direito administrativo iii

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DIREITO ADMINISTRATIVO III MAURCIO UNIDADE 1: AGENTES PBLICOS: (art. 37 ao 42 da CF). 1 Definio: etimologicamente, o termo agente pblico pode ser considerado o mais amplo do Direito Administrativo. Pode-se extrair duas caractersticas bsicas do conceito de agente pblico: a) pessoa natural (ndole subjetiva); b) que exerce atividade administrativa (ndole objetiva). Definies de outros autores e legislao: - Digenes Gasparini: agentes pblicos so todas as pessoas que sob qualquer liame jurdico e algumas vezes sem ele, prestam servios Administrao Pblica ou realizam atividades que esto sob sua responsabilidade. - Maral Justin Filho: agente pblico toda pessoa fsica (termo superado pelo NCC, substitudo por pessoa natural) que atua como rgo estatal produzindo ou manifestando a vontade do Estado. - Lei 8429/92, art. 2: Art. 2 Reputa-se agente pblico, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remunerao, por eleio, nomeao, designao, contratao ou qualquer outra forma de investidura ou vnculo, mandato, cargo, emprego ou funo nas entidades mencionadas no artigo anterior. Segundo o dispositivo supra, pode-se considerar que agente pblico o gnero, dentro do qual h algumas espcies. - Art. 327 do CPB: Art. 327 - Considera-se funcionrio pblico, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remunerao, exerce cargo, emprego ou funo pblica. 1 - Equipara-se a funcionrio pblico quem exerce cargo, emprego ou funo em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de servio contratada ou conveniada para a execuo de atividade tpica da Administrao Pblica. Embora o CPB utilize o termo funcionrio pblico, a expresso do CC, pessoa natural, remete-se amplamente ao agente pblico. Este conceito, funcionrio pblico, equipara-se a servidor pblico. Por todo o exposto, a doutrina adota a expresso agente pblico como o conceito mais abrangente. Ou seja, em textos legais menos recentes, dado sentido amplo expresso funcionrio pblico, pois era de uso mais frequente antes da Constituio Federal de 1988. 2 Classificao: segundo o entendimento do autor Carvalho Filho, o conceito de agente pblico pode ser subdividido da seguinte maneira: 2.1) Agentes Polticos: so aqueles cuja investidura se d atravs de eleies em regime de sufrgio universal (eleies diretas, para cumprimento de mandato peridico arts. 14, caput, da CF: Art. 14. A soberania popular ser exercida pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular). O liame que os prende Administrao Pblica de natureza poltica e o que os capacita para o desempenho dessas altas funes a qualidade de cidados. (art. 45 e 84, I, da CF). As competncias e responsabilidades dos agentes polticos so estabelecidas diretamente na Constituio Federal. Leis Orgnicas de Municpios referentes aos seus direitos e deveres; e normas especficas quanto s respectivas responsabilidades, do que fornece exemplo a Lei 1.079 de 1950. Segundo Celso Antnio Bandeira de Melo, agentes polticos so os titulares dos cargos que compem o arcabouo constitucional do Estado e, portanto, o esquema fundamental do poder. Ex.: Chefes do Executivo, Parlamentares e seus assessores (Ministros, Secretrios, assessores de Deputados e Senadores). Eles so formadores da vontade poltica do Estado, segundo o autor Celso Antnio Bandeira de Melo. Ou seja, esto ligados diretamente fixao de metas, de diretrizes, ou de planos governamentais. *Caractersticas dos Agentes Polticos: a) eleitos pelos seus pares (sufrgio universal); b) por mandato com tempo determinado. Sendo assim, h agentes que so excludos desta classificao, por no possurem tais caractersticas. So eles: *Excludos: por muito tempo foram acoplados ao conceito de agentes polticos os magistrados, conforme entendimento do autor Helly Lopes Meireles. Entretanto, hoje em dia este posicionamento no encontra guarida no ordenamento jurdico moderno, conforme acima explicitado. Tais cargos, como de Juzes, MMP, Conselheiros do Tribunal de Contas e Advogados do Estado, so considerados servidores pblicos especiais, regidos por leis especiais. 2.2) Agentes Particulares Colaboradores: so agentes cujo regime jurdico parcialmente de direito privado, como as Concessionrias, Notrios (responsveis por cartrios de notas), Permissionrias e Sociedades de Economia Mista. Nesta categoria entram os agentes pblicos que prestam servios ao Estado, sem vnculo empregatcio, com ou sem remunerao. Ou seja, so pessoas fsicas que prestam servios Administrao Pblica por vontade prpria, por compulso, ou com a sua concordncia. Podem faz-lo sob ttulos diversos, que compreendem: delegao de poderes (empregados de concessionrias, permissionrias e notrios); mediante requisio, nomeao ou designao (jurados, comissionrios de menores, etc.); gestores de negcio (espontaneamente assumem determinada funo pblica em momento de emergncia, como epidemia, incndio, enchente, etc). 2.3) Servidores Pblicos: (arts. 37 a 42 da CF). So todos aqueles que mantm com o Poder Pblico relao de trabalho, de natureza profissional e carter no eventual, sob o vnculo de dependncia, correspondem grande massa dos agentes pblicos: so Estatutrios (Lei 8112 de 1990), os que se vinculam Administrao Pblica direta, autrquica e fundacional mediante liame de natureza institucional e Celetistas (CLT), por vnculo de natureza contratual. *Estatutos: leis que renem preceitos fundamentais na matria para cada mbito administrativo, aplicveis a boa parte dos servidores. 2.4) Funcionrios de Fato: so agentes pblicos cuja investidura irregular, ou seja, no possuem legitimidade em cargo, emprego ou funo. Entretanto, o vcio da investidura/competncia, por si s, no gera a nulidade dos atos praticados pelo funcionrio de fato. -Teoria da Aparncia: esta teoria justifica a mantena de validade dos atos praticados pelo funcionrio de fato, ou seja, aparentemente o funcionrio investido de competncia, por isso, aqueles atingidos pelos atos exauridos no podem ser prejudicados, com base, ainda, no princpio da segurana jurdica. Por outro lado, se o vcio atingir qualquer um dos outros 04 elementos do ato administrativo (Art. 2 da Lei 4717/65: So nulos os atos lesivos ao patrimnio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: a) incompetncia; b) vcio de forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistncia dos motivos; e) desvio de finalidade), a nulidade medida que se impe, sob pena, ainda, de responder ao crime de usurpao de funo pblica. Usurpao de funo pblica: Art. 328 - Usurpar o exerccio de funo pblica: Pena - deteno, de trs meses a dois anos, e multa. Pargrafo nico - Se do fato o agente aufere vantagem: Pena - recluso, de dois a cinco anos, e multa. 3 Teoria do rgo: o professor Maral Justin Filo, criou esta teoria para justificar a atuao dos agentes pblicos enquanto rgos do estado. Pela teoria do rgo, a pessoa jurdica manifesta a sua vontade por meio de rgos, de tal modo que quando os agentes que os compem manifestam a sua vontade como se o prprio Estado o fizesse, substitui-se a ideia de representao pela de imputao. Por ela, conclui-se que o agente pblico no possui vontade prpria. 3.1) a teoria do rgo afasta as teorias tradicionais de representao (como a teoria do mandato): pois o agente considerado o prprio rgo estatal, o prprio Estado, no apenas o representa. Enquanto a teoria da representao considera a existncia da pessoa jurdica e do representante como dois entes autnomos, a teoria do rgo funde os dois elementos, para concluir que o rgo parte integrante do Estado. 3.2) os agentes so responsabilizados civilmente de forma uniforme e seus atos so atribudos pessoa jurdica (Estado). Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte: 6 As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa. 3.3) os agentes no so representantes da Pessoa Jurdica, pois so parte do rgo estatal, como se fosse um organismo vivo. 4 Terminologia: 4.1) agente pblico: expresso mais ampla do direito administrativo sempre o gnero, pois se refere a qualquer um dos agentes. 4.2) agente poltico: o agente eleito por seus pares (sufrgio universal), por tempo determinado.

