direito civil (2).doc

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Direito Civil (2) OBRIGAÇÕES.............................................................................................16 Conceitos e elementos.............................................................................16 Elementos constitutivos das obriga!es...................................................16 "istin#o entre direitos reais e $essoais............................... ....................1% &ontes das obriga!es.............................................................................. 1' (odalidade das obriga!es......................................................................1' OBRIGAÇ)O CI*I+ E E(,RESARIA+............................... ......................... 1- OBRIGAÇ)O (ORA+.................................................................................. 1- OBRIGAÇ)O A/0RA+.............................................................................. 1- OBRIGAÇ)O "E "AR.................................................................................2 Conceitua#o ........................................................................................... 2 "ivis#o das obriga!es de dar.................................................................. 2 Obriga#o de dar coisa certa .................................................................. 2 Generalidades ......................................................................................2 ,roblemas re3erentes a obriga#o de dar.............................................1 ,erecimento4 $erda ou deteriora#o da coisa4 antes da tradi#o com ou  sem cul$a do devedor 5 CC. art. 7................................................... 1  Acess8rios 5CC. Art. ........... ............................................................  E9ecu#o de dar a coisa certa............................................................. Obriga#o de restituir a coisa certa.......................................................... Generalidades....................................................................................... ,erda4 $erecimento ou deteriora#o do ob:eto............................ ......... (el;oramentos e ben3eitorias 3eitas na coisa restitu<vel...................... Obriga#o de dar a coisa incerta.............................................................. Generalidades ...................................................................................... Com$et =ncia $ar a escol ;a e sele #o da coisa 5 CC. Art. 77............. E3eitos da concentra#o 5 CC. Art. 7> e 76......................................7 OBRIGAÇ)O "E &A?ER O0 )O &A?ER.................................................7 Obriga#o de 3a@er...................................................................................7 Generalidades.......................................................................................7 "i3erenas entre a obriga#o de dar e 3a@er.........................................7 Es$cies de obriga!es de 3a@er..........................................................7 Conse=ncias do descum$rimento das obriga!es............................> Obriga#o de n#o 3a@er Dad non 3aciendum.............................................> Generalidades.......................................................................................> Inadim$lemento das obriga!es de n#o 3a@er.......................................> OBRIGAÇÕES +F0I"A E I+F0I"AS........................................................ 6 Generalidades..........................................................................................6 "i3erena entre il<uida e de dar a coisa incerta.......................................6 E3eitos da obriga#o il<uida.....................................................................6 OBRIGAÇÕES SI(,+ES............................................................................. 6 OBRIGAÇ)O C0(0+A/I*A O0 COH0/I*A.........................................6 1

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Direito Civil 2

Direito Civil (2)

1OBRIGAES

1Conceitos e elementos

1Elementos constitutivos das obrigaes

1Distino entre direitos reais e pessoais

2Fontes das obrigaes

2Modalidade das obrigaes

3OBRIGAO CIVIL E EMPRESARIAL

3OBRIGAO MORAL

3OBRIGAO NATURAL

4OBRIGAO DE DAR

4Conceituao

4Diviso das obrigaes de dar

5Obrigao de dar coisa certa

5Generalidades

5Problemas referentes a obrigao de dar

5Perecimento, perda ou deteriorao da coisa, antes da tradio com ou sem culpa do devedor - CC. art. 234

6Acessrios -CC. Art. 233

6Execuo de dar a coisa certa

6Obrigao de restituir a coisa certa

6Generalidades

6Perda, perecimento ou deteriorao do objeto

7Melhoramentos e benfeitorias feitas na coisa restituvel

7Obrigao de dar a coisa incerta

7Generalidades

7Competncia para escolha e seleo da coisa - CC. Art. 244.

8Efeitos da concentrao - CC. Art. 245 e 246.

8OBRIGAO DE FAZER OU NO FAZER

8Obrigao de fazer

8Generalidades

8Diferenas entre a obrigao de dar e fazer

8Espcies de obrigaes de fazer

9Conseqncias do descumprimento das obrigaes

9Obrigao de no fazer (ad non faciendum)

9Generalidades

10Inadimplemento das obrigaes de no fazer

10OBRIGAES LQUIDA E ILQUIDAS

10Generalidades

10Diferena entre ilquida e de dar a coisa incerta

10Efeitos da obrigao ilquida

10OBRIGAES SIMPLES

10OBRIGAO CUMULATIVA OU CONJUNTIVA

11OBRIGAES ALTERNATIVAS (DISJUNTIVAS)

11Generalidades

11Escolha e seus efeitos

11Hipteses legais em que o direito de escolha muda de mos

12Impossibilidade de inexequibilidade de uma das prestaes

12Impossibilidade de todas as prestaes

12Observaes quanto ao inadimplemento

13OBRIGAO FACULTATIVA

13OBRIGAO DIVISVEL E INDIVISVEL

13Generalidades

13Indivisibilidade difere de solidariedade

14Efeito da indivisibilidade da prestao

15Perda da qualidade de indivisibilidade - CC. Art. 263

15OBRIGAES SOLIDRIAS

15Generalidades

15Caracteres da solidariedade

15Espcies de obrigao solidria

15Normas comuns a solidariedade

16Distino entre solidariedade e indivisibilidade

16Vantagens da solidariedade

16Fontes da solidariedade

16Solidariedade ativa

17Generalidades

17Efeitos

18Solidariedade passiva

18Generalidades

18Conseqncias

19Inadimplemento da obrigao solidria - CC. Art. 908

19Mora na solidariedade - CC. Art. 909

19Ao e exceo CC. Art. 910 e 911

19Pagamento por um devedor da totalidade da dvida - CC. Art. 913.

20CLUSULA PENAL

20Generalidades

20Espcies e finalidade da clusula penal - CC. Art. 917

21Efeitos das espcies de clusula penal

21Valor da clusula penal - CC. Art. 920

21Condicionalidade da clusula penal - CC. Art. 921

21Nulidade da clusula penal - CC. Art. 922

21Impossibilidade as obrigao sem culpa do devedor CC. ART. 923

21Imutabilidade da clusula penal - CC. Art. 924

21Obrigao indivisvel e clusula penal - CC. Art. 925.

21Obrigao divisvel e clusula penal - CC. Art. 926

22Exigibilidade da clusula penal - CC. Art. 927

22DAS OBRIGAES PROPTER REM

22Conceituao

22Caractersticas

22Natureza jurdica

23DAS OBRIGAES POR DECLARAO UNILATERAL DA VONTADE DOS TTULOS AO PORTADOR

23Conceituao

23Modalidades do ttulo de crdito

23Defesa do subscritor - CC. Art. 1.507

23Injusto desapossamento do ttulo - CC. Art. 1.509

23Exonerao do devedor - CC. Art. 1.510.

23DAS OBRIGAES POR DECLARAO UNILATERAL DA VONTADE DA PROMESSA DE RECOMPENSA

23Conceituao - CC. Art. 1.512.

24Revogabilidade da promessa - CC. Art. 1.514

24Promessa de recompensa mediante concurso - CC. Art. 1.516.

24DAS OBRIGAES POR ATOS ILCITOS

24Generalidades - CC. Art. 1.518.

24Responsabilidade por fato de outrem - CC. Art. 1.521 - ECA - Art. 116 - SMULA STF. 341.- SMULA STF. 492.

25Responsabilidade jurdica por ato de empregado CC. Art. 1.522 - SMULA STF. 341

25Responsabilidade subjetiva por ato de outrem CC. Art. 1.523.

25Transmissibilidade do dever de indenizar - CC. Art. 1.526.

25Responsabilidade de guarda de animal - CC. Art. 1.527.

25Responsabilidade do dono de edifcio ou construo - CC. Art. 1.528.

25Responsabilidade de effusis et dejectis CC. Art. 1.529.

26Responsabilidade do demandante por dvida no vencida CC. Art. 1.530

26Debito j solvido - CC. Art. 1.531.

26Desistncia da ao - CC. Art. 1.532.

26DA LIQUIDAO DAS OBRIGAES

26Obrigao lquida e ilquida CC. Art. 1.533

26Liquidao de sentena CC. Art. 1.534

26Prvia liquidao do valor CC. Art. 1.535

26Liquidao das obrigaes resultantes de atos ilcitos

26Dano resultante de estado de necessidade ou legtima defesa - CC. Art. 1.540

27Usurpao ou esbulho do alheio - CC. Art. 1.541.

27Reparao de dano proveniente de crime CC. Art. 1.544.

28DO CONCURSO DE CREDORES DAS PREFERNCIAS E PRIVILGIOS CREDITRIOS

28Conceituao - CC. ART. 1.554

28Ttulos legais de preferncia - CC. Art. 1.557.

29Preferncia resultante de direitos reais de garantia - CC. Art. 1.561

30DOS EFEITOS DAS OBRIGAES

30Consideraes gerais - CC. Art. 928

30DO PAGAMENTO

30Generalidades

30Quem deve pagar

31A quem se deve pagar

32Objeto de pagamento e sua prova

34Lugar de pagamento - CC. Art. 950

34DO TEMPO DAS OBRIGAES

35H conveno a respeito do termo

35No ajustado o termo de vencimento - CC. Art. 952.

35Vencimento das obrigaes condicionais - CC. Art. 953.

35Antecipao do vencimento por disposio da lei - CC. Art. 954.

35MORA

36Generalidades

36Mora do devedor (solvendi) - CC. Art. 955

36Conseqncias da mora do devedor - CC. Art. 956.

36Mora do credor (accipiendi) - CC. Art. 955.

36Conseqncias da mora do credor - CC. Art. 958.

37Purgao da mora - CC. Art. 959.

37Termo inicial do retardamento culposo - CC. Art. 960.

37Mora solvendi na obrigao de no fazer - CC. Art. 961.

37Mora do devedor na obrigao decorrente de ato ilcito - CC. Art. 962.- Sum. STJ. 54.

38DO PAGAMENTO INDEVIDO

38Introduo

38Pressupostos da ao de in rem verso

38Repetio de indbito - CC. Art. 964:

38Prova do pagamento indevido - CC Art. 965.:

39Direitos do accipiens de boa ou m-f objeto coisa imvel - CC. Art. 966.

39Alienao do imvel dado indevidamente - CC. Art. 967.

39Proteo ao accipiens de boa -F - CC. Art. 969.

39Pagamento indevido de dvida inexigvel, para obteno de finalidade ilcita ou imoral - CC. Art. 970.

40DO PAGAMENTO POR CONSIGNAO

40Conceito - CC. Art. 972

40Casos em que se justifica a consignao - CC. Art. 973.

40Requisitos da consignao - CC. Art. 974

40Local da consignao - CC. Art. 976.

41Levantamento do depsito - CC. Art. 977

41Pagamento de coisa indeterminada - CC. Art. 981

41Despesas com o depsito - CC.Art. 982

41Consignao de objeto litigioso - CC. Art. 983.

41Possibilidade do credor ajuizar a consignatria CC. Art. 984.

42DO PAGAMENTO COM SUB-ROGAO

42Conceito e natureza jurdica

42Casos de sub-rogao legal - CC. Art. 985.

42Casos de sub-rogao convencional - CC. Art. 986.

42Efeitos da sub-rogao legal ou convencional - CC. Art. 988.

42Efeito da sub-rogao legal - CC. Art. 989

43Sub-rogao parcial - CC. Art. 990

43DA IMPUTAO EM PAGAMENTO

43Conceito

43Requisitos da imputao em pagamento - CC. Art. 991.

44Imputao do pagamento pelo credor - CC. Art. 992.

44Capital e juros - CC. Art. 993

44Imputao do pagamento feita pela lei - CC. Art. 994.

44DAO EM PAGAMENTO

44Conceituao - CC. Art. 995.

44Dao em pagamento e compra e venda - CC. Art. 996

44Dao e cesso - CC. Art. 997

44Dao em pagamento e evico - CC. Art. 998

44NOVAO

44Generalidades

45Pressupostos da novao - CC. Art. 999.

45Novao subjetiva passiva por expromisso - CC. Art. 1.001

45Insolvncia do novo devedor - CC. Art. 1.002

46Efeitos da novao - CC. Art. 1.003.

