APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico é um espaço de construção de propostas
inovadoras, criando e definindo políticas de uma educação transformadora e de
gestão democrática.
Conforme o artigo 12, inciso I da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – Lei 9394/96, “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas
comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar
sua proposta pedagógica”. Assim também, respectivamente, os artigos 13 e 14,
inciso I trazem que os docentes incumbirão de participar da elaboração da proposta
pedagógica do estabelecimento a que pertencem e que os sistemas de ensino
deverão garantir essa participação.
Entretanto, a elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola deve contar
com a participação de todas as instâncias da comunidade escolar (Direção, Equipe
Pedagógica, Professores, Agente Educacional I e II, alunos, pais e comunidade)
procurando ampliar o debate político acerca das práticas sociais, culturais e
educacionais, assegurando possibilidades democráticas de socialização do saber,
visando a qualidade da aprendizagem para todos, visto ser esta uma condição
necessária ao exercício da cidadania.
Desse modo, por intermédio da participação coletiva, a construção do Projeto
Político Pedagógico irá revelar e explicitar as reflexões acerca das dimensões
políticas, filosóficas, sociológicas, antropológicas, psicológicas e pedagógicas da
educação, visando a compreensão das contradições, limites e possibilidades de seu
colegiado, sob forma de registro documental.
O Projeto Político Pedagógico revelará ainda, a dinâmica do processo de
construção coletiva evidenciando o referencial teórico em três atos distintos porém
interdependentes:
a)Marco Situacional - que explicita problemas e necessidades diante do mundo
com o levantamento de dados sobre a escola e a realidade do país, do estado, do
município. A análise dos dados, diagnóstico, evidencia os problemas, os conflitos e
contradições presentes na realidade social da escola.
b) Marco Conceitual – Análise das políticas públicas e suas contradições sobre a
4
organização dos saberes necessários à emancipação social, política, cultural e
econômica dos educandos e, ainda, explicitação da filosofia, dos objetivos, dos
princípios norteadores e dos fins educativos da escola.
c) Marco Operacional – grandes linhas de ação - Apresenta as ações
comprometidas com a transformação da realidade educacional e social, formação
continuada, educação, qualificação dos espaços, dos equipamentos e da gestão
democrática.
Diante disso, por se tratar de um momento de síntese, integração,
organização e construção, a elaboração do Projeto Político- Pedagógico propicia
instrumentos para um trabalho coletivo em busca da construção e sistematização do
conhecimento e de soluções aos problemas enfrentados pela instituição escolar.
1 - IDENTIFICAÇÃO
DENOMINAÇÃO DA INSTITUIÇÃO:
Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva – Ensino Fundamental e
Médio
ENDEREÇO COMPLETO
Rua Santa Catarina, no. 1789
Bairro: Centro
CEP - 85.884-000 - Medianeira - PR
PÁGINA DA ESCOLA
www.mdnarthursilva.seed.pr.gov.br
TELEFONE / FAX
(45) 3264 – 1902
5
ENTIDADE MANTENEDORA
Governo do Estado do Paraná
1.1.TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA INSTITUIÇÃO
A construção desta instituição de ensino foi uma das prioridades do então
prefeito Ângelo Da Rolt, que em 1962 iniciou o projeto para a construção de uma
Escola Estadual.
Como ainda não existia Secretaria de Educação no município, quem
respondia pela educação era Clóvis Da Rolt, funcionário da prefeitura.
Foi então doado um terreno de 4.200 m² pela firma Colonizadora Industrial
Agrícola Bento Gonçalves ao Estado do Paraná, representado pelo seu fundador e
diretor Pedro Soccol, conforme Registro de Imóveis sob nº 11015, Livro-3K na Rua
Paraguai nº 1545, Quadra 106.
Implantada a escola, foi nomeada a primeira Diretora pelo Decreto 4.364 de
28.09.1962, senhora Geni Leite Pierezaçu. Em homenagem a este decreto em 28
de setembro, ficou como dia da fundação da escola.
As pessoas que ajudaram a iniciar a escola e deram os primeiros passos
como professores foram: Denir Terezinha Leite, Lourdes Liotto, Aldemira Galvan,
Neusa Reginato.
O local de funcionamento inicialmente foi no antigo prédio do Clube União –
CESUM.
Em 15 de dezembro de 1962 foi aberto concurso público para professores,
pela Prefeitura e posteriormente aprovado pelo Estado. Professores que foram
aprovados: Ana Ladí Garcia, Aldemira Galvan, Hilegarde Maria Rohde, Lourdes
Brenhera, Geni Leite Pierezan e Lourdes Liotto. Carmela Rizzieri Garcia foi indicada
pelo Prefeito Ângelo Da Rolt como diretora e Maria Dagostin como servente da
escola, Eleci Dallazen Rosa como Inspetora Auxiliar de Ensino e Dorilde Da Rolt,
supervisora da merenda. Continuaram as aulas no Clube União com 90 alunos de 1ª
a 4ª séries em 2 turnos manhã e tarde, dividindo as turmas nos quatro cantos do
clube. No seguinte ano, o início das aulas deu-se em 4 de fevereiro de 1963
amparado pela Lei 4.024/61. Até junho de 1963, a escola levou o nome de Grupo
Escolar Joaquim Oliveira Franco, até que em reunião com professores foi mudado o
nome para Grupo Escolar de Medianeira.
6
No segundo semestre de 1963 iniciou-se a construção da nova escola na
Rua Paraguai esquina com a Rua Santa Catarina (local e prédio que hoje se localiza
a escola).
A partir de fevereiro, de 1964 a escola passou a funcionar em seu próprio
prédio, com 4 salas de aula, secretaria e 4 banheiros. O prédio não estava acabado
faltando as portas, janelas e forro. As carteiras eram individuais, o quadro negro
exposto sobre duas carteiras, sem armário e sem escrivaninha. O material se levava
todos os dias de casa.
1.2 QUADRO DEMONSTRATIVO
Ano Leis e Resoluções que
fundamentam a construção
histórica do Colégio
Diretores Professores Total de
Alunos
1962 Mês de outubro e
novembro
Decreto de criação nº8592
de 23/06/62, Grupo Escolar
Joaquim Oliveira Franco,
regido pela Lei 4024/61,
situado na antiga sede do
Clube União.
- Geni Leite Pierezan –
Decreto nº4.364/62 de
28/09/62
Denir Terezinha Leite,
Lourdes Liotto,
Aldemira Galvan,
Neusa ReginatoDenir
Terezinha Leite,
Lourdes Liotto,
Aldemira Galvan,
Neusa Reginato
90
1963 Início da construção do
prédio próprio na rua
Paraguai esquina com a
rua Santa Catarina, onde
passou a denominar-se
Grupo Escolar de
Medianeira, regido pela
Lei 4.024/61 – 1ªà 4ª séries
- Carmela Rizzieri Garcia Ana Ladi Garcia,
Aldemira Galvan,
Hilegarde Maria
Rohde, Lourdes
Brunhera, Geni Leite
Pierezan, Cleci
Faccin, Maria
Dagostin e Máguia
Basílio ( a partir de
abril). A nomeação
pela Secretaria de
Estado desta turma
saDenir Terezinha
260
7
Leite, Lourdes Liotto,
Aldemira Galvan,
Neusa Reginatoiu em
julho de 1963,
Decreto nº 12.217 de
02/07/19631964 Funciona com 04 salas de
aula,04 banheiros e
secretaria em prédio
próprio, regido pela
Lei 4.024/61 - 1ª à 4ª
séries.
-Petrônia Natália Schmidt Aldenira Galvan,
Denis Bogoni Lini,
José Darci Black,
Geni Leite Pierezan,
Maria Adelurdes
Rosso, Hilegarde
Maria Rohde,
Lourdes Brunhera,
Ana R. da Silva, Anita
Grassi, Máguia
Basílio, Vanda Maria
de Jesus, Ana Ladi
Garcia, Carmela
Garcia, Maria
Dagostim, Letícia
Venâncio.
Com a nomeação
pelo Estado de
Petrônia Natália
Schmidt 1ª professora
normalista e a
exoneração de
Carmela Rizzieri
Garcia, os
professores se
dividiram em dois
grupos, os que eram
à favor e os que eram
422
8
contra, ocasionando
uma grande discórdia
e uma disputa na
justiça pela direção
da escola. Sendo
resolvido pela
Promotoria de Foz do
Iguaçu, dando a
legalidade de sua
nomeação a Petrônia
Natália Schmidt, que
permaneceu no cargo
por dois anos.1965 Lei 4.024/61 – 1ª à 4ª
séries
-Petrônia Natália Schmidt José Darci Black,
Geni Leite Pierezan,
Denis Bogoni Lini,
Vanda Maria de
Jesus, Lourdes
Brunhera, Neusa
Zanini, Ana
Rodrigues da Silva,
Hilegarde Maria
Rohde, Lourdes Litto,
Letícia Bazzo, Clóvis
Bogoni
435
1966 Lei 4.024/61 – 1ª à 5ª
séries
- Carmela Rizzieri Garcia José Darci Black,
Geni Leite Pierezan,
Anita Grassi, Ana
Rodrigues da Silva,
Máguia Basílio,
Vanda Maria de
Jesus, Lourdes
Brunhera, Hilegarde
Maria Rohde,
448
9
Petrônia Natália
Schmidt.1967 - Carmela Rizzieri Garcia 13 professores 3701968 - Carmela Rizzieri Garcia 11 professores 3901969 - - Carmela Rizzieri Garcia 13 professores
* por motivo da
inauguração da
Escola Olavo Bilac,
que também recebeu
o nome de Grupo
Escolar, colocou-se o
nome Grupo Escolar
de Medianeira nº 1
(para o Costa e Silva)
e Grupo Escolar nº 2
( para o Olavo Bilac).
515
1970 Grupo Escolar de
Medianeira nº 1
- Marilei Louriano 16 professores 675
1971 Conforme reunião com os
pais dos alunos,
professores, pessoal
administrativo, foi decidido
o nome da escola que
passou a chamar-se Grupo
Escolar Marechal Arthur da
Costa e Silva.
- Maria Júlia M. Correia 20 professores 730
1972 - Carmela Rizzieri Garcia 22 professores 7901973 - Mara Beatriz Bonatto 15 professores 3721974 * Lei nº 5.692/71 com
implantação da 1ª série, 2ª
série e 5ª série.
- Regina Maria Andretta
Venâncio
30 professores 630
1975 Implantação da Lei nº
5.692/71 – 3ª, 4ª e 6ª série.
- Regina Maria Andretta
Venâncio
28 professores 827
1976 Lei nº 5.692/71 com
implantação da 7ª série
- Regina Maria Andretta
Venâncio
30 professores 938
1977 Lei nº 5.692/71 com -Regina Maria Andretta 30 professores 970
1
implantação de 1ª a 8ª
séries , A autorização e
homologação do Plano de
Implantação foi através da
Resolução nº 1969/77 de
26/10/1977 .
Venâncio
1978 A Escola passou a ser
Escola Marechal Arthur da
Costa e Silva
- Regina Maria Andretta
Venâncio
36 professores 1.130
1979 - - Regina Maria Andretta
Venâncio
30 professores 1.153
1980 Autorização de
Funcionamento do
Estabelecimento
Dec.2256/80
DOE 28/04/80
- Regina Maria Andretta
Venâncio
37 professores 1.325
1981 Reconhecimento do 1º
Grau – Regular pela Res.
3128/81 de 22/12/81
DOE 12/01/82
- Regina Maria Andretta
Venâncio
58 professores 1.392
1982 * Reconhecido o curso de
1º grau Resolução nº
3.128/81
DOE 12/01/82
- Idalide Albina Grandi 62 professores 1.033
1983 Resolução nº 1.988/83 –
passou a Escola Estadual
Marechal Arthur da Costa e
Silva - Ensino de 1º Grau.
- Idalide Albina Grandi
até julho de 1983.A partir
do mês de agosto de
1983 assume por eleição
a direção da escola.
