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1 UNIÃO POR RORAIMA Diretrizes para um PLANO DE GOVERNO JOSÉ DE ANCHIETA JÚNIOR Vice: Chico Rodrigues 45

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UNIÃO POR RORAIMA

Diretrizes para um

PLANO DE GOVERNO

JOSÉ DE ANCHIETA JÚNIOR Vice: Chico Rodrigues

45

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Nosso Objetivo Síntese

Acelerar o Desenvolvimento Humano Sustentável de Roraima:

socialmente includente, ambientalmente sustentável e economicamente

sustentado.

Em dez anos, Roraima será o melhor lugar da Amazônia para se

viver e trabalhar. Esta é a Visão de Futuro que sintetiza os anseios e

sonhos da sociedade roraimense.

Nossa Meta Síntese

Alcançar o melhor desenvolvimento humano sustentável da região Norte,

situando-o em nível superior ao da média nacional (IDH > 0,766).

Para alcançar essa meta síntese é necessário: – Ampliar as oportunidades de trabalho, emprego e renda do roraimense

mediante incentivo ao crescimento da produção ambientalmente

sustentável e competitiva.

– Universalizar o ensino básico e fortalecer a formação de Capital

Intelectual de Roraima em todos os seus níveis.

– Aumentar a expectativa de vida dos roraimenses: melhorar a saúde

maternal; reduzir a mortalidade infantil; combater o HIV/AIDS, a malária

e outras doenças.

– Fortalecer a base institucional dos direitos de propriedade mediante a

aceleração do processo de regularização fundiária das terras urbanas e

rurais de Roraima combinado com o programa de regularização

ambiental. Fortalecer a segurança institucional e social do cidadão é

dever inalienável do Estado.

– Promover a expansão e consolidação de ampla rede social, incentivar a

inclusão social mediante ações que priorizem a população de menor

poder aquisitivo: erradicar a extrema pobreza e a fome; promover a

igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres, privilegiando o

estabelecimento de parceria mundial para o desenvolvimento.

-- Ampliar e consolidar a infra-estrutura de energia, transportes e

comunicações.

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ESTRUTURA PROPOSTA

I - INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4

II - OBJETIVO .................................................................................................................... 28

III - EIXOS ESTRATÉGICOS E OBJETIVOS .................................................................... 33

A. Crescimento Econômico Sustentável ........................................................................ 33

B. Justiça e Inclusão Social ............................................................................................ 34

C. Estado Eficiente e Transparente na Gestão .............................................................. 34

IV - DIRETRIZES ............................................................................................................... 35

V - VISÃO DE FUTURO PARA RORAIMA ........................................................................ 37

VI - FUNDAMENTOS DO PLANO ..................................................................................... 39

1. Definição da Política Fundiária de Roraima ............................................................... 42

2. Estabelecimento de Incentivos Fiscais e Extra-Fiscais para o Desenvolvimento de Roraima .......................................................................................................................... 44

3. Gestões para a efetivação das Áreas de Livre Comércio e Zonas de Processamento de Exportações: ................................................................................... 45

4. Planejamento e Ordenamento Territorial ................................................................... 47

5. Formação de Capital Intelectual ................................................................................. 50

6. Captação de Recursos ............................................................................................... 52

6. Turismo ...................................................................................................................... 53

7. Inclusão Digital ........................................................................................................... 55

VII - DIAGNÓSTICO RORAIMA .......................................... Error! Bookmark not defined. Aspectos Demográficos ................................................... Error! Bookmark not defined. Aspectos Econômicos ...................................................... Error! Bookmark not defined.

A inserção Internacional ............................................... Error! Bookmark not defined. Aspectos Sociais - Avanços na Qualidade de Vida .......... Error! Bookmark not defined.

Nível de Renda e Pobreza ............................................ Error! Bookmark not defined. Acesso aos Serviços Públicos Básicos ........................ Error! Bookmark not defined. O Desenvolvimento Social ............................................ Error! Bookmark not defined.

VIII - CENÁRIO MACROECONÔMICO ............................................................................. 56

IX - ESTRATÉGIAS ........................................................................................................... 58

A. Eixo Crescimento Econômico Sustentável ................................................................ 58

I. Agronegócio e Agricultura Familiar ............................................................................. 58

II. Indústria, Mineração, Comércio, Turismo e Serviços ................................................. 59

III. Meio Ambiente, Planejamento e Ordenamento Territorial ......................................... 60

IV. Infra-estrutura e Urbanismo ...................................................................................... 60

V. Ciência, Tecnologia & Inovação ................................................................................ 61

B. Eixo Justiça e Inclusão Social .................................................................................... 61

I. Trabalho, Emprego e Desenvolvimento Social ........................................................... 62

II. Educação, Cultura e Desporto ................................................................................... 62

III . Saúde ....................................................................................................................... 63

IV. Segurança Pública .................................................................................................... 64

V. Justiça e Cidadania .................................................................................................... 65

C. Eixo Estado eficiente e transparente na Gestão ........................................................ 65

I. Modernização do Estado ............................................................................................. 65

X - AS PROPOSTAS ......................................................................................................... 66

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UNIÃO POR RORAIMA

Crescimento Econômico Sustentável, Inclusão Social e Eficiência da Gestão Pública

I - INTRODUÇÃO

Este documento enfeixa o conjunto das proposições de campanha à reeleição

do Governador José de Anchieta Júnior ao governo de Roraima, cobrindo o período

2011-2014. Representa ponto de partida, não é ponto de chegada, de um conjunto de

propostas que compõem o nosso projeto político de desenvolvimento sócio-econômico

de Roraima.

O Governador governa com a Assembléia e com a sociedade. As iniciativas

enumeradas aqui abrangem tanto o que o Governador pode iniciar por conta própria

como chefe da administração estadual quanto o que ele pode propor à Assembléia

Legislativa e às demais instituições como Chefe de Governo e como líder político. Para

ajudar a mudar Roraima, o Governador precisa negociar com os grandes interesses

organizados. Precisa também mobilizar as maiorias desorganizadas para apoiar as

reformas necessárias. Sem a negociação, a mobilização vira aventura populista. Sem a

mobilização, a negociação degenera em acerto elitista ou corporativista.

Ele resume experiências, reflete aprendizagem, e pretende traduzir os anseios e

expectativas do povo roraimense, recolhidos durante reuniões e debates com diversos

segmentos de nossa sociedade. O documento traduz e atualiza a Agenda de

Desenvolvimento firmada em 2007 por representantes de quase todos os partidos

políticos. Submetido aos partidos políticos e às organizações da sociedade civil que

convergem para apoiar a candidatura de José de Anchieta ao Governo de Roraima,

pretende aprofundar e ampliar a discussão do nosso modelo de desenvolvimento, do

presente e do nosso futuro.

A proposta será consolidada ao final do processo eleitoral de modo a abrigar as

prováveis contribuições que certamente aparecerão ao longo da campanha. Desse

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diálogo de candidatos e partidos políticos com a sociedade civil roraimense resultará o

Plano de Governo, versão final, para o período 2011-2014. Seu objetivo é o de

reposicionar e manter Roraima na trilha do novo século XXI, apresentando um projeto

de desenvolvimento capaz de fomentar mudanças estruturais na economia do Estado e

de proporcionar à sociedade roraimense melhorias na escala do desenvolvimento

humano e social.

Dependente desde o início de sua história quase que exclusivamente das

despesas públicas, o Produto Interno Bruto (PIB) roraimense tem na economia do setor

público o seu eixo dinâmico. As Administrações Públicas Federal, Estadual e Municipal

são responsáveis por quase 50% do valor do PIB de Roraima. Esse PIB baseado no

“contra-cheque chapa branca” tem dado bons resultados sócio-econômicos, como

mostram o Índice de Desenvolvimento Humano-IDH (2º da região Norte) e a renda per

capita (17º do Brasil), mas mostra claros sinais de esgotamento, como por exemplo a

sua capacidade de gerar novos empregos de modo a absorver as demandas da

juventude de Roraima. Mas esse modelo da economia do setor público tem

sustentabilidade? A resposta é negativa; por conseqüência mantemos o entendimento

de que Roraima precisa fortalecer a economia do setor privado.

Por isso vimos trabalhando a implantação de um novo modelo de

desenvolvimento econômico, baseado no capital privado, no empreendedorismo e na

competitividade de nossa economia. Condição necessária, mas não suficiente.

Roraima tem de continuar enfrentando os desafios relativos à segurança jurídica

quanto aos direitos de propriedade, principalmente os da propriedade fundiária. Ainda

no campo institucional, Roraima, como de resto toda a Amazônia, enfrenta a

condicionante ambiental. No nosso caso temos 68% do território roraimense como

áreas protegidas (terras indígenas, unidades de conservação, terras afetadas ao

Ministério da Defesa) que adicionadas aos estoques de terras destinadas às reservas

legais (80% das florestas e 35% dos lavrados/savanas) e às áreas de proteção

permanente (APP), resultam em apenas 7% da superfície territorial de Roraima que

podem ser integralmente aproveitados na produção (1,6 milhões de hectares,

aproximadamente).

Essa é a grande questão: como ingressar na trajetória virtuosa de um

desenvolvimento socialmente includente, ambientalmente sustentável e

economicamente sustentado?

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Condição indispensável para que um estado ou até um país tenha capacidade

de gerar novos empregos e renda em volume considerável é o crescimento. Mas para

crescer de forma sustentável são necessários mercados compradores, produção

competitiva, tecnologia adequada, mão-de-obra qualificada, capital intelectual e novos

investimentos públicos e privados, pois sem eles não há crescimento econômico

duradouro, que consiste no incremento do Produto Interno Bruto (PIB) real à taxa

superior ao crescimento da população.

O crescimento da população gera demanda por serviços públicos os quais

devem ser supridos por novos investimentos em infra-estrutura econômica e social, na

construção de escolas, hospitais, rodovias, estradas vicinais, obras de saneamento e

equipamentos sociais de um modo geral, além de investimentos na manutenção da

máquina já existente.

Requer também, a realização de investimentos privados na ampliação ou

expansão da capacidade de produção da economia regional, sob pena de

presenciarmos o suprimento da expansão da demanda por bens e serviços através do

aumento das importações e o conseqüente vazamento de renda do Estado para outras

unidades da Federação.

Por outro lado, os investimentos, que representam tanto despesas na formação

bruta de capital fixo, quanto na formação de capital humano, devem ser financiados

através de poupanças, que podem ser internas e externas.

O nível de poupança interna é sabidamente insuficiente para alavancar

crescimento pelo menos igual ao da população; por esse motivo precisamos captar

poupanças externas, ou seja, recursos financeiros de outras regiões do país e até do

exterior para podermos financiar os níveis de investimentos requeridos pelo

crescimento sustentável. No programa de investimentos que ora apresentamos o

Governo Estadual fará esforço de captação de recursos junto ao Governo Federal

(União), através de sua base parlamentar de apoio, correspondentes a 90% dos

investimentos previstos.

Mas além de recursos financeiros, de recursos naturais, de capital físico e de

capital humano qualificado, o crescimento econômico requer tecnologia adequada e,

principalmente, empreendedores capazes de organizar a economia, promover

inovações e de competitividade para avançar e conquistar mercados. O

empreendedorismo é, portanto, fator essencial e vital para o desenvolvimento.

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No caso de Roraima, precisamos enfrentar outros desafios. A necessidade de

crescermos de forma sustentável requer que o Estado de Roraima continue buscando

a regularização do seu patrimônio fundiário. Simultaneamente, a necessidade de

captarmos poupança externa certamente requer uma base parlamentar coesa e

articulada com o Poder Executivo e sua equipe de formulação e elaboração de projetos

estratégicos.

Roraima tem o menor PIB do país. No entanto, o resultado de sua economia

está longe de ser o pior. Somos a menor economia, mas não somos a pior. Pelo

contrário, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Roraima apresenta-se como

o segundo melhor do Norte e o 13º do Brasil (2004). A renda per capita é a 17ª do país.

Mas este quadro favorável não é sustentável, pois, ele se ancora nos gastos

públicos. Em Roraima, o Estado é maior que a sociedade. De cada R$ 100,00 do PIB,

R$ 48,00 são representados pelas despesas da administração pública (Federal,

Estadual e Municipal). Para cada R$ 1,00 arrecadado diretamente pelo governo

estadual, a União lhe transfere R$ 3,00. A Agropecuária representa menos de 5,3% da

riqueza anualmente gerada em Roraima. A economia do setor público revela-se assim

claramente dominante na formação da riqueza roraimense.

Muito embora os resultados sócio-econômicos do modelo em vigor revelem-se

satisfatórios, os sinais de seu esgotamento são claros. Apesar de termos ainda alguma

margem para avançar em saúde e educação dentro dessa moldura, ele não

possibilitará avanço mais vigoroso da produção e do nível de empregos e nem melhoria

consistente e sustentável da renda.

Por isso, segmentos expressivos da sociedade roraimense clamam pela

definição de um modelo de desenvolvimento que não seja tão dependente das

decisões alocativas do Governo, mas que seja estruturado em um sistema de produção

e de geração de riquezas e empregos ancorados diretamente na sociedade,

principalmente nos investimentos privados e na economia de mercado.

Qualquer que seja o modelo de desenvolvimento de uma região, o mercado se

apresenta como variável-chave dessa equação, principalmente quanto ao tamanho do

mesmo.

No caso roraimense, temos um mercado local reduzido, constituído por

aproximadamente 420.000 habitantes, cuja renda se apresenta concentrada. Isto

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posto, significa que, se quisermos crescer de forma mais rápida, precisamos ancorar

nossa economia à dinâmica dos mercados nacional e internacional representado pela

demanda por bens e serviços de outros estados brasileiros e pela demanda de outros

países, principalmente dos países fronteiriços no estágio inicial da nossa demarragem.

No entanto, mesmo que o mercado interno não se constitua como fator dinâmico

principal do crescimento econômico, implementar-se-á política de substituição de

importações de produtos selecionados, onde apresentamos vantagens comparativas. A

implantação das Áreas de Livre Comércio de Boa Vista (ALCBV) e de Bonfim (ALCBF)

são elementos centrais como instrumentos de promoção dessa política.

Pelo lado da oferta deve ser modelo que gere produção, renda e empregos.

Mas, que acima de tudo, o objetivo do desenvolvimento seja a criação de um ambiente

que permita às pessoas desfrutarem de uma vida longa, saudável e criativa, dentro do

conceito de desenvolvimento humano.

Para medi-lo, a ONU usa o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o qual

tem servido exitosamente como uma alternativa para se medir o desenvolvimento,

suplementando o Produto Interno Bruto (PIB). De fato, ele baseia-se em três

componentes diferentes - indicadores de longevidade, educação e renda per capita.

O desenvolvimento não se restringe à opulência econômica – como no caso do

PIB, que muitas vezes fica concentrada nas mãos de poucos. Esta concepção do

desenvolvimento dá, portanto, a mesma importância aos fatores sociais quanto a

atribuída aos fatores econômicos. Por isso o objetivo da nossa proposta pode ser

definido como a busca de maior crescimento econômico, com o aumento do Produto

Interno Bruto (PIB), mas também melhor qualidade de vida, mediante mais saúde,

mais educação, mais segurança, mais empregos e melhores salários. Enfim, queremos

justiça social.

Por outro lado, o padrão de crescimento dos países industrializados e o avanço

da economia de fronteira se caracterizaram pela utilização indiscriminada dos recursos

naturais e pelo rápido esgotamento das reservas conhecidas. Nem por isso, nossa

região deve ser privada da exploração dos seus recursos naturais. Mas essa

exploração deve ser feita de uma forma que não comprometa o equilíbrio ecológico.

Vale lembrar que a noção-chave dessa idéia reside no conceito de Desenvolvimento

Sustentável (DS) lançado em 1983 pela Comissão das Nações Unidas para o Meio

Ambiente e o Desenvolvimento (Relatório Nosso Futuro Comum), assim definido:

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desenvolvimento sustentável é aquele capaz de atender às necessidades da geração

atual sem comprometer o potencial de suprir as necessidades das gerações futuras.

O desenvolvimento sustentável exige planejamento de longo prazo e a

conscientização por parte da sociedade de que os recursos naturais não são

inesgotáveis e de que as decisões que podem afetar a coletividade devem ser tomadas

de forma ampla e participativa. E, somente mediante o atendimento das necessidades

das populações que habitam essas áreas, será possível brecar o processo de

devastação.

Sabemos, porém, que não será possível a exploração sustentada dos recursos

naturais ao sabor exclusivo dos mecanismos de mercado, renunciando-se ao

estabelecimento de claro marco regulatório. O Estado deve participar desse processo

e, no mínimo, fiscalizar, monitorar e promover a regularização fundiária e o

planejamento e o ordenamento do seu território, tendo por principal instrumento o

zoneamento ecológico-econômico (ZEE) e a gestão das suas bacias de recursos

hídricos.

Adicionalmente, ressaltamos que a natureza desse modelo é endógena.

Significa que do ponto de vista espacial ou regional, o conceito de desenvolvimento

endógeno pode ser entendido como um processo interno de ampliação contínua da

capacidade de agregação de valor sobre a produção, bem como da capacidade de

absorção da região, cujo desdobramento é a retenção do excedente econômico gerado

na economia local e/ou a atração de excedentes provenientes de outras regiões. Esse

processo tem como resultado a ampliação do emprego, do produto e da renda do local

ou da região, em um modelo de desenvolvimento regional definido. Entretanto, o

aspecto novo do processo, que traz à luz um novo paradigma de desenvolvimento

regional endógeno, está no fato de que a definição do referido modelo de

desenvolvimento passa a ser estruturada a partir dos próprios atores locais, e não mais

pelo planejamento centralizado; essa estruturação é realizada por meio de um

processo já definido como organização social regional, e que tem como característica

marcante a ampliação da base de decisões autônomas por parte dos atores locais.

O modelo pode ser definido como desenvolvimento realizado de baixo para

cima, ou seja, partindo das potencialidades socioeconômicas originais do local, no

lugar de um modelo de desenvolvimento de cima para baixo, isto é, partindo do

planejamento e intervenção conduzidos pelo Estado nacional. Essa última modalidade

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pode ser associada àqueles casos de implantação de grandes projetos estruturantes

(do tipo Carajás, Pólo Industrial de Manaus-PIM etc.) e que procura satisfazer a

coerência de uma matriz de insumo-produto nacional/internacional.

A nossa proposta de modelo de desenvolvimento tem por objetivo-síntese

alcançarmos o melhor desenvolvimento humano da região Norte, estruturado com base

em três eixos estruturantes: a) crescimento econômico sustentável; b) justiça e inclusão

social; e c) estado eficiente e transparente na gestão. A tais eixos se encontram

associados objetivos a serem atingidos, com suas respectivas diretrizes e estratégias.

A visão espacial da ocupação econômica que imaginamos do espaço estadual

está centrada na agricultura familiar nos diversos municípios; na formação de

agropólos na região dos “lavrados” com base na exploração de lavouras de grãos, de

fruticultura e cana-de-açúcar; de agropólo de biocombustíveis na região sul de Roraima

(exploração do dendê); exploração madeireira sustentada nas regiões de mata;

clusters econômicos de turismo em diversas regiões do Estado, e no papel que os

centros urbanos regionais desempenharão como receptores e irradiadores do

desenvolvimento descentralizado, especialmente a cidade de Boa Vista, que pode ser

pólo de serviços de qualidade nas áreas de educação, de saúde, de segurança e

outras atividades nas quais podemos construir vantagens comparativas.

Para assegurar a inclusão social, o crescimento da produção e da renda

apresenta-se como condição necessária, mas não suficiente. Em um país onde as

desigualdades sócio-econômicas são tão agudas tornam-se indispensáveis políticas

públicas de promoção da justiça social visando à redução ou atenuação das

desigualdades sociais, considerando que o mercado, sozinho, não é mecanismo eficaz

nesse sentido.

