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UNIÃO POR RORAIMA
Diretrizes para um
PLANO DE GOVERNO
JOSÉ DE ANCHIETA JÚNIOR Vice: Chico Rodrigues
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Nosso Objetivo Síntese
Acelerar o Desenvolvimento Humano Sustentável de Roraima:
socialmente includente, ambientalmente sustentável e economicamente
sustentado.
Em dez anos, Roraima será o melhor lugar da Amazônia para se
viver e trabalhar. Esta é a Visão de Futuro que sintetiza os anseios e
sonhos da sociedade roraimense.
Nossa Meta Síntese
Alcançar o melhor desenvolvimento humano sustentável da região Norte,
situando-o em nível superior ao da média nacional (IDH > 0,766).
Para alcançar essa meta síntese é necessário: – Ampliar as oportunidades de trabalho, emprego e renda do roraimense
mediante incentivo ao crescimento da produção ambientalmente
sustentável e competitiva.
– Universalizar o ensino básico e fortalecer a formação de Capital
Intelectual de Roraima em todos os seus níveis.
– Aumentar a expectativa de vida dos roraimenses: melhorar a saúde
maternal; reduzir a mortalidade infantil; combater o HIV/AIDS, a malária
e outras doenças.
– Fortalecer a base institucional dos direitos de propriedade mediante a
aceleração do processo de regularização fundiária das terras urbanas e
rurais de Roraima combinado com o programa de regularização
ambiental. Fortalecer a segurança institucional e social do cidadão é
dever inalienável do Estado.
– Promover a expansão e consolidação de ampla rede social, incentivar a
inclusão social mediante ações que priorizem a população de menor
poder aquisitivo: erradicar a extrema pobreza e a fome; promover a
igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres, privilegiando o
estabelecimento de parceria mundial para o desenvolvimento.
-- Ampliar e consolidar a infra-estrutura de energia, transportes e
comunicações.
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ESTRUTURA PROPOSTA
I - INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4
II - OBJETIVO .................................................................................................................... 28
III - EIXOS ESTRATÉGICOS E OBJETIVOS .................................................................... 33
A. Crescimento Econômico Sustentável ........................................................................ 33
B. Justiça e Inclusão Social ............................................................................................ 34
C. Estado Eficiente e Transparente na Gestão .............................................................. 34
IV - DIRETRIZES ............................................................................................................... 35
V - VISÃO DE FUTURO PARA RORAIMA ........................................................................ 37
VI - FUNDAMENTOS DO PLANO ..................................................................................... 39
1. Definição da Política Fundiária de Roraima ............................................................... 42
2. Estabelecimento de Incentivos Fiscais e Extra-Fiscais para o Desenvolvimento de Roraima .......................................................................................................................... 44
3. Gestões para a efetivação das Áreas de Livre Comércio e Zonas de Processamento de Exportações: ................................................................................... 45
4. Planejamento e Ordenamento Territorial ................................................................... 47
5. Formação de Capital Intelectual ................................................................................. 50
6. Captação de Recursos ............................................................................................... 52
6. Turismo ...................................................................................................................... 53
7. Inclusão Digital ........................................................................................................... 55
VII - DIAGNÓSTICO RORAIMA .......................................... Error! Bookmark not defined. Aspectos Demográficos ................................................... Error! Bookmark not defined. Aspectos Econômicos ...................................................... Error! Bookmark not defined.
A inserção Internacional ............................................... Error! Bookmark not defined. Aspectos Sociais - Avanços na Qualidade de Vida .......... Error! Bookmark not defined.
Nível de Renda e Pobreza ............................................ Error! Bookmark not defined. Acesso aos Serviços Públicos Básicos ........................ Error! Bookmark not defined. O Desenvolvimento Social ............................................ Error! Bookmark not defined.
VIII - CENÁRIO MACROECONÔMICO ............................................................................. 56
IX - ESTRATÉGIAS ........................................................................................................... 58
A. Eixo Crescimento Econômico Sustentável ................................................................ 58
I. Agronegócio e Agricultura Familiar ............................................................................. 58
II. Indústria, Mineração, Comércio, Turismo e Serviços ................................................. 59
III. Meio Ambiente, Planejamento e Ordenamento Territorial ......................................... 60
IV. Infra-estrutura e Urbanismo ...................................................................................... 60
V. Ciência, Tecnologia & Inovação ................................................................................ 61
B. Eixo Justiça e Inclusão Social .................................................................................... 61
I. Trabalho, Emprego e Desenvolvimento Social ........................................................... 62
II. Educação, Cultura e Desporto ................................................................................... 62
III . Saúde ....................................................................................................................... 63
IV. Segurança Pública .................................................................................................... 64
V. Justiça e Cidadania .................................................................................................... 65
C. Eixo Estado eficiente e transparente na Gestão ........................................................ 65
I. Modernização do Estado ............................................................................................. 65
X - AS PROPOSTAS ......................................................................................................... 66
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UNIÃO POR RORAIMA
Crescimento Econômico Sustentável, Inclusão Social e Eficiência da Gestão Pública
I - INTRODUÇÃO
Este documento enfeixa o conjunto das proposições de campanha à reeleição
do Governador José de Anchieta Júnior ao governo de Roraima, cobrindo o período
2011-2014. Representa ponto de partida, não é ponto de chegada, de um conjunto de
propostas que compõem o nosso projeto político de desenvolvimento sócio-econômico
de Roraima.
O Governador governa com a Assembléia e com a sociedade. As iniciativas
enumeradas aqui abrangem tanto o que o Governador pode iniciar por conta própria
como chefe da administração estadual quanto o que ele pode propor à Assembléia
Legislativa e às demais instituições como Chefe de Governo e como líder político. Para
ajudar a mudar Roraima, o Governador precisa negociar com os grandes interesses
organizados. Precisa também mobilizar as maiorias desorganizadas para apoiar as
reformas necessárias. Sem a negociação, a mobilização vira aventura populista. Sem a
mobilização, a negociação degenera em acerto elitista ou corporativista.
Ele resume experiências, reflete aprendizagem, e pretende traduzir os anseios e
expectativas do povo roraimense, recolhidos durante reuniões e debates com diversos
segmentos de nossa sociedade. O documento traduz e atualiza a Agenda de
Desenvolvimento firmada em 2007 por representantes de quase todos os partidos
políticos. Submetido aos partidos políticos e às organizações da sociedade civil que
convergem para apoiar a candidatura de José de Anchieta ao Governo de Roraima,
pretende aprofundar e ampliar a discussão do nosso modelo de desenvolvimento, do
presente e do nosso futuro.
A proposta será consolidada ao final do processo eleitoral de modo a abrigar as
prováveis contribuições que certamente aparecerão ao longo da campanha. Desse
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diálogo de candidatos e partidos políticos com a sociedade civil roraimense resultará o
Plano de Governo, versão final, para o período 2011-2014. Seu objetivo é o de
reposicionar e manter Roraima na trilha do novo século XXI, apresentando um projeto
de desenvolvimento capaz de fomentar mudanças estruturais na economia do Estado e
de proporcionar à sociedade roraimense melhorias na escala do desenvolvimento
humano e social.
Dependente desde o início de sua história quase que exclusivamente das
despesas públicas, o Produto Interno Bruto (PIB) roraimense tem na economia do setor
público o seu eixo dinâmico. As Administrações Públicas Federal, Estadual e Municipal
são responsáveis por quase 50% do valor do PIB de Roraima. Esse PIB baseado no
“contra-cheque chapa branca” tem dado bons resultados sócio-econômicos, como
mostram o Índice de Desenvolvimento Humano-IDH (2º da região Norte) e a renda per
capita (17º do Brasil), mas mostra claros sinais de esgotamento, como por exemplo a
sua capacidade de gerar novos empregos de modo a absorver as demandas da
juventude de Roraima. Mas esse modelo da economia do setor público tem
sustentabilidade? A resposta é negativa; por conseqüência mantemos o entendimento
de que Roraima precisa fortalecer a economia do setor privado.
Por isso vimos trabalhando a implantação de um novo modelo de
desenvolvimento econômico, baseado no capital privado, no empreendedorismo e na
competitividade de nossa economia. Condição necessária, mas não suficiente.
Roraima tem de continuar enfrentando os desafios relativos à segurança jurídica
quanto aos direitos de propriedade, principalmente os da propriedade fundiária. Ainda
no campo institucional, Roraima, como de resto toda a Amazônia, enfrenta a
condicionante ambiental. No nosso caso temos 68% do território roraimense como
áreas protegidas (terras indígenas, unidades de conservação, terras afetadas ao
Ministério da Defesa) que adicionadas aos estoques de terras destinadas às reservas
legais (80% das florestas e 35% dos lavrados/savanas) e às áreas de proteção
permanente (APP), resultam em apenas 7% da superfície territorial de Roraima que
podem ser integralmente aproveitados na produção (1,6 milhões de hectares,
aproximadamente).
Essa é a grande questão: como ingressar na trajetória virtuosa de um
desenvolvimento socialmente includente, ambientalmente sustentável e
economicamente sustentado?
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Condição indispensável para que um estado ou até um país tenha capacidade
de gerar novos empregos e renda em volume considerável é o crescimento. Mas para
crescer de forma sustentável são necessários mercados compradores, produção
competitiva, tecnologia adequada, mão-de-obra qualificada, capital intelectual e novos
investimentos públicos e privados, pois sem eles não há crescimento econômico
duradouro, que consiste no incremento do Produto Interno Bruto (PIB) real à taxa
superior ao crescimento da população.
O crescimento da população gera demanda por serviços públicos os quais
devem ser supridos por novos investimentos em infra-estrutura econômica e social, na
construção de escolas, hospitais, rodovias, estradas vicinais, obras de saneamento e
equipamentos sociais de um modo geral, além de investimentos na manutenção da
máquina já existente.
Requer também, a realização de investimentos privados na ampliação ou
expansão da capacidade de produção da economia regional, sob pena de
presenciarmos o suprimento da expansão da demanda por bens e serviços através do
aumento das importações e o conseqüente vazamento de renda do Estado para outras
unidades da Federação.
Por outro lado, os investimentos, que representam tanto despesas na formação
bruta de capital fixo, quanto na formação de capital humano, devem ser financiados
através de poupanças, que podem ser internas e externas.
O nível de poupança interna é sabidamente insuficiente para alavancar
crescimento pelo menos igual ao da população; por esse motivo precisamos captar
poupanças externas, ou seja, recursos financeiros de outras regiões do país e até do
exterior para podermos financiar os níveis de investimentos requeridos pelo
crescimento sustentável. No programa de investimentos que ora apresentamos o
Governo Estadual fará esforço de captação de recursos junto ao Governo Federal
(União), através de sua base parlamentar de apoio, correspondentes a 90% dos
investimentos previstos.
Mas além de recursos financeiros, de recursos naturais, de capital físico e de
capital humano qualificado, o crescimento econômico requer tecnologia adequada e,
principalmente, empreendedores capazes de organizar a economia, promover
inovações e de competitividade para avançar e conquistar mercados. O
empreendedorismo é, portanto, fator essencial e vital para o desenvolvimento.
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No caso de Roraima, precisamos enfrentar outros desafios. A necessidade de
crescermos de forma sustentável requer que o Estado de Roraima continue buscando
a regularização do seu patrimônio fundiário. Simultaneamente, a necessidade de
captarmos poupança externa certamente requer uma base parlamentar coesa e
articulada com o Poder Executivo e sua equipe de formulação e elaboração de projetos
estratégicos.
Roraima tem o menor PIB do país. No entanto, o resultado de sua economia
está longe de ser o pior. Somos a menor economia, mas não somos a pior. Pelo
contrário, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Roraima apresenta-se como
o segundo melhor do Norte e o 13º do Brasil (2004). A renda per capita é a 17ª do país.
Mas este quadro favorável não é sustentável, pois, ele se ancora nos gastos
públicos. Em Roraima, o Estado é maior que a sociedade. De cada R$ 100,00 do PIB,
R$ 48,00 são representados pelas despesas da administração pública (Federal,
Estadual e Municipal). Para cada R$ 1,00 arrecadado diretamente pelo governo
estadual, a União lhe transfere R$ 3,00. A Agropecuária representa menos de 5,3% da
riqueza anualmente gerada em Roraima. A economia do setor público revela-se assim
claramente dominante na formação da riqueza roraimense.
Muito embora os resultados sócio-econômicos do modelo em vigor revelem-se
satisfatórios, os sinais de seu esgotamento são claros. Apesar de termos ainda alguma
margem para avançar em saúde e educação dentro dessa moldura, ele não
possibilitará avanço mais vigoroso da produção e do nível de empregos e nem melhoria
consistente e sustentável da renda.
Por isso, segmentos expressivos da sociedade roraimense clamam pela
definição de um modelo de desenvolvimento que não seja tão dependente das
decisões alocativas do Governo, mas que seja estruturado em um sistema de produção
e de geração de riquezas e empregos ancorados diretamente na sociedade,
principalmente nos investimentos privados e na economia de mercado.
Qualquer que seja o modelo de desenvolvimento de uma região, o mercado se
apresenta como variável-chave dessa equação, principalmente quanto ao tamanho do
mesmo.
No caso roraimense, temos um mercado local reduzido, constituído por
aproximadamente 420.000 habitantes, cuja renda se apresenta concentrada. Isto
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posto, significa que, se quisermos crescer de forma mais rápida, precisamos ancorar
nossa economia à dinâmica dos mercados nacional e internacional representado pela
demanda por bens e serviços de outros estados brasileiros e pela demanda de outros
países, principalmente dos países fronteiriços no estágio inicial da nossa demarragem.
No entanto, mesmo que o mercado interno não se constitua como fator dinâmico
principal do crescimento econômico, implementar-se-á política de substituição de
importações de produtos selecionados, onde apresentamos vantagens comparativas. A
implantação das Áreas de Livre Comércio de Boa Vista (ALCBV) e de Bonfim (ALCBF)
são elementos centrais como instrumentos de promoção dessa política.
Pelo lado da oferta deve ser modelo que gere produção, renda e empregos.
Mas, que acima de tudo, o objetivo do desenvolvimento seja a criação de um ambiente
que permita às pessoas desfrutarem de uma vida longa, saudável e criativa, dentro do
conceito de desenvolvimento humano.
Para medi-lo, a ONU usa o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o qual
tem servido exitosamente como uma alternativa para se medir o desenvolvimento,
suplementando o Produto Interno Bruto (PIB). De fato, ele baseia-se em três
componentes diferentes - indicadores de longevidade, educação e renda per capita.
O desenvolvimento não se restringe à opulência econômica – como no caso do
PIB, que muitas vezes fica concentrada nas mãos de poucos. Esta concepção do
desenvolvimento dá, portanto, a mesma importância aos fatores sociais quanto a
atribuída aos fatores econômicos. Por isso o objetivo da nossa proposta pode ser
definido como a busca de maior crescimento econômico, com o aumento do Produto
Interno Bruto (PIB), mas também melhor qualidade de vida, mediante mais saúde,
mais educação, mais segurança, mais empregos e melhores salários. Enfim, queremos
justiça social.
Por outro lado, o padrão de crescimento dos países industrializados e o avanço
da economia de fronteira se caracterizaram pela utilização indiscriminada dos recursos
naturais e pelo rápido esgotamento das reservas conhecidas. Nem por isso, nossa
região deve ser privada da exploração dos seus recursos naturais. Mas essa
exploração deve ser feita de uma forma que não comprometa o equilíbrio ecológico.
Vale lembrar que a noção-chave dessa idéia reside no conceito de Desenvolvimento
Sustentável (DS) lançado em 1983 pela Comissão das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento (Relatório Nosso Futuro Comum), assim definido:
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desenvolvimento sustentável é aquele capaz de atender às necessidades da geração
atual sem comprometer o potencial de suprir as necessidades das gerações futuras.
O desenvolvimento sustentável exige planejamento de longo prazo e a
conscientização por parte da sociedade de que os recursos naturais não são
inesgotáveis e de que as decisões que podem afetar a coletividade devem ser tomadas
de forma ampla e participativa. E, somente mediante o atendimento das necessidades
das populações que habitam essas áreas, será possível brecar o processo de
devastação.
Sabemos, porém, que não será possível a exploração sustentada dos recursos
naturais ao sabor exclusivo dos mecanismos de mercado, renunciando-se ao
estabelecimento de claro marco regulatório. O Estado deve participar desse processo
e, no mínimo, fiscalizar, monitorar e promover a regularização fundiária e o
planejamento e o ordenamento do seu território, tendo por principal instrumento o
zoneamento ecológico-econômico (ZEE) e a gestão das suas bacias de recursos
hídricos.
Adicionalmente, ressaltamos que a natureza desse modelo é endógena.
Significa que do ponto de vista espacial ou regional, o conceito de desenvolvimento
endógeno pode ser entendido como um processo interno de ampliação contínua da
capacidade de agregação de valor sobre a produção, bem como da capacidade de
absorção da região, cujo desdobramento é a retenção do excedente econômico gerado
na economia local e/ou a atração de excedentes provenientes de outras regiões. Esse
processo tem como resultado a ampliação do emprego, do produto e da renda do local
ou da região, em um modelo de desenvolvimento regional definido. Entretanto, o
aspecto novo do processo, que traz à luz um novo paradigma de desenvolvimento
regional endógeno, está no fato de que a definição do referido modelo de
desenvolvimento passa a ser estruturada a partir dos próprios atores locais, e não mais
pelo planejamento centralizado; essa estruturação é realizada por meio de um
processo já definido como organização social regional, e que tem como característica
marcante a ampliação da base de decisões autônomas por parte dos atores locais.
O modelo pode ser definido como desenvolvimento realizado de baixo para
cima, ou seja, partindo das potencialidades socioeconômicas originais do local, no
lugar de um modelo de desenvolvimento de cima para baixo, isto é, partindo do
planejamento e intervenção conduzidos pelo Estado nacional. Essa última modalidade
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pode ser associada àqueles casos de implantação de grandes projetos estruturantes
(do tipo Carajás, Pólo Industrial de Manaus-PIM etc.) e que procura satisfazer a
coerência de uma matriz de insumo-produto nacional/internacional.
A nossa proposta de modelo de desenvolvimento tem por objetivo-síntese
alcançarmos o melhor desenvolvimento humano da região Norte, estruturado com base
em três eixos estruturantes: a) crescimento econômico sustentável; b) justiça e inclusão
social; e c) estado eficiente e transparente na gestão. A tais eixos se encontram
associados objetivos a serem atingidos, com suas respectivas diretrizes e estratégias.
A visão espacial da ocupação econômica que imaginamos do espaço estadual
está centrada na agricultura familiar nos diversos municípios; na formação de
agropólos na região dos “lavrados” com base na exploração de lavouras de grãos, de
fruticultura e cana-de-açúcar; de agropólo de biocombustíveis na região sul de Roraima
(exploração do dendê); exploração madeireira sustentada nas regiões de mata;
clusters econômicos de turismo em diversas regiões do Estado, e no papel que os
centros urbanos regionais desempenharão como receptores e irradiadores do
desenvolvimento descentralizado, especialmente a cidade de Boa Vista, que pode ser
pólo de serviços de qualidade nas áreas de educação, de saúde, de segurança e
outras atividades nas quais podemos construir vantagens comparativas.
Para assegurar a inclusão social, o crescimento da produção e da renda
apresenta-se como condição necessária, mas não suficiente. Em um país onde as
desigualdades sócio-econômicas são tão agudas tornam-se indispensáveis políticas
públicas de promoção da justiça social visando à redução ou atenuação das
desigualdades sociais, considerando que o mercado, sozinho, não é mecanismo eficaz
nesse sentido.
Pobreza não pode ser definida de forma única, mas ela se evidencia quando
parte da população não é capaz de gerar renda suficiente para ter acesso sustentável
aos recursos básicos que garantam uma qualidade de vida digna. Estes recursos são
água, saúde, educação, alimentação, moradia, renda e cidadania. São pobres aqueles
que, de modo temporário ou permanente, não têm acesso a um mínimo de bens e
recursos sendo, portanto, excluídos em graus diferenciados da riqueza social.