46Novao e co-devedor - CC. Art. 1.005.

46Desaparecimento da fiana - CC. Art. 1.006.

46Impossibilidade de novar - CC. Art. 1.007.

46Novao de obrigao anulvel - CC. Art. 1.008.

46COMPENSAO

46Conceituao - CC. Art. 1.009

47Efeitos da compensao legal

47Pressupostos da compensao - CC. Art. 1.010

47Compensao convencional

47Dvidas no compensveis

48Prejuzo aterceiro - CC. Art. 1.024.

48Exceo reciprocidade de dvidas - CC. ART. 1.013

48Prazos de favor e compensao - CC. Art. 1.014.

48Compensao e obrigao solidria passiva - CC. Art. 1.020.

49Compensao e cesso de crdito - CC. Art. 1.021

49Despesas necessrias - CC. Art. 1.022.

49Compensao e normas sobre imputao do pagamento - CC. Art. 1.023

49TRANSAO

49Conceituao - CC. Art. 1.025.

49Princpios legais da transao

49Elementos da transao

50Transao judicial - CC. Art. 1.028

50Transao extrajudicial - CC. Art. 1.029

50Efeitos da transao

50Transao e evico - CC. Art. 1.032

50Transao e ao penal - CC. Art. 1.033.

50Transao e pena convencional - CC. Art. 1.034

51Objeto da transao - CC. Art. 1.035

51Nulidade absoluta da transao - CC. Art. 1.036

51DO COMPROMISSO

51DA CONFUSO

51Conceituao - CC. Art. 1.049.

51Confuso total ou parcial - CC. Art. 1.050.

51Confuso e solidariedade - CC. Art. 1.051

51Efeito da extino da confuso - CC. Art. 1.052

51DA REMISSO DAS DVIDAS

51Conceito e natureza jurdica

52Formas de remisso

52Remisso ao devedor solidrio - CC. Art. 1.055.

52INEXECUES DAS OBRIGAES

52Conceituao - CC. Art. 1.056

52Inexecuo voluntria

52Responsabilidade civil nos contratos unilaterais e bilaterais - CC. ART. 1.057

52Descumprimento por caso fortuito ou fora maior - CC. Art. 1.058.

53PERDAS E DANOS

53Conceituao - CC. Art. 1.056

53Dano emergente e lucro cessante

53Retardamento daexecuo da obrigao

54Indenizao por dano eventual - CC. ART. 1.060

54Perdas e danos e obrigaes pecunirias - CC. Art. 1.061

54JUROS LEGAIS

54Conceituao

54Efeitos dos juros moratrios - CC. Art. 1.064

54Momento em que comea correr os juros moratrios

54DIREITO DE RETENO

54Conceituao

55Requisitos do direito de reteno

55Casos onde confere-se o direito de reteno

55DA CESSO DE CRDITO

55Conceito - CC. Art. 1.065

55Pressupostos de validade da cesso de crdito

55Extenso do objeto da cesso - CC. Art. 1.066

55Forma de cesso - CC. Art. 1.067

56Eficcia erga omnes

56Cesso de crdito legal ou judicial - CC. Art. 1.068

56Notificao do devedor - CC. Art. 1.069.

56Pluralidade de cesses do mesmo crdito - CC. Art. 1.070

56Prazo para notificao de cesso de crdito - CC. Art. 1.071.

56Direito de opor excees - CC. Art. 1.072.

56Garantia do crdito cedido - responsabilidade pela existncia do crdito - CC. Art. 1.073..

57Cesso pro solvendo - CC. Art. 1.074.

57Responsabilidade pela solvncia do devedor na cesso pro solvendo - CC. Art. 1.075

57Excees a responsabilidade do cedente

57Penhora e cesso - CC. Art. 1.077.

57CESSO DE DBITO

57Conceito

57Distino com novao subjetiva

58Cesso de crdito e cesso de dbito

58CESSO DE CONTRATO

58Conceituao

58Cesso com e sem liberao do cedente

58Cesso de contrato no direito brasileiro

58CONTRATOS GENERALIDADES

58Conceituao

59Elementos constitutivos do contrato

59Pressupostos de validade

59Princpios do direito contratual

59Classificao dos contratos.

59Conforme sua natureza:

60Do modo em que se aperfeioam

60Se a lei atribuir nome

60Em relao uns aos outros

60Quanto ao tempo de execuo

60Quanto ao objeto

60Da maneira que so formados

61Interpretao dos contratos. CC. Art. 85 e 1.090

61Formao dos contratos

61Generalidades

61Formao do contrato

61Proposta - CC. Art. 1.080

62A proposta deixa de ser obrigatria - CC. Art. 1.081

62Aceitao

63Requisitos da aceitao

63Aceitao fora do prazo - CC. Art. 1.083

63Aceitao tcita - CC. Art. 1.084

63Efeitos da aceitao

64Exceo

64Lugar do contrato - CC. Art. 1.087

64Direito de arrependimento - CC. Art. 1.088

64Proibio de pacto sucessrio - CC. Art. 1.089.

64Impossibilidade da prestao - CC. Art. 1.091.

65CONTRATOS BILATERAIS

65Generalidades

65Conseqncias da reciprocidade de prestaes - CC. Art. 1.092

65Quanto ao inadimplemento

65Exceptio nom adimpleti contractus

66Garantia de execuo de prestao a prazo

66CONDIES RESOLUTIVAS DA OBRIGAO

66Efeitos das condies resolutivas - CC. Art. 1.092 e 119

66DISTRATO - CC. Art. 1.093

66QUITAO - CC. Art. 940

66ARRAS

66Conceituao

67Natureza jurdica das arras

67ESTIPULAO EM FAVOR DE TERCEIROS

67Conceituao

68Exigncia do adimplemento da obrigao - CC. ART. 1.098.

68Exonerao do devedor - CC. Art. 1.099

68Direito de substituir o terceiro - CC. Art. 1.100

68VCIOS REDIBITRIOS

68Generalidades - CC. Art. 1.101

68Distino entre vcio redibitrio e o inadimplemento contratual.:

68Ignorncia do vcio - CC. Art. 1.102.

69M-f do alienante - CC. Art. 1.103

69Boa-f do alienante - CC. Art. 1.103

69Requisitos do vcio redibitrio

69Perecimento da coisa - CC. Art. 1.104.

69Direito do adquirente - CC. Art. 1.105

69Aes para defesa contra o vcios redibitrios

69Hasta pblica - CC. Art. 1.106

69EVICO

69Conceituao

70Condies da evico

70Excluso da evico

70Efeito da clusula de non praestanda evictione

70Diminuio e reforo

70Direitos do evicto - CC. ART. 1.109

70Deteriorao da coisa - CC. Art. 1.110

71Vantagens da deteriorao da coisa - CC. Art. 1.111.

71Direito as benfeitorias necessrias ou teis - CC. Art. 1.112.

71Valor das benfeitorias - CC. Art. 1.113.

71Evico parcial - CC. Art. 1.114.

71Avaliao no preo correspondente ao desfalque sofrido - CC. Art. 1.115.

71Denunciao da lide - CC. Art. 1.116.

71Perda do direito de demandar pela evico - CC. Art. 1.117.

71CONTRATOS ALEATRIOS

71Generalidades

72Tipos de contrato aleatrio - CC. Art. 1.118

72Vendas de coisas existentes e expostas a riscos - CC. Art. 1.120

72Invalidao do contrato relativo a coisa existente exposta a risco - CC. Art. 1.121.

72CONTRATO DE COMPRA E VENDA

72Conceituao - CC. Art. 1.122.

73Natureza jurdica

73Elementos da compra e venda

74Conseqncias derivadas da compra e venda

75Limitao compra e venda decorrentes de falta de legitimao de uma das partes

75Compra por pessoa encarregada de zelar pelos interesses do vendedor - CC. ART. 1.133

75Excees - CC. Art. 1.134

75Venda por condomnio de coisa indivisvel - CC.Art. 1.139.

75Venda por amostra - CC. Art. 1.135.

76Venda ad mensuram e ad corpus. - CC. Art. 1.136

76Certido negativa bens imveis - CC. Art. 1.137.

76Vcio redibitrio de coisas conjuntas - CC. Art. 1.138

76Garantias do vendedor

76Clusulas especiais de compra e venda

76A- Retrovenda - CC. Art. 1.140.

77B- venda a contento - CC. Art. 1.144

77C- preempo ou preferncia - CC. Art. 1.149.

78D- pacto de melhor comprador - CC. Art. 1.158

79E- pacto comissrio - CC. Art. 1.163.

79TROCA

79LOCAO

79Conceituao

79Tipos de locao

79Caractersticas

79Elementos do contrato de locao

80Locao de coisas

80Conceituao - CC. Art. 1.188

81Da locao de prdios urbanos e rsticos

84Locao de servios

86CONTRATO DE CONSTITUIO DE RENDA

86Conceituao

86Modos constitutivos - cc. art. 1.424

86Temporariedade, renda e capital

87DO IMVEL OCUPADO PELO EMPREGADO

87DA FIANA

88Conceituao - CC. Art. 1.481

88Subfiana - CC. Art. 1.482

88Requisito formal da fiana - CC. Art. 1.483

88Efeitos da fiana

89Extino da fiana

89DEPSITO

89Conceituao - CC. Art. 1.265.

89Dever de guardar , conservar e restituir a coisa depositada

90Pluralidade de depositantes - CC. Art. 1.274

91Proibio do uso da coisa - CC. Art. 1.275

91Incapacidade superveniente do depositrio - CC. Art. 1.276

91Responsabilidade pelos riscos da coisa - CC. Art. 1.277

91Pagamento das despesas do depositrio - CC. Art. 1.278

91Direito de reteno - CC. Art. 1.279

91Depsito irregular - CC. Art. 1.280.

91Espcies de depsito

92Depsito do hospedeiro - CC. Art. 1.284.

92Excluso da responsabilidade do hospedeiro - CC. Art. 1.285.

92Onerosidade do depsito necessrio - CC. Art. 1.286

92Obrigao do depositante

92Extino do depsito

92Depositrio infiel - CC. ART. 1.287 C/C CF ART. 5,LXVII

92DO CONTRATO DE SEGURO

93Conceituao - CC. Art. 1.432.

93Aplice - CC. Art. 1.434

93Tipos de aplice - CC. Art. 1.447

93Nulidades do seguro

93Seguro de vida - CC. Art. 1.440.

94Obrigaes do segurado

94Obrigaes do segurador

95Seguro mtuo

95Seguro de vida

96CONTRATO DE SOCIEDADE

96Conceituao - CC. Art. 1.363.

96Forma da sociedade - CC. ART. 1364

96Prova do contrato - CC. Art. 1.366.

96Tipos de sociedade: - CC. Art. 1.367.

97Prazo da sociedade - CC. Art. 1.374.

97Direito e obrigaes recprocas dos scios

98Scio administrador - CC. Art. 1.382

98Poder e revogao do poder de administrao - CC. Art. 1.383.

98Administrao conjunta - CC. Art. 1.385

98Administrao por mandato tcito - CC. Art. 1.386.

99Insolvncia de devedor da sociedade - CC. Art. 1.389.

99Responsabilidade pelos riscos da quota social - CC. Art. 1.390.

99Obrigaes da sociedade e dos scios para com terceiros

100Dissoluo da sociedade

101PARCERIA RURAL

101Definio

101Parceria agrcola

102Parceria pecuria

103EMPREITADA.

103Conceituao

103Natureza jurdica:

103Espcies de empreitada - CC. Art. 1.237.

104Obrigaes das partes

105Preo da empreitada - CC. Art. 1.246

105DOAO

105ConceituaO - CC. Art. 1.165

105Caractersticas da doao

106Doao a nascituro - CC. Art. 1.169

106Doao a incapazes - CC. Art. 1.170

106Forma da doao - CC. Art. 1.168.

106Espcies de doao - CC. Art. 1.167.

107Restrio liberdade de doar

107Doao conjuntiva - CC. Art. 1.178

107O doador e os juros moratrios e a evico - CC. Art. 1.179.

