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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: RH E SUA ATUAÇÃO Por: Daniela Ribeiro de Oliveira Orientadora Prof. Adélia Oliveira de Araújo Juiz de Fora 2010 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: RH E SUA ATUAÇÃO

Por: Daniela Ribeiro de Oliveira

Orientadora

Prof. Adélia Oliveira de Araújo

Juiz de Fora

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: RH E SUA ATUAÇÃO

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão de RH.

Por: Daniela Ribeiro de Oliveira

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AGRADECIMENTOS

Na minha vida passou uma pessoa

muito especial, que me forjou no fogo e

me fez diferente, me mostrou o mundo

além da minha vista... essa pessoa

muito querida é a Sueli.

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DEDICATÓRIA

Ao nosso planeta Terra, que abriga

pessoas amadas como meus filhos -

Feliz Iaiá, Responsável Carol e

Distraído Pedro - e meu marido e

companheiro, Bira, que muito me

ensinam a viver.

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EPÍGRAFE

Herdeiros do Futuro

Toquinho / Elifas Andreatto

A vida é uma grande

Amiga da gente

Nos dá tudo de graça

Prá viver

Sol e céu, luz e ar

Rios e fontes, terra e mar...

Somos os herdeiros do futuro

E pr'esse futuro ser feliz

Vamos ter que cuidar

Bem desse país

Vamos ter que cuidar

Bem desse país...

Será que no futuro

Haverá flores?

Será que os peixes

Vão estar no mar?

Será que os arco-íris

Terão cores?

E os passarinhos

Vão poder voar?...

Será que a terra

Vai seguir nos dando

O fruto, a folha

O caule e a raiz?

Será que a vida

Acaba encontrando

Um jeito bom

Da gente ser feliz?...

Vamos ter que cuidar

Bem desse país

Vamos ter que cuidar

Bem desse país...

Será que no futuro

Haverá flores?

Será que os peixes

Vão estar no mar?

Será que os arco-íris

Terão cores?

E os passarinhos

Vão poder voar?...

Será que a terra

Vai seguir nos dando

O fruto, a folha

O caule e a raiz?

Será que a vida

Acaba encontrando

Um jeito bom

Da gente ser feliz?...

Vamos ter que cuidar

Bem desse país

Vamos ter que cuidar

Bem desse país...

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RESUMO

Com este trabalho busca-se identificar mecanismos que poderão ser

utilizados pelo profissional de Recursos Humanos para incluir a Educação

Ambiental na realidade das organizações em que atua. Para isso, passa-se

pela história da EA e pelos conceitos fundamentais ao seu entendimento. A

Responsabilidade Social Empresarial é a única saída encontrada pelas

organizações para permaneceram competitivas no mercado financeiro, pois o

planeta se encontra em um momento decisivo, no qual a própria população

percebeu seu desgaste e a necessidade de recuperação e preservação,

refletindo, isso, em suas posturas enquanto consumidores. Avalia-se a

importância da Educação Ambiental dentro das organizações e o papel do

Recursos Humanos como modificador da cultura organizacional. Busca-se,

portanto, identificar, dentro dos recursos já utilizados pelos profissionais de RH,

formas de modificar a cultura organizacional formando colaboradores

conscientes de seu papel na preservação do planeta. Sugestões de atividades

têm o objetivo de suscitar o desejo de mudança por meio da busca incessante

de idéias e pesquisa de formas, inovadoras ou não, de estimular a mudança de

postura da organização como um todo.

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METODOLOGIA

“Não herdamos a terra de nossos pais, mas a

pegamos de empréstimo de nossos filhos e

netos.”

Henry Brown

A Educação Ambiental (EA) é assunto presente em discussões da

atualidade em todos os segmentos, o que torna a busca por material de

pesquisa um grande prazer e, ao mesmo tempo, uma grande dificuldade. Fácil

perder o rumo diante de tanta oferta de livros, sites e matérias jornalísticas em

todos os meios de comunicação, além dos diálogos, muitas vezes inflamados,

em diversas rodas de amigos ou profissionais.

Buscando fixar o alvo de nossas pesquisas, o presente trabalho será

desenvolvido a partir da pesquisa bibliográfica e da utilização de cases de

empresas que realizam Educação Ambiental junto a seus empregados,

avaliando sua repercussão no mercado. Muitos dos exemplos utilizados serão

retirados de endereços eletrônicos de empresas socialmente responsáveis e,

ainda, de ambientes virtuais especialmente criados para abrigar informações

relativas à educação ambiental, principais fontes de informação para os

profissionais de RH que desejam permanecer informados a respeito do que

acontece de mais recente em termos de sustentabilidade.

Alguns autores, tanto da área ambiental, quanto da área de gestão de

pessoas, servirão de base para nossos estudos. André Trigueiro, jornalista

envolvido com questões ambientais e bastante atuante nas diversas formas de

mídia, nos guiará pelos caminhos que a imprensa, poderosa e verdadeira

formadora de opinião, conduz.

Vilmar Berna, Prêmio Global 500 da ONU para o Meio Ambiente e editor

do Jornal do Meio Ambiente, ambientalista reconhecido por seu compromisso

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com a divulgação de técnicas de educação ambiental, nos indicará caminhos

que o profissional de RH pode trilhar em busca de meios para levar a

Educação Ambiental Humana para dentro das empresas.

Idalberto Chiavenato será nosso principal referencial no que tange à

Gestão de Pessoas, apontando a verdadeira postura que o profissional de RH

deve assumir diante da empresa visando disseminar informações com

responsabilidade, de forma a conduzir a resultados significativos.

Revistas especializadas serão consultadas e experiências vividas servirão

de estímulo constante. Partindo de necessidades percebidas no cotidiano

profissional e enquanto cliente de diversas empresas, busca-se, por meio da

pesquisa bibliográfica, encontrar respostas para dúvidas levantadas por

profissionais de RH preocupados com o futuro do planeta Terra e conscientes

de seu papel transformador.

Portanto, diversos autores consagrados servirão de base para a busca de

respostas às inseguranças encontradas no dia-a-dia do profissional de RH

dentro das organizações. Um estudo teórico busca subsidiar atividades

práticas da vida dentro das empresas e os obstáculos que são inevitavelmente

encontrados precisam ser superados de maneira pragmática.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................10

CAPÍTULO I – Entendendo a Educação Ambiental (EA)..................................15

1.1 – Como assim, Educação Ambiental?..............................................16

1.2 – O que mais está envolvido?..........................................................18

CAPÍTULO II – Importância da Educação Ambiental dentro das empresas.....23

2.1 – E a Política Ambiental Empresarial?.............................................27

CAPÍTULO III – O papel do profissional de RH na formalização da Educação

Ambiental dentro das empresas.......................................................................31

3.1 – Que recursos o profissional de RH tem nas mãos?......................32

3.2 – E na prática?.................................................................................34

CONCLUSÃO...................................................................................................40

BIBLIOGRAFIA.................................................................................................42

ANEXOS...........................................................................................................45

ANEXO 1 – ISO 41.001....................................................................................45

ANEXO 2 – Dez Mandamentos Ambientais......................................................46

ÍNDICE..............................................................................................................50

FOLHA DE AVALIAÇÃO...................................................................................51

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INTRODUÇÃO

“Ó vida futura! Nós te criaremos.”

Carlos Drummond de Andrade

A educação ambiental é tema constante nas escolas e na mídia

hodiernamente. Há mais de trinta anos o mundo vem aumentando sua

preocupação diante da utilização dos recursos naturais, cada vez mais

escassos, estimulado pelas diversas convenções realizadas a respeito do

tema. Com isso, temos uma mudança constante no conceito de Educação

Ambiental, que hoje engloba o conjunto de temáticas relativas não só à

proteção da vida selvagem, mas também à melhoria do meio e da qualidade

de vida das comunidades. Utiliza-se, portanto, um termo mais abrangente para

nomeá-la: “Educação Ambiental Humana”.