Fortaleceremos a proteção social básica de caráter preventivo e processador de
inclusão social nas políticas públicas, no mundo do trabalho e na vida comunitária e
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societária, com o objetivo de assegurar direitos e propiciar a construção da autonomia
das famílias, seus membros e indivíduos.
Reforçaremos a proteção social especial como modalidade de atendimento
assistencial destinada a famílias, seus membros e indivíduos em situação de risco
pessoal e social. E certamente que inclusão social se faz com educação de qualidade,
serviços de saúde e saneamento, de segurança e mediante a promoção de atividades
geradoras de emprego e renda.
A formação de capital humano e social é elemento chave para garantir a
empregabilidade presente e futura dos recursos humanos de um determinado território.
A qualificação e desenvolvimento de habilidades são fatores de importância crescente
para todas as atividades econômicas, tanto na indústria, com seus distintos níveis
tecnológicos, quanto na agroindústria e no setor de serviços. Torna-se elemento
determinante para a melhoria da qualidade de vida da população. Frente ao
desenvolvimento, os recursos humanos devem receber capacitação permanente e
adequada para que se obtenha uma melhor perspectiva de crescimento pessoal, tanto
no âmbito econômico como no social. Cabe erradicar o analfabetismo, universalizar a
educação básica com qualidade e investir na formação de tecnólogos e profissionais de
nível médio, em pós-graduados – especialistas, mestres e doutores. Uma sociedade
moderna é uma sociedade plugada na rede mundial de computadores, integrada pela
tecnologia e pelo conjunto de valores que determinam as mudanças globais. A
inclusão digital constitui assim demanda inadiável e imperativa do desenvolvimento
econômico e social das sociedades contemporâneas, industrializadas ou não.
Na era da globalização, da democracia, da economia do conhecimento e da
crise econômica permanente, a construção de projetos de desenvolvimento revela-se,
mais do que nunca, inadiável. E, nas regiões periféricas como a nossa, onde o
mercado geralmente falha no suprimento de bens e serviços essenciais, o Estado tem
papel decisivo no processo de transformação econômica e social. Por isso, torna-se
necessário que o Estado alinhe meios e fins, onde o Plano de Desenvolvimento esteja
alinhado ao projeto político de transformação da realidade, de construção de estruturas
políticas, institucionais e de estruturas produtivas que utilizem suas vantagens
comparativas. É preciso primeiro definir os resultados a serem alcançados, depois as
estratégias certas para alcançá-los e fazê-los acontecer. Querer desenvolver uma
região é ter um projeto político coletivo de transformação social.
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Por isso, precisamos dotar o Estado de capacidade estratégica de gestão, tendo
em vista sua ação em questões fundamentais para a sociedade, como por exemplo, o
planejamento territorial e ordenamento do território (zoneamento ecológico-econômico),
prosseguir na regularização fundiária assegurando o direito de propriedade de modo
geral, formar capital intelectual para a promoção do desenvolvimento sustentável,
manter as finanças equilibradas, captar poupanças externas e realizar investimentos
em regiões e/ou projetos estratégicos para o desenvolvimento.
Fundamental também é ter um plano de governo que seja instrumento de
interação entre o Estado e a Sociedade, capaz de receber novas idéias, refletindo as
complexidades da nossa realidade atual, com a possibilidade de incorporar novas
estratégias que devem emergir durante a sua execução. Para isto, pressupõe-se o
envolvimento do conjunto dos mais diversos atores e diferentes segmentos
representativos da sociedade em busca de qualidade de vida e condições dignas de
existência.
Finalmente, neste plano tem-se um referencial do que deve ser feito, suscetível
de ajustes, conforme demandas da sociedade, mas com profunda consciência das
limitações que temos que enfrentar para colocar de pé o modelo de desenvolvimento
que a sociedade roraimense precisa. Dessa forma evidenciamos que o caminho já
traçado está correto. Dentro do que foi possível fazer, os compromissos assumidos
foram honrados, mas ainda há muito a avançar. Ainda é necessário reafirmar,
consolidar e aprofundar as conquistas e as políticas implementadas que estão voltadas
para a geração de emprego, para a educação, saúde e para a transparência na gestão
pública. Assim o desenvolvimento chegará a todos os roraimenses e a todas as regiões
do Estado.
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ESTADO DE RORAIMA
II. RETROSPECTIVA RECENTE
Para entendermos o lugar onde moramos é necessário que entendamos o
cenário em que estamos inseridos, dentro do princípio de que a vida é o homem e suas
circunstâncias. Roraima integra a região mundialmente conhecida que é a Amazônia, a
qual, sob qualquer aspecto, conhecemo-la aos fragmentos, alguns claramente
fantasiosos, outros cientificamente consistentes. Os primeiros descrevem a região
como a terra das mulheres guerreiras, as Amazonas; o Inferno Verde de Euclides da
Cunha, o Paraíso Perdido. A fantasia mais recente apresenta a Amazônia como a
fábrica de oxigênio da terra, o pulmão do mundo, santuário intocado, patrimônio da
humanidade. Os países industrializados, principalmente Estados Unidos da América
(USA), Japão, Alemanha e Inglaterra pressionam para que sejamos a babá ambiental
do planeta, produtores de serviços ambientais, responsáveis pela reciclagem de
parte do dióxido de carbono despejado na atmosfera por essas potências industriais;
pressionam para que sejamos coleção de árvores a serem mantidas em pé, o que será
bom negócio desde que o valor dos serviços ambientais gerados pela floresta seja
maior do que o lucro obtido com a extração predatória da madeira e com a pastagem
ou cultivo implementados em seu lugar (mercado de crédito de carbono).
O fato é que a Amazônia cresceu bastante em 30 anos, pois sua
participação no PIB do país mais que dobrou no período, saltando de uma participação
de 2,24% em 1970, para 4,96% em 2005.
Participação Percentual no PIB a Preços Correntes do Brasil Região Norte e Estados
Estado 1970 1975 1980 1985 2002 2003 2004 2005
Rondônia 0.10 0.13 0.25 0.49 0,53 0,57 0,58 0,60
Acre 0.14 0.08 0.12 0 .15 0,19 0,19 0,20 0,21
Amazonas 0.72 0.80 1.13 1.44 1,47 1,47 1,56 1,55
Roraima 0.03 0.04 0.04 0.07 0,16 0,16 0,14 0,15
Pará 1.13 1.10 1.60 1.93 1,74 1,75 1,83 1,82
Amapá 0,12 0,06 0.08 0.12 0,22 0,20 0,20 0,20
Tocantins --- --- --- --- 0,38 0,43 0,43 0,42
Norte 2.24 2.21 3.22 4.20 4,69 4,78 4,95 4,96
Brasil 100.00 100.00 100.00 100.00 100,00 100,00 100,00 100,00 Fonte: De 1970 a 1980 - IBGE, Indicadores IBGE. De 2002 a 2005, IBGE / SEPLAN-RR
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Os estados que mais contribuíram para tal desempenho foram o Amazonas,
que saiu de uma participação de 0,72% no PIB do país, em 1970, para 1,55%, em
2005, sendo que Rondônia foi o que mais avançou em termos relativos pois saltou de
0,10%, em 1970, para 0,60% do PIB brasileiro em 2005.
Os mercados sempre trataram a Amazônia como grande almoxarifado de
matérias-primas, desde as antigas “drogas do sertão”, passando pela borracha,
minérios e madeiras, até à atual idéia de armazém da biodiversidade e de maior banco
genético do planeta, repleto de insumos blue chips (fármacos, principalmente). Já
experimentamos a tese da Amazônia, grande vazio demográfico, solução para os
homens sem terras do Nordeste, dentro da doutrina do integrar para não entregar,
mediante a implantação dos projetos de assentamento e de colonização. Presenciamos
também os grandes projetos oficiais (Transamazônica, Tucuruí, Carajás, Zona Franca
de Manaus - ZFM, Albras - Alunorte e Polonoroeste) e privados (Fordlândia, Jarí,
grandes fazendas de gado). Vimos a ocupação pelas patas do boi e as grandes
queimadas; temos o projeto Grande Carajás e seu pólo mínero-metalúrgico (Pará)
coexistindo com a Zona Franca de Manaus (ZFM) e o Pólo Industrial de Manaus (PIM).
E, mais recentemente, assistimos o desenrolar da tese da Amazônia, santuário
ecológico que deve permanecer intocado, patrimônio da Humanidade, rescaldo do forte
questionamento do padrão de crescimento dos países industrializados, a partir do
Clube de Roma, cujos estudos apontaram a inevitável exaustão dos recursos naturais
estratégicos - principalmente da energia derivada do petróleo, se mantidos os padrões
de produção e de consumo da sociedade industrial, que se reproduziu e se estendeu
por quase todo o planeta.
2.1 Roraima – Amazônia caribenha
O Estado de Roraima integra a região amazônica localizando-se na parte
mais setentrional do Brasil, na borda da Amazônia Ocidental, encravado nas fronteiras
do Brasil com a Venezuela (29 milhões de hab.) e a Guiana (800 mil hab.), vizinho do
Amazonas e do Pará. Tem área de 225.116 km2, subdividida basicamente em dois
ecossistemas principais: o ecossistema de savanas ou lavrados ou cerrados, que
cobrem 17% do total da área, e o de florestas, que representam em torno de 83% do
total, onde se concentra a maioria das pequenas propriedades. Das florestas de
Roraima, apenas 2,5% foram desmatados, sendo, em termos relativos, ao lado do
Amazonas, um dos estados mais preservados do Brasil.
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Às suas proximidades, ao Sul, fica o Estado do Amazonas, a Zona Franca de
Manaus (ZFM), experiência bem sucedida de ocupação de espaço periférico, através
da implantação de Pólo Eletro-Eletrônico, de Pólo Relojoeiro e do Pólo Automotor
sobre duas rodas que formam o Pólo Industrial de Manaus (PIM). Ao Norte, temos a
Venezuela, sexta maior reserva mundial de petróleo, cujo Estado de Bolívar abriga uma
das maiores hidrelétricas do planeta e um exitoso Pólo Mínero-Metalúrgico. Ao Leste
localiza-se a República da Guiana, cujas atividades mais expressivas são a exploração
da bauxita e da cana-de-açúcar. Venezuela e Guiana são portas de entradas para o
mercado caribenho e a longo prazo seu futuro é o Caribe. À Oeste, fazemos fronteiras
com a Venezuela.
O espaço amazônico do qual faz parte Roraima é, portanto, mosaico
composto por subespaços industriais modernos (PIM/ZFM), subespaços industriais
tradicionais (minero-metalúrgico da Venezuela), subespaços de serviços e comércio,
principalmente serviços públicos (Roraima), subespaços extrativistas minerais (Guiana)
e de agricultura tradicional (Guiana, Amazonas e Roraima). E temos também, mais à
jusante, subespaços dinâmicos industriais (Pará) e agroindustriais (Pará e Rondônia).
Constata-se assim realidade diversa que abriga, de um lado, formas modernas de
organização da economia, como o PIM/ZFM, e de outro, uma das formas mais
primitivas do planeta de organização econômica, a ianomâmi, ainda baseada no
extrativismo com a utilização de artefatos materiais da idade neolítica.
Roraima tem o 15° Produto Interno Bruto (PIB) per capita e o menor PIB do
país segundo o IBGE (2007) para atender população de 395 mil habitantes (2007).
Atualmente, o Produto Interno Bruto do Estado de Roraima é o menor do Brasil,
correspondente a apenas 0,15% do total nacional. O PIB per capita do Estado
corresponde a 84% da média regional e a 72,8% da média brasileira (IBGE – Contas
Regionais do Brasil). O PIB de Roraima também demonstra baixa participação relativa
da indústria, agropecuária e de serviços, sendo que Administração Pública, Defesa e
Seguridade social (48%) são as atividades econômicas mais importantes, participação
inferior apenas a do Distrito Federal (51%) em 2007. A enorme importância da
economia do setor público na vida roraimense influencia todos os setores da vida
social, econômica e política de Roraima. Por essa razão é chamada de economia do
contracheque “chapa-branca”, que se destina a atender população que cresceu a taxa
de 4,58% ao ano no período 1991-2000, superior a do Norte (2,86%) e do Brasil
(1,64%). Com índice crescente de urbanização, 76,1% (2007) e 85% (2008), situa-se
16
em patamar superior ao do Norte (69,7% em 2007) e inferior ao do Brasil (81,2% em
2007), concentra 62,5% da população estadual na cidade de Boa Vista, capital do
estado. Mas a população de Roraima nos últimos anos arrefeceu seu crescimento pois,
segundo o IBGE, a taxa de crescimento anual de 2009 em relação a 2007 foi de
apenas 2,9% ao ano. Do ponto de vista econômico, as atividades agropecuárias
representam 9% do PIB. A sua pauta de exportações é formada basicamente por
madeiras e ocupa pequeno espaço no PIB roraimense, representando volume de
divisas em torno de US$15 milhões/ano. No entanto, em 2008, foi criada a Área de
Livre Comércio de Boa Vista (ALCBV) que, ao lado da Área de Livre Comércio de
Bonfim (ALCBF) e, neste exercício de 2010, da recém-criada Zona de Processamento
de Exportações de Boa Vista (ZPE-BV)1, apresentam-se como instrumentos
estratégicos de alavancagem da economia estadual. É que a ALCBV contém
dispositivo de incentivo ao desenvolvimento de atividades industriais utilizadora de
matérias-primas regionais. A ZPE-BV pode se tornar uma base de exportação para o
Pólo Industrial de Manaus (PIM) de produtos intermediários, exercendo função de
complementaridade. No entanto a implantação desses instrumentos nessa direção
carece ainda de decisões do Governo Federal: implantação de armazém alfandegado
ou de entreposto aduaneiro, sem o qual não é possível o comércio exterior.
Por outro lado, em razão de seus quase 4 milhões de hectares de savanas,
localmente denominadas “lavrados”, alimenta-se em Roraima a expectativa de
transformação de sua economia, mediante o aproveitamento dessas áreas pela
exploração de grãos, tendo a soja como carro-chefe, e a cana de açúcar para
biocombustíveis. Ou seja, o modelo de produção de Roraima com maiores chances de
sucesso é o agroindustrial, onde o fator terra assume importância central, ao lado da
tecnologia, disponibilidade de capital e capacidade empresarial. Por essa razão é
importante o exame da questão fundiária do Estado de Roraima.
2.2 A situação do uso das terras em Roraima
O quadro I mostra a situação fundiária do Estado de Roraima até 2009,
onde se constata que cerca de 85% das terras do Estado de Roraima estavam sob
domínio da União, sendo: terras indígenas (46,63%); unidades de conservação
1 As ZPE caracterizam-se como áreas de livre comércio com o exterior, destinadas à instalação de
empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior, sendo consideradas zonas primárias para efeito de controle aduaneiro. As ZPE serão instaladas nas regiões menos desenvolvidas do País, objetivando reduzir desequilíbrios regionais, bem como fortalecer o balanço de pagamentos e promover a difusão tecnológica e o desenvolvimento econômico e social do País.
17
(10,45%), áreas do Ministério da Defesa (0,11%), assentamentos da reforma agrária
(5,5%), contratos de promessa de compra e venda-CPCV (3,44%) e 18,57% de terras
federais a destinar. Dos 15,24% das terras restantes, 10,05% são do Estado de
Roraima e 5,19% são áreas tituladas.
Dos dados do quadro I, inferimos a existência de disponibilidade de
aproximadamente 4,1 milhões de hectares, ou 18,57% da área total de Roraima, de
terras públicas federais não destinadas, estoque que deve ser repassado para a
jurisdição estadual. Entretanto, dessa área teoricamente disponível para uso
agropecuário, há locais impróprios ou indisponíveis para o pleno aproveitamento
agropecuário: áreas ocupadas por rios; terrenos marginais de rios federais e seus
acrescidos; estradas; povoações urbanas; áreas muito declivosas, pedregosas ou
pantanosas; áreas dos imóveis rurais destinadas à conservação como reserva legal
(exploração restrita) e outras áreas de preservação permanente.
Quadro I: Situação Fundiária do Estado de Roraima
DISCRIMINAÇÃO
INCRA
ÁREA (HA) (%)
SUPERFÍCIE ESTADUAL 22.298.980,00 100,00
TERRAS PÚBLICAS DESTINADAS 15.917.473,11 71,38
Projetos de Assentamento 1.241.579,12 5,57
Unidades de Conservação 2.329.857,00 10,45
Reservas Indígenas 10.398.390,00 46,63
Terras do Ministério da Defesa 23.593,00 0,11
Áreas Tituladas 1.156.766,00 5,19
Situações Jurídicas Constituídas - CPCV 767.287,99 3,44
TERRAS PÚBLICAS FEDERAIS NÃO DESTINADAS 4.140.326,89 18,57
Dentro da Faixa de Fronteira 150 km 2.340.326,89 10,50
Fora da Faixa de Fronteira 1.800.000,00 8,07
TERRAS PÚBLICAS ESTADUAIS 2.241.180,00 10,05
Fonte: INCRA. 26/04/2007
Segundo ainda o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) constituído em
setembro de 2003, estudos da EMBRAPA, parametrizados no Zoneamento Ecológico-
Econômico de Roraima e nas definições do Código Florestal, Lei nº 4.775, de 1965,
indicam, ressalvadas as informações divergentes em relação ao INCRA, entre 1,5
milhão e 2,8 milhões de hectares efetivamente livres para gestão e aptas para
agricultura nos diferentes ecossistemas de Roraima, sendo no máximo 900 mil
hectares localizadas em savanas (lavrado), ecossistema mais apropriado,
representando cerca de 4% de todo o território do Estado.De fato, as savanas
constituem atualmente grande alvo de interesse para o desenvolvimento do
agronegócio estadual em razão da facilidade de manejo e mecanização desses solos
18
e, principalmente, devido à existência de sólida tecnologia para sua exploração, a qual
propicia adequado nível de sustentabilidade econômica e ambiental para os cultivos.
Ainda segundo o GTI, a configuração do quadro de terras aptas ao desenvolvimento da
agricultura e pecuária reflete a importância para que se elabore projeto de
desenvolvimento entre os Governos Federal e Estadual que considere essas
especificidades, para que o grande diferencial climático que Roraima oferece – estar
contido em 95% de seu território no Hemisfério Norte – possa ser aproveitado.
Apesar de haver potencial identificado para o extrativismo mineral, a
participação desta atividade no PIB de Roraima é insignificante (IBGE, 2007). As
regiões mais promissoras para ouro e cassiterita estão contidas a Oeste, na Terra
Indígena Yanomami, e as mais promissoras para diamante estão a Leste, na Terra
Indígena Raposa/Serra do Sol. Entretanto, por não haver regulamentação para a
exploração mineral em terras indígenas, está impossibilitada a utilização destes
recursos como função econômica importante no Estado, pois, com o atual nível de
conhecimento geológico, restam poucas áreas potenciais ao Sul. A agropecuária, por
sua vez, é o setor econômico que mais cresce em Roraima, tendo sua participação no
PIB passado de 2% para 7% entre 2000 e 2005. Dentre as principais atividades
agropecuárias, destaca-se a produção de arroz, principalmente o cultivado de forma
irrigada. O GTI registra que em 2000, a cultura de arroz respondia por praticamente
80% da produção agrícola do Estado e por 3,5% de seu PIB total, gerando uma renda
de 38,8 milhões de reais naquele ano.
