tradu#iam o desespero. 1aria

mais uma ve# estava tão chocada com tudo o que estavaacontecendo ultimamente com sua (am)lia que não tevereação.3em di#er nada Foão :anson terminou de socar suas roupasna mochila velha e a colocou nas costas. 3aiu sem parecerquerer di#er nada. A vo# do pai o interrompeu por pouco.- m dia voc, vai desco!rir quantos sacri()cios sãonecess6rios para se manter uma (am)lia. 3acri()cios que nosco!ram preços altos. 3acri()cios que não podem ser ul*adosnem impedidos a vo# ainda sa)a rouca e !ai&a. 3acri()ciosque nos modi(icam para sempre.Foão :anson ainda em sil,ncio continuou seu caminho.A!raçou a mãe e disse o nome do ami*o Al!arus no ouvido

dela para que o coração dela (osse um pouco apa#i*uadonaquele momento. /assou pela irmã que se recuperou do

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choque mas ainda não sa!ia como a*ir. Foão (icou olhandopara ela como se esperando uma decisão.1aria olhou para o pai. E olhou de volta para ele.Foão esperou mais um pouco. E viu a irmã !ai&ar os olhos

sem sa!er se era em!araço ou triste#a. +alve# nem mesmoela sou!esse. " *aroto !alançou a ca!eça e se*uiu seucaminho.;uando a porta principal da casa se a!riu e se (echou osil,ncio que (icou para tr6s era um sil,ncio que amais seriaperdido. /ois era um sil,ncio que se entranha nas paredes deum am!iente e que não se limpa. /orque vem de dentro. "s

pratos va#ios e a cadeira que não (ora usada no antar seriampara sempre lem!ranças de um dia que nin*uém poderiatentar esquecer. E nada poderia voltar a ser como antes.Foão :anson em nenhum momento retornou para aquele

 antar. Ele e o pai amais voltariam a se (alar de novo.

1#" dia amanheceu.&el Bran(ord havia dormido em uma cama de madeira duraem um quarto pequeno. Gsso não se tratava de uma imposiçãode seu treinador mas de uma escolha pr5pria. 3e um homemdecide testar seus limites dentro de um rin*ue ele não podeviver em condiçes de lu&o. Ele precisa percorrer o caminhoda dor e viver como um lutador.E ainda assim estar em pa#.&el não sa!ia se estava. 1as estava visivelmente disposto atestar.- 'ansado? per*untou o treinador ap5s !ater duas ve#es e

entrar.- -em um pouco... Hoc, viu a %ltima luta depois da minha? Hi.

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- Eu não conse*ui (iquei tremendo de tantos sentimentos untos ap5s aquela luta.- C compreens)vel. Hoc, !ateu o recorde do torneio.- C... ele disse pensativo. Eu !ati não (oi?

- 1as claro que não ser6 lem!rado se voc, perder o torneio...&el suspirou.- Est6 certo treinador. Eu não vou perder o (oco não.- Eu sei. Eu sou pa*o pra isso.- E a(inal como (oi a luta depois? 3ou!e que o lutador deruK venceu o de OoKD- E verdade. iott de ruK era maior e mais (orte. 1as era

lento.- iott est6 lon*e do que poderia se chamar de  lento  em umpu*ilista.- 'erto. 1as ele era perto do outro.- au. &el até se sentou para escutar melhor. " rapa# deruK então...

- " nome é =evlin. Ele possui uma pele avermelhada como ados )ndios. Al*uns amuletos esquisitos que retira antes daluta. E uma tatua*em maca!ra na co&a.- ;ue tatua*em?- -ão sei direito. A mim mais parece um ser de Aramis.Estou dando ouvido aos !oatos que di#em que o rapa# (a#ma*ia escura para manter o corpo fec'ado.

- Ele assusta?- m pouco. -o rin*ue porém a %nica coisa que assustarealmente é que ele me parece ser tão r6pido quanto... voc,.- Ele é especialista em sequ,ncias? so!rancelhas er*uidas.- /ois é. -ão é 7 toa que ele tem uma se*unda tatua*em nascostas com o que parece uma mata pe*ando (o*o.

- rvores pe*ando (o*o?- -ão seria essa uma per(eita met6(ora para uma devastação?

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" pr)ncipe er*ueuse ainda pensativo. A maioria doslutadores teria motivos para se manter e&tremamentecautelosa com as in(ormaçes que lhes eram passadas. "utraparte poderia sentir medo.

&el Bran(ord sorria como uma criança.- Acho que esse =evlin e eu (aremos uma !oa e&i!ição.- " /unho =e erro não é uma e&i!ição.- Hoc, me entendeu. =ei&a de ser chato...- +rate esse torneio com a seriedade que ele e&i*e &el. F6 vimelhores do que voc, terminarem suas carreiras naquelesrin*ues.

&el parou surpreso. -ão porque outros 6 houvessemsucum!ido nos rin*ues daquele torneio. 1as porque...- Hoc, 6 viu mesmo outros melhores do que eu?1elioso o*ou uma toalha na cara dele desistindo daconversa. 3aiu rindo e !alançando a ca!eça daquele quarto>- an(arrão...

&el pe*ou a toalha e a colocou ao redor dos om!ros.- alando sério> *ostaria de ter visto a luta desse pu*ilista. Elese machucou?- 1uito pouco. -ão vai estar em condiçes muito di(erentesdas suas. Hai ser questão de qual dos dois vai ter mais (<le*opra che*ar no (im.&el se*urou cada ponta da toalha ao redor do pescoço e

(orçou contra a nuca enquanto mordia o l6!io in(erior em umsorriso con(iante>- ostei...1elioso perce!eu o sorriso.- 1ais cautela quando pensar nessa luta. Até hoe voc, nuncaen(rentou al*uém que pudesse competir com voc, em

velocidade e (<le*o. Hoc, sempre ditou o ritmo.- C verdade...

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- 3er6 a primeira ve# em que talve# voc, tenha de se adaptarao ritmo de um advers6rio.- "u viceversa.- Ainda assim *ostaria que 6 tivesse passado por tal situação

anteriormente ao torneio. -ão *osto de pensar que s5sa!eremos na hora como voc, ir6 rea*ir.- Ainda assim temos de admitir que h6 emoção nisso tudo.- 3im. Hai ser um teste de aço.- C... e houve mais um sorriso. Hai ser uma prova de fogo.

20

=elphim era um local conhecido por a!ri*ar marceneiros eoutros especialistas em o!ras e construçes. :avia muitoserviço para mãodeo!ra especiali#ada nesse tipo de tra!alhomas havia campo para toda a estrutura que d6 suporte tam!éma tal pro(issão. :omens que cortavam madeira homens que

carre*avam homens que distri!u)am. Empreiteiroscontratados contratantes. :avia de tudo por ali. Hoc, caminharia pelas ruelas daquele !airro e sentiria o cheiro de

serra*em no ar. Escutaria o som de  coisas  sendo cortadasesma*adas prensadas. Era assim que (uncionava =elphim eera assim que iria (uncionar provavelmente pelo resto dos

tempos.+alve# por isso por essa (acilidade o local atra)a muitos quequeriam mudar de vida. "u recomeçar suas vidas. a#iamsepoucas per*untas pa*avase ra#oavelmente !em e era umsistema de empre*o or*ani#ado com até mesmo a criação doprimeiro 3indicato de que 6 se ouvira (alar em 3tallia.-aquele dia havia uma o!ra de reparos em um

esta!elecimento em que se constru)am carrua*ens. " localhavia pe*ado (o*o em uma parte mas o estra*o (oi impedidorapidamente o que o!viamente não impedia de ter de haver

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uma reconstrução. m *rupo de de# homens tra!alhava nolocal audados pelos contratados do pr5prio esta!elecimento.m desses contratados que se*uia as ordens de um sueito deum metro e meio com uma prancheta nas mãos era um ser

assustador. +ratavase de um *i*ante ne*ro deapro&imadamente dois metros e de# com uma massamuscular que o (aria pesar por !ai&o uns cento e de# quilos."s !raços pareciam troncos de 6rvores esculpidos e otamanho das costas poderia tapar a visão de duas senhoras

 untas na poltrona de um teatro. 3eus dentes eram de um (orte!ranco selva*em que contrastava visivelmente com a pele

!em escura cada ve# que ele os mostrava. 1as muito poucoele os mostrava pois para isso seria preciso sorrir.m homem !ar!udo entrou no local e (oi (alar com o daprancheta. " !ai&inho acreditou que se tratava de mais um(uncion6rio e indicou para onde ele deveria se*uir. G*norandoa instrução o homem caminhou na direção do *i*ante ne*ro

que se preparava para er*uer e mover de lu*ar uma vi*aqueimada que necessitaria de tr,s homens (racos para er*u,la do chão.- ;uer uma auda? ele per*untou para o *i*ante que estavade costas preparandose para er*u,la. Eu sou novo poraqui...- /recisa... não... ele disse antes de soltar um *rito e er*uer

aquela monstruosidade para o lado so#inho. A vi*a caiu emum canto a(astado levantando poeira e (a#endo muito!arulho.A*ora o caminho estava livre para que outros pudessemutili#6lo no transporte de equipamentos. " *i*ante ne*ro!ateu as mãos para limp6las e virouse na direção do homem

que pretendia aud6lo>- 1as o!ri*ado por o(erecer sua auda novato. Eu sou...

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E o mundo parou pois (oi s5 então que o *i*ante ne*roreparou com quem (alava.- Fohn /equeno respondeu o!ert de LocKsleR.- /elo amor do 'riador... o ne*ro disse com vo# (raca

tentando acreditar no que poderia ser até uma ideia intan*)velmas di(icilmente uma realidade.- C se não (osse por ele realmente eu nem deveria estar maisaqui...Fohn /equeno se apro&imou ainda incrédulo. E tocou o anti*oami*o como se estivesse diante de um (antasma tra#ido devolta ao mundo.- LocKsleR? A !oca a!erta. "s olhos es!u*alhados. Cmesmo voc, seu maldito (ilhodamãe?- E quem mais procuraria por al*uém do seu tamanho emmeio a esse (im de mundo?- 1as... mas... seu maldito des*raçadoDDDFohn /equeno (oi até ele e o a!raçou (orte quase

estraçalhando suas costelas. LocKsleR não se importou com ador.- Eu pensei que voc, 6 tinha morrido seu des*raçadoD- -ão Aramis vai ter de esperar...- E o que... o que... o que raios voc, est6 (a#endo aqui?- Him rever um ami*o. " melhor deles.Eles apertaram um o punho do outro a(oitos e a*itados como

se (ossem crianças ou estivessem em uma !rincadeira deca!ode*uerra.- E que ne*5cio é esse de terminar construindo carrua*enspara no!res? per*untou LocKsleR. Acho que essa é a maiordecepção que 6 tive na vida. Hoc, deveria com!ater essesistema social$ não (a#er parte deleD

- Ei voc, sa!e como é di()cil para um e&prisioneiro arrumarempre*o?- -ão. Ainda não tentei.

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"s dois riram. /or mais que am!os houvessem estadoseparados por tanto tempo e por mais que a vida trou&essetamanho so(rimento ao esp)rito humano de cada um ali eracomo se am!os de repente voltassem a ter de#essete anos e a

(elicidade que reside na irresponsa!ilidade dessa (ase.- E que dia!os de nome é esse? Hladimir?- Bom... Fohn /equeno pareceu sem eito ...audou a *anharo empre*o. 3a!e que comerciante rico contrataria al*uém donosso anti*o *rupo?

?osso anti*o *rupo. LocKsleR adorou aquele detalhe.- /ois est6 na hora de eles voltarem a temer...- 'omo é?- Eu estou reunindo todos n5s de novo. C um recrutamento.- ala sério? Hoc, procurou os outros?- Hoc, é o primeiro. Z!vio que seria.Eles (icaram em sil,ncio por um !reve momento. E Fohn/equeno per*untou>

- -ão somos velhos demais para vestir colantes?- -ão usaremos colantes.- -ão somos velhos demais para pularmos em *alhos de(lorestas?- -ão *uerrearemos mais em (lorestas.- -ão envelhecemos o su(iciente para perder o sentido de nosindispor com os ricos?- -ossa *uerra com eles ser6 de ordem pol)tica.- -ão iremos lhes tirar dinheiro?- -ão iremos lhes tirar tratados.- /elo 'riador voc, quer a utopia...- A nossa utopia.- 3herQood. Hoc, quer li!ertar 3herQoodD

- Assim como voc,s.Fohn /equeno passou a mão so!re o rosto. :6 uma hora eraum e&prisioneiro tra!alhando em um empre*o que detestava

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tentando não chamar a atenção com uma vida ordin6ria.A*ora seu passado lhe !atia 7 porta e o chamava parapartilhar uma revolução.A vida podia mesmo mudar em um minuto?

- 3e (ormos capturados de novo...- Gremos acreditar que vivemos uma vida que valeu a pena servivida./equeno pu&ou o ami*o unto de si e o a!raçou (orte uma ve#mais.Bateu com um punho (echado nas costas de seu irmão decriação e disse com !ravura>- Gremos. Gremos sim...LocKsleR sorriu. Fohn se a(astou dele e per*untou e&citado>- E quando é que a *ente começa?- A*oraD" sueito de um metro e meio que cuidava da re(ormadaquele esta!elecimento se apro&imou com uma e&pressão

de poucos ami*os e limpou a *ar*anta o mais alto que p<de.- :ãhã. 3enhor Hladimir eu não pa*o o senhor para o senhor(icar de conversa(iada durante o serviçoD Lu*ar deva*a!undo é (ora do meu esta!elecimento..." comum seria o contratado até mesmo aquele ne*ro de doismetros e de# a!ai&ar a ca!eça e di#er com vo# mansa> simsenhor. "!viamente isso (a#ia o e*o do senhor de um metro

e meio su!ir a tr,s.E ima*ine então o que (oi para ele ver o ne*ro *i*antesco seapro&imar com olhar (urioso e&alando (%ria naqueles olhospoderosos e !u(ando>- Hladimir é o ^S_^S^`D 1eu nome a*ora é Fohn /equenoS_]^D

;uando o pequenino entendeu quem ele havia contratado equem era o visitante que con(undira com outro su!ordinado 6 era tarde demais. Fohn /equeno o pe*ou pelo pescoço

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como se (osse uma cesta de (eira e o arremessou ao lado davi*a de madeira queimada que voltou a espalhar poeira.+odos os contratados pararam seus tra!alhos e aplaudiramcom vi*or. E ainda so! aplausos e urros /equeno e LocKsleR

se posicionaram no centro do local e o!ert !radou em altosom>- Aquele que quiser ser livre me escuteD/ouco a pouco os homens se apro&imaram. " coração deFohn /equeno !ateu (orte pois ele reconhecia aquilo tudo.Aquela ma*ia que LocKsleR provocava. +anto no homem livrequanto no homem que o quer ser.- 3e voc, é capa# de tremer de indi*nação a cada ve# que secomete uma inustiça no mundo então somos companheiros...As pessoas pararam para escut6lo. "u até mesmo paraescut6lo novamente. Fohn /equeno mostrou seu sorriso dedentes muito !rancos e (oi di()cil muito di()cil retir6lodaquela (ace so(rida. En(im havia voltado a ter motivos para

sorrir.

21

'omo era dessa ve#? per*untou 1adame Hiotti. Estranho. &empre é estranho...- /or que voc, di# sempre?

- /orque 6 é a terceira ve# que eu sonho l6.- Então conta disse Anna -arin.- Era uma... vila. ma vila que s5 tinha assassinosD- ma vila de assassinos?- C p<D Eu ac'o...

- /or que assassinos?

- /orque eles co!riam os rostos. E quem co!re o rosto e (ica seescondendo nas som!ras s5 pode ser assassinoDAnna -arin estava assustada.

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- C... pensando pela sua ca!eça (a# sentido... disse Anna-arin.- 'omo assim pela minha ca!eça? +ipo... o que si*ni(ica na

 sua cabeça um !ando de *ente que co!re o rosto e se esconde

em som!ras mãe?- ente que caça !ru&as.3il,ncio. 1adame Hiotti tomou a palavra para continuarcondu#indo aquela conversa>- 'oncentrese no sonho querida. " que essas pessoasencapu#adas (a#iam?- Bom... elas perseguiam outras.

- #E$+3= !ru&as?- -ão não nãoD -ão t< (alando de !ru&asD -ão tinhanenhuma !ru&a nessa hist5riaD /elo menos não até onde   eu

sai!aD ;uem t6 (alando de !ru&as toda hora são voc,sDAs duas mulheres se olharam e sorriram. =eramse conta deque a mais ovem das tr,s tinha total ra#ão> eram elas quem

estavam in(luenciando a narrativa.- 'erto disse Hiotti. 3em !ru&as...- 1as então dei&a eu (alarD A) as pessoas corriam no meio deum mata*al e (u*iam dos encapu#ados. 1as os encapu#adospe*aram eles e !otaram capu# na cara deles tam!émD Etomaram as armas delesD- 'omo eram as armas deles?- 'omo a do :er5iD- ;ue her5i? per*untou 1adame Hiotti.- Ariane (ala do... caçador madame. " que matou o lo!omarcado.

- "h sim claroD ;ue ca!eça a minha me desculpe outra ve#.- /< voc,s querem sa!er ou não o (inal?

- 'onta disse Anna.- Bom eu 6 me perdi. Hoc,s (icam (a#endo esse monte deper*untas e me complicam. Eu vou começar de novo. +ipo da

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primeira ve# sa!e? ;uando eu sonhei l6 eu lem!ro que tinhaum homem e uma mulher. E antes que voc,s duas per*untema mulher era loira um pouco alta e ma*ricela. F6 o homem eradi(erente. Ele tinha um ca!elo meio... cheio encaracolado ele

era !onito. Ele tinha !ar!a e !i*ode tipo o do her5i mas oca!elo não. E eles tinham medo de mim.- 'omo assim? per*untou 1adame Hiotti atenta econcentrada.- Eu não sei o porqu,D Eu sei que eu tentava (alar com elesmas a vo# não sa)a. 3a!e como é isso em sonho? ;uando deve# em quando a *ente tenta (alar ou se me&er mas a *ente

não conse*ue? C uma dro*a quando isso aconteceD- E além de não conse*uir (alar voc, tam!ém não conse*uiase me&er?- Bom... é. Eu conse*uia (alar e até me me&er. 1as tudo eramuuuuuito lento sa!e? 1uito mesmo. Eu tentava (alar mas avo# sa)a... maca!raD

- 'omo maca'ra? assustouse a mãe.- C que eu não conse*uia (alar corretamente. Era um idiomaestranho mas eu conse*uia (alar sa!e? Eu s5 não conse*uia

(alar corretamente.- Hoc, trocava as palavras?- -ão eu (alava as palavras ao contr6rio...

Anna -arin e 1adame Hiotti en*oliram em seco.- E por que voc, não se me&ia direito? a senhora per*untou.- /orque eu estava molhada.- Hoc, havia sa)do da 6*ua...- -ão a 6*ua é que sa)a de mim. 'omo suor mas muito pior.As duas voltaram a en*olir em seco.- E eu não era uma menina...

-ão?- -ão.- Hoc, era o qu,?

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- Eu não sei o que eu era. Eu s5 sei que eu não tinha essa...casca sa!e? Era eu eu sa!ia que era eu mas as pessoas queme viam não. Elas tinham... medo de mim. Elas me viam deoutra (orma. Elas me viam como outra pessoa...

- Elas nunca viam voc, como uma *arotinha?- Elas sempre me viam como outra pessoa. E me chamavamde outros nomes. E nunca entendiam direito o que eu tentavadi#er.- E como voc, sa!ia o que di#er a elas?

- Eu di#ia apenas o que esta!a escrito.

- Escrito onde? 1adame Hiotti estava  realmenteestupe(ata.- Eu não sei e&plicar. Eu apenas sei que eu conse*uia di#er oque estava escrito...1adame Hiotti (icou muda. Anna -arin perce!eu e não sa!iadi#er se aquilo era um !om sinal ou não.-

1adame... a senhora est6 !em?- Essa menina é muito especial. 1uito muito especial.- 3ério? /< que !om que mais al*uém além da minha mãe edo meu namorado acham isso tam!émDAnna (e# um sinal para Ariane se calar e levar aquele assuntoa sério. A menina se o(endeu a(inal em sua ca!eça elaestava (alando sério.

- 3a!em... continuou 1adame Hiotti ...voc,s duas sa!em!em que somos (ormados de éter a ess,ncia divina tra#idaaté n5s através de semideuses. 'orreto?- /er(eitamente...- Entretanto não importa de que mundo de éter estivermos a(alar todo mundo de éter que 6 (oi ou ser6 criado antes de

nascer é escrito.- Escrito tipo pela 'riadora?

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- 3im. E por isso que e&istem (rases que di#em que o que énosso est6 *uardado. "u que o (uturo 6 est6 escrito.

- /era) então a *ente não manda nada na nossa vida? +ipo

 tudo o que a *ente (a# 6 estava escrito?

- -ão. Entenda> o nosso destino quando n5s somos criadas,Ariane tem um motivo. -5s somos criadas por um motivo.Entretanto n5s temos al*um livrear!)trio. A 'riadora nospermite surpreend,la em muitos momentos. E de ve# em

quando os planos iniciais que estavam escritos mudam,entende?- 1as continua escrito?- "u talve# Ela estea escrevendoo neste e&ato momentocomo n5s poder)amos sa!er? +er)amos de ser semideusespara entender o que e&iste acima de n5s.- 'omo voc, acredita que (unciona a ca!eça da 'riadoramadame?

- Anna querida particularmente eu acredito que determinadoseventos e determinadas pessoas (oram criadas com umamissão que não pode ser interrompida entende? Ariane nãopode ser tão especial por um capricho semidivino.Entretanto muitas ve#es nossas atitudes diante da vida nossapostura diante do mundo pode modi(icar linhas que talve#estivessem traçadas mas ainda não tinham sido escritas

compreende?- /era) madameD =ei&a eu ver se entendi essa parada quevoc, est6 di#endo. Hoc, quer di#er que a *ente nasce comuma missão mas nem todo mundo é o!ri*ado a se*uir essamissão.- Gsso.

- E que muitas ve#es a *ente pode até modi(icar o que estavaescrito.

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- -ão não o que estava escrito. " que  seria escrito. Eu querodi#er que muitas ve#es um homem que seria mau podemodi(icar sua ess,ncia e merecer uma se*unda chance. Euquero di#er que homens med)ocres que deveriam passar por

esse mundo em !ranco são capa#es de (eitos e&traordin6riosque os destacam da multidão. Eu (alo que casais que não(oram  criados  para (icar untos podem se mostrar almas*,meas. E casais que (oram criados para tal podem se dissolverem uma estrada sem volta. "u talve# uma estrada correta masescrita por linhas tortas demais para que pudéssemos l,lascompreende?- 1adame... voltou a di#er Anna ...mas voltando a (alar deAriane o que ela quer di#er quando di# que estava escrito?1esmo em se tratando de uma proeção astral em outromundo de éter o que isso si*ni(ica?- ;ue Ariane pode compreender a ci,ncia por tr6s da criaçãoda vida.

1ãe e (ilha se olharam em choque.- E... tipo... isso é !om? "u quer di#er que eu vou voltar a seresquisita? :avia um receio de dar pena na per*unta damenina.- Gsso quer di#er que voc, tem o dom de um oráculo, querida.Anna arre*alou os olhos entendendo o que para ela deveriater sido

5!vio desde o in)cio da e&plicação. Ariane perce!eu a reaçãoda mãe>

- C... parece que s5 eu continuo !oiando e isso nem é  porinteiro...- m oráculo, (ilha... e&plicou a mãe ...é al*uém especialque conse*ue prever eventos que ainda não aconteceram.- E eu vou poder (a#er isso?

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- " dom que voc, possui Ariane... disse 1adame Hiotti ...é concedido apenas a pessoas especiais. 1uito especiais.3ão pessoas que a 'riadora escolhe como portavo#es =elaneste mundo.

- +ipo as (adas?- 3im mas as (adas ainda são entidades respons6veis pormanter a ordem de suas leis semidivinas. Entretanto elasainda são distantes de n5s mortais. /essoas como voc, sãoenviadas para nos lem!rar o quanto somos maravilhosos oquanto somos em parte semidivinos e o quanto somos partede uma 'riação que não apenas se renova em n5s como

aprende conosco. Assim como os deuses aprendem com eles.Ariane (icou quieta pensativa. Aquilo estava ficando sério.3ério demais. Era uma *arota que como toda adolescentesonhava ser adulta ou parecer o mais pr5&imo de uma adulta.Entretanto da) a querer tam!ém rece!er a responsa!ilidade deuma vida adulta ia !em lon*e.

- 1as... e se eu não quiser ser um or6culo ou (a#er parte dissotudo? Eu poderia? "u... sa!e... tipo... eu sou o'ri2ada7- Hoc, não é o!ri*ada a nada Ariane. C como disse> voc, (oicriada com esse prop5sito mas não quer di#er que voc,che*ar6 ao (im da sua criação e&atamente como (oi traçado aprinc)pio. /orque a sua hist5ria assim como a de todas n5s

ainda est6 sendo escrita compreende?Ariane compreendia. 1adame Hiotti (inali#ou>- E a questão apenas sempre ser6> voc, con(ia plenamente nasua 'riadora ou voc, acha que deveria modi(icar as linhas emque a sua vida est6 sendo escrita neste e&ato momento?Ariane -arin tentou uro que tentou.1as ela não conse*uiu en&er*ar a resposta 7quela questão.

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-o *alpão de cortinas ne*ras al*umas de#enas de ovensacordaram e (oram alimentados com (rutas rou!adas dearma#éns. Liriel escolheu al*uns daqueles meninos para servir

como supervisores e apenas esse t)tulo 6 *erou umaespécie de se*re*ação entre os outros *arotos que viviam so!a mesma lei das ruas. 3er um supervisor não tinha nada demais$ apenas a (unção de audar a levar a comida esupervisionar a limpe#a ou e&ecução de al*umas tare(as. 1as

 6 parecia ter um *rau acima de importJncia.Lo*o o car*o seria a cada semana trocado de pessoas. "

o!etivo disso era que cada um e&perimentasse um poucocomo era estar um de*rau acima na escada social. E um serhumano quando conse*ue ascender socialmente um de*rauna sociedade em que est6 inserido muitas ve#es é capa# até

mesmo de morrer para não descer novamente.- " que iremos (a#er com esses *arotos al(ord? per*untou

Liriel o!servando os meninos se alimentando como se (ossemcães h6 dias sem comer.- 8 noite iniciaremos seus treinamentos e depois sairemospara aumentar as (ileiras da nova sociedade.- E durante o dia?

- Aqui neste *alpão sempre é noite.

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E &el Bran(ord partiu para a Arena de Hidro no se*undo diade competição." /unho =e erro não era apenas o torneio de pu*ilismo maisimportante do mundo$ era tam!ém o torneio de pu*ilismo

mais di()cil do mundo. " vencedor daquela competiçãomereceria o t)tulo realmente e seria lem!rado como al*uém

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capa# de ter um punho de (erro a(inal uma das di(iculdadesmaiores da competição estava e&atamente nesse pouco espaçode recuperação entre uma luta e outra.-o pu*ilismo tradicional o espaço entre duas lutas o(iciais é

imenso. C comum até durar meses esse espaço. -o /unho =eerro não. A se*unda luta ocorria um %nico dia ap5s aprimeira. -ão importava se o pu*ilista a!rira o superc)lio nodia anterior nem se houvera (raturas no punho ou se sentia osossos mo)dos. +orcedores mais anti*os 6 viram *uerreirosentrarem na arena com olhos tão inchados que os dei&avampraticamente ce*os como outros 6 viram homens lutarem

com dedos que!rados. -ão importava$ aquele era o /unho =eerro e quem quisesse entrar na arena sa!ia !em o que estavaen(rentando.'uriosamente contudo a maioria dos competidores dose*undo dia normalmente não che*ava até ali tão machucadaassim. F6 prevendo o se*undo dia de luta vencedores

costumavam se preparar por meses para (a#er uma primeiraluta r6pida com poucas de(esas e *olpes curtos e poderosos.&el havia se preparado e (eito isso contra o advers6rio deBrUe. :avia treinado tanto para tal situação que nocautearaseu advers6rio mais r6pido do que conse*uia se lem!rar.Aquele se*undo dia porém não seria assim.Era por isso que enquanto era *uiado er*uido so!re a mesma

!ase (ormada por uma carrua*em sem teto improvisada do diaanterior ao lon*o do traeto mantinha seus pensamentos 6 naarena. =istri!u)a sorrisos acenava e a*radecia 7 multidão queparava tudo para v,lo ou que vinha correndo de todos oscantos para tal. 1as eram *estos mecJnicos de quem estavatão acostumado 7quilo que 6 era como respirar. A al*a#arra

naquele dia era maior do que no anterior. 1ais soldados(a#iam a escolta do pr)ncipe e mais aplausos e *ritariaacompanhavam seus passos.

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" u(anismo daquele eino continuava a se perpetuar dia ap5sdia em velocidade e intensidade cada ve# mais crescentes.Bandeiras eram estendidas nas anelas. " n%mero de tatua*ensem ovens contendo re(er,ncias a Ar#allum ou a &el

Bran(ord do!rara. -o centro de uma praça uma trupe de!u(es Mpa*os pelo pr5prio ei An)sioN com os rostospintados com p5 e rodeados por de#enas de pessoassimulavam da (orma mais teatral e caricata poss)vel as lutasdo dia anterior no *rande torneio. onta o o!eso pu*ilista de'6lice era representado por um ator com as roupas repletasde almo(adas que sa)am pelos cantos. 3e*undo o !u(ão que

(a#ia o ui# e apresentador ali6s o pu*ilista retratado tratavase de um sueito tão *ordo mas tão *ordo que quando ca)ada cama ele ca)a pros dois lados. adamisto o *i*antescolutador de 1inotaurus era representado por um ator nascostas do outro e sua careca re(letia a lu# do sol.-a divertida simulação da luta do pr)ncipe o !u(ão que

representava &el usava uma peruca loira e desenhos nopr5prio corpo que simulavam m%sculos de(inidos. F6 o po!readvers6rio de BrUe coitado era simulado por um !u(ãovestido de mulher. -o momento em que am!os (icavam (rentea (rente o ator que interpretava BrUe (icava recitando poesiasem ve# de entrar em pose de luta. ;uando o jui$ iniciava a lutae  1el  partia para cima dele 1enoto o*ava os livros para

cima e desmaiava de susto." povo *ar*alhava e aplaudia. Estavam (eli#es estavamor*ulhosos. Estavam con(iantes de que eram ou de quenovamente eram a maior nação do mundo. -ão importava se!ru&as estivessem 7 espreita pensando em renascer clãssom!rios quando as pessoas se deitassem para dormir. -ão

importava se pensavam em desa(iar (adas novamente. -ãoimportava se as relaçes entre Ar#allum e 1inotaurus

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estivessem (r6*eis e que uma *uerra (osse capa# de tra#erdes*raça e (ome a uma população não tão privile*iada." (ato era que se !ru&as ousassem renascer os cavaleiros devermelho estavam de volta para cortarlhes as ca!eças ou

queim6las em (o*ueiras. E se 1inotaurus pensava em querertomar o lu*ar de Ar#allum que vissem &el Bran(ord naquelaarena e relem!rassem o respeito que o em!lema daqueleeino tra#ia com a e&i!ição./ois est6vamos (alando de Ar#allum. E de tudo o que issosi*ni(icava.-a Arena de Hidro :artas o pu*ilista de 1osquete entrou

animado. onta 6 estava sentado alon*ando os punhossentado em um !anco de madeira para tr,s pessoas mas queocupava quase todo o espaço com o imenso traseiro daquelepu*ilista. C uma menina? per*untou :artas enquanto passava poronta. " pu*ilista de '6lice olhou para ele sem sorriso e

voltou a se alon*ar.Em se*uida entrou Pilliam ameQell do eino do orte.Pilliam tinha al*umas escoriaçes mas sa!ia que era !omnão se quei&ar de nenhuma delas a(inal era ele quem iriaen(rentar adamisto naquele dia. E estava com medo. -ãoapenas o medo de não conse*uir !em representar seu einomas de so!reviver dentro do rin*ue com aquele monstro

!ranco.=o outro lado u**iero o =ra*ão "riental era o oposto dosentimento. 3entado em posição de l5tus sem demonstrardireito se estava com os olhos a!ertos ou (echados ele erapura concentração. Em situaçes tensas como aquela daquelasala o!servar um homem tão con(iante e se*uro de si como

aquele era capa# de destruir advers6rios antes mesmo dochamado para a arena. /ois desesperado é o coração em crise

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que se depara com outro dotado da pa# que ele considerainatin*)vel alcançar.=e l6 eles escutavam as pessoas che*ando 7 Arena de Hidro.Ainda eram sussurros$ sussurros que todos sa!iam que se

trans(ormariam em estrondo em poucas horas quandoemoçes tomassem (orma e moldassem éter. Era di()cilacreditar que um dia havia se passado. A impressão para cadaum daqueles pu*ilistas era de que em nenhum momentohaviam sa)do daquela sala a não ser para entrar no rin*ue.'aradoc de Al!ion o *uerreiro de corte militar entrou nasala e como quase todos o (a#iam não cumprimentou

nin*uém. "!servou seu advers6rio u**iero no canto e nãose sentiu !em. /ensou na (ilha e na esposa que dei&ara emcasa e no que representava a promessa de lhes levar umamedalha e tal pensamento (uncionou apenas como mais uma(orma de pressão.=evlin o /u*ilista Hermelho entrou com uma espécie de

tiara na ca!eça (ormada de cordas trançadas. +ra#ia adornosque lem!ravam sua cultura ind)*ena seus amuletos som!riose suas tatua*ens estranhas. "s pu*ilistas presentes nãosentiam e&atamente temor daquele *uerreiro na verdade osentimento seria mais para repulsa. Ele caminhava como umtotem humano que *anhasse vida e de tempos em tempospassava a l)n*ua entre os l6!ios como se estivesse sempre

(aminto." am!iente era tenso. Al*uns ainda cuidavam de machucadosdo dia anterior quando se escutou uma al*a#arra do lado de(ora. =ois homens entraram na sala um da 'on(ederação ealde /u*ilismo e outro da or*ani#ação do /unho =e erro.+odos se viraram na direção deles. E o se*undo (alou>

- 3enhores dentro de uma hora daremos in)cio ao primeirocom!ate do dia de hoe. A partir desse in)cio cada com!ate

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se*uinte acontecer6 com uma hora de intervalo entre as lutas.Al*uma d%vida?-in*uém respondeu.- A primeira luta de hoe ser6 entre onta de '6lice e :artas

de 1osquete. E os dois pu*ilistas se olharam. :artasmantinha o sorriso de!ochado. onta continuava sério e coma e&pressão (echada."uviuse o !arulho da porta se a!rindo e mais uma ve# elaatraiu as atençes. /or ela entrou adamisto o i*anteBranco. Ao contr6rio de =evlin com ele sim o sentimento damaioria daqueles pu*ilistas era de receio.

" representante do torneio continuou>- A se*unda luta se dar6 entre adamisto de 1inotaurus ePilliam do orte. adamisto nem se preocupou em !uscarPilliam. F6 o ovem do orte sentiu um suor (rio descerlhepelo canto do rosto con*elando cada cent)metro e re#ou aqualquer semideus que estivesse lhe dando vida naquele

momento. 3e*uemse u**iero de "(ir e 'aradoc deAl!ion. /or %ltimo =evlin de ruK en(renta... e o homem(icou procurando al*uém pela sala.- Aqui. &el entrou.- ... &el de Ar#allum."s pu*ilistas começaram a se movimentar lentamenteestalando untas e alon*ando m%sculos. " representante da

'on(ederação tomou a palavra>- 3enhores *ostaria de di#er a voc,s que o espet6culoapresentado no dia de ontem (oi um dos mais emocionantesna hist5ria deste torneio. /or isso deseo sorte a todos aquipara!eni#o os presentes por terem che*ado ao se*undo dia eespero que nos deem hoe mais um *rande espet6culo di*no

do p%!lico que ir6 estremecer esta arena.Al*uns presentes aplaudiram timidamente as palavrasenquanto os dois homens se retiraram. u**iero saiu de sua

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posição meditativa e começou a se movimentar. adamistoretirou sua camisa e e&i!iu os m%sculos e&a*erados e ascicatri#es de !atalha. Pilliam riu de al*o que :artas disse eque onta como sempre não levou a sério.

F6 &el nem os escutou. Estava sério e compenetrado e (a#iaapenas um aceno de ca!eça na direção de cada pu*ilista porqual passava ou trocava olhar. 'om o comando de seutreinador começou a se alon*ar.- " que viemos (a#er aqui hoe?- Hencer vencer.Foão :anson entrou na Arena de Hidro ao lado da multidão.

Al!a rus =arin estava ao lado dele e Andreos vinha lo*oatr6s. -ão havia ainda um sorriso no rosto dele mas ao menosparecia haver menos tensão ao lado dos ami*os. Andreosacreditava que :artas de 1osquete venceria a primeira luta.Foão e Al!arus não tinham d%vida de que o o!eso lutador de'6lice iria aca!ar com ele.

Antes de assistir 7 luta contudo conversou com a irmã. mdi6lo*o mais ou menos assim>- Hoc, tem certe#a do que est6 (a#endo? ela per*untou.- -ão importa.- 'omo assim não importa?- 1esmo que eu tenha certe#a de al*uma coisa voc,provavelmente duvidaria de mim.

Aquilo (erveu 1aria.- Foão até quando voc, vai (icar se (a#endo de v)tima nestahist5ria?Foão :anson suspirou.- a# o se*uinte 1aria> se*ue seu caminho t6 le*al? 1as eunão preciso mais de voc, para me di#er o que eu devo ou não

(a#er. Hoc, pode ser a mais velha de n5s dois mas eu 6 tenhoidade su(iciente para (a#er minhas escolhas so#inho.

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- Eu não quero lhe di#er o que voc, tem de (a#er Foão eladisse com a vo# mansa. Eu s5 queria que voc, sou!esse queeu... que n/s nos preocupamos com voc,.- Eu acredito nisso. =i*a 7 mãe que eu vou visit6la todos os

dias quando ele tiver ido cortar lenha.- -ão (ale assim do papaiD- -ão me di*a como devo me re(erir ao meu pai.- Ele é o nosso pai.- -ão não é nãoD 3a!e porqu, 1aria? /orque ele podeparecer a mesma pessoa mas n5s dois vemos ele como duaspessoas !em di(erentes.- Foão...- E eu irei respeitar a (orma como voc, en&er*a ele. Grei

respeitar por inteiro. Em troca *ostaria que não criticasse aminha.1aria che*ou a a!rir a !oca para tentar di#er mais al*umacoisa. Foão continuou>

- E tam!ém *ostaria que voc, respeitasse o meu deseo de s5querer escutar os seus conselhos quando eu pedir por eles...Foão :anson virou as costas e se diri*iu na direção dosami*os.1aria :anson continuou sem sa!er o que di#er.E /a!lo :artas de 1osquete *irou uma ve# e meia no ar

antes de tom!ar no chão. A multidão *ritou$ o tipo de *rito de*ente enlouquecida. :ermanno onta o parrudo pu*ilista de'6lice !atia duas ve#es no peito chamando seu advers6riopara o con(ronto. Aquela 6 era a terceira ve# s5 naquele

round que :artas !eiava a lona." mosquetense se er*ueu e muitas mulheres *ritaram por ele.A*itou os !raços e rodou os om!ros em alon*amentosimprovisados. Estava com a visão de!ilitada e sentia apenas*osto de san*ue na !oca sa!iase l6 por causa de quantos

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dentes que!rados. 'omeçou a7 saltar na intenção de tra#erum pouco de leve#a 7quela luta.- " cara de 1osquete é mais leve. " *ordão é muito pesadoDHai ver s5 a*oraD disse Andreos.

- Hoc, não t6 entendendo disse Foão. " cara de 1osquete étão leve que o soco dele parece o de uma (ormi*uinha no*randão.- C... disse Al!arus ...se o *ordão acertar mais um daqueleporradão no meio da cara do cara ele s5 vai acordar no anoque vemD

:artas partiu para um ataque menos suicida. Ele !atia um &a'e sa)a. Batia outro e sa)a. E outro e outro e outro. E outro. Esa)a. E sa)a. Aquilo começou a irritar onta. " pu*ilista de'6lice voltou a !ater no peito chamando o oponente. :artas!atia e sa)a. Batia e...=e s%!ito onta partiu para cima dele como um touro emum movimento muito mais de raiva que de consci,ncia.

:artas esquivouse e então o*ou todas as suas (ichas.Ja'  e direto direto direto direto um dois tr,s quatrocinco esquiva e um dois tr,s esquiva e um dois tr,sDonta tentou um *olpe com o cotovelo. :artas se esquivou esocoulhe com viol,ncia na lateral das !anhas. onta setorceu sentindo uma pontada.

" mulherio (oi 7 loucura.- 3a!e... :artas queria (alar mais r6pido aquela (rase masseu (<le*o estava se es*otando com aquele estilo de lutaintensivo adotado ...o que... (a#emos com homens que nemvoc, em 1osquete?onta avançou !uscando arrancar a ca!eça do mosquetenseque mais uma ve# se esquivou mas não arrumou (orças para

!ater de volta. " *on*o anunciando o (im do round, soou.Antes de se diri*ir para seu corner, :artas concluiu>

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- -5s os espetamos com (loretes e aproveitamos a !anha quesai para (ritar !atatasDonta sentouse na cadeira lateral com e&pressão (echada.3entouse porém com tanta !rutalidade que o !anco

que!rou. A Arena de Hidro se tornou uma *rande al*a#arra eas pessoas riram (orte. onta er*ueuse deva*ar e escutou seutreinador lhe di#er>- " que si*ni(ica um homem com o seu tamanho?- m homem que tem tanta (orça dentro de si que elatrans!orda pelo corpo para ca!er dentro deleD- Então pe*a essa (orça entra l6 e tira o sorriso daquele

panaca e de toda essa *enteD A*oraD" *on*o soou. onta voltou !u(ando. :artas ima*inou quepoderia continuar com sua estraté*ia mas se per*untou setinha certe#a de que poderia continuar a*uentando aquelassequ,ncias sem perder de ve# o (<le*o. E quando o pesado e(urioso pu*ilista de '6lice avançou contra ele ele desco!riu a

resposta.-ão.:artas até escapou do primeiro. E mesmo do se*undo e doterceiro. E !ateu de volta. ma duas tr,s quatro cincove#es. 1as na se&ta... a partir dali seus socos não tinham maise(eito seu (<le*o estava (raco e cada ve# mais ele se perce!euen(rentando um advers6rio que não sentia seus *olpes. Ao

menos não naquele estado de (%ria em que ele pr5prio o haviadei&ado.onta !ateu (orte uma duas tr,s ve#es. :artas sentiu como seestivesse vomitando as entranhas. +entou procurar o ui# parapedirlhe que interrompesse a luta mas 6 era tarde demais.onta pe*oulhe pelo !raço pu&ou para unto de si e deulhe

um direto que (e# os mais pr5&imos escutarem o 'A'@D donari# partido. =epois um se*undo no est<ma*o que lhe (e#cuspir san*ue no pr5prio advers6rio.

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onta ainda armou um terceiro soco mas o ui# !errou eaca!ou o com!ate antes que houvesse uma morte naqueletorneio. ;uando :artas (oi solto o corpo desa!ou como umsaco de... !atatas. Equipes de paramédicos correram para

retir6lo do local e tentar salvarlhe a vida. " p%!lico não*ritou nem comemorou ainda um pouco em choque. E onta!anhado pelo san*ue cuspido pelo pr5prio advers6rio er*ueuos dois !raços e urrou como (aria um urso.'om e&ceção de seu treinador nin*uém mais naquela arenaemitiu uma %nica risada.- au... disse Pilliam retornando 7 sala dos pu*ilistas e se

diri*indo até onde &el estava. onta destruiu o :artas.+iraram o rapa# de maca da arena.- a# parte.- +omara que o rapa# so!reviva.- Hoc, não deveria estar preocupado com ele neste momentoPilliam. -ão é voc, o pr5&imo?

Pilliam pareceu con*elar.- C... ele disse suspirando.Ao (undo adamisto reiniciava alon*amentos poderosos.- " que voc, acha? Pilliam per*untou a &el.- 3o!re...- /< so!re minhas chancesD Hoc, acha que tenho al*umacontra aquele *i*ante?- " que voc, espera que eu di*a Pilliam?- ;ue simD- Então eu tenho certe#a de que voc, tem chances contra ele.- Gsso me soou um pouco (also...- Hoc, quer que eu mude a opinião? -ãoD

- /elo 'riadorD &el sorriu. Hoc, parece uma mulherD"s dois riram. As risadas atra)ram a atenção de todosinclusive de

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adamisto e seu eito (echado. " *i*ante !ranco deu al*unssocos em uma das pilastras da sala e al*umas coisas ca)ram doteto.- " que acha que eu devo (a#er na luta?

- Hoc, não tem um treinador? per*untou &el procurando osueito que ainda não estava ali ali6s.- Ele não é tão !om assim. E est6 mais nervoso do que eu.&el suspirou.- Bom repara que adamisto é destro. Lo*o tenta sempre(icar lon*e do !raço direito e inverter a *uarda dele. Ele é(orte mas é pesado. Hoc, é mais r6pido do que ele e pode

!ater e sair. Bater e sair.- :artas tentou (a#er isso com onta ainda h6 pouco e quase(oi morto no rin*ueD- :artas não tinha (<le*o su(iciente para levar uma luta assim.- E como pode sa!er disso se não assistiu 7 luta dele?- Ele (alava demais...

Pilliam se calou pensativo. E nada mais disse até a hora desua luta.Foão :anson estava rindo de al*uma piada envolvendodesco!ertas da pu!erdade com seus ami*os quando escutouuma vo# que reconheceria de olhos (echados e em!ai&odb6*ua>FoãoDDD

Era era Ariane -arin.- /< cara estava com saudades suas né?Ela a*arrou o *aroto na (rente dos ami*os com um a!raço(orte. Foão se sentiu meio enver*onhado pelos olhares emcima dele e virou de costas para os *arotos.- Eu tam!ém estava disse mais !ai&o.

- /ois não pareceD E por que voc, t6 sussurrando?"s ami*os ao redor começaram a rir. Foão olhou por cima doom!ro pe*ou a *arota pela mão e a a(astou dali.

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- Foão voc, est6 com ver*onha de mim é? /orque se estiver(ala lo*o que eu...- /ara ArianeD E eu l6 vou ter ver*onha de voc,? Eu adorovoc,...

" *aroto disse aquilo com uma naturalidade espantosa quenem ele mesmo perce!eu. 1as Ariane sim.- C s5 que eu... ainda não me acostumei sa!e? A ter umanamorada sa!e? E além do mais eles andam tirando sarro demim ultimamente...- 'omo é que é? ela disse !otando as mãos na cintura e(a#endo cara de invocada. /or que eles acham que podem

tirar sarro do meu namorado?- Ah Ariane eu não vou lhe di#er...- E por que não? a vo# 6 su!indo o tom.- /orque eu nunca sei como vai ser a sua reação nesses casos.=ependendo pode ainda até so!rar pra mim...Ariane de s%!ito se*uindo seu natural instinto (eminino

quando entendeu o con(lito da situação imediatamente trocouaquela postura 6 quase a*ressiva por uma d5cil como é t)picoda (,mea ao perce!er que o macho adotou uma posturade(ensiva diante de al*o que ela pretende sa!er. E disse comuma vo# mansa enquanto alisava o !raço do *aroto com suasduas mãos>- Foão... que isso? Eu sou sua namorada. Gnteressante comoesse t)tulo era usado (requentemente para usti(icar uma sériede açes e até mesmo e&i*,ncias. Hoc, pode con(iar emmim assim como eu con(io muito em voc,. Hoc, mesmo nãodisse que me adora?Ele !alançou a ca!eça.- EntãoD Eu adoro voc, tam!ém. E ela o a!raçou (orte. Ele

!em que queria resistir mas... (a#er o qu,? Ele adorava aquelamenina. Hoc, é meu &uan0inho (o(oDFoão suspirou e (e# uma careta.

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- /or que todo mundo ainda me chama por esse apelidorid)culo hein?- Ele não é rid)culo. ;uer di#er talve# quando outro menino ochame assim possa ser rid)culo sim mas... !om quando n5s

meninas chamamos voc, a) não éD A) é (o(oD ma pausa euma mudança s%!ita no tom de vo#> E ali6s a %nica meninaque pode chamar voc, assim sou eu t6 me escutando?- Estou Ariane estou... disse um menino que tentava ne*aruma atração imposs)vel de ser e&plicada pelo mais talentosodos poetas.E mais uma ve# a!raçada (orte ao peito dele dotada de seu

natural instinto (eminino ela aproveitou aquele momento paradar o !ote que esperava desde o in)cio>- 1as então então me conta por que aqueles !o!os estavamrindo de voc,...- -ada de mais. C que eles estão me sacaneando que eu sou o%nico *aroto que tem uma namorada e nunca !eiou de l)n*ua.

Ariane se a(astou de s%!ito. E colocou as mãos na cintura denovo>- 'omo é que é? E o que voc, acha disso?- Eu acho que eles estão certosD- Ah é? Ah é é? Ah então se voc, acha que eles estão certosvai l6 (icar com elesD /orque eu sou uma *arota de respeito epra (icar comi*o tem de merecerD- Ariane...- 3er6 que voc, não pode respeitar o meu momento cara? Euquero !eiar voc,D Eu s5 não estou pronta ainda. -5s meninassomos assim vamos (a#er o qu,? -ão somos apressadin'as quenem voc,s...- Ariane...

- -5s demoramos mais pra nos aprontar pra ir ao !anheiropra tomar decises importantesD

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Foão se irritou de ve# tam!ém como é t)pico do instintomasculino quando al*uma coisa lhe é ne*ada mais de umave#>- +6 vendo? =epois voc, (icava reclamando que nin*uém

queria namorar voc,DA *arota (erveu.- Ah é? Ah é? /ois quer sa!er? +alve# sea porque eu nãoprecise de um namoradoD ela *ritou atraindo olhares para acena. "lhares que mais uma ve# dei&avam Foãodescon(ort6vel. E se a(astando ele a escutou di#er> E voc,quer sa!er por que eu queria esperar para !eiar voc, de

l)n*ua? " coração de Foão parou. A !oca a!riu. "s olhos searre*alaram. C porque eu a 'ei&ei de l)n*ua outro antes devoc,D E o mundo pareceu *irar mais lento. 35 que (oi h6muito tempo e eu não *osteiD /or isso que eu queria estarpreparada pra que quando (osse com voc, (osse per(eito t6

escutando seu...  insens1!el7  A*ora quer sa!er? Eu não

quero maisDE Ariane se virou e saiu caminhando irritada. Ao redor deFoão :anson diversos olhares o se*uiam rodeados de risadase piadinhas. Ele porém não se importava com nenhum deles.Foão não via nem escutava nin*uém. -o peito apenas umapontada que (eria o coração e aquecia o est<ma*o de uma

(orma quase  !enenosa.  Ele perce!eu :ector armer oo!servando de lon*e e como todos os outros havia umsorriso e&tremamente de!ochado no rosto do *aroto.-ormalmente depois de tal situação iria pedir conselhos 7irmã ou 7 mãe a Ariane talve# até ao pr5prio pai. 1as nãonaquela ve#./ois (oi s5 ali que pela primeira ve# Foão :anson perce!eu oquanto estava começando a se sentir so#inho.

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E Pilliam rece!eu um *ancho no est<ma*o que o levou aochão violentamente. " pior porém não era a maldita dor quecada *olpe provocava. Eram os *ritos. "s !erros dostorcedores daquela maldita nação que ele em seu pouco tempo

de vida 6 havia aprendido a odiar. "s *ritos de 1inotaurus.Er*ueuse quando o ui# apro&imava sua conta*em do oito.Er*ueu os !raços para mostrar que queria continuar.

adamisto no comer, retornou ao centro do rin*ue e o ui#reiniciou a luta. Pilliam se apro&imou timidamente. 'om a*uarda alta.Bom repara que adamisto é destro.E ele não sa!ia disso? "u com o *olpe de que punho voc,acha que ele havia ido ao chão ainda pouco?Lo*o tenta sempre (icar lon*e do !raço direito e inverter a*uarda dele.Gnverter a *uarda. Pilliam trocou de posição e semovimentava em semic)rculos tentando manterse ao lado

esquerdo de adamisto. " *i*ante !ranco sentiusedescon(ort6vel mas !atia &a's com o !raço esquerdo 7 (renteque machucavam ainda assim a *uarda de Pilliam.Ele é (orte mas é pesado. Hoc, é mais r6pido do que ele epode !ater e sair. Bater e sair.Bater e sair. Bater e sair. " *i*ante arriscou um direto de

direita a!rindo o lado esquerdo. Pilliam saiu e... BA1D "*olpe !ateu na costela esquerda. adamisto pareceu se irritarmais do que sentir o *olpe.Ele é (orte mas é pesado.Pilliam comparava seu momento ao de um lenhador quetentava derru!ar uma *i*antesca 6rvore !em enrai#ada. mlenhador que precisava não apenas de um machado !em

a(iado e de (orça mas tam!ém de técnica. A(inal não era s5uma questão de !ater em uma 6rvore. Era uma questãotam!ém de...

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E (oi então que Pilliam teve a idéiaDadamisto avançou contra ele. 1ais uma ve# o pu*ilista doorte saiu e BA1D " *i*ante trincou os dentes e Pilliamsorriu. A(inal por mais que tentasse esconder ele sa!ia> o

pu*ilista de 1inotaurus havia en(im sentido dor.Ele é (orte mas é pesado.Pilliam perce!eu que a questão para um lenhador derru!aruma 6rvore não era apenas !ater com (orça e com uma arma!em a(iada.

Era !ater v6rias ve#es no mesmo ponto.E mais uma ve# uma esquiva e um soco. ma esquiva e umsoco. A respiração começou a (icar acelerada$ a temperaturacorporal cada ve# maior. adamisto começou a (icar cada ve#mais irritado e irritado e irritado. E a(inal seu motivo era

 usti(ic6vel> aquele verme estava (a#endo do!rarse naquelaarena diante de seu Gmperador. ;uando o quarto soco !ateunovamente na altura das costelas do lado esquerdo adamisto

em um ato re(le&o (echou a *uarda naquele lado e o!ri*ousea inverter sua *uarda colocando o !raço direito 7 (rente.Pilliam ameQell mal conse*uia acreditar que haviaconse*uido aquilo. E então soou o *on*o do (im daqueleround. =e lon*e &el Bran(ord o!servava. Aquela era a%nica luta que havia (eito questão de sair da sala de esperapara assistir. 3entia vontade de ir até o rin*ue e darlhes maisal*uns conselhos provavelmente melhores do que seu técnicodiria a ele mas o!viamente não o (e#." round se*uinte começou e adamisto estava di(erente. Aleitura corporal do *i*ante !ranco demonstrava que ele 6estava !em menos consciente e muito mais instintivo. -ãoparecia mais um ser humano retornando 7 arena mas um

!icho. m urso!ranco de mais de dois metros de altura. murso repleto de 5dio. m homem sem a noção de limite.

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" ui# reiniciou o com!ate. adamisto ainda prote*ia o ladoesquerdo e &el achava interessante aquela mudança depostura> do *uerreiro (rio para o *uerreiro!icho. 35 que talestado tam!ém era peri*oso e tinha um nome entre os

pu*ilistas> estado berser)er. m estado em que o oponente nãopensa apenas !ate e !ate e !ate e se recusa a cair. Ao menosaté que seu oponente estea incapacitado ou morto. E quandoum berser)er !ate ele não sa!e a di(erença entre !ater para cairou !ater para matar.

Pilliam suava (rio. +omou um &a' no meio do rosto e (oi sedesequili!rando para tr6s enquanto o urso humano partia paracima dele. +omou mais dois *olpes e viu estrelas. ;ueria semovimentar mas a respiração pesava.Ele (alava demais...Pilliam aparou al*uns *olpes que dei&aram marcas ro&as noscotovelos. A dor era tanta mas tanta que l6*rimas desciamdos olhos e pioravam a visão.

:artas tentou (a#er isso com onta ainda h6 pouco e quase (oimorto no rin*ueDPilliam não queria morrer naquela arena. -ão  na#uela  arena.+inha ideais tinha um motivo para estar ali mas não poderiarecuar enquanto não estivesse terminado. E por mais quevisse estrelas piscando lu#es em tr,s dimenses diante de seusolhos ele arriscou todas as suas (orças restantes para levarconsi*o ao menos um pedaço de seu advers6rio.:artas não tinha (<le*o su(iciente para levar uma luta assim.Pilliam começou a achar que ele pr5prio tam!ém não teria.1as ao menos ele estava pronto para (a#er um sacri()cio.adamisto avançou mais uma ve#. Pilliam esperou aparou o*olpe violento tirando o rosto da reta. Armouse. E então

inspirou seu %ltimo (<le*o re#ou ao seu semideus pre(erido eapostou toda a ener*ia que ainda tinha em um %nico epoderoso *olpe.

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" resultado dessa ve# não (oi um BA1Doi um 'A'@DA multidão ao redor do rin*ue p<de escutar aquele som ehouve um oohhhD da parte do p%!lico. adamisto do!rouse

ao pu*ilista do orte e erra!r6s empalideceu do lu*ar dehonra onde estava. E (oi de l6 que o Gmperador de 1inotauruser*ueuse sem compostura e !errou> adamistoD Eu quero o san*ue deleDadamisto arre*alou os olhos e (e# uma careta !isonha quemisturava dor ver*onha e 5dio pro(undo. " punho de seuadvers6rio ainda estava a(undado entre suas costelas

que!radas e o *uerreiro !ranco travou o !raço direito doinimi*o i*norando a dor lacerante que sentia.E então uma ca!eçada que a!riu um !uraco na testa dePilliam. E um direto que quase lhe a(undou a parte (rontal docrJnio. Pilliam viu o mundo (icar vermelho e começou acam!alear para tr6s. adamisto correu até ele armando o

uppercut.=e onde estava &el Bran(ord começou a *ritar desesperadoimplorando para que terminassem a luta." soco do *i*ante (e# Pilliam su!ir alto e tom!arviolentamente no chão sem que nin*uém sou!esse mais seele estava vivo ou morto. :ouve um sil,ncio na arenaque!rado lo*o em se*uida pelos *ritos de :onra ] l5riados minotaurinos.E enquanto o médico che(e e seus paramédicos corriam parasocorrer o derrotado o *i*ante !ranco se*uiu na direção da6rea onde se locali#avam os monarcas e seria mentira di#erque al*uns não sentiram medo naquele momento. Ele entãoesticou o punho direito (echado na direção de erra!r6s e

mostrou o san*ue que manchava a atadura. Em se*uida !ateuno peito duas ve#es e *ritou com lon*o (<le*o>- 1inotaurusDDD

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&el Bran(ord virou de costas e retornou 7 sala dos pu*ilistas.- Ele est6... 'aradoc tentou per*untar quando &el retornou7 sala.- Ele vai so!reviver.

- 1as como pode ter certe#a Bran(ord?- 'om (é.- Esquerda direita esquerda direita esquerda direita uma(inta em!ai&o direita ele voltava a di#er enquanto esperavapelo resultado (inal. Esquerda direita esquerda...- Ei Foão cad, a sua namo... tentou per*untar Andreos.- 'ala a !oca.- Ei eu s5 ia per*untar se...- a# assim> eu não me meto com a sua vida. Hoc, e todomundo em troca (a#em o mesmo com a minha. E voltou aoseu mundo contando mais uma ve#> Esquerda direitaesquerda direita...-em Andreos nem qualquer outro *aroto do *rupo ao redor

ousou di#er qualquer coisa mais para Foão :anson.- ArianeDDD disse a entusiasmada mãe ao lado de 1adameHiotti quando a (ilha se apro&imou das duas.- ;GC?-enhuma das duas senhoras a!riu a !oca para di#er maisnada.&el Bran(ord resolveu não sair mais daquela sala até a hora

de seu com!ate. 1elioso deulhe um tempo para seconcentrar e ele se sentou o!servando o pu*ilista )ndio ao(undo !ater al*uns ramos ao redor dos om!ros e ecoarm%sicas em idioma ind)*enas desconhecidos. &el sentadoem posição de l5tus como antes estava u**iero visuali#avasua pr5&ima luta e seu destino.

Ao redor de seus om!ros porém algo o incomodava. Era umasensação de (ormi*amento que começava na 6rea lo*o acimade onde se iniciava a coluna verte!ral. &el sentiase cansado

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em!ora esse cansaço não (osse e&atamente ()sico maspsicol5*ico. espiração pesada. =o lado de (ora escutava os*ritos e podia montar uma ima*em mental da arena. Era 5!vioque o povo *ostava do carism6tico *uerreiro oriental e que ele

deveria estar dando mais uma de suas surras de *olpesdi(erentes em 'aradoc um !om advers6rio talve# mesmo omelhor de toda Al!ion mas não um dos melhores do /unho=e erro como aqueles que so!raram.'aradoc estava um de*rau acima da média mas ainda uma!ai&o do topo.&el che*ou a escutar até mesmo o iciai que precede o *olpe

(inal. Escutou o p%!lico !errando e o escutou (a#endo aconta*em unto com o ui#. Escutou o sino e a eu(oria. 3a!iapois que se passasse para a pr5&ima (ase o =ra*ão "rientalestaria em seu caminho.Eu irei en(rentar amanhã quem estiver no meu  d'arma. -ão meimporta quem tenha sido escrito nessas linhas.

Estaria u**iero escrito nas Linhas do =estino de &el ouseria o pr)ncipe quem estava sendo escrito naquele momentonas linhas do oriental? E qual a di(erença dessas respostas?Enquanto o pr)ncipe !uscava uma resposta seu advers6riohavia parado de !ater *alhos em suas costas e a*oracaminhava em c)rculos *in*ando uma dança esquisita queparecia a de um !,!ado se desequili!rando.

&el er*ueuse.- " que ele est6 (a#endo? per*untou ao treinador 1elioso.- " que voc, tam!ém deveria estar> se preparando.- Eu não preciso me preparar.-ão?- -ão e &el apertou os dois punhos (a#endoos estalar. Eu

 6 estou pronto.

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-a 6rea dedicada aos monarcas ei An)sio conversava comsua prometida Branca 'oraçãode-eve o!servando eiAlonso com sua acompanhante.- +eu pai parece estar cedendo !oa parte de tempo 7 sua nova

acompanhante não Branca?- -em me di*a.- /elo visto ela não parece ter tua aprovação.Branca (icou calada um tempo analisando. E disse>- 3a!e An)sio eu quero que papai sea (eli# novamente. Eurealmente quero. E por isso sintome culpada de nãosimpati#ar com essa nova companhia dele.- 1uito r6pido para ocupar o va#io?- +alve#. +alve# eu estea com di(iculdades em aceitar umaoutra mulher (requentando os aposentos onde minha mãedeveria estar.- "u talve# tu te recuses a aceitar que teu pai tenha serecuperado tão r6pido da partida da esposa.

Branca voltou a (icar em sil,ncio ponderando. An)sio (alou>- Branca am!os perdemos entes queridos e sei a dor quesentes em!ora acredito que deverias pensar em al*o> tudo(aria ao meu alcance e até além para ter meu pai comi*o aomeu lado nos tempos atuais. E se aqui estivesse não seicomo seria minha reação se o visse com outra mulher que nãominha mãe. 1as pensando pelo ponto de vista delas tenho

certe#a de que *ostariam que o tempo de nossos pais não(osse *asto com prantos mas com sorrisos. ostariam que aslinhas a serem escritas nas vidas deles (ossem linhas ale*res enão som!rias. E que nosso pr5prio tempo (osse *asto comosuporte e não como pend,ncias ou impasses. E tal racioc)niome leva a crer que independentemente do quanto sea di()cil

para n5s dever)amos dar uma se*unda chance ao coraçãoa(inal o (inal de tudo é o amor não é?

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Branca sentia o peito arder cada ve# que seu (uturo maridoa!ria a !oca. Apesar de tudo era uma princesa a!ençoadaa(inal !endita era a princesa prometida que ainda assimconhecia o amor.

- E se ela não trou&er o amor 7 vida dele An)sio?- Então n5s estaremos de olho.A Arena de Hidro tremeu uma ve# mais causando tremoresaté do lado de (ora onde o comércio prosse*uia. =uas reaçescompletamente di(erentes em poucos intervalos> primeiro asvaias que poderiam constran*er manadas. epresentandoruK com a !andeira er*uida =evlin entrou na arena

*in*ando suas danças esquisitas. As pessoas reparavam emsuas tatua*ens e &in*avam o pu*ilista dos piores nomes quesuas mentes pudessem lem!rar. 'om apenas uma tiara decouro ao redor da ca!eça ele continuou seu caminho sorrindoum riso quase que de!ochado. 3u!iu no rin*ue ecumprimentou a multidão que voltou a vai6lo e a comparar

sua mãe com animais de *rande porte.E então o ,&tase que acompanhava a eu(oria. &el Bran(ordvestindo seu manto encapu#ado caminhou até a arena comseus passos cadenciados !alançando os om!ros. Ao (undonovamente a multidão ritmava aquele !atuque primitivo queecoava duas !atidas *raves se*uidas de uma !atida a*uda quearrepiava através das palmas milhares de coraçes. As

mulheres *ritavam as crianças pulavam os homens sorriam." p%!lico *ritava o nome dele e ve# ou outra &in*ava1inotaurus adamisto ou até mesmo o Gmperador erra!r6sem!ora o com!ate (osse contra ruK.&el su!iu ao rin*ue e novamente em um movimentoentre*ou seu manto ao treinador revelando a !ermuda com as

cores de Ar#allum." ui# os apro&imou e *ritou>

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- Eu 6 lhes e&pliquei as re*rasD 3em *olpes !ai&os sem*olpes suos sem covardiasD Hoc,s não estão aqui por suascausas mas por causa desta multidão que veio ver um shoQDE eu quero que esse shoQ sea lem!radoD

&el olhava =evlin nos olhos. " uruKiano tam!ém olhava nosdele. "s dois a*itados incapa#es de manter uma posturaparada. A tensão su!iu então ao n)vel do...- LutemDDDE por incr)vel que pareça pela primeira ve# em sua hist5riacomo pu*ilista &el viu um advers6rio partir para cima deleantes que ele tivesse chance de (a#,lo primeiro.