Sendo assim, as empresas que pretendem permanecer competitivas no

mercado devem se preocupar em abordar o assunto Educação Ambiental (EA)

com seus empregados, abordagem essa que precisa ser direcionada pelo

profissional de Recursos Humanos (RH). É ele o responsável por guiar os

colaboradores para um caminho que leva ao crescimento da empresa diante

do mercado, considerando que, para que esse crescimento seja real e

duradouro, tanto o público externo, quanto o público interno, devem estar

satisfeitos com o que oferece a empresa. Refletindo um pouco, essa divisão

entre público interno e externo está cada vez menos evidente, nos permitindo

agora pensar apenas em um grande público que precisa estar plenamente

satisfeito com os produtos e serviços oferecidos pela empresa.

Em tempos em que a expressão Responsabilidade Social Empresarial

está tão em voga, a formação de uma sociedade consciente de seu papel no

meio ambiente humano passa por todos os segmentos existentes. Enquanto

crianças aprendem em sala de aula como se posicionar diante das agressões

que está sofrendo o planeta Terra ou, enquanto rádio, televisão e internet

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bombardeiam a sociedade com informações a respeito de mudanças

climáticas, as empresas estão cada vez mais pressionadas a tomar alguma

atitude para diminuir o impacto de suas atividades no meio ambiente humano.

A empresa é feita por seus colaboradores e, por isso, é por eles que deve

passar uma mudança de atitude por meio de quebras de paradigmas.

É pensando no “como” as empresas devem agir que colocamos o

profissional de RH como a peça central nesse processo. A mudança de cultura

que o momento exige deve ser conduzida não de forma amadora, mas por

profissional capacitado para utilizar as ferramentas de que a empresa dispõe,

como a universidade corporativa e o marketing, para preparar seus

empregados para assumirem uma postura de responsabilidade diante do meio

ambiente. Essa mudança precisa ser rápida e consistente, modificando a

cultura organizacional e criando uma forma de pensar ambientalmente

responsável.

O mercado consumidor está a cada dia mais consciente da importância

da conservação do meio ambiente e as empresas precisam assumir seu papel

no sentido de auxiliar a sociedade no melhor aproveitamento dos recursos

naturais e na disseminação de uma cultura de respeito ao planeta. O

colaborador consciente de seu papel na preservação do meio ambiente leva

para a sua casa essa cultura, trocando experiências com seus grupos de

relacionamento e, rapidamente, criando fortes redes de sustentabilidade do

planeta Terra.

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A Terra, em sua biografia, conheceu cataclismos inimagináveis, mas

sempre sobreviveu. Sempre salvaguardou o princípio da vida e de sua

diversidade.

Estimamos que agora não será diferente. Há chance de salvamento.

Mas, para isso, devemos percorrer um longo caminho de conversão

de nossos hábitos cotidianos e políticos, privados e públicos, culturais

e espirituais. A degradação crescente da nossa casa comum, a Terra,

denuncia nossa crise de adolescência. Importa que entremos na

idade madura e mostremos sinais de sabedoria. Sem isso, não

garantiremos um futuro promissor. (BOFF, 2004)

Pretende-se, com este trabalho, definir estratégias para atuação do

profissional de RH em Educação Ambiental, buscando as boas práticas que se

destacam das tantas que estão sendo realizadas na atualidade e apontando

caminhos a serem percorridos pelos profissionais interessados em fazer

diferença com seu trabalho, não apenas dentro de suas empresas, mas para o

presente e o futuro do planeta Terra. Identificar maneiras para atuação do

profissional de RH em educação ambiental dentro das instituições é acreditar

no poder transformador da capacitação dos colaboradores da organização

que, também, fazem parte da sociedade.

Com o objetivo de definir o papel do profissional de RH na formalização

da educação ambiental dentro das empresas, buscaremos entender a

Educação Ambiental e seus fundamentos e a importância da consciência

ecológica no interior das organizações, enquanto espaço em que os

colaboradores permanecem, em média, mais de um terço das horas de seu

dia.

Historicamente, a Educação Ambiental, assim como as demais formas

pedagógicas, passou por inúmeras alterações. Abordaremos, no primeiro

capítulo, “Entendendo a Educação Ambiental (EA)”, essa trajetória no tempo e

os conceitos fundamentais ao entendimento da Educação Ambiental nos dias

de hoje. Faremos, ainda, um breve histórico até chegarmos ao conceito mais

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recente de Educação Ambiental, facilitando o entendimento da abrangência do

tema na atualidade. Abordaremos conceitos fundamentais para a implantação

da Educação Ambiental dentro das empresas, como desenvolvimento

sustentável, redes, políticas ambientais e sociais empresariais, movimentos

ecológicos, ativos tangíveis e intangíveis, responsabilidade social empresarial,

aprendizagem, dimensões da sustentabilidade, entre outros não menos

importantes.

O segundo capítulo, “Importância da Educação Ambiental dentro das

empresas”, é o momento em que buscaremos mostrar a importância do papel

da empresa na sociedade, discutindo a repercussão de uma ação interna e

voltada para seus empregados no resultado da organização, passando por sua

imagem diante dos seus diversos públicos, incluindo stakholders, que são as

pessoas e grupos capazes de influenciar ou serem influenciados pelos

resultados alcançados e que possuam reivindicações a respeito do

desempenho da empresa. (CHIAVENATO, 2008) A elaboração e adoção de

uma Política Ambiental Empresarial é a forma mais abrangente que a diretoria

de uma empresa tem de estabelecer metas e indicadores para a Educação

Ambiental Humana, abrangendo tanto projetos educacionais como de gestão

ambiental.

Finalmente, no capítulo III, “O papel do profissional de RH na

formalização da educação ambiental dentro das empresas”, mostraremos que

a Política Ambiental Empresarial deve ser algo que abranja todos os

segmentos da empresa. Por isso, a importância da atuação do profissional de

RH, enquanto agente integrador de idéias, multiplicador de informações e

mobilizador de forças. Somente envolvendo todos os seus colaboradores a

organização será capaz de fazer a educação para o meio ambiente de forma

concreta.

O profissional de RH tem diversas ferramentas a seu dispor, e é a

utilização destas ferramentas que buscaremos abordar ainda no terceiro

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capítulo, remanejando recursos de forma que a Educação Ambiental possa ser

realizada dentro da empresa sem se tornar inviável devido a altos custos.

Portanto, aqui se pretende apresentar propostas práticas para que o

profissional de recursos humanos possa atuar de forma efetiva, preparando

toda a equipe da empresa para atuar de forma ambientalmente responsável,

levando para seus grupos de convivência, dentro e fora da empresa, práticas

capazes de transformar a degradação do planeta Terra em novas perspectivas

de recuperação e preservação.

A realização de tal pesquisa é bastante estimulante, considerando tratar-

se de colaborar para a preservação do planeta Terra, nossa morada, que vem

sofrendo degradações e agressões desmedidas por parte dos seus moradores.

Plenamente conscientes das limitações impostas pela dimensão de um

trabalho monográfico, nos colocamos o desafio de despertar nos leitores o

interesse em buscar sempre mais informações, no sentido de fazer da

Educação Ambiental Organizacional uma realidade presente em todos os

projetos desenvolvidos pelo profissional de Recursos Humanos.

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CAPÍTULO I

ENTENDENDO A EDUCAÇÃO AMBIENTAL (EA)

Os problemas ambientais são gerados não só

pela transformação da natureza pelo homem,

mas também pela própria relação entre os

homens.

Passaremos rapidamente pela história da Educação Ambiental, visando

esclarecer como se chegou ao conceito hoje adotado de que a Educação

Ambiental Humana engloba todas as relações da espécie humana. Conforme

afirma Regina Miranda, uma das idealizadoras do projeto Agenda Sustentável,

o cuidado de agir, produzir e viver com um menor impacto social,

ambiental e econômico é um caminho sem volta, rumo a uma nova

forma de fazer as tarefas do dia a dia e, principalmente, de se

relacionar com o planeta. Quando passamos a conhecer práticas de

sustentabilidade empregadas por diversas instituições e pessoas,

percebemos que é fácil preservar o planeta apenas com a mudança

de certas atitudes e posturas. A sustentabilidade é um assunto que

apaixona. Sua prática deixa as pessoas perdidamente apaixonadas

pela vida. (Portal HSM)

Viver a Educação Ambiental é uma necessidade premente, a partir do

momento em que se muda a forma de entender o meio ambiente e suas

relações, a espécie humana passa a ser capaz de conviver em harmonia no

planeta Terra, sem impor suas vontades de forma inconseqüente.

