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DIREITO PENAL 1AULA 1: A CINCIA PENAL DataProfessor(a): Daniele1Ementa1. O Direito Penal e as demais Cincias Sociais Aplicadas.1.1.O que o Direito Penal e para que serve: senso comum. 1.2. A viso interdisciplinar do Direito Penal. 1.3. Conceitos de Direito Penal.2. O Direito Penal. 2.1. Misses ou Funes no Estado Democrtico de Direito. 2.2. Caractersticas. 2.3. Fontes. 2.4. As demais Cincias Penais: criminologia, poltica criminal, penalogia e vitimologia.3. O Controle Social - Penal e o Estado Democrtico de Direito.3.1.Conceito .3.2.Espcies : formal e informal.3.3.Controle Social-Penal: legitimidade e relao com Direitos Humanos, Direitos Fundamentais e Garantismo Penal. 2A Cincia PenalControle Social, Cincias Penais e Estado democrtico de Direito;O Direito Penal: Conceito, fontes, misses ou funes, caractersticas;Direitos Humanos, Direitos Fundamentais, Garantismo-Penal e o controle social-penal;Legitimidade. O direito penal e as demais cincias jurdicas.31. Cincia PenalObjeto de EstudoO CrimeO CriminosoA Sano Penal41.1. Conceito de Cincia Penal o segmento do ordenamento jurdico que detm a funo de selecionar comportamentos humanos mais graves e perniciosos coletividade capazes de colocar em risco valores fundamentais para a convivncia social.51.2. A Cincia Penal busca:Explicar a razo, a essncia e o alcance das normas jurdicasImpedir a descrio de condutas inofensivas que no lesem os bens jurdicos penais61.3. Misso e Limites da Cincia PenalLuta contra o crimeLuta tico-social72. Dogmtica PenalInterpretaosistematizaoaplicao lgico-racional83. Controle Social, Cincias Penais e Estado Democrtico de DireitoPartindo da concepo de que o homem um ser, por natureza, social, verificou-se, com a evoluo da sociedade, o surgimento de diferentes sistemas que objetivavam estabelecer normas e regras de condutas no intuito de garantir a paz social.93.1. Controle Sociala) viver de acordo com normas sociais; c) respeitar, para tanto, determinadas normas procedimentais.b) aplicar sanes aos desvios em relao a estas normas; e103.1. Exerccio do Controle SocialO controle social exercido pelo conjunto de instituies, estratgias e sanes sociais que objetivam manter os indivduos dentro de determinados modelos e normas de comportamento comunitrio.113.2 Cincias Penais: O Direito Penal Direito PenalNormas JurdicasPenas e Medidas de SeguranaControle SocialInterveno do Estadotutela de bens jurdicos3.3. Direito Penal e Sistema PenalDireito PenalSistema PenalConjunto de normas jurdicas que preveem os crimes e lhes cominam sanes.Grupo de instituies que, segundo as regras jurdicas pertinentes, se incumbe de realizar o direito penal.Direito Penal, Direito Processual Penal, Lei de Execuo Penal, regulamentos penitencirios...Instituio policial, instituio judiciria e a instituio penitenciria.133.4. Diferena entreDireito PenalCincia Penal ou Dogmtica PenalPoder PunitivoConjunto de normas penais em vigor que se impem coercitivamente por meio de uma legislao escrita. (forma de exteriorizar o direito penal).Estudar, sistematizar e buscar aprimorar as disposies penais, assim como as opinies cientificas do campo penal sem perder de vista a referencia normativa (Leis , Constituio e Tratados Internacionais). (Estudiosos e Interpretes do Direito Penal). o poder do estado de perseguir e punir quem viola uma norma penal incriminadora. O exercita por meio de seus vrios rgos.143.5. O que o Direito Penal e para que serve: A finalidade e o senso comum.O Direito Penal, nesse sentido, fornece importantes instrumentos de interveno estatal. Por outro lado, tal interveno, embora necessria, no pode ser arbitrria e ilimitada. Neste sentido, imprescindvel que haja restries atuao estatal, de maneira que o Estado deva pautar sua atuao sobre a liberdade