direito civil 2 - em exercício - suzana lopesaula 05

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    PROFESSORA: SUZANA LOPES

    Prof. Suzana Lopes www.pontodosconcursos.com.br 1

    AULA 05 PRESCRIO E DECADNCIA / ATO LCITO E ATO ILCITO

    Ol futuros aprovados!!!

    Estamos de volta em nossa aula 05. Aps passarmos por um importante ponto de nossa matria, vamos dar prosseguimento com nosso curso, mantendo o foco total na aprovao de vocs na prova de auditor fiscal da Receita Federal.

    Na aula de hoje estudaremos os atos ilcitos e a prescrio e decadncia do negcio jurdico.

    Dessa forma, prestem bastante ateno, e vamos juntos em mais essa etapa rumo aprovao na Receita Federal.

    Preparados? Vamos l...

    Um timo estudo a todos.

    Suzana Lopes

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    1. LISTA DE QUESTES COMENTADAS

    1. (FCC/ Juiz do trabalho TRT 4 REGIO / 2012) Com relao prescrio, correto afirmar que

    a) iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.

    b) no corre contra os relativamente incapazes.

    c) se admite apenas a renncia expressa prescrio.

    d) no pode ser declarada de ofcio.

    e) os prazos de prescrio podem ser alterados, mas desde que por acordo expresso.

    Comentrio: Como estamos iniciando nossa aula sobre prescrio, vamos relembrar seu conceito bsico.

    Prescrio a perda da pretenso de reivindicar um direito por meio da ao judicial cabvel.

    Tanto a prescrio, quanto a decadncia buscam reprimir a inrcia dos titulares dos direitos, e assim, fixam prazos razoveis para que estes direitos sejam exercidos.

    Uma vez operada a prescrio ou a decadncia, a consequncia jurdica, via de regra, ser a mesma, qual seja, a impossibilidade de exercitar de um direito.

    So variados os prazos da prescrio, segundo a importncia do caso, a facilidade do exerccio da ao etc.

    Ahh professora, ento agora j sei tudo sobre prescrio?

    Com certeza no, e para vermos as diversas peculiaridades restantes, vamos partir para a anlise de nossas alternativas, que em cada uma delas existir um conceito novo para estudarmos.

    Alternativa A: iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.

    Correta A prescrio no interrompida, continuando ativa ainda que contra o sucessor. De acordo com o art. 196, temos que:

    Art. 196. A prescrio iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.

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    Alternativa B: no corre contra os relativamente incapazes.

    Errada Visto que a prescrio no corre contra os absolutamente incapazes como afirmam os art. 198 e 3 do CC.

    Art. 198. Tambm no corre a prescrio:

    I - contra os incapazes de que trata o art. 3;

    ART. 3 SO ABSOLUTAMENTE INCAPAZES de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

    I - os menores de dezesseis anos;

    II - os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio discernimento para a prtica desses atos;

    III - os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.

    Alternativa C: se admite apenas a renncia expressa prescrio.

    Errada A alternativa est errada porque, na realidade, so admitidas duas modalidades de renncia a expressa e a tcita. Dessa forma o erro consiste em afirmar que apenas a expressa aceita.

    Art. 191. A RENNCIA DA PRESCRIO PODE SER EXPRESSA OU TCITA, e s valer, sendo feita, sem prejuzo de terceiro, depois que a prescrio se consumar; tcita a renncia quando se presume de fatos do interessado, incompatveis com a prescrio.

    Alternativa D: no pode ser declarada de ofcio.

    Errada Cuidado candidato, essa impossibilidade existiu at o ano de 2006 quando art. 194 foi REVOGADO. Ou seja, hoje h a possibilidade de a prescrio ser declarada de ofcio.

    DICIONRIO JURDICO

    Renncia expressa trata-se de um anuncio de desistncia de um direito que realizado de maneira bastante clara.

    Renncia tcita (ou presumida) aqui existe a perda de um direito devido a no execuo de um ato dentro do prazo legal.

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    Art. 194. O juiz no pode suprir, de ofcio, a alegao de prescrio, salvo se favorecer a absolutamente incapaz. (Revogado pela Lei n 11.280, de 2006)

    Alternativa E: os prazos de prescrio podem ser alterados, mas desde que por acordo expresso.

    Errada Art. 192. Os prazos de prescrio NO PODEM SER ALTERADOS POR ACORDO DAS PARTES.

    Gabarito A

    2. (CESPE / Advogado AGU/ 2012) A respeito da prescrio, julgue os itens seguintes. Considere a seguinte situao hipottica.

    Carla, vtima de atropelamento, pretende, passados mais de trs anos do fato, ajuizar, contra o agente que a vitimou, ao de reparao pelos danos materiais e morais sofridos. Nessa situao, Carla, em razo de sua inrcia, perdeu o direito de agir com o referido objetivo em face do agente.

    Certo Errado

    Comentrio: Vamos aproveitar essa questo para aumentarmos um pouco mais nossos conhecimentos. Observem:

    Que tal entendermos melhor os conceitos envolvidos antes de partirmos para a anlise da questo?

    O direito subjetivo envolve um direito que A tem ao qual corresponde um dever jurdico de B.

    Exemplo: A tem um cheque que B emitiu. Aqui temos o direito de A que seria o direito a quantia escrita no cheque e o dever de B que seria a mesma quantia detalhada no cheque. Se B no paga o cheque no dia pr-datado, para A, nasce a pretenso de cobrar o cheque judicialmente.

    DIREITO POTESTATIVO, de ao DECADNCIA.

    DIREITO SUBJETIVO, de pretenso PRESCRIO

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    Diante do direito violado temos a pretenso. Essa situao impe um prazo prescricional.

    No direito potestativo tambm existe um direito de A, no entanto, aqui, a esse direito h a sujeio da outra parte, de B. Aqui A tem o poder total perante B, no entanto no pode ele mesmo decretar a validade desse direito, deve recorrer a justia para valid-lo. Aqui o prazo decadencial.

    Exemplo: A, a mulher, quer o divrcio de B, o marido. O marido no pode fazer nada quanto a esse direito que a mulher tem, ele deve apenas aceitar o divrcio caso ela v a justia pleite-lo.

    Analisando a questo, podemos concluir que Carla possua um prazo prescricional. Passados mais de 3 anos, ela perdeu o direito de propor a ao de perdas e danos, no o direito de agir, como menciona a questo.

    Art. 206. Prescreve:

    [...]

    3o Em trs anos:

    [...]

    V - a pretenso de reparao civil;

    [...]

    Gabarito: Errado

    3. (ESAF / Analista de Comrcio Exterior MDIC / 2012) Em relao prescrio e decadncia, so corretas as afirmaes abaixo, exceto.

    O prazo prescricional nasce no momento que um direito violado. A prescrio pressupe que eu j tenha adquirido um direito e que agora ele foi violado. A decadncia o prazo que eu tenho para exercer o meu direito, eu ainda no tenho o direito.

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    a) A prescrio representa a interferncia do tempo nas relaes jurdicas, pela qual desaparece o direito de algum pleitear o reconhecimento de um direito subjetivo violado.

    b) So causas que interrompem a prescrio: o despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citao, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; o protesto cambial; a apresentao do ttulo de crdito em juzo de inventrio ou em concurso de credores; qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; qualquer ato inequvoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

    c) So requisitos da prescrio e da decadncia a inrcia do titular de um direito e o decurso do tempo para o exerccio desse mesmo direito.

    d) A decadncia representa tambm a interferncia do tempo nas relaes jurdicas, dirige-se, porm, no aos direitos subjetivos, mas aos direitos potestativos.

    e) A decadncia a extino de um direito pelo seu no exerccio, no prazo assinalado por lei ou conveno. Extingue, portanto, a ao atribuda a um direito.

    Comentrio: Como essa questo a primeira que envolve os dois conceitos de prescrio e decadncia juntos, vamos observar o esquema abaixo, onde temos a comparao entre esses dois importantes conceitos.

    TABELA COMPARATIVA ENTRE PRESCRIO E DECADNCIA

    PRESCRIO DECADNCIA

    Tem por efeito extinguir tanto o direito quanto a ao;

    Tem por efeito extinguir o direito;

    Depois de consumada, pode ser renunciada pelo prescribente;

    Resultante de prazo extintivo imposto pela lei no pode ser renunciada pelas partes, nem depois de consumada;

    No corre contra todos, havendo pessoas que por considerao de

    ordem especial da lei, ficam isentas de seus efeitos;

    Corre contra todos, no prevalecendo contra ela as isenes criadas pela lei a

    favor de certas pessoas;

    Pode ser suspensa ou interrompida por causas preclusivas previstas em lei;

    No se suspende, nem se interrompe, e s impedida pelo exerccio do

    direito a ela sujeito

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    Vamos agora analisar as alternativas da questo:

    Alternativa A: A prescrio representa a interferncia do tempo nas relaes jurdicas, pela qual desaparece o direito de algum pleitear o reconhecimento de um direito subjetivo violado.

    Correta A questo nos traz o conceito de prescrio que est correto como pudemos observar na explicao anterior. Temos ainda o art. 189 do CC para reforar a correo da alternativa.

    CC. Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretenso, a qual se extingue, pela prescrio, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.

    Alternativa B: So causas que interrompem a prescrio: o despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citao, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; o protesto cambial; a apresentao do ttulo de crdito em juzo de inventrio ou em concurso de credores; qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; qualquer ato inequvoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

    Correta Alternativa correta que enumera os casos nos quais h interrupo da prescrio conforme diz o art. 202 abaixo.