Segundo os dados fornecidos pela EMBRAPA, o GTI mostra que o
aproveitamento da área livre dos cerrados (900 mil hectares), permite projetar que
somente com a expansão de cerca de 500 mil hectares para a produção de grãos, nos
900 mil hectares disponíveis em áreas de cerrado de Roraima, poder-se-ia aumentar o
PIB agropecuário do Estado dos atuais 250 milhões para 1.650 milhões, mais do que
dobrando o PIB total de Roraima. Portanto, vislumbram-se possibilidades concretas de
crescimento econômico do Estado de Roraima mediante expansão da produção
agropecuária e agroindustrial, desde que associado a um projeto de desenvolvimento
que incentive outras formas de geração de renda e empregos e equacione
adequadamente a questão dos direitos de propriedade dos indígenas e não indígenas,
promovendo a regularização fundiária e o planejamento e ordenamento do território
(Zoneamento Ecológico-Econômico).
19
O desenvolvimento de Roraima passa portanto pela implantação de modelo
de produção agropecuária/agroindustrial, baseado em uma classe média rural e
organizado em pequenas e médias propriedades rurais, que, para ser dinâmico,
competitivo e sustentável, depende do equacionamento político-institucional de
algumas questões estratégicas.
Dentre os equacionamentos estratégicos se destaca a regularização
fundiária, com a efetivação dos direitos de propriedade tanto dos índios quanto dos
não-índios e do próprio Estado de Roraima, a começar pelo reconhecimento por parte
da União dos direitos do Estado de Roraima sobre o patrimônio fundiário de pelo
menos 5,8 milhões de hectares de terras, minimizando-se os conflitos pela posse e uso
da terra, que deve se realizar no marco do planejamento e ordenamento territorial dado
pelo Zoneamento Ecológico-Econômico. Simultaneamente, a formação de capital
intelectual, tendo por princípio a educação de qualidade e universal, a produção e a
transferência de tecnologias constituem o outro vetor fundamental de inserção
competitiva de Roraima na economia globalizada, tendo por objetivo maior o bem-estar
dos brasileiros que constroem e asseguram a nossa soberania sobre esta parte do
território nacional.
Finalmente, é indispensável a construção de agenda mínima de consenso
entre o Governo Federal e o Estadual quanto a condução das políticas públicas tendo
em vista a promoção do crescimento sustentável de Roraima – o Brasil do Extremo
Norte.
2.3 Aspectos Demográficos
Em 2009, a população de Roraima totalizou 421.499 pessoas, crescendo a uma
taxa geométrica anual de 2,9%, com base contagem populacional de 2007.
A população roraimense residente em áreas urbanas aumentou sua participação
de 76,1% em 2000 para 85,0 % em 2008 (IBGE). As causas básicas da intensa
urbanização têm sido a fragilidade da economia rural e o efeito polarizador da capital
Boa Vista. Por outro lado, a taxa anual de crescimento demográfico de Boa Vista, entre
1996-2000 cresceu a taxa média anual de 6,8% e no período entre 2000-2004 obteve
um crescimento médio anual de 4,0 %.
A influência do fator migratório é muito expressiva. Em 2008, de 421 mil
habitantes, 228 mil formavam a população natural de Roraima e 193 mil eram naturais
de outros Estados. Quanto à origem dos migrantes, segundo dados da PNAD 2008,
20
42% originaram-se do Maranhão, 13% do Pará, 12% do Amazonas. 6% do Ceara e
27% de outros estados.
Finalmente, os dados evidenciam ainda que, a cada ano, a população de
Roraima aumenta em aproximadamente 14.500 habitantes por ano. Este é o tamanho
da demanda adicional que precisamos atender sob a forma de habitações, educação,
saúde, saneamento, infra-estrutura urbana e rural, segurança, assistência social,
empregos, alimentos, vestuário, transportes, comunicações, esportes, lazer, e sob a
oferta de bens públicos de modo geral.
As implicações dos movimentos demográficos ocorridos no período recente
impõem, portanto, novos desafios ao poder público e a outros atores relevantes,
enquanto a questão do desemprego e/ou subemprego ganha maior visibilidade quando
se exaurem as condições de absorção da economia de subsistência. O despreparo
funcional da mão-de-obra egressa do campo dificulta sua absorção, gerando exclusão
social de expressiva parcela dos imigrantes e aumentando o compromisso das esferas
governamentais no equacionamento do problema.
Em Roraima, a População Economicamente Ativa (PEA) representava
aproximadamente 200 mil pessoas, inclusive população rural, das quais cerca de 16 mil
não são alfabetizados (dados de 2008). As pessoas com rendimentos (90% do PEA)
recebiam, em média, R$ 883,00 por mês. Apesar de ser uma boa média mensal de
rendimento, não revela o essencial: uma renda extremamente concentrada.
Pessoas de 10 anos ou + de Idade, segundo a Condição de Atividade – 2008
Condição de Atividade
Pessoas de 10 anos ou + Valor do Rendimento
Médio (1)
Total Com
Rendimento % Total
Com Rendimento
Economicamente Ativa 199.713 179.959 90 883 968
Não Economicamente Ativa 128.471 39.929 31 134 430
Total 328.188 219.888 67 588 870 Fonte: IBGE / PNAD 2008
Nota: Inclusive a população Rural. (1) Rendimento médio mensal em R$ , exclusive pessoas sem declaração do valor do rendimento.
O efeito combinado da incapacidade da economia de absorver o contingente da
força de trabalho e da sua baixa qualificação reflete-se num alto grau de informalidade
no mercado de trabalho. Apenas 20,9 % da população empregada possuem carteira
assinada, e 21,8 % são trabalhadores autônomos.
21
O setor agrícola absorveu 13,1% da população ocupada com 10 anos ou mais,
considerando a zona rural.
Segundo a PNAD, em 2008 o emprego industrial (indústria de transformação,
construção civil, extrativa mineral e serviços industriais de utilidade pública), reproduziu
em Roraima tendência ocorrida em todo o Brasil de redução de sua importância
relativa, ao passar de 22,4 % da população ocupada, em 1992, para 14,4 % em 2008.
A construção civil é responsável pela maior parte desta taxa, pois sozinha absorve
55,8% da população ocupada do setor. No caso de Roraima, sua dinâmica se encontra
diretamente associada à dinâmica dos gastos públicos.
Pessoas de 10 ou + anos ocupadas, por posição no trabalho principal e os ramos de atividade - 2008 (1 000 pessoas)
Atividade Total Empregados Domésticos C.Própria Outros
Qt. % Qt. % Qt. % Qt. % Qt. %
Agrícola 25 13% 4 3% - - 12 30% 9 51%
Indústria 12 6% 7 6% - - 4 10% 1 6%
Construção 15 8% 5 4% - - 10 23% 1 5%
Comércio e reparação 33 17% 22 19% - - 7 18% 4 21%
Alojamento e alimentação
9 5% 6 5% - - 2 6% 1 8%
Transporte, armazenagem e comunicação
5 2% 2 2% - - 2 5% 0 1%
Administração pública 26 14% 26 23% - - - - - -
Educação, saúde e serviços sociais
23 12% 22 20% - - 0 0% 1 3%
Serviços domésticos 18 9% - - 18 100% - - - -
Outros serviços coletivos, sociais e pessoais
6 3% 4 4% - - 2 4% - -
Outras atividades 17 9% 15 13% - - 1 3% 1 5%
Total 187 112 18 41 17 Fonte: IBGE / PNAD 2008.
A PNAD revela ainda que a Administração Pública absorveu 14% da população
ocupada em 2008 e 28% dos empregados, o que produz, aparentemente, contradição
face o peso do setor público na formação do PIB. A explicação para esse ponto reside
na organização do mercado, nas condições do processo de trabalho (terceirização de
mão-de-obra) e nas formas de gestão das empresas, pois, parcela expressiva dos
prestadores de serviços públicos é contratada através de cooperativas. A principal
explicação reside, porém, no fato de que a metodologia do IBGE/PNAD apropria na
22
atividade “Social”, servidores públicos, os quais somados à atividade “Administração
Pública” chegam a 26 % do total de pessoas empregadas em 2008.
2.4 Aspectos Econômicos
No período de 2003-2007, Roraima, com uma taxa média anual de 4,42% de
crescimento do PIB, experimentou desempenho econômico em ritmo levemente
superior ao do Brasil e semelhante ao do Norte, que registraram aumentos de 4,04% e
5,94% a.a., respectivamente. Verifica-se, porém, que a taxa de crescimento da
população é de 2,71% ao ano, abaixo da taxa de crescimento do PIB. Significa que o
PIB per capita aumentou no período considerado. Dados de 2007 revelam que o PIB
de Roraima atingiu a marca de R$ 4.169 milhões. Assim melhorando o PIB por
habitante, de passou de R$ 7.554,93 em 2003 para R$ 10.534,08 em 2007,
acarretando uma taxa média de crescimento de 2,2% ao ano. A renda média por
habitante de Roraima é igual a 72,8% da média brasileira.
Roraima – 2003 a 2007 Produto Interno Bruto (PIB) a Preços de Mercado
FONTE: SEPLAN/CGEES – RR
Relação do PIB per capita de Roraima e o PIB per capita do Brasil e da Região Norte
Relação
Ano
2003 2004 2005 2006 2007
RR / Norte
128,9
110,2
112,2
113,6
115,3
RR / Brasil 78,5 68,8 69,7 71,5 72,8
FONTE: SEPLAN/CGEES – RR
O setor público com 48,4 % do PIB em 2007, revelou-se como o setor mais
dinâmico entre os demais setores, enquanto a atividade econômica do comércio,
Ano
PIB População PIB per capita Taxa de Crescimento real
(Em R$ milhões) (Hab.) (Em R$ 1,00) PIB per capita (%)
2003 2.737 367.140 7.554,93 (0,0)
2004 2.811 381.896 7.360,85 1,4
2005 3.179 391.317 8.124,58 1,9
2006 3.660 403.344 9.074,35 3,1
2007 4.169 395.725 10.534,08 4,6
23
fortemente influenciado pelo varejo no PIB (11,0%) . Por seu turno, a agropecuária
continuou a perder posição na formação do PIB, vendo reduzir-se sua participação
relativa , de 9,3 % em 2004, para 5,3 %, em 2007. A superação desse quadro será
factível, a médio prazo, com a maturação dos investimentos de infra-estrutura, a
incorporação de novas tecnologias em cultivos tradicionais, a instauração de uma
agricultura irrigada de alto valor agregado e a multiplicação de oportunidades de
emprego em atividades não-agrícolas nas áreas rurais e urbanas.
Roraima, 2003 – 2007 Produto Interno Bruto por Setores Econômicos
Valores em R$ milhões
ANO PRIMÁRIO % SECUNDÁRIO % TERCIÁRIO % TOTAL
2003 212,5 8,5 377,3 15,1 1,902,2 76,3 2.492,0
2004 286,9 11,0 270,1 10,3 2.055,8 78,7 2.612,9
2005 225,7 7,7 325,4 11,0 2.394,4 81,3 2.945,5
2006 259,2 7,7 367,9 10,9 2.754,9 81,5 3.382,0
2007 256,7 6,7 439,7 11,5 3.131,7 81,8 3.828,1
FONTE: SEPLAN/CGEES – RR
2.5 A inserção Internacional
A economia de Roraima é essencialmente voltada para o comércio local,
abastecendo-se de mercadorias do Sudeste, principalmente São Paulo e Rio de
Janeiro, apresentando reduzido índice de integração às relações econômicas
internacionais, apesar da vizinhança com a Venezuela e a República da Guiana.
Dentre os principais mercados de destino das exportações roraimenses, a
Venezuela permanece na liderança, tendo absorvido, em 2009, 40,34% das vendas
externas roraimenses. Seguem-se os países da União Européia. Quanto às
importações, Estados Unidos e Venezuela representam 90,46% do total das compras
externas.
O grau de abertura de Roraima ao exterior é modestíssimo, embora a Balança
Comercial do Estado apresente saldo positivo desde 2001. Os resultados alcançados,
contudo, são insuficientes para garantir a integração competitiva do Estado. Devemos
redobrar esforços de apoio à mobilização do setor privado para aumentar a
competitividade dos nossos produtos nos mercados nacional e internacional.
24
Intercâmbio Comercial de Roraima com o Brasil e o Exterior Valores em US$ milhões FOB 2006 a 2009
Discriminação
2006 2007 2008 2009*
Valor Part.
% Valor
Part. %
Valor Part.
% Valor Part.
%
Interc. Internacional 17,5 100% 17,9 100% 18,1 100% 22,8 100%
Exportação 16,4 94% 16,8 94% 15,6 86% 12,7 56%
Importação 1,1 6% 1,1 6% 2,5 14% 10,1 44%
Saldo 15,3 15,7 13,2 2,6
Fonte: SECEX – Secretaria do Comércio Exterior. *Dados preliminares, sujeitos a revisão
2.6 Aspectos Sociais - Avanços na Qualidade de Vida
2.6.1 Nível de Renda e Pobreza
Com base no conceito de renda, observa-se que a proporção de famílias pobres
em Roraima diminuiu de 27,2% em 2004 para 17,2% em 2008, ou seja, o número de
famílias pobres diminuiu 25,4%. Verifica-se ainda que dentro da categoria de famílias
pobres sem rendimento, caiu de 6,9% em 2004 para 2,0% em 2008, uma redução de
66,5% no número de famílias.
Proporção e número de pobres de Roraima, 2003 a 2008 Valor do rendimento médio mensal das famílias residentes em domicílios particulares,
por situação do domicílio, segundo as classes de rendimento mensal familiar
Classes de rendimento mensal familiar (em salários mínimos)
2003 2004 2005 2006 2007 2008
Sem rendimento* 2,8% 6,9% 5,5% 1,8% 2,8% 2,0%
Até 1 13,9% 20,3% 21,6% 15,3% 16,4% 15,2%
Pobres (0 a 1) 16,7% 27,2% 27,1% 17,1% 19,2% 17,2%
Mais de 1 a 2 24,3% 27,5% 23,3% 26,3% 27,7% 24,8%
Mais de 2 a 3 16,9% 16,2% 16,6% 16,3% 17,8% 18,7%
Mais de 3 a 5 18,3% 12,4% 13,7% 14,2% 15,8% 18,2%
Mais de 5 a 10 13,3% 9,3% 9,7% 12,2% 12,2% 13,7%
Mais de 10 a 20 7,0% 4,5% 3,2% 3,7% 3,6% 4,6%
Mais de 20 2,6% 1,6% 1,0% 1,8% 1,1% 1,1%
Não pobres (mais de 1) 82,3% 71,4% 67,6% 74,5% 78,1% 81,1%
Sem declaração 1,0% 1,4% 5,3% 8,3% 2,6% 1,7%
Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Fonte: IBGE / PNAD. * Inclusive as famílias cujos componentes recebiam somente em benefícios.
25
Mesmo com a constatação da redução do número de famílias pobres, deve-
se ressaltar, que essa redução não é maior devido a alguns fatores como: a) o fluxo
migratório; b) a desruralização, que “incha” a cidade de Boa Vista; c) o despreparo
funcional da grande maioria dos migrantes associado. Assim, aumentando o número de
pessoas dependentes daqueles que, na família, está empregado, bem como, das
ações assistenciais do governo.As causas prováveis do agravamento do número de
pobres em Roraima, no período considerado, residem nos seguintes fatores: a) no fluxo
migratório; b) na desruralização, que “incha” a cidade de Boa Vista; c) no despreparo
funcional da grande maioria dos migrantes associado à escassez de oferta de trabalho
e emprego. Resultado, aumento do número de pessoas dependentes daqueles que, na
família, está empregado, bem como, das ações assistenciais do governo.
Essas informações são fundamentais na formulação de políticas públicas de
modo geral, pois permitem o dimensionamento da quantidade de pessoas, da
quantidade de famílias que constituem o “locus” das ações setoriais que tem a renda
como critério de seleção do beneficiário.
2.6.2 Acesso aos Serviços Públicos Básicos
Registra-se redução nas taxas de analfabetismo e de mortalidade tanto que a
taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais reduziu-se de 10,3%, em 2007,
para 9,3% em 2008, enquanto o coeficiente de mortalidade infantil reduziu-se de
19,1/1000 nascidos vivos para 18,6/1000 nascidos vivos nos mesmos anos.
O atendimento do serviço de abastecimento d’água aumentou, atingindo uma
cobertura de 94,6% da população urbana. Quanto ao esgotamento sanitário, de
especial importância em áreas urbanas densamente ocupadas, por causa dos impactos
diretos sobre a saúde e a qualidade do meio ambiente, a cobertura experimentou
avanço em Boa Vista.
Evolução de Alguns Indicadores Sociais Selecionados
Indicadores Taxa 2007
Taxa 2008
Coeficiente de mortalidade infantil (n.º de óbitos/1.000 nascidos vivos) 2007 - 2008
População com rendimento médio mensal até 1 salário mínimo 2007 - 2008
Taxa de analfabetismo (% de pessoas de 15 anos ou mais) 2007 - 2008
Taxa de escolarização (% de crianças entre 7 e 14 anos) 2007 - 2008
Domicílios com água encanada (%) 2007 - 2008
Domicílios com luz elétrica (%) 2007 - 2008
Domicílios atendidos com coleta de lixo (%) 2007 - 2008
17,0
16,4
10,3
97,3
90,1
99,0
96,8
12,6
15,2
9,3
96,8
94,6
100,0
94,3
Fontes: IBGE/PNAD
26
No que concerne ao acesso à eletricidade, Roraima, com uma ampliação
continuada, conseguiu manter o alto nível de cobertura, resultando praticamente na
universalização do atendimento em Roraima: 100,0 % da população, em 2008. Os
déficits mais críticos de energia elétrica referem-se à área rural, para onde o governo
estadual vem direcionando em parceria com o governo federal as ações do “Projeto
Luz para Todos” com vistas a suprir essa carência de infra-estrutura nas comunidades
beneficiadas. Isso sem falar nos estudos e projetos para adoção de soluções através
de fontes não-convencionais, como energia solar, para as localidades mais distantes
da rede convencional de energia elétrica, não devendo ser descartada no futuro a
implantação de PCHs – Pequenas Centrais Hidroelétricas.
Cabe ressaltar que, em Estados como Roraima, ainda com grande incidência de
pobreza e indicadores sociais que estão a requerer fortes inversões, a renda não deve
ser a única variável relevante para se avaliar a evolução nas condições de vida. Com
políticas sociais bem-sucedidas, embora de baixo custo e de simples implementação, o
Estado poderá reverter a situação dos principais indicadores sociais. A redução da
morbidade e mortalidade materno-infantil, para a qual é decisivo o “Programa Agentes
de Saúde”, evidencia que a melhoria das condições sociais não depende apenas e
necessariamente da renda. Como provedor de serviços públicos, o Estado pode
cumprir papel fundamental na melhoria da qualidade de vida da população.
2.6.4 O Desenvolvimento Social
A visão integrada e sintética do desenvolvimento ocorrido em Roraima, sob a
ótica social, pode ser dada pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que cruza
variáveis mensuradoras da renda, da educação e da expectativa de vida. Como se
sabe, o IDH é a síntese de três dimensões: longevidade, educação e renda.
Estado de Roraima Indicadores Selecionados - 2002/2008
RORAIMA
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Esperança de Vida ao Nascer 68,3 68,9 68,9 69,3 69,6 69,9 70,3
Taxa de Alfabetização de Adultos 87,9 90,3 89,7 87,8 91,7 89,7 90,7
Média de anos de Estudo (10 ou mais de idade)
6,1 6,7 6,5 6,6 6,8 7,1 7,4
PIB Per Capita* 6.513 7.455 7.361 8.123 9.075 10.534
Índice de Gini 0,561 0,527 0,579 0,544 0,565 0,514 0,531
Fonte : IBGE/PNAD;SEPLAN/CGEES – RR. *Para o ano de 2008 não dispõem dos dados das contas regionais
27
A primeira é medida pela expectativa de vida da população, a segunda é
uma combinação da taxa de matrícula bruta nos três níveis de ensino com a taxa de
alfabetização de adultos, e a terceira é dada pelo PIB per capita medido em dólar PPC
(Paridade do Poder de Compra – PPP US$), calculado pelo Banco Mundial.O IDH varia
entre os valores 0 e 1, sendo que quanto mais próximo de 1 mais alto será o nível de
desenvolvimento humano do país. A seguir são apresentados os IDH’ s de Roraima,
região Norte e Brasil.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – Roraima, Região Norte e Brasil
Estado/ Região
1980 1991 1995 1996 2000 2005
Roraima Norte Brasil
0,619 0,595 0,734
0,692 0,617 0,696
0,788 0,720 0,814
0,818 0,727 0,830
0,746 0,818 0,766
0,750 0,880 0,794
Fontes: PNUD
Utilizado para avaliar mudanças gerais na qualidade de vida da população, esse
índice evoluiu de 0,746 em 2000 para 0,750 em 2005, acompanhando o
comportamento ascendente verificado para o índice no Brasil. O IDH revela que
Roraima se enquadra no nível médio de desenvolvimento humano, segundo os critérios
da Organização das Nações Unidas – ONU.
