divulga ciência - junho/2013
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Jornal de divulgação científica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPATRANSCRIPT
O projeto promove encontros científi-cos, seminário, bate-papo e uma expo-sição, unindo arte e meio ambiente na Reserva Adolpho Ducke e no Parque do Mindu
Jornal do Inpa
Manaus, Junho 2013 - Ano V - Ed.33- ISSN 2175-0866www.inpa.gov.br
Inpa assina acordo de sustentabilidade em Santarém
Inpa promove workshop de propriedade intelectual e empreendedorismo
Pesquisadores ministram palestra no 4º Puxirum
Inpa expõe modelo inovador na prevenção da malária em Workshop
Tecnologia: Inpa abrigará centro com supercapacidade de armazenamento de dados
O MCTI estabeleceu ainda que a Rede
Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP),
organização social, será responsável
por planejar e apoiar a gestão dos data-
centers
Inpa recebe participantes do Projeto Lab Verde para semana de imersão científica
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Pesquisador do Inpa participa de reunião que visa discutir a prática da olericultura no AM
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Segundo a desenvolvedora do modelo, a nanotecnologia pode prolongar a defesa contra os vetores da doença
Foto: Daniel Jordano
Cubiu: aspectos agronômicos e nutricionais -reúne informações nutricionais do fruto
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A Reunião tem como objetivo discutir obstáculos na produção de hortaliças no estado, ações institucionais quanto ao ensino, pesquisa e desenvolvimen-to e assistência técnica
Inpa recebe visita do Secretário da ONU
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Foto: Acervo Ascom
Boa Leitura
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Foto: divulgação Foto: Josiane Santos
Guia da Biodiversidade de Fabaceae do AltoRio Negro
Boa Leitura
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Página 02 - Junho 2013
Assessor de Comunicação: Daniel Jordano (SRTE - 518/AM) - Editora Chefe: Fernanda Farias - Repórteres: Daniel Jordano, Fernanda Farias, Ed Salles, Josiane Santos e Raiza Lucena Editoração Eletrônica: Denys Serrão - Revisão: Josiane Santos - Fotos: Eduardo Gomes, Fernanda Farias, Josiane Santos e Daniel Jordano Tiragem: 1000 - Edição 33 - Junho - ISSN 2175-0866. Produção: Assessoria de Comunicação do Inpa/MCTI.
+55 92 3643-3100 / 3104 [email protected] ascom_inpa
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA/MCTI
Expediente Fale com a redação
Ministério daCiência e Tecnologia e Inovação
Tome Ciência
Pesquisadores do Instituto Nacional
d e P e s q u i s a s d a A m a z ô n i a
(Inpa/MCTI), Maria Nowak e Roberto
Monteiro, ministraram no dia 18, na
Divisão de Desenvolvimento Profissio-
nal do Magistério (DDPM), a oficina
“Redação de trabalho científico”, para
os professores do Programa Ciência
na Escola (PCE), no 4º Puxirum.
Nowak, que é coordenadora do
PCE, afirmou que os professores
aprendem tudo na prática durante as
oficinas. “Eles aprendem as técnicas
para produzir projetos científicos e
como apresentá-los posteriormente,
porque todos já têm um grande
conhecimento adquirido, mas ainda
não têm a prática de viver no mundo
científico, e justamente esse conheci-
mento que é passado para eles”,
explicou.
Pesquisadores do Inpa palestram sobre trabalho científico no 4º Puxirum
Inpa recebe visita do Secretário da ONU
Já pensou que legal ter um guia para ajudar nas pesquisas, que reúne dados descritivos
de 125 espécies de plantas da família Fabaceae com informações e ilustrações das plan-
tas? Pois, tudo isso está disponível no guia ´Guia da Biodiversidade de Fabaceae do Alto
Rio Negro´, onde auxiliará estudantes e pesquisadores na realização de pesquisas aplica-
das.
O guia é uma documentação da pesquisa de campo realizada no Alto Rio Negro, por pes-
quisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), como resultado do
Projeto Fronteira, desenvolvido entre os anos 2007 e 2011.