4.3) agente administrativo: 4.4) servidores: aquele que possui vnculo formal com a administrao, podendo ser regido pelo regime estatutrio ou celetista. 4.5) empregado: o servidor celetista. Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituio, a explorao direta de atividade econmica pelo Estado s ser permitida quando necessria aos imperativos da segurana nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 1 A lei estabelecer o estatuto jurdico da empresa pblica, da sociedade de economia mista e de suas subsidirias que explorem atividade econmica de produo ou comercializao de bens ou de prestao de servios, dispondo sobre: I - sua funo social e formas de fiscalizao pelo Estado e pela sociedade; II - a sujeio ao regime jurdico prprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigaes civis, comerciais, trabalhistas e tributrios; III - licitao e contratao de obras, servios, compras e alienaes, observados os princpios da administrao pblica; IV - a constituio e o funcionamento dos conselhos de administrao e fiscal, com a participao de acionistas minoritrios; V - os mandatos, a avaliao de desempenho e a responsabilidade dos administradores. 2 As empresas pblicas e as sociedades de economia mista no podero gozar de privilgios fiscais no extensivos s do setor privado. 4.6) cargo: o conjunto de atribuies regidos por normas integralmente de direito pblico, ou seja, estatutrias (Estatuto dos Funcionrios Pblicos). Para Celso Antnio Bandeira de Melo cargo a denominao dada mais simples unidade de poderes e deveres estatais a serem expressos por um agente. 4.7) emprego: aquele cujo vnculo jurdico celetista ( CLT), ou seja, contratual, como empregados de SAs e Empresas Pblicas. 4.8) funo: sinnimo de atividade, residual, pois abrange as atividades que no se enquadram em cargo ou emprego, ou seja, o conjunto de atribuies s quais no corresponde um cargo ou emprego. Obs: Art. 37 da CF. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte: V - as funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condies e percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento; em observncia ao artigo supra, os termos funo de confiana e cargo de confiana divergem, pois a funo de confiana exclusiva de quem j detm cargo pblico, ou seja, vinculo originrio com a Administrao e o cargo em comisso de livre nomeao. Entretanto, em ambos os casos h uma discricionariedade do titular para escolher executor de funo ou cargo em comisso. 5 Poderes dos agentes pblicos: 5.1) poder regulamentar: poder, faculdade ou atribuio? - Gasparini: segundo o autor Gasparini, no se trata de poder, pois este conferido ao Estado (soberania), nem mesmo faculdade, pois o agente pblico deve agir nos termos da lei, portanto, o poder regulamentar uma atribuio privativa do Chefe do Poder Executivo (presidente da Repblica), para mediante, decreto expedir atos normativos, chamados de regulamentos, compatveis com a lei e visando desenvolv-la. fonte secundria, atribuio de editar atos normativos para o fiel cumprimento das leis. - art. 84, IV e IV da CF: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da Repblica: IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execuo; VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organizao e funcionamento da administrao federal, quando no implicar aumento de despesa nem criao ou extino de rgos pblicos; b) extino de funes ou cargos pblicos, quando vagos; O regulamento (contedo) o ato de se traduzir ou explicitar uma lei, ato este manifestado atravs de decreto (forma). Ex.: a lei 9460/96 regulamentada pelo Decreto 3000/99, nota-se que a lei deve ser: geral, abstrata, obrigatria e inovadora. J o decreto no deve ser inovador, pois deve se limitar lei que regulamentar, que j existe. - art. 100 do CTN: Art. 100. So normas complementares das leis, dos tratados e das convenes internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; II - as decises dos rgos singulares ou coletivos de jurisdio administrativa, a que a lei atribua eficcia normativa; III - as prticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; IV - os convnios que entre si celebrem a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios. Pargrafo nico. A observncia das normas referidas neste artigo exclui a imposio de penalidades, a cobrana de juros de mora e a atualizao do valor monetrio da base de clculo do tributo. Ex: IN SR FB 900/98. Entretanto, conforme o art. 100 do CTN, o poder regulamentar exercido por vrios atos normativos, no s pelo Decreto, como Instrues Normativas, Portarias, Ordens de Servio. - Regulamento autnomo: STF . uma tendncia do poder executivo no mundo inteiro. Neste, o regulamento no tem a finalidade precpua de fidelizar a execuo da lei anteriormente editada, mas de alter-la, inovando no ordenamento jurdico. Ato normativo sem uma lei a qual ele se refira. Em regra pela edio do inciso IV, art. 84 da CF, no existe a figura do regulamento autnomo. Entretanto, alguns autores apontam duas excees em que h previso para o regulamento autnomo: a) art. 84, VI, da CF: VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organizao e funcionamento da administrao federal, quando no implicar aumento de despesa nem criao ou extino de rgos pblicos; b) extino de funes ou cargos pblicos, quando vagos; neste, o regulamento tem eficcia somente perante a Administrao, no tem efeito erga omnes. b) art. 153, 1 da CF: Art. 153. Compete Unio instituir impostos sobre: I - importao de produtos estrangeiros; II - exportao, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; III - renda e proventos de qualquer natureza; IV - produtos industrializados; V - operaes de crdito, cmbio e seguro, ou relativas a ttulos ou valores mobilirios; VI - propriedade territorial rural; VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 1 facultado ao Poder Executivo, atendidas as condies e os limites estabelecidos em lei, alterar as alquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. nesta hiptese, o regulamento poder alterar alquotas de impostos regulatrios, extrafiscais na rea tributria, (II, IE, IPI e IOF) obedecido o limite mnimo e mximo previsto em lei. Atravs deste regulamento o Presidente da Repblica interfere na economia. Porm, segundo o professor, neste ltimo caso existe uma discricionariedade administrativa para alterar as alquotas, dentro dos parmetros legais. Por isso, trata-se de regulamento relativamente autnomo. Entretanto, em regra, entende o STF pela inconstitucionalidade do regulamento autnomo, por tratar-se, ainda, de usurpao de competncia do Legislativo, exceo das hipteses acima mencionadas. - Regulamento praeter legem: RE 343.446: o mesmo que regulamento margem, ou seja, fora do limite legal. Fere o princpio da legalidade e ato de usurpao de competncia como acima mencionado. - Regulamento Secundum Legem: nesta espcie de regulamento, h uma lei que autoriza o executivo a editar o regulamento. Agindo, por tanto, dentro de parmetros legais. Ex.: Lei 9872 que criou a autarquia especial do tipo agncia reguladora denominada ANVISA. Por esta lei o Poder Legislativo outorga poder ao Poder Executivo (Anvisa), a fim de editar regulamentos e exercer poder de polcia, no caso em exame. , portanto, um regulamento delegado e constitucional, o que reafirma o entendimento do STF, pela inconstitucionalidade do regulamento autnomo. 5.2) Poder de Polcia: so atribuies outorgadas aos Agentes Pblicos para limitar e restringir o exerccio de direitos fundamentais de liberdade e propriedade. Criado para possibilitar um convvio social no Estado. - os direitos fundamentais no so absolutos: - fundamento: regime jurdico administrativo: pelo regime jurdico administrativo pode-se explicitar que o poder de policia no arbitrrio, pois fundamentado e limitado pelas duas linhas que embasam o Regime Jurdico Administrativo, conforme segue: 1 - Supremacia do Interesse Pblico sobre o Interesse Privado, o fundamento do poder de polcia e 2 - Indisponibilidade do interesse Pblico pelos agentes pblicos, balisa que limita o poder de polcia. - Celso Antnio Bandeira de Mello: - Art. 78 do CTN: Art. 78. Considera-se poder de polcia atividade da administrao pblica que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prtica de ato ou absteno de fato, em razo de interesse pblico concernente segurana, higiene, ordem, aos costumes, disciplina da produo e do mercado, ao exerccio de atividades econmicas dependentes de concesso ou autorizao do Poder Pblico, tranqilidade pblica ou ao respeito propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Pargrafo nico. Considera-se regular o exerccio do poder de polcia quando desempenhado pelo rgo competente nos limites da lei aplicvel, com observncia do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionria, sem abuso ou desvio de poder. A definio de poder de polcia est no CTN, pois a receita da taxa de polcia (espcie de tributo - Art. 145. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero instituir os seguintes tributos: II - taxas, em razo do exerccio do poder de polcia ou pela