28
III. NOSSOS OBJETIVOS -- VISÃO DE FUTURO: RORAIMA PODE MAIS
Em dez anos, Roraima será o melhor lugar da Amazônia para se viver e
trabalhar. Esta é a Visão de Futuro que sintetiza os anseios e sonhos da sociedade
roraimense.
Para tornar realidade essa visão, o pressuposto básico reside na nossa
capacidade de realizarmos a união das forças políticas, sociais e econômicas locais,
em articulação com os interesses nacionais (ou federais), para a construção de um
sólido projeto de desenvolvimento de Roraima, em torno de objetivos que sejam
comuns. Partimos da premissa de que um projeto de desenvolvimento é, antes de mais
nada, um projeto político.
A condição básica e primária para o desenvolvimento reside na capacidade que
cada estado ou país tenha de fazer a sua economia crescer. Mas não basta o
compromisso de fazer o bolo crescer. A sociedade de Roraima pode mais. É vital que
a distribuição das fatias do bolo beneficie amplas camadas da população. Por isso
optamos pela aceleração do Desenvolvimento Humano Sustentável de Roraima, que
significa fazer mudanças que sejam socialmente includentes, ambientalmente
sustentáveis e economicamente sustentadas..
Este é o primeiro compromisso da “Coligação União Por Roraima”: incentivar o
crescimento da economia, representado pelo incremento do Produto Interno Bruto
(PIB) à taxa superior ao da população, pois queremos que o desenvolvimento humano
seja economicamente sustentado, com mais empregos e melhores salários.
Não basta crescer mais; é preciso crescer com qualidade de vida. Associado a
este primeiro temos o segundo grande compromisso permanente, que reside em
melhorar a qualidade de vida das pessoas, mediante mais saúde, mais educação, mais
habitação e inclusão digital e mais segurança. É que queremos o desenvolvimento
socialmente includente, com políticas públicas que beneficiem principalmente os
desfavorecidos e os excluídos como os pobres, os indígenas, as mulheres e as
crianças.
Além de fazer o bolo crescer e trabalhar pela melhor distribuição possível da
riqueza gerada, assumimos o terceiro grande compromisso de desenvolver Roraima
respeitando os limites da natureza, de modo ambientalmente sustentável em que a
29
utilização atual dos recursos naturais considere as necessidades das futuras gerações.
Mas, atenção, a prioridade é o ser humano, centro principal de todos os ecossistemas.
3.1 Nossa Meta
Alcançar o melhor desenvolvimento humano da região Norte e se situar em nível
superior ao da média nacional (IDH > 0,766).
O progresso humano e as condições de vida das pessoas não podem ser avaliados
apenas por sua dimensão econômica. Além das três características do
desenvolvimento humano, espelhado pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),
incorporamos a sustentabilidade ambiental como mais uma característica fundamental.
Longevidade, que também reflete, entre outras coisas, as condições de saúde
da população; medida pela esperança de vida ao nascer;
Educação; medida por uma combinação da taxa de alfabetização de adultos e a
taxa combinada de matrícula nos níveis de ensino fundamental, médio e
superior;
Renda; medida pelo poder de compra da população, baseado no PIB per capita
ajustado ao custo de vida local para torná-lo comparável entre países, através
da metodologia conhecida como paridade do poder de compra (PPC).
Equilíbrio ecológico: exploração racional e sustentável dos recursos naturais
renováveis e não renováveis.
Para alcançar essa meta síntese é necessário:
– Ampliar as oportunidades de trabalho, emprego e renda do roraimense mediante
incentivo ao crescimento da produção ambientalmente sustentável e competitiva.
– Universalizar o ensino básico e fortalecer a formação de Capital Intelectual de
Roraima em todos os seus níveis.
– Aumentar a expectativa de vida dos roraimenses: melhorar a saúde maternal; reduzir
a mortalidade infantil; combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças.
– Fortalecer a base institucional dos direitos de propriedade mediante a aceleração do
processo de regularização fundiária das terras urbanas e rurais de Roraima
combinado com o programa de regularização ambiental. Fortalecer a segurança
institucional e social do cidadão é dever inalienável do Estado.
30
– Promover a expansão e consolidação de ampla rede social, incentivar a inclusão
social mediante ações que priorizem a população de menor poder aquisitivo:
erradicar a extrema pobreza e a fome; promover a igualdade entre os sexos e a
autonomia das mulheres, privilegiando o estabelecimento de parceria mundial para o
desenvolvimento.
-- Ampliar e consolidar a infra-estrutura de energia, transportes e comunicações de
modo que o roraimense tenha acesso à água tratada, esgotamento sanitário,
energia elétrica, estradas pavimentadas, aeroportos seguros e comunicações
através de cabos de fibra ótica e conexões banda larga.
.Indicadores de Longevidade, Mortalidade e Fecundidade - 2004 a 2008
2004 2005 2006 2007 2008
Taxa bruta de mortalidade (por 1000 nascidos vivos) 5,2 5,1 5,0 4,96 4,9
Taxa de mortalidade infantil (por 1000 nascidos vivos) 20,7 20,1 19,6 19,1 18,6
Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 3,4 3,3 3,3 2,7 2,3
Esperança de vida ao nascer – anos 69,0 69,3 69,6 69,9 70,3 Fonte – Síntese de Indicadores Sociais - IBGE
Indicadores Educacionais, 2004 a 2008 2004 2005 2006 2007 2008
Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade
10,3 12,2 8,3 10,3 9,3
Taxa de analfabetismo funcional das pessoas de 15 anos ou mais de idade
23,9 24,2 20,1 19,1 17,8
Proporção de estudantes na 8ª série do ensino fundamental com idade superior à recomendada (1)
38,3 37,8 30,5 44,2 -
Nota IDEB (2) - 3,7 - 4,1 -
Nota Prova Brasil e SAEB (2) - 4,2 - 4,7 - Fonte – Síntese de Indicadores Sociais – IBGE Nota: (1) No ano de 2008 não há informações sobre a proporção de estudantes do ensino fundamental com idade superior à recomendada. (2) Notas bienais.
Nível Educacional da População Adulta (25 anos ou mais), 2004 e 2008 2004 2005 2006 2007 2008
Sem instrução e menos de 1 ano 19,4 18,5 14,8 15,6 12,6
% com menos de 4 anos de estudo 32,1 33,0 26,8 25,7 23,6
% com menos de 8 anos de estudo 55,3 55,9 52,1 49,1 44,1
Média de anos de estudo 6,3 6,3 6,8 7,0 7,6 Fonte – Síntese de Indicadores Sociais - IBGE
Indicadores de Renda, Pobreza e Desigualdade - 2003 a 2008 2003* 2004 2005 2006 2007 2008
Rendimento Médio Mensal 372,00 295,00 345,00 493,00 468,00 588,00
Proporção de Pobres (%) 16,7 27,2 27,1 17,1 19,2 17,2
Índice de Gini 0,52 0,58 0,56 0,57 0,51 0,53 Fonte – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD – Fundação João Pinheiro. * Exclusive área rural.
31
Acesso a Serviços Básicos por Domicílios, 2001 e 2008
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Água Encanada 86,7 95,1 83,7 95,9 91,4 91,8 90,1 94,6
Energia Elétrica 98,9 99,2 99,5 100,0 100,0 99,2 99,0 100,0
Coleta de Lixo 93,1 96,6 94,8 73,9 95,1 94,3 96,8 94,3 Fonte – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD /IBGE – Síntese de Indicadores Sociais 2001 a 2003 exclusive a população rural
Indicadores de Vulnerabilidade Familiar, 2001 e 2008
% de mulheres de 15 a 17 anos com filhos
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
2,1 7,1 9,3 16,5 17,4 10,5 6,0 9,4
% de crianças em famílias com renda inferior à 1/2 salário mínimo 37,7 41,6 40,3 51,1 47,3 46,2 48,0 41,6
% de mulheres, sem cônjuge, com filhos 21,4 18,9 22,0 18,6 20,4 20,1 17,4 19,2 Fonte – IBGE – Síntese de Indicadores Sociais
Desenvolvimento Humano
1991 2000 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 0,692 0,7460
Educação 0,751 0,865
Longevidade 0,628 0,628
Renda 0,696 0,682
Fonte – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD – Fundação João Pinheiro
Estado IDHM 1991
IDHM 2000
IDHM- Renda 1991
IDHM-Renda 2000
IDHM-Longevidade
1991
IDHM- Longevidade
2000
IDHM- Educação
1991
IDHM- Educação
2000
BRASIL 0,696 0,766 0,681 0,723 0,662 0,727 0,745 0,849
RORAIMA 0,692 0,746 0,696 0,682 0,628 0,691 0,751 0,865
Acre 0,624 0,697 0,603 0,64 0,645 0,694 0,623 0,757
Amapá 0,691 0,753 0,649 0,666 0,667 0,711 0,756 0,881
Amazonas 0,664 0,713 0,640 0,634 0,644 0,692 0,707 0,813
Pará 0,650 0,723 0,599 0,629 0,640 0,725 0,710 0,815
Rondônia 0,660 0,735 0,622 0,683 0,635 0,680 0,724 0,833
Tocantins 0,611 0,710 0,580 0,633 0,589 0,671 0,665 0,826
Fonte – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD – Fundação João Pinheiro
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) 2000
MUNICÍPIO
Esperança de vida ao nascer (em
anos)
Taxa de alfabetiza
ção de adultos
(%)
Taxa bruta de
freqüência escolar
(%)
Renda per capita
(em R$ de 2000)
Índice de longevidade (IDHM)
Índice de educação
(IDHM)
Índice de renda
(IDHM)
Índice de Desenvolvi
mento Humano Municipal (IDH-M)
Classificação na
UF
Boa Vista 67.11 91.34 90.18 299.46 0.702 0.910 0.725 0.779 1
S. J. da Baliza 68.47 81.31 93.13 149.88 0.724 0.853 0.609 0.729 2
Mucajaí 70.21 77.66 83.28 170.89 0.753 0.795 0.631 0.727 3
Pacaraima 66.87 85.74 83.16 147.87 0.698 0.849 0.607 0.718 4
Iracema 66.87 78.88 88.48 159.14 0.698 0.821 0.619 0.713 5
São Luiz 64.74 81.47 89.55 149.49 0.662 0.842 0.609 0.704 6
Caracarai 66.87 77.19 82.31 159.41 0.698 0.789 0.619 0.702 7
Rorainópolis 65.12 76.60 76.62 136.32 0.669 0.766 0.593 0.676 8
Alto Alegre 64.07 80.92 87.49 79.21 0.651 0.831 0.503 0.662 9
32
Caroebe 59.92 79.47 82.50 138.19 0.582 0.805 0.595 0.661 10
Cantá 64.07 74.04 80.28 115.78 0.651 0.761 0.566 0.659 11
Bonfim 64.07 77.95 79.68 91.85 0.651 0.785 0.527 0.655 12
Amajarí 68.47 71.84 68.55 93.41 0.724 0.707 0.530 0.654 13
Normandia 59.92 79.66 64.69 66.13 0.582 0.747 0.472 0.600 14
Uiramutã 59.92 62.67 60.85 49.08 0.582 0.621 0.423 0.542 15
Fonte – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD – Fundação João Pinheiro
Participação das atividades econômicas no PIB de Roraima
Valores em R$ milhões - 1997 a 2007
Ramo de Atividade
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Total 1.214 1.257 1.478 1.644 1.881 2.147 2.557 2.613 2.946 3.382 3.828
Agropecuária 71 52 116 165 199 212 277 287 226 259 257
Participação 5,8% 4,1% 7,8% 10,0% 10,6% 9,9% 10,8% 11,0% 7,7% 7,7% 6,7%
Indústria 202 204 196 170 196 255 377 270 326 368 440
Participação 16,6% 16,2% 13,3% 10,3% 10,4% 11,9% 14,8% 10,3% 11,0% 10,9% 11,5%
Indústria extrativa 0 0 0 0 0 0 1 2 3 2 11
Participação 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,1% 0,0% 0,3%
Indústria de transformação
75 76 62 57 61 75 68 96 88 72 68
Participação 6,1% 6,0% 4,2% 3,5% 3,2% 3,5% 2,7% 3,7% 3,0% 2,1% 1,8%
Produção e distribuição de eletricidade e gás, água e esgoto e limpeza urbana
25 35 43 17 18 24 29 45 48 50 65
Participação 2,0% 2,8% 2,9% 1,0% 0,9% 1,1% 1,1% 1,7% 1,6% 1,5% 1,7%
Construção civil 102 93 91 96 117 155 279 128 188 245 295
Participação 8,4% 7,4% 6,2% 5,8% 6,2% 7,2% 10,9% 4,9% 6,4% 7,2% 7,7%
Serviços 942 1.001 1.166 1.309 1.486 1.679 1.902 2.056 2.395 2.755 3.132
Participação 77,6% 79,7% 78,9% 79,6% 79,0% 78,2% 74,4% 78,7% 81,3% 81,5% 81,8%
Comércio 144 147 146 162 190 223 240 324 294 366 393
Participação 11,8% 11,7% 9,9% 9,9% 10,1% 10,4% 9,4% 12,4% 10,0% 10,8% 10,3%
Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados
8 9 10 21 28 45 80 45 103 108 129
Participação 0,6% 0,7% 0,7% 1,3% 1,5% 2,1% 3,1% 1,7% 3,5% 3,2% 3,4%
Administração, saúde e educação públicas e seguridade social
519 586 684 775 885 987 1.106 1.219 1.426 1.624 1.853
Participação 42,8% 46,6% 46,3% 47,1% 47,1% 46,0% 43,2% 46,6% 48,4% 48,0% 48,4%
Outros serviços 271 259 326 350 383 424 477 469 572 657 756
Participação 22,3% 20,6% 22,1% 21,3% 20,4% 19,8% 18,6% 17,9% 19,4% 19,4% 19,8%
FONTE: CONAC - Coordenação de Contas Nacionais – IBGE / DEES – SEPLAN / RR
33
IV EIXOS ESTRATÉGICOS E OBJETIVOS
A nossa proposta de desenvolvimento é estruturada em três eixos considerados
estratégicos para o desenvolvimento sustentável. Cada eixo possui os seus respectivos
objetivos estratégicos, evidenciando indicadores de resultados a serem alcançados no
momento da execução.
4.1 Crescimento Econômico Sustentável
Esta dimensão tem como objetivos estratégicos o aumento do PIB, na busca da
inserção da economia estadual na corrente do comércio interregional, tendo por base a
aplicação de ciência e tecnologia e, por pressuposto, o equilíbrio ambiental. O
empreendedorismo é o fator central dessa dimensão estratégica. A economia de
Roraima precisa enfrentar seu maior desafio: a transformação de sua estrtura produtiva
atualmente baseada na economia do setor público para a economia privada. O modelo
de crescimento econômico que nós propomos consiste no desenvolvimento da
produção agropecuária (grãos, carnes e frutas) para suprir a demanda por alimentos e
de produtos intermediários, principalmente de Manaus e dos mercados da Venezuela e
da Guiana; e de biocombustíveis a partir da exploração de dendê no sul de Roraima.
O turismo se apresenta como outro setor produtivo de imenso potencial e de valor
estratégico para Roraima. Nesse sentido o governo estadual já encaminhou à
apreciação da COFIEX - Comissão de Financiamentos Externos, do Ministério do
Planejamento e Gestão, o Projeto de Desenvolvimento do Turismo do Estado de
Roraima.
Certamente a integração sócio-econômica do corredor rodoviário Amazonas-
Roraima-Venezuela-Guiana-Caribe coloca-se como a principal macro-estratégia de
promoção do crescimento econômico roraimense. A sua efetivação requer a
implantação de um Programa Binacional de Integração Fronteiriça Brasil-Venezuela no
âmbito do MERCOSUL. Esta proposta já foi encaminhada à apreciação política dos
presidentes Lula da Silva (Brasil) e Hugo Chavez (Venezuela). O objetivo consiste em
implantar em Roraima um grande pólo de produção de alimentos para abastecer a
Venezuela e importar deste país os insumos agropecuários e industriais necessários à
produção.
As Áreas de Livre Comércio de Boa Vista (ALCBV) e de Bonfim (ALCBF)
constituem duas importantes ferramentas estratégicas de promoção do crescimento
34
econômico de Roraima, principalmente porque a ALCBV concede isenção do IPI para
as indústrias que utilizem matérias-primas regionais. Por essa e por outras razões é
preciso que a União, através da Secretaria da Receita Federal/MF, conclua a
implantação das ALCs mediante a instalação das áreas alfandegadas que possibilitem
a prestação dos serviços de despachos aduaneiros e de desembaraços das
mercadorias importadas.
4.2 Justiça e Inclusão Social
Traduzida na melhoria da qualidade de vida da população, possui como
objetivos estratégicos a redução do índice de vulnerabilidade social e a melhoria da
qualidade de vida e promoção da cidadania.
4.3 Estado Eficiente e Transparente na Gestão
Tem como objetivos estratégicos melhorar o desempenho da gestão pública e
garantir marco regulatório estável e a sustentabilidade da gestão de políticas públicas.
35
V. DIRETRIZES
Para cada eixo estratégico, foram estabelecidas as seguintes Diretrizes:
5.1 Crescimento Econômico Sustentável a) Incentivar o Agronegócio e a Agricultura Familiar, planejando a criação de pólos
de produção; agregando valor ao produto e aumentando a renda; fixando o homem
no meio rural de acordo com as normas ambientais; garantindo o direito à
alimentação adequada e a segurança alimentar e nutricional da população de
Roraima.
b) Incentivar a industrialização, o turismo, as relações fronteiriças e comércio
exterior e a exploração mineral regulamentada.
c) Promover o planejamento e o ordenamento territorial com base no ZEE.
d) Formular, promover e executar as Políticas de Meio Ambiente, mediante
conhecimento, defesa, preservação, uso, conservação e recuperação dos recursos
naturais.
e) Ampliar e melhorar a infra-estrutura para o desenvolvimento do Estado.
f) Formular, promover e executar as Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação,
mediante estímulo, fomento, apoio, promoção, produção e difusão do
conhecimento, visando o desenvolvimento Sócio-econômico-ambiental para a
melhoria da qualidade de vida da população.
5.2 Justiça e Inclusão Social a) Ampliar as oportunidades de geração de Trabalho, Emprego e Renda;
implementação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, no atendimento
às famílias em vulnerabilidade e risco social; reduzir o Déficit Habitacional; garantir
o direito humano a alimentação adequada e a segurança alimentar e nutricional da
população de Roraima.
b) Melhorar as condições de acesso, permanência e qualidade da educação, assim
como promover a cultura e o esporte.
c) Ampliar e melhorar as condições de acesso universal aos serviços de saúde,
buscando a integralidade da atenção à saúde.
d) Investir em Segurança Pública, com ênfase na prevenção da criminalidade;
36
e) Coordenar e executar as atividades de administração penitenciária, executando
programas e projetos de defesa dos direitos humanos e das minorias, priorizando o
acesso à justiça.
