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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
TECNOLOGIA E AFETIVIDADE NO TRABALHO EDUCACIONAL
Por: Andréia Pereira Ferreira
Orientador: Profª. Maria Esther Araújo
Co-orientadora: Profª. Lúcia Santana da Silva Carbone
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
TECNOLOGIA E AFETIVIDADE NO TRABALHO EDUCACIONAL
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em orientação educacional.
Por: Andréia Pereira Ferreira
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AGRADECIMENTOS
Ao grande Amor da minha vida, meu marido Paulo Maurício, a quem
tenho profunda admiração, respeito, carinho, confiança e que por sua grande
contribuição principalmente tecnológica, proporcionou e facilitou muito meus
estudos e a realização de mais um trabalho.
Ao maravilhoso filho que temos Pedro Paulo,que com sua maturidade e
alegria em me ver estudando, teve a paciência e o carinho de compreender
minha ausência em muitos momentos que queria estar comigo.
E a todos os amigos que confiaram, acreditaram e estão felizes por mim
e que participaram dessa conquista.
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DEDICATÓRIA
Ao meu filho Pedro Paulo, meu marido
Paulo Maurício e ao novo filho, Pedro
Henrique, que nasceu enquanto
terminava as últimas páginas deste
estudo. Todos me motivaram para a
conclusão deste trabalho.
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RESUMO
Tecnologia e afetividade no trabalho educacional pretendeu discutir a
tecnologia e a afetividade numa perspectiva pedagógica por acreditar que o
conhecimento está intimamente ligado com as novas práticas estabelecidas no
ambiente educacional, novas formas de aprendizado na sociedade em que
estamos inseridos. A técnica nasceu com a humanidade e atualmente as TICs
contribuem nos processos educacionais, pela abordagem de novas práticas
comunicativas e como canal de informações oferecem mudanças para as
práticas tradicionais de ensino-aprendizagem. A afetividade se manifesta sob
forma de emoção, sentimentos, e o ser humano necessita de emoções para
deixar fluir sua capacidade de refletir e pensar antes de agir. Este trabalho
propôs de forma mais humana possível a visão crítica da realidade com base
na legislação e na visão sistêmica da educação. Buscou basear-se em diversos
autores e suas teorias. O aporte teórico que sustenta a reflexão aqui
desenvolvida centra-se nos postulados teóricos de Lev Semenovick Vygotsky,
Henri Wallon, e Daniel Goleman a respeito dos processos afetivos. O estudo
concluiu que, tudo depende do uso que se faz das tecnologias e das
informações, do que da prática de antigas ou modernas tecnologias no
ambiente de ensino, mas estamos diante de escolhas e possibilidades
variadas de ação e comunicação. O educador precisa se posicionar como
orientador das múltiplas possibilidades e formas de alcançar o conhecimento.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada para desenvolver esta pesquisa foi
fundamentada basicamente em uma pesquisa bibliográfica com consulta a
sites na internet, livros, revistas, jornais, artigos, leis, filmes. A pesquisa foi
realizada com o intuito de analisar e discutir o conhecimento sobre o tema
escolhido, servindo como base para a sustentação teórica desta pesquisa. O
aporte teórico que sustenta a reflexão aqui desenvolvida centra-se nos
postulados teóricos de Lev Semenovich Vygotsky, Henri Wallon, e Daniel
Goleman.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Tecnologia educacional: numa perspectiva pedagógica 10
CAPÍTULO II - Afetividade na era do conhecimento tecnológico 18
CAPÍTULO III – Reflexão sobre as novas práticas educacionais na 27
sociedade do conhecimento
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA 38
WEBGRAFIA 40
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INTRODUÇÃO
A técnica nasceu com a humanidade no momento em que o homem
primitivo conseguiu transformar algo para lhe servir. A inteligência veio da
intenção de usar um objeto e de transformá-lo. Atualmente, cria-se, e vive-se
em plena era tecnológica. Por acreditar que conhecimento está intimamente
ligado com processos afetivos num ambiente de aprendizagem, este trabalho
faz uma abordagem sobre trabalhos educacionais, novas formas de
aprendizagens interligando tecnologia e afetividade, em que educandos e
educadores possam traçar projetos para um futuro melhor na sociedade do
conhecimento.
De acordo com Chalita (2001), jamais as mudanças aconteceram tão
rápido, a competição esteve tão acirrada e a tecnologia avançou de forma tão
assustadora. É preciso refletir que a sociedade está em plena mudança e tudo
tem se renovado. Famílias e as escolas precisam acompanhar esse ritmo.
Nossas crianças precisam processar entre outras coisas, as tecnologias que
estão a todo redor. Em meio a tudo isso é preciso repensar a escola.
Afetividade se manifesta sob forma de emoção, sentimentos, e o ser
humano necessita de emoções para deixar fluir sua inteligência, sua
criatividade e sua capacidade de refletir, pensar antes de agir.
Esse estudo propõe quanto mais tecnologia, mais afeto as relações
devem ter, pois ambas não podem existir de forma fragmentada. O homem
precisa da máquina, mas precisa pensar o que, para que e para quem
construir. Uma vez inventado, começa um novo processo.
Cabe a escola oportunizar as vivências pedagógicas com diversas
tecnologias que pertencem ao nosso cotidiano, trabalhando de forma
contextualizada e atual no tempo e espaço. A escola deve formar em seu
ambiente, pessoas que saibam usar criticamente as ferramentas tecnológicas.
Sendo assim o uso das tecnologias (computadores, internet, televisão,
vídeo, rádio, música...) dentro das atividades pedagógicas deve contribuir como
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ferramenta de ensino. Tudo para tornar o processo de ensino-aprendizagem
mais próximo do aluno e da comunidade escolar, e a afetividade deve estar
presente nessa interação.
O objetivo desse estudo é analisar e compreender como o educador
pode utilizar a tecnologia e a afetividade na escola para a construção do
conhecimento e discutir novas práticas de aprendizagem na sociedade do
conhecimento.
A partir de uma visão interdisciplinar o estudo apresenta-se com três
aspectos fundamentais estruturados sob forma de três capítulos.
• O primeiro refere-se às bases da tecnologia, com enfoque na
Tecnologia Educacional numa perspectiva pedagógica.
• O segundo aspecto refere-se à afetividade dando ênfase ao
estado psicológico, as emoções e a construção da autonomia
na era do conhecimento tecnológico.
• O terceiro aspecto refere-se à reflexão sobre as novas práticas
na sociedade do conhecimento. Levantando questões
relacionadas ao papel do professor diante das novas
tecnologias e da construção de indivíduos autônomos e
preparados para essa nova sociedade, destacando a
importância desse novo profissional na dimensão escolar.
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CAPÍTULO I
TECNOLOGIA EDUCACIONAL: NUMA PERSPECTIVA
PEDAGÓGICA
"O segredo do mundo atual não é tanto onde estamos,
mas em que direção estamos indo."