Na obra você irá descobrir todas espécies que pertencem a família Fabaceae, umas
muito conhecidas por todos como: o feijão, o amendoim, o grão-de-bico, a soja, lentilha,
entre outros. Dentro da mesma família, você ainda encontra árvores de 50 metros, arbus-
tos, ervas, cipós, e outras ervas anuais, pois se trata de uma família de origem essencial-
mente tropical.
Foto: Eduardo Gomes
Boa Leitura - Guia da Biodiversidade de Fabaceae do Alto Rio Negro
Foto: Banner Foto: Fernanda Farias
Inpa realiza II Congresso de Iniciação Científica
Trabalhos produzidos por bolsistas e
orientadores das diversas áreas de
pesquisa desenvolvidas por meio do
Programa de Bolsas de Iniciação Cien-
tífica (Pibic), do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI)
serão apresentados de 15 a 19 de
Julho durante o II Congresso de Inicia-
ção Científica do Inpa (II CONIC), cujo
tema é o “Ano internacional de coope-
ração pela água”.
O Programa de Iniciação Científica é
voltado para o desenvolvimento das
ciências, por estudantes de graduação
que, no evento, reunirão apresenta-
ções de trabalhos das áreas de Ciênci-
as Biológicas, das subáreas botânica,
ecologia, genética, saúde e zoologia I e
II; Ciências Agrárias (agronomia e
recursos florestais); Ciências Exatas, e
Multidisciplinar.
O Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (Inpa/MCTI) recebeu no dia
6, a visita do secretário adjunto da Orga-
nização das Nações Unidas (ONU),
Thomas Stelzer, com o objetivo de
conhecer as ações de conservação da
bacia amazônica e desenvolvimento
social do Amazonas, a estrutura funci-
onal do Instituto destacando, principal-
mente, parcerias de estudos com insti-
tuições de pesquisas internacionais. O
secretário da ONU veio em visita ao
Brasil juntamente com uma comitiva
representada
por, Sheila Pimentel, Claudia Milas-
chitzky, Carmem Mateus, e pelo coor-
denador dos prêmios Samuel Benchi-
mol e Banco da Amazônia de Empreen-
dedorismo Consciente, José Rincon
Ferreirate para que a ONU conheça as
ações do Inpa.
da
Humanitary Foundation,
IDS1000 doada pela Huawei Internati-
onal.
Em ofício, o ministro da Ciência,
Tecnologia e Inovação, Marco Antônio
Raupp, informa que a escolha do Insti-
tuto “foi pautada em um levantamento
técnico feito pela RNP que indicou o
Inpa a como melhor opção (...) para
receber e gerenciar os equipamen-
tos”. Além de Manaus, Recife (PE)
também contará com esse sistema, em
conjunto com o Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia Per-
nambuco (IFPE), e lançará o projeto
piloto Centro de Dados Compartilha-
dos (CDC) no Instituto Federal de Per-
nambuco (IFPE).
O Coordenador de Tecnologia da
Informação do Inpa, Laurindo Campos,
explica os benefícios de tais recursos
para a região: “Com isso o Inpa passa-
rá a ter uma superestrutura na região
norte inteira em armazenamento de
Junho 2013- Página 03Tecnologia e Inovação
Inpa abrigará centro com supercapacidade de armazenamento de dados
O MCTI estabeleceu ainda que a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), organização social, será responsável por planejar e apoiar a gestão dos datacenters
|Daniel JordanoDa equipe do Divulga Ciência
O Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI) escolheu o Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia
(Inpa/MCTI) para abrigar o Centro de
Compartilhamento de Dados (CDC) e,
com isso, Manaus (AM) será a
primeira capital do norte do país
a ter um centro com uma super-
capacidade de processamento,
armazenamento e distribuição
de dados.
A iniciativa é do MCTI e do
Ministério da Educação (MEC),
para a implementação da tecno-
logia de computação em nuvem.
Este conceito (em inglês, cloud
computing) se refere à utilização
de memórias de computadores e servi-
dores compartilhados e interligados via
Internet, seguindo o princípio da com-
putação em grade.