5.3 Estado eficiente e transparente na Gestão
Modernização da Administração Pública do Estado e Consolidação do papel do
planejamento estadual como instrumento estratégico de desenvolvimento, fortalecendo
o processo de captação de poupança pública e atração de investimentos privados.
37
VI. VISÃO DE FUTURO PARA RORAIMA
A visão deste Plano se realiza a partir de uma perspectiva de longo prazo,
que é o de contribuir para a construção de uma sociedade desenvolvida no horizonte
de uma geração:
Economia sustentável (princípio da sustentabilidade do crescimento);
Sociedade em harmonia com a natureza e que seja espacialmente
equilibrada (princípio da descentralização do crescimento);
Na melhoria da qualidade de vida, em que os índices de pobreza sejam cada
vez mais reduzidos;
Estado a serviço da comunidade, com gestão eficiente e transparente;
Uma sociedade democrática e avançada quanto à cultura, ciência e
tecnologia;
No princípio da parceria, como elo que potencializa a contribuição de todos
os segmentos da sociedade para o bem-estar dos roraimenses.
O princípio da sustentabilidade do crescimento econômico pressupõe o
crescimento do Produto Interno Bruto-PIB num ritmo superior ao crescimento da
população, com ganhos de produtividade, para que Roraima tenha competitividade na
economia nacional e internacional, fundamentada na valorização do capital humano, do
conhecimento, da informação, da pesquisa e da gestão. Além do que, a preservação
dos nossos ativos naturais se constitui num condicionante para a garantia de
sustentabilidade social e econômica. Portanto, na execução dos investimentos e das
ações públicas e privadas de modo geral, as questões relacionadas à conservação e
preservação do meio ambiente condicionam a viabilidade da implementação de
qualquer projeto.
Pelo princípio da descentralização do crescimento falamos da redução nos
desequilíbrios entre as diferentes regiões de Roraima. Precisamos alcançar um padrão
em que os frutos do crescimento passem a ser efetivamente disseminados entre os
diversos municípios de Roraima, de forma a beneficiar áreas urbanas e rurais de todos
eles e ampliar a participação dos mais pobres no processo de desenvolvimento.
38
A experiência de quase todos os países mostra que o crescimento
econômico não garante, por si só, a atenuação das desigualdades sociais nem a
redução da pobreza em níveis aceitáveis. Os mercados falham. Por isso, precisamos
implementar políticas públicas que assegurem a sustentabilidade social. Para tanto,
precisamos realizar investimento público maciço, prioritariamente na elevação dos
níveis de educação e de qualificação dos roraimenses. O princípio da parceria nos diz
que não é possível e nem é desejável que o governo estadual resolva sozinho todos os
problemas. Deve fazê-lo em parceria com os municípios e com a sociedade
roraimense.
39
VII. FUNDAMENTOS DO PLANO
Roraima (426 mil em 2010) deve basear o seu crescimento econômico nos
seus principais ativos: localização estratégica em relação aos mercados de Manaus
(1,7 milhões hab.), da Venezuela (29 milhões hab.), República da Guiana (800 mil
hab.) e Caribe; infra-estrutura de transporte rodoviário que interconecta Manaus à
Caracas e Georgetown, atravessando Roraima; condições naturais favoráveis ao
turismo, à agropecuária de modo geral e à agricultura irrigada, e propícia para o
aproveitamento sustentável da floresta. Além da localização estratégica de Roraima,
às proximidades de Manaus, do mercado venezuelano e guianense, o Estado de
Roraima dispõe atualmente de cenários que abrigam importantes conjuntos de
instrumentos e de ações favoráveis à realização de investimentos:
A. Desenvolvimento Institucional
a) Regularização Fundiária – Direitos de Propriedade
Transferência pela União para a jurisdição do Estado de Roraima de
aproximadamente 6,8 milhões de hectares, dos quais já foram repassadas
glebas rurais que totalizam 1,8 milhões de hectares, aproximadamente. Dentro
de quatro (4) anos todas as atuais propriedades rurais de Roraima estarão
regularizadas ou em avançado estágio do seu processo de regularização. Cada
proprietário e produtor terá assegurada a segurança jurídica de sua propriedade
rural.
Transferência pela União para o Estado de Roraima de oito (8) áreas urbanas
que compreendem as sedes dos municípios de Caroebe, Baliza, São Luis,
Caracaraí, Iracema, Cantá, Normandia e Amajarí; dentro de 30 dias o Governo
fará a transferência dessas áreas para as Prefeituras Municipais, firmando
convênio de cooperação técnica-financeira para ajudar as prefeituras a
realizarem a regularização dos lotes urbanos de suas sedes municipais. Dentro
de um ano todos os municípios de Roraima estarão com suas áreas urbanas
regularizadas. Cada morador ou habitante terá garantida a segurança jurídica de
sua propriedade urbana.
Fortalecimento do ITERAIMA, realização de concurso público;
40
Fortalecimento da parceria entre o Estado e o INCRA e o Terra Legal (MDA).
b) Regularização ambiental
Instituição do Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de Roraima ((ZEE-
RR), aprovado pela Lei Estadual Complementar n° 143/2009. Pendente de
aprovação pelo CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente. O Governo
Estadual se opõe à criação de novas áreas de conservação ambiental nos
termos originalmente propostos, como foi o caso da proposta de criação do
Parque Nacional do Lavrado, na Serra da Lua. Processo em renegociação.
Aprovação de leis estaduais destinadas a proteger os interesses legítimos dos
proprietários e trabalhadores rurais, das famílias que exploram a agricultura
familiar, as pequenas propriedades.
Fortalecimento da FEMACT – Fundação Estadual de Meio Ambiente, Ciência e
Tecnologia. Realização de concurso público.
OBS: a criação do Fórum dos Governadores da Amazônia Legal (9 estados)
ocorreu com o total apoio do Governo de Roraima. Este Fórum constitui espaço
da mais alta importância para o encaminhamento de soluções políticas (e
técnicas) para problemas comuns dos estados amazônicos, como são as
questões fundiária, ambiental, transportes aéreos, malhas rodoviárias (estradas
vicinais, p. ex.) e relações fronteiriças com nossos vizinhos hispânicos.
c) Defesa fitosanitária e animal
Criação da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima
Aprovação de leis instituindo mecanismos de apoio à produção agropecuária.
d) Terras Indígenas e política indigenista
Defesa judicial e de apoio à tese da demarcação das terras indígenas sob a
forma de ilhas, como reconhecimento de que a interação social em bases
cooperativas é o melhor caminho de construção de uma sociedade produtiva,
multicultural e solidária. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) foi pela
demarcação em área contínua, com a extrusão dos produtores de arroz e de
mais de 180 famílias de pequenos agricultores;
41
A luta de Roraima resultou na definição pelo STF de parâmetros que agora
balizam as demarcações de terras indígenas, sendo vedada por exemplo a
criação de nova terra indígena em Roraima;
O Governo de Roraima mantém firme seu compromisso para com o
desenvolvimento das comunidades indígenas. O Plano de Etnodesenvolvimento
das Comunidades Indígenas de Roraima está concluído, contemplando apoio à
produção agropecuária inclusive infra-estrutura de apoio, à cultura, à educação e
saúde.
Em educação por exemplo, a UFRR formou 87 professores indígenas em
bacharelados diversos, com o apoio financeiro do governo estadual.
e) Relações internacionais
A integração sócio-econômica de Roraima à Venezuela e à Guiana constitui
estratégia central do processo de construção do nosso modelo de
desenvolvimento humano sustentável. Por essa razão o Estado de Roraima tem
lutado e trabalhado para fazer avançar essas relações internacionais:
Criação da Secretaria Extraordinária de Relações Internacionais com a finalidade
de instrumentalizar as atividades estaduais direcionadas para as relações com a
Venezuela e a Guiana;
Realização de Encontro dos Governadores de Roraima e do Estado de Bolívar, que
resultaram em convênios e termos de cooperação entre os dois estados nas áreas
de educação e segurança e saúde.
Simultaneamente, há entraves ao desenvolvimento a serem superados:
baixa produtividade e baixos níveis de educação da força de trabalho; elevada
migração rumo à cidade, mas com grande parcela da população rural dependente da
agricultura de subsistência.
Na iniciativa privada, o bom empreendedor maximiza a produção e o lucro
da empresa, operando em terreno que a maioria dos gerentes não operaria bem, ou
sequer vislumbraria como oportunidade de negócios.
No setor público, precisamos do empreendedor social, uma das espécies
do gênero dos empreendedores, com uma missão social, a qual deve ser central e
explícita. E, obviamente, isso afeta a maneira como os empreendedores sociais
42
percebem e avaliam as oportunidades. Para os empreendedores sociais a riqueza é
apenas um meio para um determinado fim. Além de buscar a otimização dos recursos
públicos, com gerência eficiente, eficaz e efetiva, o comportamento do empreendedor
deve se pautar na ética. Por isso, não pode pactuar com a corrupção. Quem varre a
sujeira para baixo do tapete é conivente com a corrupção.Pode até não roubar, mas
deixa roubar.
O desenvolvimento depende, assim, de ações voltadas para a concretização
de investimentos estratégicos para o crescimento econômico de base ampla, com
vistas à geração de trabalho e renda, e investimento em capital humano e físico, mas
sempre de olho na restrição ambiental. São essas políticas que produzirão o
crescimento sustentável.
A conjugação do crescimento econômico com ações de desenvolvimento
social destaca, como prioridade, os investimentos em educação como política potencial
de elevação da renda. Sentimos na sociedade essa demanda, de que a educação para
a cidadania, para o trabalho e para o empreendedorismo constitui vetor essencial e
inadiável para a decolagem segura do atual estágio de desenvolvimento estadual.
As ações governamentais de promoção do crescimento econômico se
pautam no estímulo às atividades produtivas e no desenvolvimento de setores
promissores no Estado, como indústria de transformação, agricultura irrigada,
agroindústria, turismo, infra-estrutura econômica e tecnologia. A política social, por sua
vez, tem como suporte a educação, a qualificação profissional, o apoio aos pequenos
negócios e as ações compensatórias para os segmentos sociais marginalizados ou
excluídos da economia de mercado.
Dentre os diversos aspectos que fundamentam este Plano, é importante
destacar algumas conquistas para Roraima, na resolução de alguns problemas, que já
foram óbices para o ambiente que vai garantir o desenvolvimento que queremos.
Alguns aspectos são considerados estruturantes e fundamentais para a execução do
Plano.
7.1 Definição da Política Fundiária de Roraima
Conseguimos resolver a grande questão fundiária no Estado. A União finalmente
está transferindo o patrimônio fundiário que já era constitucionalmente nosso, para
efeito de realizar registros de incorporação ao seu patrimônio imobiliário das áreas
43
abrangidas pela Lei n. 11.949 de 17 de junho de 2009. Esta transferência de domínio,
incrementou nosso estoque de terras na ordem de aproximadamente 6,0 milhões de
hectares, divididos em glebas, das quais, 03 (três) estão registradas e incorporadas e
outras 03 (três) estão em processo de transferência e registro. Neste Universo, até o
momento já foram beneficiados com a regularização aproximadamente 300 (trezentas)
famílias com seus Títulos de Propriedade. Outros 400 estão sob análise e terão seus
processos conclusos até dezembro de 2010. Nos próximos quatro anos serão
regularizados cerca de 4.000 imóveis rurais, que corresponde à média de 1.000
propriedades por ano.
Prioritariamente, esta se delineando uma estratégia de ação que possa articular
esforços a fim de obter sucesso no empreendimento do conjunto de ações técnicas,
administrativas, jurídicas e cartorárias. Ações essas, impreteríveis ao ato de
regularização do estoque de terras, com os devidos registros cartoriais de seu
patrimônio imobiliário. Somente por intermédio de execução de ações discriminatórias
para fins de extremação da ocupação ou afetação das terras de Roraima é que se
completará o ciclo da identificação da remanescência do devoluto vago das terras
estaduais para a justa e definitiva incorporação patrimonial.
O desafio de se implantar um processo fundiário em sua maior concepção, sob
o ponto de vista de que os atos deverão ser técnica e juridicamente incontestáveis,
remete à consciência de que somente disponibilizando recursos próprios e buscando
parcerias nas esferas de Governo é que viabilizaremos a execução da complexa
demanda de tarefas a serem cumpridas na implantação de Projetos de Regularização
Fundiária com responsabilidade ambiental e que possa se refletir na valorização
social e na sustentabilidade do desenvolvimento rural capaz de elevar o poder
econômico do Estado de Roraima.
Em uma visão sistêmica, a meta é a de implantar todos os procedimentos
necessários ao Reordenamento Agrário do Estado de Roraima, no próximo quadriênio,
a partir da execução de um trabalho detalhado de Cadastro Técnico de Imóveis Rurais
e de Levantamento do Perfil Sócio-Econômico Ocupacional, de maneira a compor a
malha fundiária estadual e sua ocupação devidamente ordenada, objetivando a
alimentar as bases de dados tabulados em cadastro nacional multifinalitário, a fim de
que possa subsidiar a construção de políticas públicas com maior precisão e eficácia
sob a perspectiva traçada pela realidade social haja vista que a regularização fundiária
44
seja para o nosso Estado, talvez, o mais expressivo instrumento de favorecimento ao
crescimento econômico sustentável. Afinal, o direito de propriedade (privada) é fator
essencial de segurança jurídica para atrair e manter investimentos privados,
indispensáveis à promoção do crescimento da economia e para a viabilização do nosso
modelo de produção agropecuária.
7.2 Incentivos Fiscais e Extra-Fiscais para o Desenvolvimento de Roraima
O Fundo de Desenvolvimento Industrial do Estado de Roraima – FDI/RR, criado
pela Lei n° 232/99, vem promovendo o setor Industrial, ao assegurar benefícios fiscais
e extra fiscais às empresas Industriais e Agro-Industriais, incluindo as cooperativas e
associações de produtores e seus associados.
O Fundo atua na concessão de incentivo financeiro, que corresponde ao
empréstimo de até 75% do ICMS efetivamente recolhido. Faz ainda a concessão de
unidades físicas, em regime de Comodato, de infra-estrutura, de armazenagem e de
produção aos estabelecimentos industriais e agro-Industriais, cooperativas e
Associações de produtores, bem como, doação de lotes, para Implantação,
Relocalização e Ampliação de Indústrias, no Distrito Industrial Governador Aquilino
Mota Duarte (Boa Vista).
O Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado de Roraima –
FUNDER, criado pela Lei n. 023 de 21 de dezembro de 1992, tem o objetivo de
dinamizar e contribuir para o crescimento da economia estadual, mediante incentivo
financeiro e o financiamento de investimentos, para implantação e a expansão de
empreendimentos de empresas, de autônomos e de produtores rurais, visando à
redução dos desequilíbrios econômicos e sociais no Estado. Tem atuado no setor
agropecuário, principalmente atendendo a agricultura familiar, incentivando o
fortalecimento da bacia leiteira do Estado. Além de atuar no setor secundário e
terciário, no incentivo a pequenos empreendimentos de autônomos e microempresas.
No período 2007-2009, foram investidos mais de R$ 8 milhões de reais, nesses
segmentos.
A Lei nº 215/98, regulamentada pelo Decreto de n° 3341-E/98, tem como
objetivos consolidar e incentivar, através de isenções fiscais, os produtores vinculados
às cooperativas e associações agropecuárias localizadas no Estado, bem como,
participantes do Projeto Integrado de Exploração Agropecuária e Agroindustrial do
45
Estado de Roraima. A intenção é termos até o ano de 2018, área de produção de
200.000 ha. Dentre os incentivos, o principal consiste na isenção de 100% do ICMS
para as operações internas e interestaduais, nas importações e exportação, e na
circulação de bens e mercadorias produzidas nas áreas incentivadas. Além disso,
concedemos isenção total na aquisição de máquinas, utilitários e implementos
agrícolas, inclusive do IPVA.
Além desses instrumentos e incentivos para se produzir em Roraima, o Governo
lançou em maio de 2009, um conjunto de incentivos atravé da Lei n. 710/2009, que
concede isenção do diferencial de alíquotas nas aquisições de máquinas ou
equipamentos, partes e peças destinadas ao ativo imobilizado de estabelecimento
agropecuário ou industrial (Nacionais ou Importadas);
Contempla ainda a redução de 17% para 12%, a alíquota do ICMS incidente
sobre todas as operações com gado bovino, bufalino, suíno, ovino e caprino e produtos
comestíveis resultantes de sua matança, em estado natural, resfriados ou congelados.
Antes, apenas a carne tinha tributação reduzida. Concedemos ainda a redução de 25%
para 12%, da alíquota do ICMS incidente sobre o querosene de aviação;
Além disso o governo estadual fez a dispensa de cobrança antecipada do
ICMS correspondente ao diferencial de alíquotas, quando da entrada no Estado de
Roraima de mercadorias adquiridas em outras Unidades da Federação, por empresas
com faturamento anual de até R$ 120.000,00 (MPE’S e EPP’S).
7.3 Áreas de Livre Comércio (ALCs) e Zona de Processamento de Exportações (ZPE)
A Lei no 8.256, de 25 de novembro de 1991, de autoria da Senadora Marluce
Pinto criou as Áreas de Livre Comércio de Pacaraima (ALCP) e de Bonfim (ALCBF).
Por razões políticas, elas não foram implantadas pelo governo federal, assim
permanecendo por 17 anos, até que por força da Lei nº 11.732, de 30 de junho de 2008
(Conversão da Medida Provisória nº 418/2008) a ALCP foi transferida para o município
de Boa Vista, passando a denominar-se Área de Livre Comércio de Boa Vista - ALCBV.
A ALCBV é considerada muito importante como ferramenta de promoção do
desenvolvimento do município de Boa Vista, capital de Roraima, como também, o
município estratégico de Bonfim, norte do Estado.
46
Por essa razão, o Governo de Roraima fez questão de apoiar integralmente
essas ALCs. Antes da conversão da MP n° 418 na Lei n° 11.732/08 e de seu decreto
de regulamentação, o Estado de Roraima aprovou Convênio junto ao CONFAZ, para
fazer valer imediatamente a concessão da isenção do ICMS nas duas ALC’s de
Roraima.
O benefício em foco foi materializado com a celebração do convênio nº
25/CONFAZ de 04 de abril/09, que autoriza a concessão da isenção do ICMS nas
duas ALC’s. Associada aos incentivos do PIS e CONFINS, em vigor a partir de
janeiro/09, essas ALCs incorporaram benefícios fiscais decisivos para o crescimento da
economia. Por tal razão é importante destacar o trabalho da bancada federal de
Roraima durante o processo legislativo de criação das ALC’S. A MP foi alterada de
forma a incorporar o beneficio da isenção do IPI, nas saídas de mercadoria, para as
indústrias que trabalhem com predominância de matérias primas regionais. Este
dispositivo ainda não foi regulamentado.
Outra atuação Estadual na efetivação das ALC’s, foi o importante trabalho de
georreferenciamento das áreas das ALC’s, estabelecendo os seus limites geográficos,
realizado pelo Centro de Geotecnologia e Cartografia da SEPLAN.
A recém criada Zona de Processamento de Exportações de Boa Vista (ZPE-BV)
foi criada com o apoio político formal do Governador José de Anchieta. É que o
Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CNZPE), do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio – MDIC condicionou sua
aprovação à manifestação favorável do governo estadual. Destaque-se que o Governo
do Estado prontamente atendeu a exigência, oficializando seu apoio formal à proposta
de criação da ZPE de BV. Este ato foi fundamental para que fosse aprovado o projeto
de criação da ZPE/BV, apresentado pelo município de Boa Vista.
O Estado de Roraima propõe, no entanto, que a configuração da ZPE-BV
incorpore a estratégia de implantação do Pólo Industrial de Boa Vista (PIBV) que
desempenhe a função de pólo complementar ao Pólo Industrial de Manaus (PIM), com
base na interpretação de que a Zona Franca de Manaus, onde se encontra instalado o
PIM, constitui um terceiro país. Com base nessa concepção, o PIBV poderá
recepcionar empresas e investimentos em componentes eletro-eletrônicos destinados
às indústrias do PIM.
