discipulado intensivo

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~ 1 ~ Assembleia de Deus - Ministério Missão do Pará Templo Central: Rua Quatorze de Dezembro Nº484 St. Dom Orione CNPJ:08.229.493/0001-48 / (63) 9106 6080 / 8142-2272 / 9985 1805 E-mail:[email protected] ===Presidente do Ministério: Pr.Elson Rodrigues de Lima=== www.admissao.net Discipulado Intensivo -I-

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Page 1: Discipulado intensivo

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Assembleia de Deus - Ministério Missão do Pará Templo Central: Rua Quatorze de Dezembro Nº484 St. Dom Orione CNPJ:08.229.493/0001-48 / (63) 9106 6080 / 8142-2272 / 9985 1805

E-mail:[email protected] ===Presidente do Ministério: Pr.Elson Rodrigues de Lima===

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Discipulado Intensivo

-I-

Page 2: Discipulado intensivo

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SUMÁRIO

Lição 01- O BATISMO NAS ÁGUAS..............................................................................................03

O que é o batismo? ............................................................................................... .................................03

Comparações entre batismo e a santa ceia.............................................................................................03

O batismo por imersão........................................................................................... .................................03

A fórmula do batismo.................................................................................... .........................................03

Razão por que batizamos........................................................................................................................04

O ensino para o batizando............................................................................ ..........................................04

O batismo de crianças e a bíblia.............................................................................................................04

Porque somos batizados.........................................................................................................................05

O significado do batismo.......................................................................................... ..............................05

O batismo e a salvação.................................................................................. .........................................06

Quem pode ser batizado?................................................................................. .......................................06

Direito e deveres após o batismo..........................................................................................................07

Lição 02- A CEIA DO SENHOR............................................................................. ..........................08

A instituição da santa ceia....................................................................................................................08

Quem pode participar da santa ceia?....................................................................................................08

Finalidades da santa ceia............................................................................................................... ........09

Simbolismo da santa ceia..................................................................................................... .................09

Significado da santa ceia.................................................................................................... ...................09

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O BATISMO NAS ÁGUAS

O QUE É BATISMO?

O ensino básico do batismo é o da identificação com Cristo. A posição do crente diante de Deus é “em Cristo”, pois ele é uma “nova criatura”, 2 Co 5:17. Ao submeter-se ao batismo o crente confessa publicamente a sua aceitação deste fato e manifesta sua decisão de, pela graça de Deus, viver de acordo com a palavra de Deus. O batismo nas águas é o rito (cerimônia) do ingresso na Igreja cristã, e simboliza o começo da vida espiritual; é o ato inicial, pelo qual o novo convertido se torna “membro do Corpo de Cristo”, isto é, da Igreja, Ef 1:22,23; Rm 12:5; 1 Co 12:27.

COMPARAÇÕES ENTRE O BATISMO E A SANTA CEIA

O batismo fala da nossa fé em Cristo, At 8:36,37, enquanto a Ceia repetida fala de comunhão contínua, e constante alimentação. O batismo significa o Começo da vida espiritual, e a Ceia é a cerimônia que significa a Continuação da vida espiritual. O batismo nas águas é realizado somente uma vez porque pode haver apenas um começo da vida espiritual, Ef 4:5; a Ceia é administrada frequentemente, ensinando que a vida espiritual deve ser alimentada. “Todas as vezes”, diz 1 Co 11:25. No batismo nós proclamamos a nossa morte com Cristo; na Ceia do Senhor nós proclamamos a morte de Cristo em nosso lugar.

O BATISMO POR IMERSÃO

A palavra “batizar”, na língua portuguesa, não é uma tradução, mas uma transliteração das palavras gregas “bapto”, que significa “mergulhar”, e da palavra “baptizo”, uma forma intensiva que significa: “mergulhar totalmente”. Estas palavras nunca têm o sentido de aspergir ou derramar, e isso é confirmado plenamente por todos os dicionários de confiança, como também pela maneira como as Escrituras empregam as referidas palavras. Veja At 8:38, comparando com Jo 3:23; Rm 6:4; Cl 2:12.