107Obrigatoriedade dos encargos doao modal - cc. art. 1.180.

107Revogao da doao - CC. Art. 1.181.

108EDIO

109Conceito

109Direitos do autor

109Deveres do autor

109Direitos do editor

109Obrigaes do editor

110Extino do contrato de edio

110EMPRSTIMO

110Conceituao

110Espcies de emprstimo

110COMODATO

110Conceituao - CC. Art. 1.248.

110Capacidade para o comodato - CC. Art. 1.249

110Temporariedade - CC. Art. 1.250.

110Obrigaes do comodante

111Obrigaes do comodatrio

111Solidariedade no comodato - CC. Art. 1.255

111Extino do comodato

111MTUO

111Conceituao - CC. Art. 1.256

111Caractersticas do mtuo

112GESTO DE NEGCIOS

112Conceituao - CC. Art. 1.331

113Diferena entre mandato e gesto de negcios

113Obrigaes do gestor

114Ratificao da gesto - CC. Art. 1.343

115Recusa da ratificao - CC. Art. 1.344.

115JOGO E APOSTA

115Conceitos

115Inexigibilidade das dvidas de jogo ou aposta - CC. Art. 1.477.

115REPRESENTAO DRAMTICA

116Direitos do autor

116Deveres do autor

116Direitos do empresrio

116Obrigao do empresrio

116MANDATO

116Conceituao - CC. Art. 1.288

117Instrumento do mandato

117Responsabilidade do substabelecido

117Forma do mandato - CC. Art. 1.290.

118Aceitao do mandatrio - CC. Art. 1.292.

118Mandato geral e especial - CC. Art. 1.294

118Poderes do mandato

118Ratificao dos atos - CC. Art. 1.296.

119Obrigao do mandatrio - CC. Art. 1.300

119Mandato sucessivo, conjunto, solidrio e fracionrio CC. Art. 1.304

120Exibio da procurao - CC. Art. 1.305

120Ao de terceiro ciente dos poderes do mandatrio - CC. ART. 1.306

120Realizao do negcio em nome do mandatrio - CC. Art. 1.307.

120Sobrevivncia do mandato a sua causa extintiva - CC. Art. 1.308.

120Obrigao do mandante

121Extino do mandato

122Revogao expressa ou tcita CC. Art. 1.319

122Mandato judicial - CC. Art. 1.324 37 e 38 c/c CPC. Art. 254.

123DIREITO DAS COISAS

123Generalidades

123Caractersticas do direito real

124Classificao dos direitos reais

124POSSE

124Conceito

124Distino de posse e propriedade

124Efeitos da posse

124Teorias que explicam a posse

125Natureza e objeto da posse

125Elementos constitutivos da posse

125Espcies e classificaes da posse

125Introdu

125Classificaes

127Princpio geral sobre o carter da posse

127Modos aquisitivos da posse

127Classificao dos modos de aquisio da posse

129Quem pode adquirir a posse - CC. Art. 494

129Perda da posse

130Efeitos da posse

133PROPRIEDADE

134Natureza do direito de propriedade

135Domnio pleno ou ilimitado

136Aquisio da propriedade imvel

136Modos de aquisio CC Art. 530:

139Perda da propriedade imvel

140Formas de aquisio e perda da propriedade mvel

141CONDOMNIO

141Conceito

142Classificao

142CLASSIFICAO QUANTO SUA ORIGEM:

143RESTRIES AO DIREITO DE PROPRIEDADE

143DIREITO DE VIZINHANA

143Uso nocivo da propriedade

144Cauo de dano infecto - CC. Art. 555.

144rvores limtrofes - CC. Art. 556.

145Passagem forada - CC. Art. 599.

145Das guas - CC. Art. 563 a 568

146Dos limites entre prdios

146Direito de construir

146Ao de nunciao de obra nova

147Direito de tapagem

147PROPRIEDADE RESOLVEL.

147PROPRIEDADE LITERRIA, CIENTFICA E ARTSTICA

148DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS

148Generalidades

148Espcies - CC. ART 1225.

148ENFITEUSE

148Observaes:

148Conceito

148Natureza

149Objeto

149Constituio

149Extino

150SERVIDES PREDIAIS

150Conceito

150Finalidade

150Princpios fundamentais

150Natureza jurdica

151Classificaes das servides

151Modos de constituio CC. art. 1378 e 1379

151Do exerccio das servides

152Proteo jurdica

152Extino

153USUFRUTO

153Conceito

153Caracteres jurdicos

154Fins

154Distino de usufruto e fideicomisso, efiteuse e locao

154Objeto

154Modos constitutivos

155Espcies de usufruto

156Direitos do usufruturio

156Obrigaes do usufruturio

157Direitos do nu proprietrio

157Deveres do nu proprietrio

158Da destruio do objeto do usufruto e do seguro.

158Extino

158USO

158Conceito

159Caractersticas

159Objeto

159Modos de constituio

159Direitos do usurio

159Deveres do usurio

159Extino

159HABITAO

160Direitos do habitador

160Obrigaes do habitador

160DIREITOS REAIS DE GARANTIA

160Generalidades

160Conceito

161Natureza jurdica

161Requisitos

162Efeitos

163Vencimento

163PENHOR

163Conceito - CC. Art. 768

163Caractersticas

164Modos de constituio

164Penhor legal

164Generalidades

164Natureza do instituto

164Diversas formas de penhor

165Da cauo de ttulos de crdito

165Generalidades

165Requisitos

166Conceito

166Desvantagens da anticrese

166Caracteres jurdicos

166Modos de constituio

166Efeitos da anticrese

167Extino

167Conceito

167Diferenas entre hipoteca e penhor

167Espcies de hipoteca

167Caracteres jurdicos

167Princpios

167Pluralidade de hipotecas - CC. Art. 812.

168Efeitos da hipoteca:

169Remio hipotecria

169Extino da hipoteca - CC. Art. 849

169ALIENAO FIDUCIRIA EM GARANTIA

169Conceito

169Caractersticas

169Execuo do contrato

169Extino da propriedade fiduciria

169RENDA CONSTITUDA SOBRE IMVEL.

170Conceito

170Caracterstica

170Contedo

170Modos constitutivos

170Extino

OBRIGAES

Conceitos e elementos

A obrigao a relao jurdica , de carter transitrio, estabelecida entre devedor e credor e cujo objeto consiste numa prestao pessoal econmica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento, o patrimnio do devedor (Washington Monteiro de Barros).

OBRIGAO: vnculo de direito pelo qual algum - sujeito passivo - se prope a dar, fazer, no fazer qualquer coisa - objeto - em favor de outrem - sujeito ativo.

Essa definio contm os elementos fundamentais das obrigaes.

Elementos constitutivos das obrigaes

1- VNCULO JURDICO : sujeita o devedor realizao de um ato positivo ou negativo no interesse do credor. jurdico pois, acompanhado de sano. Teorias:

Monista: obrigao uma s relao jurdica vinculando credor e devedor, cujo objeto a prestao;

Dualista: a relao obrigacional contm dois vnculos: um atinente ao deve do sujeito passivo de satisfazer a prestao em benefcio do credor (debitum) e outro relativo a autorizao dada pela lei ao credor que no for satisfeito, de acionar o devedor , alcanando seu patrimnio (obligatio). Essa teoria valoriza o obligatio esquecendo que o adimplemento da obrigao regra , e seu descumprimento exceo.

Ecltica: os dois elementos debitum e obligatio so essenciais.

2- PESSOAL - PARTES NA RELAO OBRIGACIONAL : duas partes determinadas ou determinveis, um sujeito ativo - credor - e um sujeito passivo - devedor . Importante a presena dos dois sujeitos na relao obrigacional.

Sujeito ativo - credor - tem a expectativa de obter do devedor o desempenho da obrigao. Pode ser nico ou coletivo.No precisa ser individuado ou determinado; basta que seja determinvel, identificando-se no momento do adimplemento da obrigao.

Sujeito passivo: cumpre-se o dever de colaborar com o credor fornecendo a prestao devida; limita-se o devedor a dar, fazer ou no fazer alguma coisa, que adveio de sua vontade, ato ilcito ou imposio legal. Est o devedor vinculado legalmente, na hiptese de inadimplemento pode o credor recolher judicialmente.Pode ser nico ou plural

3 MATERIAL - PRESTAO: ato humano positivo ou negativo: dar, fazer ou no fazer alguma coisa. Para que a prestao seja cumprida pelo devedor preciso que ela seja:

Lcita: conforme o direito, a moral bons costumes e ordem pblica, sob pena de nulidade da relao obrigacional (CC. Arts. 104 e 166 II);

Possvel: fsica e juridicamente, ou seja, no deve contrariar as leis da natureza e no ser proibida por lei.

Determinada ou determinvel: sob pena de no haver obrigao vlida.

Patrimonial: suscetvel de apreciao econmica;

Distino entre direitos reais e pessoais

EM RELAOPESSOAISREAIS

Aos sujeitosH dualidades de sujeitos ativo e passivo vitais para existncia da relao obrigacional;H um s sujeito relao homem coisa contm tre elementos sujeito ativo, coisa e a inflexo imediata do sujeito ativo sobre a coisa;

A aoAo pessoal dirigida somente contra ao sujeito passivo da relao obrigacional;Confere ao titular ao real contra quem indistintamente detiver a coisa. Erga omnes;

Ao objeto sempre uma prestao do devedor;Pode ser uma coisa corprea ou incorprea;

Ao limite ilimitado regido pela autonomia da vontade, permite criao de novas figuras contratuais independente de tipificadas na legislao; limitado, regrado expressamente pela lei numerus clausus vinculados aos tipos jurdicos criados;

Ao modo de gozar os direitosExige sempre um intermedirio (obrigado prestao); o exerccio direto pelo titular sobre a coisa, desde que sua disposio;

extinoExtingue-se pela inrcia da parte;Conserva-se at que surja uma situao contrria em proveito de outro titular;

seqelaExige-se certa prestao de determinada pessoa, no vinculando terceiros;Segue o objeto onde quer que se encontre eficcia absoluta;

Ao abandonoNo ocorre;O titular pode abandonar a coisa nos casos em que no queira arcar com o nus;

Ao usucapioNo possvel; possvel;

posse No suscetvel; suscetvel posse exteriorizao do domnio;

Ao direito de prefernciaNo ocorrePrprio do direito real

Ressalte-se que em certas situao especiais e de ordem prtica podem exigir a reunio dos direitos obrigacionais aos direitos reais, o que ocorre nas obrigaes propter rem , com nus reais e as obrigaes com eficcia real que mais adiante veremos.

Fontes das obrigaes

Fonte das obrigaes so os fatos jurdicos que do origem aos vnculos obrigacionais , em conformidade com as normas jurdicas

1 - FONTES IMEDIATAS :

LEI: pois todos os vnculos obrigacionais so relaes jurdicas;

2 - FONTES MEDIATAS :

FATO JURDICO:

VONTADE HUMANA: decorre do contrato - vontade conjugada - ou de corre de - ato unilateral da vontade - promessa de recompensa, ttulo ao portador,etc.. FATO NATURAL: ocorre sem interveno da vontade humana; ATO ILCITO: so as que se constituem atravs de uma ao ou omisso culposa ou dolosa do agente, causando dano vtima. So diretas do comportamento humano infringente de um dever legal ou social.

A LEI quando a obrigao advm diretamente da lei, independente de um comportamento humano.

Modalidade das obrigaes

1) CONSIDERADAS EM SI MESMA:

A) OBRIGAES DE MLTIPLOS OBJETOS (MODO DE EXECUO) PODEM SER :

CUMULATIVAS: vrias prestaes , todas devem ser cumpridas pelo devedor, podem ser de: dar ou fazer, ou dar e no fazer. SIMPLES: s um credor, s um devedor, um s objeto

ALTERNATIVAS: objeto mais de uma prestao , o devedor se libera se cumprir uma delas, apenas uma das prestaes constitui o seu dbito.

FACULTATIVA: a lei ou contrato permite o devedor exonerar-se do vinculo obrigacional mediante a entrega de outra prestao - a primeira era devida a segunda constitui faculdade concedida ao devedor de preferi-la para saldar seu dbito.