    Art. 202. A interrupo da prescrio, que somente poder ocorrer uma vez, dar-se-:

    I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citao, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;

    II - por protesto, nas condies do inciso antecedente;

    III - por protesto cambial;

    IV - pela apresentao do ttulo de crdito em juzo de inventrio ou em concurso de credores;

    V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

    VI - por qualquer ato inequvoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

    Alternativa C: So requisitos da prescrio e da decadncia a inrcia do titular de um direito e o decurso do tempo para o exerccio desse mesmo direito.

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    Correta So requisitos da prescrio e da decadncia que o titular de um direito no o exera dentro de um perodo de tempo que ele teria para se manifestar.

    Alternativa D: A decadncia representa tambm a interferncia do tempo nas relaes jurdicas, dirige-se, porm, no aos direitos subjetivos, mas aos direitos potestativos.

    Correta Alternativa correta conforme vimos em explicao anterior. Ao direito potestativo responde a decadncia.

    Alternativa E: A decadncia a extino de um direito pelo seu no exerccio, no prazo assinalado por lei ou conveno. Extingue, portanto, a ao atribuda a um direito.

    Errada Na decadncia o que extinto o direito. Isso se d devido a no ao dentro do prazo que, devido a falta de exerccio, se esgotou.

    Gabarito: E

    4. (CESGRANRIO / Advogado - CAIXA/ 2012) Sobre os institutos da prescrio e da decadncia, um EQUVOCO considerar que,

    a) a decadncia no se interrompe nem se suspende, salvo por previso expressa em lei.

    b) o prazo prescricional interrompido faz com que a contagem do tempo se inicie novamente.

    c) as causas de suspenso da prescrio so de natureza pessoal

    d) as aes de reconhecimento de paternidade e referentes ao estado da pessoa humana prescrevem em 2 anos.

    e) os prazos decadenciais podem ser elegidos por contrato, via manifestao expressa de vontade e desde que no restrinjam direito estabelecido em lei.

    Comentrio: Mais uma questo que apresenta conceitos novos e importantes para a prova de vocs.

    Alternativa A: a decadncia no se interrompe nem se suspende, salvo por previso expressa em lei.

    Correta - Art. 207. Salvo disposio legal em contrrio, no se aplicam decadncia as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrio.

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    Professora, a prescrio pode sofrer interrupo ou suspenso?

    Sim, a prescrio pode ser suspensa e interrompida. Este assunto tratado pelo CC nas Sees II e III que englobam os art. 197, 198, 199, 200 e 201 (que tratam das causas da suspenso) e os art. 202, 203 e 204 (que tratam das causas da interrupo).

    Outro aspecto importante sobre a prescrio e a decadncia seria que:

    No prazo decadencial: se o prazo termina em um domingo a ao dever ser proposta na sexta feira anterior, no se pode deixar passar o prazo decadencial.

    No prazo prescricional: Se o prazo acabar no sbado a ao poder ser proposta na segunda.

    Alternativa B: o prazo prescricional interrompido faz com que a contagem do tempo se inicie novamente.

    Correta Art. 202

    [...]

    Pargrafo nico. A prescrio interrompida recomea a correr da data do ato que a interrompeu, ou do ltimo ato do processo para a interromper.

    Alternativa C: as causas de suspenso da prescrio so de natureza pessoal.

    Correta Sim, o impedimento e a suspenso tm natureza pessoal, diferente da interrupo.

    Portanto, o impedimento e a suspenso envolvem situaes entre pessoas, aspecto que pode ser observado ao efetuar-se a leitura das hipteses descritas nos artigos 197 a 201 do Cdigo Civil. Para fins de esclarecimento,

    O que seria a natureza pessoal?

    So de natureza pessoal as relaes descritas nos artigos da seo II do CC, porque so mais intimas, existindo um espcie de parentesco ou proximidade entre os personagens tratados nesta seo. Diferente do que observa-se em relao aos casos de interrupo que envolvem relaes eu diria negociais, algo mais distanciado.

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    diferentemente ocorre com a interrupo da prescrio, que est relacionada com os atos praticados pelo credor ou devedor. Em suma, o impedimento e suspenso englobam situaes que envolvem uma relao entre pessoas, enquanto que na interrupo necessria to-somente a prtica de um ato pelo credor ou devedor.

    Alternativa D: as aes de reconhecimento de paternidade e referentes ao estado da pessoa humana prescrevem em 2 anos.

    Errada - STF Smula n 149 - 13/12/1963

    IMPRESCRITVEL a ao de investigao de paternidade, mas no o a de petio de herana.

    Alternativa E: os prazos decadenciais podem ser elegidos por contrato, via manifestao expressa de vontade e desde que no restrinjam direito estabelecido em lei.

    Correta - Art. 211. Se a decadncia for convencional, a parte a quem aproveita pode aleg-la em qualquer grau de jurisdio, mas o juiz no pode suprir a alegao.

    Gabarito: D

    5. (FCC / Tcnico judicirio TRT 6 REGIO (PE) / 2012) Interrompe-se a prescrio

    a) na pendncia de ao de evico.

    b) pelo protesto cambial.

    c) somente por despacho de Juiz competente que ordenar a citao, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual.

    d) pelo casamento do devedor com a credora.

    e) sobrevindo incapacidade absoluta ou relativa do credor.

    Comentrio: Essa questo interessante, pois aborda os casos de interrupo da prescrio. Vejamos:

    H relaes jurdicas que, pela sua prpria natureza, so incompatveis com a prescrio e decadncia e, desse modo, no estariam sujeitas ao limite de tempo. Dentre elas, esto as aes ligadas aos direitos da personalidade e estado de famlia (ao de separao judicial, investigao de paternidade etc.).

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    Alternativa A: na pendncia de ao de evico.

    Errada Esse um caso de suspenso, no de interrupo da prescrio. Aqueles casos so tratados pela seo II Das Causas que Impedem ou Suspendem a Prescrio que comporta os art. 197, 198, 199, 200 e 201 conforme mencionado anteriormente, vejamos:

    Art. 199. No corre igualmente a prescrio:

    I - pendendo condio suspensiva;

    II - no estando vencido o prazo;

    III - PENDENDO AO DE EVICO.

    Alternativa B: pelo protesto cambial.

    Correta - Art. 202. A interrupo da prescrio, que somente poder ocorrer uma vez, dar-se-:

    I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citao, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;

    II - por protesto, nas condies do inciso antecedente;

    III - POR PROTESTO CAMBIAL.

    [...]

    Alternativa C: somente por despacho de Juiz competente que ordenar a citao, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual.

    Errada Errada pela fato de existirem outras possibilidades de interrupo da prescrio nos demais nos demais incisos.

    o que eu sempre falo, expresses como sempre, em regra, nunca, somente aparecendo em provas de concursos, liguem o alerta!!!

    Art. 202. A interrupo da prescrio, que somente poder ocorrer uma vez, dar-se-:

    I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citao, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;

    [....]

    Alternativa D: pelo casamento do devedor com a credora.

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    Errada Errada pelo mesmo motivo da alternativa A. Notem que tentam constantemente confundir o candidato com os casos de interrupo e de suspenso. Talvez a natureza pessoal dos casos de suspenso seja uma boa maneira de distinguir as duas possibilidades, nos ajudando a evitar erros.

    Art. 197. No corre a prescrio:

    I - entre os cnjuges, na constncia da sociedade conjugal;

    Alternativa E: sobrevindo incapacidade absoluta ou relativa do credor.

    Errada Tambm est errada pelo mesmo motivo da alternativa A.

    Art. 198. Tambm no corre a prescrio:

    I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;

    [...]

    Gabarito: C

    6. (MPE - GO / Promotor de Justia MPE - GO / 2012) Sobre a prescrio, marque a alternativa incorreta.

    a) vlida a renncia prescrio antes de sua consumao, se no houver prejuzo a terceiros.

    b) Prescreve a execuo no mesmo prazo de prescrio da ao.

    c) prescricional o prazo previsto para a deduo de pretenso de direito material em juzo por meio de ao de natureza condenatria.

    d) Suspensa a prescrio em favor de um dos credores solidrios, s aproveitam os outros se a obrigao for indivisvel.

    Comentrio: Mais uma questo sobre a prescrio. Vejamos:

    Alternativa A: vlida a renncia prescrio antes de sua consumao, se no houver prejuzo a terceiros.

    Errada conforme art. 191 do CC:

    Art. 191. A renncia da prescrio pode ser expressa ou tcita, E S VALER, sendo feita, sem prejuzo de terceiro, DEPOIS QUE A PRESCRIO SE CONSUMAR; tcita a renncia quando se presume de fatos do interessado, incompatveis com a prescrio.

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    Alternativa B: Prescreve a execuo no mesmo prazo de prescrio da ao.

    Correta - est correta como podemos observar na smula 150 do STF. Observem:

    STF Smula n 150 - 13/12/1963 - Smula da Jurisprudncia Predominante do Supremo Tribunal Federal - Anexo ao Regimento Interno. Edio: Imprensa Nacional, 1964, p. 84.

    Execuo e Ao - Prazo de Prescrio

    Prescreve a execuo no mesmo prazo de prescrio da ao.

    Alternativa C: prescricional o prazo previsto para a deduo de pretenso de direito material em juzo por meio de ao de natureza condenatria.

    Correta Essa alternativa abre espao para novos assuntos relacionados ao tema de nossa aula, vejamos:

    As aes de conhecimento podem ser: condenatrias, constitutivas ou declaratrias.

    Somente as aes condenatrias esto sujeitas ao prazo prescricional.

    As condenatrias eu cobro direito subjetivo meu quando peo ao juiz para condenar o ru a fazer alguma coisa, devido ao fato de ele ter violado uma obrigao. Somente elas esto sujeitas a prescrio.