Ja'. Ja'. Ja'.  "s socos !atiam na *uarda (echada dopr)ncipe. ma (inta em que &el não caiu. E outros  jab, jab,

 jab, diretoD " soco !ateu no punho da *uarda de &el e o*ouseu pr5prio punho para tr6s !atendo em seu pr5prio rosto. "pr)ncipe rosnou (urioso.

Ja'. =iretoD A ca!eça de =evlin (oi para tr6s com dois socos

que ele nem viu. A multidão voltou a (a#er um pandem<nio. Eo pr)ncipe partiu com ela.

Ja'. =ireto. Ja'. =ireto. =evlin tomou os quatro no meio do

rosto. Ja'. " uruKiano a!ai&ou o tronco esquivandose da6rea de ataque e...BA1D " soco !ateu na !oca do est<ma*o tirando o (<le*o do

pr)ncipe. A t)mida Me monstruosaN torcida de ruK *ritou.=evlin armou um cru#ado e o*ou o rosto do pr)ncipe em umJn*ulo violento de noventa *raus para tr6s. &el cam!aleouvendo dois advers6rios. =evlin partiu para cima dele com um

crossF um soco em que o !raço (ica (le&ionado e o cotoveloem um Jn*ulo acima da altura do punho.

" soco desceu casti*ando o rosto do pr)ncipe. &el porinstinto (echou a *uarda e começou a sentir a sequ,ncia. Ja',

&a', &a',  direto  &a', &a', &a',  direto. =evlin emendava

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uma série atr6s da outra tentando de todas as (ormas a!rir a*uarda do pr)ncipe e aca!ar com aquele com!ate antes que...

" *on*o soou terminando o round.ei il*amesh na 6rea dos eis er*ueuse de (orma

imponente e !errou uma espécie de rosnado. A multidão ovaiou com *osto e voltou a *ritar o nome de &el e a !atersuas palmas ritmadas.

-o comer, 1elioso per*untava ansioso e preocupado>- " que est6 acontecendo? /or que voc, não est6 trocandocom ele? Hoc, tem (<le*o para issoD

- Eu... eu... não sei o que est6 havendo...- Bran(ord... o treinador deu dois tapas de leve no rosto deletentando tra#er a atenção e o olhar do pr)ncipe para ele ... seconcentra nesta luta pelo amor do 'riadorD "nde é que est6 asua ca!eça além de nesta luta?- Eu não sei treinadorD Eu... eu estou me sentindo destru)doD'omo se estivesse lutando h6 dias...- 1as voc, est6 em plena (orma pelo..." *on*o do rein)cio soou.&el lar*ou seu treinador e voltou 7 arena.Ariane havia dei&ado de lado um pouco sua e&pressãoem!urrada quando &el entrou na arena. 3entiu vontade deque Foão estivesse por perto simplesmente para que ele a

escutasse *ritando o nome do pr)ncipe mais uma ve# de(orma emocional e e&a*erada. 'omo todos na arena porémestava preocupada. :avia visto seu )dolo levar uma surra noprimeiro round como nunca um ar#allino 6 havia assistido

antes. E pior pelo in)cio do se*undo round, parecia que acena iria se repetir ali.E (oi então que ela notou al*o muito estranho.- 1adame... ela tentou di#er. 1adame Hiotti porém não aescutou em meio ao !arulho da multidão. 1A=A1ED

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1adame Hiotti e até mesmo a mãe Anna viraramseassustadas.- ;ue (oi querida? per*untou a velha senhora.- /or al*um acaso a*ora é permitido crianças su!irem no

rin*ue?- -ão claro que não querida. 1as por que voc, est6per*untando isso?- /orque tem um menino l6DAnna -arin e 1adame Hiotti viraramse assustadas evoltaram a olhar para o rin*ue.-ão havia nenhuma criança l6.

&el tomou dois socos na altura do ()*ado que provocaramum a!alo em seu ple&o solar lo*o a!ai&o das costelas. A dor

queimava. 3e*urouse em seu advers6rio em um clinch parainterromper a sequ,ncia e se detestou por isso. "diavapu*ilistas que interrompiam sequ,ncias por (alta decompet,ncia e estava (a#endo o mesmo. ;uando o ui# (e# a

pausa para separ6lo ele olhou na direção do irmão.An)sio Bran(ord estava assustado.E quando o ui# mandou reiniciar a luta &el Bran(orddesco!riu que ele pr5prio tam!ém.- Ariane... tornou a di#er 1adame Hiotti com seu eitocalmo e pro(essoral. =i# pra mim> onde tem um menino norin*ue?- =o lado do &el ela respondeu com (irme#a.As duas mulheres se olharam preocupadas.- E o que ele est6 (a#endo?- Ele est6 com uma mão se se*urando no short do &el comose estivesse querendo chamar a atenção dele.- E a outra mão?

- Est6 com o pole*ar en(iado na !oca." coração de 1adame Hiotti acelerou.

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" se*undo  round  terminou. &el estava com o rosto inchado 6. " ple&o solar mo)do. A respiração entrecortada como seestivesse lutando em uma altitude a!surda.- Eu não sei quem é voc, mas eu preciso do &el de verdade

de voltaD disse o treinador ao seu treinado. Est6 meescutando?- +reinador uro a voc,> não sei o que est6 acontecendo. Estoume sentindo (raco... (raco... &el 6 estava (echando osolhos como se estivesse com sono quando 1elioso deulheum tapa dessa ve# mais (orte que os anteriores. "lhou no(undo dos olhos dele. E disse com (irme#a>- " que viemos (a#er aqui?&el parecia querer responder mas não conse*uiu. "utrotapa. " p%!lico que assistia 7 cena estava ainda mais chocado.- " que viemos (a#er aqui?- Hencer ele disse com es(orço.- " que viemos (a#er aqui?

- Hencer." *on*o para o recomeço da luta soou.- E ma*ia verde disse 1adame Hiotti preocupada.- 'omo assim magia verde? Eu nem sa!ia que ma*ia tinha outracorD indi*nouse Ariane.- ilha ma*ia verde tem a ver com a nature#a ou com osesp)ritos da nature#a disse Anna.- 1as quem mais além de !ru&as sa!e me&er com isso?- Wamãs ind)*enas respondeu Hiotti. A senhora estavasurpresa normalmente ela pr5pria tam!ém era capa# de vercoisas como aquelas.- "lha s5 o  round  recomeçou e aquele moleque continua emcima do &el. E ele t6 apanhando de novo tadinhoD

Anna e 1adame Hiotti se olharam pensativas. E entãoHiotti (e# um aceno positivo para Anna que se a!ai&ou naaltura da (ilha para mostrar que iria (alar sério>

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- Ariane escuta> voc, lem!ra quando (alou com Beansheeuma ve#?Ariane *elou. -em sempre é (6cil se lem!rar de quandodialo*amos com a enviada da morte.

Ela aquiesceu. A mãe continuou>- /ois esse menino que voc, est6 vendo é uma  entidade,como era Beanshee voc, compreende?"s pelos de Ariane estavam eriçados. 1as ela disse>- 'ompreendo.

- Ele est6 ali  su2ando  a ener*ia do &el$ ele est6 ali

impedindo que ele d, o melhor de si. Hoc, compreende entãoque se não (i#ermos al*uma coisa  rápido,  &el vai serdestru)do ali em pouco tempo?- /ara de enrolar mãeD a(irmou a *arota. 1e di# o que a*ente tem de (a#er mas 1E =GI L""D

- Chama ele (ilhaD

" coração voltou a acelerar.- 'omo é?- Hoc, 6 sa!e como (a#er isso. "lha pra ele (echa os olhos(a# a ima*em mental. E c'ama.

Ariane olhou o menino ainda se*urando um pedaço do shortde &el com o dedo na !oca. E então ela (echou os olhos.Hisuali#ou a ima*em dele.

E o chamou.&el sentiu o rosto !ater (orte no chão. Estava sentindo omundo *irar havia perdido o senso de equil)!rio e os ossospareciam areia. "uviu a conta*em em um mundo muito maisdistante do que realmente estava. As pr5prias vo#es do mundopareciam não entrar mais em sua ca!eça e tudo tudo parecia

condu#ilo ao !reu.Ainda assim a ima*em de An)sio Bran(ord assustado tomavaseus pensamentos. E (oi se*uindo essa ima*em mental que ele

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pouco a pouco se er*ueu orando ao seu 'riador por ummila*re se ele mais uma ve# (osse di*no disso.- Acho que ele me escutou.- /or qu,? per*untou a mãe.

- Ele t6 vindo pra c6.&el voltou a en&er*ar o mundo e a escutar seu povo.3e*urouse como p<de mais al*uns momentos na *uarda e

escutou o round terminar.

- Bran(ord ou voc, rea*e neste  round  ou eu vou o*ar atoalha !rancaD disse 1elioso.

- -em pense nisso treinador.1elioso ainda estava temeroso mas *ostou do tom de vo# deseu pu*ilista.- E por que eu não deveria (a#er isso?&el se*urou um sorriso pois seu peito su!ia e descia comose (osse vomitar. Ele e&pirou e inspirou v6rias ve#es pelonari# com a !oca (echada e então esta!ili#ou o que quer queestivesse sentindo. Er*ueuse antes mesmo de ouvir o *on*o.E disse entre um sorriso ir<nico>- /orque voc, sa!e o que n5s viemos (a#er aqui hoetreinador?" *on*o 3""D&el voltou ao rin*ue (eito um predador !uscando a caça

enquanto ao (undo seu treinador *ritava com uma vo#vi!rante>HE-'EDDD- " menino t6 che*andoD Ele t6 che*andoD 'araça ele t6che*andoD- -ão (ica com medo dele disse 1adame Hiotti.- 1edo? Eu vou é arrancar os ca!elos dele e...- Ariane... continuou 1adame Hiotti ...entenda queridaque a culpa de ser usado não é dele. Ele é al*um esp)rito

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perdido que não conse*uiu encontrar seu caminho e (oi usadopelo pu*ilista &amã sem entender e&atamente o que estava(a#endo.- +ipo... a*ora eu t< con(usa. " que eu devo (a#er então?

- 'onversa com ele. E leva ele pra !rincar. /elo que voc, medescreveu era apenas isso que ele queria com &el..." *aroto en(im parou de (rente para Ariane. E esticou suamão para toc6la.

Ja'. Ja' " primeiro (oi de =evlin. " se*undo a respostaimediata de &el.  2ab. 2ab+ =evlin se assustou com o sistemade re(le&o do advers6rio que 6 deveria estar aca!ado. &elarmou uma (inta e =evlin rece!eu um  jab  se*uido de umcru#ado de direita de cima para !ai&o. E antes que se desseconta do que estava acontecendo o pr)ncipe de rosto inchadosaiu !atendo na massa dis(orme que se me&ia 7 sua (rente.

Ja'.  =ireto.  2ab.  =ireto.  2ab.  =ireto. 'ru#ado. 'ru#ado.'ru#ado. m soco na lateral do est<ma*o (orçou =evlin a se

do!rar assustado. ;uando começou a cam!alear para tr6s osrosnados continuavam. m dois tr,s quatro cinco seissete. =evlin dessa ve# era quem mantinha a *uarda (echada eentão o uruKiano começou a devolver os socos em umespet6culo di()cil de ser até mesmo e&plicado para quem nãoestava naquela arena.

m *olpe um contra*olpe um *olpe um contra*olpe umaesquiva outra um *olpe outro e outro e outro e outro$ eramtantos socos que era até mesmo di()cil di#er quem estavalevando vanta*em.An)sio Bran(ord er*ueuse e começou a *ritar o nome doirmão enlouquecido como toda a multidão de pé naquelaarena diante de um mila*re. Ao lado dele ei il*amesh

tam!ém *ritava por seu *uerreiro.E então poucos se*undos antes de terminar o  round, houve o*olpe decisivo.

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- 'omo é o seu nome? Ariane per*untou. /ara qualquerpessoa ela parecia (alar so#inha.1adame Hiotti e Anna -arin suavam (rio o!servando amenina e esperando al*uma resposta. E então escutaram

Ariane per*untar>- Hoc, quer !rincar comi*o?=evlin avançou o*ando sua cartada m6&ima. Gnclinou otronco para um dos lados e lançou o tronco violentamentepara a (rente.  3pper-cut, o temido *ancho invertido. " punhosu!iu *irando com o tronco lançado violentamente para oquei&o do oponente. 3e aquele soco acertasse o pr)ncipe o

cére!ro iria !ater na cai&a craniana e se apa*ar por al*unsmomentos.35 que o soco não acertou.&el esquivouse sa!ese l6 como e armou o contra*olpe.&4ing. m *olpe 7 distJncia em que o pu*ilista promove umc)rculo com o !raço que descreve um lon*o arco violento

tra#endo uma concentração de (orça tão *rande que o !raçodeve manterse li*eiramente do!rado para evitar lu&açes.m *olpe peri*oso pois dei&a a *uarda a!erta na e&ecução.A pot,ncia porém quando encontra seu alvo é avassaladora." *olpe !ateu na lateral do pescoço de =evlin acertando aartéria car5tida uma re*ião a!undantemente enervada e queleva o san*ue ao cére!ro. A dor provocada era de uma

intensidade !rutal tão veemente que ela por si s5 provocouuma violenta parada das atividades motoras. =evlin de ruKtom!ou como um saco de arro# diante de uma multidão quenão parava de (a#er tremer aquelas estruturas. " médico che(ee seus paramédicos correram para socorrer o pu*ilistanocauteado que poderia so(rer uma poss)vel paralisia de um

dos lados do corpo caso houvesse uma lesão na artéria*olpeada.

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A al*a#arra porém era tão alta mas tão alta que nin*uémescutou ou se importou quando o *on*o soou. "u quando o

 ui# (inali#ou o nocaute vascular e er*ueu os !raços dovencedor. Aquela multidão s5 *ritava um nome. m %nico

nome. ei il*amesh (e# questão de reconhecer o espet6culoe cumprimentou ei An)sio na (rente de todos os eis. " eide Ar#allum (e# questão de di#er que a participação de ruKnaquele torneio trou&e muito or*ulho 7quela nação.F6 1elioso entrou naquela arena e colocou o manto so!re seupu*ilista machucado prestes a retir6lo dali. 3a!ia que op%!lico tinha o direito de estar eu(5rico mas o tra!alho deles

ainda não havia terminado. =e tudo o que haviam (eito e detudo o que haviam passado por anos a (io (altavam apenasduas lutas para o *rande o!etivo (inal.E eles sa!iam o que estavam para (a#er ali.

24

o!ert de LocKsleR continuava sua pere*rinação. =essa ve#porém não estava mais so#inho como h6 pouco tempo. Acada ve# que adentrava vilas ou ta!ernas estava cada ve#menos so#inho. 3eu *rupo 6 reunia mais de trinta pessoas amaioria ovens que ele nem mesmo sa!ia ainda o nome masque sa!iam !em o dele. Ainda estavam em 3tallia e em!reve partiriam para 3herQood onde estava seu povo eaqueles pelos quais ele morreria e que morreriam por ele.- ;uando iremos a 3herQood? Fohn /equeno per*untouso!re uma (o*ueira onde aquecia a carne de al*um animala!atido.- ;uando (or a hora.

- E quando ser6 a hora?- ;uando 6 tivermos em nossas (ileiras todos os outros queainda não estão.

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Fohn /equeno (icou calado. 'omeu um pedaço de carne eachou que ainda estava crua.- ;uantos de n5s (altam o!ert?- -o *eral?

- -ão dentre os principais. =entre seus capitães.- Além de voc,? altam tr,s. E voc, conhece seus nomes.- 3im. m deles estava no eino do orte. "s outros dois em3herQood.- -ão o do orte não est6 mais l6. Est6 em Ar#allum.- Hoc, quer ir até Ar#allum? per*untou 1arionapro&imandose e sentandose pr5&imo aos dois.- 3im eu irei. 1as apenas com voc,s. -osso e&ército nosesperar6 aqui.- E por que ir até Ar#allum? insistiu 1arion.- /orque quando *uerrearmos com 3tallia pela li!ertação de3herQood atrairemos para o com!ate o e&ército de1inotaurus. E não poderemos en(rentar os dois. E s5 h6 um

e&ército em todo este continente que pode anular o e&ército de1inotaurus.- E voc, acha que ei Bran(ord vai levar seu e&ército aocampo de !atalha s5 porque voc, pretende pedir?o!ert (icou em sil,ncio. E disse>- Ele é um homem usto. E que compreender6 nossa luta.- Acho que voc, con(unde o (ilho com o paiD e&clamou

/equeno. /rimo Bran(ord lutou ao nosso lado o!ert. 1asnão sa!emos como pensa o (ilho.- E é por isso que preciso ir até l6.:ouve outro sil,ncio entre os tr,s. (sse sil,ncio dessa ve# erainc<modo.- E quanto a +ucK? per*untou 1arion.

- " que tem ele?- Ele não é um dos que voc, est6 contando como seuscapitães?

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- E claro. +ucK é um dos nossos.- -ão mais o!in.- -ão compreendo... o!ert e mesmo /equeno seconcentraram melhor em 1arion.

- -ão o veo h6 muito tempo mas o vi quando saiu daquelaprisão ela disse.- E o que (oi que viu?- Eu vi um homem... di(erente.- +ucK tem os nossos ideais.- -ão ne*o isso. Apenas acho que ele hoe os coloca empr6tica de maneira di(erente.- +ucK é um dos nossosD- E al*uém a*ir de (orma di(erente de voc, não quer di#er queestea pensando errado não é verdade? =o contr6rio se(ormos n5s a ul*ar a verdade apenas nos i*ualaremos aerra!r6s.

/equeno mordeu os l6!ios. Aquele nome  sempre  soava

inc<modo.- /or que voc, di# que ele hoe a*e di(erente?- -ão sei e&plicar porque nunca mais o vi. 1as escutohist5rias. :ist5rias so!re ele o!in.- 1as que tipo de hist5rias?

- 3o!re feitos * disse /equeno. Eu tam!ém as escutei como

se (ossem elas lendas ur!anas.- 3er6 que al*um dos dois poderia ser mais espec)(ico? per*untou um o!ert de LocKsleR 6 um tanto impaciente.- =i#em que +ucK se tornou um santo disse 1arioncausando arrepios no amante.- =i#em que é capa# de curar (eridas e multiplicar o pão. ;uepossui uma (é que e&pulsa dem<nios e é capa# de tirar

qualquer culpa que pese nas costas de um homem concluiu/equeno.- Esse não é +ucK. C o 'hristo 1erlim Am!rosiusD

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- -ão sa!emos o que é verdade e o que não éD 1as de umacoisa sa!emos> +ucK a*ora é um homem santo que pre*a anãoviol,ncia.- Hou precisar estar (rente a (rente com ele para acreditar

nisso. /equeno deuse por satis(eito com sua carne eper*untou com a !oca cheia>- E quanto ao e&ército de 3tallia LocKsleR?- Eu não me esqueci deles.- =a %ltima ve# eles nos massacraram com aquela investida.-osso *rupo (oi e&terminado naquele dia.- 'omo (oi esse dia? "uvi hist5rias mas não acreditei em

nenhuma disse 1arion.- 3tallia... e&plicou LocKsleR ...possui um e&ércitodi(erente. Eles se utili#am de uma estraté*ia no campo de!atalha que nunca hav)amos visto e por isso eles nossuperaram naquele dia. 3eu e&ército possui uma (orma deataque que vai da (lecha 7 espada compreende?

- -ão.- 3eus arqueiros e seus *uerreiros são os mesmos disse/equeno. Eles são treinados para usar as duas armas.- -o campo de !atalha eles er*uem seus arcos e atiram suassetas concluiu LocKsleR. E enquanto elas ainda estão no ardescendo so!re as nossas ca!eças eles correm em nossadireção !radando urros e sacando lJminas.- A visão enlouquece os mais (racos.- Enlouquece até mesmo os (ortes. /orque voc, v, aquelassetas per(urando ami*os seus matando homens ao seu lado evoc, v, aqueles *uerreiros de neve correndo como seestivessem em terreno plano e com lJminas em punho para

cortar o que (alta daqueles que ainda estão vivos.

- Eles passam de*olando como *alinhas os que aindacam!aleiam ou que deram a sorte de escapar da chuva de

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(lechas. Hoc, não sa!e se chora se *rita se se rende ou secorre.- =entre essas opçes porém... disse LocKsleR ...n5s noslimitamos então a chorar ou a *ritar.

1arion tentou ima*inar a cena descrita e não conse*uiu. -amente apenas uma d%vida que não queria se calar de eitonenhum>- o!in... por (avor me e&plique uma coisa.- =i*a.- Hoc, nunca teve um e&ército de *uerreiros mas antesporém eram ovens acostumados a *uerrear em caso de

necessidade. Ainda assim esses ovens sucum!iram diante do (ército de 5eve.  +om!aram naqueles dias pessoas tãomaravilhosas e di(erentes como 3tutelR e Allan A. =ale.- o!ert concordou diante do som!rio apelido daquela tropa. Gsso me leva a per*untar> como unindo um e&ército de

 ovens idealistas hoe sem costume nem mesmo de se*urar

em armas voc, pretende sair vitorioso onde antes nãoconse*uiu?- Eu e /equeno 6 conversamos so!re isso.E?- E dessa ve# ser6 di(erente. /orque dessa ve# eles não irãonos surpreender no campo de !atalha. -5s 6 conhecemos aestraté*ia e sentimos na pele como (unciona.- E o que haver6 de di(erente no campo de !atalha dessa ve#que não houve no outro?Fohn /equeno respondeu>- :aver6 (é.1arion continuava achando tudo aquilo uma tremendaloucura.

- E se fé não (uncionar contra chuvas de (lecha?- Então n5s entraremos em 1antaquim e seremosrecompensados pelo 'riador por termos vivido vidas que

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valeram a pena terem sido vividas e seremos eterni#adoscomo lendas eternas.- Além do mais... concluiu /equeno ...teremos no m)nimotornado o mundo criado por Ele muito mais interessante aos

seus semideuses não é verdade?=iante daquela (o*ueira os dois ami*os começaram a rir.1arion o!servava am!os e continuava achando tudo aquilouma loucura *rande demais.

25

3e*uindo orientação de 1adame Hiotti Ariane se*uiu com

seu no!o ami2o para (ora daquela 6rea de luta mas aindadentro da Arena de Hidro. =epois de encerrado o dia a 6reaonde (icava o rin*ue era (echada mas as outras continuavam(uncionando com shoQ de artistas e !arracas de comida local

ou venda de !u*i*an*as para turistas.=e mãos dadas com ela sem que nin*uém mais pudesse vercaminhava uma entidade que apenas Ariane conse*uiaen&er*ar sa!ese l6 por que motivo. 3e*undo ela era ummenino !onito tinha os ca!elos ne*ros cheios com (raninhaslhe caindo pelos olhos e um olhar e&pressivo para al*uém da

sua idade. -a verdade não parecia ter muita di(erença entresua idade e a que aquele menino parecia ter.3i*a com ele até al*um lu*ar onde voc, se sinta !em e li*uese com a nature#a. =i*a que ali ser6 a nova casa dele até queele nos e&plique sua hist5ria e por que est6 preso por aqui. Eraisso que a senhora havia lhe dito e era isso que ela se*uiapara (a#er naquele momento.

Ariane es!arrou nessa sa)da com sua ami*a +aru*a quees(re*ou os olhos e (ran#iu a testa>- Ariane... desculpa per*untar mas... voc, est6 !em?

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- 3e eu estou !em? C claro que estou né +aru*a? ;ue idéiaD- -ão p5D C que... eu acho que voc, esqueceu o Foão emal*um lu*ar e est6 achando que o seu namorado t6 de mãosdadas conti*oD

Ariane s5 então se deu conta de que realmente para outraspessoas a cena dela caminhando de mãos dadas com al*o ques5 ela conse*uia ver deveria parecer a coisa mais est%pida domundo.- Eu não tenho namoradoD -ão?- -ão.- /< mas voc,s 6 terminaram?- -ão não é !em isso.+aru*a coçou a ca!eça se es(orçando ao m6&imo para tentarentender a ca!eça da ami*a.- /< cara depois voc,s di#em que eu sou lentinhaD 1ascaraca> a(inal voc, est6 com o Foão ou não?

- C que... tipo... a *ente deu um tempo, t6 entendendo?- Ah...As duas (i#eram uma e&pressão um pouco triste. 3e +aru*apudesse ver o menino ao lado da ami*a teria notado que eleparecia compartilhar o sentimento das duas.- ;ue chato né?- Ah dei&a pra l6 disse Ariane com uma vo# não muito

empol*ada.- Ao menos n5s duas sa!emos que não vai durar muito essetempo né?- 'omo assim não vai durar muito? 'omo voc, pode sa!erdisso ca!eça?- "ra essa porque ele é o seu !eia(lorD

Ariane coçou a ca!eça.- 'araça acho que quem est6 lerda hoe sou eu. E por que o

Foão seria o meu 'ei&a*flor, +aru*a?

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- Ai... reclamou a menina como se (osse e&tremamente5!vio o que queria di#er. /resta atenção> os !eia(lores são!onitos e muito (ortes sa!ia? Eles en(rentam p6ssaros 7sve#es até cem ve#es maiores do que elesD Al*uns t,m nomes

de contos de (ada. E todo mundo *osta delesD- E o que eu tenho a ver com isso +aru*a?- "ra essa voc, não perce!e como o Foão se parece com eles?Ele tam!ém é !onitinho 6 se envolveu com !ru&as e atéen(rentou o :ector armer que era... tipo... mil ve#es maiordo que ele não (oi? E os dois andam com o peito estu(adocheios de pompaD Além disso todo mundo *osta deletam!émD- Ah... certoD Ariane não conse*uia che*ar 7 conclusão deque ou ela era est%pida demais para compreender aqueleracioc)nio ou +aru*a estava !rilhante demais naquele dia paraela.- E eles são 6*eis e comilesD E são p6ssaros muito

o!servadoresD Eles param no ar e (icam o!servando as coisasem sil,ncio o!servando as coisas que nem o Foão (a#D- +aru*a é 5!vio que o !icho (ica em sil,ncioD " p6ssaro não(alaD- +6 p<D 1as se ele (alasse tenho certe#a de que seria ump6ssaro que (alaria pouco isso não parece 5!vio? E p6ssarosquando querem (a#er !arulho cantam, sa!ia? Além do mais eu

 6 ouvi (alar que tem um p6ssaro que (ala sim. 1as nãolem!ro o nome dele...Ariane suspirou.  $al!e0  aquilo tudo (i#esse sentido derepente.

- 1as por que ele seria o meu !eia(lor?- /orque voc, é a (lor deleD;uando a parte da conversa che*ou nela Ariane começou a seanimar mais.

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- Gh que !onitoD A*ora *ostei...- =ãããD e&clamou +aru*a !alançando a ca!eça de Ariane. "lha s5> o meu tio me e&plicou uma ve# que os !eia(lores

sa!e... tipo... 'ei&am as (lores 5!vio porque querem comer

o néctar que est6 dentro delaD- Acho que não estou *ostando mais desse papoD- Ei espera sua mente suaD e as duas começaram a rir. Euquero di#er é que com isso ele aca!a levando e espalhandopor a) tam!ém os po#inhos das (lores que (a#em nascer outras(lores entendeu?- Entendi mas...- E eu acho que voc, e o Foão são i*uaisD Ele tem ascaracter)sticas desse p6ssaro mas ele precisa de voc, que tema !ele#a da (lor para poder se alimentarD ;uando eu di*oalimentar di*o no sentido de ter sentido na vida sa!e?Hoc, é o alimento da alma dele sa!e? " que (a# ele tersentido em e&istirD

Ariane se calou surpresa.- E assim como a (lor porta o polen#inho que *era outras(lores voc, tam!ém tem dentro de voc, uma... sa!e... sei l6...uma espécie de energia boa que conta*ia a *ente sa!e? E queum dia ao se unir com o Foão tam!ém vai *erar vida e *eraroutras (lore#inhasD Então tipo eu acho que voc, alimenta aalma do Foão e em troca ele espalha uma ener*ia !oa quevem de voc, entendeu?Ariane ainda estava surpresa.- /orque voc, é a (lor dele. E ele é o seu !eia(lorDAriane a*arrou a ami*a como se (osse um ursinho de pel%ciae começou a apert6la unto de si.- Ai eu amo voc, sa!ia? 35 voc, para me (a#er sentir melhor

hoe depois de tudoD- Ah a *ente (a# o que pode né? as duas riram. Ariane entãose li*ou de que havia lar*ado a mão de seu novo ami*o.

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- Gh caracaD 'ad, o 1udinho?- ;ue mudinho doida?- " que... ah !om ele t6 aliD- Hoc, t6 (alando de quem hein? -ão vai me di#er que voc,

 6 arrumou um outro *aroto pra...- -em continua ca!eçudaD -ão é nada dissoD- +6 certo sua piradona e a menina começou a se a(astarmandando um !eio com a mão. Eu vou l6 a*ora porquesenão... tipo... minha mãe vai chamar os 'avaleiros de:elsin* pra me procurar sa!e?As duas riram e +aru*a se (oi. Ariane caminhou até onde

estava o menino !rincando nos *alhos de um pinheiro que elaconhecia !em. A 6rvore onde Foão :anson a havia pedido emnamoro.- Hoc, *ostou dessa 6rvore né 1udinho?" *aroto !alançou a ca!eça sorrindo.- +6. Hoc, pode morar nela por enquanto. Ela pode ser sua...

" menino !alançou a ca!eça ne*ativamente e uma Arianeestupe(ata o viu apontar para ela pr5pria.- -ão entendi..." menino apontou para a 6rvore e depois apontou para ela denovo.- -ão entendi p<D" meninoespectro !ateu na pr5pria co&a e er*ueu as duas

mãos. Ariane na mesma hora rea*iu com um>- Gh 5> não (ica nervosinho não t6? Eu heinD F6 tenho de (icar(alando so#inha aqui !ancando a malucaD E ainda vou levaresporro de al*uém que além de não (alar nem t6 aqui? alasério né?" *aroto (oi até Ariane e a pu&ou pelo !raço. Ariane sentiu o

 toque. " tato dele era (rio. " menino ainda se*urandoaapontou para a 6rvore e depois para si (a#endo sinal ne*ativocom o indicador. =epois apontou de novo para a 6rvore e em

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se*uida apontou para Ariane (a#endo um sinal positivo como pole*ar.- /era)... tipo... voc, est6 di#endo que essa 6rvore não é sua?

;ue... então ela é minha7

Ele aquiesceu satis(eito.- E como voc, conse*ue sa!er disso?" *aroto apontou para o outro lado do tronco e a pu&ou pelo!raço mais uma ve# com o toque (rio. Ariane (oi até l6$ olhoupara o que ele apontava. E começou a chorar./orque voc, é a (lor dele.

Ali havia o nome dela. E o nome dele, contornados por umcoração (lechado *ravados com a lJmina de um canivetece*o. Foão :anson.E ele é o seu !eia(lorDAriane tocou o nome dele e acariciouo como se (osse umrosto. Ainda havia l6*rimas em seu rosto.Então tipo eu acho que voc, alimenta a alma do Foão e emtroca ele espalha uma ener*ia !oa que vem de voc,entendeu?Ariane entendia.A cada ve# que pensava nele a cada ve# que sentia a dor quesentia por estar a(astada dele e a cada ve# que não conse*uia

sa!er como calar a rai!a interna diante da vida que vinha de

dentro dele Ariane -arin compreendia.

2

&el Bran(ord havia sido levado direto para um centromédico de Andreanne. =eitado em uma cama maior do que a

cama de um ple!eu ele via em um espelho o re(le&o de umrosto realmente inchado. 3eu treinador estava do lado de (oradescansando e di#iase que An)sio Bran(ord iria até o

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:ospital eal de Andreanne visitar o irmão. =i#iam aomenos.- Espero que nunca !ri*ue com trolls. 3e com al*uns tapas seurosto (icou assim...

- Furo que se... ai... não estivesse preso nesta maca eulevantaria daqui e lhe daria umas !oas surras disse umpr)ncipe (alando com di(iculdades.1uralha o *uardacostas troll sorriu partindose do velhoprinc)pio de trolls poderem sorrir.- ;uanto tempo a*ora até sua pr5&ima luta?- =ois dias.

" troll !alançou a ca!eça.- Em minha anti*a terra *uerre6vamos todos os dias.- E olhe aonde isso os levou> a tra!alhar para mim que s5*uerreio de ve# em quando.1uralha o!servou a anela e parecia distante dali comsentimentos que lem!ravam mais sentimentos humanos do

que de outra raça.- 3ente saudade de sua terra não sente velho ami*o?- m pouco. -ão muito. 35 um pouco.- Hamos (a#er um acordo? =epois que terminar o /unho =eerro colocaremos mochilas nas costas e iremos até l6relem!rar sua ori*em est6 (eito?

" troll pareceu suspirar.- A*radeço &el mas não posso.&el estranhou. Muito.- E mesmo? E desculpe por per*untar mas... posso sa!er porque acha que estar6 ocupado?- Eu tenho um compromisso." rosto de estranhe#a do pr)ncipe não se modi(icou.

2!

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3nail al(ord entrou no local com mais de#essete ovens que

haviam escutado sua hist5ria e se inspirado para estarem ali.Ao todo aquele *alpão 6 havia passado do n%mero de cento e

oito meninos de rua e continuava a crescer.- Liriel separe uma parte do *rupo que não vai sair em missão

de con!ocaç-o. 1andeos cortar toras de madeiras diversasdo tamanho de um ante!raço.Liriel estava odiando todas aquelas ordens ultimamente.- Eu tenho cara de sua empre*ada por acaso?

- Hoc, quer assumir a liderança e prestar as contas na horacerta?Liriel en*oliu em seco. 3nail perce!eu e disse>- ;ue pena. Eu iria pre(erir...Ela voltou a olhar para aquele !ando de adolescentes.- A comida est6 (icando escassa para esse pessoal disseLiriel preocupada.

- Aumente o *rupo respons6vel pelos alimentos. Escolha osmais r6pidos de mãos leves.- E depois?- =, a eles um t)tulo. 'hame eles de capitães de areia ouqualquer coisa do tipo e elo*ie o tra!alho deles se (or !em(eito. 1as elo*ie pouco.

- -ão sa!ia que *ostava de elo*ios.- Eu não *osto.- Hoc, (ala como se tudo (osse tão simplesD Hoc, 6 ima*inouse pe*am al*um desses meninos e ele conta o que est6acontecendo neste *alpão? 3er)amos e&terminados no diase*uinte.- ;uem quer que sea apanhado não contar6.- 'omo sa!e? Eles são criançasD- Eles são soldados.

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- Eles são seres humanos.

- -ão eles são 5rf-os. Hoc, sa!e o que isso si*ni(ica?- -ão importa se voc, viu seu pai morrer como eu vi o meutam!ém a!!iani. Esses *arotos simplesmente não viram o

pai morrer porque a maioria deles não conheceu os paisD "use conheceram 6 passaram tempo demais so#inhos para selem!rar de como eram. Além disso devido 7 visita de

estran*eiros do mundo todo Andreanne vai  se  utili#ar da

pol)tica de esconder seu lixo durante o per)odo do /unho

=e erro. Acredite soldados t,m ordens de  desaparecercom a população de rua e trom!adinhas em atividade duranteesse per)odo o que (a# deste lu*ar um local de re(%*io

per(eito para a pr5pria se2urança desses meninos. Lo*o elesmesmos estarão vindo até n5s sem que precisemos nemmesmo convoc6los.

- E a dor que (ica dentro do coração de pessoas como essas é

poderosa. 3e não (or moldada ela vira 5dio e lo*o voc, tem(ormado um 'oraçãode'rocodilo que Aramis o tenhaD 1as!asta uma centelha uma %nica centelha e voc, a canali#apara uma ener*ia poderosa o su(iciente para destruir e&ércitos.- Ainda assim al(ordD Eles são crianças que nãoconse*uirão resistir 7s torturas.

- Eles  nunca  (oram crianças. Eles 6 nasceram no mundoadulto. E mais$ eles so!reviveram a ele até hoeD E a*ora pelaprimeira ve# estão *anhando um sentido de unidade. msentido que torturador al*um conse*uir6 tirar deles.a#ia sentido.

2"E dois dias se passaram em -ova Ether como se (ossem um.

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C di()cil para um ser humano conse*uir se concentrar em umdia quando sua mente est6 em outro tão pr5&imo. EmAndreanne !arracas de comerciantes continuavam triplicandoseus lucros com o torneio de pu*ilismo mais di()cil e

importante do mundo. As conversas nas ta!ernas erame&clusivamente so!re os quatro (inalistas da edição maisdi()cil e surpreendente da hist5ria da competição. +aiscaracter)sticas tinham um motivo> era imposs)vel di#er qualdeles se sa*raria vencedor. As pessoas torciam por &el esonhavam em v,lo en(rentar adamisto de 1inotaurus emuma (inal cuas motivaçes se estenderiam para muito além

do rin*ue.Entretanto entre esse sonho e essa realidade estavam doisadvers6rios que tinham tudo para estra*ar aquela (esta.-in*uém sa!ia como adamisto se sairia com al*uém tão(orte e pesado quanto ele como o era onta de '6lice. Eapesar do carisma inicial que (e# com que o p%!lico

simpati#asse com o =ra*ão "riental somente a*ora na horaem que o caminho do uerreiro Amarelo e do pr)ncipe deAr#allum se cru#aram é que o p%!lico en(im se dava conta depensar se &el seria  realmente capa# de passar por u**iero.Ainda mais ap5s a %ltima apresentação em que quase o viramser derru!ado por =evlin o pu*ilista &amã de ruK.1as isso em Andreanne.

-as *randes cidades dos outros einos pom!oscorreiosnormalmente em n%mero de cinco percorriam os céus a todoinstante levando te&tos de escri!as reais que detalhavam cadadia para serem não apenas divul*ados mas tam!émencenados por artistas em palcos muito além dos locali#adosentre as (ronteiras da cidadecapital.

1esmo em 1inotaurus quando os mensa*eiros dos céusche*avam até l6 os te&tos eram reescritos incentivando erati(icando uma autoproclamada superioridade minotaurina e

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lidos em praças p%!licas lotadas ao som de *ritos e !rados deu(anistas. einos como 1osquete Al!ion ou ruK que 6haviam perdido seus participantes comentavame&a*eradamente a participação nas lutas de seus

representantes de (orma detalhada e emendavam palmas (ortespara eles que pareciam ecoar até l6.F6 em 3tallia não." eino dos 'oraçãode-eve a*ia di(erente. +alve# porin(lu,ncia de seu re*ente os stallianos a*iam de (ormaindi(erente ao que acontecia além de suas (ronteiras.'onsideravam sua cultura hist5rica superior 7 da maioria dos

outros einos mas desde a morte de sua ainha osaléa'oraçãode-eve  algo havia se partido no coração do povodaquelas terras (rias. 3uas ruas quase não viam mais o solassim como seus coraçes. 3uas crianças não tinham tantaener*ia seus pais andavam pelas ruas es!ar randosepedindo desculpas e continuando a andar es!arrando em

outras pessoas sem mesmo conversarem mais entre si. Aspessoas de 3tallia pouco se olhavam$ pouco se diri*iam apalavra e quando o (a#iam pareciam conter um certo torporno tom de vo# oriundo de um mau humor constante diante davida que não tinha e&atamente uma e&plicação l5*ica." (ato era que assim como seu re*ente 3tallia era um einoque não chorava mais.

E até ali nenhum deles sa!ia disso ainda mas muito em !reveisso seria colocado 7 prova. =e(initivamente.

2#

+u torcer6s hoe por u**iero senhor umpelstichen?

per*untou ei An)sio Bran(ord.

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- +orcerei pelos melhores deste dia Hossa 1aestade. -ão éporque (a#emos ne*5cios com "(ir que passarei a andarvestido com suas !andeiras.oi assim que se iniciou o primeiro di6lo*o no camarote dos

monarcas no pen%ltimo dia. ei An)sio estava animado e(in*ia um e&cesso de con(iança não tão concreta por dentrocomo demonstrava parecer ter. Fusti(ic6vel$ ele tam!ém haviavisto &el quase cair no dia anterior e sentia um (rio na!arri*a ao ima*inar como o irmão se sairia contra um*uerreiro tão di(erente como o oriental que lhe che*ara doscéus.- 3e ir6s torcer pelos melhores de hoe então ao menos sei queonta *o#ar6 de teu prest)*ioD disse ei 3e*undo nae&pectativa da entrada de seu pu*ilista./r5&imo Gmperador erra!r6s era o oposto do ei rival./ossu)a um e&cesso de con(iança que perceptivelmente nãodemonstrava um %nico pin*o de d%vida de que seu *uerreiro

entraria naquela arena e estraçalharia o advers6rio.3entimentos opostos disputando pontos de vista. =e ve# emquando um e outro até se olhavam.1as nenhum dos dois di#ia nada ao outro.- 'omo anda a relação entre teu pai e a condessa Branca? per*untou o ei virandose para a princesa.- 'omo se (ossem uma %nica alma. +anto em pompa quanto

em vontade.- Ele não vir6 hoe aqui?- -ão. -ão tem interesse pelo torneio sem seu pu*ilista de3tallia. -a realidade acho que não o teria mesmo com ele...An)sio er*ueu as so!rancelhas.- 3urpreendente não é?

- +u per*untas isso usto a mim? 1eu pai neste momentoest6 colhendo (rutas com uma mulher que conheceu h6 poucos

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dias. " mesmo ei incapa# até mesmo de chorar a morte daesposa até hoeDAn)sio !alançou a ca!eça. Gria até di#er al*uma coisa paracon(ortar a noiva.

1as a multidão começou a *ritar.onta entrou na direção do rin*ue. A maioria esma*adora daspessoas o aplaudiu com vi*or na tensa caminhada não porqueonta (osse um e&emplo de lutador carism6tico mas porqueera ele quem iria en(rentar o pu*ilista de 1inotaurus. ontacaminhou sem cumprimentar o p%!lico so! os aplausos de péde ei 3e*undo Bran(ord que sorria (eito criança vendo seu

campeão che*ar tão lon*e. :avia torcedores de '6lice alimas eram )n(imos comparados com a *rande multidão e comos !arulhentos e (an6ticos minotaurinos.E (oram esses mesmos (an6ticos que começaram a !errar e aque!rar coisas e a o*ar coisas para o alto quando adamistoapareceu na outra ponta da arena e tam!ém iniciou sua

caminhada ao rin*ue.A multidão aca!ouse em uma vaia hist5rica enquanto o*i*ante !ranco caminhava como se estivesse s5 e nada maise&istisse ali.Era poss)vel notar marcas dos com!ates anteriores tanto nelequanto em onta. :avia olhos um pouco inchados e al*umasmarcas ro&as distri!u)das. :avia hematomas e havia

escoriaçes.Ainda assim eles caminhavam e milhares de coraçescaminhavam com eles." ui# chamou os dois para o centro do rin*ue e começou adi#er es!raveando coisas que deveriam parecer importantesenvolvendo ética entre pu*ilistas. " !arulho ao redor porém

era tão *rande que era di()cil a(irmar se al*um dos doisescutou al*uma coisa. E mesmo o ui# parecia pequeno entreos dois monstros prestes a se de!ater ao soar do...

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" *on*o soou."s dois ao invés de avançarem um so!re o outro sea(astaram. /areceram aquecer os !raços e voltaram 7 posiçãode *uarda. " povo *ritava. "s aquecimentos porém eram

di(erentes. onta (a#ia movimentos amplos. adamisto não.Em sua %ltima luta o *i*ante !ranco havia tido uma ou duascostelas partidas pelo maldito e surpreendente pu*ilista doorte. 'ostelas essas que ainda não estavam curadas em tãopouco tempo e que o o!ri*avam a re(a#er suas estraté*ias norin*ue. adamisto 6 começou a luta com a *uarda invertidapreocupandose em prote*er com os cotovelos o lado

esquerdo onde estava machucado.onta sa!ia disso." ro!usto pu*ilista de '6lice !ateu primeiro. ma duas tr,squatro cinco seis. A multidão vi!rou com ele. adamisto sede(endia e de(endia tomava al*uns no rosto e de(endia. Eranot6vel que sua preocupação era de(ender o lado dani(icado e

so!reviver até o (im da luta.3entado erra!r6s o!servava o com!ate sem e&pressarreaçes. /arecia até mesmo tranquilo como um espectadorque des(ruta de um shoQ de m)micas.onta partiu e !ateu mais duas quatro seis oitoD adamistode(endia tomava e de(endia. E de(endia. /re(eriavisivelmente a!rir um pouco a *uarda e tomar murros no rosto

do que levar *olpes !ai&os na costela partida. E assim sese*uiu o ritmo até o (inal do  round. onta !atia e !atia e!atia e adamisto evitava os *olpes em sua *uarda ou tinhaos punhos do (orte advers6rio chocados violentamente contraseu rosto.

oi assim tam!ém o ritmo do se*undo round. E assim o (oi

o do terceiro.'entenas de pessoas nas arqui!ancadas começaram a vaiarimensamente o pu*ilista de 1inotaurus e&i*indo que (osse

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desclassi(icado do com!ate ou ao menos que onta aca!assecom ele de uma ve#. E o pu*ilista de '6lice tentava.adamisto porém estava em uma espécie de transe$ umestado mental em que parecia desprovido de dor e parecia ter

rochas re(orçando o esqueleto.E aquilo incomodava.35 quem 6 desperdiçou ener*ia em um rin*ue secon(rontando com al*uém sa!e como é a sensação que sesente quando se perce!e que apesar de todos os seus es(orçosvoc, pareceu não causar dano al*um ao outro. A sensação écomo se toda aquela ener*ia desperdiçada pelo *uerreiro

!oltasse contra si pr5prio (eito um !umeran*ue.E adamisto andava pela arena arrastando os pés de (ormaleve para seu tamanho. onta ia atr6s dele e seus socos !atiamna *uarda e ve# ou outra provocavam marcas ro&as mas quenão passavam disso. onta tentava (in*ir umas (intas para verse adamisto a!ria a *uarda das costelas mas o *i*ante

!ranco não ca)a em nenhuma delas. Hamos seu malditoD eaaD Lute que nem homem cãoencoleiradoD !errava o treinador de onta antes que se

escutasse o (inal de mais um round.A multidão voltou a vaiar de (orma massiva. Ap5s tantoscom!ates emocionantes aquela era a pior luta de pu*ilismo

que haviam visto na vida.-o quarto  round, a coisa mudou. -ão muito mas mudou.

=essa ve# ao menos adamisto começou a  rea2ir,  o quenão necessariamente queria di#er contraatacar. onta !atia e!atia e !atia e adamisto aparava seus *olpes com pequenose irritantes socos de volta.

Era quase como uma tosca versão de 'oxin2.onta socava e adamisto !atia no punho dele de al*uma(orma com a palma a!erta ou (echada mas sempre na re*ião

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pr5&ima aos punhos nunca no corpo. E se aquilo 6 irritavaquem via ima*ine o pu*ilista de '6liceD onta começou a!u(ar e naquela respiração era poss)vel sentir que ele estava

(icando... cansado daquilo.

E então adamisto (oi tentar aparar mais um *olpe poderosocom outro soco de volta.1as era uma (inta.;uando adamisto a!riu en(im a *uarda um pouco que (ossedo lado esquerdo onta inspirou (undo e !ateu o *olpe deverdade sem d5 nas costelas do minotaurino que (e# um!arulho alto e derru!ou o *i*ante !ranco imediatamente nochão." ui# a!riu conta*em.E a multidão (oi 7 loucura.- 3ete... 3eis... 'inco... Andreos e Foão contavam unto como ui#.- 6D A*ora esse *i*ante (ica no chão depois dessa porrada

nas costelas de novoD e&clamou empol*ado o irmão *,meoAl!arus.- 'araca... disse um assustado Foão :anson. " cara t6levantando...E sentado de onde estava Gmperador erra!r6s sorriu.adamisto er*ueuse deva*ar. Bem deva*ar mas não menosimponente. A dor que deveria estar sentindo provavelmenteera lancinante como se al*uém (icasse !rincando de apertar edesapertar seus pulmes com a mão. Ainda assim eraimposs)vel di#er isso daquele homem de pé sem demonstrarum pin*o de (raque#a. L6*rimas de dor desciaminvoluntariamente de ve# em quando do rosto impass)vel masessa era a m6&ima demonstração encontrada.

E então onta partiu como um tu(ão e até ele pr5priodesco!riu nessa hora o quanto estava cansado. isicamente epsicolo*icamente. E entendeu então o que adamisto havia

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(eito com ele durante todo aquele tempo> dilu)do a (orça ()sicade uma maneira de dentro para (ora. F6 pelo outro lado pormais que tivesse rece!ido *olpes em *uardas (echadasadamisto havia conservado sua ener*ia até ali e (eito o

principal> lutar com a *uarda invertida prote*endo o lado dascostelas que!radas.E (oi s5 no momento em que onta armou o *olpe umpoderoso direto que ele viu o quanto a estraté*ia deadamisto havia dado certo. /ois (oi ali que rece!eu do*i*ante !ranco um cru#ado no meio do rosto que do!rou suacara amassada para o lado.

Antes que o o!eso pu*ilista de '6lice se recuperasse omassacre começou tudo com a mão direita que era o %nicolado que adamisto conse*uia mover entre respiraçes presas.

Ja', &a', &a', cru#ado cru#ado cru#ado est<ma*o *anchoDonta 6 ia se a(astando quando seu advers6rio o pu&ou devolta e meteulhe uma ca!eçada que dei&ou seus sentidos

desnorteados. 3em ter noção de espaço onta sentiuadamisto começar a lhe !ater com tanta (orça mas tanta(orça que as aceleraçes das rotaçes condicionadascomeçaram a *erar leses cr<nicas. onta tentava rea*ir mass5 via estrelas enquanto a torcida de 1inotaurus *ritavaenlouquecida por honra e *loria."s socos da mão direita !atiam tão a*ressivamente quechocavam o p%!lico. " treinador de '6lice com o coração na!oca o*ou a toalha !ranca.E pela se*unda ve# naquele torneio (oi tarde demais." (ato (oi que no %ltimo *olpe houve um violentodesaustamento entre o cére!ro e a cai&a craniana nomomento em que o cére!ro (icou atrasado em relação ao

movimento por virtude das (orças de inércia." resultado (oi uma ruptura de vasos san*u)neos da ca!eça.

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onta caiu com al*uns espasmos ainda antes de seu corpoparar de tremer por completo. 3eus olhos porém 6 estavam(echados.E o mais chocante é que ele nunca mais os iria a!rir.

:ouve sil,ncio na Arena de Hidro. E milhares de pessoasunidas como se (ossem uma s5 (echaram os olhos e oraram untas com as mãos unidas pela alma do pu*ilista de '6lice.A torcida de 1inotaurus em quase todo o tempo mesmodurante a oração pelo vencido não parou de *ritar.

30

Ele est6... per*untou &el ao seu treinador. :avia vistoonta ser nocauteado h6 al*uns minutos mas não sa!ia oresultado disso ou não #ueria acreditar no estado de *ravidade. 1orto respondeu 1elioso.:ouve sil,ncio.

- 1as não pense muito tempo em um *uerreiro que 6 não est6mais aqui continuou o treinador. E nem mesmo no homemque o matou no rin*ue.&el era sil,ncio.- Hoc, tem de pensar primeiro em  sobreviver   para che*ar atéele.&el ainda era sil,ncio.Ao (undo o *uerreiro u**iero a!riu os olhos e saiu de suaposição meditativa.

31

/assaramse duas horas até aquele momento. " tempo de

espera (oi !om. " povo que assistiu ao con(ronto anteriorainda estava em choque e por mais que ainda (alassemconstantemente daquele assunto pouco a pouco ele ia dando

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lu*ar a outro. A(inal 1inotaurus estava na (inal daqueletorneio.E Ar#allum iria lutar.;uando os acordes do corneteiro começaram a e&citação

tomou conta da massa e a vo# de quase cento e cinquenta milpessoas ecoou (orte. As pessoas se levantaram e aplaudiram(orte. u**iero entrou na arena primeiro e dividiu o p%!lico.Al*uns o vaiaram mas al*uns até mesmo o aplaudiramtimidamente. Era uma realidade que as pessoas *ostavam deu**iero$ a %nica coisa que tinham contra ele o (ato de estarno caminho entre &el Bran(ord e adamisto.

-o caminho entre Ar#allum e 1inotaurus.ei An)sio Bran(ord e Branca 'oraçãode-eve saudaram opu*ilista respeitosamente e ele se*uiu até o rin*ue onderetirou sua t%nica mais uma ve# revelando o (ascinantedra*ão nas costas. Era o %nico pu*ilista sem um treinador epor isso como re*ra o!ri*at5ria al*um representante do

/unho =e erro era escalado aleatoriamente para durante osintervalos dos rounds, darlhe 6*ua limpar seu suor e veri(icara *ravidade de seus (erimentos.u**iero começou a alon*ar os om!ros e os !raços l6 dentroe então mais uma ve# notou a *uerreira de ca!elos douradose encaracolados o o!servando. Ao (undo a atual capitã dauarda eal Bradamante o!servava a luta com seus

!rilhantes olhos verdes e o *uerreiro oriental sentiase muitomais intimidado por eles do que pelo olhar que iria ver emBran(ord.E então a corneta soou de novo. A !arulheira in(ernalrecomeçou.E &el Bran(ord entrou.

- " rosto de &el parece !em menos inchado disse Brancatentando superar os *ritos. 'omo conse*uiram tratar dele emtão pouco tempo?

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- Ervas moicanas e 6*ua (luidi(icada por (adas respondeuAn)sio Bran(ord.&el caminhava e o mundo mesmo o mundo que não estavanaquela arena como sempre caminhava com ele. As pessoas

voltavam a a*itar seus !raços e era lindo ver o espet6culo dequase cento e cinquenta mil pares de mãos ritmarem aquelesom primitivo de duas !atidas *raves por uma a*uda uma ve#mais. " pr)ncipe dançava so!re aquele ritmo enquanto tochas

iam sendo acesas e a noite tam'ém caminhava com ele.Atr6s dele 1elioso caminhava concentrado se*urando ovelho !alde da sorte. As pessoas *ritavam e *ritavam e*ritavam. As mulheres cochichavam$ as crianças tentavamimitar cada movimento. =entre essas pessoas estavam Foão:anson e 3a!ino von )*aro. =entre essas mulheres estavam1aria :anson e Ariane -arin.&el su!iu ao rin*ue e retirou o capu# revelando mais umave# o short com as cores de Ar#allum. " ui# chamou os dois

e !errou>- Eu espero que voc,s dois levem este com!ate a sérioD Euespero não ter de carre*ar mais nin*uém para um cai&ão nestaarena e que voc,s tenham respeito pelo p%!lico que seencontra aqui hoeD Hoc,s dois se di#em *randes *uerreirospara estarem aqui e eu duvido muito dissoD /ortantotratem de me provar que eu estou errado e (açam um *randeespet6culoD"s dois pu*ilistas !ateram seus dois punhos (echados nospunhos do outro se a(astaram e escutaram o *on*o do sinose*uido pelo> LutemD&el partiu primeiro. in*ou para um lado para o outro para

o outro e avançou dois  jabs. u**iero aparou os dois socos!ailando unto com ele. &el tentou mais dois.u**iero (e# o mesmo.

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" oriental tentou uma (inta mas o pr)ncipe não caiu. +entoude novo. 1as o pr)ncipe não caiu. &el então avançou!ruscamente e o povo *ritou com ele. u**iero esquivouse eentão um BA1D

&el rece!eu um violento soco no meio do peito que o o*oupara tr6s e o derru!ou no chão. " p%!lico *emeu." pr)ncipe er*ueuse constran*ido antes que o ui# a!risseconta*em e colocou a mão no peito. -unca havia visto aquiloantes> um pu*ilista socar o peito do outro. Ainda mais comaquele punho torto com o pole*ar do!rado na direçãosuperior em ve# de na hori#ontal.

Grritado inspirou (undo e partiu para uma sequ,ncia.Ja'. Ja'. =ireto. 2ab. 2ab. =ireto. 2ab. ancho no est<ma*oD" *olpe entrou e o povo *ritou quando u**iero se do!rou.&el continuou avançando mais um dois tr,s quatro.u**iero tomou o primeiro e aparou e aparou e aparou. EBA1D

&el viu estrelas sem sa!er o que havia lhe atin*ido$ sentiuapenas a mand)!ula parecer deslocarse violentamente eretornar ao lu*ar.Ainda #on#o viu u**iero !uscar sua ca!eça !errando maisum de seus malditos  )iais. -o puro re(le&o esquivouse umaduas tr,s ve#es. E BA1D" pr)ncipe !ateu de volta. u**iero sentiu mais uma ve# umapedrada no est<ma*o e do!rouse de novo. "utro soco veio decima para !ai&o pe*ando o alto de sua ca!eça !ai&a e eletom!ou de repente.1ilhares de pessoas começaram a pular enlouquecidas." ui# a!riu conta*em mas o oriental levantouse como seestivesse terminando uma série de (le&es. "s dois (icaram

(rente a (rente mais uma ve#. E quando o ui# ordenou orecomeço e am!os ameaçaram avançar um so!re o outro..." sino tocou.

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- Este oriental vai dar tra!alho disse ei +ércio o!servandoo com!ate ao lado do irmão 3e*undo.- Hossas 1aestades nem ima*inais o quanto... disse o!arão*nomo.

1aria :anson estava !ranca de medo. /arecia (a#er semanasque não (alava com &el. :avia visto ele quase tom!ar na%ltima luta mas não teve acesso ao pr)ncipe nos %ltimos doisdias. A*ora mais uma ve# o!servava a luta ao lado de seupro(essor sonhando poder estar presente de uma (orma umpouco menos passiva do que a de um espectador.- /ro(essorD Acho que o &el est6 indo !em nesta luta não?

/elo menos perto da %ltima...- Ainda não d6 para sa!er.- /or que di# isso?- /orque o oriental ainda não começou a usar os cotovelos e oscontraataques simultJneos.1aria não *ostou nem um pouco daquelas in(ormaçes.

- E o que o senhor acha que ele tem de (a#er para...- 'omeçouD" *on*o soou e tudo recomeçou.u**iero mudou a estraté*ia e (echou a postura dessa ve#esperando revidar em contra*olpes. &el sa!ia que paraen(rentar esse tipo de estraté*ia a postura em que umoponente se (echa em uma *uarda (orte seria necess6rio

provoc6lo para que ele a!risse al*uma parte daquela posturae rece!esse o *olpe.intas. &el recomeçou a !ailar e a (in*ir ataques queinterrompia antes da e&ecução. in*ia avançar e recuava.in*ia e recuava. u**iero não ca)a na dele não a!ria sua*uarda nem es!oçava reação de ataque. Apenas o encarava

(undo nos olhos.E seria mentira a(irmar que aquele olhar oriental nãoincomodava.

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&el resolveu mudar a provocação quando perce!eu que suas(intas não estavam adiantando. Lo*o começou a dar socos deleve na *uarda de u**iero propositadamente. Gma*inese emuma posição com os !raços 7 (rente do rosto e al*uém

constantemente dando pancadas leves no mesmo ponto do seu!raço até que essas !atidas constantes comecem a doer. Eainda assim que a outra pessoa não pare.

" resultado ser6 que voc, ir6 começar a se estressar.E quando o estresse tomar conta de voc, (ar6 seu humorche*ar a um n)vel tal que ter6 *erado em voc, uma reação

e&plosiva quase que involunt6ria provavelmente com ume&cesso de (%ria em!utido.Ali o o!etivo tam!ém era esse.&el !atia e !atia e !atia na *uarda (echada mirando sempreos mesmos pontos. u**iero trincava os dentesdemonstrando que sentia a provocação mas mantinha umae&pressão corporal de quem tinha serenidade su(iciente

dentro e (ora dali para evitar que o estresse o (i#essedescarre*ar sua (%ria de uma maneira incontrol6vel.E então &el avançou um soco a!erto e amplo para tentarcontornar a *uarda e...u**iero deulhe com o cotovelo uma meialua hori#ontalque (e# o pr)ncipe *irar uma ve# e tom!ar com (orça no chão.

-in*uém conse*uiu ver mesmo o *olpe apenas o corpo docampeão de Ar#allum *irando e tom!ando (eito um peão. " ui# se apro&imou e a!riu conta*em>- =e#... -ove... "ito...&el er*ueuse espumando de raiva. +entara provocar oadvers6rio ao lon*o do  round  inteiro e não apenas havia sidoatin*ido como a raiva dele o estava tirando do centro. =o

outro lado o =ra*ão "riental parecia manter sua sanidade eequil)!rio respirando de uma (orma especial. ma (ormadi(erente.

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;ue movimentos eram aqueles?ma (orma controlada. E consciente.3ão movimentos de respirar." ui# reiniciou e o pr)ncipe partiu. 3ocou uma duas tr,s

quatroD u**iero aparou todos eles.E o round  aca!ou.

- Bran(ord parece estar le!emente irritado a cada se*undo... disse erra!r6s com sua irritante vo# de!ochada.- Espero que nem por isso ele mate al*uém no rin*ue... respondeu ei +ércio tomando as dores do so!rinho.- "ra pelo visto ele teve a quem pu&ar nesta (am)lia...eis 3e*undo e +ércio se olharam e não disseram nada.ei An)sio estava tão tenso que não conse*uia nem mesmo seconcentrar para uma resposta.- " olho pu&ado !ate (orte... *emeu &el enquanto seutreinador veri(icava seus (erimentos.- Até a) voc, tam!ém.

- C mas ele é r6pido.- Hoc, tam!ém.- Herda... aiD -ão me&e muito por a) não...- Escuta aqui don#ela. Eu sei por que voc, est6 (alando essascoisas. Hoc, est6 di#endo isso porque aquele cara é di(erentede tudo o que voc, 6 viu antes e isso assustaD 35 que eu voulem!rar uma coisa> para o oriental do lado de l6 voc, tam!émé di(erente de qualquer coisa que ele 6 tenha vistoD 'omcerte#a voc, tam!ém !ate mais (orte e mais r6pido do quequalquer um que ele 6 tenha en(rentado do outro lado domundoD" *on*o soou convocando os dois pu*ilistas.- A*ora entra l6 e mostra a ele o porqu,D

&el Bran(ord partiu mostrando os dentes como um ti*re.u**iero sentiu que o pu*ilista que en(rentava cada ve#voltava ao rin*ue mais machucado mas ao mesmo tempo

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mais (ortalecido. " corpo era cada ve# mais dani(icado mas aener*ia que emanava dele em cada movimento parecia see&pandir em um pulso de pura vi!ração e consci,ncia.Ele atacava como (aria um animal selva*em em caça que

mesmo quando é impelido e o*ado lon*e !usca (orças paracontornar e voltar a atacar com a mesma intensidade. =iantedaquela postura a*ressiva u**iero perce!eu que s5 poderiaso!reviver respondendo da mesma (orma.Ataqueresposta.-o pu*ilismo ocidental de -ova Ether esse tipo detreinamento reprodu# um treinamento de ataque se*uido de

uma resposta imediata. -o oriental não.&el atacou e acertou um direto no meio do rosto deu**iero. -o entanto rece!eu de volta um contra*olpe que odei&ou surpreso. /orque não (ora um contra*olpe imediato ao*olpe.

ora um contra*olpe rece!ido ao mesmo tempo do ataque.

E assim prosse*uiu aquele  round, para eu(oria de um p%!licoque nunca nunca havia visto al*o parecido com aquilo.

Ja'*Ja'. Ja'*Ja'. Ja'*Ja'. &el !atia. u**iero !atia devolta e de volta e de volta. E de volta simultaneamente. 'ada*olpe uma resposta. 'ada *olpe."s corpos dançavam um atr6s do outro pela arena se

atracando em uma (estival de *olpes sucessivos. m *olpeum contra*olpe. =ois de# quin#e vinteD A pressãoaumentava$ a velocidade e a respiração tam!ém. 1as o que&el Bran(ord cada ve# mais perce!ia era que quanto maisaumentava seu ritmo menos cansado ele parecia (icar.Artista marcial compreender que ter dentro de si uma ener*iamaior.

Ja', &a',  direto  &a',  direto  &a',  direto  &a',  direto*ancho  &a',  *ancho  &a',  direto  &a',  direto.  Ja', &a',

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direto  &a',  direto  &a', direto direto direto direto diretodireto." p%!lico !errava e !errava e começava a pular e a tremer e a*ritar conta*iado por aquela ener*ia que se e&pandia além

daqueles dois pu*ilistas e tomava tudo ao redor de (ormainteiramente devastadora pois tocava na parte da almahumana que transcende o que é humano e toca na ener*ia quepulsa no seres semidivinos.E dos seres semidivinos.ma ener*ia e&traordin6ria.=ois seres humanos se tornavam complemento de umamesma ação. E dessa (orma se tornavam um.Cter.