Passando pela história da Educação Ambiental, entendemos que

diversos eventos a nível mundial impulsionaram de forma significativa a

evolução dos conceitos e, consequentemente, das formas de abordagem do

tema nos meios acadêmicos e organizacionais.

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Percebe-se, tendo como base as inúmeras iniciativas de governos e

outros grupos, a busca pela disseminação de importantes informações

relativas à convivência entre os seres vivos e o meio em que vivem.

1.1 – Como assim, Educação Ambiental?

Passeando pela História, a partir da década de 60, principalmente após a

Segunda Guerra Mundial, percebemos no mundo inteiro que o ritmo de

desgaste dos recursos naturais se intensificou. Nasce da constatação dessa

realidade o movimento em defesa do meio ambiente, buscando a conservação

da qualidade de vida das populações, que dependem dessa natureza. Em

1968 a UNESCO realiza um estudo comparativo em 79 países com a intenção

de mapear o trabalho realizado em escolas em relação ao meio ambiente,

definindo-se ser o meio ambiente composto não só pelo entorno físico, mas

também pelos aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos inter-

relacionados. (RODRIGUES, 2001) Surge daí a idéia de que o meio ambiente

é muito mais do que se considerava até então, tudo que cerca a espécie

humana é meio ambiente.

Ainda na década de 60, o mercado financeiro já se interessava por

empresas responsáveis. Nos Estados Unidos foram criados os primeiros

fundos dessa categoria, como o Trillium e o Pax, que excluíam empresas de

armas, fumo, bebidas, assim como de petróleo e de mineração, por serem

setores considerados de alto impacto para o meio ambiente. A preocupação

com a qualidade de vida da população planetária passa a exercer influência no

mundo das finanças, o único fator que importa verdadeiramente aos países

capitalistas.

No ano de 1972, em Estocolmo, inicia-se o diálogo entre os países

industriais e em subdesenvolvimento na Conferência das Nações Unidas sobre

o Meio Ambiente Humano. Questões como poluição do ar, da água e dos

oceanos, são vinculadas ao crescimento econômico e ao bem-estar da

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população mundial. A Declaração de Estocolmo, resultado do encontro, foi

composta por um conjunto de princípios para o manejo ambiental e por um

programa de metas, que serviria não apenas em âmbito nacional, mas também

mundial. (MELLO, 1993) No artigo 19 do documento, lê-se:

... é indispensável um trabalho de educação em questões ambientais,

visando tanto as gerações jovens, como os adultos, dispensando a

devida atenção aos setores menos privilegiados, para assentar as

bases de uma opinião pública bem informada e de uma conduta

responsável dos indivíduos, das empresas e das comunidades,

inspirada no sentido de sua responsabilidade, relativamente à

proteção e melhoramento do meio ambiente em toda sua dimensão

humana. (grifos nossos)

Em 1975 foi consolidado o “Programa Internacional de Educação

Ambiental”, na Conferência de Belgrado. Partindo do pressuposto de que nada

muda realmente se não partir da educação, temos aqui um importante passo

dado na direção de uma verdadeira mudança de postura diante dos problemas

ambientais.

Na Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental de Tbilisi, em

1977, definiu-se a Educação Ambiental como “uma dimensão dada ao

conteúdo e à prática da educação, orientada para a resolução dos problemas

concretos do meio ambiente por intermédio de enfoques interdisciplinares e de

uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade.”

(Unesco, IBAMA, 1997) Gradativamente percebemos a intensificação de uma

chamada de responsabilidade mundial, envolvendo são só os governos, mas

também a sociedade civil e demais setores da população.

Em 1987, na Conferência Internacional sobre Educação e Formação

Ambiental, ocorrida em Moscou, reuniram-se 94 países com centenas de

especialistas debatendo os progressos e dificuldades detectados pelos países

a respeito da Educação Ambiental. Como resultado, propôs-se a “Estratégia

Internacional de Ação em Matéria de Educação e Formação Ambiental para o

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Decênio de 90”, com conclusões pessimistas. O surgimento de indicadores de

sustentabilidade dão a medida do que está sendo feito e do que deveria estar

sendo realizado.

Portanto, durante muitos anos, temos exemplos de eventos que

ocorreram pelo mundo em busca de uma melhoria na relação da espécie

humana com o meio ambiente.

Segundo Vilmar Berna, em seu livro “Amigos do Planeta: Meio Ambiente

e Educação Ambiental”, o conceito de Educação Ambiental é

Processo de formação e informação social orientado para:

(I) o desenvolvimento de consciência crítica sobre a problemática

ambiental, compreendendo-se com crítica a capacidade de captar a

gênese e a evolução dos problemas ambientais, tanto em relação aos

seus aspectos biofísicos, quanto sociais, políticos, econômicos e

culturais;

(II) o desenvolvimento de habilidades e instrumentos tecnológicos

necessários à solução dos problemas ambientais;

(III) o desenvolvimento de atitudes que levem à participação das

comunidades na preservação do equilíbrio ambiental

(Proposta de Resolução CONAMA - Conselho Nacional do Meio

Ambiente nº 02/85).

A Educação Ambiental é, portanto, o único caminho capaz de levar à

regeneração dos recursos naturais degradados e à preservação dos que ainda

restam.

1.2 – O que mais está envolvido?

Socialmente responsável, ético, verde ou sustentável são alguns dos

nomes utilizados para o processo de investimento que considera as

conseqüências socioambientais em um contexto de rigorosa análise financeira.

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É um mercado que vem crescendo constantemente e que movimenta grande

volume financeiro, recebendo o nome de carteira socialmente responsável.

O entendimento de alguns conceitos é fundamental para que possamos

traçar estratégias de Educação Ambiental dentro das organizações.

Iniciaremos pelo conceito de Desenvolvimento Sustentável, que é o

“desenvolvimento que atende às necessidades do presente, sem comprometer

a capacidade de as futuras gerações atenderem às suas próprias

necessidades.” (BERNA, 2008) Consagrada em todo o mundo, essa

concepção significa atender às necessidades das organizações, da espécie

humana e das comunidades, ao mesmo tempo que preserva os recursos

naturais para as gerações vindouras. Comprometendo-se com o

Desenvolvimento Sustentável, o ser humano garante a seus descendentes a

possibilidade de desfrutar de bens ambientais assim como gerações passadas

desfrutaram.

Movimentos Ecológicos, segundo Vilmar Berna (2008), são

Movimentos de ação social que, a partir da formação de grupos

integrados, pretendem estimular uma atitude fundamental de defesa

do equilíbrio ecológico e de melhor qualidade de vida. São gerados e

organizados por diversos grupos sociais, tais como associações de

bairro, conservacionistas, profissionais, clubes, igrejas e outros, e

podem constituir grupos de pressão junto aos poderes públicos e às

organizações privadas.

Considerando o crescimento do número e da força dos movimentos

ecológicos, torna-se mister que as organizações se preocupem com a

educação ambiental dentro de suas instalações, considerando-se que em

algum tempo não será possível a permanência no mercado de empresas sem

consciência ambiental.

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Outro importante conceito do qual depende a atividade de educação

ambiental dentro das organizações é o de rede, pois é por meio dela que as

informações e atividades se disseminam e chegam a todos os pontos

necessários.