Oliver Wendell Holmes
Etimologicamente, tecnologia provém de técnica cujo vocábulo latino techné
quer dizer arte ou habilidade. Esta derivação mostra que tecnologia é uma
atividade voltada para a prática, enquanto a ciência é voltada para as leis a que
a cultura obedece.
A técnica em sua origem intuiu em um processo de evolução que a partir
do momento que se inicia não acaba mais, como afirma Vargas (2001):
"(...) a técnica não se resume à invenção de uso de um instrumento. Ela tem a característica marcante de que, uma vez inventado o primeiro instrumento, desencadeia-se um processo de melhoria de suas formas, usos para satisfazer necessidades crescentes da humanidade." (VARGAS,2001,p.8)
Nossa história tecnológica começou na pré-história com a pedra lascada,
o fogo, a roda. Muitos séculos depois com a Revolução Industrial com as
máquinas, os motores, a eletricidade e a cada dia respira-se mais tecnologia.
Desta forma tecnologia são todos os instrumentos que são utilizados para
facilitar as atividades, desde as mais simples as mais complexas.
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Diante desse novo mundo de tecnologia, é possível desvendar mistérios
que antes eram impossíveis de acreditar ou imaginar, tem-se avanços na
medicina, na neurociência, na astronomia, na psicologia, novos códigos de
comunicação, descobertas científicas que colocam sempre em profunda
indagação o que seja certo ou errado. De acordo com João Luís de Almeida
Machado, Doutor em Educação pela PUC-SP,(2010)
"A Internet revolucionou o mundo. Não há como deixar de reconhecer as mudanças efetivadas pelo surgimento da rede mundial de computadores em praticamente todos os setores de atividade humana, inclusive na educação. Em alguns segmentos as alterações foram tão grandiosas que estabeleceram estruturas praticamente novas para seu pleno funcionamento, como no caso das atividades bancárias, comerciais e até mesmo industriais." (http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=467)
Percebe-se que a tecnologia, atua em todos os segmentos e pode ser
uma rica ferramenta pedagógica. Diante disso não se pode traçar nesse
momento qual etapa seja mais importante para utilizá-la. A escola não pode
fragmentar seu uso. Os alunos já nascem e crescem naturalmente no universo
da tecnologia. Constata-se que, o brinquedo não é mais o mesmo, a chupeta
também mudou, os remédios... Observam-se mudanças a toda volta. Muitos
computadores chegam às crianças por volta dos dois anos de idade. Tudo isso
está ao alcance de uma sociedade que produz e consome toda essa
tecnologia.
É nesse momento que entra em campo a tecnologia educacional.
Tecnologia que serve como ferramenta para ajudar no processo de ensino e
aprendizagem, que pode e deve ser usada no cotidiano educacional. Deve-se
trabalhar de forma contextualizada com nosso tempo e nossa sociedade do
conhecimento. De acordo com Paulo Freire (2003) em seu livro Pedagogia da
autonomia, que muito do fracasso escolar deve-se a técnicas de ensino
ultrapassadas e sem conexão com o contexto social e econômico do aluno. Ele
diz: "Por que não estabelecer uma "intimidade" entre os saberes curriculares
fundamentais aos alunos e a experiência social que eles tem como
indivíduos?" (FREIRE ,2003 p.30)
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O quadro negro foi uma grande invenção no processo educacional, a
imprensa revolucionou com os livros e jornais, o telégrafo revolucionou a
comunicação a distância, rádio, televisão, vídeo, cd player, agora tem-se
computador, internet, celular, quadro interativo, videoconferência, etc... E muito
mais está por vir, com certeza essa revolução na tecnologia educacional ainda
trará muitas novidades.
De acordo com Moran,(2007)
"As tecnologias nos ajudam a encontrar o que está consolidado e a organizar o que está confuso, caótico, disperso. Por isso é tão importante dominar ferramentas de busca de informação e saber interpretar o que se escolhe, adaptá-lo ao contexto pessoal e regional e situar cada informação dentro do universo de referências pessoais". (www.eca.usp.br/prof/moran/textos.htm)
As mudanças nas tecnologias nos últimos tempos foram intensas e
velozes e grandes as contribuições propostas pelas novas tecnologias ao
ensino em todos os níveis. As novas tecnologias de informação e comunicação
( NTICs) invadem nosso cotidiano. De acordo com Kenski, (2003)
"Estamos vivendo um novo momento tecnológico. A ampliação das possibilidades de comunicação e de informação, por meio de equipamentos como telefone, a televisão, e o computador, altera nossa forma de viver e de aprender na atualidade." (KENSKI, 2003, p.24)
Hoje por meio da televisão ou do computador podemos interagir com
pessoas e instituições de todo o mundo. Tudo que é veiculado pelas mídias
passou a orientar nossas vidas, diante da tela os pensamentos, sentimentos, e
julgamentos se confundem tudo isso vai gerando transformações no
comportamento das pessoas.
Por tradição, a aprendizagem de informações e conceitos era tarefa
exclusiva da escola. O espaço e tempo de ensinar eram determinados. Agora,
escolas virtuais oferecem vários tipos de ensinamentos on-line, além das várias
possibilidades de estar informado por meio de interações com todos os tipos de
tecnologias.
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Segundo Machado e Silva, (2003):
"Como educadores, as tecnologias que construímos são metodologias de ensino aprendizagem, portanto entendemos que a tecnologia educacional não diz respeito exclusivamente ao "uso de recursos tecnológicos" prontos em educação, mas à construção de tecnologias de ensino e aprendizagem, que incluam as técnicas criadas e com elas produzam metodologias de trabalho intelectual. (MACHADO E SILVA, 2003, p.66)
Novas tecnologias estão sendo utilizadas na educação. Computador,
celular, Internet, MP3, câmera digital... e caminham na direção da
convergência, da integração.Essas tecnologias convergentes e combinadas
modificam as dimensões da nossa vida. Em entrevista Moran (2005) diz que as
tecnologias, principalmente a Internet, estão trazendo fundamentalmente,
nesses últimos 20 anos, muito mais mobilidade, ou seja, a possibilidade de
realizar atividades ou tarefas sem necessariamente ir a um lugar determinado.
A responsabilidade da escola é com o processo de ensino
aprendizagem e o desafio não está na presença dessas tecnologias nas
instituições, que é mais um desafio econômico, mas o desenvolvimento nas
propostas a serem construídas. A complexidade de todo o uso é o grande
desafio, segundo Machado e Silva, (2003)
"A função da educação não é o simples acesso A informação, mas a construção de conhecimento a partir da informação, e em seu sentido mais amplo, a transformação do conhecimento em sabedoria... (MACHADO E SILVA, 2003, p.69)
A ampliação das potencialidades cognitivas e intelectuais dos alunos que
devem ser ativos e criativos nesse processo de aprendizagem deverá vir
através das várias linguagens criadas pela utilização dos recursos tecnológicos
da educação.