utilizao, efetiva ou potencial, de servios pblicos especficos e divisveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposio;), est vinculada ao custeio do prprio poder de polcia, sendo, portanto, tributo vinculado. Em suma, a taxa tem a finalidade de buscar recursos para o exerccio do poder de polcia. Segundo nico do art. 78 do CTN, o exerccio do poder de polcia dever respeitar o devido processo legal. - Limites ao Poder de Polcia: Legalidade, pois o exerccio do poder de polcia dever tem um motivo, ou seja, possuir previso legal. Bem como dever se obedecer Proporcionalidade, enquanto medida adequada e necessria. O poder de polcia discricionrio, e no arbitrrio, pois obedecer as hipteses previstas em lei. O agente no exerccio do poder de polcia deve motivar o ato administrativo, expondo as razes de fato e de direito que justificam a aplicao da medida. No ato administrativo discricionrio o motivo ser aberto (varivel) ao contrrio do ato vinculado em que a lei d apenas uma maneira de agir. Pode-se diferenciar ento, o motivo, que corresponde ao fundamento legal, elemento essencial do ato administrativo (art. 2 da Lei 4717/65), da motivao, que consiste na exposio de fatos que justifiquem a adequao e necessidade do ato, em conformidade com a Teoria dos Motivos Determinantes, a qual embasa o controle do ato discricionrio. ex.: art. 6 e 72 da Lei 9605/98. Art. 6 Para imposio e gradao da penalidade, a autoridade competente observar: I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infrao e suas conseqncias para a sade pblica e para o meio ambiente; II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislao de interesse ambiental; III - a situao econmica do infrator, no caso de multa. Art. 72. As infraes administrativas so punidas com as seguintes sanes, observado o disposto no art. 6: I - advertncia; II - multa simples; III - multa diria; IV - apreenso dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veculos de qualquer natureza utilizados na infrao; V - destruio ou inutilizao do produto; VI - suspenso de venda e fabricao do produto; VII - embargo de obra ou atividade; VIII - demolio de obra; IX - suspenso parcial ou total de atividades; X (VETADO) XI - restritiva de direitos. 1 Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infraes, ser-lhe-o aplicadas, cumulativamente, as sanes a elas cominadas. 2 A advertncia ser aplicada pela inobservncia das disposies desta Lei e da legislao em vigor, ou de preceitos regulamentares, sem prejuzo das demais sanes previstas neste artigo. 3 A multa simples ser aplicada sempre que o agente, por negligncia ou dolo: I - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de san-las, no prazo assinalado por rgo competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministrio da Marinha; II - opuser embarao fiscalizao dos rgos do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do Ministrio da Marinha. 4 A multa simples pode ser convertida em servios de preservao, melhoria e recuperao da qualidade do meio ambiente. 5 A multa diria ser aplicada sempre que o cometimento da infrao se prolongar no tempo. 6 A apreenso e destruio referidas nos incisos IV e V do caput obedecero ao disposto no art. 25 desta Lei. 7 As sanes indicadas nos incisos VI a IX do caput sero aplicadas quando o produto, a obra, a atividade ou o estabelecimento no estiverem obedecendo s prescries legais ou regulamentares. 8 As sanes restritivas de direito so: I - suspenso de registro, licena ou autorizao; II - cancelamento de registro, licena ou autorizao; III - perda ou restrio de incentivos e benefcios fiscais; IV - perda ou suspenso da participao em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crdito; V - proibio de contratar com a Administrao Pblica, pelo perodo de at trs anos. Ex. 2: A BH trans no poderia aplicar multas, exercendo poder de polcia, pois regida por normas parcialmente de direito pblico, conforme art. 172, 2 da CF. -Poder de Polcia X Polcia Judiciria: Polcia Judiciria Poder de Polcia Exerce funo apenas repressiva: pressupe a ocorrncia Exerce funo preventiva e repressiva, tem o intuito de de ilcitos, no cumprimento de ordens judiciais. evitar leses ao bem comum, sendo, eventualmente, repressiva, como por exemplo: no embargo de obras, aplicao de multas, etc. Exercido por corporaes especializadas como, PC, PM Exercido por toda a Administrao Pblica, detm uma (funo anmala, inicialmente administrativa) e Polcia parcela de poder de polcia, permeia toda a Administrao Federal. Pblica. Incide sobre pessoa natural. Incide sobre direitos de liberdade e propriedade, ex.: licena para porte de arma. Aplicao do direito processual penal. Aplicao do processo administrativo, ex.: licenciamento ambiental. 5.3) Poder Hierrquico: -Definio: Poder dos rgos e agentes superiores de ordenar, fiscalizar e corrigir a atuao dos subalternos, cabendo avocao e delegao de competncia se atendidos os pressupostos legais. Ou seja, a relao de subordinao existente entre os rgos pblicos com competncia administrativa e, por conseguinte, entre seus titulares, decorrente do exerccio da atribuio hierrquica. Na Administrao Pblica haver sempre um rgo hierarca e um subordinado, em um sistema de desconcentrao administrativa. O poder hierrquico no ocorre em caso de descentralizao administrativa, pois nesta h apenas a tutela administrativa entre rgos autnomos que so criados. J na descentralizao, h uma subdiviso, sem que haja autonomia nos rgos descentralizados, cabendo, portanto, a hierarquia entre eles. -Elementos: do poder hierrquico, pressupe 04 atividades: a) comando: o superior hierarca comanda o seu subordinado, ordenando e direcionando a atividade. b) fiscalizao: impor sanes, controle interno da prpria administrao. c) reviso: a apreciao dos atos e condutas dos subordinados, para garanti-los, se conforme com a lei e o mrito, ou para desfaz-los, quando no atendam aos requisitos de convenincia, oportunidade e legalidade. Correio de vcios sanveis e invalidao de vcios insanveis. De acordo com a smula 473 do STF, in verbis: A ADMINISTRAO PODE ANULAR SEUS PRPRIOS ATOS, QUANDO EIVADOS DE VCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, PORQUE DELES NO SE ORIGINAM DIREITOS; OU REVOG-LOS, POR MOTIVO DE CONVENINCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A APRECIAO JUDICIAL. Os atos discricionrios so passveis de REVOGAO e no anulao, enquanto os atos vinculados poder ser ANULADOS. d) alterar competncia do rgo hierarca por alterar a competncia do seu subordinado. Que pode ser por: * delegao: transferncia de competncia do hierarca para o subordinado. Ex.: o PGR transfere a um promotor a atribuio de propor ao direta de inconstitucionalidade. *avocao: chamar para si atribuio no privativa do subordinado. 5.4) Poder Disciplinar: atribuio de averiguar, impor sanes aos servidores pblicos, quando houver descumprimento de regras de conduta administrativamente lhe impostas. Portanto, as sanes tambm so apenas de natureza administrativa. O poder disciplinar exercido no cumprimento de: -Deveres funcionais: como aqueles previstos no Estatuto Geral dos Servidores Pblicos da Unio, Lei 8112/90, em seus arts. 127 e ss: Art. 127. So penalidades disciplinares: I - advertncia; II - suspenso; III - demisso; IV - cassao de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituio de cargo em comisso; VI - destituio de funo comissionada. Outro exemplo o CNJ (Conselho Nacional de Justia) que possui apenas poder disciplinar. 5.5) Uso Anormal do Poder: Segundo Gasparini no h poder absoluto em um Estado Democrtico de Direito. Da mesma maneira que no h direito fundamental absoluto, os poderes dos agentes administrativos tambm no so absolutos. O uso anormal do poder uma circunstncia que torna ilegal, total ou parcialmente, o ato administrativo, ou irregular a sua execuo. O uso anormal do poder ocorre por: -Desvio de Finalidade: irregularidade completa o mais grave vcio praticado pelo agente no exerccio de suas funes. Neste, o agente busca outro fim que no aquele que seja de interesse pblico. O agente exerce sua competncia para alcanar fim diverso do interesse pblico. Quando praticado com desvio de finalidade o ato administrativo NULO, por tratar-se de vcio insanvel, alm da responsabilidade civil, administrativa e criminal imputada ao agente autor do ato, conforme art. 6 da Lei 4898/65. Ex.: Lei de Abuso de Autoridade: Art. 3. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: a) liberdade de locomoo; b) inviolabilidade do domiclio; c) ao sigilo da correspondncia; d) liberdade de conscincia e de crena; e) ao livre exerccio do culto religioso;

