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JORNAL SANTUÁRIO DE APARECIDA • 24 DE NOVEMBRO DE 2013 SAÚDE sxc.hu 8 ciais. Dominá-la é um desafio que há tempos persegue a medicina. Os primeiros indícios datam de aproximadamente 7 mil anos a.C. Em vários povos antigos, observam-se espécies de aberturas cirúr- gicas em crânios que indicam uma possível tentativa de aliviar a dor. Segundo Cláudio Corrêa, há dois tipos de dor: aguda e crônica. “A dor aguda é causada frequentemente por episódios esporádicos e de curta duração. Por isso, tem controle no mesmo tempo de trata- mento da doença, como traumatismo, infarto, cólica renal e inflamações”, explica. Já a dor crônica, segundo o especialis- ta, tem duração contínua. “Em geral, ela não deriva de uma só causa, mas sim de vários fatores que Alexandre Santos [email protected] Dor de dente, dor de cabeça, dor de barriga, dor de coluna e até dor de cotovelo. As experiências dolorosas sempre estiveram presentes na história humana. Sentir dor faz parte de qualquer fase da vida, desde a existência intrauterina até a velhice. Seja moral, emocional ou física, a dor é um sinalizador de que algo está errado e necessita de cuidados. É o que explica o neurocirurgião funcional Claudio Corrêa. “Embora seja sinônimo de sofrimento, a dor é importante ao representar um alerta de que algo pode comprometer a integri- dade física ou funcional do indivíduo. Ao sinal de uma dor atípica e persistente, é sempre indicado procurar um especialista para a realização de exames”, adverte. De acordo com a International Asso- ciation for the Study of Pain, a dor é uma experiência sensorial e emocional desagra- dável associada com danos reais ou poten- Mal crônico afeta 30% da população mundial DOR | NO BRASIL, PROBLEMA ATINGE 36% DAS PESSOAS, MAS NEM TODAS BUSCAM TRATAMENTO interagem e favorecem o seu desenvolvimento, podendo permanecer mesmo após o tratamento da doença de base. Alguns exemplos são as artrites, a dor oncológica, alguns tipos de enxaquecas, fibromialgia, lombalgias, entre outras”, conclui. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), apontam que a dor crôni- ca afeta 30% da população do mundo. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos revela que o problema gera 550 milhões de dias de trabalho perdidos. Por ano, o país investe cerca de US$ 150 bilhões em tratamentos para curar a dor crônica. Podendo ser causada por inúmeros fatores, afeta a qualidade de vida, altera o humor, o apetite e o sono, além de provocar queda na imunidade e estresse. De acordo com o médico, as dores que predominam são nas costas, cabeça e múscu- los. Segundo ele, em primeiro lugar está a dor de coluna. O problema atinge cerca de 36% da população, sendo que apenas uma parte (68%) busca tratamento. Apesar de poder ocorrer em qualquer idade, é mais frequente em pessoas com mais de 40 anos. Contundo, os dados da Escola Nacional de Saúde Pública mostram que o problema tem crescido entre jovens e adolescentes. O moti- vo: erros de postura, obesidade e seden- tarismo. A OMS prevê ainda que cerca de 90% da população mundial sofrerá ao menos um episódio de dor de coluna durante a vida. Segundo o órgão das Nações Unidas para a saúde, neste exato momento, pelo menos 50% das pessoas estão sentindo algum tipo de dor nas costas. Segundo dados mundiais, em número de ocorrências, as dores na coluna perdem apenas para as dores de cabeça. O alerta para buscar tratamen- to é importante, pois dores nas costas podem esconder doenças mais graves, como câncer ou tuberculose. Cláudio Corrêa defende que, devi- do à complexidade da dor crônica, o tratamento precisa ser multiprofissio- nal. Segundo o especialista, médicos clínicos, cirurgiões e especialistas em reabilitação física e mental adaptam diferentes terapias de acordo com as necessidades e respostas individuais de cada paciente. “Temos importantes centros integrados, públicos e privados, nos quais a população pode ser assistida para uma melhor qualidade de vida”, afirma. Fibromialgia Dores por todo o corpo, irritabilidade, dificuldade para dormir. Os sintomas leva- ram Priscila Alves, de 31 anos, a consul- tar um ortopedista e até a fazer uma cirurgia vascular. Mas as dores continuaram. “Foram aumentando muito e comecei a observar minhas reações. Ouvindo o relato de outras pessoas, resol- vi procurar um reumatologista, que diagnosticou o problema: fibro- mialgia”, relata. Assim como Priscila, cerca de 8% da população sofre de fibromialgia, segundo dados do Ministério da Saúde. Além de dor crônica, a doença é marcada por sinto- mas como fadiga, distúrbio do sono, disfunção cognitiva e episódios depressivos. O diagnóstico é feito através do toque em 18 pontos musculares dolo- rosos. Síndrome da fadiga crôni- ca, síndrome do intestino irritá- vel, entre outros, são transtornos que costumam acom- panhar a doença, que em 80% dos casos, atin- ge mulheres. Atividade física regular, terapia cognitiva compor- tamental, terapia com calor local ou fisio- terapia podem ser utilizadas conforme a capacidade física do paciente. vos, variando os percentuais de acordo com o perfil da doença e do paciente”, explica. Síndrome da dor miofascial Caracterizada pela presença de pontos gatilhos, é mais comum em atletas e em pessoas acima dos 30 anos. Os pontos gati- lhos são locais bem delimitados, podendo manifestar-se como um nódulo ou local de contração do músculo. Quando esti- mulado, o ponto causa uma dor em uma área distante. Normalmente, os pacientes costumam descrever como “uma dor que corre para outro local”. A principal causa é o estresse excessivo sobre os músculos, gerados por movimen- tos repetitivos, condicionamento físico inadequado, postura errada, distensão muscular, estresse emocional e até roupas muito apertadas. A síndrome também pode estar associada a doenças como diabetes, depressão, anemia, entre outras. O tratamento consiste na identificação da causa e correção do problema, uso de medicamentos, acupuntura e na reabilitação. Priscila conta que hoje toma medicação para dor e um relaxante, que ajuda a dormir melhor, além de fazer atividade física. “Perce- bo que quanto mais me aplico nos exercícios e tomo a medicação, as dores são mais amenas. Contudo, ainda não fiquei sem dores. Elas diminuem, mas não desaparecem” explica. Síndrome Pós-laminectomia Nos Estados Unidos, por exemplo, a síndrome é causa de cerca de 40% das cirurgias que não acarretaram a eliminação ou alívio da dor. O problema influencia a qualidade de vida de cerca de 40 a 80% dos portadores de dores lombares. Segun- do o neurocirurgião Cláudio Corrêa, o tratamento pode ser feito com o auxílio de dois procedimentos. Na neuroestimulação, impulsos elétricos enviados à coluna inibem a dor. Já no implante de bomba de analgési- cos, um reservatório localizado no abdômen libera medicação por meio de um cateter. Segundo o médico, os dois procedi- mentos não lesam estruturas e são rever- síveis. “Ambos oferecem resultados positi- Priscila Alves: “Quanto mais me aplico nos exercícios e tomo a medicação, as dores são mais amenas. Contudo, ainda não fiquei sem dores. Elas diminuem, mas não desaparecem” Cláudio Corrêa Fernandes: “A dor crônica não deriva de uma só causa, mas sim de vários fatores que interagem e favorecem o seu desenvolvimento, podendo permanecer mesmo após o tratamento da doença de base” Baruco Comunicação Arquivo Pessoal