Uma rede é uma costura dinâmica de muitos pontos, é uma forma de

organização capaz de reunir pessoas e instituições em torno de

objetivos comuns, primando pela flexibilidade, dinamismo, democracia

e descentralização na tomada de decisões, com alto grau de

autonomia de seus membros e horizontalidade das relações entre

seus elementos. (Portal Iteia)

As Políticas Ambientais e Sociais Empresariais têm sua disseminação

estimulada pelos índices de sustentabilidade empresarial, abrindo

oportunidades de negócios a partir de novos conceitos, inclusive no mercado

financeiro.

O conceito de que “aprendizagem é o processo pelo qual as pessoas

adquirem conhecimento sobre seu meio ambiente e suas relações durante o

próprio tempo de vida” (CHIAVENATO, 2008), nos leva a refletir a respeito da

importância de uma aprendizagem pela abordagem da Educação Ambiental,

como disciplina transversal, dentro das organizações, coordenada pelos

profissionais de Recursos Humanos.

Ao calcular o valor de mercado de uma organização, muito além dos

ativos tangíveis – como prédios, máquinas, equipamentos, instalações,

matérias-primas e estoques – hoje se calcula o seu valor financeiro pelos

ativos intangíveis. (CHIAVENATO, 2008) As empresas se preocupam em

identificar indicadores para mensurar esses ativos intangíveis, compostos pelo

capital humano, o capital estrutural interno e externo e o conhecimento

adquirido por sua equipe.

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De acordo com o economista e estudioso dos problemas de

desenvolvimento no mundo todo, Ignacy Sachs, há cinco dimensões à questão

da sustentabilidade, sendo elas social, cultural, ambiental, econômica e

política. (SILVA, 2007) Considera-se que cada uma dessas dimensões não

pode ser tratada em um contexto reducionista, pois a natureza não pode ser

vista excluindo-se o ser humano, que faz parte dela. Assim, todas as

dimensões estão intimamente interligadas.

“Responsabilidade Social significa a atuação responsável socialmente

de seus membros, as atividades de beneficência e os compromissos

da organização com a sociedade em geral e de forma mais intensa

com aqueles grupos ou parte da sociedade com a qual está em

contato. A responsabilidade social está voltada para a atitude e

comportamento da organização em face das exigências sociais da

sociedade em conseqüência das suas atividades. Isso implica a

avaliação e compensação dos custos sociais que a mesma gera e a

ampliação do campo de seus objetivos, definindo o papel social a

desenvolver para conseguir com tudo isto a legitimidade e

responsabilidade em face dos diversos grupos humanos que a

integram e perante a sociedade em seu conjunto.” (CHIAVENATO,

2008)

Promover a atuação responsável socialmente de todos os membros da

organização requer intenso trabalho de mobilização, que só será possível

quando cada um se sentir essencial no processo. Sem uma mudança radical

na cultura da organização, a política de responsabilidade social será apenas

mais uma teoria institucional ignorada pelos colaboradores.

Educação Profissional, segundo Chiavenato (2008), “é a educação

institucionalizada ou não, que visa ao preparo do homem para a vida

profissional.” Cabe ao profissional de RH utilizar as ferramentas disponíveis

para construir um planejamento estratégico capaz de inserir na educação

profissional valores relativos à sustentabilidade do planeta.

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A importância de conhecer os conceitos fundamentais relativos ao que

envolve a Educação Ambiental se dá para que seja possível avaliar as diversas

dimensões que envolvem o trabalho que precisa ser realizado para alcançar

uma verdadeira mudança de cultura relacionada com o respeito ao meio

ambiente.

Relacionando os conceitos aqui apresentados e outros que aparecerão

no decorrer do trabalho, a mudança de atitude da empresa vai se tornando

algo menos utópico e mais palpável, até que se materialize totalmente quando

o próprio profissional de RH mudar sua forma de encarar a sua

responsabilidade diante da sustentabilidade do planeta Terra.

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CAPÍTULO II

IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL DENTRO

DAS EMPRESAS

“Todos nós desejamos viver num mundo

melhor, mais pacífico, fraterno e ecológico. O

problema é que as pessoas sempre esperam

que esse mundo melhor comece no outro.”

Vilmar Berna

Neste momento, abordaremos as repercussões de uma empresa

ambientalmente responsável na comunidade em que está inserida,

contribuindo para a recuperação das relações saudáveis da espécie humana

com seu espaço físico, sua morada. Segundo Chiavenato (2008), “Em um

mundo de forte visibilidade das organizações, avulta a responsabilidade social

como elemento fundamental no sucesso organizacional.” Por isso, a cada dia

as empresas buscam maior engajamento em atividades sociais que têm por

objetivo a melhoria de vida das comunidades.

Na atualidade, as corporações demonstram aumento da preocupação

com as questões ambientais, motivadas pela imposição legal, pela cobrança

da sociedade, pela pressão crescente das ONGs, por iniciativas da

concorrência e pela conscientização ambiental esboçada pelos consumidores.

As relações de produção e consumo estão sendo modificadas devido às

reações às agressões ocasionadas pelas corporações à natureza e à

sociedade.

Segundo o professor Eduardo Spers, do Núcleo de Estudos em Gestão

Internacional (NEGI) da ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing,

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A sustentabilidade passa muitas vezes pela mudança de pensamento

dentro e fora das organizações. A disseminação de uma cultura

voltada para a sustentabilidade passa pela decisão de gestores

públicos, privados e do próprio consumidor no momento da compra.

Nesta perspectiva cresce a necessidade de criar um movimento em

prol da sustentabilidade. (Portal HSM)

Atentando para essa necessidade, as empresas vêm buscando capacitar

seus colaboradores para pensar de forma cada vez mais sustentável. Essa

busca por uma forma de atuar com maior respeito ao meio ambiente, como se

vê, não é mero modismo, mas necessidade premente àquelas empresas que

pretendem permanecer competitivas no mercado financeiro. Por esse motivo

os gestores, públicos e privados, não podem se eximir da responsabilidade de

abordar o assunto de forma pragmática.

O grupo Ethos oferece consultoria para empresas interessadas em

implementar a Educação Ambiental em suas organizações. A soma de forças

de empresas e instituições de ensino busca encontrar caminhos a serem

percorridos que levem à utilização racional dos recursos naturais, o que só

acontecerá com uma mudança radical na cultura das organizações e na

maneira de agir da população planetária.

A importância de se estabelecer parcerias é demonstrada ao se verificar

os diversos casos de sucesso em que a experiência vivida por uma empresa,

positiva ou negativa, serviu de exemplo para outras buscarem o seu caminho.

De acordo com o site do Instituto Ethos,

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“O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) está ouvindo

empresários e sindicalistas, no sentido de mapear os programas de

educação ambiental nos dois segmentos e sua sintonia com o Ministério do

Meio Ambiente. A Câmara Técnica de Educação Ambiental do Conama

pretende abrir um canal de diálogo com os dois setores, que começa pela

realização do seminário Desafios e Perspectivas da Educação Ambiental no

Setor Empresarial (...). O fórum (...) discute, também, a proposta de

regulamentação do Artigo 3º da Lei 9.795/99, que institui a Política Nacional

de Educação Ambiental. O encontro é realizado em parceria entre a

Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA e o

Governo da Bahia e junta pesos pesados do setor empresarial, como a

Confederação Nacional da Indústria, Confederação Nacional dos

Transportes, Petrobras, Furnas Centrais Elétricas, além do MST e

organizações não governamentais, como a Oca Brasil e Novos Curupiras, e

universidades federais. A idéia é proporcionar a troca de experiências em

programas ambientais para nortear as políticas públicas no setor. (Agência

Envolverde)”

Segundo a presidente da Standard & Poor’s, Regina Nunes, “Uma

companhia só tem bons resultados a longo prazo com sustentabilidade,

responsabilidade sócio-ambiental e consciência. É lógico que o produto

também tem que ser muito bom.” (ISE da Bovespa alerta para a preocupação

com o meio ambiente, em Executivos Financeiro, ano XVI – outubro/05 nº

176.) Os resultados a que a presidente se refere são financeiros e se referem

às altas de preço apresentadas pelas empresas que investem em

Responsabilidade Social Empresarial (RSE) na Bolsa de Valores de São Paulo

(Bovespa). Um bom exemplo de resultados é a Natura, empresa brasileira de

cosméticos, que, no ano de 2005, obteve valorização em suas ações de 136%

em um período em que o Ibovespa, principal referência da bolsa paulista,

registrou avanço de apenas 49,54%. A Natura baseia-se no lema de que toda

atividade tem que ser economicamente viável, ambientalmente correta e

socialmente justa.

