direito de propriedade e uso dos recursos de mercado trabalho de microeconomia 03.07.2009

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DIREITO DE PROPRIEDADE DIREITO DE PROPRIEDADE E E USO DOS RECURSOS DE USO DOS RECURSOS DE MERCADO MERCADO Trabalho de Microeconomia Trabalho de Microeconomia 03.07.2009 03.07.2009

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Page 1: DIREITO DE PROPRIEDADE E USO DOS RECURSOS DE MERCADO Trabalho de Microeconomia 03.07.2009

DIREITO DE PROPRIEDADE DIREITO DE PROPRIEDADE

EE USO DOS RECURSOS DE USO DOS RECURSOS DE

MERCADOMERCADOTrabalho de MicroeconomiaTrabalho de Microeconomia

03.07.200903.07.2009

Page 2: DIREITO DE PROPRIEDADE E USO DOS RECURSOS DE MERCADO Trabalho de Microeconomia 03.07.2009

DIREITO DE PROPRIEDADEDIREITO DE PROPRIEDADEDefinição:Definição: É o conjunto de

leis que descreve o que as pessoas e as empresas podem fazer com suas respectivas propriedades.

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A Constituição é clara, ao dizer que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos

brasileiros (...) direito (...) à propriedade..." (art. 5º, caput).

O homem sempre computou no número de seus direitos o de apropriar-se de certos

bens. Os jurisconsultos romanos definiram isso numa fórmula célebre, ou seja, a

propriedade é o direito de reivindicar e de conservar como seu aquilo que foi

legitimamente adquirido, de usar, gozar e dispor dessa coisa à vontade, com exclusão

de outrem, nos limites da lei (ius utendi, fruendi et abutendi re sua, exclusis aliis,

quatenus iuris ratio patitur – Digestae, 7, 8, 2,

par.).

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O direito de propriedade decorre da própria lei natural. Por isso, é uma exigência da natureza

intelectual do homem. Enquanto os irracionais se contentam com a satisfação de suas necessidades

imediatas, o homem pode prever o seu futuro. Assim, para subsistir hoje e no tempo futuro,

precisa apropriar-se de bens naturais, de consumo, bens fungíveis e, também, de produção.

Page 5: DIREITO DE PROPRIEDADE E USO DOS RECURSOS DE MERCADO Trabalho de Microeconomia 03.07.2009

A propriedade é a expressão da pessoa humana. É fruto do seu trabalho ou

do de seus antepassados. É o espelho do indivíduo, que precisa de

um aconchego preservado pela privacidade, onde pode ser ele mesmo, cercado dos sinais que

identificam o seu eu. Ela estimula o trabalho, sendo o homem atraído

espontaneamente pela perspectiva da recompensa direta e pessoal de

seus esforços.

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A propriedade é penhor de uma sociedade articulada ou organizada, ao contrário da

meramente coletiva, que tem por conseqüência uma sociedade massificada,

sem diversificação nem liberdade. Ela defende os cidadãos contra a concentração de todos os poderes nas mãos do Estado,

garantindo a liberdade dos indivíduos e sua independência em relação ao poder civil.

Page 7: DIREITO DE PROPRIEDADE E USO DOS RECURSOS DE MERCADO Trabalho de Microeconomia 03.07.2009

Por exemplo, quando os indivíduos possuem direitos

sobre um terreno, eles podem construir nele ou podem

vendê-lo, estando protegidos contra possíveis interferências

alheias.

Page 8: DIREITO DE PROPRIEDADE E USO DOS RECURSOS DE MERCADO Trabalho de Microeconomia 03.07.2009

Para compreendermos a importância do direito de propriedade, vamos usar

o exemplo sobre a empresa que despeja seus efluentes em um rio.

Havíamos presumido que ela tinha o direito de utilizar o rio para o despejo

de seus efluentes e que os pescadores não tinham direito de pescar em um rio

“sem efluentes”.