Uma sala de aula hoje precisa ter acesso fácil ao vídeo, DVD, projetor
multimídia e, no mínimo um ponto de Internet, para acesso a sites em tempo
real pelo professor, quando necessário. Uma aprendizagem de qualidade
requer todas as possibilidades atuais.
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Existe a preocupação em muitos pais e professores em relação à
utilização das diversas tecnologias e das transformações positivas e negativas
que podem ocorrer com seu uso. Essa é uma situação muito complexa.
Segundo Grispun (2001):
"O indivíduo não só aprende com a educação, como também se posiciona frente aos fatos e à realidade que existe dentro e fora dele. Essa atitude e esse pensamento críticos constituem o que se pode denominar uma atitude filosófica em relação a sua própria identidade e às situações que o circundam. Em termos de uma educação para viver a era tecnológica, há que se pensar sobre valores subjacentes ao indivíduo, que pode criar usar, transformar as tecnologias, mas não pode se ausentar, nem desconhecer os perigos, desafios e desconfortos que a própria tecnologia pode acarretar." (GRISPUN, 2001, p. 26-27)
Na sociedade do conhecimento a tecnologia educacional, tem o poder de
transmitir com mais intensidade, mas interatividade, mais agilidade as
informações. Mas percebe-se que todos são agentes transformadores dessa
tecnologia, necessita-se dela para viver, e a cada dia se produzem mais
tecnologia. É um trabalho de mão dupla. Hora ficam fascinados, hora tem-se
medo do que foi criado ou do que ainda possa ser criado. Por isso, é preciso
refletir sobre a tecnologia, pensar em gente, gente que as produz. Pensar em
gente pressupõe pensar em educação. É preciso encontrar um ponto norteador
para essa reflexão.
A tecnologia educacional tem uma relação entre tecnologia, métodos
educacionais e todos os meios disponíveis para se alcançar, de forma
concreta, o aprendizado. Sendo assim, verificamos que a tecnologia
educacional esteve sempre próxima do meio educacional, sendo utilizada
como: instrumentos, métodos e como aplicação científica.
Para que a tecnologia educacional possa ser bem utilizada é necessário
que haja um acompanhamento do desenvolvimento educacional através da
elaboração de novos conceitos, técnicas, teorias e princípios que busquem o
estudo de uma nova visão do sistema educacional.
O computar conectado a internet trouxe essa facilidade, como nos diz
Moran (2007):
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"Alunos, professores, a escola e a comunidade se beneficiam. Atualmente, a maior parte das teses e dos artigos apresentados em congressos está publicada na Internet. O estar no virtual não é garantia de qualidade (esse é um problema que dificulta a escolha), mas amplia imensamente as condições de aprender, de acesso, de intercâmbio, de atualização. Tanta informação dá trabalho e nos deixa ansiosos e confusos. Mas é muito melhor do que acontecia antes da Internet, quando só uns poucos privilegiados podiam viajar para o exterior e pesquisar nas grandes bibliotecas especializadas das melhores universidades. Hoje podemos fazer praticamente o mesmo sem sair de casa." (www.eca.usp.br/prof/moran/textos.htm)
O computador e a internet são ferramentas valiosíssimas no campo da
tecnologia educacional, são produtores de informações. Transcendem no
tempo e no espaço. Trabalham com interatividade na sociedade da informação.
Levam e trazem tudo numa velocidade, onde não encontram barreiras. O
planeta se integra. O computador, mais do que o livro, está tornando viável o
ensino à distância e o auto-aprendizado. Mas o computador, como o livro antes
dele, vai alterar o que se passa dentro da sala de aula também. Em segundos
uma informação pode chegar a milhares de pessoas que estão a milhares de
quilômetros de você. A pesquisa é fascinante nessa perspectiva, segundo
Machado e Silva (2003) "Para muitos as comunidades virtuais são a grande
possibilidade de enriquecimento da vida social no planeta, possibilitando
surgimento e manutenção de relações transnacionais..." (p.74)
O trabalho pedagógico utilizando o computador e a internet pode fluir
numa grande dimensão. É preciso uma consciência na sua utilização. Percebe-
se que a base da construção de uma sociedade da informação é a educação e
sem dúvida a reflexão, como diz Machado e Silva (2003):
"O elemento principal para a construção de uma sociedade que tem como base a informação, o conhecimento e a aprendizagem, é, sem dúvida a educação. Em uma sociedade da informação, educar não é simplesmente preparar o individuo para o uso das tecnologias." (MACHADO E SILVA, 2003, p.62-63)
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Com as novas tecnologias da comunicação e da informação na
educação o raciocínio se torna mais veloz, e diminui a necessidade de
memorização. Podemos obter informações em tempo real, com facilidade. O
aluno é produtor do seu próprio saber. O foco é no aprender e não mais no
ensinar. O ensino estaria centrado no aluno e o educador tem muitas opções
metodológicas para organizar essa comunicação com os alunos. De acordo
com Moran (2005) o novo profissional da educação integrará melhor as
tecnologias com a afetividade, o humanismo e a ética. Será um professor mais
criativo, experimentador, orientador de processos de aprendizagem presencial
e a distância.
Nesse estudo a tecnologia educacional foi tratada numa perspectiva
mais pedagógica, conforme Grispun, (2003)
(...) "é preciso considerar os seguintes pontos: o conceito de educação dentro de um paradigma da modernidade ou pós-modernidade e, portanto uma educação que esteja consoante com seu tempo, partindo-se do pressuposto que a tecnologia já faz parte dessa modernidade (...); (GRISPUM, 2003, p.29)
No momento atual, em que observamos mudanças em todos os campos
da sociedade, devemos pensar em uma educação mais contextualizada,
considerando o cotidiano, buscando uma vida mais criativa para novas
mudanças, em um novo tempo e assim surgem novas possibilidades e novas
propostas de trabalho e desenvolvimento.
"As pessoas de todas as idades que têm acesso ao computador e à Internet utilizam esses recursos para informar, trocar idéias, de lazer e de auto-instrução, com base em interesses pessoais, raramente são orientados ou aproveitados nas (ou para as) atividades de ensino. Em dois mundos paralelos- na escola e em atividades informais com as novas tecnologias- o conhecimento é trabalhado, com fins e objetivos distintos. (KENSKI, 2003, p.69)
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A educação faz parte desse movimento social e sua participação é de
grande relevância.
Em educação, as tecnologias eletrônicas de comunicação são auxiliares
importantíssimos e já ocupam funções educativas fora do sistema regular de
ensino, conforme Kenski (2003)
"Para que essas atividades de ensino mediadas pelos ambientes virtuais ocorram em situações presenciais e a distância, cada vez mais é exigida a colaboração de outros sentidos humanos, e não mais apenas a fala, a visão e a audição. A manipulação tátil, os sentidos da emoção, a intuição, o insight vão estar presentes nos debates, nas discussões e reflexões, de acordo com o interesse e a sensibilidade dos interlocutores. (KENSKI, 2003, p.74)
Com o aceso às redes, as possibilidades educativas se ampliam
consideravelmente e ampliam-se os espaços escolares para oferecer
informações e atividades a serem realizadas na própria instituição por toda
equipe escolar: alunos, professores e funcionários, criando sua própria rede
local. Desta forma a Internet potencializa o aceso às informações e a
comunicação da escola entre seus membros e da escola com o mundo através
da" rede das redes".
