direito civil (2)

Upload: nayara-amorim

Post on 16-Jul-2015

126 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Direito Civil (2)

OBRIGAES.............................................................................................16 Conceitos e elementos.............................................................................16 Elementos constitutivos das obrigaes...................................................16 Distino entre direitos reais e pessoais...................................................17 Fontes das obrigaes..............................................................................18 Modalidade das obrigaes......................................................................18 OBRIGAO CIVIL E EMPRESARIAL........................................................19 OBRIGAO MORAL..................................................................................19 OBRIGAO NATURAL..............................................................................19 OBRIGAO DE DAR.................................................................................20 Conceituao ...........................................................................................20 Diviso das obrigaes de dar..................................................................20 Obrigao de dar coisa certa ..................................................................21 Generalidades ......................................................................................21 Problemas referentes a obrigao de dar.............................................21 Perecimento, perda ou deteriorao da coisa, antes da tradio com ou sem culpa do devedor - CC. art. 234...................................................21 Acessrios -CC. Art. 233.......................................................................22 Execuo de dar a coisa certa.............................................................22 Obrigao de restituir a coisa certa..........................................................22 Generalidades.......................................................................................22 Perda, perecimento ou deteriorao do objeto.....................................22 Melhoramentos e benfeitorias feitas na coisa restituvel......................23 Obrigao de dar a coisa incerta..............................................................23 Generalidades ......................................................................................23 Competncia para escolha e seleo da coisa - CC. Art. 244.............23 Efeitos da concentrao - CC. Art. 245 e 246......................................24 OBRIGAO DE FAZER OU NO FAZER.................................................24 Obrigao de fazer...................................................................................24 Generalidades.......................................................................................24 Diferenas entre a obrigao de dar e fazer.........................................24 Espcies de obrigaes de fazer..........................................................25 Conseqncias do descumprimento das obrigaes............................25 Obrigao de no fazer (ad non faciendum).............................................25 Generalidades.......................................................................................26 Inadimplemento das obrigaes de no fazer.......................................26 OBRIGAES LQUIDA E ILQUIDAS........................................................26 Generalidades..........................................................................................26 Diferena entre ilquida e de dar a coisa incerta.......................................26 Efeitos da obrigao ilquida.....................................................................26 OBRIGAES SIMPLES.............................................................................27 OBRIGAO CUMULATIVA OU CONJUNTIVA.........................................27 1

Direito Civil (2)

OBRIGAES ALTERNATIVAS (DISJUNTIVAS)......................................27 Generalidades..........................................................................................27 Escolha e seus efeitos .............................................................................27 Hipteses legais em que o direito de escolha muda de mos..................28 Impossibilidade de inexequibilidade de uma das prestaes...................28 Impossibilidade de todas as prestaes...................................................28 Observaes quanto ao inadimplemento..................................................28 OBRIGAO FACULTATIVA......................................................................29 OBRIGAO DIVISVEL E INDIVISVEL....................................................29 Generalidades..........................................................................................29 Indivisibilidade difere de solidariedade.....................................................29 Efeito da indivisibilidade da prestao......................................................30 Perda da qualidade de indivisibilidade - CC. Art. 263.............................31 OBRIGAES SOLIDRIAS.......................................................................31 Generalidades..........................................................................................31 Caracteres da solidariedade ....................................................................31 Espcies de obrigao solidria...............................................................31 Normas comuns a solidariedade..............................................................32 Distino entre solidariedade e indivisibilidade.........................................32 Vantagens da solidariedade.....................................................................32 Fontes da solidariedade...........................................................................33 Solidariedade ativa .................................................................................33 Generalidades ......................................................................................33 Efeitos...................................................................................................33 Solidariedade passiva..............................................................................34 Generalidades.......................................................................................34 Conseqncias......................................................................................34 Inadimplemento da obrigao solidria - CC. Art. 908.............................35 Mora na solidariedade - CC. Art. 909.......................................................36 Ao e exceo CC. Art. 910 e 911..........................................................36 Pagamento por um devedor da totalidade da dvida - CC. Art. 913..........36 CLUSULA PENAL.....................................................................................36 Generalidades..........................................................................................36 Espcies e finalidade da clusula penal - CC. Art. 917...........................37 Efeitos das espcies de clusula penal....................................................37 Valor da clusula penal - CC. Art. 920.....................................................37 Condicionalidade da clusula penal - CC. Art. 921..................................37 Nulidade da clusula penal - CC. Art. 922...............................................38 Impossibilidade as obrigao sem culpa do devedor CC. ART. 923........38 Imutabilidade da clusula penal - CC. Art. 924........................................38 Obrigao indivisvel e clusula penal - CC. Art. 925..............................38 Obrigao divisvel e clusula penal - CC. Art. 926.................................38 2

Direito Civil (2)

Exigibilidade da clusula penal - CC. Art. 927.........................................38 DAS OBRIGAES PROPTER REM.........................................................38 Conceituao............................................................................................38 Caractersticas..........................................................................................39 Natureza jurdica.......................................................................................39 DAS OBRIGAES POR DECLARAO UNILATERAL DA VONTADE DOS TTULOS AO PORTADOR..................................................................39 Conceituao............................................................................................39 Modalidades do ttulo de crdito...............................................................39 Defesa do subscritor - CC. Art. 1.507......................................................40 Injusto desapossamento do ttulo - CC. Art. 1.509..................................40 Exonerao do devedor - CC. Art. 1.510.................................................40 DAS OBRIGAES POR DECLARAO UNILATERAL DA VONTADE DA PROMESSA DE RECOMPENSA..........................................................40 Conceituao - CC. Art. 1.512.................................................................40 Revogabilidade da promessa - CC. Art. 1.514..........................................40 Promessa de recompensa mediante concurso - CC. Art. 1.516..............40 DAS OBRIGAES POR ATOS ILCITOS.................................................41 Generalidades - CC. Art. 1.518................................................................41 Responsabilidade por fato de outrem - CC. Art. 1.521 - ECA - Art. 116 SMULA STF. 341.- SMULA STF. 492.................................................41 Responsabilidade jurdica por ato de empregado CC. Art. 1.522 SMULA STF. 341...................................................................................41 Responsabilidade subjetiva por ato de outrem CC. Art. 1.523.................41 Transmissibilidade do dever de indenizar - CC. Art. 1.526......................42 Responsabilidade de guarda de animal - CC. Art. 1.527.........................42 Responsabilidade do dono de edifcio ou construo - CC. Art. 1.528....42 Responsabilidade de effusis et dejectis CC. Art. 1.529............................42 Responsabilidade do demandante por dvida no vencida CC. Art. 1.530 ..................................................................................................................42 Debito j solvido - CC. Art. 1.531.............................................................42 Desistncia da ao - CC. Art. 1.532.......................................................42 DA LIQUIDAO DAS OBRIGAES........................................................43 Obrigao lquida e ilquida CC. Art. 1.533...............................................43 Liquidao de sentena CC. Art. 1.534....................................................43 Prvia liquidao do valor CC. Art. 1.535.................................................43 Liquidao das obrigaes resultantes de atos ilcitos ...........................43 Dano resultante de estado de necessidade ou legtima defesa - CC. Art. 1.540.........................................................................................................43 Usurpao ou esbulho do alheio - CC. Art. 1.541.....................................43 Reparao de dano proveniente de crime CC. Art. 1.544........................43 3

Direito Civil (2)