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JORNAL SANTUÁRIO DE APARECIDA • 24 DE NOVEMBRO DE 2013 JORNAL SANTUÁRIO DE APARECIDA • 24 DE NOVEMBRO DE 2013 SAÚDE

sxc.

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ciais. Dominá-la é um desafio que há tempos persegue a medicina. Os primeiros indícios datam de aproximadamente 7 mil anos a.C. Em vários povos antigos, observam-se espécies de aberturas cirúr-gicas em crânios que indicam uma possível tentativa de aliviar a dor.

Segundo Cláudio Corrêa, há dois tipos de dor: aguda e crônica. “A dor aguda é causada frequentemente por episódios esporádicos e de curta duração. Por isso, tem controle no mesmo tempo de trata-mento da doença, como traumatismo, infarto, cólica renal e inflamações”, explica.

Já a dor crônica, segundo o especialis-ta, tem duração contínua. “Em geral, ela

não deriva de uma só causa, mas sim

de vários fatores

que

Alexandre [email protected]

Dor de dente, dor de cabeça, dor de barriga, dor de coluna e até dor de cotovelo. As experiências dolorosas sempre estiveram presentes na história humana. Sentir dor faz parte de qualquer fase da vida, desde a existência intrauterina até a velhice.

Seja moral, emocional ou física, a dor é um sinalizador de que algo está errado e necessita de cuidados. É o que explica o neurocirurgião funcional Claudio Corrêa. “Embora seja sinônimo de sofrimento, a dor é importante ao representar um alerta de que algo pode comprometer a integri-dade física ou funcional do indivíduo. Ao sinal de uma dor atípica e persistente, é sempre indicado procurar um especialista para a realização de exames”, adverte.