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Em busca de decifrar o quanto a adoção de medidas de sustentabilidade

dentro da organização pode ser rentável, Bob Willard, economista, ex-

presidente da IBM, onde trabalhou por 35 anos, e autor do livro “The

sustainability advantage” utilizou ferramentas bem próximas ao meio negocial

para mostrar resultados a serem avaliados pelas empresas.

Munido de Excel e algumas regras de matemática financeira, Willard

descobriu que, ao incorporar a sustentabilidade na estratégia do

negócio, uma grande empresa pode alcançar até 38% a mais de lucro

e uma pequena empresa, até 66%, no curto e médio prazos. Em

tempos de forte competitividade, retornos dessa magnitude costumam

melhorar o humor de qualquer gestor. (LOPES, 2008)

Ainda de acordo com as pesquisas realizadas pelo economista, “a

principal razão para uma companhia adotar estratégias sustentáveis é ter mais

sucesso nos negócios.” A questão da responsabilidade ambiental precisa ser

tratada de forma pragmática, levando aos investidores dados tangíveis que

provem a importância das iniciativas de sustentabilidade da companhia na

prática desse conceito em busca do alcance de resultados quantificáveis.

Portanto, o sucesso econômico e o retorno financeiro para a organização estão

baseados no equilíbrio dos aspectos econômicos, ambientais e sociais.

Segundo Ricardo Voltolini, publisher da revista Idéia Socioambiental,

Capitaneadas por líderes mais éticos, elas (as organizações)

colocarão sua energia na formação de novas lideranças capazes de

compreender que, mais do que um imperativo moral, ser sustentável

valoriza ativos, gera valor econômico para o negócio, preserva o

planeta e melhora a vida das pessoas.

As lideranças a que Voltolini se refere não podem agir de forma amadora,

visto que a proposta é que todas as empresas se adequem ao novo modelo,

incluindo, aí, as grandes empresas. Um pequeno erro em uma organização de

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grande porte toma proporções astronômicas, podendo levar a imagem da

mesma para posições indesejadas pela sua diretoria.

2.1 - E a Política Ambiental Empresarial?

“Não há educação ambiental sem participação política.” (BERNA, 2007)

Podemos entender o governo de uma empresa como seu corpo gerencial,

responsável por estabelecer diretrizes e investir na Educação Ambiental. Para

obter os resultados desejados, é preciso estimular a participação dos

colaboradores garantindo os instrumentos necessários, direitos e acesso à

participação e interferência nos centros de decisão. Cada um deve se sentir

parte do processo, responsável pela criação e execução das atividades de

mudança de cultura organizacional. Receitas prontas, criadas pela diretoria e

impostas à organização não têm chance de funcionar. No entanto, não se pode

perder de vista que um setor da empresa precisa ser o principal responsável

por direcionar as ações de criação da Política Ambiental Empresarial.

Muitas empresas vêem trabalhando em projetos e políticas ambientais

empresariais, outras, ainda, já os têm em aplicação. Os bons resultados são

evidentes aos colaboradores e clientes, modificando a imagem da organização

diante de seus steakholders.

De acordo com Chiavenato (2008), “há uma forte tendência no

empresariado brasileiro: a conscientização da responsabilidade social do setor

e o descobrimento de que apoiar programas sociais proporciona retorno

positivo para a imagem de empresas e instituições.” Tal tendência é

estimulada pelo posicionamento do público consumidor, que vem tomando

consciência de seu poder de influenciar as decisões tomadas pelas

organizações. Com isso, as empresas passaram a perceber que o

investimento feito com seriedade gera, inevitavelmente, retorno para a sua

marca.

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Para mostrar aos investidores quais empresas investem em governança

corporativa, responsabilidade social e desenvolvimento sustentável,

estimulando boas práticas, a Bovespa criou, no ano de 2005, o ISE (Índice de

Sustentabilidade Empresarial), inspirado no bem sucedido Dow Jones

Sustentability Index (DJSI), da Bolsa de Nova York.

Composto por ações de companhias com reconhecido compromisso

com a responsabilidade socioambiental, os índices de

sustentabilidade têm por objetivo acompanhar o desempenho de uma

carteira composta por empresas que apresentam as melhores

experiências desse conceito e também atuar como promotor das boas

práticas no meio empresarial. (Revista Idéia Socioambiental)

A criação de condições para que as pessoas apreendam a noção de

“Desenvolvimento Sustentável” é responsabilidade da organização,

entendendo essa como a única alternativa viável para a manutenção da vida

sobre o planeta Terra. Os Sistemas de Gestão Ambiental (SGA), que são o

conjunto de atividades administrativas e operacionais inter-relacionadas para

abordar os problemas atuais ou para evitar o seu surgimento, são, também,

ferramentas de apoio às empresas na implantação da Política Ambiental

Empresarial.

A empresa que oferece aos seus colaboradores oportunidade de acesso

aos conceitos de sustentabilidade, garante que seus produtos e serviços serão

socialmente responsáveis, pois esses são criados por seus colaboradores.

Considerando que os consumidores estão se tornando gradativa e

constantemente mais preocupados com o tema, na oportunidade de escolher

entre dois produtos de preço, qualidade e disponibilidade similares, sendo um

deles ecologicamente correto e socialmente justo, optará pela decisão de

compra mais responsável. Surge aí um diferencial num momento da economia

em que as empresas têm concorrentes com produtos muito semelhantes aos

seus. Até que, no futuro, isso não mais seja um diferencial, mas a regra. Neste

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momento, as empresas que não tiverem se adequado desaparecerão do

mercado financeiro.

Esta é, também, uma boa estratégia de marketing empresarial: Informar

aos seus consumidores sobre a origem responsável de seus produtos. Cria-se,

assim, um ciclo virtuoso, em que os indivíduos se tornarão naturalmente mais

críticos e seletivos e as organizações mais responsáveis ambientalmente.

Portanto, as empresas responsáveis serão recompensadas e as que não

cultivarem esses valores serão punidas. Esse cenário estimulará as pesquisas

que serão realizadas por colaboradores das organizações conscientes de seu

papel na preservação e recuperação dos danos causados ao planeta terra.

Um bom exemplo de empresa ambientalmente responsável é a Cemig,

Companhia Energética de Minas Gerais, que foi a primeira companhia latino-

americada do setor de energia a integrar o Dow Jones de Sustentabilidade

desde que ele foi criado em 1999, ou seja, a Cemig está entre as empresas

mais sustentáveis do mundo. O valor de mercado da Cemig aumentou quatro

vezes em cinco anos, de 2002 a 2007, sendo que parte do seu bom

desempenho pode ser atribuída aos seus compromissos com a

sustentabilidade. Djalma Bastos, presidente da empresa, em entrevista à

revista Idéia Socioambiental, coloca a questão da sustentabilidade da seguinte

forma:

É muito difícil quantificar isoladamente os efeitos da sustentabilidade

em uma empresa. Mas podemos exemplificar, por nossa história de

crescimento e agregação de valor, que a perenidade da Cemig é

assegurada por operações sempre baseadas em responsabilidade

social, respeito ao meio ambiente e foco em resultados financeiros

adequados aos investimentos de nossos acionistas.

O benchmarking, que é a busca pelas melhores práticas existentes no

mercado para servirem de exemplo, que conduzem ao desempenho superior,

realizado pelas organizações, é importante técnica a ser utilizada na criação de

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metodologias de Educação Ambiental Empresarial. Boas práticas servem de

modelo para criações novas.

Cabe, portanto, às organizações, o papel de incluir nas diretrizes da

empresa as orientações para desenvolvimento de uma consciência ecológica e

socialmente responsável em seus colaboradores.

