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2 negócios H H H DOMINGO, 29 DE JANEIRO DE 2012 ab 12345 FAçA UMA DEVASSA NA PAPELADA REINVENTE A PRÓPRIA HISTÓRIA REVOLUCIONE PREVENDO NECESSIDADES MOVA-SE, MESMO QUE SEJA EM PASSOS LENTOS Entender o momento da empresa e a trajetó- ria que ela segue no mercado é o primeiro passo para traçar qual- quer estratégia ou sair de uma situação difícil. Para começar, o ideal é mapear itens co- mo variações de fluxo de caixa, desempenho de funcionários, quali- dade de produtos, per- fil e volume de clientes e relação com fornece- dores. É como “tirar o pulso da companhia constantemente”. Não vale fazer as ava- liações só no fim do ano fiscal, diz o advogado Artur Lopes, autor de “Quem Matar na Hora da Crise” (ed. Évora). Alterações não pre- vistas indicam necessi- dade de reavaliar o pla- nejamento. De onde vem o suces- so da concorrência? Que estratégias em seu setor têm dado certo? Que produtos têm abo- canhado mercado? Tem havido mudança na ca- deia produtiva? Como o consumidor avalia os serviços da empresa? O mundo empresa- rial se reinventa a todo momento, e “quem não acompanha esse movi- mento cai”, afirma Mar- cos Hiller, coordenador do MBA de Gestão de Marcas da Trevisan Es- cola de Negócios. Feiras e congressos são oportunidades pa- ra identificar tendên- cias. Outra opção é visi- tar empresas do setor, como fez Luis Berti, 31, dono da Toca da Leitu- ra, de locação de livros. Ele descobriu que, conforme o valor da lo- cação, os clientes pre- feriam comprar a obra. Pensou em algo para diferenciá-lo. Hoje, in- veste em espaço “gour- met” para os clientes e agregou à locação a venda de livros. “Fica- ríamos para trás se não mudássemos.” Mesmo que o princi- pal produto da empre- sa seja inédito, é impor- tante “desconcentrar investimentos para aplicar em desenvolvi- mento” e ampliar o portfólio, avalia Callás. Inovar não significa só criar algo revolucio- nário, mas elaborar um artigo de que o consu- midor precise ou incre- mentar um já existente. Não adianta identifi- car tendências e pensar em mudanças se a em- presa não for flexível, afirma Caio Brisolla, di- retor-executivo da Mar- condes Consultoria. Co- meçar devagar, inves- tindo pouco no início, minimiza perdas. Luis Berti analisou a concorrência e espera faturamento 200% maior com mudanças Alessandro Shinoda/Folhapress Steve Jobs (1955-2011) antecipou desejos e necessidades criando produtos como o iPod DEIXE OS FUNCIONáRIOS TEREM IDEIAS O empresário pode reservar um dia na se- mana ou no mês para avaliar o negócio e fazer “brainstorming” com funcionários. O intuito não é sair com ideias prontas, mas com pro- postas, diz David Cal- lás, professor do Insper. VENCER O MEDO DE INOVAR 0 1 LIÇÕES PARA Divulgação

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2 negócios H H H Domingo, 29 DE JanEiro DE 2012 ab

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faça umadevassa napapelada

ReINVeNTea PRÓPRIaHIsTÓRIa

ReVOlUCIONePRevendOneCessIdades

MOVa-Se, mesmOQue seJa emPassOs LenTOs

Entenderomomentoda empresa e a trajetó-ria que ela segue nomercado é o primeiropasso para traçar qual-quer estratégia ou sairdeumasituaçãodifícil.Para começar, o

ideal émapear itensco-mo variações de fluxode caixa, desempenhode funcionários, quali-dade de produtos, per-fil e volume de clientese relação com fornece-dores. É como “tirar opulso da companhiaconstantemente”.Nãovale fazerasava-

liaçõessóno fimdoanofiscal, diz o advogadoArtur Lopes, autor de“Quem Matar na Horada Crise” (ed. Évora).Alterações não pre-

vistas indicamnecessi-dadede reavaliar opla-nejamento.

Deondevemosuces-so da concorrência?Que estratégias em seusetor têm dado certo?Que produtos têm abo-canhadomercado?Temhavidomudançanaca-deiaprodutiva?Comooconsumidor avalia osserviços da empresa?O mundo empresa-

rial se reinventa a todomomento, e“quemnãoacompanha essemovi-mentocai”,afirmaMar-cosHiller, coordenadordo MBA de Gestão deMarcas da Trevisan Es-cola de Negócios.Feiras e congressos

são oportunidades pa-ra identificar tendên-cias.Outraopçãoévisi-tar empresas do setor,como fez Luis Berti, 31,dono da Toca da Leitu-ra, de locaçãode livros.Ele descobriu que,

conforme o valor da lo-cação, os clientes pre-feriam comprar a obra.Pensouemalgopara

diferenciá-lo. Hoje, in-veste emespaço “gour-met” para os clientes eagregou à locação avenda de livros. “Fica-ríamos para trás se nãomudássemos.”

Mesmo que o princi-pal produto da empre-saseja inédito, é impor-tante “desconcentrarinvestimentos paraaplicar em desenvolvi-mento” e ampliar oportfólio, avalia Callás.Inovar não significa

só criar algo revolucio-nário,maselaborarumartigo de que o consu-midor precise ou incre-mentarumjáexistente.

Não adianta identifi-car tendênciasepensarem mudanças se a em-presa não for flexível,afirmaCaioBrisolla,di-retor-executivodaMar-condesConsultoria.Co-meçar devagar, inves-tindo pouco no início,minimiza perdas.

Luis Bertianalisou aconcorrênciae esperafaturamento200%maiorcommudanças

AlessandroSh

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a/Folhapress

Steve Jobs (1955-2011)antecipou desejos enecessidades criandoprodutos como o iPod

deIxe OsfunCIOnáRIOsTeRem IdeIaS

O empresário podereservar um dia na se-mana ou no mês paraavaliaronegócioe fazer“brainstorming” comfuncionários. O intuitonão é sair com ideiasprontas, mas com pro-postas, diz David Cal-lás,professordoInsper.

VENCEROMEDODEINOVAR01

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