DO CONCURSO DE CREDORES DAS PREFERNCIAS E PRIVILGIOS CREDITRIOS............................................................................................45 Conceituao - CC. ART. 1.554..............................................................45 Ttulos legais de preferncia - CC. Art. 1.557..........................................45 Preferncia resultante de direitos reais de garantia - CC. Art. 1.561.......45 DOS EFEITOS DAS OBRIGAES............................................................46 Consideraes gerais - CC. Art. 928.......................................................46 DO PAGAMENTO .......................................................................................47 Generalidades..........................................................................................47 Quem deve pagar.....................................................................................47 A quem se deve pagar..............................................................................48 Objeto de pagamento e sua prova...........................................................49 Lugar de pagamento - CC. Art. 950..........................................................51 DO TEMPO DAS OBRIGAES ...............................................................51 H conveno a respeito do termo...........................................................51 No ajustado o termo de vencimento - CC. Art. 952................................52 Vencimento das obrigaes condicionais - CC. Art. 953.........................52 Antecipao do vencimento por disposio da lei - CC. Art. 954.............52 MORA..........................................................................................................52 Generalidades..........................................................................................52 Mora do devedor (solvendi) - CC. Art. 955..............................................53 Conseqncias da mora do devedor - CC. Art. 956.................................53 Mora do credor (accipiendi) - CC. Art. 955...............................................53 Conseqncias da mora do credor - CC. Art. 958................................53 Purgao da mora - CC. Art. 959............................................................54 Termo inicial do retardamento culposo - CC. Art. 960.............................54 Mora solvendi na obrigao de no fazer - CC. Art. 961........................54 Mora do devedor na obrigao decorrente de ato ilcito - CC. Art. 962.Sum. STJ. 54. ........................................................................................54 DO PAGAMENTO INDEVIDO .....................................................................55 Introduo.................................................................................................55 Pressupostos da ao de in rem verso.....................................................55 Repetio de indbito - CC. Art. 964:.....................................................55 Prova do pagamento indevido - CC Art. 965.:.........................................55 Direitos do accipiens de boa ou m-f objeto coisa imvel - CC. Art. 966............................................................................................................56 Alienao do imvel dado indevidamente - CC. Art. 967..........................56 Proteo ao accipiens de boa -F - CC. Art. 969....................................56 Pagamento indevido de dvida inexigvel, para obteno de finalidade ilcita ou imoral - CC. Art. 970..................................................................56 DO PAGAMENTO POR CONSIGNAO...................................................57 Conceito - CC. Art. 972............................................................................57 4

Direito Civil (2)

Casos em que se justifica a consignao - CC. Art. 973.........................57 Requisitos da consignao - CC. Art. 974...............................................57 Local da consignao - CC. Art. 976.......................................................58 Levantamento do depsito - CC. Art. 977................................................58 Pagamento de coisa indeterminada - CC. Art. 981..................................58 Despesas com o depsito - CC.Art. 982..................................................58 Consignao de objeto litigioso - CC. Art. 983........................................58 Possibilidade do credor ajuizar a consignatria CC. Art. 984...................59 DO PAGAMENTO COM SUB-ROGAO...................................................59 Conceito e natureza jurdica.....................................................................59 Casos de sub-rogao legal - CC. Art. 985.............................................59 Casos de sub-rogao convencional - CC. Art. 986................................59 Efeitos da sub-rogao legal ou convencional - CC. Art. 988..................59 Efeito da sub-rogao legal - CC. Art. 989...........................................60 Sub-rogao parcial - CC. Art. 990..........................................................60 DA IMPUTAO EM PAGAMENTO............................................................60 Conceito....................................................................................................60 Requisitos da imputao em pagamento - CC. Art. 991..........................60 Imputao do pagamento pelo credor - CC. Art. 992...............................61 Capital e juros - CC. Art. 993....................................................................61 Imputao do pagamento feita pela lei - CC. Art. 994..............................61 DAO EM PAGAMENTO..........................................................................61 Conceituao - CC. Art. 995.....................................................................61 Dao em pagamento e compra e venda - CC. Art. 996..........................61 Dao e cesso - CC. Art. 997................................................................61 Dao em pagamento e evico - CC. Art. 998.......................................62 NOVAO...................................................................................................62 Generalidades..........................................................................................62 Pressupostos da novao - CC. Art. 999.................................................62 Novao subjetiva passiva por expromisso - CC. Art. 1.001.................63 Insolvncia do novo devedor - CC. Art. 1.002.........................................63 Efeitos da novao - CC. Art. 1.003.........................................................63 Novao e co-devedor - CC. Art. 1.005...................................................63 Desaparecimento da fiana - CC. Art. 1.006...........................................63 Impossibilidade de novar - CC. Art. 1.007...............................................63 Novao de obrigao anulvel - CC. Art. 1.008.....................................63 COMPENSAO.........................................................................................63 Conceituao - CC. Art. 1.009.................................................................63 Efeitos da compensao legal..................................................................64 Pressupostos da compensao - CC. Art. 1.010.....................................64 Compensao convencional.....................................................................65 Dvidas no compensveis.......................................................................65 5

Direito Civil (2)

Prejuzo a terceiro - CC. Art. 1.024..........................................................65 Exceo reciprocidade de dvidas - CC. ART. 1.013...............................66 Prazos de favor e compensao - CC. Art. 1.014....................................66 Compensao e obrigao solidria passiva - CC. Art. 1.020..................66 Compensao e cesso de crdito - CC. Art. 1.021................................66 Despesas necessrias - CC. Art. 1.022...................................................66 Compensao e normas sobre imputao do pagamento - CC. Art. 1.023 ..................................................................................................................66 TRANSAO...............................................................................................66 Conceituao - CC. Art. 1.025.................................................................66 Princpios legais da transao.................................................................66 Elementos da transao...........................................................................67 Transao judicial - CC. Art. 1.028...........................................................67 Transao extrajudicial - CC. Art. 1.029...................................................67 Efeitos da transao.................................................................................67 Transao e evico - CC. Art. 1.032......................................................68 Transao e ao penal - CC. Art. 1.033.................................................68 Transao e pena convencional - CC. Art. 1.034....................................68 Objeto da transao - CC. Art. 1.035.......................................................68 Nulidade absoluta da transao - CC. Art. 1.036.....................................68 DO COMPROMISSO...................................................................................68 DA CONFUSO...........................................................................................68 Conceituao - CC. Art. 1.049.................................................................68 Confuso total ou parcial - CC. Art. 1.050...............................................68 Confuso e solidariedade - CC. Art. 1.051..............................................68 Efeito da extino da confuso - CC. Art. 1.052......................................69 DA REMISSO DAS DVIDAS....................................................................69 Conceito e natureza jurdica.....................................................................69 Formas de remisso.................................................................................69 Remisso ao devedor solidrio - CC. Art. 1.055......................................69 INEXECUES DAS OBRIGAES..........................................................69 Conceituao - CC. Art. 1.056.................................................................69 Inexecuo voluntria...............................................................................69 Responsabilidade civil nos contratos unilaterais e bilaterais - CC. ART. 1.057.........................................................................................................70 Descumprimento por caso fortuito ou fora maior - CC. Art. 1.058.........70 PERDAS E DANOS.....................................................................................70 Conceituao - CC. Art. 1.056.................................................................71 Dano emergente e lucro cessante............................................................71 Retardamento da execuo da obrigao................................................71 Indenizao por dano eventual - CC. ART. 1.060...................................71 Perdas e danos e obrigaes pecunirias - CC. Art. 1.061.....................71 6

Direito Civil (2)

JUROS LEGAIS...........................................................................................71 Conceituao............................................................................................71 Efeitos dos juros moratrios - CC. Art. 1.064...........................................72 Momento em que comea correr os juros moratrios...............................72 DIREITO DE RETENO............................................................................72 Conceituao............................................................................................72 Requisitos do direito de reteno.............................................................72 Casos onde confere-se o direito de reteno..........................................72 DA CESSO DE CRDITO.........................................................................72 Conceito - CC. Art. 1.065.........................................................................72 Pressupostos de validade da cesso de crdito.......................................73 Extenso do objeto da cesso - CC. Art. 1.066.......................................73 Forma de cesso - CC. Art. 1.067...........................................................73 Eficcia erga omnes.................................................................................73 Cesso de crdito legal ou judicial - CC. Art. 1.068.................................73 Notificao do devedor - CC. Art. 1.069..................................................73 Pluralidade de cesses do mesmo crdito - CC. Art. 1.070.....................74 Prazo para notificao de cesso de crdito - CC. Art. 1.071.................74 Direito de opor excees - CC. Art. 1.072...............................................74 Garantia do crdito cedido - responsabilidade pela existncia do crdito CC. Art. 1.073...........................................................................................74 Cesso pro solvendo - CC. Art. 1.074.....................................................74 Responsabilidade pela solvncia do devedor na cesso pro solvendo CC. Art. 1.075...........................................................................................74 Excees a responsabilidade do cedente.................................................74 Penhora e cesso - CC. Art. 1.077..........................................................75 CESSO DE DBITO..................................................................................75 Conceito....................................................................................................75 Distino com novao subjetiva.............................................................75 Cesso de crdito e cesso de dbito......................................................75 CESSO DE CONTRATO...........................................................................75 Conceituao............................................................................................75 Cesso com e sem liberao do cedente.................................................76 Cesso de contrato no direito brasileiro....................................................76 CONTRATOS GENERALIDADES...............................................................76 Conceituao............................................................................................76 Elementos constitutivos do contrato.........................................................76 Pressupostos de validade.........................................................................76 Princpios do direito contratual..................................................................76 Classificao dos contratos......................................................................77 Conforme sua natureza:........................................................................77 Do modo em que se aperfeioam..........................................................77 7