B) OBRIGAES QUANTO A MULTIPLICIDADE (PLURALIDADE) DE SUJEITOS:

DIVISVEL: reparte-se em obrigaes autnomas ,tantas quantas forem as partes credoras ou devedoras;

INDIVISVEL: a lei resolve;

SOLIDRIAS : em virtude da lei ou vontade das partes, obrigaes entre vrios devedores e credores, que enfeixadas passam a constituir um nico vnculo jurdico.

C) QUANTO AO FIM:

DE MEIO: devedor promete evidar esforos para alcanar o resultado, cumpre a obrigao desde que a preste diligentemente e escrupulosamente o servio prometido.

DE RESULTADO: promete um resultado, se no o cumpre inadimplente, traz problemas no campo da responsabilidade civil.

DE GARANTIA.

D) QUANTO AO TEMPO DE ADIMPLEMENTO:

MOMENTNEA OU INSTANTNEA;

EXECUO CONTINUADA OU PERIDICA.

E) OBRIGAES QUANDO A FORMA (NATUREZA) DO OBJETO (PRESTAO):

DAR;

FAZER ;

NO FAZER.

F) QUANTO A LIQUIDEZ DO OBJETO:

LQUIDAS ;

ILQUIDAS.

G) QUANTO AOS ELEMENTOS ACIDENTAIS;

PURA;

CONDICIONAL;

MODAL;

A TERMO.

H) QUANTO AO SEU VNCULO:

MORAL;

CIVIL;

NATURAL.2) RECIPROCAMENTE CONSIDERADAS:

OBRIGAO PRINCIPAL;

OBRIGAO ACESSRIA.

OBRIGAO CIVIL E EMPRESARIAL

Na primeira h um vnculo jurdico que sujeita o devedor realizao de uma prestao positiva ou negativa no interesse do credor estabelecendo um liame jurdico entre os dois.

A segunda diz respeito atividade do empresrio abrangendo no s atos de comrcio , mas tambm as atividades industriais e de crdito.

OBRIGAO MORAL

Mero dever de conscincia , cumprida apenas por questes de princpios , juridicamente uma mera liberalidade. No h como constranger o devedorno caso de inadimplemento. Amparada pela direito, aps cumprida a liberalidade torna-se irrevogvel solutio retentio de modo que aquele que cumpriu no pode reclamar restituio , alegando que no estava obrigado ao seu adimplemento.

OBRIGAO NATURAL

Tem-se o vinculum solius aequitatis, sem obligatio, ou seja, h o credor o devedor e o objeto, mas no h ao, no tem o credor como compelir o devedor ao pagamento da prestao.

Diferentemente da obrigao moral quando cumprida considera-se uma liberalidade, na obrigao natural considera-se o cumprimento da obrigao como pagamento vlido, podendo ser retida pelo credor e no repetida pelo devedor.

Assim a obrigao natural aquela em que o credor no pode exigir do devedor uma certa prestao, embora, em caso de seu adimplemento voluntrio ou espontneo, possa ret-la a ttulo de pagamento e no de liberalidade.

Caracteres:

No se trata de obrigao moral;

Acarreta inexigibilidade da prestao, da ser tambm designada como obrigao juridicamente inexigvel;

Cumprida espontaneamente por pessoa capaz, ter-se- a validade do pagamento

Irretratabilidade de seu pagamento

Seus efeitos de previso normativa;

Efeitos:

Ausncia do direito de ao do credor para exigir seu adimplemento;

Denegao do repetitio indebiti ao devedor que realizou;

No suscetvel de novao e composio;

No comporta fiana;

No se aplica o regime de vcios redibitrios;

Nosso C. Civil no menciona a obrigao natural resvalando-a quando trata da:

irrepetibilidade da prestao paga CC. Art. 882 e 883;

da dvida de jogo e aposta 814 e 815;

mtuo feito a menor sem autorizao 588 e 589.

OBRIGAO DE DAR

Conceituao

OBRIGAO DE DAR: consiste na entrega de alguma coisa, ou seja, na tradio de alguma coisa para o devedor. A prestao, na obrigao de dar, essencial constituio ou transferncia do direito real sobre a coisa.

Diviso das obrigaes de dar

As obrigaes de dar se dividem em: dar a coisa certa , dar coisa incerta, restituir.

RESTITUIR: envolve uma devoluo, como ocorre com o depositrio, comodatrio que recebida coisa alheia encontra-se adstrito a devolv-la - o credor dono da coisa, o que no ocorre na simples obrigao de dar .

DAR COISA INCERTA: no considerada em sua individualidade mas no gnero a que pertence. Deve ter dados como gnero e quantidade. No momento em que se efetua a escolha , individualiza o objeto da obrigao, a obrigao de dar a coisa incerta , transforma-se em obrigao de dar a coisa certa.

DAR COISA CERTA: estabelece um vnculo entre as partes , devedor compromete-se a entregar ou restituir objeto determinado, assim considerado em sua individualidade. Para exonera-se o devedor deve entregar o objeto determinado - ajustado no contrato - se no houver disposio em contrrio o acessrio seguir o principal da obrigao.

DE SOLVER DVIDA EM DINHEIRO: abrangendo aqui, perdas e danos e pagamento de juros.

OBRIGAES DE CONTRIBUIR: CC. Arts. 1.315 e 1.568.

Obrigao de dar coisa certa

Generalidades

Ter-se- a obrigao de dar coisa certa, quando seu objeto foi constitudo por um corpo certo e determinado, estabelecendo-se entre as partes da relao obrigacional, um vnculo em que o devedor dever entregar ao credor uma coisa individuada.

Rege-se por um princpio fundamental de que o devedor no poder ser obrigado a receber outra coisa , ainda que mais valiosa, logo o devedor , para exonerar-se da obrigao , est adstrito a entregar exatamente o objeto determinado na conveno (CC. Art. 313). Mas se o credor aceitar aliud pro alio, ou seja uma coisa por outra, Ter-se- dao em pagamento (CC. Art 356) devendo o devedor celebrar outro acordo com o credor, j queno pode mudar unilateralmente o objeto da prestao. .A obrigao de dar a coisa certa , evidentemente, abrange os acessrios dela embora no mencionados, salvo se o contrrio resultar do ttulo ou das circunstncias do caso. CC. Art. 233.Problemas referentes a obrigao de dar

Deve o devedor conservar a coisa que deva entregar ao credor, devendo ainda, defend-la de terceiros.

Deteriorao ou perda do objeto da prestao, acarreta dois efeitos ou sobrevive ou se desfaz a relao obrigacional. Deve-se, ainda, observar-se se a deteriorao ou perecimento, foi pr culpa ou no do devedor, em regra geral, na ocorrncia de culpa h responsabilidade civil do culposo.

Tradio o elemento que transfere o domnio, no o contrato o causador dessa transferncia, mas sim a tradio.

A tradio se d, diferentemente, conforme seu objeto:

BEM IMVEL: tradio se opera, quando da transcrio no registro de imveis;

BEM MVEL: basta a tradio, trocar de mos.

Perecimento, perda ou deteriorao da coisa, antes da tradio com ou sem culpa do devedor - CC. art. 234

A - PERECIMENTO OU PERDA DA COISA SEM CULPA DO DEVEDOR:

A OBRIGAO SE DESFAZ sendo que o vendedor (devedor) devolve o preo ao comprador (credor), se j o tiver recebido, o vendedor sofre com o perecimento da coisa.CC.Art. 234, 1a. parte.

B - PERECIMENTO OU PERDA DA COISA PR CULPA DO DEVEDOR:

Responder o devedor pelo equivalente, ou seja pelo valor que a coisa tinha no instante de seu perecimento, devendo ademais compor perdas e danos, que compreendem o prejuzo efetivamente sofrido pelo credor (dano emergente) e o lucro que deixou de auferir (lucro cessante). Assim, Ter-se- o ressarcimento do gravame causado ao credor , uma vez que o devedor obrigado a conservar a coisa at que ela seja entregue ao credor. A obrigao original se extingue dando lugar a perdas e danos. CC.Art 234, in fine.

C - DETERIORANDO-SE A COISA SEM CULPA DO DEVEDOR:

Havendo diminuio de suas qualidades ou de seu valor econmico, caber neste caso, ao credor optar se considera extinta a relao obrigacional a obrigao se desfaz, vendedor devolve o preo ao comprador, vendedor arca com o nus - ou - o credor aceita a coisa no estado em que se encontra, abatido o valor do estrago, ou seja, o valor correspondente depreciao havida com a deteriorao, aqui a relao jurdica se altera. CC. Art. 235.D - DETERIORAO DA COISA PR CULPA DO DEVEDOR:

Credor exige o equivalente mais perdas e danos, obrigao original se extingue dando lugar a perdas e danos - ou - aceita a coisa no estado em que se encontra , reclamando a indenizao por perdas e danos, sobrevive a obrigao alterada. CC.Art. 236.

Nos casos observados podemos notar que:

a situao jurdica se resolve;

a situao jurdica se altera;

a relao jurdica substituda pr outra diferente.

Notamos, tambm, nos casos expostos que quem sofre o prejuzo, em regra, o DONO DA COISA, seja pr perda ou deteriorao - Res perit domine.

Acessrios -CC. Art. 233O obrigao de dar a coisa certa abrange-lhe os acessrios devido o princpio o acessrio segue o principal salvo as circunstncias do caso concreto ou diferentemente constar do ttulo.

Compreendem-se os acessrios , as pertenas, as partes integrantes, os frutos, produtos, rendimentos e benfeitorias. CC. Art. 93.Cmodos so as vantagens produzidas pela coisa, ou seja, seus melhoramentos e acrescidos, que na obrigao de dar a coisa certa, pertencem ao devedor, que poder por eles exigir aumento no preo ou a resoluo da obrigao se o credor no concordar. (CC. Art. 237)

No que atina aos frutos da coisa certa, os percebidos at a tradio sero do devedor, e os pendentes ao tempo da tradio do credor. ( CC. Art. 237 pargrafo nico)

O domnio s se transfere com a tradio, antes a coisa pertence ao devedor, todos os melhoramentos da coisa principal, lhe seguem, incorpora-se ; o titular da propriedade pode, por esse motivo, exigir aumento no preo. Se o dono na deteriorao ou perda, antes da tradio, arca com o nus desta deteriorao ou perda, deve-se beneficiar com o melhoramento da coisa.

Execuo de dar a coisa certa

Credor pode exigir a coisa do devedor , se ele se recusa, deve ser resolvida em perdas e danos.

Deve sempre que possvel ser entregue a coisa , quando impossvel a execuo especfica ou dela resultar constrangimento fsico pessoa do devedor, deve-se resolver em perdas e danos.

Obrigao de restituir a coisa certa

Generalidades

No tem por escopo, a obrigao de restituir, a transferncia da propriedade, destinado-se apenas a proporcionar, temporariamente, o uso a fruio ou posse direta da coisa. Incidem nesta obrigao o locatrio, o muturio o depositrio, o comodatrio, o mandatrio, pois, findo o contrato, devero devolver a coisa ao credor, que seu proprietrio, sob pena de cometerem ESBULHO, competindo ao titular da posse, em caso de no-devoluo, do bem, a AO DE REINTEGRAO DE POSSE e pela lei do inquilinato pode o proprietrio valer-se do DESPEJO..

Perda, perecimento ou deteriorao do objeto

A) PERECIMENTO DA COISA A SER RESTITUDA SEM CULPA DO DEVEDOR - CC. Art. 238

Havendo perda da coisa, a ser restituda, sem culpa do devedor , o credor por ser seu proprietrio, arcar com todos os prejuzos - res perit creditor , extinguindo-se a obrigao, sem que tenha direito a qualquer ressarcimento, embora possa fazer valer os j adquiridos at o dia da perda do bem, ex.: se tratava-se de coisa alugada, Ter direito ao pagamento do aluguel vencido at o dia do sinistro, pois a resoluo no se operar com efeito retroativo.

B) PERECIMENTO DA COISA A SER RESTITUDA POR CULPA DO DEVEDOR CC. Art. 239, 583 e 1955).