A FÓRMULA DO BATISMO

Qual é a fórmula para ser empregada no ato de batizar? Mateus 28:19 nos ensina a fórmula dada pelo Senhor Jesus: “batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”, e no versículo 20 diz que essa fórmula está em vigor “até a consumação do século”. A linguagem empregada em At 2:38, apenas indica que os convertidos seriam batizados segundo o “mandamento” do Senhor Jesus Cristo, e o mandamento de Jesus Cristo é que o batismo deveria ser em nome do: “Pai, e do Filho e do Espírito Santo”, conforme Mt 28:19.

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RAZÃO POR QUE BATIZAMOS

Nós batizamos pelo fato de estarmos cumprindo a ordem de Jesus registrada em Mt 28:19: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”. Fazendo assim, cumpre-se na vida do novo crente a Justiça, Mt 3:15, e dessa forma o novo crente fica identificado com Cristo, Gl 3:27.

O ENSINO PARA O BATIZANDO

É importante observarmos que Jesus disse em Jo 15:14,15, “Vós sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando”. Quando Jesus disse em Mateus 28:19: “Fazei discípulos de todas as nações”, Ele estava dizendo “Portanto ide, Ensinai a todas as nações”, porque fazer discípulos é Ensinar os mandamentos do Mestre Jesus. Ele disse isso com muita razão, pois não é justo levar uma pessoa a fazer uma coisa que ela não conhece. Sabemos que o batismo é um ato muito sério pelo fato de o batizando se tornar membro do Corpo de Cristo, 1 Co 6:15; Ef 4:25; Ef 5:30. Portanto, para se batizar um novo crente conforme a ordem de Jesus, é preciso primeiro conscientizá-lo de seus deveres para com o Senhor. At 5:42; 8:29-38; Cl 1:28; 3:16; 2 Tm 3:16. O Senhor Jesus mandou ensinar para batizar e também ensinar os novos crentes a guardar os seus conselhos e os seus mandamentos, Mt 28:20; At 2:41-43; Ef 5:15,21; Cl 4:2; Rm 12:12. Não é justo tomar uma pessoa e responsabilizá-la diante de Deus, sem primeiro fazê-la compreender o que significa ser uma nova criatura, 2 Co 5:17.

O BATISMO DE CRIANÇA E A BÍBLIA

De acordo com a palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, não é aconselhável batizar pessoas com menos de 12 anos de idade, porque para uma pessoa ser batizada, ela precisa:

1º. Crer – Mc 16:16; Jo 3:36.

2º. Confessar – Mt 10:32; Rm 10:9; Mt 3:5-8; 1 Jo 4:15.

3º. Arrepender-se – Mc 1:3-5; Lc 3:3-12; At 2:37,38.

4º. Aceitar – Lc 7:29; Jo 3:23.

Daí, porque a idade mínima aconselhável ao batizando, deve ser de 12 anos (aproximadamente), pelo fato de o candidato já ter entendimento para compreender os ensinos, os conselhos, as doutrinas da Bíblia e as normas da Igreja.

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PORQUE SOMOS BATIZADOS

Nós somos batizados para o perdão dos pecados, At 2:37,38 (Não queremos dizer que o batismo em si mesmo, nos traz perdão dos nossos pecados, mas que do real arrependimento é uma ação confirmadora que por sua vês recebe, ou recebeu, o perdão de Deus. Nota do Pr. Elson R. de Lima), e como uma criança não tem pecados de que se arrepender, e não pode exercitar a fé, logicamente não pode passar pelas águas do batismo. Com isso não estamos impedindo que elas venham a Cristo, Mt 19:13,14; pois elas podem ser consagradas (apresentadas) a Jesus Cristo em culto público, como Simeão fez com o menino Jesus, Lc 2:27-30. O batismo infantil não é bíblico, e está ligado à heresia destrutiva e maldosa, por levar as pessoas a confiarem numa cerimônia em vez de confiarem em Jesus Cristo para a salvação, At 16:31. Não há nem sequer um só claro exemplo, de batismo infantil, nas Escrituras Sagradas do Novo Testamento.

