domingo turbinado - aula 01 - história

3
IMPULSO PRÉ-VESTIBULAR AULÃO DOMINGO TURBINADO-HISTÓRIA – PROF. DIEDSON. 01. (Enem 2010) Quem construiu a Tebas de sete portas? Nos livros estão nomes de reis. Arrastaram eles os blocos de pedra? E a Babilônia várias vezes destruída. Quem a reconstruiu tantas vezes? Em que casas da Lima dourada moravam os construtores? Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta? A grande Roma está cheia de arcos do triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os césares? BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que lê. Disponível em: http://recantodasletras.uol.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010. Partindo das reflexões de um trabalhador que lê um livro de História, o autor censura a memória construída sobre determinados monumentos e acontecimentos históricos. A crítica refere-se ao fato de que a) os agentes históricos de uma determinada sociedade deveriam ser aqueles que realizaram feitos heroicos ou grandiosos e, por isso, ficaram na memória. b) a História deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou dos governantes das civilizações que se desenvolveram ao longo do tempo. c) grandes monumentos históricos foram construídos por trabalhadores, mas sua memória está vinculada aos governantes das sociedades que os construíram. d) os trabalhadores consideram que a História é uma ciência de difícil compreensão, pois trata de sociedades antigas e distantes no tempo. e) as civilizações citadas no texto, embora muito importantes, permanecem sem terem sido alvos de pesquisas históricas. 02. (Enem 2010) I – Para consolidar-se como governo, a República precisava eliminar as arestas, conciliar-se com o passado monarquista, incorporar distintas vertentes do republicanismo. Tiradentes não deveria ser visto como herói republicano radical, mas sim como herói cívico religioso, como mártir, integrador, portador da imagem do povo inteiro. CARVALHO, J. M. C. A formação das almas: O imaginário da Republica no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. I – Ei-lo, o gigante da praça, / O Cristo da multidão! É Tiradentes quem passa / Deixem passar o Titão. ALVES, C. Gonzaga ou a revolução de Minas. In: CARVALHO. J. M. C. A formação das almas: O imaginário da Republica no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. A 1ª República brasileira, nos seus primórdios, precisava constituir uma figura heroica capaz de congregar diferenças e sustentar simbolicamente o novo regime. Optando pela figura de Tiradentes, deixou de lado figuras como Frei Caneca ou Bento Gonçalves. A transformação do inconfidente em herói nacional evidencia que o esforço de construção de um simbolismo por parte da República estava relacionado a) ao caráter nacionalista e republicano da Inconfidência, evidenciado nas ideias e na atuação de Tiradentes. b) à identificação da Conjuração Mineira como o movimento precursor do positivismo brasileiro. c) ao fato de a proclamação da República ter sido um movimento de poucas raízes populares, que precisava de legitimação. d) à semelhança física entre Tiradentes e Jesus, que proporcionaria, a um povo católico como o brasileiro, uma fácil identificação. e) ao fato de Frei Caneca e Bento Gonçalves terem liderado movimentos separatistas no Nordeste e no Sul do país. 03. (Enem 2ª aplicação 2010) O alfaiate pardo João de Deus, que, na altura em que foi preso, não tinha mais do que 80 réis e oito filhos, declarava que “Todos os brasileiros se fizesse franceses, para viverem em igualdade e abundância”.

Upload: rafael-henrique-dos-santos

Post on 30-Sep-2015

216 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

aula historia

TRANSCRIPT

Histria Geral e do Brasil

IMPULSO PR-VESTIBULAR AULO DOMINGO TURBINADO-HISTRIA PROF. DIEDSON.01. (Enem 2010) Quem construiu a Tebas de sete portas?

Nos livros esto nomes de reis.

Arrastaram eles os blocos de pedra?

E a Babilnia vrias vezes destruda. Quem a reconstruiu tantas vezes?

Em que casas da Lima dourada moravam os construtores?

Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta?

A grande Roma est cheia de arcos do triunfo.

Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os csares?

BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que l.

Disponvel em: http://recantodasletras.uol.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010.