Pobreza não pode ser definida de forma única, mas ela se evidencia quando

parte da população não é capaz de gerar renda suficiente para ter acesso sustentável

aos recursos básicos que garantam uma qualidade de vida digna. Estes recursos são

água, saúde, educação, alimentação, moradia, renda e cidadania. São pobres aqueles

que, de modo temporário ou permanente, não têm acesso a um mínimo de bens e

recursos sendo, portanto, excluídos em graus diferenciados da riqueza social.

Fortaleceremos a proteção social básica de caráter preventivo e processador de

inclusão social nas políticas públicas, no mundo do trabalho e na vida comunitária e

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societária, com o objetivo de assegurar direitos e propiciar a construção da autonomia

das famílias, seus membros e indivíduos.

Reforçaremos a proteção social especial como modalidade de atendimento

assistencial destinada a famílias, seus membros e indivíduos em situação de risco

pessoal e social. E certamente que inclusão social se faz com educação de qualidade,

serviços de saúde e saneamento, de segurança e mediante a promoção de atividades

geradoras de emprego e renda.

A formação de capital humano e social é elemento chave para garantir a

empregabilidade presente e futura dos recursos humanos de um determinado território.

A qualificação e desenvolvimento de habilidades são fatores de importância crescente

para todas as atividades econômicas, tanto na indústria, com seus distintos níveis

tecnológicos, quanto na agroindústria e no setor de serviços. Torna-se elemento

determinante para a melhoria da qualidade de vida da população. Frente ao

desenvolvimento, os recursos humanos devem receber capacitação permanente e

adequada para que se obtenha uma melhor perspectiva de crescimento pessoal, tanto

no âmbito econômico como no social. Cabe erradicar o analfabetismo, universalizar a

educação básica com qualidade e investir na formação de tecnólogos e profissionais de

nível médio, em pós-graduados – especialistas, mestres e doutores. Uma sociedade

moderna é uma sociedade plugada na rede mundial de computadores, integrada pela

tecnologia e pelo conjunto de valores que determinam as mudanças globais. A

inclusão digital constitui assim demanda inadiável e imperativa do desenvolvimento

econômico e social das sociedades contemporâneas, industrializadas ou não.

Na era da globalização, da democracia, da economia do conhecimento e da

crise econômica permanente, a construção de projetos de desenvolvimento revela-se,

mais do que nunca, inadiável. E, nas regiões periféricas como a nossa, onde o

mercado geralmente falha no suprimento de bens e serviços essenciais, o Estado tem

papel decisivo no processo de transformação econômica e social. Por isso, torna-se

necessário que o Estado alinhe meios e fins, onde o Plano de Desenvolvimento esteja

alinhado ao projeto político de transformação da realidade, de construção de estruturas

políticas, institucionais e de estruturas produtivas que utilizem suas vantagens

comparativas. É preciso primeiro definir os resultados a serem alcançados, depois as

estratégias certas para alcançá-los e fazê-los acontecer. Querer desenvolver uma

região é ter um projeto político coletivo de transformação social.

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Por isso, precisamos dotar o Estado de capacidade estratégica de gestão, tendo

em vista sua ação em questões fundamentais para a sociedade, como por exemplo, o

planejamento territorial e ordenamento do território (zoneamento ecológico-econômico),

prosseguir na regularização fundiária assegurando o direito de propriedade de modo

geral, formar capital intelectual para a promoção do desenvolvimento sustentável,

manter as finanças equilibradas, captar poupanças externas e realizar investimentos

em regiões e/ou projetos estratégicos para o desenvolvimento.

Fundamental também é ter um plano de governo que seja instrumento de

interação entre o Estado e a Sociedade, capaz de receber novas idéias, refletindo as

complexidades da nossa realidade atual, com a possibilidade de incorporar novas

estratégias que devem emergir durante a sua execução. Para isto, pressupõe-se o

envolvimento do conjunto dos mais diversos atores e diferentes segmentos

representativos da sociedade em busca de qualidade de vida e condições dignas de

existência.

Finalmente, neste plano tem-se um referencial do que deve ser feito, suscetível

de ajustes, conforme demandas da sociedade, mas com profunda consciência das

limitações que temos que enfrentar para colocar de pé o modelo de desenvolvimento

que a sociedade roraimense precisa. Dessa forma evidenciamos que o caminho já

traçado está correto. Dentro do que foi possível fazer, os compromissos assumidos

foram honrados, mas ainda há muito a avançar. Ainda é necessário reafirmar,

consolidar e aprofundar as conquistas e as políticas implementadas que estão voltadas

para a geração de emprego, para a educação, saúde e para a transparência na gestão

pública. Assim o desenvolvimento chegará a todos os roraimenses e a todas as regiões

do Estado.

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ESTADO DE RORAIMA

II. RETROSPECTIVA RECENTE

Para entendermos o lugar onde moramos é necessário que entendamos o

cenário em que estamos inseridos, dentro do princípio de que a vida é o homem e suas

circunstâncias. Roraima integra a região mundialmente conhecida que é a Amazônia, a

qual, sob qualquer aspecto, conhecemo-la aos fragmentos, alguns claramente

fantasiosos, outros cientificamente consistentes. Os primeiros descrevem a região

como a terra das mulheres guerreiras, as Amazonas; o Inferno Verde de Euclides da

Cunha, o Paraíso Perdido. A fantasia mais recente apresenta a Amazônia como a

fábrica de oxigênio da terra, o pulmão do mundo, santuário intocado, patrimônio da

humanidade. Os países industrializados, principalmente Estados Unidos da América

(USA), Japão, Alemanha e Inglaterra pressionam para que sejamos a babá ambiental

do planeta, produtores de serviços ambientais, responsáveis pela reciclagem de

parte do dióxido de carbono despejado na atmosfera por essas potências industriais;

pressionam para que sejamos coleção de árvores a serem mantidas em pé, o que será

bom negócio desde que o valor dos serviços ambientais gerados pela floresta seja

maior do que o lucro obtido com a extração predatória da madeira e com a pastagem

ou cultivo implementados em seu lugar (mercado de crédito de carbono).

O fato é que a Amazônia cresceu bastante em 30 anos, pois sua

participação no PIB do país mais que dobrou no período, saltando de uma participação

de 2,24% em 1970, para 4,96% em 2005.

Participação Percentual no PIB a Preços Correntes do Brasil Região Norte e Estados

Estado 1970 1975 1980 1985 2002 2003 2004 2005

Rondônia 0.10 0.13 0.25 0.49 0,53 0,57 0,58 0,60

Acre 0.14 0.08 0.12 0 .15 0,19 0,19 0,20 0,21

Amazonas 0.72 0.80 1.13 1.44 1,47 1,47 1,56 1,55

Roraima 0.03 0.04 0.04 0.07 0,16 0,16 0,14 0,15

Pará 1.13 1.10 1.60 1.93 1,74 1,75 1,83 1,82

Amapá 0,12 0,06 0.08 0.12 0,22 0,20 0,20 0,20

Tocantins --- --- --- --- 0,38 0,43 0,43 0,42

Norte 2.24 2.21 3.22 4.20 4,69 4,78 4,95 4,96

Brasil 100.00 100.00 100.00 100.00 100,00 100,00 100,00 100,00 Fonte: De 1970 a 1980 - IBGE, Indicadores IBGE. De 2002 a 2005, IBGE / SEPLAN-RR

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Os estados que mais contribuíram para tal desempenho foram o Amazonas,

que saiu de uma participação de 0,72% no PIB do país, em 1970, para 1,55%, em

2005, sendo que Rondônia foi o que mais avançou em termos relativos pois saltou de

0,10%, em 1970, para 0,60% do PIB brasileiro em 2005.

Os mercados sempre trataram a Amazônia como grande almoxarifado de

matérias-primas, desde as antigas “drogas do sertão”, passando pela borracha,

minérios e madeiras, até à atual idéia de armazém da biodiversidade e de maior banco

genético do planeta, repleto de insumos blue chips (fármacos, principalmente). Já

experimentamos a tese da Amazônia, grande vazio demográfico, solução para os

homens sem terras do Nordeste, dentro da doutrina do integrar para não entregar,

mediante a implantação dos projetos de assentamento e de colonização. Presenciamos

também os grandes projetos oficiais (Transamazônica, Tucuruí, Carajás, Zona Franca

de Manaus - ZFM, Albras - Alunorte e Polonoroeste) e privados (Fordlândia, Jarí,

grandes fazendas de gado). Vimos a ocupação pelas patas do boi e as grandes

queimadas; temos o projeto Grande Carajás e seu pólo mínero-metalúrgico (Pará)

coexistindo com a Zona Franca de Manaus (ZFM) e o Pólo Industrial de Manaus (PIM).

E, mais recentemente, assistimos o desenrolar da tese da Amazônia, santuário

ecológico que deve permanecer intocado, patrimônio da Humanidade, rescaldo do forte

questionamento do padrão de crescimento dos países industrializados, a partir do

Clube de Roma, cujos estudos apontaram a inevitável exaustão dos recursos naturais

estratégicos - principalmente da energia derivada do petróleo, se mantidos os padrões

de produção e de consumo da sociedade industrial, que se reproduziu e se estendeu

por quase todo o planeta.

2.1 Roraima – Amazônia caribenha

O Estado de Roraima integra a região amazônica localizando-se na parte

mais setentrional do Brasil, na borda da Amazônia Ocidental, encravado nas fronteiras

do Brasil com a Venezuela (29 milhões de hab.) e a Guiana (800 mil hab.), vizinho do

Amazonas e do Pará. Tem área de 225.116 km2, subdividida basicamente em dois

ecossistemas principais: o ecossistema de savanas ou lavrados ou cerrados, que

cobrem 17% do total da área, e o de florestas, que representam em torno de 83% do

total, onde se concentra a maioria das pequenas propriedades. Das florestas de

Roraima, apenas 2,5% foram desmatados, sendo, em termos relativos, ao lado do

Amazonas, um dos estados mais preservados do Brasil.

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Às suas proximidades, ao Sul, fica o Estado do Amazonas, a Zona Franca de

Manaus (ZFM), experiência bem sucedida de ocupação de espaço periférico, através

da implantação de Pólo Eletro-Eletrônico, de Pólo Relojoeiro e do Pólo Automotor

sobre duas rodas que formam o Pólo Industrial de Manaus (PIM). Ao Norte, temos a

Venezuela, sexta maior reserva mundial de petróleo, cujo Estado de Bolívar abriga uma

das maiores hidrelétricas do planeta e um exitoso Pólo Mínero-Metalúrgico. Ao Leste

localiza-se a República da Guiana, cujas atividades mais expressivas são a exploração

da bauxita e da cana-de-açúcar. Venezuela e Guiana são portas de entradas para o

mercado caribenho e a longo prazo seu futuro é o Caribe. À Oeste, fazemos fronteiras

com a Venezuela.

O espaço amazônico do qual faz parte Roraima é, portanto, mosaico

composto por subespaços industriais modernos (PIM/ZFM), subespaços industriais

tradicionais (minero-metalúrgico da Venezuela), subespaços de serviços e comércio,

principalmente serviços públicos (Roraima), subespaços extrativistas minerais (Guiana)

e de agricultura tradicional (Guiana, Amazonas e Roraima). E temos também, mais à

jusante, subespaços dinâmicos industriais (Pará) e agroindustriais (Pará e Rondônia).

Constata-se assim realidade diversa que abriga, de um lado, formas modernas de

organização da economia, como o PIM/ZFM, e de outro, uma das formas mais

primitivas do planeta de organização econômica, a ianomâmi, ainda baseada no

extrativismo com a utilização de artefatos materiais da idade neolítica.

Roraima tem o 15° Produto Interno Bruto (PIB) per capita e o menor PIB do

país segundo o IBGE (2007) para atender população de 395 mil habitantes (2007).

Atualmente, o Produto Interno Bruto do Estado de Roraima é o menor do Brasil,

correspondente a apenas 0,15% do total nacional. O PIB per capita do Estado

corresponde a 84% da média regional e a 72,8% da média brasileira (IBGE – Contas

Regionais do Brasil). O PIB de Roraima também demonstra baixa participação relativa

da indústria, agropecuária e de serviços, sendo que Administração Pública, Defesa e

Seguridade social (48%) são as atividades econômicas mais importantes, participação

inferior apenas a do Distrito Federal (51%) em 2007. A enorme importância da

economia do setor público na vida roraimense influencia todos os setores da vida

social, econômica e política de Roraima. Por essa razão é chamada de economia do

contracheque “chapa-branca”, que se destina a atender população que cresceu a taxa

de 4,58% ao ano no período 1991-2000, superior a do Norte (2,86%) e do Brasil

(1,64%). Com índice crescente de urbanização, 76,1% (2007) e 85% (2008), situa-se

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em patamar superior ao do Norte (69,7% em 2007) e inferior ao do Brasil (81,2% em

2007), concentra 62,5% da população estadual na cidade de Boa Vista, capital do

estado. Mas a população de Roraima nos últimos anos arrefeceu seu crescimento pois,

segundo o IBGE, a taxa de crescimento anual de 2009 em relação a 2007 foi de

apenas 2,9% ao ano. Do ponto de vista econômico, as atividades agropecuárias

representam 9% do PIB. A sua pauta de exportações é formada basicamente por

madeiras e ocupa pequeno espaço no PIB roraimense, representando volume de

divisas em torno de US$15 milhões/ano. No entanto, em 2008, foi criada a Área de

Livre Comércio de Boa Vista (ALCBV) que, ao lado da Área de Livre Comércio de

Bonfim (ALCBF) e, neste exercício de 2010, da recém-criada Zona de Processamento

de Exportações de Boa Vista (ZPE-BV)1, apresentam-se como instrumentos

estratégicos de alavancagem da economia estadual. É que a ALCBV contém

dispositivo de incentivo ao desenvolvimento de atividades industriais utilizadora de

matérias-primas regionais. A ZPE-BV pode se tornar uma base de exportação para o

Pólo Industrial de Manaus (PIM) de produtos intermediários, exercendo função de

complementaridade. No entanto a implantação desses instrumentos nessa direção

carece ainda de decisões do Governo Federal: implantação de armazém alfandegado

ou de entreposto aduaneiro, sem o qual não é possível o comércio exterior.

Por outro lado, em razão de seus quase 4 milhões de hectares de savanas,

localmente denominadas “lavrados”, alimenta-se em Roraima a expectativa de

transformação de sua economia, mediante o aproveitamento dessas áreas pela

exploração de grãos, tendo a soja como carro-chefe, e a cana de açúcar para

biocombustíveis. Ou seja, o modelo de produção de Roraima com maiores chances de

sucesso é o agroindustrial, onde o fator terra assume importância central, ao lado da

tecnologia, disponibilidade de capital e capacidade empresarial. Por essa razão é

importante o exame da questão fundiária do Estado de Roraima.

2.2 A situação do uso das terras em Roraima

O quadro I mostra a situação fundiária do Estado de Roraima até 2009,

onde se constata que cerca de 85% das terras do Estado de Roraima estavam sob

domínio da União, sendo: terras indígenas (46,63%); unidades de conservação

1 As ZPE caracterizam-se como áreas de livre comércio com o exterior, destinadas à instalação de

empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior, sendo consideradas zonas primárias para efeito de controle aduaneiro. As ZPE serão instaladas nas regiões menos desenvolvidas do País, objetivando reduzir desequilíbrios regionais, bem como fortalecer o balanço de pagamentos e promover a difusão tecnológica e o desenvolvimento econômico e social do País.

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(10,45%), áreas do Ministério da Defesa (0,11%), assentamentos da reforma agrária

(5,5%), contratos de promessa de compra e venda-CPCV (3,44%) e 18,57% de terras

federais a destinar. Dos 15,24% das terras restantes, 10,05% são do Estado de

Roraima e 5,19% são áreas tituladas.

Dos dados do quadro I, inferimos a existência de disponibilidade de

aproximadamente 4,1 milhões de hectares, ou 18,57% da área total de Roraima, de

terras públicas federais não destinadas, estoque que deve ser repassado para a

jurisdição estadual. Entretanto, dessa área teoricamente disponível para uso

agropecuário, há locais impróprios ou indisponíveis para o pleno aproveitamento

agropecuário: áreas ocupadas por rios; terrenos marginais de rios federais e seus

acrescidos; estradas; povoações urbanas; áreas muito declivosas, pedregosas ou

pantanosas; áreas dos imóveis rurais destinadas à conservação como reserva legal

(exploração restrita) e outras áreas de preservação permanente.

Quadro I: Situação Fundiária do Estado de Roraima

DISCRIMINAÇÃO

INCRA

ÁREA (HA) (%)

SUPERFÍCIE ESTADUAL 22.298.980,00 100,00

TERRAS PÚBLICAS DESTINADAS 15.917.473,11 71,38

Projetos de Assentamento 1.241.579,12 5,57

Unidades de Conservação 2.329.857,00 10,45

Reservas Indígenas 10.398.390,00 46,63

Terras do Ministério da Defesa 23.593,00 0,11

Áreas Tituladas 1.156.766,00 5,19

Situações Jurídicas Constituídas - CPCV 767.287,99 3,44

TERRAS PÚBLICAS FEDERAIS NÃO DESTINADAS 4.140.326,89 18,57

Dentro da Faixa de Fronteira 150 km 2.340.326,89 10,50

Fora da Faixa de Fronteira 1.800.000,00 8,07

TERRAS PÚBLICAS ESTADUAIS 2.241.180,00 10,05

Fonte: INCRA. 26/04/2007

Segundo ainda o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) constituído em

setembro de 2003, estudos da EMBRAPA, parametrizados no Zoneamento Ecológico-

Econômico de Roraima e nas definições do Código Florestal, Lei nº 4.775, de 1965,

indicam, ressalvadas as informações divergentes em relação ao INCRA, entre 1,5

milhão e 2,8 milhões de hectares efetivamente livres para gestão e aptas para

agricultura nos diferentes ecossistemas de Roraima, sendo no máximo 900 mil

hectares localizadas em savanas (lavrado), ecossistema mais apropriado,

representando cerca de 4% de todo o território do Estado.De fato, as savanas

constituem atualmente grande alvo de interesse para o desenvolvimento do

agronegócio estadual em razão da facilidade de manejo e mecanização desses solos

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e, principalmente, devido à existência de sólida tecnologia para sua exploração, a qual

propicia adequado nível de sustentabilidade econômica e ambiental para os cultivos.

Ainda segundo o GTI, a configuração do quadro de terras aptas ao desenvolvimento da

agricultura e pecuária reflete a importância para que se elabore projeto de

desenvolvimento entre os Governos Federal e Estadual que considere essas

especificidades, para que o grande diferencial climático que Roraima oferece – estar

contido em 95% de seu território no Hemisfério Norte – possa ser aproveitado.

Apesar de haver potencial identificado para o extrativismo mineral, a

participação desta atividade no PIB de Roraima é insignificante (IBGE, 2007). As

regiões mais promissoras para ouro e cassiterita estão contidas a Oeste, na Terra

Indígena Yanomami, e as mais promissoras para diamante estão a Leste, na Terra

Indígena Raposa/Serra do Sol. Entretanto, por não haver regulamentação para a

exploração mineral em terras indígenas, está impossibilitada a utilização destes

recursos como função econômica importante no Estado, pois, com o atual nível de

conhecimento geológico, restam poucas áreas potenciais ao Sul. A agropecuária, por

sua vez, é o setor econômico que mais cresce em Roraima, tendo sua participação no

PIB passado de 2% para 7% entre 2000 e 2005. Dentre as principais atividades

agropecuárias, destaca-se a produção de arroz, principalmente o cultivado de forma

irrigada. O GTI registra que em 2000, a cultura de arroz respondia por praticamente

80% da produção agrícola do Estado e por 3,5% de seu PIB total, gerando uma renda

de 38,8 milhões de reais naquele ano.

