direito tributário ii - impostos

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DIREITO TRIBUTÁRIO II – (24.04.15) IMPOSTOS * Aspectos Gerais - O dinheiro do imposto não é vinculado a nenhuma atividade estatal, sendo direcionado para o pagamento de despesas “uti universis”. 1. Competência Privativa (Ordinária) 1.1. União (art 153 da CF): a União possui competência ordinária para instituir os sete impostos previstos no art. 153 da CF. De tais competências, a União somente não exerceu a relativa ao imposto sobre grandes fortunas / A Constituição não cria impostos, mas tão somente atribui competência para instituí-los. 1.1.1. Impostos: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR e IGF. 1.2. Estados (art 155 da CF). 1.2.1. Impostos: ITCMD, ICMS e IPVA. 1.3. Municípios (art 156 da CF) 1.3.1. Impostos: IPTU, ITBI e ISS. 2. União -> Competência Residual e Extraordinária. 2.1. Competência Residual : a União pode instituir, mediante lei complementar, novos impostos, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal (art. 154, I). É a chamada competência tributária residual, que também existe para a criação de novas fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social (art. 195, § 4.º). Em ambos os casos, a instituição depende de lei complementar, o que impossibilita a utilização de medidas provisórias (CF, art. 62, § 1.º, III). 2.1.1. Exige Lei Complementar.

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Direito Tributário II - Impostos

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Page 1: Direito Tributário II - Impostos

DIREITO TRIBUTÁRIO II – (24.04.15)

IMPOSTOS

* Aspectos Gerais

- O dinheiro do imposto não é vinculado a nenhuma atividade estatal, sendo direcionado para o pagamento de despesas “uti universis”.

1. Competência Privativa (Ordinária)

1.1. União (art 153 da CF): a União possui competência ordinária para instituir os sete impostos previstos no art. 153 da CF. De tais competências, a União somente não exerceu a relativa ao imposto sobre grandes fortunas / A Constituição não cria impostos, mas tão somente atribui competência para instituí-los.

1.1.1. Impostos: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR e IGF.

1.2. Estados (art 155 da CF).

1.2.1. Impostos: ITCMD, ICMS e IPVA.

1.3. Municípios (art 156 da CF)

1.3.1. Impostos: IPTU, ITBI e ISS.

2. União -> Competência Residual e Extraordinária.

2.1. Competência Residual: a União pode instituir, mediante lei complementar, novos impostos, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal (art. 154, I). É a chamada competência tributária residual, que também existe para a criação de novas fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social (art. 195, § 4.º). Em ambos os casos, a instituição depende de lei complementar, o que impossibilita a utilização de medidas provisórias (CF, art. 62, § 1.º, III).

2.1.1. Exige Lei Complementar.

2.1.2. A União pode Instituir novos Impostos e Contribuições para Seguridade Social, desde que atenda a determinados requisitos:

a) Atender ao princípio da não cumulatividade.

b) Não ter fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal.

2.2. Competência Extraordinária: No uso dessa competência, denominada extraordinária, a União poderá delinear como fato gerador dos Impostos Extraordinários de Guerra – IEG – praticamente qualquer base econômica não imune, inclusive as

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atribuídas constitucionalmente aos Estados, Municípios e Distrito Federal (arts. 155 e 156).

-> Exemplo: Assim, seria possível, em caso de guerra externa ou sua iminência, a instituição de um ICMS extraordinário federal. Não seria um caso de invasão de competência estadual, pois a União estaria usando competência própria, expressamente atribuída pela Constituição Federal.

-> Bitributação x “Bis in Idem”: na Bitributação, dois entes cobram o mesmo imposto do contribuinte. Ocorre “bis in idem”, contudo, quando o mesmo ente cobra mais de uma vez o mesmo tributo.

3. Imposto sobre Importação (art 153, I da CF).

* Aspectos Gerais

I. Tributo Fiscal: a principal finalidade é a arrecadação para os cofres públicos.

II. Tributo Parafiscal: é aquele tributo em que um ente institui e o outro realiza a cobrança.

III. Tributo Extrafiscal: o imposto sobre a importação de produtos estrangeiros, previsto no art. 153, I, da CF, é tributo de função marcantemente extrafiscal, uma vez que seu principal objetivo não é carrear recursos para os cofres públicos federais, mas sim servir como mecanismo de controle sobre as importações, podendo ser utilizado, por exemplo, como instrumento de proteção de determinado setor da indústria nacional que esteja sofrendo dificuldades em face da concorrência de produtos similares estrangeiros (aqui o principal instrumento é a intervenção).