    J nas constitutivas (positiva ou negativa) temos o direito potestativo, uma vez que peo ao juiz para constituir ou desconstituir uma situao independente do ru aceitar ou no. Lembremos que aqui o ru no pode fazer nada perante a criao, modificao ou extino de relaes jurdicas. Conforme explicado as aes constitutivas so as nicas relacionadas a decadncia. So perptuas todas aquelas constitutivas para as quais a lei no fixa prazo especial de exerccio.

    As aes meramente declaratrias, que s visam obter certeza jurdica que seria de existncia ou inexistncia de relao jurdica. No esto sujeitas nem decadncia nem prescrio, em princpio, sendo perptuas, mas sujeitas a prazos decadenciais quando estes so previstos em lei.

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    Alternativa D: Suspensa a prescrio em favor de um dos credores solidrios, s aproveitam os outros se a obrigao for indivisvel.

    Correta reproduz exatamente o previsto no art. 201 do CC.

    Art. 201. Suspensa a prescrio em favor de um dos credores solidrios, s aproveitam os outros se a obrigao for indivisvel.

    Gabarito: A

    7. (FCC /Analista Ministerial MPE (PE) / 2012) Bernadete contratou Gorete, advogada, para ajuizar ao de indenizao por danos morais sofridos em razo da conduta ilcita de Valdo. Durante o curso do processo Bernadete celebrou acordo com Valdo, que efetuou o pagamento da quantia acordada diretamente para Bernadete. Aps a homologao do acordo, da extino do processo e do recebimento da quantia, Bernadete se recusou em pagar os honorrios de Gorete. Neste caso, a pretenso de Gorete pelos seus honorrios prescrever em

    a) dez anos, contados da celebrao escrita ou verbal do contrato de honorrios.

    b) trs anos, contado o prazo da concluso dos servios.

    c) dois anos, contado o prazo da concluso dos servios.

    d) cinco anos, contado o prazo da concluso dos servios.

    e) dois anos, contado o prazo da homologao do acordo.

    Comentrio: Essa questo trata de um assunto bastante interessante, e que aparecem constantemente em provas de concursos: Os prazos.

    Art. 206. Prescreve:

    [...]

    5o Em cinco anos:

    I - a pretenso de cobrana de dvidas lquidas constantes de instrumento pblico ou particular;

    II - a pretenso dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorrios, contado o prazo da concluso dos servios, da cessao dos respectivos contratos ou mandato;

    III - a pretenso do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juzo.

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    Gabarito: D

    8. (FCC / Analista Ministerial MPE (PE) / 2012) A empresa X comprou um liquidificador na empresa Y para uso de seus funcionrios no refeitrio. Quando o empregado Felipe ligou o liquidificador, o boto que liga e desliga o aparelho soltou-se impossibilitando o seu uso. Neste caso, o direito da empresa X em obter a redibio, segundo o Cdigo Civil brasileiro, contados da entrega efetiva do liquidificador decair no prazo de

    a) dois anos.

    b) sessenta dias.

    c) noventa dias.

    d) um ano.

    e) trinta dias.

    Comentrio: Mais uma questo sobre prazos. Muita ateno!!!

    Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibio ou abatimento no preo NO PRAZO DE TRINTA DIAS SE A COISA FOR MVEL, e de um ano se for imvel, contado da entrega efetiva; se j estava na posse, o prazo conta-se da alienao, reduzido metade.

    Gabarito: E

    9. (FMP - RS /Procurador PGE - AC / 2012) Assinale a alternativa CORRETA.

    DICIONRIO JURDICO

    Redibio Anulao de uma venda por proposta do comprador, quando a coisa vendida apresenta defeito.

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    a) A prescrio no ocorre em relao s aes declaratrias ou constitutivas, sejam essas ltimas positivas, modificativas ou negativas.

    b) As normas relativas prescrio so de carter cogente em relao ao prazo, mas dispositivas em relao ao termo a quo e aos termos interruptivos.

    c) possvel a renncia, tanto do prazo prescricional, quanto do prazo decadencial, a qualquer tempo.

    d) Os prazos decadenciais convencionais devero, assim como os legais, ser conhecidos de ofcio pelo juiz.

    Comentrio: Questo boa, que exige o conhecimento geral sobre prescrio e decadncia.

    A alternativa A est correta uma vez que a prescrio corre apenas para as aes condenatrias como observado na questo 6.

    Gabarito: A

    10. (CONSULPLAN / Analista Judicirio TSE / 2012) A respeito da prescrio, analise.

    I. No corre a prescrio entre os cnjuges, na constncia da sociedade conjugal.

    II. No corre a prescrio pendendo condio resolutiva.

    III. No corre a prescrio no estando vencido o prazo.

    IV. No corre a prescrio em favor dos incapazes.

    Est correto somente o que se afirma em

    a) II, III

    b) I

    c) III, IV

    d) I, III

    Comentrio: Essa questo versa sobre os casos que no so cabveis a prescrio. Vejamos:

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    Assertiva I: No corre a prescrio entre os cnjuges, na constncia da sociedade conjugal.

    Correta - Art. 197. No corre a prescrio:

    I - entre os cnjuges, na constncia da sociedade conjugal;

    Assertiva II: No corre a prescrio pendendo condio resolutiva.

    Errada - Art. 199. No corre igualmente a prescrio:

    I - pendendo condio SUSPENSIVA;

    II - no estando vencido o prazo;

    III - pendendo ao de evico.

    Lembrando que:

    CONDIO SUSPENSIVA

    A QUE IMPEDE A EFICACIA DO NEGCIO JURDICO AT A

    REALIZAO DO EVENTO FUTURO E INCERTO.

    CONDIO RESOLUTIVA O FATO FUTURO E INCERTO QUE, UMA VEZ OCORRIDO, PROVOCA

    EXTINO DO DIREITO.

    Assertiva III: No corre a prescrio no estando vencido o prazo.

    Correta - Art. 199. No corre igualmente a prescrio:

    [...]

    II - no estando vencido o prazo;

    [...]

    Assertiva IV: No corre a prescrio em favor dos incapazes.

    Errada - Art. 198. Tambm no corre a prescrio:

    I - CONTRA os incapazes de que trata o art. 3o;

    [...]

    Gabarito: D

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    11. (FCC / Analista Judicirio TRE CE / 2012) Considere:

    I. A pretenso de cobrana de dvidas lquidas constantes de instrumento pblico ou particular.

    II. A pretenso dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorrios.

    III. A pretenso do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juzo.

    IV. A pretenso dos hospedeiros para o pagamento da hospedagem.

    De acordo com o Cdigo Civil brasileiro, prescreve em cinco anos as pretenses indicadas APENAS em

    a) II e IV.

    b) II, III e IV.

    c) I, II e III.

    d) I e III.

    e) I e IV.

    Comentrio: Como eu falei anteriormente, as bancas de uma forma geral, adoram questes sobre prazos, portanto, vocs devem saber bem esse tpico da matria.

    Assertiva I: A pretenso de cobrana de dvidas lquidas constantes de instrumento pblico ou particular.

    Correta - Art. 206. Prescreve:

    [...]

    5o Em cinco anos:

    I - a pretenso de cobrana de dvidas lquidas constantes de instrumento pblico ou particular;

    Assertiva II: A pretenso dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorrios.

    Correta - Art. 206. Prescreve:

    [...]

    5o Em cinco anos:

    [...]

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    II - a pretenso dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus honorrios, contado o prazo da concluso dos servios, da cessao dos respectivos contratos ou mandato;

    [...].

    Assertiva III: A pretenso do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juzo.

    Correta - Art. 206. Prescreve:

    [...]

    5o Em cinco anos:

    [...]

    III - a pretenso do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juzo.

    Assertiva IV: A pretenso dos hospedeiros para o pagamento da hospedagem.

    Errada Errada porque prescreve em 1 ano.

    Art. 206. Prescreve:

    1o Em um ano:

    I - a pretenso dos hospedeiros ou fornecedores de vveres destinados a consumo no prprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;

    [...]

    Gabarito: C

    12. (FCC / Oficial de Justia TJ - PE / 2012) O Cdigo Civil brasileiro estabeleceu prazos especficos para a ocorrncia da prescrio em diversas hipteses. Assim, segundo este diploma legal, a pretenso para juros, dividendos ou quaisquer prestaes acessrias, pagveis, em perodos no maiores de um ano, com capitalizao ou sem ela, prescreve em

    a) um ano.

    b) dois anos.

    c) trs anos.

    d) quatro anos.

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    e) cinco anos.

    Comentrio: Mais uma questo de prazos. Vamos verificar a resposta da questo, e aps isso resumir os principais prazos existentes em uma tabela.

    Art. 206. Prescreve:

    3o Em trs anos:

    [...]

    III - a pretenso para haver juros, dividendos ou quaisquer prestaes acessrias, pagveis, em perodos no maiores de um ano, com capitalizao ou sem ela;

    [...]

    1 ano

    2 anos

    3 anos

    4 anos

    5 anos 1. hospedeiros ou fornecedores de vveres 2. segurado 3. tabelies 4. peritos 5. scios e acionistas

    1. alimentos

    1. alugueis 2. prestaes: de rendas/ acessrias 3. ressarcimento 4. reparao civil 5. restituio 6. violao de lei ou estatuto 7. ttulo de crdito 8. contra segurador e terceiro prejudicado

    1. tutela

    1. cobrana de dvida 2. profissionais liberais 3. vencedor em juzo

    Gabarito: C

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    13. (FCC/ Analista de Controle Externo TCE - AP/ 2012) Em matria de prescrio, correto afirmar:

    a) A renncia da prescrio s pode ser expressa.

    b) Os prazos de prescrio podem ser alterados por acordo das partes.

    c) O juiz no pode reconhecer a prescrio de ofcio.

    d) A interrupo da prescrio poder ocorrer mais de uma vez.

    e) A exceo prescreve no mesmo prazo em que a pretenso.