O SIGNIFICADO DO BATISMO

O “velho homem”, isto é, a natureza humana que foi adquirida em Adão, com todos os seus pecados, tem sido julgado, sentenciado e justiçado na Cruz de Cristo, é sepultado, o que acontece na “imersão”, isto é, quando a pessoa que está sendo batizada é coberta pelas águas do batismo, significando que a partir daquele momento, ela está “morta para o mundo”, e acabou de ser “sepultada”, Cl 2:12. O crente é visto agora como um “novo homem” que passará a viver uma nova vida “em Cristo”, Ef 2:5,6, o que é simbolizado quando o batizando é “emergido”, isto é, quando ele é levantado das águas, indicando que a partir daí ele vive para Cristo, considerando-se como tendo morrido para o pecado e estando agora ressuscitado para viver fazendo a vontade de Deus. A “imersão” proclama a seguinte mensagem: “Cristo morreu pelo pecado para que eu morresse para o pecado”. O levantamento do convertido das águas expressa a seguinte mensagem: “Cristo ressuscitou dentre os mortos a fim de que eu pudesse viver uma nova vida de justiça”, Gl 2:20; 5:24; 6:14; Rm 6:6.

Em suma, o que o batismo é, e o que ele significa?

1º. O que ele é: a) Estar morto para o pecado, Rm 6:2,3,7; 7:4; Gl 2:19; Cl 3:1-3; 1 Pe 2:24. b) Estar crucificado com Cristo, Gl 2:20. c) Ser ressuscitado com Cristo, Rm 6:5; Ef 2:6; 1 Co 6:14; 2 Co 4:14. d) Ser uma nova criatura, Jo 3:3-8; Jo 1:13; 1 Jo 3:9; 4:7; 5:18.

2º. O que ele significa: a) Um ato de submissão. É obediência ao mandamento do Senhor.

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b) Um ato de confissão. Por esse ato o novo crente reconhece o Senhorio de Cristo em sua vida, Rm 10:9; Gl 3:2. É uma confissão feita em público, mostrando ao mundo a sua escolha por Jesus Cristo.

c) Um ato de identificação. É um símbolo da morte, sepultamento e ressurreição do crente com Cristo, para daí por diante andar com Ele e o servir.

d) Um ato de proclamação. É proclamação porque descreve, por meio de uma figura, a mensagem do Evangelho, 1 Co 15:3,4.

O BATISMO E A SALVAÇÃO

O batismo nas águas, em si não tem poder para salvar; as pessoas são batizadas, não para serem salvas, mas porque já são salvas. Portanto, não podemos dizer que o rito do batismo (a imersão e a emersão) seja absolutamente necessário para a salvação, mas podemos insistir que ele seja necessário para a inteira obediência a Cristo. Como a eleição do presidente da nação se completa pela sua posse do governo, assim a eleição do convertido pela graça e pela glória de Deus se completa por sua pública decisão de ser membro da Igreja de Cristo, o que acontece no batismo. Por outro lado, lemos em Marcos 16:16: “Quem crer e for batizado será salvo”. Isso indica que a prova de quem realmente creu, é ser batizado, mas é claro que se alguém é fiel, e deseja ser batizado, mas por algum acidente venha a falecer, ela irá para o céu (como o ladrão arrependido na cruz, Lc 23:42,43). Porém, se uma pessoa já está com vários anos na Igreja (ou vários meses), e tem idade, mas não quer ser batizada para não ter responsabilidade com a Igreja, ela está correndo um sério risco de perder a sua própria salvação, por não permitir que a “justiça de Cristo” (Mt 3:13-16) se cumpra na sua vida.

QUEM PODE SER BATIZADO?

Todos os que são verdadeiros crentes no Senhor Jesus Cristo, e mais ninguém. Devido à leviandade que existe hoje no emprego da palavra “crente”, convém ter provas confirmativas de que o candidato seja um verdadeiro crente antes de aceitar a batizá-lo. “Se alguém está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo”, 2 Co 5:17. Batizar uma pessoa que não é convertida pode resultar em impedimento ao seu bem espiritual e a muitos problemas para a Igreja (como mau testemunho, discórdia, porfia, escândalos e outros). Todos os que sinceramente se arrependem de seus pecados e exercitam uma fé viva no Senhor Jesus, são qualificados para o batismo. Existe dois pontos fundamentais ao batizando que é indispensável. Vejamos:

1º. Precisa Ser:

a) Liberto – De todo e qualquer vício, hábitos e práticas que desagradam a

Deus, Jo 8:36; Rm 8:2; 6:14,18; Gl 5:1; 1 Co 7:22.