&el sentiu al2o enér*ico que nasceu em um ponto do ple&osolar em uma re*ião locali#ada tr,s dedos a!ai&o do um!i*o.

3quilo cresceu e começou a tomar conta de suas entranhas. "que quer que (osse aquela (orça começou a se e&pandir pelos!raços e arrepioulhe os pelos puri(icouse quando seencontrou com o coração e continuou su!indo na direção daca!eça. E no momento em que lhe passou pela *ar*antaaquela ener*ia se tornou tão poderosa mas tão poderosa queele precisou e&ternar aquilo para não implodir." resultado (oi o !rado de *uerra de um *uerreiro ocidental.

* Giaaaaaaaaaah * 3ei l6 mas era mais ou menos isso quepareceu aquele *rito. Al*o (orte vi!rante ener*ia pura." soco !ateu no peito de u**iero arremessando o orientalmetros para tr6s. " pu*ilista caiu com duas cam!alhotascolocando a mão no peito assustado." *on*o 3""D

" p%!lico começou a aplaudir a pular e a o*ar coisas proalto empol*ado com a reação de seu her5i nacional. eiAn)sio tremia de tanta vi!ração e se er*ueu e começou a

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*ritar unto com a multidão em uma despreocupada que!ra deprotocolo.=e onde estava u**iero olhou assustado para o pr)ncipe deAr#allum e pareceu compreender al*o que nin*uém mais

compreendia e surpreendentemente sorriu. Er*ueuserapidamente mostrando ao ui# que estava !em e (oi para sua6rea.&el estava tão enér*ico que não conse*uia nem se sentar.- Al*um coment6rio enriquecedor  mperador   erra!r6s? per*untou ei +ércio.erra!r6s deu mais um de seus sorrisos de!ochados e (icou

o!servando a multidão enlouquecida.- +6 escutando isso? !errou o treinador na cara de &elcuspindo um pouco sem querer no rosto de seu pu*ilista. Eradi()cil até mesmo escut6lo ainda assim em meio aopandem<nio ao redor. Gsso é (orça. Gsso é você+ E é por issoque voc, vai voltar l6 e vai (a#er o que n5s viemos aqui para

(a#erD&el tremia.  Precisa!a  recomeçar. /recisavaD /recisavadaquela ener*ia que havia se tornado quando em com!atecom aquele oriental.

=o outro lado u**iero  compreendia.  'ompreendia omotivo de ter cru#ado o oceano naquela *erin*onça.

'ompreendia porque (ora escolhido para lutar naquele torneioe porque sua Linha de =estino havia se cru#ado com a de&el Bran(ord." *on*o soou uma ve# mais.E o round  (inal se iniciou.

Ja',  direto  &a',  direto curto curto *ancho direto  &a',

cross, &a', &a',  direto

  &a',  *ancho

  &a', &a',  *ancho

cross, curto &a', direto direto direto direto. Eram tantos e

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tantos *olpes se*uidos que nin*uém sa!ia mais nem mesmoquem os estava des(erindo e quem os estava rece!endo.Era como se am!os os pu*ilistas naquele com!ate houvessemse tornado um %nico.

Hoc, sente a ener*ia naqueles movimentos não é?E que por mais que estivessem movendo uma ener*ia contraa outra as duas pareciam se complementar.Eu a sentir em todos os momentos.As pessoas mais pareciam !6r!aros alimentandose desentimentos primitivos que levavam a um ,&tase que deveriaser semidivino.

E talve# o (osse.E como é essa sensação?&el sa!ia. A*ora ele sa!ia. 'ada ve# que aquela (orça dentrodele implorava para ser li!erada ele entendia e lem!rava daresposta./lena.

"s dois pu*ilistas se a(astaram. A essa altura nin*uém maisse lem!rava do que estava em o*o. -in*uém mais selem!rava de que ainda havia uma luta com 1inotaurus ouque e&istiam (ronteiras entre culturas e relaçes humanas. "p%!lico aplaudia o espet6culo que estava vendo e os homensque o (a#iam acreditar que e&iste uma (orça no esp)ritohumano que pode ser moldada.

ma (orça capa# de *erar (eitos e&traordin6rios e de nos (a#ertocar em dimenses que o mundo material não pode alcançar.&el inspirou e sentiu aquela eletricidade interna tomar contado seu corpo. =o outro lado u**iero (e# o mesmo. E entãorodeados por suor e *ritos os dois pu*ilistas lem!randotouros inspiraram (undo e partiram na direção um do outro

!errando )iais que (ariam arrepiar semideuses.

@GAAAAAAAAAA:DDD CCCCCCCCCA:DDD

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"s *olpes e&plodiram  quase  ao mesmo tempo. "s doispunhos partiram na direção dos rostos advers6rios com toda aener*ia concentrada em um %nico instante.

:avia dois lutadores o*ando tudo naquele momento.Apenas um atin*iu seu alvo." impacto (oi tão devastador mas tão devastador que opu*ilista acertado er*ueuse com as pernas para cima porquase dois metros enquanto o outro passou como !%(alo porele. ;uando caiu com as costas estateladas no chão o mundopareceu momentaneamente sem som.1as isso apenas para o derrotado./ara o vencedor daquele com!ate o mundo tinha som. Eraum som oriundo de um lu*ar onde nasce o melhor do serhumano. =e onde eclode o (ant6stico e onde (adas tomamvida. Era o som do mundo e de tudo o que (orma esse mundopotenciali#ado em sua ener*ia m6&ima.

m mundo que tinha um som. E naquele instante até mesmoum nome." nome do mundo naquele dia era &el Bran(ord.1elioso su!iu naquele rin*ue tentando manter a sanidade emais uma ve# retirar seu pupilo dali antes que a eu(oria oconta*iasse. 1as dessa ve# &el se desvencilhou dele e nãopermitiu. A(inal naquela ve# não era como em todas asoutras. Aquela luta para ele não (ora como nenhuma outra.&el (oi até o oriental que se levantava e o audou a seer*uer. u**iero estava com a visão um pouco turva e podiase urar que quase havia l6*rimas nos olhos do advers6rio.- "!ri*ado. "!ri*ado por ter me mostrado... &el di#ia comuma vo# es!a(orida e quase !errando por consequ,ncia da

in(lu,ncia e&terna do !arulho da multidão.- Hoc,... u**iero disse es(orçandose para !errar o maisalto que suas (orças ainda permitiam ...me dar motivo.

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&el começou a sorrir como uma criança. A!raçou seuadvers6rio como se (osse um mestre e o p%!lico continuou aaplaudir e a !errar pelo espet6culo visto. m p%!lico (ormadopor diversas classes e um %nico sentimento.

- E voc,  realmente  conse*uir... Bran(ord u**iero aindaconse*uiu di#er. Hoc, não querer sentir um pouco daplenitude que a ener*ia tra#er?&el aquiesceu duas ve#es. E disse>- Eu sei. Agora eu sei.&el pe*ou o ante!raço de u**iero.E iluminado por de#enas de tochas diante de cento e

cinquenta mil pessoas enlouquecidas er*ueu seu !raço untoao do =ra*ão "riental.C assim.

32

o!ert de LocKsleR havia sentido al*o di(erente quando passoupelo cercado simples que delimitava o territ5rio de 3herQood.Eram apenas al*umas passadas mas cada passo relem!ravaanos de solidão e con)inamento$ anos esses em que sua mentelivre caminhava até ali para evitar a loucura que assola ohomem em c6rcere.3eus se*uidores iam com ele e caminhavam a seu lado. /oronde passavam *eravam (asc)nio. 'ada estrada cada vila emdireção a 3herQood era primeiramente tomada de curiosidadequando aquele *rupo se apro&imava entoando cançes deli!erdade e poemas anti*os. E então as pessoas desco!riam#uem eles se*uiam. o!ert di#ia al*umas palavras.E coletava seus esp)ritos.

;uando o *rupo parou diante daquela (erraria era noite.:avia poucos tra!alhando 7quela hora mas quem quer queestivesse l6 dentro daquele local ainda estava. =o lado de (ora

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entre sons de *rilos e cheiro de sereno escutavase o !aterconstante e ritmado do martelo no aço ecoando como um sinoque anuncia um (im de com!ate."u um in)cio.

o!ert dei&ou o *rupo do lado de (ora e entrou acompanhadoapenas de Fohn /equeno. Ao (undo ainda os sons cadenciadose rever!erantes do martelo dando (orma ao aço. " homemrespons6vel era !ai&o e um pouco corcunda tam!ém l6 pelacasa dos quarenta anos daqueles dois. +inha os !raços (ortes emarcados pelos anos de tra!alho com metal e (o*o. " rostomuito !ar!udo assim como os !raços. E os ca!elos ruivos

cheios e des*renhados para cima. Est6 vendo /equeno? Ao menos um de n5s ainda mantémsuas ori*ens..." som da !atida no metal parou. " homem olhou por cima doom!ro sorriu e voltou a !ater. " metal em suas mãos pareciaestar dando (orma a uma espada.

- Hoc,s demoraram...o!ert e Fohn se olharam surpresos. Apro&imaramse. "!ai&inho corcunda em nenhum momento se levantou paracumpriment6los. Ao redor do pescoço preso por um cordãohavia um molho de chaves que ve# ou outra tilintava commovimentos mais !ruscos.- -ão era esta a recepção que esperava mas é !om ver que

manteve suas ori*ens 1uchD Esta (erraria parece nunca terinterrompido seus serviços.- -ão se trata e&atamente de uma opção LocKsleR. Eu sou o(ilho de mestre (erreiro. oi a %nica coisa que aprendi a(a#er...- /elo visto seu pai (icaria muito or*ulhoso.

1uch parou de !ater. E olhou para /equeno.- /elo 'riador voc, não para de crescer ne*ro maldito?

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- -a verdade eu 6 parei. 1as parece que voc, continuadiminuindo...- Herdade? -ão (oi o que disse a sua e&namorada..."s tr,s começaram a rir sem parar. LocKsleR pu&ou um !anco

de madeira pr5&imo e se sentou tomando a palavra>- ;uer di#er que manteve as atividades de seu pai?- 3im. Ele me pediu isso.- E compreens)vel. 1iller realmente se tornou uma re(er,nciaem (oras disse /equeno.- 3im. 1as não (oi por isso que ele me pediu para continuar otra!alho.- 'omo assim? per*untou LocKsleR.- Ele não (e# tal pedido por renome ou reputação. Ele o (e#porque sa!ia que estava velho demais para continuar a lutamas voc, não.o!ert parou !uscando compreender. Achou que tinhaentendido mas pre(eriu pedir>

- E&plique.- A doença 6 o havia dei&ado ce*o e com dores constantes.Eu sa!ia que ele ia morrer ele sa!ia que ia morrer todomundo sa!ia disso. E minha mãe uma ve# disse que era umapena que voc, não pudesse estar com ele naqueles %ltimosmomentos. /orque ele *ostava de voc, como se (osse um(ilho...- =evo mesmo a seu pai 1uch. 1eus ideais (oram plantadospor ele.- Ele sa!ia disso. +anto que me disse para não interromper ostra!alhos. Ele disse que voc, voltaria. "s pelos de LocKsleRse arrepiaram. "s de /equeno tam!ém. 1ais$ ele  sabia  quevoc, voltaria. 1esmo ce*o ainda *ar*alhava ao di#er que se

os homens que tiraram tudo de sua (am)lia não haviamconse*uido matar o que havia de melhor em voc, não erauma prisão em um eino (rio como 3tallia que o iria (a#er.

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- 1as... mas eu havia sido condenado 7 prisão perpétuaD Atend,ncia natural seria que eu morresse naquelas celas.- -ão. Antes da morte meu pai havia rece!ido a visita de+ucK. E nosso (rade est6 um homem  diferente.  m homem

santo. E a partir da visita dele meu pai passou a acreditar quevoc, não morreria naquela prisão. /orque ele passou aacreditar em (é. /assou a acreditar que e&iste um 'riadorolhando por n5s. E que de ve# em quando quando (a#emospor merecer mila*res acontecem. "s pelos dos doiscontinuavam arrepiados. E ele estava certo. A(inal ummilagre aconteceu não (oi?

"s tr,s (icaram um pouco em sil,ncio. E o!ert per*untou>- E 1uch o que aconteceu depois da partida de 1iller?- =esde então tenho tra!alhado de dia nos pedidos que me sãoencomendados pois preciso comer. 1as 7 noite madru*adaadentro conclu)a o pedido de meu pai esperando o dia emque voc, entraria por aquela porta mais uma ve#. 1uch se

levantou. Hea s5 esse e&emplo> estou tra!alhando nestamaldita espada mas acho que est6 uma dro*aD ;ue horas são?- -ão sei mas estamos no meio da madru*ada disse/equeno.- Est6 vendo? +alve# sea por isso. "s anos vão se passando enossa visão não é mais a mesma.1uch caminhou com seu eito natural que mancava um

pouco até uma *rande porta dupla de madeira trancada comdois cadeados *i*antes. Ele a(astou al*umas panelas e coisasdo tipo da (rente e a!riu os cadeados com chaves do seumolho ao redor do pescoço.- 3a!e meu pai di#ia que voc, iria voltar. E que iria en(im(a#er o que nenhum homem teve colhão ainda para (a#er neste

lu*ar. 3e*undo as palavras dele ele di#ia que voc, viria dessave# para chutar o traseiro daqueles (ilhosda...

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1uch empurrou uma das portas er*uendo poeira e pequenas(erru*ens e madeira ca)ram na ca!eça dele.- 'upins malditosD es!raveou limpando a poeira. 1asonde eu estava mesmo?

- -os (ilhosda... respondeu /equeno.- Ah sim. Bom o que interessa é que ele sa!ia que voc, viriali!ertar 3herQood de ve# e aca!ar com essa porcaria depol)tica de territ5rio neutro. 'ostumava di#er que era uma!surdo a G*rea ter seu pr5prio eino dentro de um eino e3herQood ser uma terra sem um *overnante pr5prio.1uch soltou mais al*uma coisa e p<de en(im a!rir a se*unda

porta.- Ele disse que voc, iria procurar os outros. E que iria montarum novo e&ército. E que era através das minhas mãos que eleestaria na sua luta depois da morte.E o!ert de LocKsleR e Foão /equeno (icaram em!as!acadosquando viram o que a a!ertura daquelas portas revelava. Era

um recinto *rande do tamanho de um quarto no!re. 1as oseu interior era (ruto de um resultado tra!alhoso e primorosoque com certe#a havia necessitado de anos de dedicaçãopaci,ncia e es(orço.+alve# quase vinte anos de es(orço.- Lo*o não sei se voc, 6 arrumou o seu e&ército LocKsleR...1as o seu arsenal e as suas vestimentas 6 estão aqui.

33

1aria :anson che*ou em casa es!a(orida naquela noite edesco!riu sua mãe nervosa esperando por ela. /or pedido deEriKa :anson dois meninos haviam corrido até o centro para

procur6la com ordens de di#er a ela que uma  coisahorr1!el estava acontecendo.

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1aria entrou na casa com o coração na !oca re#ando aos seussemideuses para que a situação não (osse tão ruim quantoestava ima*inando ser.A mãe *ritou por ela quando a escutou entrar.

E 1aria :anson desco!riu que era.

34

" dia 6 havia amanhecido. -aquele local porém ondesempre era som!ra nin*uém parecia sa!er disso.- =e péD ele !errou caminhando por entre 6 quase cincocentenas de meninos de rua."s *arotos er*ueramse sonolentos. +odos perce!eram ou

es!arraram em  al2o 7 (rente deles. Ao perce!erem melhordesco!riram que se tratava de dois pedaços de madeira dotamanho de um ante!raço para cada um.- Apanhem as toras de madeiras 7 (rente de voc,s.

Liriel o!servou a cena surpresa e entendeu qual era a pr5&ima(ase daquele plano cada ve# mais sem controle.3nail al(ord pu&ou dois (aces !em a(iados de seu so!retudoe disse>- Essas toras de madeira serão suas lJminas. Aprender a usar(acas é como tratar de duas dançarinas.

As lJminas roçaram uma na outra e provocaram (a)scas.- E neste momento é hora de voc,s as ensinarem a !ailar.

35

ei An)sio Bran(ord permitiu que o anunciado entrasse no3alão eal naquela manhã. " !arão*nomo caminhou com

seu eito austero aoelhouse diante dele e disse>- 1aestade...

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- 3ou!e que tens al*o a me propor senhor umpelstichen.Al*o além de coisas que voam e novas Eras o que me leva aatiçar minha ima*inação além dos limites que acreditavaserem permitidos.

- 1aestade nin*uém melhor do que... o *nomo olhou pelosalão antes de usar o pr5&imo pronome de tratamento e viuque *nomo e ei estavam so#inhos ...tu para compreender aimportJncia do que ocorrer6 na (inal do torneio que se se*uetenho crença.- /er(eitamente.- 1as antes de (a#er tal proposta preciso ter a presença de

mais um so!erano que peço desculpas por ter convidado aeste rande /aço.ei An)sio pareceu muito descon(ort6vel naquela parte.- F6 me (oi anunciada tam!ém tal presença com muita surpresaacrescento. Espero realmente que tenhas motivos e sai!as porque o (a#es.

- +ens minha palavra." ei tocou um sino e o *uarda que havia sa)do retornou.ece!eu um aceno que servia como permissão e anunciou>- Hossa 1aestade o autoproclamado Gmperador de1inotaurus Hicton erra!r6s.erra!r6s entrou vestido com uma (arda militar acin#entadaque identi(icava as ins)*nias de *eneral no peito e na (orma

das om!reiras. 'aminhou pelo salão com o peito estu(ado umandar inde(inido entre o comum e a marcha militar e umolhar de!ochado na (ace.Ao (undo o *uarda real que dessa ve# não a!andonou osalão.- -ão pensei que retornaria a este /aço tão cedo disse o

minotaurino.- Então compartilhamos da mesma opinião disse ei An)sio.

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" senhor umpelstichen limpou a *ar*anta constran*ido pelomomento mas lo*o se p<s a di#er>- Hossas 1aestades sei que compartilhais de ideais distintose sei tam!ém que esta não é a situação ideal para nenhum de

v5s neste momento mas se tive a aud6cia de untar os doismaiores l)deres deste continente neste recinto é porque tenhoa (a#er uma proposta que talve# interesse a am!os.- ma proposta que interesse a am!os? per*untou erra!r6ssurpreso. Est6 a) al*o que *ostaria de escutar.ei An)sio nada disse. " *nomo virouse para ele>- 'omo di#ia antes ei Bran(ord nin*uém melhor do que tu

poderias...- se o termo vossa disse o ei com uma vo# (ria.umpelsti chen en*oliu em seco.- /er(eitamente. E como devo me re(erir 7 pessoa de nossoGmperador?- 'omo disseste> com o t)tulo Gmperador disse erra!r6s.

- /or mim tu usarias o voc, disse o ei ainda com suavo# (ria. 1as se t)tulos va#ios satis(a#em tuas (antasias ocapricho não me incomoda neste dia." *nomo ainda parecia pesar cada palavra tal o descon(ortode sua situação. A proposta que tinha em mente porém eraam!iciosa o su(iciente para não impedilo de continuar em(rente.- Hossas 1aestades v5s sa!eis que um com!ate (inal entreAr#allum e 1inotaurus é al*o que (icar6 na hist5ria do mundoe ser6 contado para *eraçes muito além das que viveremospara ver.- 3e não me en*ano até a*ora s5 me disseste o que 6 seisenhor umpelstichen.

- =esculpai por isso Hossa 1aestade.- -ão me incomodo. Apenas rati(ico minha curiosidade emidenti(icar o que de novo tens a me di#er.

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- E com certe#a te ausentares de minha presença disseerra!r6s.

- "  mperador mostra sinais de sa!edoria quando o quer comentou An)sio.

- Apenas quando compartilhamos de sentimentos parecidosMa&estade." *nomo tomou mais uma ve# a palavra. 6pido.- Hossa 1aestade por (avor me tirais uma d%vida> quantotempo levar6 para ocorrer o pr5&imo com!ate que de(inir6 o*rande campeão do mundo? =ois dias como o %ltimo

intervalo?- 'inco. /ara a %ltima luta se espera uma semana para que ospu*ilistas possam dar al*o mais no *rande espet6culo (inal.- ei Bran(ord se re(ere apenas ao pu*ilista de Ar#allum. 3edepend,ssemos apenas de 1inotaurus o com!ate se daria 6no dia de hoe.- C mesmo? per*untou ei An)sio. +alve# (osse melhoresperarmos meses para ver se as costelas de adamistocicatri#am.- 3eu tio ei 3e*undo deve ter pensado a mesma coisa e viuseu pu*ilista sair carre*ado em um pesado cai&ão.ei An)sio inspirou (undo o ar pela !oca quase (echada emum peri*oso silvo prestes a de(la*rar a /rimeira uerra

1undial de -ova Ether quando o senhor umpelstichen queestava com a mente em outro lu*ar alheio ao !arril dep5lvora ao seu redor disse animado>- "h cinco diasD o !arão*nomo pareceu muito surpreso. Estava preocupado com o pra#o de dois admito mas com ode cinco dias então minha idéia poderia se tornarper(eitamente vi6velD- ma idéia que rati(ico simpati#aria muito em tomarconhecimento.

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" *nomo notou a impaci,ncia do ei Mtam!ém né?N e meiodesaeitado se p<s lo*o a di#er>- "h sim sim. Hossa 1aestade e Gmperador erra!r6s comcerte#a v5s !em se lem!rais da mensa*em apresentada pela

princesa de Fade em vosso salão.- E como esquecer a princesa de areia? +emos acesso ao(ant6stico nestas terras mas nem sempre em tamanhaintensidade.- E Hossa 1aestade lem!ra so!re o que (alei daquelemecanismo?- Lem!ro que citaras cristais e outras (ormas de éter tanto

mais !rutas quanto mais sutis.- E&atamente. :oe somos capa#es de gravar energia em pedrasde cristal. E como semideuses reviver eternamentemomentos de éter.- Espero que esteas dando sequ,ncia ao racioc)nio de tuaproposta.

- +enho de concordar que espero o mesmo disse oGmperador com uma paci,ncia tam!ém não muito e&tensa.- 3im. 1inha proposta Hossa 1aestade e Gmperadorerra!r6s é eterni#armos e *ravarmos para sempre o hist5ricoem!ate entre Ar#allum e 1inotaurus que ser6 reali#adonaquela arena." !arão*nomo pareceu or*ulhoso com um imenso sorriso na

(ace. "s dois monarcas porém estavam em!as!acados com aproposta.- 1as... acaso 6 (i#este al*o parecido com isto antes *nomo?- Gmperador erra!r6s nunca o tentamos em tamanhaintensidade e amplitude. 1as acho que estamos prontos para o(eito$ apenas precis6vamos de um espet6culo que merecesse o

es(orço."s dois continuavam sem sa!er o que di#er.

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- E como reviveremos tal em!ate no (uturo senhorumpelstichen? 'om dois pu*ilistas de areia?- Hossa 1aestade areia é apenas um dos componentes comos quais podemos reviver momentos *ravados em ener*ia.

Entretanto o podemos (a#er com muitos outros elementos.Gnclusive acho que estamos preparados para (a#er en(imutili#ando re(le&os de lu# de tochas.- -ão compreendo.- /ensamos em *ravar ener*ia em éter e proetarposteriormente em (uturo não muito distante em lu#. "resultado ser6 aquele momento 6 passado na nossa (rente

tomando (orma ali uma ve# mais.- Gmpressionantes as tuas am!içes *nomo.- Gsso se trata de um elo*io Gmperador erra!r6s?- +alve# não em Ar#allum. 1as o é em 1inotaurus.- Então o!ri*ado Gmperador erra!r6s. Holtando ao cerne daquestão que coloco sei que para o perdedor do em!ate tal

situação não ser6 de con(orto mas a possi!ilidade que rodeiao (uturo vencedor acho que compensaria o risco.ei e Gmperador (icaram em sil,ncio analisando a proposta.ealmente para quem perdesse aquele com!ate a situaçãoseria tr6*ica. 1as para quem o vencesse...- -ão sei o porqu, mas acredito que tal proposta não nos viriade *raça.- Ah... certamente 1aestade.- =i*a teu preço *nomo intimou erra!r6s.- /recisaria de volunt6rios a meu serviço dia e noite ao lon*odestes cinco dias e preciso ne*ociar com *,nios.ei An)sio (ran#iu as so!rancelhas.- 'onvocarias *,nios para estas terras senhor umpelstichen?

- E que me co!rariam seu preço Hossa 1aestade.Gmperador erra!r6s sorriu.

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- osto dos preços co!rados por esses seres. 3ão mais !aratosque ouro.- 35 se estiver se re(erindo 7s mulheres de 1inotaurus. /orqueas de Ar#allum não se compram.

- Ah isso se nota pela companhia de seus herdeiros. meino em que seu pr)ncipe precisa !uscar companhia na ple!edemonstra !em o pouco valor de suas no!res...

ei An)sio odia!a cada ve# que tinha de escutar coment6rioscomo aquele por causa do irmão.

- Ah... voltou a tentar di#er o *nomo. Hossas 1aestades

diante de minhas propostas e de minhas necessidades parae&ecução o que me di#eis?- /osso ceder servos reais para audarte nos tra!alhos epermitir o acesso 7 Arena de Hidro. 1as não contes comi*oneste momento para pa*ar teus *,nios.- 3em pro!lema disse erra!r6s. =ei&e que cuido dessaparte.- Acaso ceder6s tuas minotaurinas? per*untou o ei comsua vo# (ria.- -ão. -ão serão minotaurinas.ei An)sio Bran(ord voltou a trincar os dentes com aprovocação. A escravidão havia sido a!olida com um decretode seu pai /rimo Bran(ord. Aqueles que se recusassem a

cumprir o decreto se declarariam inimi*os de Ar#allum e deseus aliados diretos. 1inotaurus para evitar repres6liasimediatas por não estarem prontos ainda naquele momento

modi(icou o termo  escra!os  para o curioso nome de

prisioneiros militares.- /ois !em. Então acredito que temos um ne*5cio (echado.

Hossa 1aestade e Gmperador erra!r6s preparaivos para omaior espet6culo da hist5ria do mundo.

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3

Ariane entrou no  co!en  de 1adame Hiotti com suae&pressão sempre curiosa de quem est6 em!arcando em um

mundo novo. Estava com a mãe e perce!ia que ela estavaparticularmente satis(eita naquele dia.;uando entrou no local o am!iente 6 parecia preparado parao que quer que (ossem (a#er ali. " que eu vou começar a aprender hoe? per*untou 7madame.

- A que!rar a casca.A menina sorriu. /u&ou uma cadeira e se sentou animada.- Ah que maneiroD Então vamos começar lo*o...1adame Hiotti sorriu seu riso paciente como sempre e disse>- ;uerida antes n5s temos al*umas coisas a di#er a voc, e amenina se calou e mostrouse concentrada. 3ua mãe e euandamos ultimamente muito or*ulhosas de voc,. -os

or*ulhamos das decises di()ceis que tomou so#inha dadedicação e (irme#a com que demonstra suas atitudes e atémesmo do ser humano mais consciente com o mundo ao seuredor que se mostra a cada dia. /or isso nosso or*ulho devoc, que acredito que a 6riadora e nossas semideusas tam!émsintam.

Ariane se mostrou surpresa apertou os l6!ios e !alançou aca!eça v6rias ve#es com seu ca!elo preso por um ra!odecavalo.- E é por isso que hoe n5s resolvemos lhe dar um presente.m presente que voc, não apenas necessitar6 como 6 omerece.- m presente? ela arre*alou os olhos claros e a!riu a !oca

estupe(ata. 'ompreens)vel$ em sua ca!eça um presente de uma!oa !ru&a tin'a de ser uma coisa le*al.

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1adame Hiotti olhou para Anna -arin que che*ava de umcanto com um em!rulho. -a verdade era uma !olsa com

al*uma coisa dentro que Ariane (icou louca para sa!er o queera.

;uando o(erecido a ela tomou a !olsa das mãos da mãe maisr6pido do que um ilusionista em!aralharia cartas e pu&ou oque estava l6 dentro.Era um caderno. E a capa era preta.- " que é isso? ela per*untou e&citada.- m Livro das 3om!ras.Ariane arre*alou os olhos dessa ve# na direção da madame.- Grado. 1as tipo... ele serve pra (a#er ma*ia?1adame Hiotti !alançou a ca!eça de um lado para o outro.

- C, tam'ém. -a verdade ele participa dos rituais. 1as aprincipal (unção dele é outra.

- Então di# lo*oD intimou a menina em sua  eternapaci,ncia.- C um livro de compilação. -essas p6*inas voc, vai escrevertodos os detalhes do que aprender desde cJnticos (eitiçosinvocaçes estudos so!re a ma*ia e tudo o que mais (or e

achar necess6rio para os tra!alhos.- au...A menina passou os dedos pela capa (ascinada. " livro era

preto e esse detalhe era particularmente interessante. Em-ova Ether ao menos em Andreanne os cadernosprincipalmente os utili#ados nas escolas reais eram livros*rossos que o ei mandava preparar sem te&to al*um. Ascrianças os *uardavam pelo resto de suas vidas e utili#avam omesmo ano ap5s ano mesmo porque era muito di()cil al*uém

che*ar ao (inal dele. Aqueles que o conse*uiam costumavamse tornar poetas."u romancistas.

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- Este desenho é um penta*rama né?Anna !alançou a ca!eça concordando. A capa na verdadenão era apenas preta. :avia sido encravado manualmente ums)m!olo com cinco pontas na cor vermelha.

- " penta*rama... e&plicou 1adame Hiotti ...na verdade éum s)m!olo puro. Al*umas (adas ca)das o inverteram masnão (oi o s)m!olo que (icou impuro. oram elas compreende?- 1ais ou menos.- " penta*rama como v, em seu caderno com a ponta paracima dentro de um c)rculo representa os quatro elementosre*idos pela ess,ncia sa*rada.- A que vem dos semideuses?- 3im. A quintess,ncia." éter.Ariane mantevese pensativa. E per*untou curiosa>- E quando a cru# est6 para !ai&o?- A) o s)m!olo representa a matéria comandando o esp)rito.

- 1as... tipo... se a matéria é (eita de éter... então não é meiosem sentido a *ente acreditar que a matéria domina ele?- /er(eitamente.- E por que tem *ente que acredita?- +alve# porque nunca tenha parado para pensar nisso.Ariane !alançou a ca!eça dandose por satis(eita.- E por que ele tem este nome> Livro das 3om!ras?- /orque escrevemos 7 som!ra da realidade deste mundo.- E cada !ru&a tem o seu livro?- E s5 pode consultar o livro de outra !ru&a com a permissãodela.- Então s5 eu escrevo no meu?- 3im. /orque voc, coloca a sua ener*ia nele quando escreve.

- +6 5 mas a minha letra é horr)velDAs duas mulheres riram. Ariane não entendeu a *raça.

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- -ão importa. A sua ener*ia vai ser colocada nele e é s5 issoque importa.

- 1as... caraca se eu não sou!er o que escrever nele ou se

um dia eu escrever al*uma coisa  errada,  voc,s vão !ri*ar

comi*o?- -ão querida. /orque o essencial da !ru&aria !ranca nãopode ser narrado apenas vivido. " livro é apenas mais uminstrumento como os outros.- :um...Ariane mordeu o l6!io in(erior. Lem!rouse de tempos

passados quando deu in)cio 7 sua iniciação e sentiusetemerosa com todo aquele mundo novo. A*ora porém a cadadia a impressão que tinha é de que sa!ia que não haveria maisvolta. -ão havia mais como ter volta.

Ela estava adorando tudo aquilo.- Hem c6> tem mais presentes por hoe?- -ão (ilhaD respondeu a mãe (ran#indo a so!rancelha. ms5 não est6 !om não?- -ão p5D C que eu não quero parecer maleducada Mque nemvoc, est6 me (a#endo parecer com esse coment6rio ãu((DN. Cque... !om é que se não tiver mais nada antes a *ente 6podia começar a... sa!e? A aprender...

1adame Hiotti a!riu seu maior sorriso daquele dia.

3dora!a a espontaneidade daquela menina. E a pure#a quee&istia em cada impulso.- Est6 certo meu !em. Levantase e sente comi*o aqui nestecanto com as pernas cru#adas.E hora de voc, aprender a partir a casca...

3!

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E Foão :anson saiu do case!re da (am)lia =arin ainda com ae&pressão (echada e cheia de sono. =o lado de (ora a irmã oesperava com e&presses piores.- Andreos disse que voc, tinha not)cias para me dar...

- Eu tenho... 1aria disse sem emoção na vo#.- Boas not)cias? ele deseou sa!endo que a resposta nãoseria aquela.1aria :anson apenas !alançou a ca!eça. -e*ativamente.

3"

Era uma aldeia. ma aldeia onde ha!itavam (iéis e ondeha!itava um santo. Era um local r%stico pr5&imo a umpequeno rio de onde as pessoas tiravam seu sustento. Eram

lavradores a*ricultores homens do campo. Eram pessoasr%sticas que davam nome a um lu*ar como 3herQood. Achamada Aldeia dos Hentos era um local normal.-aquele dia porém tudo e&istia ali menos a normalidade.:6 al*um tempo a pequena aldeia passara a rece!er pessoasde todos os cantos do mundo. Al*uns vinham para curar(eridas do corpo. "utros do esp)rito. Al*uns che*avam ali!uscando um sentido para suas vidas$ outros para serviremvoluntariamente a tudo o que escutaram e passaram a admirar

 6 7 distJncia. Al*uns caminhavam até l6 por necessidade$outros por curiosidade$ outros por intuição.-ão importava al*uém sempre che*ava até l6 por um motivo.E ainda assim essa situação passou a ser normal. A aldeia

começou a se e&pandir e a *erar locais r%sticos mas aindaassim locais espec)(icos para visitantes dentro das casas das(am)lias conterrJneas. :omens preparavam doces locais e

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mulheres se apresentavam em danças ainda vivas pela culturanativa aos (orasteiros sorridentes. -ão (a#ia di(erença porémse o (orasteiro ali che*ava com os !olsos cheios ou na maispura miséria$ a Aldeia dos Hentos rece!ia todos e os rece!ia

!em.1as quando o!ert de LocKsleR caminhou por ela a) seumundo não (oi mais o mesmo. 3eu mundo nunca mais poderiaser o mesmo. /orque quando um homem que colecionaesp)ritos caminha por um lu*ar como aquele dotado de (é em(orma pura tudo o que pulsa no mundo se e&pande osu(iciente para conta*iar tudo ao seu redor.

Lo*o a questão apenas era esta> o que acontece quando duas(orças dotadas da mesma (é mas caminhando em direçescontr6rias colidem?C poss)vel uma (é ina!al6vel mover outra semelhante?E qual a di(erença entre os caminhos que uma (é ina!al6veldei&a de percorrer?

uiado por um ovem mon*e vestido em (ran*alhos LocKsleRcaminhava. /assou por en(ermos e passou por pessoas com(ome de alimento para o corpo e para o esp)rito. /essoas pelasquais ele lutava e pelas quais ele morreria se (osse preciso.3a!ia porém que não o conse*uiria se (altasse o 7ltimo.

3e (altasse aquele.E ao passar por doentes deitados em esteiras de cip5

trançado ao lon*e ele o avistou e seu coração !ateu tra#endocom cada pulsação todos os sentimentos que ha!itam o Jma*ohumano. " homem que avistava porém estavairreconhec)vel. Hestia uma manta encardida em dia*onalpresa pelo om!ro que co!ria apenas o traseiro as partes)ntimas e metade do peito. 1antinhase apoiado so!re um

caado velho com os olhos (echados de pé so!re umapedreira sentindo a !risa que dava nome 7 Aldeia dos Hentos.

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" corpo mostrava cicatri#es de tortura nas partes e&postas. "ca!elo que antes era cheio a*ora estava quase totalmenteraspado. A !ar!a que antes era volumosa a*ora não e&istiamais. " corpo que se or*ulhava de ser *rande *ordo e

curvado a*ora se mostrava ma*ro raqu)tico e ereto. E a cadapasso dado na direção dele o!ert de LocKsleR passava aacreditar que estava se apro&imando de um homem di(erentedaquele que havia conhecido." pr)ncipe dos ladres parou diante do homem ema*recido. Aimpressão que tinha era a de que em !reve iria nevar. A !risa(ria se a*itou um pouco mais (orte. E ele en(im pro(eriu o

nome que tomou vida parecendo mais um sopro na Aldeiados Hentos. +ucK..." mon*e a!riu os olhos.E o coração do mundo começou a !ater mais r6pido.

ATO IIICORA$%&' D& ,&-&

01

C di()cil muito di()cil de(inir o que (oi aquela semana para

um ar#allino.Gma*ine que tudo tudo o que e em que voc, acredita$ todaa (orça que (oi passada 7 seu povo$ toda a con(iança quedepositasse em seus representantes$ toda a superioridadecultural e militar que lhe (oi rati(icada e deslum!rada por seusantepassados e mesmo toda a esperança em um (uturopassado aos seus descendentes naturais$ estivesse prestes a serposto em prova em um %nico dia.

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Gma*ine o choque entre uma lança dita indestrut)vel contra umescudo dito irremov)vel. Gma*ine que e&istisse a possi!ilidadeda sua !andeira tremular no alto de um p5dio onde todas asoutras não conse*uiram se manter assim como a possi!ilidade

de ela estar no chão pisoteada pelo seu pior inimi*o. A*oraima*ine a an*%stia da espera para desco!rir em que posiçãoela estar6.Gma*ine isso meu ami*o e voc, ir6 ima*inar Ar#allum.As pessoas tra!alharam naquela semana somente porquehavia uma pro*ramação mental lapidada pela rotina constanteque lhes lem!rava o que (a#er e como (a#er. 3eus

pensamentos contudo estavam sempre muito muito lon*e deonde as mãos alcançam. As pessoas tra!alhavam mas nãopensavam no comércio. "utras plantavam e não pensavamnas colheitas. 'rianças estudavam e seus pensamentosestavam lon*e dos estudos.A mente e os pensamentos das pessoas e dos idosos e das

crianças estavam sempre lon*e. Lon*e delas mas perto deseus coraçes. /ois eles estavam em arenas em quartos emsalas de treinamento em rin*ues de diversos tamanhos.Eles estavam em &el +erra Bran(ord.A cada dia que &el acordou naquela semana sentiu o mundopulsar di(erente com relação a ele. -ão podia dei&ar o rande/aço$ mal conse*uia andar pelas ruas da cidade. 3empre (ora

um )dolo popular$ sempre (ora adorado pela ple!e tanto pelascrianças que queriam v,lo quanto pelas mulheres quequeriam t,lo ou pelos homens que queriam s,lo. Andava atémesmo pelo rande /aço e sentia o olhar di(erente dos servosreais que pareciam reverenci6lo mais do que precisariam outocavamno como se não (osse ele um homem mas um semi

deus."u a mani(estação dos melhores sentimentos de semideuses.

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&el perce!ia que nunca nunca havia se tornado tão pr5&imode /rimo Bran(ord seu pai. -unca havia se apro&imado tantoda (i*ura do 1aior dos eis$ sua (i*ura hist5rica em relação aseu povo estava em tamanha ascensão que !ardos 6

cantavam até seu nome como " 1aior dos /r)ncipes. E omedo de decepcionar seu povo e toda a esperança depositadanele poderia (a#er com que um homem sentisse con*elar seuspés.He# ou outra quando estava so#inho e nin*uém podia v,losentia apertos no est<ma*o e enoava (6cil. Amava o pai etudo o que ele representava mas não se sentia pronto para

su!stitu)lo na necessidade de uma nação por um her5i. E apossi!ilidade de (racassar e levar consi*o os sonhos demilhes de pessoas que viviam so!re aquela !andeira era um(ardo que pesava carre*ar. Entre curativos e !anhos em!anheiras com 6*uas (luidi(icadas por (adas sentiasesolit6rio em um destino tão incerto que iria marc6lo pelo

resto da vida.1elioso seu treinador o prote*ia da melhor maneira quepodia. Ele e 1uralha evitavam que muitas pessoas tivessemacesso ao pr)ncipe e evitavam que aquela eu(oria que corriapor todo o eino muito além das (ronteiras de Andreanneentrasse naquele pal6cio. " (ato era que &el 6 nãorepresentava mais apenas Ar#allum naquele torneio$ todas as

naçes que eram contr6rias aos pensamentos e 7 (iloso(ia de1inotaurus adotavam Bran(ord como )dolo e despeavam nelecrenças e oraçes.&el deseava mais do que qualquer outra pessoa ver 1aria:anson. -ão a via h6 tanto tempo que mal se lem!ravaquando (ora a %ltima ve#. ;ueria a!raç6la e contar a ela todo

o medo que admitia a si quando estava so#inho. ;ueria (icardeitado identi(icando estrelas e contar a ela a hist5ria deal*umas delas. -ão sa!ia se queria entrar naquela arena com a

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chance de (racasso tão pr5&ima 7 da *l5ria. -ão sa!ia ou aomenos não mais. 3a!ia porém que 1elioso tinha ra#ão atémesmo quanto 7 presença da ovem naquele lu*ar. Elarealmente tiraria a concentração dele daquele caminho sem

volta. Ela não lhe traria (orça para entrar na arena mas o (aria(raquear. /ois o (aria pensar como seria ter nascido ple!eu evivido uma vida simples ao invés de um dos nomes maisconhecidos do mundo prestes a escrever a :ist5ria.E então &el o!servou o quadro com os !ustos dos pais eprometeu aos dois que ao menos (aria seu melhor quandoche*asse a hora. 3im ele (aria até mais do que seu melhor.

1aria :anson teria de esperar.A Escola eal do 3a!er retornou 7s atividades daquelasemana mas seus alunos não estavam muito interessados emmatem6tica ou (iloso(ia. A %nica (orma de manter a atençãodaquelas turmas era (alar so!re pol)tica e so!re asdiver*,ncias de ideias por e&emplo entre as naçes de

ordio e +a*Qood Ara*on e OKK ou claro Ar#allum e1inotaurus. 1aria :anson em seu papel de nova pro(essorae&plicava a ideia de eu*enia> o mito da raça superior pre*adopela (am)lia erra!r6s. E&plicava a e&tinção da monarquia e aautoproclamação como Gmpério diante de uma imposiçãomilitar.'ontou até mesmo como ela e &el se conheceram e sem

perce!er que estava (alando so!re o pr)ncipe criticou decisespol)ticas de ei /rimo Bran(ord se sentindo uma idiota pelosmeses se*uintes por aquela *a(e. A hist5ria atraiu a atenção detoda a turma e ela teve de recont6la todos os dias até a (inaldo torneio.As aulas andavam sempre cheias com e&ceção de uma %nica

carteira va#ia.1aria *ostava de lecionar. ostava de ensinar o pouco quesa!ia de tentar tocar na ess,ncia daquelas crianças e

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adolescentes de (orma pro(unda e memor6vel e até mesmo dodesa(io de (a#,las prestarem atenção no que quer que (ossedi#er !uscando (u*ir do ensino tradicional para al*o que(osse mais pr5&imo 7 lin*ua*em delas. E as crianças e os

adolescentes *ostavam dela.1aria era o mito da menina ple!éia po!re que conquistou o

sonho. Era o que todas elas deseavam ser$ (osse na vida(osse no amor.Entretanto por mais que *ostasse do que (a#ia e por mais quese es(orçasse para ser a melhor pro(essora que pudessedurante aquela semana um di6lo*o não lhe sa)a da mente acada ve# que havia uma pausa entre uma aula e outra. A(inalse sorria diante de seus alunos para não lhes passar seuspro!lemas pessoais por dentro chorava pelo (uturo incerto dopai.- Ele est6... morto?- -ão. 1as nem mesmo est6 conse*uindo (alar ou se levantar

da cama de tão doente.- /elo que sou!e é um dos preços a ser pa*o.- Ainda assim mesmo sa!endo disso voc, não quer v,lo?- -ão.A outra vo# que ecoava em seus pensamentos era a mesma dacarteira va#ia.A vo# de Foão :anson.-o centro de Andreanne Foão :anson carre*ava sacolasen*ra&ava sapatos e pintava paredes. a#ia qualquer tra!alhopelo qual lhe pa*assem al*umas moedas de princ,s.'hamaramno para o crime mas ele recusou. 'hamaramnopara unirse a um *rupo de ovens que pareciam estar seescondendo em som!ras e se preparando para uma *uerra que

mudaria o mundo comandados por um como eles que pareciaen(im sa!er o que estava di#endo. E admito que essa propostao !alançou.

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1as ele tam!ém a recusou." (ato era que se sentia crescido tanto em tamanho quantoem amadurecimento mas tinha princ)pios enrai#ados demaisdentro de si para lutar contra. "s meninos ainda de!ochavam

de seus ca!elos lisos com aquele maldito apelido de&uan0inho,  mas as meninas al*uns anos mais velhaspareciam até *ostar dele. Al*umas propunham a ele (a#er tudo

o que sua namorada não (a#ia.E Foão então se lem!rava das palavras.As palavras que ardiam no peito como !rasas incandescentes.

Ah é? Ah é? /ois quer sa!er? +alve# sea porque eu nãoprecise de um namoradoDE então ele olhava para aquelas meninas de dois até tr,s anosmais velhas do que ele. E via seus sorrisos e suas roupascurtas e seus olhares para ele.E voc, quer sa!er por que eu queria esperar para !eiar voc,de l)n*ua?

E mais uma ve# ele pensava em recusar aquelas propostasantes que o peito novamente ardesse sem que ele sou!essecomo (a#er aquilo parar.C porque eu 6 !eiei de l)n*ua outro antes de voc,D/arar as palavras de Ariane -arin. /arar as malditas palavrasde Ariane -arin.

Ariane -arin dia ap5s dia aprendia como a!rir sua casca.Entendia como ir além do que di#iam ser poss)vel ou

acredita!am ser poss)vel. Aprendia so!re (eitiços e rituais ecomeçava a escrever em seu Livro das 3om!ras o que achavaque tinha de ser escrito. Ainda não conse*uia dei&arconscientemente o corpo ()sico com e&ceção de (a#,lo emseus sonhos mas entendia tudo o que lhe era passado e diaap5s dia meditava e tentava dar o seu melhor para atin*ir opr5&imo passo.

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m dia porém perce!endo a (alta de concentração dadisc)pula 1adame Hiotti havia lhe dito que era melhor queelas não continuassem aquele treinamento enquanto Arianenão resolvesse o que quer que tivesse de resolver para que

sua mente pudesse voltar a se concentrar.Ariane (icou irritada mas sa!ia que a irritação era consi*opr5pria. /ensava em Foão :anson mas ao mesmo tempopensava em uma (orma de não pensar  nele Mo que culminava empensar neleN. E isso a irritava mais. " (ato era que não o via h6al*uns dias e por mais que sentisse a (alta dele o maisestranho era que tam!ém não sentia a vontade de v,lo.

Ariane perce!ia cada ve# mais que estava começando a (icarcom receio desse encontro. 3e estivessem (alando do *arotoque ela andava de mãos dadas até um ano antes um *arotodoce cua vo# (alhava de ve# em quando devido 7s mudançasda adolesc,ncia e que so(ria de ci%mes da adoração dela por&el Bran(ord então ela desearia estar em seus !raços mais

r6pido do que um clarão poderia piscar em um céu escuro.1as se estivessem (alando do Foão :anson irritadiço de vo#cada ve# mais *rossa e com uma certa raiva diante da vidaquerendo provar al*o ao mundo e a si pr5prio que nemmesmo ele sa!ia e&atamente o que era então desse Foão:anson ela tinha medo. /or não sa!er o que esperar dele. /ornão sa!er o que si*ni(icava para ele.E por não sa!er o que o (uturo reservava aos dois.E (oi assim entre palavras que não eram ditas ou sentimentose&postos demais que Andreanne passou por aquela semana.E o coração do mundo se preparou.

02

o!ert de LocKsleR caval*ava no dia (rio mas as palavras quehaviam sido ditas e *ravadas no éter permaneciam em sua

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mente chacoalhando como uma mariposa em uma paredecon(usa pelo Jn*ulo distorcido da lu# de uma vela.- Hoc, se tornou um )dolo o mon*e havia dito iniciando odi6lo*o.

- E voc, uma divindade... o arqueiro respondeu.- Eu nunca pedi por isso.- -em eu." (rei virouse para ele e disse suas palavras com umadelicade#a tão *rande que contrastava com a dure#a doconte%do>- 1entira. Hoc, sempre quis se tornar uma cele!ridade...- 1as não ao preço pa*o.- E o que o (e# mudar de ideia?- A prisão muda a alma de um homem.- -ão quando o corpo 6 é a prisão da pr5pria alma.LocKsleR o!servouo tentando entender o coment6rio. E sempesar demais sua pr5pria compreensão disse ap5s a pausa>

- :oe sou um homem livre +ucK.- -ão voc, ainda est6 preso.A qu,?- Aos seus ideais.- E como poderia me desprender deles?- =esconstruindo.- Gsso me daria pa# interna. 1as não trar)amos li!erdade a

estas terras com isso.- +rar)amos se cada homem se*uir o e&emplo.../or mais r6pido que caval*asse o!ert de LocKsleR nãoconse*uia (u*ir daquelas palavras.

03

3nail al(ord acordou seus soldados adolescentes. -os%ltimos quatro dias suas (ileiras haviam aumentado

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e&ponencialmente com meninos que haviam sido surrados porsoldados e  teoricamente e&pulsos de Andreanne em um!ruto processo de limpe#a social. 3nail al(ord apenaso!servava centenas de ovens che*arem até ele sem sequer

precisar mais (a#er es(orço$ a maioria deles era de 5r(ãosarremessados em suas mãos pelo mesmo sistema social quepretendia en(rentar.E o mais interessante era que nenhuma instituição de poderparecia perce!er isso. A(inal a ordem dada a *uardas reais era

para que Andreanne estivesse  limpa  durante a semana do/unho =e erro e diante de milhares de turistas quea!arrotavam a cidade.E nesse ponto ao menos para quem olhasse de (oraAndreanne estava bril'ando.

1esmo que nin*uém ima*inasse que a  sujeira  aindapermanecia no local escondida de!ai&o de tapetes quenin*uém pensava em espionar.

- Amanhã se inicia a (inal do /unho =e erro. A partir do diade amanhã as coisas irão avançar di(erentemente. /orque asatençes da população e as atençes dos *overnantes reais nãoestarão mais concentradas mas dispersas o su(iciente paratermos de modi(icar al*umas determinadas atitudes e mudaral*umas de nossas linhas de ação.Liriel o!servava pensativa para aquele !ando deadolescentes sérios de e&presses parecidas e que dia ap5sdia mais pareciam lem!rar cães treinados do que meninossem p6tria.=everia haver uns setecentos 6 naquele lu*ar. +alve# mais.- 1as tam!ém a partir de amanhã iremos começar a entendero porqu, do renascimento desta sociedade. E colocaremos na

vida in%til e perdida de cada um de voc,s um o!etivo maiordo que voc,s amais conse*uiriam  son'ar. A*ora esqueçam ospedaços de madeira e pe*uem suas (acas.

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C hora de assistirmos a al*umas lJminas de verdade!ailarem...

04

&el levantouse no quinto dia daquela semana o %ltimo e seolhou no espelho !uscando encontrar no re(le&o da prata umcampeão ou um derrotado. Hiu seu pr5prio re(le&omovimentandose como ele e não conse*uiu compreender aresposta. Ao menos dentro de si  algo  começou a pulsarpr5&imo 7s entranhas implorando pela resposta.E aquilo era !om.+remia naquele dia. +remia de e&citação de nervoso depreocupação. +remia até mesmo de medo. 1as não aqueletipo de medo que paralisa mas o que (a# se*uir em (rente.3e*uir adiante com cautela com receio até mas sem amaisolhar para tr6s. " medo mas não o medo que aprisiona e sim

o que li!erta.Era esse o tipo de medo que &el Bran(ord sentia naquele dia.1uralha !ateu e entrou no quarto di#endo>- &el est6 na hora de começarmos o dia.&el ainda estava de pé o!servandose no espelho etremendo o punho (echado.- Eu sei. -ão conse*ui dormir esta noite.- -em eu respondeu o troll.- Hoc, é um troll 1uralha. /ode (icar acordado por quarentae oito horas se dormir vinte e quatro. Eu deveria dormir todosos dias.- 1as hoe não é um dia como os outros.- E talve# hoe sea permitida a e&ceção.

1uralha se apro&imou dele e &el podia urar que a cada diaque se passava aquele troll se parecia mais com um humano.-ão era apenas o eito de (alar e de se e&pressar mas tam!ém

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o eito de compreender o pensamento humano. :umanos etrolls pensavam a vida de (orma muito distinta mas com

aquele troll isso 6 não parecia mais tão a&iom6tico.- Hoc, vai se sair !em.

&el olhou para seu *uardacostas imenso e pesado paradopr5&imo de si e reconheceu detr6s de um rosto !estial deuma raça nascida para a *uerra a mais pr5&ima e&pressão de

 ternura.  Era a e&pressão de um ser !estial que haviacompreendido que humanos em determinadas situaçes nãoprecisam de al*uém que os incentive 7 *uerra mas al*uém

apenas que lhes lem!re de que não estão so#inhos e de quee&istem apoios ao seu redor.- "!ri*ado o pr)ncipe disse e (icou em sil,ncio.- -ão precisa a*radecer amigo.

&el sentiu al*o dentro de si pulsar ainda mais (orte. 3mi2o.Ele pr5prio &el Bran(ord havia se utili#ado da e&pressão

diversas ve#es para se re(erir ao troll. 1as aquela era aprimeira ve# que 1uralha se re(eria a ele daquela (orma. -ãocomo um prote*ido um contratante um *overnador ou umsenhor.1as como um ami*o.E (oi a primeira ve# que &el perce!eu que seu melhor ami*oera um ser que nem humano era.

E que se duas raças completamente di(erentes podiam secompreender respeitar suas culturas e até mesmo mescl6lasde (orma que uma acrescentasse 7 outra e não a so!repuasseentão haveria ainda muito pelo que lutar naquele mundo.1inotaurus que estivesse pronta para en(rentar Ar#allum.Em uma ta!erna no centro de Andreanne a uarda eal teve

de correr 7s pressas e iniciar uma !aderna desnecess6ria emcon(rontos que marcaram al*uns inocentes. +orcedores de1inotaurus começaram a cantar seu hino aos !erros no lu*ar

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quando o !ardo Lui# =antas pediu que a!ai&assem o tompois havia pu*ilistas como adamisto que tin'am de dormir.

A pancadaria entre ar#allinos e minotaurinos durou quin#eminutos até que os soldados da uarda eal che*assem ao

lu*ar. A ta!erna /escoço de "uro (oi completamentedestru)da e seu ta!erneiro chorou sem sa!er como consert6la.ei An)sio mandou avisar que Ar#allum iria pa*ar asre(ormas e co!r6las de 1inotaurus (uturamente.=urante toda aquela semana as atençes do mercado montadoao redor da Arena de Hidro estavam na quantidade de servos

reais tra!alhando no local comandados por... *nomos. Elescarre*avam madeira e vidro e ouviase o !arulho demarteladas e marretadas de todos os tipos e sa!ese l6 mais oque (ossem os !arulhos do que quer que estivessemconstruindo l6 dentro."!viamente essa curiosidade apenas dei&ava mais em

polvorosa aquele !arril de p5lvora que era Andreanne.As pessoas compravam e e&i!iam (ai&as com o nome deBran(ord. 1eninas pediam a artistas para pintar o rosto de&el em suas !lusas. 3enhores pediam o mesmo com relação7 !andeira de Ar#allum. "s assuntos nas ruas eram sempreso!re os mesmos temas envolvendo a velocidade de &el emcomparação 7 (orça de adamisto so!re o *olpe de direita de

cada um so!re a *uarda mais a!erta so!re como a di(erençade tamanho poderia inter(erir na intensidade e na precisão deum *olpe decisivo.:omens de di(erentes linha*ens e de di(erentes lin*ua*enspareciam como em um passe de m6*ica se compreender emais do que isso pareciam *ostar disso. Ainda que seus

representantes 6 houvessem sucum!ido no torneio aindaassim eles ali permaneciam dispostos a conhecer o *randecampeão e a espalhar em suas naçes sua pr5pria versão de

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como se dera o %ltimo com!ate entre os dois melhores domundo.E a cada ve# que escutava coment6rios como esse o !arão*nomo umpelstichen sorria e pensava consi*o satis(eito que

a partir daquele *lorioso dia ap5s eles (a#erem hist5rianaquela arena todas as verses so!re a rande inal do/unho =e erro seriam uma s5.Pilliam ameQell levou um susto quando &el Bran(ordentrou em seu quarto no :ospital eal de Andreanne. :aviaescutado murmurinhos que viraram al*a#arras e corriam nadireção de seu quarto e viu um pr)ncipe entrar prote*ido por

um troll que o livrava das mãos de en(ermeiras e até mesmodoentes que de repente pareciam ter (icado !ons ao simples!oato espalhado so!re uma poss)vel presença do pr)ncipe noscorredores.- /arece que as coisas andam a*itadas por aqui... disse &elsuando.

- " que voc, est6 (a#endo aqui seu maluco? per*untouPilliam em um leito *rande com uma manta umidi(icada em6*ua *elada no rosto.- Him ver como voc, est6.- Hirou minha namorada a*ora?- Hoc, est6 lon*e de ser meu tipo. Além do mais !em queando com saudades da minha...- ;uer trocar de lu*ar? 3e quiser eu luto na rande inalenquanto voc, a visita.- C 5!vio que não. -5s 6 vimos o que adamisto é capa# de(a#er com a sua cara no rin*ueD"s dois pu*ilistas começaram a rir so#inhos. 1uralha que oso!servava da porta calado não conse*uia compreender ainda

por que motivos muitas ve#es os humanos *ar*alhavam dapr5pria des*raça.

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- adamisto tem invea de mim disse Pilliam. /orque soumais !onito.- rande comparação. Até 1uralha é mais !onito que ele."s dois voltaram a *ar*alhar. 1uralha continuava com a

mesma opinião so!re os humanos.- 1as sério &el... me di*a> por que real motivo (e# questãode vir ver minha cara amassada antes de entrar no rin*uehoe?&el nem titu!eou>- /orque quero que voc, me conte como é a sensação de  perder

para ele. As risadas de Pilliam pararam imediatamente e a

e&pressão (icouséria. =essa ve# 1uralha achou que entendia o porqu,.- Hoc, est6 me pedindo al*o di()cil.- 3im. 1as acredito que a recompensa ser6 valiosa.- " que eu *anharia em troca?- 3e tudo der certo eu ainda vou lhe descrever em detalhes

como é a sensação de gan'ar.Pilliam es!oçou um sorriso sem mostrar os dentes no meiotermo entre um riso e uma *ar*alhada. 1uralha não sou!e oque pensar.Ariane naquele dia não queria sa!er de ma*ias nem derituais nem de livros de quaisquer cores que viessem a ter.-aquele dia Ariane s5 queria sa!er de seu her5i. Era por isso

que quando encontrou sua ami*a e pro(essora se*urou asmãos dela começou a pular e a dar *ritinhos sem parar>- AaaaaahD C hoe é hoeD C hoe que ele vai en(rentar aquele!ranquelocarrancudotomaraqueperca(eioD- C nem me (ala respondeu uma 1aria :anson sem tantaempol*ação.

- /< 1aria voc, t6 meio pra !ai&o hoeD Hoc, ouviu o que eudisse? C a (inaaaaaaalD Hou repetir> o &el est6 na(inaaaaaaaaaaaaal do /unho =e erroD e Ariane começou a

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a*itar 1aria pelos !raços como se tudo o que 1aria estivesseprecisando (osse um choque elétrico.- Eu sei Ariane. E 6 estou nervosa o su(iciente.Ariane (ran#iu a testa sem sa!er se aquilo (ora apenas um

coment6rio ou uma reprovação.- 1aria voc, est6 !em?- Estou. Estou sim. Ela se es(orçou para mentir.- 1as voc, vai ver o &el lutar né?- -ão sei.Ariane (icou em choque.- 1A3 '"1" voc, não sa!e? 1aria> é o seu namorado que

vai lutarD 3e o meu namorado (osse...E Ariane se calou. 1aria (icou olhando para ela esperandoaterminar a (rase. -a verdade desafiando-a a terminar a (rase.- 1aria... est6 acontecendo alguma coisa na (am)lia de voc,s?- 'omo assim al*uma coisa? ela per*untou descon(iada.- Al*uma coisa séria.

1aria parou pensando se deveria revelar seus pro!lemaspessoais 7 Ariane -arin ou não. =iante da indecisão a meninanão perdoou>- 1aria quando eu estava com pro!lemas  sérios  e voc, meper*untou o que estava acontecendo comi*o eu lhe conteiDEu não queria contar pra nin*uém mas eu contei pra voc,D Esa!e por que eu lhe contei? /orque voc, disse pra mim que

era min'a amiga+ E que tam!ém era minha pro(essora. E que senão con(iasse em voc, eu iria con(iar em quem?1aria :anson suspirou. Ariane continuou>- E a*ora é a minha ve# de (a#er a mesma per*untaD 3e voc,est6 com pro!lemas e não quer me contar para que eu possaentender o que est6 acontecendo e tentar audar então que

tipo de ami#ade n5s temos?1aria suspirou mais uma ve#.

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- E se voc, não con(iar em mim que amo voc, como minhairmã mais velha então voc, vai con(iar em quem? :ein?esponde isso a*ora mas me d6 uma resposta por inteiro+

E 1aria !alançou a ca!eça e se decidiu. Era impressionante o

algo mais  que pulsava naquela menina. Era como se aquelamenina tivesse uma  energia  que pudesse ser espalhada pelaes(era humana. Era um (ato$ uma verdade inevit6vel. Ela nãosa!ia !em e&plicar o motivo mas o (ato é que era imposs)velne*ar al*uma coisa por muito tempo 7 Ariane -arin.Branca 'oraçãode-eve ainda estava penteando os ca!elosem seu quarto quando !ateram duas ve#es na porta e

entraram.A princesa sorriu ima*inando tratarse de An)sio Bran(ord. "sorriso imediatamente desapareceu quando ela perce!eu quenão se tratava.-aquele momento Foão :anson virouse para o ami*o eper*untou sem meias palavras>

- Andreos voc, sa!e quem (oi não sa!e?- 3ei o qu, Foão?

- ;uem 'ei&ou Ariane. Antes de mim. ma pausa. Hoc,sa!e não é?- Foão... A e&pressão de Andreos era constran*edora.- 1e responde.- Foão...- 1e respondeDAndreos (e# umas caretas com os l6!ios unidos. 'oçou aca!eça. E disse>- 3ei sim.- " que tu queres? per*untou a princesa com a e&pressãomalhumorada. A ima*em da outra pessoa re(letia no espelho

em que antes penteava seus ca!elos.- -e*ociar.A outra vo# vinha da condessa :elena Bravaria.

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- 1e di# quem (oi Andreos intimou Foão :anson. /elo

amor do 'riador me di# quem (oi a2ora- " que tu esperas de mim sua oportunista *ananciosa?A condessa sorriu. Arrancou a escova da mão de Branca e

começou ela pr5pria a pentear os ca!elos da princesa di#endocom uma sinistra vo#>- 3er tua madrasta.- Ei Foão esperaD implorou Andreos. Aonde voc, vaicara?- /artir a cara desse sueito ao meio.Branca ainda o!servava a mulher através do re(le&o na pratado espelho.- E por que pensas que eu vou concordar com isso?- /orque eu envenenei teu pai.Andreos estava assustado com os olhos es!u*alhados e ocoração na !oca quando viu Foão :anson se*urar umarespeit6vel navalha muito !em a(iada e... !om...

- Foão o que voc, pensa que est6 (a#endo?- ica (ora disso Andreos. Eu quero ver quem é que vai me

chamar de &uan0inho mais uma ve#...- /or que... por que tu est6s (a#endo isso?- /orque h6 mais de quinhentos anos querida é isso o que eu(aço...

Branca 'oraçãode-eve não conse*uia esquecer a ima*emdaquela maldita !ru&a em seu espelho. Até tentava.1as não conse*uia." menino caminhava !em vestido com um chapéu caro lheen(eitando a ca!eça sorrindo acompanhado de um *rupo demais tr,s depois de arremessarem ovos em al*um mendi*ono porto. E era enquanto caminhavam *ar*alhando so!reconversas envolvendo o assunto que ele escutou uma vo#*rossa di#er>

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- Ei /auloD" menino de ori*em rica sentiu uma mão amassar sua camisae aquilo o dei&ou em ira. " pro!lema (oi que em se*uidaescutou um BA1D e sentiu sua mand)!ula tremer. 'aiu no

chão com a !oca san*rando e o san*ue manchou a !lusa cara.- /or al*um acaso voc, é maluco seu...E /aulo 'ostard parou !oquia!erto. A (rente dele estava Foão:anson e daquele Jn*ulo de !ai&o para cima ainda maisimponente. 1as não era um Foão :anson como antes$ era umadolescente que parecia 6 duas ve#es maior do que no anoanterior com uma massa muscular mais consider6vel e mais

sem os ca!elos que lhe davam o apelido maledicente.m Foão :anson com a ca!eça raspada a navalha.E com uma raiva no olhar que dava medo o!serv6lo.- " que voc, quer :anson? per*untou o *aroto. A !ocacontinuou san*rando mas ele 6 não parecia se importar tantoassim com a sueira acumulada na !lusa.

