diÁrio econÓmico segunda-feira25julho2011 i import export · ii diário económico segunda-feira...

16
I ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5223 DE 25 DE JULHO DE 2011 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE Mario Proenca/Bloomberg Conheça as maiores exportadoras portuguesas Import Diplomacia económica está a ser analisada por um grupo de trabalho Os mercados mundiais com mais potencial para as empresas Quem são as maiores exportadoras portuguesas EXPORT GALP ENERGIA Em 2010, exportou mais de 1,9 mil milhões de euros, mas também foi a empresa que mais importou. AUTOEUROPA É a segunda maior exportadora nacional. Entre Janeiro e Junho, vendeu mais de 51 mil carros para a Europa. SOPORCEL E PORTUCEL Estão na terceira e na nona posição do top 10 das maiores exportadoras de 2010. CONTINENTAL MABOR Tem mais de 1.500 trabalhadores em Portugal e continua a dar lucros. É a quarta maior exportadora nacional. Paulo Alexandre Coelho Paulo Figueiredo Guido Krzikowski/Bloomberg

Upload: others

Post on 20-Aug-2020

6 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: DIÁRIO ECONÓMICO Segunda-feira25Julho2011 I Import EXPORT · II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011 IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QREN

Segunda-feira25Julho2011 DiárioEconómico IESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5223 DE 25 DE JULHO DE 2011 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

Mario

Proen

ca/B

loom

berg

Conheça as maioresexportadoras portuguesas

Import

◗ Diplomacia económica está a ser analisada por um grupo de trabalho

◗Osmercados mundiais com mais potencial para as empresas

◗Quem são as maiores exportadoras portuguesas

EXPORT

GALP ENERGIA

Em 2010, exportou mais de 1,9 mil milhões de euros,

mas também foi a empresa que mais importou.

AUTOEUROPA

É a segunda maior exportadora nacional. Entre Janeiro

e Junho, vendeu mais de 51 mil carros para a Europa.

SOPORCEL E PORTUCEL

Estão na terceira e na nona posição do top 10

das maiores exportadoras de 2010.

CONTINENTAL MABOR

Tem mais de 1.500 trabalhadores em Portugal e continua a dar lucros.

É a quarta maior exportadora nacional.

Pau

loAlexa

ndreCoe

lho

Pau

loFigu

eiredo

GuidoKrzikow

ski/Bloom

berg

Page 2: DIÁRIO ECONÓMICO Segunda-feira25Julho2011 I Import EXPORT · II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011 IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QREN

II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011

IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QRENcom o intuito de apoiar a internacionalização das empresasportuguesas através de acções em mercados estratégicosinternacionais. Propõe-se dinamizar o projecto “BusinessOn the Way 2012”, ao qual pretende associar um conjuntode empresas numa candidatura a implementar a partirdo segundo semestre de 2011 e ao longo do ano de 2012.

Exportações são o únicobalão de oxigénionos próximos dois anosCom a procura interna dizimada pela austeridade, serão as vendas ao exterior apuxar pelo PIB, à custa de empresas como a Petogral, a Autoeuropa e a Soporcel.LUÍS REIS PIRES

[email protected]

s exportações parecem ser aúnica componente do PIB ca-paz de fintar a crise. Nos pró-ximos dois anos, pelo menos,Portugal verá a procura in-terna dizimada pela austeri-dade a que está obrigado,

tendo como único balão de oxigénio as vendasao exterior. Depois de uma recuperação muitosignificativa no ano passado, as exportaçõesvão desacelerar em 2011 e 2012, mas continua-rão ainda assim na rota do crescimento, aju-dando também a reduzir um dos grandes pro-blemas da economia: o défice externo.Na semana passada, o Governo actualizou on-tem as previsões macroeconómicas para opaís, face ao que está inscrito no programa da‘troika’. Mas o caminho vai dar ao mesmo:dois anos de recessão, quebra sem precedentesno consumo e investimento, mais desempregoe balões de oxigénio apenas no que toca às ex-portações. E no meio de um cenário negro, sóhouve uma notícia positiva: as exportaçõesvão continuar a recuperar da crise internacio-nal de 2009 e, apesar de estarem em desacele-ração, vão dar o único contributo positivo parao PIB. As vendas ao exterior vão crescer, se-gundo as previsões do Executivo, 6,7% esteano e abrandar o ritmo para 5,6% em 2012.Já as importações vão recuar nos dois anos -com muito menor ritmo no próximo ano -,permitindo à procura externa líquida acrescen-tar 3,9 pontos percentuais ao PIB já este ano. Aoapresentar o novo cenário macro do Governo, oministro das Finanças, Vitor Gaspar, não fezprojecções para o valor do défice externo (quevalia 14,6%do PIB no final do ano passado),mas frisou que a quebra das importações “irácontribuir para a gradual correcção dos actuaisdesequilíbrios macroeconómicos externos”.A par do Governo, também o Banco de Portu-gal (BdP) acredita num bom desempenho dasvendas ao exterior. Nas suas previsões de Ve-rão, o supervisor até é mais optimista que oExecutivo, apontando para subidas nas expor-tações de 7,7% em 2011 e 6,6% em 2012. Aindaassim, também aqui os dados traduzem umadesaceleração, comparando com os dados de2010 (8,8%). “As exportações foram revistasem alta, reflectindo a actualização das hipóte-ses relativas à procura externa dirigida à eco-nomia portuguesa, bem como o impacto da

A informação mais recente que se revelou maisfavorável do que o antecipado”, frisou o Bancoem comunicado.Entre Janeiro e Maio deste ano, as exportaçõessomaram 24.809 milhões de euros, mais10,6% do que em igual período de 2010. A boaperformance no que toca ao comércio externofica a dever-se aos suspeitos do costume. Éque empresas como a Petrogal, a Autoeuropa ea Soporcel lideram há já alguns anos o‘ranking’ das maiores exportadoras nacionais.E no que já vai decorrido deste ano, estas trêsempresas mantêm-se firmes no topo da lista.

Economia reduz desequilíbrios externosO sinuoso caminho da consolidação vai acabarpor dar frutos não só em termos de défice orça-mental e dívida pública. A concretizarem-se asprevisões do BdP e do Governo, o bom desem-penho das exportações nos próximos dois anos,aliado a quebras anuais de 4% e 1,2% das im-portações, vai permitir à economia reduzir odéfice externo de forma significativa.E se o Executivo não arriscou avançar valorespara a redução das necessidades de financia-mento da economia, a autoridade supervisorasim: “As actuais projecções contemplam umaredução das necessidades de financiamento daeconomia, medidas pelo saldo conjunto dasbalanças corrente e de capital, de 8,8% do PIBem 2010, para 6,4 e 4,4% do PIB em 2011 e2012, respectivamente” pode ler-se no relató-rio de Verão, que frisa ainda o contributo si-gnificativo do saldo da balança de bens e ser-viços para o efeito.Mas para que tal aconteça, é preciso que asmaiores economias da Europa fujam à crisesoberana e mantenham o ritmo da sua recupe-ração. É que um dos maiores problemas do co-mércio externo português diz respeito ao factodos principais parceiros comerciais do país es-tarem todos na União Europeia: Espanha, Ale-manha, França, Itália e Reino Unido absorvemmais de 70% das exportações nacionais. E adiversificação dos mercados de destino está adar frutos muito lentamente, apesar de se no-tarem já algumas evoluções nesse sentido, deque é exemplo o facto de Angola ser o sextomaior parceiro comercial de Portugal. A eco-nomia angolana chegou a suplantar o ReinoUnido na quinta posição, mas a troca acaboupor não ser duradoura. ■

Os sectores quemais cresceram

Entre Maio de 2010 e 2011exportou-se mais 31,2% dematerial para automóveis,mais 30,7% de minériose metais e mais 28,7%de material do sectorquímico, no qual sedestacam os químicosorgânicos, com umcrescimento de maisde 85,4%. A análise, feitapela Espírito SantoResearch com base nosdados do Instituto Nacionalde Estatística, revela aindaque as exportaçõesde borracha aumentaram22,2%. Também as vendasde produtos farmacêuticoscresceram (19,5%), assimcomo os plásticos (18,9%).O estudo destaca tambémas exportações do sectorflorestal, que apresentamum crescimento de 15,8%.De sublinhar será acomponente de exportaçãode serviços, que tem vindoa ganhar peso. Entre Abrilde 2010 e 2011, os serviçosfinanceiros cresceram41.4%, os serviçosde construção 34.1%, osde informação e informática30.3%, os seguros 30.1%e os de transporte 14%. I.M.