* Não Aplicabilidade Alguns Princípios: para conferir celeridade às decisões do Executivo, os tributos extrafiscais não estao submetidos à alguns princípios, tais como:

-> Princípio da Legalidade Estrita quanto à Alteração de Alíquotas: as alíquotas do imposto de importação podem ser alteradas por “ato infralegal”, excepcionando a regra geral. Isto, para dar maior celeridade às decisões do Executivo.

- Em regra, os Tributos devem ser criados por meio de Medida Provisória ou Lei Ordinária, devendo estar estabelecidos: o Fato gerador, a base de cálculo, o sujeito passivo e a alíquota. Contudo, no que se refere aos Impostos, a Constituição estabeleceu que os mesmos devem ser instituídos por “lei complementar”, a qual designará: o fato gerador, a base de cálculo e o sujeito passivo. Logo, como não houve determinação expressa, a “alíquota” não fica vinculada à Lei Complementar, podendo ser alterada por ato infralegal.

-> Princípio da Anterioridade Anual.

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-> Princípio da Noventena.

DIREITO TRIBUTÁRIO II – (27.04.15)(Repetiu a aula anterior)

FICHAMENTOS

1. (28/04) – II e IE.

2. (05/05) – IR e IOF.

3. (18/05) – IPI, ITR e IGF.

4. (19/05) – ITCMD.

5. (25/05) – ICMS.

6. (01/06) – IPVA e IPTU.

7. (02/06) – ITBI e ISS.

DIREITO TRIBUTÁRIO II – (28.04.15)

3. Imposto sobre Importação (art 153, I da CF) (Continuação...).

3.1. Fato Gerador: o fato gerador do tributo é definido pelo art. 19 do Código Tributário Nacional nos seguintes termos: “Art 19 - O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional”.

3.1.1. Entrada no Território Nacional: Importar, ao contrário do que muitos pensam, não é comprar mercadoria estrangeira. É fazê-la entrar no território nacional. Não é relevante a que título uma mercadoria alienígena entrou no território aduaneiro; o que é relevante é que tenha efetivamente entrado.

- Como o fato gerador é a entrada da mercadoria em território nacional, a alíquota aplicável é a desse momento, e não no momento exato da aquisição, caso se trate de mercadoria comprada.

- Caso um presente seja enviado do exterior para o Brasil, mesmo se tratando de operação gratuita, o mesmo é tributável. Logo, não importa a data do negócio jurídico celebrado, mas sim a entrada efetiva no território nacional.

3.1.2. Admissão Temporária: ocorre que existe um regime aduaneiro especial (admissão temporária) que dispensa o pagamento do tributo caso a mercadoria

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retorne ao exterior no prazo fixado (existem outras formas de encerrar o regime) (Ex: fórmula 1).

3.1.3. Fato Gerador Temporal: Há de se ressaltar, entretanto, que o art. 73 do Regulamento Aduaneiro prevê que, para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo. A disposição toma por base o art. 23 do Decreto-lei 37/1966, ainda em vigor.

A doutrina costuma, em face da diferenciação, falar em fato gerador material ou espacial (entrada da mercadoria estrangeira no território nacional) e fato gerador temporal (registro da respectiva declaração de importação).

Há que se salientar que a legislação prevê situações em que a declaração se dá antes mesmo da entrada da mercadoria (art 17 da Instrução Normativa 680/2006 da Secretaria da Receita Federal) (importante):

a) Mercadoria transportada a granel:

b) Mercadoria inflamável.

c) Plantas, animais vivos, frutas frescas, produtos perecíveis em geral.

d) Papel para impressão de livros, jornais e periódicos.

e) Órgão da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal.

f) Mercadoria transportada por via terrestre, fluvial ou lacustre.

* Outras Hipóteses Específicas ou Prévia Autorização: o parágrafo único do mesmo art. 17 da IN SRF 680/2006 autoriza a possibilidade de registro antecipado da declaração de importação em outras hipóteses estabelecidas por normas específicas, ou, em casos justificados, mediante prévia autorização do chefe da unidade da SRF de despacho.

* Desembaraço Aduaneiro: o desembaraço aduaneiro consiste na homologação do procedimento feito pelo contribuinte, a fim de efetuar o pagamento do imposto de importação. Essa homologação deve-se dar de forma “expressa”. Se o procedimento do contribuinte não estiver correto, o auditor fiscal poderá efetuar o lançamento de ofício.

3.2. Base de Cálculo: a base de cálculo será determinada com base no tipo de alíquota aplicável (ad valorem ou específica) e nos casos de arrematação.