50 professores 1129
1984 Projeto da Bandeira – 1ª
Bandeira, emblema da
Escola
- Hiliegard Maria Rohde ;
Vice – Diretora: Lourdes
Vivian Alexius
59 professores 1.295
1985 Hilligard Maria Rohde;
Vice – Diretora: Sônia
Albuquerque
60 professores 1.342
1
1986 Maria Célia Müeller 57 professores 12721987 - Maria Célia Müller
- Izolete Duttweiler
33 professores 850
1988 - Maria Célia Müller
- Izolete Duttweiler
41 professores 935
1989 - Maria Célia Müller
- Izolete Duttweiler
48 professores 965
1990 - Pasqualin Angelin
- José Romeu Gessi
34 professores 819
1991 - Waldir Sabadin
- Pasqualin Angelin
37 professores 941
1992 - Waldir Sabadin
- Leda Simonatto Poletto
41 professores 1017
1993 - Alice Pugslei Sobjak
- Meri Ferreira
Carnieletto
38 professores 1034
1994 Autoriza Implantação do
Ens.2º Grau Regular –
Educação Geral - Res.
6.296/93 -DOE 24/11/93
Autoriza Funcionamento do
2º Grau Regular – Ed.
Geral – Prep. Universal
-Res. 1102/94 de 25/02/94.
Parecer 346/94 de
25/05/94 passou a
denominar-se
Col.Est.Mal.Arthur da
Costa e Silva – Ens.1 e 2
Graus.
- Alice Pugslei Sobjak
- Meri Ferreira
Carnieletto
- Amâncio Dorne
45 professores 1218
1995 Prorrogação da autorização
de Funcionamento do 2º Grau
– Ed. Geral – Prep. Universal
Res. 3958/95 de 18/10/95
- Alice Pugslei Sobjak
- Amâncio Dorne
43 professores 1176
1996 - Ary Dal Pozo
- Carmela Mazzola
47 professores 1341
1
- Edna M. Loures1997 - Ary Dal Pozo
- Carmela Mazzola
- Edna Maria Loures
49 professores 1716
1998 Res.3120/98 DOE
11/09/98, passou a
denominar-se
Col.Est.Mal.Arthur da
Costa e Silva –
Ens.Fundamental e Médio.
- Edna Maria Loures
- Maria das Graça
Miranda
-Maria Madalena de
Medeiros
- Plácio Heckler
61 professores
Nova Direção Eleita
pela comunidade
escolar
1660
1999 - Edna M. Loures
- Maria das Graça
Miranda
- Maria Madalena
Medeiros
- Plácio Heckler
56 professores 1657
2000 - Edna M. Loures
-Maria Madalena
Medeiros
-Maria das Graça
Miranda
- Plácio Heckler
45 professores
* Em junho de 2000
Maria Madalena de
Medeiros assumiu a
Direção da Escola
1483
2001 Reconhecimento do Ensino
Médio Res. 2270/01 DOE.
23/10/2001.
-Maria Madalena de
Medeiros
-Rosane Teresinha
Cagliero
54 professores
Mandato Provisório
1437
2002 Renovação do
Reconhecimento do Curso
Ensino Fundamental –
Res. nº 450/02 D.O.E
23/04/02.
-Maria Madalena de
Medeiros
-Paulo Sérgio Acosta
Torres
40 professores
* Na prova para
Direção , Rosane T.
Cagliero não pode
fazer por motivos
cirúrgico e Paulo
Sérgio A. T. assumiu
a Vice Direção
1425
2003 -Maria Madalena de 46 professores 1178
1
Medeiros
-Rosane Terezinha
Cagliero
* Vice Diretor Paulo
S. A. Torres saiu para
concorrer à Direção
de outra Escola e
Rosane T. Cagliero
assumiu.2004 -Maria Madalena de
Medeiros
-Rosemari Dallacort
Muniz
46 professores
Posse da Nova
Direção Eleita pela
comunidade escolar
1266
2005 Ato Ad. De Aprovação do
Regimento Escolar nº
46/50 de 01/02/05.
-Maria Madalena de
Medeiros
-Rosemari Dallacort
Muniz
44 professores 1195
2006 - Maria Madalena de
Medeiros
-Rosane R. Fiebig
42 Professores.
Diretora eleita pela
comunidade escolar.
1100
2007 - Maria Madalena de
Medeiros
-Rosane R. Fiebig
51 Professores 947
2008 - Maria Madalena de
Medeiros
-Rosane R. Fiebig
Diretora reeleita pela
comunidade escolar.
60 Professores
1126
2009 - Maria Madalena de
Medeiros
-Rosane R. Fiebig
67 Professores. 1155
2010 -Maria Madalena de
Medeiros
-Rosane R. Fiebig
-Salete Aparecida M
Straliote
70 Professores
A partir de 11/08/10,
foi designada para a
Direção Geral, pelo
afastamento da
1108
1
Diretora para o PDE.
Designada pelo
Conselho Escolar
Em 2003 iniciaram as obras de reforma da escola. No mês de abril, mais
precisamente dia 10, os alunos não tiveram mais aulas neste Estabelecimento, foi
preciso sair daqui para que se iniciassem as reformas das salas de aula, assim, na
parte da manhã, o Ensino Fundamental transferiu se para a Escola Adventista e o
Ensino Médio para as salas da FACEMED (hoje UDC); na parte da tarde as 5ª e 6ª
séries ficaram na Escola Adventista, as 7ª, 8ª e o Ensino Médio foi para a FACEMED
e os alunos do noturno estabeleceram se na Escola Estadual Olavo Bilac que neste
período ficava ociosa. No final de 2003 terminaram as reformas, retornando no ano
letivo de 2004 no colégio reformado, bonito, agradável condizente com um ambiente
educacional propício e digno para receber a comunidade escolar.
Em 18 de fevereiro de 2005, o Governador do Estado, Roberto Requião e
toda sua comitiva, em visita oficial, reinaugurou o colégio com uma grande festa e
muita alegria.
1.3 BIOGRAFIA DO MARECHAL ARTHUR DA COSTA E SILVA
Arthur da Costa e Silva nasceu em 03 de outubro de 1902, na cidade de
Taquari – RS. Estudou no Colégio Militar de Porto Alegre e diplomou-se em 1º lugar,
recebendo o título de aluno comandante, exercendo liderança sobre seus colegas.
Matriculou se na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro.
Em 1921, Costa e Silva foi de Aspirante a Oficial e no ano seguinte foi
promovido à 2º Tenente. Serviu no 1º Regimento de Infantaria, sendo que naquele
ano, eclodiu no Forte de Copacabana e na Escola Militar, uma revolta contra o
Presidente Epitácio Pessoa. Preso por divergência de ideias, Costa e Silva foi
solidário com os rebeldes, razão pela qual foi desligado do Exército.
Durante o período que ficou afastado, trabalhou como repórter, logo após
anistiado, foi reintegrado ao Exército e cursou a Escola de Aperfeiçoamento de
Oficiais e a Escola de Estado Maior, em ambas diplomou se, obtendo o 1º lugar. Na
II Guerra Mundial, fez o Curso Avançado da Escola de Blindados de Fort Knox,
1
Estados Unidos.
Foi o maior especialista brasileiro em moto mecanização militar.
Em 1932, na Revolução Constitucionalista, Costa e Silva combateu no
Posto de Capitão e foi promovido a Major.
No ano de 1943, passou a Tenente Coronel, em 1944 – Coronel.
As promoções continuaram 1952 - General de Brigada, 1958 – General de
Divisão e em 1961 passou a General de Exército.
Em 1966 chegou ao posto de General e foi elevado a Generalato, quando
exerceu a Chefia da II Região Militar em Porto alegre e a II Divisão de Infantaria em
São Paulo e do II Exército em Recife. Costa e Silva foi o articulador da Revolução de
31 de Março de 1964, no combate aos grupos de esquerda.
Integrou o Alto Comando Revolucionário, lutou contra o Presidente João
Goulart através do Partido Político ARENA, com apoio das Forças Armadas. O Mal.
Arthur da Costa e Silva chegou à presidência em 1966.
Costa e Silva no seu governo deu importância ao combate do analfabetismo
e em 13 de dezembro de 1968, decretou o Ato Institucional nº 5 (AI – 5). Este ato
outorgou poderes para cassar mandatos, suspender direitos políticos, com objetivo
de reforçar o Poder Executivo.
E em 17 de dezembro de 1969 Costa e Silva sofreu um infarto vindo a
falecer.
É importante verificar que o Presidente Mal. Arthur da Costa e Silva fez
parte da história no período em que o Brasil sofreu um Golpe Militar, (31 de março
de 1964). Golpe este financiado pelos Estados Unidos que tinha como objetivo
obrigar o Brasil a abrir as portas da economia para as multinacionais entrarem e
poder explorar as riquezas e utilizando-se de bases econômicas industriais
implantadas na era Vargas. Frisamos também que muitos municípios desse país
homenagearam o ditador Mal. Arthur da Costa e Silva, dando nomes a Colégios no
período da ditadura militar nos anos de 1964/1984. Hoje, isso não ocorre mais,
porque vivemos numa democracia.
(Professores de História – Equipe de Ensino – 02/05)
1.4 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
O Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva – Ensino Fundamental e
Médio (00028) está localizado à Rua Santa Catarina, 1789, centro, Medianeira
1
Paraná (1590), num terreno de 4.200 m2. É mantido pelo Governo do Estado do
Paraná com o apoio da APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) e
assistido pelo Núcleo Regional de Educação de Foz do Iguaçu – Paraná (45000).
Tem por finalidade ministrar o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries e Ensino
Médio diurno com carga horária de 833 (oitocentos e trinta e três) horas e a 7ª e 8ª
série e Ensino Médio noturno carga horária de 800 (oitocentos) horas e 200
(duzentos) dias letivos, observados em cada caso a legislação e normas
especificamente aplicadas. Atualmente funcionam 31 turmas com um total de 1100
alunos regularmente matriculados nos três turnos do Ensino Fundamental e Médio,
sendo uma Escola de porte 06 (seis).
Recursos Físicos: contamos com dez salas de aula, dois laboratórios de
informática, uma biblioteca, uma sala para mecanografia, sala de professores com
dois banheiros, secretaria, sala de direção, duas salas para Equipe Pedagógica com
um banheiro, lavanderia com um banheiro, cozinha, cantina comercial, um banheiro
para deficientes físicos, uma quadra de esportes sem cobertura, com dois banheiros,
oito banheiros para alunos, sala de almoxarifado, sala de apoio e um amplo saguão
que serve também como refeitório, além de uma área livre, com bancos e mesas.
Recursos Humanos: Nosso quadro de funcionários é formado por uma
diretora e uma vice-direção, 05 pedagogas, 51 professores, 01 secretária, 10
Agentes Educacionais I e 09 Agentes Educacionais II. Atualmente atendemos 1110
alunos.
Recursos Materiais Pedagógicos: Nosso Colégio conta com computadores,
equipamentos do laboratório de ciências físicas e biológicas, materiais esportivos,
jogos de xadrez, materiais pedagógicos para aulas de matemática, jogos
pedagógicos para aula de português, fantoches, flautas, quebras cabeças, videos
DVDs, caixa de som, microfones, rádios, TV multimídia, mapas geográficos, mapas
de ciências, acervo bibliográfico diversificado, etc.
O Colégio funciona atualmente em três turnos:
- Manhã: 7h30min às 11h55min com intervalo de quinze minutos para o
recreio após a segunda aula. Atendemos neste período um número
aproximado de 370 alunos distribuídos em 10 turmas sendo:
- 1 turma de 6ª série;
1
- 1 turma de 7ª série;
- 1 turmas de 8ª série;
- 3 turmas de 1º ano;
- 2 turmas de 2º ano;
- 2 turmas de 3º ano.
- Tarde: 13h30min às 17h55min com intervalo de 15 minutos para o recreio
após a terceira aula. A seguir temos mais duas aulas. Neste período
assistem aulas aproximadamente 358 alunos em 11 turmas:
- 4 turmas de 5ª série;
- 3 turmas de 6ª série;
- 2 turmas de 7ª série;
- 2 turmas de 8ª série;
- Noite: 19h às 23h com intervalo de 10 minutos para o recreio após a
segunda aula. Grande maioria dos alunos jantam neste momento, pois 90%
(noventa por cento) de nossos educandos trabalham durante o dia,
vindo ,muitos deles diretamente do trabalho para a escola. À noite
ofertamos o Ensino Médio e 7ª e 8º do Ensino Fundamental. Frequentam
este turno, matriculados inicialmente, uma média de 350 alunos em 8
turmas:
- 1 turma de 7ª. série;
- 1 turma de 8ª. série;
- 3 turmas de 1º ano;
- 2 turmas de 2º ano;
− 2 turmas de 3º ano.