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CAPÍTULO II
AFETIVIDADE NA ERA DO CONHECIMENTO
TECNOLÓGICO
"Que pode uma criatura senão, entre
criaturas, amar?"
(Carlos Drumond de Andrade)
O estudo fez uma breve reflexão sobre o funcionamento da afetividade
com relação à inteligência e procurou abordar algumas teorias que abrem uma
relação entre fatores biológicos, sociais e cognitivos da psicologia humana.
Esse estudo discutiu a afetividade se manifestando sob forma de emoção,
sentimentos, e que o ser humano necessita de emoções para deixar fluir sua
inteligência, sua criatividade e sua capacidade de refletir, pensar antes de agir.
Na sua ausência percebe-se intolerância, arrogância, indiferença,
discriminação.
Na concepção de Vygotsky(1989),pensamento e linguagem se
entrelaçam onde um está intimamente ligado ao outro.Separá-los seria um
grande absurdo.Para ele a dimensão afetiva tem ligação direta com o
pensamento.
Segundo Oliveira (1992) sobre o autor:
"(...)coloca que o pensamento tem sua origem na esfera da motivação,a qual inclui inclinações, necessidades,interesses,impulsos,afeto e emoção.Nesta esfera estaria a razão última do pensamento,e assim,uma compreensão completa do pensamento humano só é possível
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quando se compreende sua base afetivo-volitiva."(OLIVEIRA,1992,p.76)
Abre-se um leque de contribuições para um diálogo interno sobre a
importância da afetividade para o crescimento do ser humano em sua
totalidade, tentando negar o dualismo razão e emoção , cognição e afetividade.
Pode-se constatar na teoria de Henri Wallon que a dimensão afetiva ocupa
lugar central.A criança ao nascer passa pelo estágio impulsivo-emocional que é
a causa da sua própria sobrevivência.É tão importante esse estágio que nele
começam as primeiras relações sociais,neste caso o bebê com a mãe. A sua
teoria da emoção é vista como instrumento de sobrevivência típico da especie
humana, nãoé por acaso que o choro do bebe atua de forma tão intensa sobre
a mãe.
Segundo Dantas (1992):
" A afetividade, nessa perspectiva não é apenas uma das dimensões da pessoa: ela é também uma fase do desenvolvimento,a mais arcaica.O ser humano foi, logo que saiu da vida puramente orgânica,um ser afetivo.Da afetividade diferenciou-se lentamente, a vida racional.Portanto, no início da vida, afetividade e inteligência estão sincreticamente misturadas,com o predomínio da primeira"(DANTAS,1992,p.90)
O psicólogo Daniel Goleman (1996), PhD, com seu livro Inteligência
emocional, traz o conceito da inteligência emocional como maior responsável
pelo sucesso e insucesso das pessoas. Dentro dessa visão sistêmica
observamos a pessoa humana como mente e corpo não se opondo,apenas
dissociadas.O ser humano é biológico e social e nessa relação é importante
destacar o quanto um sistema interage com o outro.Segundo
Goleman(1996),não só a razão influencia nos atos,mas a emoção também é
responsável por nossas atitudes e pensamentos,o que tem grande influencia
sobre as pessoas.
Ter habilidade emocional é fator preponderante para que uma pessoa
seja feliz e alcance seus objetivos. O desenvolvimento das emoções na criança
faz com que ela desenvolva melhor seu raciocínio, sua reflexão, sua autonomia
perante a vida tornando-se um adulto mais consciente de seus atos.
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Goleman (1996) destaca algumas habilidades emocionais como
importantes para alçar tais objetivos, conforme o estudo são elas:
1- Autoconhecimento emociona l- Autoconsciência;
2- Controle emocional-Capacidade de gerenciar os sentimentos;
3- Auto- motivação – Ter vontade de realizar, otimismo;
4- Reconhecer emoções nos outros- Empatia;
5- Habilidade em relacionamentos interpessoais- aptidão social.
De acordo com Goleman (1996) saber lidar com emoções fortes como
tristeza, alegria e a raiva são prioridades máximas na vida de qualquer pessoa
que quer ser bem sucedida. Para ele educar as "emoções", é tornar alunos
capazes, em lidar com frustrações, reconhecer seus erros, seus medos, a
pensar antes de agir.
A Inteligência emocional é tão importante, que o professor necessita dela
tanto quanto seu aluno para trabalhar com afetividade e com novas tecnologias
na escola, na sociedade em que estamos inseridos. Para o caminho do
conhecimento é preciso estar humanizado e aberto as novas demandas, dentro
de uma visão de totalidade.
Segundo Grispun (2001)
"Despertar no indivíduo o lado humanístico da tecnologia e, por outro lado, instigá-lo à rede de conhecimentos e saberes que a tecnologia propicia. Não podemos valorizar a técnica em detrimento do mundo subjetivo; para tudo há lugar, em especial para se pensar e para aprender a aprender." (GRISPUN, 2001, p.59)
Num olhar sistêmico da educação, observa-se que não se pode
fragmentar o aluno e seu aprendizado. A educação emocional vem trazer essa
tônica justamente para refletirmos a educação como um todo. É preciso
aprender a aprender com as novas descobertas científicas, e para isso
precisamos estar preparados. Um pouco de filosofia socrática nos faz refletir
sobre o poder da reflexão do diálogo, buscando um autoconhecimento, para
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uma visão cósmica e complexa do poder da educação, e do quanto precisamos
aprender para poder ensinar.
Grispun (2001) destaca três valores que entende estar subjacentes à
Educação tecnológica: responsabilidade, liberdade e autonomia. Diz ainda que
saber desenvolvê-los e cultivá-los é uma tarefa da educação e que será uma
tarefa bem maior de todos. Concluindo o autor reflete que
produzindo,inventando,inovando a tecnologia, seremos formadores de pessoas
críticas, conscientes e poderemos mudar a nossa história, sermos mais
desenvolvidos e humanos.
Dentro desse pensamento, aprender a ter responsabilidade, liberdade e
autonomia para produzirmos e usarmos toda essa produção tecnológica se faz
necessário desenvolver a inteligência emocional. Destacando principalmente
as inteligências inter e intrapessoais. Goleman (1996) denomina ser
inteligência emocional a ação conjunta dessas últimas. Ele dá grande
importância as competências pessoais e as que dizem respeito à competência
social. Destacaremos abaixo por também entendermos sua importância ao
referido estudo:
• Competência pessoal: Capacidade de autopercepção e de
autocontrole, especialmente na área emocional;
• Competência social: Empatia, e aptidões interpessoais.