Se na obrigao de restituir se tiver a perda do bem em razo de ato culposo do devedor, este dever responder pelo equivalente em dinheiro, acrescido das perdas e danos. Ante o dever de conservar a coisa que est , temporariamente, em seu poder, o devedor dever responder pelos prejuzos que culposamente vier a causar ao seu credor pela perda da coisa a ser restituda.

C) DETERIORAO DA COISA A SER RESTITUDA SEM CULPA E COM CULPA DO DEVEDOR - CC. Art. 240

SEM CULPA: Se o bem restituvel deteriorar-se sem culpa do devedor o credor dever receb-la no estado em que se encontra - res perit creditori sem poder pleitear qualquer indenizao pois sem culpa no haver o que responder , uma vez que a fora maior e o caso fortuito, constituem excludentes de responsabilidade.

COM CULPA: Deteriorando o bem restituvel por culpa do devedor, o credor poder exigir o equivalente em dinheiro, podendo, se quiser, optar pelo recebimento do bem no estado em que se achar, acrescido das perdas e danos.

Melhoramentos e benfeitorias feitas na coisa restituvel

A) POR ACESSO NATURAL - CC. Art. 241:

Se o bem restituvel se valorizar em razo de melhoramentos e acrscimos que se derem sem despesas ou trabalho do devedor, lucrar o credor com o fato SEM PAGAR QUALQUER INDENIZAO, pelo simples fato de ser proprietrio da coisa.

B) EM RAZO DE DISPNDIO OU TRABALHO DO DEVEDOR - CC. Art. 242.

Se o bem restituvel teve melhoramentos em razo de dispndio ou trabalho do devedor, o credor dever pag-los ao devedor, exceto se for ele comodatrio.

DEVEDOR DE BOA-F: ter direito aos frutos percebidos e indenizao pelas benfeitorias teis e necessrias, podendo, sem detrimento da coisa, levantar as volupturias e, se no for indenizado, exercer ainda o direito de reteno., para ser reembolsado do valor dos melhoramentos teis e necessrios que fez.

DEVEDOR DE M-F: somente ter direito indenizao das necessrias, sem ter o direito de ret-las e de levantar as volupturias, devendo, ainda, responder pelos frutos percebidos e pelos que, culposamente deixou de perceber, tendo, porm, direito s despesas de produo e custeio.

Obrigao de dar a coisa incerta

Generalidades

A obrigao de dar a coisa incerta consiste na relao obrigacional em que o objeto, indicado de forma genrica no incio da relao, vem a ser determinado mediante um ato de escolha, por ocasio de seu adimplemento.

O objeto referido em gnero e quantidade (CC. Art. 243), sem que nenhuma individualizao seja feita. No se pode cogitar os riscos derivados de seu perecimento ou deteriorao.

Para o cumprimento, a coisa indeterminada deve tornar-se determinada, individualizada; essa individualizao se faz atravs da - ESCOLHA - o ato de seleo das coisas constantes do gnero.

No momento desta escolha que se aperfeioa a obrigao , transformando-se em obrigao de dar coisa incerta em obrigao de dar coisa certa (CC. Art. 245).

Competncia para escolha e seleo da coisa - CC. Art. 244.Para que a obrigao de dar a coisa incerta seja suscetvel de cumprimento, ser preciso que a coisa seja determinada por meio de um ato de escolha ou concentrao, que a sua individuao manifestada no instante de cumprimento de tal obrigao, mediante atos apropriados, como a separao (pesagem, medio e a contagem) e a expedio.

partes estipulam a quem compete a escolha, que poder inclusive ser delegada a terceiro (CC. Art.485), no seu silncio, pertence ao devedor o direito de escolha.

lei limita a liberdade de seleo do devedor, no poder prestar coisa pior que o credor escolheria, nem ser obrigado a prestar a melhor. MDIA.

se o contrato conferir ao credor a seleo este ser citado para entrega-lo individualizado (CC. Art. 342 c/c CPC Art. 629), no poder o credor praticar abusivamente o seu direito, os contratos devem ser interpretados em boa-f, atendendo mais a sua inteno que ao sentido literal das palavras.

Efeitos da concentrao - CC. Art. 245 e 246.Aps escolha pelo devedor, ou pelo credor, a obrigao de dar coisa incerta passar a ser de dar a coisa certa. conseqentemente , o credor poder exigir o bem escolhido , no podendo entregar, o devedor , outro, ainda que mais valioso.

Antes da concentrao, sendo a obrigao de dar a coisa incerta, a coisa permanece indeterminada. Logo se houver perda ou deteriorao da coisa, no poder o devedor falar em culpa, em fora maior ou em caso fortuito.

Isto assim porque genus nunquam perit, ou seja, se algum vier a prometer 50 sacos de laranja, ainda que se percam em sua fazenda todas as existentes, nem por isso eximir-se- da obrigao, uma vez que poder obter laranjas em outro local.

OBRIGAO DE FAZER OU NO FAZER

Obrigao de fazer

Generalidades

OBRIGAO DE FAZER: devedor vincula-se um comportamento, determinado consistindo em praticar um ato ou realizar uma tarefa, que gera vantagem para o credor. Envolve uma atividade humana.

Dentro da idia de fazer encontra-se a de dar, s que de dar a prestao de fato e no de coisa.

Obrigao de fazer a que vincula o devedor prestao de um servio ou ato positivo, material ou imaterial, seu ou de terceiro, em benefcio do credor ou de terceira pessoa. Ex.: a de construir um edifcio, a de escrever um poema, etc..

O inadimplemento da obrigao de fazer conduz, via de regra, ao ressarcimento das perdas e danos, j que no h como penhorar, arrestar ou apreender o objeto da obrigao de fazer, exceto quando se tratar de declarao de vontade, que pode ser suprimida judicialmente.

Diferenas entre a obrigao de dar e fazer

QUANTO :DARFAZER

prestao da obrigaoEntrega de um objetoRealizao de um ato ou confeco de uma coisa

tradioImprescindvel No ocorre

Ao devedorFica num plano secundrio, prestao pode ser praticada por terceiros.

Erro sobre a pessoa do devedor no acarreta anulabilidade.Personalssima, a pessoa do devedor tem uma significncia especial

possvel a anulao da obrigao por erro sobre a pessoa do devedor.

execuoCompleta-se com a entrega da coisaNo comporta a execuo por entrega da coisa - inadimplemento resolve-se por perdas e danos

astreinte No possvel ser usadaSomente aqui cabvel, j que a astreinte a multa destinada a forar indiretamente o devedor a fazer o que deve e no repara o dano decorrente do inadimplemento

Espcies de obrigaes de fazer

DE FAZER INFUNGVEIS - PESSOA DO DEVEDOR PREOCUPAO ESSENCIAL DO CREDOR - CC. Art. 247: Obrigao de fazer infungvel consiste seu objeto num facere que s poder ante a natureza da prestao ou por disposio contratual, ser executado pelo prprio devedor, sendo, portanto, intuitu personae , uma vez que se levam em conta as qualidades pessoais do obrigado. O credor poder exigir que a prestao avenada seja fornecida pelo prprio devedor, devido sua habilidade tcnica, cultura, reputao, etc.. NO estando obrigado a aceitar substituto. So os negcios que elaboram-se intuitu personae, pois o credor visa a prestao avenada, se for fornecida por aquele devedor, cujas qualidades pessoais ele tem em vista. Por vezes no se funda em qualidades pessoais e objetiva do devedor, mas em condies particulares a critrio do credor. Para que seja considerada infungvel , requer-se meno expressa , embora, em certos casos, em que no haja expressa meno, pode-se a infungibilidade ser reconhecida, dada as circunstncias e acontecimentos do negcio.

DE FAZER FUNGVEIS: o que importa no a pessoa do devedor, mas a tarefa a ser cumprida. Pode ser cumprida por terceiros, caso em que o credor ser livre mandar executar custa do devedor , havendo recusa ou mora deste, sem prejuzo da cabvel indenizao por perdas e danos.(CC. Art 249 c/c CPC. Art. 632 a 641).

Conseqncias do descumprimento das obrigaes

A - IMPOSSIBILIDADE - CC. Art. 248

A prestao torna-se impossvel, irrealizvel.

POR CULPA DO DEVEDOR: responder este por perdas e danos, deve compor o prejuzo; .(CC. Art. 248 2a parte e 389)

SEM CULPA DO DEVEDOR: pela ocorrncia de fora maior ou caso fortuito, a obrigao se resolve, voltam as partes ao status quo ante, havendo devoluo do que, porventura , tenham recebido, prevalecendo assim o princpio de que ad impossibilia nemo tenetur, ou seja, ningum obrigado a efetivar coisas impossveis.(CC. Art. 248 1a parte)

B INADIMPLEMENTO VOLUNTRIO

O devedor voluntariamente no cumpre a obrigao por no lhe convir, descumprimento do dever.

SE INFUNGVEL: por ser intuitu personae, no pode em regra, o credor exigir a execuo direta da obrigao, ante o princpio de que nemo potest precise cogi ad factum, ou que ningum pode ser coagido a praticar ato a que se obrigara; sem o agravo da liberdade do devedor, o credor reverte a reparao do prejuzo experimentado em perdas e danos. CC. Art. 247 SE FUNGVEL: tem alternativa o credor, de um lado as perdas e danos, j referidas, e de outro lado possibilita mandar executar a prestao por terceiro custa do faltoso, devendo, nesse caso , recorrer a via judicial para comprovao da recusa do devedor e se alcana a aprovao da substituio pretendida .CC. Art. 249

C - DE PRESTAR DECLARAO DE VONTADE:

se o devedor no imite a declarao prometida (avenada), ela pode ser suprida judicialmente. A sentena transitada em julgado produzir o efeito da declarao no emitida.

Obrigao de no fazer (ad non faciendum)

Generalidades

OBRIGAO DE NO FAZER: aquela em que o devedor assume o compromisso de se abster de um fato que poderia praticar , no fosse o vnculo que o prende - obrigao negativa. Ser sempre lcita, desde que no envolva sensvel restrio liberdade individual.

Obrigao negativa, devedor conserva-se numa situao omissiva, pois a prestao negativa a que se comprometeu consiste numa absteno ou num ato de tolerncia.

Inadimplemento das obrigaes de no fazer

Ocorre quando o devedor comete o ato que deveria abster-se.

A IMPOSSVEL - CC. Art. 250.:

Se tornou-se impossvel sem culpa do devedor a obrigao se extingue;

Se a obrigao de no fazer se impossibilitar , sem culpa do devedor, que no poder abster-se do ato, em razo de fora maior ou caso fortuito, resolver-se- exonerando-se o devedor.

B - INADIMPLEMENTO - CC. Art. 251:

Cabe ao credor duas alternativas:

A- pode exigir o desfazimento do ato, sob pena de desfazer sua custa, ressarcindo o culpado em perdas e danos;

B- regra geral - perdas e danos.

OBRIGAES LQUIDA E ILQUIDAS

Generalidades

LQUIDA: a obrigao certa quanto sua existncia e determinada quanto a seu objeto. Especificada de modo preciso, numericamente e/ou em cifras a qualidade, a quantidade e a natureza do objeto devido

ILQUIDA: depende de prvia apurao visto ser incerto o montante da prestao. Toda a obrigao ilquida tende a converter-se e, lquida, tal converso obtm-se, em regra, no juzo pelo processo de liquidao, quando a sentena no fixar o valor da condenao ou no lhe individualizar o objeto. Pode resultar, tambm, a liquidao da transao.

Diferena entre ilquida e de dar a coisa incerta

Esta nasce a incerteza com a prpria obrigao, mas determinvel; j aquela no originaria, no a escolha.

Efeitos da obrigao ilquida

MORA: No pode haver j que ilquida, salvo se a iliquidao oriunda do devedor; a mora s fixada aps processo de liquidao.

JUROS: contam-se desde a citao;

NO COMPORTA: compensao (CC.art.369); consignao em pagamento e concesso de arresto (CPC. Art. 814, I)

SUSCETVEL DE FIANA: fiador s poder ser demandado depois de tornada lquida a prestao do devedor. (CC. Art. 821)

OBRIGAES SIMPLES

aquela cuja a prestao recai somente sobre uma coisa (certa ou incerta) ou sobre um ato (fazer ou no fazer). Produz um nico efeito libera-se o devedor quando cumpri a obrigao.