Segundo os dados fornecidos pela EMBRAPA, o GTI mostra que o

aproveitamento da área livre dos cerrados (900 mil hectares), permite projetar que

somente com a expansão de cerca de 500 mil hectares para a produção de grãos, nos

900 mil hectares disponíveis em áreas de cerrado de Roraima, poder-se-ia aumentar o

PIB agropecuário do Estado dos atuais 250 milhões para 1.650 milhões, mais do que

dobrando o PIB total de Roraima. Portanto, vislumbram-se possibilidades concretas de

crescimento econômico do Estado de Roraima mediante expansão da produção

agropecuária e agroindustrial, desde que associado a um projeto de desenvolvimento

que incentive outras formas de geração de renda e empregos e equacione

adequadamente a questão dos direitos de propriedade dos indígenas e não indígenas,

promovendo a regularização fundiária e o planejamento e ordenamento do território

(Zoneamento Ecológico-Econômico).

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O desenvolvimento de Roraima passa portanto pela implantação de modelo

de produção agropecuária/agroindustrial, baseado em uma classe média rural e

organizado em pequenas e médias propriedades rurais, que, para ser dinâmico,

competitivo e sustentável, depende do equacionamento político-institucional de

algumas questões estratégicas.

Dentre os equacionamentos estratégicos se destaca a regularização

fundiária, com a efetivação dos direitos de propriedade tanto dos índios quanto dos

não-índios e do próprio Estado de Roraima, a começar pelo reconhecimento por parte

da União dos direitos do Estado de Roraima sobre o patrimônio fundiário de pelo

menos 5,8 milhões de hectares de terras, minimizando-se os conflitos pela posse e uso

da terra, que deve se realizar no marco do planejamento e ordenamento territorial dado

pelo Zoneamento Ecológico-Econômico. Simultaneamente, a formação de capital

intelectual, tendo por princípio a educação de qualidade e universal, a produção e a

transferência de tecnologias constituem o outro vetor fundamental de inserção

competitiva de Roraima na economia globalizada, tendo por objetivo maior o bem-estar

dos brasileiros que constroem e asseguram a nossa soberania sobre esta parte do

território nacional.

Finalmente, é indispensável a construção de agenda mínima de consenso

entre o Governo Federal e o Estadual quanto a condução das políticas públicas tendo

em vista a promoção do crescimento sustentável de Roraima – o Brasil do Extremo

Norte.

2.3 Aspectos Demográficos

Em 2009, a população de Roraima totalizou 421.499 pessoas, crescendo a uma

taxa geométrica anual de 2,9%, com base contagem populacional de 2007.

A população roraimense residente em áreas urbanas aumentou sua participação

de 76,1% em 2000 para 85,0 % em 2008 (IBGE). As causas básicas da intensa

urbanização têm sido a fragilidade da economia rural e o efeito polarizador da capital

Boa Vista. Por outro lado, a taxa anual de crescimento demográfico de Boa Vista, entre

1996-2000 cresceu a taxa média anual de 6,8% e no período entre 2000-2004 obteve

um crescimento médio anual de 4,0 %.

A influência do fator migratório é muito expressiva. Em 2008, de 421 mil

habitantes, 228 mil formavam a população natural de Roraima e 193 mil eram naturais

de outros Estados. Quanto à origem dos migrantes, segundo dados da PNAD 2008,

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42% originaram-se do Maranhão, 13% do Pará, 12% do Amazonas. 6% do Ceara e

27% de outros estados.

Finalmente, os dados evidenciam ainda que, a cada ano, a população de

Roraima aumenta em aproximadamente 14.500 habitantes por ano. Este é o tamanho

da demanda adicional que precisamos atender sob a forma de habitações, educação,

saúde, saneamento, infra-estrutura urbana e rural, segurança, assistência social,

empregos, alimentos, vestuário, transportes, comunicações, esportes, lazer, e sob a

oferta de bens públicos de modo geral.

As implicações dos movimentos demográficos ocorridos no período recente

impõem, portanto, novos desafios ao poder público e a outros atores relevantes,

enquanto a questão do desemprego e/ou subemprego ganha maior visibilidade quando

se exaurem as condições de absorção da economia de subsistência. O despreparo

funcional da mão-de-obra egressa do campo dificulta sua absorção, gerando exclusão

social de expressiva parcela dos imigrantes e aumentando o compromisso das esferas

governamentais no equacionamento do problema.

Em Roraima, a População Economicamente Ativa (PEA) representava

aproximadamente 200 mil pessoas, inclusive população rural, das quais cerca de 16 mil

não são alfabetizados (dados de 2008). As pessoas com rendimentos (90% do PEA)

recebiam, em média, R$ 883,00 por mês. Apesar de ser uma boa média mensal de

rendimento, não revela o essencial: uma renda extremamente concentrada.

Pessoas de 10 anos ou + de Idade, segundo a Condição de Atividade – 2008

Condição de Atividade

Pessoas de 10 anos ou + Valor do Rendimento

Médio (1)

Total Com

Rendimento % Total

Com Rendimento

Economicamente Ativa 199.713 179.959 90 883 968

Não Economicamente Ativa 128.471 39.929 31 134 430

Total 328.188 219.888 67 588 870 Fonte: IBGE / PNAD 2008

Nota: Inclusive a população Rural. (1) Rendimento médio mensal em R$ , exclusive pessoas sem declaração do valor do rendimento.

O efeito combinado da incapacidade da economia de absorver o contingente da

força de trabalho e da sua baixa qualificação reflete-se num alto grau de informalidade

no mercado de trabalho. Apenas 20,9 % da população empregada possuem carteira

assinada, e 21,8 % são trabalhadores autônomos.

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O setor agrícola absorveu 13,1% da população ocupada com 10 anos ou mais,

considerando a zona rural.

Segundo a PNAD, em 2008 o emprego industrial (indústria de transformação,

construção civil, extrativa mineral e serviços industriais de utilidade pública), reproduziu

em Roraima tendência ocorrida em todo o Brasil de redução de sua importância

relativa, ao passar de 22,4 % da população ocupada, em 1992, para 14,4 % em 2008.

A construção civil é responsável pela maior parte desta taxa, pois sozinha absorve

55,8% da população ocupada do setor. No caso de Roraima, sua dinâmica se encontra

diretamente associada à dinâmica dos gastos públicos.

Pessoas de 10 ou + anos ocupadas, por posição no trabalho principal e os ramos de atividade - 2008 (1 000 pessoas)

Atividade Total Empregados Domésticos C.Própria Outros

Qt. % Qt. % Qt. % Qt. % Qt. %

Agrícola 25 13% 4 3% - - 12 30% 9 51%

Indústria 12 6% 7 6% - - 4 10% 1 6%

Construção 15 8% 5 4% - - 10 23% 1 5%

Comércio e reparação 33 17% 22 19% - - 7 18% 4 21%

Alojamento e alimentação

9 5% 6 5% - - 2 6% 1 8%

Transporte, armazenagem e comunicação

5 2% 2 2% - - 2 5% 0 1%

Administração pública 26 14% 26 23% - - - - - -

Educação, saúde e serviços sociais

23 12% 22 20% - - 0 0% 1 3%

Serviços domésticos 18 9% - - 18 100% - - - -

Outros serviços coletivos, sociais e pessoais

6 3% 4 4% - - 2 4% - -

Outras atividades 17 9% 15 13% - - 1 3% 1 5%

Total 187 112 18 41 17 Fonte: IBGE / PNAD 2008.

A PNAD revela ainda que a Administração Pública absorveu 14% da população

ocupada em 2008 e 28% dos empregados, o que produz, aparentemente, contradição

face o peso do setor público na formação do PIB. A explicação para esse ponto reside

na organização do mercado, nas condições do processo de trabalho (terceirização de

mão-de-obra) e nas formas de gestão das empresas, pois, parcela expressiva dos

prestadores de serviços públicos é contratada através de cooperativas. A principal

explicação reside, porém, no fato de que a metodologia do IBGE/PNAD apropria na

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atividade “Social”, servidores públicos, os quais somados à atividade “Administração

Pública” chegam a 26 % do total de pessoas empregadas em 2008.

2.4 Aspectos Econômicos

No período de 2003-2007, Roraima, com uma taxa média anual de 4,42% de

crescimento do PIB, experimentou desempenho econômico em ritmo levemente

superior ao do Brasil e semelhante ao do Norte, que registraram aumentos de 4,04% e

5,94% a.a., respectivamente. Verifica-se, porém, que a taxa de crescimento da

população é de 2,71% ao ano, abaixo da taxa de crescimento do PIB. Significa que o

PIB per capita aumentou no período considerado. Dados de 2007 revelam que o PIB

de Roraima atingiu a marca de R$ 4.169 milhões. Assim melhorando o PIB por

habitante, de passou de R$ 7.554,93 em 2003 para R$ 10.534,08 em 2007,

acarretando uma taxa média de crescimento de 2,2% ao ano. A renda média por

habitante de Roraima é igual a 72,8% da média brasileira.

Roraima – 2003 a 2007 Produto Interno Bruto (PIB) a Preços de Mercado

FONTE: SEPLAN/CGEES – RR

Relação do PIB per capita de Roraima e o PIB per capita do Brasil e da Região Norte

Relação

Ano

2003 2004 2005 2006 2007

RR / Norte

128,9

110,2

112,2

113,6

115,3

RR / Brasil 78,5 68,8 69,7 71,5 72,8

FONTE: SEPLAN/CGEES – RR

O setor público com 48,4 % do PIB em 2007, revelou-se como o setor mais

dinâmico entre os demais setores, enquanto a atividade econômica do comércio,

Ano

PIB População PIB per capita Taxa de Crescimento real

(Em R$ milhões) (Hab.) (Em R$ 1,00) PIB per capita (%)

2003 2.737 367.140 7.554,93 (0,0)

2004 2.811 381.896 7.360,85 1,4

2005 3.179 391.317 8.124,58 1,9

2006 3.660 403.344 9.074,35 3,1

2007 4.169 395.725 10.534,08 4,6

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fortemente influenciado pelo varejo no PIB (11,0%) . Por seu turno, a agropecuária

continuou a perder posição na formação do PIB, vendo reduzir-se sua participação

relativa , de 9,3 % em 2004, para 5,3 %, em 2007. A superação desse quadro será

factível, a médio prazo, com a maturação dos investimentos de infra-estrutura, a

incorporação de novas tecnologias em cultivos tradicionais, a instauração de uma

agricultura irrigada de alto valor agregado e a multiplicação de oportunidades de

emprego em atividades não-agrícolas nas áreas rurais e urbanas.

Roraima, 2003 – 2007 Produto Interno Bruto por Setores Econômicos

Valores em R$ milhões

ANO PRIMÁRIO % SECUNDÁRIO % TERCIÁRIO % TOTAL

2003 212,5 8,5 377,3 15,1 1,902,2 76,3 2.492,0

2004 286,9 11,0 270,1 10,3 2.055,8 78,7 2.612,9

2005 225,7 7,7 325,4 11,0 2.394,4 81,3 2.945,5

2006 259,2 7,7 367,9 10,9 2.754,9 81,5 3.382,0

2007 256,7 6,7 439,7 11,5 3.131,7 81,8 3.828,1

FONTE: SEPLAN/CGEES – RR

2.5 A inserção Internacional

A economia de Roraima é essencialmente voltada para o comércio local,

abastecendo-se de mercadorias do Sudeste, principalmente São Paulo e Rio de

Janeiro, apresentando reduzido índice de integração às relações econômicas

internacionais, apesar da vizinhança com a Venezuela e a República da Guiana.

Dentre os principais mercados de destino das exportações roraimenses, a

Venezuela permanece na liderança, tendo absorvido, em 2009, 40,34% das vendas

externas roraimenses. Seguem-se os países da União Européia. Quanto às

importações, Estados Unidos e Venezuela representam 90,46% do total das compras

externas.

O grau de abertura de Roraima ao exterior é modestíssimo, embora a Balança

Comercial do Estado apresente saldo positivo desde 2001. Os resultados alcançados,

contudo, são insuficientes para garantir a integração competitiva do Estado. Devemos

redobrar esforços de apoio à mobilização do setor privado para aumentar a

competitividade dos nossos produtos nos mercados nacional e internacional.

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Intercâmbio Comercial de Roraima com o Brasil e o Exterior Valores em US$ milhões FOB 2006 a 2009

Discriminação

2006 2007 2008 2009*

Valor Part.

% Valor

Part. %

Valor Part.

% Valor Part.

%

Interc. Internacional 17,5 100% 17,9 100% 18,1 100% 22,8 100%

Exportação 16,4 94% 16,8 94% 15,6 86% 12,7 56%

Importação 1,1 6% 1,1 6% 2,5 14% 10,1 44%

Saldo 15,3 15,7 13,2 2,6

Fonte: SECEX – Secretaria do Comércio Exterior. *Dados preliminares, sujeitos a revisão

2.6 Aspectos Sociais - Avanços na Qualidade de Vida

2.6.1 Nível de Renda e Pobreza

Com base no conceito de renda, observa-se que a proporção de famílias pobres

em Roraima diminuiu de 27,2% em 2004 para 17,2% em 2008, ou seja, o número de

famílias pobres diminuiu 25,4%. Verifica-se ainda que dentro da categoria de famílias

pobres sem rendimento, caiu de 6,9% em 2004 para 2,0% em 2008, uma redução de

66,5% no número de famílias.

Proporção e número de pobres de Roraima, 2003 a 2008 Valor do rendimento médio mensal das famílias residentes em domicílios particulares,

por situação do domicílio, segundo as classes de rendimento mensal familiar

Classes de rendimento mensal familiar (em salários mínimos)

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Sem rendimento* 2,8% 6,9% 5,5% 1,8% 2,8% 2,0%

Até 1 13,9% 20,3% 21,6% 15,3% 16,4% 15,2%

Pobres (0 a 1) 16,7% 27,2% 27,1% 17,1% 19,2% 17,2%

Mais de 1 a 2 24,3% 27,5% 23,3% 26,3% 27,7% 24,8%

Mais de 2 a 3 16,9% 16,2% 16,6% 16,3% 17,8% 18,7%

Mais de 3 a 5 18,3% 12,4% 13,7% 14,2% 15,8% 18,2%

Mais de 5 a 10 13,3% 9,3% 9,7% 12,2% 12,2% 13,7%

Mais de 10 a 20 7,0% 4,5% 3,2% 3,7% 3,6% 4,6%

Mais de 20 2,6% 1,6% 1,0% 1,8% 1,1% 1,1%

Não pobres (mais de 1) 82,3% 71,4% 67,6% 74,5% 78,1% 81,1%

Sem declaração 1,0% 1,4% 5,3% 8,3% 2,6% 1,7%

Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Fonte: IBGE / PNAD. * Inclusive as famílias cujos componentes recebiam somente em benefícios.

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25

Mesmo com a constatação da redução do número de famílias pobres, deve-

se ressaltar, que essa redução não é maior devido a alguns fatores como: a) o fluxo

migratório; b) a desruralização, que “incha” a cidade de Boa Vista; c) o despreparo

funcional da grande maioria dos migrantes associado. Assim, aumentando o número de

pessoas dependentes daqueles que, na família, está empregado, bem como, das

ações assistenciais do governo.As causas prováveis do agravamento do número de

pobres em Roraima, no período considerado, residem nos seguintes fatores: a) no fluxo

migratório; b) na desruralização, que “incha” a cidade de Boa Vista; c) no despreparo

funcional da grande maioria dos migrantes associado à escassez de oferta de trabalho

e emprego. Resultado, aumento do número de pessoas dependentes daqueles que, na

família, está empregado, bem como, das ações assistenciais do governo.

Essas informações são fundamentais na formulação de políticas públicas de

modo geral, pois permitem o dimensionamento da quantidade de pessoas, da

quantidade de famílias que constituem o “locus” das ações setoriais que tem a renda

como critério de seleção do beneficiário.

2.6.2 Acesso aos Serviços Públicos Básicos

Registra-se redução nas taxas de analfabetismo e de mortalidade tanto que a

taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais reduziu-se de 10,3%, em 2007,

para 9,3% em 2008, enquanto o coeficiente de mortalidade infantil reduziu-se de

19,1/1000 nascidos vivos para 18,6/1000 nascidos vivos nos mesmos anos.

O atendimento do serviço de abastecimento d’água aumentou, atingindo uma

cobertura de 94,6% da população urbana. Quanto ao esgotamento sanitário, de

especial importância em áreas urbanas densamente ocupadas, por causa dos impactos

diretos sobre a saúde e a qualidade do meio ambiente, a cobertura experimentou

avanço em Boa Vista.

Evolução de Alguns Indicadores Sociais Selecionados

Indicadores Taxa 2007

Taxa 2008

Coeficiente de mortalidade infantil (n.º de óbitos/1.000 nascidos vivos) 2007 - 2008

População com rendimento médio mensal até 1 salário mínimo 2007 - 2008

Taxa de analfabetismo (% de pessoas de 15 anos ou mais) 2007 - 2008

Taxa de escolarização (% de crianças entre 7 e 14 anos) 2007 - 2008

Domicílios com água encanada (%) 2007 - 2008

Domicílios com luz elétrica (%) 2007 - 2008

Domicílios atendidos com coleta de lixo (%) 2007 - 2008

17,0

16,4

10,3

97,3

90,1

99,0

96,8

12,6

15,2

9,3

96,8

94,6

100,0

94,3

Fontes: IBGE/PNAD

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No que concerne ao acesso à eletricidade, Roraima, com uma ampliação

continuada, conseguiu manter o alto nível de cobertura, resultando praticamente na

universalização do atendimento em Roraima: 100,0 % da população, em 2008. Os

déficits mais críticos de energia elétrica referem-se à área rural, para onde o governo

estadual vem direcionando em parceria com o governo federal as ações do “Projeto

Luz para Todos” com vistas a suprir essa carência de infra-estrutura nas comunidades

beneficiadas. Isso sem falar nos estudos e projetos para adoção de soluções através

de fontes não-convencionais, como energia solar, para as localidades mais distantes

da rede convencional de energia elétrica, não devendo ser descartada no futuro a

implantação de PCHs – Pequenas Centrais Hidroelétricas.

Cabe ressaltar que, em Estados como Roraima, ainda com grande incidência de

pobreza e indicadores sociais que estão a requerer fortes inversões, a renda não deve

ser a única variável relevante para se avaliar a evolução nas condições de vida. Com

políticas sociais bem-sucedidas, embora de baixo custo e de simples implementação, o

Estado poderá reverter a situação dos principais indicadores sociais. A redução da

morbidade e mortalidade materno-infantil, para a qual é decisivo o “Programa Agentes

de Saúde”, evidencia que a melhoria das condições sociais não depende apenas e

necessariamente da renda. Como provedor de serviços públicos, o Estado pode

cumprir papel fundamental na melhoria da qualidade de vida da população.

2.6.4 O Desenvolvimento Social

A visão integrada e sintética do desenvolvimento ocorrido em Roraima, sob a

ótica social, pode ser dada pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que cruza

variáveis mensuradoras da renda, da educação e da expectativa de vida. Como se

sabe, o IDH é a síntese de três dimensões: longevidade, educação e renda.

Estado de Roraima Indicadores Selecionados - 2002/2008

RORAIMA

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

Esperança de Vida ao Nascer 68,3 68,9 68,9 69,3 69,6 69,9 70,3

Taxa de Alfabetização de Adultos 87,9 90,3 89,7 87,8 91,7 89,7 90,7

Média de anos de Estudo (10 ou mais de idade)

6,1 6,7 6,5 6,6 6,8 7,1 7,4

PIB Per Capita* 6.513 7.455 7.361 8.123 9.075 10.534

Índice de Gini 0,561 0,527 0,579 0,544 0,565 0,514 0,531

Fonte : IBGE/PNAD;SEPLAN/CGEES – RR. *Para o ano de 2008 não dispõem dos dados das contas regionais

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A primeira é medida pela expectativa de vida da população, a segunda é

uma combinação da taxa de matrícula bruta nos três níveis de ensino com a taxa de

alfabetização de adultos, e a terceira é dada pelo PIB per capita medido em dólar PPC

(Paridade do Poder de Compra – PPP US$), calculado pelo Banco Mundial.O IDH varia

entre os valores 0 e 1, sendo que quanto mais próximo de 1 mais alto será o nível de

desenvolvimento humano do país. A seguir são apresentados os IDH’ s de Roraima,

região Norte e Brasil.