3.2.1. Alíquota “Ad Valorem”: a alíquota ad valorem é aquela que incide sobre o valor, ou seja, é aquele percentual a ser multiplicado por uma grandeza especificada em moeda corrente (base de cálculo em reais) para a obtenção do montante do tributo a ser pago. É, portanto, o que normalmente se imagina ao deparar com o vocábulo alíquota, ou seja, um percentual a ser aplicado sobre o valor do bem, ou da renda, ou do negócio jurídico etc.

Page 5: Direito Tributário II - Impostos

-> Nesse caso, a base de cálculo será o “preço normal do produto” (Ex: Alíquota -> 20% sobre o valor total; Base de Cálculo -> o valor total do produto importado).

3.2.2. Alíquota Específica: a alíquota específica é aquela definida por uma quantia determinada de dinheiro por unidade de quantificação dos bens importados (reais por metro, tonelada, litro ou qualquer outra unidade de medida do produto).

-> Nesse caso, a base de cálculo será a “unidade de medida do produto” (Ex: alíquota -> R$ 100/tonelada; Base de Cálculo -> o número de toneladas).

3.2.3. Produtos Abandonados: quando se tratar de produto abandonado, a base de cálculo será o preço da arrematação.

-> Nesse caso, a base de cálculo será “o valor da arrematação” (Ex: alíquota -> 10% do valor da arrematação; Base de Cálculo -> o valor da arrematação).

4. Imposto sobre Exportação

* Finalidade Extrafiscal: o imposto de exportação é também um tributo com finalidade marcantemente extrafiscal, que serve como instrumento da atuação da União no controle do comércio exterior.

4.1. Fato Gerador: segundo o art. 23 do CTN, o imposto, de competência da União, sobre a exportação para o estrangeiro de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional. Aqui cabe a mesma exceção presente no imposto de importação, onde a data do registro também pode ser considerada como fato gerador.

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DIREITO TRIBUTÁRIO II – (05.05.15)

IMPOSTO DE RENDA

1. Finalidade Fiscal: o denominado Imposto de Renda é tributo com finalidade marcantemente fiscal, constituindo-se no maior arrecadador entre os impostos federais.

1.1. Redistribuição de Renda: como a incidência do imposto é mais gravosa sobre os maiores rendimentos (progressividade detalhada adiante), obtém-se o efeito de redistribuição de renda, pois aqueles que menos (ou nada) contribuem são, em regra, os que mais utilizam alguns serviços públicos (saúde e educação, por exemplo).

1.2. Rendas e Proventos: nos termos constitucionais, o “imposto de renda” não incide apenas sobre a renda, mas também sobre os proventos de qualquer natureza (CF, art. 153, III).

2. Critérios: O inciso I do § 2.º do mesmo do art. 153 da CF/1988 impõe que o IR obedeça aos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei. Esses critérios são variantes do “Princípio da Isonomia”.

2.1. Sentido Horizontal da Isonomia: a determinação constitucional decorre dos princípios da isonomia e da capacidade contributiva, pois é a necessidade de se tratar de maneira semelhante as pessoas que se encontrem em situação equivalente (sentido horizontal da isonomia), de forma a impor que todas as pessoas (generalidade) e todas as rendas e proventos (universalidade) estejam sujeitos à incidência do IR.

2.2. Sentido Vertical da Isonomia: da mesma forma, é a exigência de tratar de maneira diferenciada as pessoas que se encontrem em situações desiguais, na proporção das desigualdades entre elas havidas (sentido vertical da isonomia), impondo que as alíquotas do imposto sejam maiores para os rendimentos ou proventos mais elevados (progressividade).

3. Progressividade

3.1. Ano Base 2014-2015.

3.1.1. Até R$ 21.453,24 – Isento.

3.1.2. De R$ 21.453,25 até R$ 32.151,48 – 7,5%.

3.1.3. De R$ 32.151,49 até R$ 42.869,15 – 15%.

3.1.4. De R$ 42.869,17 até R$ 53.565,72 – 22,5%.

3.1.5. Acima de R$ 53.565,72 – 27,5%.

4. Fato Gerador (art 43 do CTN): consiste na aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica.

* Aspectos Gerais

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I. Disponibilidade Econômica: é a obtenção da faculdade de usar, gozar e dispor de dinheiro ou de coisas conversíveis. É ter o fato concretamente. A disponibilidade “financeira” não é sinônimo de disponibilidade econômica. Esta última é somente aquela que representa incorporação ao patrimônio. Nada impede, no entanto, que a lei ordinária agregue o “elemento financeiro” ao fato gerador, desde que tenha havido prévia disponibilidade econômica ou jurídica.