47
7.4 Planejamento e Ordenamento Territorial
O ZEE (Zoneamento Ecológico e Econômico) é o instrumento de planejamento
territorial que o Estado de Roraima vem desenvolvendo através do Comitê de
Geotecnologia, Cartografia e Ordenamento Territorial, formado pela FEMACT
(Fundação Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia), ITERAIMA (Instituto de
Terras e Colonização de Roraima), SEINF (Secretaria de Estado de Infra-Estrutura) e
SEAPA (Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), a partir do
ZEE proposto pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), efetuado
na escala de 1 :250.000, cobrindo apenas as áreas não institucionais do Estado,
contempla cinco regiões ou macrozonas: Macrozona 1 – Domínio dos Ecossistemas
das Savanas Estépicas; Macrozona II – Domínio dos Ecossistemas das Savanas
Úmidas; Macrozona III – Domínio do Entorno de Boa Vista; Macrozona IV– Domínio
dos Ecossistemas das Florestas Ombrófilas densas e Estacionais e Macrozona V –
Domínio dos Ecossistemas das Campinaranas e Formações Pioneiras das Áreas
Alagadas.
Segundo o ZEE, o sistema desenvolvido para a avaliação das potencialidades
das terras não considerou fatores de ordem econômica e social, bem como o emprego
de tecnologia avançada, como a irrigação. As melhores terras são indicadas
basicamente para culturas de ciclo curto, ficando implícito que são, também, para
culturas de ciclo longo.
A classificação da aptidão agrícola, como tem sido empregada, não é
precisamente um guia para obtenção do máximo benefício das terras, e sim uma
orientação de como devem ser utilizados seus recursos, em nível de planejamento
regional.
Para isso, está previsto no detalhamento do ZEE-RR, na escala 1:100.000, o
estabelecimento de matrizes de compatibilidades de usos de solo específicas por
Bacias Hidrográficas.
A destinação do território de Roraima é retratada no Quadro II. Mostra que
68,47% da área total estadual são destinados à formação das seguintes áreas
protegidas: terras indígenas (46,21%), unidades de conservação (21,03%) e área
militar (1,23%). Da área remanescente (31,53%), são destinados por força de lei
(Código Florestal) à formação da Reserva Legal (80% em áreas de florestas e 35% em
48
áreas de savanas) e à proteção permanente, ecótonos e encostas. Os cálculos
efetuados demonstram que da área total de Roraima são destináveis à produção,
depois de consideradas as exigências legais, 7,44%, que correspondem à
aproximadamente 1.669.634 hectares, dos quais 721.350 hectares localizam-se nas
savanas, 314.938 hectares no Entorno de Boa Vista e 622.525 hectares de florestas
ombrófilas. O estudo mostra ainda que da superfície estadual encontram-se alterados
939.203 hectares que correspondem a 4,19% da área total.
49
ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO DO ESTADO DE RORAIMA/ZEE-RR MACROZONAS E ÁREAS PROTEGIDAS
ÁREA (Ha) ÁREAS PROTEGIDAS (Ha)
MACROZONAS TOTAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO TERRAS ÁREA TOTAL
RORAIMA (a) (%) EXISTENTES PROPOSTAS TOTAL INDÍGENAS MILITAR (b)
I. SAVANA ESTÉPICA 1.079.358 4,81 - - - 1.072.989 - 1.072.989
II. SAVANA ÚMIDA 2.669.652 11,90 6.544 - 6.544 1.382.493 15.089 1.404.126
III. ENTORNO DE BOA VISTA 613.726 2,74 - - - 57.338 3.866 61.204
IV. FLORESTA OMBRÓFILA 14.351.233 63,98 1.305.820 - 1.305.820 7.776.169 81.532 9.163.521
V. CAMPINARANA 3.715.929 16,57 3.057.529 348.192 3.405.721 75.066 175.221 3.656.008
TOTAL 22.429.898 100,00 4.369.893 348.192 4.718.085 10.364.055 275.708 15.357.848
Participação no Total (%) 100,00 19,48 1,55 21,03 46,21 1,23 68,47
Fonte:SEPLAN-RR/Centro de Geotecnologia, Cartografia e Planejamento Territorial
ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO DO ESTADO DE RORAIMA/ZEE-RR MACROZONAS E ÁREAS REMANESCENTES
ÁREA ÁREAS ÁREAS Reserva APP Áreas Áreas
TOTAL PROTEGIDAS REMANESCENTES Participação Legal Ecótonos para a Alteradas
MACROZONAS (Ha) (Ha) (Ha) (%) (Ha) Encostas (Ha) Produção (Ha) (Ha)
I. SAVANA ESTÉPICA 1.079.358 1.072.989 6.369 0,59 2.229 510 3.630 -
II. SAVANA ÚMIDA 2.669.652 1.404.126 1.265.526 47,40 442.934 101.242 721.350 212.267
III. ENTORNO DE BOA VISTA 613.726 61.204 552.522 90,03 193.383 44.202 314.938 245.891
IV. FLORESTA OMBRÓFILA 14.351.233 9.163.521 5.187.712 36,15 4.150.170 415.017 622.525 481.045
V. CAMPINARANA 3.715.929 3.656.008 59.921 1,61 47.937 4.794 7.191 -
TOTAL 22.429.898 15.357.848 7.072.050 31,53 4.836.652 565.764 1.669.634 939.203
Participação no Total (%) 100,00 68,47 31,53 21,56 2,52 7,44 4,19
Fonte:SEPLAN-RR/Centro de Geotecnologia, Cartografia e Planejamento Territorial
50
O ZEE/RR foi institucionalizado pela Lei Estadual Complementar n°
143/2009, vigorando portanto na jurisdição estadual. O ZEE-RR carece ainda de
homologação pelo Presidente da República, o que deverá ocorrer após a sua
aprovação e recomendação pelo CONAMA, para que se possa aplicar os
dispositivos previstos no Código Florestal no que diz respeito à redução da reserva
legal.
O entrave que existe atualmente é de natureza política pois o Governo do
Estado se opõe à criação de novas unidades federais de conservação na forma
como estão sendo propostas e encaminhadas.
7.5 Formação de Capital Intelectual
Investir o máximo possível na formação de capital humano, para capacitar o
cidadão para o desenvolvimento (capacitar todas as pessoas que trabalham e
empreendem para que o bolo cresça), compreende ampla ação de educação
integrada de qualificação para o trabalho e o empreendedorismo. A formação de
capital humano e social é elemento chave para garantir a empregabilidade presente
e futura dos recursos humanos de um determinado território A qualificação e
desenvolvimento de habilidades são fatores de importância crescentes para todas as
atividades econômicas, tanto na indústria, com seus distintos níveis tecnológicos, na
agroindústria e no setor de serviços. Torna-se elemento determinante para a
melhoria da qualidade de vida da população. Frente ao desenvolvimento, os
recursos humanos devem receber capacitação permanente e adequada para que se
obtenha uma melhor perspectiva de crescimento pessoal, tanto no âmbito
econômico como no social. Uma das chaves fundamentais para o estabelecimento
de uma política moderna de formação de capital social em um território é a
capacidade de impulsionar a cultura da iniciativa em contraposição à cultura da
passividade.
Os investimentos realizados nessa área são bastante expressivos. No período
criamos a Universidade Estadual (UERR) que oferece atualmente mais de 5.000
vagas de ensino superior; a Universidade Virtual de Roraima (UNIVIRR) que atende
milhares de jovens em preparatórios para vestibulares, desenvolve cursos à
51
distância e já se revelou como eficiente plataforma tecnológica de ensino à distância
e de inclusão social na medida que cobre todo o território estadual.
Destacamos essas duas importantes bases organizacionais. Mas o programa
é amplo e vigoroso. Elencamos os seguintes:
Criação da Universidade Estadual de Roraima (UERR) que ampliou em 5.000
vagas a oferta de ensino superior em Roraima; significa atender 20% do total das
matrículas de ensino superior (25.000 alunos).
Criação da Universidade Virtual de Roraima (UNIVIRR), a mais importante
plataforma tecnológica de ensino à distância, cobrindo com os seus serviços os
15 municípios de Roraima; ampliou a oferta de vagas para os alunos concluintes
do ensino médio, em exames preparatórios para os vestibulares; ampliou a oferta
de vagas para a formação superior de profissionais da área de ensino, mediante
convênios com a Universidade de Santa Catarina e outras IES.
Criação e implantação da ETSUS – Escola Técnica do SUS.
Criação e implantação do Centro Estadual de Formação de Professores.
Criação da Escola de Governo.
Concessão de 2.000 bolsas universitárias por ano, valor por bolsa de até
R$510,00/mês; significa que o governo do Estado assegura oferta de mais 8% do
total das matrículas de ensino superior.
Concessão de estágio remunerado para 4.000 jovens concluintes do ensino
médio, com bolsa de R$300,00 por mês, além de seguro e vale-transporte.
Formação de especialistas, mestres e doutores. Em convênios com a
Universidade Federal de Roraima (UFRR), a Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS), a Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e a Universidade
de Brasília (UNB) e outras IES, o governo estadual vem apoiando financeiramente
formação de:
. Mestres em Economia e em desenvolvimento regional (UFRGS): 53 mestres;
. Mestres em Direito Ambiental (UEA): 19 mestres;
. Doutores em Relações Internacionais e Integração Econômica: 15 doutores;
. Especialistas em Geotecnologias: 15 especialistas.
52
7.6 Captação de Recursos
O Estado hoje entende da necessidade da elaboração de projetos que
atendam às sistemáticas dos órgãos federais e das instituições financeiras nacionais
e internacionais para a liberação de recursos onerosos e não onerosos que
financiam e fomentam o desenvolvimento do Estado. A exemplo disso, são os
recursos disponibilizados, via convênio, com órgãos federais onde destacam-se, o
convênio que garantiu a restauração da BR 174 para o período de abril/2010 a
dezembro/2011 e as operações de créditos contratas junto a Caixa Econômica
Federal, para implantar o sistema de abastecimento de água tratada que vai
beneficiar 95% da população de Boa Vista e aumentar em 57% o atendimento de
rede de coleta de esgoto sanitário, também em Boa Vista.
Entre os convênios, cabe destacar ainda, o contrato com a Eletrobrás para a
implantação do Programa Luz para Todos onde devemos atender até o final de
2010, 1.100 famílias rurais que não tinham energia elétrica.
Na área social, conveniamos com o Ministério das Cidades a construção de
1.247 unidades habitacionais, urbanizadas, com rede de água tratada, sistema de
coleta de esgoto, pavimentação asfáltica e iluminação pública, já adotando a política
de habitação do Estado, regularizando uma área de habitações irregulares,
insalubres e de risco social, proporcionando a esta população melhor habitabilidade
com qualidade de vida.
Como resultado deste trabalho, o Estado já sente a necessidade de aumentar
o número de servidores nas setoriais capacitando na elaboração de projetos para a
captação de recursos.
Outros convênios, igualmente importantes, estando atualmente, na fase de
liberação de recursos, entre eles o projeto que prevê a revitalização e implantação
da infra-estrutura, zoneamento industrial e a recuperação da área desordenada do
Distrito Industrial, possibilitando o registro em cartório do ordenamento territorial da
área do distrito. Adotando essa política de zoneamento, fomentamos a criação do
condomínio Industrial, iniciando a construção da primeira etapa do Pólo Moveleiro,
com nova tecnologia industrial capaz de atender o mercado externo e interno,
fortalecendo a cadeia produtiva utilizando a matéria prima certificada, cumprindo a
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legislação ambiental atendendo o mercado interno o mercado interno e
principalmente o externo.
Essa revitalização da infra-estrutura do Distrito Industrial, vem acomodar
demanda a ser atendida com a efetivação da ALC de BV e os demais segmentos da
produção industrial.
Enfetivou-se também, convenio com Ministério da Saúde para construção do
Hospital das Clínicas no Bairro Pintolândia, visando desafogar o sistema de saúde,
descentralizando parte do atendimento de urgência e emergência, de média e baixa
complexidade, incluindo o atendimento maternal.
Transferências voluntárias às instituições Sociais e aos Municípios do Estado
No período de 2007 a 2010, foram celebrados 348 convenio com os
municípios e instituições sociais, que totalizaram o montante de R$ 46.500.000.
Obtendo um crescimento, no período de 2007 a 2010, de 150% de atendimento a
esses entes. Destacando o programa de limpeza urbana implantado em todos os
municípios.
7.7 Turismo
Roraima, a melhor localização geopolítica da Amazônia, para o
desenvolvimento econômico da região. Tendo como mercado real a Venezuela com
26 milhoes de habitantes e a Guiana com 880 mil habitantes, constituda pelo
corredor Caribe-Amazônia, figura como a melhor condição da ativida do setor de
Turismo e dos demais setores da economia do Estado. Visando estes mercados, o
Governo do Estado de Roraima, buscou no propósito de ampliar a importância do
setor turístico no desenvolvimento de Roraima, ações na captação de recursos e
pela emplementacão do PRODETUR – RORAIMA, por meio de convênio entre o
BID, Ministério do Turismo e Governo de Roraima, que tem como objetivo melhorar
a qualidade de vida das populações que residem nos municípios a serem
beneficiados, pelo de incremento dos postos de trabalho no Turismo, de forma direta
e indireta, aumento da acessibilidade da população aos serviços
54
urbanos,estimulando o turismo interno e preparando a população no bem receber
aos turistas nacionais e internacionais, melhorando a gestão, dotando o Pólo
Ecoturístico de infra-estrutura necessária pra a valorização e na motivação dos
diversos seguimentos que compõem o Trade turístico do estadual, bem como no uso
e ocupação do solo e no meio ambiente.
O Prodetur Roraima é dividido em:
Estratégia do produto turístico;
Estratégia de Comercialização;
Fortalecimento Institucional;
Infra-estrutura e serviços básicos;
Gestão Ambiental.
QUADRO DE RECURSOS DO PRODETUR RORAIMA
Discriminação US$
Milhões %
Fonte Externa
Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID 74.400 60
Total da fonte externa 74.400 60
Fontes Internas (Locais)
Governo do Estado da Roraima 49.600 40
Total da fonte local 49.600 40
Custo Total 124.000 100
População Beneficiada, 2007
Pólo Número
de Municípios Número
de Habitantes Porcentagem da População do
Estado
Serras, Savanas e Florestas
11 370.082 93,52%
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7.8 Inclusão Digital
Segundo índices elaborados pela Fundação Getúlio Vargas sobre a inclusão
digital no Brasil que apontava Roraima em último lugar em inclusão digital como
mostra o quadro a seguir:
Acesso do aluno ao laboratório da Escola por Estado.
O Governo do Estado de Roraima, sabedor que o acesso à informação e a
comunicação são direitos inalienáveis do ser humano e, por isso, o acesso às
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e a produção da informação com
seu uso, devem ser compreendidos como um novo direito humano fundamental,
garantidos e promovidos pelo Poder Público, vem através da UNIVIRR iniciar o
Projeto de Inclusão Digital do Estado, com o objetivo de capacitar em todos os
níveis da informática, alunos, professores, servidores e a comunidade em geral
formando no cidadão o hábito do acesso às diferentes mídias e serviços disponíveis
na rede mundial de computadores, criando uma cultura do uso da tecnologia de
forma a reverter o quadro de analfabetismo digital no Estado.
A SECD repassa a UNIVIRR a operacionalização dos laboratórios da rede
estadual - PROINFO oferecendo ao aluno, ao professor e à comunidade,
capacitação necessária para o uso dos recursos tecnológicos da informação. O
Projeto também busca qualificar alunos de Ensino Médio, para a graduação e pós-
graduação à distância. A UNIVIRR trabalha atualmente com 191 laboratórios de
informática, com 2.484 computadores, nos 15 municípios do Estado, com
capacitação já realizada em aproximadamente 17.854 cursistas aprovados,
significando 4.3% da população, em dois anos do Projeto.
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VIII - CENÁRIO MACROECONÔMICO
É usual no planejamento trabalhar-se com três cenários: um otimista, um
moderado e um pessimista. Os cenários trabalham com um conjunto de hipóteses,
as quais no caso do presente projeto são as seguintes:
Cenário Pessimista: O PIB real de Roraima cresce à taxa inferior do que a taxa de crescimento da população. Resultado: cai o PIB per capita. A pobreza tenderá a aumentar, mesmo com a implementação de políticas sociais compensatórias.
Cenário Moderado: O PIB real de Roraima cresce na mesma proporção da taxa de crescimento da população. Resultado: o PIB per capita mantém-se estagnado. A pobreza poderá ser reduzida pela implementação de políticas sociais compensatórias.
Cenário Otimista: O PIB real de Roraima cresce à taxa maior do que a taxa de crescimento da população. Resultado: o PIB per capita cresce de forma sustentada A redução da pobreza será acelerada pela implementação de políticas sociais compensatórias.
Meta desejada de crescimento econômico:
Taxa média de crescimento do PIB: 8% ao ano, no mínimo, já que a população cresce à taxa média de 4,5% ao ano.
Subsetores selecionados
Primário: lavouras e produção animal; extrativismo mineral. Secundário: Indústria, metalurgia; vestuário; produtos alimentícios e construção
civil. Terciário: Comércio, turismo, administração pública e outros serviços.
O valor adicionado desses subsetores representava mais de 85% do PIB
total em 2007, sendo que o subsetor administração pública representa o segmento
de maior proporção na formação do PIB, considerando que os gastos do setor
público representaram, em média, 48% do PIB roraimense.
Os gastos do Estado de Roraima são a principal fonte deste crescimento,
financiados na sua maior parte por transferências federais. Sabemos ainda que tais
gastos se revestem de motivação essencialmente geopolítica.
Os dados nos dizem que a dinâmica do PIB de Roraima depende,
essencialmente, do comportamento da arrecadação federal (imposto de renda e
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imposto sobre produtos industrializados) e, conseqüentemente, depende
substancialmente do comportamento do próprio PIB do país. Mantido o atual
modelo, significa que, se o governo federal for bem, Roraima irá bem, face às
transferências constitucionais (FPE, FPM, FUNDEF) e em razão do trabalho de
captação de recursos voluntários (convênios) realizado pelos deputados federais e
senadores (emendas parlamentares) A sustentabilidade do crescimento econômico
deste modelo tem origem em fatores na sua maioria exógenos. E é isto que
precisamos mudar, montar modelo de desenvolvimento de fonte endógena, que
tenha raízes nos fatores sócio-econômicos predominantemente locais.
Isto posto, as estimativas realizadas trabalham com as seguintes
hipóteses de crescimento (taxas mínimas de crescimento) dos subsetores, para que
o PIB de Roraima cresça pelo menos a taxa de 8% ao ano:
Primário: lavouras e produção animal e extrativismo mineral: 20% ao ano Secundário: Indústria – metalurgia; vestuário; produtos alimentícios e construção
civil, indústria extrativa mineral: 10% ao ano
Terciário: Comércio, turismo, administração pública e outros serviços: 8,% ao ano
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IX - ESTRATÉGIAS
A. Eixo Crescimento Econômico Sustentável
1. Incentivar o Agronegócio e a Agricultura Familiar, planejando a criação de pólos de
produção; agregando valor ao produto e aumentando a renda; fixando o homem no meio
rural de acordo com as normas ambientais; garantindo o direito à alimentação adequada e
a segurança alimentar e nutricional da população de Roraima.