Direito Civil (2)

Se a lei atribuir nome............................................................................78 Em relao uns aos outros....................................................................78 Quanto ao tempo de execuo.............................................................78 Quanto ao objeto...................................................................................78 Da maneira que so formados..............................................................78 Interpretao dos contratos. CC. Art. 85 e 1.090......................................78 Formao dos contratos...........................................................................78 Generalidades.......................................................................................78 Formao do contrato...............................................................................79 Proposta - CC. Art. 1.080.........................................................................79 A proposta deixa de ser obrigatria - CC. Art. 1.081...............................79 Aceitao..................................................................................................80 Requisitos da aceitao........................................................................80 Aceitao fora do prazo - CC. Art. 1.083..............................................80 Aceitao tcita - CC. Art. 1.084..........................................................80 Efeitos da aceitao..............................................................................80 Exceo.................................................................................................81 Lugar do contrato - CC. Art. 1.087...........................................................81 Direito de arrependimento - CC. Art. 1.088..............................................81 Proibio de pacto sucessrio - CC. Art. 1.089.......................................82 Impossibilidade da prestao - CC. Art. 1.091.........................................82 CONTRATOS BILATERAIS.........................................................................82 Generalidades..........................................................................................82 Conseqncias da reciprocidade de prestaes - CC. Art. 1.092............82 Quanto ao inadimplemento.......................................................................83 Exceptio nom adimpleti contractus...........................................................83 Garantia de execuo de prestao a prazo............................................83 CONDIES RESOLUTIVAS DA OBRIGAO.........................................83 Efeitos das condies resolutivas - CC. Art. 1.092 e 119........................84 DISTRATO - CC. Art. 1.093........................................................................84 QUITAO - CC. Art. 940...........................................................................84 ARRAS.........................................................................................................84 Conceituao............................................................................................84 Natureza jurdica das arras.......................................................................84 ESTIPULAO EM FAVOR DE TERCEIROS.............................................85 Conceituao............................................................................................85 Exigncia do adimplemento da obrigao - CC. ART. 1.098..................85 Exonerao do devedor - CC. Art. 1.099.................................................85 Direito de substituir o terceiro - CC. Art. 1.100........................................86 VCIOS REDIBITRIOS..............................................................................86 Generalidades - CC. Art. 1.101................................................................86 Distino entre vcio redibitrio e o inadimplemento contratual.: .............86 8

Direito Civil (2)

Ignorncia do vcio - CC. Art. 1.102.........................................................86 M-f do alienante - CC. Art. 1.103.........................................................86 Boa-f do alienante - CC. Art. 1.103........................................................86 Requisitos do vcio redibitrio...................................................................86 Perecimento da coisa - CC. Art. 1.104.....................................................87 Direito do adquirente - CC. Art. 1.105......................................................87 Aes para defesa contra o vcios redibitrios.........................................87 Hasta pblica - CC. Art. 1.106.................................................................87 EVICO.....................................................................................................87 Conceituao............................................................................................87 Condies da evico...............................................................................87 Excluso da evico.................................................................................88 Efeito da clusula de non praestanda evictione....................................88 Diminuio e reforo ................................................................................88 Direitos do evicto - CC. ART. 1.109.........................................................88 Deteriorao da coisa - CC. Art. 1.110....................................................88 Vantagens da deteriorao da coisa - CC. Art. 1.111..............................88 Direito as benfeitorias necessrias ou teis - CC. Art. 1.112...................88 Valor das benfeitorias - CC. Art. 1.113....................................................89 Evico parcial - CC. Art. 1.114...............................................................89 Avaliao no preo correspondente ao desfalque sofrido - CC. Art. 1.115. ..................................................................................................................89 Denunciao da lide - CC. Art. 1.116.......................................................89 Perda do direito de demandar pela evico - CC. Art. 1.117...................89 CONTRATOS ALEATRIOS.......................................................................89 Generalidades..........................................................................................89 Tipos de contrato aleatrio - CC. Art. 1.118.............................................89 Vendas de coisas existentes e expostas a riscos - CC. Art. 1.120...........90 Invalidao do contrato relativo a coisa existente exposta a risco - CC. Art. 1.121..................................................................................................90 CONTRATO DE COMPRA E VENDA..........................................................90 Conceituao - CC. Art. 1.122.................................................................90 Natureza jurdica.......................................................................................90 Elementos da compra e venda.................................................................91 Conseqncias derivadas da compra e venda.........................................91 Limitao compra e venda decorrentes de falta de legitimao de uma das partes.................................................................................................93 Compra por pessoa encarregada de zelar pelos interesses do vendedor CC. ART. 1.133........................................................................................93 Excees - CC. Art. 1.134.....................................................................93 Venda por condomnio de coisa indivisvel - CC.Art. 1.139.....................93 Venda por amostra - CC. Art. 1.135..........................................................93 9

Direito Civil (2)

Venda ad mensuram e ad corpus. - CC. Art. 1.136..........................93 Certido negativa bens imveis - CC. Art. 1.137..................................94 Vcio redibitrio de coisas conjuntas - CC. Art. 1.138...............................94 Garantias do vendedor............................................................................94 Clusulas especiais de compra e venda..................................................94 A- Retrovenda - CC. Art. 1.140.............................................................94 B- venda a contento - CC. Art. 1.144....................................................95 C- preempo ou preferncia - CC. Art. 1.149.....................................95 D- pacto de melhor comprador - CC. Art. 1.158...................................96 E- pacto comissrio - CC. Art. 1.163....................................................97 TROCA.........................................................................................................97 LOCAO....................................................................................................97 Conceituao............................................................................................97 Tipos de locao.......................................................................................97 Caractersticas..........................................................................................97 Elementos do contrato de locao............................................................98 Locao de coisas....................................................................................98 Conceituao - CC. Art. 1.188..............................................................98 Da locao de prdios urbanos e rsticos..........................................100 Locao de servios...............................................................................102 CONTRATO DE CONSTITUIO DE RENDA..........................................104 Conceituao..........................................................................................104 Modos constitutivos - cc. art. 1.424........................................................104 Temporariedade, renda e capital............................................................104 DO IMVEL OCUPADO PELO EMPREGADO.........................................105 DA FIANA ..............................................................................................106 Conceituao - CC. Art. 1.481................................................................106 Subfiana - CC. Art. 1.482.....................................................................106 Requisito formal da fiana - CC. Art. 1.483............................................106 Efeitos da fiana.....................................................................................106 Extino da fiana...................................................................................107 DEPSITO.................................................................................................107 Conceituao - CC. Art. 1.265...............................................................107 Dever de guardar , conservar e restituir a coisa depositada...................108 Pluralidade de depositantes - CC. Art. 1.274..........................................109 Proibio do uso da coisa - CC. Art. 1.275.............................................109 Incapacidade superveniente do depositrio - CC. Art. 1.276..................109 Responsabilidade pelos riscos da coisa - CC. Art. 1.277......................109 Pagamento das despesas do depositrio - CC. Art. 1.278....................109 Direito de reteno - CC. Art. 1.279.......................................................109 Depsito irregular - CC. Art. 1.280.........................................................109 Espcies de depsito..............................................................................109 10

Direito Civil (2)