dos indivduos em critrios de atuao que assegurem os direitos bsicos de cada sujeito quando submetido ao punitiva estatal e, potencialmente, assegure os direitos de todos os indivduos, como possveis vtimas de qualquer arbitrariedade futura.3.5.1. Senso Comum.A esmagadora maioria dos cidados passa sua vida inteira sem ter contra si a atuao punitiva estatal, pois no cometem atos que despertem o interesse da interveno penal. Porm, todos e cada um esto constantemente sob o risco de que isso ocorra, pois em nossa convivncia com os demais indivduos nossos interesses e vontades esto cotidianamente em possvel choque. Por conseqncia, as garantias contra a interveno punitiva estatal devem estar sempre a beneficiar a todos e a cada um. As normas que as prevem no so, portanto, normas para proteger criminosos (como se apregoa no senso comum), mas sim normas que beneficiam silenciosamente a todos os cidados4. Direito PenalConjunto de normas jurdicas que tem por objeto a determinao de infraes de natureza penal e suas sanes correspondentes: PenasMedidas de Segurana174.1 Conceito do Direito PenalDisciplinao sistemtica dos meios de preveno, represso e punio das condutas consideradas atentatrias ordem social.184.2. Terminologia: Direito Penal ou Direito Criminal?Uma conduta humana passa a ser chamada ilcita quando se ope a uma norma jurdica ou indevidamente produz efeitos que a ela se opem.A sanoQuando a sano uma pena, espcie particularmente grave de sano, o ilcito chamado de crime.194.2. Direito Penal ou Direito Criminal?O que transforma o ilcito em crime?O ato legislativo204.2. Direito Penal ou Direito Criminal?1. Cdigo Criminal do Imprio- 18301. Cdigo da Penal da Repblica - 1890214.3. Funo do Direito PenalProteoGarantiaInerente e Necessria224.3. Funo do Direito PenalInstrumentoConvivncia dos homens em sociedade234.3. Funo do Direito PenalProteo de bens jurdicosInstrumento de controle socialgarantia244.4. Objeto de Estudo do Direito PenalConduta Humana254.5. Pretenso do Direito PenalPreventivaPunitiva264.6. FinalidadeCombaterCrimeContraveno PenalO direito Penal tem finalidade preventiva.274.7. Caractersticas Direito PenalCinciaCulturalValorativaFinalistaSancionadorFragmentrio284.7. Caractersticas do Direito Penal cincia cultural normativa, valorativa e finalistaNormativo - porque o direito positivo tem como objeto a norma.Valorativo - porque estabelece a sua prpria escala de valores. Valoriza as suas prprias normas.Finalista - porque visa proteo dos bens jurdicos fundamentais, como garantia de sobrevivncia da ordem jurdica294.7. Caractersticas do Direito PenalZaffaroniSancionador porque protege a ordem jurdica cominando sanes, penas.Fragmentario porque escolhe as matrias a serem tuteladas.305. Bem jurdico PenalSo bens jurdicos fundamentais por referncia Constituio, aqueles que visam o bom funcionamento da sociedade e das suas valoraes ticas, sociais e culturais. Tais como: vida, sade, famlia...315.1. Teoria do Bem JurdicoOs bens jurdicos no so realidades palpveis, concretas, so antes valores da existncia social.326. Ramo do DireitoDireito Pblico337. Direito Penal e outros ramos do direitoProcessual PenalConstitucionalAdministrativoCivilInternacional348. Diviso do Direito PenalDireito Penal FundamentalDireito Penal ComumDireito Penal ComplementarDireito Penal GeralDireito Penal especialDireito Penal Local358.1. Direito Penal Fundamental o conjunto de normas gerais, aplicveis a todos os crimes, inclusive queles previstos em leis diversas do CP. composto principalmente pelas normas da Parte Geral do CP (art. 1 a 120), admitindo tambm as normas de contedo abrangente da Parte Especial do CP, como o art. 327, que conceitua funcionrio pblico.368.2. Direito Penal Complementarformado pelas normas que definem crimes e cominam penas esto presentes na