I. Agronegócio e Agricultura Familiar
Revitalização, privatização ou terceirização do parque agroindustrial estatal;
Incentivo a criação de novas agroindústrias da iniciativa privada;
Criação de linhas de crédito rural para pequenos e médios produtores, com menos burocracia e mais agilidade;
Incentivo à produção de alimentos orgânicos como forma de agregar valor aos produtos agrícolas;
Fortalecimento da implantação de sistemas agro florestais;
Operacionalização do Sistema de Informações de Mercado;
Incentivo à diversificação na produção;
Apoio ao setor extrativista vegetal e pesca artesanal
Articulação junto às Instituições de financiamento (FNO, PRONAF E DRS/BB), visando agilizar a liberação de crédito;
Promoção da saúde animal e vegetal e inspeção de seus produtos e sub-produtos;
Apoio às comunidades indígenas e ribeirinhas;
Incentivo à recuperação das áreas degradadas;
Organização e expansão das cadeias produtivas / APL / DRS e outras formas de cadeias produtivas;
Apoio à comercialização da produção do agronegócio e da agricultura familiar;
Reestruturação da rede de assistência técnica e extensão rural;
Capacitação do corpo técnico e de produtores;
Investimentos em educação ambiental aplicadas ao agronegócio e agricultura familiar;
Estabelecimento de acordos de cooperação técnica com órgãos e organizações públicas, privadas e sociais para troca de informações, estudos, pesquisas e experiências;
Incentivo a criação da política de segurança alimentar e nutricional;
Apoio aos projetos de incubadoras e empresas juniores das universidades;
Incentivo e parceria com consórcios de segurança alimentar e nutricional;
Gestão integrada de intervenção no território;
Criação de condições para redução dos custos de produção dos produtos essenciais da agricultura;
Estudo e articulação junto a organismos nacionais e internacionais, a viabilização da remuneração monetária ao proprietário que conservar sua área de floresta nativa ou plantada através do sistema de credito de carbono;
Apoio à produção e processamento de culturas voltadas para a produção de biocombustível (dendê, girassol, mamona, cana-de-açúcar, pinhão manso, soja...);
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Implantação do Pólo de Indústrias do Baixo Rio Branco;
Criação do código florestal de Roraima;
Apoio e incentivo à produção de recursos pesqueiros, de maneira sustentável com parceria da UERR e
Fortalecimento das ações das cooperativas e associações. 2. Incentivar a industrialização, o turismo, as relações fronteiriças e comércio
exterior e a exploração mineral regulamentada.
II. Indústria, Mineração, Comércio, Turismo e Serviços
Incentivo a criação de novas indústrias da iniciativa privada
Gestão para regulamentar o câmbio em moeda nacional em Roraima e permissão para implantação de casas de câmbio;
Estímulo à diversificação da pauta exportadora;
Gestão para acelerar a efetivação das áreas de livre comércio, ZPE’S e porto seco e extensão dos benefícios fiscais totais da ZFM para os estados da Amazônia ocidental;
Estudo de viabilidade dos circuitos de abastecimento, distribuição e comercialização, para dinamizar o setor produtivo do estado de Roraima;
Intensificação de parcerias das instituições governamentais com os setores produtivos.
Apoio à consolidação do pólo moveleiro e implantação dos pólos de confecções e artesanatos;
Gestão para revisão dos acordos de transporte de passageiros e cargas com Venezuela e Guiana;
Gestão para implantação da infra-estrutura aduaneira em Bonfim;
Incentivo aos intercâmbios sociais, culturais e econômicos com os países fronteiriços;
Fortalecimento da estrutura gerencial de turismo no estado de Roraima (criação de uma estrutura com autonomia);
Implantação do programa de regionalização e de inventariação do turismo de Roraima;
Melhoria e ampliação da infra-estrutura turística no Estado:
Valorização, promoção científica e turística da Linha do Equador;
Implantação do programa de iniciação escolar para o turismo como disciplina transversal em consonância com a proposta pedagógica curricular do estado.
Executar o PRODETUR/NORTE – programa de desenvolvimento do turismo para a região norte;
Acordo de cooperação técnica-científica com as instituições de ensino no estado;
Incentivo ao ecoturismo nas áreas de proteção ambiental;
Incentivo às pesquisas minerais, visando à implantação de unidades produtivas no Estado;
Incentivo a implantação de mini-distritos industriais no interior do estado;
Consolidação da infra-estrutura e fortalecimento da gestão com parcerias público/privada do distrito industrial de Boa Vista;
Fortalecimento e apoio as agroindústrias
Regulamentação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas.
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3. Promover o planejamento e o ordenamento territorial com base no ZEE.
4.Formular, promover e executar as Políticas de Meio Ambiente, mediante
conhecimento, defesa, preservação, uso, conservação e recuperação dos recursos
naturais.
III. Meio Ambiente, Planejamento e Ordenamento Territorial
Regulamentação do ZEE-RR;
Ampliação da escala do ZEE-RR de 1:250.000 para 1:100.000, tendo como base as Bacias Hidrográficas do Estado de Roraima; e
Apoio a elaboração e implantação dos Planos Diretores Urbanos dos Municípios
Criação e Gestão de Unidades de Conservação estaduais e municipais;
Reformulação e Fortalecimento de Sistemas de Controle e Monitoramento Ambiental;
Criação e Regulamentação de Legislação Ambiental;
Promoção da Educação Ambiental;
Promoção da Gestão Sustentável dos Recursos Naturais (Hídricos, Florestais, Minerais e Animais);
Reformulação e operacionalização do Conselho Estadual de Meio Ambiente Ciência e Tecnologia (CEMAT);
Fortalecimento dos instrumentos de aplicação da Legislação Ambiental;
Promoção da gestão dos resíduos sólidos no Estado com vista à conservação dos recursos naturais;
Fortalecimento dos mecanismos de fiscalização e repressão aos crimes ambientais, no âmbito estadual, com ênfase na criação de um posto de fiscalização na foz do Rio Branco; e
Criação de mecanismos de proteção eficientes para as áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade.
5. Ampliar e melhorar a infra-estrutura para o desenvolvimento do Estado.
IV. Infra-estrutura e Urbanismo
Projeto, Restauração, Implantação e Pavimentação de Vicinais e Obras de Arte com foco em regiões produtivas;
Projeto, Restauração, Implantação, Pavimentação e Supervisão de Rodovias Estaduais, Federais e Obras de Arte;
Infra-Estrutura Portuária Fluvial, com a concepção do sistema Multimodal;
Construção/Homologação de Aeródromos;
Repotencialização da PCH de Jatapú;
Interiorização da Energia de Guri e Luz para Todos;
Projeto e Implantação do Sistema de Telecomunições de dados, voz e imagem através de fibra ótica, para todo o Estado;
Otimização e Expansão da Rede de Água e Esgoto de Boa Vista e Municípios;
Construção e Ampliação de Terminais Rodoviários;
Ações sobre a Construção da Hidrelétrica do Cotingo;
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Construção, Recuperação e Adaptação de Prédios Públicos, garantindo direito à acessibilidade;
Apoio à Criação e Implementação dos Planos Diretores para os Municípios; e
Criação de um Fórum para discutir com a sociedade, alternativas de Geração de energia elétrica em curto, médio e longo prazo.
6. Formular, promover e executar as Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação,
mediante estímulo, fomento, apoio, promoção, produção e difusão do conhecimento,
visando o desenvolvimento Sócio-econômico-ambiental para a melhoria da qualidade de
vida da população.
V. Ciência, Tecnologia & Inovação
Criação de mecanismos legais institucionais, através de um Plano Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, que promovam as bases de implementação, fomento e articulação das ações de ciência, tecnologia e inovação, na forma de um fundo estadual de C,T&I;
Fomento as ações de C,T&I voltadas a atender o desenvolvimento sócio-econômico e ambiental no estado de Roraima;
Implantação e fortalecimento de infra-estrutura básica que permita o desenvolvimento dos programas de pesquisa científica propiciando a inovação tecnológica e a oferta de serviços e informações tecnológicas;
Difusão das ações de ciência, tecnologia e inovação junto à sociedade, visando a sua popularização e oportunizando o acesso ao conhecimento gerado através de programas específicos;
Estímulo à formação e capacitação de RH através de programas de auxílio a pesquisadores nos níveis de graduação e pós-graduação e profissionalização tecnológica que estejam no âmbito do sistema acadêmico (ensino, pesquisa e extensão) e das políticas publicas dos diferentes níveis de governo;
Desenvolvimento e modernização do Sistema Sócioeconômicoambiental do Estado com base científica e tecnológica;
Apoio e fomento a estudo e pesquisa visando o conhecimento, proteção e conservação dos recursos naturais através de seu uso sustentável;
Incentivo a estudos e pesquisas de energias alternativas limpas, bem como modelos para sua utilização sustentável;
Fortalecimento das instituições de ensino e pesquisa, prioritariamente, do Estado;
Incentivo à implantação de incubadoras de empresas. B. Eixo Justiça e Inclusão Social 1. Ampliar as oportunidades de geração de Trabalho, Emprego e Renda; implementação
do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, no atendimento às famílias em
vulnerabilidade e risco social; reduzir o Déficit Habitacional; garantir o direito humano a
alimentação adequada e a segurança alimentar e nutricional da população de Roraima.
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I. Trabalho, Emprego e Desenvolvimento Social
Manutenção do estágio remunerado para o estudante de nível médio (inclusão da EJA) e do estágio para o estudante de nível superior em parceria com as universidades;
Fomento e fortalecimento do empreendedorismo, da economia solidária, das micro empresas e outras economias alternativas;
Ampliação das ações da Política de Emprego Trabalho e Renda, voltadas para aprendizagem e incremento das ações do primeiro emprego e de programa de estágio;
Promoção de atividades sócio-educativas para fortalecimento da cidadania;
Manutenção da bolsa de estudos de cursos superiores, aos estudantes de baixa renda;
Implementação do Programa de construção de casas populares para famílias de baixa renda;
Incentivo ao fortalecimento do artesanato de Roraima;
Implementação da qualificação, requalificação e certificação profissional;
Garantia da proteção social às famílias em vulnerabilidade e risco social;
Incremento a vigilância social no conhecimento das formas de vulnerabilidade da população e do território;
Manutenção e ampliação da política de segurança alimentar e nutricional e do Sistema Estadual de SAN (Manutenção do Vale Solidário e Manutenção do Restaurante Popular);
Promoção da defesa social e institucional para garantia de direitos sócio-assistenciais; e
Manutenção dos programas estaduais de proteção e garantia dos direitos da criança, do adolescente e do idoso.
2. Melhorar as condições de acesso, permanência e qualidade da educação, assim como
promover a cultura e o esporte.
II. Educação, Cultura e Desporto
Melhoria dos indicadores educacionais de Roraima, componentes das Metas do Milênio previstas para o Brasil;
Concentração de esforços nas diretrizes de melhoria da educação básica de Roraima previstas no Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação;
Melhoria da qualidade da educação básica, com foco nas metas previstas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB para Roraima;
Desenvolvimento, expansão e fortalecimento da educação superior;
Promoção da inclusão digital, priorizando os alunos e os profissionais da educação;
Promoção da educação à distância;
Promoção da iniciação científica, com foco no desenvolvimento sustentável;
Garantia da inclusão e do respeito à diversidade na educação básica e superior;
Aperfeiçoamento da gestão da educação, da cultura e do esporte;
Fomento ao regime de colaboração com os municípios para a expansão da educação, cultura e esporte;
Garantia da universalização da matrícula para a população de 6 a 14 anos;
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Garantia da permanência bem-sucedida de crianças, adolescentes, jovens e adultos na escola pública;
Garantia da valorização dos profissionais da educação;
Aumento da escolaridade média e melhoria da requalificação profissional da população, em parceria com universidades e entidades da sociedade civil organizada, governamentais ou não;
Investimento em formação de capital humano, por meio de programas de pós-graduação;
Universalização da educação profissional e tecnológica em todos os níveis;
Promoção da cultura em Roraima, priorizando aspectos regionais ou locais e a descoberta de aptidões, em articulação com o Sistema Nacional de Cultura;
Criação e implementação de aparelhos culturais para melhoria da qualidade de vida;
Promoção do esporte em Roraima, identificando e otimizando potencialidades locais e em articulação com o Sistema Nacional do Esporte;
Focalização e priorização - diretamente nas escolas - dos esforços e recursos do sistema de educação e, no que couber, da cultura e do esporte, promovendo a descentralização, a profissionalização e a autonomia pedagógica, financeira e gerencial;
Fortalecimento da educação para o desenvolvimento sustentável;
Promoção da intersetorialidade da educação nas demais políticas públicas;
Garantia de concurso público para o magistério, particularizando a educação indígena e as especificidades da educação especial [Língua Brasileira de Sinais, Braille, etc.];
Ampliação do acesso e permanência da população do campo à educação básica de qualidade;
Implantação de programas de acessibilidade nos prédios escolares e no transporte escolar;
Criação de políticas educacionais voltadas à inclusão de indígenas residentes na Capital; e
Programa de qualificação permanente de professores para alunos com necessidades especiais.
3. Ampliar e melhorar as condições de acesso universal aos serviços de saúde, buscando
a integralidade da atenção à saúde.
III . Saúde
Melhoria das condições de saúde materno-infantil;
Ampliação de acesso e humanização dos serviços de saúde;
Fortalecimento das ações da vigilância em saúde;
Fortalecimento da gestão e formação em saúde;
Intersetorialidade das políticas, visando à melhoria da qualidade de vida;
Ampliação do Sistema de Saneamento Básico do Estado (água, esgoto, manejo de águas pluviais e resíduos sólidos);
Elaboração dos Planos Diretores de saneamento dos municípios do Estado;
Regularização dos serviços de saneamento básico junto aos Municípios do interior do Estado;
Fortalecimento da gestão das perdas nos sistemas de abastecimento de água;
Adequação e recuperação dos sistemas de esgotos existentes no Estado;
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Captação de recursos junto às instituições governamentais e não governamentais (convênios, financiamento, PAC, entre outros); e
Implantação e implementação dos serviços e alta complexidade.
4. Investir na Segurança Pública, com ênfase na prevenção da criminalidade;
IV. Segurança Pública
Consolidação da filosofia de Polícia Comunitária no Sistema de Segurança Pública, baseando a prevenção do crime na integração com a comunidade, através dos conselhos e demais políticas de integração;
Consolidação da integração operacional entre todos os órgãos do Sistema de Segurança Pública, com destaque para a área de gestão do conhecimento e serviços de inteligência;
Implantação da filosofia de análise e planejamento prospectivo nos órgãos de defesa social, voltados para a prevenção criminal, atualizando a doutrina operacional dos órgãos, adequando-a as novas demandas de segurança pública, mormente a integração policial, a polícia comunitária e a defesa dos direitos humanos e do meio ambiente;
Redefinição do perfil profissional nas áreas de segurança pública e defesa social, empregando os talentos humanos, de forma lógica e racional, priorizando o desenvolvimento da atividade de segurança pública;
Promoção do envolvimento e o comprometimento do público interno com a identidade organizacional, por meio da criação de atividades de promoção sócio-ambiental no Sistema de Segurança e Defesa Social, criando e ampliando programas voltados para a melhoria da qualidade de vida do profissional de segurança pública e defesa social e de sua família;
Aprimoramento das ações psico-sociais de prevenção e monitoramento de ocorrência de desvios de conduta dos servidores dos órgãos de Segurança Publica e Defesa Social do Estado com o fortalecimento das Ouvidorias e criação de uma Corregedoria Geral Integrada;
Implantação de ações e operações integradas permanentes e/ou transitórias que visem combater delitos específicos;
Desenvolvimento de projetos e ações integradas com os órgãos envolvidos que visem reduzir o número de vítimas do trânsito;
Intensificação das campanhas educativas para divulgar as estratégias e ações do Sistema de Segurança e Defesa Social, com novas metodologias de trabalho;
Construção, ampliação e modernização da infra-estrutura do Sistema de Segurança e Defesa Social;
Valorização dos profissionais do Sistema de Segurança e Defesa Social;
Implantação de Posto Permanente e Móvel de Fiscalização Integrada, com membros do sistema de segurança pública, fiscalização fazendária, ambiental e sanitária, no Baixo Rio Branco;
Promoção de cursos de graduação e pós-graduação “lato sensu” e “stricto sensu”, voltados para as áreas de segurança publica e defesa social;
Apoio a todos os órgãos que exerçam atividades de fiscalização;
Fortalecimento e ampliação das Polícias ambientais;
Aumento da eficiência operacional dos órgãos de segurança publica e defesa social, por meio de utilização do sistema de vídeo monitoramento e ou outras tecnologias da Informação; e
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5. Coordenar e executar as atividades de administração penitenciária, executando
programas e projetos de defesa dos direitos humanos e das minorias, priorizando o
acesso à justiça.
V. Justiça e Cidadania
Proteção e Defesa dos interesses e direito dos consumidores;
Modernização e Estruturação do Serviço de Atendimento ao Consumidor;
Modernização do Sistema Penitenciário Estadual;
Assistência ao custodiado e ao egresso;
Promoção e Apoio aos Direitos Humanos e a Cidadania;
Apoio às ações da Defensoria Pública Estadual;
Fortalecimento dos Conselhos de Direitos na Promoção da Cidadania e Justiça Social; e
Fortalecimento aos mecanismos de fiscalização e repressão do trabalho escravo e infantil.
C. Eixo Estado eficiente e transparente na Gestão 1. Modernização da Administração Pública do Estado e Consolidação do papel do
planejamento estadual como instrumento estratégico de desenvolvimento, fortalecendo o
processo de captação de poupança pública e atração de investimentos privados.
I. Modernização do Estado
Formação continuada do servidor público objetivando a conscientização, valorização e mobilização para que se tornem agentes ativos da transformação da gestão pública;
Modernização da estrutura organizacional do Estado e processos administrativos;
Revisão da política de incentivos para modernização dos fundos (Fundo de aval, FDI, FUNDER);
Política de incentivos para viabilizar a atração de investimentos privados;
Desenvolvimento de políticas de melhorias da capacidade de gestão de pessoas;
Fortalecimento da capacidade de planejamento e de gestão de políticas públicas;
Revisão, integração e modernização dos sistemas de informatização estadual;
Modernização da gestão da informação;
Desenvolver mecanismos para promoção e implantação de mudança institucional;
Regularização fundiária do Estado de Roraima;
Dinamização dos métodos de cobrança e execução da dívida ativa do Estado;
Promoção de ações para a transferência dos imóveis urbanos e rurais do patrimônio da União para o patrimônio do Estado;
Implantação de política habitacional continuada para o servidor; e
Estabelecimento de acordos de cooperação técnica com órgãos e organizações públicas, privadas e sociais para a troca de informações, estudos, pesquisas e experiências.
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X. AS PROPOSTAS
Este documento, reúne as propostas programadas para a promoção do
desenvolvimento sustentável do Estado. Aqui, confirmamos a importância da participação
da sociedade no processo de decisão quanto aos destinos do Estado, quando
apresentamos propostas de continuidade, com a incorporação de novas estratégias, que
refletem as complexidades da nossa realidade atual.
As propostas se referem aos onze setores que estruturam nosso programa de
ação:
1. Agronegócio e Agricultura Familiar
2. Indústria, Mineração, Comércio, Turismo e Serviços
3. Meio Ambiente, Planejamento e Ordenamento Territorial
4. Infra-estrutura e Urbanismo
5. Ciência, Tecnologia & Inovação
6. Trabalho, Emprego e Desenvolvimento Social
7. Educação, Cultura e Desporto
8. Saúde
9. Segurança Pública
10. Justiça e Cidadania
11. Modernização do Estado
Na seqüência, estão descritas as projetos/ações do governo, destacando os novos
projetos e os projetos ou ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados.
