divulga ciência - julho/2011
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Jornal de divulgação científica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPATRANSCRIPT
Jornal do Inpa
Manaus, Julho 2011 - Ano III - Ed.15- ISSN 2175-0866 Distribuição Gratuitawww.inpa.gov.br
Inpa, 57 anos fazendo ciência
SBPC: Amazonas participa de debates sobre marcos legais para pesquisas
Autoridades e pesquisadores pediram mudanças na lei para alavancar pesquisas. Houve ainda o debate sobre investimentos em ciência com recursos do pré-sal
ExpoT&C: dissemina conhecimento e oferece oportunidades
Neste ano, o número de visitações foi de aproximadamente 8 mil pessoas. Um dos motivos do sucesso foi a dinâmica adotada
Boa leitura
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Código Florestal e qualidade na educação marcam os discursos na abertura da SBPC
Durante o evento, diversas atividades científicas aconteceram nas dependências da Universidade Federal de Goiás (UFG)
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Foto: Daniel Jordano
Guia de Sapos
da Reserva
Adolpho Ducke –
Amazônia Central
Revitalização da ilha da Tanimbuca e novo registro no Herbário marcaram o dia de comemorações no Inpa
Foto: Daniel JordanoFoto: Daniel Jordano
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Foto: Eduardo Gomes
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es Potencial de fru-
tas da região foi destaque na SBPC
Nova espécie de planta é registrada no herbário do Inpa
Inpa realiza XX Jornada de Iniciação Científica
Rede CTPetro
Amazônia partici-
pa da I Reunião
de CoordenadoresPág. 02
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Página 02 - Junho 2011
Chefe da Divisão de Comunicação Social: Tatiana Lima (MTB 4214/MG) - Editor Chefe: Eduardo Gomes - Repórteres: Clarissa Bacellar, Daniel Jordano, Eduardo Phillipe, Josiane Santos e Fernanda Farias Editoração Eletrônica: Flávio Ribeiro - Revisão: Fernanda Farias - Fotos: Daniel Jordano, Eduardo Gomes, Josiane Santos e Flavio Ribeiro Tiragem: 1000 - Edição 15 - Julho 2011 - ISSN 2175-0866.Produção: Assessoria de Comunicação do Inpa/MCTI.
+55 92 3643-3100 / 3104 [email protected] www.twitter.com/ascom_inpa
www.facebook.com/inpamct
Expediente Fale com a redação
Ministério daCiência e Tecnologia e Inovação
Tome Ciência
A primeira reunião dos Coordenado-
res das Redes de Pesquisas financia-
das com recursos do Fundo Setorial do
Petróleo e Gás Natural (CT-Petro) acon-
teceu no dia 29 de julho, na cidade de
Salvador (Bahia). A reunião foi realiza-
da no auditório do Instituto de Geociên-
cias da Universidade Federal da Bahia
(UFBA)
O evento foi organizado pelo coorde-
nador da Rede CTPetro Amazônia,
Luiz Antonio de Oliveira, e o coordena-
dor da Rede RECUPETRO, Antônio
Queiroz, e contou com a participação
dos coordenadores das 21 redes, além
dos representantes do Ministério da
Ciência e Tecnologia (MCTI), Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científi-
co e Tecnológico (CNPq) e Financia-
dora de Estudos e Projetos (Finep).
Aproximadamente 222 trabalhos
realizados por bolsistas e orientadores
das diversas áreas do conhecimento
desenvolvidas pelo Instituto Nacional
d e P e s q u i s a s d a A m a z ô n i a
(Inpa/MCTI) foram apresentados na
XX Jornada de Iniciação Científica,
realizada em parceria com o Conselho
Nac ional de Desenvolv imento
Científico e Tecnológico (CNPq) e da
Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado do Amazonas (Fapeam).
O Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação Científica é voltado para o
desenvolvimento das ciências por estu-
dantes de graduação. Ao longo dos 20
anos do Programa de Iniciação Científi-
ca do Inpa vem proporcionando apren-
dizagem e aperfeiçoamento à jovens
cientistas.
Inpa realiza XX Jornada de Iniciação Científica
Um dos pontos altos das atividades
que comemoraram os 57 anos do Insti-
tuto Nacional de Pesquisas da Amazô-
nia (Inpa/MCTI) foi o registro de uma
nova planta amazônica, a pradosia
lahoziana terra-araújo.