Depsito do hospedeiro - CC. Art. 1.284................................................110 Excluso da responsabilidade do hospedeiro - CC. Art. 1.285..............110 Onerosidade do depsito necessrio - CC. Art. 1.286...........................110 Obrigao do depositante.......................................................................110 Extino do depsito...............................................................................110 Depositrio infiel - CC. ART. 1.287 C/C CF ART. 5,LXVII....................111 DO CONTRATO DE SEGURO..................................................................111 Conceituao - CC. Art. 1.432................................................................111 Aplice - CC. Art. 1.434.........................................................................111 Tipos de aplice - CC. Art. 1.447........................................................111 Nulidades do seguro...............................................................................111 Seguro de vida - CC. Art. 1.440..............................................................112 Obrigaes do segurado....................................................................112 Obrigaes do segurador ......................................................................113 Seguro mtuo.........................................................................................113 Seguro de vida........................................................................................114 CONTRATO DE SOCIEDADE...................................................................114 Conceituao - CC. Art. 1.363................................................................114 Forma da sociedade - CC. ART. 1364....................................................114 Prova do contrato - CC. Art. 1.366.........................................................114 Tipos de sociedade: - CC. Art. 1.367.....................................................115 Prazo da sociedade - CC. Art. 1.374.....................................................115 Direito e obrigaes recprocas dos scios............................................115 Scio administrador - CC. Art. 1.382.....................................................116 Poder e revogao do poder de administrao - CC. Art. 1.383...........116 Administrao conjunta - CC. Art. 1.385.................................................116 Administrao por mandato tcito - CC. Art. 1.386................................117 Insolvncia de devedor da sociedade - CC. Art. 1.389..........................117 Responsabilidade pelos riscos da quota social - CC. Art. 1.390............117 Obrigaes da sociedade e dos scios para com terceiros....................117 Dissoluo da sociedade...........................................................................118 PARCERIA RURAL....................................................................................120 Definio.................................................................................................120 Parceria agrcola.....................................................................................120 Parceria pecuria....................................................................................121 EMPREITADA............................................................................................121 Conceituao..........................................................................................121 Natureza jurdica:....................................................................................122 Espcies de empreitada - CC. Art. 1.237..............................................122 Obrigaes das partes............................................................................123 Preo da empreitada - CC. Art. 1.246.....................................................123 DOAO....................................................................................................123 11

Direito Civil (2)

ConceituaO - CC. Art. 1.165..............................................................123 Caractersticas da doao......................................................................124 Doao a nascituro - CC. Art. 1.169.......................................................124 Doao a incapazes - CC. Art. 1.170.....................................................124 Forma da doao - CC. Art. 1.168.........................................................124 Espcies de doao - CC. Art. 1.167......................................................124 Restrio liberdade de doar.................................................................125 Doao conjuntiva - CC. Art. 1.178.........................................................125 O doador e os juros moratrios e a evico - CC. Art. 1.179................126 Obrigatoriedade dos encargos doao modal - cc. art. 1.180.............126 Revogao da doao - CC. Art. 1.181................................................126 EDIO ....................................................................................................127 Conceito .................................................................................................127 Direitos do autor.....................................................................................127 Deveres do autor....................................................................................127 Direitos do editor.....................................................................................128 Obrigaes do editor...............................................................................128 Extino do contrato de edio...............................................................128 EMPRSTIMO...........................................................................................128 Conceituao..........................................................................................128 Espcies de emprstimo.........................................................................128 COMODATO..............................................................................................129 Conceituao - CC. Art. 1.248...............................................................129 Capacidade para o comodato - CC. Art. 1.249......................................129 Temporariedade - CC. Art. 1.250...........................................................129 Obrigaes do comodante......................................................................129 Obrigaes do comodatrio...................................................................129 Solidariedade no comodato - CC. Art. 1.255..........................................130 Extino do comodato............................................................................130 MTUO......................................................................................................130 Conceituao - CC. Art. 1.256...............................................................130 Caractersticas do mtuo........................................................................130 GESTO DE NEGCIOS .........................................................................131 Conceituao - CC. Art. 1.331...............................................................131 Diferena entre mandato e gesto de negcios.....................................131 Obrigaes do gestor .............................................................................132 Ratificao da gesto - CC. Art. 1.343...................................................133 Recusa da ratificao - CC. Art. 1.344...................................................133 JOGO E APOSTA......................................................................................133 Conceitos................................................................................................134 Inexigibilidade das dvidas de jogo ou aposta - CC. Art. 1.477..............134 REPRESENTAO DRAMTICA.............................................................134 12

Direito Civil (2)

Direitos do autor.....................................................................................134 Deveres do autor....................................................................................135 Direitos do empresrio............................................................................135 Obrigao do empresrio.......................................................................135 MANDATO.................................................................................................135 Conceituao - CC. Art. 1.288..............................................................135 Instrumento do mandato.........................................................................135 Responsabilidade do substabelecido......................................................136 Forma do mandato - CC. Art. 1.290.......................................................136 Aceitao do mandatrio - CC. Art. 1.292.............................................136 Mandato geral e especial - CC. Art. 1.294..............................................136 Poderes do mandato...............................................................................137 Ratificao dos atos - CC. Art. 1.296.....................................................137 Obrigao do mandatrio - CC. Art. 1.300..............................................138 Mandato sucessivo, conjunto, solidrio e fracionrio CC. Art. 1.304......138 Exibio da procurao - CC. Art. 1.305................................................139 Ao de terceiro ciente dos poderes do mandatrio - CC. ART. 1.306. .139 Realizao do negcio em nome do mandatrio - CC. Art. 1.307.........139 Sobrevivncia do mandato a sua causa extintiva - CC. Art. 1.308........139 Obrigao do mandante.........................................................................139 Extino do mandato..............................................................................140 Revogao expressa ou tcita CC. Art. 1.319.....................................141 Mandato judicial - CC. Art. 1.324 37 e 38 c/c CPC. Art. 254..................141 DIREITO DAS COISAS..............................................................................142 Generalidades .......................................................................................142 Caractersticas do direito real ................................................................142 Classificao dos direitos reais ..............................................................143 POSSE.......................................................................................................143 Conceito..................................................................................................143 Distino de posse e propriedade..........................................................143 Efeitos da posse.....................................................................................143 Teorias que explicam a posse................................................................143 Natureza e objeto da posse ...................................................................144 Elementos constitutivos da posse...........................................................144 Espcies e classificaes da posse........................................................144 Introdu.............................................................................................144 Classificaes......................................................................................144 Princpio geral sobre o carter da posse................................................146 Modos aquisitivos da posse....................................................................146 Classificao dos modos de aquisio da posse................................146 Quem pode adquirir a posse - CC. Art. 494 ..........................................148 Perda da posse.......................................................................................149 13

Direito Civil (2)

Efeitos da posse.....................................................................................150 PROPRIEDADE.........................................................................................153 Natureza do direito de propriedade.........................................................154 Domnio pleno ou ilimitado......................................................................154 Aquisio da propriedade imvel............................................................155 Modos de aquisio CC Art. 530: ......................................................156 Perda da propriedade imvel..................................................................158 Formas de aquisio e perda da propriedade mvel..............................160 CONDOMNIO...........................................................................................161 Conceito..................................................................................................161 Classificao...........................................................................................161 CLASSIFICAO QUANTO SUA ORIGEM:.......................................161 RESTRIES AO DIREITO DE PROPRIEDADE.....................................162 DIREITO DE VIZINHANA........................................................................163 Uso nocivo da propriedade ....................................................................163 Cauo de dano infecto - CC. Art. 555...................................................164 rvores limtrofes - CC. Art. 556............................................................164 Passagem forada - CC. Art. 599..........................................................164 Das guas - CC. Art. 563 a 568..............................................................165 Dos limites entre prdios........................................................................165 Direito de construir..................................................................................166 Ao de nunciao de obra nova...........................................................166 Direito de tapagem..................................................................................167 PROPRIEDADE RESOLVEL...................................................................167 PROPRIEDADE LITERRIA, CIENTFICA E ARTSTICA.........................167 DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS..........................................167 Generalidades........................................................................................167 Espcies - CC. ART 1225.......................................................................168 ENFITEUSE...............................................................................................168 Observaes: .........................................................................................168 Conceito..................................................................................................168 Natureza.................................................................................................168 Objeto.....................................................................................................168 Constituio............................................................................................169 Extino..................................................................................................169 SERVIDES PREDIAIS.............................................................................169 Conceito..................................................................................................169 Finalidade ..............................................................................................170 Princpios fundamentais..........................................................................170 Natureza jurdica.....................................................................................170 Classificaes das servides..................................................................171 Modos de constituio CC. art. 1378 e 1379......................................171 14

Direito Civil (2)