- ;ue!rar a sua cara./aulo olhou na direção dos outros tr,s na esperança de queal*um deles tomasse o partido de de(end,lo. EmcircunstJncias normais o (ariam.- Al*uém quer tentar a mesma sorte que ele? Foão :ansonper*untou na direção dos tr,s.-enhum deles disse uma palavra.- 'ara mas qual o seu pro!lema :anson? /aulo disselevantandose e se escorando na parede. Hoc, não seesqueceu daquele dia do torneio é isso? 'ara aquilo (oi s5uma !rincadeiraD- Então considere isto aqui uma !rincadeira tam!ém.E houve outro BA1D

" *aroto voltou ao chão.- Hoc, é mesmo malucoD 1eu pai é rico im!ecilD icoD Elevai aca!ar com o seu antes mesmo que...

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BA1D BA1D BA1D- Hoc, nunca mais vai tocar no nome da minha (am)lia ou daminha *arotaD Entendeu?/aulo 'ostard começou a limpar mais san*ue da !oca. +ocava

os dentes procurando al*um que!rado.- Ah então é isso? ele disse e podese di#er que havia umsorriso entre dores e san*ue. Hoc, en(im sou!e não é? ;ueeu meti a l)n*ua na !oca dela né?Foão pe*ou o *aroto pelo pescoço e o meteu imprensado naparede até que a l)n*ua (icasse e&posta para (ora."s tr,s *arotos (icaram em choque sem sa!er como rea*ir.

Al!arus e Andreos =arin che*aram correndo. " *arotoen(orcado 6 estava (icando ro&o.- FoãoD FoãoD *ritou Al!arus enquanto Andreos o a(astava de/aulo./aulo 'ostard caiu de oelhos implorando por ar. A posiçãode quatro na calçada !a!ando san*ue diante dos ami*os e de

outros transeuntes que passavam era al*o que nunca nuncamais ele iria esquecer.Er*ueuse quando o corpo e o e*o permitiram. E disse>- Hoc, assinou sua sentença :anson. Assinou com todas asletras e com todo o vidro de tinta. E pelo qu,? /or uma#ual#uer ? Al!arus e Andreos tiveram de se*urar Foão :ansonmais uma ve# antes que ele partisse de novo para cima de

/aulo. Ela nem mesmo era  sua garota  quando aconteceuim!ecilDFoão :anson cuspiu no rosto de /aulo 'ostard. E disse>- Ela sempre (oi a minha *arota.Al!arus e Andreos conse*uiram empurrar o *aroto para ooutro lado e Foão :anson partiu com eles sem olhar para tr6s.

/aulo tirou a camisa limpou com uma parte limpa o rosto e a o*ou na li&eira. 3eu olhar acompanhava o ovem :ansonpartindo no hori#onte e era poss)vel di#er que ele quase

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espuma!a pela !oca (eito um cão com raiva. A cada novodia Foão :anson parecia colecionar novos inimi*os. "u aomenos rati(icar os anti*os. 1as nenhum deles parecia lheinspirar medo.

" %nico medo que tinha !rotava de dentro dele$ era o medo desi pr5prio./orque a cada novo dia nem mesmo Foão :anson pareciamais capa# de se conhecer.1aria :anson em casa se*urou a mão do pai mori!undo emais uma ve# limpou o suor de sua testa com um pano %midoenquanto ele di#ia (rases que pareciam sem sentido. Ariane-arin ao lado dela tentava ser solid6ria e aud6la nadelicada situação. F6 CriKa :anson do lado de (ora imploravaa mais semideuses do que podia contar pedindo por sa%de aseu marido. " pedido tra#ia não apenas o receio de ver o amorde toda uma vida separarse dela naquele plano mas tam!émo receio de sustentar uma casa em que seu homem

representava o tra!alho.- 1ãe eu posso pedir ao &el que nos aude. Ao menos porum tempo.A resposta da CriKa a a!alou um pouco>- 1aria talve# ele nos aude com certe#a. 1as o que mepreocupa minha (ilha é que 6 vi muita coisa nesta vida. Eaprendi muita coisa nesta vida...- E o que voc, aprendeu que lhe preocupa a*ora?- 'ontos de (ada nem sempre t,m !ons (inais.&el almoçava um prato leve em uma lon*a mesa dere(eiçes acompanhado pelo irmão. An)sio Bran(ord havia sesentado a uma das ca!eceiras e ele em outra de modo queam!os se mantinham !em a(astados. " sil,ncio imperava no

salão e s5 era que!rado por um eventual tinir oriundo deprata tocando porcelana.

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Em determinado momento incomodado pelo sil,ncio &elaté tentou di#er um>- An)sio eu...- =epois &el. =epois de hoe o irmão cortou. E &el se

calou. /rimeiro voc, deve se concentrar apenas no que temde (a#er hoe. =epois e somente depois n5s iremos conversarso!re nossas pend,ncias.E colocaremos todas as nossas cartas na mesa...E os portes da Arena de Hidro (oram a!ertos e ainda que osol !rilhasse com a noite a(astada al*umas horas daquelemomento %nico a multidão ansiosa ainda assim começou a

entrar !uscando os melhores lu*ares que pudesse conse*uir.E sonhando *randes sonhos em cada respiração.u**iero estava o!servando a vista do rande /aço de umade suas sacadas mais altas. Admirava a arquitetura daquelacidade tão di(erente e e&5tica para ele e o!servava curioso asatividades daquele povo de muitas palavras e olhos a!ertos

demais.- A vista daqui de cima é incr)vel não é?u**iero se virou se*uindo a vo# (eminina. E seu coraçãocomeçou a !ater (eito o de uma criança quando viuBradamante a !ela capitã da uarda eal.- 3er muito mais do que isso. 3er... inspiradora?Bradamante !alançou a ca!eça con(irmando o sentido da

palavra que u**iero estava em d%vida. "s lon*os ca!elosdourados e cacheados !alançaram unto ao vento e elacomeçou a prend,los em uma (ita.- " senhor parece ter se recuperado muito !em nesses dias desua luta com Bran(ord senhor u**iero.- -ada de mais. &el ser muito r6pido mas !ater mais (raco

do que poder."s dois sorriram. Bradamante utili#ava as dra*onetes e a capaque denunciava seu posto mas sem o peitoral da armadura. "

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elmo estava em suas mãos e (ora apoiado na sacada enquantoamarrava a (ita e ela vestia uma saia no lu*ar da calça quedeveria vir por de!ai&o das placas da armadura.u**iero pensava em cachoeiras a cada ve# que seus olhos

insistiam em olhar para as pernas e&postas da capitã da *uardaou em o!servar seu re(le&o nos olhos verdes como umaesmeralda.- 'omo é cru#ar um oceano em uma coisa que voa? elaper*untou parando ao lado dele e o!servando tam!ém acidade dali.- C al*o que o ser de !em sente no peito e o de ruim sente no

est<ma*o.- -ão compreendo...- " ser ruim a sente no e*o$ o ser de !em a sente no esp)rito.- /ois o ser ruim a v, como am!ição?- E o ser de !em a v, como necessidade 7 evolução.Ela pareceu *ostar do racioc)nio. E colocou u**iero contra a

parede na arapuca que ele mesmo havia armado para si>- E que tipo de ser é umpelstichen senhor u**iero?- =o tipo *nomo madame.Bradamante sorriu de (orma lar*a com a inteli*,ncia daesquiva resposta. u**iero passou a mão no rosto para limparo suor do dia quente. Ela reparou o ca!elo cheio e liso deleque de ve# em quando lhe ca)a so!re a testa.- E o que madame (a#er aqui em cima com metade dos traesque nos acostumamos a ver?- 3a!e de ve# em quando *osto de vir até as sacadas maisaltas e o!servar as coisas. osto de manter al*umas partes douni(orme para me lem!rar de minhas o!ri*açes mas *ostode mesclar com roupa que me lem!rem de minha

(eminilidade. Antes de ser uma *uerreira nasci uma mulher.E *osto de me lem!rar disso.

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- -o "riente nossas mulheres não costumam ir para a*uerra.- -ão acreditam na capacidade delas em tais situaçes?- /elo contr6rio as conhecer !em. 1as nossas mulheres

(uncionam melhor em serviços de espiona*em.- C mesmo? ela per*untou surpresa.- 3im. Em "(ir n5s temos homens e mulheres treinados emartes m)sticas que ocidental al*um 6 deve ter visto.- 3hino!is?" olhar de u**iero se es!u*alhou e ele (icou nervosotentando esconder tamanha surpresa. Até tentou mas não

conse*uiu.- 'omo... como madame sa!er de...?Ela sorriu uma ve# mais.- -ão sou capitã desta *uarda por sorteio senhor u**iero.3e o sou sou por compet,ncia. aço questão de conhecernossos prisioneiros ou visitantes de ler escritos que poucos

t,m paci,ncia e de a*uentar conversas tolas de homens!,!ados em ta!ernas apenas para escutar as hist5rias que(requentam as lendas mais populares das !ocas dos !ardos.- 1adame ser... inspiradora e am!os voltaram a sorrir.- Eu sou Bradamante.- Eu 6 sa!er." sorriso dela em nenhum momento diminuiu.

-as ta!ernas de toda Andreanne mesmo os visitantesestran*eiros que não haviam conse*uido in*ressos para arande inal continuavam a !e!er e a esperar o (im daqueledia com o intuito de conhecer o campeão do mundo. 'omo 6(oi dito ao lon*o daquela semana o assunto *irava em tornoda rande inal e do /unho =e erro.

Entretanto de ve# em quando os assuntos se modi(icavam.Al*uns ar#allinos ovens pareciam particularmenteinteressados em hist5rias de suas re*ies cidades e einos

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principalmente as hist5rias mais som!rias envolvendo lendaslocais lendas ur!anas e lendas rurais e hist5rias som!riaseventualmente contadas para crianças não dormirem emacampamentos.

Esses ovens costumavam ser muito simp6ticos pa*ar !e!idasem muitas rodadas e ter os sorrisos mais sinceros do mundo.-a verdade a %nica coisa que os di(erenciava de seus pr5prios(ilhos mais velhos ou dos ami*os de seus (ilhos mais velhoseram os constantes retornos 7quele tipo de assuntoenvolvendo persona*ens maca!ros.Era como se tais ovens (ossem estudiosos da :ist5ria ou

aspirantes a !ardos ou contadores de hist5rias ouromancistas."u caçadores de !ru&as.3nail al(ord de ve# em quando sa)a e o!servava amovimentação da cidade. -ão estava nem um pouco a) paraquem iria *anhar aquele esmurraesmurra de que tanto

(alavam mas sa!ia que sua cidade estava./erce!ia a intensa atividade local e então retornava para seu*alpão onde seu e&ército de meninos adolescentes e 5r(ãoscada ve# parecia aumentar mais. :avia (acas em suas mãos ehavia dores em seus Jma*os se trans(ormando em  alguma coisa acada noite maldormida. E isso era tudo o que importava paraele.

o!ert de LocKsleR continuava sua caval*ada perse*uido ounão por palavras (ortes demais para serem esquecidas. "shomens que havia coletado para sua luta por 3herQood semantinham no local (a#endo contatos e preparando tudo oque lhes (ora instru)do. E permaneciam l6./orque ali naquele momento ao lado dele corriam apenas

Fohn /equeno ao lado direito e LadR 1arion ao ladoesquerdo.

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E o destino dos tr,s a cada dia mais perto era o rande /açode Ar#allum.Ariane -arin che*ou invocada até Foão :anson nos arredoresda Arena de Hidro. Estava ele mais uma ve# contando suas

estranhas e indeci(r6veis estraté*ias de &adre#>- Esquerda direita esquerda direita esquerda direita uma(inta em!ai&o direita...oi quando a vo# de Ariane !radando em alto e !om somcortou seus pensamentos>- Foão :anson o que voc, pensa que est6 (a#endo?E então ela perce!eu o novo visual do menino com os

ca!elos raspados a navalha e (icou em choque por al*unsmomentos.- Eu (aço o que quiser com o meu ca!elo ele respondeusem qualquer amenidade na vo#. Ela (icou em choque e uroque quase tentou  tocar a ca!eça dele. E então se recuperou evoltou a di#er em tom invocado>

- Eu não t< (alando disso ca!eçudoD Estão di#endo que voc,encheu o /aulo 'ostard de porrada no meio da ruaD- E da)? ele voltou a per*untar com aquele eito (rio quearrepiava Ariane.- E da) que estão di#endo que (oi por minha causaD- E da)?- E da) que eu quero sa!er se é verdadeD

Foão suspirou.- "lha aqui Ariane o que aconteceu (oi  papo de 'omem,  t6le*al? Envolve coisas de honra que voc,s não entendemD- " que voc, quer di#er com isso? ;ue eu não sou uma damacom honra é?- Ah ArianeD /ara de me encher o sacoD "u o seu o!etivo é

de(ender aquele pastel?

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- Eu... eu... Ariane (icou em!araçada. Eu não querode(ender nin*uémD Eu s5 acho que voc, não vai resolver nadana sua vida esmurrando os outros por a)D- Hem c6> não (oi voc, quem disse que detestava aquele

*rupo quando eles nos esculacharam nas  performances  l6 naArena de Hidro?- /< (oiD 1as cara voc, tem de entender que o pai do /aulo'ostard é ricoD ma coisa é o Andreos e o Al!arus tiraremuma onda com a cara deles cantandoD "utra é voc, ir l6 ea(undar a tal onda na cara deleD- Ah é? E o que eu deveria (a#er? =ar um !eio de l)n*ua

nele?Ariane trincou os dentes torceu o nari# e começou a (icarvermelha. E vermelha. E então e&plodiu>- 3eu idiotaD Eu quero di#er que o pai dele pode (a#er al*umacoisa contra a sua (am)lia atéD ma (am)lia em que voc,deveria pensar mais porque enquanto voc, (ica pra l6 e pra

c6 reclamando da vida (eito um moleque mimado a sua irmãse*ura as pontas so#inha naquela casaD- E quem é voc, pra di#er como eu devo a*ir com a   min'a

(am)lia?- Eu sou uma das mulheres que (ica ao lado do seu paidoente na cama porque (alta um homem naquela casaDoi a ve# de Foão :anson trincar os dentes e (a#er umas

caretas parecidas com a de Ariane. 35 que dessa ve# ele nãosa!ia o que di#er$ pro!lema pelo qual Ariane parecia nuncapassar>- E s5 pra voc, sa!er ele anda muito malD -ão sei nemquanto tempo ele deve a*uentar tadinho e que o 'riador meperdoe por lhe di#er isso mas se al*uém tem de di#er e se

tenho de ser eu então que seaD Foão mantinha umae&pressão assustada. Ele era um ano mais velho do que Ariane-arin mas pela primeira ve# ele sentia por um instante que

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ela parecia !em mais velha do que ele. " seu pai andadi#endo coisas que nin*uém entende a sua irmã andachorando quando (ica so#inha e nem sei como vai (icar onamoro dela com o &elD Ela pensa que eu não sei por que ela

anda triste mas eu não sou tão tapada assim t6 !om? Eu seique ela est6 com medo de perder de uma %nica ve# o 3eu:anson o &el e voc,D 'araça ser6 que voc, não perce!eque isso seria pra ela perder todos os homens que elaconhece? E em ve# de dar apoio pra ela voc, (ica por a)!atendo na cara de *ente que não tem nada a ver com os seuspro!lemasD E se eu 6 !eiei o /aulo 'ostard de l)n*ua al*uma

ve# isso é pro!lema  meu, (oi !urrice  min'a, e que sa!er mais?Gsso s5 aconteceu porque  você não (oi homem pra che*ar pramim e me pedir em namoro antesD E eu queria sa!er como era!eiar um *aroto. " /aulo 'ostard não é nenhum &el mas éum *arotoD 6om esforço, ele é até !onitinhoD E (e# o que voc,não teve cora*em de (a#erD /orque !ater na cara de al*uém é

(6cil mas tratar !em uma *arota ou sa!er o que di#er pra uma*arota s5 homem de verdade sa!eD E nem voc, nem o /aulo'ostard nem o :ector armer ou qualquer outro parecem comum de verdadeD Hoc,s parecem s5 criancinhas !rincando de*ente que 6 cresceu e mando lo*o> voc, a*indo desse eitoque anda a*indo não s5 se parece cada ve# mais com elescomo me (a# pensar que voc,s se merecemD E eu disse que o

seu pai anda di#endo coisas sem sentido e tava (alando sérios5 que o que eu não disse é que uma coisa dentre todas asmaluquices que ele anda di#endo uma deu pra entender muito!emD Ele ultimamente anda chamando por  você+  E tem um!ando de *ente que não tem pai e que *ostaria de ter ou ummonte de *ente que desco!re que o pai morreu e não teve

chance de se despedirD E voc, que tem essa oportunidadeapenas enver*onha aquelas pessoas que criaram voc, e porquem voc, deveria ser *rato por issoD A(inal quando voc, e a

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1aria se perderam naquela (loresta eu e os meus pais vimoscomo o 3eu :anson (icou muito louco e o meu pai disse queele (e# até coisas... es#uisitas pra ter voc,s de voltaD E na horaque ele precisa de voc, onde é que voc, est6 Foão :anson?

;uer sa!er o que eu acho disso tudo? Eu acho que com todaessa (orma im!ecil com que anda a*indo voc, s5 prova que asua mãe e a sua irmã são muito mais homens do que voc,D/ronto (aleiD e Ariane -arin virouse e (oi em!oradei&ando Foão :anson para tr6s.Ela havia dito tudo o que achava que deveria ter tido.Ele não conse*uia di#er uma %nica palavra.

ei Alonso 'oraçãode-eve estava sentado em sua cama etentou !e!er um copo de 6*ua. " copo tremeu em sua mãocaiu e se partiu no chão.- Eu estou tão (eli# porque hoe encontrei meus ami*os ovelho ei continuava a di#er com a vo# sem sentido. Elesestão na minha ca!eça. Eu sou tão (eio mas tudo !em porque

voc, tam!ém é. -5s que!ramos nossos espelhos...- /ai? per*untou nervosa a princesa assustada com as%ltimas (rases.- /eço desculpas querida... o velho ei disse como sehouvesse temporariamente voltado 7 lucide#. -ão sei o queest6 acontecendo. -ão não sei. Ao menos não sei hoe. -ãosei nem mesmo que dia é hoe...- -ão tem pro!lema pai. 35 descanse. /or (avor s5descanse mas não (eche os olhos por hoe. aça tudo mepeça qualquer coisa mas por (avor s5 não (eche os olhos.- "h (echar os olhos. 3a!e querida se (echo os olhos melem!ro de :elena. :elena onde estar6 :elena? +u a tensvisto querida? +ens visto a querida :elena?

- 3im meu pai. Eu a tenho visto...- =ois passos para a (rente dois para tr6s dois para a (rentedois para tr6sD Gsso. "s !raços *irando em uma velocidade

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sem i*ualD /ara a (rente para tr6sD /ara a (rente... 3nailal(ord naquele instante mais parecia um pro(essor dedança. A e&ceção era que seus alunos dançavam com lJminasde (io di(erentes mas mortais e (rias como um !eio da morte.

- 'araça voc, disse tudo isso pro Foão? per*untou +aru*a!oquia!erta.- oi sim. 1andei tudo na caraD con(irmou Ariane.- 'ara... tipo> ele deve ter (icado até tontoD Hoc, não (icoucom peninha dele?- /ode ser$ até (iquei um pouco. 1as não tem pro!lema. "que importa é que eu 6 sei que ele me amaD- /era)D 1as... como como assim sua danada? per*untou+aru*a pe*ando a ami*a pelas mãos animada. " que voc,

sa!e que eu não sei? 'onta a2ora- Ai ami*a acredita que ele meio que admitiu que armou

aquela con(usão toda com o /aulo 'ostard  s5  por minhacausaaaaaaa? e Ariane (e# uma careta em pose de est6tua.As duas pararam (rente a (rente !oquia!ertas por um mesmoinstante. E então>- AaaaaaahhhhhhhDDD e as duas começaram a *ritar e a darpulinhos e a*itar a ca!eça como se &el Bran(ord houvessesido sa*rado campeão.E se pudesse escut6las naquele momento de(initivamente

Foão :anson o*aria a toalha !ranca e admitiria que amais amais entenderia o (uncionamento do pensamento (eminino.A tarde estava che*ando ao (im e 6 era hora de &elBran(ord se diri*ir 7 Arena de Hidro. ma comitiva (ormadapelos melhores da uarda eal o esperava mas ainda assimo pr)ncipe e&i*iu antes que o esperassem um pouco. :avia sediri*ido 7 mesma 6rea de e&tenso ardim do rande /açocom a (onte de 6*ua constante no centro onde conversaracom o *uerreiro oriental pela primeira ve#.

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- icar surpreso quando me chamaram.&el virouse e viu u**iero se apro&imar de (orma amistosa.- Acredito nisso.- Hoc, não dever estar indo para Arena de Hidro?

- 3im. E irei. 1as antes precisava conversar com sua pessoau**iero.- 1uito me honra então Alte#a. E o disse com respeito.- -ão sei por que insisto nisso mas uro que de(endo a ideiade que sa!e o motivo de t,lo chamado.- Eu não (a#er menor ideia.- +em certe#a?- /re(iro ter a certe#a na vo# de Hossa Alte#a.&el !alançou a ca!eça. 3uspirou pesado como se (ossedi()cil para ele (a#er a pr5&ima per*unta e disse>- /or qu,? E&pliqueme o porqu, u**iero.- Alte#a...- /or que voc, travou o %ltimo soco?

:ouve uma pausa consider6vel nesse momento. A impressãoera de que até a 6*ua corrente da (onte havia parado de correr.- Alte#a...- 3e voc, quer que eu entre naquela arena com a consci,ncialimpa eu preciso que voc, me e&plique. "u do contr6rio eu

 6 vou entrar desconcentrado naquele lu*ar por não sa!er serealmente merecia estar ali.

oi a ve# de u**iero suspirar.- /r)ncipe Bran(ord dois caminhos condu#em a estrada decada ser humano. 3er como dois cavalos. Em uma mão estar asela do  )arma.  Em outra a sela do  d'arma.  " primeiro di#errespeito ao res*ate de atos anteriores. " se*undo ao destinopara o qual nascemos.

- 'erto.- Eu não compreender a princ)pio porque estava em meud'arma cortar oceano e vir até terras ocidentais. Eu não sa!er

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por que ter sido eu o escolhido para representar meu povo.-em compreender por que ser eu a lhe en(rentar em momentotão importante na hist5ria do mundo. Hoc, entender meucon(lito? u**iero voltou a usar o tratamento entre am!os

desde o primeiro dia.&el aquiesceu duas ve#es e&tremamente concentrado.u**iero continuou>- Acontecer porém que durante nossa luta em momentomaior a consci,ncia despertar e eu não apenas en&er*arcomo compreender o motivo.- E em que momento voc, o compreendeu?- -o momento em que voc, despertar energia+

&el se surpreendeu e er*ueu as so!rancelhas. E disseo!servando as mãos a!ertas.

- Hoc, di# respeito 7quela (orça que so'e pelo corpo, nãoé? ;ue vem l6 das entranhas e começa a estressar e estressaraté que a *ente tem de li!erar em um...

- @iai.&el (echou os punhos *ritando>- GssoD A *ente precisa colocar a ener*ia para (ora ou achoque a *ente e&plodeD- -a verdade voc, poder mant,la dentro de si e us6la comocura mas tudo ser pr6tica e ensinamentos. E !onsensinamentos.- 'ompreendo. 1as então u**iero me e&plique> o quevoc, entendeu naquele momento a ponto de (a#er as escolhasque (e#?- -o momento em que voc, despertar ener*ia eucompreender que aquela ter sido minha missão. Eu tercru#ado o oceano simplesmente para que voc, sa!er que essa

ener*ia e&iste.- E por que eu precisaria (a#er voc, voar do outro lado domundo para me ensinar isso?

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- /or que voc, precisar6 dela para vencer hoe.:ouve outro sil,ncio. 1ais uma ve# a 6*ua parecia parar decorrer. E &el se sentiu pequeno diante do que en(im haviacompreendido.

/orque e&erc)cios de movimentos r6pidos (a#er !em ao corpo.1as não toca em esp)rito.ma (ada 6 lhe havia ensinado humildade. m desconhecidolhe ensinava altru)smo./u*ilismo é corpo.m ser que ele mal conhecia havia sacri(icado sua pr5pria*l5ria por causa de um destino que acreditava (a#er parte do

outro./u*ilismo é esp)rito.m sacri()cio de puro car6ter espiritual.-o "cidente o pu*ilismo é uma (orma de com!ate.m ato de desape*o dentro de uma arena proporcionadosimplesmente por um ato de crença.

-o "riente um caminho de vida.m ato moldado em sentimentos mani(estados pela vontade eilimitados pela (é.- u**iero... &el che*ava a tremer sem sa!er o que di#er. Hoc, acha então... que o dia de hoe... 6 estava escrito?- 3im. C seu o  d'arma  de en(rentar 1inotaurus &elBran(ord.

&el !alançou a ca!eça para si pr5prio compreendendo. E 6ia se retirar quando se virou novamente e disse>- E me di*a uma %ltima coisa por (avor. ma %ltima coisa

que eu preciso sa!er> em nenhum momento... não !ate dentro

de voc, nenhuma... incerte0a? -ão se sente nem mesmo

um pouco mal de ter recolhido aquele soco e de ter medei&ado acert6lo? Em nenhum lu*ar no seu peito voc, não se

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sentiu (urioso por me ver levar uma *l5ria por um (eito quenão mereci?- Gsso seria duvidar de minha (é pr)ncipe Bran(ord ooriental disse com um sorriso sem mostrar os dentes. Além

do mais Hossa Alte#a sa!er que  fui eu  quem vencer aquelecom!ate. Gsso 6 me ser su(iciente...&el sorriu como uma criança. e# uma rever,ncia ao outro ese diri*iu para a sa)da com o intuito de se encaminhar 7Arena de Hidro. " olhar estava con(iante. 3eu coração estavatranquilo.En(im ele estava pronto.

Branca 'oraçãode-eve o!servava &el caminhar na direçãode onde ela estava para se*uir com a comitiva para a Arena deHidro. Ela sa!ia o que tinha da (a#er$ sa!ia por mais queaquilo lhe apertasse o coração com uma intensidade tão (orte

que cada se*undo de vida parecia doer. 1as ainda assimela sa!ia o que tinha de (a#er.

Ela tinha de pedir a &el Bran(ord para perder.&el sorriu para ela enquanto se apro&imava e ela continuavasuando através daquela pele !ranca como a neve.Eu estou tão (eli# porque hoe encontrei meus ami*os.3eu con(lito era (6cil de ser compreendido.

6les est-o na minha ca'eça. A(inal como voc, pede a

al*uém para se autosacri(icar e manipular com isso o destinodo mundo em prol da vida do seu pai?Eu sou tão (eio mas tudo !em...Até onde o amor se con(unde com e*o)smo?... porque voc, tam!ém é.E como podem sentimentos tão opostos caminhar tãopr5&imos?

-5s que!ramos nossos espelhos...As instruçes eram claras> se An)sio Bran(ord sou!esse deal*o Alonso 'oraçãode-eve morreria. 3e a luta não

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ocorresse Alonso 'oraçãode-eve morreria. 3e &elBran(ord vencesse...Em todas as hip5teses em que a princesa Branca pensavaAlonso 'oraçãode-eve morreria.

- Branca... disse &el 6 ao lado dela tirandoa de umm5r!ido transe.- &elD ela disse com os olhos arre*alados de susto.- Heo que est6 mais nervosa do que eu ele disse tentandoparecer calmo ou menos tenso.- "h não... sim... di*o...- Hai dar tudo certo ele disse colocando a mão no om!ro

dela. Branca sentiuse !em como se &el estivesse di#endoaquilo por#ue sou!esse o que ela estava passando. E a situaçãos5 piorou quando ela lem!rou que ele não tinha como sa!er.- &el... o coração !atendo tão (orte que che*ava 7 !oca. Eu preciso lhe di#er al*o...&el (e# um sinal para um sar*ento da uarda eal. /arou ao

lado dela perce!endo a seriedade da situação e disse>- Branca o que (oi?- Eu... " mundo e o destino do mundo estavam em suaspr5&imas palavras. Eu *ostaria de lhe pedir que... quandoentrasse naquela arena hoe...&el !alançou a ca!eça estimulando a princesa a continuar a(alar. Ela apertou os olhos colocou a mão no coração mordeu

os l6!ios inspirou (undo e disse>- ... voc, usasse todas as suas (orças e arre!entasse aquele!rutamontes.&el se surpreendeu com aquele eito de (alar da princesa.

1as admitiu a si pr5prio que 2ostou.- Eu vou (a#er por n5s todos. E ela o a!raçou (orte

enquanto ele di#ia> Eu vou (a#er por toda a nossa (am)lia.

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Ele se a(astou (e# uma rever,ncia e se*uiu adiante sem olharpara tr6s. Branca o o!servou partir e as %ltimas (rasesrever!eravam como p5lvora e&plodindo dentro de seu crJnio.Eu vou (a#er por n5s todos.

A princesa colocou a mão no rosto.E achou ir<nico que seu pai tivesse (icado conhecido como oei das L6*rimas de Gnverno. " ei ;ue -ão 'hora.Eu vou (a#er por toda a nossa (am)lia.A princesa de 3tallia não parava de chorar.- 3enhor umpelstichen... ei An)sio Bran(ord iniciou a(rase meio constran*ido com o que tinha a intenção de

per*untar.- 1aestade...- Em relação a tudo o que prometeu para hoe...- Est6 tudo pronto 1aestade.

- E... não sei como per*untar isto mas... e quanto ao

pa2amento dos *,nios para...- -ão se preocupe. "s *,nios 6 (oram pa*os 1aestade.A princesa de 3tallia ainda chorava copiosamente encostada aum muro co!erto de heras em um local isolado do rande/aço onde achou que nin*uém a escutaria.E achou errado.- /rincesa...

A princesa tentou limpar as l6*rimas e virouse assustada nadireção da vo# (eminina. Apro&imandose estava a capitã dauarda eal Bradamante.- /ensei que estarias escoltando &el capitã... a princesadisse limpando as l6*rimas e es(orçandose para não voltar aochoro.- +enho homens competentes para tal (unção princesa.

/orém acho que muito poucos para a que estou e&ercendoa*ora.- +u a!andonaste a escolta por minha causa?

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- Eu o (i# quando te vi tentares esconder as l6*rimas ap5s(alar com o pr)ncipe. E se e&iste al*o errado com outra (am)liareal dentro do rande /aço então talve# isso tam!ém sea deminha responsa!ilidade não é?

Branca estava surpresa com tamanha  compet%nciademonstrada. /or mais que acreditasse na capacidade(eminina de competir com homens em qualquer (unção aindaassim para ela que havia sido treinada para ser uma *randeprincesa era di()cil ver uma mulher se saindo tão !em emuma (unção daquelas.- Eu não... deveria contar nada a nin*uém capitã.- Então (inas que não estou aqui e pensas em vo# alta.

Branca che*ou quase a sorrir com aquela tirada. " re(le&o deuma mulher que estava (eli# por al*uém t,la notado e ter lheestendido a mão.- -ão sei. Gnsisto que não sei como proceder. /ode ser quenão me entendas...- /rincesa eu sou (ilha sou mulher e apesar de ovemrespons6vel por um car*o de e&trema responsa!ilidade e quee&erço muito !em. Em qual parte achas que não estaria eucapacitada para entender quaisquer nuances do con(lito peloqual esteas passando?Branca 'oraçãode-eve dei&ou uma l6*rima escorrer pelo

rosto delicado.E contou 7 capitã da uarda eal o que estava acontecendo.1aria :anson não lar*ava a mão do pai doente. 'omosempre mantinha o pano %mido na testa do pai tentandominimi#ar a (e!re que *erava del)rios.- ilha... disse a mãe entrando no quarto ...6 é noite.=aqui a pouco se iniciar6 a rande inal.- Eu não vou assistir mãe. -ão?- 1eu pai precisa de mim.

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A mãe tomou o pano da mão dela e como outras em outrasépocas tam!ém a*radeceu ao 'riador por simplesmente sermãe.- ilha dei&e que eu assuma essa (unção um pouco por esta

noite.- 1as voc, pode precisar de mimD- 3er6 apenas por al*umas horas. =epois voc, pode correr devolta para casa. 1as voc, precisa assistir ao que vai acontecerl6 dentro hoe.- /or que di# isso mãe?- /orque o que acontecer6 l6 hoe querida é :ist5ria. " tipo

de :ist5ria que ser6 contada em per*aminhos por escri!asreais. E voc, é uma professora, 1aria :anson. E *eraçesde ovens vão precisar que voc, descreva a elas o que vai verhoe...1aria :anson (icou surpresa com aqueles ar*umentos. -ão oshavia pensado nem notado tal ponto de vista. E enquanto

estava pensativa EriKa :anson concluiu>- Além do mais não h6 nada que possa (a#er aqui a*ora. 1astalve# voc, possa (a#er l6.- Aquela arena vai estar tão lotada que &el nem vai me ver.- +alve#$ mas l6 de cima ele vai sentir a sua ener*ia vi!randocom ele.1aria continuou pensativa quase emocionada com aquelaspalavras.- Hoc, tem certe#a disso mãe?- 3e (osse voc, quem estivesse l6 em cima voc, não sentiriaa dele?1aria :anson er*ueuse e partiu para a Arena de Hidro omais r6pido que p<de.

Ariane che*ou 7 Arena de Hidro de mãos dadas com a mãe.=essa ve# até o pai ol!e# -arin conse*uira os in*ressospara ver a rande inal de (orma que ela estava

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acompanhada dos dois. -o entanto antes de entrar ela pediulicença a am!os pedido que o pai lo*o protestou. Anna -arinporém perce!endo o que queria a (ilha começou a conversarso!re a curiosa arquitetura do lu*ar de (orma que ol!e# se

esquecesse de Ariane um pouco.A menina caminhou até a 6rvore. A sua 6rvore. "u ao menosa 6rvore da qual ela tinha  metade  por direito. "!servou os*alhos e disse em meio ao !arulho de milhares de vo#estranseuntes ao redor>- Hoc, t6 por a)?ma ca!eça de criança apareceu dentre as (olha*ens e sorriu.

Ariane sorriu de volta. " menino desceu rapidamente da6rvore e (icou de (rente para ela.- E a) 1udinho? Hoc, 6 conse*ue (alar al*uma coisa?" *aroto pareceu  tentar  di#er al*uma coisa. 1as a vo#... morria

antes de sair.- Entendo. +udo !em$ era s5 pra ver se voc, tava !em. 3e

voc, precisar de al*uma coisa é s5... se !em que o queal*uém na sua condição iria precisar não é verdade? -ãoporque... tipo s5 (altava eu ter de tra#er um pedaço de tortapra esp)rito né?E Ariane começou a rir sem perce!er as pessoas quepassavam e achavam aquela menina esqui#o(r,nica (alandoso#inha 6 completamente louca. " interessante era que quase

todas as (rases envolviam um coitadinha ou ela (icou assimdepois daquele incidente com a av5 coitadinha....Ariane olhou mais uma ve# para o nome dela ao lado do nomedele. " esp)rito do menino sem vo# apontou para o nomemasculino.- C eu sei. Ele vacila mesmo...

" menino insistiu e continuou apontando.- C é assim mesmo. ;uando voc, (icar mais velho... querdi#er voc, (ica mais velho ou (ica nessa idade pra sempre?

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/orque deve ser esquisito (icar sem crescer né? F6 pensou?'omo voc, iria (a#er para...?" menino começou a !alançar o dedo irritado na direção donome masculino na 6rvore.

- Gh l6 vem voc, de novo com esse seu eito nervosinhoD /orque voc, não aprende primeiro a (alar antes de me daresporro?" *aroto a pe*ou pela mão e mais uma ve# ela sentiu o toque.E sentiu esse toque  frio. " menino sem vo# levou a mão delapr5&imo do nome e apontou para ali com a outra mão.- Hoc, quer que eu... to#ue no nome dele?

" *aroto assentiu.- 1as eu 6 (i# isso antes. Hoc, quer di#er que a*ora vai serdi(erente?" *aroto assentiu.- 1as por que a*ora vai ser di(erente?" *aroto pareceu virar uma espécie de caricatura de si

pr5prio irritado com aquele e&cesso de per*untas de Ariane.- Gh t6 !om t6 !om eu he)n...Ariane (e# uma e&pressão séria. espirou (undo. E tocou onome com a palma a!erta. " menino colocou a mão dele porcima da dela e Ariane mais uma ve# sentiu o (rio.E o (rio.E o s%!ito calor que se se*uiu a um...

LA3:D- oi mesmo o :anson quem lhe (e# isso? per*untou:ector armer.- oi... respondeu um /aulo 'ostard enver*onhado esedento por vin*ança.Ariane sentiu o est<ma*o em!rulhar. 3entiu tonturas sentiu a

ca!eça latear e sentiu Jnsias de v<mito. Al*o queria sere&pelido de sua *ar*anta e ela tinha a impressão de ter umsapo no a!d<men que pulava de ve# em quando. +entou se

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manter de pé sem tom!ar e controlar a respiração cada ve#mais acelerada.- pa... upa... upa... respirava e respirava e respirava e...LA3:D

Ela sentia algo, na velocidade e na intensidade de um clarão. Acada ve# que o mundo piscava ela via uma ima*em. E sentiaal*o unto a essa ima*em.LA3:DEla che*ou a !a!ar um pouco se*urando o v<mito na !oca.;ueria mais que tudo retirar a mão do nome dele mas eraum (ato que a cada ve# que havia outro...

LA3:D... ela começava a  recon'ecer  aquela ima*em que lhe invadia amente./ois aquela ima*em era de Foão :anson. E tudo tudo o quepulsava unto com ela tam!ém.LA3:D

Ariane então sentia. 3entia a solidão que corria por dentro delesentia a decepção que !rotava de um cotação decepcionadocom a (i*ura do anti*o her5i sentia a raiva diante de ummundo com o qual ainda estava aprendendo a conviver depoisde virar uma a!erração nas mãos de uma !ru&a cani!al.Ariane -arin naquele momento não sentia apenas o mundode Foão :anson. Ela sentia o que era o mundo  através de Foão

:anson. E se sentia assustada com o que via.LA3:D" menino retirou a mão da mão dela e Ariane vomitou aoredor da 6rvore *erando caretas de des*osto nos transeuntesao redor. Ela então limpou a !oca no lenço ainda *uardadoque o pr5prio Foão havia lhe dado e per*untou>

- Então é assim que ele se sente?" menino aquiesceu. Ariane se lem!rou de todo aqueleconunto de sentimentos pesados envolvendo dor raiva e

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solidão. E 7 simples lem!rança daquele conunto desensaçes voltou a vomitar.u**iero estava comendo um prato preparado 7 !ase demacarrão e um molho oriental de cheiro (orte preparandose

para ir até a Arena de Hidro assistir 7 rande inal quando acapitã Bradamante entrou em seu quarto sem !ater ou pedirlicença.- 3enhor u**iero peço desculpas pela entrada !ruscamas...- 'apitã conhecendo sua educação eu ter certe#a de que terum (orte motivo pra isso...- 3im eu tenho.- Então não perca tempo pois poder ver em teus olhos queh6 ur*,ncia no motivo.- 3enhor u**iero... acaso o senhor é um s'inob?

u**iero se espantou com a per*unta direta como (lecha. Esua mente imediatamente ordenoulhe que ne*asse aquela

in(ormação. 1as seu coração...- Apenas por uma suposição senhorita capitã> e  se  eu o(osse?- Então eu diria que o destino do mundo estaria li*ado ao seu.u**iero adorou aquela escolha de palavras.F6 era noite quando eles che*aram. E mais uma ve# mas em

intensidade ainda maior do que em todas  as outras noitespodiase sa!er onde eles estavam através dos *ritos.'he*aram de (ormas di(erentes e despertando reaçesdi(erentes no p%!lico ao redor da Arena de Hidro curioso nãoapenas por conhecer o campeão m6&imo mas tam!émentender o que eram aqueles aparatos de tecnolo*ia *nomapara se comunicar com *,nios ou coisas assustadoras do tipo.

-a (rente da Arena de Hidro haviam montado uma espécie depalanque com uma 6rea do e&ato tamanho do rin*ue. Ao redor

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dessa 6rea havia um mecanismo =andman, muito parecidocom aquele apresentado no rande /aço mas de estruturamaior e (ormato retan*ular do tamanho do rin*ue. :avia oitoencai&es ao redor do retJn*ulo. ;uatro em cada uma das

pontas outros quatro no meio entre cada uma das quatropontas." encai&e no meio do centro superior tinha ainda umaen*enhoca presa a ele que se prendia a uma espécie de !olade cristal vermelha.E no centro desse rin*ue improvisado havia areia.adamisto che*ou primeiro 7 Arena de Hidro. 1ontava umcorcel e usava um capu# que lhe co!ria o rosto e ca)a pelocorpo todo. 3eu tamanho e sua massa muscular porémdenunciavamno de (orma clara. Ao redor dele caminhava acomitiva de 1inotaurus com seus comandantes vestidos com(ardas militares e ostentando ins)*nias. m deles carre*avaum estandarte com o !rasão do eino> o imenso touro

empunhando uma espada cravada na terra e um per*aminhoapontado para o céu.Ao redor da comitiva de adamisto caminhavam seus(an6ticos e violentos compatriotas. Andavam *ritavam eprovocavam Ar#allum em sua pr5pria casa (eito hienasdomando um novo territ5rio. Be!iam de *randes *arra(as devinho e cantavam o hino de 1inotaurus em !rados altosdemais para os ouvidos limpos os quais su(ocavam vaias e&in*amento sinceros demais que transeuntes *ritavam devolta sem pudor al*um.Ao redor dos torcedores caminhava outro *rupamento dauarda eal. 3oldados iam 7 (rente isolando 6reas e a(astandocuriosos e desa(etos. Al*uns ovens eram temporariamente

presos por tentarem arremessar o!etos de (ormas ecomposiçes tão vari6veis quanto tomates e *arra(as nadireção de adamisto. Lo*o depois porém os *uardas reais

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os li!eravam com tapinhas nas costas e até mesmo sorrisoscomplacentes.

F6 com &el Bran(ord (oi di(erente. /ara tentar minimi#ar acon(usão que seria a che*ada do pr)ncipe 7 Arena de Hidro a

opção adotada por Bradamante até que (ora e(ica#> vestiramseu s5sia com um manto e um capu# parecidos com os dopr)ncipe e soldados reais escoltaramno em uma carrua*em(echada." resultado (oi um pandem<nio.3a!ese l6 quantas mil pessoas havia ao redor daquelaentrada mas sa!ese que todas elas resolveram se concentrarnaquele ponto ao mesmo tempo para ver a tal carrua*emisca passar. As pessoas *ritavam enlouquecidas pulavamaplaudiam !erravam e&i!iam (ai&as tatua*ens carta#espintados com a pr5pria cali*ra(ia cantavam cançesinspiradoras criadas para a ocasião$ havia até mesmomulheres com pressão !ai&a que precisaram ser retiradas dali

7s pressas. :ouve um momento em que a carrua*em (oicercada e nem mesmo os soldados reais pareciam maiscapa#es de a(astar a multidão para permitir que o ve)culoentrasse na Arena de Hidro." s5sia de ve# em quando aparecia na anela e acenava para amultidão e isso s5 *erava mais *ritos e mais histeria e maisenlouquecimento.Até mesmo ele que estava acostumado a representar &el emocasies importantes estava assustado com  aquilo  queestava vendo. E (oi s5 ali que entendeu por completo a

responsa!ilidade do verdadeiro &el e  por que  &elBran(ord era o pr)ncipe e ele o s5sia.

E pela primeira ve# o ator a*radeceu ao 'riador por ser

  os5sia.

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E enquanto toda aquela !aderna acontecia na entrada outracarrua*em muito mais modesta e com menos soldados parachamar a atenção entrou pelos (undos da Arena de Hidro como verdadeiro &el. Ainda assim de onde estava &el

escutava os *ritos. "nde quer que ele andasse onde quer queestivesse ele escutava seu povo *ritar por ele e chamar onome dele como se estivessem em um campo de !atalha. Ede repente aqueles *ritos começaram a (ormar uma espéciede... onda que vi!rava em suas entranhas. A e&pressão se

(echou e ele caminhou com aquela  onda pulsando em seuest<ma*o como se (osse a ener*ia que o oriental lhe haviaensinado a despertar.'aminhava *in*ando pelos corredores e rece!ia tapas nascostas e *ritos de incentivo de pessoas das mais di(erentescate*orias> soldados que deveriam a*ir como soldados masse tornavam humanos na presença dele$ (a&ineiros$convidados especiais$ e mesmo de al*uns pr5prios repre

sentantes do /unho =e erro que or*ani#avam o torneio.E no est<ma*o aquela onda s5 aumentava.Hirouse e entrou na sala dos lutadores. =essa ve# adamistonão estava l6$ haviamno separado em outra sala para queam!os s5 se encontrassem no rin*ue. E assim que ele e seutreinador entraram na sala de espera &el 6 retirou seu capu#

e começou a se movimentar de um lado para o outro natentativa de dar va#ão 7quela tensão.1elioso inspirou com o intuito de di#er al*uma coisa mas opr)ncipe se antecipou di#endo>- HencerD1elioso sorriu surpreso. &el mantinha a e&pressão séria e(echada.

- Antes que voc, per*unte treinador  n5s !iemos aquipara !encer

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1elioso estava adorando aquelas reaçes.Estimavase que ca!eriam cento e cinquenta mil pessoasdentro da Arena de Hidro em eventos nos quais (ossempermitidas pessoas dentro da 6rea de espet6culo propriamente

dita assim como ao redor do rin*ue de pu*ilismo.-aquele dia os or*ani#adores estavam temerosos de quehavia quase du#entas mil.ente de todas as partes do mundo se acotovelava e (alavadi(erentes idiomas so!re o mesmo assunto. +ochas 6 haviamsido acesas e de ve# em quando al*uém empurrava al*uémmais (orte e um ind)cio de !ri*a aparecia mas não havia mais

espaço nem mesmo para !ri*ar ao menos (ora do rin*uearmado.umpelstichen sorria or*ulhoso ao lado de eis de todo omundo prometendo um espet6culo amais visto na hist5ria do"cidente e até mesmo os monarcas estavam e&citados.erra!r6s o!servava o *nomo cauteloso. :avia entrado

al*uns minutos antes ap5s a maioria dos eis e rece!idcNuma vaia que ainda deve estar rever!erando em al*um lu*ardo mundo em um efeito borboleta devastador.F6 ei An)sio Bran(ord (oi o %ltimo monarca a entrar comosempre de !raços com Branca 'oraçãode-eve. Entrou na6rea reservada e toda a Arena de Hidro começou a aplaudir ea asso!iar e a !ater os pés no chão de (orma enlouquecedora

em uma situação que (a#ia o chão su!ir e descer. An)sio (e#uma rever,ncia e 6 ia se sentar quando perce!eu erra!r6so!servandoo com seu olhar de!ochado. Ao lado doGmperador sentavase :elena Bravaria. " sorriso de de!ochedela era o mesmo mas seu olhar não parecia ser na direçãodele.

1as na de Branca 'oraçãode-eve.E então em uma que!ra de protocolo ei An)sio se voltoupara seu povo e er*ueu o !raço direito com o punho (echado

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*erando mais uma e&plosão emocional descontrolada de sa!ese l6 quantas de#enas de milhares de pessoas que deveriahaver naquele lu*ar. m s)m!olo de *uerra.m s)m!olo de (orça para mostrar a (orça de sua nação.

- An)sio... disse Branca em seu ouvido quando ele sesentou. +u não deverias incitar teu povo mais do que 6 estãoincitados. Esta arena parece estar prestes a cair a!ai&o...- Branca querida pois hoe eu quero mais é que ela caiaD 3eela cair eu a mando reconstruirD Eu quero mais é ver todo estecirco pe*ar (o*oD " que eu quero hoe é que este povo amaisse esqueça do que esta !andeira representaD E do le*ado

dei&ado a ela pelo 1aior dos eisD- alas de ti mesmo amado? -ão. alo de meu !endito pai." rin*ue o(icial no centro da Arena de Hidro havia *anhado

uma plata(orma =andman id,ntica 7 sua s5sia do lado de(ora. Em cada um dos quatro cantos havia um encai&e com

peças met6licas assim como havia mais quatro no centro nomeio entre dois cantos.

+anto nos encai&es  =andman do rin*ue de dentro quantonos de areia do rin*ue de (ora *nomos estavam prendendo emseus devidos encai&es os cristais !rancos como vidro

conhecidos como cristais 8in.

"s cristais !rancos (oram presos nos quatro cantos epermaneceram sem quaisquer alteraçes em suas posiçes.E então ainda entre *ritos ensurdecedores da multidão maissoldados da uarda eal a!riram caminho dos dois cantos nadireção do rin*ue. 'oraçes pararam. m corneteiro realanunciou seus acordes e o mundo (icou em sil,ncio.E então um !um!o. E trom!etas e violinos começaram aecoar os acordes do hino de 1inotaurus e adamisto entrou.

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A arena mais uma ve# começou a &in*ar palavres dos maisca!eludos a tentar cuspir na direção do pu*ilista que entravacom seu capu# co!rindo a (ace e o!viamente acertavamapenas outras pessoas que não tinham nada a ver com isso no

caminho as quais voltavam a di#er palavres ca!eludos e avaiar cada trecho do hino que uma orquestra improvisadatentava tocar.'om a mão no peito os minotaurinos presentes e seuGmperador cantavam em altos !rados sua letra sa*rada sem seincomodar com o !arulho e o esc6rnio ao redor.adamisto caminhou como se estivesse solit6rio e su!iu ao

rin*ue sem di#er nada. 3u!iu na arena e retirou seu capu#revelando a cicatri# no rosto e um short com a !andeira de1inotaurus.1ovimentavase de um lado para outro em meio aopandem<nio provocado. Ao redor a multidão começava acadenciar mais uma ve# o seu som tri!al diante da Estrela do

/r)ncipe na ansiedade de v,lo entrar. =ois sons *ravesse*uidos de um a*udo. " som tri!al que havia se tornado umamarca. E dessa ve# no ritmo de quase du#entas mil pessoas.adamisto estalou os dedos com vontade quando escutou osacordes se*uintes do corneteiro real. E as pessoas colocaram amão no peito sentindo arrepiar cada parte de corpo.Eram os acordes iniciais do hino de Ar#allum.

Foão :anson naquele mar de pessoas socava seus punhos(echados um na direção do outro com os dentes trincados. Hamos l6 principe#inhoD +6 na hora de voc, entrar...E &el +erra Bran(ord entrou.Gma*ine mais de cento e cinquenta mil pessoas quasedu#entas mil pessoas *ritando pelo mesmo motivo. A*ora

ima*ine que esse n%mero sea milhes de ve#es maior e queesses milhes de pessoas esteam *ritando da mesma (ormamesmo que 7 distJncia. Gma*ine essa e*ré*ora de vo#es

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*ritando por !oc% e para !oc%. Gma*ine o hino do seu pa)sao (undo e todas as pessoas mais importantes da sua vidapresentes na ocasião. Gma*ine todos os seus medos e toda asua cora*em dividindo um mesmo espaço indivis)vel dentro

de tudo o que acredite ser voc,.Gma*ine isso e como milhes de pessoas naquele momentovoc, se tornar6 &el Bran(ord.3o! o som tri!al ele entrou.+um... +um... +6...E entrou com ele tudo o que de melhor possa vir do serhumano. 1ais uma ve# so! a !,nção de /rince a Estrela do/r)ncipe o destino do mundo caminhou em uma Arena deHidro. ritos em diversos idiomas pareciam clamar pelamesma coisa e o !arulho que era produ#ido ali vinha delocais que as pessoas *ostavam de desco!rir em si.A multidão s5 interrompeu suas !atidas quando a orquestracomeçou a tocar o hino que milhares começaram a cantar em

uma união de vo#es que transcendia os limites daquela arena eche*ava a muitos muitos sentimentos e vo#es além dali.&el Bran(ord su!iu ao rin*ue e retirou seu manto com umimenso BA-"= !ordado em (ios de ouro nas costas(icando com sua tradicional !ermuda com as cores locais.E enquanto ele dançava para l6 e para c6 diante de um!arulho insanamente conta*iante os en*enheiros*nomos

trou&eram em outras maletas de (erro os cristais 8an2. "spoderosos e impressionantes cristais vermelhos. ;uando(oram retirados de dentro das maletas 6 possu)am um !rilhopr5prio que *erava no ser humano tanto no !om quanto noruim pura (ascinação.

"s cristais 8an2 (oram presos nos suportes de (erro do meioentre os cantos que prendiam os cristais !rancos. oram

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presos em todos menos no do meio do canto superior onde seprendia tam!ém a !ola de cristal ru!ra.1elioso pe*ou o crJnio do pupilo com as duas mãos e oo!ri*ou a olhar em seus olhos ainda que ele não conse*uisse

parar de se movimentar.- Hoc, sa!e quantos torneios destes 6 e&istiram Bran(ord? ele !errou na cara do pr)ncipe.- Hinte e um o pr)ncipe respondeu com os olhosarre*alados de um matador.- E voc, se lem!ra de quantas ve#es Ar#allum venceu?- 3eis.- E dessas seis quantas ve#es diante de sua pr5pria nação?- -enhuma." velho treinador voltou a !errar como um louco>

- -enhumaD E hoe voc, tem a chance de vencer a melhorcompetição 6 vista na hist5ria deste torneioD Hoc,... tem achance... hoe... de se tornar o melhor do mundoD Hoc, est6

escutando o que estou di#endo? " melhor do mundo Estaluta ser6 contada em poemas épicos e ser6 cantada por !ardosenquanto semideuses se lem!rarem deste mundoD Anti*os ounovos semideuses sempre irão se lem!rar do momento em queo mundo parou por causa de uma luta de pu*ilismoD A sualutaD epete issoD

- A minha lutaD- A sua lutaD- A minha lutaD- E o que é que voc, veio (a#er aqui hoe &el +erraBran(ord?Eu vim HE-'ED" ui# se apro&imou e chamou os dois pu*ilistas para o centrodo rin*ue.

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=e lon*e Branca 'oraçãode-eve re#ava por um mila*reque salvasse seu pai e ao mesmo tempo o destino daquelanação que a adotaria o(icialmente como sua ainha em !reve.

- 6 se n-o der certo7  Branca per*untara 7 Bradamante

diante da proposta da capitã da uarda eal.- +em de dar certo..." ui# !errava. 3e quisesse realmente ser ouvido não poderia(a#er di(erente.- 3e voc,s che*aram até aqui voc,s sa!em tudo o que épreciso sa!erD Então honrem o que vestem em!ai&o dessascalças e mostrem que são homens de verdade sem *olpes!ai&os sem *olpes suos e sem pensarem que podem passarpor cima da minha autoridadeD ;uando eu ordenar para pararparemD ;uando eu mandar separar separemseD ;uando eua!rir conta*em esqueçam de tudo ao redor e tentem voltar deAramis ou permanecerão l6D ora isso eu quero ver voc,sdarem um shoQ para (icar na :ist5riaD A*ora toquem os

punhosD"s dois mais pareceram dar um soco na direção do punho umdo outro." ui# olhou para umpelstichen na 6rea isolada que (e# umsinal para seus en*enheiros*nomos. m deles trou&e o%ltimo cristal. m cristal vermelho e pulsante que (oi

colocado no %ltimo suporte do aparato =andman,  e então(inalmente todos eles se acenderam e pulsaram !rilhantescomo coraçes.+odos os outros cristais pareceram *anhar vida e pulsaramem um espet6culo de lu# e (orma di()cil de ser descrito. A!ola de cristal vermelha se acendeu e passou a re(letir em seucentro o que vinha de dentro do rin*ue na (rente dela.

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E pela primeira ve# na :ist5ria da humanidade o povo do"cidente teve uma primeira visão do que si*ni(icava aquela

(orça oriunda da chamada ma2ia !ermelha.=o lado de (ora outro *nomo (e# o mesmo colocando outro

cristal vermelho na !ase que acendeu a !ola ru!ra. As outraspedras tam!ém se acenderam e pulsaram como se vivas como

se os dois =andman (ossem um s5. " povo a*lomerado aolon*o de todos os cantos poss)veis e ima*in6veis daquele ladode (ora *ritou em um misto de susto e ,&tase. E com ocoração !atendolhes na l)n*ua rostos se em!as!acaram

quando part)culas de sil)cio dançaram como se estivessemvivas e tr,s  homens de areia tomaram a (orma deadamisto do ui# e de &el Bran(ord que naquele momentoestavam no rin*ue dentro da Arena de Hidro.

-o rin*ue real da Arena de Hidro o ui# !errou>- 3e a(astemD

E os dois pu*ilistas se a(astaram.- E L+E1DE a !atalha entre Ar#allum e 1inotaurus se iniciou.u**iero havia vestido um uni(orme ne*ro com um *randelenço ao redor da *ar*anta que lhe su!ia pelo pescoço e queele podia amarrar na altura da !oca e do nari#. Ao lado dele acapitã Bradamante havia prendido seu ca!elo encaracolado

com diversos *rampos e colocara uma roupa usta que(acilitava seus movimentos a enco!ria nas som!ras e aindapor cima moldava seu corpo como se ela estivesse nua o quelhe audava em lutas contra oponentes masculinos.Ele prendia uma espada nas costas. Ela ao lado da cintura.- Ainda não entender por que não usar soldados para

invadirmos o lu*ar... disse u**iero.- A ameaça di#ia que se ei An)sio sou!esse de al*o antesda luta o vidro com o ant)doto seria destru)do. E não con(io

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em coronel Athos para tanto$ ele *osta de levar méritosdemais por tra!alhos alheios e de (a#er tudo de um eitoin(le&)vel ao e&tremo que não ca!e neste caso.- Eu entender. E onde est6 ei Alonso?

- +remendo no quarto sem parar como um doente com (rio.=i#endo coisas sem sentido (eito um amaldiçoado por !ru&as.- E por que não interromper a luta e e&i*ir e&plicaçes de1inotaurus para o plano da condessa?- /orque não h6 prova da li*ação entre os dois.- E por que não se tentar encontrar al*uém que tente curar oveneno?- /orque venenos de !ru&as costumam ser %nicos. E não h6tempo.- E por que irmos tentar recuper6los como espies em ve#de pela porta da (rente?- /orque pode ser um blefe. E não podemos criar um incidentede proporçes internacionais por causa de uma (alha amadora

dessas.u**iero concordou. -ão havia mais nada de que eleprecisasse sa!er.&el Bran(ord partiu primeiro em um direto no meio do rostode adamisto. " *i*ante !ranco tropeçou dois passos paratr6s assustado com a velocidade e a (erocidade domovimento e o p%!lico enlouqueceu.

&el partiu para cima dele e rece!eu um *olpe no est<ma*oque arqueou o corpo dele. m se*undo no est<ma*o. " corpodo pr)ncipe pulou. E então ele rece!eu um murro no quei&oque o o*ou para tr6s direto para o chão do rin*ue." p%!lico (icou com o coração na !oca.E viu seu representante dar duas cam!alhotas e se p<r de pé

(a#endo sinais para o ui# de que estava 5timo que nãoprecisava nem mesmo da conta*em. " ui# con(eriu e ordenouque a luta recomeçasse.

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&el avançou com a *uarda (echada e os dentes 7 mostra.adamisto tentou arrancar sua ca!eça com um dois tr,squatro tentativas parecendo realmente um urso que via seuterrit5rio invadido. &el dançou com o corpo e se esquivou

uma duas tr,s quatro e então BA1Dadamisto torceu o corpo em al*um local de suas costelas(eridas.E BA1D BA1D BA1D&el o rodeava e !atia. odeava e !atia. adamisto *iravalouco de 5dio !uscando o oponente mas aquele maldito erar6pido como um predador.

Em um momento porém ele o encontrou e (oram um doistr,s socos no rostoD &el cam!aleou pelo rin*ue tropeçandotropeçando mas sem cair. adamisto correu para cima dele e

armou o  uppercut  que (inali#aria o com!ate. " mesmo*olpe$ o mesmo *olpe que o havia levado 7 (inal em outraslutas.

As pessoas perderam a vo#. E ele o*ou todas as (ichasnaquele movimento.&el Bran(ord torceu o corpo (u*indo do soco se*urou o!raço do minotaurino e ainda teve tempo de di#er> +6 de !rincadeira né?" !raço de adamisto (oi pu&ado para !ai&o (a#endo aca!eça a!ai&ar com o movimento. oi quando &el en(iou aponta do cotovelo de !ai&o para cima em um movimento demeialua que (e# o rsoBranco tom!ar violentamente paratr6s assustado." peso dele !atendo no chão (oi tão (orte que parecia o somde um adulto caindo do *alho de uma 6rvore." ui# a!riu conta*em e o *i*ante !ranco permaneceu no

chão olhando assustado para &el tentando acreditar que aquiloera verdade que ele estava  realmente  no chão. Er*ueuse(urioso !a!ando e rosnando quando se escutou o (im do

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com!ate se*uido pela e&plosão dos presentes *ritando onome de &el e parecendo prestes a derru!ar a estrutura local.=o lado de (ora a multidão *ritava de (orma i*ualmentea!surda quando o avatar de areia com o tamanho e (orma de

&el Bran(ord se encaminhou para seu  comer  ,  *in*ando ederramando part)culas de sil)cio que insistiam em retornarpara lhe dar (orma 7 espera do recomeço da luta.Bradamante e u**iero haviam che*ado em corcéiscompetentes ao local planeado.- Então ser aqui? per*untou u**iero.- 3im.- 'omo ser mesmo o nome deste lu*ar?- A a#enda de Esqueletos."s pelos de u**iero se arrepiaram. "s de Bradamantetam!ém. /renderam os cavalos em uma 6rea pr5&ima com ointuito de avançarem camu(lados 7 noite com suasvestimentas escuras.

- E senhorita parecer ter mesmo certe#a de que o ant)doto doveneno de ei Alonso estar l6 dentro...- Eu tenho. Aquilo que deram a Alonso é  lit'ium.  Em todaAndreanne somente conde Edmond o conse*uiria produ#ir.- 'onhece muitos venenos e maldiçes senhoritaBradamante?- 3im. =iversos.- E isso ter um motivo que possa di#er?- F6 cacei !ru&as.u**iero arre*alou as so!rancelhas uma ve# mais. 'olocou opano so!re o nari# e a !oca enquanto ela vestia uma toucaque lhe co!ria todo o rosto e dei&ava apenas uma parte dosolhos 7 mostra.

E (oi assim entre som!ras e tormentos que eles partiram nadireção da a#enda de Esqueletos.

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&el !uscava o lado machucado de adamisto o lado em queas costelas com certe#a não haviam cicatri#ado. Era essa amelhor chance de ele aca!ar rapidamente com aquelecom!ate.

Bom repara que adamisto é destro." rsoBranco porém se (echava em uma *uarda truncada edevolvia *olpes poderosos que (uncionavam para a(astaraquela 6rea.Lo*o tenta sempre (icar lon*e do !raço direito e inverter a*uarda dele.1ais uma ve# o *i*ante !ranco havia trocado a *uarda como

(i#era com Pilliam e usava o cotovelo para prote*er o ladoesquerdo machucado. &el !atia  &a's  e  &a's  e  &a's,provocando$ estressando$ (orçando uma reação que a!risseaquele lado para rece!er um *olpe poderoso que terminasse ocom!ate.Ele é (orte mas é pesado. Hoc, é mais r6pido do que ele e

pode !ater e sair. Bater e sair.&el *irava e *irava leve como um (elino. 1as !atia (orte. E!atia e !atia e !atia. adamisto não saltitava andava (incadono chão (echado como uma rocha.m pu*ilista era (o*o$ queimava e crepitava. " outro eraterra$ (incado e irremov)vel. " (o*o podia des*astar até arocha entretanto seria preciso al*o mais para remov,lo. E senão houvesse cuidado a terra quando enco!ria a (o*ueira atémesmo apa*ava o (o*o.&el avançou em uma sequ,ncia de (<le*o arriscando tudo

naquele round. Bateu um dois tr,s quatro cinco seis setee...adamisto avançou para cima dele em um salto inesperado e

B1D

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" pr)ncipe viu piscos de lu#es quando um cotovelo poderosoacertoulhe o meio do rosto rachando seu nari# e dei&andootemporariamente ce*o.3em en&er*ar o que estava acontecendo &el sentiu o pr5prio

lado esquerdo das costelas trincar com um dois +3 socospoderosos que lhe tiraram o ar. adamisto então lhe en(iouum *ancho no meio das !ochechas que (e# o corpo dopr)ncipe *irar tr,s ve#es no ar antes de cair no chão (eito umpeão rodopiando em estrondos." p%!lico (e# um som de ohhhhhhDA !arulhenta torcida de 1inotaurus começou a o*ar coisas

para o ar e &in*ar até mesmo as pr5prias mães em seu idiomalocal.E o ui# do /unho =e erro a!riu a conta*em.u**iero e Bradamante ultrapassaram os limites da (a#enda eresolveram entrar pelo telhado. +udo estava silencioso e ve#ou outra se escutava apenas o som de um cachorro que

deveria ter a sa%de muito de!ilitada pois seu som não poderianem mesmo ser considerado um latido mas uma s%plica.:avia uma clara!5ia que lhes serviu !em e que u**ieroa!riu de (orma tão r6pida que mais parecia ma*ia. Elassaltaram para dentro e Bradamante caiu primeiro quase sem

(a#er !arulho al*um. u**iero caiu  sem (a#er !arulhoal*um. "!servaram os arredores e s5 viram som!ras emdeterminados cantos cortadas por (achos que vinham da lu#do lado de (ora e apenas de l6.=e resto havia m5veis des*astados por cupins que pareciamestar ali h6 décadas. Era poss)vel sentir o cheiro do mo(o e deve# em quando ouvir o ran*er das do!radiças de anelasvelhas como o tempo. /assaram por entre quatro est6tuas de

dem<nios com asas e l)n*uas para (ora esculpidos em pedrasne*ras para che*ar a um se*undo c<modo.