A infraestrutura contará com dois
containers de sofisticados sistemas
(hardware e software) de energização,
refrigeração, rede, monitoramento e
armazenamento de dados. Os equipa-
mentos foram doados pela empresa
chinesa Huawei, que lidera o mercado
no fornecimento de soluções redes de
telecomunicação de última geração.
Para a sua implantação, a RNP contará
com a solução Conteiner Data Center
dados e de processamento de alto
desempenho. Isso vai gerar uma
nuvem, um lugar para instituições
públicas e também as privadas que
queiram participar. Com nossas pes-
quisas contarão com recursos de arma-
zenamento pesado para, por exemplo,
armazenar dados científicos de biodi-
versidade”.
Com a implantação do siste-
ma, o coordenador afirmou que o
acesso aos dados científicos
ficará mais rápido. “A informação
ficará perenizada. Dentre as
vantagens, está a possibilidade
de se utilizar aplicações direta-
mente da internet, sem que estas
estejam instaladas no computa-
dor dos usuários; na maioria dos
casos, os usuários podem acessar
aplicações independentes do seu sis-
tema operacional, não precisa se preo-
cupar com a estrutura para executar
um sistema: hardware, procedimentos
de backup, controle de segurança,
manutenção, entre outros, ficam a
cargo do fornecedor do serviço. Com-
partilhamento de dados e trabalho cola-
borativo se tornam mais fáceis, uma
vez que todos os usuários acessam as
aplicações e os dados do mesmo lugar:
a nuvem”, explicou.
‘‘ ‘‘Com isso o Inpa passará a ter uma superestrutura
na região norte inteira em armazenamento
de dados
Foto: Daniel Jordano
Página 04 - Junho 2013
Inpa promove workshop de propriedade intelectual e empreendedorismo
Inpa assina acordo por sustentabilidade no Pará
Com a assinatura, o Inpa passará a colaborar com o Programa Municípios Verdes do Governo do Estado do Pará
| Da redação da AscomDa equipe do Divulga Ciência
O workshop busca auxiliar novos e micros empresários sobre propriedade intelectual
|Josiane SantosDa equipe do Divulga Ciência
Divulga Ciência
O Núcleo de Apoio à Pesquisa no
Pará (Nappa) do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazôna (Inpa/MCTI)
assinou o acordo “Pacto pela Sustenta-
bilidade de Santarém”, que também
envolve outras instituições públicas e da
sociedade civil organizada. A solenida-
de ocorreu no dia 17, e contou com a
participação do pesquisador e chefe do
Nappa, Jorge Porto.
A assinatura do pacto, que ocorreu
durante a programação dos 30 anos da
Associação dos Produtores Rurais de
Santarém (APRUSAN) e dos 352 anos
do município, tem o objetivo de integrar
ações para desenvolver o Programa
Municípios Verdes, do Governo do Esta-
do do Pará, que em Santarém é promo-
vido pelo Executivo Municipal.
O programa faz parte das ações entre
o poder público e a sociedade civil para
promover o desenvolvimento sustentá-
vel apoiando práticas responsáveis.
As entidades signatárias, incluindo o
Inpa, se comprometeram a criar uma
agenda permanente que busque o equi-
líbrio entre a qualidade de vida da popu-
lação de Santarém e a preservação dos
recursos; utilizar; comercializar e indus-
trializar somente produtos provenientes
de empresas que possuam atividades
legais devidamente licenciados e com
origem certa e legal; utilizar somente
meios permitidos legalmente e que cau-
sam menos impacto ao meio ambiente,
na exploração de qualquer atividade
econômica; manter Santarém fora da
lista dos municípios que mais desma-
tam a Amazônia; observar o estrito cum-
primento das leis trabalhistas, além de
mobilizar e articular novas adesões ao
pacto.