Do exerccio das servides.....................................................................171 Proteo jurdica.....................................................................................172 Extino..................................................................................................172 USUFRUTO...............................................................................................173 Conceito..................................................................................................173 Caracteres jurdicos................................................................................173 Fins.........................................................................................................174 Distino de usufruto e fideicomisso, efiteuse e locao........................174 Objeto ....................................................................................................174 Modos constitutivos................................................................................174 Espcies de usufruto .............................................................................175 Direitos do usufruturio ..........................................................................176 Obrigaes do usufruturio.....................................................................177 Direitos do nu proprietrio.......................................................................177 Deveres do nu proprietrio....................................................................178 Da destruio do objeto do usufruto e do seguro..................................178 Extino..................................................................................................178 USO...........................................................................................................178 Conceito .................................................................................................178 Caractersticas........................................................................................179 Objeto.....................................................................................................179 Modos de constituio............................................................................179 Direitos do usurio..................................................................................179 Deveres do usurio ................................................................................179 Extino..................................................................................................180 HABITAO..............................................................................................180 Direitos do habitador..............................................................................180 Obrigaes do habitador.........................................................................180 DIREITOS REAIS DE GARANTIA.............................................................180 Generalidades........................................................................................180 Conceito..................................................................................................181 Natureza jurdica.....................................................................................181 Requisitos...............................................................................................181 Efeitos.....................................................................................................182 Vencimento.............................................................................................183 PENHOR....................................................................................................183 Conceito - CC. Art. 768..........................................................................183 Caractersticas........................................................................................184 Modos de constituio ...........................................................................184 Penhor legal............................................................................................184 Generalidades.....................................................................................184 Natureza do instituto............................................................................185 15

Direito Civil (2)

Diversas formas de penhor.....................................................................185 Da cauo de ttulos de crdito..............................................................185 Generalidades.....................................................................................185 Requisitos............................................................................................185 Conceito..................................................................................................186 Desvantagens da anticrese....................................................................186 Caracteres jurdicos................................................................................187 Modos de constituio ...........................................................................187 Efeitos da anticrese................................................................................187 Extino..................................................................................................187 Conceito..................................................................................................187 Diferenas entre hipoteca e penhor........................................................187 Espcies de hipoteca .............................................................................187 Caracteres jurdicos................................................................................187 Princpios................................................................................................188 Pluralidade de hipotecas - CC. Art. 812..................................................188 Efeitos da hipoteca: ...............................................................................188 Remio hipotecria...............................................................................189 Extino da hipoteca - CC. Art. 849 ......................................................189 ALIENAO FIDUCIRIA EM GARANTIA................................................189 Conceito..................................................................................................190 Caractersticas........................................................................................190 Execuo do contrato.............................................................................190 Extino da propriedade fiduciria .........................................................190 RENDA CONSTITUDA SOBRE IMVEL.................................................190 Conceito..................................................................................................190 Caracterstica..........................................................................................190 Contedo................................................................................................190 Modos constitutivos................................................................................190 Extino..................................................................................................190OBRIGAES Conceitos e elementos A obrigao a relao jurdica , de carter transitrio, estabelecida entre devedor e credor e cujo objeto consiste numa prestao pessoal econmica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento, o patrimnio do devedor (Washington Monteiro de Barros). OBRIGAO: vnculo de direito pelo qual algum - sujeito passivo - se prope a dar, fazer, no fazer qualquer coisa - objeto - em favor de outrem - sujeito ativo. Essa definio contm os elementos fundamentais das obrigaes. Elementos constitutivos das obrigaes 1- VNCULO JURDICO : sujeita o devedor realizao de um ato positivo ou negativo no interesse do credor. jurdico pois, acompanhado de sano. Teorias:

16

Direito Civil (2) Monista: obrigao uma s relao jurdica vinculando credor e devedor, cujo objeto a prestao; Dualista: a relao obrigacional contm dois vnculos: um atinente ao deve do sujeito passivo de satisfazer a prestao em benefcio do credor (debitum) e outro relativo a autorizao dada pela lei ao credor que no for satisfeito, de acionar o devedor , alcanando seu patrimnio (obligatio). Essa teoria valoriza o obligatio esquecendo que o adimplemento da obrigao regra , e seu descumprimento exceo. Ecltica: os dois elementos debitum e obligatio so essenciais. 2PESSOAL - PARTES NA RELAO OBRIGACIONAL : duas partes determinadas ou determinveis, um sujeito ativo - credor - e um sujeito passivo - devedor . Importante a presena dos dois sujeitos na relao obrigacional.

Sujeito ativo - credor - tem a expectativa de obter do devedor o desempenho da obrigao. Pode ser nico ou coletivo.No precisa ser individuado ou determinado; basta que seja determinvel, identificando-se no momento do adimplemento da obrigao. Sujeito passivo: cumpre-se o dever de colaborar com o credor fornecendo a prestao devida; limita-se o devedor a dar, fazer ou no fazer alguma coisa, que adveio de sua vontade, ato ilcito ou imposio legal. Est o devedor vinculado legalmente, na hiptese de inadimplemento pode o credor recolher judicialmente.Pode ser nico ou plural

3 MATERIAL - PRESTAO: ato humano positivo ou negativo: dar, fazer ou no fazer alguma coisa. Para que a prestao seja cumprida pelo devedor preciso que ela seja:

Lcita: conforme o direito, a moral bons costumes e ordem pblica, sob pena de nulidade da relao obrigacional (CC. Arts. 104 e 166 II); Possvel : fsica e juridicamente, ou seja, no deve contrariar as leis da natureza e no ser proibida por lei. Determinada ou determinvel : sob pena de no haver obrigao vlida. Patrimonial: suscetvel de apreciao econmica;

Distino entre direitos reais e pessoais EM RELAO PESSOAIS REAIS Aos sujeitos H dualidades de sujeitos ativo e H um s sujeito relao homem passivo vitais para existncia da coisa contm tre elementos sujeito relao obrigacional; ativo, coisa e a inflexo imediata do sujeito ativo sobre a coisa; A ao Ao pessoal dirigida somente Confere ao titular ao real contra quem contra ao sujeito passivo da relao indistintamente detiver a coisa. Erga obrigacional; omnes; Ao objeto sempre uma prestao do devedor; Pode ser uma coisa corprea ou incorprea; Ao limite ilimitado regido pela autonomia da limitado, regrado expressamente pela vontade, permite criao de novas lei numerus clausus vinculados aos figuras contratuais independente de tipos jurdicos criados; tipificadas na legislao; Ao modo de Exige sempre um intermedirio o exerccio direto pelo titular sobre a gozar os (obrigado prestao); coisa, desde que sua disposio; direitos extino Extingue-se pela inrcia da parte; Conserva-se at que surja uma situao contrria em proveito de outro titular; seqela Exige-se certa prestao de Segue o objeto onde quer que se determinada pessoa, no vinculando encontre eficcia absoluta; terceiros; Ao abandono No ocorre; O titular pode abandonar a coisa nos casos em que no queira arcar com o

17

Direito Civil (2)nus; possvel; suscetvel posse exteriorizao do domnio; Prprio do direito real

Ao usucapio posse

No possvel; No suscetvel;

Ao direito de No ocorre preferncia Ressalte-se que em certas situao especiais e de ordem prtica podem exigir a reunio dos direitos obrigacionais aos direitos reais, o que ocorre nas obrigaes propter rem , com nus reais e as obrigaes com eficcia real que mais adiante veremos. Fontes das obrigaes Fonte das obrigaes so os fatos jurdicos que do origem aos vnculos obrigacionais , em conformidade com as normas jurdicas 1 - FONTES IMEDIATAS :

LEI: pois todos os vnculos obrigacionais so relaes jurdicas;

2 - FONTES MEDIATAS : FATO JURDICO: o VONTADE HUMANA: decorre do contrato - vontade conjugada - ou de corre de - ato unilateral da vontade - promessa de recompensa, ttulo ao portador,etc.. o FATO NATURAL: ocorre sem interveno da vontade humana;

ATO ILCITO: so as que se constituem atravs de uma ao ou omisso culposa ou dolosa do agente, causando dano vtima. So diretas do comportamento humano infringente de um dever legal ou social. A LEI quando a obrigao advm diretamente da lei, independente de um comportamento humano.