    Comentrio: Observem nessa questo, que os temas abordados nas provas de concursos sobre prescrio e decadncia, no fogem muito do que estamos vendo nas diversas questes. Vamos analisar as alternativas:

    Alternativa A: A renncia da prescrio s pode ser expressa.

    Errada - Art. 191. A RENNCIA DA PRESCRIO PODE SER EXPRESSA OU TCITA, e s valer, sendo feita, sem prejuzo de terceiro, depois que a prescrio se consumar; tcita a renncia quando se presume de fatos do interessado, incompatveis com a prescrio.

    Alternativa B: Os prazos de prescrio podem ser alterados por acordo das partes.

    Errada - Art. 192. Os prazos de prescrio NO PODEM SER ALTERADOS POR ACORDO DAS PARTES.

    Alternativa C: O juiz no pode reconhecer a prescrio de ofcio.

    Errada - Art. 219 - A citao vlida torna prevento o juzo, induz litispendncia e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrio.

    5 O JUIZ PRONUNCIAR, DE OFCIO, A PRESCRIO.

    Alternativa D: A interrupo da prescrio poder ocorrer mais de uma vez.

    Errada - Art. 202. A interrupo da prescrio, que SOMENTE PODER OCORRER UMA VEZ, dar-se-:

    [...]

    Alternativa E: A exceo prescreve no mesmo prazo em que a pretenso.

    Correta - Art. 190. A exceo prescreve no mesmo prazo em que a pretenso.

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    Gabarito: E

    14. (FCC / Analista Judicirio TJ (PE)/ 2012) Segundo o Cdigo Civil brasileiro, em regra, correr normalmente a prescrio contra os

    a) que, por enfermidade, no tiverem o necessrio discernimento para a prtica dos atos da vida civil.

    b) que se acharem servindo nas Foras Armadas, em tempo de guerra.

    c) ausentes do Pas em servio pblico dos Municpios.

    d) excepcionais, sem desenvolvimento mental completo.

    e) que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.

    Comentrio: Essa questo aborda os casos que a prescrio aplicvel

    Alternativa A: que, por enfermidade, no tiverem o necessrio discernimento para a prtica dos atos da vida civil.

    Errada A alternativa est errada porque no corre prescrio contra os absolutamente incapazes.

    Art. 198. Tambm NO CORRE A PRESCRIO:

    I - CONTRA OS INCAPAZES DE QUE TRATA O ART. 3 ;

    [...]

    Art. 3 So absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

    [...]

    II - OS QUE, POR ENFERMIDADE OU DEFICINCIA MENTAL, NO TIVEREM O NECESSRIO DISCERNIMENTO PARA A PRTICA DESSES ATOS;

    [...]

    Alternativa B: que se acharem servindo nas Foras Armadas, em tempo de guerra.

    Errada - Art. 198. Tambm NO CORRE A PRESCRIO:

    III - CONTRA OS QUE SE ACHAREM SERVINDO NAS FORAS ARMADAS, EM TEMPO DE GUERRA.

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    Alternativa C: ausentes do Pas em servio pblico dos Municpios.

    Errada - Art. 198. Tambm NO CORRE A PRESCRIO:

    [...]

    II - CONTRA OS AUSENTES DO PAS EM SERVIO PBLICO DA UNIO, DOS ESTADOS OU DOS MUNICPIOS;

    [...]

    Alternativa D: excepcionais, sem desenvolvimento mental completo.

    Correta No corre prescrio contra os absolutamente incapazes que trata o art. 3, acontece que os mencionados na alternativa D so os relativamente incapazes que so tratados pelo art. 4 do CC. Abaixo os art. relacionados a questo.

    Art. 198. Tambm no corre a prescrio:

    I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;

    Art. 3o So absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

    I - os menores de dezesseis anos;

    II - os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio discernimento para a prtica desses atos;

    III - os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.

    Art. 4 So incapazes, relativamente a certos atos, ou maneira de os exercer:

    [...]

    III - OS EXCEPCIONAIS, SEM DESENVOLVIMENTO MENTAL COMPLETO;

    Alternativa E: que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.

    Errada - Art. 198. Tambm NO CORRE A PRESCRIO:

    I - CONTRA OS INCAPAZES DE QUE TRATA O ART. 3;

    [...]

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    Art. 3 So absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

    [...]

    III - OS QUE, MESMO POR CAUSA TRANSITRIA, NO PUDEREM EXPRIMIR SUA VONTADE.

    Gabarito: D

    15. (FCC / Tcnico Judicirio TJ PE / 2012) Considere as seguintes assertivas a respeito da prescrio:

    I. Prescreve em dois anos a pretenso de reparao civil.

    II. A interrupo da prescrio, que somente poder ocorrer uma vez, dar-se-, dentre outras hipteses, por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citao, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual.

    III. No corre a prescrio contra os ausentes do Pas em servio pblico da Unio.

    IV. Prescreve em um ano a pretenso de ressarcimento de enriquecimento sem causa.

    De acordo com o Cdigo Civil brasileiro, est correto o que afirma APENAS em

    a) I e IV.

    b) I, II e III.

    c) II, III e IV.

    d) II e III.

    e) I e III.

    Comentrio: Questo bastante interessante por ser bastante abrangente na cobrana da prescrio.

    Assertiva I: Prescreve em dois anos a pretenso de reparao civil.

    Errada - Art. 206. Prescreve:

    [...]

    3 EM TRS ANOS:

    [...]

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    V - a pretenso de reparao civil;

    Assertiva II: A interrupo da prescrio, que somente poder ocorrer uma vez, dar-se-, dentre outras hipteses, por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citao, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual.

    Correta - Art. 202. A interrupo da prescrio, que somente poder ocorrer uma vez, dar-se-:

    I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citao, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;

    Notem que a assertiva se apresentou correta pois fez uso da expresso dentre outras hipteses. Muita ateno nesse tipo de detalhe, j vi candidato muito bom perder pontos preciosos nesses detalhes.

    Assertiva III: No corre a prescrio contra os ausentes do Pas em servio pblico da Unio.

    Correta - Art. 198. Tambm no corre a prescrio:

    [...]

    II - contra os ausentes do Pas em servio pblico da Unio, dos Estados ou dos Municpios;

    Assertiva IV: Prescreve em um ano a pretenso de ressarcimento de enriquecimento sem causa.

    Errada - Art. 206. Prescreve:

    3 EM TRS ANOS:

    IV - A PRETENSO DE RESSARCIMENTO DE ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA;

    Gabarito: D

    16. (FCC /Analista Judicirio - TRT 20 REGIO (SE) / 2011) Sobre prescrio e decadncia, considere:

    I. Pode ser renunciada pela parte, e s valer, sendo feita, sem prejuzo de terceiro, depois da consumao.

    II. No pode ser reconhecida de ofcio pelo juiz.

    Tais afirmativas so, dentre outras, caractersticas da

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    a) prescrio e da decadncia convencional, respectivamente.

    b) decadncia legal e da prescrio, respectivamente.

    c) prescrio e da decadncia legal, respectivamente.

    d) decadncia legal.

    e) prescrio.

    Comentrio: A assertiva I Pode ser renunciada pela parte, e s valer, sendo feita, sem prejuzo de terceiro, depois da consumao fala da prescrio como podemos ver no art. 191 do CC:

    Art. 191. A renncia da prescrio pode ser expressa ou tcita, e s valer, sendo feita, sem prejuzo de terceiro, depois que a prescrio se consumar; tcita a renncia quando se presume de fatos do interessado, incompatveis com a prescrio.

    J a assertiva II No pode ser reconhecida de ofcio pelo juiz fala sobre decadncia convencional como podemos observar no art. 211 que diz que o juiz no pode suprir a alegao da parte, ou seja ele necessita dela, no podendo ser reconhecida de oficio.

    Art. 211. Se a decadncia for convencional, a parte a quem aproveita pode aleg-la em qualquer grau de jurisdio, mas o juiz no pode suprir a alegao.

    Gabarito: A

    17. (FCC /Analista Judicirio - TRT 20 REGIO (SE) / 2011) Suspensa a prescrio em favor de um dos credores solidrios, esta suspenso s aproveitar os demais se a obrigao for

    a) indivisvel.

    b) alternativa.

    c) divisvel.

    d) de dar coisa certa.

    e) de fazer.

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    Comentrio: Questo bastante simples e recorrente. Podemos assim verificar sua importncia nos concursos.

    o art. 201 do CC que nos d a resposta, vejamos:

    Art. 201. Suspensa a prescrio em favor de um dos credores solidrios, s aproveitam os outros se a obrigao for indivisvel.

    Gabarito: A

    18. (FCC /Analista de Controle Externo - TCE GO/ 2009) A respeito da decadncia, considere:

    I. Se a decadncia for convencional, a parte a quem aproveita pode aleg-la em qualquer grau de jurisdio, mas o juiz no pode suprir a alegao.

    II. A decadncia no corre contra os absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil.

    III. O protesto cambial sempre interrompe o prazo decadencial.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    a) I.

    b) I e II.

    c) I e III.

    d) II e III.

    e) III.

    Comentrio: Mais uma vez eu insisto que vocs observem que a cobrana da matria bastante restrita nisso que estamos enfrentando nessas questes.

    Assertiva I: Se a decadncia for convencional, a parte a quem aproveita pode aleg-la em qualquer grau de jurisdio, mas o juiz no pode suprir a alegao.

