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Diretoria de Pesquisas - DPE Coordenação de População e Indicadores Sociais - COPIS Gerência de Indicadores Sociais - GEISO 17/12/2014 2014

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Diretoria de Pesquisas - DPE

Coordenação de População e Indicadores Sociais - COPIS

Gerência de Indicadores Sociais - GEISO

17/12/2014

2014

“Construção baseada em observações geralmente quantitativas, que busca um esclarecimento sobre determinado aspecto da vida social em que estamos interessados ou sobre mudanças em curso” (ONU, 1975)

A produção de indicadores sociais foi impulsionada pelo entendimento de que os indicadores econômicos não eram suficientes para a análise da situação social dos países.

Ideia de sistema, “desautorizando a visão de indicadores sociais como ‘um elenco’ de temas isolados ou como o ‘retrato’ de uma dada situação social” (IBGE, 1979)

Documentos internacionais recentes reconhecem a importância da dimensão social como elemento fundamental do desenvolvimento econômico dos países, propondo, para tanto, a elaboração de indicadores que apreendam os distintos aspectos referentes às condições de vida da população, com ênfase na qualidade de vida, bem-estar, questões relacionadas ao meio ambiente e sustentabilidade.

Indicadores Sociais

Realidades sociais complexas: “mensurar é um ato redutor”.

Por que medir? Relevância social dos temas/questões; Visibilidade; Diagnóstico e subsídios para políticas públicas; Planejamento

Como medir? Conceitos, medidas, metodologias, construções, hipóteses e fontes de dados.

Interpretação influenciada por diversos fatores, muitas vezes fora do âmbito da fonte da informação que o gerou: correlações

Contextos e conjunturas (demográficas, socioeconômicas, ambientais)

Aspectos metodológicos (limitações, representatividade, precisão estatística)

Políticas públicas (específicas, integradas)

Normas, leis, recomendações

Processos históricos

Perspectiva

Indicadores Sociais

Estudo combinando diversas fontes de dados (pesquisas, registros), em especial, a PNAD 2013.

Capítulos:

1. Aspectos demográficos

2. Famílias

3. Educação

4. Trabalho

5. Distribuição de renda

6. Domicílios

As desigualdades de gênero, cor ou raça e de rendimentos foram abordados de forma transversal em todos os capítulos, assim como a comparação temporal de alguns indicadores, de forma a revelar aspectos importantes dos temas aqui abarcados e sua evolução no tempo.

Estrutura da Publicação

Aspectos Demográficos

Razão de Dependência

𝑷𝒐𝒕𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂𝒍𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆𝒑𝒆𝒏𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔

𝑷𝒐𝒕𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂𝒍𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒂𝒕𝒊𝒗𝒐𝒔 (𝟏𝟓 − 𝟓𝟗)

Redução da Fecundidade

Envelhecimento populacional

Classe de idade 2004 2013

0 a 14 anos 27,1% 22,3%

15 a 59 anos 63,2% 64,7%

60 anos ou mais 9,7% 13,0%

Razão de Dependência 2004 2013 2100

(ONU, 2013)

Total 58,3 54,6 109,9

Jovens 43,0 34,4 29,2

Idosos 15,3 20,2 80,6

Aspectos Demográficos

Destaque para mulheres de 15 a 49 anos brancas (41,5%, contra 35,8% para

pretas ou pardas) e mais escolarizadas (44,2%, contra 21,6% até 7 anos de

estudo)

Aspectos Demográficos

Aspectos Demográficos

Aspectos Demográficos

Aspectos Demográficos

Total Só estudaTrabalha e

estudaSó trabalha

Não trabalha,

nem estuda

Nível de instrução mais elevado

alcançado

Até fundamental incompleto ou

equivalente22,2 24,9 12,6 19,7 30,7

Fundamental completo ou

equivalente até médio incompleto ou

equivalente

30,5 54,1 35,9 20,4 22,8

Médio completo ou equivalente ou

nível mais elevado46,9 20,2 49,8 59,9 46,6

Anos de estudo

Média de anos de estudo 9,4 8,8 10,4 9,8 8,6

Indicação de presença de filhos

nascidos vivos das mulheres

Nenhum filho 64,7 92,8 85,6 55,7 42,5

1 filho ou mais 35,0 7,1 14,4 44,0 57,1

Desocupação

Proporção desocupada na semana

de referência 7,9 11,4 - - 26,3

Afazeres domésticos

Total 61,7 61,4 56,4 57,8 73,6

Homem 40,8 42,0 40,3 40,8 39,3

Mulher 82,4 77,9 74,6 83,0 89,2

Características selecionadas

Distribuição percentual de jovens de 15 a 29 anos de idade, por

tipo de atividade na semana de referência (%)

Famílias

Famílias

Famílias

16%

Educação

Educação

Educação

A distorção idade-série

atingia quase metade dos

estudantes de 13 a 16

anos de idade em 2004

(47,1%) e 41,4% deles em

2013, totalizando cerca de

3,7 milhões de estudantes

com atraso escolar.

Essa proporção era mais

elevada entre os

estudantes da rede de

ensino pública, homens,

de cor preta ou parda,

residentes em área rural,

nas Regiões Norte e

Nordeste e pertencentes ao 1° quinto da

distribuição do

rendimento mensal

familiar per capita.