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b) Convertido – De todo coração e de toda alma, At 3:19; Ef 4:25; Cl 3:9,10;

Is 55:7; Jr 24:7; Ez 14:6.

c) Transformado – Pelo poder do Senhor através da renovação do

entendimento, Rm 12:2; 1 Pe 1:14; 1 Jo 2:15.

2º. Precisa Ter: a) Convicção – Certeza da fé que recebeu do Senhor Jesus no seu coração,

2 Tm 1:12; Hb 10:39; Hb 10:22; Ef 3:12. b) Permanência – Ter propósito de permanecer todos os dias de sua vida

nos santos caminhos do Senhor, 1 Co 15:58; Lc 22:28; Jo 15:9-11. c) Perseverança - (Insistência) Ter o propósito de perseverar com firmeza

de coração em servir ao Senhor, Ef 6:10-18;Cl 1:23; Hb 3:14;Hb 3:6;Sl 92:12-14.

d) Obediência – Ter propósito de obedecer totalmente as doutrinas (ensinamentos) da Bíblia, e aos bons costumes por ela estabelecidos, Js 24:24; Jr 42:5,6: 2 Co 2:8,9.

e) Fidelidade – Ter propósito de ser fiel ao Senhor conforme ensina a Escritura Sagrada, Hb 3:2,5; Ap 2:10; Nm 12:7; Lc 19:17.

f) Sofrimento – Ter propósito de sofrer como um bom soldado pela causa do seu Senhor, 2 Tm 2:3; Fp 3:8; Tg 5:11; 2 Tm 2:9-12; 1 Pe 2:19,20.

g) Freqüência – Ter propósito de freqüentar regularmente com alegria as reuniões de cultos, escolas dominicais, estudos bíblicos, orações e consagrações; enfim, todas as atividades da Igreja, Sl 122:1; Sl 95:6; Zc 8:21; At 2:1; At 1:14.

h) Esperança – Ter o propósito de esperar com paciência no Senhor todos os dias, até que Ele venha nos buscar, Lc 12:36; Rm 8:24,25; 1 Ts 1:10; Tt 2:13; 1 Co 1:7; 2 Pe 3:12,13.

i) Revestimento – Para conservação da vida espiritual no temor de Deus e na fé em Jesus Cristo, nada melhor do que se revestir do Senhor Jesus, Rm 13:14; Gl 3:27; Ef 4;24; Cl 3:10-14. E do poder do Espírito Santo. At 1:8.

DIREITOS E DEVERES APÓS O BATISMO

Como todas as coisas dessa vida, o batismo também envolve privilégios e responsabilidade da parte de quem é batizado.

1º. Alguns privilégios: a) Fazer parte dos membros da Igreja. b) Possuir um cartão (ato de confiança na legitimidade do cristão).

c) Fazer parte do corpo de Cristo. d) Poder participar da Ceia do Senhor. e) Poder receber cargos de responsabilidades na Igreja (se tiver o dom para isso).

2º. Algumas responsabilidades: a) Honrar a sua Igreja.

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b) Respeitar e obedecer às normas da Igreja. c) Contribuir com Dízimos e Ofertas para o crescimento da obra de Deus. d) Não dar escândalos à Igreja (fazer com que alguém critique a Igreja devido ao seu mau comportamento). e) Falar, agir e pensar como um filho de Deus. f) Frequentar os cultos regularmente.

Que Deus o ajude a permanecer firme até o fim, pois a promessa de Jesus ao vencedor é: “Ao que vencer, dar-lhe-ei assentar-se comigo no meu trono assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono”, Ap 3:21.

A CEIA DO SENHOR

A “Ceia do Senhor”, 1 Co 11:20, também chamada “O partir do pão”, At 2:42. O partir do pão é, em primeiro lugar, uma expressão comum aplicada ao ato de tomar uma refeição, e assim é empregada nas Escrituras, At 2:46; At 20:11; At 27:35,36; conferir com Mc 6:41. Para dividir o pão, os judeus não usavam faca. Mais tarde a expressão “o partir do pão” veio a ter uma referência especial à Ceia do Senhor.