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    Correta - Art. 211, CC. Se a decadncia for convencional, a parte a quem aproveita pode aleg-la em qualquer grau de jurisdio, mas o juiz no pode suprir a alegao.

    Assertiva II: A decadncia no corre contra os absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil.

    Correta - Art. 208, CC. Aplica-se decadncia o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.

    Art. 198, CC. Tambm no corre a prescrio:

    I - contra os incapazes de que trata o art. 3;

    [...]

    Art. 3. So absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

    [...]

    Assertiva III: O protesto cambial sempre interrompe o prazo decadencial.

    Errada Aps anlise dos art. abaixo podemos chegar concluso que o protesto cambial interrompe a prescrio, e que no se aplicam a decadncia as normas que impedem, suspendem ou INTERROMPEM a prescrio.

    Art. 202. A interrupo da prescrio, que somente poder ocorrer uma vez, dar-se-:

    [...]

    III - por protesto cambial

    Art. 207. Salvo disposio legal em contrrio, no se aplicam decadncia as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrio.

    Gabarito: B

    19. (FCC /Analista de Controle Externo - TCE GO/ 2009) A pretenso de ressarcimento do enriquecimento sem causa e a de cobrana de

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    dvidas lquidas constantes de instrumento pblico ou particular prescrevem em

    a) 2 e 3 anos, respectivamente.

    b) 2 e 4 anos, respectivamente.

    c) 3 anos, em ambas hipteses.

    d) 3 e 5 anos, respectivamente.

    e) 4 anos, em ambas hipteses.

    Comentrio: Questo fcil uma vez que podemos descartar logo de cara as alternativas que envolvem 2 anos por se tratar de a pretenso para haver prestaes alimentares, a partir da data em que se vencerem. Restam trs alternativas, dentre elas a E tambm pode ser facilmente descartada devido ao fato de quatro anos versar sobre pretenso relativa tutela, a contar da data da aprovao das contas. Aps essa rpida eliminao, ficamos entre C e D que aps consultar a lei temos que:

    Art. 206

    3o Em trs anos:

    [...]

    IV - a pretenso de ressarcimento de enriquecimento sem causa;

    [...]

    5o Em cinco anos:

    I - a pretenso de cobrana de dvidas lquidas constantes de instrumento pblico ou particular;

    [...]

    Gabarito: D

    20. (FCC /Procurador - TCE Al/ 2008) Sobre a prescrio, considere:

    I. as excees so imprescritveis;

    II. a prescrio pode ser, de ofcio, reconhecida pelo juiz;

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    III. quando a ao se originar de fato que deva ser apurado no juzo criminal, no correr a prescrio antes da respectiva sentena definitiva;

    IV. suspensa a prescrio em favor de um dos credores solidrios, sempre aproveita aos demais credores;

    V. a interrupo da prescrio contra o devedor solidrio envolve os demais e seus herdeiros.

    Esto corretos

    a) I, II e IV.

    b) I, II e V.

    c) I, III e IV.

    d) II, III e V.

    e) III, IV e V.

    Comentrio: Questo bastante abrangente sobre prescrio.

    Assertiva I: as excees so imprescritveis;

    Errada Como j vimos, a exceo prescreve no mesmo prazo que a pretenso, logo ela prescritvel.

    Art. 190. A exceo prescreve no mesmo prazo em que a pretenso.

    Assertiva II: a prescrio pode ser, de ofcio, reconhecida pelo juiz;

    Correta De acordo com o 5 do art. 219 do Cdigo Processual Civil, temos que:

    Art. 219, 5, O juiz pronunciar, de ofcio, a prescrio.

    Assertiva III: quando a ao se originar de fato que deva ser apurado no juzo criminal, no correr a prescrio antes da respectiva sentena definitiva;

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    Correta A assertiva reproduz fielmente o contido no art. 200 do CC.

    Art. 200. Quando a ao se originar de fato que deva ser apurado no juzo criminal, no correr a prescrio antes da respectiva sentena definitiva.

    Assertiva IV: suspensa a prescrio em favor de um dos credores solidrios, sempre aproveita aos demais credores;

    Errada Conforme j vimos anteriormente:

    Art. 201. Suspensa a prescrio em favor de um dos credores

    solidrios, S APROVEITAM os outros se a obrigao for indivisvel.

    Assertiva V: a interrupo da prescrio contra o devedor solidrio envolve os demais e seus herdeiros.

    Correta - Art. 204.

    [...]

    1o A interrupo por um dos credores solidrios aproveita aos outros; assim como a interrupo efetuada contra o devedor solidrio envolve os demais e seus herdeiros.

    Gabarito: D

    Vamos l meus amigos, muita fora e nimo, respirem fundo e vamos continuar nossa aula!!!

    Estamos quase l, cada vez mais perto da to sonhada aprovao!!!

    Comece fazendo o que necessrio,

    depois o que possvel, e de repente

    voc estar fazendo o impossvel.

    So Francisco de Assis

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    21. (FCC /Analista Judicirio - TRE AP/ 2011) Marina, advogada, foi contratada por Gabriela para ajuizar execuo de contrato particular no cumprido mediante o pagamento de honorrios advocatcios no valor de R$ 7.000,00, a serem pagos at o trnsito em julgado da demanda. O mencionado processo transitou em julgado, mas Gabriela no efetuou o pagamento dos honorrios de Marina. Neste caso, segundo o Cdigo Civil brasileiro, a pretenso relativa aos honorrios advocatcios de Marina prescrever no prazo, contado do trnsito em julgado da demanda, de

    a) dois anos.

    b) um ano.

    c) cinco anos.

    d) trs anos.

    e) dez anos.

    Comentrio: Questo que envolve prazo novamente, isso aponta mais uma vez para o grau de importncia da temtica dentro do assunto.

    Art. 206

    5o Em cinco anos:

    I - a pretenso DE COBRANA DE DVIDAS LQUIDAS constantes de INSTRUMENTO PBLICO OU PARTICULAR;

    II - a pretenso dos PROFISSIONAIS LIBERAIS em geral, PROCURADORES JUDICIAIS, CURADORES E PROFESSORES pelos seus honorrios, contado o prazo da concluso dos servios, da cessao dos respectivos contratos ou mandato;

    III - a PRETENSO DO VENCEDOR PARA HAVER DO VENCIDO O QUE DESPENDEU EM JUZO.

    Gabarito: C

    22. (MPT / Procurador MPT / 2012) luz do Cdigo Civil, assinale a assertiva CORRETA:

    a) No caso de indenizao por danos, se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido no possa exercer o seu ofcio ou profisso, ou se lhe

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    diminua a capacidade de trabalho, a indenizao, alm das despesas do tratamento e lucros cessantes at o fim da convalescena, incluir penso correspondente importncia do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciao que ele sofreu; porm, se o ofensor preferir, poder exigir que a indenizao seja arbitrada para pagamento de uma s vez.

    b) Se a obrigao for indeterminada, e no houver na lei ou no contrato disposio fixando a indenizao devida pelo inadimplente, apurar-se- o valor das perdas e danos na forma que a lei processual determinar.

    c) Em nenhuma circunstncia constituir ato ilcito a deteriorao ou destruio da coisa alheia, ou a leso a pessoa, a fim de remover perigo iminente.

    d) No comete ato ilcito o titular de um direito que, ao exerc-lo, excede manifestamente os limites impostos pelos bons costumes.

    Comentrio: Vamos comear nossas questes sobre ato ilcito, matria no muito extensa, mas importante para ns.

    Os atos ilcitos, como j mencionado nas aulas passadas, por serem praticados em desacordo com o prescrito no ordenamento jurdico, em vez de direito, criam deveres, obrigaes.

    Ato ilcito fonte de obrigao: a de indenizar ou ressarcir o prejuzo causado. praticado com infrao a um dever de conduta, por meio de aes ou omisses culposas ou dolosas do agente, das quais resulta dano para outrem (CC, arts. 186 e 927).

    Vamos ver as alternativas:

    Alternativa A: No caso de indenizao por danos, se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido no possa exercer o seu ofcio ou profisso, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenizao, alm das despesas do tratamento e lucros cessantes at o fim da convalescena, incluir penso correspondente importncia do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciao que ele sofreu; porm, se o ofensor preferir, poder exigir que a indenizao seja arbitrada para pagamento de uma s vez.

    Errada - Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido no possa exercer o seu ofcio ou profisso, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenizao, alm das despesas do tratamento e lucros cessantes at ao fim da convalescena, incluir penso correspondente importncia do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciao que ele sofreu.

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    Pargrafo nico. O PREJUDICADO, se preferir, poder exigir que a indenizao seja arbitrada e paga de uma s vez.

    Alternativa B: Se a obrigao for indeterminada, e no houver na lei ou no contrato disposio fixando a indenizao devida pelo inadimplento, apurar-se- o valor das perdas e danos na forma que a lei processual determinar.

    Correta - Art. 946. Se a obrigao for indeterminada, e no houver na lei ou no contrato disposio fixando a indenizao devida pelo inadimplente, apurar-se- o valor das perdas e danos na forma que a lei processual determinar.

    Alternativa C: Em nenhuma circunstncia constituir ato ilcito a deteriorao ou destruio da coisa alheia, ou a leso pessoa, a fim de remover perigo iminente.

    Errada - Art. 188. NO CONSTITUEM ATOS ILCITOS:

    I - os praticados em legtima defesa ou no exerccio regular de um direito reconhecido;

    II - A DETERIORAO OU DESTRUIO DA COISA ALHEIA, OU A LESO A PESSOA, A FIM DE REMOVER PERIGO IMINENTE.