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CAPÍTULO III

O PAPEL DO PROFISSIONAL DE RH NA

FORMALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL DENTRO

DAS EMPRESAS

“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.”

Peter Drucker

Finalmente, relacionaremos as atividades que devem ser desenvolvidas

pelo profissional de RH dentro da empresa para mobilizar toda a equipe para

um trabalho de consciência ambiental, onde se busca, constantemente, a

melhoria da vida no planeta Terra, a partir do entendimento de que a Educação

Ambiental é o meio de se recuperar e preservar tudo que importa à espécie

humana.

Conforme afirma Ássima Maria Ferreira, psicóloga e Consultora da Ethos

Consultoria Ltda, no site rh.com,

Cabe à área de Recursos Humanos, dentro das organizações,

promover uma ampla jornada de aprendizado, criando espaços para

reflexões e discussões em todos os seus níveis. Deverá elaborar

programas onde as pessoas questionem os fundamentos de sua

visão de mundo e de seu modo de vida contemporâneo, revendo

processos de pensar e reconstruindo modelos mentais.

O profissional que responde, dentro das organizações, pelas estratégias

de aprendizado e estímulo a reflexões e discussões saudáveis está no

Recursos Humanos. Cabe a ele fornecer subsídios aos colaboradores para

que defendam a missão e valores da empresa pautados em uma postura

social e ambientalmente responsável.

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“A responsabilidade social tem que estar embutida nas pessoas que

trabalham em uma companhia. É um processo a ser construído, não uma ação

social”, afirma Regina Nunes (Executivos Financeiros, outubro de 2005). Por

isso, entende-se que não se pode implementar a responsabilidade social com

o objetivo de obter lucros. Os benefícios econômicos são um efeito colateral da

implementação da Política Ambiental Empresarial. Para Regina, “investir em

responsabilidade social é investir em pessoas, assim, a empresa tem de um

lado profissionais mais capacitados e satisfeitos e na outra ponta um mercado

comprador.” Cabe essa capacitação ao profissional de RH, que tem em mãos

as ferramentas para modificar a cultura organizacional por meio de

ferramentas corporativas.

O processo de mudança de cultura organizacional e de conscientização

do colaborador da organização é um processo lento, contínuo e permanente.

Impossível implementar a Educação Ambiental de forma autoritária. Sem que

as pessoas entendam sua importância e decidam colaborar, não acontecerá a

mudança desejada e necessária.

3.1 - Que recursos o profissional de RH tem nas mãos?

Abordar a Educação Ambiental com uma postura romântica e ingênua

fadaria tal prática ao insucesso e ao ridículo. Por isso, cabe ao profissional de

RH o papel de levar para as organizações propostas de trabalho pragmáticas,

por meio de sistemas de gestão que levem em consideração os resultados

negociais esperados pela empresa, o desenvolvimento sustentável das

práticas, o retorno dos investimentos e a produtividade. Afinal de contas, a

finalidade primordial de uma empresa é o retorno financeiro, o que se deve

buscar de forma sustentável.

Muitas empresas, hoje, criam cargos a serem ocupados por funcionários

responsáveis por atuar direta e exclusivamente nas questões sociais e

ambientais. No entanto, sem o envolvimento dos funcionários que atuam na

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linha de frente das empresas, torna-se impossível detectar as verdadeiras

oportunidades de melhorias em produtos e processos. Com os colaboradores

imersos em uma cultura organizacional responsável, será conseqüência

inevitável a proposição de soluções criativas e economicamente viáveis para

lidar com os problemas ambientais.

Implementar um programa de Educação Ambiental dentro de uma

organização não é transformar os executivos da empresa em ativistas das

causas ambientais ou sociais, mas sim demonstrar que os ganhos de uma

estratégia baseada na sustentabilidade são quantificáveis.

O profissional de RH tem a responsabilidade de conduzir a formação da

personalidade da empresa, direcionando o crescimento de seus

colaboradores, fornecendo meios de acesso a informações direcionadas para

a preservação dos recursos naturais e recuperação do meio ambiente

degradado, além da disseminação da responsabilidade para com a nossa

morada, o planeta Terra.

Buscar integrar índices de sustentabilidade deve envolver toda a empresa

e stakeholders, gerando impacto positivo na sua estrutura interna, à medida

que, para atender às exigências estipuladas, toda a organização passa a agir e

pensar de forma integrada. Com isso, todos os departamentos são envolvidos,

criando-se um espaço para discussão de conceitos e desenvolvendo-se uma

cultura de sustentabilidade na companhia.

Segundo afirma Daniel Domeneguetti, presidente da DOM Strategy

Partners, na revista Idéia Socioambiental (2008), “É essencial calcular quanto a

sustentabilidade responde pelo valor da empresa, pois a incorporação desse

conceito à estratégia está intrinsecamente ligada à perenidade do negócio.”

Sendo considerada ativo intangível, a sustentabilidade contribui para o valor

econômico da empresa dando a essa uma posição exclusiva ou preferencial

no mercado. A partir de 2010, baseando-se na Lei 11.638/07, a mensuração

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de intangíveis passará a ser uma exigência para as empresas brasileiras

baseadas em sociedades por ações e de capital fechado com ativos acima de

R$ 240 milhões ou renda bruta acima de R$ 300 milhões.

O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e

o Instituto Ethos de Empresas, para apoio aos pequenos negócios, elaboraram

um documento com dicas para ensinar a encarar a responsabilidade social

como algo estratégico. Entre as principais dicas, temos:

Faça sempre mais pelo meio ambiente:

a) Recicle sempre que possível e evite a compra e o uso de

produtos tóxicos.

b) Motive os funcionários a respeitar e preservar a natureza.

c) Evite o desperdício de água e luz em todas as áreas.

d) Promova a coleta seletiva do lixo. (CHIAVENATO, 2008)

Diversas fontes de consulta o profissional de RH encontra para motivá-lo

a desenvolver políticas de desenvolvimento sustentável. Além das experiências

realizadas por outras organizações, muitas empresas estão se especializando

em consultoria ambiental.

3.2 – E na prática?

A partir da compreensão de que o meio ambiente envolve o respeito por

todos os tipos de vida com suas inter-relações, compaixão pelo outro,

responsabilidade por soluções para a coletividade e ampla visão do futuro, a

espécie humana passará a exercer uma participação responsável nas escolhas

que levem a uma melhoria da qualidade do meio natural, empresarial e social,

visando alternativas de solução éticas.

O conhecimento racional das agressões que vem sofrendo o meio

ambiente humano e a necessidade de uma intervenção positiva já estão

arraigados no inconsciente coletivo, graças ao trabalho realizado,

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voluntariamente ou não, pela mídia e pelas experiências de vida dos

indivíduos. No entanto, este saber racional não é suficiente para provocar a

transformação necessária. Segundo Leonardo Boff, “O imprescindível não é o

saber, mas o sentir”. Entra aí a necessidade do profissional de RH, que está

apto para provocar atitudes de conservação e consciência nos colaboradores

da organização, alterando a cultura organizacional no curto espaço de tempo

de que dispõe o planeta Terra.

O aprendizado atingirá a eficácia pretendida quando Recursos Humanos

for capaz de proporcionar experiências racionais associadas a intensas

emoções vividas.

Segundo a autora do artigo Responsabilidade Social, no site rh.com, para

elaborar um projeto de educação Ambiental, o profissional de Recursos

Humanos deve estar atento às diversas fases necessárias à sua execução, a

conhecer: Informação, Sensibilização, Mobilização e Ação.

Por Informação, entende-se a consciência técnica do projeto, elaborada

por equipe multidisciplinar, que busca estudar o público a ser alcançado com

suas necessidades e os objetivos que a empresa deseja atingir. Essa fase tem

sua importância por ser definitiva na credibilidade de toda a ação.