De acordo com Jorge Porto, o Nappa,
o Poder Público e a Sociedade Civil
podem sim se comprometerem em um
esforço comum para reduzir o desmata-
mento, cumprir com a legislação social
e ambiental e ainda incentivar a recupe-
ração de áreas degradadas.
ma), Eliany Gomes, afirma que even-
tos dessa natureza servem para dar
estímulo às pessoas que tem uma
nova ideia ou produto, mas não sabem
como proceder, onde buscar a infor-
mação e quais ferramentas necessári-
as para concretizar o negócio. “O Inpa
hoje tem dado um apoio fantástico
para a geração de negócio. Essa par-
ceria incorpora um processo importan-
te que é o processo de trabalhar a
biodiversidade amazônica, produtos
que possam ir diretamente para o mer-
cado”, avaliou.
Segundo a consultora da empresa
Clarke, Modet & Co, Glaucia Gomes,
durante esse tempo em que atua na
área, identificou que pequenos empre-
sários e donos de empresas incuba-
das possuem uma enorme carência
em relação ao assunto propriedade
intelectual. Como parte do Worshop, a
empresa fez um atendimento aos
empresários participantes do evento.
CETI
Entre as at iv idades que a
coordenação Extensão Tecnologica e
Inovação desempenha está a de
acompanhar o processamento dos
pedidos e a manutenção dos títulos de
propriedade intelectual do instituto.
O Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia (Inpa/MCTI) realizou no
dia 12, o Workshop Regional de Pro-
priedade Intelectual e Empreendedo-
rismo para Startups (empresas) Inova-
doras e Criativas (Start Ip) destinado
aos empresários, microempresários,
pesquisadores e estudantes.
O evento busca esclarecer e direci-
onar empresas de base tecnológica e
criativa sobre a propriedade intelectu-
al. A coordenadora de Extensão Tec-
nológica e Inovação (CETI) do Inpa,
Rosângela Bentes, afirma que a preo-
cupação do Instituto é disseminar a
cultura de inovação para pesquisado-
res, estudantes e interessados na
área, e também para iniciativa privada.
“Para conseguirmos essa interação,
nós temos que nos preocuparmos
com o nosso lado (pesquisa) como
também os novos empresários que
estão surgindo”, ressaltou.
Propostas de eventos como este, de
acordo com Bentes, servem para dis-
seminar a informação e as ações pro-
movidas pelo Instituto, e também para
expor a disponibilidade do Instituto em
cooperar com as empresas. O Inpa
tem atualmente nove empresas incu-
badas.
A representante da Superintendên-
cia da Zona Franca de Manaus (Sufra-
Foto: Daniel Jordano
Junho 2013 - Página 05Educação e Sociedade
O evento ocorreu no sábado (8) e reuniu escolas urbanas e da zona rural de Manaus. Ao longo da semana, o número de
estudantes no Bosque da Ciência chegou a 3 mil
Circuito da Ciência fecha Semana Mundial do Meio Ambiente do Inpa com 400 alunos no Bosque da Ciência
A 4º Edição do Circuito da Ciência de
2013 encerrou as atividades da
Semana Mundial do Meio Ambiente do
Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (Inpa/MCTI), no sábado (8),
com aproximadamente 400 alunos de
cinco escolas públicas da zona
urbana e rural de Manaus. Com
as visitas das escolas ao longo da
semana o número de alunos que
visitaram o Bosque da Ciência do
Inpa chegou a 3 mil.
A estimativa é do coordenador
do Bosque da Ciência, Jorge
Lobato. “Fechamos esta edição
do Circuito com chave de ouro,
pois é muito gratificante ver
escolas rurais como Tarumãzinho
atravessando de barco e estão
aqui desenvolvendo atividades para
colocar em prática quando chegar lá na
comunidade”, disse.
Durante a realização do Circuito, os
alunos participaram de atividades
como palestras, visitas aos estandes e
orientações sobre a importância da
consciência ambiental. As escolas
participantes foram: Escola Municipal
Abílio Alencar (AM-010, Km 35),
Escola Estadual Alfredo Fernandes
(Nova Esperança) e Escola Estadual
Francisca de Paula de Jesus Isabel
(Cidade Nova I) e da zona rural as
escolas: Escola Municipal Paulo Freire
(Tarumãzinho), Escola Municipal
Padre Calleri (BR-174, Km 13.