De acordo com a International Asso-ciation for the Study of Pain, a dor é uma experiência sensorial e emocional desagra-dável associada com danos reais ou poten-

Mal crônico afeta 30% da população mundial

DOR | NO BRASIL, PROBLEMA ATINGE 36% DAS PESSOAS, MAS NEM TODAS BUSCAM TRATAMENTO

interagem e favorecem o seu desenvolvimento, podendo permanecer mesmo após o tratamento da doença de base. Alguns exemplos são as artrites, a dor oncológica, alguns tipos de enxaquecas, fibromialgia, lombalgias, entre outras”, conclui.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), apontam que a dor crôni-ca afeta 30% da população do mundo. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos revela que o problema gera 550 milhões de dias de trabalho perdidos. Por ano, o país investe cerca de US$ 150 bilhões em tratamentos para curar a dor crônica. Podendo ser causada por inúmeros fatores, afeta a qualidade de vida, altera o humor, o apetite e o sono, além de provocar queda na imunidade e estresse.

De acordo com o médico, as dores que predominam são nas costas, cabeça e múscu-los. Segundo ele, em primeiro lugar está a dor de coluna. O problema atinge cerca de 36% da população, sendo que apenas uma parte (68%) busca tratamento. Apesar de poder ocorrer em qualquer idade, é mais frequente em pessoas com mais de 40 anos. Contundo, os dados da Escola Nacional de Saúde Pública mostram que o problema tem crescido entre jovens e adolescentes.

O moti-vo: erros

de postura, obesidade e seden-

tarismo.A OMS prevê ainda que cerca de

90% da população mundial sofrerá ao menos um episódio de dor de coluna durante a vida. Segundo o órgão das Nações Unidas para a saúde, neste exato momento, pelo menos 50% das pessoas estão sentindo algum tipo de dor nas costas. Segundo dados mundiais, em número de ocorrências, as dores na coluna perdem apenas para as dores de cabeça. O alerta para buscar tratamen-to é importante, pois dores nas costas podem esconder doenças mais graves, como câncer ou tuberculose.

Cláudio Corrêa defende que, devi-do à complexidade da dor crônica, o tratamento precisa ser multiprofissio-nal. Segundo o especialista, médicos clínicos, cirurgiões e especialistas em reabilitação física e mental adaptam diferentes terapias de acordo com as necessidades e respostas individuais de cada paciente. “Temos importantes centros integrados, públicos e privados, nos quais a população pode ser assistida para uma melhor qualidade de vida”, afirma.

FibromialgiaDores por todo o corpo, irritabilidade,

dificuldade para dormir. Os sintomas leva-ram Priscila Alves, de 31 anos, a consul-tar um ortopedista e até a fazer uma cirurgia vascular. Mas as dores continuaram. “Foram aumentando muito e comecei a observar minhas reações. Ouvindo o relato de outras pessoas, resol-vi procurar um reumatologista, que diagnosticou o problema: fibro-mialgia”, relata.

Assim como Priscila, cerca de 8% da população sofre de fibromialgia, segundo dados do Ministério da Saúde. Além de dor

crônica, a doença é marcada por sinto-mas como fadiga, distúrbio do

sono, disfunção cognitiva e episódios depressivos.

O diagnóstico é feito através do toque em 18 pontos musculares dolo-rosos. Síndrome da fadiga crôni-ca, síndrome do intestino irritá-

vel, entre outros, são transtornos que

costumam acom-panhar a doença, que

em 80% dos casos, atin-ge mulheres. Atividade física

regular, terapia cognitiva compor-tamental, terapia com calor local ou fisio-terapia podem ser utilizadas conforme a capacidade física do paciente.

vos, variando os percentuais de acordo com o perfil da doença e do paciente”, explica.

Síndrome da dor miofascialCaracterizada pela presença de pontos

gatilhos, é mais comum em atletas e em pessoas acima dos 30 anos. Os pontos gati-lhos são locais bem delimitados, podendo manifestar-se como um nódulo ou local de contração do músculo. Quando esti-mulado, o ponto causa uma dor em uma área distante. Normalmente, os pacientes costumam descrever como “uma dor que corre para outro local”.

A principal causa é o estresse excessivo sobre os músculos, gerados por movimen-tos repetitivos, condicionamento físico inadequado, postura errada, distensão muscular, estresse emocional e até roupas muito apertadas. A síndrome também pode estar associada a doenças como diabetes, depressão, anemia, entre outras.