II. Disponibilidade Jurídica: é a obtenção de direitos de créditos não sujeitos à condição suspensiva, representados por títulos ou documentos de liquidez e certeza. Representa o “ter o direito, abstratamente”. O IR só pode incidir quando há acréscimo patrimonial, salientando-se que não há a necessidade de o rendimento ser efetivamente recebido pelo sujeito passivo, sendo suficiente que este tenha adquirido o direito de crédito sobre ele, ou seja, a disponibilidade jurídica. Portanto, se um comerciante vende um produto no último dia do ano, porém só recebe o pagamento no 1º dia do ano subsecutivo, considera-se, para fins de tributação, a data da venda, e não a do “recebimento”, pois com a venda o contribuinte adquire a disponibilidade jurídica sobre o rendimento tributável.

4.1. Renda: consiste no produto do capital, do trabalho ou de ambos.

4.2. Proventos: são os acréscimos patrimoniais não compreendidos no conceito de renda supramencionado – aposentadorias, pensões, ganhos em loterias, doações, acréscimos patrimoniais não justificáveis etc. / tudo o que não se enquadrar em renda, podem ser considerados proventos (Ex: pensão...).

* art 43, par 2º - fala do momento de ocorrência do fato gerador de empresas no exterior (MP 2158 – 35/2001 art 74).

5. Base de Cálculo

5.1. Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ): A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis (art. 44, CTN).

5.1.1. Lucro Real: na sistemática do lucro real, o contribuinte efetivamente calcula seu lucro, abatendo do faturamento as despesas legalmente autorizadas. Nos termos regulamentares, o lucro real é definido como o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por este Decreto (RIR/99, art. 247).

5.1.2. Lucro Presumido: no lucro presumido (opção possível para alguns contribuintes), o sujeito passivo aplica um percentual legal sobre o valor de sua receita bruta, obtendo como resultado um montante que se presume ser seu lucro.

5.1.3. Lucro Arbitrado: A sistemática do lucro arbitrado é aplicada quando não é possível o cálculo preciso do lucro real e o contribuinte não cumpre os requisitos para a tributação com base no lucro presumido (o detalhamento das hipóteses se encontra no art. 530 do RIR/99).

5.2. Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF): no que concerne ao Imposto de Renda das Pessoas Físicas – IRPF, a determinação da base de cálculo é feita por meio da regra

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constante no art. 83 do RIR/99. Em síntese, a base de cálculo será a diferença positiva entre as seguintes somas:

5.2.1. Rendimentos Percebidos: todos os rendimentos percebidos durante o ano-calendário, exceto os isentos, os não tributáveis, os tributáveis exclusivamente na fonte e os sujeitos à tributação definitiva.

5.2.2. Deduções Legalmente Previstas: as deduções legalmente previstas (despesas com saúde, educação, previdência social oficial e privada, livro caixa, pensão alimentícia e valor padrão por dependente).

6. Contribuintes (art 45 CTN).

7. Lançamento

DIREITO TRIBUTÁRIO II – (18.05.15)

IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS (IOF)

* Aspectos Gerais

- Sua arrecadação ocorre nas operações realizadas por instituições financeiras, como os bancos, Caixas Econômicas, corretoras, lojas de câmbio, empresas de seguros privados etc.

- Operações de crédito; câmbio; seguro; relativos a títulos e valores mobiliários (emissão, transmissão, pagamento ou resgate).

- Tem função predominantemente extrafiscal (controle da política monetária), embora seja bastante significativa a sua função fiscal, ensejando o recolhimento de somas consideráveis.

- Mitigação à alteração de alíquotas (princípio da legalidade, anterioridade anual e noventena).

1. Competência e Sujeito Ativo

2. Sujeito Passivo

3. Fato Gerador: O fato gerador do IOF, previsto no art. 63 do CTN e segundo o Decreto n. 6.306/2007, será:

a) quanto às operações de crédito, sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado (art. 3º);

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b) quanto às operações de câmbio, sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado, em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional, entregue ou posta à disposição por este. Por exemplo: cheques internacionais de viagem – o fato gerador ocorre no momento da liquidação do contrato ou câmbio (art. 11);

c) quanto às operações de seguro, sua efetivação pela emissão da apólice, ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável (art. 18);

d) quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate desses, na forma de lei aplicável (art. 25). Saliente-se que, se na operação vierem as três situações supramencionadas, o IOF será cobrado tão somente uma única vez.

* En 664 do STF e En 185 STJ.