Parte Especial do CP (art. 121 a 354-H) e nas leis extravagantes, como a Lei de Tortura e a Lei de Crimes Hediondos.378.3. Direito Penal Comum aquele aplicvel s pessoas em geral, 388.4. Direito Penal Especial aquele cuja aplicabilidade restrita a determinada categoria de pessoas, julgada por um rgo judicirio especfico, que se utiliza de procedimentos peculiares.398.5. Direito Penal Geral ou NacionalAplicvel em todo o territrio nacional. a regra, uma vez que a competncia para editar normas penais privativa da Unio (CF, art. 22, I)408.6. Direito Penal Local ou Regionalaplicvel apenas em determinada regio do Pas. Apesar de no existir atualmente, pode vir a ser criado, uma vez que a Unio pode delegar competncia aos Estados para legislarem sobre questes especficas (CF, art. 22, pargrafo nico).419. Direito Penal do Cidado x Direito Penal do InimigoDireito Penal do CidadoDireito Penal do inimigoO individuo que comete crime desrespeita a NORMA e receber uma SANO Pena ou Med. Segurana. Respeito aos Direitos Fundamentais Bsicos.Neste o individuo no tratado como pessoa, mas como inimigo a ser eliminado e privado do convvio social (pena de carter perpetuo, morte). Ausncia de Direitos.4210. Fontes do Direito PenalMateriaisFormaisCompetncia da Unio art. 22, I da CF) e excepcionalmente art. 22, p. nicoImediatasMediatas4310.1. Fonte Formal do Direito Penal.ImediataMediataSo as leis penais.No so leis.Normas penais incriminadoras; eNo incriminadoras.analogia, costumes e princpios gerais do direito.4411. Histrico Positivista brasileiroAnoOrdenaes do reino de Portugal Vigoraram at os cdigos internosCdigo Criminal do Imprio1830Cdigo Penal1890Cdigo Penal brasileiro19401. reforma do Cdigo Penal (parte Geral)19844512. Estado de Direito e Estado Democrtico de DireitoEstado de DireitoEstado Democrtico de DireitoIgualdade Formal.Igualdade Formal;Principio da dignidade da pessoa humana;Garantia aos direitos fundamentais.4612.1. Reflexo:Um Pas que adota a forma democrtica fundada na dignidade da pessoa humana, logo como deveria ser o sistema penal? 13. Estrutura do Cdigo Penal brasileiroParte GeralParte Especial8 ttulos11 ttulos4814. Artigo 1. da Carta da Repblica/1988Titulo I - Dos Princpios FundamentaisArt. 1 A Repblica Federativa do Brasil, formada pela unio indissolvel dos Estados e Municpios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrtico de Direito e tem como fundamentos:

III - a dignidade da pessoa humana;4915. Garantismo PenalVisa ampliar a liberdade pblicas e diminuir o poder punitivo do estado.5015.1. Os Princpios do GarantismoSo princpios que se destinam a embasar uma espcie de modelo-limite, e que apenas colaboram, jamais sendo absolutamente capazes de atender todos os direitos e garantias do ser humano, mas irradiam reflexos em todo o sistema, sobretudo sobre as regras do Direito Penal5115.2. Princpios que norteiam o Garantismo Penal a)nulla poena sine crimine(princpio da retributividade ou da consequencialidade da pena em relao ao delito);b)nullum crimen sine lege(princpio da reserva legal);c)nulla lex (poenalis) sine necessitate(princpio da necessidade ou da economia do direito penal);d)nulla necessitas sine injuria(princpio da ofensividade ou da lesividade do resultado);e)nulla injuria sine actione(princpio da materialidade ou da exterioridade da ao);f)nulla actio sine culpa(princpio da culpabilidade ou da responsabilidade pessoal);g)nulla culpa sine judicio(princpio da jurisdicionalidade);h)nullum judicium sine accusatione(princpio acusatrio ou da separao entre juiz e acusao);i)nulla accusatio sine probatione(princpio do nus da prova ou da verificao; ej)nulla probatio sine defensione(princpio do contraditrio ou da defesa, ou da falseabilidade).5215.3. Finalidade do GarantismoO garantismo representa a tutela dos direitos fundamentais, ou seja, valores, bens e interesses que fundam e justificam a existncia do Direito e do Estado. 