f) liberdade de associao; g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exerccio do voto; h) ao direito de reunio; i) incolumidade fsica do indivduo; j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exerccio profissional. Art. 4 Constitui tambm abuso de autoridade: a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder; b) submeter pessoa sob sua guarda ou custdia a vexame ou a constrangimento no autorizado em lei; c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a priso ou deteno de qualquer pessoa; d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de priso ou deteno ilegal que lhe seja comunicada; e) levar priso e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiana, permitida em lei; f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrana no tenha apoio em lei, quer quanto espcie quer quanto ao seu valor; g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importncia recebida a ttulo de carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa; h) o ato lesivo da honra ou do patrimnio de pessoa natural ou jurdica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competncia legal; i) prolongar a execuo de priso temporria, de pena ou de medida de segurana, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. Art. 5 Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou funo pblica, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remunerao. Art. 6 O abuso de autoridade sujeitar o seu autor sano administrativa civil e penal. 1 A sano administrativa ser aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistir em: a) advertncia; b) repreenso; c) suspenso do cargo, funo ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens; d) destituio de funo; e) demisso; f) demisso, a bem do servio pblico. 2 A sano civil, caso no seja possvel fixar o valor do dano, consistir no pagamento de uma indenizao de quinhentos a dez mil cruzeiros. 3 A sano penal ser aplicada de acordo com as regras dos artigos 42 a 56 do Cdigo Penal e consistir em: a) multa de cem a cinco mil cruzeiros; b) deteno por dez dias a seis meses; c) perda do cargo e a inabilitao para o exerccio de qualquer outra funo pblica por prazo at trs anos. 4 As penas previstas no pargrafo anterior podero ser aplicadas autnoma ou cumulativamente. 5 Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poder ser cominada a pena autnoma ou acessria, de no poder o acusado exercer funes de natureza policial ou militar no municpio da culpa, por prazo de um a cinco anos. -Excesso de poder: trata-se de irregularidade intermediria. Vcio que atinge o contedo ou mrito do ato. H excesso de poder quando o prprio contedo (o que o ato decide) do ato vai alm dos limites fixados em lei. No excesso a Administrao vai alm do permitido, estendendo direitos, deveres e obrigaes, favorecendo interesses ou retirando faculdades. Neste, o agente pratica um ato alm das suas atribuies legais. Por isso, aproveita-se o ato praticado, ex.: concesso de uso de bem pblico com exclusividade a uma determinada pessoa, quando a lei veda. -Abuso de poder: irregularidade convalidvel. Vcio mais brando, que atinge a execuo do ato administrativo, seu modus operandi ou procedimento. Ex.: Desapropriao indireta, ou seja, desapropriao realizada sem as formalidades legais, sem prvia indenizao ao desapropriado (desapropriao ftica). Neste caso no h como invalidar a desapropriao, o prejudicado conseguir apenas ser indenizado por perdas e danos. Por isso o ato administrativo praticado com abuso de poder no gera a sua nulidade. Ex.: prender pessoa inocente, no h como reverter o ato, mesmo aps comprovada a inocncia. 6 Servidores Pblicos: possuem relao de trabalho remunerado com a Administrao. Para o professor, so espcies do gnero agente pblico administrativo. 6.1: Caractersticas: a) Profissionalismo: uma exigncia da atual Administrao que os servidores tenham eficincia. Eficincia que medida entre a relao custo/benefcio, regida pelo princpio da economicidade. Atravs da eficincia, h controle sobre os atos dos servidores. b) Definitividade: vnculo definitivo entre a Administrao e o servidor, tendo carter perene. Por isso, somente aps um processo administrativo regular (devido processo legal) que se pode romper o vinculo do servidor efetivo com a Administrao. c) Relao de Trabalho: so os deveres, atribuies e normas que devem ser observadas pelo servidor pblico no exerccio de suas funes. 6.2) Classificao dos servidores: a) Servidores civis e militares: *Civis: (art. 39 a 43 da CF): a grande massa dos servidores. Exercem atividade tipicamente administrativa. *Militares: (art. 42 da CF). So servidores militares todas as pessoas que, em carter permanente ou transitrio, prestam servio militar, no plano da administrao da Unio e dos Estados. Os agentes militares so estatutrios, contudo, possuem estatuto prprio (Lei federal 6880/80). Art. 143. O servio militar obrigatrio nos termos da lei. 1 s Foras Armadas compete, na forma da lei, atribuir servio alternativo aos que, em tempo de paz, aps alistados, alegarem imperativo de conscincia, entendendo-se como tal o decorrente de crena religiosa e de convico filosfica ou poltica, para se eximirem de atividades de carter essencialmente militar. 2 As mulheres e os eclesisticos ficam isentos do servio militar obrigatrio em tempo de paz, sujeitos, porm, a outros encargos que a lei lhes atribuir. Alguns autores, entretanto, entendem que esta modalidade no faz parte do gnero servidor pblico. Existem servidores pblicos militares: do Distrito Federal; dos Estados Membros e da Unio. Pelo exposto, nota-se que no h servidor pblico municipal. b) Servidores comuns e especiais: critrio de diferenciao: natureza da atividade exercida e tipo do vnculo com a administrao. *Comuns: exercem atividade tipicamente administrativa. Podem possuir vinculo: 1 Estatutrio: lei regida integralmente pelo regime jurdico de direito pblico, que regulamenta os servidores comuns estatutrios. Ou seja, possuem regime jurdico estabelecido em lei especial. Regime estatutrio aquele em que os direitos, deveres e demais aspectos da vida funcional do servidor esto contidos basicamente numa lei denominada Estatuto; o Estatuto pode ser alterado no decorrer da vida funcional do servidor, independentemente da sua anuncia, ressalvados os direitos adquiridos, o servidor no tem direito a que seja mantido o Estatuto que existia no momento do ingresso nos quadros da Administrao. 2 Trabalhistas: alguns servidores tero vnculo jurdico regidos pela CLT, sendo este parcialmente de direito pblico. Recebem a denominao de empregados pblicos, numa analogia com o setor privado. Esse o regime de todos os que trabalham nas empresas pblicas e sociedades de economia mista. *Especiais: atividades tpicas de Estado. So regidas por regime jurdico diferenciado, parte. Neste caso, no se aplicam estatutos, mas sim leis orgnicas. Ex.: Membros do Ministrio Pblico, Juzes, Conselheiros do Tribunal de Contas e Advogados Pblicos. c) Servidores estatutrios, trabalhistas e temporrios: *Estatutrios: (Estatuto Geral dos Servidores Civis da Unio, Lei 8112/90): so estatutrios os servidores civis do tipo comum. O estatuto dispe vnculo jurdico previsto em lei que tem o condo de afastar a aplicabilidade da CLT. Possui regime jurdico totalmente de direito pblico. Todos os entes federativos necessitam do estatuto para ditar regras e deveres aos seus respectivos servidores. Em suma, exercem funo de cargo pblico. Os seja, so estatutrios, os servidores civis comuns que exercem suas funes atravs de cargo pblico. *Trabalhistas: Art. 173 da CF. Ressalvados os casos previstos nesta Constituio, a explorao direta de atividade econmica pelo Estado s ser permitida quando necessria aos imperativos da segurana nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 1 A lei estabelecer o estatuto jurdico da empresa pblica, da sociedade de economia mista e de suas subsidirias que explorem atividade econmica de produo ou comercializao de bens ou de prestao de servios, dispondo sobre: II - a sujeio ao regime jurdico prprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigaes civis, comerciais, trabalhistas e tributrios; So excees regra. Se submetem principalmente CLT. So constitudos, essencialmente, atravs das Empresas Publicas e Sociedades de Economia Mista. Possuem regime jurdico parcialmente de direito privado. O servidor pblico exerce suas funes atravs de emprego pblico, em suma, com regime jurdico parcialmente de direito pblico. * Temporrios: Art. 37 da CF. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte: IX - a lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico; Lei 8745/93: Art. 1 Para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico, os rgos da Administrao Federal direta, as autarquias e as fundaes pblicas podero efetuar contratao de pessoal por tempo determinado, nas condies e prazos previstos nesta Lei. Art. 2 Considera-se necessidade temporria de excepcional interesse pblico: I - assistncia a situaes de calamidade pblica; II - combate a surtos endmicos; III - realizao de recenseamentos e outras