OBRIGAO CUMULATIVA OU CONJUNTIVA

Relao obrigacional mltipla por conter duas ou mais prestaes de dar, fazer ou no fazer, decorrentes da mesma causa ou do mesmo ttulo, que devero realizar-se totalmente, pois o inadimplemento de uma envolve o seu descumprimento total a oferta de uma delas origina um inadimplemento parcial o credor no est obrigado a receber uma sem a outra. (CC. Art. 314).

Consiste, assim num vnculo em que o devedor se compromete a realizar diversas prestaes, de tal modo que s se considerar cumprida a obrigao quando todas prestaes forem satisfeitas, sem excluso de uma s.

OBRIGAES ALTERNATIVAS (DISJUNTIVAS)

Generalidades

OBRIGAES ALTERNATIVAS: Obrigaes que embora mltiplo seu objeto o devedor se exonera satisfazendo uma das prestaes dentre as vrias. (nas cumulativas devem ser prestadas todas as prestaes.).

a contm duas ou mais prestaes, com objetos distintos, da qual o devedor se libera com o cumprimento de uma s delas, mediante escolha sua ou do credor.

Chega um momento em que deve ser escolhido o objeto - a prestao - a ser prestada, importante observao que as prestaes so determinadas , diferente da obrigao de dar coisa incerta que refere-se todo um gnero.

Nas obrigaes alternativas, perecendo alguns dos objetos, presta-se com o objeto remanescente, nele se concentrar, se todas perecem a obrigao se extingue.

Obrigaes alternativas oferecem vantagens tanto ao devedor, que pode oferecer a mais vantajosa, bem como, ao credor assegura o melhor adimplemento do contrato.

O cerne da obrigao alternativa est na concentrao (ato da escolha) da prestao de que mltipla e indeterminada, passa a ser, ento simples e determinada.

Escolha e seus efeitos Feita a escolha, a obrigao antes complexa torne-se simples.

H liberdade de as partes poderem estipular quem ir fazer a escolha, na sua omisso, ser feita pelo devedor a eleio da prestao devida - supletivamente a promessa do contrato (CC. Art. 252).

Quando a escolha cabe ao devedor , no pode forar o credor receber parte em uma, partem outra prestao.

Se tratar-se de prestaes peridicas ou reiteradas, a escolha efetuada em determinado tempo no privar o titular do seu direito da possibilidade de optar por prestao diversa no perodo seguinte. A lei reconhece o jus variandi, apenas para o devedor, logo se a escolha couber ao credor, ele no poder valer-se do jus variandi. Ex.: o devedor obriga-se a pagar anualmente ao credor, dez valiosas obras de arte ou dois milhes de reais, a cada ano que passa poder optar ora pela entrega das obras de arte, ora pelo pagamento da quantia, pois a escolha que fez num ano no obriga a mant-la no ano seguinte. (CC.Art. 252 2o.).Hipteses legais em que o direito de escolha muda de mos

1- se cabe ao devedor e este no solve a obrigao o credor poder obter sentena judicial alternativa, e intimar devedor para cumprir UMA das prestaes , se o executado no oferecer uma das prestaes , devolve-se ao exeqente o direito de escolha. - CPC. Art. 571.2- conferido o direito de escolha ao credor e este no o exercer, o devedor o citar para tal fim sob pena de perder sua prerrogativa e ser depositada a coisa que o devedor escolher. CC. ART. 342 c/c o art. 849 do CPC.

Nada impede que a escolha seja feita por terceiros, que nesse caso nada mais que mandatrio das partes, sendo sua opo equivalente a do credor ou do devedor. Caso o terceiro no escolhe, e no haja acordo das partes o rgo judicante far a escolha. (CC. Art .252 4o.)

Nada obsta a escolha da prestao por sorteio, para solucionar controvrsias.

O direito de escolha, seja do credor ou do devedor, transmite-se aos herdeiros de cada um.

Havendo pluralidade de optantes ( vrios credores ou devedores), e na falta de acordo unnime entre eles, O Juiz decidir, findo o prazo dado para deliberao. (CC. Art. 252 3o.).Impossibilidade de inexequibilidade de uma das prestaes

A impossibilidade de uma das prestaes podem ser fsicas ou jurdicas no h escolha a fazer. A obrigao subsistir quanto a remanescente.

A) SE A ESCOLHA COMPETE AO DEVEDOR:

devedor oferece uma das prestaes para extinguir a obrigao - se uma das prestaes se torna impossvel, remanescendo a outra, ainda que por culpa deste, extingue-se a obrigao com a entrega da remanescente. (CC. ART. 253)

B) SE A ESCOLHA COMPETE AO CREDOR CULPA DO DEVEDOR - CC. Art. 255, 1a. parte:

uma das prestaes torna-se impossvel por culpa do devedor, poder o credor exigir a prestao remanescente ou o valor de outra acrescida de perdas e danos, porque lhe cabia optar por uma das prestaes.

Impossibilidade de todas as prestaes

A) SEM CULPA DO DEVEDOR - CC. Art. 256.

Se todas as prestaes se tornaram impossveis em vista de caso fortuito ou fora maior obrigao se extingue pura e simplesmente.

B) CULPA DO DEVEDOR E ESCOLHA SUA - CC. Art. 254O devedor pagar o valor da que por ltimo se impossibilitou , pois nessa se concentrou a obrigao mais perdas e danos.

C) CULPA DO DEVEDOR E ESCOLHA DO CREDOR - CC. Art. 255 , 2a. parte.

Pode o credor reclamar o valor de qualquer uma delas, alm da indenizao de perdas e danos.

Observaes quanto ao inadimplemento

POR CULPA DO CREDOR

A legislao no trata dessa hiptese, tem-se entendido que se a escolha competir ao devedor e uma das prestaes se impossibilitar por culpa do credor, ficar o devedor liberado da obrigao, quando no preferir satisfazer a outra prestao exigindo que o credor indenize por pelas perda e danos.

Se perecer uma s prestao e a escolha for do credor culposo, liberar-se- o devedor , salvo se o credor preferir exigir a outra prestao ou ressarcir perdas e danos.

Se os dois objetos da prestao perecem por culpa do credor, o devedor a quem cabia a escolha ou no, poder este pleitear o equivalente de qualquer delas , mais perdas e danos e exonera-se da obrigao.

IMPOSSIBILIDADE DA PRIMEIRA PRESTAO, POR CASO FORTUITO OU FORA MAIOR E DA SEGUNDA POR CULPA DO DEVEDOR OU VICE E VERSA

Perecendo a primeira sem culpa do devedor e a outra por sua culpa aplica-se o CC. Arts. 253 e 234 2a. parte subsiste a dvida em relao a remanescente responde o devedor pela restante que se impossibilitou por culpa sua, pelo equivalente mais perdas e danos.

Se a primeira perece por sua culpa e a segunda sem culpa aplicar-se- o disposto no CC 255 2a. parte onde o credor poder a optar entre a subsistente ou o valor da outra com perdas e danos.

PERECIMENTO, PRIMEIRO DE UMA DAS PRESTAES, POR CASO FORTUITO OU FORA MAIOR E DEPOIS DA OUTRA POR CULPA DO CREDOR OU VICE E VERSA

Perdendo uma das obrigaes por motivo alheio a vontade dos interessados, a obrigao concentrar-se- na restante, e se esta vier a desaparecer por culpa do credor, exonera-se o devedor.

INEXEQIBILIDADE DE UMA DAS PRESTAES POR CULPA DO DEVEDOR E OUTRA POR CULPA DO CREDOR :

Se perece por culpa do devedor e a escolha cabe a ele concentra-se na remanescente; se por culpa do credor, este no pode pretender qualquer prestao, exonerado est o devedor.

OBRIGAO FACULTATIVA

Este tipo de obrigao no est prevista em nosso Cdigo Civil. Podemos conceitua-la como aquela, que no tendo por objeto uma s prestao, permite a lei ou contrato ao devedor substitu-la por outra, para facilitar-lhe o pagamento. A prestao in facultae solutionis no objeto da obrigao, logo o credor no pode reclama-la. Pode o devedor optar por ela , se isso for de sua vontade.

No caso de impossibilidade sem culpa do devedor, de prestar a obrigao ela se resolve, no se concentrando na prestao substitutiva. Se por culpa do devedor aplica-se por analogia o artigo 234, 2a. parte do CC, ou o cumprimento da obrigao supletria.

OBRIGAO DIVISVEL E INDIVISVEL

Generalidades

Quando a relao obrigacional se apresenta com mais de um credor, ou devedor, ou ainda, ambos, indaga-se se a prestao se divide em partes ou no.

REGRA: diviso da obrigao em tantas obrigaes independentes quantas forem as partes. CC. Art. 257

VRIOS CREDORES: cada um deles tem direito de receber uma parte da prestao;

VRIOS DEVEDORES: cada um deve pagar uma frao correspondente ao seu dbito.

EXCEO A ESSA REGRA: indivisibilidade e solidariedade,:

CREDORES: pode exigir de cada qual o pagamento integral;

DEVEDORES: paga integralmente um dos credores e liberta-se da dvida.

Indivisibilidade difere de solidariedade

NA INDIVISIBILIDADE: a prestao exigvel por inteiro de um s devedor em virtude da natureza do seu objeto, insuscetvel de repartio.

NA SOLIDARIEDADE: prestao a ser prestada exigvel por inteiro, pois advm da lei que assim o determina ou da vontade das partes que assim ajustaram

Divisibilidade ou indivisibilidade , s relevante se houver mais de um credor, mais de um devedor, caso contrrio irrelevante.

OBRIGAO DIVISVEL: aquela cuja prestao suscetvel de cumprimento parcial, sem prejuzo de sua substncia e de seu valor. CC.Art. 257.

OBRIGAO INDIVISVEL: aquela cuja prestao s pode ser cumprida por inteiro, no comportando sua ciso em vrias obrigaes parceladas distintas, pois uma vez cumprida parcialmente a prestao, o credor no obtm nenhuma utilidade ou obtm a que no representa a parte exata da que resultaria do adimplemento integral. A indivisibilidade pode ser: fsica, legal, convencional ou judicial. CC. Art. 258

Quando fracionando o objeto devido no s se alteraria sua substncia, como representa sensvel diminuio de seu valor. (CC. Art. 87 e 88).

Como vimos, ordinariamente a indivisibilidade oriunda de seu objeto (fsica), mas pode decorrer da vontade da lei, excepcionalmente da vontade das partes, ou seja, convencionam as partes que uma prestao de natureza divisvel, ser considerada para o negcio em questo indivisvel e por deciso judicial.

Efeito da indivisibilidade da prestao

Divisvel se reparte em tantas quantas obrigaes forem os credores ou devedores.

A OBRIGAO DIVISVEL COM UNICIDADE DE CREDOR E DEVEDOR .Havendo unicidade de sujeitos (um s credor e um s devedor), irrelevante ser averiguar se a prestao divisvel ou no, pois o credor no poder ser obrigado a receber nem o devedor a pagar por parte, se assim no se convencionou.

B OBRIGAO COM MULTIPLICIDADE DE DEVEDORES E CREDORES - CC. Art. 257

Havendo multiplicidade de credores ou de devedores em obrigao divisvel, haver presuno legal, juris tantum, de que a obrigao est dividida em tantas obrigaes iguais e distintas quanto forem os credores ou os devedores. Tal presuno e jris tantum j que os contraentes podem dispor que seus quinhes no sejam equivalentes.

Dessa presuno decorre o concursu partes fiunt, ou seja, havendo concurso de mais participantes numa mesma obrigao, nenhum credor poder pedir seno a sua parte, nenhum devedor est obrigado seno pela sua parte material ou intelectual conforme o caso. Havendo a insolvncia de um dos co-devedores sua quota-parte no onera as dos demais

C - OBRIGAO INDIVISVEL COM PLURALIDADE DE DEVEDORES - CC. Art. 259 Cada um ser obrigado pela dvida toda. Cada devedor s deve parte da dvida, todavia, em virtude da natureza indivisvel da prestao pode ser compelido a satisfaz-la por inteiro.