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UNIÃO POR RORAIMA Governador: José de Anchieta Júnior
PLANO DE METAS 2011 – 2014 AGRONEGÓCIO E AGRICULTURA FAMILIAR Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados
Meta Estimada
Valor Estimado
Ampliação do Projeto de Irrigação Passarão
- 50.000.000
Campanhas de Vacinação assistida (febre aftosa e outras obrigatórias)
-
Promoção da defesa vegetal para erradicação de pragas e doenças
-
Realização da Exposição Agropecuária de Roraima - EXPOFERR
-
Promoção da Educação Sanitária -
Implantação da Unidade de Defesa Sanitária - DS -
Implantação dos Escritórios de Atendimento – Defesa Sanitária
-
Realização de Cursos de Capacitação na Área de Defesa e Inspeção Vegetal
-
Atualização de Cadastro de propriedades Rurais -
Inspeção de produtos e subprodutos de origem animal -
Aumento da área irrigada para produção de frutos (especial a manga, caju, acerola, melancia) visando atender o mercado local e o estado do Amazonas
Incremento da Pecuária
Novos Projetos
Meta Estimada
Valor Estimado
Implantação do Programa de Recuperação de Áreas de Cobertura Secundária (capoeira), mediante fomento da agricultura familiar na implantação de empreendimentos de produção sustentável
01 60.000.000
Elaboração e Implantação do Plano de Desenvolvimento das Comunidades Indígenas de Roraima.
01 20.000.000
Apoio à implantação do Programa de Manejo Florestal Sustentável do Sul do Estado.
01 20.000.000
Ampliação da Capacidade de Armazenagem de Grãos.
- 20.000.000
Verticalização da Produção Agrícola, agregando valores
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ao produto “in natura” (unidade de processamento de grãos, cooperativismo, etc)
Implantação de Entreposto Pesqueiro em Caracaraí
Reativação do moinho de calcário em Caracaraí
Construção de Centro Integrado do Produtor Rural (Anexo a estrutura da EMBRAPA/RR)
INDÚSTRIA, MINERAÇÃO, COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados
Meta Estimada
Valor estimado
Revitalização, adequação e ampliação do D.I. Aquilino Mota Duarte
01 50.000.000
Ampliação dos recursos disponíveis do Pró-micro
Intensificação do processo de normalização, inspeção, certificação e fiscalização das características metrológicas, materiais e funcionais dos bens manufaturados, tanto os produzidos no País quanto os importados.
-
Regulamentação e implantação das Áreas de Livre Comércio de Boa Vista (ALCBV) e de Bonfim (ALCB), com a construção da infra-estrutura necessária ao seu funcionamento e implantação dos Planos Diretores desses municípios. As referidas ALC´s foram criadas há 15 anos pela Lei nº 8.256 e alterada pela Lei 11.732/08
30.000.000
Novos Projetos
Meta Estimada
Valor estimado
Construção de Galpões alfandegados 02 8.000.000
Construção da 2ª etapa do Condomínio Industrial de Boa Vista
01 20.000.000
Implementação do Programa de Microcrédito Produtivo e Orientado.
-
Mapeamento em escala compatível das áreas de lavra mineral concedidas ao Estado
10.000.000
PRODETUR (Estratégia do Produto Turístico, Comercialização, Fortalecimento Institucional e Gestão Ambiental)
96.000.000
PRODETUR (Infra-Estrutura):
- Construção, Implantação e Estruturação dos Centros de Informações Turísticas nos Municípios de Boa Vista, Amajarí, Bonfim, Pacaraima e Mucajaí.
05 2.910.000
- Revitalização do Sitio Arqueológico e Vila do Forte São Joaquim
2.580.000
- Construção e Estrutura da casa do Turismo 01 2.328.000
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- Construção do Centro de Convenções do Estado de Roraima
01 77.600.000
- Construção do Centro de Integração Brasil Venezuela(Município de Pacaraima)
01 2.910.000
- Construção do Centro de Integração Brasil – Guiana (Município de Bonfim)
01 2.069.000
- Urbanização Turística nos Municípios de Pacaraima, Bonfim, Mucajaí e Caracaraí
04 5.141.000
- Construção do Complexo Turístico da Vila do Tepequém no Município do Amajarí
01 7.178.000
- Implantação da Sinalização Turística do Pólo Turístico(Bilíngüe)
2.328.000
- Construção do Marco da Linha do Equador na BR -174 01 7.566.000
- Construção do Planetário e observatório no Parque Anauá no Município de Boa Vista
01 8.342.000
- Terminal Alfandegário da ALC. de BV no Município de Boa Vista
01 2.076.000
- Revitalização do Parque Anauá no Município de Boa Vista
01 13.076.000
Construção da Praça de Alimentação do Centro Poli esportivo do Parque Anauá
01 2.716.000
- Construção do Terminal Rodoviário Intermunicipal Padrão em Boa Vista
01 4.016.000
- Infra - Estrutura de acesso e Apoio a locais turísticos selecionados
11 Municípios
1.164.000
Avenida Beira Rio (Ponte Macuxí até o Beiral)
Centro de Cultura e Artesanato
Praça dos Cavalos Selvagens
Memorial dos Imigrantes
Praça das Artes(Alimentação)
Zoológico/ Jardim Botânico
Aquário Público Estadual
Humanização da ponte Macuxí
Pólo Hoteleiro, “Ponta Branca” encontro do Rio Cauamé com o Rio Branco
Parque Ecológico do Rio, ilha em frente ao pólo hoteleiro
Portal da Cidade, monumento na entrada da cidade BR-174
Ponte interligando o Pólo Hoteleiro ao Parque Ecológico do Rio Branco
Memorial da Cidade
Monumento Cristo Rei, na rótula da Avenida Venezuela com BR- 174
Programa de preservação ambiental do Cauamé
Parque Anauá II (Pintolândia)
Pólos de turismo e lazer, nas sedes dos municípios
Programa “lembre Roraima”, pequenas lojas de souvenir com a marca de Roraima, incrementando o artesanato local
Revitalização da Igreja da Matriz, no centro histórico de Boa Vista
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Circuito noturno de Boa Vista
Revitalização do Parque Anauá
Acordo Comercial com a Venezuela para implantação de programa de desenvolvimento do turismo na faixa de fronteira direcionado para o fortalecimento do processo de integração de Roraima com aquele país.
- -
Definição para exploração de sítios minerais, priorizando os minerais estratégicos (ouro, nióbio, urânio e cassiterita)
- -
MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO E ORDENAMENTO TERRITORIAL Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados
Meta Estimada
Valor estimado
Regulamentação do ZEE-RR
Ampliação da escala do ZEE-RR de 1:250.000 para 1:100.000, tendo como base as Bacias Hidrográficas do Estado de Roraima
Ordenamento Territorial e Regularização Fundiária - 41.000.000
PROGRAMA RORAIMA SUSTENTÁVEL
Programa de Regularização Ambiental Roraima Sustentável
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Novos Projetos
Meta Estimada
Valor estimado
Assinatura de Acordo Comercial com a Venezuela para importação de combustíveis daquele país, com preços diferenciados, tendo em vista o suprimento desse insumo básico à agricultura e à produção de modo geral, contribuindo para que nossas estruturas de custos de produção ganhem competitividade em relação às regiões Sul e Sudeste. Em audiência no mês de agosto de 2006, em Caracas, o Presidente Hugo Chaves manifestou-se favorável ao pleito. Os órgãos envolvidos (PDVSA, PETROBRAS, Governo de Roraima e outros) discutiram os termos do referido Acordo Comercial sob coordenação do MRE/DAM II. O principal obstáculo reside na carga tributária de R$ 1,198 por litro de gasolina e de R$ 0,5825 por litro de diesel, cujo preço FOB especial é de R$ 0,20 por litro de combustível.
- -
Extensão dos Benefícios da Zona Franca de Manaus (ZFM), relativos ao PIS/COFINS.
- -
Projeto de Ordenamento Territorial para o Desenvolvimento Urbano e Rural dos Municípios e Regularização Fundiária
40.000.000
1º Prêmio Femact de Incentivo à Gestão Ambiental e Cidadania
Divulgação do Programa A³P (Agenda Ambiental na
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Administração Pública)
Campanhas educativas de prevenção a incêndios florestais
INFRA-ESTRUTURA E URBANISMO Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados
Meta Estimada
Valor estimado
Pavimentação de Rodovias Federais (BR 174, 401, 432 e 210)
- 500.000.000
Conservação de Rodovias Federais - 290.000.000
Construção de Estradas Vicinais - 27.600.000
Pavimentação de Rodovias Estaduais e vicinais - 168.000.000
Conservação de Estradas Vicinais - 120.000.000
Comunidades Indígenas Atendida com Energia
Ampliação do Sistema de Transmissão e Subtrasmissão de Energia
250.000.000
Distribuição de Energia Rural (Luz Para Todos) 86.000.000
Novos Projetos
Meta Estimada
Valor estimado
Recuperação e repotencialização do Parque Gerador de Jatapú
40.000.000
Construção da UHE Cotingo 490.000.000
Implantação do Programa Estadual de Biocombustíveis. 140.000.000
Plano Nacional Logística em Transporte (PELT) 37.500.000
Construção de Terminal para Armazenagem e Mistura de Combustível.
30.000.000
Viaduto da Mario Homem de Melo x Av. Venezuela, inclusive rótula da Av. Athaíde Teive
02 2.600.000,00
Complexo Viário no entroncamento da Av. Venezuela com Brig. Eduardo Gomes (Detran), estudar soluções em alças viárias.
Estruturas de um Plano Viário Estadual, visando atender as atividades produtivas em potencial de crescimento.
Restauração da Malha Viária Estadual existente
Prolongamento da Avenida Rio Grande do Sul por trás do Parque Anauá.
Requalificação Urbanística do Igarapé Caxangá e seus afluentes
71.000.000
Porto Fluvial em Caracaraí ou Santa Maria do Boiaçu, visando principalmente o escoamento da produção de grãos. Ação que poderia ser desenvolvida através das Parcerias Público Privada(PPP)
Implantação e Pavimentação da BR- 432, inclusive obras de artes especiais, visando atender a região produtora do
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Cantá. Parte do Projeto encontra-se em analise junto ao DNIT
Estudar, junto ao Governo Federal, a possibilidade de implementação do “ARCO NORTE”, em especial a ligação com o porto marítimo de Georgetown (Guiana Inglesa). Estudar possibilidades de PPP’s
Obras de Arte Especiais de pequeno porte, Pontilhões, a serem adquiridos diretamente das metalúrgicas, para recompor as pontes de madeira existentes nas vicinais e estradas estaduais.
UHE do Bem Querer em Caracaraí, como sendo opção a UHE Cotingo, permitindo a construção das eclusas no trecho não navegável do Rio Branco, viabilizando a navegação até a capital e norte do Estado. O Lago poderia ser aproveitado com pólos de produção agrícolas com irrigação coletando águas do lago
Ferrovia da Produção, em parceria com a iniciativa privada, produtora de grão, interligando a região produtora de grãos ao norte do estado até o Porto de Caracaraí. Estudar neste caso também acordos internacionais, através de PPP’s, a China e Japão tem bastante interesse em fornecer locomotivas para este tipo de investimento, facilitando possíveis financiamentos.
Hidrovia da Produção, a partir do Porto de Caracaraí ou Santa Maria do Boiaçu, implementar a navegabilidade perene do Rio Branco em seus trechos críticos, através de balizamento via satélite, para escoamento da produção de grãos através do Rio Negro/Amazonas, através de balsas de Eletrificação Rural.
Abertura de crédito ao Governo da Guiana para financiamento da construção e pavimentação da rodovia Lethem-Georgetown (ambas as obras são fundamentais para a materialização do Projeto Arco Norte, de integração das economias do Norte do Brasil ao mercado do Caribe), construção do Porto em Barbice e conclusão da ponte sobre o rio Itacutu.
- -
CIÊNCIA, TECNOLOGIA & INOVAÇÃO Novos Projetos
Meta Estimada
Valor estimado
Fortalecimento das instituições de pesquisas que operam no Estado de Roraima, com destaque para a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias – EMBRAPA e para a Fundação Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia – FEMACT
10.000.000
MODERNIZAÇÃO DO ESTADO
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Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados
Meta Estimada
Valor estimado
Ampliação do Programa de Habitação do Servidor Público
Consolidação da implantação do Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças – FIPLAN
3.500.000
Reestruturação Organizacional do Estado
Criação do Portal da Transparência
Realização de Concursos Públicos (áreas de segurança, caer, Ipem, e outras áreas)
Programa de Modernização da Gestão Pública
Movimento Avança Roraima
Fortalecer institucionalmente para assegurar todas as concessões de benefícios aos integrantes da previdência social do Estado de Roraima.
Dinamização e ampliação da capacidade de suporte administrativo e assessoramento técnico e normativo das ações diretas do governador
Realização da “Ouvidoria Cidadã” Parceria com as Universidades
Novos Projetos
Meta Estimada
Valor estimado
IDC – Internet Data Center 15.000.000
Nova sede da SEGAD 12.000.000
Criação de agências de regulação de serviços públicos
TRABALHO, EMPREGO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados
Meta Estimada
Valor estimado
Manutenção do estágio remunerado para o estudante de nível médio
Manutenção da bolsa de estudos de cursos superiores, aos estudantes de baixa renda
Construção de casas populares para famílias de baixa renda Programa Minha Casa, Minha Vida
120.000.000
Incentivo ao fortalecimento do artesanato de Roraima
Manutenção do Vale Solidário
Manutenção do Restaurante Popular
Manutenção dos programas estaduais de proteção e garantia dos direitos da criança, do adolescente e do idoso.
Programa Alô Mamãe
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Programa Galopando para o Amanhã
Programa Cidadão do Futuro
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil
Programa de Estagio de Nível Superior
Programa Bolsa Família e Cadastro Único –PBF
Programa de Qualificação e Requalificação Profissional
Programa de Geração de Renda
Projeto Espaço Criança Cidadã
Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência “Viva Comunidade”
Novos Projetos
Meta Estimada
Valor estimado
Implantação de pólos de desenvolvimento produtivo 05 16.000.000
Regularização de Assentamento Precário – Bairro Brigadeiro e outros (construção de casas)
75.000.000
Implantação do Centro de Atendimento ao Cidadão – CAC 02 1.300.000
Casas de Ofício
Centro de Convivência do Idoso. 01 3.6000.000
Casa Lar Masculina e Feminina 02 780.000,00
EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados
Meta Estimada
Valor estimado
Formação de Capital Intelectual 13.500.000
Qualificação Profissional (inicial e continuada)
Realização de Cursos de Extensão e Pós-Graduação
Apoio à Pesquisa e Produção Científica
Projeto de Inclusão Digital
Cursos de Extensão, Graduação e Especialização à Distância
Programa de Educação de Jovens e Adultos no Sistema Prisional
PDE – Escola Melhoria da Qualidade da Educação Básica
Programa Mais Educação – ampliação do tempo e da aprendizagem
Circuito Campeão – Parceria Instituto Airton Senna
Projeto Festival Curumim
Programa Olimpíada Brasileira de Matemática alunos
Programa Olimpíada da Língua Portuguesa
Jogos escolares 1/ano
Jogos Escolares Indígenas da Amizade 1/ano
Festival de Ginástica 1/ano
Encenação da Paixão de Cristo em Mucajaí 1/ano
Cantata de Natal 1/ano
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Arraial da Três Nações 1/ano
FEMURR (Festival de Música de Roraima) 1/ano
Novos Projetos
Meta Estimada
Valor estimado
Museu dos Povos de Roraima 01 15.000.000
Projeto de resgate do patrimônio histórico e cultural do Estado (Teatro Carlos Gomes, Casa da Cultura)
02 8.000.000
Estruturação da Secretaria de Cultura e Desportos 01 30.000.000
Nova sede da SECD 01 25.000.000
Centro Regional de logística da educação 01 12.000.000
Implantação de oficinas em complementação às escolas que não foram contempladas com o “MAIS EDUCAÇÃO”. Proposta CEFOR.
PROGRAMA MÉDIO INOVADOR, voltada para inclusão de alunos super-dotados nas escolas superiores de ponta na área tecnológica.
Biblioteca Setorial, na capital e municípios, envolvendo a área de informática.
15 1.200.000
Escolas Estaduais, incremento de vagas.
PORTAL DO ESTUDO – Estrutura física e infra-estrutura física.
Revitalização e Urbanização de NOVO Estádio Canarinho. 01 140.000.000,00
Módulos desportivos nos municípios do interior e na capital.
Planetário Estadual, iniciação científica dos estudantes da rede de ensino estadual.
01 10.000.000,00
Museu de Artes Contemporâneas 01
Centro Regional de Educação 04
SAÚDE Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados
Meta Estimada
Valor estimado
Implantação do GSAN – Sistema Integrado de Gestão de Serviços de Saneamento
Projeto de Captação, Tratamento, Reservação e Distribuição de água em Boa Vista
Projeto Otimização e Expansão do Sistema de Esgotamento Sanitário em Boa Vista
Novos Projetos
Meta Estimada
Valor estimado
Elaboração do Plano Diretor de Saneamento Básico: PAC – Saneamento para Todos
5.400.000
Otimização do sistema de abastecimento de água nas 30.000.000
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sedes de municípios
Ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgoto de Boa Vista
290.000.000
Ampliação da drenagem urbana em Boa Vista 22.000.000
Elaboração do Projeto de Esgoto das sedes de municípios 12.000.000
Logística de abastecimento de medicamentos e insumos básicos de saúde. (UNIHEALTH)
Prontuário médico digital e digitalização do acervo existente.
01 20.000.000
Incremento no número de leitos hospitalares 2.500,00/m²
UNACON - Unidade de Alta Complexidade em Oncologia. 01 2.500,00/m²
Hospital das Clínicas no Bairro Pintolândia 01
Unidade de Pronto Atendimento Infanto-Juvenil 01 1.800,00/m²
Central de Medicamento do Estado. 01 1.000,00/m²
Hospital de Doenças Tropicais, inclusive dermatologia tropical.
01 2.500,00/m²
Centro de Diagnóstico por Imagens, anexo ao HGR, projeto pronto;
Serviço de Verificação de Óbitos e Laboratório de Patologia.
Hospital de Urgência
Policlínica Cosme Silva, unidade de atendimento especializado, cardiologia, cirurgia, endócrino, reumatologia. Adequação de estrutura física.
Unidade de Recuperação de Dependente Químico. (Fora da área urbana).
Centro de referência da mulher, proposta para local: antiga residência médica. Hoje está funcionado nas dependências da maternidade.
Hospital de Rorainópolis de referência do Sul.
Centro de Diagnóstico por Imagem em Rorainópolis.
Salas de estabilização nas sedes de municípios, ampliação anexa as unidades existentes.
SEGURANÇA PÚBLICA Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados
Meta Estimada
Valor estimado
Projeto Social Bombeiro Curumim
Cursos de habilitação/aperfeiçoamento de Oficiais Bombeiros
Operação de Estiagem, enchente e prevenção e combate a incêndios florestais
Rádio-Patrulhas – Rondas Ostensivas (automóvel, motocicleta, bicicleta)
PROERD – Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência
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Novos Projetos
Meta Estimada
Valor estimado
Construção de delegacias padrão - Projeto Delegacia Cidadã
50.000.000
Construção do quartel da Companhia de Bombeiros de Rorainópolis
Construção do Posto de Bombeiros do Distrito Industrial em Boa Vista
Implantação do Sistema de Vídeo Monitoramento
Criação e Estruturação do Sistema Estadual de Inteligência de Segurança Pública
Implantação do Posto Permanente e Móvel de Fiscalização Integrada no Baixo Rio Branco
Construção do Prédio para a Polícia Técnica
Construção do Prédio do Instituto Médico Legal
Centros integrados de segurança Pública, unindo em uma mesma área física policiais militar e civil, bem como justiça estadual.
Operação repressão a crimes ambientais da PM
JUSTIÇA E CIDADANIA Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados
Meta Estimada
Valor estimado
Atendimento psicossocial para presidiários
Implantação do Berçário e Creche na Cadeia Feminina
Cursos Profissionalizantes para presidiários
Oficinas e Palestras Educativas
Ações integralizadas na área de saúde, cidadania, estética, cultura,esporte, lazer, dentre outros.
Novos Projetos
Meta Estimada
Valor estimado
Construção do Presídio Feminino 2.000.000
Construção da Cadeia Pública 2.000.000
Casa do Albergado, para atendimento a Lei de Execução Penal.
01 1.800.000,00
Hospital de Custódia e tratamento Psiquiátrico