2- MARCO SITUACIONAL
O Colégio procura atuar no seu espaço escolar, voltando-se para as atuais
concepções educacionais e para as novas ações pedagógicas. Articulando
propostas e dinâmicas inovadoras, alguns aspectos são abordados
interdisciplinarmente, tendo como intuito uma educação que leve a um processo
centrado na construção do conhecimento, que seja criativo, dinâmico, interativo e
1
voltado para a compreensão e a interpretação, o que permite o desenvolvimento
integral do aluno. Neste espaço educacional, ações docentes, discentes e
administrativas comungam com a liberdade, o respeito e a cidadania, fazendo
desses princípios o fundamento da nossa identidade.
Os avanços percebidos nas práticas pedagógicas, decorrem da formação
continuada proporcionada pela SEED.
Nos últimos 20 anos, várias mudanças ocorridas no plano sociopolítico
econômico cultural relacionadas ao processo de globalização da economia
capitalista vem interferindo na dinâmica e estrutura familiar e possibilitando
mudanças em seu padrão tradicional de organização. A família desempenha um
papel importante na educação formal e informal, é em seu espaço que são
absorvidos os valores éticos e humanitários, tem sido, é e será a influência mais
poderosa para o desenvolvimento da personalidade e do caráter das pessoas.
Percebe-se que muito foi transferido da família para escola , com isso a escola, vai
abandonando seu foco, que é de construir o conhecimento sistematizado e a família
vai perdendo sua função primordial dentro dessa relação, que é o acompanhamento
mais próximo do educando. Sabendo dessa importância convidamos a família a
participar das reuniões de pais, de entrega de boletins, assembleias gerais e
extraordinárias, eventos festivos, culturais e desportivos, mas sentimos que essa
participação não é mais efetiva devido ao corre-corre do dia a dia em busca do
aperfeiçoamento pessoal e profissional e da melhora da qualidade de vida, por outro
lado também temos aqueles acomodados que esperam dos programas sociais do
governo o auxílio para o sustento de sua família e que a escola sozinha de conta da
educação de seu filho.
A relação dos profissionais da educação com os discentes é a mais cordial
possível. Procuramos tratar nossos educandos com dignidade, humanidade e
respeito, auxiliando e mediando situações conflituosas que por ventura aconteça nas
relações aluno/aluno, professor/aluno e aluno/família.
O uso das tecnologias enriquece o processo de ensino-
aprendizagem desde que utilizados de forma adequada, de modo contextualizado,
para que tenha incidência sobre a aprendizagem dos alunos. A utilização de
recursos digitais no espaço escolar é recente e gera desafios aos professores.
De acordo com NEVADO (2006, pg 45).
“O papel do professor no contexto educacional é proporcionar, mediar e
1
intermediar o crescimento cognitivo e afetivo de seus educandos,
explorando através de experiências em sala de aula situações que os façam
interagir, trocar informações, indagar, debater e raciocinar sobre os
conteúdos que fazem parte do currículo". Dessa forma o conhecimento é
gerado numa relação dialógica entre alunos e professores. NEVADO
(2006, pg 45).
Em todos os setores da sociedade se observam mudanças em função do uso
das novas tecnologias. A Educação também tem experimentado mudanças na forma
de sua organização e produção, fazendo surgir novas formas de aprender,
subsidiada pela inserção das novas tecnologias, que dão suporte às atividades
didático pedagógicas desenvolvidas em sala de aula a fim de dinamizar e efetivar o
processo ensino-aprendizagem.
No estado do Paraná, a SEED tem desenvolvido projetos que visam à
integração de mídias com a finalidade de proporcionar inclusão e o acesso de
alunos e professores da rede pública estadual a essas tecnologias.
Neste sentido destacamos o grande impacto que estas políticas vêm
proporcionando em nossa escola.
A escola está provida de computadores na secretaria, equipe de ensino,
mecanografia e um laboratório de informática com 20 computadores, todos em pleno
funcionamento. Todas as salas de aula possuem TV Multimídia, temos aparelhos de
DVD, aparelhos de som, máquina fotográfica digital, filmadora, aparelho multimídia,
caixas de som grande e pequena para fazer apresentações, enfim, possuímos um
aparato grande para dar suporte ao professor afim de conseguir desempenhar um
trabalho de qualidade.
Somos pioneiros na implantação do sistema Wireless, para que os
professores possam usufruir sinal da internet em qualquer lugar da escola para uso
de seu notebook para planejamento de suas aulas e pesquisas de seu interesse.
O papel da escola tornou-se muito mais relevante a partir das novas exigências
sociais e tecnológicas que demandam do aluno uma formação plena e abrangente.
A evolução das ciências gerou novos conceitos científicos. A ciência milenar deixou
de ser obra terminada e dogmática para se abrir ao dinamismo de novos
conhecimentos.
2
1.5. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
O Colégio Estadual “Marechal Arthur da Costa e Silva”, por estar localizado
no centro da cidade de Medianeira, recebe alunos da região central, dos bairros e
também da zona rural. Alguns desses alunos são filhos de pequenos empresários,
porém a maioria filhos de trabalhadores assalariados e alguns de pequenos
agricultores. Temos ainda famílias carentes que são assistidas pelo Programa Bolsa
Família do Governo Federal. Em relação aos alunos, muitos do período noturno são
trabalhadores, que ajudam na renda familiar, temos ainda alunos participando de
estágios remunerados através do CIEE e do Programa Jovem Aprendiz.
Nos períodos da manhã e tarde o uso do uniforme foi recomendado pela
Patrulha Escolar para melhor identificar e localizar os alunos dentro e fora do
Colégio. Sugestão esta, aprovada por aclamação em Assembleia de Pais.
Desde o ano de 2002 adotamos o sistema de salas ambientes, ou seja,
cada professor aguarda os alunos em uma sala de aula onde ele já se instalou e
preparou seus materiais para melhor atender o aluno. Com esse método o professor
pode decorar a sala de acordo com sua disciplina, facilitando também o uso mais
frequente de materiais específicos, concretos e as tecnologias que oferecemos.
As aulas de Educação Física são ofertadas numa sala de aula quando
possível, com atividades como jogos de Xadrez e aulas teóricas, a quadra por não
possuir cobertura, impossibilita muitas vezes os alunos a sair da sala em
consequência do sol forte ou chuva, impedindo a realização de aulas práticas. E
quando não tem como utilizar a sala eles utilizam o saguão, o que não é propício
devido ao eco que causa nas salas de aula que são próximas prejudicando o
desenvolvimento das mesmas, além do calor do ambiente. Treinamentos nas
diversas modalidades são oferecidos pela Secretaria Municipal de Esportes. O
Laboratório de Ciências, Físicas e Biológicas é utilizado pelos professores de
Ciências, Física, Química e Biologia onde são realizadas a prática dessas disciplinas
oportunizando o conhecimento científico.
Junto aos conteúdos escolares são trabalhados os Desafios Educacionais
Contemporâneos, que estão contemplados nas DCEs e Cadernos Temáticos.
A escola assumiu ao longo do tempo uma gama de responsabilidades e
compromissos que deveriam ser trabalhados por outros órgãos, principalmente pela
família e pelos assistentes sociais. Atendemos demandas da sociedade sem
2
estarmos realmente preparados para este atendimento diferenciado e, algumas
vezes, não satisfazemos as reais necessidades do educando. A mídia de forma
geral, influencia no comportamento estudantil, interferindo na relação do
aluno/escola/aprendizagem.
Para auxiliar alguns alunos em suas dificuldades, contamos com o
atendimento da AMOA (Associação Medianeirense de Otimização de
Aprendizagem) que é uma entidade filantrópica não governamental, com fins
educacionais, cultural, científico, tecnológico de qualificação profissional, assistência
e desenvolvimento social que atende crianças e adolescentes matriculados na rede
regular de ensino do município de Medianeira (municipal, estadual e particular), no
período de contra turno escolar, e busca constantemente novas alternativas de
atendimentos através de sua equipe multiprofissional os quais vêm desenvolvendo
um trabalho de qualidade junto aos nossos alunos e familiares.
O IDEB é um indicador de qualidade educacional que combina informações
de desempenho em exames padronizados (Prova Brasil ou SAEB) – obtido pelos
estudantes ao final das etapas de ensino( 4ª e 8ª séries do ensino fundamental e 3ª
série do ensino médio)- com informações sobre o rendimento escolar( aprovação).
Com o objetivo de avaliar a educação no Brasil, os alunos da 8ª série do
Ensino fundamental participam da Prova Brasil e os alunos da 3ª série do Ensino
Médio participam da prova do ENEM. No último IDEB – Índice de desenvolvimento
da Educação Básica, atingimos a média 4,3 superando a meta prevista pelo MEC-
Ministério da Educação e Cultura,que era de 4,1 para 2009.
1.5.1. INDICE DE APROVEITAMENTO ESCOLAR DOS ÚLTIMOS 5 ANOS
ANO: 2004
SÉRIE MATRÍCULA TRANSFERIDOS DESISTENTES APROVADOS REPROVADOS
5ª 194 20 1 138 35
6ª 147 9 5 95 38
7ª 159 13 1 122 23
8ª 118 5 3 99 11
1ª 254 18 68 118 50
2
2ª 216 9 50 143 14
3ª 178 10 23 130 15
TOTAL 1266 84 151 845 186
ANO: 2005
SÉRIE MATRÍCULA TRANSFERIDOS DESISTENTES APROVADOS REPROVADOS
5ª 130 22 2 78 28
6ª 157 13 3 111 30
7ª 103 13 4 56 30
8ª 119 5 4 93 17
1ª 193 14 56 71 52
2ª 120 8 42 45 25
3ª 139 6 25 98 10
TOTAL 961 81 136 552 192
ANO: 2006SÉRIE MATRÍCULA TRANSFERIDOS DESISTENTES APROVADOS REPROVADOS
5ª 152 6 1 128 24
6ª 158 15 2 119 39
7ª 168 15 3 138 30
8ª 116 9 1 102 14
1ª 218 13 30 184 34
2ª 214 15 31 199 15
3ª 105 5 9 99 6
TOTAL 1131 78 77 969 162
ANO: 2007SÉRIE MATRÍCULA TRANSFERIDO
SDESISTENTES APROVADOS REPROVADOS
5ª 137 4 4 114 23
6ª 141 12 4 116 25
7ª 129 4 5 116 13
8ª 119 1 0 116 3
1ª 133 6 29 110 23
2ª 132 1 22 105 27
3ª 156 1 16 151 5
TOTAL 947 29 80 828 119
2
ANO: 2008SÉRIE MATRÍCULA TRANSFERIDOS DESISTENTES APROVADOS REPROVADOS
5ª 105 5 0 83 22
6ª 146 8 4 108 38
7ª 128 5 6 117 11
8ª 109 4 2 93 16
1ª 167 4 15 129 38
2ª 138 5 14 105 33
3ª 123 4 6 115 8
TOTAL 916 35 47 750 166
ANO: 2009SÉRIE MATRÍCULA TRANSFERIDOS DESISTENTES APROVADOS REPROVADOS
5ª 123 6 3 103 20
6ª 107 11 1 89 18
7ª 144 15 9 121 23
8ª 149 7 7 136 13
1ª 170 19 6 134 36
2ª 145 11 8 132 13
3ª 111 11 7 107 4
TOTAL 949 80 41 822 127
ANO: 2010
SÉRIE MATRÍCULA TRANSFERIDOS DESISTENTES APROVADOS REPROVADOS
5ª 136 7 4 103 22
6ª 128 6 3 101 18
7ª 137 8 13 91 25
8ª 155 4 13 115 23
1ª 182 7 27 108 40
2ª 149 5 9 94 41
3ª 142 5 4 124 9
TOTAL
Diagnóstico do Estabelecimento de Ensino
Após análise dos resultados, observamos a necessidade de mantermos
2
conversas periódicas individuais e coletivas no decorrer do ano letivo, no pré-
conselho e pós-conselho, reuniões com os pais, sala de apoio no contra-turno,
encaminhamentos pedagógicos e com especialistas diversificados, para
melhorarmos os índices de evasão e reprovação, bem como procuramos elevar a
autoestima através de estímulos e incentivos a realização pessoal e profissional.
