dislexia trabalho
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A Dislexia no 1.º CicloDa actualidade científica às concepções dos professores
César F. Lima, Manuela L. Cameirão, Laura P. Meireles, & Antonella Lucci a
a A ordem dos autores foi determinada por sorteio
Disciplina: Psicologia da Educação I
Docente orientador: Dra. Susana Coimbra
Introdução
Questões de base
Que concepções apresentam os professores acerca da dislexia?
De forma é que os seus discursos se ajustam ou contrastam com o conhecimento
científico neste domínio?
Introdução
O que é a dislexia?
A dislexia é uma perturbação específica da aprendizagem com origem neurobiológica.
Caracteriza-se por dificuldades no reconhecimento preciso e/ou fluente de palavras escritas,
por dificuldades ortográficas e por dificuldades na descodificação. Estas dificuldades resultam,
frequentemente, de um défice no componente fonológico da linguagem. São frequentemente
inesperadas, dado o nível de outras capacidades cognitivas e a existência de uma instrução
adequada. Nas consequências secundárias é possível incluir problemas na compreensão da
leitura e reduzida experiência de leitura, o que pode dificultar o crescimento do vocabulário e
do conhecimento geral (Lyon, Shaywitz, & Shaywitz, 2003)
Prevalência – 5% a 17% (Katuzic et al., 2001, cit. in Eden et al., 2004)
Base genética – uma hipótese cada vez mais sustentada (cf. Ramus, 2003)
Introdução
O que é a dislexia?
Dislexia como perturbação específica
É possível diferenciar as características cognitivas associadas a défices nas competências
de leitura das características cognitivas de outros défices (Lyon, Shaywitz, & Shaywitz,
2003)
Dislexia como perturbação de origem neurobiológica
Existem diferenças no funcionamento do sistema neural de leitura em
leitores normais e em leitores disléxicos (e.g., Shaywitz et al., 2002; Temple
et al., 2001)
Introdução
O que é a dislexia?
A nível comportamental…
Dificuldades no reconhecimento preciso de palavras e na capacidade de
descodificação
Baixa capacidade ao nível da ortografia
Dificuldades na leitura fluente (Lyon, Shaywitz, & Shaywitz, 2003)
A nível cognitivo…
Défice no componente fonológico da linguagem – hipótese do défice fonológico (cf. Ramus et
al., 2003; Alves & Castro, 2002)
Consciência fonológica – falha em crianças e adultos com dislexia (e.g., Bruck, 1992)
Introdução
O que é a dislexia?
Dificuldades inesperadas, dado o nível de outras capacidades cognitivas e instrução adequada
Dificuldades persistentes, mesmo se instrução adequada (cf. Bruck, 1992)
Consequências secundárias
Problemas no vocabulário (dificultando o seu crescimento)
Conhecimento geral e compreensão dos textos (Lyon, Shaywitz, & Shaywitz,
2003)
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Introdução
O que é a dislexia?