Page 3: DIÁRIO ECONÓMICO Segunda-feira25Julho2011 I Import EXPORT · II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011 IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QREN

Segunda-feira 25 Julho 2011 Diário Económico III

OPINIÃO: ????????????????????????????????????????????????

NOS PRIMEIROS CINCO MESES DO ANO, as exportaçõesde calçado português aumentaram mais de 19,5% -sensivelmente o dobro das importações, revelou a APICAPPS.Nesse período, o calçado voltou a assumir-se como o produtoque mais positivamente contribui para abalança comercialportuguesa, com um saldo positivo anual na ordem dos 800milhões de euros, disse o presidente, Fortunato Frederico.

AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS para Angola subiram41,9% em Junho, face ao mês anterior, e atingiram quase99 milhões de dólares, segundo dados do Ministériodo Comércio Exterior do Brasil citado pela agência Lusa.Em comparação com o primeiro semestre de 2010,as exportações brasileiras para Angola subiram 3,2%.Já as importações tiveram uma queda de 47,7%.

Infografia:SusanaLopes|[email protected]

Um grupo constituído por dois antigos minis-tros das Finanças - um ligado ao PSD e outro aoPS irá analisar e constribuir para a reestrutura-ção da diplomacia económica em Portugal.Trata-se de Jorge Braga de Macedo, responsávelpela sua coordenação, e Luís Campos e Cunha.Do grupo fará ainda parte o embaixador Antó-nio Monteiro e, de acordo com o Público, NunoFernandez Thomaz, Carlos Moreira da Silva eFrancisco Zea Mantero também o integrarão. Opropósito é apresentar um relatório de ativida-des no prazo de 45 dias. O despacho de criaçãoserá emitido pelo primeiro-ministro PedroPassos Coelho na próxima semana.O objetivo do Governo é reestruturar os serviçose organismos públicos envolvidos na promoçãoe captação de investimento estrangeiro, na in-ternacionalização da economia portuguesa e nacooperação para o desenvolvimento. A intençãoé estabelecer um novo modelo de coordenaçãode áreas que habitualmente eram tuteladas pe-los ministérios da Economia e dos Negócios Es-trangeiros. Fortalecer a economia económica etornar as políticas de internacionalização maiseficientes também é o objectivo.Uma das primeiras medidas anunciadas peloGoverno PSD-CDS/PP foi a passagem da tute-la da AICEP (Agência para o Investimento eComércio Externo de Portugal ) do Ministérioda Economia para a Presidência do Conselhode Ministros. Isto apesar de se saber do inte-resse do ministro dos Negócios Estrangeiros,Paulo Portas. A AICEP ainda continua, entre-tanto, sem presidente, desde que Basílio Hortaa deixou. Horta, desde sempre ligado aoCDS/PP, surgiu nas últimas eleições comocandidato independente pelo Partido Socia-lista, tendo aliás sido eleito deputado.Até agora são estas as duas maiores novidadesde iniciativas relacionadas como o tema dasexportações e da internacionalização promo-vidas pelo executivo laranja. O ministro daEconomia Álvaro Santos Pereira tem defendi-do em público que as empresas portuguesastêm de exportar cada vez mais. “Temos de fa-zer tão bem como os países de dimensão se-melhante à de Portugal”, afirmou, na altura,aos jornalistas presentes na visita à fábrica damarca Renova, considerada um case-study desucesso pelo ministério. Também o Presidenteda República destacou a importância das ex-portações com valor acrescentado. “O domí-nio em que nós precisamos de surpreender asinstituições internacionais e os mercados é nodomínio dos desequilíbrios externos, redu-zindo significativamente o desequilíbrio entreaquilo que nós importamos e aquilo que ex-portamos. Portugal precisa de exportar muitomais e importar menos”, afirmou, num even-to na semana passada. Cavaco Silva destacouaa importância de aumentar o “conteúdo tec-nológico” do que é produzido por Portugal.Ou seja, “produzir produtos e serviços commaior valor acrescentado”. ■ I.M.

Uma diplomaciaeconómica mais eficienteJorge Braga de Macedo vai coordenar o grupo detrabalho a que pertence também Campos e Cunha.

Jorge Braga de Macedoé economista. Professorna universidade Novade Lisboa e presidentedo Instituto de MedicinaTropical. Apesar do seulongo percurso em váriasinstituições, comoa Universidade de Yale,a Comissão Europeiaou mesmo o Banco Mundial,Braga de Macedo ficouconhecido do público depoisde ter sido ministrodas Finanças do Governode Cavaco Silva entre 1991e 1993.

O eternoex-ministrodas Finanças

Page 4: DIÁRIO ECONÓMICO Segunda-feira25Julho2011 I Import EXPORT · II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011 IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QREN

IV DiárioEconómico Segunda-feira25Julho2011

IMPORT/EXPORT

Aposta na procura interna e na inovaçãoOs representantes de vários sectores escrevem sobre o que contribuiria para o equilíbrio da balança comercial.

Na última década, os saldos da balança de bens variaram entre -9.4% doPIB em 2003 e -13.4% em 2008. Há que tomar medidas com efeitos rápi-dos, que levem a uma redução da procura interna com impacto nas im-portações e que fazem parte do acordo com a ‘troika’. Defendemos in-vestimento na carteira de actividades, bens e serviços transaccionáveiscom que nos afirmamos no mercado externo e interno. Significa que te-mos que reforçar a competitividade no mercado doméstico e, acima detudo, que o peso das nossas exportações do PIB suba dos actuais cerca de30% para valores acima dos 40% do PIB, à semelhança do que sucedecom as pequenas economias abertas desenvolvidas. Diversificação dasexportações a nível dos mercados intra e extra-europeus; clusterizaçãoda economia em estreita ligação com as políticas de inovação e de inter-nacionalização; uma rede de inteligência competitiva para os mercadosexternos com um maior envolvimento das PME; uma diplomacia econó-mica mais ágil e proactiva; maior investimento na qualificação e na tec-nologia; valorização competitiva do território, conferindo-lhe funcio-nalidades internacionais como ‘hub’ logístico e plataforma de serviços; oinvestimento nas energias renováveis para reduzir o elevado valor dafactura petrolífera; a aposta na agricultura de especialidades e na fileiraflorestal são alguns dos ingredientes para reforçar a cadeia de valor daeconomia e contribuir para o reequilíbrio da balança comercial. ■