    Pargrafo nico. NO CASO DO INCISO II, o ato ser legtimo somente quando as circunstncias o tornarem absolutamente necessrio, NO EXCEDENDO OS LIMITES DO INDISPENSVEL PARA A REMOO DO PERIGO.

    Observem que realmente no caso apresentado pela alternativa, no constitui ato ilcito, entretanto, existem situaes de exceo. Observem, que mais uma vez o erro se apresentou devido a expresses que costumo chamar de EXTREMISTAS. (em nenhuma circunstncia, sempre, nunca, em regra, sem exceo e etc).

    Alternativa D: No comete ato ilcito o titular de um direito que, ao exerc-lo, excede manifestamente os limites impostos pelos bons costumes.

    Errada - Art. 187. Tambm COMETE ATO ILCITO o titular de um direito que, ao exerc-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econmico ou social, pela boa-f ou pelos bons costumes.

    Gabarito: B

    23. (FGV / Auditor Fiscal da Receita Estadual SEFAZ - RJ / 2011) A respeito do ato ilcito, correto afirmar que

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    a) o Cdigo Civil dispe que constitui ato ilcito leso causada pessoa, ainda que para a remoo de perigo iminente.

    b) comete ato ilcito aquele que, mesmo por omisso voluntria, cause dano a outrem, ainda que o dano seja exclusivamente moral.

    c) no comete ato ilcito aquele que exceda manifestamente os limites impostos pelos bons costumes, desde que seja titular de um direito e o esteja exercendo.

    d) quando a destruio de coisa de outrem se der a fim de remover perigo iminente, ainda que exceda os limites do indispensvel, no configurar ato ilcito.

    e) atos praticados em legtima defesa, para o Direito Civil, constituem ato ilcito, sendo exigvel a reparao de eventuais danos patrimoniais decorrentes.

    Comentrio: Notem que geralmente as questes sobre ato ilcito cobram do candidato o discernimento em relao ao fato de uma situao ser ou no ato ilcito.

    Alternativa A: o Cdigo Civil dispe que constitui ato ilcito leso causada pessoa, ainda que para a remoo de perigo iminente.

    Errada - Art. 188. NO CONSTITUEM ATOS ILCITOS:

    [...]

    II - a deteriorao ou destruio da coisa alheia, OU A LESO A PESSOA, A FIM DE REMOVER PERIGO IMINENTE.

    Alternativa B: comete ato ilcito aquele que, mesmo por omisso voluntria, cause dano a outrem, ainda que o dano seja exclusivamente moral.

    Correta - Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, COMETE ATO ILCITO.

    Alternativa C: no comete ato ilcito aquele que exceda manifestamente os limites impostos pelos bons costumes, desde que seja titular de um direito e o esteja exercendo.

    Errada - Art. 187. Tambm COMETE ATO ILCITO o titular de um direito que, ao exerc-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econmico ou social, pela boa-f ou pelos bons costumes.

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    Alternativa D: quando a destruio de coisa de outrem se der a fim de remover perigo iminente, ainda que exceda os limites do indispensvel, no configurar ato ilcito.

    Errada O art. 188 do CC diz que no ato ilcito, mas o art. 187 diz que excedendo os limites torna-se ato ilcito.

    Art. 187. Tambm COMETE ATO ILCITO o titular de um direito que, ao exerc-lo, EXCEDE MANIFESTAMENTE OS LIMITES IMPOSTOS PELO SEU FIM econmico ou social, PELA BOA-F ou pelos bons costumes.

    Art. 188. No constituem atos ilcitos:

    [...]

    II - a deteriorao ou destruio da coisa alheia, ou a leso a pessoa, a fim de remover perigo iminente.

    [...]

    Pargrafo nico. No caso do inciso II, o ato ser legtimo somente quando as circunstncias o tornarem absolutamente necessrio, NO EXCEDENDO OS LIMITES DO INDISPENSVEL PARA A REMOO DO PERIGO.

    Portanto, caso venha a exceder os limites impostos, configura-se ato ilcito.

    Alternativa E: atos praticados em legtima defesa, para o Direito Civil, constituem ato ilcito, sendo exigvel a reparao de eventuais danos patrimoniais decorrentes.

    Errada Essa alternativa bem simples e lgica.

    Art. 188. NO CONSTITUEM ATOS ILCITOS:

    I - os praticados em legtima defesa ou no exerccio regular de um direito reconhecido;

    Gabarito: B

    24. (FGV / Auditor Fiscal da Receita Estadual SEFAZ - RJ / 2011) A respeito dos atos unilaterais descritos no Cdigo Civil, correto afirmar que

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    a) aquele que indevidamente recebeu, ainda que de boa f, determinado imvel e o aliena por ttulo oneroso, responder no s pelo valor do imvel como tambm por perdas e danos.

    b) contrai obrigao de cumprir o prometido aquele que, por meio de anncios pblicos, se compromete a recompensar a quem preencher certa condio.

    c) possvel exigir a repetio do que se pagou por uma dvida prescrita.

    d) no se admite a interveno na gesto de negcio alheio daquele que no tenha sido autorizado pelo interessado.

    e) a restituio, na hiptese de enriquecimento sem causa, ser devida, salvo se a causa que tenha justificado o enriquecimento deixe de existir.

    Comentrio: Vejamos as alternativas:

    Alternativa A: aquele que indevidamente recebeu, ainda que de boa f, determinado imvel e o aliena por ttulo oneroso, responder no s pelo valor do imvel como tambm por perdas e danos.

    Errada Somente responder pelo valor do imvel e tambm por perdas e danos aquele que agir de m-f. Observem o art. 879 do CC:

    Art. 879. Se aquele que indevidamente recebeu um imvel o tiver alienado em boa-f, por ttulo oneroso, RESPONDE SOMENTE PELA QUANTIA RECEBIDA; mas, SE AGIU DE M-F, ALM DO VALOR DO IMVEL, RESPONDE POR PERDAS E DANOS.

    Pargrafo nico. Se o imvel foi alienado por ttulo gratuito, ou se, alienado por ttulo oneroso, o terceiro adquirente agiu de m-f, cabe ao que pagou por erro o direito de reivindicao.

    Alternativa B: contrai obrigao de cumprir o prometido aquele que, por meio de anncios pblicos, se compromete a recompensar a quem preencher certa condio.

    Correta - Art. 854. Aquele que, por anncios pblicos, se comprometer a recompensar, ou gratificar, a quem preencha certa condio, ou desempenhe certo servio, contrai obrigao de cumprir o prometido.

    Alternativa C: possvel exigir a repetio do que se pagou por uma dvida prescrita.

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    Errada - Art. 882. NO SE PODE REPETIR o que se pagou para solver dvida prescrita, ou cumprir obrigao judicialmente inexigvel.

    Alternativa D: no se admite a interveno na gesto de negcio alheio daquele que no tenha sido autorizado pelo interessado.

    Errada O art. 861 do CC diz que h a possibilidade ao dizer que aquele sem autorizao deve dirigir o negcio alheio conforme presuma que seu dono gostaria.

    Art. 861. Aquele que, sem autorizao do interessado, intervm na gesto de negcio alheio, dirigi-lo- segundo o interesse e a vontade presumvel de seu dono, ficando responsvel a este e s pessoas com que tratar.

    Alternativa E: a restituio, na hiptese de enriquecimento sem causa, ser devida, salvo se a causa que tenha justificado o enriquecimento deixe de existir.

    Errada A conjuno mas tambm possui valor aditivo assim como a conjuno e, funcionando diferentemente da palavra salvo, que transmite uma ideia adversativa, como um mas por exemplo.

    Portanto, temos que de acordo com o art. 885 do CC, independente do que ocorra, dever ser restitudo o valor no caso de enriquecimento sem causa.

    Art. 885. A RESTITUIO DEVIDA, NO S quando no tenha havido causa que justifique o enriquecimento, MAS TAMBM SE ESTA DEIXOU DE EXISTIR.

    Gabarito: B

    25. (IESES / Titular de Servios de Notas e de registros TJ - MA / 2011) Assinale a alternativa correta:

    a) Constituem ato ilcito a deteriorao ou destruio da coisa alheia, ou a leso a pessoa, a fim de remover perigo iminente.

    b) O bem de famlia, quer institudo pelos cnjuges ou por terceiro, constitui-se pelo registro de seu ttulo no Registro de Imveis.

    c) anulvel a renncia decadncia fixada em lei.

    d) No corre a prescrio contra os relativamente incapazes.

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    Comentrio: Nessa questo vamos observar as alternativas que realmente nos interessa nessa aula. Torna-se uma questo interessante por misturar os conceitos apresentados na aula de hoje.

    Alternativa A: Constituem ato ilcito a deteriorao ou destruio da coisa alheia, ou a leso a pessoa, a fim de remover perigo iminente.

    Errada - Art. 188. NO CONSTITUEM ATOS ILCITOS:

    [...]

    II - A DETERIORAO OU DESTRUIO DA COISA ALHEIA, OU A LESO A PESSOA, A FIM DE REMOVER PERIGO IMINENTE.

    Alternativa B: O bem de famlia, quer institudo pelos cnjuges ou por terceiro, constitui-se pelo registro de seu ttulo no Registro de Imveis.

    Correta Art. 1.714. O bem de famlia, quer institudo pelos cnjuges ou por terceiro, constitui-se pelo registro de seu ttulo no Registro de Imveis.

    Alternativa C: anulvel a renncia decadncia fixada em lei.

    Errada O erro da alternativa consiste em afirmar que anulvel, quando na verdade trata-se de um caso de nulidade. Ou seja, no um caso passvel de anulao um ato nulo.