Quando pessoas tomam decisões precisam ser coerentes com seus
valores, com suas emoções, do contrário vão viver em conflito. Para que se
alcance essa coerência é preciso que se tenha consciência, controle sobre
suas emoções autopercepção; é preciso saber se auto avaliar e ter segurança
pessoal.
No campo educacional é fácil perceber crianças que não possuem
autocontrole das que já alcançaram. Para benefício próprio essa competência é
de real valor ao ser humano. A falta desse controle pode colocar a vida em
risco, além disso, tarefas simples do dia-a-dia também necessitam dessa
habilidade, principalmente quando se assume compromissos.
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De acordo com Goleman (1996) sobre competência social, ele destaca a
empatia e as aptidões interpessoais. A empatia sabe-se que é a capacidade de
se colocar no lugar do outro, entendê-lo, senti-lo em seus sentimentos e
intenções não verbais e sim corporais. Essa habilidade em reconhecer o outro
é fundamental para uma sociedade mais humana.
A socialização como já visto na teoria de Vygotsky (1989) é construtora
do pensamento e da linguagem, e desenvolver essa habilidade de interagir,
reconhecer, entender, saber lidar com as pessoas de maneira correta e eficaz
dependerá também dos sentimentos de cada um. Sentimentos de afeto que
começam a se desenvolver biologicamente desde o nascimento até a sua
morte.
Conforme Dantas (1992) descreveu, Wallon já destacava em sua teoria
que emoções contagiam. Acredita-se que é preciso deixar-se contagiar por
emoções positivas, mas para isso é preciso saber reconhecer emoções
positivas e também transmiti-las.
Para Goleman (1996) o QE (quociente emocional evolui enquanto em
sua opinião o QI (quociente de inteligência) é estável e fixo. Dentro dessa visão
a educação, deverá ser responsável por essa competência (QE), que tem
papel importante para a construção de um ser humano mais consciente,
autônomo, responsável por aquilo que realiza.
A dicotomia que existe entre razão e emoção é descartada por Goleman
quando se entende que um interage com o outro e que quando isso funciona
bem, tanto a capacidade intelectual quanto emocional aumentam e que
devemos buscar o equilíbrio entre as duas: razão e emoção.
A emoção facilita o ato de pensar, assim descreve Salovey (1999):
"(...) a emoção facilita o ato de pensar, se refere à emoção atuando na inteligência; descreve os eventos emocionais que ajudam o processo intelectual. A emoção serve como um sistema de alerta essencial desde o nascimento. O recém-nascido chora quando precisa de leite, calor ou de algum outro cuidado, e ri como reação a sorrisos e outros prazeres. As
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emoções, assim, operam desde o início como um importante sinalizador de mudanças importantes na pessoa e no ambiente. A medida que a pessoa amadurece, as emoções começam a moldar e a aprimorar o pensamento..." (SALOVEY, 1999, p.29).
Um ambiente afetivo no processo pedagógico é importantíssimo para o
pleno desenvolvimento de todos os envolvidos e as novas tecnologias podem
facilitar cada vez mais esse trabalho desde que analisadas as propostas
escolares e a capacidade do profissional em lidar com essa relação entre
tecnologia e afetividade na escola.
Salovey (1999) em seu livro Inteligência Emocional da criança conclui
acreditando que o uso adequado da informação carregada de emoção é um
aspecto importante de qualquer definição sobre inteligência, ainda que isso não
seja estudado sistematicamente por pesquisadores da inteligência nem incluído
nos currículos das escolas tradicionais.
Um novo tempo, um novo espaço e outras maneiras de pensar e agir
acompanham a educação no momento histórico que estamos vivendo, um
momento em que o conhecimento é adquirido de diversas maneiras, na
sociedade da informação. O amplo acesso e uso de novas tecnologias
começam a reorganizar os currículos e metodologias utilizadas na prática
educacional. Tudo isso resulta em mudanças profundas. O uso da tecnologia
digital, principalmente das redes eletrônicas de comunicação e informação
muda a dinâmica do processo.
De acordo com Kenski, 2003
"A nossa cultura educacional, orientada para o aproveitamento pleno das condições oferecidas pela sociedade da informação, requer um novo estilo de pedagogia que favoreça, ao mesmo tempo, os aprendizados personalizados e o aprendizado cooperativo em rede." (KENSKI, 2003, p.92)
O foco da educação está na interação humana. A mudança mais séria
deverá vir do professor, que deverá estar pronto para aprender com outro
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professor e com os alunos. É preciso trabalhar com múltiplas visões e ter
consciência de que estamos construindo algo mutante.
A construção do conhecimento requer participação do aluno, a
afetividade, a emoção, o potencial criativo, torna esse processo pedagógico
mais interativo e o papel do professor é formar indivíduos conectados com
informações e transformá-las em conhecimento.
Segundo Kenski (2003)
"Ao possibilitar que o homem se desenvolva tendo em vista os novos modos de ser na sociedade contemporânea, a nova lógica que orienta as atividades de ensino na instituição coloca-o olhando para si mesmo e para seus anseios pessoais e coletivos. Identifica-o na sua absoluta humanidade, devolvida paradoxalmente por meio de suas inter-relações com as mais novas tecnologias eletrônicas de comunicação e de informação. Garante-lhe os espaços por onde pode iniciar sua busca, em direção ao ideal educativo de formação integral como ser humano, em todas as suas dimensões." (KENSKI, 2003, p.97)
Já se teve uma idéia que o computador ia desumanizar o ensino. Ou que
o professor teria uma nova função. O que podemos perceber é que o professor
ditador de conteúdos abriu caminho para um orientador de vários caminhos de
pesquisa e reflexões. Estamos formando gerações com uma consciência
global.
Nós passamos muito rapidamente do livro para a televisão e o vídeo e
destes para o computador e internet. E mesmo assim não exploramos todas as
possibilidades de cada meio.
O professor tem várias opções de organizar sua comunicação com os
alunos. Mas é importante que amplie as formas de comunicação
interpessoal/grupal. É importante que cada um encontre o que for melhor para
comunicar-se bem, poder ensinar bem, e possa então ajudar o aluno a
aprender melhor. Educar é transformar, é ajudar na construção da identidade,
do projeto de vida, no desenvolvimento de habilidades, emoções. Ajudar a
encontrar sua realização pessoal, social e profissional. Segundo Capelatto, a
25
escola é o local apropriado para tratar questões afetivas que envolvam
principalmente a sociedade.
"É na escola que deve se dar a conscientização a respeito dos problemas do planeta: destruição do meio ambiente, desvalorização de grupos menos favorecidos economicamente, etc. Deve-se falar sobre amizade,sobre a importância do grupo social, sobre questões afetivas." (http://www.voluntariado.org.br/biblioteca/img/col_faca_parte_11.pdf.)