Modalidade das obrigaes 1) CONSIDERADAS EM SI MESMA: A) OBRIGAES DE MLTIPLOS OBJETOS (MODO DE EXECUO) PODEM SER :

CUMULATIVAS: vrias prestaes , todas devem ser cumpridas pelo devedor, podem ser de: dar ou fazer, ou dar e no fazer. SIMPLES: s um credor, s um devedor, um s objeto ALTERNATIVAS: objeto mais de uma prestao , o devedor se libera se cumprir uma delas, apenas uma das prestaes constitui o seu dbito.

FACULTATIVA: a lei ou contrato permite o devedor exonerar-se do vinculo obrigacional mediante a entrega de outra prestao - a primeira era devida a segunda constitui faculdade concedida ao devedor de preferi-la para saldar seu dbito. B) OBRIGAES QUANTO A MULTIPLICIDADE (PLURALIDADE) DE SUJEITOS:

DIVISVEL: reparte-se em obrigaes autnomas ,tantas quantas forem as partes credoras ou devedoras; INDIVISVEL: a lei resolve;

SOLIDRIAS : em virtude da lei ou vontade das partes, obrigaes entre vrios devedores e credores, que enfeixadas passam a constituir um nico vnculo jurdico. C) QUANTO AO FIM: DE MEIO: devedor promete evidar esforos para alcanar o resultado, cumpre a obrigao desde que a preste diligentemente e escrupulosamente o servio prometido. DE RESULTADO: promete um resultado, se no o cumpre inadimplente, traz problemas no campo da responsabilidade civil.

18

Direito Civil (2)

DE GARANTIA.

D) QUANTO AO TEMPO DE ADIMPLEMENTO: MOMENTNEA OU INSTANTNEA;

EXECUO CONTINUADA OU PERIDICA.

E) OBRIGAES QUANDO A FORMA (NATUREZA) DO OBJETO (PRESTAO): DAR; FAZER ;

NO FAZER.

F) QUANTO A LIQUIDEZ DO OBJETO: LQUIDAS ;

ILQUIDAS.

G) QUANTO AOS ELEMENTOS ACIDENTAIS; PURA; CONDICIONAL; MODAL;

A TERMO.

H) QUANTO AO SEU VNCULO: MORAL; CIVIL; NATURAL. 2) RECIPROCAMENTE CONSIDERADAS: OBRIGAO PRINCIPAL;

OBRIGAO ACESSRIA. OBRIGAO CIVIL E EMPRESARIAL

Na primeira h um vnculo jurdico que sujeita o devedor realizao de uma prestao positiva ou negativa no interesse do credor estabelecendo um liame jurdico entre os dois. A segunda diz respeito atividade do empresrio abrangendo no s atos de comrcio , mas tambm as atividades industriais e de crdito. OBRIGAO MORAL Mero dever de conscincia , cumprida apenas por questes de princpios , juridicamente uma mera liberalidade. No h como constranger o devedorno caso de inadimplemento. Amparada pela direito, aps cumprida a liberalidade torna-se irrevogvel solutio retentio de modo que aquele que cumpriu no pode reclamar restituio , alegando que no estava obrigado ao seu adimplemento. OBRIGAO NATURAL Tem-se o vinculum solius aequitatis, sem obligatio, ou seja, h o credor o devedor e o objeto, mas no h ao, no tem o credor como compelir o devedor ao pagamento da prestao.

19

Direito Civil (2)Diferentemente da obrigao moral quando cumprida considera-se uma liberalidade, na obrigao natural considera-se o cumprimento da obrigao como pagamento vlido, podendo ser retida pelo credor e no repetida pelo devedor. Assim a obrigao natural aquela em que o credor no pode exigir do devedor uma certa prestao, embora, em caso de seu adimplemento voluntrio ou espontneo, possa ret-la a ttulo de pagamento e no de liberalidade. Caracteres: No se trata de obrigao moral; Acarreta inexigibilidade da prestao, da ser tambm designada como obrigao juridicamente inexigvel; Cumprida espontaneamente por pessoa capaz, ter-se- a validade do pagamento Irretratabilidade de seu pagamento Seus efeitos de previso normativa; Efeitos: Ausncia do direito de ao do credor para exigir seu adimplemento; Denegao do repetitio indebiti ao devedor que realizou; No suscetvel de novao e composio; No comporta fiana; No se aplica o regime de vcios redibitrios; Nosso C. Civil no menciona a obrigao natural resvalando-a quando trata da: irrepetibilidade da prestao paga CC. Art. 882 e 883; da dvida de jogo e aposta 814 e 815; mtuo feito a menor sem autorizao 588 e 589. OBRIGAO DE DAR Conceituao OBRIGAO DE DAR: consiste na entrega de alguma coisa, ou seja, na tradio de alguma coisa para o devedor. A prestao, na obrigao de dar, essencial constituio ou transferncia do direito real sobre a coisa. Diviso das obrigaes de dar As obrigaes de dar se dividem em: dar a coisa certa , dar coisa incerta, restituir.

RESTITUIR: envolve uma devoluo, como ocorre com o depositrio, comodatrio que recebida coisa alheia encontra-se adstrito a devolv-la - o credor dono da coisa, o que no ocorre na simples obrigao de dar . DAR COISA INCERTA: no considerada em sua individualidade mas no gnero a que pertence. Deve ter dados como gnero e quantidade. No momento em que se efetua a escolha , individualiza o objeto da obrigao, a obrigao de dar a coisa incerta , transforma-se em obrigao de dar a coisa certa. DAR COISA CERTA: estabelece um vnculo entre as partes , devedor compromete-se a entregar ou restituir objeto determinado, assim considerado em sua individualidade. Para exonera-se o devedor deve entregar o objeto determinado - ajustado no contrato - se no houver disposio em contrrio o acessrio seguir o principal da obrigao. DE SOLVER DVIDA EM DINHEIRO: abrangendo aqui, perdas e danos e pagamento de juros.

20

Direito Civil (2)

OBRIGAES DE CONTRIBUIR: CC. Arts. 1.315 e 1.568.

Obrigao de dar coisa certa Generalidades Ter-se- a obrigao de dar coisa certa, quando seu objeto foi constitudo por um corpo certo e determinado, estabelecendo-se entre as partes da relao obrigacional, um vnculo em que o devedor dever entregar ao credor uma coisa individuada. Rege-se por um princpio fundamental de que o devedor no poder ser obrigado a receber outra coisa , ainda que mais valiosa, logo o devedor , para exonerar-se da obrigao , est adstrito a entregar exatamente o objeto determinado na conveno (CC. Art. 313). Mas se o credor aceitar aliud pro alio, ou seja uma coisa por outra, Ter-se- dao em pagamento (CC. Art 356) devendo o devedor celebrar outro acordo com o credor, j queno pode mudar unilateralmente o objeto da prestao. . A obrigao de dar a coisa certa , evidentemente, abrange os acessrios dela embora no mencionados, salvo se o contrrio resultar do ttulo ou das circunstncias do caso. CC. Art. 233. Problemas referentes a obrigao de dar Deve o devedor conservar a coisa terceiros. que deva entregar ao credor, devendo ainda, defend-la de

Deteriorao ou perda do objeto da prestao, acarreta dois efeitos ou sobrevive ou se desfaz a relao obrigacional. Deve-se, ainda, observar-se se a deteriorao ou perecimento, foi pr culpa ou no do devedor, em regra geral, na ocorrncia de culpa h responsabilidade civil do culposo. Tradio o elemento que transfere o domnio, no o contrato o causador dessa transferncia, mas sim a tradio. A tradio se d, diferentemente, conforme seu objeto:

BEM IMVEL: tradio se opera, quando da transcrio no registro de imveis; BEM MVEL: basta a tradio, trocar de mos.