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – Roraima, Região Norte e Brasil

Estado/ Região

1980 1991 1995 1996 2000 2005

Roraima Norte Brasil

0,619 0,595 0,734

0,692 0,617 0,696

0,788 0,720 0,814

0,818 0,727 0,830

0,746 0,818 0,766

0,750 0,880 0,794

Fontes: PNUD

Utilizado para avaliar mudanças gerais na qualidade de vida da população, esse

índice evoluiu de 0,746 em 2000 para 0,750 em 2005, acompanhando o

comportamento ascendente verificado para o índice no Brasil. O IDH revela que

Roraima se enquadra no nível médio de desenvolvimento humano, segundo os critérios

da Organização das Nações Unidas – ONU.

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28

III. NOSSOS OBJETIVOS -- VISÃO DE FUTURO: RORAIMA PODE MAIS

Em dez anos, Roraima será o melhor lugar da Amazônia para se viver e

trabalhar. Esta é a Visão de Futuro que sintetiza os anseios e sonhos da sociedade

roraimense.

Para tornar realidade essa visão, o pressuposto básico reside na nossa

capacidade de realizarmos a união das forças políticas, sociais e econômicas locais,

em articulação com os interesses nacionais (ou federais), para a construção de um

sólido projeto de desenvolvimento de Roraima, em torno de objetivos que sejam

comuns. Partimos da premissa de que um projeto de desenvolvimento é, antes de mais

nada, um projeto político.

A condição básica e primária para o desenvolvimento reside na capacidade que

cada estado ou país tenha de fazer a sua economia crescer. Mas não basta o

compromisso de fazer o bolo crescer. A sociedade de Roraima pode mais. É vital que

a distribuição das fatias do bolo beneficie amplas camadas da população. Por isso

optamos pela aceleração do Desenvolvimento Humano Sustentável de Roraima, que

significa fazer mudanças que sejam socialmente includentes, ambientalmente

sustentáveis e economicamente sustentadas..

Este é o primeiro compromisso da “Coligação União Por Roraima”: incentivar o

crescimento da economia, representado pelo incremento do Produto Interno Bruto

(PIB) à taxa superior ao da população, pois queremos que o desenvolvimento humano

seja economicamente sustentado, com mais empregos e melhores salários.

Não basta crescer mais; é preciso crescer com qualidade de vida. Associado a

este primeiro temos o segundo grande compromisso permanente, que reside em

melhorar a qualidade de vida das pessoas, mediante mais saúde, mais educação, mais

habitação e inclusão digital e mais segurança. É que queremos o desenvolvimento

socialmente includente, com políticas públicas que beneficiem principalmente os

desfavorecidos e os excluídos como os pobres, os indígenas, as mulheres e as

crianças.

Além de fazer o bolo crescer e trabalhar pela melhor distribuição possível da

riqueza gerada, assumimos o terceiro grande compromisso de desenvolver Roraima

respeitando os limites da natureza, de modo ambientalmente sustentável em que a

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utilização atual dos recursos naturais considere as necessidades das futuras gerações.

Mas, atenção, a prioridade é o ser humano, centro principal de todos os ecossistemas.

3.1 Nossa Meta

Alcançar o melhor desenvolvimento humano da região Norte e se situar em nível

superior ao da média nacional (IDH > 0,766).

O progresso humano e as condições de vida das pessoas não podem ser avaliados

apenas por sua dimensão econômica. Além das três características do

desenvolvimento humano, espelhado pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),

incorporamos a sustentabilidade ambiental como mais uma característica fundamental.

Longevidade, que também reflete, entre outras coisas, as condições de saúde

da população; medida pela esperança de vida ao nascer;

Educação; medida por uma combinação da taxa de alfabetização de adultos e a

taxa combinada de matrícula nos níveis de ensino fundamental, médio e

superior;

Renda; medida pelo poder de compra da população, baseado no PIB per capita

ajustado ao custo de vida local para torná-lo comparável entre países, através

da metodologia conhecida como paridade do poder de compra (PPC).

Equilíbrio ecológico: exploração racional e sustentável dos recursos naturais

renováveis e não renováveis.

Para alcançar essa meta síntese é necessário:

– Ampliar as oportunidades de trabalho, emprego e renda do roraimense mediante

incentivo ao crescimento da produção ambientalmente sustentável e competitiva.

– Universalizar o ensino básico e fortalecer a formação de Capital Intelectual de

Roraima em todos os seus níveis.

– Aumentar a expectativa de vida dos roraimenses: melhorar a saúde maternal; reduzir

a mortalidade infantil; combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças.

– Fortalecer a base institucional dos direitos de propriedade mediante a aceleração do

processo de regularização fundiária das terras urbanas e rurais de Roraima

combinado com o programa de regularização ambiental. Fortalecer a segurança

institucional e social do cidadão é dever inalienável do Estado.

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– Promover a expansão e consolidação de ampla rede social, incentivar a inclusão

social mediante ações que priorizem a população de menor poder aquisitivo:

erradicar a extrema pobreza e a fome; promover a igualdade entre os sexos e a

autonomia das mulheres, privilegiando o estabelecimento de parceria mundial para o

desenvolvimento.

-- Ampliar e consolidar a infra-estrutura de energia, transportes e comunicações de

modo que o roraimense tenha acesso à água tratada, esgotamento sanitário,

energia elétrica, estradas pavimentadas, aeroportos seguros e comunicações

através de cabos de fibra ótica e conexões banda larga.

.Indicadores de Longevidade, Mortalidade e Fecundidade - 2004 a 2008

2004 2005 2006 2007 2008

Taxa bruta de mortalidade (por 1000 nascidos vivos) 5,2 5,1 5,0 4,96 4,9

Taxa de mortalidade infantil (por 1000 nascidos vivos) 20,7 20,1 19,6 19,1 18,6

Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 3,4 3,3 3,3 2,7 2,3

Esperança de vida ao nascer – anos 69,0 69,3 69,6 69,9 70,3 Fonte – Síntese de Indicadores Sociais - IBGE

Indicadores Educacionais, 2004 a 2008 2004 2005 2006 2007 2008

Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade

10,3 12,2 8,3 10,3 9,3

Taxa de analfabetismo funcional das pessoas de 15 anos ou mais de idade

23,9 24,2 20,1 19,1 17,8

Proporção de estudantes na 8ª série do ensino fundamental com idade superior à recomendada (1)

38,3 37,8 30,5 44,2 -

Nota IDEB (2) - 3,7 - 4,1 -

Nota Prova Brasil e SAEB (2) - 4,2 - 4,7 - Fonte – Síntese de Indicadores Sociais – IBGE Nota: (1) No ano de 2008 não há informações sobre a proporção de estudantes do ensino fundamental com idade superior à recomendada. (2) Notas bienais.

Nível Educacional da População Adulta (25 anos ou mais), 2004 e 2008 2004 2005 2006 2007 2008

Sem instrução e menos de 1 ano 19,4 18,5 14,8 15,6 12,6

% com menos de 4 anos de estudo 32,1 33,0 26,8 25,7 23,6

% com menos de 8 anos de estudo 55,3 55,9 52,1 49,1 44,1

Média de anos de estudo 6,3 6,3 6,8 7,0 7,6 Fonte – Síntese de Indicadores Sociais - IBGE

Indicadores de Renda, Pobreza e Desigualdade - 2003 a 2008 2003* 2004 2005 2006 2007 2008

Rendimento Médio Mensal 372,00 295,00 345,00 493,00 468,00 588,00

Proporção de Pobres (%) 16,7 27,2 27,1 17,1 19,2 17,2

Índice de Gini 0,52 0,58 0,56 0,57 0,51 0,53 Fonte – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD – Fundação João Pinheiro. * Exclusive área rural.

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Acesso a Serviços Básicos por Domicílios, 2001 e 2008

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Água Encanada 86,7 95,1 83,7 95,9 91,4 91,8 90,1 94,6

Energia Elétrica 98,9 99,2 99,5 100,0 100,0 99,2 99,0 100,0

Coleta de Lixo 93,1 96,6 94,8 73,9 95,1 94,3 96,8 94,3 Fonte – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD /IBGE – Síntese de Indicadores Sociais 2001 a 2003 exclusive a população rural

Indicadores de Vulnerabilidade Familiar, 2001 e 2008

% de mulheres de 15 a 17 anos com filhos

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

2,1 7,1 9,3 16,5 17,4 10,5 6,0 9,4

% de crianças em famílias com renda inferior à 1/2 salário mínimo 37,7 41,6 40,3 51,1 47,3 46,2 48,0 41,6

% de mulheres, sem cônjuge, com filhos 21,4 18,9 22,0 18,6 20,4 20,1 17,4 19,2 Fonte – IBGE – Síntese de Indicadores Sociais

Desenvolvimento Humano

1991 2000 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 0,692 0,7460

Educação 0,751 0,865

Longevidade 0,628 0,628

Renda 0,696 0,682

Fonte – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD – Fundação João Pinheiro

Estado IDHM 1991

IDHM 2000

IDHM- Renda 1991

IDHM-Renda 2000

IDHM-Longevidade

1991

IDHM- Longevidade

2000

IDHM- Educação

1991

IDHM- Educação

2000

BRASIL 0,696 0,766 0,681 0,723 0,662 0,727 0,745 0,849

RORAIMA 0,692 0,746 0,696 0,682 0,628 0,691 0,751 0,865

Acre 0,624 0,697 0,603 0,64 0,645 0,694 0,623 0,757

Amapá 0,691 0,753 0,649 0,666 0,667 0,711 0,756 0,881

Amazonas 0,664 0,713 0,640 0,634 0,644 0,692 0,707 0,813

Pará 0,650 0,723 0,599 0,629 0,640 0,725 0,710 0,815

Rondônia 0,660 0,735 0,622 0,683 0,635 0,680 0,724 0,833

Tocantins 0,611 0,710 0,580 0,633 0,589 0,671 0,665 0,826

Fonte – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD – Fundação João Pinheiro

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) 2000

MUNICÍPIO

Esperança de vida ao nascer (em

anos)

Taxa de alfabetiza

ção de adultos

(%)

Taxa bruta de

freqüência escolar

(%)

Renda per capita

(em R$ de 2000)

Índice de longevidade (IDHM)

Índice de educação

(IDHM)

Índice de renda

(IDHM)

Índice de Desenvolvi

mento Humano Municipal (IDH-M)

Classificação na

UF

Boa Vista 67.11 91.34 90.18 299.46 0.702 0.910 0.725 0.779 1

S. J. da Baliza 68.47 81.31 93.13 149.88 0.724 0.853 0.609 0.729 2

Mucajaí 70.21 77.66 83.28 170.89 0.753 0.795 0.631 0.727 3

Pacaraima 66.87 85.74 83.16 147.87 0.698 0.849 0.607 0.718 4

Iracema 66.87 78.88 88.48 159.14 0.698 0.821 0.619 0.713 5

São Luiz 64.74 81.47 89.55 149.49 0.662 0.842 0.609 0.704 6

Caracarai 66.87 77.19 82.31 159.41 0.698 0.789 0.619 0.702 7

Rorainópolis 65.12 76.60 76.62 136.32 0.669 0.766 0.593 0.676 8

Alto Alegre 64.07 80.92 87.49 79.21 0.651 0.831 0.503 0.662 9

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32

Caroebe 59.92 79.47 82.50 138.19 0.582 0.805 0.595 0.661 10

Cantá 64.07 74.04 80.28 115.78 0.651 0.761 0.566 0.659 11

Bonfim 64.07 77.95 79.68 91.85 0.651 0.785 0.527 0.655 12

Amajarí 68.47 71.84 68.55 93.41 0.724 0.707 0.530 0.654 13

Normandia 59.92 79.66 64.69 66.13 0.582 0.747 0.472 0.600 14

Uiramutã 59.92 62.67 60.85 49.08 0.582 0.621 0.423 0.542 15

Fonte – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD – Fundação João Pinheiro

Participação das atividades econômicas no PIB de Roraima

Valores em R$ milhões - 1997 a 2007

Ramo de Atividade

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Total 1.214 1.257 1.478 1.644 1.881 2.147 2.557 2.613 2.946 3.382 3.828

Agropecuária 71 52 116 165 199 212 277 287 226 259 257

Participação 5,8% 4,1% 7,8% 10,0% 10,6% 9,9% 10,8% 11,0% 7,7% 7,7% 6,7%

Indústria 202 204 196 170 196 255 377 270 326 368 440

Participação 16,6% 16,2% 13,3% 10,3% 10,4% 11,9% 14,8% 10,3% 11,0% 10,9% 11,5%

Indústria extrativa 0 0 0 0 0 0 1 2 3 2 11

Participação 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,1% 0,0% 0,3%

Indústria de transformação

75 76 62 57 61 75 68 96 88 72 68

Participação 6,1% 6,0% 4,2% 3,5% 3,2% 3,5% 2,7% 3,7% 3,0% 2,1% 1,8%

Produção e distribuição de eletricidade e gás, água e esgoto e limpeza urbana

25 35 43 17 18 24 29 45 48 50 65

Participação 2,0% 2,8% 2,9% 1,0% 0,9% 1,1% 1,1% 1,7% 1,6% 1,5% 1,7%

Construção civil 102 93 91 96 117 155 279 128 188 245 295

Participação 8,4% 7,4% 6,2% 5,8% 6,2% 7,2% 10,9% 4,9% 6,4% 7,2% 7,7%

Serviços 942 1.001 1.166 1.309 1.486 1.679 1.902 2.056 2.395 2.755 3.132

Participação 77,6% 79,7% 78,9% 79,6% 79,0% 78,2% 74,4% 78,7% 81,3% 81,5% 81,8%

Comércio 144 147 146 162 190 223 240 324 294 366 393

Participação 11,8% 11,7% 9,9% 9,9% 10,1% 10,4% 9,4% 12,4% 10,0% 10,8% 10,3%

Intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados

8 9 10 21 28 45 80 45 103 108 129

Participação 0,6% 0,7% 0,7% 1,3% 1,5% 2,1% 3,1% 1,7% 3,5% 3,2% 3,4%

Administração, saúde e educação públicas e seguridade social

519 586 684 775 885 987 1.106 1.219 1.426 1.624 1.853

Participação 42,8% 46,6% 46,3% 47,1% 47,1% 46,0% 43,2% 46,6% 48,4% 48,0% 48,4%

Outros serviços 271 259 326 350 383 424 477 469 572 657 756

Participação 22,3% 20,6% 22,1% 21,3% 20,4% 19,8% 18,6% 17,9% 19,4% 19,4% 19,8%

FONTE: CONAC - Coordenação de Contas Nacionais – IBGE / DEES – SEPLAN / RR

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IV EIXOS ESTRATÉGICOS E OBJETIVOS

A nossa proposta de desenvolvimento é estruturada em três eixos considerados

estratégicos para o desenvolvimento sustentável. Cada eixo possui os seus respectivos

objetivos estratégicos, evidenciando indicadores de resultados a serem alcançados no

momento da execução.

4.1 Crescimento Econômico Sustentável

Esta dimensão tem como objetivos estratégicos o aumento do PIB, na busca da

inserção da economia estadual na corrente do comércio interregional, tendo por base a

aplicação de ciência e tecnologia e, por pressuposto, o equilíbrio ambiental. O

empreendedorismo é o fator central dessa dimensão estratégica. A economia de

Roraima precisa enfrentar seu maior desafio: a transformação de sua estrtura produtiva

atualmente baseada na economia do setor público para a economia privada. O modelo

de crescimento econômico que nós propomos consiste no desenvolvimento da

produção agropecuária (grãos, carnes e frutas) para suprir a demanda por alimentos e

de produtos intermediários, principalmente de Manaus e dos mercados da Venezuela e

da Guiana; e de biocombustíveis a partir da exploração de dendê no sul de Roraima.

O turismo se apresenta como outro setor produtivo de imenso potencial e de valor

estratégico para Roraima. Nesse sentido o governo estadual já encaminhou à

apreciação da COFIEX - Comissão de Financiamentos Externos, do Ministério do

Planejamento e Gestão, o Projeto de Desenvolvimento do Turismo do Estado de

Roraima.

Certamente a integração sócio-econômica do corredor rodoviário Amazonas-

Roraima-Venezuela-Guiana-Caribe coloca-se como a principal macro-estratégia de

promoção do crescimento econômico roraimense. A sua efetivação requer a

implantação de um Programa Binacional de Integração Fronteiriça Brasil-Venezuela no

âmbito do MERCOSUL. Esta proposta já foi encaminhada à apreciação política dos

presidentes Lula da Silva (Brasil) e Hugo Chavez (Venezuela). O objetivo consiste em

implantar em Roraima um grande pólo de produção de alimentos para abastecer a

Venezuela e importar deste país os insumos agropecuários e industriais necessários à

produção.

As Áreas de Livre Comércio de Boa Vista (ALCBV) e de Bonfim (ALCBF)

constituem duas importantes ferramentas estratégicas de promoção do crescimento

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econômico de Roraima, principalmente porque a ALCBV concede isenção do IPI para

as indústrias que utilizem matérias-primas regionais. Por essa e por outras razões é

preciso que a União, através da Secretaria da Receita Federal/MF, conclua a

implantação das ALCs mediante a instalação das áreas alfandegadas que possibilitem

a prestação dos serviços de despachos aduaneiros e de desembaraços das

mercadorias importadas.

4.2 Justiça e Inclusão Social

Traduzida na melhoria da qualidade de vida da população, possui como

objetivos estratégicos a redução do índice de vulnerabilidade social e a melhoria da

qualidade de vida e promoção da cidadania.

4.3 Estado Eficiente e Transparente na Gestão

Tem como objetivos estratégicos melhorar o desempenho da gestão pública e

garantir marco regulatório estável e a sustentabilidade da gestão de políticas públicas.

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V. DIRETRIZES

Para cada eixo estratégico, foram estabelecidas as seguintes Diretrizes:

5.1 Crescimento Econômico Sustentável a) Incentivar o Agronegócio e a Agricultura Familiar, planejando a criação de pólos

de produção; agregando valor ao produto e aumentando a renda; fixando o homem

no meio rural de acordo com as normas ambientais; garantindo o direito à

alimentação adequada e a segurança alimentar e nutricional da população de

Roraima.

b) Incentivar a industrialização, o turismo, as relações fronteiriças e comércio

exterior e a exploração mineral regulamentada.

c) Promover o planejamento e o ordenamento territorial com base no ZEE.

d) Formular, promover e executar as Políticas de Meio Ambiente, mediante

conhecimento, defesa, preservação, uso, conservação e recuperação dos recursos

naturais.

e) Ampliar e melhorar a infra-estrutura para o desenvolvimento do Estado.

f) Formular, promover e executar as Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação,

mediante estímulo, fomento, apoio, promoção, produção e difusão do

conhecimento, visando o desenvolvimento Sócio-econômico-ambiental para a

melhoria da qualidade de vida da população.

5.2 Justiça e Inclusão Social a) Ampliar as oportunidades de geração de Trabalho, Emprego e Renda;

implementação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, no atendimento

às famílias em vulnerabilidade e risco social; reduzir o Déficit Habitacional; garantir

o direito humano a alimentação adequada e a segurança alimentar e nutricional da

população de Roraima.

b) Melhorar as condições de acesso, permanência e qualidade da educação, assim

como promover a cultura e o esporte.

c) Ampliar e melhorar as condições de acesso universal aos serviços de saúde,

buscando a integralidade da atenção à saúde.

d) Investir em Segurança Pública, com ênfase na prevenção da criminalidade;

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e) Coordenar e executar as atividades de administração penitenciária, executando

programas e projetos de defesa dos direitos humanos e das minorias, priorizando o

acesso à justiça.