Estamos na era do conhecimento tecnológico, reaprendendo a
conhecer, a comunicar, a ensinar, e a integrar o individual, o grupal, o social, o
humano e o tecnológico, e o mais importante é aprender e não a imposição de
um único padrão de ensino.
As crianças necessitam de contato físico pela necessidade de interação
e socialização, mas o momento agora é estar preparado, pois todo lugar será o
lugar de aprendizagem. A internet é um novo meio de comunicação que pode
ampliar e modificar muitas formas de ensinar e aprender.
De acordo com Moran (Julho, 2005)
"O nosso profissional da educação integrará melhor as tecnologias com afetividade, humanismo e a ética. Será um professor mais criativo, experimentador, orientador de processos de aprendizagem presencial e a distância. Será um profissional menos falante, menos informador e mais gestor de atividades de pesquisa, experimentações e projetos... Quanto mais avança a tecnologia, mas se torna importante termos educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar... (MORAN, 2005, p.12)
Os processos de aquisição do conhecimento assumem papel
importante, exigindo muita reflexão, criatividade, crítica e capacidade de
aprender a aprender. Trabalhar em grupo e se conhecer como pessoa humana.
Cabe a educação formar esse profissional. Aulas tradicionais com mera
repetição desvinculada da realidade, fragmentada, torna aprendizagem vazia.
Segundo Moran (julho 2005)
26
"Hoje, é desafiador aprender a equilibrar a demanda incessante de informação instantânea e a comunicação virtual com convivência afetiva e carinhosa com pessoas com as quais nos relacionamos no espaço familiar, profissional, e de lazer, aprendendo também a encontrar tempo para meditar, refletir, e descansar de forma simples e desconectada da tecnologia. (MORAN, 2005, p.13)
É preciso estimular o interesse dos alunos, motivá-los para a atividade
construtiva – aprender pela construção e reconstrução do saber. Colocar
professor e aluno de forma ativa em ambientes interativos e assim trabalhar o
lado humano em todas as suas possibilidades.
Trabalhando o exercício de valores na busca do conhecimento,
potencializando o aprendizado com atitudes reflexivas, e desta forma estar
preparado para novas formas de aprender, produzir e transmitir conhecimento.
È preciso uma nova postura de cooperação para essas mudanças
educacionais que visam à melhoria da educação e do processo de ensino
aprendizagem.
27
CAPÍTULO III
REFLEXÃO SOBRE AS NOVAS PRÁTICAS
EDUCACIONAIS NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
"Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas." Rubem Alves
A internet trouxe esse feito, muita e muita informação, a qualquer
tempo. Não importa a distância, a quantidade, sempre é possível encontrar
várias informações sobre o que se quer achar. Mas informação, não quer dizer
conhecimento. De acordo com Nery (2008), Presidente da Sociedade de
Catequistas Latino-Americanos, isso tudo tem grandes implicações na
educação em todos os seus aspectos, pois os alunos de hoje serão os
profissionais do futuro. Então as escolas precisam se adequar precisa pensar o
que ensinar, para que, para quem? Hoje as pessoas não conseguem exercer
funções sem que sejam utilizados diversos aparatos tecnológicos. Temos que
refletir, o que é preciso ensinar, pois os jovens precisam estar aptos para o
trabalho e para a vida. Ainda de acordo com Nery (2008), é preciso ampliar o
sentido de alfabetização.
"... hoje se requer a alfabetização digital, ética, solidária, e de boas maneiras, e, também em cidadania e civismo, mas para isso é essencial resgatar os valores da família, os valores da dignidade humana, os valores pessoais e sociais. Investir mais na valorização e formação dos pais e professores, bem como em materiais realmente educativos e numa gestão eficaz do sistema educacional e das escolas. As TICs dependem profundamente de uma revolução no ensino-aprendizado e na educação. (NERY, 2008, p.4)
As tecnologias devem ser aplicadas dentro de um projeto, um programa
pedagógico, isso poderá auxiliar muito os alunos, professores, mas é preciso
que o professor e a escola estejam preparados para isso. A escola não pode
negligenciar seu aluno, que desde criança já interage, com tecnologias de
28
informação. As TICs constituem um caminho sem volta no mundo
contemporâneo.
Nery(2008) afirma que os gestores precisam estar atentos a estas
mudanças de paradigma na educação no e para o mundo tecnologizado. Para
ele a escola deve estar em sintonia com os alunos, atendendo bem aos que já
nasceram mergulhados nesse universo tecnológico e que possam ajudar na
aprendizagem e na construção de pessoas como profissionais e cidadãos e
que sonham com um bom lugar ao sol na sociedade.
De acordo com Chalita (2001), jamais as mudanças aconteceram tão
rápido, a competição esteve tão acirrada e a tecnologia avançou de forma tão
assustadora. É preciso refletir que a sociedade está em plena mudança e tudo
tem se renovado. Famílias e as escolas precisam acompanhar esse ritmo.
Nossas crianças precisam processar entre outras coisas, as tecnologias que
estão a todo redor. Em meio a tudo isso é preciso repensar a escola.
Segundo Cury (2003) algumas técnicas podem ajudar a transformar a
educação, transformá-la em educação dos nossos sonhos. Conforme o autor
diz ser sonhos de construtivismo de Piaget, do pensamento de Vygotsky e da
inteligência emocional de Goleman. Para ele essas mudanças afetariam o
ambiente social e psíquico dos alunos e professores, e por isso é preciso
treinamento de professores e mudança da cultura educacional. Essas técnicas
têm por objetivo a educação da emoção. Formar pensadores.
As técnicas abordadas por Cury (2003) são: música ambiente em sala de
aula, sentar em círculo, exposição interrogada: a arte da interrogação,
exposição dialogada: a arte da pergunta, ser contador de histórias, humanizar o
conhecimento, humanizar o professor: cruzar sua história, educar a auto-
estima: elogiar antes de criticar, gerenciar os pensamentos e as emoções e
participar de projetos sociais.
Cury (2003) diz não escrever para heróis, mas para pessoas que sabem
que educar é realizar a mais bela e complexa arte da inteligência. Educar é
29
acreditar na vida e ter esperança no futuro, mesmo que os jovens nos
decepcionem no presente.
O professor tem esse papel, tem esse poder, e ninguém nem máquina
nenhuma irá substituí-lo, pois as tecnologias estão a todo vapor, precisam ser
utilizadas, aprendidas, e nessa mesma velocidade é preciso humanizar as
escolas, trabalhar com afeto, construir pessoas autônomas, pensadoras,
críticas. Preparar para a vida, para o trabalho, transformando informação em
conhecimento. As máquinas podem informar, mas só o professor é capaz de
formar o aluno. As tecnologias são facilitadoras, mas um ambiente afetuoso no
processo pedagógico favorece o pleno desenvolvimento do educando.
A constituição Federal (1988) é sem dúvida o maior instrumento de
dignidade e cidadania da pessoa humana. Ela assegura a igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola, a liberdade de aprender,
ensinar, pesquisar e divulgar toda produção artística, intelectual, a valorização
da autonomia.