A INSTITUIÇÃO DA CEIA

No Novo Testamento temos quatro relatos da instituição da Ceia do Senhor, porém, cada um apresenta o ensino com aspecto diferente, veja:

1º. Temos a ordem de uma nova dispensação e aliança, Mt 26:28. 2º. Temos a ordem cronológica (primeiro o pão, depois o cálice), Mc 14:22-24. 3º. Temos o motivo da Ceia, “em memória de mim”, Lc 22:19. 4º. Temos as regras, para se poder participar da Ceia, 1 Co 11:17-34.

Existem mais três referências bíblicas, sobre a Ceia, em At 2:42; At 20:7; 1 Co 10:16,17, tendo um total de sete referências ao todo. O mandamento dado pelo Senhor Jesus logo antes de partir: “Fazei isto”, Lc 22:19; 1 Co 11:24,25, é proferido duas vezes e registrado três vezes nas Escrituras. A prática da Ceia do Senhor pelos primeiros crentes é nos mostrada claramente em At 2:42; At 20:7; 1 Co 10:16.

QUEM PODE PARTICIPAR DA CEIA?

O partir do pão é um ato da união da Igreja local, onde todos os crentes batizados nas águas se reúnem para participar da Ceia do Senhor. (Quem não é batizado nas águas pode participar do culto, só não pode participar da Ceia). É de muita importância citar que apenas os verdadeiros crentes no Senhor Jesus têm o direito de participar da Ceia do Senhor. A respeito dos “falsos irmãos”, a Bíblia adverte em: 1 Co 5:11; 2 Jo 9; Tt 3:10,11; 2 Ts 3:6. Os crentes que participarem da Ceia do Senhor devem ser firmes na fé e piedosos no seu andar. Estas condições sendo cumpridas, não existem, segundo a Bíblia, outras proibições. Paulo diz em 1 Co 11:27, “Portanto, qualquer que comer esse pão, ou beber este cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor”.

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Quer dizer que somente aqueles que são dignos podem participar da Ceia?

Se fosse assim todos nós estaríamos proibidos de participar, pois quem dentre os filhos dos homens é digno da mínima misericórdia de Deus? Não, o apóstolo não está falando acerca da dignidade das pessoas, mas da indignidade das ações, isto é, se alguém praticou um ato indigno que não é certo um cristão praticar, é bom que não toque no sangue e no corpo do Senhor enquanto não se arrepender e endireitar seus caminhos diante do Senhor, da Igreja e do mundo. Sendo assim, nós que não somos merecedores da graça de Cristo podemos participar da Ceia do Senhor. Em certo sentido, somente aqueles que sinceramente sentem a sua indignidade estão capacitados para participar do pão e do cálice; os que se justificam a si mesmos nunca serão dignos.

Devemos compreender a diferença entre:

1º. Pessoas indignas tomando parte na Ceia. 2º. Pessoas tomando parte da Ceia de maneira indigna, que é aquilo de que se

trata em 1 Co 11:27-32.

Comunhão dividida, espírito de contenda, ódio a alguém, pensamentos que não fazem parte do culto, movimentos de pessoas que perturbam a reunião, fofocas, ciúmes, invejas; tudo isso são atos indignos e devem ser evitados onde o Senhor está presente. Uma consciência carregada impede a adoração. Portanto, todo crente deve examinar-se a si mesmo (e não a vida dos outros), antes de participar da Ceia do Senhor, 1 Co 11:28. Seu pecado deve ser julgado (pela sua consciência e pelo Espírito Santo), confessado e abandonado, ficando o crente após o perdão de Jesus, naturalmente purificado, 1 Jo 1:7-10.

FINALIDADES DA SANTA CEIA

1º. Anunciar a Nova Aliança, Mt 26:26-28. 2º. É um memorial – Aponta para o passado, 1 Co 11:24. 3º. É uma profecia – Aponta para o futuro, 1 Co 11:26. 4º. Não é primeiramente para consertar vidas, mas para comunhão com Cristo.

SIMBOLISMO DA CEIA

A Santa Ceia é o ato pelo qual nos identificamos com Cristo quando comemos o pão que representa o corpo de Cristo, Mt 26:26; Mc 14;22; Lc 22:19; Jo 6:50-58; 1 Co 11:24. Da mesma forma, quando bebemos do cálice (isto é, o suco de uva), que representa o sangue de Cristo, Mt 26:27-29: Mc 14:23-25,57, estamos recebendo por fé a representação do corpo e do sangue, como está escrito: “Fazei isto em memória de mim”, 1 Co 11:24,25.