5.3 Estado eficiente e transparente na Gestão

Modernização da Administração Pública do Estado e Consolidação do papel do

planejamento estadual como instrumento estratégico de desenvolvimento, fortalecendo

o processo de captação de poupança pública e atração de investimentos privados.

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VI. VISÃO DE FUTURO PARA RORAIMA

A visão deste Plano se realiza a partir de uma perspectiva de longo prazo,

que é o de contribuir para a construção de uma sociedade desenvolvida no horizonte

de uma geração:

Economia sustentável (princípio da sustentabilidade do crescimento);

Sociedade em harmonia com a natureza e que seja espacialmente

equilibrada (princípio da descentralização do crescimento);

Na melhoria da qualidade de vida, em que os índices de pobreza sejam cada

vez mais reduzidos;

Estado a serviço da comunidade, com gestão eficiente e transparente;

Uma sociedade democrática e avançada quanto à cultura, ciência e

tecnologia;

No princípio da parceria, como elo que potencializa a contribuição de todos

os segmentos da sociedade para o bem-estar dos roraimenses.

O princípio da sustentabilidade do crescimento econômico pressupõe o

crescimento do Produto Interno Bruto-PIB num ritmo superior ao crescimento da

população, com ganhos de produtividade, para que Roraima tenha competitividade na

economia nacional e internacional, fundamentada na valorização do capital humano, do

conhecimento, da informação, da pesquisa e da gestão. Além do que, a preservação

dos nossos ativos naturais se constitui num condicionante para a garantia de

sustentabilidade social e econômica. Portanto, na execução dos investimentos e das

ações públicas e privadas de modo geral, as questões relacionadas à conservação e

preservação do meio ambiente condicionam a viabilidade da implementação de

qualquer projeto.

Pelo princípio da descentralização do crescimento falamos da redução nos

desequilíbrios entre as diferentes regiões de Roraima. Precisamos alcançar um padrão

em que os frutos do crescimento passem a ser efetivamente disseminados entre os

diversos municípios de Roraima, de forma a beneficiar áreas urbanas e rurais de todos

eles e ampliar a participação dos mais pobres no processo de desenvolvimento.

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A experiência de quase todos os países mostra que o crescimento

econômico não garante, por si só, a atenuação das desigualdades sociais nem a

redução da pobreza em níveis aceitáveis. Os mercados falham. Por isso, precisamos

implementar políticas públicas que assegurem a sustentabilidade social. Para tanto,

precisamos realizar investimento público maciço, prioritariamente na elevação dos

níveis de educação e de qualificação dos roraimenses. O princípio da parceria nos diz

que não é possível e nem é desejável que o governo estadual resolva sozinho todos os

problemas. Deve fazê-lo em parceria com os municípios e com a sociedade

roraimense.

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VII. FUNDAMENTOS DO PLANO

Roraima (426 mil em 2010) deve basear o seu crescimento econômico nos

seus principais ativos: localização estratégica em relação aos mercados de Manaus

(1,7 milhões hab.), da Venezuela (29 milhões hab.), República da Guiana (800 mil

hab.) e Caribe; infra-estrutura de transporte rodoviário que interconecta Manaus à

Caracas e Georgetown, atravessando Roraima; condições naturais favoráveis ao

turismo, à agropecuária de modo geral e à agricultura irrigada, e propícia para o

aproveitamento sustentável da floresta. Além da localização estratégica de Roraima,

às proximidades de Manaus, do mercado venezuelano e guianense, o Estado de

Roraima dispõe atualmente de cenários que abrigam importantes conjuntos de

instrumentos e de ações favoráveis à realização de investimentos:

A. Desenvolvimento Institucional

a) Regularização Fundiária – Direitos de Propriedade

Transferência pela União para a jurisdição do Estado de Roraima de

aproximadamente 6,8 milhões de hectares, dos quais já foram repassadas

glebas rurais que totalizam 1,8 milhões de hectares, aproximadamente. Dentro

de quatro (4) anos todas as atuais propriedades rurais de Roraima estarão

regularizadas ou em avançado estágio do seu processo de regularização. Cada

proprietário e produtor terá assegurada a segurança jurídica de sua propriedade

rural.

Transferência pela União para o Estado de Roraima de oito (8) áreas urbanas

que compreendem as sedes dos municípios de Caroebe, Baliza, São Luis,

Caracaraí, Iracema, Cantá, Normandia e Amajarí; dentro de 30 dias o Governo

fará a transferência dessas áreas para as Prefeituras Municipais, firmando

convênio de cooperação técnica-financeira para ajudar as prefeituras a

realizarem a regularização dos lotes urbanos de suas sedes municipais. Dentro

de um ano todos os municípios de Roraima estarão com suas áreas urbanas

regularizadas. Cada morador ou habitante terá garantida a segurança jurídica de

sua propriedade urbana.

Fortalecimento do ITERAIMA, realização de concurso público;

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Fortalecimento da parceria entre o Estado e o INCRA e o Terra Legal (MDA).

b) Regularização ambiental

Instituição do Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de Roraima ((ZEE-

RR), aprovado pela Lei Estadual Complementar n° 143/2009. Pendente de

aprovação pelo CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente. O Governo

Estadual se opõe à criação de novas áreas de conservação ambiental nos

termos originalmente propostos, como foi o caso da proposta de criação do

Parque Nacional do Lavrado, na Serra da Lua. Processo em renegociação.

Aprovação de leis estaduais destinadas a proteger os interesses legítimos dos

proprietários e trabalhadores rurais, das famílias que exploram a agricultura

familiar, as pequenas propriedades.

Fortalecimento da FEMACT – Fundação Estadual de Meio Ambiente, Ciência e

Tecnologia. Realização de concurso público.

OBS: a criação do Fórum dos Governadores da Amazônia Legal (9 estados)

ocorreu com o total apoio do Governo de Roraima. Este Fórum constitui espaço

da mais alta importância para o encaminhamento de soluções políticas (e

técnicas) para problemas comuns dos estados amazônicos, como são as

questões fundiária, ambiental, transportes aéreos, malhas rodoviárias (estradas

vicinais, p. ex.) e relações fronteiriças com nossos vizinhos hispânicos.

c) Defesa fitosanitária e animal

Criação da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima

Aprovação de leis instituindo mecanismos de apoio à produção agropecuária.

d) Terras Indígenas e política indigenista

Defesa judicial e de apoio à tese da demarcação das terras indígenas sob a

forma de ilhas, como reconhecimento de que a interação social em bases

cooperativas é o melhor caminho de construção de uma sociedade produtiva,

multicultural e solidária. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) foi pela

demarcação em área contínua, com a extrusão dos produtores de arroz e de

mais de 180 famílias de pequenos agricultores;

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A luta de Roraima resultou na definição pelo STF de parâmetros que agora

balizam as demarcações de terras indígenas, sendo vedada por exemplo a

criação de nova terra indígena em Roraima;

O Governo de Roraima mantém firme seu compromisso para com o

desenvolvimento das comunidades indígenas. O Plano de Etnodesenvolvimento

das Comunidades Indígenas de Roraima está concluído, contemplando apoio à

produção agropecuária inclusive infra-estrutura de apoio, à cultura, à educação e

saúde.

Em educação por exemplo, a UFRR formou 87 professores indígenas em

bacharelados diversos, com o apoio financeiro do governo estadual.

e) Relações internacionais

A integração sócio-econômica de Roraima à Venezuela e à Guiana constitui

estratégia central do processo de construção do nosso modelo de

desenvolvimento humano sustentável. Por essa razão o Estado de Roraima tem

lutado e trabalhado para fazer avançar essas relações internacionais:

Criação da Secretaria Extraordinária de Relações Internacionais com a finalidade

de instrumentalizar as atividades estaduais direcionadas para as relações com a

Venezuela e a Guiana;

Realização de Encontro dos Governadores de Roraima e do Estado de Bolívar, que

resultaram em convênios e termos de cooperação entre os dois estados nas áreas

de educação e segurança e saúde.

Simultaneamente, há entraves ao desenvolvimento a serem superados:

baixa produtividade e baixos níveis de educação da força de trabalho; elevada

migração rumo à cidade, mas com grande parcela da população rural dependente da

agricultura de subsistência.

Na iniciativa privada, o bom empreendedor maximiza a produção e o lucro

da empresa, operando em terreno que a maioria dos gerentes não operaria bem, ou

sequer vislumbraria como oportunidade de negócios.

No setor público, precisamos do empreendedor social, uma das espécies

do gênero dos empreendedores, com uma missão social, a qual deve ser central e

explícita. E, obviamente, isso afeta a maneira como os empreendedores sociais

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percebem e avaliam as oportunidades. Para os empreendedores sociais a riqueza é

apenas um meio para um determinado fim. Além de buscar a otimização dos recursos

públicos, com gerência eficiente, eficaz e efetiva, o comportamento do empreendedor

deve se pautar na ética. Por isso, não pode pactuar com a corrupção. Quem varre a

sujeira para baixo do tapete é conivente com a corrupção.Pode até não roubar, mas

deixa roubar.

O desenvolvimento depende, assim, de ações voltadas para a concretização

de investimentos estratégicos para o crescimento econômico de base ampla, com

vistas à geração de trabalho e renda, e investimento em capital humano e físico, mas

sempre de olho na restrição ambiental. São essas políticas que produzirão o

crescimento sustentável.

A conjugação do crescimento econômico com ações de desenvolvimento

social destaca, como prioridade, os investimentos em educação como política potencial

de elevação da renda. Sentimos na sociedade essa demanda, de que a educação para

a cidadania, para o trabalho e para o empreendedorismo constitui vetor essencial e

inadiável para a decolagem segura do atual estágio de desenvolvimento estadual.

As ações governamentais de promoção do crescimento econômico se

pautam no estímulo às atividades produtivas e no desenvolvimento de setores

promissores no Estado, como indústria de transformação, agricultura irrigada,

agroindústria, turismo, infra-estrutura econômica e tecnologia. A política social, por sua

vez, tem como suporte a educação, a qualificação profissional, o apoio aos pequenos

negócios e as ações compensatórias para os segmentos sociais marginalizados ou

excluídos da economia de mercado.

Dentre os diversos aspectos que fundamentam este Plano, é importante

destacar algumas conquistas para Roraima, na resolução de alguns problemas, que já

foram óbices para o ambiente que vai garantir o desenvolvimento que queremos.

Alguns aspectos são considerados estruturantes e fundamentais para a execução do

Plano.

7.1 Definição da Política Fundiária de Roraima

Conseguimos resolver a grande questão fundiária no Estado. A União finalmente

está transferindo o patrimônio fundiário que já era constitucionalmente nosso, para

efeito de realizar registros de incorporação ao seu patrimônio imobiliário das áreas

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abrangidas pela Lei n. 11.949 de 17 de junho de 2009. Esta transferência de domínio,

incrementou nosso estoque de terras na ordem de aproximadamente 6,0 milhões de

hectares, divididos em glebas, das quais, 03 (três) estão registradas e incorporadas e

outras 03 (três) estão em processo de transferência e registro. Neste Universo, até o

momento já foram beneficiados com a regularização aproximadamente 300 (trezentas)

famílias com seus Títulos de Propriedade. Outros 400 estão sob análise e terão seus

processos conclusos até dezembro de 2010. Nos próximos quatro anos serão

regularizados cerca de 4.000 imóveis rurais, que corresponde à média de 1.000

propriedades por ano.

Prioritariamente, esta se delineando uma estratégia de ação que possa articular

esforços a fim de obter sucesso no empreendimento do conjunto de ações técnicas,

administrativas, jurídicas e cartorárias. Ações essas, impreteríveis ao ato de

regularização do estoque de terras, com os devidos registros cartoriais de seu

patrimônio imobiliário. Somente por intermédio de execução de ações discriminatórias

para fins de extremação da ocupação ou afetação das terras de Roraima é que se

completará o ciclo da identificação da remanescência do devoluto vago das terras

estaduais para a justa e definitiva incorporação patrimonial.

O desafio de se implantar um processo fundiário em sua maior concepção, sob

o ponto de vista de que os atos deverão ser técnica e juridicamente incontestáveis,

remete à consciência de que somente disponibilizando recursos próprios e buscando

parcerias nas esferas de Governo é que viabilizaremos a execução da complexa

demanda de tarefas a serem cumpridas na implantação de Projetos de Regularização

Fundiária com responsabilidade ambiental e que possa se refletir na valorização

social e na sustentabilidade do desenvolvimento rural capaz de elevar o poder

econômico do Estado de Roraima.

Em uma visão sistêmica, a meta é a de implantar todos os procedimentos

necessários ao Reordenamento Agrário do Estado de Roraima, no próximo quadriênio,

a partir da execução de um trabalho detalhado de Cadastro Técnico de Imóveis Rurais

e de Levantamento do Perfil Sócio-Econômico Ocupacional, de maneira a compor a

malha fundiária estadual e sua ocupação devidamente ordenada, objetivando a

alimentar as bases de dados tabulados em cadastro nacional multifinalitário, a fim de

que possa subsidiar a construção de políticas públicas com maior precisão e eficácia

sob a perspectiva traçada pela realidade social haja vista que a regularização fundiária

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seja para o nosso Estado, talvez, o mais expressivo instrumento de favorecimento ao

crescimento econômico sustentável. Afinal, o direito de propriedade (privada) é fator

essencial de segurança jurídica para atrair e manter investimentos privados,

indispensáveis à promoção do crescimento da economia e para a viabilização do nosso

modelo de produção agropecuária.

7.2 Incentivos Fiscais e Extra-Fiscais para o Desenvolvimento de Roraima

O Fundo de Desenvolvimento Industrial do Estado de Roraima – FDI/RR, criado

pela Lei n° 232/99, vem promovendo o setor Industrial, ao assegurar benefícios fiscais

e extra fiscais às empresas Industriais e Agro-Industriais, incluindo as cooperativas e

associações de produtores e seus associados.

O Fundo atua na concessão de incentivo financeiro, que corresponde ao

empréstimo de até 75% do ICMS efetivamente recolhido. Faz ainda a concessão de

unidades físicas, em regime de Comodato, de infra-estrutura, de armazenagem e de

produção aos estabelecimentos industriais e agro-Industriais, cooperativas e

Associações de produtores, bem como, doação de lotes, para Implantação,

Relocalização e Ampliação de Indústrias, no Distrito Industrial Governador Aquilino

Mota Duarte (Boa Vista).

O Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado de Roraima –

FUNDER, criado pela Lei n. 023 de 21 de dezembro de 1992, tem o objetivo de

dinamizar e contribuir para o crescimento da economia estadual, mediante incentivo

financeiro e o financiamento de investimentos, para implantação e a expansão de

empreendimentos de empresas, de autônomos e de produtores rurais, visando à

redução dos desequilíbrios econômicos e sociais no Estado. Tem atuado no setor

agropecuário, principalmente atendendo a agricultura familiar, incentivando o

fortalecimento da bacia leiteira do Estado. Além de atuar no setor secundário e

terciário, no incentivo a pequenos empreendimentos de autônomos e microempresas.

No período 2007-2009, foram investidos mais de R$ 8 milhões de reais, nesses

segmentos.

A Lei nº 215/98, regulamentada pelo Decreto de n° 3341-E/98, tem como

objetivos consolidar e incentivar, através de isenções fiscais, os produtores vinculados

às cooperativas e associações agropecuárias localizadas no Estado, bem como,

participantes do Projeto Integrado de Exploração Agropecuária e Agroindustrial do

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Estado de Roraima. A intenção é termos até o ano de 2018, área de produção de

200.000 ha. Dentre os incentivos, o principal consiste na isenção de 100% do ICMS

para as operações internas e interestaduais, nas importações e exportação, e na

circulação de bens e mercadorias produzidas nas áreas incentivadas. Além disso,

concedemos isenção total na aquisição de máquinas, utilitários e implementos

agrícolas, inclusive do IPVA.

Além desses instrumentos e incentivos para se produzir em Roraima, o Governo

lançou em maio de 2009, um conjunto de incentivos atravé da Lei n. 710/2009, que

concede isenção do diferencial de alíquotas nas aquisições de máquinas ou

equipamentos, partes e peças destinadas ao ativo imobilizado de estabelecimento

agropecuário ou industrial (Nacionais ou Importadas);

Contempla ainda a redução de 17% para 12%, a alíquota do ICMS incidente

sobre todas as operações com gado bovino, bufalino, suíno, ovino e caprino e produtos

comestíveis resultantes de sua matança, em estado natural, resfriados ou congelados.

Antes, apenas a carne tinha tributação reduzida. Concedemos ainda a redução de 25%

para 12%, da alíquota do ICMS incidente sobre o querosene de aviação;

Além disso o governo estadual fez a dispensa de cobrança antecipada do

ICMS correspondente ao diferencial de alíquotas, quando da entrada no Estado de

Roraima de mercadorias adquiridas em outras Unidades da Federação, por empresas

com faturamento anual de até R$ 120.000,00 (MPE’S e EPP’S).

7.3 Áreas de Livre Comércio (ALCs) e Zona de Processamento de Exportações (ZPE)

A Lei no 8.256, de 25 de novembro de 1991, de autoria da Senadora Marluce

Pinto criou as Áreas de Livre Comércio de Pacaraima (ALCP) e de Bonfim (ALCBF).

Por razões políticas, elas não foram implantadas pelo governo federal, assim

permanecendo por 17 anos, até que por força da Lei nº 11.732, de 30 de junho de 2008

(Conversão da Medida Provisória nº 418/2008) a ALCP foi transferida para o município

de Boa Vista, passando a denominar-se Área de Livre Comércio de Boa Vista - ALCBV.

A ALCBV é considerada muito importante como ferramenta de promoção do

desenvolvimento do município de Boa Vista, capital de Roraima, como também, o

município estratégico de Bonfim, norte do Estado.

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Por essa razão, o Governo de Roraima fez questão de apoiar integralmente

essas ALCs. Antes da conversão da MP n° 418 na Lei n° 11.732/08 e de seu decreto

de regulamentação, o Estado de Roraima aprovou Convênio junto ao CONFAZ, para

fazer valer imediatamente a concessão da isenção do ICMS nas duas ALC’s de

Roraima.

O benefício em foco foi materializado com a celebração do convênio nº

25/CONFAZ de 04 de abril/09, que autoriza a concessão da isenção do ICMS nas

duas ALC’s. Associada aos incentivos do PIS e CONFINS, em vigor a partir de

janeiro/09, essas ALCs incorporaram benefícios fiscais decisivos para o crescimento da

economia. Por tal razão é importante destacar o trabalho da bancada federal de

Roraima durante o processo legislativo de criação das ALC’S. A MP foi alterada de

forma a incorporar o beneficio da isenção do IPI, nas saídas de mercadoria, para as

indústrias que trabalhem com predominância de matérias primas regionais. Este

dispositivo ainda não foi regulamentado.

Outra atuação Estadual na efetivação das ALC’s, foi o importante trabalho de

georreferenciamento das áreas das ALC’s, estabelecendo os seus limites geográficos,

realizado pelo Centro de Geotecnologia e Cartografia da SEPLAN.

A recém criada Zona de Processamento de Exportações de Boa Vista (ZPE-BV)

foi criada com o apoio político formal do Governador José de Anchieta. É que o

Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CNZPE), do

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio – MDIC condicionou sua

aprovação à manifestação favorável do governo estadual. Destaque-se que o Governo

do Estado prontamente atendeu a exigência, oficializando seu apoio formal à proposta

de criação da ZPE de BV. Este ato foi fundamental para que fosse aprovado o projeto

de criação da ZPE/BV, apresentado pelo município de Boa Vista.

O Estado de Roraima propõe, no entanto, que a configuração da ZPE-BV

incorpore a estratégia de implantação do Pólo Industrial de Boa Vista (PIBV) que

desempenhe a função de pólo complementar ao Pólo Industrial de Manaus (PIM), com

base na interpretação de que a Zona Franca de Manaus, onde se encontra instalado o

PIM, constitui um terceiro país. Com base nessa concepção, o PIBV poderá

recepcionar empresas e investimentos em componentes eletro-eletrônicos destinados

às indústrias do PIM.