O tratamento consiste na identificação da causa e correção do problema, uso de medicamentos, acupuntura e na reabilitação.

Priscila conta que hoje toma medicação para dor e um relaxante, que ajuda a dormir melhor, além de fazer atividade física. “Perce-bo que quanto mais me aplico nos exercícios e tomo a medicação, as dores são mais amenas. Contudo, ainda não fiquei sem dores. Elas diminuem, mas não desaparecem” explica.

Síndrome Pós-laminectomiaNos Estados Unidos, por exemplo, a

síndrome é causa de cerca de 40% das cirurgias que não acarretaram a eliminação ou alívio da dor. O problema influencia a qualidade de vida de cerca de 40 a 80% dos portadores de dores lombares. Segun-do o neurocirurgião Cláudio Corrêa, o tratamento pode ser feito com o auxílio de dois procedimentos. Na neuroestimulação, impulsos elétricos enviados à coluna inibem a dor. Já no implante de bomba de analgési-cos, um reservatório localizado no abdômen libera medicação por meio de um cateter.

Segundo o médico, os dois procedi-mentos não lesam estruturas e são rever-síveis. “Ambos oferecem resultados positi-

tar um ortopedista e até a fazer uma cirurgia vascular. Mas as dores continuaram. “Foram aumentando muito e comecei a observar minhas reações. Ouvindo o relato de outras pessoas, resol-vi procurar um reumatologista, que diagnosticou o problema: fibro-mialgia”, relata.

mas como fadiga, distúrbio do sono, disfunção cognitiva

e episódios depressivos. O diagnóstico é feito

através do toque

costumam acom-panhar a doença, que

em 80% dos casos, atin-ge mulheres. Atividade física

regular, terapia cognitiva compor-tamental, terapia com calor local ou fisio-terapia podem ser utilizadas conforme a capacidade física do paciente.

Priscila Alves: “Quanto mais me aplico nos exercícios e tomo a medicação, as dores são mais amenas. Contudo, ainda não fiquei sem dores. Elas diminuem, mas não desaparecem”

causa, mas sim de vários

fatores que

de que algo pode comprometer a integri-dade física ou funcional do indivíduo. Ao sinal de uma dor atípica e persistente, é sempre indicado procurar um especialista para a realização de exames”, adverte.

De acordo com a International Asso-ciation for the Study of Pain, a dor é uma experiência sensorial e emocional desagra-dável associada com danos reais ou poten-

Cláudio Corrêa Fernandes: “A dor crônica não deriva de uma só causa, mas sim de vários fatores que interagem e favorecem o seu desenvolvimento, podendo permanecer mesmo após o tratamento da doença de base”

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9 JORNAL SANTUÁRIO DE APARECIDA • 24 DE NOVEMBRO DE 2013

Uma das dores mais comuns é a dos atletas amadores. O futebol no fim de semana, por exemplo, sempre gera algu-ma lesão. Para o fisioterapeuta e profes-sor da Faculdade Inspirar, de Curitiba (PR), Álvaro Wolff, é preciso cuidado para praticar esportes. “No futebol, por exemplo, temos as torções de joelho e tornozelo, que podem produzir desde dor de pouca intensidade e inchaço local às lesões mais graves, como a ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho, que necessitará de cirurgia”, explica.

Mas há também as contusões do dia a dia: um brinquedo esquecido no corredor, uma gaveta aberta, um objeto mal colocado na prateleira, um piso molhado. Esses exem-plos e tantos outros podem gerar acidentes e contusões. Você sabe como aliviar dores e amenizar possíveis danos musculares?

bilidades de inchaços e, consequentemen-te, dores”, afirma.

Para essas situações, Wolff recomenda repousar a parte lesionada, fazer compressa de gelo, exercer uma leve compressão sobre a região e elevá-la para facilitar a circula-ção”, orienta. O tempo da compressa de gelo pode ser de 10 a 20 minutos a cada hora, mas pode variar de acordo com região lesionada. “O tamanho da articulação e o tecido adiposo presente podem aumentar ou diminuir esse tempo”, salienta.

Segundo o especialista, o uso de compressa quente deve ocorrer em situa-ções consideradas crônicas, onde há a formação de edemas após as lesões. “Aque-cer as regiões lesionadas é uma opção válida para diminuir hematomas gerados pelos traumas, além de melhorar a circu-lação do sangue nessas regiões”, afirma.

mil pessoas. Segundo a pesquisa, a região de maior queixa é o calcanhar. Depois vêm a planta e a parte superior do pé. Com uma variedade bem maior de modelos de calçados, as mulheres sofrem duas vezes mais que os homens.