pesquisas de natureza estatstica efetuadas pela Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE; IV - admisso de professor substituto e professor visitante; V - admisso de professor e pesquisador visitante estrangeiro; VI - atividades: a) especiais nas organizaes das Foras Armadas para atender rea industrial ou a encargos temporrios de obras e servios de engenharia; b) de identificao e demarcao territorial; d) finalsticas do Hospital das Foras Armadas; e) de pesquisa e desenvolvimento de produtos destinados segurana de sistemas de informaes, sob responsabilidade do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurana das Comunicaes - CEPESC; f) de vigilncia e inspeo, relacionadas defesa agropecuria, no mbito do Ministrio da Agricultura e do Abastecimento, para atendimento de situaes emergenciais ligadas ao comrcio internacional de produtos de origem animal ou vegetal ou de iminente risco sade animal, vegetal ou humana; g) desenvolvidas no mbito dos projetos do Sistema de Vigilncia da Amaznia - SIVAM e do Sistema de Proteo da Amaznia - SIPAM. h) tcnicas especializadas, no mbito de projetos de cooperao com prazo determinado, implementados mediante acordos internacionais, desde que haja, em seu desempenho, subordinao do contratado ao rgo ou entidade pblica. i) tcnicas especializadas necessrias implantao de rgos ou entidades ou de novas atribuies definidas para organizaes existentes ou as decorrentes de aumento transitrio no volume de trabalho que no possam ser atendidas mediante a aplicao do art. 74 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; j) tcnicas especializadas de tecnologia da informao, de comunicao e de reviso de processos de trabalho, no alcanadas pela alnea i e que no se caracterizem como atividades permanentes do rgo ou entidade; l) didtico-pedaggicas em escolas de governo; e m) de assistncia sade para comunidades indgenas; e VII - admisso de professor, pesquisador e tecnlogo substitutos para suprir a falta de professor, pesquisador ou tecnlogo ocupante de cargo efetivo, decorrente de licena para exercer atividade empresarial relativa inovao. VIII - admisso de pesquisador, nacional ou estrangeiro, para projeto de pesquisa com prazo determinado, em instituio destinada pesquisa; e IX - combate a emergncias ambientais, na hiptese de declarao, pelo Ministro de Estado do Meio Ambiente, da existncia de emergncia ambiental na regio especfica. 1 A contratao de professor substituto a que se refere o inciso IV far-se- exclusivamente para suprir a falta de docente da carreira, decorrente de exonerao ou demisso, falecimento, aposentadoria, afastamento para capacitao e afastamento ou licena de concesso obrigatria. 2 As contrataes para substituir professores afastados para capacitao ficam limitadas a dez por cento do total de cargos de docentes da carreira constante do quadro de lotao da instituio. 3 As contrataes a que se refere a alnea h do inciso VI sero feitas exclusivamente por projeto, vedado o aproveitamento dos contratados em qualquer rea da administrao pblica. So servidores que no possuem a estabilidade atinente, em regra, aos outros tipos de servidores. So contratados em um regime especial, no so dotados em cargo e nem em emprego pblico, possuem apenas funo, por exercerem uma atividade administrativa, sem cunho de permanncia. So necessrios para atender situaes excepcionais de interesse pblico, definidas em lei, como: calamidade pblica, recenseamento, surtos endmicos, professores, etc. A contratao de servidores pblicos temporrios deve ser por tempo determinado atravs de procedimento simplificado, sem necessidade de concurso pblico. 6.2) Investidura ou Provimento: a forma de acesso aos cargos, empregos ou funes pblicas. Contrape ao ato de vacncia, ou seja, perda de cargo, emprego ou funo. Pois a vacncia a situao de cargo que est sem ocupante, por desligamento, exonerao, demisso, readaptao, aposentaria, morte, acesso ou promoo. a) cargo: conjunto de atribuies regidas por um vnculo jurdico de direito pblico. O cargo pblico o conjunto de atribuies e responsabilidades cometidas a um servidor, criado por lei, em nmero certo, com denominao prpria, remunerado pelos cofres pblicos (Odete Medauar). O cargo pblico pode ser preenchido por servidor regido por estatuto ou cargo de assessoramento em comisso: Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte: V - as funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condies e percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento; Peculiaridades: o servidor pblico estatutrio dever ser aprovado em concurso pblico. Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte: I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; J o cargo em comisso, aquele de livre nomeao, prescindindo (dispensando) vnculo originrio com a Administrao. b) emprego: so exercidos por servidores celetistas. Tambm devem ser aprovados em concurso pblico. Art. 37, II, da CF. o conjunto de atribuies regido pela CLT, dentro de um regime jurdico parcialmente de direito pblico. Alem da CLT, tambm incidem normas constitucionais, por exemplo prvia aprovao em concurso pblico (art. 37, II da CF), a criao de cargos, empregos ou funes no mbito das Autarquias (Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinrias cabe a qualquer membro ou Comisso da Cmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da Repblica, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da Repblica e aos cidados, na forma e nos casos previstos nesta Constituio. 1 - So de iniciativa privativa do Presidente da Repblica as leis que: I - fixem ou modifiquem os efetivos das Foras Armadas; II - disponham sobre: a) criao de cargos, funes ou empregos pblicos na administrao direta e autrquica ou aumento de sua remunerao (...); c) funo: tem carter residual, consiste na atividade que no exercida por cargo ou emprego pblico. Nesta, no h um vnculo formal com a Administrao. Ademais, quem tem cargo ou emprego, tambm exerce funo administrativa, que pode ser considerada uma atividade. Ex.: servidores temporrios e funes de confiana: Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte: V - as funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condies e percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento; e IX - a lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico; a funo de confiana diferente de cargo em comisso, pois a funo de confiana exclusiva de quem j detm cargo pblico, ou seja, vinculo originrio com a Administrao. Entretanto, em ambos os casos h uma discricionariedade do titular para escolher executor de funo ou cargo em comisso. -Tipos de investidura: *poltica: acesso que se d por mandato eletivo atravs do sufrgio universal. Ex.: Presidente da Repblica e sua comisso de assessoramento (Ministros), Presidente do Banco do Brasil, etc. *originria: o primeiro vnculo que une a Administrao e o servidor. Normalmente de direito pblico. Como regra, para esse primeiro vnculo exige-se aprovao em concurso pblico. (art. 37, II, da CF), bem como aprovao em estgio probatrio, etc. originria ou inicial, quando a nomeao independe de qualquer vinculao do provido com a Administrao Pblica direta, autrquica ou fundacional pblica. Excees: cargos em comisso e temporrios no exigem a aprovao em concurso pblico, ou seja, dispensam investidura originria. *derivada: decorre de vinculao anterior, ou seja, investidura originria. derivado se a designao depender de vinculao anterior do provido com a Administrao Pblica, autrquica e fundacional pblica. Ex.: promoo, investidura vertical dentro da carreira e remoo, alterao da lotao, horizontalmente. A investidura derivada por promoo se d quando ocorre a mudana de servidor pblico de um para outro cargo da mesma natureza de trabalho com elevao de funo e vencimento. a segunda forma de investidura, pressupe investidura anterior. Art. 8 da Lei 8112/90: So formas de provimento de cargo pblico: I - nomeao; II - promoo; V - readaptao; VI - reverso; VII - aproveitamento; VIII - reintegrao; IX - reconduo. i) readaptao (art. 24 da Lei 8112/90: Art. 24. Readaptao a investidura do servidor em cargo de atribuies e responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental verificada em inspeo mdica. 1o Se julgado incapaz para o servio pblico, o readaptando ser aposentado. 2o A readaptao ser efetivada em cargo de atribuies afins, respeitada a habilitao exigida, nvel de escolaridade e equivalncia de vencimentos e, na hiptese de inexistncia de cargo vago, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga. Para haver a readaptao necessrio que haja uma deficincia mental e/ou fsica, atestada por junta mdica, no servidor, neste caso, o mesmo ser readaptado de acordo com sua nova condio. Ou seja, a investidura derivada em cargo compatvel. Ou seja, quando o servidor provido em outro cargo cujo exerccio mais compatvel com sua superveniente limitao fsica ou mental. modalidade de provimento horizontal.