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Entraram em uma sala sem m5veis com quadros pintadoscom ima*ens !i#arras e distorcidas que nem a luminosidadenem a vontade os permitiam apreciar. -ão havia um %nicosinal de movimento de pessoas ou mesmo de conde Edmond

no lu*ar.E (oi assim que eles atin*iram um terceiro c<modoimprovisado como escrit5rio.Ali havia diversos per*aminhos espalhados um (rasco emcima da mesa com um !ilhete escrito ao lado. Elescaminharam entre passos %nicos e Bradamante pe*ou orecado. -ele estava escrito>

Aqui est6 o que voc,s procuram.Ela virou o !ilhete e leu>1orte. 3enhorita... Bradamante não *ostou nem um pouco do tomde vo# de u**iero.Ao redor dos dois saindo e nascendo da crosta de som!ras

havia seres o!scuros em quantidade consider6vel paranenhum ser humano desear olhar para tr6s.&el havia se levantado mas passara o resto do  round   sede(endendo e apanhando como um cachorro que urina ondenão deve. 1elioso tentava tra#,lo de volta 7 realidade a(inalseu pu*ilista estava vendo coisas !rilhantes onde não deveriae com uma di(iculdade de (oco que lem!rava um m)ope.- Bater e sairD Bater e sairD *ritava o treinador.- " pro!lema é conse*uir en&er*ar onde !aterD E ver o *olpedele para sa!er por onde tenho de sair... respondeu um &el

 6 com o olho esquerdo inchado.

- ?-o troque com eleD Ele é muito mais (orteD- Gsso eu 6 aprendi...

" *on*o soou.- Esquiva (o*e mas não troque socos com eleD

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&el voltou ainda meio atordoado. adamisto perce!ia isso$ e gostava. 'omeçou a tomar a iniciativa da luta lem!rando umtouro que perce!e um toureiro (erido. Andava pesado nadireção do ar#allino e provocava a *uarda em socos que

marcavam os ante!raços com hematomas. &el rece!iaal*uns *olpes se esquivava de outros e quando devolviadevolvia (raco.&el ser muito r6pido mas !ater mais (raco do que poder.-o meio da multidão 1aria :anson ro)a as unhas. E cuspiapedaços de queratina.- Ai pro(essorD Aquele monstro est6 destruindo o &elD

Ao lado dela 3a!ino von )*aro apenas coçava o quei&opreocupado. E sem tecer nenhum coment6rio.adamisto começava a tentar socos de Jn*ulos muito a!ertose desen*onçados com o intuito de acertar a lateral do crJniodo pr)ncipe. "s *olpes !atiam e !atiam e !atiam e mesmode(endendoos eles provocavam !arulho. E temor.

=e ve# em quando &el tentava a*arrar adamisto para pararo com!ate mas o risco de ca!eçadas (a#erem no rosto dele oque (i#eram no de Pilliam ameQell desencoraava a atitude.Ao (im do  round,  mais parecia que &el estava mortopsicolo*icamente e que o p%!lico ao redor estivesse morrendocom ele naquele sonho a cada instante mais (ra*mentado.- Hoc, est6 fugindo dele? per*untou o treinador em momento

de irritação. Hoc, est6 (u*indo dele?- Estou.1elioso pareceu possesso>- Hoc, est6 com medo dele?- m pouco." treinador (e# uma e&pressão de des*osto. &el perce!eu a

e&pressão e comentou para si uma opinião que aca!ou saindoalto demais>

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- 3e voc, acha que é assim tão (6cil vai l6 !ater naquelemonstro..." eito possesso do treinador não se modi(icou>

- -ão eu n-o vouD E sa!e por que eu não vou Bran(ord?

/orque esta luta n-o é minha E sa!e por que ela não éminha? /orque eu &á venci este torneio e hoe estou velho e

cansado e não posso vencer aquele !rutamontesD 1as !oc%

pode- Eu...- Então para de pensar em qualquer coisa di(erente disto

entra l6 a2ora e me tra# o couro deleD" *on*o de recomeço soou.A espada lon*a de duas mãos dela chocouse uma duas tr,squatro ve#es com lJminas de um aço ne*ro. =ois *randesseres com crostas de som!ra no lu*ar da pele atacavamportando armas de lJminas (inas e curvas que quase

lem!ravam uma (oice trans(ormada em espada de lJmina*rossa. " rosto oval de tais criaturas não tinha nari# ouorelhas e no lu*ar dos olhos havia apenas umaprotu!erJncia cheia de nervuras como se (ossem duas cascasde ovos cheias de nervos ali cicatri#ados. +inham a !ocaconstantemente a!erta e apenas um espaço ne*rorepresentando um !reu dentro delas.A pele de tais criaturas dei&ava escorrer uma espécie de 5leoque escorre*ava como suor. " cheiro desse 5leo lem!ravaen&o(re e putre(ação. E a cada ve# que eram cortadas emal*um ponto não sa)a san*ue propriamente dito$ sa)a maisdesse 5leo." que levava 7 conclusão de que as criaturas suavam seu

pr5prio san*ue.As duas a!erraçes se concentravam em atacar Bradamanteconstantemente e ainda que a capitã estivesse acostumada a

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caçar !ru&as a simples visão daquela situação era de dar nosnervos do soldado mais e&periente.u**iero não podia aud6la naquele momento. Atr6s dos doisseres de crostas de som!ra havia  outros.  Eram criaturas

de(ormadas sem corpos que lhes (ossem proporcionais. Eramcomo espectros aleiados$ seres o!scuros que não se olhavamem espelhos por não terem re(le&o e porque enlouqueceriamcom o ato. As criaturas tinham corpos esqueléticos e seapresentavam nuas sem pelos e sem se&o.=evia haver quase duas de#enas delas. savam armas emapenas uma das mãos pois a outra precisava se*urar um olho

que não se prendia no rosto e se pendurava através de umnervo na (orma de um lon*o (io ro&o e vermelho. Elasprecisavam apontar o pr5prio olho na direção do atacado parapoderem sa!er o que en&er*ar. A l)n*ua de tais seres (icavapresa per(urada pelos dentes da !oca que não a!ria nem(echava.

" som produ#ido era de *runhidos pertur!adores.u**iero havia retirado sua espada das costas uma espadaleve e lon*a que Bradamante nunca vira no "cidente. Aespada tinha detalhes de um dra*ão oriental ao lon*o do ca!oe runas incrustadas em am!os os lados da lJmina. " estra*oque ela provocava era verdadeiramente devastador.Bradamante cru#ou suas lJminas mais duas quatro seis

ve#es com as *rossas lJminas das *randes criaturas desom!ra e 5leo. Elas usavam placas de armaduras de (erroanti*o e cada ve# que o *ume da espada de duas mãos dela!atia nesse metal o (io parecia (icar um pouco mais ce*o.u**iero avançava entre os seres !i#arros com saltosacro!6ticos e cortes precisos. irava e cortava !raços que

se*uravam olhos e dançava em diversos semic)rculos aespada oriental para cru#ar sua lJmina com *olpes que

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vinham de todos os cantos. =e(endia esquivava cortava. =e(endia esquivava cortava. =e(endia esquivava e...ma das lJminas ne*ras cortou Bradamante e ela G+" dedor.

u**iero correu até l6 e esticou a lJmina acima da ca!eçadela antes que as outras duas descessem untas. 1anteve uma(orça e&cepcional para se*urar aquelas duas criaturas(orçando a espada oriental para !ai&o e então Bradamante selevantou tropeçando para tr6s até !ater as costas na parede.u**iero caminhou de costas na direção dela até que am!os(icaram escorados na parede diante de uma horda de seres que

não deveriam e&istir acuados como !ichos em caçada.- 3ão dem<nios de AramisD " maldito conde est6 conurandodem<nios de AramisD ela sussurrou em meio 7 dor.- 'uida dos esqueléticos. Eles são numerosos mas en&er*ammal. ica lon*e do olhar deles.- Eles se*uram os olhos com a mãoD

- Então corta a mão deles (ora.Bradamante inspirou e e&pirou. "s seres nus começaram aapontar os olhos para eles com as mãos como se (ossemo!etos de estudo. F6 os seres *randes pareciam con(erir ospr5prios (erimentos e rosnavam (uriosos a cada ve# queencontravam mais um no corpo de som!ra.- +enta levar os !ichos para outra sala disse u**iero.- A armadura deles ela !uscou ar. C ferro antigo. Aca!a coma lJmina comum.- Gsso d6 para resolver.- 1as como...u**iero !errou um  )iai  no momento em que os serescansaram de procurar (erimentos em si pr5prios e avançaram

com ira. " oriental saltou para cima deles como se (osse umti*re e o mundo pareceu cada ve# mais com som!ras.

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F6 Bradamante inspirou (undo com a vitalidade que lem!ravaa de (adasama#onas e partiu na direção do c<modo anteriorlevando com ela seres dos quais ela não se esqueceria tãocedo se so!revivesse para dormir.

&el estava !atendo no instinto. F6 não sentia mais os *olpes$nem os que ele provocava nem os que eram nele provocados.;uando dois *uerreiros poderosos se veem no meio de umaluta incessante uma luta que equili!ra as duas (orças e&isteum momento em que a sensi!ilidade vai se perdendo. " corpocomeça a não o!edecer 7 mente na mesma velocidade equando !ate o (a# na maioria das ve#es por re(le&o. C um

momento em que am!as as partes continuam a lutar porinstinto sem um racioc)nio l5*ico por tr6s dos movimentos ea maior preocupação é a respiração./ois e&iste um momento em que o ar parece cada ve# maisrare(eito.C o momento em que o cansaço quando vem vem para

derru!ar. E é isso$ a so!reviv,ncia da mente e do corpo a essedi()cil momento é que de(ine o *uerreiro vencedor$ não os*olpes aprendidos ou as técnicas e&austivamente treinadas. Cpor isso que o que de(ine o poder de um *uerreiro vencedor éseu esp)rito e por isso artes marciais são espirituais antes deser lutas corporais.&el Bran(ord a cada dia compreendia mais o conceito de

arte marcial  acima do conceito de  com'ate corporal.Era por isso e apenas por isso que ele ainda so!revivia de pénaquele rin*ue enquanto um *i*ante sa!ese l6 quantas ve#esmais (orte do que ele *erava um carrossel de hematomas emseus !raços seu tronco e seu rosto. 3eu corpo implorava paraque desistisse. 3ua mente mantinhase neutra. 3eu esp)rito

implorava pela vit5ria.E no est<ma*o aquela ener*ia ainda pulsava como pequenas!atidas de coração.

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E então aconteceu o momento mais di()cil de toda a suacarreira como pu*ilista.adamisto avançou para cima do advers6rio com um dosolhos tam!ém inchado e &el se en(iou pela *uarda dele

(icando pr5&imo ao tronco do *i*ante !ranco. oi quandodiante da oportunidade de (icar tão pr5&imo da re*ião dascostelas (raturadas no lado esquerdo inspirou toda a ener*iaposs)vel e e&plodiu tudo nos movimentos mais (ortes queconse*uiu."s G+"3 de dor de adamisto (oram tão altos e pareciamtanto com os *ritos de prisioneiros torturados que crianças

começaram a chorar.-o puro instinto demonstrando o esp)rito de *uerreiro quetam!ém havia nele adamisto travou por um momento o!raço de &el entre as costelas partidas. " punho esquerdosu!iu com 5dio. E quando desceu desceu tra#endo toda araiva contida no corpo de um urso.

&el desviou a ca!eça para evitar um rom!o no alto docrJnio. " soco aca!ou !atendo de cima para !ai&o no om!roesquerdo.E o mundo escutou um 'E'@DEra um som assustador porque era se*uido de um urro de dorque lem!rava quase uma s%plica.Era a dor de um *uerreiro que tinha o om!ro levemente

deslocado do lu*ar de maneira a!rupta.&el se a(astou de adamisto e os dois tom!aram no chão dedor ao mesmo tempo. adamisto tentando respirar sem que ascostelas partidas lhe per(urassem o pulmão e &el tentandoso!reviver 7 dor de um om!ro (ora do lu*ar oriunda de umalu&ação em que a e&tremidade da ca!eça do %mero havia se

a(astado da esc6pula.

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A visão era tão impressionante mas tão impressionante quedo p%!lico aos u)#es do Gmperador ao ei todo mundo eraperple&idade e sil,ncio." ui# central !uscou auda para sa!er o que (a#er. E nin*uém

sa!ia aud6lo. Ele não podia a!rir conta*em para doispu*ilistas ca)dos. E não podia encerrar a luta sem umvencedor. "s or*ani#adores se reuniram rapidamente edecidiram soar o *on*o em um intervalo um pouco maiorpara decidir qual dos dois pu*ilistas voltaria ao rin*ue.Aquele que se levantasse e se mostrasse disposto a continuarseria sa*rado vencedor.

m pedaço de mão rolou quando a *uerreira *irou a lJmina.Ao menos dessa ve# o *ume não (icava ce*o pelo contatocom a pele nua dos seres andr5*inos. -a verdade eram elesque (icavam ce*os. Eram desen*onçados tentando apontar osolhos nas mãos a todo momento para a mulher que não paravade correr de um lado para o outro (eito uma possu)da *irando

uma espada de duas mãos como se (osse a coisa mais normaldo mundo.-o outro c<modo u**iero cru#ava suas lJminas de maneiraincessante com as duas criaturas !uscando *anhar espaço.ma delas pulou e desceu violentamente so!re sua ca!eça.Ele perce!eu e saltou. A *rande criatura arrancou um pedaçodo chão voando madeira e cupim. E então ele aproveitou

aquele momento para tra#er a lJmina da espada oriental untoao peito. 'olocou a palma da mão esquerda 7 (rente de umaruna e com a direita para cima como se !uscando al*o noam!iente sussurrou palavras esquecidas em um anti*o em)stico idioma oriental.A lJmina da espada oriental se acendeu em uma lu# a#ulada.

E pela primeira ve# até aquele momento os dois *randesdem<nios de Aramis tremeram.

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1elioso estava com o coração na !oca ao lado de uma equipe(ormada de tr,s médicos e&aminando a *ravidade do(erimento de &el. ma se*unda equipe estava en(ai&ando ascostelas de adamisto.

- 'oloca no lu*ar... - SUSSURROU ÁXEL.- Eu aconselho o pu*ilista a não continuar disse o médicoche(e do *rupo ap5s e&aminar a lu&ação.1elioso colocou uma das mãos atr6s da ca!eça desesperado."lhou na direção da 6rea dos monarcas e (icou ainda maisnervoso quando perce!eu o olhar de nervosismo de /rimo...ou melhor de An)sio Bran(ord. /r5&imo a ele erra!r6stam!ém parecia tenso. 1as era um (ato que em condiçesprec6rias ou não adamisto ao menos voltaria 7 arena com a!anda*em ao redor da 6rea (erida.- +reinador... disse o médico na direção do nervoso1elioso. Eu preciso que voc, ou o pu*ilista desistamo(icialmente do com!ate para podermos retir6lo e atend,lo

em melhores condiçes.- 'oloca no lu*ar... &el voltou a sussurrar entre olhos quese apertavam de tempos em tempos por causa da dorlacerante.-a 6rea dos monarcas An)sio Bran(ord sa!ia que precisava(a#er al*uma coisa. Aquele era o momento em que osliderados !uscavam de (orma apreensiva a liderança de umcomando (irme que sou!esse ou ao menos passasse aimpressão de que sa!ia o que (a#er. An)sio não sa!ia se tinhaconsci,ncia do que estava (a#endo ou não mas ao menostinha a consci,ncia de que era dele a responsa!ilidade pelo(uturo de Ar#allum.3oldados correram até o ei quando ele apenas es!oçou

sinali#ar. An)sio lhes passou al*umas instruçes e eles sa)ramcorrendo sem question6las. " que pessoas principalmente

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soldados mais a*radecem em momentos de caos é al*uémlhes di#endo o que (a#er.An)sio Bran(ord então ordenou que de#enas de toras (ossemdistri!u)das para as pessoas ao redor daquele rin*ue. E re#ou 7

sua mãe +erra ainha e (ada por um mila*re que (osse di*node merecer.A lJmina começou a cortar os (ios que li*avam os olhos.Bradamante havia desco!erto que isso era al*o até maise(iciente do que lhes cortar as mãos porque os maca!rosperdiam o senso de direção e começavam a correrdesesperados chocandose uns com os outros.

;uando terminou com o %ltimo e reparou naquele mar decorpos diante de si e&alando 5leo pelos poros no lu*ar desan*ue Bradamante se sentiu  suja.  E então escutou um!arulho.E desco!riu que havia mais um.Ele estava com o (rasco que ela e o oriental haviam ido até ali

!uscar. " (rasco com o ant)doto do maca!ro veneno.E que em um %nico movimento o maldito que!rou.

- $reinador - !errou um médico diante de um senhor emchoque que não tinha cora*em de ordenar a desist,nciao(icial da luta. -ão depois de che*arem tão lon*e. -ão depoisde che*arem tão perto. Eu preciso da desist,ncia o(iciala*oraD- Ele est6 sussurrando al*uma coisa... disse 1elioso.E (oi s5 então que os paramédicos se deram conta de que &el!uscava ar para tentar di#er al*o em meio 7 dor. m dos

 ovens paramédicos ar#allino por nature#a apro&imou umaorelha do rosto do pr)ncipe.- " que (oi Alte#a? era interessante como ainda que

estivesse diante de um pu*ilista na condição de pro(issional o ovem ar#allino não conse*uia se desvencilhar do t)tulodaquele )dolo.

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- 'oloca no lu*ar...- -ão consi*o compreenderD&el inspirou (undo e !uscou (orças no in(inito para poder*ritar>

- 6u disseF coloca no lu*arDEles se olharam assustados mas no rosto de 1elioso haviaum sorriso or*ulhoso.A lJmina a#ulada a(undou na co&a de um dos *randes seres decrosta de som!ra e  #ueimou  no toque. ;ueimou como (erroaquecido na pele humana$ queimou como uma mão a(undadaem 6cido. ;ueimou como aquela criatura nunca havia sentidoi*ual antes.u**iero retirou a lJmina em um movimento e partiu paracima da se*unda criatura. LJminas !ailaram (eito dra*es emvoo a espada atravessou a placa de (erro anti*a e nomomento em que a criatura *runhiu (orte u**iero torceu alJmina no coração.

;uando a espada (oi retirada a criatura tom!ou sem vidacomo uma marionete cuas cordas al*uém corta.u**iero caminhou até a outra que ainda estava aoelhadasem sa!er como resistir 7 dor que lhe queimava a co&a e comum *olpe quase invis)vel arrancoulhe o couro da ca!eçadei&ando e&posto o cére!ro. A criatura tam!ém caiu pesada(eito um saco de estrume.- Hoc, não me parecia tão mau... disse Bradamanteretornando ao salão.- Eu pensar o mesmo de madame.- +emos um pro!lema. " %ltimo dem<nio que!rou o (rasco.

- 3e como di#er aquilo de ei Alonso ser  lithium,  então!asta recolher al*uns olhos cortados dos seres sem pele

enquanto preparo uma (orma de queimar esta (a#enda.- ;uer di#er que tam!ém entende de maldiçes e arte decontrama*ias escuras?

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- Em minhas terras en(rentamos seres di(erentes mas n5s

 tam'ém os sa!emos caçar..." povo se olhava temeroso. +anto do lado de dentro quantodo de (ora. -ão importava se seu her5i tinha a (orma de 6*ua

e car!ono ou se tinha a (orma de part)culas de di5&ido desil)cio$ o sentimento que causava v,lo naquelas condiçesera o mesmo.=ois ovens paramédicoss colocavam (lanelas encharcadas de6*ua (luidi(icada por (adas na re*ião deslocada. Aquilo iria

anestesiar temporariamente uma parcela da dor e impedir

que houvesse um a*ravamento do (erimento.- +reinador... voltou a di#er o médico che(e sem tanta,n(ase na vo# dessa ve#.- Hoc, escutou o *aroto disse 1elioso." médico che(e mordeu os l6!ios pensativo. "lhou para umdos paramédicos e (e# um sinal com a ca!eça em autori#ação.

" rapa# com cuidado pe*ou o !raço de &el e 1elioso ointerrompeu>- Esse não. 1anda o outro (a#er disse o treinadorapontando para o ovem que se*urava o !raço de &el.- 1as qual a di(erença? per*untou um médico che(e quaseirritado.- 3e um desses dois vai ter a honra de colocar o om!ro desse

campeão no lu*ar que sea um ar#allinoD" médico suspirou como se (osse a coisa mais idiota que 6tivesse escutado e ordenou a troca. " outro rapa# se*urou o!raço de &el no lu*ar do primeiro dessa ve# como se (osseuma espada sendo entre*ue a um recémsa*rado cavaleiro.- 'omo voc, sa!ia que o outro era de Ar#allum? per*untou

o médico a 1elioso.- /elo olhar...

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" ovem médico assistente deitouse ao lon*o do !raçoestendido do pr)ncipe. 3e*urou a mão de &el com as suasduas cru#ou as pernas pelo !raço esticado e prendeu um dospés na a&ila a!ai&o do om!ro e o outro apenas apoiado ao

lado do pescoço sem (a#er (orça.Ao (undo escutavase adamisto *ritando diante da dor dascostelas partidas. Era poss)vel notar que cada respiração do)adentro do *i*ante !ranco. Ainda assim ele trincava os dentesapertava os olhos e tentava respirar o mais (undo que podiapara voltar ao rin*ue.As pessoas tremiam ao redor com medo e receio do que iriam

ver em se*uida.'omeçouse uma (alação oriunda de uma mani(estação denervoso coletivo. A tensão su!iu a n)veis estratos(éricos e otom de vo# das pessoas começou a aumentar com o vo#erio.- &el vai ser no tr,sD *ritou o médico che(e. m... dois...E conhecendo o procedimento no dois o paramédico 6

inspirou e pu&ou o !raço em um %nico tranco E3+ALA-="o om!ro lu&adoD

- AAAAAAAAAAAAAAAAA::::DDDDDDDDDDDDDDDD * foi

o ru2ido que se escutou na arena.'rianças voltaram a *ritar homens trincaram os dentessenhores de mais idade tiveram a pressão arterial alterada

mulheres derramaram l6*rimas. 1aria :anson virou o rosto eo a(undou aterrori#ada no peito de seu pro(essor. Ariane-arin manteve olhos arre*alados perple&os. Foão :ansonmanteve uma e&pressão (ria e intacta que denunciavarespeito e até ei An)sio Bran(ord derramou san*ue na l)n*ua

ao mord,la sem nem mesmo perce'er a dor. 'omo outrasmulheres ao lado dele a princesa de 3tallia tam!émderramava l6*rimas.

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As de Branca 'oraçãode-eve porém eram di(erentes dasoutras./orque eram as l6*rimas de um ser humano que sa!ia que

aquele homem n-o merecia perder aquela luta ainda que

sou!esse o que isso si*ni(icasse para si pr5pria.E em sil,ncio como deveriam ser todas as preces Branca'oraçãode-eve (oi mais uma vo# a pedir a seu 'riador porum mila*re.E (oi quando aconteceu.'omeçou com aquele mesmo som tri!al que o povo haviainau*urado so! /rince a Estrela do /r)ncipe. 'omeçou comum *rupo e se alastrou por milhares de pessoas queaumentaram a intensidade dele. =ois sons *raves.+um... +um...3e*uidos de um a*udo.+6.=ois sons *raves. 3e*uidos de um a*udo. E repetidamente. E

repetidamente. E repetidamente. Aos poucos centenas demilhares de pessoas ritmavam aquela cad,ncia tri!al queme&ia com os instintos primitivos escondidos dentro dohomem. +anto do lado de dentro diante dos homens de carnequanto do lado de (ora diante dos homens de areia. " som setornava uma...  onda,  que invadia sentimentos pr5&imos aoamor de um ser humano por uma nação pela terra que lhe deuvida e pelo povo pelo qual ele morreria or*ulhoso se lhedessem uma !oa ra#ão.Ainda no chão &el +erra Bran(ord sentia aquela onda porquea onda pulsava dentro dele. E toda a dor por maior que (ossese tornava pequena diante daquela mani(estação.+um... +um...

A mani(estação do mais puro semideus. 8á.

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/orque é através da (é de suas crias que um 'riador mani(estao melhor de sua e&ist,ncia e o melhor que e&iste em todocoração de semideuses que !rilham com e por lu# pr5pria.&el Bran(ord começou a se er*uer lentamente e o mundo

começou a se er*uer com ele.+um... +um...Aquele não era mais o som de palmas. -ão era mais o som deum ritmo de orquestras.+um... +um...Era o som de uma %nica !atida de coração de mais dedu#entas mil pessoas. 8á.

Era o som do coração de mais de seis !ilhes de sereshumanos conectados a mundos (ant6sticos por (ios de prataque os impedem de se desli*ar completamente deles.+um... +um... +6D +um... +um... +6D/orque metade da vida de um ser humano envolve so!reviverao mundo. A outra metade envolve desco!rir um si*ni(icado

para sua e&ist,ncia./ara o primeiro e&iste o tra!alho o instinto e a evoluçãonatural./ara o se*undo e&iste o amor a (é.E o sonho.&el er*ueuse so!re aquele sonho tri!al e por um instanteele (oi o sonho do mundo. +anto o sonho do mortal que

caminhava quanto o do semideus que dava vida ao caminho.-o céu ao lado de /rince a Estrela do /r)ncipe !rilhava;ueen a Estrela da ainha.+um... +um... +6.A onda em seu ple&o solar começou a se espalhar pelo corpoe a sensação... !om... a sensação era 5tima.

A *ente precisa colocar a ener*ia para (ora ou acho que a*ente e&plodeD

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'ada poro emitia lu# cada célula e&plodia (orça dentro desuas li*açes. A cone&ão com a dor (oi temporariamentecortada e se antes e&istia ali um ser humano ele por ummomento tam!ém a!dicou dessa condição.

E se tornou uma nação.-a verdade voc, poder mant,la dentro de si e us6la comocura.oi o momento em que uma se*unda ener*ia !rilhou no céu e

!rilhou (orte como nunca se*uida de um  G3  (ant6sticoque veio do alto e se cru#ou de maneira ma*istral com o somtri!al que vinha da multidão e representava o melhor domundo." melhor do que e&iste no mundo.&el Bran(ord inspirou (undo e BE"D de volta aos céus

um ;iai e&tenso que (oi escutado do lado de (ora da Arena deHidro onde pessoas tremiam pelo ,&tase de avatares de areia.m !rado retum!ante que anunciava o renascimento de um

esp)rito diante da che*ada  dela  naquele céu de muitasestrelas.E da che*ada de todos os sentimentos que vinham com elanaquele céu e naquelas estrelas.m rastro incandescente escarlate riscou de maneira so!er!aos céus estel)(eros da Arena de Hidro naquela noite her5ica e

o mundo se tornou mais (ant6stico com aquela presençanaquele 6timo.-o alto +uhannR a 6*uiadra*ão havia che*ado 7 Arena deHidro.&el tomou posição para voltar a lutar diante de um ui#pasmo. =o outro lado adamisto o (e# com a mesma *arra ea reação pasma do ui# (oi a mesma. A(inal por mais anos depu*ilismo que tivesse aquilo ia muito além de tudo o que 6

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havia visto. Aquele não era um com!ate entre dois sereshumanos. Era um com!ate de *i*antes.

Era um com!ate quase de semideuses.E no momento em que iria autori#ar o rein)cio do com!ate

escutouse um *rito de comando de An)sio Bran(ord e todosse viraram para o ei.Em um se*undo comando as piras de tochas que iluminavama arena (oram apa*adas !ruscamente e o mundo (icou escuro.E então soldados acenderam as toras.E um dos espet6culos mais !onitos da hist5ria de -ova Etheraconteceu.oi o momento em que as centenas de toras que haviam sidodistri!u)das por ordem do ei (oram acesas. Acesas nas mãosdo povo ao redor do rin*ue. 'entenas de seres de di(erentescores credos e raças que representavam a humanidade quee&istia em Ar#allum er*ueram suas toras acesas e iluminarampara seu campeão m6&imo o caminho para a vit5ria e a

consa*ração de sua nação.&el Bran(ord olhou para a arena e por mais que aquilo lhedesse (orça o coração !ateu suave. E diante de um rosto dee&pressão dura de quem não se esquece da luta uma l6*rimadesceu pelo ,&tase que procede no sentimento do humano quese v, diante do semidivino./orque o campeão de Ar#allum olhava no rosto daquelaspessoas que o iluminavam naquela noite que sonhavam osmesmos sonhos que ele e que sonhavam seus sonhos nele eele não via seres humanos comuns.Em cada rosto que se*urava uma tocha &el via um olhardi(erente. E sentia al*o di(erente.-o rosto de cada pessoa naquela noite hist5rica &el

Bran(ord via semideuses.

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/orque no olhar de ao menos uma daquelas pessoas ao redordaquele rin*ue ele via o olhar de um semideus. E via tudo dema*n)(ico que isso representava./orque ele via voc,.

A luta (oi reiniciada pelo ;iai de uma 6*uiadra*ão.adamisto partiu mais uma ve# (eito um urso (aminto ap5s ahi!ernação e &el partiu como um ti*re li!ertado docativeiro. " resultado (oi o espet6culo mais violento e poéticoda hist5ria do pu*ilismo mundial.

Ja'. Ja'.  =ireto. 'ru#ado. =ireto.  Cross.  ancho.  Ja'.

=ireto. 'urto. 'urto. inta. Ja'. >oo;. >oo;. Ja'. =ireto.'ru#ado. Punch. Esquiva. =Hin2. Ja'. Ja'. Ja'. anchoamplo. =ireto. =ireto. ancho curto. Esquiva. Esquiva.

Eppercut. Esquiva. Ja'. Cross. ancho. ancho. ancho.

1eialua. 'a!eçada. Esquiva. Cross. Cross. EppercutEram séries. 3éries atr6s de séries. 3éries que deveriam ser

imposs)veis de ser reali#adas por dois com!atentes naquelascondiçes ()sicas mas que não apenas davam vida aoimposs)vel como (a#iam o poss)vel *anhar um novo conceito." p%!lico e&tasiado *ritava e *ritava e *ritava e 6 não se

sa!ia mais nem por quem eles *ritavam. Eles *ritavam peloespet6culo a que estavam assistindo e pelo que uma luta lhes

havia ensinado.oi quando adamisto investiu em um direto poderoso e&el Bran(ord em ve# de esquivar o corpo socou de volta opunho dele. adamisto então se a(astou e insistiu no mesmo*olpe e mais uma ve# o campeão de Ar#allum socou o punho(echado de volta. " soco !ateu na do!ra do pole*ar e causouuma (ratura dolorosa.

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adamisto se a(astou assustado. E olhou para &el Bran(ord

sem acreditar que seu advers6rio estava realmente su*erindoaquilo...=o outro lado &el Bran(ord !atia um punho (echado na

direção do outro e em se*uida chamava adamisto com asduas mãos. " rsoBranco podia urar que via aquelemovimento em uma velocidade muito mais lenta do que avelocidade do mundo.;uando o imenso minotaurino se apro&imou e tomou posiçãoas pessoas começaram a pular e a !errar umas com as outrase a chutar qualquer coisa e a (a#er movimentos !ruscosinvolunt6rios que dessem va#ão 7quela catarse que não paravade crescer dentro delas por (a#,las acreditar que seriam

testemunhas daquilo e que  de fato  elas estavam sendo

testemunhas realmente daquilo.

" tempo daquele  round  deveria ser encerrado naquele

momento.-enhum ui# teve cora*em de tocar o sino.&el Bran(ord se posicionou na posição de *uarda diante deadamisto e os dois respiraram (undo (a#endo os tr,s *irosaté que al*uma vo# solit6ria na multidão !errou e&citada>- Bo&e... !o&e... !o&in*D" soco dos dois EW/L"=G em um !arulho imenso.

" povo que lotava a arena (oi ao sétimo céu de 1antaquimcom a visão.

+uhannR !errou seu ;iai uma ve# mais. E quase du#entas milpessoas do lado de dentro e sa!ese l6 quantas do lado de(ora !erraram untas dessa ve# em uma %nica vo#>- Bo&e... !o&e... !o&in*D

" se*undo soco dos pu*ilistas EW/L"=G e dessa ve# opole*ar de adamisto deslocouse para dentro.

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" imenso minotaurino dei&ou l6*rimas de dor lhe escorrerem

pela (ace mas  n-o  *ritou. =o lado de (ora os *olpesreprodu#idos pelos avatares de areia eram tão i*ualmentepotentes que os punhos se destroçavam (a#endo areia voar.

E então a multidão *ritou mais uma ve# diante de eis que 6estavam de pé com os olhos arre*alados como crianças no1aestade. Bo&eD Bo&eD Bo&in*D" soco de &el E3+"" !em no canto do punho direito e;EB" de ve# o pole*ar de adamisto. " rsoBrancotom!ou so!re uma das pernas *ritando.&el Bran(ord nem escutou o *rito.

Ja'. =ireto. 2ab. =ireto. 2ab. =ireto. 2ab. =ireto. 2ab. =ireto. 2ab.

=ireto.  2ab.  =ireto.  2ab.  =ireto.  2ab.  =ireto.  2ab.  =ireto.  2ab.

=ireto.  2ab.  =ireto.  2ab.  =ireto.  2ab.  =ireto.  2ab.  =ireto.  2ab.

=ireto.  2ab.  =ireto.  2ab.  =ireto.  2ab.  =ireto.  2ab.  =ireto.  2ab.

=ireto. 'ru#ado. 'ru#ado. 'ru#ado. 'ru#ado. 'ru#ado.

=ireto. =ireto. =ireto. =ireto. =ireto. =ir...+uhannR !errou uma ve# mais seu ;iai e trou&e seu pr)ncipede volta 7 ra#ão para ele entender que tudo havia terminado.1ais tarde tempos depois do (im daquela luta as pessoasdiriam a &el que quando adamisto desmaiou e tom!ousem consci,ncia no chão da arena ele ainda socava o in(inito

sem parar como se ainda houvesse um ser humano ali.E então &el compreendeu o que havia acontecido.E o mundo para ele voltou a ter som.Era o som de uma nação chorando pulando *ritando ecolocando para (ora sentimentos que valem a pena estar vivopara ter. 1ulheres e crianças eram arremessadas para o alto$

pessoas que não sa!iam nem mesmo o nome das outras sea!raçavam (orte como irmãs$ reli*iosos se aoelhavam e

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re#avam a semideuses por simplesmente estarem vivos paraver aquilo.E quando as tochas da arena (oram novamente acesas &elcompreendeu o que havia (eito.

&el Bran(ord compreendeu que naquele momento ele era ocampe-o do mundo.E sua nação havia che*ado ao topo com ele. " sentimentoinicial (oi de descontrole uma reação de um ser humano quehavia passado momentos de provaçes duras no mais suoporão de Aramis para merecer tocar em est6tuas de

semideuses em 1antaquim." ui# er*ueu o !raço direito dele mas ele nem pareceuperce!er. As pessoas *ritaram o nome dele mas ele nãoparecia escutar. =entro dele apenas uma ener*ia venenosaque ele precisava !otar para (ora. ma catarse. manecessidade. ma provação.oi quando &el em puro ,&tase e insanidade tempor6ria

correu até o lado do rin*ue mais pr5&imo da 6rea dosmonarcas em um salto su!iu no apoio do canto do rin*ue(echou os punhos e com os m%sculos contorcidos que sedesenhavam no corpo e i*norando a dor no om!ro esquerdolu&ado !errou na direção de erra!r6s o mais alto que p<de onome sa*rado>

Aaaaaaaaaaaaar... #aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...lluuuuuuuuumDDDEle então !ateu no peito duas ve#es apontou para erra!r6sdiretamente mostrando o san*ue de adamisto nas atadurase a!riu os !raços *ritando novamente o mantra.Ar#allum.-aquela noite era esse o nome do mundo.

E quando as pessoas invadiram o rin*ue para tentar tocar emseu novo semideus o so!renome desse mundo era Bran(ord.

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"s *ritos corriam pelas ruelas pelas vilas pelas casas peloscoraçes.Ariane -arin e 1aria :anson choravam copiosamente. Foão:anson admitia o (asc)nio que o nome daquele pr)ncipe

representava para aquela nação e para si pr5prio. ei An)sioBran(ord sorria$ a impressão era de que quase todos os outrosmonarcas presentes tam!ém.Branca 'oraçãode-eve não sa!ia o que sentir.Gmperador erra!r6s mantinha no rosto a e&pressão de umhomem que via o seu pior pesadelo tomar (orma e se retirousem cumprimentar uma %nica pessoa nem tecer um %nico

coment6rio.E dentro na Arena de Hidro ou (ora dela a multidão sonhouum mesmo sonho em uma mesma noite. " hino de Ar#allum(oi cantado diversas ve#es o nome de &el (oi *ritado até quesuas *ar*antas (icassem roucas. " de ei An)sio tam!ém.=e#enas haviam invadido o rin*ue e io*avam o pr)ncipe para

o alto ou o a*arravam de uma (orma que parecia que nuncamais iriam solt6lo.As pessoas deram uma tré*ua apenas quando ao lado dos

 u)#es e representantes do /unho =e erro 1elioso entre*ouao pr)ncipe o cinturão que representava o t)tulo de melhor domundo.E então antes que as pessoas voltassem a su(oc6lo

novamente 1uralha a!riu caminho (6cil entre elas e entre*oua &el uma !andeira na qual o campeão do mundo se enroloue chorou copiosamente como uma criança.-a !andeira estava pintada ao lon*o de toda ela a ima*em de/rimo Bran(ord.+uhannR riscou de vermelho o céu da Arena de Hidro. E

*ritou seu )iai que (alava com (adas.

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-o alto daquela noite hist5rica a impressão que se tinha era ade que todas as estrelas ainda que oriundas de astros tãodi(erentes !rilhavam intensamente em uma %nica e ma*n)(icalu#.

05

-aquela noite Andreanne não dormiu.-o dia se*uinte quase nin*uém tra!alhou e os que o (i#eram(oram e&ercer suas pro(isses ap5s uma noite sem dormir. Edepois dela voltaram a comemorar. -o centro de Andreannepor cinco dias e por cinco noites um  &andman (ora instalado porordem do ei em plena praça p%!lica e seus avatares de areiarepetiram incessantemente a !atalha do melhor com!ate depu*ilismo que o mundo 6 havia visto.An)sio Bran(ord ali6s 6 estava estudando unto aostesoureiros reais o custo para patrocinar a ida dos

en*enheiros*nomo a todas as cidades de Ar#allum para ae&i!ição do mesmo shoQ pelo mesmo per)odo de tempo.As comitivas de outros einos e seus monarcas se retiraramde Ar#allum de volta aos seus einos de ori*em. A maioriaprometeu retornar ou enviar representantes para a cerim<niao(icial de casamento entre An)sio Bran(ord e Branca 'oraçãode-eve data esta que 6 estava a*endada antes mesmo do(alecimento de /rimo Bran(ord e que An)sio pre(eriu nãomodi(icar ainda que as condiçes o permitissem.F6 &el havia atin*ido um n)vel de popularidade eendeusamento que não lhe era mais permitido andar pelasruas. 3eu om!ro su!lu&ado e levado além de um limitehumano porém o manteria de cama por um !om tempo

ainda. 3eu rosto mais parecia um mapa (luvial de hematomasmas ainda assim por mais que mesmo um sorriso aindadoesse por um momento lon*o demais &el Bran(ord sorria.

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E sorria lar*o.Em uma carrua*em (echada que mais lem!rava uma cai&a de(erro Gmperador erra!r6s retornara a 1inotaurus. 3uae&pressão estava (echada e seu olhar ia muito além do que as

paisa*ens lhe mostravam. " coração estava som!rio erespirava sentimentos que contaminavam 5r*ãos e emac%mulo até *eravam cJncer.1as ele os sentia$ e mais se alimentava deles ali.adamisto havia (icado no :ospital eal de Andreannese*uindo ordens dos representantes do /unho =e erro e deei An)sio Bran(ord. erra!r6s não via tal atitude como uma

virtude humanit6ria mas como mais uma (orma de esc6rnio edos Bran(ord manterem mais um tro(éu diante dele. E danação que ele representava. Entretanto tal pensamento não opreocupava por muito tempo./ois Ar#allum não teria ao menos  a#uele  tro(éu por muitotempo.

adamisto iria morrer.

0

E Foão :anson com seu ca!elo curto quase raspado e suae&pressão sempre (echada retornou 7 casa de sua (am)lia nodia de seu décimo quinto anivers6rio.'aminhou como se nada houvesse acontecido e aquela (osse asituação mais normal do mundo na direção de onde seu pai*uardava o machado de tra!alho. "lhou a lJmina e viu que elaestava um pouco ce*a mas deu de om!ros pois sa!ia que nãohavia outra (erramenta em toda a casa.'umprimentou a irmã at<nita. =epois deu um !eio na mãe

surpresa. E disse> Estou indo tra!alhar.

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E saiu sem olhar para tr6s. 1ãe e (ilha se olharam sem sa!erque sentimentos deveriam sentir em!ora (ossem quais(ossem os sentimentos corretos elas os sentissem untasnaquele momento.

0!

u**iero e Bradamante (oram até o quarto de ei Alonsopara a %ltima sessão de contraveneno.=essa ve# Branca 'oraçãode-eve (i#era questão de assistirao processo e pela primeira ve# An)sio Bran(ord (orain(ormado do que acontecera nos !astidores do /unho =eerro e tam!ém se encontrava presente.ei Alonso havia parado de (alar coisas assom!rosas nas duasprimeiras sesses.E a*ora na terceira apenas se mantinha de olhos a!ertos mascom a impressão de que se estivessem (echados não (aria a

menor di(erença.u**iero retirou o %ltimo olho de dem<nio amputado dedentro de uma pequena cai&a de (erro e o entre*ou aBradamante. A capitã da *uarda o levou até a !oca de eiAlonso. u**iero a!riu com as mãos a !oca do velho senhor edaquele eito a manteve. Bradamante em um %nicomovimento en(iou suas unhas no olho entre seus dedos." olho E3+AL".Branca teve de correr para vomitar na anela do quarto quandoum l)quido dividido entre o ne*ro e o vermelhoescuro caiudenso e pesado como *osma na !oca de ei Alonso.- Gsso ser6 su(iciente? per*untou ei An)sio com e&pressão(echada.

- 3er6 1aestade respondeu a capitã. +r,s sesses dessecontraveneno ini!irão por completo a ação do outro.

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- 3enhor u**iero... disse o ei virandose para ele. -ãotenho palavras para a*radecer o que (e# por estas terras nesses%ltimos dias. e# mais por esta nação e pela de 3tallia do quemuitos patriotas e *ostaria que comparecesse ao 3alão eal

para uma pequena cerim<nia de a*radecimento esta noite.- /ra#er ser meu 1aestade.- 'on(irmam então que os corpos dos seres conurados (oramqueimados?- +odos eles 1aestade disse Bradamante. A a#enda deEsqueletos (oi destru)da.ei An)sio !alançou a ca!eça.- -ão o*uem (ora esses olhos per(urados. Hou *ostar dees(re*ar na cara de qualquer opositor meu que aindarecrimine minha ordem pelo renascimento dos 'avaleiros de:elsin*. " (ato é que não h6 como ne*ar que !ru&as edem<nios de Aramis in(eli#mente voltaram a caminhar porestas terras.

E est6 mais do que na hora de nos prepararmos para voltar acaç6los de verdade.

0"

&el Bran(ord ouviu o !ater depois a porta de seu quartosendo a!erta e Pilliam ameQell entrar por ela. Erainteressante como a situação parecia a per(eita inversão dequando &el (ora visit6lo no :ospital eal.- Ei voc, não est6 com ver*onha? A sua cara est6 parecendoa de um ciclope de ressacaD disse Pilliam.- Hai sonhando. Até com hematomas as en(ermeiras aindapre(erem a mim.

- =5 porque voc, é o campeão do mundo.- C... &el sorriu. +alve# sea mesmo s5 por isso.

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- /osso me sentar?- 8 vontade.Pilliam pu&ou uma cadeira pr5&ima sentouse cru#ou aspernas colocou as mãos despreocupadamente atr6s da ca!eça

e disse>- E então? C hora de me contar com detalhes como é a

sensaç-o de se tornar parte de al*o maior...

0#

E o!ert de LocKsleR e seus capitães che*aram a Andreanne.

10

1aria :anson continuava a ministrar aulas na Escola eal eas pessoas per*untavam por &el Bran(ord todos os dias naesperança de que um dia ele a viesse visitar. -aquela alturaas pessoas comemorariam até mesmo a visita do s5sia aindaque sou!essem que era o s5sia. 'omo os dias se passavamsem que nenhum encontro amoroso (osse contado e como acada dia 1aria (alava menos em &el Bran(ord um dia@ennR /enQood a mais atirada de todas as meninas deAndreanne resolveu mandar na cara de 1aria no meio de

uma aula lotada>- 1aria voc, ainda est6 namorando mesmo o &el?+udo tudo o que toda aquela sala estivesse (a#endo (orainterrompido naquele se*undo. m sil,ncio sepulcral invadiuo recinto e toda mas toda a atenção dos presentes seconcentrou naquela resposta.

1aria suspirou.- Eu não sei como isso pode ser relevante para nossa aula@ennR.

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- Ah admite. Ele lhe deu um (ora né? /ode di#er 1ariaD:omem é assim mesmo...1aria trincou os dentes e inspirou (undo antes de di#er com

uma vo# forçosamente calma.

- -a verdade quem est6 dando um (ora em al*uém hoe soueu @ennR. /or (avor recolha suas coisas e saiaD@ennR (icou em choque. -a verdade a turma inteira.-in*uém nin*uém esperaria aquela reação de uma pro(essoratão doce e compreensiva como 1aria :anson sempre seapresentava.- 1as... mas... eu não (i# nadaD +ipo s5 por que eu per*unteido seu rolo com o pr)ncipe?1aria suspirou e (echou os olhos demonstrando impaci,ncia.;uando os a!riu...- 1inha vida pessoal é a  min'a vida. E ela 6 est6 atri!uladademais para eu ter de me preocupar em dar satis(açes dela aquem não vai nem pode nem quer me audar. Além disso eu

*ostaria de lem!rar que eu não sou mais uma de suas cole*asde classe com quem podem (alar com esse tom e intimidadeDEu a*ora sou uma das  professoras  da Escola eal do 3a!erposta aqui pela con(iança do pro(essor 3a!ino von )*aro.@ennR continuava em choque e !oquia!erta.- Eu não per*unto a nenhum de voc,s qual o nome dos seusnamorados da semana nem e&io sa!er nada que voc,spr5prios não queiram me di#er so!re as suas pr5prias vidas. Ea partir de hoe vou considerar um desrespeito e uma o(ensade todos os presentes que acharem que podem per*untar oue&i*ir al*o so!re a minha.A sala ainda era sil,ncio. E somente isso.- A*ora vamos voltar a nos concentrar no pretérito maisque

per(eito da l)n*ua altiva.3o! sil,ncio e um olhar !ai&o @ennR /enQood untou suascoisas e se retirou sem que nin*uém a olhasse nos olhos. Ao

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(undo apenas o som de pesados cadernos em (ormas de livros*rossos sem letras sendo a!ertos e (olheados.-in*uém naquela turma nunca mais ousou per*untar al*opessoal 7 sua pro(essora.

11

Liriel a!!iani estava sentada em uma cadeira mais uma ve#acorrentada a ela. =essa ve# porém ela o havia aceitado porvontade pr5pria. 1e&e.A (rente dela estava sentado 3nail al(ord se*urando umamaçã em uma mão e uma (aca na outra.

3entada de onde estava Liriel forçou al*o que apertava suatesta de dentro para (ora. A (ruta veio em sua direção (eito umcão no colo de um estranho que de repente avista a che*adado dono e lar*a o visitante sem d5.

- 1e&e a (aca.Liriel tremeu um pouco na ordem. ;ueria (a#,lo mas aindahavia um certo temor. 3nail perce!eu e *ritou>

- -ão pensa a!!ianiD MexeLiriel (orçou muito mais no instinto do *rito do que por umato volunt6rio. A lJmina da (aca lançouse peri*osamente

so!re ela *irando no ar como se houvesse sido arremessadapor um atirador pro(issional. ;uando as lJminas che*arampr5&imas de seu dedo ela acreditou que eles seriam

decepados. Ela realmente acreditou que eles seriam.E eles seriam.

Entretanto pela primeira ve# al2o aconteceu.

/ois pela primeira ve# Liriel não me&eu apenas com aapro&imação da matéria mas com a velocidade do tempo.-in*uém nunca iria e&plicar com complementos técnicos 7

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 ovem ladra o que ela era capa# de (a#er$ mas na verdade

Liriel a!!iani possu)a uma capacidade de  aproximar

moléculas, se eu entendi !em. Entre a mão de uma pessoa euma colher em cima de uma mesa não e&iste o nada ou o

va#io simplesmente. E&istem ali part)culas de *ases comohidro*,nio o&i*,nio e *6s car!<nico. E e&istem moléculasque mais a*rupadas (ormam a mão (ormam a mesa (ormama colher. " espaço entre eles é (ormado do mesmo tipo de

moléculas s5 que em composiçes mais afastadas umas dasoutras e menos densas.

E tais moléculas eram ori*inadas do mesmo éter que davavida aos seres de -ova Ether.A vida em -ova Ether porém é (ormada da ener*ia etérea de

milhares de semideuses. E cada um deles tem sua pr5priavisão de cada momento e cada criação. Lo*o isso dava !ase7s teorias de de#enas de (il5so(os e cientistas dos dois

continentes de que do universo ori*inal *erado pelo 'riadorderivavam milhares de  uni!ersos paralelos  de seussemideuses$ milhares de universos de -ova Ether que eramsemelhantes mas nunca id,nticos devido 7 sin*ularidade decada semideus que lhe dava vida.

E quando a menina Liriel resolvia mexer al*uma coisa eracomo se ela se conectasse a al*umas dessas centenas deuniversos paralelos que estavam e&istindo naquele instante ao

mesmo tempo, a*rupandoos a ponto de ela sentir tocar noo!eto pr5&imo.

A ponto de ela con!encer semideuses de que era capa#daquilo e por isso o (eito passar a e&istir.Liriel a!!iani era capa# de se conectar a essa ener*iavi!rat5ria de éter através de suas ondas mentais eaproximar  essas moléculas a(astadas a*rupandoas. -a

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teoria era como se ela comprimisse o Espaço. 'omo se suamão estivesse desenhada na ponta de uma (olha e uma colherestivesse desenhada na outra ponta. E então al*uém viesse edo!rasse o papel de (orma que os dois desenhos se

encontrassem. Era assim na teoria.-a pr6tica o!etos voavam em sua direção.E por muitos anos ela aprendeu a me&er coisas. Entretanto

e&istia al2o que ela perce!ia ser capa# de alterar mas nuncapensou em (a#,lo ou tentar desenvolv,lo. ;uando seapresentava como acro!ata em seu circo Liriel era capa# dereali#ar (eitos considerados imposs)veis até mesmo pelos maise&perientes trape#istas mas ela os reali#ava com precisão e

com a con(iança de que os trapé#ios  sempre  estariam aoalcance de suas mãos quando precisasse.35 que quando Liriel saltava nos trapé#ios ela perce!ia omundo *irando di(erente. -a verdade cada ve# que ela

força!a  e  mexia  coisas ela tam!ém em contrapartida

o'ser!a!a o mundo de (orma di(erente.A(inal quando ela alterava o Espaço seu cére!ro alteravacom isso o +empo.;uando  conheceu  3nail al(ord pela primeira ve# Liriela!!iani lhe rou!ou das mãos um colar de 5ias no %ltimose*undo antes de saltar de uma anela. 3nail havia se distra)do

com a l6!ia da ladra e ainda que estivesse caindo de costasprestes a e&ecutar uma acro!acia ela teve tempo de o!servar

o ladrão se concentrar na 5ia  mex%*la  e e&ecutar suaacro!acia em se*urança. /ara 3nail al(ord tudo haviaacontecido em dois ou tr,s se*undos./ara Liriel a!!iani pareceram seis ou sete.

E ali presa naquela cadeira mais uma ve# com uma (acaa(iada voando na direção de seus dedos seu instinto deso!reviv,ncia pela primeira ve# ativou essa consci,ncia de

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uma (orma que nem ela pr5pria compreendia !em antes. =euma (orma não mais instintiva mas realmente consciente.A (aca veio *irando e *irando e *irando mas a partir de ummomento r6pido para o mundo ao redor mas não para o  mundo

dela, *irando de (orma cada ve# mais  lenta. Liriel começou a seconcentrar e se concentrar e se concentrar e a cadaconcentração a (aca *irava de (orma mais deva*ar. irava de(orma que ela podia ver !em o momento em que o *iro estavaa (avor do ca!o e esticar a mão para pe*6la antes queestivesse a (avor da lJmina.E quando a se*urou (irme e a manteve nas mãos Liriel parou

de  forçar, e o mundo aos olhos dela voltou ao normal.=o outro lado 3nail al(ord estava impressionado. Eor*ulhoso. E por mais que amais (osse admitir tam!émaliviado por ela não ter se machucado. :avia visto a meninaacorrentada me&er a (aca em velocidade so!renatural e namesma intensidade se*ur6la. -ão sa!ia nem compreendia

como o mundo (uncionava para Liriel a!!iani quando elae&ecutava aquilo para o qual tivesse nascido com o dom dee&ecutar. E nem se importava em conhecer esse mecanismo." que importava para ele era que ela en(im estava pronta.

12

An)sio Bran(ord caminhou até o mesmo Fardim eal ondeantes conversara com o !arão*nomo e por mais que (ossequem (osse ainda assim o coração !ateu di(erente quando ele(icou (rente a (rente com uma lenda viva e um dos her5is de*uerra mais admirados por seu pai.An)sio Bran(ord estava em (rente a o!ert de LocKsleR.

- /eço desculpas por rece!erte aqui senhor LocKsleR. +ua(i*ura merece muito mais mas o 3alão /rincipal est6 sendopreparado para uma pequena cerim<nia.

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- ei Bran(ord tu *astaste um de teus +r,s /edidos comminha li!erdade e não h6 mais nada que possa te e&i*ir emtoda esta vida. epare que LocKsleR usava o tu como seestivesse em um patamar também de ei. "u (osse um ami*o de

lon*a data de um ei Bran(ord para merecer o uso dopronome e não ser advertido.- -ão (i# nada que meu pai não aprovaria.- E por isso mereces o so!renome de /rimo. +eu pai (oi omaior li!ertador que 6 vi caminhar por estas terras.- Ele di#ia o mesmo so!re ti.- E para conhecer teu pensamento precisei vir até aqui hoe

per*untar pessoalmente so!re tua auda com relação 7causa.An)sio olhou para o outro lado e suspirou. Aquilo ia serdi()cil.- 3enhor LocKsleR...- ei Bran(ord...

- +u ir6s mesmo lutar so! quaisquer circunstJncias?- Eu preciso 1aestade. /reciso (a#er pelo meu povo o que/rimo (e# por este quando o livrou das ameaças que aquipairavam.- Entendo porque (a#es com que eu lem!re de meu pai. 'omcerte#a acreditas que vossa ami#ade in(luenciaria na decisão

dele.- 3im na dele. 1as 6 não espero que em tua 1aestade.An)sio Bran(ord mordeu o l6!io in(erior e pensou no que seupai diria se pudesse v,lo tomar sua decisão. ma decisão queprecisava ser tomada e que modi(icaria a humanidade comela.- +u tens consci,ncia de que isso para Ar#allum seria

declarar *uerra a 1inotaurus?- E compreendo tam!ém que é a) que reside a di(iculdade detua resposta.

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- E tens consci,ncia de que 3herQood por mais homens que untem não poderia entrar em uma !atalha contra 1inotauruse 3tallia untos?- E por isso que vim aqui !uscar e pedirte auda.

An)sio suspirou uma ve# mais sentindo o peso do mundoso!re os om!ros. =e novo.- =esculpe LocKsleR. epare que dessa ve# nem houve otermo  sen'or.  A herdeira de 3tallia é minha noiva. Em !reveminha ainha. Ameaças além de nossa total compreensãovoltam a rondar estas terras e não posso dividir meu e&ércitopor uma *uerra que não é nossa. Eu te dei a li!erdade através

da %nica (orma que isso seria poss)vel$ eu não posso te darmais do que isso. -a verdade eu *astei +r,s =eseos por tuacausa. Ar#allum não pode (a#er mais e lutar neste momentoao lado de 3herQood.o!ert de LocKsleR apertou um l6!io no outro e !alançou aca!eça v6rias ve#es.

- Eu compreendo ei An)sio. E repare que o eiBran(ord que i*ualava o nome do (ilho ao do pai (oisu!stitu)do pelo primeiro nome. -a verdade até mesmoesperava por tal resposta. 1as eu precisava per*untar...LocKsleR 6 estava se diri*indo 7 sa)da quando se virounovamente>- 1as... 1aestade... a(irmastes que *astastes teus +r,s

=eseos pela minha causa...- 3im ou tu te esqueces de que +a*Qood se tivesse interessenas terras de 3herQood ele tam!ém poderia reivindicar umlu*ar na !atalha ao lado de 3tallia e 1inotaurus?" quei&o de LocKsleR caiu.Era claro$ era 5!vio. " /rimeiro =eseo. +a*Qood não

poderia usar a temida p5lvora ne*ra por um ano inteiro$arti()cio capa# de aca!ar com um campo de !atalha emminutos.

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" que tam!ém si*ni(icava que não teria a opção de con(rontar3herQood.LocKsleR mais uma ve# ia se retirar pensativo quando...- 1as 1aestade onde teu 3e*undo =eseo se enquadraria?

+ucK não era um prisioneiro e não (aria di(erença a esta causase ele mantivesse sua atividade como (rei ou não.- En*anase LocKsleR. /articularmente acredito que estehomem sea teu *uerreiro mais importante.- +ucK se aposentou dos campos de !atalha. Ele a*ora é umpaci(ista$ um homem santo que não participa mais de *uerras.- /elo contr6rio pelas hist5rias que che*am até mim ele

en(renta a mais di()cil delas todos os dias.E a cada dia ele se sa*ra vencedor.

13

" dia (ora e&austivo como o de um soldado em uma parede de

escudos de uma #ona de *uerra.E 7 noite Foão :anson voltou para casa completamentees*otado por um dia inteiro su!stituindo o pai derru!ando6rvores para os empre*adores do clã =e 1arco em meio alenhadores pelo menos duas ve#es mais velhos do que ele. "slenhadores *ostavam do velho :anson e se sensi!ili#aramcom a atitude do caçula. +rataramno como um deles e Foão*ostou daquelas pessoas em!ora ainda não sorrisse paranenhuma delas. Até mesmo quando sou!eram que eraanivers6rio do menino e lhe deram de presente um par deanéis de lenhador Foão não se sensi!ili#ou. Apenasa*radeceu colocou um anel no dedo *uardou o outro e voltoua !ater na 6rvore.

Estava escuro quando ele entrou em casa. E ele estava tãocansado mas tão cansado que nem escutou uma certamovimentação de pessoas naquela escuridão.

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Lo*o (icou realmente surpreso quando as escutou cantaremum> /ara!éns a voc,... nesta data honrosa e querida... que(adas soprem !ons sonhos... e semideuses lhe d,em vida.

'ada trecho era cantado de (orma lenta e arrastada como emtoda cerim<nia de anivers6rio em Ar#allum. E repetido tr,sve#es.Foão :anson o menino que a cada dia se tornava homemsentiu o coração querer retornar um pouco al*uns anos antes

quando seria considerado uma  criança.  1aria :ansonentrou tra#endo um pequeno !olo com uma vela acesa$ um!olo (eito pela mãe. E Foão :anson então se lem!rou dequanto tempo não comia um !olo preparado por ela. =esdeaquela época.=esde o maca!ro incidente com a 'asa e a sinistra !ru&aBa!au.E por um momento ele voltou a se lem!rar de como tudo era

antes. Antes de !ru&as de maldiçes e de todo o mundoadulto.CriKa :anson entrou com 1aria e tam!ém da escuridãosa)ram Anna e ol!e# -arin aplaudindo e cantando comtodos. ;uando o casal acendeu mais al*umas velas tra#endouma melhor iluminação ao recinto Foão :anson viu Ariane.Ela estava parada olhando para ele e esperando a  reação dele.Ele via no olhar dela que ela estava or*ulhosa dele dasatitudes dele e da responsa!ilidade que ele havia resolvidoassumir como homem daquela (am)lia.-as mãos dela havia um presente e Foão perce!eu que setratava de um cordão.Ele então caminhou deva*ar na direção dela e o coração de

Ariane começou a !ater mais r6pido ainda sem sa!er comoseria a reação dele ao (uturo que se propunha a ela. 3em sa!er

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se seria aceita ou reeitada e poético é o coração da mulherque est6 prestes a desco!rir al*o dessa importJncia.Foão :anson pe*ou o cordão das mãos da menina e perce!euque era um cordão simples em que havia um laço ao redor de

um pedaço de madeira. Ela usava um id,ntico ao redor dopr5prio pescoço e  tentou  di#er entre palavras tropeçadas emem!araço>- +ipo... não é nada de mais mas... é da  nossa 6rvore sa!e?Eu achei... sei l6... que talve# voc, (osse...E Foão :anson pu&ou o corpo da menina para o seu e aa!raçou (orte como se ela (osse para ele a coisa mais

importante do mundo.+alve# porque o (osse.- ... *ostar.'om a ca!eça deitada so!re o peito dele Ariane -arinderramou uma l6*rima. =epois outra. E nos !raços daquelemenino ela se sentiu a menina mais importante do mundo.

1ais uma ve#.Hoc, alimenta a alma do Foão e em troca ele espalha umaener*ia !oa que vem de voc,.;uando os corpos dos dois se separaram os l6!ios (echadosse tocaram (orte se apertaram e permaneceram unidos deolhos (echados./orque voc, é a (lor dele.

E quando se separaram o olhar de um se (ocou no do outro eantes que ela dissesse a frase, ele disse primeiro>Eu amo voc,.E ele é o seu !eia(lorD" menino ou o homem Foão :anson como h6 muito temponão (a#ia sorriu. m sorriso curto mas ainda assim um

sorriso. E aquela sensação (oi !oa. F6 a menina Ariane -arincomeçou a chorar copiosamente e não parecia que iria parartão cedo.

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" choro diante daquelas palavras era usti(ic6vel./orque !ater na cara de al*uém é (6cil mas tratar !em uma*arota ou sa!er o que di#er pra uma *arota s5 homem deverdade sa!eD

Ela sa!ia que era de verdade.

14

E o!ert de LocKsleR saiu do rande /aço e encontrou opu*ilista Pilliam ameQell esperandoo em um cavalo ap5sescutar um empol*ante relato de &el Bran(ord so!re suavit5ria no /unho =e erro." pu*ilista desceu do cavalo e deu um a!raço (orte na (i*uralend6ria.- "l6 Pill cumprimentou LocKsleR. 35 (altava nossocaçula.- 'omo (oi com ei Bran(ord? Pilliam per*untou.

- Ele não ir6 nos audar respondeu LocKleseR. 'omo (oicom pr)ncipe Bran(ord?- Est6 plantada dentro dele a  semente.  Hamos esperar que*ermine e d, (rutos a *randes consci,ncias.- E quanto a voc,? 3ou!e que (oi !em no torneio.- i# meu melhor mas o maldito rsoBranco era realmente(orte.- E a*ora?- A*ora é hora de retomarmos nossa luta. -ão pretendoperder pela se*unda ve# para 1inotaurus.- Fohn e 1arion vieram a Andreanne comi*o. C hora departirmos para o plano dois. Est6 pronto?

- 3im. A partir deste momento eu sou novamente o

!ermelho. A partir de a*ora sou mais um de seus capitães.

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E o!ert satis(eito montou em seu pr5prio cavalo e dissecom convicção> Então vamos tra!alhar Pill 3carlet.

15

-o 3alão eal havia certa movimentação. Al*uns servos reaisestavam preparando um pequeno *rande antar no 3alão dee(eiçes e ali uma !ancada havia sido instaurada pr5&imaao trono de ei An)sio. Al*uns no!res todos os 'onselheiroseais a princesa Branca e o pr)ncipe &el estavam presentese um servo real anunciou a entrada de u**iero.Acima da !ancada havia uma espada.;uando o oriental entrou com a capitã Bradamante 7 (rente aprimeira sensação dos presentes (oi de surpresa. :avia umimenso tapete vermelho que se estendia de onde estava até ospés do ei sentado em seu trono al*uns de*raus acima. Ao

seu lado direito Branca 'oraçãode-eve. Ao esquerdo &elBran(ord.E no caminho entre eles em posição militar ao lado do tapete

vermelho estavam  eles. =uas (ileiras deles. "s cavaleirosvestidos com suas assustadoras armaduras vermelhas."s 'avaleiros de :elsin*.

Bradamante caminhou por entre eles e u**iero (oi atr6s. Acada passo que dava dois soldados no caminho !atiam umarespeitosa contin,ncia diante de um olhar militar. Ao (undoos "ito 'onselheiros eais com seus capu#es cada um deuma cor o!servavam." %ltimo da (ila dos cavaleiros vermelhos era o idoso e *ordocoronel Athos Ba&ter. Ele não parecia estar nem um pouco

contente com a cerim<nia.u**iero caminhou e parou ao lado de Bradamante em (rentea An)sio Bran(ord e ao palanque com a espada.