Educação

Os estudantes do 5° quinto

deixaram de ser maioria nas

duas redes do ensino

superior, aumentando o

acesso daqueles

provenientes dos demais

estratos de rendimento,

inclusive dos mais pobres.

A rede pública de ensino

fundamental e médio

atende uma proporção

maior de estudantes

pertencentes aos 20%

com menores

rendimentos.

Educação

Educação

Dupla Jornada: 88% das mulheres ocupadas exerciam afazeres domésticos. A jornada média

semanal era de 20,6 horas, mais de o dobro da dos homens (9,8 horas). A jornada feminina

semanal total era de 56,4 horas, superior em quase cinco horas à jornada masculina.

Trabalho

Expansão da

população ocupada

em trabalhos formais

Maior crescimento do

rendimento dos

informais

A variação do

rendimento das

mulheres em

trabalhos

informais foi o

mais elevado do

período

Trabalho

Maior variação na população não economicamente ativa: 30,6%.

De 51,1 milhões de PNEA, 22,2% eram jovens de 16 a 24 anos e,

neste grupo, 40% (4,6 milhões) não estavam no sistema de

ensino.

A relação de desigualdade de rendimentos entre homens e mulheres

é maior nos trabalhos informais. Em 2013, o rendimento médio das

mulheres em trabalhos informais correspondia a 65% do rendimento

médio dos homens. Nos trabalhos formais essa relação era de 75%.

Dentre os empregados sem carteira somente 22,3% contribuíam

para a previdência social. No caso dos trabalhadores domésticos

sem carteira e trabalhadores por conta-própria os percentuais eram

11,9% e 25,6%, respectivamente.

Em 2013, 44% dos empregados sem carteira estavam no setor de

serviços. Entre as mulheres este percentual era ainda maior

(67,6%). No caso dos homens, uma parcela significativa dos

empregados sem carteira estava no setor agrícola (23,6%).

Trabalho

Crescimento da formalização de 27% no período. Há 9 anos atrás a taxa não

chegava à metade da população ocupada. As características de

formalização continuam bastante diferenciadas entre as regiões do País.

Trabalho

Mulheres, jovens, idosos

e pretos ou pardos são

os grupos populacionais

mais representativos na

informalidade

Redução da informalidade:

uma realidade em todos os

grupos populacionais. Mas

ainda há 40 milhões de

pessoas ocupadas em

trabalhos informais

Trabalho

Em 2013, o rendimento médio da população ocupada em trabalhos informais

correspondia a 57% do rendimento médio da população ocupada em trabalhos

formais. No Piauí, essa relação de desigualdade foi de 36%, a maior dentre todas

as Unidades da Federação

Trabalho

Em 2013, 51% dos trabalhadores por conta-própria do sexo

masculino estavam nos setores agrícola e construção; por outro

lado, havia uma concentração de 69,2% das trabalhadoras por

conta-própria nos setores de comércio e serviços.

As categorias ocupacionais com os maiores ganhos relativos de

remuneração foram os trabalhadores domésticos sem carteira

(60,9%) e os empregados sem carteira (57,3%).

O rendimento-hora da população ocupada de 16 anos ou mais de

idade aumenta com a escolaridade. Em 2013, em média, a hora

trabalhada da população ocupada com até 4 anos de estudo era

R$7,10, enquanto para aqueles com 12 anos ou mais de estudo o

rendimento-hora era de R$28,24.

À medida que avança a escolaridade, a desigualdade de

rendimentos por sexo aumenta. Entre os menos escolarizados (com

até 4 anos de estudo) o rendimento-hora das mulheres era

equivalente a 81% do rendimento dos homens com a mesma

escolaridade. Com 12 anos ou mais de estudo a desigualdade é mais

elevada (66%).

Trabalho

Distribuição de Renda

Distribuição de Renda

Do 1º ao 8º houve ganho do total dos rendimentos captados na PNAD, o

9º décimo manteve-se estável e o 10º decresceu de 45,8% do total para

41,7%, ainda um alto percentual

Distribuição de Renda

O crescimento das outras fontes para aqueles com menores rendimentos modificou a

composição por origem, mas não ocorreu em substituição da renda do trabalho, que

cresceu no período. Dados das PNAD mostram que o rendimento médio mensal real de

todos os trabalhos das pessoas de 15 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de

referência, com rendimento de trabalho, cresceu 42,1% entre 2004 e 2013 (84,8% e 94,9%

nos dois 1ºs décimos)

Distribuição de Renda

Domicílios

Um valor de aluguel que corresponda a uma parcela elevada do rendimento domiciliar

pode indicar uma situação de vulnerabilidade, na medida em que os gastos com moradia

estarão comprimindo a renda disponível para satisfazer outras necessidades da unidade

domiciliar, especialmente no caso de famílias de baixa renda.

Para essa avaliação, é usual considerar como parâmetro o patamar de 30% do rendimento

domiciliar mensal, classificando os domicílios alugados, cujo valor do aluguel ultrapassa

esse patamar, na categoria de ônus excessivo com aluguel.

No Brasil, 25,7% dos domicílios urbanos alugados estavam nessa condição em 2013

Domicílios

Domicílios

Domicílios