Grande parte desses resultados se deve ao trabalho efetivo da Equipe de
Ensino e Direção juntamente com os professores no sentido de acompanhar o
desempenho e a frequência desses alunos.
2.1. HORA ATIVIDADE
A hora atividade é um período em que o professor desempenha funções da
docência, reservado a estudos, planejamento, atendimento à comunidade escolar,
preparação de aulas, avaliação dos alunos e outras, devendo ser cumprida no local
de trabalho. Cabe à equipe Pedagógica acompanhar os professores durante a hora
atividade.
2.2. CONSELHO DE CLASSE
É o órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos
didáticos pedagógicos, com a responsabilidade de analisar as ações indicando
alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e
dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e
aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar se dos
conteúdos curriculares estabelecidos. Em nosso colégio realizamos o pré conselho
e auto avaliação junto com a turma, sob a coordenação do professor regente de
turma e/ou pelo pedagogo.
2.3. EDUCAÇÃO INCLUSIVA
O Estabelecimento de Ensino contempla, também, o atendimento a
educandos com necessidades educativas especiais. Considerando a situação em
que se encontram individualmente estes educandos, priorizando ações
2
educacionais específicas e que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito
destes no espaço escolar.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de
educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles
que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar. A
legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos
educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:
-Deficiências mental, física/ neuromotora, visual e auditiva;
-Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos; e
- Superdotação /altas habilidades.
Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o
enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem
características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências, mas, também,
de condições socioculturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito
a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação
escolar.
Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se,
assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não
significa o modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e
serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas
singularidades.
2.4 CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
A cultura negra é uma cultura inter-racial formada pela contribuição de
inúmeros grupos ditos negros, brancos, mestiços e os índios.
Manter vivas essas manifestações culturais negras é uma necessidade
fundamental de fortalecimento de sua identidade étnica como elemento de
resistência ao domínio branco.
Temos várias formas de manifestações culturais negras como o sincretismo
que - na perspectiva em que adotamos - significa não apenas a incorporação do
referencial religioso dos negros à religião dominante, mas, além disso, uma forma
muito discreta de esconder e cultuar seus deuses e orixás, também as pinturas e
2
esculturas, que cumprem fielmente o objetivo mais amplo da arte: comunicar
conceitos e símbolos e, a música, que deu origem ao samba, pagode, além de estar
presente em diversos ritmos da música popular brasileira.
Há mais de 300 anos depois, as comunidades negras e quilombos são
exemplos de resistência cultural e social do povo negro em meio ao conjunto da
sociedade brasileira ainda injusta e discriminadora.
A Lei nº 10.639/03 de 09 de janeiro de 2003, estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira”, e o calendário
escolar deverá incluir o dia 20 de novembro como “Dia Nacional da Consciência
Negra.”
Os índios foram os primeiros habitantes do território brasileiro e embora
tenham diminuído significativamente desde a chegada dos portugueses (1500),
ainda existem vários povos indígenas habitando o território brasileiro cada um com
sua cultura, língua, arte, religião, hábitos, tradições, mitos e costumes. Desde a
colonização do Brasil, o modo de vida e sobrevivência dos povos indígenas se
modificou muito. A cultura do homem branco influenciou de forma drástica a vida dos
povos locais. Apesar disso, ainda apresentamos traços da influência indígena na
cultura brasileira.
A identidade cultural do nosso povo demonstra uma integração notória dos
hábitos miscigenados.
Dos índios herdamos alimentos básicos da culinária, como a mandioca e o
milho, e instrumentos musicais, como flautas e chocalhos. A influência do artesanato
indígena, com bolsas trançadas de fios e fibras, enfeites ornamentados com penas,
sementes e escamas de peixes são notados não só em nosso país, mas em outras
localidades da América. O emprego de elementos vegetais e animais como fonte de
cura natural para doenças.
Para lembrar o dia 19 de abril - “Dia do Índio” - são trabalhados em sala de
aula, conteúdos referentes à cultura indígena de forma interdisciplinar, bem como no
dia da consciência negra são feitos e trabalhos apresentações que lembram um
pouco da história dos índios e sua influência na cultura brasileira.
A Lei 11.645/08 que contempla a História e a Cultura Afro-brasileira e
Africana e também o ensino de História e Cultura Indígena serão implementadas no
CELEM dentro dos diferentes gêneros textuais, como: carta, e-mail, vídeos, frases,
2
artigos, biografias, etc, possibilitando uma releitura sobre a história desses povos e
sua participação enquanto trabalhadores e construtores de riqueza não só material,
mas também cultural, base da própria identidade brasileira.
2.5. DIVERSIDADE
A educação escolar não pode se manter distante da diversidade, sendo que
a mesma se faz presente no cotidiano escolar por meio da presença de professores,
alunos e pais dos mais diferentes pertencimentos étnico-raciais, idades, cultura e
gênero.
Falar sobre diversidade não pode ser só um exercício de perceber os
diferentes, de tolerar o “outro” . Antes de tolerar, respeitar e admitir a diferença, é
preciso explicar como essa diferença é produzida e quais são os jogos de poder
estabelecido por ela. Como nos alerta SILVA(2000), “a diversidade biológica pode
ser um produto da natureza, mas o mesmo não se pode dizer sobre a diversidade
cultural”, pois, de acordo com autor, a diversidade cultural não é um ponto de
origem, ela é em vez disso um processo conduzido pelas relações de poderes
constitutivos da sociedade que estabelece “outro” diferente do “eu” e “ eu” diferente
do “outro” como uma forma de exclusão e marginalização.
Os conceitos de gênero, raça e etnia ao serem trabalhados na sala de aula
em uma perspectiva da valorização da(s) identidade(s) dos múltiplos sujeitos que
convivem no mesmo espaço da escola devem ter um posicionamento político, a fim
de desconstruir os esteriótipos e os estigmas que foram atribuídos historicamente à
alguns grupos sociais ou pessoas.
A questão de gênero a ser trabalhado na sala de aula, deve começar pelo
entendimento de como esse conceito/gênero ganhou contornos. O conceito de
gênero surgiu entre as estudiosas feministas para se contrapor à ideia da essência,
recusando qualquer explicação pautada no determinismo biológico, que pudessem
explicitar comportamento de homens e mulheres, empreendendo, dessa forma, uma
visão naturalista, universal e imutável do comportamento. Tal determinismo serviu
para justificar as desigualdades entre ambos, a partir de suas diferenças físicas.
De acordo com as autoras: Louro (1997) e Braga (2007), a expressão gênero
começou a ser utilizado justamente para marcar as diferenças entre homens e
mulheres, não são apenas de ordem física e biológica. Como não existe natureza
2
humana da cultura, para as autoras, a diferença sexual anatômica não pode mais
ser pensada isolada das construções sócio- culturais em que estão imersas.
Na educação escolar, trabalhar na perspectiva da diversidade cultural
significa uma ação pedagógica que vai além do reconhecimento de que os alunos
sentados nas cadeiras de uma sala de aula são diferentes, por terem suas
características individuais e pertencentes a um grupo social, mas é preciso efetivar
uma pedagogia da valorização das diferenças. Entendemos que o primeiro passo
para isso é defender uma educação questionadora dos conceitos essencialistas e
tratá-los como categorias socialmente constituídas no decorrer dos discursos
históricos.
O conceito de gênero diz respeito ao conjunto das representações sociais e
culturais elaboradas a partir da diferença biológica dos sexos. Enquanto o sexo diz
respeito ao atributo anatômico, no conceito de gênero se toma o desenvolvimento
das noções de "masculino" e "feminino" como construção social.
Desta forma, torna se possível abandonar a explicação da natureza como a
responsável pela grande diferença que existe em relação ao comportamento e
lugares ocupados por homens e mulheres na sociedade. Mesmo com a grande
transformação dos costumes e valores que vem ocorrendo nas últimas décadas,
ainda perduram muitas discriminações, muitas vezes ocultas, relacionadas a gênero.
Atualmente, se demanda a inclusão da categoria de gênero assim com a de
etnia, na análise dos fenômenos sociais, com o fim de retirar a invisibilidade das
diferenças que existem entre os seres humanos e que, às vezes, ocultam
discriminações.
3. MARCO CONCEITUAL
3.1. FILOSOFIA DA INSTITUIÇÃO
Diante das exigências do mundo atual, em constante e rápida transformação,
é necessário que a escola prepare o aluno para contribuir na construção de uma
sociedade mais humana e solidária, para isso, é preciso uma educação que oriente
e conscientize o aluno de seus direitos e deveres. A escola e o professor deve
orientar o aluno como e onde ele poderá encontrar as informações de que necessita
e capacitá-lo à elaboração e a transformação delas em conhecimentos
Partindo desse contexto, as escolas precisam formar um novo perfil de aluno
2
a fim de prepará-los para novas exigências. O educador deve estar em contínua
formação, uma vez que o aprimoramento é indispensável, principalmente ao
construtor das novas gerações. A escola precisa oferecer aos alunos, um ensino
contextualizado, para torná-lo menos teórico e mais ligado à realidade. Só vale a
pena ensinar e aprender quando as informações são significativas.
“A educação é comunicação, diálogo, na medida em que não é transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação de significados” (Paulo Freire, 1983, pg.69).
Assim sendo temos como Missão e/ou objetivos do Colégio
"Oferecer educação básica e complementar de qualidade, humana e solidária,
possibilitando o ser vencedor”.(Construída no planejamento estratégico de 2003)
DETALHAMENTO DA MISSÃO E/OU OBJETIVO:
•Oferecer educação básica e complementar: a educação básica é dividida em
ensino fundamental de quinta à oitava série e ensino médio de primeira à terceira
série, cumprindo as normas legais. Ensino complementar são as atividades
extracurriculares desenvolvidas como: música informática, esportes, artes,
línguas estrangeiras.
•De qualidade: é o uso de boas metodologias para satisfazer às necessidades
dos alunos. Realizada com profissionais qualificados, comprometidos e em
constante capacitação.
•Humana: o aluno valorizado, tratado com respeito e carinho, sendo esse
tratamento extensivo para a família.
•Solidária: compartilhando dificuldades, problemas e também vitórias, criando
um clima de harmonia.
•Possibilitando o ser vencedor: Proporcionar ao aluno condições
sistematizadas para desenvolver competências e torna-lo profissional capacitado
para a vida.
Priorizando os seguintes valores:
Humanismo, Harmonia, Respeito,
3
Solidariedade, Esperança, Ética, Comprometimento, Fidelidade.
DETALHAMENTO DOS VALORES:
Humanismo: ser compreensivo, salientar a pessoa como centro de tudo, capaz de
criar e transformar.
Harmonia: cultivar um ambiente agradável, de ordem e de paz. Ter convivência
alegre e fraterna, estabelecer consenso.
Respeito: tratar as pessoas com valorização, honradez e dignidade. Verificar e
considerar o outro lado das questões.
Solidariedade: compartilhar interesses e responsabilidades.
Esperança: a expectativa de alcançar os objetivos na vida, acreditar nos sonhos.
Ética: ter boa conduta, ser transparente e coerente nas suas ações.
Comprometimento: assumir responsabilidade sobre algo ou alguém.
Fidelidade: ser leal, fiel a alguém ou a algum princípio.
A Missão, Valores e Filosofia da Escola, foi um projeto construído com
professores e funcionários efetivos no ano de 2003 com o auxílio do consultor Bruno
Erno Steckling patrocinado pela FRIMESA S.A. (Extraído do Planejamento
Estratégico do Colégio – 2003).
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A educação passa de geração a geração por meio do conhecimento e cultura
historicamente acumulados sempre de forma diferente dependendo do momento
histórico e das necessidades, permitindo o acesso ao saber sistematizados com a
produção de bens necessários a satisfação das necessidades humanas. Não se dá
de forma isolada da sociedade é mediada por relações socio-histórica de acordo
com sua realidade.