4. Base de Cálculo (art 64 CTN): A base de cálculo do IOF, prevista no art. 64 do CTN e no Decreto n. 6.306/2007.

5. Alíquotas Proporcionais: variam de acordo com a operação. As alíquotas do IOF são proporcionais, variando conforme a natureza das operações financeiras ou de mercado de capitais. Para um maior aprofundamento, recomenda-se a leitura do controvertido Decreto n. 6.339, de 3 de janeiro de 2008, que alterou as alíquotas do IOF, no intuito exótico de “compensar” perdas da CPMF.

As alíquotas são diferenciadas em razão das operações. Veja:

a) Operações de crédito: A alíquota máxima é de 1,5% ao dia e incide sobre o valor das operações de crédito (base de cálculo). É o que se depreende da dicção do art. 6º do Decreto n. 6.306/2007 (art. 6º: “O IOF será cobrado à alíquota máxima de um vírgula cinco por cento ao dia sobre o valor das operações de crédito”);

b) Operações de câmbio: A alíquota máxima do IOF é de 25% (art. 15 do Decreto n. 6.306/2007) e incide sobre o montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição, correspondente ao valor, em moeda estrangeira, da operação de câmbio (base de cálculo);

c) Operações de seguro: A alíquota máxima é de 25% e incide sobre o valor dos prêmios de seguro pagos (art. 22 do Decreto n. 6.306/2007);

d) Operações relativas a títulos ou valores mobiliários: A alíquota máxima é de 1,5% ao dia. É o que se depreende da dicção do art. 29 do Decreto n. 6.306/2007 (art. 29: “O IOF será cobrado à alíquota máxima de um vírgula cinco por cento ao dia sobre o valor das operações com títulos e valores mobiliários”);

e) Operações com ouro (ativo financeiro ou instrumento cambial): O ouro, como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se, exclusivamente, à incidência do IOF, que ocorre uma única vez, na primeira comercialização do ouro após a extração, efetuada por instituição autorizada integrante do Sistema Financeiro Nacional (art. 40 do

Page 10: Direito Tributário II - Impostos

Decreto n. 6.306/2007. A alíquota é de 1%, e a base de cálculo do IOF é o preço de aquisição do ouro, desde que dentro dos limites de variação da cotação vigente no mercado doméstico, no dia da operação (arts. 38 e 39 do Decreto n. 6.306/2007).

IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL

- O art. 153, VI, da CF, estabelece ser de competência da União a instituição do ITR.

- O fato gerador do ITR é a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano.

- A base de cálculo do ITR é o valor fundiário do imóvel, consoante o art. 30 do CTN c/c art. 11 da Lei n. 9.393/96 e com o art. 32 do Decreto n. 4.382/2002. Entende -se que tal valor corresponde ao valor da terra nua – VTN, que refletirá o preço de mercado de terras apurado em 1º de janeiro do ano.

- As alíquotas do ITR são proporcionais e progressivas, segundo o grau de utilização da área rural (caráter extrafiscal – art. 153, § 4º, CF). A fixação da alíquota é feita segundo critérios do art. 34 do Decreto n. 4.382/2002, como se nota adiante:

Área ha Grau de exploração/utilização

Alíquota

Até 50 ha 80% 0,03%

Até 30% 1,00%

Acima 5.000 ha 80% 0,45%

Até 30% 20,0%

- No concernente à progressividade do ITR, repise-se que tal gravame deve conter alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas, pois é imposto com finalidade regulatória da economia.

- Área de Expansão Urbana: A lei municipal pode também considerar urbanas as áreas urbanizáveis ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinadas à habitação, à indústria e ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas urbanas definidas no aludido § 1º, isto é, mesmo sem o preenchimento dos dois requisitos mínimos indispensáveis à configuração do tributo.

- A Terra Nua é o preço de mercado, excluído o valor das construções, instalações, benfeitorias, culturas permanentes, pastagens, florestas plantadas. Todavia, compreende as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo.

- o proprietário que não possua outro imóvel poderá gozar da imunidade das pequenas glebas rurais. O preceptivo imunitório prevê uma relativização do instituto da propriedade na busca

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da justiça social, procurando diferençar o ausentismo na propriedade rural do seu adequado aproveitamento, por meio de graduar a tributação de acordo com o desiderato constitucional.