O objetivo do evento era integrar
escolas urbanas com alunos de
comunidades rurais de Manaus,
disseminando a responsabilidade
social e também chamar a atenção
sobre os cuidados com o ambiente
na tu ra l . O d i re to r Ra imundo
Fernandes, da escola rural Paulo
Freire, no Tarumãzinho, contou que na
Comunidade Agrovila não existe
tratamento de água. Por esse motivo, a
escola desenvolve um projeto desde
2012 no qual os alunos aprendem
como controlar o Gás Carbônico da
água e aprendem maneiras de como
se prevenir de doenças.
De acordo com ele o conhecimento
adquirido no Inpa será usado na
comunidade “É a primeira vez que os
alunos estão participando desse
evento. Viemos aqui no Inpa
para colher informações para
depois cont r ibu i r com a
comunidade. Os alunos são
multiplicadores do conhecimen-
to e vão ajudar na prevenção
das doenças”, afirmou.
Ao todo 20 stands do Inpa e
de instituições parceiras foram
montados para a realização das
palestras que envolveram
pesquisas e projetos. O Circuito
da Ciência é uma realização do Inpa
com o patrocínio da Petrobras e Moto
Honda da Amazônia, e conta com o
apoio de: Seduc, Semed, Semulsp,
Semmas, Lapsea, Assinpa, Sesc,
Ufam, UEA, UniNiltoLins, Unicel, Fame-
tro, Uninorte, Magistral e Brothers.
‘‘ ‘‘Escolas rurais como Tarumãzinho estão
desenvolvendo atividades para colocar em prática
lá na comunidade
| Ed Salles Especial para o Divulga Ciência
Foto: Daniel Jordano
Página 06 -Junho 2013Pesquisa
O Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia (Inpa/MCTI) apresen-
tou no dia 26, para especialistas bra-
sileiros e estrangeiros, uma inovação
ao que concerne a prevenção da
malária durante o “I Workshop de
Vetores da Malária na Amazô-
nia”, na Fundação de Medicina
Tropical Dr. Heitor Vieira Dou-
rado (FMT - HVD), em Manaus
(AM).
A pesquisadora, que conclu-
iu o mestrado em 2012 pelo
Curso de Pós-Graduação em
Entomologia do Inpa, Erika
Gomes, apresentou sua pes-
quisa: “Sistema nanoestrutu-
rado para controle do mosquito
Anopheles darlingi”, que consiste em
uma nanocápsula capaz de prolongar
a defesa contra os vetores transmis-
sores da malária.
Segundo Gomes, foram realizados
três testes diferentes com o vetor da
malária para detectar eficácia, dura-
bilidade e residualidade. “O primeiro
foi repelência, onde utilizamos 50
voluntários para fazer a análise das
nanocápsulas; o segundo foi prova
biológica de parede, também usamos
as nanocápsulas, para avaliar a residu-
alidade do inseticida químico; e o terce-
iro teste foi a prova biológica de conta-
to, que é uma ‘irrigação’ desse princípio
ativo junto com os inseticidas sintéticos
numa nanocápsula sobre o mosquito”,
explicou.
Benefícios
Gomes descreveu ainda os benefíci-
os que a população receberá com a
comercialização das nanocápsulas,
pois, de acordo com ela, será um mode-
lo de proteção individual, e não utilizará
química no princípio ativo por se tratar
de um produto natural. Além disso, o
produto é biodegradável, ou seja, não
deixa resíduos no indivíduo.
“Sabemos que os inseticidas quími-
cos sintéticos são nocivos para saúde
humana, assim como para o meio ambi-
ente por sua toxicidade. Então sendo a
nanocápsula um produto natural, acre-
dito que ela beneficiará a sociedade
em relação a eficácia da proteção con-
tra os vetores da malária”, afirmou.
