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AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS Direito internacional e reconhecimento ao relativismo cultural

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AutodeterminAção dos PovosDireito internacional e reconhecimento

ao relativismo cultural

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AutodeterminAção dos PovosDireito internacional e reconhecimento

ao relativismo cultural

RENATO SOUZA DELLOVAMestre em Direito das Relações Econômicas Internacionais–PUC/SP

e Mestrando em Adolescente em Conflito com a Lei: Sociedade, Violência e Criminalidade–UNIAN/SP

Especialista em Direito Processual Civil-PUC/SPExtensão em Educação

Advogado; Consultor; Membro da Comissão de Relações Internacionais da OAB/Campinas; Professor de Direito na Graduação e Pós-Graduação em diversas

Universidades e Instituições e Coordenador do Núcleo de Práticas Jurídicas da Anhanguera/Kroton, Campinas, Unidade Taquaral

Belo Horizonte2015

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341.1 Dellova, Renato Souza D358 Autodeterminação dos povos: direito internacional 2015 e reconhecimento ao relativismo cultural. Renato Souza Dellova. Belo Horizonte: Arraes Editores, 2015. p.103

ISBN: 978-85-8238-186-1

1. Direito internacional. 2. Tratados internacionais. 3. Relações internacionais. 4. Multiculturalismo. 5. Terrorismo internacional. I. Título.

CDD – 341.1 CDU – 341.01

Belo Horizonte2015

CONSELHO EDITORIAL

Elaborada por: Fátima Falci CRB/6-nº700

É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio eletrônico,inclusive por processos reprográficos, sem autorização expressa da editora.

Impresso no Brasil | Printed in Brazil

Arraes Editores Ltda., 2015.

Coordenação Editorial: Produção Editorial e Capa:

Revisão:

Fabiana CarvalhoDanilo Jorge da SilvaResponsabilidade do Autor

mAtriz

Rua do Ouro, 603 – Bairro Serra Belo Horizonte/MG - CEP 30210-590

Tel: (31) 3031-2330

FiliAl

Rua Senador Feijó, 154/cj 64 – Bairro Sé São Paulo/SP - CEP 01006-000

Tel: (11) 3105-6370

www.arraeseditores.com.br [email protected]

Álvaro Ricardo de Souza CruzAndré Cordeiro Leal

André Lipp Pinto Basto LupiAntônio Márcio da Cunha Guimarães

Bernardo G. B. NogueiraCarlos Augusto Canedo G. da Silva

Carlos Bruno Ferreira da SilvaCarlos Henrique SoaresClaudia Rosane Roesler

Clèmerson Merlin ClèveDavid França Ribeiro de Carvalho

Dhenis Cruz MadeiraDircêo Torrecillas Ramos

Emerson GarciaFelipe Chiarello de Souza Pinto

Florisbal de Souza Del’OlmoFrederico Barbosa Gomes

Gilberto BercoviciGregório Assagra de Almeida

Gustavo CorgosinhoJamile Bergamaschine Mata Diz

Janaína Rigo SantinJean Carlos Fernandes

Jorge Bacelar Gouveia – PortugalJorge M. LasmarJose Antonio Moreno Molina – EspanhaJosé Luiz Quadros de MagalhãesKiwonghi BizawuLeandro Eustáquio de Matos MonteiroLuciano Stoller de FariaLuiz Manoel Gomes JúniorLuiz MoreiraMárcio Luís de OliveiraMaria de Fátima Freire SáMário Lúcio Quintão SoaresMartonio Mont’Alverne Barreto LimaNelson RosenvaldRenato CaramRoberto Correia da Silva Gomes CaldasRodolfo Viana PereiraRodrigo Almeida MagalhãesRogério Filippetto de OliveiraRubens BeçakVladmir Oliveira da SilveiraWagner MenezesWilliam Eduardo Freire

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AgrAdecimentos

Ao caríssimo Professor Antonio Márcio da Cunha Guimarães, pelas ex-traordinárias lições acadêmicas, de vida e, pelos momentos ricos de bondade e humildade, virtudes próprias dos sábios.

A tantos outros professores que estiveram presentes com os seus escritos e reflexões durante as minhas horas debruçadas sobre esta pesquisa. Também às contribuições e incentivos das fiéis amigas advogadas, Andresa Lücke Del-gado e Rosana Bastos Alarcon.

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VI

Dedico esta obra à Profa. Adriana Souza Dellova, que viabilizou a ampliação das minhas atividades acadêmicas!

Às minhas filhas, Rebecca Giovanna e Hannah Ariella, graciosas, gentis, deli-cadas e fonte principal da minha inco-mensurável força em viver e amar!

À mamma Nilza e ao babbo Zacarias que, gratuitamente, me seguraram pe-las mãos e guiaram meus caminhos, es-pecialmente quando perdi as forças e a alegria dos olhos!