É um soa principais bens da humanidade, é a forma como a sociedade
prepara o homem para viver nela mesma. Pretende-se que a educação seja
mediadora em relação à emancipação superando a alienação e minimizando os
prejuízos e/ou consequências da sociedade dividida em classe.
CONCEPÇÃO DE HOMEM
3
A pessoa é autora e criadora da história e da cultura, um ser naturalmente
pedagógico, histórico, incompleto e inacabado, que se faz humana na relação com o
mundo histórico-social e na convivência com as demais pessoas.
É um ser inacabado, que ao tomar conta do seu inacabamento busca, através
da educação, realizar mais plenamente sua pessoalidade, vai adaptando o meio às
suas necessidades, transformando-o e transformando-se constantemente de
diferentes formas de acordo com o grau de desenvolvimento cognitivo e do contexto
histórico.
A partir desta visão torna-se tarefa primordial da Educação levar o ser
humano a se aperfeiçoar, garantindo a sua sobrevivência através do trabalho que é
a sua marca, sua condição existencial.
CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E CULTURA
A sociedade é capitalista e sua base está fundada no trabalho, a forma como se
organiza depende das relações sociais de produção e está radicada na sociedade
de classe, na exploração, na dominação, competição e concorrência. A sociedade é
capitalista e sua base está fundada no trabalho, a forma como se organiza depende
das relações sociais de produção e está radicada na sociedade de classe, na
exploração, na dominação, competição e concorrência.
Somos uma Nação cunstituída de diferentes matrizes étnica e culturais,
onde índios, cablocos, e negros tem sobrevivido com muitas dificuldades à
diferentes etnocídios e múltiplas formas de invisibilidade social, ainda assim
permanecem reafirmando suas identidades étnicas. Assim, em uma mesma sala de
aula estão reunidos educandos de gêneros e religiosidades diferentes,
pertencimentos étnicos, culturais, trajetórias de vida, saberes acumulados, fazeres,
especialidades vividas, temporalidades, concepções e etc. Essas diversidades de
sujeitos implica práticas pedagógicas que, evidentemente, não podem ser as
mesmas para todos, isso porque, alguns conseguem aprender conforme os ditames
dos padrões didáticos hegemônicos, mas outros precisam de suportes diferenciados
porque também existem diferenças cognitivas.
3
Partindo destes princípios, o que se concebe atualmente é uma sociedade
inclusiva, humana, transformadora, que contribui no processo de organização
coletiva do trabalho na perspectiva da formação humana como um todo, onde se
pode ter o diálogo como instrumento de comunicação na produção coletiva de
ideias e na busca de soluções de problemas
História, Sociedade e Cultura, são criadas e transformadas pelas pessoas,
educadas para suprimirem a consciência ingênua e formarem a consciência.
CONCEPÇÃO DE GESTÃO
Segundo Libâneo,(2001) gestão é o conjunto de todas as atividades de
coordenação e de acompanhamento do trabalho das pessoas, envolvendo o
cumprimento das atribuições de cada membro da equipe, a realização do trabalho
em equipe, a manutenção do clima do trabalho e avaliação do desempenho.
A gestão democrática pode ser considerada como meio pelo qual todos os
segmentos que compõe o processo educativo participam da definição dos rumos
que a escola deve imprimir a educação de maneira a efetivar suas decisões num
processo contínuo de avaliação de suas ações. Assim, a gestão democrática da
educação.
“ trabalha como atores sociais e suas relações com o ambiente, com sujeitos da construção da história humana, gerando participação, corresponsabilidade e compromisso”. (BORDIGNON; GRACINSO, 2001, P.12).
FORMAÇÃO CONTINUADA
O professor deve dominar o conteúdo e planejar suas práticas educativas,
baseadas principalmente em momentos de muito diálogo e partindo do que o aluno
já tem dentro de si, para algo mais complexo. É fundamental a reflexão crítica sobre
sua prática docente. É pensando criticamente a prática de hoje, ou de ontem, que se
pode melhorar a de amanhã.
Ensinar exige disponibilidade para o diálogo. “Diálogo é o encontro amoroso
3
dos homens que, mediatizados pelo mundo, o pronunciam, isto é, o transformam e, transformando-o humanizam para a humanização de todos. ( Freire, 1983, pg.43).
CONCEPÇÃO DO ENSINO-APRENDIZAGEM
Por muito tempo a pedagogia focou o processo de ensino no professor,
supondo que, como decorrência estaria valorizando o conhecimento neste processo.
O ensino ganhou autonomia em relação à aprendizagem, criou seus próprios
métodos e os processos de aprendizagem ficaram relegados a segundo plano.
Atualmente , entretanto, sabe – se que é necessário ressignificar a unidade entre
aprendizagem e ensino, uma vez que, em última instância, sem aprendizagem o
ensino não se realiza. A aprendizagem, é condicionada, de um lado, pelas
possibilidades do aluno que englobam tanto os níveis de organização do
pensamento como os conhecimentos e experiências prévias, e por outro lado, pela
interação com outros agentes.
Ensinar é formar Cidadãos capazes de construir conhecimentos, atitudes e
valores que os tornem solidários, críticos, éticos e participativos. Segundo Paulo
Freire (1996), “Não existe ensinar sem aprender, quem ensina aprende ao ensinar e
quem aprende ensina ao aprender”.
CONCEPÇÃO DE ESCOLA
Escola é um espaço de trabalho, de produção de aprendizagens, de relações
sociais e de formação de pessoas. Vista dessa forma, esse espaço tem que gerar
ideias, sentimentos, movimentos no sentido de buscar o conhecimento, despertando
interesse em aprender e em ensinar, sendo alegre, aprazível e confortável, tem que
ser pedagógico, pois é nesse espaço que os alunos aprendem lições úteis à sua
vida em sociedade.
Como prática social, a escola deve contribuir na construção de um Brasil
como um país de todos, com igualdade, humanidade e justiça. Nesse sentido, a
3
educação tem como espaço privilegiado a escola, entendida como espaço de
garantia de direito.
“Círculo de cultura é o espaço e a forma para a aprendizagem”. FREIRE( 1993).
CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
Conhecimento é o ato de abstrair ideia, quando nos referimos a uma
acumulação de teorias, ideias e conceitos, o conhecimento surge como um produto
resultante dessas aprendizagens, mas como todo produto é indissociável de um
processo, podemos então olhar o conhecimento como uma atividade intelectual
através da qual é feita a apreensão de algo exterior à pessoa. Busca por leis e
sistemas, no intuito de explicar de modo racional aquilo que se está observando.
Não se contenta com explicações sem provas concretas; seus alicerces estão na
metodologia e na racionalidade. Análises são fundamentais no processo de
construção e síntese que o permeia, isso, aliado às suas demais características, faz
do conhecimento científico quase uma antítese do popular.
O conhecimento torna-se não somente uma aquisição individual, mas uma
das possibilidades de desenvolvimento da pessoa que terá reflexos na vida em
sociedade.
CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
Os estudos culturais permitem conceber o currículo como um campo de luta
em torno da significação e da identidade da escola. O currículo é um campo em que
se tenta impor tanto a definição particular de cultura de um dado grupo quanto o
conteúdo dessa cultura. O currículo é um território em que se travam ferozes
competições em torno dos significados.
O Currículo presente na escola e na teoria pedagógica mostram que os
currículos não são conteúdos prontos simplesmente a ser passados aos alunos, são
uma construção e seleção de conhecimentos e práticas produzidas em contextos
concretos. Conhecimentos estes expostos a novas dinâmicas e reinterpretados em
cada contexto histórico.
Um currículo que se pretende democrático deve visar a humanização de
3
todos a ser desenhado a partir do que não está acessível às pessoas.
CONCEPÇÃO DE MUNDO A educação passa de geração à geração por meio do conhecimento e cultura
historicamente acumulados sempre de forma diferente dependendo do momento
histórico e das necessidades, permitindo o acesso ao saber sistematizado com a
produção de bens necessários à satisfação das necessidades humanas. Não se dá
de forma isolada da sociedade é medida por relações sócios-históricas de acordo
com sua realidade.
È um dos principais bens da humanidade , é a forma com que a sociedade
prepara o homem para viver nela mesma. Pretende-se que a educação seja
mediadora em relação à emancipação superação a alienação e a própria divisão da
sociedade em classes.
O mundo enquanto uma dimensão histórico-cultural e, portanto inacabado,
interage em uma relação permanente com o ser humano, igualmente inacabado,
que transformando o mundo, sobre os efeitos de sua própria transformação, e esta
se dá pelo pluralismo cultural, ético e religioso.
As tecnologias da informação já fazem parte do cotidiano de nossos alunos,
propiciando-lhes, conhecimento, entretenimento e educação. O uso das nossas
tecnologias permite aos educadores adotarem atitudes não diretivas, aumentando as
capacidades criativas dos alunos, tendo em vista que estes passam a caminhar de
acordo coma capacidade de assimilação, escolhendo situações de aprendizagem
não delimitadas pelo educador.
O ritmo das mudanças científicas, tecnológicas, culturais, sociais, políticas e
econômicas é vertiginoso, pois essas mudanças são constantemente produzidas,
experimentadas e disseminada em nível mundial e que rapidamente se tornam
superadas, tornam-se efêmeras em consequência de novas descobertas, quase que
a cada instante.
É praticamente imensurável o volume de informações disponíveis em cada
área de conhecimento. E isto faz com que nenhum profissional consiga, ao contrário
de antigamente, ter o domínio e o controle de todas as informações relevantes
geradas em sua área de atuação, por mais capacitado que seja esse profissional,
portanto, já não é mais possível nem útil formar um profissional a partir da
3
transmissão e retenção das informações mais importantes de cada área.
Pela própria concepção do mundo, pertencemos sempre a um determinado
grupo, precisamente o de todos os elemento sociais que compartilham um mesmo
modo de pensar e de agir, nem por isso podemos nos conformar e aceitar isso como
verdades absolutas e imutáveis. Criticar a própria concepção de mundo significa
torná-la coerente, ao mesmo tempo ter consciência que uma ciência mais moderna
e progressista trará ao homem possibilidades de conquistas através da socialização
do saber.
CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
Entende- se tecnologia como sendo o resultado da fusão entre ciência e
técnica. O conceito de tecnologia educacional pode ser enunciado como o conjunto
de procedimentos (técnicas) que visam "facilitar" os processos de aprendizagem
com a utilização de meios (instrumentais, simbólicos ou organizadores) e suas
consequentes transformações culturais. O uso de tecnologia em educação não é
recente. A educação sistematizada desde o início utiliza diversas tecnologias
educacionais, de acordo com cada época histórica. A tecnologia do giz e da lousa,
por exemplo, é utilizada até hoje pela maioria das escolas. Da mesma forma, a
tecnologia do livro didático ainda persiste em plena era da informação e do
conhecimento. Na verdade, um dos grandes desafios contemporâneos, consiste em
adaptar a educação à tecnologia moderna e aos atuais meios eletrônicos de
comunicação. A inserção de recursos tecnológicos computadorizados na escola
através de Políticas Públicas Federais, Estaduais e até Municipais, permite que
professores, alunos e demais sujeitos das escolas públicas tenham acesso, a esta
tecnologia. Mas este repasse não garante a utilização em sala de aula pelo
professor, dos recursos disponibilizados. “A formação e a atuação de professores
para uso da informática em educação é um processo de inter- relação do domínio
dos recursos tecnológicos com a ação pedagógica e com os conhecimentos teóricos
necessários para refletir, compreender e transformar esta ação” (ALMEIDA,1997,pg
72 ). Concorda-se com esta posição, por acreditar que a formação do professor para
uso pedagógico do computador deve ocorrer na ação, munidos de referencial teórico
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que suporte uma reflexão crítica desta ação para desenvolver a transformação.
“Para assumir essa perspectiva em que a prática pedagógica com uso das novas tecnologias é concebida como um processo de reflexão-ação, o professor precisa ser capacitado para dominar os recursos tecnológicos, elaborar atividades de aplicação desses recursos escolhendo os mais adequados recursos aos objetivos pedagógicos, analisar os fundamentos dessa prática e as respectivas consequências produzidas em seus alunos”. (ALMEIDA & ALMEIDA, 1999. p. 74).
CONCEPÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO
O tempo se revela acima de tudo na natureza e nos movimentos que lhe
correspondem na vida do homem, com seus costumes, sua atividade, seu trabalho,
são marcas visíveis da atividade criadora do homem, as marcas impressas por sua
mão e por seu espírito.
O tempo e o espaço atuam com auxiliares na compreensão dos conceitos
específicos, precisam fazer parte das preocupações dos professores, são
construídos ao longo da história dos grupos humanos, com base nas relações dos
homens com o mundo físico e social em que vivem, eles estão em constantes
transformação.
Nesta concepção tempo e espaço, o processo ensino e aprendizagem
objetiva mudar o fazer pedagógico da escola na perspectiva do desenvolvimento de
um conjunto de ações que tornam o currículo escolar dinâmico, interessante, tendo
a Educação como elemento fomentador de um cotidiano escolar contextualizado
socialmente, vivo e atraente, desenvolvendo uma proposta pedagógica que
consubstancie um fazer educativo crítico, dinâmico e prazeroso, capaz de
desenvolver aprendizagens significativas, tendo o educando como ator principal,
cuja vivência cidadã concreta fortalece o protagonismo infanto-juvenil.
CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
De acordo com Boff (2000, p. 51 ),”cidadania é um processo Histórico-cultural
que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização de
elaboração de um projeto e de práticas de deixar de ser massa e de passar a ser
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povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino”.
A cidadania é um direito de todos que tem condições de alterar profundamente
as formas de trabalho e de atuação na sociedade, por isso torna-se necessário que
a escola promova a formação de pessoas versáteis, capazes de compreender o
processo de trabalho com um todo, dotado de autonomia e iniciativas para resolver
os problemas em equipe de modo democrático.
A cidadania traz também como um dos princípios básicos para a avida em
sociedade que a escola deverá trabalhar, a solidariedade existente entre todos os
cidadãos e a compreensão de todos que necessitam um dos outros para viver bem.
Portanto, parte do pressuposto de que o ser humano jovem ou adulto, ao ser
inserido numa realidade histórico social deve adquirir conhecimento que venham
corresponder às necessidades históricas do momento, ou seja as condições para se
inserir ideias de cidadania e democracia tão necessários atualmente para uma
nação soberana. Mas é necessário também para que a cidadania seja exercida, que
aja uma transformações nas relações sociais, tanto na dimensão econômica, quanto
política e cultural. Coisa que nós seres humanos podemos construir com uma
sociedade menos injusta, menos corrupta do que a vivida atualmente.
O grande desafio histórico, portanto, é fazer com que a escola dê condições
aos alunos de se tornarem cidadãos conscientes(sujeito de direitos), organizados e
participativos do processo de construção político social e cultural. Sabe-se portanto,
que para que isso ocorra é necessário que haja a conscientização de todos os
envolvidos na prática educacional no que se refere as diferente concepções que
norteiam o trabalho pedagógico.
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação é pela escola entendida como um dos aspectos do ensino pelo
qual o professor interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho,
com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos
alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir- lhes valor, assim como
consta na Seção 10 do Regimento Escolar.
A avaliação, hoje, ainda é um desafio tanto para educadores como para os
alunos e as instituições. Todos têm consciência que avaliar é indispensável em toda
atividade humana e, portanto, em qualquer proposta de educação.
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A transcrição de um fragmento do livro “Reprovação Escolar: Renúncia à Educação”,
de Vitor Henrique Paro, (2001)expressa muito bem isto:
“[...] é perceber que não basta passar de ano, é preciso aprender de fato, porque se apropriar do saber é algo desejável para os desprivilegiados. Mas aprender de fato não serve a escola como está aí. Por isso, é preciso organizá-la em nossas bases, a partir de nova visão de ensino e novos paradigmas, ou seja, é preciso uma nova escola estruturada não no “credencialismo” (estudar para passar), mas no aprendizado...”. ( Paro, 2001. p. 167).
A participação com o diálogo e o bom senso permeia as atividades dos
professores durante o ano letivo como forma de avaliação total do aluno. O trabalho
em sala de aula é baseado na realidade de vida da comunidade, partindo do
específico para o geral para melhorar a forma de entendimento e apropriação do
saber.
A partir de 2007 trabalhamos com o sistema trimestral de notas e está sendo
bem aceito pelos alunos, professores e comunidades em geral, a recuperação, é
paralela, ou seja, acontece logo após a constatação do não aprendizado do aluno.
A avaliação deve subsidiar o trabalho do professor num contínuo processo de
integração do aluno com a aprendizagem a ser adquirida. Uma das funções da
avaliação é potencialmente o diagnóstico, para detectar as dificuldades pertinentes
da aprendizagem e assim poder saná-las.
Nesse sentido, busca-se, superar a construção de avaliação como mero
instrumento de medição da apreensão de conteúdos, subsidiando discussões acerca
das dificuldades e avanços dos alunos a partir de suas produções.
A avaliação deste colégio é uma ação contínua, cumulativa e processual do
processo educativo. Ela reorienta as ações que compõem o trabalho pedagógico.
Este estabelecimento de ensino, ao propor essa forma de avaliação ,utiliza-se de
instrumentos diversificados, como: Avaliações escritas e orais, trabalhos de
pesquisas, apresentações e exposições de trabalhos, seminários, relatórios e
produções textuais, visando:
•Verificar se os objetivos propostos estão sendo atingidos;
•Identificar as causas que dificultam e/ou interferem no crescimento intelectual e
afetivo do aluno;
•Indicar aspectos / habilidades, atos e atitudes que podem contribuir para melhorar o
desenvolvimento do aluno como pessoa e como estudante;
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•Sinalizar melhor o caminho a ser percorrido.
Segundo LUCKESI (1996), a avaliação é um julgamento sobre uma
realidade concreta ou sobre uma prática, à luz de critérios claros, estabelecidos
prévia ou concomitantemente, para a tomada de decisão.
Esta forma de avaliar não visa à avaliação pelo prisma da promoção, mas da
aprendizagem significativa, decorrente dos objetivos propostos e da identificação
das causas que dificultam e/ou interferem no processo de aquisição e construção
dos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade. A partir dessa
concepção, a avaliação do processo ensino-aprendizagem define-se como
trimestral, e a fórmula para calcular a média é percentual e/ou somatória e
cumulativa:
MT = Somatória das notas do aluno X 100 = Média do aluno
Soma das notas do Professor
E a média anual é calculada da seguinte forma:
MA = 1º Trim + 2º Trim + 3º Trim = 6,0 ou superior
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Será considerado aprovado, automaticamente, o aluno que, com frequência
igual ou superior a 75% do total da carga horária, obtiver média anual igual ou
superior a 6,0 (seis vírgula zero).
Ao final do ano letivo, há que se compreender que, mesmo o aluno não tendo
atingido a média 6,0 (seis vírgula zero), há a necessidade de o Conselho de Classe,
na perspectiva de crescimento intelectual do aluno, apropriação de conhecimentos
obtida por ele e aprendizagem significativa, analisar, criteriosamente, a possibilidade
real de o mesmo ser promovido para a série seguinte. Isto deve ser feito
amparando-se nos objetivos propostos antecipadamente e nos conteúdos essenciais
previstos no Currículo. A produção humana transmitida na forma de saber escolar
deve superar a imediaticidade do ser humano e compreender a realidade humana
do trabalho e do conhecimento numa perspectiva mais ampla.
Nos dias de hoje a avaliação da aprendizagem não é algo meramente
técnico. Envolve auto-estima, respeito a vivência e cultura própria do indivíduo,
filosofia de vida, sentimentos e posicionamento político.
4. RECUPERAÇÃO PARALELA
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A recuperação será paralela e terá como objetivo proporcionar aos alunos que
demonstrarem rendimento insuficiente a oportunidade de melhoria de
aproveitamento, com tudo devidamente registrado no Livro de Registro do
Professor .
•Os estudos de recuperação serão planejados e aplicados em função das
necessidades individuais, considerando os diversos ritmos e deficiências de
aprendizagens e serão realizados no decorrer do trimestre.
•A recuperação de estudos será proporcionada concomitante ao período letivo, isto
é, dentro da carga horária mínima de 800 (oitocentas) horas, distribuídas por um
mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar, conforme Art. 1º e Art. 12
da Del. Nº. 007/99 – CEE.
•Todo aluno que atingir a média ou mais, têm direito de realizar a prova de
recuperação com objetivo de elevar sua média.
•É de responsabilidade do professor convocar o aluno para realização da
recuperação. (Lei 7.102/79 direito a segunda chamada- anexo da instrução 07/10)
•O aluno que não comparecer em dias de provas, já fixada, somente poderá realizá-
las mediante Atestado Médico e/ou justificativa assinada pelos pais ou responsáveis.
•No caso de a média, após recuperação, ser inferior a obtida, será mantida a maior
nota.
•O Colégio não oferecerá período para provas finais e/ou recuperação após o
encerramento do período letivo, isto é, após os 200 dias letivos.
•O professor fará revisão de conteúdos sempre que se fizer necessário.
•O aluno que ao atingir a média no final dos três (03) trimestres, ou seja, os 180
(cento e oitenta) pontos, terá direito e dever de realizar provas de recuperação,
mesmo tendo tirado média 6,0 (seis) no terceiro trimestre;
•Dentro dos 200 dos duzentos dias letivos, caso o aluno não atinja a média anual,
ele terá direito a aula e a recuperação;
•Será considerado aprovado o aluno que, após apuração dos resultados finais de
aproveitamento e frequência (75%) obtiver média 6,0 (seis) ou mais;
•Para cálculo da média anual usasse a fórmula aritmética;
MA = 1º T + 2º T + 3º T = 6,0 ou superior.
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OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Os objetivos do colégio com relação ao Ensino Fundamental e Médio que
traduzem os objetivos expressos na LDB e Diretrizes Curriculares da Educação
Básica do Paraná são:
- enfatizar os valores morais, éticos, humanos para uma vivência social mais
equilibrada;
- resgatar a identidade do aluno;
- praticar a solidariedade;
- agir em favor do coletivo, não privilegiando o individual;
- ouvir opiniões, partilhar experiências e estar sempre aberto a mudanças;
- tratar o aluno numa relação afetiva, considerando que o homem é feliz no
equilíbrio da razão e da emoção. O aspecto emocional deve estar fundamentado
no princípio de compreensão de que todos os seres racionais são, por natureza, as
suas necessidades de auto afirmação, ao seu desejo de ser feliz.
Procura-se selecionar saberes que sejam úteis para a vida real dos alunos,
que contribuam para sua relação e vivência na comunidade, na sociedade, bem
como sua função para o mundo contemporâneo. Para que a aprendizagem ocorra
deve ser significativa, o que exige que seja vista como compreensão de significados,
relacionando às experiências anteriores e vivências pessoais dos alunos, permitindo
a formulação de problemas de alguns modos desafiantes que incentivem a aprender
mais, o estabelecimento de diferentes tipos de relações entre fatos, objetos,
acontecimentos contribuindo para a utilização do que é aprendido em diferentes
situações. Em resumo, que os conhecimentos escolares contribuam para a
formação do cidadão e que se incorporem como ferramentas, como recursos aos
quais os alunos recorram para resolver com êxito, diferentes tipos de problemas,
que se apresentam a eles nas mais variadas situações, e não apenas num
determinado momento de uma aula.
INTERDISCIPLINARIDADE E CONTEXTUALIZAÇÃO
Os conhecimentos que devem ser privilegiados na escola são divididos por
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disciplina, mas para que o conhecimento se transforme é preciso integrar as
disciplinas num conhecimento não fragmentado e sim integrado, inter-relacionado e
dinâmico.
Para desenvolvermos nos alunos a compreensão do mundo físico e social, tal
como determina a LDB, precisamos fazer acontecer a interdisciplinaridade, a trans-
disciplinaridade e a multidisciplinaridade.
O trabalho interdisciplinar implica em atividades de aprendizagem que
favoreçam a vivência de situações reais ou simulem problemas e contextos da vida
real que para serem enfrentados, necessitam de determinados conhecimentos, ou
seja, contextualizando. É inesgotável a quantidade de contextos que podem ser
utilizados para ajudar os alunos a dar significado ao conhecimento, pois quanto mais
próximos estiver o conhecimento escolar e os contextos presentes na vida pessoal
do aluno e no mundo no qual ele transita, mais o conhecimento terá significado.