1. Os produtos portugueses têm uma excelente relaçãoqualidade/preço. Mas o valor não se mede pela qualida-de. Portugal faz bem, mas vende mal.2. Marca País ou promoção das marcas do país? Não po-demos entrar nessa guerra. Itália, França, Reino Unidoou Espanha tornaram-se modas mundiais por seremberços culturais, pelas imagens da TV. Figo, Mourinho eRonaldo fizeram mais pela imagem do que todas as cam-panhas.3. A diplomacia económica é praticada pelos maiores,com décadas de ‘expertise’ e empenho. Britânicos,americanos, franceses, espanhóis, japoneses, e claro,chineses, dedicam-lhe toda a atenção.4. Potências com classes médias ávidas de ocidente,como China e Brasil, representam menos de 2% das ex-portações. Na América do Sul e Ásia, Portugal tem umaimagem fortíssima, sem anti-corpos.5. A promoção do potencial exportador das PME é o úni-co caminho para a recuperação.6. Investimento nos canais de distribuição. Muitas das ex-portações explicam-se pelos canais. Em Angola, as expor-tações devem-se ao investimento. Quotas de mercado rí-diculas em potências como EUA, Brasil ou China implicamnão vender.7. A (in)cultura internacional. Temos industriais e gesto-res, mas não uma geração com cultura e vivência inter-nacional. Precisamos de gente que viaje e conheça mer-cados emergentes!8. A falta de orgulho e confiança nas coisas boas do país.Um povo que não conhece a sua História não tem futuro.No novo mundo, não somos PIGS, somos KINGS. Masquem não aparece, esquece e não é lembrado.9. Havendo QREN por executar, impõe-se seus recursospara a exportação, mercados-alvo os do novo mundo.Investir na criação de cultura internacional dos nossosgestores, criação de ‘tradings’ locais nos mercados, emissões comerciais.10. PME Global. A nossa rede informação e de agentes.No portal pmeportugal.pt, encontra informação sobremercados, bem como oportunidades de negócio. ■

O sector da cortiça tem um papel de relevo nas exporta-ções portuguesas. E é nessa vertente que pretende man-ter e, até, aumentar a sua importância na economia na-cional. Apesar da crise, a indústria está numa clara tra-jectória ascendente nas vendas de produtos para os mer-cados internacionais. A rolha de cortiça é o grande cartazda fileira e a sua reconquista de quota do mercado mun-dial é já uma realidade. Com destaque para a retoma ve-rificada nos EUA – o maior mercado vinícola do mundo -após uma disputa acesa com os vedantes artificiais deplástico e metal. A Itália, a França, o Reino Unido e aAlemanha também merecem a atenção da InterCork –Promoção Internacional da Cortiça. Procura-se cativaras novas gerações para o uso da rolha como mística cul-tural e ligada ao consumo de vinho. Nos próximos anos,o aumento das exportações será impulsionado pela for-

te aposta que também está a ser feita na promoção deoutras aplicações em cortiça, nomeadamente para pro-dutos utilizados na construção, decoração e design. Eaí, as empresas portuguesas assumem a sua competitivi-dade global, centrando esforços em países como a Chinae a Rússia, mercados gigantescos e com “apetite” porprodutos novos e de qualidade.Por isso, se em certas áreas os esforços deverão ir nosentido de cortar nas importações, no sector a apostadeverá passar por potenciar, cada vez mais, os instru-mentos postos ao dispor das empresas e demais agentesdo ramo, de forma a que possam expandir ainda mais amarca ‘made in’ Portugal. O apoio à investigação, aosinovadores e à formação nunca será demais. Com a cer-teza de que terá retorno inevitável na altura de contabili-zar o “deve” e o “haver” da balança de transacções. ■

Peso das exportações terá de subir para 40%

Os 10 mandamentos para exportar

Cortiça aposta forte no mercado internacional

JOAQUIM LIMAdirector-geralda Associação Portuguesade Cortiça

JOAQUIM CUNHAPresidentedo Conselho PMEJOSÉ EDUARDO

CARVALHOpresidente da Direcçãoda Associação IndustrialPortuguesa – Câmarade Comércio e Indústria

OPINIÃO

Page 5: DIÁRIO ECONÓMICO Segunda-feira25Julho2011 I Import EXPORT · II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011 IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QREN

PUB

Page 6: DIÁRIO ECONÓMICO Segunda-feira25Julho2011 I Import EXPORT · II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011 IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QREN

VI DiárioEconómico Segunda-feira25Julho2011

IMPORT/EXPORT

Em 20 anos, o sector do calçado em Portugal transformou-se.De sector tradicional, de mão-de-obra intensiva, evoluiu parauma indústria moderna, sexy, voltada para o exterior e alta-mente competitiva.Mas ainda que a indústria portuguesa de calçado exporte paramais de 130 países, reforçar a aposta em novos mercados éuma das principais premissas estratégicas. Nesse sentido, em2011, a APICCAPS, em parceria com a AICEP e o apoio do Pro-grama Compete, tem em curso a mais extensa campanha pro-mocional de sempre, que se traduz em cerca de 150 empresasem mais de 70 dos mais importantes certames internacionaisda especialidade. Para o sector português de calçado, que co-loca no exterior 95% das suas vendas, em especial da UniãoEuropeia - o equivalente a 1.300 milhões de euros anuais - aprocura de novos mercados é fundamental.O sector deverá ainda alargar a base exportadora a novas em-presas que, tradicionalmente, operam apenas no mercado do-méstico. Para tal, a aposta em produtos altamente inovadores,de nicho e com valor acrescentado poderá ser decisivo.Do ponto de vista tecnológico, estão já radicadas em Portugalalgumas das unidades mais evoluídas do mundo. A indústriaportuguesa de calçado especializou-se na resposta rápida e apequenas séries, sendo esse um elemento distintivo à escalamundial.Com efeito, o sector do calçado procurou ajustar-se aos mer-cados internacionais, inovando. De facto, as empresas defini-ram como objectivo prioritário exportar com o máximo devalor acrescentado, através da valorização dos seus produtos eassente numa capacidade de resposta ultra-rápida às solicita-ções do mercado.Os investimentos concretizados, um forte dinamismo empre-sarial e uma actividade promocional externa muito extensasão razões para que o sector do calçado encare o ano de 2011com franco optimismo. ■

Empresas que operam no mercadodoméstico devem exportar

FORTUNATO FREDERICOpresidente da AssociaçãoPortuguesa dos Industriaisde Calçado, Componentes,Peles e Sucedâneos (APICCAPS)

O sector têxtil e vestuário português é uma das poucas actividades económicas que apresenta um saldo comercialpositivo. Em 2010, vendeu ao exterior mais de 3,7 mil milhões de euros e teve um saldo líquido que superou os 473milhões de euros. Foi bastante inferior ao que tradicionalmente é atingido. De facto, o saldo do têxtil e vestuáriocom o exterior tem vindo a reduzir-se desde 2001, ano em que foi de 1,7 mil milhões de euros, para um total deexportações de mais de 5 mil milhões de euros.Embora seja uma das principais actividades exportadoras do país, o têxtil e vestuário tem feito um continuadoesforço para se afirmar nos mercados à escala global. Muitas das suas empresas participam em feiras e missões,não apenas nos países de destino mais tradicionais, mas também emergentes. Esta é a melhor forma de, com oapoio estruturado de organizações associativas, conseguir assegurar e expandir quotas de mercado, sendo porisso um dos vectores estratégicos em que se continuará a apostar no futuro.Sobre as importações, há que distinguir entre o que é têxtil e matérias-primas, e que é essencial para a produ-ção - até porque Portugal não produz algodão -, do que são os produtos têxteis acabados e o vestuário. No casoda roupa, é importante realizar campanhas de sensibilização dos consumidores para que prefiram os produtosnacionais, que são de excelente qualidade, de modo a podermos promover a substituição de importações. ■

Campanhas para consumir mais textêis portugueses

JOÃO COSTApresidente da Associaçãode Têxteis e Vestuáriode Portugal (ATP)