ii) reverso (art. 25 e 27 da Lei 8112/90: Art. 25. Reverso o retorno atividade de servidor aposentado: I - por invalidez, quando junta mdica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou II - no interesse da administrao, desde que: a) tenha solicitado a reverso; b) a aposentadoria tenha sido voluntria; c) estvel quando na atividade; d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores solicitao; e) haja cargo vago. 1o A reverso far-se- no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformao. 2o O tempo em que o servidor estiver em exerccio ser considerado para concesso da aposentadoria. 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga. 4o O servidor que retornar atividade por interesse da administrao perceber, em substituio aos proventos da aposentadoria, a remunerao do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente aposentadoria. 5o O servidor de que trata o inciso II somente ter os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. 6o O Poder Executivo regulamentar o disposto neste artigo. Art. 27. No poder reverter o aposentado que j tiver completado 70 (setenta) anos de idade.). o retorno mesma funo, cargo ou emprego, do servidor aposentado. Devendo o servidor fazer o pedido, por processo administrativo. Neste caso, o servidor pblico pode voltar ao servio pblico quando assim o solicitar, ou quando determinado o retorno pela entidade a que se ligava, dado que insubsistentes os motivos da aposentadoria ou por no mais subsistirem. A Lei 8112, em seu artigo 25, prev duas formas de reverso: - por invalidez, I - por invalidez, quando junta mdica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou seja, que no h mais motivos para mantena da aposentadoria por invalidez. - por interesse da Administrao: II - no interesse da administrao, desde que: a) tenha solicitado a reverso; b) a aposentadoria tenha sido voluntria; c) estvel quando na atividade; d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores solicitao; e) haja cargo vago. Segundo o professor, este inciso II possui constitucionalidade contestvel, pois a nova investidura, neste caso deveria ser atravs de novo concurso. iii) reintegrao ( Art. 28 da Lei 8112/90 e art. 41, 2, da CF: Art. 28. A reintegrao a reinvestidura do servidor estvel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformao, quando invalidada a sua demisso por deciso administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. 1o Na hiptese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficar em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31. 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito indenizao ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade. Art. 41 da CF. So estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico. 2 Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estvel, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remunerao proporcional ao tempo de servio). o retorno ao cargo, emprego ou funo anteriormente ocupado, quando invalidada a sua demisso em processo administrativo ou sentena judicial transitado em julgado. Smula 173 do STJ: COMPETE A JUSTIA FEDERAL PROCESSAR E JULGAR O PEDIDO DE REINTEGRAO EM CARGO PUBLICO FEDERAL, AINDA QUE O SERVIDOR TENHA SIDO DISPENSADO ANTES DA INSTITUIO DO REGIME JURIDICO UNICO. Ou seja, a reintegrao do servidor ao cargo que antes ocupava porque fora desvinculado ilegalmente. iv) reconduo (art. 29 da lei 8112/90 e art. 41, 2 e 3 da CF): Art. 29. Reconduo o retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocupado e decorrer de: I - inabilitao em estgio probatrio relativo a outro cargo; II - reintegrao do anterior ocupante. Pargrafo nico. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor ser aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30. Art. 41 da CF. So estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico. 2 Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estvel, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remunerao proporcional ao tempo de servio. 3 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estvel ficar em disponibilidade, com remunerao proporcional ao tempo de servio, at seu adequado aproveitamento em outro cargo. o retorno do servidor estvel ao cargo anterior. Ocorre em duas situaes: a) por inabilitao em estgio probatrio do atual ocupante e b) por reintegrao do antigo servidor ao cargo de origem. O servidor estvel retornar ao cargo que ocupava quando for desprovido do cargo que ocupava devido reintegrao do seu ento titular. v) aproveitamento (art. 30 da Lei 8112/90: Art. 30. O retorno atividade de servidor em disponibilidade far-se- mediante aproveitamento obrigatrio em cargo de atribuies e vencimentos compatveis com o anteriormente ocupado. Art. 31. O rgo Central do Sistema de Pessoal Civil determinar o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos rgos ou entidades da Administrao Pblica Federal. Pargrafo nico. Na hiptese prevista no 3o do art. 37, o servidor posto em disponibilidade poder ser mantido sob responsabilidade do rgo central do Sistema de Pessoal Civil da Administrao Federal - SIPEC, at o seu adequado aproveitamento em outro rgo ou entidade. Art. 32. Ser tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor no entrar em exerccio no prazo legal, salvo doena comprovada por junta mdica oficial.). o retorno do servidor que estava em disponibilidade. O servidor pblico estvel retorna ao servio na entidade que colocara em disponibilidade, (inatividade). *vitalcia: Art. 95. Os juzes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, s ser adquirida aps dois anos de exerccio, dependendo a perda do cargo, nesse perodo, de deliberao do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentena judicial transitada em julgado; e Art. 128. O Ministrio Pblico abrange: 5 - Leis complementares da Unio e dos Estados, cuja iniciativa facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecero a organizao, as atribuies e o estatuto de cada Ministrio Pblico, observadas, relativamente a seus membros: I - as seguintes garantias: a) vitaliciedade, aps dois anos de exerccio, no podendo perder o cargo seno por sentena judicial transitada em julgado;). So possuidores de cargo vitalcio o magistrado e o membro do Ministrio Pblico. A vitaliciedade s integra a carreira do servidor aps 02 anos de exerccio. a perenidade do cargo. Mesmo aps a aposentadoria, no h perda do cargo, com exceo de decretao por deciso judicial transitada em julgado, que inicialmente passar por um procedimento administrativo. *efetiva: Art. 41 da CF. So estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico. 3 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estvel ficar em disponibilidade, com remunerao proporcional ao tempo de servio, at seu adequado aproveitamento em outro cargo. Estabilidade conferida ao servidor apenas aps o preenchimento de 02 requisitos: 1: 03 anos de exerccio e 2 parecer favorvel, ou seja, aprovao no estgio probatrio em processo administrativo regular. 6.3) Vacncia: o ato administrativo pelo qual o servidor destitudo do cargo, emprego ou funo. Vrias so as causas que podem levar um cargo situao de vacncia: Art. 33 da Lei 8112/90. A vacncia do cargo pblico decorrer de: I - exonerao; (art. 34 da Lei 8112/90); o desligamento do servidor do quadro de pessoal da entidade a que se vinculava, sem carter punitivo. Pode ser a pedido do servidor ou por deliberao da Administrao. II - demisso; o desligamento do servidor do quadro de pessoal da entidade a que se vinculava, como medida punitiva. (art. 127 da Lei 8112/90). III - promoo; a mudana de um servidor de um cargo para outro, da mesma natureza de trabalho, com elevao de funo e vencimento. VI - readaptao; (art. 24 da Lei 8112/90). VII - aposentadoria; a passagem do servidor da atividade para a inatividade. VIII - posse em outro cargo inacumulvel; espcie de vacncia, na medida em que pela nova posse acontece a vaga no cargo anteriormente ocupado, pois, significa a renncia do cargo precedente, que, por isso, fica vago. IX - falecimento. Morte do servidor. EDPRAPF. *exonerao: Art. 34 da Lei 8112/90. A exonerao de cargo efetivo dar-se- a pedido do servidor, ou de ofcio. Pargrafo nico. A exonerao de ofcio dar-se-: I - quando no satisfeitas as condies do estgio probatrio; II - quando, tendo tomado posse, o servidor no entrar em exerccio no prazo estabelecido. Art. 35. A exonerao de cargo em comisso e a dispensa de funo de confiana dar-se-: I - a juzo da autoridade competente; II - a pedido do prprio servidor. o desligamento do servidor do quadro de pessoal da entidade a que se vinculava, sem carter punitivo. Pode ser a pedido do servidor ou por deliberao da Administrao.