Registrada pelo estudante de douto-
rado Mário Henrique Terra Araújo, do
curso de pós-graduação em Botânica
do Inpa, esse foi o registro de número
240 mil catalogadas no herbário.
Araújo explica que a planta é conhe-
cida popularmente pelos nomes:
casca doce, abiu, dentre outros.
Porém, falta a identificação científica.
“A planta foi coletada em 1973, mas
faltava a identificação. Fui em busca de
exemplares vivos e encontrei nos arre-
dores da Escola Agrícola Federal”,
disse.
Nova espécie de planta é registrada no herbário do Inpa
Rede CTPetro Amazônia participa da I Reunião de Coordenadores
Boa leitura| Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke – Amazônia Central
Arte: Flávio Ribeiro Arte: CTPetro AmazôniaFoto: Eduardo Gomes
Quem nunca teve curiosidade em saber mais sobre os sapos amazônicos? Suas cores, tamanhos e como vivem? Essa é a proposta do “Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke”.
A reserva, criada em 1963, já serviu de palco para o desenvolvimento de pesquisas e descobertas biológicas. Apesar das constantes depredações e ameaças do homem à Amazônia, a reserva conseguiu sobreviver às mudanças, e hoje no local, pode-se encontrar 50 espécies desses anfíbios.
Um livro bastante ilustrado e escrito em português e inglês, convida naturalistas, conservacionistas e o público em geral a descobrirem os hábitos, alimentação, características físicas e reprodução dos sapos.
A obra é de autoria dos pesquisadores Albertina Lima, William Mag-nusson, Marcelo Menin, Luciana Erdmann, Domingos Rodrigues, Cláu-dia e Walter Hódi. Os interessados podem adquiri-la no valor de R$40,00, no setor de vendas da Editora Inpa, localizada nas dependên-cias do Instituto.
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du
ard
o G
om
es
ve a respeito dessas áreas de transi-
ção”, avaliou.
Além do diretor do Inpa, outros pes-
quisadores do Instituto participaram
das atividades científicas durante a 63ª
Reunião Anual da SBPC. Estiveram
presentes nas atividades pesquisado-
res como Maria Inês Higuchi, Vera Val e
Philip Fearnside.
Educação e Código Florestal
O Ministro da Ciência, Tecnologia e
Inovação Aloizio Mercadante, ressal-
tou o papel da ciência para desenvolver
o país e evitar confrontos. ”A ciência é o
melhor caminho para que o país evite
Julho - Página 03Ciência e Tecnologia - Divulga Ciência
Código Florestal e qualidade na educação marcam os discursos na abertura da SBPC
Durante a semana da SBPC, diversas atividades científicas estaram acontecendo nas dependências da Universidade Federal de Goiás (UFG)
|Daniel JordanoDa Equipe do Divulga Ciência
Um dos maiores eventos científicos
do país aconteceu no dia 10 de julho,
com a abertura oficial da 63ª Reunião
Anual da Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência (SBPC). Repre-
sentantes de instituições, pesquisado-
res e autoridades locais esti-
veram presentes na cerimô-
nia de abertura.
O diretor do Instituto Nacio-
nal de Pesquisas da Amazô-
nia (Inpa/MCTI), Adalberto
Val, participou da solenidade.
Ele caracterizou a reunião
como um momento auge na
discussão da ciência no Bra-
sil.
“Debatemos aqui água,
alimento e energia e esses elementos
unem todas as regiões do país. A Ama-
zônia interage com o Cerrado e o Cer-
rado com a Amazônia, e ambos deter-
minam as condições de transição de
cada um desses biomas. Portanto,
uma ciência especial que se desenvol-
um confronto entre a agricultura e o
meio ambiente.”, enfatizou.
Já a presidenta da SBPC, Helena
Nader, declarou que a comunidade
científica precisa ser mais ouvida em
relação ao código florestal. “É incom-
preensível que, em nome de interes-
ses, ruralistas e ambientalistas virem
as costas para as possibilidades que a
ciência moderna tem a oferecer para
a definição de regras que harmoni-
zem a legislação ambiental e produ-
ção de alimentos”, disse.
Ela criticou ainda o projeto de lei
que autoriza as Instituições de ensi-
no superior a contratarem professo-
res sem o curso de pós-graduação.
“Não podemos permitir que esse
projeto vire lei, pois será um retro-
cesso na construção de um sistema
de ensino eficiente”, finalizou.
