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DISCÍPULOS OU CRISTÃOS? As outras duas ocorrências da palavra “cristão” evidenciam que seu uso estava ficando mais comum. Assim, quando Paulo, que estava sendo julgado diante do rei Agripa, o desafiou diretamente, Agripa clamou: “Por pouco me persuades a me fazer cristão” (At 26.28). Depois, o apóstolo Pedro, cuja primeira carta foi escrita em um contexto de perseguição crescente, achou necessário fazer distinção entre aqueles que sofriam “como crimino- sos” e aqueles que sofriam “como cristãos” (lPe 4.15-16), isto é, por pertencerem a Cris- to. Ambas as palavras (cristão e discípulo) implicam relacionamento com Jesus. Porém, “discípulo” talvez seja mais forte, pois inevitavelmente implica relacionamento entre aluno e professor. Durante os três anos de ministério público, os doze foram discípulos antes de serem apóstolos e, como discípulos, estavam sob a instrução de seu Mestre e Senhor. Talvez, de alguma forma, deveríamos ter continuado a usar a palavra “discípulo” nos séculos seguintes, para que os cristãos fossem discípulos de Jesus de maneira consciente e levassem a sério a responsabilidade de estar “sob disciplina”. Deixe-me explicar e justificar o título deste livro, O Discípulo Radical. Em primeiro lugar, por que “discípulo”? Para muitos, descobrir que, no Novo Testamento, os seguidores de Jesus Cristo são chamados de “cristãos” apenas três vezes, é uma grande surpresa. A ocorrência mais significativa é o comentário de Lucas explicando que foi em Antioquia da Síria que os discípulos de Jesus foram chamados de “cristãos” pela primeira vez. (At 11.26). Antioquia era conhecida como uma comunidade internacio- nal. Consequentemente, a igreja também era uma comunidade internacional e seus membros eram adequadamente chamados de “cristãos” para indi- car que as diferenças étnicas eram superadas por sua lealdade comum a Cristo.

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Page 1: DISCÍPULOS OU CRISTÃOS? · fazeis o que vos mando?” (Lc 6.46). O discipulado genuíno é um discipulado sin-cero - e é daí que surge a próxima palavra. Em segundo lugar, por

DISCÍPULOS OU CRISTÃOS?

As outras duas ocorrências da palavra “cristão” evidenciam que seu uso estava ficando mais comum. Assim, quando Paulo, que estava sendo julgado diante do rei Agripa, o desafiou diretamente, Agripa clamou: “Por pouco me persuades a me fazer cristão” (At 26.28).Depois, o apóstolo Pedro, cuja primeira carta foi escrita em um contexto de perseguição crescente, achou necessário fazer distinção entre aqueles que sofriam “como crimino-sos” e aqueles que sofriam “como cristãos” (lPe 4.15-16), isto é, por pertencerem a Cris-to. Ambas as palavras (cristão e discípulo) implicam relacionamento com Jesus. Porém, “discípulo” talvez seja mais forte, pois inevitavelmente implica relacionamento entre aluno e professor. Durante os três anos de ministério público, os doze foram discípulos antes de serem apóstolos e, como discípulos, estavam sob a instrução de seu Mestre e Senhor.Talvez, de alguma forma, deveríamos ter continuado a usar a palavra “discípulo” nos séculos seguintes, para que os cristãos fossem discípulos de Jesus de maneira consciente e levassem a sério a responsabilidade de estar “sob disciplina”.

Deixe-me explicar e justificar o título deste livro, O Discípulo Radical. Em primeiro lugar, por que “discípulo”? Para muitos, descobrir que, no Novo Testamento, os seguidores de Jesus Cristo são chamados de “cristãos” apenas três vezes, é uma grande surpresa.A ocorrência mais significativa é o comentário de Lucas explicando que foi em Antioquia da Síria que os discípulos de Jesus foram chamados de “cristãos” pela primeira vez. (At 11.26). Antioquia era conhecida como uma comunidade internacio-nal. Consequentemente, a igreja também era uma comunidade internacional e seus membros eram adequadamente chamados de “cristãos” para indi-car que as diferenças étnicas eram superadas por sua lealdade comum a Cristo.