Outras dificuldades associadas à dislexia
Problemas na memória
Dificuldades na linguagem falada (Alves & Castro, 2002)
Introdução
Aspectos de Avaliação e Intervenção em Dislexia
Défice fonológico como característica nuclear da dislexia (e.g., Edwards et al., 2003; Ramus et
al., 2003)
Avaliação da dislexia tem de incluir provas de processamento fonológico
É possível argumentar em favor de uma avaliação baseada exclusivamente em tarefas
fonológicas (Alves & Castro, 2004)
Introdução
Aspectos de Avaliação e Intervenção em Dislexia
Provas que permitem discriminar indivíduos com dislexia
Amplitude da memória de curto prazo (e.g., McCrory et al., 2000; Paulesu et al., 2001)
Leitura de palavras (e.g., McCrory et al., 2000)
Leitura de pseudo-palavras (e.g., Edwards et al., 2003)
Leitura de textos (e.g., Lehtola & Lehto, 2000)
Ortografia (e.g., Ramus et al., 2003)
Velocidade de escrita (e.g., Hatcher et al., 2002)
Nomeação rápida em série (e.g., Ramus et al., 2003)
Fluência fonémica (e.g., Hatcher et al., 2002)
Consciência articulatória (e.g., Griffiths & Frith, 2002)
Indicação da sílaba tónica (e.g., Paulesu et al., 2001)
Spoonerismos (e.g., Ramus et al., 2003)
Introdução
Aspectos de Avaliação e Intervenção em Dislexia
Mesmo tendo base hereditária e um carácter persistente, a dislexia está sujeita à intervenção
do ambiente (e.g., Snowling, 2000; Frith, 2001)
Havendo lugar para influências ambientais, há espaço para a intervenção na dislexia
Défice fonológico intervenção deve considerar competências fonológicas
Temple et al. (2003) treino comportamental melhorou linguagem oral e leitura; alterações
na actividade cerebral (redução do défice e activação compensatória)
Introdução
Aspectos de Avaliação e Intervenção em Dislexia
Intervenção de base fonológica na dislexia melhoria nos mecanismos (comportamentais)
perturbados e correlatos cerebrais
Ensino dos princípios da consciência fonológica aumentos em múltiplas medidas da
capacidade de leitura e modo mais eficaz de intervir em indivíduos com dislexia (e.g., Rayner
et al, 2001; Swanson, 1999; Torgesen et al., 2001, cit. in Eden et al., 2004)
Introdução
Aspectos de Avaliação e Intervenção em Dislexia
Perspectiva remediativa vs. preventiva e de intervenção precoce
Bradley & Bryant (1983, cit. in Alves e Castro, 2002)
Optimização de resultados promoção da consciência fonológica + correspondência
letra-som (e.g., Foorman, Francis, Novy & Liberman, 1991, cit. in Snowling, 2000)
Detecção do défice fonológico nos anos pré-escolares intervenção
atempada e eficácia maximizada (cf. Alves & Castro, 2002)
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Introdução
A dislexia no 1.º Ciclo – a escola, o professor e o aluno
A Escola…
Vértice fundamental no âmbito das dificuldades de aprendizagem
Políticas de integração vs. objectivos estandardizados dilema
Escola responsável pela prevenção do “insucesso escolar”
Como lutar contra o insucesso e desenvolver o potencial dos alunos com dislexia?
(D.I.T.T., 2002)
Introdução
A dislexia no 1.º Ciclo – a escola, o professor e o aluno
O professor do 1.º Ciclo…
Responsável pelo ensino da leitura e da escrita
Geralmente é a primeira pessoa a confrontar-se com as dificuldades observadas em
crianças com dislexia
Papel primordial na detecção, encaminhamento e intervenção pedagógica
Cogan (2002)
O que os professores devem saber e fazer
Relevância da formação de professores neste domínio
Introdução
A dislexia no 1.º Ciclo – a escola, o professor e o aluno
O aluno…
A dislexia pode-se fazer acompanhar de problemáticas sociais e emocionais
Pode conduzir a insegurança emocional e isolamento social (cf. Bakker, 2002)
Quando mais precoce o diagnóstico, mais fácil será o trabalho com alunos disléxicos,
devido a menor historial de frustração e de sentimentos de fracasso.