Para o coordenador do Laboratório
de Malária e Dengue do Inpa, Wan-
derli Tadei, esse trabalho inédito na
Amazônia precisa ser compartilhado
para ampliar a pesquisa e o uso da
nanotecnologia no controle da malá-
ria. “A dissertação da Erika é o primei-
ro trabalho na Amazônia onde nós
fazemos as inter-relações entre nano-
tecnologia e as ações em campo. Por
isso é um marco em relação a malária
e também do ponto de vista ambien-
tal, pois será usado menos inseticidas
para o controle dessa doença”, enfati-
zou.
As discussões continuaram durante
o evento, sobre resultados de projetos,
e ainda de novos projetos a serem
implementados visando a prevenção
eficaz contra os vetores que transmi-
tem a malária.
| Fernanda FariasDa equipe do Divulga Ciência
Inpa expõe modelo inovador na prevenção da malária em Workshop
Segundo a desenvolvedora do modelo, Erika Gomes, a nanotecnologia pode prolongar a defesa contra os vetores da doença
‘‘‘‘Acredito que ela (nanocápsula) beneficiará a sociedade em relação a eficácia da
proteção contra os vetores da malária
Foto: Divulgação
A coordenadora de Tecnologia Soci-
al (COTS) do Inpa, Denise Gutierrez,
elucida sobre a importância de relacio-
nar arte e ciência: “Nas novas perspec-
tivas na área da ciência se entende
cada vez mais que tudo está inter-
relacionado. Os saberes devem se
conversar, dialogar, trocar, de modo
que produtos de alto valor cultural,
não só cognitivo, mas sobretudo
afetivo e estético, possam ser pro-
duzidos. Isso é interdisciplinaridade e
inclusão social a medida que a ciência
contribui para o desenvolvimento inte-
gral do homem, não só de sua intelec-
tualidade, mas dos valores do espírito
incorporados na arte, por assim dizer”,
afirma a coordenadora.
Os artistas Felipe Cidade, Fernanda
Rappa, Lívia Pasqual e Rodrigo Braga,
‘‘ ‘‘Este é um evento pioneiro na Amazônia que utiliza das
experimentações na floresta, experimentações nas
artes visuais.
Junho 2013 - Página 07Meio Ambiente
Inpa recebe participantes do Projeto Lab Verde para semana de imersão científica
Durante toda a semana, o projeto promoveu encontros científicos, seminário, bate-papo e uma exposição, unindo arte e meio ambiente na Reserva Adolpho Ducke e no Parque do Mindu
Para promover a interação ciência e
cultura, aconteceu até o dia 14, na
Reserva Florestal Adolpho Ducke do
Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (Inpa/MCTI) e no Parque do
Mindu, a semana de imersão do “Proje-
to Lab Verde: Experimentações Artísti-
cas na Amazônia”, realizado pela Mani-
festa Arte e Cultura.
A Imersão foi finalizada no dia
15, com o seminário “Interações
entre Arte e Meio Ambiente”, no
Parque do Mindu, localizado na
zona centro-sul da capital, aberto
ao público com entrada franca. A
exposição ficará no Parque até o
dia 29 de agosto, também aberta a
visitações.
Em sua primeira edição, o proje-
to recepciona quatro artistas para
a realização de intervenções no Par-
que do Mindu, em Manaus (AM). “Este
é um evento pioneiro na Amazônia que
utiliza das experimentações na flores-
ta, experimentações nas artes visuais.
Nosso interesse é, sem dúvida, fazer o
diálogo entre arte e meio ambiente”,
afirma a coordenadora do evento, Lili-
an Fraiji.
que vieram de diferentes regiões do
país, foram selecionados através de
um edital público lançado pelo site do
projeto. Durante quatro dias, eles
foram recepcionados por pesquisado-
res do Inpa na Reserva, na intenção de
investigar a Amazônia enquanto conte-
údo, lugar e meio. Visitas guiadas pela
reserva, observação de insetos aquáti-
cos e pássaros, são algumas das ativi-
dades que os selecionados irão partici-
par.