Ainda de acordo com a pesquisa, entre 13% e 17% das pessoas acreditam que a dor no pé é gerada pelo impacto. Contu-do, em cerca de 75% dos casos, a dor está relacionada ao fato de ficar muito tempo em pé ou à realização de alguma ativida-de intensa. Entre 9% e 17% das pessoas relatam que sentem dor ao levantar da cama depois de um período de inatividade prolongada.

E o joelho, como vai?Um dos grandes vilões das caminhadas

são os joelhos. Segundo o ortopedista e traumatologista Sidney Schapiro, por serem articulações de carga, inflamações, inchaços e dores crônicas nos joelhos são frequentes. De acordo com o médico, os casos mais comuns são as condropatias da patela (antiga rótula). “O tratamento tem por base uma boa fisio-terapia, buscando um melhor alinhamento da articulação e medicamentos para proteção da cartilagem”, explica.

Segundo o ortopedista, a cirurgia, nesse caso, não está descartada. “É um recurso que deve ser usado com cautela e após muita insistência numa boa fisioterapia”, conclui.

Sapatos apertados, salto alto, calçado sem salto, sandália, tênis. Um dos órgãos do corpo humano que mais sofrem com a correria e os costumes do dia a dia são os pés. Segundo dados da pesquisa Os Pés Brasileiros, 85% da população brasileira diz sentir dores nos pés algumas vezes. Cerca de 30% reclama que os pés doem sempre.

Realizado pela fábrica de palmilhas ortopédicas Pés

Sem Dor, o levantamento foi feito em

2012 e ouviu mais de 26

Entre os brasileiros, a dor mais comum é nas costas. O problema atinge cerca de 36% da população. Embora seja mais frequente em pessoas acima de 40 anos, a incidência tem crescido entre jovens e adolescentes, principalmente por causa de má postura, obesidade e sedentarismo. Abaixo seguem algumas dicas para prevenir problemas de coluna.

7. Diminua o estresse.8. Mantenha os ossos fortes, saudáveis,

tomando cálcio, vitamina D e fazendo exercícios de suporte de peso.

9. Moderação! Se você não pratica exer-cícios físicos com frequência, nada de exagerar nas práticas esportivas no fim de semana.

Fonte: pesquisa 9 for Spine ̶ Sociedade Norte-Americana de Coluna

• Em alguns casos, dor intensa no couro cabeludo.

Sinais de alertaHá pessoas que sentem que vão ter

uma crise de enxaqueca antes de a dor aparecer, a partir de “avisos” que o orga-nismo pode fornecer. Por vezes, estes avisos se iniciam um dia ou algumas horas antes, com sensações do tipo:• Desconforto na cabeça.• Bocejos frequentes.• Irritabilidade.• Perda da capacidade de concentração

ou raciocínio.• Diarreia.• Desejo exagerado por algum tipo de

alimento ou aversão total.• Desconforto abdominal.• Palidez (muito frequente em crianças).

Fonte: www.dordecabeça.com.br

1. Exercite-se regularmente.2. Não fume.3. Mantenha um peso corporal saudável.4. Mantenha os músculos das costas

fortes.5. Observe as orientações de mecânica

corporal, quando se levantar, se dobrar ou se esticar.

6. Verifique a sua postura e altere frequentemente ao usar seu laptop, smartphone ou tablete.

As crises de enxaqueca apresentam-se como:• Dor latejante nas regiões da fronte

e têmpora.• A dor se apresenta mais de um lado

da cabeça (em 40% dos pacientes é dos dois lados).

• A intensidade é de moderada a severa ou severa.

• Geralmente incapacita o paciente para as suas atividades normais.

• Inicia leve e progressiva.• Piora com esforços ou atividades físicas.• Duram de 4 a 72 horas quando não

são tratadas ou o são de forma inefi-caz, terminam gradualmente.

• Enjoo ou vômitos.• Intolerância à claridade ou a ruídos.• Após as crises, algumas pessoas

sentem-se ótimas, enquanto outras, como se um “trator” tivesse passado por suas cabeças.

Dicas para prevenir dor nas costas

Como reconhecer a

enxaqueca?

Gelo ou compressa quente?

Contusões são recorrentes na prática de esportes

Em casos de lesão durante atividades físicas, é muito importante a avaliação de um profissional. Já nas pancadas com menor gravidade, segundo o fisioterapeuta,

o resfriamento da região, nas primeiras 72 horas, reduz a inflamação produzida pela lesão após o choque. “Agir rapidamente nessas situações ajuda a diminuir as possi-

Dor nos pés atinge 85% dos brasileiros