No artigo 205 da Constituição Federal o ordenamento estabelece:
"DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO Seção I DA EDUCAÇÃO Art. 205. "A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho."
Todos necessitam de múltiplas alfabetizações, a formação educacional não
está no domínio da leitura e da escrita, abrange uma diversidade de códigos da
cultura, da sociedade, das relações, o que inclui a alfabetização pelas antigas e
novas tecnologias.
Para Chalita (2001), o pleno desenvolvimento da pessoa humana
significa:
30
"(...) o desenvolvimento em todas as suas dimensões, não apenas do aspecto cognitivo ou da mera instrução, mas do ser humano de forma integral... apesar da importância da preparação para o mercado de trabalho, a constituição deu primazia ao preparo do cidadão para o exercício da cidadania." (CHALITA, 2001, p.105)
Nessa visão, formar o cidadão é o principal, é o mais importante, é o
essencial. A escola é um ambiente formal. A educação por lei diz igualdade a
todos sem discriminação, então tecnologia e afetividade devem estar presentes
em todos os níveis da educação escolar. A escola da contemporaneidade é a
escola da socialização, da preparação para a vida e deverá promover
autonomia.
No PDE, Plano de Desenvolvimento da Educação=Razões, princípio e
programas do Ministério da Educação, o Ministro da Educação, Fernando
Haddad, expõe em tom de diálogo com a sociedade e principalmente com os
educadores os princípios políticos, os fundamentos teóricos, os métodos
educacionais e o passo-a-passo administrativo, e coloca como objetivo
promover a autonomia.
"O objetivo da educação pública é, portanto, promover autonomia. A regra vale tanto para instituições de ensino como para indivíduos. O conceito de autonomia, contudo, tem se prestado a equívoco, com conseqüências danosas para a aprendizagem. A compreensão do conceito de autonomia do indivíduo exige a percepção da natureza dialética da relação entre socialização e individuação. Educar homens e mulheres autônomos é garantir a emergência de subjetividades críticas sobre o pano de fundo de uma tradição cultural gerada pela linguagem e pelo trabalho, o que só é possível pelo desenvolvimento de competências para se apropriar de conteúdos e da capacidade de tomar postura crítica frente a eles. O juízo crítico se desenvolve mais pela forma como se ensina do que pelo conteúdo do que se ensina. Mas a falta ou o excesso de conteúdo, por exemplo, contamina a forma. A relação entre forma e conteúdo é igualmente dialética e é sua justa mediação que dá ao educando condições de, por um lado, aprender a agir autonomamente
31
dentro de um marco de referência universalista para, por outro lado, habilitá-lo a se desenvolver na sua particularidade. É essa condição que permite ao indivíduo autônomo tanto sua autodeterminação quanto sua auto-realização, seja colocando-se da perspectiva ética de membro de uma comunidade em devir,seja pela afirmação de seu próprio valor por meio de atividades criativas, como as ciências ou as artes. "(MEC)
De acordo com Freire (1996), não é possível respeitar o educando se
não considerarmos sua experiência de vida, sua condição, social, cultural, o
que já produziram, antes da escola. Para ele, a experiência de vida que o aluno
traz, e trabalhar dentro desse contexto são um caminho a ser seguido. A busca
pela autonomia também é vista por Freire em um contexto muito grandioso,
pois ninguém amadurece aos 25 anos, ele diz. "A autonomia, enquanto
amadurecimento do ser para si é processo, é vir a ser. Não ocorre com data
marcada." (p.107)
A pedagogia da autonomia que o autor se refere é justamente na
pedagogia centrada em experiências que estimulem tomadas de decisões, e de
responsabilidade. Nesse cenário o professor é peça fundamental, para a
construção desse aluno. A prática educativa é afetividade, alegria, capacidade
científica, domínio técnico a serviço da mudança, de acordo com Freire, tudo
isso e muito mais. O professor a alma da educação, a alma da escola.
O professor, como ser humano, tem a responsabilidade de ser solidário,
amigo, comprometido com seu trabalho, e com amor pelo que faz. Segundo
Chalita (2001) "a escola dos sonhos dos sonhadores, da poesia dos poetas, da
maternidade, da luta dos lutadores começa com a crença de que, em se
falando de vida-e como educação é vida, a solução está no afeto" (p.260). Um
mundo onde evolui-se cada vez mais em tecnologia, ciência, informação e não
se consegue entender o humano, a solução está no afeto.
No momento atual, Educação e Comunicação, são áreas de
conhecimento independentes mas que se complementam pois participam
simultaneamente dos processos de socialização e formação dos indivíduos.
32
As TICs contribuem nos processos educacionais, pela abordagem de
novas práticas comunicativas e como canal de informações oferecem
mudanças para as práticas tradicionais de ensino-aprendizagem. Porém, tudo
depende do uso que se faz das tecnologias e das informações do que da
prática de antigas ou modernas tecnologias no ambiente de ensino.
Segundo Paloma Epprecht e Machado & Renata Mandelbaum, a
chegada dos laptops às salas de aula abre uma reflexão entre os educadores
em como fazer dos computadores, que trouxeram à humanidade um novo
acesso às informações e à produção de conhecimento, um instrumento
transformador na escola e como seria integrar o computador à sala de aula de
forma efetiva. A transformação da escola é um processo longo e, não é algo
simples. Há desafios, frustrações e muito trabalho para atingir uma inovação na
Educação. Cabe destacar que há muitos exemplos de criatividade e sucesso
com o uso da tecnologia na escola. E, nos últimos anos, o uso dos laptops nas
escolas tem possibilitado experiências significativas e inovadoras.
É preciso que se tenha claro que a conexão física das escolas à rede
não garante um modelo significativo na busca da construção da cidadania e do
conhecimento. As potencialidades da Internet na educação são muito amplas e
podem ir muito além do que uma visão mais otimista poderia pensar.
Kenski (2003) apresenta três estilos de apreensão de conhecimentos, tal
como são considerados por Levy. São eles: o oral, o escrito e o digital.
A linguagem falada.
Destaca como a forma mais antiga e mais utilizada pela humanidade em
todos os tempos para a apreensão e uso dos conhecimentos. "Por meio dela
estabelecem-se diálogos, conversas, transmitem-se informações, avisos e
notícias..." (p.34)
Vivencionamos essa linguagem básica por meios de comunicação,
como os populares rádio e televisão. Essa oralidade cria uma concepção
particular de tempo e espaço.
33
Segundo Kenski, (2003)
"No início da civilização, nas sociedades orais, a localização fisicamente próxima dos homens que utilizavam a mesma fala definia o espaço da tribo e da cultura. A oralidade primária requeria a presença e a proximidade entre seus interlocutores..." (KENSKI, 2003, p.34)
Rimas, danças, rituais repetem-se por meio de música, versos, de
histórias contadas e repetidas, assim foram transmitidas de geração em
geração. Essas trocas vinham carregadas de sentimentos e afetos.