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7.4 Planejamento e Ordenamento Territorial

O ZEE (Zoneamento Ecológico e Econômico) é o instrumento de planejamento

territorial que o Estado de Roraima vem desenvolvendo através do Comitê de

Geotecnologia, Cartografia e Ordenamento Territorial, formado pela FEMACT

(Fundação Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia), ITERAIMA (Instituto de

Terras e Colonização de Roraima), SEINF (Secretaria de Estado de Infra-Estrutura) e

SEAPA (Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), a partir do

ZEE proposto pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), efetuado

na escala de 1 :250.000, cobrindo apenas as áreas não institucionais do Estado,

contempla cinco regiões ou macrozonas: Macrozona 1 – Domínio dos Ecossistemas

das Savanas Estépicas; Macrozona II – Domínio dos Ecossistemas das Savanas

Úmidas; Macrozona III – Domínio do Entorno de Boa Vista; Macrozona IV– Domínio

dos Ecossistemas das Florestas Ombrófilas densas e Estacionais e Macrozona V –

Domínio dos Ecossistemas das Campinaranas e Formações Pioneiras das Áreas

Alagadas.

Segundo o ZEE, o sistema desenvolvido para a avaliação das potencialidades

das terras não considerou fatores de ordem econômica e social, bem como o emprego

de tecnologia avançada, como a irrigação. As melhores terras são indicadas

basicamente para culturas de ciclo curto, ficando implícito que são, também, para

culturas de ciclo longo.

A classificação da aptidão agrícola, como tem sido empregada, não é

precisamente um guia para obtenção do máximo benefício das terras, e sim uma

orientação de como devem ser utilizados seus recursos, em nível de planejamento

regional.

Para isso, está previsto no detalhamento do ZEE-RR, na escala 1:100.000, o

estabelecimento de matrizes de compatibilidades de usos de solo específicas por

Bacias Hidrográficas.

A destinação do território de Roraima é retratada no Quadro II. Mostra que

68,47% da área total estadual são destinados à formação das seguintes áreas

protegidas: terras indígenas (46,21%), unidades de conservação (21,03%) e área

militar (1,23%). Da área remanescente (31,53%), são destinados por força de lei

(Código Florestal) à formação da Reserva Legal (80% em áreas de florestas e 35% em

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áreas de savanas) e à proteção permanente, ecótonos e encostas. Os cálculos

efetuados demonstram que da área total de Roraima são destináveis à produção,

depois de consideradas as exigências legais, 7,44%, que correspondem à

aproximadamente 1.669.634 hectares, dos quais 721.350 hectares localizam-se nas

savanas, 314.938 hectares no Entorno de Boa Vista e 622.525 hectares de florestas

ombrófilas. O estudo mostra ainda que da superfície estadual encontram-se alterados

939.203 hectares que correspondem a 4,19% da área total.

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ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO DO ESTADO DE RORAIMA/ZEE-RR MACROZONAS E ÁREAS PROTEGIDAS

ÁREA (Ha) ÁREAS PROTEGIDAS (Ha)

MACROZONAS TOTAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO TERRAS ÁREA TOTAL

RORAIMA (a) (%) EXISTENTES PROPOSTAS TOTAL INDÍGENAS MILITAR (b)

I. SAVANA ESTÉPICA 1.079.358 4,81 - - - 1.072.989 - 1.072.989

II. SAVANA ÚMIDA 2.669.652 11,90 6.544 - 6.544 1.382.493 15.089 1.404.126

III. ENTORNO DE BOA VISTA 613.726 2,74 - - - 57.338 3.866 61.204

IV. FLORESTA OMBRÓFILA 14.351.233 63,98 1.305.820 - 1.305.820 7.776.169 81.532 9.163.521

V. CAMPINARANA 3.715.929 16,57 3.057.529 348.192 3.405.721 75.066 175.221 3.656.008

TOTAL 22.429.898 100,00 4.369.893 348.192 4.718.085 10.364.055 275.708 15.357.848

Participação no Total (%) 100,00 19,48 1,55 21,03 46,21 1,23 68,47

Fonte:SEPLAN-RR/Centro de Geotecnologia, Cartografia e Planejamento Territorial

ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO DO ESTADO DE RORAIMA/ZEE-RR MACROZONAS E ÁREAS REMANESCENTES

ÁREA ÁREAS ÁREAS Reserva APP Áreas Áreas

TOTAL PROTEGIDAS REMANESCENTES Participação Legal Ecótonos para a Alteradas

MACROZONAS (Ha) (Ha) (Ha) (%) (Ha) Encostas (Ha) Produção (Ha) (Ha)

I. SAVANA ESTÉPICA 1.079.358 1.072.989 6.369 0,59 2.229 510 3.630 -

II. SAVANA ÚMIDA 2.669.652 1.404.126 1.265.526 47,40 442.934 101.242 721.350 212.267

III. ENTORNO DE BOA VISTA 613.726 61.204 552.522 90,03 193.383 44.202 314.938 245.891

IV. FLORESTA OMBRÓFILA 14.351.233 9.163.521 5.187.712 36,15 4.150.170 415.017 622.525 481.045

V. CAMPINARANA 3.715.929 3.656.008 59.921 1,61 47.937 4.794 7.191 -

TOTAL 22.429.898 15.357.848 7.072.050 31,53 4.836.652 565.764 1.669.634 939.203

Participação no Total (%) 100,00 68,47 31,53 21,56 2,52 7,44 4,19

Fonte:SEPLAN-RR/Centro de Geotecnologia, Cartografia e Planejamento Territorial

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O ZEE/RR foi institucionalizado pela Lei Estadual Complementar n°

143/2009, vigorando portanto na jurisdição estadual. O ZEE-RR carece ainda de

homologação pelo Presidente da República, o que deverá ocorrer após a sua

aprovação e recomendação pelo CONAMA, para que se possa aplicar os

dispositivos previstos no Código Florestal no que diz respeito à redução da reserva

legal.

O entrave que existe atualmente é de natureza política pois o Governo do

Estado se opõe à criação de novas unidades federais de conservação na forma

como estão sendo propostas e encaminhadas.

7.5 Formação de Capital Intelectual

Investir o máximo possível na formação de capital humano, para capacitar o

cidadão para o desenvolvimento (capacitar todas as pessoas que trabalham e

empreendem para que o bolo cresça), compreende ampla ação de educação

integrada de qualificação para o trabalho e o empreendedorismo. A formação de

capital humano e social é elemento chave para garantir a empregabilidade presente

e futura dos recursos humanos de um determinado território A qualificação e

desenvolvimento de habilidades são fatores de importância crescentes para todas as

atividades econômicas, tanto na indústria, com seus distintos níveis tecnológicos, na

agroindústria e no setor de serviços. Torna-se elemento determinante para a

melhoria da qualidade de vida da população. Frente ao desenvolvimento, os

recursos humanos devem receber capacitação permanente e adequada para que se

obtenha uma melhor perspectiva de crescimento pessoal, tanto no âmbito

econômico como no social. Uma das chaves fundamentais para o estabelecimento

de uma política moderna de formação de capital social em um território é a

capacidade de impulsionar a cultura da iniciativa em contraposição à cultura da

passividade.

Os investimentos realizados nessa área são bastante expressivos. No período

criamos a Universidade Estadual (UERR) que oferece atualmente mais de 5.000

vagas de ensino superior; a Universidade Virtual de Roraima (UNIVIRR) que atende

milhares de jovens em preparatórios para vestibulares, desenvolve cursos à

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distância e já se revelou como eficiente plataforma tecnológica de ensino à distância

e de inclusão social na medida que cobre todo o território estadual.

Destacamos essas duas importantes bases organizacionais. Mas o programa

é amplo e vigoroso. Elencamos os seguintes:

Criação da Universidade Estadual de Roraima (UERR) que ampliou em 5.000

vagas a oferta de ensino superior em Roraima; significa atender 20% do total das

matrículas de ensino superior (25.000 alunos).

Criação da Universidade Virtual de Roraima (UNIVIRR), a mais importante

plataforma tecnológica de ensino à distância, cobrindo com os seus serviços os

15 municípios de Roraima; ampliou a oferta de vagas para os alunos concluintes

do ensino médio, em exames preparatórios para os vestibulares; ampliou a oferta

de vagas para a formação superior de profissionais da área de ensino, mediante

convênios com a Universidade de Santa Catarina e outras IES.

Criação e implantação da ETSUS – Escola Técnica do SUS.

Criação e implantação do Centro Estadual de Formação de Professores.

Criação da Escola de Governo.

Concessão de 2.000 bolsas universitárias por ano, valor por bolsa de até

R$510,00/mês; significa que o governo do Estado assegura oferta de mais 8% do

total das matrículas de ensino superior.

Concessão de estágio remunerado para 4.000 jovens concluintes do ensino

médio, com bolsa de R$300,00 por mês, além de seguro e vale-transporte.

Formação de especialistas, mestres e doutores. Em convênios com a

Universidade Federal de Roraima (UFRR), a Universidade Federal do Rio Grande

do Sul (UFRGS), a Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e a Universidade

de Brasília (UNB) e outras IES, o governo estadual vem apoiando financeiramente

formação de:

. Mestres em Economia e em desenvolvimento regional (UFRGS): 53 mestres;

. Mestres em Direito Ambiental (UEA): 19 mestres;

. Doutores em Relações Internacionais e Integração Econômica: 15 doutores;

. Especialistas em Geotecnologias: 15 especialistas.

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7.6 Captação de Recursos

O Estado hoje entende da necessidade da elaboração de projetos que

atendam às sistemáticas dos órgãos federais e das instituições financeiras nacionais

e internacionais para a liberação de recursos onerosos e não onerosos que

financiam e fomentam o desenvolvimento do Estado. A exemplo disso, são os

recursos disponibilizados, via convênio, com órgãos federais onde destacam-se, o

convênio que garantiu a restauração da BR 174 para o período de abril/2010 a

dezembro/2011 e as operações de créditos contratas junto a Caixa Econômica

Federal, para implantar o sistema de abastecimento de água tratada que vai

beneficiar 95% da população de Boa Vista e aumentar em 57% o atendimento de

rede de coleta de esgoto sanitário, também em Boa Vista.

Entre os convênios, cabe destacar ainda, o contrato com a Eletrobrás para a

implantação do Programa Luz para Todos onde devemos atender até o final de

2010, 1.100 famílias rurais que não tinham energia elétrica.

Na área social, conveniamos com o Ministério das Cidades a construção de

1.247 unidades habitacionais, urbanizadas, com rede de água tratada, sistema de

coleta de esgoto, pavimentação asfáltica e iluminação pública, já adotando a política

de habitação do Estado, regularizando uma área de habitações irregulares,

insalubres e de risco social, proporcionando a esta população melhor habitabilidade

com qualidade de vida.

Como resultado deste trabalho, o Estado já sente a necessidade de aumentar

o número de servidores nas setoriais capacitando na elaboração de projetos para a

captação de recursos.

Outros convênios, igualmente importantes, estando atualmente, na fase de

liberação de recursos, entre eles o projeto que prevê a revitalização e implantação

da infra-estrutura, zoneamento industrial e a recuperação da área desordenada do

Distrito Industrial, possibilitando o registro em cartório do ordenamento territorial da

área do distrito. Adotando essa política de zoneamento, fomentamos a criação do

condomínio Industrial, iniciando a construção da primeira etapa do Pólo Moveleiro,

com nova tecnologia industrial capaz de atender o mercado externo e interno,

fortalecendo a cadeia produtiva utilizando a matéria prima certificada, cumprindo a

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legislação ambiental atendendo o mercado interno o mercado interno e

principalmente o externo.

Essa revitalização da infra-estrutura do Distrito Industrial, vem acomodar

demanda a ser atendida com a efetivação da ALC de BV e os demais segmentos da

produção industrial.

Enfetivou-se também, convenio com Ministério da Saúde para construção do

Hospital das Clínicas no Bairro Pintolândia, visando desafogar o sistema de saúde,

descentralizando parte do atendimento de urgência e emergência, de média e baixa

complexidade, incluindo o atendimento maternal.

Transferências voluntárias às instituições Sociais e aos Municípios do Estado

No período de 2007 a 2010, foram celebrados 348 convenio com os

municípios e instituições sociais, que totalizaram o montante de R$ 46.500.000.

Obtendo um crescimento, no período de 2007 a 2010, de 150% de atendimento a

esses entes. Destacando o programa de limpeza urbana implantado em todos os

municípios.

7.7 Turismo

Roraima, a melhor localização geopolítica da Amazônia, para o

desenvolvimento econômico da região. Tendo como mercado real a Venezuela com

26 milhoes de habitantes e a Guiana com 880 mil habitantes, constituda pelo

corredor Caribe-Amazônia, figura como a melhor condição da ativida do setor de

Turismo e dos demais setores da economia do Estado. Visando estes mercados, o

Governo do Estado de Roraima, buscou no propósito de ampliar a importância do

setor turístico no desenvolvimento de Roraima, ações na captação de recursos e

pela emplementacão do PRODETUR – RORAIMA, por meio de convênio entre o

BID, Ministério do Turismo e Governo de Roraima, que tem como objetivo melhorar

a qualidade de vida das populações que residem nos municípios a serem

beneficiados, pelo de incremento dos postos de trabalho no Turismo, de forma direta

e indireta, aumento da acessibilidade da população aos serviços

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urbanos,estimulando o turismo interno e preparando a população no bem receber

aos turistas nacionais e internacionais, melhorando a gestão, dotando o Pólo

Ecoturístico de infra-estrutura necessária pra a valorização e na motivação dos

diversos seguimentos que compõem o Trade turístico do estadual, bem como no uso

e ocupação do solo e no meio ambiente.

O Prodetur Roraima é dividido em:

Estratégia do produto turístico;

Estratégia de Comercialização;

Fortalecimento Institucional;

Infra-estrutura e serviços básicos;

Gestão Ambiental.

QUADRO DE RECURSOS DO PRODETUR RORAIMA

Discriminação US$

Milhões %

Fonte Externa

Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID 74.400 60

Total da fonte externa 74.400 60

Fontes Internas (Locais)

Governo do Estado da Roraima 49.600 40

Total da fonte local 49.600 40

Custo Total 124.000 100

População Beneficiada, 2007

Pólo Número

de Municípios Número

de Habitantes Porcentagem da População do

Estado

Serras, Savanas e Florestas

11 370.082 93,52%

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7.8 Inclusão Digital

Segundo índices elaborados pela Fundação Getúlio Vargas sobre a inclusão

digital no Brasil que apontava Roraima em último lugar em inclusão digital como

mostra o quadro a seguir:

Acesso do aluno ao laboratório da Escola por Estado.

O Governo do Estado de Roraima, sabedor que o acesso à informação e a

comunicação são direitos inalienáveis do ser humano e, por isso, o acesso às

Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e a produção da informação com

seu uso, devem ser compreendidos como um novo direito humano fundamental,

garantidos e promovidos pelo Poder Público, vem através da UNIVIRR iniciar o

Projeto de Inclusão Digital do Estado, com o objetivo de capacitar em todos os

níveis da informática, alunos, professores, servidores e a comunidade em geral

formando no cidadão o hábito do acesso às diferentes mídias e serviços disponíveis

na rede mundial de computadores, criando uma cultura do uso da tecnologia de

forma a reverter o quadro de analfabetismo digital no Estado.

A SECD repassa a UNIVIRR a operacionalização dos laboratórios da rede

estadual - PROINFO oferecendo ao aluno, ao professor e à comunidade,

capacitação necessária para o uso dos recursos tecnológicos da informação. O

Projeto também busca qualificar alunos de Ensino Médio, para a graduação e pós-

graduação à distância. A UNIVIRR trabalha atualmente com 191 laboratórios de

informática, com 2.484 computadores, nos 15 municípios do Estado, com

capacitação já realizada em aproximadamente 17.854 cursistas aprovados,

significando 4.3% da população, em dois anos do Projeto.

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VIII - CENÁRIO MACROECONÔMICO

É usual no planejamento trabalhar-se com três cenários: um otimista, um

moderado e um pessimista. Os cenários trabalham com um conjunto de hipóteses,

as quais no caso do presente projeto são as seguintes:

Cenário Pessimista: O PIB real de Roraima cresce à taxa inferior do que a taxa de crescimento da população. Resultado: cai o PIB per capita. A pobreza tenderá a aumentar, mesmo com a implementação de políticas sociais compensatórias.

Cenário Moderado: O PIB real de Roraima cresce na mesma proporção da taxa de crescimento da população. Resultado: o PIB per capita mantém-se estagnado. A pobreza poderá ser reduzida pela implementação de políticas sociais compensatórias.

Cenário Otimista: O PIB real de Roraima cresce à taxa maior do que a taxa de crescimento da população. Resultado: o PIB per capita cresce de forma sustentada A redução da pobreza será acelerada pela implementação de políticas sociais compensatórias.

Meta desejada de crescimento econômico:

Taxa média de crescimento do PIB: 8% ao ano, no mínimo, já que a população cresce à taxa média de 4,5% ao ano.

Subsetores selecionados

Primário: lavouras e produção animal; extrativismo mineral. Secundário: Indústria, metalurgia; vestuário; produtos alimentícios e construção

civil. Terciário: Comércio, turismo, administração pública e outros serviços.

O valor adicionado desses subsetores representava mais de 85% do PIB

total em 2007, sendo que o subsetor administração pública representa o segmento

de maior proporção na formação do PIB, considerando que os gastos do setor

público representaram, em média, 48% do PIB roraimense.

Os gastos do Estado de Roraima são a principal fonte deste crescimento,

financiados na sua maior parte por transferências federais. Sabemos ainda que tais

gastos se revestem de motivação essencialmente geopolítica.

Os dados nos dizem que a dinâmica do PIB de Roraima depende,

essencialmente, do comportamento da arrecadação federal (imposto de renda e

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imposto sobre produtos industrializados) e, conseqüentemente, depende

substancialmente do comportamento do próprio PIB do país. Mantido o atual

modelo, significa que, se o governo federal for bem, Roraima irá bem, face às

transferências constitucionais (FPE, FPM, FUNDEF) e em razão do trabalho de

captação de recursos voluntários (convênios) realizado pelos deputados federais e

senadores (emendas parlamentares) A sustentabilidade do crescimento econômico

deste modelo tem origem em fatores na sua maioria exógenos. E é isto que

precisamos mudar, montar modelo de desenvolvimento de fonte endógena, que

tenha raízes nos fatores sócio-econômicos predominantemente locais.

Isto posto, as estimativas realizadas trabalham com as seguintes

hipóteses de crescimento (taxas mínimas de crescimento) dos subsetores, para que

o PIB de Roraima cresça pelo menos a taxa de 8% ao ano:

Primário: lavouras e produção animal e extrativismo mineral: 20% ao ano Secundário: Indústria – metalurgia; vestuário; produtos alimentícios e construção

civil, indústria extrativa mineral: 10% ao ano

Terciário: Comércio, turismo, administração pública e outros serviços: 8,% ao ano

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IX - ESTRATÉGIAS

A. Eixo Crescimento Econômico Sustentável

1. Incentivar o Agronegócio e a Agricultura Familiar, planejando a criação de pólos de

produção; agregando valor ao produto e aumentando a renda; fixando o homem no meio

rural de acordo com as normas ambientais; garantindo o direito à alimentação adequada e

a segurança alimentar e nutricional da população de Roraima.