À minha companheira Bruna Gomes, mulher decidida e de intensa personali-dade, uma segunda alma que me acolheu integralmente!

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notA do Autor

É com intenso prazer e alegria que apresento o meu novo livro que tem o desiderato de contribuir, singelamente, para acadêmicos e profissionais do Direito, bem como para estudiosos das matérias propedêuticas, no sentido de promover um diálogo acerca da compreensão do fato de existir culturas diversas daquelas em que estamos inseridos e condicionados, para uma con-vivência respeitosa e harmoniosa.

Sou grato aos amigos, profissionais competentes e com retidão de ca-ráter, que comigo dividem a combativa e incansável prática advocatícia e, também, o exercício do magistério com vertical responsabilidade, almejando a formação técnica e humana dos acadêmicos de graduação e pós-graduação, cuja convivência nos permite aprender reciprocamente.

Dessa forma, o meu respeito e carinho aos discentes e docentes da Univer-sidade de São Paulo-USP, na pessoa do Prof. Wagner Menezes; da Pontifícia Uni-versidade Católica de São Paulo–PUC/SP, na pessoa do Prof. Antonio Márcio da Cunha Guimarães; da Faculdade Anhanguera de Campinas, Unidade Taquaral, na pessoa da Profa. Juliana Frozel de Camargo Alcoforado; do Curso Êxito–SJC, na pessoa do Prof. Christiano Cassettari; do Proordem Jundiaí e OAB-Vinhedo, na pessoa da Profa. Mariana Franco Rodrigues e Profa. Gabriela J. Sassi; da Me-trocamp, na pessoa da Profa. Daniela Cartoni e Prof. Marcelo Altieri; da UniAn-chieta, na pessoa do Prof. Márcio Franklin Nogueira e da Profa. Ivone Barros; e tantas outras instituições que me receberam com respeito e estima.

A presente obra tem o condão de evidenciar a importância do direito à autodeterminação dos povos e do reconhecimento e respeito das diferentes culturas do mundo. E também de apontar a atuação do direito internacional na proteção da relatividade cultural, seja no âmbito religioso, cultural, econô-mico e de organização. Da maneira que os povos desenvolvem sua cultura, da forma que se organizam no decorrer de sua história até chegarem à liberdade. Como as diferenças culturais podem causar conflitos de ordem internacional e de qual maneira o direito internacional pode intervir. Do reconhecimento do direito à autodeterminação dos povos pelo Brasil e pelo mundo.

Submeto à crítica dos leitores. Boa leitura!

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sumário

PREFÁCIO ...................................................................................................... X

APRESENTAÇÃO ......................................................................................... XI

INTRODUÇÃO ............................................................................................. 1

CAPíTulO 1DOS SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL ............................. 3

1. Estado ........................................................................................................... 32. Organização das Nações Unidas - ONU ............................................... 63. Santa Sé ........................................................................................................ 74. Indivíduos .................................................................................................... 85. Empresas Transnacionais .......................................................................... 9

CAPíTulO 2CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS TRATADOS INTERNACIONAIS 11

1. Histórico dos tratados internacionais .................................................... 112. Relevantes registros sobre as Convenções de Havana e Viena ........... 113. Conceitos e princípios que regem os tratados ...................................... 124. Classificação dos tratados ......................................................................... 145. Produção e estrutura .................................................................................. 16

5.1. Manifestação de consentimento ...................................................... 175.1.1. Assinatura .......................................................................................... 175.1.2. Troca dos instrumentos constitutivos do tratado ..................... 175.1.3. Ratificação, aceitação ou aprovação ............................................. 18

6. Reservas ........................................................................................................ 187. Hermenêutica dos tratados....................................................................... 208. Nulidade, extinção e suspensão dos tratados ........................................ 22

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CAPíTulO 3DO HISTÓRICO E DEFINIÇÃO DO DIREITO .................................. 26

1. Das Relações Internacionais ..................................................................... 262. Das Questões Econômicas ........................................................................ 273. Diversidade Cultural x Direitos Humanos ........................................... 30

CAPíTulO 4DO MULTICULTURALISMO ................................................................... 34

1. Proteção Internacional das Culturas ...................................................... 372. Autodeterminação dos Povos .................................................................. 38

2.1. Religioso ............................................................................................... 422.2. Cultural ................................................................................................ 452.3. Organização ......................................................................................... 452.4. Econômico ........................................................................................... 45

3. Escravidão .................................................................................................... 463.1. Natureza ou Convenção? .................................................................. 503.2. Decorrência de uma Ordem Social? ................................................ 513.3. Modalidades de Escravidão............................................................... 52