Perecimento, perda ou deteriorao da coisa, antes da tradio com ou sem culpa do devedor CC. art. 234 A - PERECIMENTO OU PERDA DA COISA SEM CULPA DO DEVEDOR: A OBRIGAO SE DESFAZ sendo que o vendedor (devedor) devolve o preo ao comprador (credor), se j o tiver recebido, o vendedor sofre com o perecimento da coisa.CC.Art. 234, 1a. parte. B - PERECIMENTO OU PERDA DA COISA PR CULPA DO DEVEDOR: Responder o devedor pelo equivalente, ou seja pelo valor que a coisa tinha no instante de seu perecimento, devendo ademais compor perdas e danos, que compreendem o prejuzo efetivamente sofrido pelo credor (dano emergente) e o lucro que deixou de auferir (lucro cessante). Assim, Ter-se o ressarcimento do gravame causado ao credor , uma vez que o devedor obrigado a conservar a coisa at que ela seja entregue ao credor. A obrigao original se extingue dando lugar a perdas e danos. CC.Art 234, in fine. C - DETERIORANDO-SE A COISA SEM CULPA DO DEVEDOR: Havendo diminuio de suas qualidades ou de seu valor econmico, caber neste caso, ao credor optar se considera extinta a relao obrigacional a obrigao se desfaz, vendedor devolve o preo ao comprador, vendedor arca com o nus - ou - o credor aceita a coisa no estado em que se encontra, abatido o valor do estrago, ou seja, o valor correspondente depreciao havida com a deteriorao, aqui a relao jurdica se altera. CC. Art. 235. D - DETERIORAO DA COISA PR CULPA DO DEVEDOR:

21

Direito Civil (2)Credor exige o equivalente mais perdas e danos, obrigao original se extingue dando lugar a perdas e danos - ou - aceita a coisa no estado em que se encontra , reclamando a indenizao por perdas e danos, sobrevive a obrigao alterada. CC.Art. 236. Nos casos observados podemos notar que: a situao jurdica se resolve; a situao jurdica se altera; a relao jurdica substituda pr outra diferente. Notamos, tambm, nos casos expostos que quem sofre o prejuzo, em regra, o DONO DA COISA, seja pr perda ou deteriorao - Res perit domine. Acessrios -CC. Art. 233 O obrigao de dar a coisa certa abrange-lhe os acessrios devido o princpio o acessrio segue o principal salvo as circunstncias do caso concreto ou diferentemente constar do ttulo. Compreendem-se os acessrios , as pertenas, as partes integrantes, os frutos, produtos, rendimentos e benfeitorias. CC. Art. 93. Cmodos so as vantagens produzidas pela coisa, ou seja, seus melhoramentos e acrescidos, que na obrigao de dar a coisa certa, pertencem ao devedor, que poder por eles exigir aumento no preo ou a resoluo da obrigao se o credor no concordar. (CC. Art. 237) No que atina aos frutos da coisa certa, os percebidos at a tradio sero do devedor, e os pendentes ao tempo da tradio do credor. ( CC. Art. 237 pargrafo nico) O domnio s se transfere com a tradio, antes a coisa pertence ao devedor, todos os melhoramentos da coisa principal, lhe seguem, incorpora-se ; o titular da propriedade pode, por esse motivo, exigir aumento no preo. Se o dono na deteriorao ou perda, antes da tradio, arca com o nus desta deteriorao ou perda, deve-se beneficiar com o melhoramento da coisa. Execuo de dar a coisa certa Credor pode exigir a coisa do devedor , se ele se recusa, deve ser resolvida em perdas e danos. Deve sempre que possvel ser entregue a coisa , quando impossvel a execuo especfica ou dela resultar constrangimento fsico pessoa do devedor, deve-se resolver em perdas e danos. Obrigao de restituir a coisa certa Generalidades No tem por escopo, a obrigao de restituir, a transferncia da propriedade, destinado-se apenas a proporcionar, temporariamente, o uso a fruio ou posse direta da coisa. Incidem nesta obrigao o locatrio, o muturio o depositrio, o comodatrio, o mandatrio, pois, findo o contrato, devero devolver a coisa ao credor, que seu proprietrio, sob pena de cometerem ESBULHO, competindo ao titular da posse, em caso de no-devoluo, do bem, a AO DE REINTEGRAO DE POSSE e pela lei do inquilinato pode o proprietrio valer-se do DESPEJO.. Perda, perecimento ou deteriorao do objeto A) PERECIMENTO DA COISA A SER RESTITUDA SEM CULPA DO DEVEDOR - CC. Art. 238 Havendo perda da coisa, a ser restituda, sem culpa do devedor , o credor por ser seu proprietrio, arcar com todos os prejuzos - res perit creditor , extinguindo-se a obrigao, sem que tenha direito a qualquer ressarcimento, embora possa fazer valer os j adquiridos at o dia da perda do bem, ex.: se tratava-se de coisa alugada, Ter direito ao pagamento do aluguel vencido at o dia do sinistro, pois a resoluo no se operar com efeito retroativo. B) PERECIMENTO DA COISA A SER RESTITUDA POR CULPA DO DEVEDOR CC. Art. 239, 583 e 1955). Se na obrigao de restituir se tiver a perda do bem em razo de ato culposo do devedor, este dever responder pelo equivalente em dinheiro, acrescido das perdas e danos. Ante o dever de conservar a

22

Direito Civil (2)coisa que est , temporariamente, em seu poder, o devedor dever responder pelos prejuzos que culposamente vier a causar ao seu credor pela perda da coisa a ser restituda. C) DETERIORAO DA COISA A SER RESTITUDA SEM CULPA E COM CULPA DO DEVEDOR CC. Art. 240

SEM CULPA: Se o bem restituvel deteriorar-se sem culpa do devedor o credor dever recebla no estado em que se encontra - res perit creditori sem poder pleitear qualquer indenizao pois sem culpa no haver o que responder , uma vez que a fora maior e o caso fortuito, constituem excludentes de responsabilidade.

COM CULPA: Deteriorando o bem restituvel por culpa do devedor, o credor poder exigir o equivalente em dinheiro, podendo, se quiser, optar pelo recebimento do bem no estado em que se achar, acrescido das perdas e danos. Melhoramentos e benfeitorias feitas na coisa restituvel A) POR ACESSO NATURAL - CC. Art. 241: Se o bem restituvel se valorizar em razo de melhoramentos e acrscimos que se derem sem despesas ou trabalho do devedor, lucrar o credor com o fato SEM PAGAR QUALQUER INDENIZAO, pelo simples fato de ser proprietrio da coisa. B) EM RAZO DE DISPNDIO OU TRABALHO DO DEVEDOR - CC. Art. 242. Se o bem restituvel teve melhoramentos em razo de dispndio ou trabalho do devedor, o credor dever pag-los ao devedor, exceto se for ele comodatrio.

DEVEDOR DE BOA-F: ter direito aos frutos percebidos e indenizao pelas benfeitorias teis e necessrias, podendo, sem detrimento da coisa, levantar as volupturias e, se no for indenizado, exercer ainda o direito de reteno., para ser reembolsado do valor dos melhoramentos teis e necessrios que fez. DEVEDOR DE M-F: somente ter direito indenizao das necessrias, sem ter o direito de ret-las e de levantar as volupturias, devendo, ainda, responder pelos frutos percebidos e pelos que, culposamente deixou de perceber, tendo, porm, direito s despesas de produo e custeio.

Obrigao de dar a coisa incerta Generalidades A obrigao de dar a coisa incerta consiste na relao obrigacional em que o objeto, indicado de forma genrica no incio da relao, vem a ser determinado mediante um ato de escolha, por ocasio de seu adimplemento. O objeto referido em gnero e quantidade (CC. Art. 243), sem que nenhuma individualizao seja feita. No se pode cogitar os riscos derivados de seu perecimento ou deteriorao. Para o cumprimento, a coisa indeterminada deve tornar-se determinada, individualizada; essa individualizao se faz atravs da - ESCOLHA - o ato de seleo das coisas constantes do gnero. No momento desta escolha que se aperfeioa a obrigao , transformando-se em obrigao de dar coisa incerta em obrigao de dar coisa certa (CC. Art. 245). Competncia para escolha e seleo da coisa - CC. Art. 244. Para que a obrigao de dar a coisa incerta seja suscetvel de cumprimento, ser preciso que a coisa seja determinada por meio de um ato de escolha ou concentrao, que a sua individuao manifestada no instante de cumprimento de tal obrigao, mediante atos apropriados, como a separao (pesagem, medio e a contagem) e a expedio. partes estipulam a quem compete a escolha, que poder inclusive ser delegada a terceiro (CC. Art.485), no seu silncio, pertence ao devedor o direito de escolha.