A reunião em Goiânia aconteceu em
julho. Na oportunidade, São Luiz do
Maranhão foi divulgada como a cidade-
sede da SBPC 2012.
‘‘ ‘‘Não podemos permitir que esse projeto vire lei pois será um retrocesso
na construção de um sistema de ensino
eficiente
Foto: Daniel Jordano
|Josiane SantosDa Equipe do Divulga Ciência
Representantes de instituições, pesquisado-
res e autoridades locais estiveram presentes
na cerimônia.
Página 04 - Julho 2011
SBPC pede que cientistas sejam de fato ouvidos em relação ao código florestal
As frutas da Amazônia e como elas
podem se tornar uma importante fonte de
renda para produtores rurais foi tema da
palestra na 63ªReunião Anual da Socieda-
de Brasileira para o Progresso da Ciência
(SBPC) em Goiânia.
Camu-camu, cubiu, araçá-boi, buriti
dentre outras frutas típicas da região fize-
ram parte da apresentação do pesquisa-
dor do Inpa, Carlos Bueno, durante as
atividades da ExpoT&C (feira onde institui-
ções de pesquisa expõem seus traba-
lhos).
De acordo com o pesquisador o evento
é uma vitrine importante, pois divulga as
pesquisas feitas e ajuda na sensibilização
das pessoas em relação à Amazônia. “Isso
ajuda a ter uma sensibilização nacional
sobre a diversidade da região e o que as
pesquisas podem trazer de bom principal-
mente em relação a um desenvolvimento
mais inteligente, mais sustentável”, expli-
cou.
Potencial econômico
Bueno lembrou que as pesquisas apre-
sentadas podem interessar ao mercado.
“Para quem está na Amazônia, são frutos
tradicionais, mas aqui é uma novidade e
assim podemos inclusive mostrar eventu-
almente para as empresas ”, finalizou.
A 63ª Reunião Anual da SBPC teve mais
de 8 mil inscritos mais de 5 mil trabalhos de
pesquisas e experiências de ensino-
aprendizagem, 61 conferências, 80
mesas-redondas, dez simpósios, sete
sessões especiais, 80 mini-cursos e cinco
assembleias.
Prática
Os valores nutricionais presentes em fru-
tos da região amazônica, como o açaí e
camu-camu, fazem parte dos estudos e
pesquisas que são desenvolvidas no Insti-
tuto, esclarecendo curiosidades sobre as
propriedades das frutas e como podem
auxiliar no funcionamento do organismo.
Potencial de frutas da Amazônia foi destaque
na SBPC
Os dados foram apresentados pelo pesquisador do Inpa, Carlos Bueno, durante as atividades da ExpoT&C
|Daniel JordanoDa equipe do Divulga Ciência
O primeiro dia de atividades,
palestras e oficinas da 63ª Reunião
Anual da Sociedade Brasileira para
o Progresso da Ciência (SBPC) que
ocorreu em Goiânia (GO), foi mar-
cado pela discussão em torno da
proposta do novo Código Florestal.
Ÿ A presidenta da SBPC, Helena
Nader, em entrevista coletiva pediu
que os cientistas sejam de fato ouvi-
dos em relação ao novo Código
Florestal. Ela lembrou que não é
bom para o país que a discussão em
torno do tema seja uma disputa
entre agronegócio e meio ambiente,
“Eles estão lá para representar a
povo brasileiro e não interesses”,
disse Nader sobre parlamentares e
o Código Florestal
Helena Nader afirmou ainda que
no caso do Código, é preciso inte-
grar a Comissão de Ciência e Tec-
nologia do Senado aos debates.
Para o diretor da entidade, José
Antônio, já há um diálogo entre ambi-
entalistas e o agronegócio, mas é
preciso rever no código as particula-
ridades de cada região. “O trata-
mento do código é linear para todos
os biomas e isso não pode ocorrer’’,
afirmou.
Educação
A presidenta da SBPC voltou a
pedir que o projeto de lei 220/10, que
autoriza a contratação de professores
sem o curso de pós-graduação pelas
Instituições de ensino superior, não
seja aprovado no senado. “É um retro-
cesso. Há ainda uma outra situação:
somos contra a revalidação de diplo-
mas que não seja em Instituição cre-
denciada com curso de pós-
graduação com doutorado. Não esta-
mos para servir A ou B, estamos para
servir ao Brasil”, finalizou.