6.4) Acessibilidade a cargos, empregos e funes. a) Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte: I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinrias cabe a qualquer membro ou Comisso da Cmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da Repblica, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da Repblica e aos cidados, na forma e nos casos previstos nesta Constituio. 1 - So de iniciativa privativa do Presidente da Repblica as leis que: I - fixem ou modifiquem os efetivos das Foras Armadas; II - disponham sobre: a) criao de cargos, funes ou empregos pblicos na administrao direta e autrquica ou aumento de sua remunerao; O dispositivo em apreo deixa claro que no s os brasileiros, mas os estrangeiros, tambm, podem ascender a cargos, empregos e funes pblicas, e, como no h qualquer restrio, entende-se que tanto os natos, quanto os naturalizados tm esse direito. A lei que dispor sobre a criao de cargo, emprego ou funo pblica e de iniciativa vinculada, ou seja, de iniciativa privativa do Presidente da Repblica, no podem ser fruto da iniciativa de outro poder. Outro exemplo de lei de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo: Lei Oramentria (arts. 163 a 169 da CF). b) Art. 37, II, III e IV: II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao; III - o prazo de validade do concurso pblico ser de at dois anos, prorrogvel uma vez, por igual perodo; IV - durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, aquele aprovado em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos ser convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; exige-se como regra a prvia aprovao em concurso pblico, ou seja, que haja formao de vnculo jurdico originrio entre o agente e a Administrao. Ainda sobre a aprovao em concurso pblico: Art. 12 da Lei 8112/90: O concurso pblico ter validade de at 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo. 1o O prazo de validade do concurso e as condies de sua realizao sero fixados em edital, que ser publicado no Dirio Oficial da Unio e em jornal dirio de grande circulao. 2o No se abrir novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade no expirado. Smula 679 do STF: A FIXAO DE VENCIMENTOS DOS SERVIDORES PBLICOS NO PODE SER OBJETO DE CONVENO COLETIVA. SMULA N 15 do STF: DENTRO DO PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO, O CANDIDATO APROVADO TEM O DIREITO NOMEAO, QUANDO O CARGO FOR PREENCHIDO SEM OBSERVNCIA DA CLASSIFICAO. Anteriormente a aplicao do direito subjetivo nomeao de cargos pblicos por concurso estava restrita s hipteses em que: a preterio na ordem de classificao, a contratao de terceiros a titulo precrio, a abertura de novo certame logo aps esgotada a validade de concurso anterior no prorrogado ou a existncia de dispositivo legal que garanta o direito nomeao. Quanto smula 15 do stf, insta mencionar que foi interpretada recentemente de maneira extensiva, pois, por ela, o concursando adquiriu direito pblico subjetivo de ser nomeado, e no mera expectativa de direito. Para tanto, o concursando deve mostrar suficincia, estar entre os classificados e em correspondncia com as vagas abertas. Por isso, na atualidade, em muitos processos seletivos implantou-se o cadastro reserva a fim de no comprometer a Administrao quanto ao nmero de vagas disponveis. Tal princpio previsto na smula 15 do Supremo, tem base legal na vedao da venia contra factum proprium (boa f). Ou seja, vedado Administrao se contradizer em relao a um comportamento anteriormente firmado. Ex.: se oferece-se 100 vagas em concurso pblico, o 100 primeiros aprovados devem ser nomeados, desde que obedecida a ordem de aprovao, para que o tambm princpio da eficincia na Administrao Pblica seja cumprido. (menor onerosidade possvel). exceo da hiptese em que os conhecimentos dos candidatos nos moldes originais j no mais atende integralmente s necessidades atuais para o exerccio do cargo, em ateno aos princpios da boa-f, da confiana, da vedao da venire contra factum proprium e da eficincia dos atos da Administrao, entende-se que aprovao do candidato em concurso pblico dentro do nmero de vagas gera direito adquirido nomeao dentro do prazo de validade do certame. c) excees regra de concurso pblico como exigncia para acessar funes pblicas: - temporrios: (art. 37, IX, da CF): So contratados em um regime especial, no so dotados em cargo e nem em emprego pblico, possuem apenas funo, por exercerem uma atividade administrativa, sem cunho de permanncia. So necessrios para atender situaes excepcionais de interesse pblico, definidas em lei, como: calamidade pblica, recenseamento, surtos endmicos, professores, etc. A contratao de servidores pblicos temporrios deve ser por tempo determinado atravs de procedimento simplificado, sem necessidade de concurso pblico. So regidos, em regra, pela CLT. - cargos em comisso: (art. 37, II, da CF): cargo em comisso aquele de livre nomeao e exonerao, prescindindo (dispensando) vnculo originrio com a Administrao. Apenas pode ser preenchido em assessoramento de um rgo efetivo, geralmente de direo e chefia. Diferentemente da funo de confiana que pressupe vinculo originrio com a Administrao, entretanto, para esta funo no foi necessrio. Preenchimento de atividades de chefia, diretoria e assessoramento. d) Art. 37, VIII da CF: VIII - a lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos para as pessoas portadoras de deficincia e definir os critrios de sua admisso; Art. 5, 2 da Lei 8112/90: Art. 5 So requisitos bsicos para investidura em cargo pblico: I - a nacionalidade brasileira; II - o gozo dos direitos polticos; III - a quitao com as obrigaes militares e eleitorais; IV - o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo; V - a idade mnima de dezoito anos; VI - aptido fsica e mental. 2o s pessoas portadoras de deficincia assegurado o direito de se inscrever em concurso pblico para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que so portadoras; para tais pessoas sero reservadas at 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. Tanto a CF quanto a Lei 8112/90 e o Decreto lei 3298/99, prevem percentual de cargos e empregos, e nunca funo, a serem destinados a portadores e necessidades especiais. Essas regras alcanam as entidades da Administrao Pblica direta e indireta. -Smula 377 do STJ: "o portador de viso monocular tem direito de concorrer, em concurso pblico, s vagas reservadas aos deficientes". e) A Lei poder adotar critrios diferenciados para selecionar ocupantes de cargos, empregos ou funes pblicos, com fulcro no princpio da proporcionalidade (adequao e necessidade). Artigo 39, 3, in fine (parte final) da CF: 3 Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo pblico o disposto no art. 7, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admisso quando a natureza do cargo o exigir. Nesse diapaso, smula 683 do STF: Smula 683: O LIMITE DE IDADE PARA A INSCRIO EM CONCURSO PBLICO S SE LEGITIMA EM FACE DO ART. 7, XXX, DA CONSTITUIO, QUANDO POSSA SER JUSTIFICADO PELA NATUREZA DAS ATRIBUIES DO CARGO A SER PREENCHIDO. f) Remunerao: (art. 37, incisos X a XVI da CF): X - a remunerao dos servidores pblicos e o subsdio de que trata o 4 do art. 39 somente podero ser fixados ou alterados por lei especfica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada reviso geral anual, sempre na mesma data e sem distino de ndices; XI - a remunerao e o subsdio dos ocupantes de cargos, funes e empregos pblicos da administrao direta, autrquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes polticos e os proventos, penses ou outra espcie remuneratria, percebidos cumulativamente ou no, includas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, no podero exceder o subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como li-mite, nos Municpios, o subsdio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsdio mensal do Governador no mbito do Poder Executivo, o subsdio dos Deputados Estaduais e Distritais no mbito do Poder Legislativo e o sub-sdio dos Desembargadores do Tribunal de Justia, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centsimos por cento do subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tri-bunal Federal, no mbito do Poder Judicirio, aplicvel este limite aos membros do Ministrio Pblico, aos Procuradores e aos Defensores Pblicos; XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judicirio no podero ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; XIII - vedada a vinculao ou equiparao de quaisquer espcies remuneratrias para o efeito de remunerao de pessoal do servio pblico; XIV - os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico no sero computados nem acumulados para fins de concesso de acrscimos ulteriores; XVI - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto, quando houver compatibilidade de horrios, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. a) a de dois cargos de professor; (b) a de um cargo de professor com outro tcnico ou cientfico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com profisses regulamentadas. a contraprestao a que tem direito o servidor pblico por estar disposio da Administrao Pblica ou de quem lhe faa as vezes prestando-lhe servio.