23

Direito Civil (2)

lei limita a liberdade de seleo do devedor, no poder prestar coisa pior que o credor escolheria, nem ser obrigado a prestar a melhor. MDIA.

se o contrato conferir ao credor a seleo este ser citado para entrega-lo individualizado (CC. Art. 342 c/c CPC Art. 629), no poder o credor praticar abusivamente o seu direito, os contratos devem ser interpretados em boa-f, atendendo mais a sua inteno que ao sentido literal das palavras. Efeitos da concentrao - CC. Art. 245 e 246. Aps escolha pelo devedor, ou pelo credor, a obrigao de dar coisa incerta passar a ser de dar a coisa certa. conseqentemente , o credor poder exigir o bem escolhido , no podendo entregar, o devedor , outro, ainda que mais valioso. Antes da concentrao, sendo a obrigao de dar a coisa incerta, a coisa permanece indeterminada. Logo se houver perda ou deteriorao da coisa, no poder o devedor falar em culpa, em fora maior ou em caso fortuito. Isto assim porque genus nunquam perit, ou seja, se algum vier a prometer 50 sacos de laranja, ainda que se percam em sua fazenda todas as existentes, nem por isso eximir-se- da obrigao, uma vez que poder obter laranjas em outro local. OBRIGAO DE FAZER OU NO FAZER Obrigao de fazer Generalidades OBRIGAO DE FAZER: devedor vincula-se um comportamento, determinado consistindo em praticar um ato ou realizar uma tarefa, que gera vantagem para o credor. Envolve uma atividade humana. Dentro da idia de fazer encontra-se a de dar, s que de dar a prestao de fato e no de coisa. Obrigao de fazer a que vincula o devedor prestao de um servio ou ato positivo, material ou imaterial, seu ou de terceiro, em benefcio do credor ou de terceira pessoa. Ex.: a de construir um edifcio, a de escrever um poema, etc.. O inadimplemento da obrigao de fazer conduz, via de regra, ao ressarcimento das perdas e danos, j que no h como penhorar, arrestar ou apreender o objeto da obrigao de fazer, exceto quando se tratar de declarao de vontade, que pode ser suprimida judicialmente. Diferenas entre a obrigao de dar e fazer QUANTO : DAR prestao Entrega de um objeto da obrigao tradio Imprescindvel Fica num plano secundrio, prestao pode ser praticada por terceiros. Ao devedor Erro sobre a pessoa do devedor no acarreta anulabilidade. Completa-se com a entrega execuo da coisa astreinte No possvel ser usada FAZER Realizao de um ato ou confeco de uma coisa No ocorre Personalssima, a pessoa significncia especial do devedor tem uma

possvel a anulao da obrigao por erro sobre a pessoa do devedor. No comporta a execuo por entrega da coisa inadimplemento resolve-se por perdas e danos Somente aqui cabvel, j que a astreinte a multa destinada a forar indiretamente o devedor a fazer o que deve e no repara o dano decorrente do inadimplemento

24

Direito Civil (2)Espcies de obrigaes de fazer

DE FAZER INFUNGVEIS - PESSOA DO DEVEDOR PREOCUPAO ESSENCIAL DO CREDOR - CC. Art. 247: Obrigao de fazer infungvel consiste seu objeto num facere que s poder ante a natureza da prestao ou por disposio contratual, ser executado pelo prprio devedor, sendo, portanto, intuitu personae , uma vez que se levam em conta as qualidades pessoais do obrigado. O credor poder exigir que a prestao avenada seja fornecida pelo prprio devedor, devido sua habilidade tcnica, cultura, reputao, etc.. NO estando obrigado a aceitar substituto. So os negcios que elaboram-se intuitu personae, pois o credor visa a prestao avenada, se for fornecida por aquele devedor, cujas qualidades pessoais ele tem em vista. Por vezes no se funda em qualidades pessoais e objetiva do devedor, mas em condies particulares a critrio do credor. Para que seja considerada infungvel , requer-se meno expressa , embora, em certos casos, em que no haja expressa meno, pode-se a infungibilidade ser reconhecida, dada as circunstncias e acontecimentos do negcio.

DE FAZER FUNGVEIS: o que importa no a pessoa do devedor, mas a tarefa a ser cumprida. Pode ser cumprida por terceiros, caso em que o credor ser livre mandar executar custa do devedor , havendo recusa ou mora deste, sem prejuzo da cabvel indenizao por perdas e danos.(CC. Art 249 c/c CPC. Art. 632 a 641). Conseqncias do descumprimento das obrigaes A - IMPOSSIBILIDADE - CC. Art. 248 A prestao torna-se impossvel, irrealizvel.

POR CULPA DO DEVEDOR : responder este por perdas e danos, deve compor o prejuzo; . (CC. Art. 248 2a parte e 389) SEM CULPA DO DEVEDOR : pela ocorrncia de fora maior ou caso fortuito, a obrigao se resolve, voltam as partes ao status quo ante, havendo devoluo do que, porventura , tenham recebido, prevalecendo assim o princpio de que ad impossibilia nemo tenetur, ou seja, ningum obrigado a efetivar coisas impossveis.(CC. Art. 248 1a parte)

B INADIMPLEMENTO VOLUNTRIO O devedor voluntariamente no cumpre a obrigao por no lhe convir, descumprimento do dever.

SE INFUNGVEL: por ser intuitu personae, no pode em regra, o credor exigir a execuo direta da obrigao, ante o princpio de que nemo potest precise cogi ad factum, ou que ningum pode ser coagido a praticar ato a que se obrigara; sem o agravo da liberdade do devedor, o credor reverte a reparao do prejuzo experimentado em perdas e danos. CC. Art. 247 SE FUNGVEL: tem alternativa o credor, de um lado as perdas e danos, j referidas, e de outro lado possibilita mandar executar a prestao por terceiro custa do faltoso, devendo, nesse caso , recorrer a via judicial para comprovao da recusa do devedor e se alcana a aprovao da substituio pretendida .CC. Art. 249

C - DE PRESTAR DECLARAO DE VONTADE: se o devedor no imite a declarao prometida (avenada), ela pode ser suprida judicialmente. A sentena transitada em julgado produzir o efeito da declarao no emitida. Obrigao de no fazer (ad non faciendum)

25

Direito Civil (2)Generalidades OBRIGAO DE NO FAZER: aquela em que o devedor assume o compromisso de se abster de um fato que poderia praticar , no fosse o vnculo que o prende - obrigao negativa. Ser sempre lcita, desde que no envolva sensvel restrio liberdade individual. Obrigao negativa, devedor conserva-se numa situao omissiva, pois a prestao negativa a que se comprometeu consiste numa absteno ou num ato de tolerncia. Inadimplemento das obrigaes de no fazer Ocorre quando o devedor comete o ato que deveria abster-se. A IMPOSSVEL - CC. Art. 250.: Se tornou-se impossvel sem culpa do devedor a obrigao se extingue; Se a obrigao de no fazer se impossibilitar , sem culpa do devedor, que no poder abster-se do ato, em razo de fora maior ou caso fortuito, resolver-se- exonerando-se o devedor. B - INADIMPLEMENTO - CC. Art. 251: Cabe ao credor duas alternativas: A- pode exigir o desfazimento do ato, sob pena de desfazer sua custa, ressarcindo o culpado em perdas e danos; B- regra geral - perdas e danos. OBRIGAES LQUIDA E ILQUIDAS Generalidades

LQUIDA: a obrigao certa quanto sua existncia e determinada quanto a seu objeto. Especificada de modo preciso, numericamente e/ou em cifras a qualidade, a quantidade e a natureza do objeto devido ILQUIDA: depende de prvia apurao visto ser incerto o montante da prestao. Toda a obrigao ilquida tende a converter-se e, lquida, tal converso obtm-se, em regra, no juzo pelo processo de liquidao, quando a sentena no fixar o valor da condenao ou no lhe individualizar o objeto. Pode resultar, tambm, a liquidao da transao.

Diferena entre ilquida e de dar a coisa incerta Esta nasce a incerteza com a prpria obrigao, mas determinvel; j aquela no originaria, no a escolha. Efeitos da obrigao ilquida

MORA: No pode haver j que ilquida, salvo se a iliquidao oriunda do devedor; a mora s fixada aps processo de liquidao. JUROS: contam-se desde a citao; NO COMPORTA: compensao (CC.art.369); consignao em pagamento e concesso de arresto (CPC. Art. 814, I)

SUSCETVEL DE FIANA: fiador s poder ser demandado d