Problemas de leitura persistentes que não sejam alvo de intervenção consequências
comportamentais negativas deficiências educacionais e prejuízo da confiança e auto-estima da
criança (Snowling, Stackhouse et al., 2004)
Introdução
A dislexia no 1.º Ciclo – a escola, o professor e o aluno
O aluno…
Importância da eficácia do professor e da escola “o sucesso ou insucesso académico é
em larga medida de dependente da proficiência da linguagem” (Castro e Gomes, 2000)
Destacando o papel do professor…
As suas atitudes, concepções e conhecimento relativamente à dislexia
assumem grande importância
O presente trabalho tem como objectivo explorar as concepções dos
professores do 1.º Ciclo acerca da dislexia. Pretende-se ainda fazer uma
comparação destas concepções com os discursos científicos
Método
Participantes
20 professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico
18 mulheres (90%) e 2 homens (10%)
Média de idades: 42,5 anos (DP = 8.8; amplitude = 24 - 61)
Média do tempo de serviço: 19.1 anos (DP = 10.03; amplitude = 0 – 38)
Habilitações literárias: 7 bacharéis (35%) e 13 licenciados (65%)
16 docentes (80%) já leccionaram todos os anos de escolaridade
Material
Construção de questionário de auto-resposta composto por duas partes:
10 questões que abordam vários aspectos da dislexia
Dados sócio-demográficos
Resultados e Discussão
Experiência com alunos com dislexia formalmente diagnosticada
45
55
0
25
50
75
100
sim não
experiência com alunos com dislexia
formalmente diagnosticada (%)
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Resultados e Discussão
Formação académica e/ou extra-curricular na área da dislexia
3 docentes (15%) afirmam ter formação específica na área
1 docente: formação académica + formação extra-curricular
2 docentes: formação extra-curricular
Motivo: Interesse Pessoal
Resultados e Discussão
Formação académica e/ou extra-curricular na área da dislexia
Motivos para a não realização de formação extra-curricular no âmbito da dislexia (17 docentes, 85%)
N = 20 (100%)
1 (5%)Desconhecimento da necessidade da formação
2 (10%)Dificuldades de acesso (tempo, recursos)
4 (20%)Falta de contacto pessoal
13 (65%)Pouca oferta de formação
Número de OcorrênciasMotivo
Resultados e Discussão
Definição de Dislexia
Quanto à forma
N = 15 (100%)
Desvio da percepção sensorial (1)Disfunção da leitura (1)
Défice neurológico (3)Disfunção da escrita (2)
Disfunção cerebral (4)Disfunção da leitura e da escrita (4)
Disfunção de base biológica (8) (53%)Disfunção da leitura e/ou da escrita (7) (47%)
Resultados e Discussão
Definição de Dislexia
Quanto ao conteúdo/abrangência
N = 30 (100%)
Leitura em espelho (1)
Dificuldades de leitura (1)
Dificuldades orais (1)
Dar erros (1)
Troca de frases (1)Dificuldades fonéticas (1)
Troca de palavras (1)Omissão de letras (1)
Troca de fonemas (2)Escrita de palavras incompletas (1)
Troca de grafemas (3)Dificuldades na leitura e na escrita (2)Visualização de símbolos (1)
Troca de letras (7)Dificuldades na escrita (2)Lateralidade cruzada (2)Dificuldades de aprendizageminespecíficas (2)
Trocas (14) (47%)Dificuldades na linguagem (11) (37%)Dificuldades de base biológica (3) (10%)Dificuldades de aprendizagem (2) (6%)
Resultados e Discussão
Sinais indicadores da presença de dislexia
N = 43 (100%)
Dificuldades deaprendizageminespecíficas (2)
Dificuldades deaprendizagem (2) (5%)
Dificuldades na produção de palavras (1)
Dar erros (1)
Escrita de palavras incompletas (1)
Leitura em espelho (2)Troca de sílabas (1)
Dificuldades na compreensão damensagem (2)
Troca de fonemas (1)
Dificuldades na leitura (7)Troca de grafemas (3)Desconcentração (1)
Dificuldades na escrita (9)Troca de letras (9)Desmotivação (1) Lateralidade cruzada(2)
Dificuldades na linguagem (23) (53%)Trocas (14) (32%)Dificuldadesidiossincráticas (2) (5%)
Dificuldades de basebiológica (2) (5%)
Resultados e Discussão
Relação entre dislexia e inteligência
Todos os professores negaram a existência de uma relação (100%)
2 docentes (10%) apontam eventuais dificuldades de desenvolvimento da inteligência e
necessidades de atendimento específicas