A Portic – “think tank for Portuguese Internationalization” é uma entidadeque se dedica a pensar, repensar, incentivar e apoiar a internacionalizaçãodas empresas portuguesas de base tecnológica. É necessário, acima detudo, uma mudança de mentalidade. As empresas tecnológicas têm facili-dade em angariar investidores, mas precisam de mostrar os seus produtosno mercado mundial – em missões empresariais, dar-se a conhecer além-fronteiras, exportar produtos e serviços especializados e em massa, lançarâncoras, parcerias e encontrar clientes com forte poder compra.As empresas têm de estar preparadas para enfrentar a competição feroznacional e a entrada de ‘players’ internacionais habituados a competir emmercados altamente concorrenciais. As margens em Portugal são muitoapertadas, mas o passo sólido para novos mercados é vital para que as em-presas possam ir para países em crescimento em sectores onde podem fa-zer a diferença como fornecedores.As políticas governamentais devem promover a qualificação e formaçãodos líderes das empresas TIC para áreas essenciais à exportação, como nomarketing internacional, estratégia de internacionalização, certificaçãode empresas. Esta devem ser empresas competitivas,baseadas no conhe-cimento, com valor acrescentado para os seus clientes. O objectivo é quealgumas dessas empresas vinguem lá fora e se tornem empresas exporta-doras, internacionais, capazes de serem líderes mundiais em nichos –contribuindo positivamente para a balança do défice. ■

Empresas devem estar preparadas para competiçãoPEDRO CASTROHENRIQUESPresidenteda Portic - Think Tankfor PortugueseInternationalization

As frutas, os legumes, as flores e as plantas ornamen-tais têm ganho nos últimos anos uma dimensão quecomeça a corresponder às inegáveis potencialidadesque o País tem neste sector.Esta dimensão radica nocrescente aumento das áreas agrícolas dedicadas aestas culturas, mas sobretudo nas tecnologias inova-doras, nas elevadas competências humanas, na per-manente inovação nos produtos e nas infraestruturase logística. Esta dimensão deve-se à moderna gestãodas empresas que o sector soube implementar.O volume de negócios das frutas, legumes, flores eplantas ornamentais é hoje de cerca de três mil milhõesde euros, exportando mais de 41% de todas as exporta-ções do sector agrícola. No entanto, Portugal continua aser um grande importador.Esta é a realidade que ditou a missão do PortugalFresh e que motiva os seus associados e os agriculto-res em geral: a participação na estratégia colectiva defazermos um Portugal vencedor. Estamos a percorrero caminho do reforço da organização das empresas eda sua internacionalização, a promover os produtos

nos melhores certames internacionais. E estamosmuito atentos aos mercados emergentes, como a Sér-via e Marrocos, e também América Latina e MédioOriente. Temos, Estado e empresas, de ultrapassarbarreiras alfandegárias e um deficiente conhecimentodo comércio internacional. Apesar da exportação serconsiderada decisiva, a promoção dos nossos produ-tos em Portugal é muito importante.O mercado nacional é muito apetecível. Esta serátambém uma oportunidade e equilibrar a balançacomercial: produzirs mais para importar menos.Os agricultores estão atentos, são sensíveis aos desa-fios um reforço do retorno à “terra”, mas estão tam-bém muito preocupados com quem compra, se com-pra a preço justo e compra nacional.Este é também o caminho da afirmação do País da suaeconomia da sua agricultura! ■

Caminho também passapelo mercado nacional

MANUEL ÉVORAPresidente da Portugal Fresh,Associação para a Promoçãodas Frutas, Legumes e Flores

OPINIÃO

Page 7: DIÁRIO ECONÓMICO Segunda-feira25Julho2011 I Import EXPORT · II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011 IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QREN

PUB

Page 8: DIÁRIO ECONÓMICO Segunda-feira25Julho2011 I Import EXPORT · II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011 IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QREN

VIII Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011

IMPORT/EXPORT AS SETE CERVEJEIRAS NACIONAIS, cujo mercado é dominadopela Sociedade Central de Cervejas e pela Unicer, produziram, no anopassado, 831 milhões de litros de cerveja dos quais 590 milhõesforam consumidos em Portugal e 248 milhões de litros exportados,sobretudo para Angola, Cabo Verde, Guiné e, na Europa, para França,Suiça e Luxemburgo. Só os angolanos beberam mais 60 milhõesde litros de cerveja portuguesa.

Guia para ser bem sucedido no estraSe quer dominar as técnicas de exportação, em qualquer mercado há condições que tem de assumir como obrigatór

ANA CUNHA ALMEIDA

[email protected]

ão interessa se trabalhanum sector tecnológicomais avançado ou numsector tradicional como ocalçado ou agro-alimentar.Se a sua empresa já temuma dimensão considerá-

vel ou se é ainda uma pequena empresa. Oque interessa quando se fala de exportação ésaber reagir aos diferentes mercados numalógica de competição internacional. E exem-plos não faltam em Portugal de Pequenas eMédias Empresas (PME) que ganharam di-mensão e posição de destaque nos mercadosinternacionais e que em muito têm contribui-do para o crescimento sustentado das expor-tações nacionais.Também é verdade que existem ainda hojemuitas PME com reduzidos volumes de pro-dução que não dominam as técnicas de expor-tação e são comercialmente pouco agressivas.Com sistemas de informação por vezes defi-cientes, são empresas que estão numa situa-ção económico-financeira comprometedora,depois de anos e anos de subsídiodependên-cia, como refere a Agência para o Investimen-to e Comércio Externo de Portugal (AICEP).Mas para aquelas que estão bem estruturadas,

N e que querem iniciar a exportação para algummercado, pode encontrar no site da Aicep -www.portugalglobal.pt - todos os procedi-mentos que deve seguir. Além dos factores decompetitividade mais importantes, como omarketing, a qualidade, o design, a inovação,a marca e a imagem, não se esqueça que antesde avançar com um processo de exportaçãotem de reunir todas as condições de viabilida-de estratégica, económica, financeira e técni-ca. Aqui ficam algumas dicas dos cuidadosque deve ter para ser bem sucedido na expor-tação do seu produto ou serviço.

1 Factores críticos de sucessoEm qualquer negócio tem de se saber quais asáreas onde a excelência é condição mais queobrigatória, já que são essas que irão determi-nar a decisão final de compra de um produtoou serviço.Chama-se a isto identificar os fac-tores críticos de sucesso.

2 Vantagens competitivasÉ preciso saber e ter vantagens competitivasface à concorrência. Quais são os seus pontosfortes? Esta é uma resposta que tem de saberresponder com exactidão e na ponta da lín-gua. Caso tenha hesitado, não é bom sinal.

DICAS

Além de factoresde competitividadecomo marketing,qualidade, design,inovação, tambémprecisa de reuniras condiçõesde viabilidadeestratégica,económica,financeira e técnicapara ter sucessona exportação.

HojeemdiaaindahámuitasPME com reduzidos volumes

de produção, que não dominamas técnicas de exportação

e que são comercialmente pouco agressivas.

3 Fazer diferenteÉ preciso desenvolver capacidades de fazer ede produzir diferente. Desta forma, não sótransmite valor acrescentado aos clientescomo passa uma imagem corporativa de exce-lência do seu negócio.

4 Informação estratégicaÉ preciso potenciar a informação estratégicarelevante disponível e fidedigna que permitanão só o conhecimento dos mercados, mastambém das oportunidades de negócio queexistem ou que facilmente podem ser geradasnesses mesmos mercados.

5 PessoasNão pode fazer nada sem uma boa equipa derecursos humanos. Precisa de recrutar qua-dros superiores e intermédios especializados,motivados e com formação em internaciona-lização, técnicos e financeiros.

6 GestãoDeter capacidades de gestão interactiva e deorganização nem que sejam mínimas mas de-desde que sejam as adequadas e suficientes àmaior complexiddade dos processos de ex-portação.

Page 9: DIÁRIO ECONÓMICO Segunda-feira25Julho2011 I Import EXPORT · II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011 IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QREN

Segunda-feira 25 Julho 2011 Diário Económico IX

OPINIÃO: ????????????????????????????????????????????????