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Conseqüentemente, a empresa não tinha estímulo para passar a incluir o custo dos

efluentes nos cálculos de seu custo de produção. Em outras palavras, ela

simplesmente externalizava os custos gerados por seus efluentes. Mas suponhamos

que os pescadores tivessem o direito de propriedade sobre a água limpa. Nesse caso,

eles poderiam exigir que a empresa lhes pagasse para ter o direito de despejar

efluentes no rio; a empresa teria de cessar sua produção ou então pagar os custos

relacionados com sues efluentes. Esse custos seriam então internalizados, e assim, uma

eficiente alocação de recursos seria alcançada.

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As ineficiências decorrentes de falhas de mercado podem ser eliminadas por meio de negociações privadas entre as partes

envolvidas. Conforme afirma o teorema de Coase, a solução negociada será sempre eficiente quando o direito de propriedade

das partes envolvidas estiver bem especificado, os custos das transações

forem zero e não houver comportamento estratégico. Entretanto, é improvável que

as negociações produzam resultados eficientes, pois as partes envolvidas

frequentemente apresentam comportamentos estratégicos.

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Teorema de Coase:Princípio segundo o qual, quando as

partes envolvidas podem negociar sem custo e para o benefício de todos os

envolvidos, o resultado será eficiente, independentemente de como estejam alocados os direitos de propriedade.

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Teorema de Coase na prática:

Acordo cooperativo: setembro de 1987.Cidade de Nova York x Estado de Nova JerseyIlustrou: que o teorema de Coase aplica-se tanto

aos cidadãos e às organizações quanto ao governo.

Durante muitos anos: escoamento de resíduos dos depósitos de lixo localizados ao longo da costa da cidade de Nova York afetou a qualidade da água da costa do estado de Nova Jersey, chegando inclusive a sujar suas praias.

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Pior caso: Ocorreu em agosto de 1987, quando mais de 200 toneladas de

resíduos formaram uma mancha de 50 milhas em toda a extensão das praias

de Nova Jersey.• Estado de Nova Jersey: tinha o direito de ter

suas praias limpas, podendo processar a cidade de Nova York a fim de receber uma

compensação pelos danos sofridos em função do escoamento de resíduos. Podia também entrar com um pedido de liminar para que

Nova York interrompesse o uso de seus depósitos de lixo até que o problema fosse

solucionado.

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Entretanto, o Estado de Nova Jersey queria ter suas praias limpas, e não apensas receber uma

indenização pelos danos sofridos. E a cidade de Nova York desejava poder operar seus depósitos de

lixo.

Conseqüentemente, encontrou-se a possibilidade de trocas capazes de beneficiar ambas as partes; após

duas semanas de negociações, elas conseguiram chegar a um acordo.

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O Estado de Nova Jersey concordou em não mover um processo judicial contra a cidade

de Nova York. Nova York concordou em utilizar barcos especiais e outros elementos

flutuantes para conter os eventuais escoamentos que pudessem ocorrer em Staten Island e no Brooklyn. Nova York

também concordou em criar uma equipe encarregada de monitorar e supervisionar

todos os depósitos de lixo, fechando aqueles que não tivessem condições de cumprir os

regulamentos.

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Ao mesmo tempo, os representantes do Estado de Nova Jersey receberam

permissão de acesso ilimitado aos depósitos de lixo da cidade de Nova York para inspecionar a eficácia do

programa.

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Acadêmicos: João Carlos Carvalho de Lima

Sílvia Letícia TrevisanVeridiana Ivaszki

1°ano – ADMINISTRAÇÃOUniversidade Estadual do Centro

Oeste UNICENTRO

Campus de Irati

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Referências:Referências: LIMA, Máriton Silva. Direito de

Propriedade. Jus Navigandi, Teresina, ano 11, n.1278, 31dez.2006.

Disponível em:• <http://jus2.uol.com.br/doutrina/

texto.asp? Id=9342>. Acesso em: 02 jul.2009.• <http://www.latimedireito.adv.br>.

Acesso em: 02 jul.2009.

Page 20: DIREITO DE PROPRIEDADE E USO DOS RECURSOS DE MERCADO Trabalho de Microeconomia 03.07.2009

• PINDYCK.Roberto S. RUBINFELD. Daniel L.PINDYCK.Roberto S. RUBINFELD. Daniel L.Microeconomia. 6ª edição. São Paulo. Microeconomia. 6ª edição. São Paulo.

20062006

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Obrigada pela atenção!