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Resultados e Discussão
Dislexia como factor condicionante do progresso escolar
N = 20 (100%)
Não (4) (20%)Sim (16) (80%)
Não com condicionantes (1)Sim com condicionantes (7)
Não (3)Sim (9)
Resultados e Discussão
Dificuldades existentes na dislexia
0
5
10
30
35 35
70
95
100
0
20
40
60
80
100
Inte
ligên
cia
Motoras/P
ostura
Auditiv
as
Memór
iaFa
la
Visu
ais
Fono
lógica
s
Escrita
Leitu
ra
% de docentes que referem a
dificuldade
Resultados e Discussão
Encaminhamento do aluno com eventual dislexia
N = 25 (100%)
Ajuda extra-escolar inespecífica (1)
Serviço de apoio neurológico (1)
Centro de desenvolvimento infantil (1)
Pedopsicólogo (1)
Terapeuta da fala (1)
Psicopedagogo (2)
Especialista com formação na área (2)
Psicólogo (13) (52%)Ensino especial (3)
Apoio extra-escola (22) (88%)Apoio intra-escola (3) (12%)
Resultados e Discussão
Acções pedagógicas perante suspeita de dislexia
N = 31 (100%)
Treino da motivação (1)
Exercícios fonológicos (1)
Exercícios de compreensão da mensagem (1)
Testes de escolha múltipla (1)Exercícios de incidência nas sílabas (1)
Exercícios de leitura global (1)
Exercícios de lateralidade (2)
Exercícios sugeridos (3)
Exercícios (10) (32%)
Adaptações materiais (2)
Adaptações curriculares (3)Pedido de ajuda (2)
Apoio individualizado (8)Procura de informação (5)
Adaptações ao aluno (14) (45%)Necessidades de formação (7) (23%)
Conclusões
Apesar de 45% da amostra já ter lidado com casos de dislexia diagnosticada, apenas 15% dos
docentes refere ter formação específica na área. Destes, apenas 1 menciona que a recebeu
durante o percurso académico
A pouca oferta surge como o motivo mais saliente para a não realização de formação
Isto levanta questões pertinentes para estudos futuros…
Análise de como é que a formação universitária dos professores contempla as
dificuldades de aprendizagem, e em particular a dislexia
Exploração da quantidade/qualidade da oferta de formação no domínio da
dislexia em termos de formação contínua de professores e a sua adequação
às necessidades dos docentes
Conclusões
Concepção bastante heterogénea e não muito clara dos professores em relação à definição de
dislexia e dos sinais indicadores da presença desta perturbação
Algum desconhecimento acerca dos mecanismos cognitivos envolvidos na leitura e na
escrita e, por consequência, dos mecanismos perturbados na dislexia.
Centração em aspectos comportamentais e específicos
Os docentes sabem que a dislexia não se deve a problemas de inteligência
80% dos professores reconhecem que esta perturbação condiciona o
progresso escolar da criança
Necessidade de se avaliar o que é feito para apoiar os alunos disléxicos, assim como verificar de
que forma a Escola pode agir para diminuir os danos provocados pela dislexia e promover o
desenvolvimento destas crianças.
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Conclusões
Em relação às dificuldades inerentes à dislexia, as da leitura (20 ocorrências) e da escrita (19
ocorrências) destacam-se das restantes, aparecendo as dificuldades fonológicas em 3.º lugar
Existe também algum desconhecimento quanto aos problemas de memória e de fala existentes
na dislexia
Quanto ao encaminhamento das crianças em caso de suspeita de dislexia, destacam-se 2
aspectos:
Escassa referência a apoio intra-escola (3 ocorrências)
Saliência do psicólogo como profissional mais referido (13 ocorrências)
Possível influência das respostas dos docentes, quer pela investigadora, quer
pelos questionários.
Conclusões
Relativamente às acções que os docentes levariam a cabo no caso de
suspeitarem do facto de um aluno ser disléxico, ressaltam os exercícios (10
ocorrências) e as adaptações aos alunos (14 ocorrências)
Apesar da existência de algumas lacunas e distorções nas concepções dos professores sobre a
dislexia, existem vários pontos de convergência com os discursos científicos e, sobretudo, uma
sensibilidade em relação à problemática
Necessidade de uma amostra maior e mais representativa dos
docentes portugueses
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