O livro didático é utilizado como um suporte para as aulas. Sua escolha, é
realizada pelos professores em conjunto, objetivando oferecer um conhecer ao
aluno um conhecimento real e duradouro. Ao escolher o livro, os professores levam
em consideração os textos e assuntos enfocados, fazendo uma leitura crítica dos
mesmos e analisando criticamente os manuais que servem de orientação na escolha
do livro didático.
5. MARCO OPERACIONAL
AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS – PLANOS DE AÇÃO
O colégio realiza diversas atividades durante o ano letivo que proporcionam o
envolvimento do aluno e comunidade, com o objetivo de ampliar e enriquecer a
visão de mundo do aluno, criar novos hábitos, novas atitudes e principalmente uma
nova cultura, valorizando a expressão comunicativa, a honestidade, a seriedade e a
solidariedade.
A implantação da Sala de Apoio foi um grande recurso conquistado, pois veio
para auxiliar as crianças que apresentam dificuldades na aprendizagem.
Recebemos a Biblioteca do Professor que veio contribuir na formação
continuada dos professores e comunidade escolar, incentivando-os a novas leituras,
oportunizando maiores conhecimentos em todas as áreas, proporcionando formação
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geral e intelectual dos mesmos.
Para que tudo isto aconteça de forma harmoniosa, contamos com outros
ambientes em nosso espaço escolar como:
- biblioteca, onde os alunos fazem trabalhos de pesquisas, estudos e leituras
diversas;
- Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas, no qual são realizadas aulas práticas
e experiências de professores e alunos;
- Laboratório de Informática onde possui 20 computadores para pesquisas na
internet, digitação de trabalhos e aulas elaboradas pelos professores;
- TV Paulo Freire estará disponibilizada na sala dos professores, para que estes, em
hora atividade ou conforme disponibilidade, possa ter acesso a esta fonte de
informação e com isso, dividir os conhecimentos com seus alunos;
- Sala Ambiente localizada ao ar livre e portanto sendo muito utilizada,
principalmente no período de calor, pois os alunos sentem-se mais à vontade;
- Quadra de esportes que é usado para aulas práticas de Educação Física, porém
quando chove estas aulas são ministradas no saguão pois a quadra não possui
cobertura.
Preocupados com a qualidade de aprendizagem e tendo consciência de que
esta não acontece somente só no âmbito de uma sala de aula, oportunizamos aos
alunos visitas que venham a colaborar na aprendizagem dos conteúdos que são
estudados em sala de aula. Estas visitas incluem: laboratórios de Biologia, Itaipu
Binacional, Ecomuseu, parques, órgãos públicos e privados da cidade e região e
outros que atendam aos interesses dos alunos de acordo com o planejamento do
professor em consonância com o conteúdo.
Como atividade cultural já habitual, em junho é realizada a Festa Junina, com
danças da quadrilha pelos alunos e professores, decoração alusiva e preparação de
quitutes da época, com a participação de todos os segmentos da comunidade
escolar como: APMF, Grêmio Estudantil, pais, alunos, professores e todos os
demais funcionários da escola.
Durante a Semana da Pátria, as horas cívicas acontecem diariamente com o
hasteamento e arriamento da bandeira nos horários indicados. Participamos deste
mesmo momento em frente à Prefeitura Municipal como cidadãos que veneram o
país onde moram. Todas estas atividades culminam com o Desfile Cívico em 07 de
setembro.
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No mês de outubro acontece a Semana Desportiva e Cultural do Colégio, com
a escolha da Garota dos Jogos, apresentações artísticas e a realização de
competições esportivas de diversas modalidades, com entrega de medalhas às
equipes vencedoras. Ao longo do ano a escola também participa de várias fases de
Jogos Escolares do Paraná já tendo conquistado importantes lugares.
Contamos com cinco turmas de CELEM – Espanhol - e uma turma de
aprimoramento que auxilia nossos alunos e comunidade escolar em sua formação. É
um curso de extrema importância nesta região de fronteira, onde uma segunda
língua faz a diferença.
Desde que surgiu a Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP)
nossa instituição participa com todos os alunos e sedia a segunda fase deste
processo. Participamos também das olimpíadas de Química com as 8ª séries e
Ensino Médio.
Os professores de Geografia incentivam a participação dos alunos na
Olimpíada de Astronomia e Astronáutica sempre com grande êxito, inclusive
sediando a prova a nível regional e sempre se destacando pelo bom desempenho
de nossos alunos que recebem medalhas e certificados.
O Projeto Agrinho também faz parte de nossas atividades desde o início. São
temas pertinentes ao conteúdo trabalhado nas turmas em prol da construção da
cidadania. Nas 7ª séries especificamente desenvolvemos o projeto de Educação
Sexual.
Há uma preocupação intensa no que refere a valorização da igualdade de
direitos. Assim, são desenvolvidas atividades que valorizem a condição do homem
do campo e também temas que envolvem as relações étnico-raciais, a cultura afro-
brasileira e africana. Em 20 de novembro, dia da Consciência Negra acontece a
culminância de atividades múltiplas relacionadas ao tema.
Em todos os concursos, seminários e palestras que os clubes de serviço e
outras instituições promovem na cidade ou região, a escola com os professores e
alunos procuram participar como forma de desenvolver e favorecer um
desenvolvimento integral e a procura de sua verdadeira vocação.
O ENEM tem atingido a participação da grande maioria dos alunos do
Ensino Médio que tem se mantido com média acima da nacional.
Com os pais são realizadas assembleias e reuniões por turma para conversas
pertinentes ao momento.
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PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO 2009/2010.
Este plano de ação justificasse pela necessidade que temos de estarmos
organizados em nosso trabalho, possibilitando assim uma visão geral da caminhada
que a escola propõe a desenvolver junto aos professores alunos e comunidade.
Desta forma, também podemos perceber as lacunas que poderão ser
acrescidas e/ou enriquecidas no desenrolar das ações previstas, bem como, avaliar
e reformular para uma próxima etapa.
OBJETIVOS:
*Propiciar uma visão ampla das atividades a serem desenvolvidas em 2009/2010;
*Oportunizar aos alunos a construção do conhecimento através da diversidade
cultural,por meio das viagens de estudo e projetos desenvolvidos;
*Valorizar a convivência humana despertando para a solidariedade, amizade e a
ética;
*Dar continuidade aos trabalhos referentes aos princípios e valores adotados pela
escola;
PROCEDIMENTOS PEDAGÓGICOS:
•Formação Continuada no início e meio do ano letivo;
•Desenvolvimento dos Projetos do PDE – Programa de Desenvolvimento
Educacional;
•Reuniões Pedagógicas; responsáveis: Direção e Equipe Pedagógica
• Participação nos de Grupos de Estudos oferecidos pela SEED:
•Palestras diversas: Responsáveis- Direção, Equipe e Professores
•Reuniões com alunos, pais, professores e funcionários;
•Apoio pedagógico aos professores, alunos e pais;
•Viagens Educativas;
•Visitas Pedagógicas a Empresas do Município e região, assim como locais
turísticos do município e do Estado do Paraná.
•Semana da Alimentação – 04 à 08/04/11 – Responsáveis: Equipe Pedagógica e
Professores, Cleonir, Mariliza, Isolde, Marlene, Lucia W.
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•Semana do Meio Ambiente – junho: Responsáveis – Equipe Pedagógica e
Professores;
•Setembro: Semana da Pátria/hora Cívica/Desfile Cívico, Aniversário do Colégio e
Mostra de Trabalhos
• Gincana Estudantil - Dezembro – Responsáveis: Equipe Pedagógica - Neiva,
Silvia, Aparecida, Rosane C., Professores -Lucia W.. Nilva, Angela H. , Mariane,
Liamara, Rodrigo, Marilda.
•- Festa Junina - Junho/09 – Todos os professores e funcionários da escola, APMF
•- Projeto Adolescência e Saúde – Decorrer do ano letivo – Prof.ª Cleonir
•- Projeto Agrinho - Agosto a setembro – Profº Regentes de turma do Ensino-
Fundamental
•- Projeto Letra a Letra – Sicredi - Agosto a Novembro – Professora de Português/
de 5 ª Série.
•- Jogos Escolares – JIMACS – outubro – Professores de Educação Física
•Semana da Consciência Negra – novembro – Prof.-da Equipe Multidisciplinar
•- Projeto FERA/COM CIÊNCIA – Abril – Prof. De Ciências e Arte do Ensino-
Fundamental e Médio
•- Projeto “Apreciando as Belezas do Paraná – Viagem em Outubro - Professores
de História e Geografia.
•- Visita ao Laboratório de Anatomia (UNIOESTE – FAG e UNIGUAÇU) - Decorrer
do ano letivo – Prof. De Ciências/Biologia/Química/Física.
•- Visita ao Recanto Parque Iguaçu – Decorrer do Ano letivo – Prof. De Ciências ,
Sociologia e Filosofia.
•- Visitas às Cataratas e Puerto Iguassu – setembro – Professoras do CELEM
•- Projeto Química Experimental – decorrer do ano letivo - Prof. Cleonir e a
Laboratorialista Marilene.
•Olimpíada de Química – Maio – Prof. De Química
•Olimpíada de Química Junior – Agosto – Prof. De Ciências da 8ª Série
FUNCIONÁRIOS
Os funcionários dividem-se em:
−Agente Educacional II – função exercida por profissionais que atuam nas áreas da
secretaria, biblioteca, mecanografia, laboratório de Informática e no laboratório de
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Química, Física e Biologia do estabelecimento de ensino.
−Agente Educacional I – função exercida por profissionais que atuam nos serviços
de conservação, limpeza, manutenção, preservação, segurança e alimentação no
estabelecimento de ensino.
−O papel do funcionário na escola é executar as tarefas pertinentes à sua função
agindo como educador e auxiliando o aluno em suas necessidades. Cabe ao
funcionário orientar o aluno a seguir o caminho da ética dentro e fora da sala de
aula, bem como na sociedade, mostrando as formas corretas de agir enquanto
alunos e cidadãos. Independente de sua função e formação, sempre devem visar o
bem estar do aluno, dos professores, equipe e comunidade escolar agindo em favor
do coletivo, ouvindo opiniões, partilhando experiências e estando abertos a
mudanças.
−Os funcionários participam de forma a apresentar melhorias no funcionamento
escolar referente aos alunos, pais, professores e à comunidade escolar como um
todo, sugerindo novas formas de trabalho, para que o fluxo de atividades ocorra
normalmente, atendendo todas as necessidades funcionais.
−O funcionário/educador atua como mediador entre o aluno/professor, aluno/equipe,
aluno/aluno e ainda aluno/comunidade. Realiza tarefas de acordo com a função
designada respeitando a opinião e os problemas individuais, permitindo igualdade
hierárquica, visando a ética profissional, servindo de exemplo para o educando no
comportamento e na ética, mostrando uma postura disciplinada .
Caminhamos para uma gestão democrática, baseada no diálogo e na
transferência, procurando consultar sempre que possível e necessário, professores,
funcionários, alunos e pais nas tomadas de decisões ou na busca de sugestões,
porém encontramos dificuldades na gestão quando não temos o quadro de
funcionários completos no início e no decorrer do ano letivo, tanto de professores
como de agentes educacionais para atender as reais necessidades do colégio,
trazendo problemas organizacionais e sobrecarregando os demais. A dificuldade de
gerir pessoas é grande, pois trabalhamos com diversidade de ideias, crenças,
culturas, e precisamos estar preparados para saber administrar cada situação.
5.1. INSTANCIAS COLEGIADAS
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GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil Oscar Niemayer tem sua diretoria eleita segundo votação
dos alunos em chapa previamente constituída, porém sua atuação não é muito
efetiva.
CONSELHO ESCOLAR
É constituído por pessoas da comunidade sendo seu presidente nato a
Direção da Escola. Sempre que necessário os membros se fazem presentes em
reuniões para decidir e opinar sobre assuntos pertinentes.
ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS – APMF
Esta instância é bastante atuante dentro da escola participando de todos os
eventos escolares assim como de atividades em que se necessita uma
representatividade. As reuniões são quinzenais e com bastante participação dos
membros que a compõe.