Cabe ao devedor que paga a dvida indivisvel por inteiro, ao contra os co-devedores, pois s devia parte da dvida.(CC.Art.259, pargrafo nico). Trata-se de sub-rogao legal - CC. ART. 346 III esse direito de regresso no vai alm da soma desembolsada, deduzida a parcela que lhe competia (CC. Art. 350). A ao regressiva dever ser proposta proporcionalmente s quotas de cada devedor e no a um s dos demais co-obrigados. (CC. Art 283 e 285).

O credor no pode recusar o pagamento por inteiro feito por um dos co-devedores, sob pena de ser constitudo em mora.

A prescrio aproveita a todos os devedores, mesmo que reconhecida a favor de um s deles. Sua suspenso ou interrupo prejudica a todos (CC. Arts. 201 e 204).

Nulidade quanto a um dos devedores estende-se a todos.

O defeito do ato quanto a uma das partes se propaga as demais , no permitindo que ele subsista vlido (CC. Art 171).

A insolvncia de um dos co-devedores no prejudica o credor , pois est autorizado a demandar de qualquer deles a prestao integral recebendo o dbito todo do que escolher.

D - OBRIGAO INDIVISVEL COM PLURALIDADE DE CREDORES - CC. Art. 260

Cada credor pode exigir a dvida por inteiro.

Neste caso o devedor se desobriga pagando a todos os credores conjuntamente, ou se este der cauo de retificar os demais, pois se contrrio fosse, o devedor poderia pagar a credor insolvente que no repassaria as quota partes aos demais. No havendo essa garantia real ou fidejussria , o devedor dever, aps constitu-los em mora, promover o depsito judicial da coisa devida. (CC. Art. 260 I e II).

Cada co-credor , sendo indivisvel a obrigao , ter direito de exigir em dinheiro, daquele que receber a prestao por inteiro, a parte que lhe caiba no total. CC. Art. 261

O co-credor que vier a receber o quadro X de Portinari, insuscetvel de fracionamento, dever , feita a sua avaliao, pagar aos demais co-credores, em dinheiro, a parte cabvel ao crdito de cada um, restabelecendo-se a igualdade entre eles.

CC. Art. 262 - Como se v o perdo da dvida pessoal, abrange apenas o que perdoou; logo os demais co-credores devero indenizar o devedor em dinheiro da parte que foi perdoada. A transao, a novao, a compensao e a confuso em relao a um dos credores no operam a extino do dbito para com os outros co-credores, que s podero exigir descontada a quota dele.

A anulabilidade quanto a um dos co-credores estende-se a todos (CC. Art. 177).

Perda da qualidade de indivisibilidade - CC. Art. 263Os devedores de uma prestao indivisvel convertida no seu equivalente pecunirio passaro a dever, cada um deles, a sua quota-parte, pois a obrigao torna-se divisvel ao se resolver em perdas e danos. O inadimplemento da obrigao converte-a em perdas em danos, dando lugar indenizao, em dinheiro, dos prejuzos causados ao credor. Se apenas um dos devedores foi culpado pela inadimplncia, s ele responder pelas perdas e danos, exonerando-se os demais; mas se a culpa for de todos, todos respondero por partes iguais, pro rata, cessando, assim a indivisibilidade. Aplica-se indivisibilidade o princpio cessante causa, cessat effectus.

Quanto a clusula penal se s um dos co-devedor for culpado, todos os demais incorrero na pena, entretanto ela s poder ser demandada por inteiro do culpado, visto em relao aos demais a responsabilidade dividida proporcionalmente quota parte de cada um - ficando-lhes reservada a ao regressiva contra o que deu causa aplicao da pena. (CC. Art. 414 , pargrafo nico). Mas se o objeto da pena for indivisvel , todos os coobrigados dela sero devedores integralmente.

OBRIGAES SOLIDRIAS

Generalidades

SOLIDARIEDADE: uma exceo a regra de que a obrigao se divide em tantas quantas forem os sujeitos.

Na mesma obrigao concorre mais de um credor ou mais de um devedor, cada um com direito ou obrigao a dvida toda. (CC. Art. 264).

Enfeixamento de vrias relaes jurdicas (conforme o nmero de devedores ou credores) em uma s relao jurdica

Fuso em uma s de tantas obrigaes individuais e autnomas quantos forem os devedores, aps estabelecida a relao jurdica a modificao introduzida por um no afeta os demais

Caracteres da solidariedade

Pluralidade de sujeitos- ativos ou passivos: mais de um credor, mais de um devedor ou vrios credores e devedores simultaneamente;

Multiplicidade de vnculos: distinto ou independente o que une o credor a cada um dos co-devedores solidrios e vice-versa.

Unidade de prestao: cada devedor responde pelo dbito todo e cada credor pode exigi-lo por inteiro;

Co-responsabilidade dos interessados: pagamento da prestao efetuado por um dos devedores extingue a obrigao dos demais.

Espcies de obrigao solidria

SOLIDARIEDADE ATIVA: mais de um credor;

SOLIDARIEDADE PASSIVA: mais de um devedor;

SOLIDARIEDADE RECPROCA OU MISTA: se houver pluralidade subjetiva ativa e passiva simultaneamente,.

Normas comuns a solidariedade

S se opera nas relaes externas (co-credores e devedor / co-devedores e credor), no se opera nas relaes internas (sujeitos que estejam na mesma categoria devedores e credores).

Pagamento feito por um dos sujeitos o recebido por um, extingue a relao obrigacional.

Princpios comuns a solidariedade Ser princpio comum obrigao solidria o da variabilidade do modo de ser obrigao, visto que no incompatvel com sua natureza jurdica a possibilidade de estipul-la como condicional ou a prazo para um dos co-credores ou co-devedores, e pura e simples para outro, desde que estabelecido no ttulo originrio. Isto assim porque a solidariedade diz respeito prestao e no a maneira pela qual ela devida. (CC.Art. 266) Se a condio ou termo for pactuada aps o estabelecimento da obrigao por um dos co-devedores este fato no pode agravar a situao dos demais sem o consentimento destes.(CC. Art.278);

Solidariedade no se presume ,resulta da lei ou da vontade das partes (CC art. 265);

Inocorrendo solidariedade ativa recebendo um dos credores os outros suportam o nus do no pagamento, se solidrios o pagamento parcial efetuado um deles, deve ser rateado por todos.

Devedor no solidrio torna-se insolvente, o credor sofre a perda e no pode reclamar dos outros devedores, na ocorrncia da solidariedade se um dos devedores torna-se insolvente, escolhe o credor um ou mais de um devedor para cobrar o total da dvida.

Distino entre solidariedade e indivisibilidade

QUANTO:SOLIDRIAINDIVISVEL

FontesPrprio ttulo - subjetiva - reside nas prprias pessoas sendo oriunda da lei ou negcio jurdicoNatureza da prestao que no comporta a execuo fracionada objetiva unidade da prestao

Extino Com o falecimento de um dos co-devedores ou co-credores CC. Art.270 e 276)O bito de um co-credor ou co-devedor no altera a relao jurdica. CC. Art. 263

InadimplementoPerdura ainda que se transforme em perdas e danos CC ART. 279

Todos os co-devedores respondem pelos juros, ainda que a ao tenha sido proposta contra um deles. CC. Art. 280Transformada em perdas e danos, torna-se divisvel .

Sendo culpa s de um dos devedores , os outros ficam exonerados de responder por perdas e danos. CC. Art. 263 1o.

Prescrio Interrupo aberta por um dos credores aproveita os demais . CC Art. 204 1o.Interrupo aberta por um dos credores no aproveita os demais . CC Art. 204 2o.

Vantagens da solidariedade

SOLIDARIEDADE ATIVA: de menor interesse;

SOLIDARIEDADE PASSIVA: arma eficiente de garantia dos credores, em vez de acionar cada qual devedor para pagamento de sua frao de crdito, reclama de um ou alguns o pagamento do todo.

Fontes da solidariedade

SOLIDARIEDADE, como exceo ao princpio geral das obrigaes, no se presume resultando da lei ou da vontade das partes.

SOLIDARIEDADE LEGAL: deriva da vontade da lei. Como interpretao das partes, como garantia aos credores, como sano. A finalidade da solidariedade a garantia do credor. Exs.: CC. Arts. 154, 672, 680, etc... Inadmissvel em nosso direito a solidariedade presumida, resultando ela de lei ou de vontade das partes e por importarem um agravamento da responsabilidade dos devedores, que passaro a ser obrigados pelo pagamento total da prestao. Os vrios credores ou vrios devedores acham-se unidos por fora de lei ou por ato de vontade para consecuo de um objetivo comum. Se a lei no impuser ou o contrato no a estipular, no se ter solidariedade. CC. Art. 265.

CONVENCIONAL: provm da vontade das partes, essa vontade deve ser inequvoca; contrato, testamento etc..

Solidariedade ativa

Generalidades

SOLIDARIEDADE ATIVA: havendo vrios credores , cada qual pode exigir do credor comum a dvida por inteiro, tem como inconveniente que os co-credores ficam a merc de um s dentre eles que pode receber a totalidade da dvida e tornar-se insolvente, carecem, neste caso, de ao contra o devedor original.

Solidariedade ativa a relao jurdica entre vrios credores de uma obrigao, em que cada credor tem o direito de exigir do devedor a realizao da prestao por inteiro, e o devedor se exonera do vnculo obrigacional pagando o dbito a qualquer um dos co-credores.

Efeitos

NAS RELAES EXTERNAS:

cada credor solidrio tem direito de exigir do devedor o cumprimento da prestao por inteiro (CC. Art. 267) ;

qualquer credor poder promover medidas assecuratrias do direito de crdito;

cada um dos credores poder constituir em mora o devedor sem concurso dos demais;

Preveno Judicial - CC. Art. 268: Enquanto algum dos co-credores no demandar o devedor, a qualquer deles poder este pagar, sem que o credor escolhido possa recusar-se a receber o pagamento da prestao, sob o pretexto de que ela no lhe pertence por inteiro. Como qualquer credor solidrio pode demandar , ou seja, acionar o devedor pela totalidade do dbito, uma vez iniciada a demanda, Ter-se- a preveno judicial; o devedor; ento, apenas se liberar pagando a dvida por inteiro ao credor que o acionou, no lhe sendo mais lcito escolher o credor solidrio para realizao da prestao.

A interrupo da prescrio requerida por um co-credor, a todos aproveita; CC. Art. 204 1o..

A suspenso da prescrio em favor de um dos credores solidrios s aproveitar aos outros, se o objeto da obrigao for indivisvel CC. Art 201;

A renncia da prescrio em face de um dos credores a todos aproveitar;

Qualquer co-credor poder ingressar em juzo com ao adequada para que se cumpra a prestao, extinguindo o dbito :

O devedor no poder opor a um dos credores, as excees pessoais oponveis aos outros. CC. Art. 273

Julgamento contrrio a um dos credores solidrios no atingir os demais e o favorvel aproveitar-lhe-, salvo se fundada em exceo pessoal.

Se um dos credores decai da ao, os demais ficaro inibidos de acionar o devedor comum;

A incapacidade de um dos credores solidrios , no influencia a solidariedade;

Enquanto algum dos co-credores no demandar o devedor, a qualquer deles poder este pagar; CC. Art. 268

Pagamento feito a um credor - CC. Art. 269 - Pagamento direto ou indireto produzir efeito de liberao total da dvida, pois se o credor tem o direito de liberar o devedor ao receber lhe o pagamento, passando a devida quitao, t-lo- da mesma forma quando perdoar, inovar ou compensar o dbito. Este artigo se coaduna perfeitamente solidariedade: una obligatio, plures personae. A quitao do solvens o liberar em face dos demais co-credores.