    Art. 209. NULA a renncia decadncia fixada em lei.

    Alternativa D: No corre a prescrio contra os relativamente incapazes.

    Errada Essa tentativa de confundir o candidato quase certo de estar na prova de vocs. As bancas insistem sempre nessa pegadinha. Ateno!!!

    Na verdade no corre prescrio contra os absolutamente incapazes. Contra os relativamente incapazes corre sim.

    Art. 198. Tambm NO CORRE A PRESCRIO:

    I - CONTRA OS INCAPAZES DE QUE TRATA O ART. 3;

    ART. 3O SO ABSOLUTAMENTE INCAPAZES de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

    [...]

    Gabarito: B

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    26. (MS CONCURSOS / Advogado Cientec (RS) / 2010) Prev o Cdigo Civil que " aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo." . O ato ilcito, cujo conceito tambm dado pelo Cdigo Civil, aquele cometido por quem, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral. Nestes termos, CORRETO dizer que:

    a) Aquele que habitar prdio, ou parte dele, somente responde pelo dano proveniente das coisas que dele carem ou forem lanadas em lugar indevido, se for o proprietrio ou compromissrio comprador.

    b) Haver obrigao de reparar o dano, dependendo da culpa, quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

    c) O direito de exigir reparao transmite-se com a herana, mas a obrigao de prest-la no.

    d) No caso de leso ou outra ofensa sade, o ofensor indenizar o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes at ao fim da convalescena, alm de algum outro prejuzo que o ofendido prove haver sofrido.

    e) No ofensivo liberdade pessoal a priso por queixa ou denncia falsa.

    Comentrio: Questo bastante especfica sobre ato ilcito. Vamos verificar as alternativas e aumentar nossos conhecimentos:

    Alternativa A: Aquele que habitar prdio, ou parte dele, somente responde pelo dano proveniente das coisas que dele carem ou forem lanadas em lugar indevido, se for o proprietrio ou compromissrio comprador.

    Errada O art.938 no traz a condio de ser proprietrio ou comissrio comprador.

    Art. 938. Aquele que habitar prdio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele carem ou forem lanadas em lugar indevido.

    Alternativa B: Haver obrigao de reparar o dano, dependendo da culpa, quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

    Errada - Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo.

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    Pargrafo nico. HAVER OBRIGAO DE REPARAR O DANO, INDEPENDENTEMENTE DE CULPA, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

    Alternativa C: O direito de exigir reparao transmite-se com a herana, mas a obrigao de prest-la no.

    Errada - Art. 943. O direito de exigir reparao E A OBRIGAO DE PREST-LA TRANSMITEM-SE COM A HERANA.

    Alternativa D: No caso de leso ou outra ofensa sade, o ofensor indenizar o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes at ao fim da convalescena, alm de algum outro prejuzo que o ofendido prove haver sofrido.

    Correta - Art. 949. No caso de leso ou outra ofensa sade, o ofensor indenizar o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes at ao fim da convalescena, alm de algum outro prejuzo que o ofendido prove haver sofrido.

    Alternativa E: No ofensivo liberdade pessoal a priso por queixa ou denncia falsa.

    Errada - Art. 954. A indenizao POR OFENSA LIBERDADE PESSOAL consistir no pagamento das perdas e danos que sobrevierem ao ofendido, e se este no puder provar prejuzo, tem aplicao o disposto no pargrafo nico do artigo antecedente.

    [...]

    II - a priso por queixa ou denncia falsa e de m-f;

    Gabarito: D

    27. (TRT 2 REGIO (SP) / Juiz TRT 2 REGIO (SP) / 2010) Analisando as disposies do Cdigo Civil, a alternativa incorreta :

    a) O princpio da converso do negcio jurdico constitui-se em medida de exceo em que o negcio jurdico nulo poder ser aproveitado se contiver os requisitos de outro, subsistir este quando o fim a que visavam s partes supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.

    b) O ato ilcito aquele praticado em desacordo com a ordem jurdica, sendo considerados elementos essenciais para sua configurao: (a) fato lesivo voluntrio, causado pelo agente, por ao ou omisso,

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    negligncia ou imprudncia; (b) ocorrncia de dano material ou moral; (c) nexo causal entre o dano e o comportamento do agente.

    c) A lei considera como causas que impedem que o curso da prescrio se inicie, as circunstncias fundadas no status da pessoa individual ou familiar, para atender a razes de confiana, amizade e motivos de ordem pessoal.

    d) Se a obrigao for indivisvel e houver solidariedade ativa, suspensa a prescrio em favor de um dos credores, tal suspenso aproveitar os demais.

    e) Havendo uma causa interruptiva da prescrio, prevista em lei, o prazo prescricional ser retomado a contar do ato que a interrompeu, mas se o credor interrompe a prescrio contra o devedor principal, tal fato no aproveitar os devedores solidrios ou subsidirios.

    Comentrio: Questo que aborda tanto os atos ilcitos, quando a prescrio. Vejamos as alternativas:

    Alternativa A: O princpio da converso do negcio jurdico constitui-se em medida de exceo em que o negcio jurdico nulo poder ser aproveitado se contiver os requisitos de outro, subsistir este quando o fim a que visavam s partes supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.

    Correta Art. 169. O negcio jurdico nulo no suscetvel de confirmao, nem convalesce pelo decurso do tempo.

    Art. 170. Se, porm, o negcio jurdico nulo contiver os requisitos de outro, subsistir este quando o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.

    Alternativa B: O ato ilcito aquele praticado em desacordo com a ordem jurdica, sendo considerados elementos essenciais para sua configurao: (a) fato lesivo voluntrio, causado pelo agente, por ao ou omisso, negligncia ou imprudncia; (b) ocorrncia de dano material ou moral; (c) nexo causal entre o dano e o comportamento do agente.

    Princpio da converso do negcio jurdico

    Adqua-se um modelo jurdico-negocial nulo a outro perfeitamente vlido, resguardando o seu contedo original no que for possvel.

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    Correta - O ato ilcito se caracteriza por: fato lesivo voluntrio, ou imputvel ao agente por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia; existncia de dano, que deve ser patrimonial. O dano moral s ressarcvel quando produza reflexos de natureza econmica; relao de causalidade entre o dano e o comportamento do agente, que conhecemos pelo nome de nexo de causalidade.

    Alternativa C: A lei considera como causas que impedem que o curso da prescrio se inicie, as circunstncias fundadas no status da pessoa individual ou familiar, para atender a razes de confiana, amizade e motivos de ordem pessoal.

    Correta - De acordo com Maria Helena (Curso de Direito Civil, 2003, p. 341) as causas impeditivas da prescrio se fundam no:

    Status da pessoa, individual ou familiar, atendendo razes de confiana, amizade e motivos de ordem moral.

    Alternativa D: Se a obrigao for indivisvel e houver solidariedade ativa, suspensa a prescrio em favor de um dos credores, tal suspenso aproveitar os demais.

    Correta - Art. 201. Suspensa a prescrio em favor de um dos credores solidrios, s aproveitam os outros se a obrigao for indivisvel.

    Alternativa E: Havendo uma causa interruptiva da prescrio, prevista em lei, o prazo prescricional ser retomado a contar do ato que a interrompeu, mas se o credor interrompe a prescrio contra o devedor principal, tal fato no aproveitar os devedores solidrios ou subsidirios.

    Errada A primeira parte da alternativa j possui um erro, no momento em que afirma que o prazo prescricional ser retomado, quando na verdade ele recomea a correr da data do ato que interrompeu, ou do ltimo ato do processo para a interromper.

    Art. 202. A interrupo da prescrio, que somente poder ocorrer uma vez, dar-se-:

    Pargrafo nico. A prescrio interrompida recomea a correr da data do ato que a interrompeu, ou do ltimo ato do processo para a interromper..

    J na segunda parte, temos que: se o credor interrompe a prescrio contra o devedor principal, tal fato no aproveitar os devedores solidrios ou subsidirios.

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    O erro est na generalizao, uma vez que a interrupo por um dos credores solidrios aproveitada pelos demais, assim como a interrupo produzida contra o principal devedor prejudica o fiador, como podemos observar no art. 204, 1 3, do CC.

    Art. 204. A interrupo da prescrio por um credor no aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupo operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, no prejudica aos demais coobrigados.

    1 A interrupo por um dos credores solidrios aproveita aos outros; assim como a interrupo efetuada contra o devedor solidrio envolve os demais e seus herdeiros.

    2 A interrupo operada contra um dos herdeiros do devedor solidrio no prejudica os outros herdeiros ou devedores, seno quando se trate de obrigaes e direitos indivisveis.

    3 A interrupo produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.

    Gabarito: E

    28. (ESAF / Fiscal de Rendas SMF - RJ / 2010) Nas obrigaes provenientes de ato ilcito absoluto, considera-se o devedor em mora desde

    a) o trnsito em julgado da sentena condenatria, proferida em ao indenizatria.

    b) o recebimento da denncia ofertada pelo Ministrio Pblico na ao penal.

    c) o trnsito em julgado da sentena penal condenatria.

    d) o momento em que o praticou.

    e) a citao.

    Comentrio: Questo da ESAF, bem simples, que exige do candidato a aplicao direta do contido na lei, fato cada vez mais comum nas provas da ESAF.

    Alternativa D: o momento em que o praticou.

    Correta Art. 398. Nas obrigaes provenientes de ato ilcito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou.

    Quanto alternativa E, temos:

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    Art. 405

    Contam-se os JUROS de mora desde a citao inicial.

    Vamos falar um pouco mais do assunto:

    Mora do devedor

    Quando o devedor no cumpre, por culpa prpria, prestao devida na forma, tempo e lugar estipulados.