Partindo das reflexes de um trabalhador que l um livro de Histria, o autor censura a memria construda sobre determinados monumentos e acontecimentos histricos.

A crtica refere-se ao fato de que

a) os agentes histricos de uma determinada sociedade deveriam ser aqueles que realizaram feitos heroicos ou grandiosos e, por isso, ficaram na memria.

b) a Histria deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou dos governantes das civilizaes que se desenvolveram ao longo do tempo.

c) grandes monumentos histricos foram construdos por trabalhadores, mas sua memria est vinculada aos governantes das sociedades que os construram.

d) os trabalhadores consideram que a Histria uma cincia de difcil compreenso, pois trata de sociedades antigas e distantes no tempo.

e) as civilizaes citadas no texto, embora muito importantes, permanecem sem terem sido alvos de pesquisas histricas.

02. (Enem 2010) I Para consolidar-se como governo, a Repblica precisava eliminar as arestas, conciliar-se com o passado monarquista, incorporar distintas vertentes do republicanismo. Tiradentes no deveria ser visto como heri republicano radical, mas sim como heri cvico religioso, como mrtir, integrador, portador da imagem do povo inteiro.

CARVALHO, J. M. C. A formao das almas: O imaginrio da Republica no Brasil.

So Paulo: Companhia das Letras, 1990.

I Ei-lo, o gigante da praa, / O Cristo da multido!

Tiradentes quem passa / Deixem passar o Tito.

ALVES, C. Gonzaga ou a revoluo de Minas. In:

CARVALHO. J. M. C. A formao das almas: O imaginrio da Republica no Brasil. So Paulo: Companhia das Letras, 1990.A 1 Repblica brasileira, nos seus primrdios, precisava constituir uma figura heroica capaz de congregar diferenas e sustentar simbolicamente o novo regime.

Optando pela figura de Tiradentes, deixou de lado figuras como Frei Caneca ou Bento Gonalves. A transformao do inconfidente em heri nacional evidencia que o esforo de construo de um simbolismo por parte da Repblica estava relacionado

a) ao carter nacionalista e republicano da Inconfidncia, evidenciado nas ideias e na atuao de Tiradentes.

b) identificao da Conjurao Mineira como o movimento precursor do positivismo brasileiro.

c) ao fato de a proclamao da Repblica ter sido um movimento de poucas razes populares, que precisava de legitimao.

d) semelhana fsica entre Tiradentes e Jesus, que proporcionaria, a um povo catlico como o brasileiro, uma fcil identificao.

e) ao fato de Frei Caneca e Bento Gonalves terem liderado movimentos separatistas no Nordeste e no Sul do pas.

03. (Enem 2 aplicao 2010) O alfaiate pardo Joo de Deus, que, na altura em que foi preso, no tinha mais do que 80 ris e oito filhos, declarava que Todos os brasileiros se fizesse franceses, para viverem em igualdade e abundncia.

MAXWELL, K. Condicionalismos da independncia do Brasil. SILVA, M. N. (Org.). O imprio luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.

O texto faz referncia Conjurao Baiana. No contexto da crise do sistema colonial, esse movimento se diferenciou dos demais movimentos libertrios ocorridos no Brasil por

a) defender a igualdade econmica, extinguindo a propriedade, conforme proposto nos movimentos liberais da Frana napolenica.

b) introduzir no Brasil o pensamento e o iderio liberal que moveram os revolucionrios ingleses na luta contra o absolutismo monrquico.

c) propor a instalao de um regime nos moldes da repblica dos Estados Unidos, sem alterar a ordem socioeconmica escravista e latifundiria.

d) apresentar um carter elitista burgus, uma vez que sofrera influncia direta da Revoluo Francesa, propondo o sistema censitrio de votao.

e) defender um governo democrtico que garantisse a participao poltica das camadas populares, influenciado pelo iderio da Revoluo Francesa.

04. (Enem 2009) A definio de eleitor foi tema de artigos nas Constituies brasileiras de 1891 e de 1934. Diz a Constituio da Repblica dos Estados Unidos do Brasil de 1891: Art. 70. So eleitores os cidados maiores de 21 anos que se alistarem na forma da lei.