SIGNIFICADO DA CEIA

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A Ceia do Senhor pode ser considerada sob sete divisões, são elas:

1º. Um ajuntamento da Igreja de Cristo - 1 Co 11:17-21. O partir do pão é o principal ajuntamento dos crentes e o ponto principal de adoração cristã. Disto temos forte indicação em At 20:7 e 1 Coríntios capítulos 11a14. Nestes capítulos a frase “quando vos ajuntais” é empregada quatro vezes, falando das reuniões da Igreja. Na Ceia temos um quadro que é representado de maneira linda, a unidade do Corpo de Cristo com a Sua Igreja, ou seja, todos os membros individuais do corpo ligado à Cabeça, 1 Co 10:16,17. (A união e a comunhão dos crentes com Cristo).

2º. Um memorial - 1 Co 11:24,25. Devemos notar que a Celebração da Ceia do Senhor não é apenas uma questão de “voltar ao passado”, mas um ato de comemoração, e isto não somente da morte de Cristo, mas do próprio Cristo; disse Ele: “Em memória de Mim”. Portanto, a Ceia do Senhor não deve ser comparada a uma reunião comemorativa em homenagem a um herói falecido. É nossa, a alegre celebração de quem, tendo cumprido a obra da nossa redenção, ressuscitou triunfante do sepulcro e subiu à direita de Deus. Além disso, devemos comemorar não como alguém que tem estado ausente há muito tempo, mas como Um que está sempre vivo e na Sua infinita graça sempre está presente conosco, segundo a Sua própria promessa, Mt 18:20; Mt 28:20.

3º. Um simbolismo do seu amor - 1 Co 11:23. Fala-nos da noite em que Ele foi traído e do Seu tão grande amor para conosco, Jo 13:1. O amor acha grande prazer em servir e em dar, Mt 20:28; Lc 22:19; Jo 10:11. O amor é medido pelo tamanho do sacrifício. Ao participarmos da Ceia proporcionamos ao Senhor Jesus uma oportunidade de agradecer-Lhe pelo Seu imenso amor para conosco.

4º. Uma garantia do seu pacto - 1 Co 11:25; Lc 22:20. Cada pacto divino mencionado nas Escrituras tem o seu sinal distintivo; por exemplo: O sinal do pacto (ou aliança) com Noé foi o arco do Senhor; o sinal do pacto mosaico dado a Israel foi o Sábado semanal, Êx 31:13,17; Ez 20:12,20. O “sinal” do Novo Pacto é o Cálice de que participamos na Ceia, Lc 22:20, porque simboliza o Seu sangue que foi derramado para selar este Concerto, Hb 9:15-22. Para ensino mais extenso sobre o novo e melhor Concerto, Aliança ou Pacto, veja Hebreus 7:22; 8:6-13; 10:16-18; 12:24; 13:20; 2 Co 3:6-18.

5º. A participação da sua festa - 1 Co 11:25; Lc 22:20. Alguns são contrários a chamar a Ceia do Senhor de “festa”, porém, quem compreende bem o significado da Ceia, não pode achar mal empregada esta palavra. Sem dúvida, a ocasião é apropriada para os crentes se alegrarem pela sua reconciliação com Deus, Lc 15:22-24, que se tornou possível somente através da morte do Seu Filho em nosso lugar. A nossa participação pessoal na Ceia do Senhor é indicada pelos quatro imperativos: “tomai, comei, bebei, fazei”. A Ceia do Senhor é símbolo de um Concerto mais amplo, isto

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é, “a Mesa do Senhor”, 1 Co 10:21. Em 1 Coríntios, capítulo 10 vemos contrastada a “Mesa do Senhor” com a “mesa dos demônios”. A “mesa dos demônios” representa toda a provisão mundana que o diabo prepara para os seus devotos, até nas esferas da moralidade e da religião. O crente não deve ter comunhão em sentido algum com essas coisas, ele deve evitar, a todo o custo, comprometer o seu testemunho para com Deus diante do mundo, ou fazer tropeçar o seu irmão mais fraco.