O devedor poder opor em compensao a um dos credores o crdito que tiver contra ele at a concorrncia do montante integral do dbito;

A confuso, na pessoa de um dos credores ou do devedor, da qualidade de credor e do devedor - ter eficcia pessoal; CC. Art. 383;

A constituio em mora do credor solidrio, pela oferta de pagamento por parte do devedor comum, prejudicar todos os demais CC. Art. 400 Morte de um dos credores - CC. Art. 270 - Os herdeiros do credor falecido s podero reclamar o respectivo quinho hereditrio, ou seja, a parte no crdito solidrio cabvel ao de cujos, e no a totalidade do crdito. Mas a prestao poder ser exigida por inteiro se o falecido deixou nico herdeiro, se todos os herdeiros agirem em conjunto e se a prestao for indivisvel.

Converso em perdas e danos - CC. Art. 271 e 407 - A converso da obrigao em perdas e danos, por inadimplemento, NO altera a solidariedade, e em proveito de todos os co-credores correro os juros moratrios. Qualquer um dos credores estar autorizado a exigir do devedor o pagamento integral da indenizao das perdas e danos e dos juros de mora.NAS RELAES INTERNAS

Remisso da dvida - CC. Art. 272 - A solidariedade ativa acarreta conseqncias jurdicas nas relaes internas, isto , entre os co-credores solidrios, j que o credor que tiver perdoado a dvida ou recebido o pagamento responder aos outros pela parte que lhes caiba, ante o princpio da comunidade de interesses. Extinta a obrigao por pagamento , novao, remisso, compensao ou transao, o co-devedor favorecido ser responsvel pelas quotas-partes dos demais, que tero por sua vez, direito de regresso, isto , de exigir do credor que recebeu a prestao a entrega do que lhe competir.

Solidariedade passiva

Generalidades

SOLIDARIEDADE PASSIVA: credor tem direito de exigir e receber de um ou de algum devedores, pode cobrar parte de um, continuando credor do restante, que remanescem pela solidariedade.

A obrigao solidria passiva a relao obrigacional, decorrente de lei ou da vontade das partes, com multiplicidade de devedores, sendo que cada um responder IN TOTUM ET TOTALITER pelo cumprimento da prestao como se fosse o nico devedor.

Direitos do credor - CC. Art. 275 - O credor ter, sendo a solidariedade passiva , o direito de:

escolher, para pagar o dbito, o co-devedor que lhe aprouver e, se este no saldar a dvida, poder voltar contra os demais conjunta ou isoladamente;

exigir total ou parcialmente a dvida, embora ao devedor no seja lcito realizar a prestao em parte. Se reclamar de um deles parte da prestao, no se extinguir a solidariedade, uma vez que os demais co-devedores continuaro obrigados solidariamente pelo restante do dbito.

Conseqncias

Credor ter direito de exigir de qualquer coobrigado a dvida , total ou parcialmente; CC. Art. 275

Pagamento parcial feito por um dos devedores solidrios - CC. Art. 277 - Se um dos devedores efetuar o pagamento parcial do dbito, este no aproveitar aos demais, seno at a concorrncia da quantia paga. O credor de uma dvida de 30,00, tendo recebido de um dos devedores solidrios a quantia de 10,00, s pode reclamar dos demais 20,00, descontando os 10,00 j recebidos. O perdo dado pelo credor a um dos devedores solidrios no ter o poder de apagar os efeitos da solidariedade relativamente aos demais co-devedores, que permanecero vinculados, tendo apenas a reduo da dvida proporcionalmente concorrncia da importncia relevada.

Credor poder escolher qualquer devedor para cumprir a prestao mas os devedores tero a liberdade de cumpri-la, to logo crdito vena, independentemente da vontade do credor , desde que satisfaam integralmente a prestao;

Estipulao adicional - CC. Art. 278 Condio assumida por um co-devedor no atingir os demais, se estabelecida revelia deste.

Interrupo da prescrio operada contra um dos coobrigados, estender-se- aos demais e seus herdeiros (CC. Art. 204, 1o.), entretanto quanto operada contra um herdeiro do devedor solidrio no prejudicar aos outros herdeiros ou devedores , seno quando se tratar de obrigaes ou de direitos indivisveis (CC. Art. 204, 2o.)

Morte de um dos devedores solidrios - CC. Art. 276 - O falecimento de um dos devedores solidrios no rompe a solidariedade que continuar a onerar os demais co-devedores. Os herdeiros o sucedem tanto no ativo como no passivo, sucedem na mesma posio que este ocupa na relao obrigacional, os herdeiros respondero pelos dbitos do falecido desde que no ultrapassem as foras da herana. Com o bito o devedor solidrio, dividir-se- a dvida, se divisvel, em relao a cada um de seus herdeiros, pois cada qual responder pela quota respectiva, salvo se a obrigao for indivisvel, hiptese em que os herdeiros sero considerados, por fico legal, como um s devedor solidrio relativamente aos outros co-devedores solidrios . Renncia da solidariedade - CC. Art. 282 - Pode se referir algum, alguns ou todos os devedores.: RENNCIA TOTAL : solidariedade desaparece, a obrigao se divide em tantos quantos forem os devedores, respondendo cada um pela sua quota parte.

RENNCIA PARCIAL: credor exonera um s devedor, a obrigao se biparte: contra o exonerado torna-se simples, ficando esse devedor obrigado somente pela sua quota parte. A solidariedade continua contra os demais devedores , devendo ser abatido o valor do crdito destes, o quantum do devedor da obrigao simples.

Confuso extingue a obrigao na proporo do valor do crdito adquirido, assim, se o credor se tornar devedor solidrio, a obrigao se resolver proporcionalmente at a concorrente quantia do respectivo quinho do dbito, subsistindo a solidariedade quanto a parte remanescente

Inadimplemento da obrigao solidria - CC. Art. 908

Credor pode cobrar de um ou alguns devedores a totalidade da dvida, se o acionado no pagar pode o credor acionar outro, assim o fazendo at o recebimento de seu crdito.

PRESTAO IMPOSSIBILITADA POR FORA MAIOR.: extingue-se a obrigao libera-se todos os devedores.

POR CULPA DE UM DOS DEVEDORES: tem o direito de receber o equivalente a prestao, solidariamente de todos, mais perdas e danos cobrada do devedor culpado. um devedor por ato seu no pode agravar a situao dos demais.

Mora na solidariedade - CC. Art. 909

Como os juros de mora constituem acessrios da obrigao principal, todos os devedores devero responder por ele, mesmo que a ao seja movida contra um, em razo do atraso no pagamento da prestao devida.

Se o devedor no efetua o pagamento no tempo, modo, lugar avenado, gera efeito de responsabilizar o culpado pela reparao dos danos, o juros pagos pelo retardamento sero pagos por todos, com a prerrogativa de serem reembolsados pelo culpado, ou seja, de poderem cobrar dele o quantum correspondente aos juros, acrescidos dvida. .

Ao e exceo CC. Art. 910 e 911

Credor na obrigao solidria est autorizado a acionar qualquer um dos co-devedores, sua escolha, sem que com isso fique impedido de acionar os outros, caso o demandado, por ex.: no apresente condies econmicas para saldar o dbito, seja incapaz ou no seja encontrado. Assim, se na solidariedade passiva o credor pode exigir judicialmente, o pagamento da dvida de \um dos devedores, ou de todos conjuntamente, claro est que o fato de Ter movido ao contra um deles no indica renncia contra os demais.

As excees pessoais (vcios de consentimento, incapacidade jurdica, inadimplemento de condio que lhe seja exclusiva), - peculiares a cada co-devedor, isoladamente considerado, s podero, portanto, ser deduzidas pelo prprio interessado. As excees comuns ou objetivas - (relativas ilicitude do objeto, impossibilidade fsica ou jurdica da prestao, extino da obrigao, etc..) - aproveitam a todos os co-devedores.

Pagamento por um devedor da totalidade da dvida - CC. Art. 913.

Na solidariedade passiva, devedor pode ser compelido a resgatar a dvida por inteiro, isso ocorrendo, sofreu este devedor, um empobrecimento em favor dos co-obrigados que experimentaram um enriquecimento.

Com o fim de compor tal desequilbrio, confere a lei ao devedor que pagou, o direito de exigir (ao regressiva) de cada co-obrigado a sua cota, se um dos devedores for insolvente, a sua cota ser rateada entre os demais em virtude da solidariedade.

Presumir-se- que so iguais, na dvida, as partes de todos os co-devedores. Porm, tal presuno juris tantum, as partes dos co-devedores podero ser desiguais. Assim, o devedor que pretender receber mais ter o onus probandi da desigualdade nas quotas, e, se o co-devedor demandado pretender pagar menos, suportar o encargo de provar o fato.

CC. Art. 914 - Havendo insolvente na obrigao solidria passiva, sua parte dever ser paga pelos demais co-devedores, incluindo-se no rateio inclusive os exonerados da solidariedade pelo credor, pois a este ser lcito extinguir a solidariedade em relao ao seu crdito, no podendo liberar o devedor da obrigao que o une aos demais co-devedores. Assim direito dos co-devedores repartir, entre todos, a quota do insolvente, incluindo o devedor liberado pela renncia do credor solidariedade.

CC. Art. 915. co-devedor a quem a dvida solidria interessar exclusivamente, responder sozinho por toda ela para com aquele que a solveu. Ex.: se houver fiana, o credor poder acionar qualquer dos fiadores; mas, uma vez pago o dbito, o solvens ter o direito de reembolsar-se integralmente do afianado. Um dos devedores poder ser compelido a satisfazer todo o dbito sem Ter o direito de regresso contra os demais.

CLUSULA PENAL

Generalidades

Alguns autores a colocam nas obrigaes , outros no captulo destinado aos contratos. CC. Art. 916CLUSULA PENAL: aquela pela qual uma pessoa para assegurar a execuo de uma conveno se compromete a dar alguma coisa em caso de inexecuo.

Pacto acessrio pelo qual as prpria partes contratantes estipula,, de antemo, pena pecuniria ou no contra a parte infringente da obrigao, como conseqncia de sua inexecuo culposa ou de seu retardamento, fixando assim o valor das perdas e danos e garantindo o exato cumprimento da obrigao principal

Sua natureza jurdica de obrigao acessria de um negcio principal, estipulada em regra , conjuntamente com a obrigao principal, embora nada obste que seja convencionada em apartado, em ato posterior, antes porm, do inadimplemento da obrigao principal. acessrio segue o principal, nulo este nulo o acessrio.

Caso seja nula a clusula penal, no envolver, em tese, a nulidade da obrigao principal.

De seu carter acessrio podemos concluir que; desfeita a obrigao principal resolve-se igualmente a clusula penal; deve ser a clusula penal avenada conjuntamente com o ato obrigacional ou ainda posteriormente, no se admite clusula penal anterior a principal.

Espcies e finalidade da clusula penal - CC. Art. 9171- CLUSULA PENAL MORATRIA: serve de reforo obrigao principal, compele o devedor a cumprir a obrigao, elemento compulsrio, atua para empenhar o devedor a cumprir o acordo.

A pena convencional convencionada para o simples caso de mora.

2- CLUSULA PENAL COMPENSATRIA: sucedneo pr-avaliado das perdas e danos devidos do inadimplemento do contrato, clculo pr-determinado de eventuais perdas e danos decorrentes do descumprimento da obrigao, facilita o recebimento da reparao.

No necessrio comprovar o prejuzo, como no caso de perdas e danos, no pode o devedor alegar sua excessividade j que foi avenado pelas partes.

No cumprida a obrigao o credor escolhe entre exigir a prestao - se possvel - ou - pleitear perdas e danos - ou - se preferir a importncia convencionada .

Quando estipulada para a hiptese de total inadimplemento da obrigao e para garantir a execuo de alguma clusula especial do ttulo obrigacional.

OBSERVAO: no pode eximir-se o devedor optando em vez de prestar a obrigao principal, de prestar a clusula penal.

Efeitos das espcies de clusula penal

A - CLUSULA PENAL COMPENSATRIA TOTAL DESCUMPRIMENTO DA OBRIGAO - CC. Art. 918

Se fixar-se uma clusula penal para caso de total inadimplemento da obrigao, o credor poder, recorrer s vias judiciais, optar livremente entre a exigncia da pena convencional e o adimplemento da obr