A Constituio da Repblica dos Estados Unidos do Brasil de 1934, por sua vez, estabelece que:

Art. 180. So eleitores os brasileiros de um e de outro sexo, maiores de 18 anos, que se alistarem na forma da lei.

Ao se comparar os dois artigos, no que diz respeito ao gnero dos eleitores, depreende-se que

a) a Constituio de 1934 avanou ao reduzir a idade mnima para votar.

b) a Constituio de 1891, ao se referir a cidados, referia-se tambm s mulheres.

c) os textos de ambas as Cartas permitiam que qualquer cidado fosse eleitor.

d) o texto da carta de 1891 j permitia o voto feminino.

e) a Constituio de 1891 considerava eleitores apenas indivduos do sexo masculino.

05. (Enem cancelado 2009) Texto 1

Texto 2

A Constituio Federal no ttulo VII da Ordem Social, em seu Captulo VII, Art. 226, 7, diz: Fundado nos princpios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsvel, o planejamento familiar livre deciso do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e cientficos para o exerccio deste direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituies oficiais ou privadas.

Disponvel em: . Acesso em: 21 set. 2008.

A comparao entre o tratamento dado ao tema do planejamento familiar pela charge de Henfil e pelo trecho do texto da Constituio Federal mostra que a) a charge ilustra o trecho da Constituio Federal sobre o planejamento familiar.

b) a charge e o trecho da Constituio Federal mostram a mesma temtica sob pontos de vista diferentes.

c) a charge complementa as informaes sobre planejamento familiar contidas no texto da Constituio Federal.

d) o texto da charge e o texto da Constituio Federal tratam de duas realidades sociais distintas, financiadas por recursos pblicos.

e) os temas de ambos so diferentes, pois o desenho da charge representa crianas conscientes e o texto defende o controle de natalidade.

06. (Enem 2009) Segundo Aristteles, na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidados no devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negcios esses tipos de vida so desprezveis e incompatveis com as qualidades morais , tampouco devem ser agricultores os aspirantes cidadania, pois o lazer indispensvel ao desenvolvimento das qualidades morais e prtica das atividades polticas.

VAN ACKER, T. Grcia. A vida cotidiana na cidade-Estado. So Paulo: Atual, 1994.

O trecho, retirado da obra Poltica, de Aristteles, permite compreender que a cidadania

a) possui uma dimenso histrica que deve ser criticada, pois condenvel que os polticos de qualquer poca fiquem entregues ociosidade, enquanto o resto dos cidados tem de trabalhar.

b) era entendida como uma dignidade prpria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepo poltica profundamente hierarquizada da sociedade.

c) estava vinculada, na Grcia Antiga, a uma percepo poltica democrtica, que levava todos os habitantes da plis a participarem da vida cvica.

d) tinha profundas conexes com a justia, razo pela qual o tempo livre dos cidados deveria ser dedicado s atividades vinculadas aos tribunais.

e) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita queles que se dedicavam poltica e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.

07. (Enem 2 aplicao 2010) Ato Institucional n 5 de 13 de dezembro de 1968

Art. 10 Fica suspensa a garantia de habeas corpus, nos casos de crimes polticos, contra a segurana nacional, a ordem econmica e social e a economia popular.

Art. 11 _Excluem-se de qualquer apreciao judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato Institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos.

Disponvel em: http://www.senado.gov.br. Acesso em: 29 jul. 2010.

O Ato Institucional n 5 considerado por muitos autores um golpe dentro do golpe. Nos artigos do AI-5 selecionados, o governo militar procurou limitar a atuao do Poder Judicirio, porque isso significava

a) a substituio da Constituio de 1967. b) o incio do processo de distenso poltica.

c) a garantia legal para o autoritarismo dos juzes. d) a ampliao dos poderes nas mos do Executivo.

e) a revogao dos instrumentos jurdicos implantados durante o golpe de 1964.