    Requisitos

    Existncia de dvida positiva, lquida a vencida.

    Inexecuo total ou parcial da obrigao por culpa do devedor.

    Art. 396.

    No havendo fato ou omisso imputvel ao devedor, no incorre este em mora.

    Interpelao judicial ou extrajudicial do devedor, se a dvida no for a termo ou com data certa.

    Gabarito: D

    29. (FCC / Procurador Municipal PGM TERESINA (PI) / 2010) Para o legislador civil, o abuso do direito um ato

    a) lcito, embora possa gerar a nulidade de clusulas contratuais em relaes consumeristas.

    b) lcito, embora ilegal na aparncia.

    c) ilcito objetivo, caracterizado pelo desvio de sua finalidade social ou econmica ou contrrio boa-f e aos bons costumes.

    d) ilcito, necessitado da prova de m-f do agente para sua caracterizao.

    e) ilcito abstratamente, mas que no implica dever indenizatrio moral.

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    Comentrio: Essa questo especificou bastante sua cobrana j em seu enunciado, cobrando o conhecimento acerca do abuso de direito. Vejamos:

    considerado ato ilcito quando o titular de um direito excede os limites impostos pelo seu fim econmico ou social, pela boa-f ou pelos bons costumes conforme art. 187 do CC.

    Art. 187. Tambm comete ato ilcito o titular de um direito que, ao exerc-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econmico ou social, pela boa-f ou pelos bons costumes.

    Professora, o que vem a ser esse ato ilcito objetivo? E existe ento o subjetivo?

    Bom, na realidade, temos previstos no nosso CC os dois tipos de atos ilcitos citados, tanto o objetivo quanto o subjetivo.

    No art. 186, temos o caso do ato ilcito subjetivo. Observem:

    Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.

    Notem que neste caso o que levado em conta a forma de agir do indivduo, a ao ou omisso por ele cometida, sua inteno no ato. Por isso ser um ato ilcito subjetivo.

    J no art. 187, temos o ato ilcito objetivo. Observem:

    Art. 187. Tambm comete ato ilcito o titular de um direito que, ao exerc-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econmico ou social, pela boa-f ou pelos bons costumes.

    J nesse caso, leva-se em conta aquilo que o indivduo feriu diante do ordenamento jurdico, e no sua inteno, sendo dessa forma um ato ilcito objetivo.

    Portanto: O abuso de direito um ato ilcito objetivo, caracterizado pelo desvio de sua finalidade social ou econmica ou contrrio boa-f e aos bons costumes.

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    Gabarito: C

    30. (FCC TRT (8 REGIO) / Analista Judicirio TRT (8 REGIO) / 2010) A prescrio

    a) a extino do direito pela falta de exerccio dentro do prazo prefixado, atingindo indiretamente a ao.

    b) poder ser renunciada pelo interessado, depois que se consumar, desde que no haja prejuzo de terceiro.

    c) poder ter seus prazos alterados por acordo das partes, em razo da liberdade de contratar.

    d) s pode ser alegada pela parte a quem aproveita at a sentena de primeira instncia.

    e) suspensa em favor de um dos credores solidrios aproveitar os outros se a obrigao for divisvel.

    Comentrio: Para fecharmos nossa aula, vamos ver mais uma questo de prescrio, tema que julgo ser o mais importante dessa aula.

    Alternativa A: a extino do direito pela falta de exerccio dentro do prazo prefixado, atingindo indiretamente a ao.

    Errada - A prescrio extingue a pretenso, de acordo com o que apresenta o art. 189 do CC.

    Art. 189. Violado o direito, NASCE PARA O TITULAR A PRETENSO, A QUAL SE EXTINGUE, PELA PRESCRIO, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.

    Alternativa B: poder ser renunciada pelo interessado, depois que se consumar, desde que no haja prejuzo de terceiro.

    Correta - Art. 191. A renncia da prescrio pode ser expressa ou tcita, e s valer, sendo feita, sem prejuzo de terceiro, depois que a prescrio se consumar; tcita a renncia quando se presume de fatos do interessado, incompatveis com a prescrio.

    Alternativa C: poder ter seus prazos alterados por acordo das partes, em razo da liberdade de contratar.

    Errada - Art. 192. Os prazos de prescrio NO PODEM SER ALTERADOS POR ACORDO DAS PARTES.

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    Alternativa D: s pode ser alegada pela parte a quem aproveita at a sentena de primeira instncia.

    Errada - Art. 193. A prescrio PODE SER ALEGADA EM QUALQUER GRAU DE JURISDIO, pela parte a quem aproveita.

    Alternativa E: suspensa em favor de um dos credores solidrios aproveitar os outros se a obrigao for divisvel.

    Errada - Art. 201. Suspensa a prescrio em favor de um dos credores solidrios, s aproveitam os outros se a OBRIGAO FOR INDIVISVEL.

    Gabarito: B

    Caros alunos, chegamos ao fim da nossa aula 05.

    Agora s falta uma, estamos cada vez mais perto da to esperada prova, e por consequncia da aprovao.

    Nessa aula de hoje pudemos verificar os principais pontos cobrados pelas bancas em relao prescrio e decadncia, bem como de atos ilcitos. Tenham certeza que esto com uma bagagem muito boa em relao a esses assuntos da matria.

    Continuem estudando bastante os assuntos apresentados em nossas aulas, rumo a totalidade de acertos na prova de Direito Civil.

    Qualquer dvida que venha a surgir me procure no nosso frum.

    Mantenham sempre o mpeto e a fora de vontade, e tenham certeza que a luz no fim do tnel est cada vez mais perto!!!.

    Como em nossas outras aulas, apresentarei em seguida todas as questes que vimos em nossa aula sem os comentrios, de forma que vocs possam testar seus conhecimentos antes de verificar a soluo comentada.O gabarito de todas as questes se encontra no final de nossa aula.

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    Foi um grande prazer estar mais uma vez com vocs!!! At nosso prximo encontro, na nossa aula 06.

    Estudem bastante e um timo estudo a todos!!!

    Suzana Lopes

    A fora no provm da capacidade fsica e sim de uma vontade indomvel.

    Mahatma Gandhi

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    2. LISTA DAS QUESTES SEM COMENTRIOS

    1. (FCC/ Juiz do trabalho TRT 4 REGIO / 2012) Com relao prescrio, correto afirmar que

    a) iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.

    b) no corre contra os relativamente incapazes.

    c) se admite apenas a renncia expressa prescrio.

    d) no pode ser declarada de ofcio.

    e) os prazos de prescrio podem ser alterados, mas desde que por acordo expresso.

    2. (CESPE / Advogado AGU/ 2012) A respeito da prescrio, julgue os itens seguintes. Considere a seguinte situao hipottica.

    Carla, vtima de atropelamento, pretende, passados mais de trs anos do fato, ajuizar, contra o agente que a vitimou, ao de reparao pelos danos materiais e morais sofridos. Nessa situao, Carla, em razo de sua inrcia, perdeu o direito de agir com o referido objetivo em face do agente.

    Certo Errado

    3. (ESAF / Analista de Comrcio Exterior MDIC / 2012) Em relao prescrio e decadncia, so corretas as afirmaes abaixo, exceto.

    a) A prescrio representa a interferncia do tempo nas relaes jurdicas, pela qual desaparece o direito de algum pleitear o reconhecimento de um direito subjetivo violado.

    b) So causas que interrompem a prescrio: o despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citao, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; o protesto cambial; a apresentao do ttulo de crdito em juzo de inventrio ou em concurso de credores; qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; qualquer ato inequvoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

    c) So requisitos da prescrio e da decadncia a inrcia do titular de um direito e o decurso do tempo para o exerccio desse mesmo direito.

    d) A decadncia representa tambm a interferncia do tempo nas relaes jurdicas, dirige-se, porm, no aos direitos subjetivos, mas aos direitos potestativos.

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    e) A decadncia a extino de um direito pelo seu no exerccio, no prazo assinalado por lei ou conveno. Extingue, portanto, a ao atribuda a um direito.

    4. (CESGRANRIO / Advogado - CAIXA/ 2012) Sobre os institutos da prescrio e da decadncia, um EQUVOCO considerar que,

    a) a decadncia no se interrompe nem se suspende, salvo por previso expressa em lei.

    b) o prazo prescricional interrompido faz com que a contagem do tempo se inicie novamente.

    c) as causas de suspenso da prescrio so de natureza pessoal

    d) as aes de reconhecimento de paternidade e referentes ao estado da pessoa humana prescrevem em 2 anos.

    e) os prazos decadenciais podem ser elegidos por contrato, via manifestao expressa de vontade e desde que no restrinjam direito estabelecido em lei.

    5. (FCC / Tcnico judicirio TRT 6 REGIO (PE) / 2012) Interrompe-se a prescrio

    a) na pendncia de ao de evico.

    b) pelo protesto cambial.

    c) somente por despacho de Juiz competente que ordenar a citao, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual.

    d) pelo casamento do devedor com a credora.

    e) sobrevindo incapacidade absoluta ou relativa do credor.

    6. (MPE - GO / Promotor de Justia MPE - GO / 2012) Sobre a prescrio, marque a alternativa incorreta.

    a) vlida a renncia prescrio antes de sua consumao, se no houver prejuzo a terceiros.

    b) Prescreve a execuo no mesmo prazo de prescrio da ao.

    c) prescricional o prazo previsto para a deduo de pretenso de direito material em juzo por meio de ao de natureza condenatria.

    d) Suspensa a prescrio em favor de um dos credores solidrios, s aproveitam os outros se a obrigao for indivisvel.

    7. (FCC /An