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- =e oelhos... disse An)sio e por mais que se tratasse deum oriental u**iero tremeu na !ase com aquele comandoporque entendia o que ele representava.ei An)sio retirou a espada da !ase e disse>

- 3enhor u**iero todos aqui estão cientes de que suapessoa unto 7 da capitã Bradamante eliminou uma horda dedem<nios que talve# *rupos aqui presentes sucum!issem e o(e# por altru)smo 7 p6tria de 3tallia e 7s !oas relaçes comAr#allum. A maneira mais sincera que encontrei de a*radeceruma atitude her5ica como esta (oi desta (orma aqui a*oramani(estada e meus 'onselheiros concordaram comi*o.

E não con(io em coronel Athos para tanto$ ele *osta de levarméritos demais por tra!alhos alheios.u**iero pensou que não era 7 toa que o homem não estavamuito contente com tal cerim<nia. A lJmina da espada (oiapoiada deitada de lado em seu om!ro direito.- /elo poder em nome do 'riador de -ova Ether e de todos

os semideuses que nos dão vida... A lJmina (oi passada parao om!ro esquerdo de u**iero. /elo poder de 'ru# de1erlim de Avalon o 3a*rado 'hristo de -ova Ether... AlJmina (oi colocada deitada so!re o topo da ca!eça !ai&a. Epelo etérico que corre no san*ue de (adas e d6 vida a estemundo... A lJmina (oi colocada em pé diante de u**iero. =e acordo com o 'onselho eal e com a autoridade a mim

atri!u)a eu An)sio +erra Bran(ord ei de Ar#allum oconsa*ro u**iero cavaleiro so! a !,nção da !andeira deAr#allum."s 'avaleiros de :elsin* (i#eram uma pisada potente queestremeceu o am!iente e pareceu um %nico movimento de(orça e som retum!antes ao comando de seu coronel. ei

An)sio pe*ou a espada com as duas mãos como se (osse umrecémnascido e a o(ereceu ao estran*eiro.

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3e*uindo instruçes de Bradamante u**iero !eiou a lJminae se p<s de pé.ece!eu do ei a espada e tam!ém a se*urou como se (osseuma criança de colo. E então a apoiou no chão. " monarca

disse>- 3enhores não temos mais d%vidas hoe de que o rein)ciodesta "rdem de caçadores é mais uma ve# necess6ria para aso!reviv,ncia e se*urança desta nação e de toda ahumanidade. Ando ultimamente pensando apenas qual seria amelhor (orma de administr6la pois a maioria dos antigoscaçadores não está mais hoje entre nós. Drante todo esse tem!o de !onderação"

assmo" não consegia encontrar m nome #e nisse sa$edoria !or e%!eri&ncia e'ita(idade !ara (iderança em treinamento e miss)es de cam!o. *es !ensamentos" !or+m" hoje estão mais c(aros" e o ,riador !arece ter i(minado minhasnecessidades com m Destino in#ieto" e sem!re sr!reendente. or isso" em 'ede me dar ma !essoa com tais caracter/sticas" o ,riador me i(mino das.

"s 'onselheiros se olharam surpresos. :6 poucos instanteshaviam até votado pelo t)tulo e honraria ao estran*eiro comomotivo de a*radecimento e !oa pol)tica com o continente

oriental. 1as o que ei An)sio estava di#endo não haviapassado por votação e não era de seu conhecimento.E nin*uém poderia descrever então a surpresa de coronelAthos.- 3ei que muitos dirão que a "rdem 6 possui sua (i*ura decomando na posição de coronel Athos Ba&ter 'onselheiro

/reto da 3ala edonda e her5i de *uerra de 1osquete quenos honra com sua e&peri,ncia e não coloco aqui em d%vidanem suas quali(icaçes nem suas qualidades. E diante dasociedade de Ar#allum como !em pre*a a pol)tica desta"rdem ser6 ele a %nica (i*ura p%!lica conhecida eo(iciali#ada pelo *overno real. A questão é apenas que*ostaria de dei&ar esta "rdem so! o comando  prático  de m

ara((ino #e tenha 'isto e so$re'i'ido 0  6açada de *ruas origina(" e estado ao(ado de me !ai na#e(es tem!os negros. - O gordo corone(" detrás de sas $anhase ca$e(os e $ar$as $rancos" começo a 1icar 'erme(ho e a sar como m !orco"

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sr!reso. - Logo" sem de(ongas" anncio a todos os !resentes #e Sa$ino 'on2/garo" ,onse(heiro 3ranco da Sa(a Redonda e in#estioná'e( herói de gerra" a !artir de hoje oc!ará tam$+m a 1nção de 9eneral e 6omandante da :rdem de ;elsing.

"s 'onselheiros eais e&plodiram em protestos e

murmurinhos. 'oronel Athos não conse*uia nem mesmodi#er al*uma coisa em choque.- 1as... 1aestade... - tento dier o im!(si'o ,onse(heiro 4erme(ho. 

- Gsso não est6 em votação 'onselheiro - disse An/sio com 'igor. -E ainda não terminei...

" 'onselheiro se aoelhou.- Gmploro seu perdão 1aestade.

3a!ino von )*aro vestido com suas vestes claras estava comuma e&pressão de puro choque. Aquilo havia sido realmente masr!resa em sa 'ida.

1as passado o choque veio o ,&tase.- E não estou hoe apenas consa*rando o cavaleiro Rggierocomo m ca'a(eiro de Ara((m. Esto con'ocando-o !ara se tornar m ,a'a(eiroda Ordem de 5e(sing.

"s cavaleiros vermelhos mais uma ve# (i#eram seumovimento militar de duas pisadas que estremecia o salão. "s'onselheiros continuavam em!as!acados. Até mesmo Á%e( e3ranca esta'am sr!resos.

- E convocoo para se tornar o capitão desse *rupo renascido.3e e&istia mais al*um espaço para protestos aqui é que ele (oiusado realmente. Á%e( 3ran1ord acha'a o má%imo a cara dos ,onse(heiros e

'e(hos comandantes at6nitos !or 'erem decis)es im!ortantes serem to madas semcons(ta" como... $om" como no tem!o de 6açada de rimo 3ran1ord. E" da(i decima" Á%e( !erce$ia o #anto" dia a!ós dia" An/sio se !arecia com o !ai. E o#anto a#i(o era 1ascinante.

E assustador.- 3enhor Rggiero" o senhor aceita minha con'ocação7

u**iero senti o coração $ater mais rá!ido. Era m estrangeiro em ma terraestrangeira e (he !ediam #e 1iesse !arte de(a. 8inha ma 'ida do otro (ado do

mndo e aceita'a #e se  d'arma esta'a em 'i'&-(a do otro (ado do oceano.Entretanto" em !oco tem!o" ha'ia a!rendido tanto so$re m mndo 1ascinante eno'o a cada dia" #e a sedção !or e(e se torna'a 1áci(. *as o #e mais marte(a'a

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em sa ca$eça era tentar com!reender o #e se ,riador es!era'a de(e em samissão na#e(e mndo et+rico.

=i#em que se um pedido em pessoa de um ei não (i#er umapessoa se inclinar por uma ideia" então nada mais o 1ará. At+ a#e(e dia"isso !arecia 'erdade em 9o'a Ether. Entretanto" Rggiero esta'a diante de m

 !edido !essoa( do *aior dos Reis" e isso nada !arecia signi1icar !ara e(e. 9ada !arecia !esar em sa decisão. E Á%e( 3ran1ord" de onde esta'a" !6de $em o$ser'aro(hares e !erce$er #e e%istem 'a(ores !ara m homem mais im!ortantes do #eordens de m Rei.

/orque Á%e( !erce$e #e o #e 1e Rggiero se decidir na#e(e momento não1oi o Destino #e (he !assa'a intição.

oi o olhar que ele trocou com uma mulher.- 'om pra#er 1aestade.

Bradamante tentou, mas não esconde a 1e(icidade #e desco$ri em si #andoo gerreiro orienta( aceito a !ro!osta. :á Á%e( só consegia en%ergar o o(har de*aria 5anson" #e não esta'a a(i" e a 1a(ta #e e(e não agenta'a mais sentir" tão(onge de(a há tanto tem!o.

'om uma chamada 3a!ino (oi t)mido ao centro e seposicionou ao lado de u**iero. 'oronel Athos (oiposicionado ao lado de 3a!ino em!ora (osse vis)vel em sua

e&pressão o 5dio daquela posição. ma coisa era certa> no(uturo as coisas entre ele e 3a!ino von )*aro não seriam dasmais (6ceis." ei os virou de (rente para as tropas. E !radou>- 'avaleiros de (rente ao comandoDE pelo menos setenta homens naquele 3alão eal !aterammais duas ve#es no chão e *iraram para o centro.- +enho aqui de um lado a e&peri,ncia que os enriquece. -ocentro a sa!edoria de que necessitam. E do outro a liderançaque os levar6 para a *uerra. 3ão esses os tr,s pilares que oslevarão 7 vit5ria na *uerra sua.An)sio (e# um movimento de ca!eça para 3a!ino e atrans(ormação (oi tão imediata mas tão impactante que até

mesmo entre os 'onselheiros que o!servavam a cena elaassustava. 3a!ino von )*aro acostumado a (alar !ai&o e de

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(orma s6!ia de repente !radou com um comando de *uerraque pararia um e&ército ecoando a vo# pelo *rande salão>- 'avaleiros de vermelho qual é vossa ma*ia?3etenta *uerreiros de vermelho responderam em uma %nica e

assustadora vo#>C a cru# do meu escudo minha espada é minha *uiaD- 'avaleiros de vermelho por que viveis desse eito?/or que honro este dra*ão de éter vivo no meu peitoDEles !ateram o pé novamente e então houve sil,ncio.- +ropa tempo.A tropa !ateu o pé e todos se posicionaram est6ticos com as

mãos para tr6s. 3a!ino olhou para An)sio Bran(ord e voltou asorrir com seu eito educado e t)mido>- 1aestade a tropa est6 pronta para o antar.ei An)sio Bran(ord acreditou ali que dias muito interessantesainda estavam por vir.

16

-em tdo ainda esta'a $em. Ariane 'o(to !ara casa com os !ais" e todos esta'am $astante satis1eitos com a cerim6nia de ani'ersário sr!resa !ara o jo'em 5anson"e !rinci!a(mente com a reação de(e a essa sr!resa. 5a'iam 'isto 5/gor 5ansonem sa cama" de1inhando diante de ma doença di1/ci( de ser e%!(icada" eentenderam #ando o menino não #is 'er o !ai.

Ao menos não ainda.;uando che*aram em casa porém e ;o($e 9arin se retiro !aramdar sas ro!as" Ariane chamo a mãe a m canto" com sa t/!ica e% !ressãoassstada de #em está 1a(ando realmente s+rio.

- 1ãe... e Ariane o(ho os arredores" 1eito ma !aranóica" !ara se certi1icarde #e se !ai rea(mente não esta'a !or !erto. %o a mãe !ara m canto da casaainda mais a1astado. E disse sssrrando< - *ãe" e 'i e(a (á" mãe... 

Anna  9arin" !erce$endo a seriedade da 1i(ha" 1echo a e%!ressão e !ergnto<

- @uem 'oc& 'i" Ariane7- Beanshee.Anna  9arin senti os !e(os se arre!iarem.

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- "nde?- -a casa dos :anson.ma pausa para um pouco de ar. E então>- Ela estava chorando?

- Ainda não.- E o que ela estava (a#endo?- Esperando.Anna 1ico rea(mente es!antada. 3eanshee de1initi'amente não costma'a !assar mais de m dia e ma noite es!erando !or m condenado.

- E onde ela espera?- 3entada do lado de (ora do quarto do senhor :anson

a!raçada aos oelhos como se (osse uma menina de casti*o.Ela me viu (icou me olhando mas não disse nada. Ela nãochorou mas tam!ém não sorriu.- C di()cil ima*inar Beanshee sorrindo...- 3e ela est6 ali esperando por que ela não entra de uma ve#no quarto do senhor :anson mãe? - a menina !ergnto" assstada.

- Eu não sei Ariane.Eu realmente não sei.

1!

o$ert de Loc=s(e>" na#e(e 1im de noite" ha'ia ca'a(gado ao (ado de se ?(timoca!itão. Sa$ia #e se !ró%imo !asso en'o('eria en1rentar ma !arte do e%+rcito

de Sta((ia - comandado !e(o se rimeiro-*inistro a(iado a m es#adrão de*inotars !ara !iorar a sitação. ,onta'a com Rei 3ran1ord !ara an(ar osegndo !ro$(ema" mas ainda não seria dessa 'e #e Ara((m iria 0 gerra contrase maior inimigo.

+alve# porém 1inotaurus não (osse 7 *uerra.Era uma possi!ilidade remota mas ele tinha de se a*arrar aela pois a tudo se a*arra o homem que !usca a li!erdade.-aquele momento 6 estava pensando na partida de volta a3herQood que aconteceria pela madru*ada. Ele e Pillacompanhados de um terceiro esperavam no local marcado

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para o encontro com Fohn /equeno e LadR 1arion. Era umlocal a(astado para não levantar suspeitas e que lhes serviria!em para passar a noite.=e (ato não haveria melhor lu*ar para se passar a noite.

A(inal como 6 (ora escrito LocKsleR deseava a auda deAr#allum mas 6 esperava sua recusa e por isso possu)adesde cedo um /lano B conse*uido através de contatos dentro da !risão" s$ornos" co$rança de d+$itos" caçadores de $r%as e otros e(ementos dema história #e ta('e m dia seja contada.

" (ato era que era por isso por esse inevit6vel /lano B queprecisaria ur*entemente p<r em pr6tica que eles estavam ali

7 espera dos outros dois diante daquele terceiro homem emAra((m.

Ao (undo dei&ando sorrisos em curvas da noite os cavalosche*aram tra#endo seus dois *enerais. Lad> *arion e :ohn e#enoa$raçaram @i(( Scar(et como se 1osse e(e m 1i(ho há mito tem!o iso(ado da1am/(ia e #e retorna com ma me(hor sa?de do #e toda a 1am/(ia !oderia ima -ginar.

1as (oi quando eles se viraram para o terceiro inte*rante que

acompanhava os dois naquela noite que sorrisos se a!riramtra#endo a sensação de um parente h6 muito não visto.oi o momento em que o *rande ne*ro conhecido pelaalcunha de Fohn /equeno a!raçou o terceiro e o er*ueu quaselhe estraçalhando os ossos enquanto este o escutava di#er>- "l6 tio.

A vo# desse terceiro era de Snai( ;a(1ord. E tam!ém dele (oi a vo# que disse aos tr,s lend6rios>- Eu (i# o melhor que pude. E acho que até mais do queachava que poderia (a#er.- -in*uém aqui pode duvidar disso *aroto disse Loc=s(e>.A!enas estar na !resença de(e dei%a'a as !ernas de ;a(1ord $am$as.

- E seu pai deve estar muito or*ulhoso disse Fohn.

'onhecendo aquele ca!eçadura chorão ele a esta horaestaria !e!endo em ta$ernas" 1a(ando de sas 1açanhas e tirando dinheiro deincom!etentes em mesas de jogos de aar.

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- C... suspirou 3nail. Acho que isso seria eatamente o #e e(e1aria mesmo...

A mão de 3nail se*urou a porta de entrada do *alpão atr6sdele onde os tr,s iriam dormir. E ainda disse>-

/ois !em senhor LocKsleR. A) est6 o melhor que pude(a#er. A porta (oi a!erta e os tr,s (icaram maravilhados como que viram. A) est6 o seu /lano B...=everia haver ali pelo menos quase oito centenas demeninos 5r(ãos$ meninos com olhares (uriosos e semidentidade que imploravam por um motivo para viver. "upara morrer.

o!ert de Loc=s(e> não sa$ia #e moti'o iria dar a e(es.1as aquela seria uma lon*a noite para desco!rir.- ;ue hist5ria voc, contou a eles para convenc,los a lhese*uir até aqui ;a(1ord7 - !ergnto m Ro$ert de Loc=s(e> ainda sr!reso. 

- A minha pr5pria senhor.=e(initivamente havia hist5rias capa#es de mudar o mundo.

1"A#e(a noite !oderia ter terminado a(i. E teria sido ma $oa noite no ;rande aço.

- An)sio... disse Á%e(" entrando no #arto dos !ais no'amente.

1as não (oi assim que ela terminou.

- Heio ver o quarto mais uma ve#? per*untou An)sioo!servando o quadro do pai sem olhar para o irmão.- -ão dessa ve# vim ver você.

E a atenção do ei se concentrou no pr)ncipe. Aquele era umem!ate e um acerto de contas entre irmãos que 6 estavaesperado h6 tempo$ h6 tempo demais.- Est6 pronto para admitir  hoje" cam!eão do mndo7

- /ara de (alar assim comi*o.

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- E como eu deveria (alar com voc,  irmão? ,omo !a!ai 1a(a'a co-migo #ando não está'amos diante de terceiros7 O como você 1a(o comigo antesde e !artir7

&el trinco os dentes. A#i(o seria dro e e%tremamente di1/ci(. A#e(aslembranças seriam di1/ceis. 5o'e m !oco de si(&ncio" e o tom de 'o de Á%e(

1oi sincero #ando e(e en1im !ergnto<- Como era, An/sio7 *e conte< como era #ando só esta'am 'oc& e e(e7,omo era se treinamento7

- Ele nunca lhe contou?- Ele disse que eu não precisava sa!er disso. ;ue eu sa!iatudo o que eu precisava sa!er.An)sio riu um riso ir<nico.- C t)pico dele. /apai sempre sou!e o que di#er...- E o que ele lhe di#ia?An)sio voltou a olhar a pintura do pai.- &el 'oc& nnca" nnca 'ai 1aer ideia do #e 1oi o me treinamento, desdemito no'o" !ara me tornar o 1tro Rei de Ara((m. 4oc& não 1a id+ia de tdo o#e e !assei !ara a!render desde cedo conceitos ditos como !rimordiais a m(/der" nem tem como 1aer. - Uma !asa crta. - Acaso se (em$ra de minhas (iç)es

no (ago7- Hoc, aprendeu a nadar com papai e o instrutor...- -ão havia instrutor. -ão havia nem papai.- 'omo assim?- Gma*ine uma criança de seis anos sendo retirada da pr5priacama colocada nua com um capu# preto en(iado so!re aca!eça e arremessada em um la*o 7 espera de que so!reviva

na 6*ua (ria...&el arrega(o os o(hos. E(e #eria dier a(gma coisa" mas não sa $ia o #&. Diante da re(ta" An/sio contino<

- Hoc, se lem!ra das aulas de cultura *eral? 3o!re que talherdever)amos pe*ar na mesa em determinado momento?Aquelas mesmas aulas das quais voc, se or*ulhava deenlouquecer seu instrutor e de não dar a m)nima em conhecercom que talher se espetava um  ja'a(i antes o de!ois do meio do dia7

&el aquiesceu.

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- Hoc, até *ostava dessas aulas... o irmão tentou di#er.- 1eus dedos eram pressionados so!re a mesa com umat6!ua de cortar carne cada ve# que eu errava o talher emquestão.

&el senti o est6mago em$r(har. A#e(as in1ormaç)es eram  surreais demais !ara o mndo em #e e(e ha'ia crescido" e acha'a #e tinha tomado !arte.

- Eu pensei que machucasse suas mãos nas aulas de ustas...- -ão nas aulas de ustas cada ve# que era derru!ado docavalo eu tinha de escolher entre o ca(édamanhã se*uinte oalmoço ou o antar. Eu tinha de escolher qual das tr,sre(eiçes eu teria de eliminar. Lo*o ima*ine como era o dia

se*uinte quando eu ca)a tr,s ve#es...&el ainda era cho#e.

- -a verdade amais *ostei de ustas. Eu odiava esse es!orte. Sa$e#a( era o ?nico es!orte #e e tinha 'ontade de a!render e com!etir7 gi(ismo. -O rosto do irmão em!a(idece. - *as nnca me 1oi !ermitido. Um !rimeiro !r/nci!e de'eria a!render jstas.

- Eu... não sei o que di#er.

- Enquanto eu escutava voc, socar sacos de areia eu erao!ri*ado a ler livros en(adonhos so!re estraté*ias militares. Ese dormisse era acordado com um !anho de 6*ua *elada etinha de continuar a leitura sem trocar a roupa. -os dias de(rio eu !atia meus dentes incessantemente enquanto tentavadecorar livros das quais me (ariam e&tensas e detalhadasper*untas depois. E se eu não sou!esse respond,las eu teria

de ir dormir a noite toda com aquelas roupas molhadas ere#ar para que elas secassem so#inhas.- Eu... eu... eu nunca sou!e nada dissoD <or #ue e nnca so$e nadadisso7 or #e 'oc& nnca me conto nada disso7 E era... e so se irmão"droga or #e 'oc&...

- 3e eu apenas  tentasse  (he contar como era a minha 'ida" #e já era m !esade(o" teria se tornado m #inta( de Aramis.

- 1as... papai sempre (alou com or*ulho de voc, An)sio. Elesempre...

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- /apai  tin'a org(ho de mim. Assim como de 'oc&. 9a ca$eça de(e" nósa!enas t/nhamos  responsabilidades  di1erentes" inde!endentemente de termos odireito de esco(h&-(as o não. E seria o Rei. 4oc& seria o !r/nci!e. Sem esco(has.

&el se senti tonto. A !ressão $ai%o" mas e(e se mante'e 1irme. 3a (anço m !oco" mas se mante'e 1irme. As (em$ranças de sa in1Bncia" sa  feli$  in1Bncia

retorna'am" e e(e jnta'a as !eças. Lem$ra'a de #antas 'ees An/sio semachca'a $rincando  com outros garotos maiores, com #uem 1el não podiabrincar. E" criosamente"  nem con'ecer. Cantas 'ees e(e chamo An/sio !ara1(ertar com as 1i(has dos no$res #e 'isita'am o ;rande aço" e An/sio diia #etinha responsabilidades #ue 1el não poderia entender. E e(e chama'a o irmão deum pé no saco. Lem$ro-se das 'ees em #e An/sio !arecia mais magro  porcausa do ecesso de eerccios. O em #antas a!arecia com o(hos ro%os  por tercado do cavalo.

E ele se lem!rava daquele (at)dico dia. Aquele maldito e 1at/dico

dia.

- C por isso ele concluiu em!as!acado. C por isso quevoc, sempre volta a esse quarto...- 3im respondeu An)sio ainda olhando a pintura do pai. /ara tentar sa!er se eu o amo ou se eu o odeio.- E o que desco!riu ao lon*o desse tempo?

- ;ue eu ainda não sei. E o ei per(eito como o si*ni(icadodo nome An)sio en(im demonstrou (raque#a. 3a!e eu seio que ele quis (a#er. Eu sei que ele tinha noção do (ardo queeu iria carre*ar e de que eu tinha de ser o melhor do mundoem tudo o que tivesse de sa!er (a#er. E talve# eu sea hoetudo o que ele sonhou que eu seria. -esse ponto eu sei queele (e# apenas o que achou que tinha de (a#er. /or ele por

mim e por Ara((m. Sei #e nesse !onto e(e o 1e !or amor...

- 1as...An)sio demorou a concluir a (rase. E quando o (e# o tom devo# era tr,mulo>- 1as... não precisava ter sido assim voc, não acha? e eleolhou para o irmão como que pedindo cumplicidade naquele

ar*umento. 'aram!a... e Á%e( se asssto no'amente !or a(go #ede'eria ser $o$o" mas não era na#e(e caso era m 1ato< e(e nnca ha'ia 'istoAn/sio dier ma ?nica g/ria. :á era di1/ci( mesmo '&-(o 1a(ando 1ora dos !ronomes

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de tratamento da segnda !essoa. - ...e era 1i(ho de(e" Á%e(. 4oc& consegiria1aer coisas... assim... com m 1i(ho7

ma l6*rima de dor ou raiva apenas um dos doissentimentos desceu do olho direito de An)sio.- Então (oi por isso. /or isso que voc, partiu... disse Á%e("

com ma 'o $ai%a.- +am!ém. /or isso e por eia...

- Branca? 1as ela era sua prometi...- -ão Branca.  :utra !rincesa. Uma !rincesa #e in'adia mes sonhos 0noite" de!ois de m certo tem!o. E(a 'inha #ase sem!re" me co(oca'a em se co(oe me conta'a histórias. ,on'ersa'a so$re destinos e so$re esco(has. E so$re a(i$erdade de esco(has.

- ;ue princesa era essa?- Ela não tinha um nome. Eu a chamava de   <rincesa (s#uecida.Era assim #e me (em$ra'a de(a" o tenta'a me (em$rar. Era di1/ci( gardar sasmemórias de!ois de acordar" mas a  sensação !ermanecia. Era $oa.

Boa o su(iciente para me manter   'umano  na#e(a 'ida #e meen(o#ecia a cada acordar.

- E voc, não pensava em Branca?- ;uando estava acordado$ não quando estava dormindo.Acaso voc, pensa di(erente?- /enso em 1aria :anson acordado ou sono(ento.

- C por isso que não a v, h6 dias? Hamos> admita por quevoc, pensa tanto nessa *arota. /orque voc, sa!e o que épreciso ser dito a ela...&el ss!iro 1orte. E disse com e%!ressão menos amistosa<

- E por que na#uele dia 'oc& reso('e e%!(odir e $otar !ara 1ora tdo o #eha'ia a!rendido a gardar dentro de si7

- /orque a <rincesa (s#uecida ha'ia me c'amado. E e não consegi resistirmais.

- Então (oi isso o pr)ncipe disse olhando para !ai&o. Elahavia lhe chamado para...- /ara as 3ete 1ontanhas de Ara((m.

:ouve mais uma pausa. E mais sil,ncio. Á%e( !asso a mão no rostocomo se esti'esse sjo" e am$os mantinham a e%!ressão s+ria. Era a hora da !ergnta mais di1/ci(.

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- E onde Brua entrou nessa hist5ria?- Ela era a /rincesa Esquecida. An)sio pareceu se sentir malpor contar aquilo. Era a primeira ve# que (alava de todoaquele pesadelo com al*uém. =urante todo esse tempo ela

havia preparado a volta de um a'atar. Um a'atar (igado aos meussonhos.

- a# sentido. " herdeiro Bran(ord...- E... quando eu estive l6 em (rente a ela ela me disse coisasque aca!aram comi*o. Ela me disse que eu era (raco erid)culo e patético e que amais iria merecer uma coroa nemmesmo em uma terra devastada. E me disse que para recrutar

almas humanas para o lado dela ao contr6rio de outrasentidades ela não tentava  convencer   ses 1i+is. E(a mostra'a m (adodes'antajoso e m (ado !raeroso. E (hes da'a a o!ção de escol'er.

- An)sio...- -ão tente me consolar pois não mereço consolo ao menosnão nesta situação. 3a!e qual o momento mais di()cil paramim em tal revelação Á%e(7 Lem$rar de 3ranca. E dos sentimentos #e

tinha !or 3ranca. A !rea" a de(icadea" a   confiança de(a. E a ha'ia tra/do etrocado !or todas a#e(as o!ç)es" sem !erce$er. E não ha'ia com!reendido #e"ao menos se !assasse !or tdo #e tinha de !assar desde criança !ara me tornarRei" era ta('e !or#e esse 1osse o  preço !ara m homem !oder ter o amor de mam(her como 3ranca ,oração-de-9e'e.

"utra l6*rima desceu do rosto do ei. 1as essa não era deraiva nem de 5dio. Era de remorso.

- Eu comecei a me sentir... sujo.  assim #e se sente m homem de cjocoração escorre c(!a. Sa$e como + a sensação de remorso !ercorrendo o secor!o atra'+s do se sange7 Era assim #e e me sentia e a maldita sa$ia. E(asem!re so$e #e era assim #e e me sentiria. E 1oi !or isso" 1oi !or isso #e e(aso todos os sentimentos mais 'enenosos #e e ha'ia gardado dentro de mimdrante todo o me crescimento e so toda a c(!a #e ha'ia dentro de mim !orter   ol'ado para trás  #ando esta'a !restes a rece$er me !r&mio  !ara 1aer... a#uilo comigo.

- An)sio...

&el apertou os olhos quando tudo  tudo !asso a 1aer sentido. EAn/sio conc(i<

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- "u por que voc, acha que a %nica capa# de que!rar a ma*ia(oi Branca através de sentimentos manifestados pela vontade e ilimitados pela 1+7 Ce otra !essoa !oderia retirar de mim a c(!a em #e e mesmo mea!risiona'a7 E #e ti!os de sentimento senão amor e !erdão !oderiam an(arremorso e c(!a7

&el aquiesceu concordando. E mais uma ve#compreendendo. An)sio disse em tom de lamento>- 3a!e aquilo era uma espécie de...  peste emotiva. São sentimentosrins #e a1etam o cor!o" mas nos a1etam !or#e nós mesmos !ermitimos.

- Hoc, quer di#er que...- Eu quero di#er que quando Brua (e# eu me sentir  abaio dem homem" atra'+s dos meus !ró!rios sentimentos $ai%os" e permiti #e a#uilo

acontecesse. E e #uis #e a#i(o acontecesse. Era m castigo #e e acha'a #ede'eria !assar. E merecia !assar. - Á%e( mais ma 'e senti a !ressão se a(terar ema tontra momentBnea diante de ta( re'e(ação. - 2oi o momento em #e sentiminhas entranhas sendo arrancadas e a !e(e de homem !oco a !oco dandoorigem 0 maca$ra !e(e de $icho. E o ser hmano des!re/'e( se tornar m grotescohomem-sa!o.

- An)sio pelo 'riador...- 3oldados de Ar#allum enviados por papai atr6s de mim

che*aram um pouco depois e eu tive de assistilos sendomortos um a um diante dela. Era compreens)vel. Era di()cilacreditar que um avatar naquela (orma de tão !ela princesapoderia destruir e&ércitos.- Gmprud,nciaD /ura imprud,nciaD Acaso voc, tem a  malditaconsci&ncia dos ti!os de ritais #e e(a !oderia 1aer com m !rimeiro !r/nci!e emta( condição 0 sa merc&7

- -ão na#uele momento. ;oje e tenho" mas não na#e(e. E tdo !oderia tersido $em di1erente" se não 1ossem e(es...

- "s 3ete 1estres.- "s sa*rados 1estres Anes. 3orte da humanidade que seuscaminhos se cru#aram com o avatar maldito e o destru)ram. -An/sio o(ho de no'o !ara a !intra de rimo. - or isso" !recisamos doscaçadores, Á%e(. A gerra não termino como !arece. A  6açada de *ruasnnca termina...

&el aquiesceu e começou a se diri*ir para a sa)da do quarto.

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- Eu... preciso descansar e a!sorver um pouco disso tudoirmão.

An)sio se virou para ele e disse (irme e ressoante como umtrovão>-

-ão sem antes admitir o que estou esperando até a*ora...irmão.

&el suspirou e virouse irritado.- " que voc, quer que eu di*a? Hamos me di#> o que voc,quer que eu di*a? - a 'o sai gritante. 

- Eu quero que voc, me di*a o maldito porqu,D - a 'o de An/siosai tam$+m. - or #e 'oc& 1oi at+ as Sete *ontanhas atrás de mim" de !ois de medier tdo o #e me disse7

- Eu não sa!ia de tudo isso que estou sa!endo a*ora dro*aD;uando eu entrei neste quarto naquela noite eu s5 vi voc,di#endo coisas...  'or rveis !ara o !a!ai E !ensei #e 'oc& esta'a agindocom... ingratidão+ ,omo se 1osse m...

- m moleque mimado como voc,?- +alve#D +alve# caram!aD oi coisa de momentoD oi umataque de c5leraD oi errado a*ora eu veo mas eu não viaassim naquele momento. Eu não tinha como sa!er dro*aD- -ão tinha &el? "u não #ueria7 A(gma 'e" em toda nossa in1Bn-cia" nós ti'emos ma con'ersa tão sincera #anto a #e estamos tendo agora7

- -ão (a# di(erença An)sioD Hoc, est6 certo> eu achei quea*ia de (orma correta" mas e errei. Errei com 'oc&. E !eço desc(!as. Eacho #e e só... não esta'a !re!arado !ara a#e(e soco

- Eu lem!ro. oi o soco que eu a(undei na sua cara quandovoc, tentou me a1astar do !a!ai. E me disse #e eu não era mais seu irmão. E" seeu não aguentava a pressão, #ue fosse embora. -  Á%e( não #eria o'ir a#i(o. - Etdo segido !e(as ?(timas e ines#ec/'eis !a(a'ras" como eram mesmo7... -de1initi'amente" e(e  não #eria se  lembrar   da#i(o. - For mim" e agora #eromais + #e 'oc& morra...F

&el teve de se se*urar em uma cadeira para não cair. 3uarespiração corria di()cil$ na verdade respirar do)a. Aquelas

lem!ranças machucavam mais$ muito mais do que um soco deadamisto.:avia um espelho pr5&imo 7 cadeira e &el odiou se re1(e%o ne(e.

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- Eu... - e(e tento dier. 

- E no entanto voc, unta seu garda-costas tr&s !or #atro e seem$renha  so$in'o em ma jornada 'er/ica atrás de mim7 ois e ten'o certe$a do !or#& Só #e e #ero #e 'oc& admita E hoje 'oc& 'ai admitir+

- Eu me arrependi das minhas palavras. Eu tinha de... - Á%e( só

consegia o(har !ara An/sio atra'+s do es!e(ho.- 1entiraD Hoc, se arrependeu delas muito mais tarde. -ãona#uele momento. Ainda não 1oi !or isso...

- Eu sou seu irmão An)sioD Era minha o!ri*açãoD- Hoc, mesmo havia a!dicado dessa condição...- Eu vi a triste#a de mamãeD Ela estava enlouquecendo. Euprecisava sa!er o que havia acontecido com vo...

- Mentira - An/sio e%!(odi. - ara de me contar mentiras" garoto E sei#e 'oc& nunca agi !or todo esse a(tr/smo #e os $ardos tentam !assar 4oc&sem!re 1oi m garoto mimado" e 1oi !or  você #e 'oc& 1oi at+ (á atrás de mim

- Eu apenas queria..- A*e como homem e admita isso hoe na minha caraD- Eu apenas...- Eu quero a verdade &elD- Eu...- :oe...- ... eu quero...- ... a dro*a...- ... da...- ... HE=A=ED

- E3+ BE1D o espelho E3/A+G"3E em diversospedaços quando o punho real o socou. Á%e( 'iro-se !ara o irmão egrito rendido<

- 6u admito *a(dição" e admito 4oc& #er mesmo  tanto #e e admita !or #e e 1i atrás de 'oc& nas Sete *ontanhas7 E (he digo< por#ue eu não#ueria ser ei+

:ouve o cruel sil,ncio que precede o es!orro. Á%e( (im!o as (ágri-

mas #e insistiam em (he escorrer no rosto.- oc% ha'ia sido treinado !ara isso - e(e disse" ainda entre (ágrimas.

- oc% era o !rimeiro !r/nci!e. =ocê tinha essa responsabilidade. 9ão e.

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1aldição... era você, não e...F

A revelação tocou de (orma di(erente cada um dos dois mastocou am!os de (orma pro(unda.Eu hoe estou tão (eli# porque hoe encontrei meus ami*os...

-o rosto impass)vel de An)sio Bran(ord era imposs)vel di#erquais tipos de sentimento corriam por ali. E permaneceriampor ali.Eles estão na minha ca!eça.E diante daquele cen6rio de l6*rimas e sil,ncio os doisirmãos repararam que estavam de pé 7 mesma distJncia dapintura de /rimo Bran(ord.

Eu sou tão (eio mas tudo !em..."s cacos maiores do espelho partido que a#iam no chãore(letiam a pintura./orque voc, tam!ém é...E cada caco devolvia o re(le&o de uma parte e de uma (ormadi(erente de toda ima*em que re(letia.

-5s que!ramos nossos espelhos...&el  !erce$e #e a mão sangra'a m !oco. E mais ma 'e se dirigi 0 sa/dado #arto.

- -ão esqueça est6 !em? ecoou a vo# de An)sio atr6s de si. -ão esqueça de que voc, também  tem res!onsa$i(idades #e !recisamser cm!ridas. E #e se a!ro%imam.

- Eu sei disse Á%e( sem se 'irar. - E 'o contar a e(a. E... - e e(e se 'iroantes de sair -... An/sio... e #eria" mais ma 'e" (he !edir des... 

- Esqueça. A(inal voc,  conseguiu. 4oc& + o cam!eão do mndo. Aos !ocos 'oc& tam$+m está a!rendendo a assmir grandes res!onsa$i(idades. E sórea(mente !reciso #e 'oc& entenda #e hoje 'oc& + o !rimeiro !r/nci!e deAra((m. E e 'o !recisar #e 'oc& não se es#eça mais... irmão.

&el sentiu o peito !ater e !ater (orte de dentro para (ora." que voc, acha An)sio?/orque ele havia reconhecido o tom da %ltima palavra. -ão

havia remorso nem raiva nem ironia naquele termo.

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&el Bran(ord quando entrou em seu pr5prio quarto naquelanoite chorou sem parar por uma roda de sentimentos que elenão sa!ia se era homem o !astante para assumir. Eramsentimentos intensos e que se contradi#iam e assustavam. 

3entimentos que o perse*uiriam e nem ele nem nenhumBran(ord poderia mais (u*ir.3o!re o qu,?3entimentos que vinham do passado. 3entimentos querodeavam seu presente.E o mais assustador> sentimentos que em !reve ele sa!ia queiriam pertencer ao seu inevit6vel (uturo.

Hoc, acha que... poderemos... recomeçar ainda?+alve#$ talve# entre os dois irmãos aquele (osse o in)cio deum !om recomeço.

1#

1itas coisas aconteceram das semanas de!ois da#e(a noite. Estas 1orama(gmas de(as<

o!ert de LocKsleR partiu na madru*ada de volta a 3herQood.3ua comitiva envolvia seus capitães Fohn /equeno LadR1arion e Pilliam 3carlet e seus dois mais novos mem!ros3nail al(ord e Liriel a!!iani.E quase oito centenas de ovens 5r(ãos encantados com seucarisma.:elena Bravaria (oi caçada pela arda Rea( e te'e de dei%ar Ara((m0s escondidas" 1eito ma condenada" antes #e os ,a'a(eiros de 5e(singassmissem o caso. Cando !ergntado so$re o conhecimento de ma !oss/'e(a(iança entre 2erra$rás e 3ra'aria" o $arão-gnomo Rm- !e(stichen res!onde<

- 1aestade por ética não poderia (a#er tal revelação antes

mas diante da ata( sitação" #e (amento" acredito ter a (i$erdade e o de'er deinstrir #e t/nhamos in1ormação de #e am$os eram a(iados" e  até mais do #ueisso. E" em troca de ta( decisão de nossa !arte !or não ter 1eito tão im!ortante

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re'e(ação" co(oco me a%/(io" e o de toda a tecno(ogia de nossa raça" 0 dis!osiçãodo #e !dermos ajdar Ara((m em #a(#er conse#&ncia a ta( ato.

- E  #uando  so$e dessa a(iança" senhor Rm!e(stichen7 - !ergnto m Rei !er!(e%o.

- -o momento em que tivemos de pa*ar os g&nios" *ajestade. 

- " senhor est6 querendo di#er que...- /or que Hossa 1aestade achou que o Gmperador erra!r6sa(irmou que cuidaria dessa parte?

E então o ei se lem!rou.Acaso ceder6s tuas minotaurinas?ei An)sio Bran(ord ainda estava perple&o.-ão. -ão serão minotaurinas.Foão :anson continuou tra!alhando como lenhador por todosos dias até mesmo no quinto dia da semana. 3eu corpoadolescente começou a apresentar m%sculos mas s5demonstrava sorrisos sinceros quando na presença de Ariane-arin. 1aria tentava convenc,lo a voltar a (requentar asaulas da Escola eal do 3a!er mas o *aroto se recusava

como se recusava a entrar no quarto do pai.A irmã (oi surpreendida porém quando Foão deu a ela ooutro anel que (ormava o par de seu anel de lenhador.- Eu... pensei que voc, o daria para Ariane

- Eu #uase o 1i. *as e(a me de esse cordão" #e sim$o(ia nossa (igação. E"a(+m do mais" e andei !ensando e... e sei #e nós ti'emos nossas discss)es"mas... e #eria (he !edir desc(!as !or coisas injstas #e tenha dito. E #eria

mesmo. 4oc& e Ariane são as das garotas mais incr/'eis do mndo... e !osso at+dier" sem d?'ida a(gma" #e Ariane + mesmo a mul'er   da minha 'ida. *as +'oc&" *aria... + 'oc& #e + minha a(ma g&mea...

1aria :anson a!raçou o irmão e dois coraçes (rios seaqueceram.Eu vou sempre apoi6lo nos seus sonhos Foão.Ela tam!ém queria pedir desculpas por muitas coisas ditas e

principalmente pelas não ditas mas quando tentou sedesculpar ele simplesmente disse>- Eu sei. E eu compreendo...

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E Foão :anson (oi para sua rotina de tra!alho.E a cada ve# que mais al*uém pr5&imo lhe per*untava se elenão sentia vontade de ver :)*or :anson Foão (echava suae&pressão e respondia um lac<nico>

-ão.Branca 'oraçãode-eve conversou com An)sio e com o paiA(on so. O Rei de Sta((ia !arecia a cada dia rec!erar ma raão há mito !erdida" com!reendia as coisas de 1orma mais sadia" e as coisas #e diia já !areciam tersentido. Ainda era o Rei das Lágrimas de Gn'erno o Rei Ce 9ão ,hora'a" mas aomenos anda'a sorrindo de 'e em #ando.

oi por isso que aproveitando tal !oa (ase Branca 'oraçãode-eve anunciou aos dois que em !reve voltaria a 3tallia

enquanto o pai se recuperava em Ara((m.

- +u queres então... tentou di#er An)sio.- Eu quero não. Eu  vou  (iderar Sta((ia. Ao menos en#anto !a!ai não !der.

- E o que pretendes com isso Branca? per*untou con(uso opai.- /ai Loc=s(e> #er a inde!end&ncia de SherHood. E" se tdo !ermanecercomo está" a#e(e rimeiro-*inistro hi!ócrita irá se nir a *inotars e e%ectá-(ode ma 'e.

- 1as LocKsleR cometeu crimes contra 3tallia... Em nome da li!erdade daquelas terras. E ele veio até An)siopedir auda. +u compreendes o que estou di#endo pai? -ãoquero meu eino se unindo ao inimi*o da nação de meu(uturo marido. -ação que tam!ém ser6 minha quando eu metornar ainha e a qual eu aprendo a amar todos os dias.-a %ltima ve# em que viu /rimo Bran(ord com vida eiAlonso havia (eito uma per*unta da qual se recordava naquelemomento.;ue di(erença as princesas de hoe das do nosso tempo não é/rimo?

-enhum dos dois naquele instante parecia ter noção ouconsci,ncia do quanto.

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:ei de me tornar uma princesa que estar6 ao lado de meumarido na 3ala edonda do rande /aço em momentos decon(lito em ve# de chorar por seu retorno ap5s uma !atalhaincerta.

" coment6rio se*uinte de /rimo Bran(ord não lhe sa)a daca!eça.-ão sei por que não duvido disso Branca. E nem por que nãoa repreendo.ei A(onso se de conta de #e o ma(dito sa$ia sa$ia" sim. At+ mes mo de!ois damorte rimo 3ran1ord ainda era m 'isionário.

&el 3ran1ord !edi a *ra(ha #e o acom!anhasse em ma 'iagem 1tra a

otro Reino" e o tro(( sr!reendentemente a1irmo #e se !rotegido !recisaria irsem e(e.

/ois ele ainda tinha m com!romisso.

Ariane -arin esta'a com os ca$e(os mo(hados de!ois de (a'á-(os em ma $acia" en%gando-os diante de m es!e(ho em se #arto. E(a se o$ser'a'a nore1(e%o e gosta'a do #e 'ia. ;osta'a de se ca$e(o" gosta'a dos seios #ecresciam" em 'e(ocidade mais (enta do #e e(a gostaria" o=" mas ao menos elescresciam, e gosta'a do cor!o ado(escente de catore anos se tornando !oco a

 !oco o cor!o de ma m(her.3eu coração s5 parou quando ela viu 3eanshee no re1(e%o. 

:avia um pouco de sueita no vidro e Ariane !asso a toa(ha mo(ha-da" dei%ando a te(a ?mida e em$açada. E" #ando 1oi (im!á-(a" ela esta'a (á.

A mulher de ca!elos ri'os desgrenhados se a!ro%imo de sas costas" e amenina não #uis se 'irar !ara 1icar de 1rente !ara e(a. E 1oi atra'+s desse mesmo $iarro re1(e%o #e e(a 'i o dedo de 3eanshee !assar ao (ado de sa ca$eça"encostando em ses ca$e(os. Era 1rio ao (ado de(a" e era 1rio o #e  vin'a de(a. O

dedo toco no es!e(ho em$açado" e a m(her chorona escre'e m nome. CandoAriane !isco" 3eanshee não esta'a mais (á. 

1as o nome permanecia.adamisto.1aria :anson havia sa)do de sua aula particularmentecansada naquele dia. m !ilhete curioso em cima de umamesa entretanto lhe deu instruçes que lhe tiraram o ar.

/orque tra#iam lem!ranças poderosas demais para seremesquecidas.

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Hoc,... me surpreenderia?-a !atida do sétimo dia. -a mesma hora. -o mesmo lu*ar.Era isso o que di#ia o !ilhete e havia um em!rulho ao lado. "em!rulho tra#ia o vestido mais !onito nascido nos sonhos de

uma *arota. m lindo vestido de (inho na cor amare(o-oro" tingidocom o so de cera de a$e(ha.

E com sapatos. =e cristal.E l6 estava ela naquele momento vestida como se (osse aestrela de um *rande !aile esperando por al*o que lhe parecia

apenas um intenso dé&A*!u.  :avia o sino ao (undo queecoava da 'atedral$ havia o muro em (rente ao teatro do

1aestade onde tudo começou. =etalhes intensos valori#adospela alma (eminina muito mais do que a alma masculina

 amais ser6 capa# de compreender.:oe voc, di#?E então ao (undo se apro&imou a carrua*em. /elo 'riador a

carrua*em. Ele havia tra#ido até mesmo a carrua*em.

m dia.=essa ve# porém não havia !urros pu&ando um !arulhentocarro co!erto de 1eno. 5a'ia sim ma $e(/ssima carragem no$re" !%ada !ordois ca'a(os. 3rancos.

-o céu !rilhavam estrelas das quais ela 6 havia aprendido osnomes.-5s sonhamos com pr)ncipes e cavalos !rancos. 3onhamos

em tocar estrelas e assim como semideuses amais sermosesquecidas...Ele vestia um (raque que o dei&ava com uma apar,ncia semi-di'ina. 5a'ia ma máscara em ses o(hos. E ha'ia m cha!+ no$re em sa ca$e -ça. *as e(a o reconhecia. E(a o reconheceria ainda #e (he tirassem a 'isão e adei%assem a!enas tocar na#e(e rosto.

:avia uma (lor na mão dele que ele prendeu no ca!elo dela.

A cena era a repetição de diversas e diversas met6(oras ec(ich&s #e já ha'iam sido ti(iadas !or otros $ardos !ara narrar todas  ashistórias de amor. *as era eatamente tdo o #e *aria 5anson já ha'ia sonhado.

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8odo (gar-comm todos os c(ich&s #e ma garota gostaria de ter. Ainda #e !orma noite.

Sr!resa7 - e(e !ergnto" e a !ergnta gero m sorriso ne(e. E #ase (ágrimasne(a.

Assim que voc, estiver preparada.

+uhannR riscou o céu mas não *ritou nada. Ao redor delaestrelas cintilavam como (o*os de arti()cio.Eu não quero estar preparada. Acho que nunca vou estarpreparada. /or isso eu quero que voc, me surpreenda...&el a pe*ou no colo e caminhou com ela nos !raços até o!anco. ,o(oco-a sentada e $eijo-(he o rosto. *aria 5anson #eria dieralguma coisa, nem #e 1osse !ara agradecer o #e e(e esta'a 1aendo" mas esta'a

em cho#e demais at+ mesmo !ara se lembrar  como se 1a(a'a a (/nga a(ti'a." pr)ncipe sento-se ao (ado de(a" e a carragem" na#e(a noite ines#ec/'e("se !6s a andar.

Ariane -arin ao escutar uma conversa de al*uns caçadoresno centro de Andreanne desco!riu que o  !gi(ista Radamisto ha'ia1a(ecido no 5os!ita( Rea(.

"s pelos da menina se arrepiaram imediatamente.

1aria :anson escutou a valsa ao (undo começar a tocar.Estava de pé e seu vestido trans!ordava !ele#a. Ela tam!ém.-aquele momento !ailava com seu pr)ncipe e (lutuava emsuas mãos. Aquilo não era s5 um sonho aquilo era o eino/rometido de 1antaquim. Aquilo era dividir a ess,ncia das(adas. Era (icar diante do 'riador e conhecer a Herdade. "udeitar no colo de semi-desas e esctar todos os desejos e anseios 1emini-nos #e e(as gostariam de (he contar.

A orquestra terminou sua m%sica e os m%sicos se retiraramdo salão como se não e&istissem. &el dei&ou que elaretirasse a m6scara que lhe co!ria os olhos e ela viu que havia(ra*ilidade e até mesmo um certo temor nos olhos dele.Eu sei que voc,s acham que n5s costumamos ter o total

controle neste tipo de situação e sei que n5s até mesmo*ostamos de parecer que temos esse controle mas nem

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sempre n5s podemos nos mostrar tão se*uros quantoparecemos querer demonstrar...

Ele a pu&ou (orte e a !eiou de uma (orma  diferente.  =euma (orma que nunca havia (eito antes. E aquilo (oi !om.

E depende do qu, essa inse*urança?1aria :anson se sentia %nica. E se sentia pronta. /ronta para

ele para se entre*ar a ele se entre*ar 7  confiança  dele.Antes &el Bran(ord lhe era um mito inalcanç6vel. A*ora apenas pensar em sua vida sem ele lhe tra#ia dor.=o valor da outra pessoa.

E era poss)vel ver que nos olhos dele o con(lito era o mesmo.1as o que começou a assustar 1aria era que as l6*rimas quecomeçaram a nascer nas e&presses dele eram di(erentes. -ãoeram l6*rimas de um homem assustado. -em de um homememotivo.Eram l6*rimas de um homem em an*%stia.Eu sei. C isso que nos d6 o receio...- &el... ela per*untou com a vo# tr,mula.Hoc, tem... receio com relação a mim?&el dei%o (ágrimas ca/rem" como se já sentisse a dor #e sas !a(a'rascasariam.

- Eu amo voc,.Ele disse e o coração dela parou.1uito.- 1aria eu quero que sai!a que em toda a minha vida voc,ser6 a mulher que tomou meu coração por direito e é aprimeira que se apossa de meus pensamentos ao acordar e é a%ltima ima*em que veo antes de dormir voc, conse*ue...compreender... isso? era di()cil completar (rases em meio 7sl6*rimas dele. 1aria tam!ém chorava mas dessa ve# um

choro que temia o que seria dito.Ela a#iesce.

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- icar lon*e de voc, e apenas o pensar em tal estado dea(astamento me é uma viol,ncia que per(ura as entranhas eme (a# desear nunca ter nascido no!re nem pr)ncipe.- &el...

- :oe deveria ser o dia mais  feli$ da sa 'ida. E" !or isso" o dia mais1e(i da minha. or#e o dia em #e e a 1ier a m(her mais 1e(i do mndo... seráo dia mais 'a(ioso de minha e%ist&ncia. or#e en1im terei sido... o me(hor domndo... em a(gma coisa !e(a #a( rea(mente 'a(e 'i'er.

1aria :anson era apenas (ágrimas.

- 1as eu não posso (u*ir... da responsa!ilidade... que meu=estino e&i*e. -ão posso (alhar duas ve$es com me irmão. 9ão !ossoco(ocar... a minha 1e(icidade... 0 1rente de ma nação... 'oc& com!reende...   meu

amor?Ela a#iesce" ainda entre m mar de (ágrimas.

- E é por isso que eu não posso continuar a partir daqui. :avia um mar tam!ém nos olhos dele. -ão seria usto. -ãocom voc,. -ão com voc,...- &el... !or #e 'oc& está...

Ele apertou os olhos e espremeu as %ltimas l6*rimas antes dedi#er>- Eu tenho uma noiva prometida. E + hora de e encontrá-(a...

1aria :anson sentiu o mundo *irar di(erente *irar maislento. " est6mago inteiro #is !(ar !ara 1ora da $oca" e o (ado de dentro do !eito doeu. E(a #eria 1a(ar a(gma coisa" mas" diante do #e esta'a sentindo" sa$ia#e só consegiria gagejar grnhidos o 'omitar de ner'oso. 9a esca(a deestresse" a#e(a sensação de t+rmino amoroso só 1ica'a atrás do cho#e !ro'ocado

 !e(a morte de m !arente o de m an?ncio de !risão.3eu re(le&o (oi então limpar as l6*rimas e correr. 'orrer paralon*e dele. 'orrer na direção da carrua*em antes que ela setornasse uma a!5!ora. 'orrer na direção de casa na direçãoda vida que sempre tivera. =a maldita 'ida #e sem!re ti'era e #e (he !arecia $oa" antes de conhecer a#uela. ,orrer de 'o(ta ao concreto" ao in'+s doa$strato. I rea(idade" ao in'+s do sonho.

&el não corre atrás de(a. Sa$ia #e não de'eria correr atrás de(a. *ra(ha a(e'aria !ara casa" en#anto e(e 1icaria so(itário diante de estre(as #e ma( se(em$ra'a #ais eram. E então" entre (ágrimas e 1rstraç)es" e(e arranco a !ró!ria

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gra'ata-$or$o(eta e caminho com !assos !esados na direção da escadaria #eda'a acesso 0#e(e sa(ão. erce$e #e ha'ia a(go no d+cimo terceiro degra e 1oiat+ (á a!anhá-(o.

Era um dos sapatos de cristal de 1aria :anson.Então... isso quer di#er que... eu tenho valor pra voc,?

-o alto a Estrela de BlaKe parecia ter se apa*ado de ve#naquela noite inesquec)vel.

20

m sinistro ,onse(ho de 3r%as e *agos 9egros se reni. A#e(e ,onse(hocostma'a se renir ma ?nica 'e !or ano" mas" na#e(e ano" era a segnda 'e.Diiam #e sacri1ica'am animais !ara iniciar sas reni)es e hmanos !araterminá-(as. Diiam #e caminha'am so$re es#e(etos e !isa'am em crBnios com amesma 1aci(idade com #e m homem esmaga'a $aratas !or !raer. E #e ser'iam(/ngas como a!eriti'o e $e$iam sange como o!ção ao 'inho.

3e tais coisas eram verdade isso não importava. " querealmente importava era que quando aquele 'onselho sereunia ele a(etava a (orma do mundo *irar. " nome daquele

'onselho era o Conselho de =an2ue. 1as entre os quecontavam suas hist5rias ele tinha outro nome mais popular." 'onselho do 1al.- E&plique de novo conde> como um *rupo de dem<niosesconjrados de Aramis não 1oi ca!a de matar ma ?nica m(her7 - a 'o"sr!reen dentemente" era de ,har(es Da'ei" o o$eso e sotrno rimeiro-*inistrode Sta((ia. 

- Ela não estava so#inha. :avia outro.- Ah sim havia dois+ Agora sim se e%!(ica como #eimaram ma tro!a dedem6nios e ainda (e'aram ses o(hos como $rindes

'onde Edmond Dantes grnhi 1eito m $icho diante da cara!ça som$ria.8odos os !resentes 'estiam sinistras mantas de cores escras.

- " que quer di#er com isso comensa( nojento7 - $rado o conde. - Cea c(!a do e!isódio + minha7

- -ão sei de quem é a maldita culpaD rosno Da'ei. - E sei + #ea(gns caçadores de'eriam ter sido atra/dos !ara a#e(a ara!ca e  eliminados+ Senão 1or cortada a mora( desses renascidos !e(a rai antes #e cresça mais do #e jácresce" a tend&ncia será e(es se tornarem mais   intensos do #e já eram disso

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#e e sei - e(e ss!iro !esado. - *as" em 'e disso" a!enas dois de(es nãoa!enas destr/ram e #eimaram todos os conjrados como (e'aram prêmios #e sóamentarão a mora( dos ma(ditos E Rei A(onso" #e de'eria estar a essa hora $a$ando e 'omitando sange" já de'e estar se !re!arando !ara 'o(tar a Sta((ia etirar me !oder

-

-ão. Ainda não - comento a 'o de m #arto mago !resente.

- " que quer di#er?- 'omentase no rande /aço que quem ir6 voltar ser6 aprincesa.A menção ao nome chamou a atenção de uma das mulherespresentes.- Branca... disse ela. Eu a quero...

A vo# era de :elena Bravaria. m dos enca!ados" m mago !er-neta" 1e ma e%!ressão de$ochada diante da re#isição da $r%a. Uma otra 'omasc(ina 1oi #em comento" !or+m<

- /ois eu acho que ter6 sua chance a vo# (ria vinha de2erra$rás.

- C usto :elena continuou. 3e não (osse o malditotorneio não precisaria ter chantageado 3ranca nem dormido com g&nios.oderia ter me casado com m A(onso do!ado em ma cerim6nia secreta e o en'e -nenado de ma 'e. 8eria sido ma o!ção mito mais e1ica *as não" em 'edisso ti'e de 1gir de Ara((m como ma $anida" e !ara #&7 ara 'er se !gi(ista im$eci( não consegir 'encer 3ran1ord

erra!r6s o(ho !ara 5e(ena sem a(terar a e%!ressão dra. E o 1ato de e(e nãoa(terar a e%!ressão já era assstador o s1iciente !ara a ocasião. Uma terceira 'ocomento<

- 'omo se (osse muito tra!alho para voc, se deitar com

al*uém...:elena olhou na direção do ma*o perneta enca!ado.

- 3eria se (osse com voc, "!eron." ma*o rosno" como rosnam os cães #ando a(g+m ameaça-(hes tirar mosso.

- 'alem a !oca disse a vo# de uma !ru&a *rande em todosos sentidos de quase tr,s metros de altura e dentes de aço.

3ua vo# era alta (eito a vo# de matriarcas *ordas de (am)lias*randes. A questão em que o 'onselho deve se concentrarhoe envolve os 'oraçãode-eve e Loc=s(e>.

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- Ba!a... disse uma velha sem dentes de(ormada por anosmaldosos demais. Eu voto por um poderoso   trabal'o  contra a !rincesa de ne'e e !or ma conjração de dem6nios.

- ;uem est6 com a*ula? per*untou Ba!a Jaga.

A maioria não concordou nem discordou. " ma*o*e(ehan tomo

a !a(a'ra" com sa 'o $ai%a" cortada !e(os res#/cios de eterna ro#idão<

- -ão adianta eliminar a (orça de um 'oraçãode-eve semeliminar em contrapartida a de um Bran(ord. A linha que osli*a é a mesma.- 1eu irmão tem ra#ão rati(icou 1elou o *,meo de1elehan. A vo# dele ao invés de rouca como a do irmão 6

era (ina como a de uma criança. " detalhe era que am!osdividiam o mesmo tronco *rudados em um *rotesco corposiam&s de das ca$eças. - De'emos $scar m !onto de 1ra#ea entre os 3ran1orde e#i(i$rar o !rocesso.

- Branca é o ponto de (raque#a de Bran(ord cére!ros deame!aD e&clamou "!eron.- 1as e&istem  dois  3ran1ord" sotrno. E o ?(timo #e menos!reo osegndo 'i se re!resentante ser derrotado diante do mndo...

- Aquele que disser mais al*uma palavra so!re isso morrer6a(o*ado no pr5prio san*ue disse 2erra$rás. - Radamisto 1oienvenenado  antes da (ta com  do4ner e,  !or isso" !erde em com$ate. ordesonestidade.

- Essa é a verdade #e contará a se !o'o" Gm!erador7 - disse mais m mago $ar$do e e%!eriente" na casa dos cin#enta anos" e" não !or menos" também mRei.

- Essa é a 7nica 'erdade" Oronte. E" se d'ida de(a" d& m !asso em minhadireção.

- 3e al*uém quiser dar um passo na direção de al*uém qued, na minhaD !radou Ba!a Ya*a mais uma ve# silenciandotodos. Era not6vel como sua in(lu,ncia era a mais respeitadamesmo entre aqueles homens que não respeitavam nin*uém. -ão tenho tempo para perder com ri nhas de cães 'adios 9ão tenho

mesmo Logo" 'amos terminar com isso" !ois tenho 1ome e sinto o cheiro derec+m-nascidos a !ocos #i(6metros da#i...

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- " se*undo Bran(ord tem uma 1ra#ea. Uma !ro1essora deAn dreanne. 

+oda a atenção se concentrou na direção de um no!re na casados quarenta anos. " mais ovem do 'onselho.-

3a!e !em de quem (ala 'ostard? per*untou =avei#.- 1eu (ilho sa!e. Ela é (ilha do mesmo im!ro do #a( conde Edmondso o sange !ara conjrar dem6nios im!restá'eis. 

:ouve um murmurinho entre os presentes. Aquilo estavacomeçando a (icar interessante.- ma :anson? - !ergnto o conde. - A 5anson #e so$re'i'e 0 casa?

- 3im. A :anson que (ritou Ba!au.

"s homens começaram a rir lem!randose do tr6*ico destinoda velha !ru&a que pertencia 7quele 'onselho mas não mais." mais curioso daquela lem!rança era que a !ru&a queimadarece!eria as mulheres daquele 'onselho em sua casa no(at)dico dia em que resolveu sacri(icar Foão :anson e que decaçadora virou caça.- Então não precisamos mais nos preocupar com este 3ran1ord -

disse conde Edmond. - ,omo no$re e como mago" tenho o direito de co $rar de(a o !agamento 1ina( #e co$raria do !ai. A1ina(" herdeiras também herdam d/'idas...

" 'onselho pareceu satis(eito.- E quanto 7 Branca 'oraçãode-eve? - !ergnto o rimeiro-*inistro de Sta((ia.

- Hoto pelo trabal'o sgerido !or ;ag(a - disse Da'ei. 

- C claro que vota. Hotar6 em qualquer coisa que o (aça parar

de tremer com a possi!ilidade de ela voltar a 3tallia - disse2erra$rás.

- "  mperador   tem ma ideia me(hor7 - !ergnto o rimeiro-*inistro. -or#e" do contrário" e tam$+m tenho de !ensar em matar de a(gma 1ormae%em!(ar o herói de gerra #e o se e%+rcito também não 1oi ca!a de !render.

- LocKsleR é um pro!lema pequeno senhor =avei#.- E que ainda assim o senhor não conse*uiu resolver.

- Eu tam!ém voto pela ma*ia - disse *e(ehan" !ara cortar a con'ersaranina.

- Eu voto o mesmo.

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- -unca sei para que duas ca!eças se as opinies são sempreas mesmas - resmngo O$eron.

" ma*o e ei "ronte tomou a palavra>- /or que não levantamos os !raços e decidimos por isso de

uma ve#?Ba!a Ya*a concordou e todos os presentes levantaram a mãoa (avor da ma*ia. A imensa !ru&a virouse para :elenaBravaria>- Espero que tenha tra#ido al*um gatil'o...

A condessa sorriu um sorriso lar*o.- m pente com ca!elos da princesa de neve penteados por

mim mesma diante de um espelho...a*ula começou a dançar e&citada mostrando seus dentespodres.- Ah ahahaD ;ue 1or*ana sea louvadaD :6 quanto temponão temos a oportunidade de (a#er uma  boneca de vidro+ Gsso merecema comemoração De'er/amos cortar ca$eças de $odes e coinhar coraç)es dega(inhas

- :6 al*o que dever)amos resolver ainda - 'o(to a dier o $ar$doRei Oronte. - E #em irá $scar a !rincesa7 E(a" com certea" estará esco( tada !orgr!os de so(dados com!etentes" e + me(hor en'iar m re1orço !or garantia !arae'itar mais ma 'e #e caçadores !ro!orcionem contra-magias.

- /or que não conuram dem6nios" dessa 'e mais com!etentes #e os deconde Edmond7

- Acaso est6 o(erecendo seu san*ue ministro? - !ergnto oconde.

- sem este - e 2erra$rás !%o tr&s seringas cheias de sange das !resi(hasdo cinto. - de Radamisto. 

- Espero que tais dem6nios não crem ses caminhos com os de Á%e(3ran1ord - sssrro O$eron. - Seria ma 'ergonha '&-(os derrotados como... 

erra!r6s en(iou o cotovelo no meio do rosto cicatri#ado(a#endo o ma*o perneta cair com a mão no nari# san*rando.-in*uém moveu um %nico dedo ou (e# qualquer coment6rioso!re a atitude.

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- /ois !em... - contino a imensa 3a$a Jaga. - Está decidido. re !arem oc/rc(o do !entagrama in'ertido na roda do centro. hora de esconjrarmosdem6nios e trans1ormarmos !rincesas de ne'e em 'idro...

21

-a 1ronteira do Reino do 2orte ha'ia m grande amontoado !ró%imo a ma !raçacja maior atração era ma r?stica igreja" constr/da em nome do Sagrado ,oraçãode *er(im. A atenção ca!trada de todas a#e(as !essoas" a !onto de trans1ormarcada missa em m e'ento mais es!erado do #e ma a!resentação de #a(#ertr!e teatra( 1amo sa" era o 1ato de #e" !e(a !rimeira 'e" de!ois de mitos anos" as !essoas !oderiam 'er de !erto no'amente ma missa comandada !or :ohn 8c=. O2rei Li$ertador.