CERCA DE 65% DAS EMPRESAS inquiridas no âmbitodo estudo “Fazer Negócio com Mercados Emergentes”,elaborado pela Crédito y Caución, afirmam que vão adoptaras mesmas práticas nas relações com os mercadosemergentes e com os mercados maduros face aos riscoscomerciais. O estudo inquiriu empresas de nove paísesda União Europeia.

A COMISSÃO VITIVINÍCOLA REGIONAL DO TEJO quer triplicaras exportações para o Brasil em 2011, superando a barreirados 400 mil litros de vinhos do Tejo vendidos para estemercado. Em 2010 exportou-se para o Brasil mais de 150 millitros de vinho do Tejo, o triplo do volume de 2009. Parapromover a região, a CVR Tejo, com oito produtores, estaráem São Paulo e no Rio de Janeiro entre 25 e 27 de Julho.

ngeirorias.

7 MarketingTem de ter uma pequena estrutura para o des-envolvimento de todas as acções relacionadascom o marketing.

8 ResponsabilidadeSeja responsável nas suas decisões e gestos.Seja prudente e tenha sempre presente que émelhor ir crescendo de forma gradual. Não dêum passo maior que a perna. E é bom não fugirda realidade da empresa. ■

PauloAlexandreCo

elho

PUB

OS DESTINOS DE EXPORTAÇÃO COM MAIS CRESCIMENTO

BRASILé um dos mercadosextra-comunitários ondese verificou uma evoluçãoem termos de exportação de 2009para 2010. Portugal exportoupara o mercado brasileiro440,8 milhões de euros.

49,7%

ESPANHAO país vizinho continua a sero país da zona euro (16) paraonde Portugal mais exporta.Em 2010, o volume deexportações correspondeu amais de nove mil milhões deeuros, o que representa mais13,1% face a 2009.

13,1%

Angola, China e América LatinaSão os mercados onde Portugal deverá continuar

a apostar em termos de diversificação de mercadosde exportação para países extra-comunitários.

De acordo com o Espírito Santo Research de Abril 2011,estes mercados apresentam interessantes ritmos de

crescimento económico. Também apresentamprogramas de investimentos, como na área

das infra-estruturas, que podem ser oportunidadesde negócio para as empresas portuguesas.

CABO VERDEUm mercado dos PALOPque se tem revelado um

parceiro comercial de Portugal.Cerca de 42,2% das

importações de Cabo Verdesão originárias de Portugal.

2.700empresas portuguesas

MARROCOSpaís extra-comunitário que teveuma boa ‘performance’ em 2010,no peso das exportações de bensportugueses.

41,2%

MÉXICONo conjunto dos mercadosda América Latina, o México foio que registou o maior crescimentodas exportações portuguesas,com um volume de 405,6 milhões

de euros em 2010.

99,2%

Fonte:EspíritoSantoResearch

Page 10: DIÁRIO ECONÓMICO Segunda-feira25Julho2011 I Import EXPORT · II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011 IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QREN

X Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011

IMPORT/EXPORT O PRESIDENTE DA REPÚBLICA visitou recentementeo maior produtor português de uvas de mesa, em Ferreirado Alentejo. A Herdade Vale da Rosa vende no mercadointerno 85% da sua produção, na qual se destacam as uvassem grainha. O restante é exportados para países comoInglaterra, Espanha, Angola, Polónia, Luxemburgo, Noruega,França e Finlândia.

Banca emBancos nacionais têm equipasRAQUEL CARVALHO

[email protected]

ão falta apoio às exporta-ções das empresas por par-te da banca. Além das li-nhas PME Investe, são mui-tos os produtos e serviçosdisponibilizados pelos cin-co maiores bancos nacio-

nais que, em comum, têm o facto de teremcriado equipas especializadas para a apoiar asempresas no processo de internacionalização.

1 CaixaGeral deDepósitosA CGD criou um gabinete de apoio ao Comér-cio Externo, que actua em estreita colaboraçãocom a Rede Caixa, e que é composto por espe-cialistas. Nos primeiros três meses de 2011, ocrédito concedido pela CGD a empresas foi de23,5 mil milhões de euros, valor que represen-tou um acréscimo de 6,4% face ao períodohomólogo do ano anterior.Fonte oficial do banco afirma que o volume denegócios do segmento Empresas (ENI) de41.515 milhões de euros já registou “no finaldo 1º trimestre de 2011 um crescimento ho-mólogo de 5,8%.A CGD quer que a sua quota no segmento em-presas cresça e, como tal, vai prosseguir“com a consolidação do modelo de serviçoCaixa Empresas, tendo subjacente um con-ceito de serviço de gestão personalizadoprestado aos clientes ENI, pequenas e microempresas clientes da CGD, que materializa noGestor de Cliente a vertente de relaciona-mento através duma abordagem integrada àsnecessidades empresariais e particulares dosseus clientes”, explica a mesma fonte oficial.A 31 de Março deste ano “estavam abrangidospor este modelo de serviço 21.891 clientes,com um volume de negócios de 3.620 milhõesde euros”.

2 SantanderTottaTambém o Santander Totta tem uma equipa deprofissionais especializados que, “além doapoio directo a clientes, têm a missão de for-mar os gestores de empresas, por forma a do-minarem os produtos adequando-os às neces-sidades dos clientes, em cada momento paracada cliente”, diz fonte do banco que destaca acriação recente do International Desk “desti-nado a apoiar as empresas que iniciam o seuprocesso de internacionalização”.O banco tem uma quota de 18% nas linhas In-veste, e no final de Março de 2011, o créditoconcedido às PME totalizou 10,2 mil milhõesde euros, o que corresponde a um aumento de1,3% relativamente ao período homólogo.O Santander garante que dá “apoio a todos osprojectos viáveis e empresas sólidas que, ac-tuando onde têm maiores mais-valias a ofere-

N

João

PauloDias

Os bancos afirmam que o crédito a empresastem registado um bom ritmo, mas dados recentesdo Banco de Portugal revelam que os bancos estãoa limitar o crédito e prevêm mais restrições já nosegundo semestre de 2011. De acordo com as conclusõesdo Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito,prevê-se um aumento dos ‘spreads’ e de comissões,tanto a empresas como a particulares. Um aumentoque já se sentiu no primeiro semestre, e que foi intensono caso das grandes empresas e dos empréstimosa longo prazo. Na imagem, os líderes dos cincoprincipais bancos.

>> MAIS RESTRIÇÕES NO CRÉDITO

Page 11: DIÁRIO ECONÓMICO Segunda-feira25Julho2011 I Import EXPORT · II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011 IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QREN

Segunda-feira 25 Julho 2011 Diário Económico XI

OPINIÃO: ????????????????????????????????????????????????

A MARCA PORTUGUESA DE AZEITES, dirigida por PedroCruz (na foto), produz por ano cerca de 30 mil toneladas,das quais 70% são para exportação. os produtos com aassinatura Gallo são vendidos em 47 países, sendo o Brasil odestino mais importante em termos de volume de exportação.Seguem-se a Venezuela, Angola e China, mercadosprioritários em termos estratégicos para a empresa.

CERCA DE 20% DO AZEITE fabricado de forma artesanalna Casa Zé Bairrão, de Vale das Mós, Abrantes, é exportadopara mercados como o Brasil. E em breve, a pequena empresaribatejana vai entrar na Áustria. A produção de olivaistradicionais com mais de 70 anos e englobam uma áreade 80 hectares, atingiu as 60 toneladas de azeite na últimacampanha, revelou a agência Lusa.

PUB

força no apoio a empresasespecializadas em negócio internacional para apoio às exportações das empresas.

cer aos seus clientes, necessitam do nosso su-porte”. O Santader Totta destaca ainda que“fruto da sua presença em Angola, o bancotem vindo a apoiar as empresas exportadoras,através da atribuição de linhas de créditos es-pecíficas” para este mercado.