Delegação de capacidade tributária ativa: segundo o art. 158, II, da CF, 50% do ITR devem ser repartidos com os Municípios nos quais os imóveis estão situados. Todavia, o limite pode atingir 100% para os Municípios, caso estes se dediquem às atividades de fiscalização e cobrançado tributo, sem que dessa atividade possa resultar redução de imposto ou qualquer forma de renúncia fiscal (EC n. 42/2003 – art. 153, § 4º, III, da CF). Não é demasiado relembrar que a competência tributária permanece com a União, podendo haver a delegação de capacidade tributária ativa, conforme previsão na Lei n. 11.250/2005.

- Se o imóvel estiver contido em mais de um município, será considerado aquele onde está localizada a sede. Caso isso não seja possível, será considerado o município onde houver a maior parcela do imóvel.

Imunidade em reforma agrária: o ITR incide ainda sobre o imóvel declarado de interesse social para fins de reforma agrária, enquanto não transferida a propriedade, exceto se houver imissão prévia na posse (art. 2º, § 1º, I e II, do Decreto n. 4.382/2002). Destaque -se que o art. 184, § 5º, da CF preconiza uma importante imunidade tributária – não obstante o dispositivo mencionar, equivocadamente, “isenção” – às operações de transferência de imóveis para fins de reforma agrária. É, sim, uma regra imunizadora, segundo a melhor doutrina[2] e jurisprudência do STF, tratando-se de imunidade, e não de “isenção”.

DIREITO TRIBUTÁRIO II – (25.05.15)

IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO (ITCMD)

* Aspectos Gerais

- Segundo o art. 155, I, da CF/1988, os Estados e o Distrito Federal podem instituir imposto sobre a transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos.

- Está previsto tanto na CF, como no CTN (art 35).

-Desde a promulgação da Constituição vigente, em outubro de 1988, houve uma bipartição da competência: a transmissão, quando decorrente de evento causa mortis ou não oneroso entre pessoas, de bens móveis ou imóveis, ficou na competência estadual; a transmissão inter vivos e de caráter oneroso de bens imóveis, por sua vez, passou a ser exclusividade da competência dos Municípios.

- O CTN deve ser analisado a luz da CF.

- A alíquota máxima de ITCMD é de 8%, podendo ser progressiva segundo o valor do quinhão.

Page 12: Direito Tributário II - Impostos

* São sujeitos passivos do ITCMD:

- Herdeiro ou o legatário (transmissões causa mortis);

- Qualquer das partes adstritas à doação (doador ou donatário), na forma da lei.

1. Fato Gerador

- Fazendo-se uma leitura do art. 35 do Código Tributário Nacional à luz da atual Constituição Federal, pode-se afirmar que o fato gerador do ITCMD é a transmissão, por causa mortis ou por doação, de quaisquer bens ou direitos.

- Quando a transmissão ocorre por meio de doação é necessária uma diferenciação no que concerne aos bens móveis e aos imóveis, em virtude de serem diversas as regras relativas ao aperfeiçoamento da transmissão em cada caso.

- Ocorrem tantos fatos geradores quantos forem os herdeiros.

2. Base de Cálculo

- Como no ITCMD a transmissão de propriedade ocorre a título gratuito (não ocorrendo pagamento ou qualquer outra contrapartida), não se poderia imaginar que a base de cálculo fosse outra que não o valor de mercado dos bens ou direitos transmitidos. Nessa linha, o art. 38 do CTN dispõe que a base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.

3. Lançamento

- Na sistemática de lançamento do ITCMD, a autoridade administrativa constitui o crédito tributário com base em informações prestadas pelo próprio sujeito passivo (quando este declara o valor do bem transferido) ou por terceiro (quando, por exemplo, é usado o valor decorrente de avaliação judicial).

IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULO AUTOMOTOR (IPVA)

* Aspectos Gerais

- O IPVA é o único imposto em que não há uma lei nacional regulando seus dispositivos. Isso, porque a sua previsão se deu apenas após a promulgação do CTN.

- O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA somente foi previsto na Constituição Federal de 1967. Por conseguinte, não é feita qualquer menção ao tributo no Código Tributário Nacional, editado um ano antes.

- Após o advento da Emenda Constitucional 42/2003, a Constituição Federal passou a prever duas importantes regras a respeito do IPVA. A primeira afirma que o imposto terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal (CF, art. 155, § 6.º, I). A regra é impositiva, devendo o Órgão legislativo adotar as providências para o

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cumprimento do mandamento constitucional. A segunda regra decorrente da EC 42/2003 foi a previsão de que o IPVA poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização do veículo (Ex: veículo de transporte, táxi...).