6. PROJETOS
A Escola participa dos Projetos desenvolvidos pela SEED como o FERA,
COM CIÊNCIA, VIVA ESCOLA E SEGUNDO TEMPO.
Participamos também do Projeto Agrinho e atuamos com ações comunitárias
de recolha do lixo ao longo do “Rio Bolinha e Rio Alegria”, nos rios que fazem parte
da nossa Bácia Hidrográfica; plantio de mudas de árvores para formar as matas
ciliares ao longo dos rios na região e em comunidades de nossos alunos, outras
atividades são desenvolvidas visando sensibilizar a comunidade escolar para uma
educação socioambiental como: Conferência Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente.
Extra classe, temos oficinas de Teatro, Coral, oficinas de Música em parceria com a
FUNDACEM e, na parte esportiva, incentivamos nossos alunos a participarem dos
O Projeto de separação do Lixo, consiste na sensibilização e
conscientização dos envolvidos para separação correta destes para reciclagem,
conta com lixeiras apropriadas espalhadas nas salas de aula e pátio.
Na Semana do Trânsito, sempre é realizado um trabalho em conjunto com
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os Centros de Formação de Condutores de Medianeira e DETRAN, visando uma
melhor educação para o trânsito. Também participamos de concursos promovidos
pelo Núcleo Regional de Educação/SEED, pela Comunidade e/ou Empresas com
temas pertinentes à educação e cidadania.
A valorização dos Profissionais da Educação do Estado do Paraná constitui
um dos princípios básicos estabelecidos por esta Secretaria de Estado da Educação.
Dentre as inúmeras ações desencadeadas para que esta valorização se efetive, são
ofertados eventos de formação continuada aos profissionais da educação,
considerando o contido na LDB 9394/96, em seus artigos 67, 80 e 87, bem como na
Lei Nacional nº 10172/2001 – Plano Nacional de Educação e Plano Estadual de
Educação. A Formação Continuada foi instituída pela Resolução 1467/04, onde
viabiliza a realização de eventos direcionados a todos do sistema público
educacional.
O Grupo de Estudos é uma modalidade de formação continuada
descentralizada, que além de oportunizar os Profissionais da Educação Básica,
oportuniza também a participação Escolas Conveniada e Comunidade Escolar.
Deixando registrado que nossa escola sedia o Grupo de Estudos aos sábados. Os
professores participam em grande número também do GTR (grupo de Estudo em
Rede),oportunizado a partir do PDE – Plano de Desenvolvimento da Educação,
sendo cursos de interesse dentro das mais diversas áreas, essa modalidade
também oportuniza que os profissionais estudem e realizem as atividades em suas
horas disponíveis.
O atendimento da formação continuada dos profissionais da educação se faz
na organização das Semanas Pedagógicas realizadas no colégio, sanando dúvidas
e sugerindo leituras e atividades para melhoria do trabalho em sala de aula,
divulgando e incentivando a participação em cursos e seminários oferecidos pela
SEED, NRE e Universidades.
6.1 TEMÁTICA AMBIENTAL NA ESCOLA
Ao observamos como a escola pública está incorporando a temática
ambiental, deparamo-nos com um discurso oficial presente nos documentos e
propostas curriculares e com o fazer pedagógico dos professores. A Educação
Ambiental é um dos Desafios educacionais contemporâneos e deve ser trabalhada
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de forma contínua, sistemática, abrangente e integrada em todas as áreas ou
disciplinas. Deve ser abordada de forma transversal e interdisciplinar. Pela natureza
interdisciplinar desenvolver projetos de Educação Ambiental, se constitui numa
postura pedagógica muito interessante. A Educação Ambiental é globalizadora e
articuladora, trazendo para a escola um universo de significações, que envolvem
questões presentes no cotidiano, na vida, nas relações entre a sociedade e a
natureza. Neste sentido o Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva; tem
participado em alguns projetos desenvolvidos em nosso município.
Por natureza, o ser humano é sensível à aprendizagem. Portanto, os
educadores podem formar pessoas capazes de utilizar seus impulsos criativos para
agir, a um só tempo, em benefício próprio e da coletividade. Preparar crianças e
jovens para o combate ao desperdício de energia por exemplo é contribuir para a
superação do individualismo, é favorecer o pleno exercício da cidadania.
Percebemos a falta de conhecimentos dos profissionais envolvidos o que nos leva a
reforçar a necessidade de uma formação continuada, envolvendo aspectos teóricos
e metodológicos da temática ambiental no ensino público.
6.2 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
1-Identificação da Equipe Multidisciplinar.
Composição:
•Rosane Reckziegel Fiebig – Pedagoga•Maria Célia de Medeiros- Egente educacional II•Sirlene Alexandra Toso de Medeiros – Representante das Instâncias Colegiadas•Maria das Graças Miranda – Professora da área de Humanas•Ângela Cristina Lermen Begnini – Professora da área Exatas•Lúcia Paulina Wickert- Professora da área de Biológicas.
2- Objetivos a serem alcançados
Promover à reflexão e discussão à implementação da Lei 10.639/03 e nº
11.645/08 que altera a Lei nº 9394/96 em seu Art. 26A. Conhecer as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro- brasileira e Africana e indígenas buscando
romper com as ideologias escravocratas, objetivando apontar caminhos para a
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valorização da história e cultura afro-brasileira, buscando romper com estereótipos e
possibilitar um processo educacional onde todos os alunos se reconheçam enquanto
parte integrante da sociedade, em direção a igualdade, a importância dos valores,
seus hábitos e sua cultura.
3- Justificativa das Ações a serem realizadas
A formação da Equipe Multidisciplinar no Colégio Estadual Marechal Arthur
da Costa e Silva no município de Medianeira-PR, se justifica pela Lei 10.639/03 e
Lei nº 11.645/08 e suas Relações e Deliberações, visto que todas estas legislações
buscam a visibilidade dos sujeitos historicamente discriminados pelas formas como
aconteceu a colonização no Brasil, deixando marcas negativas até nossos dias,
pela forma violenta como aconteceram os fatos. Os povos africanos foram
duramente escravizados, enquanto os povos indígenas foram expulsos e/ou em
algumas situações até extintos de seus territórios.
Devemos reconhecer a importância do questionamento destes fatos, criando
estratégias de superação frente às relações étnico-raciais que são baseadas em
preconceitos que desqualificam os negros e salientam a violação dos direitos
humanos com palavras e atitudes depreciativas, veladas ou explicitamente violentas,
que expressam sentimentos de superioridade em relação aos negros, próprios de
uma sociedade hierárquica e desigual. Caberá a nós docentes e todo colegiado,
desconstruir através de uma análise crítica, objetivando eliminar conceitos, ideias e
comportamentos raciais preconceituosos.
4- Ações a serem desenvolvidas
A equipe multidisciplinar é composta por profissionais de diversas áreas e
trabalham em prol de um objetivo único, não apenas na solução e prevenção de
problemas na escola como no traçado de ações para efetivar o trabalho
desenvolvido, buscando a concretização e superação da discriminação étnico-racial.
Nesta parceria todos são privilegiados, pois, o trabalho em conjunto amplia o
conhecimento e propicia novas aprendizagens. Vamos trabalhar com a educação
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como um contexto vivo, no qual cada indivíduo- alunos, pais, professores,– são
peças fundamentais.
* Promover diagnóstico Etnicorracial da escola ,
* promover e despertar em nossos alunados, a importância das trocas de
experiências e conhecimentos entre negros, brancos e índios para se constituir um
espaço democrático, onde possa proporcionar relações sociais sadias,
*estudar temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira e africana que não
se restringe à população negra, ao contrário, dizem respeito a todos os brasileiros,
uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes em uma sociedade
multicultural e pluri-étnica, capazes de construir uma nação justa;
*Analisar os instrumentos internos do Colégio como: PPP, PPC, PDT para
verificação e conhecimento de como estas temáticas estão inseridas nos mesmos;
*Analisar e orientar as possíveis situações de descriminações étnico-raciais;
*Conhecer os materiais didáticos utilizados pelo Colégio - Cadernos Temáticos
Desafios Educacionais Contemporâneos, acervo bibliográfico, vídeos e DVDs...
Necessidades formativas: conteúdos e conhecimentos que devem ser
elencados:
• Implementação das Leis N. 10.639/03 e 11.645/08;
• Reinos Africanos, e as organizações culturais, políticas e sociais;
• Tráfico negreiro e as consequências da Diáspora Africana;
• Quilombolas;
• Distribuição espacial da população afrodescendente no Brasil;
• A origem dos grupos étnicos que foram trazidos para o Brasil ( a rota da
escravidão);
• Localizar no mapa e pesquisar sobre a atualidade de alguns países (como vivem,
população, idioma, economia,cultura,)
• Estudo sobre as teorias antropológicas;
• Estudo das características biológicas (biótipo) dos diversos povos;
• Análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos.
• Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira e por cor,
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renda e escolaridade no país e no município
• Realizar com os alunos pesquisas de dados no município com relação à população
negra.;
• Levantamentos estatísticos, pesquisa quantitativa;
Avaliações das Ações realizadas
*Avaliação pela equipe das ações realizadas, será realizada de forma contínua,
mediante exercícios e apresentações em sala de aula;
*Avaliação do trabalho da equipe pela comunidade escolar, com apresentações de
murais, palestras, avaliação formativa dentro do PPP.
6.3 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
O colégio inclui o Estágio não obrigatório como atividade complementar,
opcional ao estudante com idade mínima de 16 anos, conforme Lei nº 11788/08.
O Estágio é um ato educativo escolar supervisionado, que visa a preparação
para o trabalho produtivo de educandos. O Estágio pode e deve permitir aos
estagiários que as ações desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para
a escola e vice-versa, relacionando-as aos conhecimentos universais necessários
para compreendê-las a partir das relações de trabalho.
O Estágio será acompanhado e comprovado via relatório das atividades. A
presença e o bom rendimento escolar será requisito para o desenvolvimento do
estágio.
Cabe ao pedagogo designado, acompanhar as práticas de estágio
desenvolvidas pelo aluno, ainda que não via presencial, para que este possa mediar
a natureza do estágio e as contribuições do aluno estagiário com o plano de trabalho
docente, de forma que os conhecimentos transmitidos sejam instrumentos para se
compreender de que forma tais relações se estabelecem histórica, econômica,
política, cultural e socialmente. É de sua responsabilidade também informar os
professores sobre os alunos estagiários e as atividades desenvolvidas, de modo que
estes possam contribuir para o desenvolvimento de sua prática.
O Plano de estágio não obrigatório está anexado ao contrato de estágio que
o aluno firma com a empresa, este se difere de uma empresa para outra.
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7. AVALIAÇÃO DO P.P.P.
A avaliação desse projeto, se dará na Capacitação pedagógica no início de
cada ano letivo, objetivando fazer as modificações necessárias de acordo com as
necessidades do momento.
8.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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com os professores. Coleção Informática para a mudança na Educação. Ministério
da Educação e do Desporto – MEC, 1999.
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FERREIRA, N. S. C.; AGUIAR, M. A. da S. (orgs.). Gestão da educação: impasses,
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ciclo do Ensino Fundamental. Revista Novas Tecnologias na Educação, CINTED,
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BRAGA, E. M. A questão do Gênero e da sexualidade na educação. In: RODRIGUES,
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EDUEM. 2007.
FREIRE, P. Professora sim, tia não. Cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Ed.
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______. Diálogos sobre a Educação. Vol. 1. 3 ED. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
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______. Pedagogia do Oprimido. 45ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4. ed. Goiânia:
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LOURO. Guacira. L. Gênero, sexualidade e educação. Petropóles: Vozes 1997.
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Indagações sobre Currículo. Governo do Estado do
Paraná. Brasília,2008.
NEVADO, R. A. et al. Nós no Mundo: objetos de aprendizagem voltado para o 1º
ciclo do Ensino Fundamental. Revista Novas Tecnologias na Educação, CINTED,
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UFRGS, v. 4, n. 1, jul. 2006.
PARO, V. H. Reprovação Escolar: renuncia à educação. São Paulo: Xamã, 2001.
Este documento foi homologado em 01/06/2011 – através do Parecer nº 112/2011
do NRE – Foz do Iguaçu
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