3 BancoEspírito SantoA Unidade International Premium (UIP) é aunidade de apoio à internacionalização dasempresas constituída pelo BES, e que temcomo objectivo “fomentar o aumento dasexportações nacionais, assim como o alarga-mento dos mercados alvo destas exportaçõese o apoio aos projectos de investimento na-cionais no estrangeiro”, afirma fonte oficialdo banco. É a equipa de gestores de negóciointernacional especializados geograficamen-te que acompanha “pró-activamente as ope-rações dos clientes desde a sua génese e ori-gem geográfica até ao destino e à fase de ma-turidade do projecto”, acrescenta a mesmafonte.A actividade internacional do grupo BES re-presentou, em 2010, 48% do seu resultado lí-quido consolidado e recorrente, sendo que aquota de mercado do banco nas PME é de24,9%. O BES adianta que “73% do créditoconcedido pelo BES é a empresas e que três emquatro PME Líder são clientes BES”. A mesmafonte diz que “o Trade Finance registou umcrescimento homólogo de 75,5% e representauma quota de mercado de 27,2%”.

4 MillenniumbcpO Millenniumbcp dispõe de um centro decompetências, criado em 2006, para apoio àexportações e internacionalização das em-presas portuguesas “que inclui todas as ver-tentes do negócio internacional, desde solu-ções de gestão de tesouraria a soluções de tra-de finance”, afirma fonte do banco. Este cen-tro “é composto por especialistas com eleva-

dos conhecimentos técnicos em negócio in-ternacional que asseguram atendimento per-sonalizado”.O Milleniuum Trade Solutions em Portugal écomposto por onze colaboradores fisica-mente instalados em Lisboa e Porto, sendoesta uma equipa que tem como missão “fazera ponte com os gestores de relações comer-ciais em cada sucursal em Portugal e com co-laboradores dedicados em cada um dos paí-ses onde o banco marca presença, nomeada-mente Angola, Moçambique, Polónia, Romé-nia e Macau”, destaca a instituição bancária.De referir que o Millenniumbcp tem umaquota de mercado de 26% no apoio à expor-tação.

5 BancoPortuguêsde InvestimentoO BPI tem uma quota de 19% na colocação deoperações na Linha PME Investe, tendo tam-bém um lugar de destaque na colocação daslinhas de seguro de crédito de apoio à expor-tação com apoio do Estado. Quem o garante éfonte oficial do banco que destaca igualmenteo serviço Net Empresas, a ferramenta de Cor-porate Internet Banking do BPI, “que procuraagilizar a gestão das operações e transacçõesinternacionais”.Além do financiamento através da Linha deCrédito PME Investe, o apoio passa ainda pe-las dotações de capital específicas para asempresas exportadores e que o BPI disponibi-liza na sua oferta a Linha de Crédito ExportInvest. De destacar que o BPI dispõe de umavasta rede comercial de Centros de Empresas eBalcões e de equipas especializadas e comgrande experiência como a Unidade de TradeFinance, “que com um contacto próximo,ajuda na identificação dos produtos mais ade-quados à actividade de uma dada empresa, es-clarece as empresas sobre os produtos de co-mércio internacional e acompanha as empre-sas neste tema”, diz fonte do banco. ■

NÚMEROS

CRÉDITO DA CGD A PME AUMENTANo final de 2010, e através de umincremento do relacionamento comercialcom as empresas e empresários de maiorvalor, o serviço Caixa Empresas tinha sobgestão mais de 30.000 clientes.

30.000

BES EM MISSÕES EMPRESARIAISO BES acompanha cerca de 700 empresasno seu processo de internacionalização.Desde 2009 que o banco já recebeu cercade 2.900 pedidos de clientes. Desde 2006o BES já levou 350 empresas a missõesempresariais no estrangeiro.

700

BPI COM FORTE APOIO A PMEO BPI apoia 46% das PME exportadoras.Esta percentagem aumenta para 54%se considerarmos o universo de todas asempresas, cujas exportações representam,pelo menos 10% do volume de negócios.

46%

Assessoria eaconselhamento na hora deescolher para que mercadosexportar, quais os melhoresparceiros e quais osmelhores instrumentosfinanceiros a utilizar.Estes são os serviços maiscomuns e disponibilizadospor todos os bancos.Ainda dispõem de serviçoscomo créditos e remessasdocumentárias, garantiasbancárias, factoring deexportação, transferênciasinternacionais e ‘cash-management’.O objectivo da bancaé minimizar o risco donegócio, quer nas operaçõesde exportação, quer nasoperações deinternacionalização.Os cinco maiores bancosnacionais financiamprojectos deinternacionalização atravésdas linhas PME Investe e, emparticular as exportações,a partir da linha de créditoExport Investe, uma linhaPME Investe que apoiaas empresas exportadorasnas suas necessidadesde financiamento.

Onde os bancospodem ajudar

Page 12: DIÁRIO ECONÓMICO Segunda-feira25Julho2011 I Import EXPORT · II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011 IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QREN

XII DiárioEconómico Segunda-feira25Julho2011

IMPORT/EXPORT

1 5maiores

PMEexportadoras

Saiba quem mais exporta no País

RAQUEL CARVALHO

[email protected]

Os dados mais recentes das maiores PME exportadorasem Portugal são de 2009 e foram compilados pelo INE,colocando a Polopique na liderança, seguida da Hempel,da Eda, do Grupo Antolin Lusitânia e da Comdipunt. Oranking das dez maiores inclui ainda a Pralisa, a RobertBosch Travões, a Italagro, a Koutadly e a Clover.Segundo o estudo do INE, ‘O perfil exportador das PMEem Portugal’, existiam 348.552 PME em 2009, repre-sentando 99,7% do tecido empresarial do País e cerca de59% do volume de negócios gerado. Destas, cerca de10% eram exportadoras, contribuindo com 40% para ovolume de negócios total. O mesmo estudo concluiutambém que Espanha é o destino para onde as PMEmais exportam, com 30,6%, seguida da França com umpeso de 14,8% e de Angola com 10,2%. ■

3

Dos mais de 60 milhões de euros de volume de negócioatingidos em 2010 pela EDA - Estofagem de Assentos,73% provêem das exportações, sendo a PSA PeugeotCitröen e a Renault os principais clientes e Espanha eFrança os principais mercados. Esta PME, que pertenceao Grupo Faurecia, registou em 2010, um ligeirocrescimento tanto no volume de vendascomo de exportações em comparação a 2009e tem como estratégia de crescimento progredirna sua ‘performance’ operacional e tecnológica.

EDA - Estofagemde Assentos

5

A Comdipunt - Agente Têxtil, Unipessoal tem sedeem Lordelo, Braga, e é a quinta maior exportadoranacional. Pertence ao grupo espanhol Comdipunt,antiga divisão da multinacional espanhola Inditex.Detentora da marca Friday’s Project, com lojasem Portugal, lançou o ano passado a marca debaixo custo Shana em Portugal e Espanha.Com colecções novas todos as semanas,e atingindo uma facturação de 30 milhões deeuros na Península Ibérica, a empresa pretendedobrar as vendas da marca Shana este ano.O grupo facturou 150 milhões em 2010.

ComdipuntAgente Têxtil

2A HEMPEL opera no segmento de tintas para navios e diferencia-se pela forte aposta na inovação, o que sereflecte no facto de reinvestir em pesquisa e desenvolvimento a maior parte dos lucros gerados. Com esteobjectivo, o grupo estabeleceu três grandes laboratórios centrais para pesquisa e desenvolvimento naDinamarca, em Espanha e em Singapura.Em 2009, a empresa teve uma quebra no volume de vendas de 10%, atingido 826 milhões de euros. Mas oresultado operativo aumentou 3%, fixando-se em 92 milhões de euros e o lucro líquido cresceu 23%,atingindo os 44 milhões de euros.