I. Agronegócio e Agricultura Familiar

Revitalização, privatização ou terceirização do parque agroindustrial estatal;

Incentivo a criação de novas agroindústrias da iniciativa privada;

Criação de linhas de crédito rural para pequenos e médios produtores, com menos burocracia e mais agilidade;

Incentivo à produção de alimentos orgânicos como forma de agregar valor aos produtos agrícolas;

Fortalecimento da implantação de sistemas agro florestais;

Operacionalização do Sistema de Informações de Mercado;

Incentivo à diversificação na produção;

Apoio ao setor extrativista vegetal e pesca artesanal

Articulação junto às Instituições de financiamento (FNO, PRONAF E DRS/BB), visando agilizar a liberação de crédito;

Promoção da saúde animal e vegetal e inspeção de seus produtos e sub-produtos;

Apoio às comunidades indígenas e ribeirinhas;

Incentivo à recuperação das áreas degradadas;

Organização e expansão das cadeias produtivas / APL / DRS e outras formas de cadeias produtivas;

Apoio à comercialização da produção do agronegócio e da agricultura familiar;

Reestruturação da rede de assistência técnica e extensão rural;

Capacitação do corpo técnico e de produtores;

Investimentos em educação ambiental aplicadas ao agronegócio e agricultura familiar;

Estabelecimento de acordos de cooperação técnica com órgãos e organizações públicas, privadas e sociais para troca de informações, estudos, pesquisas e experiências;

Incentivo a criação da política de segurança alimentar e nutricional;

Apoio aos projetos de incubadoras e empresas juniores das universidades;

Incentivo e parceria com consórcios de segurança alimentar e nutricional;

Gestão integrada de intervenção no território;

Criação de condições para redução dos custos de produção dos produtos essenciais da agricultura;

Estudo e articulação junto a organismos nacionais e internacionais, a viabilização da remuneração monetária ao proprietário que conservar sua área de floresta nativa ou plantada através do sistema de credito de carbono;

Apoio à produção e processamento de culturas voltadas para a produção de biocombustível (dendê, girassol, mamona, cana-de-açúcar, pinhão manso, soja...);

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Implantação do Pólo de Indústrias do Baixo Rio Branco;

Criação do código florestal de Roraima;

Apoio e incentivo à produção de recursos pesqueiros, de maneira sustentável com parceria da UERR e

Fortalecimento das ações das cooperativas e associações. 2. Incentivar a industrialização, o turismo, as relações fronteiriças e comércio

exterior e a exploração mineral regulamentada.

II. Indústria, Mineração, Comércio, Turismo e Serviços

Incentivo a criação de novas indústrias da iniciativa privada

Gestão para regulamentar o câmbio em moeda nacional em Roraima e permissão para implantação de casas de câmbio;

Estímulo à diversificação da pauta exportadora;

Gestão para acelerar a efetivação das áreas de livre comércio, ZPE’S e porto seco e extensão dos benefícios fiscais totais da ZFM para os estados da Amazônia ocidental;

Estudo de viabilidade dos circuitos de abastecimento, distribuição e comercialização, para dinamizar o setor produtivo do estado de Roraima;

Intensificação de parcerias das instituições governamentais com os setores produtivos.

Apoio à consolidação do pólo moveleiro e implantação dos pólos de confecções e artesanatos;

Gestão para revisão dos acordos de transporte de passageiros e cargas com Venezuela e Guiana;

Gestão para implantação da infra-estrutura aduaneira em Bonfim;

Incentivo aos intercâmbios sociais, culturais e econômicos com os países fronteiriços;

Fortalecimento da estrutura gerencial de turismo no estado de Roraima (criação de uma estrutura com autonomia);

Implantação do programa de regionalização e de inventariação do turismo de Roraima;

Melhoria e ampliação da infra-estrutura turística no Estado:

Valorização, promoção científica e turística da Linha do Equador;

Implantação do programa de iniciação escolar para o turismo como disciplina transversal em consonância com a proposta pedagógica curricular do estado.

Executar o PRODETUR/NORTE – programa de desenvolvimento do turismo para a região norte;

Acordo de cooperação técnica-científica com as instituições de ensino no estado;

Incentivo ao ecoturismo nas áreas de proteção ambiental;

Incentivo às pesquisas minerais, visando à implantação de unidades produtivas no Estado;

Incentivo a implantação de mini-distritos industriais no interior do estado;

Consolidação da infra-estrutura e fortalecimento da gestão com parcerias público/privada do distrito industrial de Boa Vista;

Fortalecimento e apoio as agroindústrias

Regulamentação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas.

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3. Promover o planejamento e o ordenamento territorial com base no ZEE.

4.Formular, promover e executar as Políticas de Meio Ambiente, mediante

conhecimento, defesa, preservação, uso, conservação e recuperação dos recursos

naturais.

III. Meio Ambiente, Planejamento e Ordenamento Territorial

Regulamentação do ZEE-RR;

Ampliação da escala do ZEE-RR de 1:250.000 para 1:100.000, tendo como base as Bacias Hidrográficas do Estado de Roraima; e

Apoio a elaboração e implantação dos Planos Diretores Urbanos dos Municípios

Criação e Gestão de Unidades de Conservação estaduais e municipais;

Reformulação e Fortalecimento de Sistemas de Controle e Monitoramento Ambiental;

Criação e Regulamentação de Legislação Ambiental;

Promoção da Educação Ambiental;

Promoção da Gestão Sustentável dos Recursos Naturais (Hídricos, Florestais, Minerais e Animais);

Reformulação e operacionalização do Conselho Estadual de Meio Ambiente Ciência e Tecnologia (CEMAT);

Fortalecimento dos instrumentos de aplicação da Legislação Ambiental;

Promoção da gestão dos resíduos sólidos no Estado com vista à conservação dos recursos naturais;

Fortalecimento dos mecanismos de fiscalização e repressão aos crimes ambientais, no âmbito estadual, com ênfase na criação de um posto de fiscalização na foz do Rio Branco; e

Criação de mecanismos de proteção eficientes para as áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade.

5. Ampliar e melhorar a infra-estrutura para o desenvolvimento do Estado.

IV. Infra-estrutura e Urbanismo

Projeto, Restauração, Implantação e Pavimentação de Vicinais e Obras de Arte com foco em regiões produtivas;

Projeto, Restauração, Implantação, Pavimentação e Supervisão de Rodovias Estaduais, Federais e Obras de Arte;

Infra-Estrutura Portuária Fluvial, com a concepção do sistema Multimodal;

Construção/Homologação de Aeródromos;

Repotencialização da PCH de Jatapú;

Interiorização da Energia de Guri e Luz para Todos;

Projeto e Implantação do Sistema de Telecomunições de dados, voz e imagem através de fibra ótica, para todo o Estado;

Otimização e Expansão da Rede de Água e Esgoto de Boa Vista e Municípios;

Construção e Ampliação de Terminais Rodoviários;

Ações sobre a Construção da Hidrelétrica do Cotingo;

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Construção, Recuperação e Adaptação de Prédios Públicos, garantindo direito à acessibilidade;

Apoio à Criação e Implementação dos Planos Diretores para os Municípios; e

Criação de um Fórum para discutir com a sociedade, alternativas de Geração de energia elétrica em curto, médio e longo prazo.

6. Formular, promover e executar as Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação,

mediante estímulo, fomento, apoio, promoção, produção e difusão do conhecimento,

visando o desenvolvimento Sócio-econômico-ambiental para a melhoria da qualidade de

vida da população.

V. Ciência, Tecnologia & Inovação

Criação de mecanismos legais institucionais, através de um Plano Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, que promovam as bases de implementação, fomento e articulação das ações de ciência, tecnologia e inovação, na forma de um fundo estadual de C,T&I;

Fomento as ações de C,T&I voltadas a atender o desenvolvimento sócio-econômico e ambiental no estado de Roraima;

Implantação e fortalecimento de infra-estrutura básica que permita o desenvolvimento dos programas de pesquisa científica propiciando a inovação tecnológica e a oferta de serviços e informações tecnológicas;

Difusão das ações de ciência, tecnologia e inovação junto à sociedade, visando a sua popularização e oportunizando o acesso ao conhecimento gerado através de programas específicos;

Estímulo à formação e capacitação de RH através de programas de auxílio a pesquisadores nos níveis de graduação e pós-graduação e profissionalização tecnológica que estejam no âmbito do sistema acadêmico (ensino, pesquisa e extensão) e das políticas publicas dos diferentes níveis de governo;

Desenvolvimento e modernização do Sistema Sócioeconômicoambiental do Estado com base científica e tecnológica;

Apoio e fomento a estudo e pesquisa visando o conhecimento, proteção e conservação dos recursos naturais através de seu uso sustentável;

Incentivo a estudos e pesquisas de energias alternativas limpas, bem como modelos para sua utilização sustentável;

Fortalecimento das instituições de ensino e pesquisa, prioritariamente, do Estado;

Incentivo à implantação de incubadoras de empresas. B. Eixo Justiça e Inclusão Social 1. Ampliar as oportunidades de geração de Trabalho, Emprego e Renda; implementação

do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, no atendimento às famílias em

vulnerabilidade e risco social; reduzir o Déficit Habitacional; garantir o direito humano a

alimentação adequada e a segurança alimentar e nutricional da população de Roraima.

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I. Trabalho, Emprego e Desenvolvimento Social

Manutenção do estágio remunerado para o estudante de nível médio (inclusão da EJA) e do estágio para o estudante de nível superior em parceria com as universidades;

Fomento e fortalecimento do empreendedorismo, da economia solidária, das micro empresas e outras economias alternativas;

Ampliação das ações da Política de Emprego Trabalho e Renda, voltadas para aprendizagem e incremento das ações do primeiro emprego e de programa de estágio;

Promoção de atividades sócio-educativas para fortalecimento da cidadania;

Manutenção da bolsa de estudos de cursos superiores, aos estudantes de baixa renda;

Implementação do Programa de construção de casas populares para famílias de baixa renda;

Incentivo ao fortalecimento do artesanato de Roraima;

Implementação da qualificação, requalificação e certificação profissional;

Garantia da proteção social às famílias em vulnerabilidade e risco social;

Incremento a vigilância social no conhecimento das formas de vulnerabilidade da população e do território;

Manutenção e ampliação da política de segurança alimentar e nutricional e do Sistema Estadual de SAN (Manutenção do Vale Solidário e Manutenção do Restaurante Popular);

Promoção da defesa social e institucional para garantia de direitos sócio-assistenciais; e

Manutenção dos programas estaduais de proteção e garantia dos direitos da criança, do adolescente e do idoso.

2. Melhorar as condições de acesso, permanência e qualidade da educação, assim como

promover a cultura e o esporte.

II. Educação, Cultura e Desporto

Melhoria dos indicadores educacionais de Roraima, componentes das Metas do Milênio previstas para o Brasil;

Concentração de esforços nas diretrizes de melhoria da educação básica de Roraima previstas no Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação;

Melhoria da qualidade da educação básica, com foco nas metas previstas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB para Roraima;

Desenvolvimento, expansão e fortalecimento da educação superior;

Promoção da inclusão digital, priorizando os alunos e os profissionais da educação;

Promoção da educação à distância;

Promoção da iniciação científica, com foco no desenvolvimento sustentável;

Garantia da inclusão e do respeito à diversidade na educação básica e superior;

Aperfeiçoamento da gestão da educação, da cultura e do esporte;

Fomento ao regime de colaboração com os municípios para a expansão da educação, cultura e esporte;

Garantia da universalização da matrícula para a população de 6 a 14 anos;

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Garantia da permanência bem-sucedida de crianças, adolescentes, jovens e adultos na escola pública;

Garantia da valorização dos profissionais da educação;

Aumento da escolaridade média e melhoria da requalificação profissional da população, em parceria com universidades e entidades da sociedade civil organizada, governamentais ou não;

Investimento em formação de capital humano, por meio de programas de pós-graduação;

Universalização da educação profissional e tecnológica em todos os níveis;

Promoção da cultura em Roraima, priorizando aspectos regionais ou locais e a descoberta de aptidões, em articulação com o Sistema Nacional de Cultura;

Criação e implementação de aparelhos culturais para melhoria da qualidade de vida;

Promoção do esporte em Roraima, identificando e otimizando potencialidades locais e em articulação com o Sistema Nacional do Esporte;

Focalização e priorização - diretamente nas escolas - dos esforços e recursos do sistema de educação e, no que couber, da cultura e do esporte, promovendo a descentralização, a profissionalização e a autonomia pedagógica, financeira e gerencial;

Fortalecimento da educação para o desenvolvimento sustentável;

Promoção da intersetorialidade da educação nas demais políticas públicas;

Garantia de concurso público para o magistério, particularizando a educação indígena e as especificidades da educação especial [Língua Brasileira de Sinais, Braille, etc.];

Ampliação do acesso e permanência da população do campo à educação básica de qualidade;

Implantação de programas de acessibilidade nos prédios escolares e no transporte escolar;

Criação de políticas educacionais voltadas à inclusão de indígenas residentes na Capital; e

Programa de qualificação permanente de professores para alunos com necessidades especiais.

3. Ampliar e melhorar as condições de acesso universal aos serviços de saúde, buscando

a integralidade da atenção à saúde.

III . Saúde

Melhoria das condições de saúde materno-infantil;

Ampliação de acesso e humanização dos serviços de saúde;

Fortalecimento das ações da vigilância em saúde;

Fortalecimento da gestão e formação em saúde;

Intersetorialidade das políticas, visando à melhoria da qualidade de vida;

Ampliação do Sistema de Saneamento Básico do Estado (água, esgoto, manejo de águas pluviais e resíduos sólidos);

Elaboração dos Planos Diretores de saneamento dos municípios do Estado;

Regularização dos serviços de saneamento básico junto aos Municípios do interior do Estado;

Fortalecimento da gestão das perdas nos sistemas de abastecimento de água;

Adequação e recuperação dos sistemas de esgotos existentes no Estado;

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Captação de recursos junto às instituições governamentais e não governamentais (convênios, financiamento, PAC, entre outros); e

Implantação e implementação dos serviços e alta complexidade.

4. Investir na Segurança Pública, com ênfase na prevenção da criminalidade;

IV. Segurança Pública

Consolidação da filosofia de Polícia Comunitária no Sistema de Segurança Pública, baseando a prevenção do crime na integração com a comunidade, através dos conselhos e demais políticas de integração;

Consolidação da integração operacional entre todos os órgãos do Sistema de Segurança Pública, com destaque para a área de gestão do conhecimento e serviços de inteligência;

Implantação da filosofia de análise e planejamento prospectivo nos órgãos de defesa social, voltados para a prevenção criminal, atualizando a doutrina operacional dos órgãos, adequando-a as novas demandas de segurança pública, mormente a integração policial, a polícia comunitária e a defesa dos direitos humanos e do meio ambiente;

Redefinição do perfil profissional nas áreas de segurança pública e defesa social, empregando os talentos humanos, de forma lógica e racional, priorizando o desenvolvimento da atividade de segurança pública;

Promoção do envolvimento e o comprometimento do público interno com a identidade organizacional, por meio da criação de atividades de promoção sócio-ambiental no Sistema de Segurança e Defesa Social, criando e ampliando programas voltados para a melhoria da qualidade de vida do profissional de segurança pública e defesa social e de sua família;

Aprimoramento das ações psico-sociais de prevenção e monitoramento de ocorrência de desvios de conduta dos servidores dos órgãos de Segurança Publica e Defesa Social do Estado com o fortalecimento das Ouvidorias e criação de uma Corregedoria Geral Integrada;

Implantação de ações e operações integradas permanentes e/ou transitórias que visem combater delitos específicos;

Desenvolvimento de projetos e ações integradas com os órgãos envolvidos que visem reduzir o número de vítimas do trânsito;

Intensificação das campanhas educativas para divulgar as estratégias e ações do Sistema de Segurança e Defesa Social, com novas metodologias de trabalho;

Construção, ampliação e modernização da infra-estrutura do Sistema de Segurança e Defesa Social;

Valorização dos profissionais do Sistema de Segurança e Defesa Social;

Implantação de Posto Permanente e Móvel de Fiscalização Integrada, com membros do sistema de segurança pública, fiscalização fazendária, ambiental e sanitária, no Baixo Rio Branco;

Promoção de cursos de graduação e pós-graduação “lato sensu” e “stricto sensu”, voltados para as áreas de segurança publica e defesa social;

Apoio a todos os órgãos que exerçam atividades de fiscalização;

Fortalecimento e ampliação das Polícias ambientais;

Aumento da eficiência operacional dos órgãos de segurança publica e defesa social, por meio de utilização do sistema de vídeo monitoramento e ou outras tecnologias da Informação; e

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5. Coordenar e executar as atividades de administração penitenciária, executando

programas e projetos de defesa dos direitos humanos e das minorias, priorizando o

acesso à justiça.

V. Justiça e Cidadania

Proteção e Defesa dos interesses e direito dos consumidores;

Modernização e Estruturação do Serviço de Atendimento ao Consumidor;

Modernização do Sistema Penitenciário Estadual;

Assistência ao custodiado e ao egresso;

Promoção e Apoio aos Direitos Humanos e a Cidadania;

Apoio às ações da Defensoria Pública Estadual;

Fortalecimento dos Conselhos de Direitos na Promoção da Cidadania e Justiça Social; e

Fortalecimento aos mecanismos de fiscalização e repressão do trabalho escravo e infantil.

C. Eixo Estado eficiente e transparente na Gestão 1. Modernização da Administração Pública do Estado e Consolidação do papel do

planejamento estadual como instrumento estratégico de desenvolvimento, fortalecendo o

processo de captação de poupança pública e atração de investimentos privados.

I. Modernização do Estado

Formação continuada do servidor público objetivando a conscientização, valorização e mobilização para que se tornem agentes ativos da transformação da gestão pública;

Modernização da estrutura organizacional do Estado e processos administrativos;

Revisão da política de incentivos para modernização dos fundos (Fundo de aval, FDI, FUNDER);

Política de incentivos para viabilizar a atração de investimentos privados;

Desenvolvimento de políticas de melhorias da capacidade de gestão de pessoas;

Fortalecimento da capacidade de planejamento e de gestão de políticas públicas;

Revisão, integração e modernização dos sistemas de informatização estadual;

Modernização da gestão da informação;

Desenvolver mecanismos para promoção e implantação de mudança institucional;

Regularização fundiária do Estado de Roraima;

Dinamização dos métodos de cobrança e execução da dívida ativa do Estado;

Promoção de ações para a transferência dos imóveis urbanos e rurais do patrimônio da União para o patrimônio do Estado;

Implantação de política habitacional continuada para o servidor; e

Estabelecimento de acordos de cooperação técnica com órgãos e organizações públicas, privadas e sociais para a troca de informações, estudos, pesquisas e experiências.

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X. AS PROPOSTAS

Este documento, reúne as propostas programadas para a promoção do

desenvolvimento sustentável do Estado. Aqui, confirmamos a importância da participação

da sociedade no processo de decisão quanto aos destinos do Estado, quando

apresentamos propostas de continuidade, com a incorporação de novas estratégias, que

refletem as complexidades da nossa realidade atual.

As propostas se referem aos onze setores que estruturam nosso programa de

ação:

1. Agronegócio e Agricultura Familiar

2. Indústria, Mineração, Comércio, Turismo e Serviços

3. Meio Ambiente, Planejamento e Ordenamento Territorial

4. Infra-estrutura e Urbanismo

5. Ciência, Tecnologia & Inovação

6. Trabalho, Emprego e Desenvolvimento Social

7. Educação, Cultura e Desporto

8. Saúde

9. Segurança Pública

10. Justiça e Cidadania

11. Modernização do Estado

Na seqüência, estão descritas as projetos/ações do governo, destacando os novos

projetos e os projetos ou ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados.

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UNIÃO POR RORAIMA Governador: José de Anchieta Júnior

PLANO DE METAS 2011 – 2014 AGRONEGÓCIO E AGRICULTURA FAMILIAR Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados

Meta Estimada

Valor Estimado

Ampliação do Projeto de Irrigação Passarão

- 50.000.000

Campanhas de Vacinação assistida (febre aftosa e outras obrigatórias)

-

Promoção da defesa vegetal para erradicação de pragas e doenças

-

Realização da Exposição Agropecuária de Roraima - EXPOFERR

-

Promoção da Educação Sanitária -

Implantação da Unidade de Defesa Sanitária - DS -

Implantação dos Escritórios de Atendimento – Defesa Sanitária

-

Realização de Cursos de Capacitação na Área de Defesa e Inspeção Vegetal

-

Atualização de Cadastro de propriedades Rurais -

Inspeção de produtos e subprodutos de origem animal -

Aumento da área irrigada para produção de frutos (especial a manga, caju, acerola, melancia) visando atender o mercado local e o estado do Amazonas

Incremento da Pecuária

Novos Projetos

Meta Estimada

Valor Estimado

Implantação do Programa de Recuperação de Áreas de Cobertura Secundária (capoeira), mediante fomento da agricultura familiar na implantação de empreendimentos de produção sustentável

01 60.000.000

Elaboração e Implantação do Plano de Desenvolvimento das Comunidades Indígenas de Roraima.