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Meu interesse com este livro é que nós, que afirmamos ser discípulos do Senhor Jesus, não o provoquemos a dizer: “Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” (Lc 6.46). O discipulado genuíno é um discipulado sin-cero - e é daí que surge a próxima palavra.Em segundo lugar, por que “radical”? Sendo esse o adjetivo usado para descrever nos-so discipulado, é importante indicar o sentido no qual o utilizo. A palavra “radical” é derivada do latim radix, raiz. Originalmente, parece ter sido utilizada como rótulo político para pessoas como William Cobett, político do século 19, e seus pontos de vista extremos, liberais e reformistas. Assim, vem daí o uso geral para se referir àque-les cujas opiniões vão às raízes e que são extremos em seu compromisso.

Prefácio do Livro “O Discípulo Radical” - John Stott

Agora estamos prontos para unir o substantivo e o adjetivo e fazer a terceira pergunta: por que “discípulo radical”? A resposta é óbvia. Existem diferentes níveis de comprometi-mento na comunidade cristã. O próprio Jesus ilustra isso ao explicar o que aconteceu com as sementes que descreve na Parábola do Semeador. A diferença entre as sementes está no tipo de solo que as recebeu. A respeito da semente seme-ada em solo rochoso, Jesus diz: “Não tinha raiz” .Geralmente evitamos o discipulado radical sendo seletivos: escolhemos as áreas nas quais o compromisso nos convém e ficamos distantes daquelas nas quais nosso envolvimento nos custará muito. Porém, por Jesus ser Senhor, não temos o direito de escolher as áreas nas quais nos submetemos à sua autoridade.

Não temoso direito de escolher as

áreas nas quais nos

submetemos à sua autori-

dade.

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Pastor Edson, queremos externar toda nossa gratidão a Deus por sua vida, trabalho e dedicação na Igreja do Se-nhor. Você tem sido um exemplo de servo e seguidor de Jesus. Que você seja abençoado sempre e que a suas portas se abram.

01. Nossas Famílias02. Nossa Nação03. Nossa Igreja04. Nossos Pastores05. Nossos Diáconos06. Nossos Cultos07. Nossos Enfermos08. Nosso terreno09. Nossa Cidade

Todas as quintas-feiras, às 19:30 h da noite, a Igreja tem se reunido no Templo para orar. Sua presença é de muito valor neste momento. Venha orar conosco, no desejo de ver o nome de Deus ser glorifica-do entre nós, e a salvação de muitas vidas. “Orai sem ces-sar”, já dizia o Apóstolo Paulo, pois a Igreja que faz da oração um instrumento de relaciona-mento com o seu Deus, certa-mente prosperará.

CULTO DE ORAÇÃO

Estes são os Diáconos escala-dos nesta semana - Rodrigo, Geraldo e Eduardo. Que Deus os abençoe, usando-os como bons servos neste ministério.

DIÁCONOS DA SEMANA

Próximo domingo vamos ce-lebrar a Ceia do Senhor. Ve-nham todos, certamente será maravilhoso.

SANTA CEIA

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PROGRAMADIA HORA CULTO

Quarta 06:00 Oração MatutinaQuinta 19:00 Culto de Oração

Domingo09:0010:0019:00

EBD Santa CeiaCulto ao SENHOR

Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado

31 01 02 03 04 05 062 Cron31-33

2 Cron34-36

Esdras1-3

Esdras4-6

Esdras7-10

Neemias1-3

Neemias4-6

Nos dias 08 e 09 de fevereiro, estaremos nos retirando no sítio do Valdir, onde teremos bons momentos juntos. Vamos aproveitar o feriado de Carnaval para des-frutar das facilidades daquele local. Teremos cultos ao SENHOR, muita comu-nhão e lazer.Queremos os nomes de todos que vão participar do Retiro, para tomarmos provi-dências quanto a locomoção e alimento.

Venham orar na quarta-feira, às 06:00 horas da manhã. Precisamos nos unir em oração, e juntos buscarmos a face do SENHOR. A oração da Igreja tem grande efeito no Reino do Céus. Ve-nham, portanto, orar, falar com Deus.

oração matutina