SBPC
A 63 Reunião Anual da SBPC teve a
participação de mais de 8 mil inscri-
tos. Entre a série de atividades que
marcaram a programação, estão
5.947 trabalhos de pesquisa e expe-
riências de ensino-aprendizagem, 61
conferências, 80 mesas-redondas,
dez simpósios, sete sessões especia-
is, 80 mini-cursos e cinco assemblei-
as. Participaram do encontro 314
palestrantes de Goiás e 124 de outros
estados.
Uma carta foi elaborada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em relação ao tema. Em coletiva a Presidenta da SBPC, Helena Nader, cobrou parlamentares
|Daniel JordanoDa equipe do Divulga Ciência
Pesquisa - Divulga Ciência
Pesquisadores, autoridades e mem-
bros da SBPC debateram ações, no
evento que reuniu 8 mil inscritos.
Foto: Daniel Jordano
Julho- Página 05Edição Especial - 57 anos - Divulga Ciência
Inpa, 57 anos fazendo ciência
Revitalização da ilha da Tanimbuca e novo registro no Herbário marcaram o dia de comemorações no Inpa
O Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (Inpa/MCTI) realizou uma
semana de comemorações dos 57
anos de sua existência, na busca cons-
tante de inovar suas pesquisas e socia-
lizar ciência e tecnologia.
O Instituto vem desenvolven-
do um importante trabalho em
toda Amazônia, investindo na
sua biodiversidade, dinâmica
ambiental, tecnologia e inova-
ção, focando na sociedade,
meio ambiente e saúde.
Para o diretor executivo da
Fundação Amazônica de Defesa
da Biosfera (FDB), José Seráfi-
co, há grandes motivos para
comemorações. “Esses 57 anos do
Inpa tem se mostrado produtivo para a
pesquisa na Amazônia. O Inpa tem
mostrado que se avança muito mais
com conhecimento e com menos cus-
to”, declara.
Toda população tem o direito de
conhecer e explorar a diversidade
biológica da floresta Amazônica, assim
como usar seus recursos naturais e
desenvolver a sustentabilidade. “A
população ribeirinha precisa usar os
recursos da floresta, mas também tem
o dever de cuidar dela, para isso temos
que investir em educação ambiental
para que a população use de forma
correta esse potencial”, ressalta
Carlos Bueno, coordenador de
extensão do Inpa.
Nesses 57 anos, o Inpa conta com a
colaboração de vários parceiros locais,
regionais, nacionais e internacionais,
como pesquisadores, técnicos, analis-
tas, estudantes de pós-graduação,
estagiários, todos ajudam na dissemi-
nação da ciência.
“Nesses tempos, a palavra de ordem é
agradecimento, porque ciência e tec-
|Fernanda FariasDa equipe do Divulga Ciência
nologia, não se faz sozinho. Meu agra-
decimento a todas as pessoas, as
instituições que têm nos ajudado esses
anos todos, as varias organizações, as
agências de fomento, e ao próprio
Ministério da Ciência e Tecnologia”,
declarou o diretor do Inpa, Adalberto
Val.
O Inpa realizou diversas
atividades em comemoração ao
seu aniversário. O Instituto
homenageou os servidores
aposentados com o certificado
“Inpa Orgulho da Amazônia”.
Na manhã do dia 27, houve um
culto ecumênico na Ilha da
Tanimbuca, campus I, para os
servidores do Instituto.
Na sexta-feira 29 aconteceu
uma palestra sobre “Biodiversidade e
Saúde Indígena” com o palestrante
Renato Athias, professor do Núcleo de
Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade
da Universidade Federal de Pernam-
buco (UFPE). As atividades encerra-
ram no sábado (30) com a edição espe-
cial do Circuito da Ciência.
Foto: Eduardo Gomes
‘‘ ‘‘Nesses tempos, a palavra de ordem é agradecimento,
porque ciência e tecnologia, não se faz sozinho
No Bosque da Ciência, pesquisadores
comemoram os 57 anos do Instituto
destinado à pesquisas científicas.
Página 06 - Julho 2011 Educação e Sociedade- Divulga Ciência
Nos cinco dias de exposição na
ExpoT&C da 63ª Reunião Anual da
Sociedade Brasileira para o Progres-
so da Ciência (SBPC) de algumas
amostras de produtos e pro-
cessos que são produzidos
dentro do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia
(Inpa/MCTI), deu para firmar
futuras parcerias e disseminar
o conhecimento sobre a região
amazônica.