" 3anto.Enquanto suas instruçes eram se*uidas em SherHood" e en#antoór1ãos se !re!ara'am como so(dados !ara (tar !or ma casa #e esta'ama!rendendo a a$raçar" mais ma 'e o 5erói se encontro com o Santo.

E o mundo pareceu querer compartilhar daquele instante.- ;uando aconteceu +ucK? per*untou Loc=s(e>" 'estindo mmanto com ca! !ara !assar des!erce$ido. Esta'am dessa 'e os dois nos 1ndos

da igreja" en#anto 8c= con1eria tdo o #e seria !reciso !ara a missa da(i a meiahora" como o cá(ice #e trans1ormaria ága em 'inho" o incenso e o sino #eanncia'a o in/cio da ce(e$ração em nome de *er(im Am$rosis. 

- 1eu ()*ado não estava agentando mais os $arris de 'inho de an -tigamente" Ro$in. - obin. Eram !ocos" mito !ocos os #e so$re'i'eram !arasar o 'e(ho a!e(ido. - A(+m do mais" me sinto mais sadá'e( com este cor!o maismagro. E'ita doenças de coração...

- /are de me (a#er de alienado por hoe. 'onteme de uma

ve#> quando mudou seus ideais mundanos e de pecador virousanto?- -unca me considerei um homem santo.- " povo o considera.- " povo o considera um li!ertador di*no de um salvador domundo. Hoc, tam!ém se v, assim Ro$in7

- -ão sei o que sou 8c=.

- oi assim com essa d%vida que tudo começou.o!ert encosto-se em ma mesa de madeira r?stica !ara esctá-(o me(hor. :ohn8c= se 'iro !ara e(e<

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- 3a!e na prisão entre o intervalo de cada sessão de torturao sentimento que se acumula inicialmente é o de revolta.=epois o de vin*ança. Loc=s(e> concordo. - Só #e tais sentimentosentram em con1(ito com a re(igiosidade #e se es!era de m homem dedicado 0a(a'ra do ,riador. 9ão sa$ia onde encontrar o amor com o coração tão cercado

de ódio.- " amor s5 se encontra na li!erdade.- 1as a li!erdade é um ato interno.- Apenas para o homem que não vive de oelhos.- 1as e quando esse levantar e&i*e que o outro se aoelhe?;ual a di(erença entre as situaçes?- " conhecimento nos (a# respons6veis. 3e al*uém é capa#de tremer de indi*nação a cada ve# que se comete umainustiça no mundo então somos companheiros.- " que impede que o novo aoelhado se ul*ue do lado da

 ustiça do 'riador e lute e mate para colocar novamente osque se colocaram de pé de oelhos uma ve# mais?- A ustiça estar6 sempre ao lado do sonho do oprimido. C

poss)vel p<rse de pé na *uerra sem colocar o outro lado de oelhos.- A *uerra endurece o coração dos homens.- A ternura atenua.- -ão h6 ternura na *uerra.- /ois hei de endurecer mas sem perder a ternura amais.- E é isso que se deve esperar de ovens LocKsleR? ;ue elescresçam tendo de compreender que não !asta a ternura pois énecess6rio o em$r tecimento7

- 3er ovem e não ser revolucion6rio é uma contradição.- -ão. 3er humano e não conhecer o amor o é.:ouve sil,ncio entre os dois. m sil,ncio em que as palavrasde um a!sorvem as do outro.

- ;uantas *uerras serão necess6rias para que tenhamos umpouco de pa#? per*untou o mon*e.

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- Eu os vi (a#erem coisas horr)veis com *arion" 8c=. 9a minha1rente. E(es a machcaram. E(es tortraram e mataram mes amigos. ,omo 'oc& !ode !ensar em !a sem gerra7

- oram os nossos amigos. E + e%atamente so$re isso #e esto 1a(ando. 

- 'omo conse*ue pensar em amor  #ando ses amigos 1oram mortos de

ta( 1orma co'arde e cre(7- Aprendendo com eles.- E o que a morte deles tanto lhe ensinou?- 'omo viver...o!ert suspirou (undo. Fohn +ucK compreendia o que corriadentro dele. 'ada ser humano possu)a uma nature#a pr5pria eele sa!ia que era dentro do respeito aos limites dessa nature#aque as mudanças deveriam ser provocadas.- Acredita em devas, Ro$in7

- Acredito em sonhos. 1as nem tanto em mila*res.- =i# a /alavra que e&iste uma ilha a oeste do "caso ondedevas dormem esperando Aquele ;ue Gr6 Acord6los. E oprimeiro passo para isso acontecer se dar6 com o

renascimento de 1erlim de Avalon através de uma vir*em. Eentão a humanidade caminhar6 para nova raça mais evolu)dado que a ata(.

- 3e tudo isso (or verdade sa!e o que tais devas (arãoquando acordarem +ucK? Lutarão por essa humanidade.- 'om certe#a.  <or   e(a" com certea. *as jamais  contra  a hmanidade" e jamais contra sa !ró!ria raça.

o!ert se calou. " (rei continuou>- ;uando sa) da prisão a raiva que e&istia em mim era tantaque minha vontade era de me enterrar na areia simplesmentepara ver se conse*uia (a#er com que parasse. oi quandoresolvi me testar e passar pela noite negra da alma. 2i gre'e de 1ome edesa1iei o ,riador a tomar minha 'ida no caso de não me dei%ar 1a(ar com m deses seres semidi'inos. - O 1rei ss!iro" como se a (em$rança ao mesmo tem!o

1osse marcante e di1/ci(. - Um mendigo então" certa 'e" se a!ro%imo de mim eme !edi m !rato de comida. E (he disse !ara !erce$er #e e esta'a em ma si-tação de !ri'ação como e(e. E(e então argmento #e a min'a sitação era ma

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condição o!tati'a" ao contrário da de(e" #e era 1orçada. E #e" se e intercedesse !or e(e" os a(de)es (he dariam comida. Grritado" e (he disse !ara !arar de meatormentar de ma 'e" !or#e e esta'a tentando 1a(ar com seres de !(anoses!iritais s!eriores.

"s olhos de (rei se emocionaram. E a vo# tr,mula concluiu>

- " mendi*o na minha (rente então se encheu de lu# e setrans(ormou em um deva. m deva Ro$in E me disse" antes dedesa!arecer< FCe !ena. 4oc& #ase consegi...F

L6*rimas escorreram. E limparam coraçes.- A partir desse dia e me tornei m !aci1ista. E entendi #e só e%iste o amorna não-'io(&ncia. E só e%iste (i$erdade na mente #e não se (imita. A ira me a1astado Semi-Di'ino !or#e me im!ede de en%ergar a 4erdade...

o!ert de Loc=s(e> não comento. 

- Entendo que voc, pense em li!erdade como con#uista. *as a (i- $erdade não !ode ser   tomada,  Ro$in. 9ão + !oss/'e( ma (i$erdade semcoo!eração entre antigo o!ressor e antigo o!rimido. !reciso modi1icar o o!ressore 1a&-(o com!reender o #e 'oc& com!reende. Do contrário" não há e'o(ção nahmanidade.

- A li!erdade não nos deveria ser dada deveria ser nossodireito ao nascer.

- 1as ela é. 9ós a!enas não com!reendemos isso. Diga-me< !or #e 'oc& acha#e Sta((ia at+ hoje mant+m SherHood so$ se !oder7 ma !ro'/ncia #e não(hes dá nada" a!enas csto. *as" ainda assim" e(es a mant+m so$ se contro(e. Será#e 'oc& nnca !aro !ara !ensar no !or#&7 9o real  !or#&7

- 3tallia a mantém como uma (orma de tro(éu so!re1inotaurus. m e&emplo de vit5ria onde o outro (alhou.- o!in seja sincero< 'oc& reser'aria ma !arte da receita de se Reinoapenas !ara isso7 8a('e o 1iesse !or a(gm tem!o" mas !or anos a 1io7 9ão. 9ão+ !or isso #e Sta((ia mant+m SherHood so$ se contro(e. !or  sua casa" Ro$in.

E mais uma ve# o!ert de LocKsleR se calou.- C pelo mesmo motivo que o mantiveram vivo em uma cela./orque você + o e%em!(o do homem #e desa1io as (eis de m Rei. O e%em!(ode m homem #e en1rento tiranos com de$oches e sem medo a(gm da morte.Um homem #e sonho com !ro'/ncias (i'res e o en1orcamento dos desgraçados.or#e 'oc& re!resenta tdo o #e m go'erno teme< m s/m$o(o ca!a de

in1(enciar os sonhos de mi(h)es de jo'ens do mndo inteiro e incitar nessessonhos id+ias de anar#ia o socia(ismo" #e go'ernante a(gm !oderia aceitar.E(es temem o #ue vem de você, Ro$in" e o #e 'oc& irá transmitir. !or isso" e +a!enas !or isso" #e SherHood não + (i're. or sa casa.

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Fohn +ucK !ateu o sino para testar e se preparou para sair e sep<r diante da i*rea lotada.- Hoc, quer assistir 7 cerim6nia7

- Eu...

- ;uando quiser sea nosso convidado.Fohn +ucK 6 estava saindo quando mais uma ve# parou comose al*o lhe ordenasse que dissesse mais uma (rase. E ele disse>- o!in estamos em outros tempos. /erce!a que 3herQood e3tallia não t,m de ser inimi*os. -ão mais. 3e voc, querrealmente (a#er isso por al*o além de voc, entenda que parali!ertar 3herQood hoe não é preciso uma revolução.

o!ert de LocKsleR olhou (undo nos olhos dele. E escutou>- Basta uma evolução.E +ucK saiu e tocou seu sino. E a multidão se calou esperandoo in)cio da cerim6nia #e concretia'a m sonho. 

" povo o considera um li!ertador di*no de um salvador domundo. Hoc, tam!ém se v, assim o!in ?

Aquela era uma per*unta para a qual qualquer resposta 6 eracapa# de enlouquecer um ser humano.

22

1aria 5anson escto so(dados reais se a!ro%imarem de sa sa(a de a(a. 9a#e(e1at/dico dia e(a seria 'io(entamente atacada. Ariane 9arin tam$+m esta'a na#e(a

sa(a de a(a.E de sua 6rvore na Arena de Hidro o meninoespectroli!ertado por Ariane 9arin sentiu.

+udo começou assim> os alunos estavam do lado de (ora daEscola eal do 3a!er no momento de intervalo em que suasmentes descansam e seus corpos se alimentam. 1aria :ansonem sua sala estava s5. Aquele dia havia sido particularmenteinteressante> ela havia pedido aos alunos para levarem o!etosque lem!rassem !oas hist5rias a cada um e os irmãos Al!arus

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e Andreos Darin ha'iam (e'ado a r+!(ica da es!ada de madeira #e ganharamno 6oncurso de <erformances, nos !rimeiros dias do nho De 2erro. A históriaha'ia rendido garga(hadas" !osto #e o mais crioso 1ora #e 5ector 2armer ea(o ,ostard não !areciam tão a$a(ados com a (em$rança #anto se es!eraria. E"em se tratando dos dois" isso era estran'o.

A concentração de 1aria s5 (oi que!rada quando Ariane 9arin en -tro na sa(a diendo<

- ;ue (oi 1aria? per*untou a uma 1aria :anson con(usa.- ;ue (oi o qu, Ariane7

- " 5ector 2armer disse #e 'oc& #eria 1a(ar comigo rgente...

1aria apertou os olhos descon(iada. Aquilo estava cada ve$ maisestranho.

;uando a hora de retornar 7s aulas se deu os alunoscomeçaram a voltar para o local. Entretanto dessa ve# 5ector2armer esta'a na !orta e a1irmo<

- A pro(essora :anson pediu para avisar que as aulas de hoeestão suspensas. E que voc,s podem dei&ar seus materiais nasala que amanhã recomeçaremos de onde paramos." adolescente tinha um sorriso sa!oroso nos l6!ios.

"s alunos estranharam mas nin*uém ousou tentar atravessara porta. 1ais ainda porque ao (undo se escutou a che*ada desoldados reais e aquilo causou medo. 3urpreendentementetam!ém caminhava com eles um sorridente /aulo 'ostard aolado de um soldado com !ar!a por (a#er que se destacava dosdemais pela capa que o identi(icava como um cavaleiro. Elespassaram por 5ector 2armer sem dier nada" e am$os os meninos aindasorriam.

" destino de todos eles era a sala de 1aria :anson." meninoespectro corria como um louco. -in*uém podia v,lo e ele atravessava coisas #ando corria" mas" de 'e em #ando" se des'ia'ade !essoas e o$jetos es#ecendo-se de sa condição de'ido ao   desespero #eacom!anha'a o ato.

" (ato (oi que quando seu dedo tocou o nome de Ariane 9arin na#e(a

ár'ore" ho'e m 2LAS5. E e(e senti tdo o #e a menina sentiria em !ocotem!o.

E isso era o maior motivo de seu desespero.

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/aulo 'ostard parou diante da sala e apontou 1aria :ansonpara os soldados. Eram quatro. m deles (oi até 1aria eoutro até Ariane. O #e 1oi at+ *aria era o ca'a(eiro de $ar$a !or 1aer. E(e !aro 0 1rente de(a e disse da 1orma mais res!eitosa #e consegi<

-

3enhorita*aria 5anson7

1aria parou assustada. Ariane" nem se 1a(e. 

- /ois não?- A senhorita + *aria 5anson7

- 3im. 3ou eu cavaleiro.- /osicionese de pé por (avor.1aria e Ariane se o(haram. E o !esade(o começo.

Foão :anson !atia e !atia e !atia em um tronco de 6rvore.3uor lhe escorria em *otas mas ao contr6rio do que serianormal ele não se sentia cansado a cada *olpe. Ao contr6riodo esperado ele se sentia até mais vivo. E (oi com essesentimento ao parar para limpar o suor antes de retirar seumachado encravado no tronco que ele olhou despreocupadopara o hori#onte e viu.

Era um *aroto poucos anos mais novo do que ele que corriadesesperado em  sua direção. :oão de a(gns !assos 0 1rente" dei%ando omachado encra'ado na ár'ore !ara trás.

" *aroto parou 7 (rente dele como se pudesse (icar cansado epensasse que ainda res!irasse" e estende a mão na direção de :oão. O 5anson !enso #e e(e #eria cm!rimentá-(o" mas !erce$e #e a mão do menino esta'aindo na direção de se !escoço.

E no momento em que ia impedilo o meninoapariçãoa*arrou o cordão de Foão (eito com a lasca da 6rvore e oapertou." nari# do *aroto e&plodiu em san*ue.E Foão :anson sentiu.

1aria :anson tinha o coração na !oca quando viu entrar na

sala e se apro&imar dela conde Edmond" o ,onde de Kdio. Ao redorde(es" so(dados e se !rotetor $igoddo. 9as mãos de(e" m !ergaminho assinadocom tinta 'erme(ha. O com o #e  parecia ser tinta 'erme(ha. E no !escoço" !reso !or m cordão" m ane( de (enhador id&ntico ao #e e(a !ró!ria !oss/a no dedo.

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- 1aria :anson (ilha de :)*or e ri=a 5anson" e" Edmond Dantes" 'enho a#i hoje e%igir me direito esta$e(ecido em !acto assinado !or se !ai e#e" de acordo com a (ei" !osso co$rar de ses herdeiros no caso daim!ossi$i(idade de e(e cm!rir o com$inado.

Ariane começou a sentir o est<ma*o em!rulhar. 1aria perdeu

a vo# a ponto de não conse*uir mais nem (alar./apai est6 envolvido com ma*ia ne*ra.A vo# do irmão não parava de chacoalhar em sua ca!eça.- " que voc, quer di#er com isso? ela per*untou assustada." (ato de aqueles soldados o estarem acompanhandodemonstrava que o que quer que aquele velho sinistroestivesse di#endo parecia estar em$asado em (ei.

- Eu quero di#er que h6 sete anos teu pai :)*or :ansonesta!eleceu comi*o um pacto de servidão, em troca de ser'iços #e (heajdasse a (oca(iar a senhorita e o otro herdeiro. 

oc% acha que o pai não pode cometer atitudes ruins?- /acto? e&istem palavras di()ceis de serem ditas. 1as...mas que pacto? Eu nunca...

" conde estendeu o documento e 1aria o pe*ou. " ra!iscoali escrito com tinta vermelha lem!rava o ra!isco que seu pai(a#ia para assinar documentos mas...A *ente precisa de provas para acusar o papaiD A *ente nãopode che*ar e apontar o dedo na cara dele sem poder provarD" conde tomou o documento de volta e disse>- Este documento asse*ura que :)*or :anson me serviria em mi-nhas re#isiç)es sem!re #e e achasse a!ro!riado" caso e cm!risse oesta$e(ecido. E e cm!ri.

- -ão voc,... o sen'or  não !ode estar se re1erindo 0...

- E não apenas tu e teu irmão voltaram vivos da maca!ra

casa como os soldados a locali#aram e puseram (o*o so!resua construção.

A(inal... ele é o nosso pai né?1aria arre*alou os olhos e como &el em outra ocasião tam!ém quase desmaiou com a alteração de pressão

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promovida pela tensão. E tudo tudo de que ela se lem!ravanaquele momento era do irmão./rovas? Hoc, quer provas?E tudo o que ela deseava naquele momento era seu irmão.

Eu vi caram!aD Hoc, quer mais o qu,?1as nada seria tão (6cil naquele dia.- /or anos até hoe e&i*i de teu pai apenas no!re doação desan*ue para... necessidades de cura envolvendo doentes.- Hoc, acha que n5s somos duas lerdas é? +odo mundo sa!eque voc, (a# ma*ia ne*raD cuspiu Ariane com se jeito in'ocado. 

" conde deulhe um violento tapa com o dorso da mão" #e 1e a

menina 'oar at+ o chão com (ágrimas nos o(hos. O ca'a(eiro #e comanda'a asitação segro no om$ro do conde e o a!erto de modo 1orte" 1orçando o 'e(ho ao(har em ses o(hos e a 'er se o(har de re!ro'ação. *aria 5anson grito e correna direção da menina.

Ariane tinha o nari sangrando.

" conde se des'enci(ho da mão do ca'a(eiro e contino com sa 'oso(itária<

- 'omo di#ia... E ele limpou a *ar*anta. :)*or :ansonesta!eleceu um pacto documentado nas Leis Anti*as e queatualmente não é mais capa# de cumprir o que me leva aco!rar a d)vida de seus descendentes.- " senhor est6 alteradoD Eu escapei  so$in'a da#e(a ma(dita casa*e irmão e e so1remos !or dias at+ #e e jogasse a#e(a $r%a dentro de mca(deirão 1er'endo

- E de onde a senhorita ac'as #e tiro 1orças !ara isso7 or #e a senhoritaachas #e 3a$a 'aci(o no dia em #e decidi sacri1icar te irmão7 ;raças aosritais de $oa magia #e 1i em 'osso nome.

- 1as é muita arro*Jncia o senhor a(irmar issoD Eu não...- 3e queres culpar al*uém senhorita 5anson" c(!e te !ai !or terassinado nosso acordo vitalcio A senhorita o te irmão de'em cm!rir de $omgrado a  servidão no (gar de(e e honrar m docmento reconhecido em tri$naiscomo jsto segndo as Leis Antigas.

"s soldados não pareciam muito satis(eitos de cumpriraquelas ordens mas eram soldados e soldados cumpriamordens. Ao (undo daquela sala havia uma espécie de c(ara$óia

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 !ara o ar 'enti(ar. A c(ara$óia ha'ia se me%ido" e ma som$ra se me%ido com e(a"mas as atenç)es a(i se concentra'am todas no'amente na jo'em Ariane F9ão Sei2icar CietaF 9arin.

- +ipo... sa!e o que eu acho? ;ue voc, é s5 um   sem-noçãotentando se !assar de $oninho !ra consegir ingredientes de gente honesta !ros

ses ritais de magia negra E ainda !or cima com so(dados atrás de 'oc&" #ede'eriam ter 'ergonha de se !restar a esse nada a 'er - Ariane era ma(ca de diera#i(o. *as era emoção. E emoção e%!(ode.

" conde avançou (urioso so!re as duas com sua e&pressão!i#arra e esquelética. " cavaleiro 6 se preparava parainterceder dessa ve# quando se escutou uma (rase que tomouconta do salão>- -em ouse colocar suas mãos noentas so!re a minha irmã eso!re a minha mulher...+odos os presentes se viraram na direção da c(ara$óia e o !rotetor $igoddo do conde saco sa es!ada da $ainha.

Foão :anson estava ali de pé com uma postura desa(iadora.Entre as mãos a réplica da espada de madeira levada pelosirmãos *,meos =arin tremia em posição de *uarda.

23

Brança ,oração-de-9e'e esta'a dentro de ma carragem #e corria 'e(o"esco(tada !or 'inte $ons so(dados de Ara((m e mais 'inte de Sta((ia. assa'amem regi)es !ró%imas 0s Sete *ontanhas de Ara((m e corriam na direção de seReino. A !rincesa mantinha na mente a con'ersa #e es!era'a ter com o rimeiro-*inistro ,har(es Da'ei" e em segida tomar !ara si o !oder #e se !ai ha'iatem!orariamente trans1erido. ensa'a e sentia 1rio. Ao (ado de(a" dentro dacarragem" esta'a ma dama de honra de Sta((ia chamada Am+(ie. As dasesta'am con'ersando anteriormente so$re tecidos e as no'as tend&ncias de'estimentas entre m(heres da corte.

- Branca tu me pareces... p6lida. E olha que em se tratandode Branca 'oraçãode-eve isso era um coment6rio muitomas muito di*no de nota.

- Eu... estou apenas sentindo (rio...- ;uanto mais nos apro&imarmos de 3tallia mais essatend,ncia vai aumentar.

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- -ão. C di(erente. -ão estou sentindo um (rio e&terno. C ocontr6rio entende?- /rincesa tu est6s com (e!re?E a dama de honra tocou a testa da princesa. Estava normal.

- +u est6s !em. =eve ser al*uma impressão mais...E os olhos de Branca começaram a se revirar sem conse*uirse (ocar em ponto al*um. A princesa começou a respirar maislentamente e a ca!eça tom!ou para tr6s do !anco enquanto a!oca começa a espumar entre espasmos espor6dicos.- BrancaDDD Am+(ie grito. 

A dama de honra se*urou as mãos da princesa para tentar

!alanç6la mas (oi s5 quando ela tocou nos punhos que percebeu. A !e(e da !rincesa de Sta((ia não !arecia mais !e(e hmana. Era r/s!ida.E" !oco a !oco" cada 'e mais crista(ina. ,omo se ho'esse ma 1ina co$ertracrescendo ao se redor.

'omo se a pele da princesa estivesse se tornando vidro.Amélie imediatamente co(oco o cor!o !ara 1ora da jane(a" no deses !ero !arachamar a(gm so(dado. 9o imediato momento em #e o 1e" !or+m" sa ca$eça 1oiarrancada do cor!o !or m dem6nio a(ado de Aramis" #e mais (em$ra'a mama(dita 1são entre m (agarto e m morcego.

" *olpe (oi tão r6pido que Amélie nem teve tempo deperce!er que outros dem<nios 6 estavam (a#endo o mesmocom toda a comitiva de soldados.

24

3o(te essa es!ada... agora - a 'o !artia do ca'a(eiro #e (idera'a os so(dados.

Foão :anson ainda empunhava a réplica da espada demadeira. E ela ainda tremia.=o outro lado o protetor de Edmond mantinha ma es!ada de aço nasmãos" en#anto otro so(dado o im!edia de continar a'ançando so $re o menino. 

- Hoc, não é um soldado. 1uito menos um cavaleiro disse

Foão :anson. -enhum de voc,s é.- Hoc, não conse*ue reconhecer um em!lema? -em umaarmadura rea(7

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- 'avaleiro de verdade não dei&aria um homem como aquelemachucar mulheres." cavaleiro compreendeu o con(lito a!ai&ou a pr5pria espadaem punho e disse com uma vo# amistosa e compreensiva>

- "lha (ilho voc, est6 certo. " conde e&a*erou um pouco. Enos pe*ou de surpresa mas (oi s5 isso. Entendeu? Apenasisso$ uma distração nossa e um ato e&altado da parte dele. merro que não vai se repetir tem a minha palavra. Hamos (a#erassim> voc, (ica calmo n5s resolvemos a pend,ncia quee&iste por lei e nin*uém mais sai machucado o=7

Foão :anson a!ai&ou a espada. 1aria e Ariane re(a%aram m !oco a

tensão #e esta'a (hes s1ocando a garganta e tentaram 'o(tar a res!irar. O condedisse<

- "ra então tu és o (amoso herdeiro :anson? +eu pai pareceter muito or*ulho de ti.- /or (avor não diminua o nome de meu pai colocandoo emsua  $oca.

" conde cuspiu irritado com a ousadia.- /ois então tu ir6s cumprir a parte que vosso pai não podemais.Am!os irão servir a mim com san*ue e com tudo o mais queeu desear de acordo com minhas vontades e meu direitoconsentido.- E se um de n5s se recusar? - !ergnto :oão 5anson.

- +u queres sa!er a*ora ou depois da morte de vosso pai?3il,ncio. " conde continuou>- -a pr6tica sereis presos e condenados por não cumpriremum acordo esta!elecido em nome de uma  famlia.  Gsso 1a(amos deagora, mas e%istem conse#&ncias mais !ro1ndas. Am$os sa$emos #e 'osso !aiestá ma(. E segindo o #e 1ora tratado em otra +!oca" antes #e tais acordos1ossem !roi$idos no'amente" a a(ma de(e" #ando !artir" irá ser'ir em Aramiscomo escra'a de dem6nios" at+ #e otra a(ma !eça !ara ser'ir em se (gar. &e

a(gma !edir !ara ser'ir em se (gar.E 1aria :anson se lem!rou das palavras de seu pro(essor3a!ino von )*aro ditas tempos antes diante de uma

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investi*ação em uma casa supostamente marcada por uma!ru&a.Aposto no motivo de um tra!alhoDE de sua pr5pria i*norJncia 7 época.

+ra!alho? E como uma !ru&a pode tra!alhar para al*uém?E da surpreendente resposta.Através de um pacto senhorita :anson. -a época da 'açadade Bru&as muitas das pessoas presas e interro*adas haviamcontratado !ru&as para cumprir determinados rituais.1aria começou a *ritar com os soldados em choro>- 'omo? 'omo voc,s podem permitir uma coisa dessas? Gsso

é bruaria  4oc&s não de'eriam !ermitir isso

- 3enhorita não podemos inter(erir em acordos selados de(orma le*al entre am!as as partes - disse o ca'a(eiro" descon1ortá'e(. -A(+m do mais" não gostamos de nos meter em acordos se(ados com magia.

- "s caçadores  renasceram - 'o(to a dier a menina em choro. - E(es !odemanular  isso. E(es !odem at+ mesmo...

- Antes que di*as al*o do qual ir6s se arrepender senhorita...- con tino o conde -... acho me(hor te in1ormar de #e minha 'ida está (igada ao !acto e 0 assinatra com sange de 'osso !ai. O #e #er dier #e #a(#er !essoa #e me tome a 'ida estará atestando m !edido !ara ser'ir no (gar de'osso !ai como escra'o a!ós a morte.

- -ão isso é mentira...- -ão 1aria respondeu Ariane. - Se o tio 5anson assino rea( mentecom o sange de(e a#e(e docmento escrito so$ as Leis Antigas" então o 'e(hosem noção tá certo. Cem matar e(e 'ai ter de tomar o (gar do otro" de escra'o

de $r%as de!ois da morte.1aria continuou chorando tão assustada que nem mesmo sequestionou so!re como Ariane !oderia entender de $r%aria. 

- 'omo podes ver tratamos hoe aqui so!re um pacto capa#até mesmo de assustar caçadores.

Foão olhou para a irmã. 1aria estava assustada e tr,mula. -ãosa!ia que ar*umento usar e viase que estava se culpando denão t,lo escutado antes. Antes que che*asse 7quele ponto e

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talve# outros especialistas em Leis Anti*as pudessem ter sidoconsultados.E então Foão :anson viu o san*ue no nari# de Ariane 9arin. E omndo de(e tomo otra 1orma.

-

'avaleiro estamos hoe aqui para tratar de assuntosenvolvendo Leis Anti*as todos estão de acordo?:ector 2armer e a(o ,ostard se o(haram criosos" do (ado de 1ora" tentandoentender onde :oão 5anson #eria chegar com toda a#e(a história. 

- 3im per(eitamente.- E qual o direito de um homem o(endido diante de outro queo(ende sua honra?

- =e que tipo de o(ensa (ala (ilho?- =a o(ensa 7 honra e 7 moral por parte de um estranho queousa er*uer a mão contra a mulher do o(endido."s soldados morderam os l6!ios. En(im eles haviamcompreendido aonde aquele adolescente queria che*ar.E admitiam para si pr5prios que um menino tinha de ser muitohomem para (a#er aquilo.- " direito a um duelo de vida ou morte em nome da honrado o(endido.- E como (alamos hoe de um pacto esta!elecido so! a !asede tais leis então tam!ém me ul*o no direito de invoc6las." conde soltou uma *ar*alhada estridente.- aroto compreenda o se*uinte> mesmo se tu me matasses emtes mais !ro1ndos sonhos" ainda assim e(es 'irariam !esade(os !or#e isso nãoin'ia$i(iaria o !acto anterior. De #a(#er maneira" t ser'irias no (gar de te !aiem Aramis" e ta a(ma seria tortrada e tomada como escra'a !or $r%as mito !iores #e 3a$a.

Foão :anson não mani(estou surpresa. E s5 então o condecompreendeu.- "h agora com!reendo. 8 sa$es disso - conc(i o conde sr!re so. - E t at+mesmo desejas isso...

"s soldados se olharam surpresos. Até mesmo o protetor de'onde Desmond gardo sa es!ada" sr!reso e res!eitoso diante da atitde.

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E Foão :anson para em!as!acar de ve# todos os presentesconcluiu di#endo>- 'onde voc, demonstra (alta de no!re#a covardia mentirase arro*Jncia> tudo tudo o que mais aprendi com meu pai a

menospre#ar. Entretanto por mais anti*as que seam as leisainda e&istem leis semi-di'inas #e nos !rotegem de !essoas como 'oc&. E#e re!resentarão jstiças acima das injstiças #e $ene1iciam !essoas da sa (aia.

" conde esquelético (echou a e&pressão dei&andoa dura emuito séria. E (oi assim com essa e&pressão que ele escutouFoão :anson di#er>- E é so! essa !,nção das Leis Anti*as e de leis maiores e é

diante desses soldados que me são testemunhas da o(ensadiri*ida 7 minha mulher que eu convoco a Lei conhecidacomo o 8ribunal de Art'ur.

#s soldados dei&aram os quei&os tom!arem com as !ocasa!ertas. Aquilo... aquilo era (ant6stico demais até mesmo paraeles que nunca haviam visto nada como aquilo.

As crianças de Andreanne costumam ser (ascinadas pelahist5ria de /rimo Bran(ord." +ri!unal de Arthur. A Espada na /edra. Hoc, era a %nica que sempre se interessava muito mais pelade Arthur /endra*on...A Lei da Herdade acima de qualquer ma*ia.- 1oleque atrevidoD disse (urioso o conde. ;uem pensas

que és so!renome impuro? +eu pai servir6 acorrentado e ser6todos os dias torturado por dem<nios esperando apenas ahora em que tu ir6s tomar o lu*ar dele e eu vou adorar escutarteus *ritos daqui. /ois queres sa!er? Eu recuso o !edido

" cavaleiro que comandava a situação tomou a palavra>- 'onde Edmond =antes como disse o  sen'or  5anson !resente" nóstodos somos testemnhas da agressão contra a 1tra sen'ora 5anson da sa !arte"o #e dá ao o1endido o direito de re#isitar as mesmas Leis Antigas nas #ais osenhor se a!óia.

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- /are de (alar como se am!os (ossem casadosD Estamos(alando de duas criançasD- -a verdade eles estão na condição de noivos, senhor. ode re!arar#e am$os sam o mesmo cordão m  cordão de compromisso. E !e(as (eis deAra((m" noi'os o casados !ossem os mesmos direitos de honra.

" conde che*ava a espumar 5dio.- /ois !em meu protetor  irá tomar me (gar na $ata(ha de honra.

- Gsso seria permitido em duelos de honra comuns, conde Edmond -contino o ca'a(eiro" ciente de #e esta'a a cada !a(a'ra irritando ainda maisa#e(e homem. - *as estamos 1a(ando do 8ri$na( de Arthr" ma (ei acima at+mesmo de tratados de magia e #e e%ige #e am$as as !artes se a!resentem 0meia-noite !ara sa s$missão a sa o1ensa" o !ara o de(o em nome da honra doo1endido.

" conde continuou espumando raiva. Arre*alou os olhos paraseu  !rotetor.

E o espadachim !i*odudo sem pensar no que estava (a#endoarrancou sua espada da !ainha e avançou (uriosamente paramatar Foão :anson.

25

Brança ,oração-de-9e'e ainda sentia enj6os e ata#es de tonteira 'io(entos.8ento sair da carragem en#anto escta'a ao 1ndo gritos de so(dados sendomortos !or criatras nascidas de !esade(os. E(a não sa$ia direito o #e esta'aacontecendo a!enas escta'a o $ar(ho de aço cortando o ar e ES8RO9DOS $atendo em escdos" segidos de gritos $rta(mente interrom!idos.

+entou correr mas ca)a v6rias e v6rias ve#es. Al*umas delaspor causa dos ataques de tonteira provocados por um ar cadave# mais rare(eito. "u que para ela  parecia cada 'e mais rare1eito.Otras" !or casa das !ernas #e cada 'e !areciam menos sens/'eis. 3rancacomeço a se deses!erar   de verdade, mito mais do #e com seres 1?ne$resso$re'oando !or sa ca$eça e de'orando carcaças de so(dados 1eito a$tres"#ando !erce$e #e  não sentia mais  a sensi$i(idade dos dedos dos !+s. 9a'erdade" esta'a cada 'e mais di1/ci( at+ mesmo ses !+s o$edecerem a sas

ordens mentais" recsando as in1ormaç)es en'iadas !e(o sistema ner'oso.Ao redor dela havia apro&imadamente tre#e criaturasdaquelas. 1uito muito mais do que o su(iciente para eliminar

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um *rupo de quarenta soldados coisa que duas ou talve# atémesmo uma 6 seriam capa#es. As asas que lem!ravam*randes asas de morce*o se a*itavam e cortavam o ar com um!arulho de ordem maca!ra capa# de (a#er um homem

vomitar seu almoço. 3eus ra!os *rossos se a*itavam semparar como os de uma rata#ana recémen*olida em espasmosna !oca de um *ato. 3uas !ocarras lem!ravam a !oca desapos e quando a!ertas eram maiores do que todo o resto dorosto unto. "lhos de la*artos$ dentes curtos para o tamanhoda !oca que su*avam san*ue (eito !ichosvampiros.Era isso$ era isso que Branca 'oraçãode-eve tinha de aceitar

estar 'endo" en#anto tentava 1aer se cor!o o$edec&-(a. Só #e as !ernas já nãoo 1aiam mais. E" em $re'e" !arecia #e o resto do cor!o 1aria o mesmo.

oi assim que a princesa resolveu aceitar seu triste destino./rincipalmente se tal aceitação servisse para atenuar oconhecimento da e&ist,ncia de seres que não deveriam e&istirnaquele plano de e&ist,ncia. -ão na#uele !(ano.

E (oi assim com esse pensamento que Branca 'oraçãode

-eve sentiu as *arras de um daqueles dem6nios a(ados a ergerema(gns me tros. E a $ocarra de dentes crtos se a$rir.

E lo*o em se*uida se (echar.

2

" ca'a(eiro com $ar$a ma(1eita at+  pensou em 1aer a(gma coisa !ara e'itara#e(e ata#e s?$ito" mas já era tarde demais. Cando so(dados correram !aracima de(e" tam$+m 5ector 2armer e a(o ,ostard sentiram o coração ace(erar !e(a sitação já 1ora de contro(e. ois ma coisa + 'oc& #erer 'er a(g+mhmi(hado" destit/do de a(go" desonrado" ta('e at+ !reso. 

"ura coisa é querer ver esse mesmo al*uém morto.

Ariane -arin grito em deses!ero o nome do jo'em #e a!rendera a amar.*aria 5anson grito o mesmo nome. *as ning+m" ning+m !oderia chegar

 !rimeiro 0 1rente do a(cinado" antes #e a es!ada se encontrasse com m :oão5anson em tr&m(a !osição de garda" !ortando ma grossa es!ada de madeira.

Ariane atomaticamente" em !ro re1(e%o in'o(ntário" !rocro !or 3eansheenos arredores" temendo !e(a 'isão da ri'a chorosa. 

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E desco!riu que ao menos naquela tarde ela não esta'a a(i.

A espada de aço se chocou contra a réplica de madeira e pormais que (osse uma réplica a espada de madeira era *rossa epesada e começou a ser des*astada a cada *olpe mas agento amaioria. Agento #antos 1oram !recisos. Agento at+ mais do #e o s1iciente. 

As lJminas se cru#aram em velocidade uma duas tr,squatro cinco seis.Esquerda direita esquerda direita esquerda direita...

#s so(dados tra'aram !or m momento" im!ressionados e c'ocados com o #eesta'am 'endo. O 1ato era #e" a!esar da ine%!eri&ncia 'is/'e( e do medo #e !ercorre m !rimeiro com$ate rea( e em conse#&ncia todos os segintesM" amo'imentação de :oão 5anson era a mo'imentação de m  aprendi$ bem treinado.Um a!rendi em ati'idade.

m aprendi# de espadachim." que é isso que voc, est6 contando de esquerda pra l6 edireita pra c6D +6 tendo aulas de dança a*ora?m aprendi# dedicado que dedica !oa parte de seu tempo aaper(eiçoar uma técnica ensinada por al*uém competente.

-ão p<D Gsso é da aula de... &adre#.E (oi então e (oi  s5 então que 1aria :anson arre*alou osolhos o coração parou e ela entendeu.Esquerda direita esquerda direita...A conta*em. A maldita o*ada de &adre#. " passo de dança.Fo*adas de ta!uleiro?" mantra./or a)...Em velocidade a espada de madeira de Foão :anson sechocou uma ve# pela esquerda com a do atacante !i*odudo.Esquerda.E então outra pela direita.=ireita.

E ainda em velocidade impressionante de novo pelaesquerda e direita em mais uma duas tr,s quatro ve#es.Esquerda direita esquerda direita...

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Foão su!itamente er*ueu a espada acima da ca!eçapreparandose para descer com vontade do topo e rachar ocrJnio de seu advers6rio. " !i*odudo em re(le&o colocou suaespada em um movimento de de(esa para cima.

ma nta...oi quando a *rossa espada de madeira desceu como se (osseum machado na direção do oelho direito do inimi*o.A r5tula do espadachim saiu do lu*ar. Em!ai&o..." corpo do !i*odudo arqueou no chão enquanto eleG+AHAD E quando o tronco aoelhado (icou mais !ai&o e

no tamanho de sua altura Foão :anson (inali#ou sem piedade.=ireita.A es!ada de madeira desce tão 'io(entamente" mas tão 'io(entamente na direçãodo rosto da#e(e homem" #e" no segndo antes do go(!e" o mndo !arece girarem 'e(ocidade mais (enta #ando a arma

EW/L"=G em de#enas de (iapos e lascas de madeira paratudo quanto (oi lado enquanto o rosto do  !rotetor de conde Edmond

'ira'a cs!indo sange" em meio a n'ens de grosso cerne de ár'ore esc(!ida.Ariane -arin correu na direção de Foão e se o*ou em cimadele com l6*rimas nos olhos pelo medo de #uase t&-(o !erdido !e(a segunda 'e.

E então quando o rosto dela se separou do om!ro dele elaen(iou a l)n*ua na !oca do *aroto e aquele (oi o melhor !eioda vida de Foão :anson.

Ao (undo 1aria :anson e os soldados reais presentes aindaestavam em choque diante daquele adolescente que haviacolocado para dormir e se poderia di#er que até mesmoaposentado de ve# um espadachim e&periente.E isso sem comentar as e&presses de :ector armer e /aulo'ostard.

F6 conde Edmond não. " 'onde de Zdio não olhava paraaquele menino com raiva dessa ve#. -em com despre#o. -emcom de!oches.

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Eu convoco a Lei conhecida como o +ri!unal de Arthur.'onde Edmond olhava para Foão :anson e a %nica coisa queconse*uia sentir daquela ve# naquele inacredit6vel instanteera medo.

2!

" ser a(ado tom$o com a !rincesa ainda entre sas garras" a!ós s$ir a(gns !ocos metros do chão. 3ranca nada senti. 9a 'erdade" já não esta'a sentindomais nada a$ai%o da cintra. *as de ma coisa" ao menos" e(a !odia ter certea"em$ora a !rinc/!io 1osse m racioc/nio di1/ci( de acreditar.

" dem6nio escro em 1orma de (agarto-morcego esta'a morto.

"s outros do#e !ichos conjrados de Aramis interrom!eram ses $an#etesde cor!os de so(dados mortos e 'iraram sas atenç)es !ara o com!anheiro #eginchara annciando a morte" a!ós ter a 'ida cei1ada e a a(ma arremessada de'o(ta ao !(ano de onde não de'eria ter sa/do. E então os $ichos s$iram aos c+sde ma 1orma renida !ara tomar o (gar do irmão derrotado na#e(a $ata(ha.

E Branca 'oraçãode-eve en(im vislum!rou o que havia lhesalvado. E o que seria naquele dia o primeiro mila*re de sua

salvação./ois é um (ato di# a lenda e a lenda quem di# é o povo quee&iste uma montanha para cada anão. /ara que nasça umoutro tem de morrer pois esse n%mero sempre é per(eito. -ãose sa!e se a lenda é verdadeira ou não mas naquela re*iãoe&istiam sete montanhas.E eram sete os seus 1estres Anes.- 3ão dem<nios BaKtshis disse 1estre "r*ulho o 1estredos 1estres Anes de !raços unidos com uma manta que lheco!ria os dois ante$raços como se 1ossem m só. - E(es são cegos" giam-se !e(o o(1ato na $sca !or sange" cjas terminaç)es ner'osas 1icam es!a(hadas nos !ró !rios dentes da $ocarra. 

E um dos BaKtshis avançou (urioso so!re o *rupo em umrasante ca!a de !rodir asso$ios. 

- /or mim essas terminaçes nervosas poderiam se espalharaté mesmo pelo...- Gra...

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1estre Gra o 1estre Anão Ian*ado saltou 7 (rente com seumartelo *i*antesco nas mãos. A arma rodopiou uma %nicave# e o choque do !ater contra os dentes da criatura (oi tãoviolento mas tão violento que do#e dentes (oram que!rados

com uma %nica pancada. A criatura voou mais al*uns metrosdesnorteada até tom!ar com um gincho caracter/stico de derrota. 

E então os outros se posicionaram. 3a!e eram raras muitoraras as ve#es em que os sete se reuniam. ;uando issoacontecia porém meu ami*o eles eram capa#es dedesconurar dem<nios. =e destruir a'atares. De modi1icar a energia de 9o'a Ether. E" se a(i esta'am todos jntos mais ma 'e" era !or#e ha'ia m

 grande moti'o" a(go im!ortante do #a( e(es tinham de tomar !arte" o !arainterceder !e(a hmanidade.

1estre ula o 1estre eli# sempre achava *raça do eitoirritadiço de *estre Nangado. 

- Gra não perde mesmo a iniciativa não é? disse enquantomordia um *rande pedaço de melancia. -em esse eitodestrutivo de a*ir.

- -ão h6 como ser di(erente disse 1estre "r*ulho. Grasempre *era destruição.1estre Gnvea o 1estre Es!irro" tomo a !a(a'ra" en#anto os seisassistiam Gra destroçar m dem6nio atrás do otro. Soinho.

- Achas que eu deveria copiar  a(gm desses dem6nios7

- -ão respondeu 1estre "r*ulho. -ão é necess6rio.Apenas Gra 6 seria capa# de a!ater   todos e(es. *as de'emos tirar a

 !rincesa do cam!o de gerra" !ois Gra não + ca!a de discernir a(iados de inimigos#ando em 1?ria de $ata(ha.

m dem<nio BaKtshi prendeu 1estre Gra entre as *arras nointuito de er*u,lo e solt6lo de altura su(iciente. " 1estreAnão não apenas lhe que!rou uma das patas como escalou porele e começou a caval*6lo *irando o martelo de *uerra ederru!ando outros pelo caminho.

- 35rdido... disse 1estre "r*ulho.1estre 35rdido chamado entre os homens de 1estre =un*acomo sempre vestia tra!os e tinha ma a!ar&ncia sja" ao menos !erto da

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a!a r&ncia mais sá$ia dos irmãos. ,aminho com sa $enga(a" de'agar" a(gns !assos" e então começo a mrmrar !a(a'ras estranhas em sssrros #e a!enasos mortos !oderiam esctar.

- ula tire a princesa de l6 a*ora. E cuidado com as pernasdela.

- " que h6 com ela?- +u sa$erás.

Em um momento 1estre ula estava de pé terminando suamelancia. Em outro corria de maneira so!renatura( !or a#e(ecam!o" es#i'ando-se de garras de dem6nios o cor!os de 3a=tshis #e ca/am dosc+s" na direção do cor!o ca/do da !rincesa. Agarro-a em m ?nico mo'imento"en#anto ao 1ndo o 1?ne$re ta(ento de *estre Sórdido toma'a 1orma.

- 3a!es... disse 1estre L%?ria" conhecido entre os homens" e maisainda entre as m(heres" !e(o  curioso a!e(ido de *estre Dengoso. -... a !rincesa !oderia me ser o est/m(o !ara derr$ar...

- Esquece cortou lo*o 1estre "r*ulho.  5ão será !reciso...

- Estra*apra#er...E nos olhos de 1estre 35rdido !rilhou uma lu# escurecida eacin entada. 

" 1estre Anão continuou a di#er suas palavras sssrrantes" eentão se escto m cont/no som de ossos sendo  recolocados no (gar. Era msom medonho #e mais (em$ra'a m$is saindo de catacm$as.

Ali6s era eatamente isso #e tdo a#i(o (em$ra'a.

1estre 35rdido havia escolhido on#e dos a!atidos. "s on#ecorpos que  ainda  !oss/am a ca$eça. E" !oco a !oco" como se nãoho'essem aceitado a morte" e(es se (e'antaram" e em ses o(hos tam$+m $ri(ha'ama ( acinentada.

=em<nios ainda não a!atidos se con(undiam diante daquelecen6rio pois o ol(ato espalhado nas terminaçes de seusdentes (a#ia com que sentissem um cheiro ao mesmo tempode vida Msan*ueN e morte Men&o(reN em um mesmo corpo. 3emsa!er como reconhecer aquilo eles i*noraram os renascidos.E cada ve# que voavam pr5&imos a eles lJminas e espada emachados cortavam o ar e dece!a'am asas o ca$eças.

A cauda de um BaKtshi E3+AL" acertando 1estreIan*ado no meio do peito o*andoo a muitos muitos metros

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de distJncia. E nin*uém sa!e di#er precisamente se issopoderia ser dito mas... !em... 1estre Gra (icou  !ossesso.

- +ens certe#a de que devemos (icar olhando isso? Gnsistoque se copiasse...

- /enses no que est6s di#endo Gnvea. +u queres mesmo temeter em uma !ri*a iniciada por Gra?1estre Es!irro !ondero e concordo com Org(ho. 

1estre ula 6 havia cru#ado em velocidade o campo de!atalha entre corpos e destroços entre morte e violenta luta etra#ido a princesa para pr5&imos deles.Ao (undo havia o som das tr,s %ltimas criaturas ainda

remanescentes de Aramis. Das de(as !areciam mito com os otros. Aterceira" não. or a(gm moti'o era maior" mais 'o(mosa e tr&s 'ees maisassstadora #e as otras das. O$'iamente" 1ora essa terceira #e go(!eara *estreGra.

m dos soldados desmortos de *estre Sórdido" com ses o(hos acinentados $ri(hantes" miro ma 1(echa na direção do 3a=tshi maior. O marte(o de *estreNangado 1e com #e o corpo s$isse aos c+s como se 1osse m (e'e es!anta(ho.

- A;ELE C 1ED 1estre Gra *ritou. Hira teus!rinquedos para quem necessita delesD Gra não precisa denada. Gra complementa a si pr5prio. Gra é forma 7nica.

" imenso BaKtshi avançou so!re o 1estre Anão em c5lera."s olhos de Ian*ado se acenderam em vermelho. E o mundopassou a *irar mais r6pido.As *arras desceram e o Anão pulouD " martelo *irou e

ouviuse um E3+"-=" quando al*um osso do !icho separtiuD A *rossa cauda mais uma ve# E3+AL" e voou nadireção daquele ser a!rutalhado e destrutivo outra ve#.-ovamente Gra saltou e então desceu o martelo com as duasmãos na direção daquela maldita cada.

" !icho sentiu terminaçes nervosas que passavam por aliserem esma*adas. E gincho" gincho como m !oss/do" tamanha a dor !ro'ocada !e(o esti(haço dos ner'os. 

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Em um ato re(le&o a !ocarra se a!riu e o tronco se o*ou paraa (rente na tentativa de a!ocanhar seu a*ressor em uma açãosuicida. 3urpreendentemente 1estre Gra saltou  para dentro  da $oca #e se 1echo.

-enhum 1estre Anão pareceu surpreso ou a!alado. :ouvesil,ncio.E então os dentes do !icho EW/L"=GA1 de dentro para(ora.- /ara que tamanha !rutalidade não é verdade? per*untou1estre L%?ria.

- Gra não sa!e (a#er as coisas de outra (orma respondeu

1estre "r*ulho.- C porque ele não conhece outras coisas !oas da vida comque ele poderia desestressar...

" 1estre Anão saiu da !oca do BaKtshi a!atido impre*nadopor uma su!stJncia  !astosa. Ao redor" so(dados desmortos  termina'am decortar mem$ros dos dois a$atidos #e 1a(ta'am e 'o(ta'am a 1a(ecer a!óscm!rirem ses des/gnios" se isso 1aia a(gm sentido. 9a 'erdade" não + #e

e%atamente 'o(tassem a 1a(ecer. 9a rea(idade" a!ós a (i$eração de *estre Sórdido"ses cor!os voltavam a ser cadá'eres.

As atençes de todos os 1estres Anes se voltaram para aprincesa Branca 'oraçãode-eve.1estre "r*ulho tocoulhe as mãos e sentiu a pele mais 6sperado que deveria.- " que é isso? per*untou 1estre ula. ;ue tipo de ma*ia

é essa7- Pele de 6spelho  - *estre Org(ho res!onde" e todos os !resentesdemonstraram sr!resa. - oco a !oco a !e(e 'ai criando ma camada #e(em$ra 'idro. Os !oros 'ão sendo 1echados" e a !e(e não res!ira. At+ #e issochege 0 $oca" #e não 'ai mais se a$rir. E" #ando ao redor do nari tam$+m setornar 'idro" e(a dei%ará de res!irar.

- ;uanto tempo ela ainda tem? per*untou 1estre L%?ria.

- +alve# um dia. +alve# menos que um.- E&iste uma contra-magia7

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- E&iste respondeu Gra se apro&imando. F6 (ui até mesmoquase testemunha dela. 1as não é nenhum de n5s que podee&ecut6la.- C verdade complementou "r*ulho. 1as podemos

chamar até n5s aquele que possa...E todas as atençes se viraram para o %ltimo 1estre Anãopresente. E "r*ulho conclamou>- 3ono...

2"E *aria 5anson chego ao ;rande aço es$a1orida" e%igindo a !resença de Á%e(3ran1ord. O !r/nci!e 'aci(o !ara se decidir entre '&-(a o não" achando #e a jo'em ha'ia se dirigido at+ (á !ara tomar satis1aç)es so$re o ?(timo encontro dosdois. Satis1aç)es #e e(e sa$ia #e e(a merecia" mas seriam momentos di1/ceis edesagradá'eis.

1as (oi s5 ver a e&pressão da *arota quando ela adentrou o3alão eal com os olhos vermelhos de quem passara horas achorar em desespero solit6rio que ele perce!eu que o assuntopelo qual ela lhe (ora procurar era muito mas muito maissério do que poderia parecer.&el então desco$ri #e ha'eria m sr!reendente 8ribunal de Art'ur  0 meia-noite da#e(e dia e #e :oão 5anson (taria at+ a morte contra o conde EdmondDantes !e(a honra da 1am/(ia 5anson.

&el  !romete a e(a estar !resente e 1aer tdo o #e (he 1osse !oss/'e(. 

E verdade sea dita ele o (aria realmente.

2#

Em SherHood" os !re!arati'os !ara a gerra #e de1iniria o 1tro da#e(a !ro'/ncia corriam. :o'ens in1(amados !or discrsos ins!irados #e se niam 01i(eira dos re'o(cionários" a!oiados no conhecimento gera( de #e Ro$ert deLoc=s(e> esta'a de 'o(ta" e dessa 'e !ara (i$ertar a#e(as terras. Snai( ;a(1ordcontina'a treinando meninos ór1ãos das mais di1erentes es!+cies e

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naciona(idades" e o mndo gira'a cada 'e mais 1anista e !erigoso #ando gira'a !or a(i.

- o!ert os preparativos estão correndo como pensamosmas ainda temos um pro!lema grave - disse e#eno.

- Eu sei. -5s ainda temos dois e%+rcitos !ara en1rentar no mesmo cam!o de

 $ata(ha.- E como 'amos 1aer isso" Ro$ert7 ,omo 1aremos isso sem Ar a((m7

o!ert e&pirou pesado. Aquilo esta'a começando a (he irritar.Ar a((m de'eria ter se nido a e(e. Ao menos" 0 causa de(e. Ca(#er homem #eamasse a jstiça o teria 1eito. 9ão7

- o!ert...o!ert sa!ia porém em!ora (osse di()cil de admitir que era

outra coisa que o incomodava tanto e tirava sua visão sempreclara dos pr5&imos passos.=i*ame> por que voc, acha que 3tallia até hoe mantém3herQood so! seu poder?Era o mon*e. " e&revolucion6rio. " paci(icador.C por sua causa o!in." 3anto.- o!ertD- " que (oi dro*a? - e(e grito com :ohn e#eno. - 9ão '& #e e estome matando !or essa res!osta7 - e(e começo a 1a(ar a(to" em$ora !arecesse estar1a(ando consigo !ró!rio. - 9ão '& #e e esto tentando encontrar ma sa/da !ara'encermos esse desa1io7 Será #e + tão di1/ci( as !essoas entenderem #e + !ore(as #e e... #e e esto... !or #e e tenho de reso('er tdo soinho7

- Hoc, não tem...

- "nde est6 o mila*re prometido? /or que nin*uém vai aot%mulo de 1erlim retira uma (lor e a entre*a para erra!r6s?+alve# o coração dele se puri(ique e ele desista de entrar nocampo de !atalha e di#imar inocentes ou opositores.- Hoc, est6 perdendo o (oco... - disse m :ohn e#eno irritado.

- Ah eu estou? Eu estou? - e(e 'o(to a gritar. - ois então"  vamos testaragora o se mi(agre tão !rocrado

E o!ert apanhou um arco e uma (lecha de cima de uma mesae saiu do case!re onde estava se diri*indo a passos

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apressados na direção dos ovens que almoçavam (rutas. Fohn/equeno correu assustado atr6s dele. :avia um *rupo demeninos conversando enquanto mais ao (undo 3nail al(orde Liriel a!!iani (a#iam o mesmo.

o!ert se apro&imou dos dois com um olhar nem um poucoamistoso e per*untou>- C ela?3nail não *ostou daquele tom. *as res!onde.

C.Liriel não *ostou nem do tom nem da pr5pria tentativa dedesco!rir o que si*ni(icava aquelas curtas palavras.- Então é ela o nosso mi(agre7 e(a a menina especial ? ois 'amos 'er (ogode ma 'e #a( será o 1tro de SherHood em sas mãos

E o!ert de LocKsleR empurrou Liriel na direção de uma6rvore de (orma !ruta. 3nail al(ord e Fohn /equeno (icaramsem sa!er como rea*ir um pouco chocados com a atitude eaquele temperamento e&plosivo que não era dele. LocKsleRhavia entrado para a hist5ria como um idealista !rincalhão

 usticeiro pre*ador de peças mortais.Aquele homem ali porém era di(erente.- ique a)D - e(e ordeno a e(a #ando a encosto na ár'ore.

LocKsleR se a1asto a!ro%imadamente ns cem metros. 8a('e m !oco mais"mas a!enas m !oco.

E então para choque *eral armou o arco e a (lecha na direção

do coração de Liriel a!!iani.Acaso 6 viu uma (lecha lançada retornar?LadR 1arion 'i a cena de (onge e corre na direção de(e.

- o!ertD O #e !ensa #e está 1aendo7

- LocKsleRD /ara com isso LocKsleRD *ritou Fohn /equenoem desespero.3nail al(ord tinha o coração $atendo tão ace(erado" mas tão ace(erado" #e os

 $atimentos re'er$era'am at+ a cai%a craniana e toca'am m?sica !ara o c+re$ro.- Hoc,s não acreditam em um mila*re que vai nos salvar emuma Era -ova? /or que não conhec,lo de uma ve#?

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/endureme numa *arra(a (eito um *ato..."s dedos começaram a li!erar a (lecha. E o arco imploroupela li!eração da corda.

... e a tire em mim...

- LocKsleRD- o!ertD

... e aquele que atirar em mim...- 3e ela não conse*uir... !om... não iremos todos morrer nocampo de !atalha do mesmo eito? "u então espetados empraça p%!lica como Adam Bell?

... dei&em que rece!a tapinhas nos om!ros...Ele resolveu que aquilo 6 tinha sido su(iciente para servir decatarse a tudo o que andava sentindo ultimamente e sepreparou para a!ai&ar o arco.

... e que o chamem...E (oi quando ouviu o %ltimo *rito.Adam.

- +o'in * *arion grito" e o apelido $ate 1ndo dentro de(e. or#e traiamais ma 'e a (em$rança do monge e das !a(a'ras do monge. E traia (em$rançasde ma !arte de(e #e a cada dia !arecia mais distante e di1/ci( de (em$rar.

" resultado (oi que os dedos vacilaram e a (lecha se soltou.

30

"nde está An/sio7 - !ergnto Á%e( em agito a ma das ser'as do ;rande aço. -Rei 3ran1ord esta'a se sentindo mito cansado e 1oi tomado !or ma re!entinaBnsia de sono !ro1nda" da #a( !edi !ara não ser acordado...

Aquele ine&plic6vel sono repentino não iria durar muito.Apenas o su(iciente.

31

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A 1(echa 'oo em (inha reta na direção do coração da garota.

Liriel não conse*uiu  pensar  no #e esta'a acontecendo. 9ão ha'ia tem!onem o!ortnidade !ara (ógica em sitação tão morta(. O #e acontece na 'isão domndo dentro de sa mente" na#e(e instante" de'eria ser tratado como m !roato refleo. Um ato de so$re'i'&ncia.

-a testa mais uma ve# veio a dor de dentro para (ora domomento em que tinha de forçar. 2orçar !ara meer.

E o +empo mais uma ve# correu di(erente para ela.Acaso 6 viu uma (lecha lançada retornar?A (lecha que demoraria #uase m segndo !ara !ercorrer a#e(a distBncia" !ara e(a" demoro mais. e(o menos tr&s 'ees mais. Os o(hos arrega(ados" a $ocaa$erta" o coração ner'oso. A 1(echa 'inha em sa direção" e e(a ac'ava #e !oderia

des'iá-(a. A!esar dos m+todos 'io(entos" o ma(dito negro ha'ia consegido. Lirie(nnca ha'ia com!reendido de 1orma tão !(ena o mecanismo de tdo a#i(o #e e(aera ca!a de 1aer" sa$ia-se (á !or #e moti'o.

E (oi assim que ela esticou a mão para me&er a (lecha.E ouviu o !arulho da ponta se 'AHA-=" na 6rvore lo*oali ao seu lado na altura do coração. Hoc, est6 maluco o!ert? *ritou 1arion na cara dele.

Ali6s voc, é o!ert de LocKsleR? Hoc, é aquele pelo qualesses meninos estão aqui esperando para lutar? /orque

sinceramente eu n-o o conheçoD E não é por voc, que elesquerem entrar naquele campo de !atalha para morrer seumalditoD/ensar so!re isso lhe (a# respeitar cada (lecha que lança navida.LocKsleR estava assustado.Adam.Ao redor dele os rostos de centenas de ovens tam!ém.Eles temem o que vem de voc, o!in e o que voc, ir6transmitir.=o outro lado Liriel a!!iani estava unto ao corpo de 3nail

al (ord o salvador que a havia pu&ado para si em um atore(le&o  mila2roso, que impediu que a (lecha lheatravessasse o coração.

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C por isso e é apenas por isso que 3herQood não é livre.E o!ert sentiu medo. 1edo de si pr5prio. 1edo de tudo oque estava (a#endo. " medo de sua causa não ser usta osu(iciente para o que ele estava (a#endo$ medo de ter coletado

esp)ritos que não deveriam morrer por ordens suas./or sua causa.o!ert de LocKsleR olhou para Lad> *arion com a mesma e%!res são dema criança #e sa$e #e comete m erro" diante de m !ai se'e ro !restes are!rimi-(o.

F6 1arion suspirou um pouco mais leve ap5s tal olhar.

Ao menos aquele LocKsleR ela reconhecia.

32

3enhor Rm!e(stichen... - disse m Rei e%tremamente tenso diante de m $arão-gnomo. - Se ainda esti'er de !+ 'osso desejo de a%/(io com 'ossa tecno(ogia emm momento !reciso" diante das conse#&ncias de ta decisão em não comnicar aAra((m o conhecimento da a(iança entre 2erra$rás e 3ra'aria" gostaria de tomar

conhecimento agora da rati1icação.- Hossa 1aestade minha palavra anterior ainda é a mesmade a*ora e de todos os tempos que virão.- Eu preciso che*ar de (orma ur*ente a um lu*ar distante epreciso de v5s. =e todos v5s.- C tão *rave a situação 1aestade?- 3im. rave a ponto de eu não poder correr nem caval*ar.

rave o su(iciente a ponto de eu precisar voar...

33

1itas horas a'ançaram" e a tarde de (gar 0 noite em Ara((m. O horário demeia-noite esta'a se a!ro%imando" e era hora de se dirigir ao (oca(. Dois so(dadosreais já es!era'am :oão 5anson do (ado de 1ora do case$re" e e(e na#e(e momento

se des!edia de ma mãe em (ágrimas" com m terço com a cr de *er(im nasmãos.

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1eu (ilho... meu (ilho por 1a'or" 'oc& não !ode... 'oc&... não...  !ode... -a mãe começo a !assar ma(" e Anna e ;o($e 9arin a acdiram. 

- Eu ten'o, mãe.

Ele tomou a mão direita da mãe e a !eiou.-

Eu peço a sua !,nção mãe.Ela derramou mais l6*rimas e disse entre soluços>- ;ue... o 'riador o a!ençoe... meu (ilho.1aria :anson tremia$ Ariane 9arin" tam$+m. A menina o$ser'a'a ocorredor 0 1rente do #arto de 5/gor 5anson e 'ia 3eanshee ainda es !erando. 

- Hoc,... não quer ver seu pai Foão?- Ainda não posso mãe.

- 1as... meu (ilho. e se voc, não... e a mãe começou asoluçar e a chorar a*arrada ao adolescente enquanto os paisde Ariane 9arin tenta 'am conso(á-(a. - 4oc& não !ode... e não 'o dei%ar 'oc&ir... e não 'o dei%ar" me 1i(ho... !e(a segnda 'e... não !e(a segnda 'e...

- 1ãe soldados me esperam. Eu (i# o desa(io. E o (i#  por ele.E 'o 'o(tar. E jro a 'oc& #e 'o 'o(tar.

A mãe ainda soluçava.

- Eu al*uma ve# não cumpri uma promessa (eita a voc,?"s pais de Ariane" aos !ocos" a se!araram de(e" e e(e se dirigi 0 sa/da antes#e a emoção da mãe !iorasse. A1ina(" não há como 'o(tar atrás de ma re#isição !e(o 8ri$na( de Arthr. 9ão há mais acordos nem de sist&ncias. m 8ri$na(#e tem de ser e%ectado. ois + m tri$na( de jstiça semi-di'ina" em #eacredita'am #e o 'encedor 1osse a#e(e #e o ,riador desejasse e" !or isso" o(ado certo da #estão em d?'ida.

'om o desespero da mãe e a tocante devoção do (ilho

nin*uém havia perce!ido Ariane no corredor" em 1rente a 3eanshee. 3om"ning+m" menos a mãe.

- Ariane... + hora de irmos - chamo *aria 5anson. 9o caminho !ara a sa/daAnna 9arin interrom!e a 1i(ha<

- Hoc, (alou com e(a7 - !ergnto a mãe" em sssrros. - So$re... o8ri$na(...

- Ela #uis me dier.

- 1as...- 1as eu pedi para ela não me mostrar. -ão 'oje - e (ágrimas des-ceram.

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Anna compreendeu. +eria (eito o mesmo no lu*ar da (ilha.+odos os presentes a!raçaram Foão :anson (orte (orte comose (osse pela %ltima ve#. " ovem não se comoveu comchoros nem apelos e sua e&pressão (ria demonstrava que a

mente 6 estava em com!ate.E (oi assim que acompanhado de Ariane -arin e 1aria:anson Foão :anson partiu de casa para um com!ate de vidaou morte.