HEMPEL

4

O grupo Antolin Lusitânia pertence ao grupoAntolin, uma multinacional espanhola, que actuano ramo dos componentes automóveis,empregando 12 mil pessoas em 23 países, incluindoPortugal. O grupo prima por uma aposta forte emInovação e Desenvolvimento (I&D), tendo gasto em2010 45,66 milhões de euros em novos projectos.Nos últimos anos, a empresa apresentou mais de290 patentes e liderou mais de 45 projectos emI&D. Cresceu 33% em 2010, o que correspondea 385 milhões de euros, tendo o Ebitda atingidoos 184 milhões.O negócio internacional do grupo representa 78%do total da facturação, com o Continente Europeua ser responsável por 39,1% das exportações.A América do Norte representa 21,6% das vendase o mercado espanhol 20,5%. O grupo Volkswagené responsável por 24,5% das encomendas, logoseguido da Ford, 18,1% e do grupo Renault Nissan,com 15,1% e da Peugeut Citröen, com 15%.

Antolin Lusitânia

MarkelRedondo/Bloom

berg

Simon

Daw

son/Bloomberg

Polopique

A Polopique facturou 67 milhões de euros em 2010.A líder das PME exportadoras em Portugal cresceu 19%em relação a 2009. Dedicada à produção de vestuáriofeminino, 99% da produção é para exportações, sendoo grupo espanhol Inditex, detentor de marcas como aZara, o seu principal cliente. No primeiro semestredeste ano, a empresa já registou um crescimento de 15%,face ao período homólogo de 2010. Segundo TeresaPortilha, directora-geral da empresa, “a Polopiqueproduziu cerca de 20 milhões de peças de vestuário,contra os 17 milhões produzidos em 2009, o quecorresponde a um crescimento entre os 12% a 15%”.Sobre a estratégia da empresa, diz ser “centrada emparcerias, o que permite ter um ciclo de produção entretrês a quatro semanas”. Além disso, “todas as fases doprocesso de produção são feitas em regime de‘outsourcing’, permitindo dar trabalho a duas mil pessoasda região, além dos 70 trabalhadores directos em 2010”.Este ano, a empresa “incorporou uma unidade de fiaçãocom 48 novos trabalhadores, e está a investir numasegunda unidade que criará 40 novos postos detrabalho”, explicou Teresa Portilha. A criação de estúdiosde desenho em Espanha e Portugal, para produçãoprópria, é responsável por 30% da facturação.

1 About The Future: Empresa produtora de papel

2 Seat Portugal, Unipessoal LDA: Produçãoe comercialização de automóveis

3 SDT - Electrónica, SA: Fabricante de soluçõesintegradas electrónicas

4 Defaerloc: Locação de Aeronaves Militares

5 Tetra Park Portugal: Sistemas de embalageme tratamento para alimentos

6 Acembex - Comércio de Serviços: Operadornacional de cereais e derivados

7 Nissan Iberia S.A - Sucursal em Portugal:Produção e comercialização de automóveis

8 Metro do Porto: Empresa de transportes

9 Benteler: Indústria de Componentes paraautomóveis

10 Carbopego: Abastecimento de combustíveis, SA

As 10 maiores PME importadoras

Page 13: DIÁRIO ECONÓMICO Segunda-feira25Julho2011 I Import EXPORT · II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011 IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QREN

PUB

Page 14: DIÁRIO ECONÓMICO Segunda-feira25Julho2011 I Import EXPORT · II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011 IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QREN

XIV Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011

IMPORT/EXPORT O SECTOR DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO, Comunicaçãoe Electrónica (TICE) representa 8% das exportações, 2% do empregonacional e 6% do investimento, segundo o estudo desenvolvido pelasociedade de consultores Augusto Mateus & Associados.O segmento mais relevante no mercado total das TICE é o dos serviçosde telecomunicações (37%), seguindo-se o da electrónica de consumo(18%), dos serviços TI (16%) e do equipamento TI (14%).

1

A Galp Energia é a empresa que lidera o rankingdas exportações e este é já um lugar cativo háalguns anos. Em 2010, a petrolífera exportou 1,9mil milhões de euros em produtos como gasolinae fuelóleo, mais 56% que em 2009. A GalpEnergia exporta, hoje, para 55 países, com EUA,México, Holanda e Grã-Bretanha entre osmercados mais significativos de exportação.Fonte oficial da empresa explicou ao DiárioEconómico que, em 2012, a Galp Energia estáem condições de contribuir ainda mais para oequilíbrio da balança comercial, uma vez que estáa terminar, este ano, o projecto de investimentode 1,4 mil milhões de euros na conversão das duasrefinarias (Porto e Sines), tornando, assim, o Paísauto-suficiente na produção de gasóleo.

Galp Energia

10Maiores

exportadorasnacionais

Sector autómovel e petrolífero dominam.ANA CUNHA ALMEIDA

[email protected]

Todos os anos, o Instituto Nacional de Estatística (INE)actualiza o ranking das maiores exportadoras nacionais,mas nos últimos anos não se têm verificado grandes al-terações. O sector petrolífero e o automóvel continuam aliderar esta listagem, com a Galp Energia a assumir po-sição de liderança, ao exportar 1,9 mil milhões de gaso-lina e fuelóleo. Um volume de exportações que repre-sentou mais 56% que em 2009.A Autoeuropa surge logo em segundo lugar no ranking.No ano passado, a empresa que fabrica carros das mar-cas Volkswagen e Seat exportou a toralidade da sua pro-dução, equivalente a 68.042 veículos. E o grupo PortucelSoporcel assume outro lugar destaque, sendo já uma re-ferência a nível europeu e também mundial enquantoprodutor de pasta e papel. ■

2

A Autoeuropa, fabricante de automóveis das marcasVolkswagen e Seat, localizada em Palmela foi o segundomaior exportador nacional em 2010. Entre Janeiroe Junho deste ano, a empresa já exportou paraos 27 países membros da Europa 51.125 veículos,correspondendo a 75,1% do total de automóveisproduzidos em Portugal destinados à exportação.Se consideramos todos os mercados, a Autoeuropaexportou 68.042 veículos, o que equivale à totalidadeda sua produção em 2010. A Alemanha é o destinomais importante desta vertente de exportação,representando 20,8%.

Volkswagen Autoeuropa

5

A empresa a operar no complexo petroquímicointegrado de Sines é o único produtorde poliolefinas em Portugal e é a quinta maiorexportadora nacional. Com sede em Sines,a Repsol Polímeros garante emprego a 437trabalhadores e é naquela complexo que é feitaa produção de olefinas e poliolefinas que têmcomo destino a exportação.A Repsol Polímeros, em 2010 exportou cerca de84% da sua produção sendo que 72% se destinoua mercados europeus e 12% a outros mercados.O valor total de vendas correspondeu a 648milhões de euros.

Repsol Polímeros

4

Com fábrica em Famalicão, a Continental Maboré a quarta maior exportadora nacional, tendoencerrado o ano de 2010 com lucros de 147milhões de euros e um volume de vendas à voltados 600 milhões.A subsidiária portuguesa da gigante mundialemprega 1.533 trabalhadores e foi graças aosbons resultados na produção de pneus que decidiudistribuir cerca de um milhão de euros de lucros,de forma equitativa, aos seus colaboradores.Cerca de 97% da produção de pneus e câmarasde ar visam a exportação para mercados comoa Alemanha, Espanha, Benelux, Áustria, ReinoUnido, Itália. Sem esquecer os Esta dos Unidos,França e República Checa, embora estes paísestenham um contributo bem menor para o volumede vendas da empresa.

Continental Mabor

PauloAlexandreCo

elho

7A Somincor, empresa do grupo Lundin Mining,detentora das minas de Neves Corvo centraa sua acividade no sector primário, coma exploração do cobre e zinco. E é com estesminérios já tratados, que exporta para algunspaíses, como por exemplo para o Brasil,sobretudo concentrado de cobre. Nesteranking do INE, a Somincor é a sétima maiorexportadora nacional. As minas de NevesCorvo, localizadas em Castro Verde, Alentejo,garantem emprego a 910 trabalhadores.