Dentre os contatos feitos, a
analista de ciência e tecnolo-
gia, Deuzanira Santos, da Coor-
denação em Extensão Tecno-
lógica e Inovação (CETI) do Inpa,
destacou o contato com empresários
do setor de cosméticos e de higiene
pessoal do estado de Goiás, princi-
palmente da cidade de Aparecida de
Goiânia, um dos principais pólos
neste setor.
“Nós fizemos esse contato para
firmar algum tipo de parceria. Então a
gente espera que isso renda frutos
para toda a instituição. Marcamos
uma reunião para setembro com os
empresários do setor de cosméticos
de Goiás e vai ser uma grande
oportunidade para o Inpa mostrar os
seus produtos que já estão prontos e
ganhar o mercado brasileiro como o
todo, por meio da transferência dessa
tecnologia”, disse Santos.
Segundo o coordenador do
Bosque da Ciência, Jorge Loba-
to, o Inpa, a cada edição da ExpoT&C,
vem se destacando com o aumento no
número de visitações no estante do
Instituto. “No geral, dentro da
ExpoT&C, o Inpa se destacou como
vem se destacando desde as últimas
edições. Isso nos permite que nos pró-
ximos anos sejamos mais ousados,
sempre com essa interatividade toda
que o Inpa leva nas feiras”, explicou.
Outro resultado citado por Lobato foi
o interesse dos visitantes em conhecer
o processo de desenvolvimento de
alguns produtos, inclusive para fins
comerciais, principalmente a sopa de
piranha, e o grande interesse dos
jovens em cursar os programas de pós-
graduação do Inpa.
Para o Coordenador de Extensão
do Instituto, Carlos Bueno, o sucesso
do Inpa na ExpoT&C acontece por
conta da dinâmica que o grupo ado-
tou como sorteio de livros, degusta-
ção e exposição de vários frutos ama-
zônicos.
A ExpoT&C é uma das atividade
da 63ª Reunião Anual da SBPC e traz
estandes de institutos de pesquisas,
universidades e órgãos ligados à
área de ciência.
| Josiane SantosDa equipe do Divulga Ciência
ExpoT&C: dissemina conhecimento e oferece oportunidades
Neste ano, o número de visitações foi de aproximadamente 8 mil pessoas. Um dos motivos do sucesso foi a dinâmica adotada
Foto: Daniel Jordano
‘‘‘‘ Isso nos permite que nos próximos anos sejamos mais ousados,
sempre com essa interatividade toda
que o Inpa leva nas feiras
Degustação de frutos e pequenos exemplares
da biodiversidade da região, foram destaques
no stand.
Foto: Josiane Santos
‘‘ ‘‘
O Brasil caminha para ocupar uma posição
de maior destaque na produção científica
Julho - Página 07Ciência e Tecnologia - Divulga Ciência
SBPC: Amazonas participa de debates sobre marcos legais para pesquisas
Autoridades e pesquisadores pediram mudanças na lei para alavancar pesquisas. Houve ainda o debate sobre investimentos em Ciência com recursos do pré-sal
Autoridades e membros da comuni-
dade científica brasileira debateram no
dia 12 de julho, os marcos legais para
incentivar às pesquisas no país. A tôni-
ca das discussões, que ocorreram
durante a 63ªReunião Anual da Socie-
dade Brasileira para o Progresso da
Ciência (SBPC), foi a mudança de
algumas leis para agilizar os
investimentos em ciência, tecno-
logia e inovação.
Um dos gargalos apontados
pela comunidade científica é a
demora dos processos de licita-
ção para compras de materiais,
por exemplo, que de alguma
forma atrasa o processo de pes-
quisa.
De acordo com o diretor do
Inpa, Adalberto Val, as leis preci-
sam ser mais ágeis para acompanhar
os avanços da ciência. “O fazer científi-
co de hoje é diferente do realizado há
20 anos e o que está acontecendo é
que temos um sistema emperrado, por
conta da não atualização dos marcos
legais. Não se trata de afrouxar o siste-
ma e sim dotá-lo da agilidade necessá-
ria para que a gente possa ser compe-
titivo”, disse.