No restante da semana acon-
tecerá a montagem das obras no
Parque do Mindu, localizado na
Rua Perimetral, no bairro Par-
que 10 de novembro, zona cen-
tro-sul da capital.
O Lab Verde é uma realização
do Manifesta Arte e Cultura, em
parceria com o Inpa e a Prefeitu-
ra de Manaus/Secretaria Munici-
pal do Meio Ambiente e Sustentabilida-
de (SEMMAS); com o apoio do Coleti-
vo Difusão e Hotel Go Inn. O evento é
patrocinado pela Fundação Nacional
de Arte (Funarte), por meio do progra-
ma Rede Nacional Funarte de Artes
Visuais.
| Da equipe do Divulga CiênciaRaiza Lucena
Foto: Divulgação
Página 08 -Junho 2013
Pesquisador do Inpa participa de reunião que visa discutir a prática da olericultura no AM
A Reunião Técnica “Olericultura no Estado do Amazonas” teve como objetivo discutir obstáculos na produção de hortaliças no estado, ações institucionais quanto ao ensino, pesquisa e desenvolvimento e assistência técnica
O pesquisador do Instituto Nacional
d e P e s q u i s a s d a A m a z ô n i a
(Inpa/MCTI), Hiroshi Noda, participou
no dia 11, na Universidade Federal do
Amazonas (Ufam), da Reunião Técnica
“Olericultura no Estado do Amazo-
nas”, junto com agricultores, pesqui-
sadores, técnicos e estudantes que
atuam no desenvolvimento da oleri-
cultura – produção de hortaliças – no
estado do Amazonas, a fim de discu-
tirem métodos para melhoria da
atividade na região.
Hiroshi Noda, especialista em
melhoramento genético de hortali-
ças para cultivo em trópico úmido,
avaliou que é necessário criar uma
política para dar condições que a agri-
cultura possa desenvolver uma produ-
ção suficiente para abastecer o merca-
do. “O cultivo da olericultura depende
de condições que favorecem o desen-
volvimento e que os produtores tenham
mercado que possa dar evasão a essa
produção. Atualmente, o produtor tem
uma competição grande com a produ-
ção que vem de fora”, explicou.
Segundo a pesquisadora da Embra-
pa Amazônia Ocidental, Marinice Cardo-
so, desde a reunião ocorrida em 1998 até
hoje, pode-se perceber um avanço do
cultivo de hortaliças no estado, por conta
de novos avanços tecnológicos e
pesquisas desenvolvidas pela
Ufam, Ifam, Inpa e Embrapa.
Resultados e direcionamento
A comissão organizadora elaborarou,
no final da reunião, um documento com
proposta para melhoria e direcionamento
da olericultura nos municípios circunvizi-
nhos a Manaus. “Esse documento poderá
embasar ações, inclusive governamenta-
is. Após a conclusão, será encaminhado
para gestores institucionais e a quem se
interessar”, explicou Cardoso.
O professor da Ufam Daniel Felipe Gen-
Divulga Ciência
| Josiane SantosDa equipe do Divulga Ciência
‘‘ ‘‘Atualmente, o produtor tem uma competição
grande com a produção que vem de fora
til ressalta que a finalidade do docu-
mento não será somente apresen-
tar direcionamentos as instituições
e agências de fomento, mas tam-
bém estabelecerá metas e se estão
sendo cumpridas pelas instituições
envolvidas.
“Nós temos dentro do possí-
vel tentado trabalhar em con-
junto, mas acho que precisa-
mos ouvir mais esse grupo para
que esses esforços sejam mais
facilmente alcançados. E ouvir
também o pessoal que está na
extensão, lá na ponta, e os pro-
dutores, porque às vezes nós
podemos estar direcionando a
pesquisa para um lado que não
seja a realidade próxima do que o
produtor está precisando”, avaliou.
O evento é uma realização da
Embrapa, da Ufam e do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento, com, o apoio da Secretaria
de Estado da produção Rural (Se-
pror), do Instituto de Desenvolvi-
mento Agropecuário do Estado do
Amazonas (Idam).
Foto: Josiane Santos