Somincor

MarioProenca/Bloomberg

6A Bosch Car Multimedia Portugal é um dos maioresempregadores da área de Braga e surge, segundo dados do INE,como o sexto maior exportador nacional em 2010. A fábrica,onde trabalham 2.300 colaboradores, produz produtoselectrónicos, sobretudo sistemas de navegação e auto-rádiospara a indústria automóvel. Nesta área dos auto-rádios,a empresa assume-se ainda como um centro de competênciaspara o mercado europeu. Com um volume de vendas de 587milhões de euros em 2010, mais 44% face aos 408 milhõesalcançados em 2009, a Bosch Car Multimedia Portugal exportacerca de 95% dos produtos produzidos na empresa, sobretudopara a Europa. O crescimento global do volume de vendasé directamente influenciado por estes produtos. Em 2010 osnúmeros estiveram cerca de 40% acima de 2009, tendo atingidoos 587 milhões de euros.

Bosch CarMultimedia Portugal

José

ManuelRibeiro/Reuters

Page 15: DIÁRIO ECONÓMICO Segunda-feira25Julho2011 I Import EXPORT · II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011 IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QREN

Segunda-feira 25 Julho 2011 Diário Económico XV

SÃO 180 EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA que vãoinstalar-se nos pólos de Bragança e Vila Real do Parquede Ciência e Tecnologia de Trás-os-Montes. Este projecto, queenvolveu um investimento de 19,3 milhões de euros, vai criarmil postos de trabalho em dez anos. O prazo de execuçãoé de 36 meses. O contrato de financiamento Parque de Ciênciae Tecnologia foi assinado, a semana passada, em Vila Real.

A DINAMIZAÇÃO DO TURISMO entre Portugal e a Chinapoderá abrir novas perspectivas que levem à concretizaçãode negócios noutras áreas. A afirmação é de Teresa Ribeiro,administradora do Aicep, depois de, na semana passada,ter estado reunida com uma delegação da AssociaçãoChinesa de Empresas de Hong Kong, lideradapelo vice-ministro Guo Li.

10

É na fábrica instalada na vila de Cacia, perto de Aveiro, que são produzidos componentesmecânicos que se destinam às fábricas de montagem do grupo Renault espalhadas pela Europa(Espanha, França, Roménia, Turquia) mas também uma parte para a Nissan.A fábrica que garante emprego a 1.100 pessoas, tendo gerado 100 novos empregos no decorrerde 2010, registou uma facturação de 252 milhões de euros no ano passado. A maior partedesta facturação vem do fabrico de caixas de velocidade, como explicou Ricardo Oliveira,director de comunicação e imagem da Renault Portugal.Para 2011, a fábrica de CACIA deverá ter um incremento na sua actividade, com o mesmoobjectivo: o de exportar a totalidade da produção.

CACIA Renault

Antoine

Antoniol/B

loom

berg

3 9O grupo liderado por Pedro Queiroz Pereiraestá entre os três maiores exportadores.É um dos grupos que gera maior valoracrescentado nacional, a representar maisde 3% das exportações nacionais. As vendasdo grupo espalham-se por mais de 100 paísesem cinco continentes, com destaque paraa Europa e os EUA. O grupo posiciona-secomo líder europeu na produção de papéisfinos e de impressão e escrita não revestidose o sexto a nível mundial. Tal significa quePortugal passou a fazer parte do rankingeuropeu dos países produtores deste tipode papéis. Nos primeiros seis meses do ano,o mercado europeu de papel UWF sofreu umaforte quebra em termos de procura, de cercade 5%. Uma quebra que não foi compensadapelos mercados de exportação cuja evolução“foi fortemente afectada pela degradaçãodos preços em USD e pela evolução cambialUSD/EUR”, pode ler-se no relatóriodo primeiro semestre. A Portucel Soporcelé já também o maior produtor europeue um dos maiores a nível mundial de pastabranqueada de eucalipto BEKP(Bleached Eucalyptus Kraft Pulp).As vendas de pasta BEKP, no primeirosemestre deste ano, situaram-se em maisde 2% acima do correspondente valorno semestre homólogo de 2010. os mercadoseuropeus foram os que receberam a quasetotalidade do volume de pasta, uma vez queé nestes destinos que estão os produtoresdepapéis.

Soporcele Portucel

8A fabricante de automóveis das marcas Peugeote Citröen produziu, entre Janeiro a Junho deste ano,um total de 28.037 veículos em Portugal, mais 18,5%do que no período homólogo de 2010. A totalidadedesta produção teve como destino a exportaçãoapenas para um país da Europa: França, mercadode origem da empresa. Aliás, grande parteda produção total de veículos automóveis asseguradaem Portugal, nos primeiros seis meses do ano,destinou-se a França que absorveu 33,6% do totaldas exportações. A Alemanha surge em segundolugar, com 21,8% e o Reino Unido, em terceiraposição, com 9,4%.

Peugeot Citröen

Chris

Ratcliffe/Bloom

berg

1 Galp Energia (Petrogal)

2 Volkswagen Autoeuropa

3 Portucel Soporcel Fine Paper

4 Repsol Polímeros

5 Continental Mabor

6 Bosch Car Multimedia

7 Somincor

8 Peugeot Citröen

9 SN Seixal Siderurgia Nacional

10 Faurécia - Sistemas de Escape Portugal

Janeiro a Maio de 2011

1 Galp Energia (Petrogal)Com o investimento que a Galp Energia fez nas refinariasde Porto e Sines, Portugal deixar de importar um terçodo gasóleo que consome - como hoje acontece -, já queestas refinarias estarão em condições de processarpetróleos mais pesados.

2 Galp Gás NaturalÉ a empresa do universo Galp Energia que comercializagás natural no mercado regulado para os clientesresidenciais e empresariais.

3 Volkswagen AutoeuropaA conhecida fábrica de Palmela fabricante de carros dasmarcas Volkswagen e Seat importa peças e componentesautómoveis sobretudo da Alemanha.

4 SIVA - Sociedade de Importação de VeículosAutomóveisA empresa importa veículos. No mercado de ligeirosde passageiros está presente com cinco marcas –Volkswagen, Audi, Bentley, Lamborghini e Skoda –,a SIVA comercializou 14.177 automóveis em 2010.

5 Pingo Doce - Distribuição AlimentarA cadeia de supermercados do grupo Jerónimo Martinsimporta bens alimentares de países como a Polónia.

6 Renault PortugalA empresa de origem francesa importa da casa-mãeos veículos automóveis da mesma marca. E trabalha emparalelo com a fábrica de Cacia (Aveiro) que são produzidoscomponentes autómoveis que se destinam à Europa.

7 BP PortugalA empresa petrolífera que conta com uma rede de 350postos de abastecimento importa e comercailizapetróleos seus derivados.

8 Mercedez Benz PortugalA empresa dedica-se à importação de carros soba mesma marca, de origem alemã.

9 Lidl & CompanhiaGrande parte dos artigos vendidos nos supermecadosda rede de lojas Lidl vêm da casa-mãe alemãcom o mesmo nome.

10 Peugeot Citröen AutomobilesFabrica e importa veículos da empresa francesacom o mesmo nome, bem como produtos ou peçaspara automóveis.

10 principais empresasimportadoras em 2010

O ano ainda não acabou, mas o INE já apurouo ranking das maiores exportadoras nacionaisnos primeiros cinco meses.

Page 16: DIÁRIO ECONÓMICO Segunda-feira25Julho2011 I Import EXPORT · II Diário Económico Segunda-feira 25 Julho 2011 IMPORT/EXPORT A AEP JÁ ESTÁ A PREPARAR mais uma candidatura ao QREN

PUB