O País ocupa hoje a posição de
número 13 no ranking da produção
científica mundial. “O Brasil caminha
para ocupar uma posição de maior
destaque na produção científica sendo
que temos a competência, infraestrutu-
ra e material biológico. O que preci-
samos é de leis apropriadas para
fazer isso”, enfatizou Val.
Articulações
A movimentação para os marcos
legais é coordenada pelo Conselho
Nacional das Fundações de Amparo à
Pesquisa (Confap) e o Conselho Naci-
onal de Secretários Estaduais para
assuntos de Ciência, Tecnologia e
Inovação (Cosnecti).
A diretora-presidenta da Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado Ama-
zonas (Fapeam), Maria Olívia Simão,
afirmou que o momento é bom para
discutir o tema. “Essas articulações
vão possibilitar um ambiente mais favo-
rável do ponto de vista legal para
desenvolver ciência”, afirmou.
A presidenta da SBPC, Helena
Nader, declarou que a entidade propõe
mais diálogo com os órgãos regulado-
res. “Nós queremos diálogo com as
controladorias e procuradorias.
Queremos conversar com
todos”, finalizou a presidenta.
Pré-sal
As verbas que podem ser gera-
das com o pré-sal (extração de
petróleo) também foram discuti-
das na ocasião. O titular da
Secretaria de Estado de Ciência
e Tecnologia (SECT-AM), Odenildo
Sena, lembrou que o país precisa
saber como utilizar os recursos. “É
fundamental a luta para que grande
parte desses recursos se destine à
educação, ciência, tecnologia e inova-
ção”, declarou.
| Daniel JordanoDa Equipe do Divulga Ciência
Foto: Daniel Jordano
Página 08 - Julho 2011
Inpa realiza ”Feira de Ciências Indígena” em Roraima
O projeto é desenvolvido com professores e estudantes das etnias Macuxi, Wapichana, Taurepang e Ingarikó do município de Amajari
O Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (Inpa/MCT) realizou no dia
14 de junho, em Roraima (RR), a apre-
sentação das atividades que comple-
mentam o projeto “Feira de Ciências
Indígena”, coordenado pela pesqui-
sadora Sonia Alfaia, da Coordena-
ção de Tecnologia e Inovação
(COTI) do Instituto, que apóia ativi-
dades escolares e comunitárias
relacionadas ao ambiente e cultura
regional. A engenheira florestal
Rachel Pinho, bolsista do Inpa, é a
coordenadora de campo e organiza
as atividades do projeto.
O Projeto é financiado pelo Con-
selho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), e cons-
truído com professores e estudantes
das etnias Macuxi, Wapichana, Taure-
pang e Ingarikó do município de Amaja-
ri, na região do “Lavrado” (savanas) de
Roraima (RR).
Das 17 escolas indígenas do municí-
pio de Amajari, 11 participaram de, no
mínimo, uma das três oficinas realizadas
nas comunidades Araçá, Mutamba e Gua-
riba, onde se construíram ideias sobre
temas variados que podem ser trabalha-
dos em sala de aula, como tipos e manejo
de solos, experimentos de física,
alimentação e saúde, artesanato
tradicional etc.
Nas oficinas também se discutiram
os projetos desenvolvidos por cada
professor em temas como manejo ambi-
ental, lixo, arte e culinária, que serão apre-
sentados na ”Feira de Ciências Indígena
do Amajari”. Além disso, os projetos serão
premiados com livros e 3 bolsas de Inicia-
ção Científica Junior do CNPq.
Educaçlão e Sociedade - Divulga Ciência
|Eduardo GomesDa Equipe do Divulga Ciência
‘‘ ‘‘A união entre escola e comunidade na
organização e planejamento é o melhor caminho para trazer a independência
comunitária
Essa iniciativa visa dar continuidade
às atividades desenvolvidas pelo proje-
to Wazaka'ye/Guyagrofor, coordenado
pelo Inpa desde 2006, e projeto Agro-
florr, pelo Instituto Olhar Etnográfico de
2006 a 2009.
“Nossa experiência tem mostrado
que o envolvimento das escolas é
essencial para a condução dos
viveiros. A união entre escola e
comunidade na organização e
planejamento é o melhor caminho
para trazer a independência comu-
nitária na gestão de um viveiro bem
sucedido”, observa Pinho.
Foto: acervo Projeto Wazaka'ye
Foto: acervo Projeto Wazaka'ye
Nas oficinas foram discutidos temas como manejo ambiental, lixo, arte e culinária.