- Em primeiro lugar não se pode tributar diferentemente veículos nacionais e importados, o que agrediria o princípio da não discriminação com base na procedência ou destino, previsto no art. 152 da CF/1988, bem como a cláusula do tratamento nacional, que prevê a equivalência de tratamento entre o produto importado, quando este ingressa regularmente no território nacional, e o produto similar nacional.

- Por fim, é oportuno relembrar que, com o advento da Emenda Constitucional 41/2003, o IPVA ficou sujeito à noventena (anterioridade nonagesimal). Entretanto, por força do art. 150, § 1.º, da CF/1988, as alterações da base de cálculo do tributo não estão sujeitas ao princípio.

1. Fato Gerador

- Não há norma nacional definindo fato gerador, base de cálculo e contribuintes do IPVA, o que defere aos Estados o exercício da competência legislativa plena em tal matéria. Tal liberdade, no entanto, deve ser desfrutada dentro do razoável, não sendo possível que os Estados estipulem fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes que extrapolem a competência tributária; sendo necessário respeito ao conteúdo semântico da expressão “propriedade de veículos automotores”, que delimita a riqueza que pode ser objeto de tributação.

- Grandes debates surgiram acerca da possibilidade de considerar fato gerador do tributo a propriedade de embarcações e aeronaves, dada a expressão genérica utilizada pelo texto constitucional (“veículos automotores”). No julgamento conjunto dos Recursos Extraordinários 134.509/AM e 255.111/SP, a polêmica foi resolvida no sentido de que o campo de incidência do IPVA não inclui embarcações e aeronaves.

2. Base de Cálculo: A base de cálculo do imposto necessariamente deve quantificar o fato gerador, podendo ser definida como o valor venal do veículo. Suas alterações não estão sujeitas ao princípio da noventena, consoante dispõe o art. 150, § 1.º, da CF/1988.

3. Sujeito Passivo: o proprietário do veículo automotor.

4. Lançamento: A autoridade administrativa constitui o crédito tributário relativo ao IPVA utilizando-se das informações que constam no seu banco de dados relativos à propriedade de veículos automotores licenciados no Estado. O imposto é, portanto, sujeito a lançamento de ofício.

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DIREITO TRIBUTÁRIO II – (26.05.15)(Faltei à aula)

DIREITO TRIBUTÁRIO II – (01.06.15)

IMPOSTO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS (ICMS)

1. Alíquotas

* Princípio Seletividade: aos Estados é facultada a seletividade (no IPI é obrigatória).

1.1. Art 155, par 2º, IV (Resolução do Senado): alíquotas interestaduais e de exportação serão aplicadas por Resolução do Senado.

1.2. Art 155, par 2º, V – facultado – Resolução do Senado.

- Alíquotas mínimas nas operações internas.

- Alíquotas máximas na resolução de conflito.

1.3. Resolução 22/89: operações interestaduais e exportação / A alíquota sobre as operações interestaduais têm incidência quando as partes encontram-se em Estados diferentes.

- 7% -> destino – Região Norte, Nordeste, Centro-oeste e Espírito Santo.

- 12% -> destino – Sul/Sudeste.

1.4. Art 155, par 2º, VI: alíquotas internas não podem ser inferiores às interestaduais. (17% a 18%).

2. Operações Interestaduais

2.1. Situação 01: pessoa adquire produto/serviço como consumidor final e é contribuinte do ICMS -> divisão da arrecadação (art 155, par 2º, VII, “a” e VIII).

* Supermercado em Pernambuco adquire computador em São Paulo -> É aplicada a alíquota interestadual ao Estado de Origem (São Paulo), com base no percentual referente ao Estado de destino (Pernambuco). Logo, deverá ser aplicada a alíquota de 7% ao Estado de São Paulo. Já para o Estado Destino, é aplicada a diferença entre a alíquota interestadual aplicada e a alíquota interna. No caso, deverá ser aplicada a diferença entre a alíquota de 7% (cobrada de São Paulo) e a alíquota de 17% (interna de Pernambuco), sendo aplicada a alíquota de 10% ao Estado de Pernambuco.

2.2. Situação 02: adquirente é consumidor final da mercadoria e não é contribuinte do ICMS – Alíquota interna – Estado de Origem (art 155, par 2º, VII).

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* Advogado em Pernambuco adquire um Computador de uma empresa sediada em São Paulo -> deverá ser aplicada a alíquota interna ao Estado de São Paulo, que é de 18%. Logo, a arrecadação não foi dividida.

2.3. Situação 03: adquirente não é consumidor final – Estado de Origem – Alíquota interestadual.

* Revendedor de Pernambuco compra computador de empresa de São Paulo -> deve ser aplicada a alíquota interestadual ao Estado de Origem (São Paulo). O Estado Destinatário, por sua vez, arrecadará ICMS quando a mercadoria circular em seu território.