34

Lad> *arion acordo !ró%imo 0 meia-noite e 'i Loc=s(e> sentado !ró%imo 0cama" com ma 'e(a nas mãos.

- -ão est6 conse*uindo dormir? - e(a !ergnto. 

- Eu 6 sei - e(e disse" como se a#i(o 1iesse sentido.

Eu 6 sei como vamos vencer a *uerra.

35" (gar marcado era ma c(areira" não mito a1astada. Cando :oão 5ansonchego ao (oca(" o ra!a 1ico mito" mito sr !reso. A1ina(" ha'ia a(i !e(o menos"contando !or a(to" mas #inhentas !essoas. A história do menino #e esca!ara damorte na casa de ma $r %a !ara so$re'i'er e desa1iar o ,onde de Kdio !ara mde(o de honra em nome da garota amada e do !ai condenado era ca!a de arre!iaro mais a!ático !(e$e.

Foão :anson che*ou de mãos dadas com Ariane 9arin" e a reação detodos 1oi imediata.

As pessoas apontavam para ele e o aplaudiam comoaplaudiram Á%e( 3ran1ord tem!os antes no nho De 2erro" e ergiam tochascomo tam$+m o ha'iam 1eito antes. Á%e( também esta'a a(i" no centro da arenaarmada" o #e só amenta'a o 1asc/nio da#e(a !o!(ação.

"s ami*os de Foão :anson (oram até ele e o a!raçaram edisseram coisas que vinham do coração. E até mesmo 5ector2armer e a(o ,ostard se a!ro%imaram e 'ieram (he dier<

- Ei :anson. -5s... não esper6vamos que isso tudo 1osse acontecer.E...

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- A *ente nunca deseou que voc, morresse, 5anson.

- E... ainda que a *ente não v6 com a sua cara... eu queria...n5s quer)amos lhe di#er que a *ente acha voc, coraoso  porinteiro de !edir o 8ri$na( e entrar na#e(a arena.

Foão :anson caminhou na direção da arena sem di#er nada.-o centro a arena armada delimitada por um c)rculo depedras. :avia soldados que re(orçavam os limites do rin*ue.Bradamante e Rggiero esta'am entre e(es. 5a'ia Á%e(" ao (ado de(e" oca'a(eiro #e testemnhara o desa1io" e tam$+m m res!eitad/ssimo magistrado.Um re!resentante má%imo das (eis de Ara((m" #e 1aria 'a(er as Leis Antigas. 

A (rente deles uma pedra com uma pequena rachadra. :oão 5an -son de'eria a!resentar ma es!ada de das mãos. ,aso sas !osses não o

 !ermitissem" m re!resentante do Rei de'eria ceder-(he ma. Á%e( tinha me%tenso em$r(ho nas mãos e" ao 'er *aria 5anson" dirigi-se at+ e(a.

A menina o a!raçou como se (osse ele o salvador do mundo.E talve# para ela naquela noite ele o (osse.- raças ao 'riador voc, est6 aquiD Eu pensei... eu penseique não conse*uiria...- Eu lhe disse que viria. E (aria o melhor que pudesse. Eu

trou&e aqui hoe o ma*istrado mais respeitado de todo oeino. +alve# o mais respeitado do mundo.- Então ele conse*uir6 impedir isso tudoD- -ão não se impede um +ri!unal de Arthr. E m caminho sem'o(ta.

- 1as... mas... mas... e 1aria :anson começou a perder avo# e a (icar p6lida. 1as eu pensei que voc, iria (a#er al*opelo Foão...- Eu vou.&el retiro o e%tenso em$r(ho #e co$ria o !resente e re'e(o ma $ainhanegra adornada com 1ios de !rata crados" 1eita de coro esticado com 'aras desa(geiro. Encai%ada" ha'ia ma es!ada de das mãos #e" se não era a mais $onitado mndo" a(+m de não ser mito !esada e !or isso idea( !ara o tamanho de :oão5ansonM" !arecia ter !artici!ado de in?meras $ata(has e !ossir ma ara !oderosa

ao redor de si.- C... é assim #e 'oc& !retende ajdar me irmão7 Ajdando-o a entrar em mringe onde e(e !oderá morrer7 4oc&... 'oc&...

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&el tentou encostar ne(a.

- 1aria voc, tem de entender que seu irmão...- +ire as mãos de mimDDD ela *ritou histérica.=esnecess6rio di#er como aquilo atraiu atençes *erais. -ão

encoste em mim Á%e( E esto cansada das sas 1a(sas !romessas 9ão 1a(ecomigo não o(he !ra mim Se o me irmão morrer na#e(a arena" e não #ero 'er'oc& nunca mais, me escto7 5unca... mais+

&el aquiesceu e disse<

- Ele não 'ai morrer na#e(a arena.

- 'omo se voc, pudesse ter certe#a disso.- Eu tenho.

&el se a1asto" e Ariane conso(o *aria" em$ora esti'esse iga(mente ma !i(ha de ner'os.

oi quando se escutou o sil,ncio e a e&plosão de vaias assimque conde Edmond chego ao (oca(. 9ing+m gosta'a de(e" e ning+m (amen -to #ando a 2aenda de Es#e(etos 1ora #eimada. As !essoas %inga'am"arremessa'am coisas" cs!iam" e o conde !arecia trans!irar mais có(era em cadareação contro'ersa. rotegido !or escdos de gardas" e(e chego at+ a arenaarmada entre c/rc(os de !edras. E dirigi-se at+ o centro.

&el (e'o a es!ada at+ :oão 5anson" retiro-a da $ainha e disse<- Esta espada é >'aruma. 9ão gosto de es!adas e" #ando as so" !re1iro ases!adas mais (e'es. Entretanto" em jornadas im!ortantes" costmo carregar estaarma como m  talismã. 2oi com esta es!ada #e me !ai inicio a  6açada de3r%as 2oi com esta es!ada #e e arran#ei a !erna de :ami( ,oração-de-,rocodi(o E + com esta es!ada #e 'oc& 'ai matar o   ,onde de Kdio em m8ri$na( de Arthr. 4oc& está me com!reendendo" :oão 5anson7

Foão :anson pe*ou com (irme#a a espada e com uma

e&pressão demon)aca que não parecia dele caminhou para ocentro do c)rculo de pedras." cavaleiro o cumprimentou com um *esto de ca!eça em quese reconheciam conceitos como respeito sem #e nada 1osse !reciso serdito. O magistrado se a!resento<

- 3enhores eu sou Lorde Pil(red de Gvanhoé sa*radoma*istrado por ei /rimo Bran(ord ap5s a 'açada de *ruas, ere!resentante má%imos das Leis Atais e das Leis Antigas de Ara((m. Estamoshoje diante de m 8ri$na( de Arthr em nome da honra de :oão 5anson contraconde Edmond Dantes. A !arte o1endida de'e ceder sa arma.

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E Foão :anson entre*ou a espada ao ma*istrado. " senhordevia estar na casa dos sessenta anos com ca!elos e !ar!as!rancos que lhe davam um aspecto s6!io de quem adquirirasa!edoria na e&peri,ncia.

Ele pareceu reconhecer >'aruma #ando a segro.- 3enhores com a autoridade a mim atri!u)da eu esta!eleçoo(icialmente diante da permissão do sa*rado 'riador oe&erc)cio do +ri!unal de ArthurDE a espada (oi cravada na pedra.:ouve sil,ncio. 'onde Edmond retirou sua espada da !ainhaque lem!rava um sa!re com a lJmina um pouco mais pesada

e esperou. 9o !escoço" e(e ainda sa'a o cordão !reso com o ane( de (enhador de5/gor 5anson. 8odos sa$iam #e centenas ha'iam morrido em sas mãos ao (ongode sa 1ascinante trajetória de 'ingança e #e" !or mais #e a idade o ti'esse !oss/do" ainda assim a#e(e homem era m es!adachim ha$i(idoso e e%!eriente.

Lorde Gvanhoé se a(astou esperando Foão :anson dar in)cioao duelo quando estivesse pronto. :ouve mais uma ve#sil,ncio.

E Foão :anson sem demora e ainda com sua e&pressãodemon)aca (oi até l6 e retirou com as duas mãos em um%nico movimento a espada da pedra.

3

A !rincesa 3ranca ,oração-de-9e'e esta'a deitada dentro de m monmento de'idro" na A(deia da *ina" aos !+s da montanha de *estre Org(ho. ,ada ma dasSete *ontanhas !ossi ma a(deia aos ses !+s" e a raça anã !resente costmare1(etir as !rinci!ais caracter/sticas do se *estre. 9a montanha de *estreOrg(ho" onde todos os otros mestres an)es gosta'am de se renir #andonecessário" a maioria dos an)es se dedica'a a estdar escritras e tentar !rogredires!irita(mente" dedicados como monges na $sca !or orientaç)es semi-di'inas.

A todo momento o povo anão mani(estava sua solidariedade

com relação 7quela triste hist5ria e depositavam arranos de(lores ou postavam velas acesas so!re os pés daquelemonumento de vidro. A princesa dormia como uma (alecida

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dentro de uma cai&a de vidro (echada. A pele do corpo cadave# mais 6spera e re(letora 6 havia tomado quase todo ocorpo su!ido pelo tronco e passado pelo pescoço. -aquelemomento aquela crosta #e (em$ra'a 'idro começa'a a (he tomar a área aoredor das ore(has e dos o(hos" dirigindo-se 0 $oca e ao nari.

- 1estre... disse um mon*e anão disc)pulo de 1estre"r*ulho. " que n5s podemos (a#er a mais além de re#arcom (é pela princesa de Sta((ia7

- 3e voc,s re#am com (é para o 'riador por al*uém em umdeseo de altru)smo o que so!ra a temer?- 1as 1estre...

- 3e o 'riador est6 com voc,s quem estar6 contra? :umanosou anes somos todos criaçes amadas por semideses. E%istemraças !re1eridas" mas nenhma das #ais se arre!endam.

- 1as além de nossa (é mais pro(unda 1estre ainda assimé preciso um mila*re insistiu o disc)pulo.E um !arulho ensurdecedor começou a tomar conta dasestrelas das 3ete 1ontanhas. Lu#es tomaram conta do céu

escuro chamando a atenção de mi(hares de an)es #e se amontoaramem cada a(deia !ara a!ontar !ara a#i(o #e srgia dos c+s e se !re!ara'a !aradescer na *ontanha de Org(ho.

" disc)pulo olhou com "r*ulho para aquilo que seapro&imava. " 1estre Anão era apenas sorriso. - 9ão" + !recisoa!enas 1+.

3!

As es!adas se craram ma" das" tr&s 'ees. De!ois #atro" cinco" seis" sete.

Ao contr6rio de um torneio como o /unho =e erro o p%!licodessa ve# não *ritava eu(5rico diante do em!ate entre os doisinimi*os. A(inal dessa ve# estavam diante de um duelo de

vida ou morte. m duelo em que eles sa!iam que um dos dois iriamorrer na#uela noite.  or isso" as reaç)es #e eram des!ertadas não 'aria'ammito a(+m de m si(&ncio angstian te #e arre!ia'a e 1aia nhas se cra'arem em

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 !e(es e #e !ro'oca'a gritos de ssto cada 'e #e ma (Bmina !assa'a !ró%imodemais a m rosto.

" que mais impressionava era que Foão :anson o menino dequin#e anos por mais que estivesse nervoso estava (irme. Epor mais que estivesse tra!alhando como lenhador

ultimamente e *anhando al*um porte ()sico com isso aindaassim ele parecia sa!er manear uma espada como sehouvesse sido treinado anteriormente para isso.A*ora ima*ine tudo isso unto na ca!eça de 1aria :anson. e(o 'isto" o jo'em senhor 5anson a anda sr!reendendo" senhorita 5anson. 

1aria olhou para o lado em direção ao estranho e voltou a

olhar para a luta com os nervos em (ran*alhos. E então océre!ro perce!eu que não era um estranho e ela voltou aatenção para ele di#endo quase em choro>- /ro(essor...Ela a!raçou 3a!ino von )*aro como a!raçaria um av< ouseu pr5prio pai se ele pudesse ali estar. Ariane não conse*uiunem mesmo virar o rosto uma ve# arrancando uma lasca de

unha atr6s da outra como se (osse uma 6*uia renovando suas*arras." povo *ritou no momento em que o sa!re (e# um talo naaltura do pescoço de Foão. Espadas se cru#aram mais umaduas tr,s quatro Foão :anson mais uma ve# (e# uma (intapor cima. " 'onde se preparou para de(ender o *olpe.

E a lJmina de =haruma correu em dia*onal de !ai&o paracima (a#endo um ras*o no olho esquerdo do conde.Edmond G+" e se a(astou tocando o olho (erido.- 3eu... seu... seu... - o o(ho direito 'i o sange na mão.  Apenas o o(hodireito. E 1oi só então #e o conde entende #e o otro não esta'a a!enas 1erido"mas cego. Entende #e" mesmo #e 'encesse a#e(e de(o" sairia de(e !arasem!re com a (em$rança eterna de ma 'isão a menos.

- :ansonD - $erro Á%e(. A#i(o não de'eria ser !ermitido" mas... $om...#em iria chamar a atenção do !r/nci!e7 - La crescente" em contra-ata#e

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-a arena Foão :anson não se virou para &el Bran(ord masapesar de manter a posição de *uarda modi(icou   a forma  desegrar a es!ada" in'ertendo o !nho s!erior no ca$o.

E 1aria :anson percebeu isso.

-

/ro(essor... como...  como  e(e entende esses termos7... - e *aria !ego

Sa$ino com as das mãos e começo a agitá-(o" com deses!ero na 'o. - ,omo:oão !ode conhecer t+cnicas de es!ada" !ro1essor7 A#i(o são mo'imentos... sei(á... de ca'a(eiros

3a!ino suspirou. E disse>- :6 tempos o ovem senhor :anson est6 surpreendendoa1aria. Hoc, apenas se recusou a en&er*ar...E (oi então e (oi s/ então, #e *aria 5anson chego a ma conc(são #e

seria di1/ci( at+ mesmo !ara semideses.LA3:- Esquerda direita esquerda direita esquerda direita uma(inta em!ai&o direita.- " que é isso Foão?- " que (oi *arota?- " que é isso que voc, est6 contando de esquerda pra l6 edireita pra c6D +6 tendo aulas de dança a*ora?- -ão p<D Gsso é da aula de... &adre#.- Fo*adas de ta!uleiro?- /or a)...1aria :anson se a(astou do corpo do seu pro(essor de (ormas%!ita. "s olhos completamente arre*alados.

LA3:'atedral da 3a*rada 'riação.- Ele é meio... (echado de ve# em quando desde... queaconteceu aquilo. Ele so(reu muito naquele epis5dio sa!e?Ele (icou preso de!ai&o de uma escada no escuro sendotorturado todo dia por aquela... aquela...- Eu ima*ino como deva ter sido traum6tico pra ele.- oi. oi sim. 1as aos poucos ele t6 superando a *ente émuito unido quanto a isso. ;uanto a tudo até. E ele é muito

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inteli*ente. Ele vai ser um *rande pensador. 3a!ia que ele é deum clu!e de &adre# e tudo? Ele treina tr,s ve#es por semana.35 que nunca me dei&a verD- Wadre# né? Est6 a) al*o que nunca pensei...

" coração de 1aria :anson !atia acelerado. 1as !atia muitoacelerado. 3uor começou a lhe escorrer pela testa como se(osse um ato de tortura.Wadre# né?Ela se lem!rava da reação de &el. Ele havia sorrido diante

do ter mo. Ela ima*inou que ele estivesse surpreso pela

desco'erta no que o irmão dedicava seu tempo mas...Est6 a) al*o que nunca pensei.... a*ora ela se dava conta de que ele estava surpreso naverdade pela desco!erta do que ela achava no que o irmãodedicava seu tempo.E essa conclusão (e# seus oelhos (icarem !am!os quandosua mem5ria voltou mais uma ve# ao inacredit6vel dia em que

ela conheceu e saiu com Á%e( 3ran1ord !e(a !rimeira 'e. Dia em #e:oão 5anson e Ariane

-arin se meteram na carroça com (eno para se*uila edesco!rir quem era o audacioso rapa# que  ousava sair com uma ;anson sem antes pedir permissão.

E essa lem!rança lhe em!rulhou o est<ma*o.LA3:- FoãoD 1as o que voc, est6 (a#endo aqui?- Eu não sou (ã de nin*uémD Estou aquipra sa!er quem é essesueito misterioso que ousa levar voc, pra sair sem pedirpermissão pra mim e pro papaiD- -ãoD Eu não acredito que voc, (e# isso *arotoD- "ra estou (a#endo meu papel de homemD Além do mais

voc, l6 sa!e se esse cara é de (am)lia? Ele pode ser umtarado... ou um aproveitador de don#elas... ou... ou... umpr)ncipe...

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" menino havia *elado naquele momento. 'on*elado.E 1aria como qualquer outra pessoa sensata no mundointerpretou aquilo como um choque natural de um meninople!eu que desco!re que sua irmã ple!eia est6 saindo com o

pr)ncipe de seu eino. 1as analisando naquele momentoaquele racioc)nio mudava completamente.A reação de cho#e de :oão 5anson não era a!enas a de a(g+m #e tinha receiode ter 1eito ma grande $esteira.

Era a de al*uém que tinha medo de ser delatado.

- 1eu 'riador... ele sa!ia... ele sa!ia... - e(a disse em cho#e e'iro-se !ara Sa$ino" intimando< - Á%e( sa$ia" não + 'erdade7 Á%e( sa$ia a 'er-dade...

3a!ino pensou e viu que não tinha mais volta.- Ele não sa!ia que voc,s eram irmãos. 1as sempre quepode ele d6 aulas de pu*ilismo para os voluntários a aprendi$ decavaleiro.

1aria :anson (icou #on#a. E o!servou a arena onde o irmãoainda esperava conde Edmond se recuperar da perda de um

olho.C assim que voc, pretende audar meu irmão? Audandoo aentrar em um rin*ue onde ele pode morrer?- 1as... mas... como ele p<de não me di#er nesse tempo to...- e *aria arrega(o os o(hos mais ma 'e e te'e de segrar o est6mago #andoe(e !( so ma tentati'a de '6mito. - O senhor... o senhor também sa$ia" não +7

- 1aria para um ovem se candidatar a aprendi# de cavaleiro

real é preciso uma  indicação  - e(e disse" s+rio. - uem  'oc& acha #e !oderia ter indicado :oão 5anson7

1aria teve outra Jnsia de '6mito.

Ele não vai morrer naquela arena.- /or que... por que voc,s nunca... nunca...- E&iste um c/digo, *aria. Um código de honra e de !a(a'ra Esses meninosse tornam ma 1am/(ia" e todos e(es se !rotegem. O !or #e 'oc& acha #e !essoas como e(e e os g&meos Darin se !rotegem o tempo inteiro?

E o conde !errou de ira diante da dor que lhe tomava o corpoe avançou !a!ando 5dio na direção de Foão :anson. " ovem

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com seu olhar compenetrado e os ca!elos curtos raspados anavalha esperou com a *uarda proposta.'omo se voc, pudesse ter certe#a disso." conde se apro&imou e apro&imou e apro&imou e Foão

:anson lançou seu *olpe.Eu tenho.A lua crescente (e# um desenho com o (io da arma de !ai&opara cima na direção das v)sceras de conde Edmond. AlJmina per(urou a carne com o impacto e com o punho decima invertido como estava Foão :anson  empurrou  ainda mais aes!ada !ara a 1rente" 1aendo o gme !enetrar cada 'e mais 1ndo. 2ees e sange

1oram e%!ostos no momento em #e as '/sceras e o intestino de Edmond Dantessa(taram 'io(entamente !ara 1ora.

E o 'onde de Zdio tom!ou.Foão :anson permaneceu na posição (inal ainda por al*umtempo para acreditar nela. Acreditar que estava vivo.Acreditar que havia so!revivido. E acreditar que haviavencido.

E acreditar que pela primeira ve# o menino de quin#e anoshavia matado.;uando Foão :anson se er*ueu o choque da multidão passoue as quinhentas pessoas presentes começaram a aplaudir e

aplaudir e asso!iar e a *ritar o nome dele. "  so'renomedele. Ariane -arin entrou correndo na arena sem sequer

querer sa!er se isso 6 seria permitido e pulou em cima do*aroto. ;uando os corpos se a(astaram entre choro e vo#tr,mula antes que ele dissesse a (rase ela a disse primeiro. Eu amo voc,.E um cansado Foão :anson en(im sorriu um sorriso a!erto.

A(inal ele sempre sou!e que aquilo era verdade.

3"

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ei An/sio 3ran1ord desce da#e(e 4ishn a!ressado e !asso entre an)esest!e1atos na direção do maso(+ de 'idro em #e se encontra'a o cor!o da !rincesa.

- Então era verdade o que me (ora mostrado em sono disseei An)sio ao se apro&imar de 1estre "r*ulho.- A*radeça ao 1estre Anão depois de cumprir sua missão."s outros seis estavam presentes. An)sio tocou a pele daprincesa e sentiu os pelos se arrepiarem.- /elo sa*rado 'riador o que é isto 1estre Anão?- /ele de vidro. ;uando che*ar ao nari# e 7 !oca ela ir6parar de respirar.

" coração de An)sio acelerou e ele tocou o rosto dela. "nari# 6 estava com a mesma caracter)stica de toda a crosta #eha'ia tomado a !e(e. Os (á$ios começaram a cicatriar da mesma 1orma" e 3ranca,oração-de-9e'e esta'a a a(gns mintos da !ró!ria morte.

- " que eu posso (a#er? =i*ameD ele !radou em desespero.=o rosto nasceram l6*rimas do mesmo sentimento. " queeu posso (a#er?

1estre "r*ulho lhe entre*ou uma (aca. An)sio ainda estavaum pouco tonto para compreender o motivo.

- " que eu... deveria (a#er com... isto?- 3e tu possuis a marca, então t sa$es o #e tem de ser 1eito.

Aquilo (oi como uma imensa (o*ueira sendo acesa em umacaverna ?mida e escra. O coração de An/sio 3ran1ord" a!esar da ang?stia" $ate mais (e'e" !or#e o Rei de Ara((m entende. 

oi o momento em que os 3ete 1estres Anes er*ueram os!raços e canali#aram éter. 1omento em que centenas deanes presentes se aoelharam e re#aram em nome de um3a*rado 'riador a milhares de semi-deses.

E que as l6*rimas que antes eram desespero se tornaramal)vio.3a!ia que as l6*rimas de um pr)ncipe são in*redientespoderosos em rituais m6*icos?

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As *otas ca)ram da (ace de An)sio e tocaram o rosto daprincesa de neve.C mesmo princesa? E l6*rimas de eis?E tudo tudo o que pulsava no mundo e através do mundo

naquele instante pareceu uma (orça de teor unicamente !om.Essas são capa#es até de puri(icar um esp)rito..." 1aior dos eis pe*ou a (aca e antes que a pele de vidrotomasse por completo os l6!ios dela ele com e&tremocuidado os marcou com um s)m!olo em (orma de S.A marca derramou san*ue. " ei o limpou.E então An)sio Bran(ord inspirou (undo o mais (undo que

p<de encostou seus l6!ios nos de Branca 'oraçãode-eve eassoprou sa 1orça 'ita(.

=iante do mantra de centenas de anes e da (orça dos 3ete1estres a temperatura do corpo de Branca 'oraçãode-eveaumentou como se ela estivesse com (e!re. Escutouse entãoum !ai&o estalar. E outro. E outro. E então a pele na alturados pés se rachou. E rachouse na altura das co&as e do

 oelho. E na dos !raços e dos seios e da *ar*anta e da testa edos olhos. /equenas rachadras começaram a ES8OURAR de 1ormase#encia(" na mesma 'e(ocidade do coração de An/sio 3ran1ord. E" então" o cor!oador mecido treme" e treme.

E em um %nico som a pele de vidro se /A+G em milharesde pedaços como se que!rassem um espelho.A princesa !uscou ar de (orma pro(unda como um a(o*adoemer*indo de volta. E quando ela en(im a!riu os olhos omundo voltou a ser !om. ;uando ela encontrou o rosto deAn)sio Bran(ord o mundo s5 poderia ser !om. E (ant6stico.-5s que!ramos nossos espelhos.E&atamente como nas hist5rias que *ostava de ler. 'omo nasnarrativas que *ostava de escutar. E&atamente como nos

contos narrados por !ardos. 'omo nos contos (ant6sticos.'omo nos contos de (ada.

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/ara$+ns !e(a coragem" 1i(ho. Um jo'em como 'oc& tem de ser mito corajoso

 !ara 1aer o #e 1e hoje neste c/rc(o - #em disse a#i(o !ara :oão 5anson 1oiLorde G'anho+" m dos 5eróis Originais da  6açada de *ruas e m dos ca'a(eirosmais conhecidos e im!ortantes do mndo.

- " senhor :anson sempre treinou com muito a(inco para setornar um aprendi# de cavaleiro Lorde Gvanhoé disse Á%e(. -Sa$ia #e 1oi e(e o menino #e ha'ia so$re'i'ido ao maca$ro caso da ,asa deDoces7

- "ra mas vea s5 o ma*istrado estava realmente surpreso.

Hoc, é um menino especial senhor :anson.- ico muito honrado Lorde. Foão tremia ao 1a(ar com a(g+m tãoeminente #anto a#e(e herói de gerra.

- 'avaleiro ;rima(di... - o magistrado chamo o ca'a(eiro #e ha'ia sido agrande testemnha do !edido de :oão !or a#e(e 8ri$na(.

- Lorde...- Acaso acredito que conheças a (ama que percorre a

cora*em desse menino não é verdade?- Ainda que não a conhecesse ao lon*o do dia de hoe nãotive como i*nor6la senhor.- /ois h6 tempos venho pensando em adotar um pupilo. "sanos estão avançando e temo que devo passar para a (renteum pouco da e&peri,ncia aprendida para que ela não se perca

compreendes?Foão sentiu as pernas (icarem muito mais !am!as até mesmodo que antes de começar seu com!ate mortal.- Hossa E&cel,ncia tem muito a ensinar a todos n5s respondeu o cavaleiro inaldo ;rima(di.

- /ois parece que nosso senhor :anson 6 aprendeu tudo oque poderia do !6sico da escola de aprendi#. Acho que (oi até

além do !6sico a(inal quantos meninos o senhor conhecia

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antes dele que so!reviveram 7 arapuca de uma !ru&a emataram um es!adachim e%!eriente antes dos deesseis anos7

- Apenas o senhor Hossa E&cel,ncia.- Bem eu nunca estive na arapuca de uma !ru&a. 1as como

di#ia acho que est6 na hora de o senhor :anson avançar umaetapa. ostaria de ensinar al*umas coisas que aprendi comocavaleiro mas antes disso *ostaria que ele sa)sse dotreinamento das escolas e aprendesse na pr6tica a rotina de umescudeiro. E *ostaria que aceitasses me !edido !ara tomar a tte(a desse !romissor ra!a !e(o tem!o #e e achar !ro!/cio" at+ #e e(e esteja !ronto !araa(çar 'oos maiores. O #e me di" ca'a(eiro7

Ariane a$ri a $oca e arrega(o os o(hos" $a(ançando m om$ro de :oão.- 3er6 uma *rande honra senhor. E o cavaleiro se viroupara o adolescente. Foão :anson voc, *ostaria de se tornarmeu escudeiro?- 'om toda a certe#a senhor ele disse com uma vo#tr,mula.- ostaria de advertilo contudo que a vida de escudeiro não

possui metade da pompa do ima*in6rio popular. E que sereium tutor ri*oroso. Lo*o se realmente quiser se*uir em (rentedeve ter a consci,ncia de que posso (a#er o pr5&imo ano ser opior ano de sua vida.- " senhor ter6 de se es(orçar senhor.E inaldo e Gvanhoé riram alto com o coment6rio. /or mais

que (ossem tornar a vida daquele menino um verdadeiroc)rculo de Aramis drante o treinamento" os dois já ha'iam gostado mito does!/rito gerreiro #e ha$ita'a na#e(e ado(escente.

- Então est6 (eito disse Lorde Gvanhoé. Foão :anson setornar6 escudeiro de cavaleiro inaldo ;rima(di at+ #e e re#isitesa tte(a" e sa 1am/(ia rece$erá ao (ongo dos meses todos os $ene1/cios #e ta(condi ção im!)e" inc(indo o a%/(io em moedas de Rainhas. A!ro'a ta( atitde econdiç)es" !r/nci!e Á%e( 8erra 3ran1ord7

'om toda a satis(ação que ela tra# Lorde Gvanhoé.Foão :anson se p<s de oelhos e começou a chorar.

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ei An/sio 3ran1ord" atendendo a ma so(icitação" con'ersa'a na#e(e momentocom *estre Gra e *estre Org(ho.

- Hossa 1aestade se lem!ra quando na época em que vestiaa pele de homemsapo eu vos o(ereci minha auda?- Famais o esquecerei 1estre Gra.- E Hossa 1aestade se lem!ra que aceitei um pedido seu detoler@ncia forçada !ara não tirar a 'ida do tro(( cinento7

An)sio se surpreendeu. A#uilo e(e ha'ia es#ecido. *as" na#e(e momento"ao menos 'o(ta'a a se recordar $em.

- 3im a*ora me recordo. E me recordo que o (e# porque teprometi um dé!ito pelo resto da vida que poderia me serco!rado em teu nome ou no dos outros 1estres Anes casoum dia necessitasses.

- /ois n5s iremos vos co!rar em !reve disse 1estre Gracom sua e&pressão de poucos ami*os.

ei An)sio (icou preocupado. -ão *ostava do tom daquelevelho mestre.E em !reve iria *ostar ainda menos.

41

%e( esta'a se !re!arando !ara s$ir em 3óris" o corce( #e o ha'ia (e'ado at+ o

(oca(. 9a#e(e momento" *ra(ha" o tro(( cinento" esta'a (he diendo<

- &el... e #eria (he dier #e... e 'o me asentar. E 'o 1aer ma'iagem.

&el at+ desisti de s$ir no corce(.

- Ei est6 (alando do seu compromisso?

- 3im.- E pelo visto voc, não vai me di#er para onde vai...- C uma via*em pessoal. +enho de (a#,la so#inho.&el aquiesceu.

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- Est6 certo. A(inal voc, nunca tirou (érias não é verdade? Eeu não ima*ino como deva ser uma praia com  belas trolls de !ocaro!a" mas imagino #e de'a ser ma $e(a 'isão !ara 'oc&" não +7

" troll pareceu sorrir.

-

3a!e *ostaria de a*radecer por tudo. 3e não (osse por voc,ainda seria escravo nas arenas de 1etropolitan e ul*ado porminha apar,ncia pelos humanos. Hoc, me deu li!erdade edi*nidade. E se (osse preciso eu seria capa# de dar minhavida para provar minha *ratidão.- Ami*o eu que tenho de a*radecer cada se*undo em que asua ami#ade me ensinou como posso mudar o mundo. /ois se

duas raças podem coe&istir em ami#ade sincera quem podedeter o amor incondicional cantado por 1erlim?- Apesar de ser seu servo *osto de pensar em voc, comoamigo, Á%e(.

- Hoc, nunca (oi meu servo 1oonQaKrstonD E sempre (oimeu mel'or  amigo.

" troll apertou com todo o cuidado a mão do pr)ncipe para

não lhe esma*ar os dedos. E ainda assim o aperto de mão (oi(orte.- "K me d& (ogo m a$raço antes #e e chore - disse Á%e(" sor ridente. 

E um tro(( de dois metros e meio de a(tra a$raço m ser hmano #e !oss/am es!/rito do se tamanho.

- -os veremos em !reve disse Á%e(.

- Assim espero merecer. E o troll 1uralha se (oi.Aquela seria a %ltima ve# que Á%e( 3ran1ord 'eria o tro(( cinento*oonHa=rston ainda 'i'o.

42

E Ariane 9arin agradece ao menino-es!ectro" o es!/rito mdo" !or t&-(a ajdado

e giado :oão 5anson at+ e(a no momento em #e e(a mais !reciso.

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Aquela 6rvore não é mais minha nem dele 1udinho. Elaa*ora é sua. Cer dier" e(a tam$+m + nossa" c(aro. *as e(a também é sa. 9ósestamos dando e(a !ra 'oc&

" *aroto pareceu sorrir e se (oi.

m pinheiro? ;ue per(eito...Ainda que na condição daquela ma*ia verde que o prendia atamanha condição ainda assim aquela (oi uma *randesatis(ação.Eles sim!oli#am a (é e a esperança além de servirem comomet6(ora para a rvore da Hida.-aquela noite ele che*ou 7quela 6rvore e passou o dedo

so!re o tronco no lado oposto de onde se mantinham *ravadosos nomes de Foão e Ariane.Al*uns locais a chamam de pino." dedo dei&ou *ravado o so!renome dele naquela 6rvore.eppetto.

43"  !r/nci!e mais ma 'e se !re!aro !ara s$ir em 3óris" #ando a 'o 1emininasrgi<

- &el...Era 1aria :anson. Ela possu)a uma e&pressão temerosa. E eleperce!eu.

- 1aria...- &el não há mais 'o(ta !ara nós" não +7 - e(a disse" ao (ado de(e" com o(hos'erme(hos.

- Eu... não sei 1aria.- 3a!e eu não sei se o adoro ou se o odeio por nunca ter medito so!re meu irmão. -em so!re...- Espero que um dia voc, descu!ra ele disse sério. 1as

tam!ém espero que voc, sai!a pelo resto da sua vida que metornou um homem consciente de minhas responsa!ilidades.;ue voc, me tornou um homem melhor. ;ue voc, lutou ao

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meu lado naquela Arena de Hidro. E que não importa onde euestea ou com #uem e esteja" 'oc& será !ara sem!re a m(her da minha 'ida...

1aria :anson começou a chorar. Á%e( a toco nos om$ros" e e(adesa$o so$re o !eito de(e. E(es !ermaneceram a$raçados !or m tem!o (ongodemais" mas nnca (ongo o s1iciente.

E então o %ltimo !eio aconteceu.- Eu *ostaria que voc, o levasse... 1aria retirou o anel quetra#ia no dedo o mesmo que lenhadores davam 7s suas  almas gêmeas, e o1erece a e(e. -... !ara 'oc& se (em$rar de mim.

Ele 1echo a mão de(a sem tocar a jóia r?stica.

- Então não posso aceit6lo.- -ão compreendo ela disse surpresa.- Aceitar al*o que possa record6la 1aria :anson seriaadmitir a possi!ilidade de que eu poderia esquec,la..." coração de 1aria não parava de !ater nem o rosto paravade chorar. A mão dele 6 estava na sela de 3óris" se !re!arando !aras$ir no corce(. 

- Eu teria amado voc, ela disse com rouquidão.

- Eu sei.E o pr)ncipe saltou so!re o cavalo e antes que desistisse poraquela *arota do que tinha de ser (eito ele se (oi sem olharpara tr6s. 3em poder olhar para tr6s. -o alto 8hann> rasgo osc+s este(/1eros jnto com e(e" mas" dessa 'e" em so(idariedade aos sentimentosdi'ersos #e $atiam no !eito da#e(e !r/nci!e" e(a 1ico em si(&ncio.

adas não sorriram nem choraram.

1aria :anson o o!servava partir apertando o anel de lenhadorrecusado envolto na mão direita.Aceitar al*o que possa record6la 1aria :anson seriaadmitir a possi!ilidade de que eu poderia esquec,la.-o alto daquela noite !rilhava a Estrela de Sha=es!eare.

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E :oão 5anson entro em casa" acom!anhado da irmã e de Ariane 9arin. 

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A mãe soluçou e teve ataques de nervosismo quando o viu.Hivo. E tudo naquela casa pareceu !em por um momentomas ainda não esta'a. *aria 5anson ha'ia !assado !or #ase todas as !ro'aç)esdo mndo ao (ongo da#e(e dia" mas a ?(tima ainda esta'a !or 'ir. 2oi assim" etendo a consci&ncia do esta'a !restes a acontecer" #e e(a a1asto a mãe de :oão de

 !erto de(e e a (e'o !ara jnto dos !ais de Ariane !ara #e 1osse aca(mada e preparada.

1aria :anson entrou primeiro no #arto do !ai. A1ago-(he a ca $eça echoro sas ?(timas (ágrimas na#e(a noite. romete tdo o #e e(e sem!re so$e#e e(a cm!riria" e !romete cidar da#e(a mãe #e sem!re o(ho !or e(es.Lágrimas #e 1aiam o coração 1icar 1rio como o in'erno. E a res!iração" di1/ci(como a ne'e.

=epois dela (oi a ve# de CriKa :anson mais calma ser

levada até l6. A mulher (oi (orte e disse ao seu marido>- Hoc, conse*uiu seu ca!eçadura. 3eus (ilhos estão aqui...comi*o... vivos. E não importa o que aconteça conosco" e(es jása$em andar com sas !ró!rias !ernas e esco(her os !ró!rios caminhos. O sesange 'i'e ne(es" e a sa teimosia" tam$+m. E não im!orta" não im!orta !ara onde'oc& 'á" o me amor me (e'ará at+ 'oc&...

Ela !eiou o marido nos l6!ios e com di(iculdades saiu. =o

lado de (ora Ariane olhou para Beanshee que parecia atentae a(a*ou o !raço do namorado.E eu disse que o seu pai anda di#endo coisas sem sentido etava (alando sério s5 que o que eu não disse é que uma coisadentre todas as maluquices que ele anda di#endo uma deu praentender muito !emD/or %ltimo entrou Foão :anson. " homem Foão :anson.Ele ultimamente anda chamando por voc,DAriane -arin o o!servou entrar no quarto do corredor eperce!eu que no momento em que ele a!riu a portaBeanshee en(im se levantou e se*uiu com ele para o recinto.m dia voc, vai desco!rir quantos sacri()cios são necess6riospara se manter uma (am)lia.

Foão suspirou e caminhou até o homem deitado.3acri()cios que nos co!ram preços altos.

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Ele estava decidido a (a#er aquilo sem derramar uma %nical6*rima que demonstrasse (raque#a.1as não seria tão (6cil.- 3a!e eu 6 so!revivi 7 morte. 1ais de uma ve#. F6 superei

!ru&as san*uin6rias$ 6 en(rentei *arotos duas ve#es maioresdo que eu. E 6 matei pela primeira ve#. Eu... hoe... não soumais um menino assustado com um mundo desconhecido ediante de um mundo desconhecido. Eu sou um homem queassume seu papel diante de uma (am)lia que precisa dele. Eusei que n5s tivemos diver*,ncias so!re muitos assuntos e seique o!servamos a vida de (orma di(erente. -o in)cio eu

achava que voc, não me amava como e merecia" mas... as !ocas" mas1ortes" e%!eri&ncias de 'ida #e ti'e at+ agora já 1oram s1icientes !ara me mostrar#e o amor não tem m (imite... e #e não im!orta mais se 'oc& so$e o nãodemonstrar se amor !or mim da 1orma como e gostaria. or#e"inde!endentemente da intensidade com #e 'oc& se dedico a mim" e sei #e'oc& me amo com tdo o #e 'oc& !6de. 9ão há e%!eri&ncia" !or+m... #e !re!are m 1i(ho !ara m momento como este. 9ão há + m 1ato. *as de macoisa" ao menos" tenho certea< e sei #e 'oc& está org(hoso de mim. E sei #e

'oc& oro escondido... #ando ning+m esta'a o(hando... !ara #e e me tornasseo ca'a(eiro #e sem!re sonhei" em$ora 'oc& não demonstrasse a 1+ nesse sonho.Sei #e 'oc& 1oi ca!a de cometer erros terr/'eis ao (ongo da 'ida" mas como !osso j(gar m erro de m homem #e 'ende a !ró !ria a(ma !ara tentar sa('arses 1i(hos7 Sa$e... e sei #e a 'ida 1oi dra com 'oc&... e sei #e 'oc& a!anhotanto de(a #e se es#ece de como era a ca!acidade de sonhar e de acreditar emm sonho. *as gostaria #e... hoje... 'oc& so$esse #e e   sou o se sonho. Etdo" tdo o #e 'oc& m dia sonho" e%iste em mim. E e%iste no me coração. Osange dessa 1am/(ia o seu sange corre nas minhas 'eias e" se e ti'er 1a(hado na

sa sa('ação" e se 1or !reciso #e e sir'a como escra'o !ara $r%as no se (garem Aramis" e o 1arei com !raer !e(o resto da eternidade. or#e 'oc& 1oi o meherói na in1Bncia. E será !ara sem!re o me 7nico herói. ,ada !asso #e e der" edarei com 'oc&. ,ada res!iração #e e res!irar" e res!irarei com 'oc&. E" nãoim!orta onde e esteja" e jamais 'o me es#ecer de cada momento em #e 'oc&e%isti em minha 'ida. 4oc& + o moti'o !e(o #a( e res!iro... e + o moti'o !e(o#a( e contino a sonhar. E" não im!orta o #ão di1/ci( seja a estrada #e ainda e'enha a tri(har" e caminharei de ca$eça ergida e sem jamais dei%ar #e otrosesctem mes (amentos. E" 1arei a 'oc& a !romessa de #e" se m dia" se em m?nico ma(dito dia" o me caste(o de !edras rir... ainda assim... e 'o me manterem ma $ase 1irme E assim #e todo o estrondo ti'er terminado" e assim #e o'ento !arar de so!rar e a !oeira ti'er $ai%ado" e ainda 'o estar de !+.

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Foão :anson pe*ou a mão do pai e havia muitas l6*rimas emseus olhos. 1as não eram l6*rimas de (raque#a$ pelocontr6rio. Eram l6*rimas que (ortaleciam.Eram l6*rimas que aliviavam coraçes (rios como a neve.

Beanshee chorou por um dos lados do rosto e aquele choro(oi di(erente para ela.E do !olso o %ltimo :anson retirou o anel que tomara docordão do conde morto. m anel de direito. m anel delenhador.3acri()cios que não podem ser ul*ados nem impedidos.E o anel (oi colocado de volta no dedo do pai.

3acri()cios que nos modi(icam para sempre.ma l6*rima escorreu deva*ar pela lateral de um dos olhos de:)*or :anson.E o (io de prata en(im (oi cortado.Entre choro res*ate e amor so!ravam no ar apenas as %ltimaspalavras de Foão :anson que ecoaram por aquele recinto

antes que Beanshee o dei&asse./alavras que ecoavam como mantras. 'omo sonhos despertos.'omo oraçes de um 'riador. /alavras que terminavam umahist5ria como estava escrito que teria de ser."!ri*ado pai.

&p.lo(o

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oi chegado o dia da gerra.

Esse dia (oi marcado dessa ve# por duas estre(as de dois dos me(hores

semideses #e já e%istiram" #e $ri(haram mais 1orte ao anoitecer. Entretanto" agerra começo drante a tarde" #ando ainda ha'ia ( !ara i(minar o cenário#e 'erteria sange !ara ser a$sor'ido !e(a terra. assim #e 1ncionam cenários

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de gerra como rece!tác(os de !(antas carn/'oras #e se a(imentam da morte decarcaças sem nomes o identidades. 

o!ert de LocKsleR pensava nisso enquanto ia 7 (rente de seu

e&ér cito de meninos 5r(ãos os novos meninos ale2res acaminho de uma via*em provavelmente sem volta.;uantas *uerras serão necess6rias para que tenhamos umpouco de pa#?" lu*ar era uma clareira a!erta de onde soprava um vento(rio capa# de (a#er um homem tremer locali#ada entre adivisa do 'ondado de SherHood e do Reino de Sta((ia" onde o so( ha'iaderretido m !oco da ne'e acm(ada !e(o in'erno.

Eles tinham armas nas mãos. Armas cortantes. Armas capa#esde tra#er a li!erdade através da morte violenta. +anto dohomem que as portava quanto do que iria se de!ater com eleem prol da crença de conceitos que seriam impostos." amor s5 se encontra na li!erdade.Eles caminhavam deva*ar e caminhavam sem medo. 'omose sou !essem que o mundo estava 7 seu (avor não importasse

o que acontecesse. 'omo se o mundo (osse usto com ohomem livre.1as a li!erdade é um ato interno.'omo se o correto e a verdade caminhassem de mãos dadascom cada um naquele (uturo campo de !atalha improvisado./ois o mundo para eles mesmo pr5&imo 7 morte podia ser

!om.Apenas para o homem que não vive de oelhos.

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Ao (undo sur*iu o e&ército de 3tallia. "s arqueirosespadachins. " mesmo e&ército que havia vencido os anti*os

merr8 men e colocado de oelhos todo um ideal pre*ado por

um homem capa# de incentivar pessoas a morrer por ele." povo o considera um li!ertador di*no de um salvador domundo.m homem capa# de tocar no dedo do 'riador.Hoc, tam!ém se v, assim o!in?m homem capa# de coletar esp)ritos.oi assim com essa d%vida que tudo começou.

o!ert de LocKsleR a cada passo se lem!rava do +o'in>ood  adoles cente. E perce!ia ainda em cada passo toda adi(erença que se esta!elecia dia ap5s dia entre eles.Eu represento um sonho.Até onde um homem poderia ditar os sonhos de umahumanidade sem tocar no semidivino?As pessoas acreditam nesse ideal por minha causa./or que a(inal um ser humano ou um ser de qualquer outraraça precisa sempre de um l)der para lhe despertarsentimentos que ele pr5prio (a# adormecer dentro de siimplorando entretanto por al*o ou al*uém que os desperte?

=e eu mesma me con(ormei com meu destino por que voc,

não pode?/or que e&ercitar a vida atr6s de uma !usca que d, umsi*ni(icado 7 e&ist,ncia?/orque nenhum homem pode admitir a vida sem li!erdade." que (alta a uma pessoa para que ela pr5pria tome as rédeasde seu destino sem necessitar de nada mais do que a crença

em si pr5pria e a crença de todo o melhor que vem de sipr5pria?E por que tem de ser voc,?

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Até onde o e*o humano é capa# de suportar o (ardo oriundodo altru)smo mais puro que poderia servir de canal a (orçasmaiores? 'omo pode uma ener*ia de vi!ração tão superior sertransmitida através de um instrumento tão !ruto e (alho

quanto um ser humano imper(eito?/orque tem de ser al*uém.+udo isso vinha de o!ert de LocKsleR naquele dia prestes adar lu*ar ao anoitecer de duas estrelas. Ao lado dele seuscapitães o acompanhavam.Eles amadureceramDFohn /equeno mantinha a mesma e&pressão (echada de vinte

anos antes mostrando a (ace que superava a simpatia (ora da*uerra. Pill 3car let sorria diante da morte como se aquela(osse a %ltima piada$ a piada mortal. " ruivo 1uch erreirotra#ia a pr5pria marca em sua armadura e na de cada uma quecaminhava no corpo de um homem ali.-ão eles estão esperando pelas condiçes necess6rias para

isso.:avia LadR 1arion a mulher que mereceria estar em sua vidana quele plano e em qualquer outro de 1antaquim se elesmerecessem lu*ar em um eino =e adas ap5s a morte. mamulher que seria capa# de lutar por ele mais de uma ve#." (ato é que eu não vou perder voc, de novo.E morrer por muito mais que isso.

-ão de novo.E havia seus 5r(ãos. Zr(ãos como cada um dos merr8 menque enlouqueceram no!res tiranos no 'ondado de 3herQood.E&istem homens mais ovens que voc, para (a#erem o quevoc, quer (a#er...1eninos cuas vidas lhes tiraram muito cedo os pais como

tiraram de 3nail al(ord e Liriel a!!iani. -ão e&istem homens mais ovens do que eu esperando que euos lidere no que eles querem (a#er.

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" e&ército de Sta((ia" 1ormado de so(dados de menos de trinta anos" o$ser'a'aa#e(e $ando de meninos" crescidos o não" caminhando em sa direção" e osentimento de cada ar#eiro não era o me(hor sentimento do mndo. 9ão toca'a na !rea #e rodeia a crença do so(dado nem na so(idão #e ha$ita o coração de massassino.

o!ert de'eria ter (e'ado #ase mi( e treentas !essoas com e(e at+ a#e(e?(timo sonho" contando os jo'ens armados e as !essoas sim!(es #e se reniram 0(ta. Sta((ia de'eria ter (e'ado ns setescentos so(dados e" ainda assim" esta'a em'antagem !or#e eram so(dados de e(ite e%!erientes contra jo'ens em sa !rimeiragerra. 5omens $em treinados" mas #e 1ariam cho'er 1(echas e dece!ariamca$eças com 1aci(idade. Ainda assim" a#e(a (ta !oderia se tratar de ma (ta jsta.

Entretanto mil e tre#entos idealistas ine&perientes poderiam

conservar esperança e sonhar com a vit5ria contra setescentossoldados !em treinados." pro!lema (oi aquele som." (ato (oi que mesmo quando eles pararam de marchar aindase escutou uma marcha no campo de !atalha. E era o somdessa marcha que ainda ecoava mesmo ap5s a parada dosar#eiros de Sta((ia em !osição" #e asssta'a Loc=s(e> e se e%+rcito. or#e e(es

sa$iam de  #uem era a#e(a marcha. E no momento em #e e(es a!areceram nohorionte e e%i$iram o estandarte" a (i$erdade de m homem" se 'inha mesmo dema gerra" !arece cada 'e mais distante. *ito" mito mais distante.

/orque a marcha que não cessava vinha de 1inotaurus."s ovens o!servaram o e&ército de 2erra$rás se a!ro%imando" ea#uilo sim (hes de medo. Eram a!ro%imadamente dois mi( homens caminhando $em armados e $em !rotegidos" e caminhando como se 1ossem ma ?nica massade 1orça e energia $rta. Um e%+rcito ca!a de esmagar !e(o menos das 'ees o

e%+rcito #e caminha'a na direção o!osta" e sem es1orço." e&ército de LocKsleR parou e o!servou temeroso. "e&ército de 1inotaurus marchava pela lateral daquela clareirade (orma a 1(an#ear o agora !e#eno e%+rcito de Loc=s(e>" #e" na#e(emomento" se torna'a ma mera tro!a !erto do #e se o$ser'a'a em 'o(ta. 8odosres!iraram 1ndo e !ediram ajda ao ,riador !or m mi(agre semidi'ino" o !orma $oa !assagem em direção 0 morte.

1inotaurus tocou sua corneta" demonstrando a imin&ncia do ata#e. 

"s ar#eiros de Sta((ia armaram ses arcos.

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1uch erreiro lem!rouse do que havia dito a LocKsleR eFohn /e queno havia dias que pareciam a cada se*undodistantes demais.Antes da morte meu pai havia rece!ido a visita de +ucK. E

nosso (rade est6 um homem di(erente. m homem santo.E então a primeira surpresa daquele dia.E a partir da visita dele meu pai passou a acreditar que voc,não morreria naquela prisão."s arqueiros de 3tallia perderam a orientação quando a umcomando do l)der de 3herQood apro&imadamente mil etre#entos ovens lar*aram suas armas como se não

suportassem mais carre*6las. E o e&ército de LocKsleR sedesarmou em plena *uerra./orque ele passou a acreditar em (é."s ar#eiros interrom!eram as 1(echas !rontas !ara o dis!aro e o(haram !ara secomandante.

A ordem (oi para que eles se armassem novamente./assou a acreditar que e&iste um 'riador olhando por n5s.E então o se*undo ato. Em um surpreendente se*undocomando ru)dos met6licos ecoaram e as armaduras de *uerraca)ram no chão so!re a neve derretida.1ais uma ve# os arcos (oram desarmados. E nin*uém sou!edireito o que (a#er. " motivo era evidente e (orte o su(icientepara arrepiar os pelos do soldado mais (rio.

A *uerra endurece o coração dos homens.=e!ai&o de cada armadura pintada em cada camisa havia a!andeira de 3tallia no peito de cada um daqueles meninos.Gnclusive no de o!ert de LocKsleR. A ternura atenua.E 3tallia entendeu que 3herQood não estava ali para a *uerramas para uma proposta de pa# di()cil de ser recusada.E que de ve# em quando quando (a#emos por merecermila*res acontecem.

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" e&ército de 1inotaurus presente considerou o momentouma a(ronta. E seus comandantes tinham certe#a de que nãoperderiam o!ert de LocKsleR duas ve#es. -ão dei&ariam deimpedir tudo o que vinha daquele homem daquela ve#. -ão

duas ve#es. -ão mais.ma corneta de gerra soo m eco estridente. E diante dos arcos de Sta((ia #e1oram a$ai%ados" e não !areciam #e iriam no'amente se erger" as $estas de*inotars a!ontaram !ara o a(to.

E dispararam na direção dos meninos de 3herQood." mundo naquele dia *irou deva*ar. E o que aconteceunaquele dia se tornou al*o tão e&traordin6rio que (oi contado

por !ardos in(initamente a cada nova *eração muitos anosalém desta hist5ria. /ois o que pulsou no coração daquelesmeninos naquele dia não era apenas um misto de (é cora*eme determinação. Aquele era o desespero de meninos semp6tria implorando por uma que os adotasse. =e seres semespiritualidade implorando por um 'riador que lhes provasse3ua e&ist,ncia.

E que lhes mostrasse que realmente tudo por que vale a penaviver e&iste na vida.LocKsleR e ses ca!itães 'iam o mndo correndo da#e(a 1orma mais (enta. E"nos o'idos" e(es escta'am ma m?sica (/rica" !o+tica" tran#i(a. 8a('e a m?sica !er1eita !ara ma !essoa rea(iar ma $oa !assagem" se a(g+m m dia já ho'ertido a intenção - o a !retensão - de criar ma m?sica assim. Um som semidi'inoca!a de 1aer o homem acreditar #e" 'e o otra" na história da hmanidade"a(gmas 1a(has !odem" sim" ser ana(isadas e com!reendidas.

E enquanto houver a esperança até mesmo corri*idas.Acredita em devas o!in?=iante de uma chuva de (lechas que su!iam prestes a descerem uma par6!ola (atal quase mil e tre#entas pessoas se

colocaram de oelhos colocando sua vida nas mãos de al2omaior do que elas. m 'riador$ uma união do sonho de

milhares de semideuses$ uma prece de (adas$ ou sea l6 o que(osse esse al*o que desse vida 7 humanidade. A(inal (osse o

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que isso (osse eles esperaram por ele naquele dia de (orma adar suas pr5prias vidas pela prova dessa e&ist,ncia no maior

autosacri()cio da :ist5ria daquela humanidade.Acredito em sonhos. 1as nem tanto em mila*res.

;uase mil e tre#entas pessoas incluindo Ro$ert de Loc=s(e>" se co-(ocaram de joe(hos.

ma %nica permaneceu de pé.Liriel ;a$$iani estende os $raços !ara cima e os cro. 2echo os o(hos. E forçou, mas dessa 'e a dor #e 'inha na testa 'eio de dentro do !eito. E o mndonão corre a!enas de'agar. O mndo corre em otra 'e(ocidade" de dentro de(a e !ara dentro de(a.

E através dela.Então é ela o nosso mila*re?'omeçou como uma onda. E essa onda *erou re(le&os. Lirielsentia cada (lecha caminhando na direção de uma vida a seuspés e sentia a responsa!ilidade que (lu)a através de sicoordenada pela (é que movia cada !atida de vida. As (lechas

pouco a pouco pareciam se tornar estrelas. Estrelas que se

estressavam e *eravam com!ustes através da implosão de sipr5prias. ma ener*ia ia sendo *erada em cadeia e passandode um ponto para outro em uma velocidade e intensidadein(initas. A cada ve# que essa intensidade aumentava elaachava que seu corpo tam!ém parecia que iria implodir e ainda assim ela (orçava.

1e&e.E meia. Lirie( ;a$$iani descro as mãos acima da ca$eça" a$rindo os $raços edescendo-os at+ as co%as em m ?nico mo'imento" e entregando se destinotam$+m a a(go maior #e só !odia ser tocado !or sentimentos mani1estados !e(a'ontade e i(imitados !e(a 1+.

E (oi assim$ (oi assim que os em!as!acados e&ércitos de Sta((iae *inotars 'iram ma ch'a de setas a1iadas e em 'e(ocidade crescente sedes'iar de #ase mi( e treentos coraç)es #e $atiam 'i'os e $atiam 1orte" como se

não aceitassem ser a(goes de sas mortes" e se cra'ar 1eito $andeiras 1incadas aoredor dos ajoe(hados.

3em tocar em nenhum.

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/or que voc, quer tanto reviver essa sociedade secreta ne*ro?" que voc, não est6 me contando?+udo parecia acontecer em uma velocidade muito mais lentado que a velocidade em que corre o mundo e o sol se p<s para

eles. ;uando cada uma das mais de mil (lechas se cravou nochão os homens se levantaram e caminharam na direção datropa de 3tallia. 'om um deles 7 (rente./orque ele vai depender de n5s.Liriel sem (orças caiu para tr6s es*otada e Snai( ;a(1ord a segroem ses $raços como se 1osse e(a a m(her mais im!ortante do mndo. E a(i !ermanece de !+" sem se im!ortar com o resto do mndo.

:avia centenas de pessoas caminhando 7 sua (rente e outrasmilhares armadas ao seu redor.3nail al(ord s5 conse*uia ver uma em seus !raços."s soldados de 3tallia *uardaram suas armas e ao comandode seus superiores assumiram a posição de descanso com asmãos para tr6s esperando a apro&imação pac)(ica de seusinimi*os.

1inotaurus ordenou que espadas (ossem desem$ainhadas"  !ara !re!arar m ata#e dianteiro.

LocKsleR e se e%+rcito não o(haram !ara e(es. 5a'iam sido testemnhas de mmi(agre na#e(e cam!o de $ata(ha" e esse mi(agre re'er$eraria !e(o resto dae%ist&ncia" não im!orta'a o #e acontecesse" o o #e (hes tomassem inc(si'esas 'idas.

Entretanto mila*res não t,m limites.

E naquele dia por mais que eles não esperassem mais nada deseu 'riador um se*undo mila*re aconteceu.oi quando se escutou mais uma ve# um marchar. 35 quedessa ve# 1inotaurus estava parada. E 3tallia 6 havia serecusado a lutar." som da marcha que se instaurava no campo de !atalhadessa ve# era muito muito maior e contundente que os

anteriores. 1ais vi!rante. 1ais poderoso. 1ais semi-di'ino.,entenas de jo'ens desco$riram #e não esta'am !rontos !ara morrer #ando

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começaram a chorar em !(eno cam !o de com$ate diante da es!erança deso$re'i'&ncia da#e(e em$ate. E de tdo o #e corria com essa es!erança.

A usti(icativa era ma*n)(ica.Ar#allum havia che*ado ao campo de !atalha.Eram apro&imadamente cinco mil homens vestindo armaduras

de *uerra tra#endo o estandarte da espada que se cru#ava comum escudo a!ai&o de um dra*ão.:oe sou um homem livre +ucK.'inco mil homens capa#es de esma*ar o e&ército que1inotaurus havia achado que seria su(iciente naquela noite eainda esma*ar os arqueiros de 3tallia. Funtos.

-ão voc, ainda est6 preso. Aos seus ideais.m e&ército que  anulava  o e%+rcito de *inotars na#e(e cam!o de $ata(ha.

E como poderia me desprender deles?m e&ército que tra#ia o ei de Ar#allum e a princesa de3tallia 7 (rente dispostos a darem a 3herQood a sua li!erdadediante do império de erra!r6s.

=esconstruindo.E (oi assim. oi assim que LocKsleR caminhou com seusmeninos até a li!erdade e em seus ouvidos ele aindaescutava aquela m%sica l)rica que tocava no sonho. " sonhoque havia nos olhos dele no momento em que se aoelhoudiante do comandante de 3tallia com humildade./erce!a que 3herQood e 3tallia não t,m de ser inimi*os.E seus soldados (i#eram o mesmo.Entenda que para li!ertar 3herQood hoe não é preciso umarevolução.E os soldados de 3tallia (i#eram o mesmo.Basta uma evolução.Basta uma evoluçãoD - e(e ha'ia dito. A#e(a 1rase ecoa'a !e(a mente de

m Ro$ert de Loc=s(e> (i're" cjas (ágrimas nos o(hos diante de coraç)es !isandoem ne'e diiam mais do #e #a(#er !oeta !oderia e%!ressar.

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E sem disparar uma %nica (lecha e sem matar um %nicohomem o sonho do menino que rou!ava dos ricos para daraos po!res !uscando uma (orma de levar ustiça ao seucondado começou a acontecer.

Gsso me daria pa# interna. 1as não trar)amos li!erdade a estasterras com isso.Em si pr5prio. Em homens ao seu redor. E em cada esp)ritoco(etado !or e(e. 

+rar)amos se cada homem se*uir o e&emplo.

4

-a#e(e dia" *inotars se retiro do cam!o de $ata(ha e te'e de aceitar a derrota !ara Ara((m. Uma derrota #e ecoaria no coração de cada minotarino dis!ostoa 'o(tar ao cam!o de gerra com m e%+rcito #e 1iesse js a toda a sa 1orça" e 01ama dessa 1orça.

Hicton erra!r6s e :elena Bravaria continuaram amantes esuas mentes raciocinavam planos prestes a iniciar o que viria

a ser ainda a /rimeira uerra 1undial de -ova Ether.E mais uma ve# mudaria o mundo.3herQood 1oi o1icia(mente considerada (i're de #a(#er inter'enção !or !artede *inotars o 8agHood" e o condado se tornado o1icia(mente território doReino de Sta((ia. O rimeiro-*inistro ,har(es Da'ei 1oi destit/do do cargo e !reso !or ss!eitas de cons!iração.

E até que ei A(onso ,oração-de-9e'e a!resentasse condiç)es" Ro$ert deLoc=s(e> 1ora nomeado !or voto popular   o !rimeiro-ministro da#e(a nação ecomandaria ses !assos de acordo com o ar(amento e as decis)es de 3ranca,oração-de-9e'e" mantendo Sta((ia como a !rimeira nação de 9o'a Ether a sercomandada !or m sistema de  parlamentarismo.  Rei A(onso tomaria !arte dasreni)es do ar(amento !oco a !oco e acom!anharia o destino de sa nação"mas Loc=s(e> seria !ara sem!re se ,onse(heiro" e se maior re!resentante diantede m !o'o #e o ama'a sim!(esmente !or#e e(e e%istia.

Fohn 8c= 1ora con'idado !ara ce(e$rar o casamento do Rei e da Rainha dedireito de Ara((m" e mando a'isar #e o aceitaria. Cem (he 1iera o con'ite

1ora m  obin  de Loc=s(e> emocionado" #e !edia !ermissão !ara estar na !rimeira 1i(a da !rimeira missa rea(iada em ma SherHood #e agora !oss/a maidentidade" e #e merecia essa identidade.

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E di#em que ei A(onso" #ando 'i o 'estido #e a 1i(ha saria em secasamento" e #ando a 'i !ro'ando ta( 'estido" en%ergo na herdeira tdo o #ede me(hor e(e (em$ra'a da mãe.

F6 Branca 'oraçãode-eve se olhou no espelho que re(letia a!ele#a dela. E re(letia a !ele#a de tudo o que vinha dela e

havia apenas sorrisos em seu rosto. A(inal a!ai&o de seul6!io havia um pequeno corte com o s)m!olo de S. ms)m!olo que a li*ava eternamente a An)sio Bran(ord. mamarca que esta!elecia muito mais em sua vida do que a vit5riaso!re a morte.A princesa se tornaria ainha.

A(inal havia morrido a menina e nascido a mulher.E a princesa !ranca como a neve estava pronta para renascerda pele de vidro e se tornar um s)m!olo para o mundo etra#er um s)m!olo para o mundo. Ar#allum 6 tinha suaainha mas tanto aquele eino quanto 3tallia 6 tinhammuito mais do que isso.E di#em que quando ela entrou de !raços dados com o pai na

'atedral da 3a*rada 'riação para dar in)cio ao casamento equando o vestido de noiva mais !onito que o mundo 6 viracaminhou com ela es(re*andose pelo carpete como um leals%dito todos os presentes se levantaram e começaram aaplaudir. " detalhe curioso  !or+m" era #e" !or mais des(m$rante #e3ranca ,oração-de-9e'e esti'esse" e !or mais coraç)es #e e(a a#ecesse aosim!(esmente des1i(ar !or a#e(e sa(ão" os a!(asos retm $antes da#e(a ,atedra(

não eram !ara e(a. Ainda #e a noite 1osse de(a" a#e(es a!(asos ainda não eram./orque a#ueles a!(asos eram !ara Rei A(onso ,oração-de-9e'e. 

-o altar An)sio e Á%e( 3ran1ord" com os !e(os arre!iados e os coraç)esintran#i(os" a!(adiam como todos os Reis" o re!resentantes de Reis" !resentes.At+ mesmo 1rei :ohn 8c=" ao (ado do c(+rigo res!onsá'e( da ,atedra(" ,eci(8hamasa" tam$+m #e$ro o !rotoco(o e o 1e. 

/orque aquela cena o merecia.

E quando a princesa (oi passada dos !raços do pai para os do(uturo marido os aplausos não apenas não cessaram comoainda aumentaram seu tom. oi o momento em que um (r6*il

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e emotivo ei A(onso agradece as mani1estaç)es com gestos e a1ndo orosto entre as mãos.

"s olhos 6 haviam caminhado vermelhos ao lon*o de todoaquele corredor em uma cena inesquec)vel capa# de provocar

risos e aplausos até mesmo nos coraçes mais (rios." motivo era tão simples quanto (ant6stico." ei das L6*rimas de Gnverno não parava de chorar.

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