4. Economia ..................................................................................................... 525. Casos concretos sobre Multiculturalismo ............................................. 56

5.1. Pascuenses e Hindus ........................................................................... 575.2. Guerrilha do Araguaia ....................................................................... 575.2.1 Aplicação das Normas Internacionais no Brasil ........................ 625.3. Terrorismo Internacional .................................................................. 705.4. Autodeterminação e relativismo no Brasil e no Mundo ............ 795.5. Povos Indígenas no Brasil ................................................................. 82

CONCLUSÃO ................................................................................................ 86

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 88

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PreFácio

A obra produzida pelo Dr. Renato Souza Dellova é resultante de seus estudos no Mestrado em Direito na PUC/SP, a qual agora é publicada em livro de grande importância para os operadores do Direito em geral, em especial para aqueles que se ocupam do Direito Internacional e/ou dos Di-reitos dos Povos – Direitos Humanos.

De maneira eficaz e através de relevante pesquisa, o autor explorou a importância do direito à autodeterminação dos povos e respectivo reco-nhecimento e respeito das diferentes culturas existentes no nosso mundo. Abordou em seus estudos, os aspectos que envolvem a atividade humana, como a questão cultural, religiosa, sócio-econômica e mesmo de organização política. Tudo isso de alguma forma tangencia e acaba sendo abordado nas relações internacionais entre os Estados, gerando discussões, choques, con-tradições e o mais importante – respeito à diversidade existente.

O autor, agora Mestre em Direito pela PUC/SP, defendeu de forma exemplar, a necessidade de proteção à estes direitos, porquanto inalienáveis e imprescindíveis para a liberdade e dignidade das nações. Seu trabalho está bem dividido entre os capítulos que tratam sobre os entes/sujeitos do direito internacional, sobre os tratados internacionais e por fim, sobre o multiculturalismo.

A defesa do autor em banca de Mestrado, de todo exitosa, revela-se mais uma importante contribuição em defesa dos povos, revestindo-se, a presente obra, de singular importância ao mundo do Direito, mister a defesa dos direitos humanos através dos fundamentos do Direito Internacional, propiciando ao leitor um aprofundamento no tema e melhor conhecimento acerca de toda esta instigante matéria. Uma obra que irá auxiliar não somen-te o profissional do direito – advogados, juízes, promotores, mas também os professores e estudantes de direito, de uma forma geral.

PROF. DR. ANTÔNIO MÁRCIO DA CUNHA GUIMARÃESProf. Assistente-Doutor de Direito Internacional na PUC/SP. Advogado, Membro da APD (Academia Paulista de Direito), Membro da UJUCASP (União dos Juris-tas Católicos de São Paulo), autor de obras jurídicas.

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XI

APresentAção

A presente obra nos instiga a pensar que a ordem jurídica opera numa situação de relativa previsibilidade, haja vista evolução da sociedade a que o direito está sujeito, inserindo de maneira marcante a autodeterminação dos povos e do multiculturalismo, simplesmente esquecidos, ante o formalismo em que a ordem social opera.

De fato, se fosse possível prever todas as condutas da sociedade, em razão da função de regulação a que o direito se presta, estaríamos diante de um sistema de normas totalmente obsoleto.

O que se almeja nas linhas escritas a seguir, marcadas com o sangue do terrorismo e da guerra, resultantes da inexistência do absolutismo das coisas e guiadas pela relatividade, é a reflexão de que não há uma cultura ou moral universais, mas que o mundo está sempre à beira do caos; contudo, ainda sim, aberto às novas possibilidades motivadas pela evolução constante, onde sempre haverá lugar para o incognoscível.

O estudo dos sujeitos de Direito Internacional, tratados internacionais, o histórico e definição do direito abordando as relações internacionais, umbili-calmente ligadas às questões econômicas, se destaca na obra como ponto basi-lar a ser desvendado antes de o autor se enveredar pelo universo do multicul-turalismo e da autodeterminação dos povos, de maneira concreta e reflexiva.

No auge em que se enfrenta o multiculturalismo, a violência se lança como ponto crucial, na medida em que a autodeterminação dos povos ne-cessita da análise do conceito de liberdade.

Ao final, o autor promove a aplicação dos conceitos, cuidadosamente expostos, a casos concretos, inclusive, no direito interno, sublinhando a im-portância da forma de comunicação para se alcançar o ideal de superação do preconceito e observância aos direitos humanos.

PROFA. MS. ADRIANA SOUZA DELLOVAMestre em Direito das Relações Econômicas Internacionais pela PUC/SP. Espe-cialista em Direito Processual Civil pela PUC/CAMP e em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários – IBET. Advogada militante espe-cialmente na área tributária. Professora de graduação em Direito Internacional e Tributário e Pós-graduação em Direito Processual Civil.

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