Na nova sociedade, essa oralidade é vinda da televisão e do rádio e
também tem o apelo e à afetividade. O locutor ou narrador agora é virtual, mas
exige a atenção e presença do ouvinte.
A linguagem escrita.
Surge em outro momento da civilização, onde homens ocupam outro
espaço determinado, onde praticam a agricultura. A esse respeito LÉVY (2003)
destaca: "A própria origem da palavra ' página' viria de pagus, o campo arado
preparado para o plantio". (LEVY apud. Kenski, 2003, p.35)
Neste caso a disposição das linhas estaria ligada a simetria do campo
cultivado. Agora não mais se preocupava com a memorização e repetição da
oralidade, mas sim com a compreensão do que era comunicado graficamente.
Com a distância de quem escreve, e de quem lê, e os tempos que ocorrem
esse processo (escrever e ler) podem estar defasados em séculos e até
milênios. Mas a partir da escrita ganha-se autonomia do conhecimento. Não
existe a necessidade da presença do comunicador.
A escrita como tecnologia passa a auxiliar ao pensamento, possibilita a
exposição do homem às suas idéias, liberando-o da memorização para a
liberdade de criação.
34
A linguagem digital.
Múltiplas são as tecnologias e diversas são suas funções e finalidades.
Kenski(2003) destaca que a velocidade dos avanços tecnológicos pode ser
verificada pela multiplicidade de tecnologias que vão aparecendo. Com isso
estamos diante de escolhas e possibilidades variadas de ação e comunicação.
Somos sempre convidados a ver mais, ouvir mais, sentir mais, fazer mais. A
tecnologia digital rompe com a temporalidade e espacialidade.
"A nova sociedade digital não se caracteriza pela exclusão ou oposição aos modelos anteriores de aquisição e utilização dos conhecimentos armazenados na memória, humana ou cibernética. Sua característica é o envolvimento; sua prática, a mixagem. Mesclam-se nas redes informáticas - na própria situação de produção – aquisição de conhecimentos – autores e leitores, em tempo real (...)"; (KENSKI, 2003, p.44)
Essas alterações na lógica dos conhecimentos, na sua estrutura, são
desafiadoras para a educação. Requerem-se novas metodologias, e novas
perspectivas para a prática docente. Ainda de acordo com kenski, (2003) cada
vez mais é exigida a manifestação dos nossos sentidos humanos (audição,
visão, tato, emoção, voz...), para a melhor compreensão das mensagens
multimidiáticas de acordo com a sensibilidade e interesse de cada interlocutor."
Compreender esse novo mundo com uma nova lógica, uma nova cultura, uma
nova sensibilidade, uma nova percepção." (p.46)
Nessa abordagem, os procedimentos didáticos, vão se alterando,
independentemente do uso ou não de novas tecnologias em aula. O educador
precisa se posicionar como orientador das múltiplas possibilidades e formas de
alcançar o conhecimento.
"A escola, portanto como uma das instituições de memória social, coloca-se como ponto de recepção e de troca com as demais instituições culturais, visando promover a educação em um sentido amplo. Garantir a necessária adesão social a um projeto de convivência integrada com outros espaços sociais e as mais recentes tecnologias – essa é a necessidade educacional da nova era". (KENSKI, 2003, p.48)
35
Deve-se privilegiar o trabalho grupal, com diálogos, trocas sobre
conhecimentos, onde professores e alunos são colaboradores criando assim
um novo espaço significativo de ensino-aprendiagem. De acordo com as idéias
de Vygotsky (1989), o poder da fala do professor é substituído pela interação,
pela troca e colaboração grupal.
36
CONCLUSÃO
A produção de conhecimento se multiplica a cada dia, por isso
precisamos fazer uso das tecnologias como ferramenta, e aprendizado das
novas modalidades, nos preparando para o mundo digital, mas é preciso
utilizar essa informação para produzir conhecimento. Múltiplas são as
tecnologias e diversas são suas funções e finalidades. Refletindo,
pensando,questionando, seremos capazes de alcançar essa verdadeira
sabedoria. Nesse estudo, analisou-se as potencialidades educacionais da
Internet na sociedade da informação, partindo do princípio de que representa
um poderoso elemento à disposição da educação. Cabe a escola oportunizar
as vivências pedagógicas com diversas tecnologias que pertencem ao nosso
cotidiano, trabalhando de forma contextualizada e atual no tempo e espaço,
formando um cidadão capaz de atuar na sociedade contemporânea, cheia de
desafios. Os computadores, a internet, a televisão, o vídeo, o rádio, a música,
os passeios, os diálogos, tudo isso deve ser utilizado como técnica para tornar
o processo de ensino-aprendizagem mais próximo do aluno e a afetividade
deve estar presente nessa interação.
Concluímos que o computador e a Internet são ferramentas
indispensáveis à escola na atualidade como um recurso que favorece a
construção de conhecimento. Analisamos que por ser uma ferramenta, o que
determina sua influência positiva ou negativa é a forma como é utilizada, por
isso, a mediação humana é fundamental. Os responsáveis pela educação
devem se familiarizar com a ferramenta, mantendo-se sempre interessados e
atualizados, para acompanhar e orientar o educando para um uso criativo do
computador, auxiliando-os a desenvolver uma autonomia consciente e crítica
ao lidar com a ferramenta. O professor- orientador tem o desafio de trabalhar
com novas técnicas, deve planejar a reconstrução da sua prática com novas
ferramentas de ensino, principalmente as tecnológicas que não devem ser
negligenciadas, e com afetividade, desenvolvendo o trabalho das emoções,
formando pessoas capazes de pensar antes de agir, interagindo de forma
37
consciente. É preciso pensar que estamos escrevendo as próximas páginas da
história, e como vamos lidar com essa tecnologia, criando assim um novo
espaço significativo de ensino-aprendizagem. A transformação da escola é um
processo longo e, não é algo simples. Há desafios, frustrações e muito trabalho
para atingir uma inovação na Educação.
As considerações não podem esgotar a problemática que foi discutida
nesse trabalho. Ele apenas iniciou uma reflexão que ainda tem muito a
aprofundar e discutir sobre temas que são relevantes nesse universo. Ainda
precisamos pensar que alterações curriculares acarretarão essas
transformações? Que formação será necessária aos professores que vão atuar
com os novos meios? Como definir que tipo de educação se deseja
desenvolver e que tipo de aluno formar. Como pensar a avaliação nessa nova
perspectiva?
Tudo isso será um novo estudo desafiador para todos que se
predispõem a enfrentar a utilização dos novos meios tecnológicos de
comunicação numa perspectiva pedagógica transformadora. E por acreditar
que conhecimento está intimamente ligado com processos afetivos e com
tecnologias num ambiente de aprendizagem, sugiro como trabalho futuro,
responder a essas e outras questões que irão surgir.
38
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