Na fase de Sensibilização, busca-se atingir o emocional do grupo,

mexendo com as sensações, senso crítico e consciência, chamando a atenção

das pessoas para o que é ambientalmente correto e cativando as pessoas

para que desejem participar das ações a serem desenvolvidas. As causas e

conseqüências do estado de degradação do meio ambiente são analisadas

pelo prisma da sobrevivência, do respeito à vida, da harmonia, fraternidade,

solidariedade, compreensão e da construção e responsabilidade do indivíduo e

da coletividade, além da visão de futuro e dos projetos de vida.

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Ao entrar na fase de Mobilização, apresentam-se alternativas de solução

para os problemas apontados até então pelas diversas equipes específicas de

trabalho, atuando de forma cooperativa e buscando construir resultados

organizacionais, comunitários e populacionais mais harmônicos. É

imprescindível a responsabilidade individual e coletiva no estabelecimento de

propostas viáveis.

Chegado o momento da Ação, passa-se à execução prática do que foi

planejado até agora. Toma forma o que permanecia como teoria. Chega-se a

uma das fases mais importantes do projeto, quando nada pode ser feito de

forma isolada. A cooperação e a parceria garantem infra-estrutura de apoio e

acompanhamento sistemático tornando as ações concretas e factíveis.

Ressaltamos que, ao completar uma fase, não se extingue sua atividade,

permanecendo sua manutenção permeada às outras, lembrando que a

Educação Ambiental é um processo permanente.

Exemplos de atividades que devem ser executadas na implantação da

Educação Ambiental Humana nas organizações são seminários internos e

campanhas de conscientização (adequados a cada nível da empresa) e a

implantação da coleta seletiva interna de lixo. Não há dúvida de que toda

mudança gera custos, mas em se tratando de uma mudança de cultura

direcionada para a Educação Ambiental, tais custos são revertidos em

investimento, cujo retorno é altamente compensador para a organização.

O fato de se conseguir que a empresa integre índices de sustentabilidade

como o Dow Jones de Sustentabilidade ou o ISE da Bovespa, ajuda na

disseminação do conceito de sustentabilidade dentro da empresa. Um parceiro

de fundamental importância para o profissional de RH é a área de marketing

da empresa, que auxilia na divulgação dos resultados obtidos por meio das

atividades realizadas.

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Para o gerente de responsabilidade ambiental e social da Cemig, Ricardo

Prata, “mais difícil do que integrar o Dow Jones Sustainability ou o ISE, é se

manter neles.” Por isso, a necessidade de um trabalho contínuo e incessante

nessa área.

Por se tratar de atividade que tomou caráter institucional há poucos anos,

apesar de ser preocupação há tanto tempo, muito do que pode ser feito em

Educação Ambiental ainda está por ser criado. Os erros são inevitáveis, mas é

preciso ter em mente que “o fato de adquirirmos consciência ambiental não

nos faz perfeitos.” (BERNA, 2007) Está aí a importância do benchmarking,

recurso para o profissional de RH buscar idéias e mostrar o que foi feito em

sua empresa, tanto experiências que devem ser imitadas quanto aquelas que

devem ser evitadas, por não terem dado certo.

Sabemos que não é apenas o desconhecimento dos impactos ambientais

que leva à forma desrespeitosa com que nossa espécie se relaciona com o

meio ambiente. É, também, a falta de consciência ambiental. É preciso, aqui

diferenciar bem conhecimento de consciência. O conhecimento é adquirido à

medida que somos expostos a informações, enquanto que a consciência é

fruto de reflexão.

Existem, hoje, o Sistema de Gestão Ambiental (SGA), os programas de

gestão Ambiental (PGA), a ISO 14.001, conforme anexo 1, além de inúmeras

outras siglas que nada mais são do que formalizações úteis para respaldar o

profissional interessado em levar a educação Ambiental para dentro da

instituição em que atua.

Importante ressaltar que a adoção dessas práticas não significa o mágico

despertar de gerentes e empresários para um estágio de consciência

ecológica, mas de uma estratégia negocial. Adotando uma postura de empresa

ecológica, reduzem-se os gastos com água, energia ou material de consumo,

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diminuem-se os riscos de multas e responsabilização por danos ambientais,

além de se antecipar às auditorias ambientais públicas.

Um risco perigoso para as grandes empresas é a possibilidade de planos

estratégicos, como a Política Ambiental, ficar restrita à alta administração, sem

que se consiga passar para os subordinados os valores ambientais da

empresa. Nesse caso, a política se restringiu ao campo teórico, ou seja, não

teve nenhuma utilidade.

Segundo Vilmar Berna (2001), no capítulo “Ecologizar as Empresas” do

livro Como fazer Educação Ambiental,

A solução é investir em programas de conscientização e

sensibilização dos funcionários para as políticas da empresas,

especialmente a ambiental, já que consciência ambiental não se dá

por portaria ou de cima para baixo, mas de dentro para fora. Neste

sentido, não basta implantar uma boa política ambiental ou obter a

ISO 14.001. É preciso, antes, estimular e sensibilizar os funcionários,

prestadores de serviços e fornecedores a desejarem “ecologizar” o

trabalho, não porque a direção da empresa quer ou determinou, mas

porque a adoção de princípios ambientais pode ser uma oportunidade

para que os trabalhadores possam dar uma contribuição concreta, em

seu próprio ambiente de trabalho, para a melhoria das condições do

Planeta.

A participação dos colaboradores em ações de educação ambiental os

farão se sentir orgulhosos diante de sua família ou da comunidade em que

estão inseridos, sentindo que têm a oportunidade de participar de um trabalho

ambiental desenvolvido pela empresa em que trabalham.

Palestras com ambientalistas, distribuição gratuita de assinaturas de

periódicos especializados em meio ambiente, encontros com escritores de

livros de temática ambiental, distribuição de informativos via correio eletrônico,

do tipo “Dez Mandamentos Ambientais”, conforme é possível conferir no anexo

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2, com informações sobre a Política de Gestão Ambiental da empresa são

algumas das idéias que podem ser propostas pelo profissional de RH à

diretoria da empresa para iniciar o processo de mudança de cultura em relação

à consciência ambiental.

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CONCLUSÃO

Quando a gente quer fazer alguma coisa,

sempre arranja um jeito. Quando não quer

fazer, sempre arranja uma desculpa.

Provérbio árabe

Finalmente, finalizamos o trabalho monográfico satisfeitos com a escolha

da especialização em Gestão de Recursos Humanos, por enxergar ampla

possibilidade de utilizar os conhecimentos adquiridos durante os estudos para

contribuir para a melhoria das condições de vida no planeta Terra, morada

nossa e de nossos irmãos da flora e da fauna.

A sustentabilidade é uma tendência irreversível no mercado financeiro,

por isso, as empresas que não se ajustarem, serão ultrapassadas e

desaparecerão do mercado, incapacitadas de permanecer competitivas. Assim

também será com o profissional de RH que não tiver as competências

necessárias para implantação de uma política de educação ambiental

empresarial nas organizações em que pretende desenvolver seu trabalho. Sem

uma consciência ambiental e domínio de técnicas de disseminação da

Educação Ambiental Empresarial, o profissional de RH em breve perderá sua

empregabilidade.

Cabe ao Recursos Humanos incorporar conceitos de conscientização

ecológica às diversas áreas da empresa, por entendermos que a Educação

Ambiental é disciplina transversal, que deve estar em todas as atividades sem

que, no entanto, esteja isolada e seja trabalhada em determinado momento

dedicado exclusivamente a isso. Por esse motivo, sem uma mudança na

cultura organizacional, não se logrará instituir uma mudança de atitude em

relação ao meio ambiente humano capaz de anular os danos causados até

então.

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Uma visão holística do trabalho do profissional de Recursos Humanos

não pode deixar de lado a sua responsabilidade diante da degradação que

vem sofrendo o planeta Terra, entendendo que a formação de colaboradores

com consciência ecológica deve direcionar todas as atividades desenvolvidas

pela empresa.