01 20.000.000

Apoio à implantação do Programa de Manejo Florestal Sustentável do Sul do Estado.

01 20.000.000

Ampliação da Capacidade de Armazenagem de Grãos.

- 20.000.000

Verticalização da Produção Agrícola, agregando valores

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ao produto “in natura” (unidade de processamento de grãos, cooperativismo, etc)

Implantação de Entreposto Pesqueiro em Caracaraí

Reativação do moinho de calcário em Caracaraí

Construção de Centro Integrado do Produtor Rural (Anexo a estrutura da EMBRAPA/RR)

INDÚSTRIA, MINERAÇÃO, COMÉRCIO, TURISMO E SERVIÇOS Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados

Meta Estimada

Valor estimado

Revitalização, adequação e ampliação do D.I. Aquilino Mota Duarte

01 50.000.000

Ampliação dos recursos disponíveis do Pró-micro

Intensificação do processo de normalização, inspeção, certificação e fiscalização das características metrológicas, materiais e funcionais dos bens manufaturados, tanto os produzidos no País quanto os importados.

-

Regulamentação e implantação das Áreas de Livre Comércio de Boa Vista (ALCBV) e de Bonfim (ALCB), com a construção da infra-estrutura necessária ao seu funcionamento e implantação dos Planos Diretores desses municípios. As referidas ALC´s foram criadas há 15 anos pela Lei nº 8.256 e alterada pela Lei 11.732/08

30.000.000

Novos Projetos

Meta Estimada

Valor estimado

Construção de Galpões alfandegados 02 8.000.000

Construção da 2ª etapa do Condomínio Industrial de Boa Vista

01 20.000.000

Implementação do Programa de Microcrédito Produtivo e Orientado.

-

Mapeamento em escala compatível das áreas de lavra mineral concedidas ao Estado

10.000.000

PRODETUR (Estratégia do Produto Turístico, Comercialização, Fortalecimento Institucional e Gestão Ambiental)

96.000.000

PRODETUR (Infra-Estrutura):

- Construção, Implantação e Estruturação dos Centros de Informações Turísticas nos Municípios de Boa Vista, Amajarí, Bonfim, Pacaraima e Mucajaí.

05 2.910.000

- Revitalização do Sitio Arqueológico e Vila do Forte São Joaquim

2.580.000

- Construção e Estrutura da casa do Turismo 01 2.328.000

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- Construção do Centro de Convenções do Estado de Roraima

01 77.600.000

- Construção do Centro de Integração Brasil Venezuela(Município de Pacaraima)

01 2.910.000

- Construção do Centro de Integração Brasil – Guiana (Município de Bonfim)

01 2.069.000

- Urbanização Turística nos Municípios de Pacaraima, Bonfim, Mucajaí e Caracaraí

04 5.141.000

- Construção do Complexo Turístico da Vila do Tepequém no Município do Amajarí

01 7.178.000

- Implantação da Sinalização Turística do Pólo Turístico(Bilíngüe)

2.328.000

- Construção do Marco da Linha do Equador na BR -174 01 7.566.000

- Construção do Planetário e observatório no Parque Anauá no Município de Boa Vista

01 8.342.000

- Terminal Alfandegário da ALC. de BV no Município de Boa Vista

01 2.076.000

- Revitalização do Parque Anauá no Município de Boa Vista

01 13.076.000

Construção da Praça de Alimentação do Centro Poli esportivo do Parque Anauá

01 2.716.000

- Construção do Terminal Rodoviário Intermunicipal Padrão em Boa Vista

01 4.016.000

- Infra - Estrutura de acesso e Apoio a locais turísticos selecionados

11 Municípios

1.164.000

Avenida Beira Rio (Ponte Macuxí até o Beiral)

Centro de Cultura e Artesanato

Praça dos Cavalos Selvagens

Memorial dos Imigrantes

Praça das Artes(Alimentação)

Zoológico/ Jardim Botânico

Aquário Público Estadual

Humanização da ponte Macuxí

Pólo Hoteleiro, “Ponta Branca” encontro do Rio Cauamé com o Rio Branco

Parque Ecológico do Rio, ilha em frente ao pólo hoteleiro

Portal da Cidade, monumento na entrada da cidade BR-174

Ponte interligando o Pólo Hoteleiro ao Parque Ecológico do Rio Branco

Memorial da Cidade

Monumento Cristo Rei, na rótula da Avenida Venezuela com BR- 174

Programa de preservação ambiental do Cauamé

Parque Anauá II (Pintolândia)

Pólos de turismo e lazer, nas sedes dos municípios

Programa “lembre Roraima”, pequenas lojas de souvenir com a marca de Roraima, incrementando o artesanato local

Revitalização da Igreja da Matriz, no centro histórico de Boa Vista

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Circuito noturno de Boa Vista

Revitalização do Parque Anauá

Acordo Comercial com a Venezuela para implantação de programa de desenvolvimento do turismo na faixa de fronteira direcionado para o fortalecimento do processo de integração de Roraima com aquele país.

- -

Definição para exploração de sítios minerais, priorizando os minerais estratégicos (ouro, nióbio, urânio e cassiterita)

- -

MEIO AMBIENTE, PLANEJAMENTO E ORDENAMENTO TERRITORIAL Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados

Meta Estimada

Valor estimado

Regulamentação do ZEE-RR

Ampliação da escala do ZEE-RR de 1:250.000 para 1:100.000, tendo como base as Bacias Hidrográficas do Estado de Roraima

Ordenamento Territorial e Regularização Fundiária - 41.000.000

PROGRAMA RORAIMA SUSTENTÁVEL

Programa de Regularização Ambiental Roraima Sustentável

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Novos Projetos

Meta Estimada

Valor estimado

Assinatura de Acordo Comercial com a Venezuela para importação de combustíveis daquele país, com preços diferenciados, tendo em vista o suprimento desse insumo básico à agricultura e à produção de modo geral, contribuindo para que nossas estruturas de custos de produção ganhem competitividade em relação às regiões Sul e Sudeste. Em audiência no mês de agosto de 2006, em Caracas, o Presidente Hugo Chaves manifestou-se favorável ao pleito. Os órgãos envolvidos (PDVSA, PETROBRAS, Governo de Roraima e outros) discutiram os termos do referido Acordo Comercial sob coordenação do MRE/DAM II. O principal obstáculo reside na carga tributária de R$ 1,198 por litro de gasolina e de R$ 0,5825 por litro de diesel, cujo preço FOB especial é de R$ 0,20 por litro de combustível.

- -

Extensão dos Benefícios da Zona Franca de Manaus (ZFM), relativos ao PIS/COFINS.

- -

Projeto de Ordenamento Territorial para o Desenvolvimento Urbano e Rural dos Municípios e Regularização Fundiária

40.000.000

1º Prêmio Femact de Incentivo à Gestão Ambiental e Cidadania

Divulgação do Programa A³P (Agenda Ambiental na

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Administração Pública)

Campanhas educativas de prevenção a incêndios florestais

INFRA-ESTRUTURA E URBANISMO Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados

Meta Estimada

Valor estimado

Pavimentação de Rodovias Federais (BR 174, 401, 432 e 210)

- 500.000.000

Conservação de Rodovias Federais - 290.000.000

Construção de Estradas Vicinais - 27.600.000

Pavimentação de Rodovias Estaduais e vicinais - 168.000.000

Conservação de Estradas Vicinais - 120.000.000

Comunidades Indígenas Atendida com Energia

Ampliação do Sistema de Transmissão e Subtrasmissão de Energia

250.000.000

Distribuição de Energia Rural (Luz Para Todos) 86.000.000

Novos Projetos

Meta Estimada

Valor estimado

Recuperação e repotencialização do Parque Gerador de Jatapú

40.000.000

Construção da UHE Cotingo 490.000.000

Implantação do Programa Estadual de Biocombustíveis. 140.000.000

Plano Nacional Logística em Transporte (PELT) 37.500.000

Construção de Terminal para Armazenagem e Mistura de Combustível.

30.000.000

Viaduto da Mario Homem de Melo x Av. Venezuela, inclusive rótula da Av. Athaíde Teive

02 2.600.000,00

Complexo Viário no entroncamento da Av. Venezuela com Brig. Eduardo Gomes (Detran), estudar soluções em alças viárias.

Estruturas de um Plano Viário Estadual, visando atender as atividades produtivas em potencial de crescimento.

Restauração da Malha Viária Estadual existente

Prolongamento da Avenida Rio Grande do Sul por trás do Parque Anauá.

Requalificação Urbanística do Igarapé Caxangá e seus afluentes

71.000.000

Porto Fluvial em Caracaraí ou Santa Maria do Boiaçu, visando principalmente o escoamento da produção de grãos. Ação que poderia ser desenvolvida através das Parcerias Público Privada(PPP)

Implantação e Pavimentação da BR- 432, inclusive obras de artes especiais, visando atender a região produtora do

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Cantá. Parte do Projeto encontra-se em analise junto ao DNIT

Estudar, junto ao Governo Federal, a possibilidade de implementação do “ARCO NORTE”, em especial a ligação com o porto marítimo de Georgetown (Guiana Inglesa). Estudar possibilidades de PPP’s

Obras de Arte Especiais de pequeno porte, Pontilhões, a serem adquiridos diretamente das metalúrgicas, para recompor as pontes de madeira existentes nas vicinais e estradas estaduais.

UHE do Bem Querer em Caracaraí, como sendo opção a UHE Cotingo, permitindo a construção das eclusas no trecho não navegável do Rio Branco, viabilizando a navegação até a capital e norte do Estado. O Lago poderia ser aproveitado com pólos de produção agrícolas com irrigação coletando águas do lago

Ferrovia da Produção, em parceria com a iniciativa privada, produtora de grão, interligando a região produtora de grãos ao norte do estado até o Porto de Caracaraí. Estudar neste caso também acordos internacionais, através de PPP’s, a China e Japão tem bastante interesse em fornecer locomotivas para este tipo de investimento, facilitando possíveis financiamentos.

Hidrovia da Produção, a partir do Porto de Caracaraí ou Santa Maria do Boiaçu, implementar a navegabilidade perene do Rio Branco em seus trechos críticos, através de balizamento via satélite, para escoamento da produção de grãos através do Rio Negro/Amazonas, através de balsas de Eletrificação Rural.

Abertura de crédito ao Governo da Guiana para financiamento da construção e pavimentação da rodovia Lethem-Georgetown (ambas as obras são fundamentais para a materialização do Projeto Arco Norte, de integração das economias do Norte do Brasil ao mercado do Caribe), construção do Porto em Barbice e conclusão da ponte sobre o rio Itacutu.

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CIÊNCIA, TECNOLOGIA & INOVAÇÃO Novos Projetos

Meta Estimada

Valor estimado

Fortalecimento das instituições de pesquisas que operam no Estado de Roraima, com destaque para a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias – EMBRAPA e para a Fundação Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia – FEMACT

10.000.000

MODERNIZAÇÃO DO ESTADO

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Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados

Meta Estimada

Valor estimado

Ampliação do Programa de Habitação do Servidor Público

Consolidação da implantação do Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças – FIPLAN

3.500.000

Reestruturação Organizacional do Estado

Criação do Portal da Transparência

Realização de Concursos Públicos (áreas de segurança, caer, Ipem, e outras áreas)

Programa de Modernização da Gestão Pública

Movimento Avança Roraima

Fortalecer institucionalmente para assegurar todas as concessões de benefícios aos integrantes da previdência social do Estado de Roraima.

Dinamização e ampliação da capacidade de suporte administrativo e assessoramento técnico e normativo das ações diretas do governador

Realização da “Ouvidoria Cidadã” Parceria com as Universidades

Novos Projetos

Meta Estimada

Valor estimado

IDC – Internet Data Center 15.000.000

Nova sede da SEGAD 12.000.000

Criação de agências de regulação de serviços públicos

TRABALHO, EMPREGO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados

Meta Estimada

Valor estimado

Manutenção do estágio remunerado para o estudante de nível médio

Manutenção da bolsa de estudos de cursos superiores, aos estudantes de baixa renda

Construção de casas populares para famílias de baixa renda Programa Minha Casa, Minha Vida

120.000.000

Incentivo ao fortalecimento do artesanato de Roraima

Manutenção do Vale Solidário

Manutenção do Restaurante Popular

Manutenção dos programas estaduais de proteção e garantia dos direitos da criança, do adolescente e do idoso.

Programa Alô Mamãe

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Programa Galopando para o Amanhã

Programa Cidadão do Futuro

Programa de Erradicação do Trabalho Infantil

Programa de Estagio de Nível Superior

Programa Bolsa Família e Cadastro Único –PBF

Programa de Qualificação e Requalificação Profissional

Programa de Geração de Renda

Projeto Espaço Criança Cidadã

Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência “Viva Comunidade”

Novos Projetos

Meta Estimada

Valor estimado

Implantação de pólos de desenvolvimento produtivo 05 16.000.000

Regularização de Assentamento Precário – Bairro Brigadeiro e outros (construção de casas)

75.000.000

Implantação do Centro de Atendimento ao Cidadão – CAC 02 1.300.000

Casas de Ofício

Centro de Convivência do Idoso. 01 3.6000.000

Casa Lar Masculina e Feminina 02 780.000,00

EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados

Meta Estimada

Valor estimado

Formação de Capital Intelectual 13.500.000

Qualificação Profissional (inicial e continuada)

Realização de Cursos de Extensão e Pós-Graduação

Apoio à Pesquisa e Produção Científica

Projeto de Inclusão Digital

Cursos de Extensão, Graduação e Especialização à Distância

Programa de Educação de Jovens e Adultos no Sistema Prisional

PDE – Escola Melhoria da Qualidade da Educação Básica

Programa Mais Educação – ampliação do tempo e da aprendizagem

Circuito Campeão – Parceria Instituto Airton Senna

Projeto Festival Curumim

Programa Olimpíada Brasileira de Matemática alunos

Programa Olimpíada da Língua Portuguesa

Jogos escolares 1/ano

Jogos Escolares Indígenas da Amizade 1/ano

Festival de Ginástica 1/ano

Encenação da Paixão de Cristo em Mucajaí 1/ano

Cantata de Natal 1/ano

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Arraial da Três Nações 1/ano

FEMURR (Festival de Música de Roraima) 1/ano

Novos Projetos

Meta Estimada

Valor estimado

Museu dos Povos de Roraima 01 15.000.000

Projeto de resgate do patrimônio histórico e cultural do Estado (Teatro Carlos Gomes, Casa da Cultura)

02 8.000.000

Estruturação da Secretaria de Cultura e Desportos 01 30.000.000

Nova sede da SECD 01 25.000.000

Centro Regional de logística da educação 01 12.000.000

Implantação de oficinas em complementação às escolas que não foram contempladas com o “MAIS EDUCAÇÃO”. Proposta CEFOR.

PROGRAMA MÉDIO INOVADOR, voltada para inclusão de alunos super-dotados nas escolas superiores de ponta na área tecnológica.

Biblioteca Setorial, na capital e municípios, envolvendo a área de informática.

15 1.200.000

Escolas Estaduais, incremento de vagas.

PORTAL DO ESTUDO – Estrutura física e infra-estrutura física.

Revitalização e Urbanização de NOVO Estádio Canarinho. 01 140.000.000,00

Módulos desportivos nos municípios do interior e na capital.

Planetário Estadual, iniciação científica dos estudantes da rede de ensino estadual.

01 10.000.000,00

Museu de Artes Contemporâneas 01

Centro Regional de Educação 04

SAÚDE Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados

Meta Estimada

Valor estimado

Implantação do GSAN – Sistema Integrado de Gestão de Serviços de Saneamento

Projeto de Captação, Tratamento, Reservação e Distribuição de água em Boa Vista

Projeto Otimização e Expansão do Sistema de Esgotamento Sanitário em Boa Vista

Novos Projetos

Meta Estimada

Valor estimado

Elaboração do Plano Diretor de Saneamento Básico: PAC – Saneamento para Todos

5.400.000

Otimização do sistema de abastecimento de água nas 30.000.000

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sedes de municípios

Ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgoto de Boa Vista

290.000.000

Ampliação da drenagem urbana em Boa Vista 22.000.000

Elaboração do Projeto de Esgoto das sedes de municípios 12.000.000

Logística de abastecimento de medicamentos e insumos básicos de saúde. (UNIHEALTH)

Prontuário médico digital e digitalização do acervo existente.

01 20.000.000

Incremento no número de leitos hospitalares 2.500,00/m²

UNACON - Unidade de Alta Complexidade em Oncologia. 01 2.500,00/m²

Hospital das Clínicas no Bairro Pintolândia 01

Unidade de Pronto Atendimento Infanto-Juvenil 01 1.800,00/m²

Central de Medicamento do Estado. 01 1.000,00/m²

Hospital de Doenças Tropicais, inclusive dermatologia tropical.

01 2.500,00/m²

Centro de Diagnóstico por Imagens, anexo ao HGR, projeto pronto;

Serviço de Verificação de Óbitos e Laboratório de Patologia.

Hospital de Urgência

Policlínica Cosme Silva, unidade de atendimento especializado, cardiologia, cirurgia, endócrino, reumatologia. Adequação de estrutura física.

Unidade de Recuperação de Dependente Químico. (Fora da área urbana).

Centro de referência da mulher, proposta para local: antiga residência médica. Hoje está funcionado nas dependências da maternidade.

Hospital de Rorainópolis de referência do Sul.

Centro de Diagnóstico por Imagem em Rorainópolis.

Salas de estabilização nas sedes de municípios, ampliação anexa as unidades existentes.

SEGURANÇA PÚBLICA Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados

Meta Estimada

Valor estimado

Projeto Social Bombeiro Curumim

Cursos de habilitação/aperfeiçoamento de Oficiais Bombeiros

Operação de Estiagem, enchente e prevenção e combate a incêndios florestais

Rádio-Patrulhas – Rondas Ostensivas (automóvel, motocicleta, bicicleta)

PROERD – Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência

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Novos Projetos

Meta Estimada

Valor estimado

Construção de delegacias padrão - Projeto Delegacia Cidadã

50.000.000

Construção do quartel da Companhia de Bombeiros de Rorainópolis

Construção do Posto de Bombeiros do Distrito Industrial em Boa Vista

Implantação do Sistema de Vídeo Monitoramento

Criação e Estruturação do Sistema Estadual de Inteligência de Segurança Pública

Implantação do Posto Permanente e Móvel de Fiscalização Integrada no Baixo Rio Branco

Construção do Prédio para a Polícia Técnica

Construção do Prédio do Instituto Médico Legal

Centros integrados de segurança Pública, unindo em uma mesma área física policiais militar e civil, bem como justiça estadual.

Operação repressão a crimes ambientais da PM

JUSTIÇA E CIDADANIA Projetos/ações em execução que serão consolidados e/ou ampliados

Meta Estimada

Valor estimado

Atendimento psicossocial para presidiários

Implantação do Berçário e Creche na Cadeia Feminina

Cursos Profissionalizantes para presidiários

Oficinas e Palestras Educativas

Ações integralizadas na área de saúde, cidadania, estética, cultura,esporte, lazer, dentre outros.

Novos Projetos

Meta Estimada

Valor estimado

Construção do Presídio Feminino 2.000.000

Construção da Cadeia Pública 2.000.000

Casa do Albergado, para atendimento a Lei de Execução Penal.

01 1.800.000,00

Hospital de Custódia e tratamento Psiquiátrico