* Vários Estados se insurgiram contra a Situação 02, principalmente em face do aumento do comércio eletrônico. Logo, apenas os Estados que abrigavam as grandes empresas é que arrecadavam.

- Protocolo 21/2011.

- ADI 4628/DF e ADI 4713/DF.

- EC 87/2015: modificou a Situação 02, implementando uma divisão de arrecadação, a semelhança do que ocorre na Situação 01. Logo, o Estado de Origem arrecadará a alíquota Interestadual, enquanto que o Estado de Destino arrecadará a diferença entre esse valor e a sua alíquota interna. Tal mudança não se dará de imediato, devendo ocorrer de forma gradativa, seguindo uma “tabela de transição”. A transição ocorrerá entre os anos de 2016 e 2019.

DIREITO TRIBUTÁRIO II – (02.06.15)

ICMS (Continuação...)

3. Tributação Conjunta de Mercadorias e Serviços (art 155, par 2º, X, “a” da CF)

3.1. Tributação de Serviços – ISS é residual em relação ao ICMS: no tocante à tributação de serviços, seria possível afirmar que o ISS é residual em relação ao ICMS, pois este incide sobre dois serviços expressamente previstos na Constituição Federal (comunicação e transporte interestadual e

3.2. Tributação de Serviços fornecidos com mercadorias – ICMS é residual: no que concerne à tributação dos serviços fornecidos conjuntamente com mercadorias, a situação se inverte, e o ICMS passa a ser residual em relação ao ISS, pois somente é possível àquele tributar os serviços que já não estejam sujeitos à incidência deste.

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3.2.1. Não está na lista da LC 116/2003: na aquisição de bebidas e alimentos em bares e restaurantes, há a prestação de um serviço pelo restaurante em conjunto com a venda de mercadorias. Como o serviço não está na lista anexa à LC 116/2003, haverá incidência do ICMS sobre o valor total da operação (Súmula 163 do STJ).

3.2.2. Está na lista: já o serviço de composição gráfica está expressamente previsto na lista anexa à LC 116/2003 (item 13.05), de forma que a tributação deve ser feita pelo ISS (Súmula 156 do STJ).

3.2.3. LC 116/2003 – ressalva que a mercadoria estará sujeita a ICMS.

4. Imunidades

4.1. Sobre operações que destinem mercadorias ou serviços para o exterior (EC 42/2003).

- Qualquer mercadoria destinada à exportação, seja in natura ou industrializada, não será gravada pelo ICMS.

- A Constituição foi emendada e passou a imunizar de ICMS todas as exportações de mercadorias e serviços (nenhum destes era imune), de forma que o art. 155, § 2.º, X, a, da CF/1988 passou a prever que o ICMS não incidiria sobre operações que destinassem mercadorias ao exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores.

4.2. Operação que destine a outro Estado petróleo, inclusive lubrificante, energia elétrica.

- Apenas operações que se destinem à industrialização ou comercialização é que são atingidas pela isenção.

4.3. Outro ativo financeiro / instrumento cambial.

5. Software

5.1. De Encomenda: tem a incidência de ISS (Ex: eu contrato uma empresa para produzir um Software para minha empresa).

5.2. De Prateleira: tem incidência de ICMS (Ex: está ligado aos produtos fabricados em massa, de forma não personalizada).

6. Aspectos Importantes da LC 87/96

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6.1. Autonomia dos estabelecimentos – art 11, par 3º, II.

6.2. ICMS por dentro – art 13, par 1º, I.

- O próprio ICMS já está embutido na sua base de cálculo.

7. ICMS e “salvados” de Sinistro

7.1. Recebe: não incide ICMS.

- Seguradora que fica com o carro sinistrado.

7.2. Vende: incide ICMS.

- Seguradora aliena o veículo sinistrado.

* Enunciado 152 do STJ.

8. ICMS e leasing

a) Operacional: não gera incidência de ICMS.

- Caracteriza-se pela locação.

b) Financeiro.

- Caracteriza-se pelo financiamento.

* Leasing Internacional: em detrimento das controvérsias, a jurisprudência dominante diz que há incidência de ICMS nos leasings internacionais.

* Opção de Compra – EC 33/2001.

9. Água Encanada x Água Envasada

- Na água encanada não há incidência de ICMS, já que é considerada bem de uso comum. Já a água envasada, que pode ser exemplificada pelas “garrafinhas de água”, é alvo do imposto supracitado.