6º. Uma proclamação da sua morte - 1 Co 11:26. O sentido da palavra é anunciar ou proclamar. É o Evangelho demonstrado por figura, 1 Co 15:3,4. A mesma palavra, no grego, é empregada em 1 Co 2:1; 9:14; e frequentemente, em outros lugares no sentido de “pregar”. Já temos visto que o batismo nas águas é em figura, um testemunho do Evangelho, e fala-nos de ressurreição, ao passo que na Ceia o fato destacado é a morte do Senhor. O testemunho duplo destes dois ritos é de profunda significação. Tem sido observado que a “proclamação” está no “comer” e no “beber”, 1 Co 11:26. Talvez possamos ver a morte de nosso Senhor já anunciadoa na separação do pão (corpo) e do cálice (sangue). Tanto o fato como as significações da Sua morte são anunciadas no cumprimento do ritual (ou cerimônia).

7º. Uma profecia referente à volta de Cristo - 1 Co 11:26. “Até que venha” é o comentário inspirado do Apóstolo Paulo. Eis a gloriosa consumação que aguardamos. Este fato tão sublime determina o limite da observação deste rito tão precioso por todos os que amam o seu Salvador e Senhor. Também nos ensina que durante este pequeno intervalo, “até que Ele volte”, não devemos negligenciar o cumprimento fiel deste Seu derradeiro mandamento. “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos”. “Eis que venho sem demora e o meu galardão comigo está, para dar a cada um segundo a sua obra”, Ap 22:12.

Em resumo, a relação do crente com a Ceia do Senhor é:

1º. Um ato de submissão - Nossa vontade é exercitada em resposta à Sua autoridade e o resultado é a alegria da obediência.

2º. Um ato de devoção - Nosso coração é exercitado em resposta ao Seu amor e o resultado é a alegria da comunhão.

3º. Um ato de apropriação - Nossa fé é exercitada em resposta à Sua graça e o resultado é a alegria da satisfação.

4º. Um ato de adoração - Nosso espírito é exercitado em resposta à Sua divindade e o resultado é a adoração.

5º. Um ato de comunhão - Nosso amor fraternal é exercitado em resposta ao Seu parentesco e o resultado é a alegria da intimidade.

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6º. Um ato de esperança - Nossa esperança é exercitada em resposta à Sua promessa e o resultado é a alegria da antecipação.

7º. Um ato de exame próprio - Nossa consciência é exercitada em resposta à Sua santidade e o resultado é a alegria da restauração.

8º. Um ato de comemoração - Cada vez que um grupo de cristãos se congrega para celebrar a Ceia do Senhor estão comemorando, de um modo especial, a morte de Cristo que os libertou dos pecados.

ANOTAÇÕES:............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... .................................................................................................................................... BIBLIOGRAFIA:

Dicionário Aurélio ====================================

Bíblia de Estudo Pentecostal-CPAD==========================

Apostila do CETADEF ==================================

AUTOR: Pastor Elson Rodrigues de Lima ======================

Page 13: Discipulado intensivo

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-----------------------------MISSÃO DO PARÁ-----------------------------

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Araguaína - Tocantins

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Nota:________________

Visto:_______________ -Avaliação-

Discipulado Intensivo I

Nome:___________________________________________ Data:_____/_____/_______ DIA MÊS ANO

ASSINALE UM DAS ALTERNATIVAS CORRETA (Vale 2.0 cada questão).

1) O batismo nas águas simboliza: A ( ) O começo da vida espiritual. B ( ) A continuidade da vida espiritual. C ( ) A Proclamação da morte de Cristo em nosso lugar. D ( ) Todas as alternativas.

2) A palavra “batismo”, no original, tem o significado de: A ( ) Mergulhar totalmente em água. B ( ) Mergulhar parcialmente em água. C ( ) Aspergir com água. D ( ) Todas as alternativas.

3) Para ser batizado nas águas o batizando deve: A ( ) Crer e Confessar. B ( ) Arrepender . C ( ) Aceitar. D ( ) Todas as alternativas.

4) A relação do crente com a Ceia do Senhor é: A ( ) Um ato de devoção. B ( ) Um ato de comemoração. C ( ) Um ato de comunhão. D ( ) Todas as alternativas.

5) Não é uma finalidade da Santa Ceia: A ( ) Apontar para o passado. B ( ) Apontar para o futuro.

C ( ) Apontar para o presente.

D ( ) Todas as alternativas.

-FIM-