Entendendo ser a implantação da Educação Ambiental Empresarial uma

atividade de surgimento recente no ambiente corporativo, ressaltamos a

importância do profissional de RH buscar constantemente informações do que

vem sendo feito nas outras organizações, para que possa aproveitar bons

exemplos e evitar repetir erros ou despender esforços que não trarão os

resultados esperados.

A Educação Ambiental, ou melhor, a consciência ecológica, deve fazer

parte da cultura da empresa, sendo incorporada ao cotidiano da organização.

Esperamos, com esse trabalho monográfico, incitar o desejo de refletir a

respeito da atuação do profissional de RH na importante modificação da forma

de ser das empresas hoje e no futuro.

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BIBLIOGRAFIA

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ANEXOS

ANEXO 1

ISO 14.001

A Norma 14.001 especifica as principais exigências para Sistemas de

Gestão Ambiental. Não são apresentados critérios específicos de desempenho

ambiental, mas se exige que uma organização elabore sua política e tenha

objetivos que levem em consideração os requerimentos legais e as

informações referentes aos impactos ambientais significativos. Ela aplica-se

aos efeitos ambientais que possam ser controlados pela organização e sobre

os quais se espera que tenha influência.

A Norma se aplica a qualquer organização que deseje:

1. implantar, manter e aprimorar um Sistema de Gestão Ambiental; e/ou

2. assegurar-se do atendimento à sua política ambiental; e/ou

3. demonstrar tal conformidade a terceiros; e/ou

4. buscar certificação/registro do seu Sistema de Gestão Ambiental por

uma organização externa; e/ou

5. realizar auto-avaliação e emitir declaração de conformidade à Norma.

Todos os elementos especificados na Norma destinam-se a ser

incorporados num Sistema de Gestão Ambiental. O nível de aplicação

dependerá de fatores como: a política ambiental da organização, a

natureza de suas atividades e as condições em que opera.

http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./gestao/index.html&c

onteudo=./gestao/iso2.html#h, acesso em 09/11/2009, às 17h53min

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ANEXO 2

Dez Mandamentos Ambientais

Tema: Ecologia

Autor: Vilmar Berna – colaborador

Data: 18/6/2007

Nossa espécie tem usado mais a capacidade de modificar o meio ambiente

para piorar as coisas que para melhorar. Agora precisamos fazer o contrário,

para nossa própria sobrevivência. Reveja seu dia-a-dia e tome as atitudes

ecológicas que julgar mais corretas e adequadas. Não espere que alguém

venha fazer isso por você. Faça você mesmo.

1 - Estabeleça princípios ambientalistas

Estabeleça compromissos, padrões ambientais que incluam metas possíveis

de serem alcançadas.

2 - Faça uma investigação de recursos e processos

Verifique os recursos utilizados e o resíduo gerado. Confira se há desperdício

de matéria-prima e até mesmo de esforço humano. A meta será encontrar

meios para reduzir o uso de recursos e o desperdício.

3 - Estabeleça uma política ecológica de compras

Priorize a compra de produtos ambientalmente corretos. Existem certos

produtos que não se degradam na natureza. Procure certificar-se, ao comprar

estes produtos, de que são biodegradáveis. Procure por produtos que sejam

mais duráveis, de melhor qualidade, recicláveis ou que possam ser

reutilizáveis. Evite produtos descartáveis não reciclados como canetas,

utensílios para consumo de alimentos, copos de papel, etc.

4 - Incentive seus colegas

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Fale com todos a sua volta sobre a importância de agirem de forma

ambientalmente correta. Sugira e participe de programas de incentivo como a

nomeação periódica de um 'campeão ambiental' para aqueles que se

destacam na busca de formas alternativas de combate ao desperdício e

práticas poluentes.

5 - Não desperdice

Ajude a implantar e participe da coleta seletiva de lixo. Você estará

contribuindo para poupar os recursos naturais, aumentar a vida útil dos

depósitos de lixo, diminuir a poluição. Investigue desperdício com energia e

água. Localize e repare os vazamentos de torneiras. Desligue lâmpadas e

equipamentos quando não estiver utilizando. Mantenha os filtros do sistema de

ar-condicionado e ventilação sempre limpos para evitar desperdício de energia

elétrica. Use os dois lados do papel, prefira o e-mail ao invés de imprimir

cópias e guarde seus documentos em disquetes, substituindo o uso do papel

ao máximo. Promova o uso de transporte alternativo ou solidário, como

planejar um rodízio de automóveis para que as pessoas viajem juntas ou para

que usem bicicletas, transporte público ou mesmo caminhem para o trabalho.

Considere o trabalho à distância, quando apropriado, permitindo que

funcionários trabalhem em suas casas pelo menos um dia na semana

utilizando correio eletrônico, linhas extras de telefone e outras tecnologias de

baixo custo para permitir que os funcionários se comuniquem de suas

residências com o trabalho.

6 - Evite Poluir Seu Meio Ambiente

Faça uma avaliação criteriosa e identifique as possibilidades de diminuir o uso

de produtos tóxicos. Converse com fornecedores sobre alternativas para a

substituição de solventes, tintas e outros produtos tóxicos. Faça um plano de

descarte, incluindo até o que não aparenta ser prejudicial como pilhas e

baterias, cartuchos de tintas de impressoras, etc. Faça a regulagem do motor

dos veículos regularmente e mantenha a pressão dos pneus nos níveis

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recomendáveis. Assegure-se que o óleo dos veículos está sendo descartado

da maneira correta pelos mecânicos.

7 – Evite riscos

Verifique cuidadosamente todas as possibilidades de riscos de acidentes

ambientais e tome a iniciativa ou participe do esforço para minimizar seus

efeitos. Não espere acontecer um problema para só aí se preparar para

resolver. Participe de treinamentos e da preparação para emergências.

8 - Anote seus resultados

Registre cuidadosamente suas metas ambientais e os resultados alcançados.

Isso ajuda não só que você se mantenha estimulado como permite avaliar as

vantagens das medidas ambientais adotadas.

9 – Comunique-se

No caso de problemas que possam prejudicar seu vizinho ou outras pessoas,

tome a iniciativa de informar em tempo hábil para que possam minimizar

prejuízos. Busque manter uma atitude de diálogo com o outro.

10 - Arranje tempo para o trabalho voluntário

Não adianta você ficar só estudando e conhecendo mais sobre a natureza. É

preciso combinar estudo e reflexão com ação. Considere a possibilidade de

dedicar uma parte do seu tempo, habilidade e talento para o trabalho voluntário

ambiental a fim de fazer a diferença dando uma contribuição concreta e efetiva

para a melhoria da vida do planeta. Você pode, por exemplo, cuidar de uma

árvore, organizar e participar de mutirões ecológicos de limpeza e recuperação

de ecossistemas e áreas de preservação degradados, resgatar e recuperar

animais atingidos por acidentes ecológicos ou mesmo abandonados na rua,

redigir um projeto que permita obter recursos para a manutenção de um

parque ou mesmo para viabilizar uma solução para problema ambiental, fazer

palestras em escolas, etc.

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http://360graus.terra.com.br/ecologia/default.asp?action=reportagem&did=3064

acesso em 09/11/2009 às 17h58min

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 1

AGRADECIMENTO 2

DEDICATÓRIA 3

EPÍGRAFE 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I – Entendendo a Educação Ambiental (EA) 15

1.1 – Como assim, Educação Ambiental? 16

1.2 – O que mais está envolvido? 18

CAPÍTULO II – Importância da Educação Ambiental dentro das empresas 23

2.1 – E a Política Ambiental Empresarial? 27

CAPÍTULO III – O papel do profissional de RH na formalização da Educação

Ambiental dentro das empresas 31

3.1 – Que recursos o profissional de RH tem nas mãos? 32

3.2 – E na prática? 34

CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA 42

ANEXOS 45

ANEXO 1 45

ANEXO 2 46

ÍNDICE 50

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes

Título da Monografia: Educação Ambiental: RH e sua atuação

Autor: Daniela Ribeiro de Oliveira

Data da entrega: ______________

Avaliado por: _________________________________Conceito:__________