5315.4. Os GarantistasO movimento garantista, por sua vez, relaciona-se com a garantia do mnimo sofrimento necessrio decorrente da interveno punitiva do Estado. 5415.5. Anttese do GarantismoEstado Anti LiberalAbolicionismoDitadorAusncia de regrasAbuso Direito de PunirAnarquia5516. ReflexoConcordar com a afirmao de diversos segmentos da atual sociedade, os quais prelecionam que a problemtica da criminalidade repousa na qualidade das leis ou na brevidade das penas, trata-se de um comportamento ingnuo. O modelo poltico-criminal de alta represso, baseado na vingana privada executada pelo Poder Pblico, j demonstrou no ser capaz de equacionar o binmio crime-ressocializao.56Caso Concreto:1)Leia o texto abaixo e responda s questes formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor.Ricardo, atrasado para pegar seus filhos no colgio, ao pegar seu carro no coloca o cinto de segurana. No trajeto, ainda que dirigindo numa velocidade compatvel como local, um policial percebe a ausncia do cinto e lhe aplica uma multa. Assim, considerando que Ricardo praticou um ilcito, violando o art. 167 do CTB (lei 9.503/97) possvel afirmar que ele praticou um crime, uma vez que ser sancionado? Assim, possvel afirmar que todo ilcito configura crime? Responda de forma justificada com base nos estudos realizados sobre as misses do Direito Penal no Estado Democrtico de Direito.Caso Concreto:2) No obstante a falha do sistema penal, o mesmo continua a ser considerado um ?mal necessrio? sociedade moderna na medida em que visa, diante da complexidade das situaes fticas delituosas que lhe so apresentadas, exercer um controle social formal e institucional que atenda toda a coletividade. Neste contexto, diante do Estado Democrtico de Direito, baseado na dignidade da pessoa humana, assinale a alternativa correta acerca das misses e caractersticas do Direito Penal:a) o Direito Penal visa tutelar todos os bens jurdicos, relevantes ou no, dando uma satisfao e uma sensao de segurana sociedade;b) o Direito Penal possui como misso a efetivao dos direitos e garantias fundamentais, sendo, portanto, utilizado como primeira forma de controle social com vistas mxima represso das condutas delitivas;c) o Direito Penal tem como fim limitar o poder punitivo do Estado e garantir que o cidado no sofra arbitrariedades por parte do Estado, o qual sempre dever agir segundo a lei.d) o Direito Penal possui como misso castigar as condutas lesivas e perigosas, excluindo o infrator do convvio socialpara que a sociedade de bem possa evoluir num ambiente saudvel.Caso Concreto3)Segundo a aula ministrada sobre as fontes do Direito Penal, assinale a alternativaincorreta:a)Na ausncia de lei penal, o juiz pode usar os costumes para sancionar uma conduta considerada lesivab) Os Estados membros e municpios no podem legislar matria criminalc) As medidas provisrias, atos normativos exclusivos do Presidente da Repblica, embora com fora de lei, no so lei, por isso no podem tratar matria criminald) O legislador penal, em ateno ao princpio da interveno mnima, dever evitar a criminalizao de condutas que possam ser contidas satisfatoriamente por outros meios de controle, formais ou informais, menos onerosos ao indivduoBibliografia:ObraAutorAnoTratado de Direito Penal. So Paulo: Saraiva. v 1., 15 ed. BITENCOURT, Cezar Roberto2009Curso de Direito Penal. 14. ed So Paulo: Saraiva.v.1CAPEZ, Fernando.2010Curso de Direito Penal Brasileiro. 13. edio revista e ampliada. So Paulo. Revista dos TribunaisPRADO, Luiz Regis2014Manual de direito penal brasileiro: parte geral. 5. ed. rev. e atual. So Paulo: RTZAFFARONI, Eugenio Ral; PIERANGELI, Jos Henrique (Coord.)2004

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