-subsdio: (art. 39, 4 da CF): so remunerados mediante subsidio, na dico desse pargrafo: 4 O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretrios Estaduais e Municipais sero remunerados exclusivamente por subsdio fixado em parcela nica, vedado o acrscimo de qualquer gratificao, adicional, abono, prmio, verba de representao ou outra espcie remuneratria, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. -vencimento: regime estatutrio, e sempre est conferida a cargo. Vencimento tem acepo escrita e corresponde retribuio pecuniria a que faz jus o servidor pelo efetivo exerccio de cargo. -provento: importncia recebida em razo de aposentadoria. g) Direito de greve, art. 37, VII da CF: VII - o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei especfica; e Mandado de Injuno 670, 706 708 do STF (efeito concretista): MI 670 / ES - ESPRITO SANTO - MANDADO DE INJUNO: EMENTA: MANDADO DE INJUNO. GARANTIA FUNDAMENTAL (CF, ART. 5, INCISO LXXI). DIREITO DE GREVE DOS SERVIDORES PBLICOS CIVIS (CF, ART. 37, INCISO VII). EVOLUO DO TEMA NA JURISPRUDNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). DEFINIO DOS PARMETROS DE COMPETNCIA CONSTITUCIONAL PARA APRECIAO NO MBITO DA JUSTIA FEDERAL E DA JUSTIA ESTADUAL AT A EDIO DA LEGISLAO ESPECFICA PERTINENTE, NOS TERMOS DO ART. 37, VII, DA CF. EM OBSERVNCIA AOS DITAMES DA SEGURANA JURDICA E EVOLUO JURISPRUDENCIAL NA INTERPRETAO DA OMISSO LEGISLATIVA SOBRE O DIREITO DE GREVE DOS SERVIDORES PBLICOS CIVIS, FIXAO DO PRAZO DE 60 (SESSENTA) DIAS PARA QUE O CONGRESSO NACIONAL LEGISLE SOBRE A MATRIA. MANDADO DE INJUNO DEFERIDO PARA DETERMINAR A APLICAO DAS LEIS Nos 7.701/1988 E 7.783/1989. 1. SINAIS DE EVOLUO DA GARANTIA FUNDAMENTAL DO MANDADO DE INJUNO NA JURISPRUDNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). 1.1. MI 708 / DF - DISTRITO FEDERAL MANDADO DE INJUNO: EMENTA: MANDADO DE INJUNO. GARANTIA FUNDAMENTAL (CF, ART. 5, INCISO LXXI). DIREITO DE GREVE DOS SERVIDORES PBLICOS CIVIS (CF, ART. 37, INCISO VII). EVOLUO DO TEMA NA JURISPRUDNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). DEFINIO DOS PARMETROS DE COMPETNCIA CONSTITUCIONAL PARA APRECIAO NO MBITO DA JUSTIA FEDERAL E DA JUSTIA ESTADUAL AT A EDIO DA LEGISLAO ESPECFICA PERTINENTE, NOS TERMOS DO ART. 37, VII, DA CF. EM OBSERVNCIA AOS DITAMES DA SEGURANA JURDICA E EVOLUO JURISPRUDENCIAL NA INTERPRETAO DA OMISSO LEGISLATIVA SOBRE O DIREITO DE GREVE DOS SERVIDORES PBLICOS CIVIS, FIXAO DO PRAZO DE 60 (SESSENTA) DIAS PARA QUE O CONGRESSO NACIONAL LEGISLE SOBRE A MATRIA. MANDADO DE INJUNO DEFERIDO PARA DETERMINAR A APLICAO DAS LEIS Nos 7.701/1988 E 7.783/1989. 1. SINAIS DE EVOLUO DA GARANTIA FUNDAMENTAL DO MANDADO DE INJUNO NA JURISPRUDNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). 1.1. Anteriormente, o direito de greve previsto na CF exigia a regulamentao sobre o tema por lei complementar. Aps a Emenda Constitucional n 19 de 2008, o exerccio de greve dos agentes pblicos ficou condicionado edio de lei, o que manteve a eficcia contida da norma constitucional. Entretanto, pelos MIs acima mencionados, o STF resolveu o impasse condicional que permeava o art. 37, VII da CF, resolvendo, em sede de controle difuso (que, em regra, surte efeito apenas entre as partes), que os servidores pblicos em geral tambm possuam o direito de greve, desde que observada a lei quanto ao tema de iniciativa privada (Lei 7783). Com isso, o STF supriu a omisso legislativa, atuando enquanto legislador positivo (efeito concretista, expanso do efeito difuso). h) Art. 37, XI, da CF: XI - a remunerao e o subsdio dos ocupantes de cargos, funes e empregos pblicos da administrao direta, autrquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes polticos e os proventos, penses ou outra espcie remuneratria, percebidos cumulativamente ou no, includas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, no podero exceder o subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municpios, o subsdio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsdio mensal do Governador no mbito do Poder Executivo, o subsdio dos Deputados Estaduais e Distritais no mbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justia, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centsimos por cento do subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no mbito do Poder Judicirio, aplicvel este limite aos membros do Ministrio Pblico, aos Procuradores e aos Defensores Pblicos. Teto para: -cargo: -emprego: -funo: 6.5) Proibio de Acumular cargos, empregos e funes. (arts. 118 a 120 da Lei 8112/90). Em regra veda-se o acmulo de mais de 01 cargo, emprego ou funo pblica. Titularizao de um s cargo pblico. XVI - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto, quando houver compatibilidade de horrios, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro tcnico ou cientfico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com profisses regulamentadas; a) Excees: as excees esto condicionadas aos seguintes critrios legislativos, cumulativamente: *mximo de 02 cargos, empregos ou funes pblicos, segundo entendimento do STF. *compatibilidade de horrio, mesmo quando flexveis, segundo a Constituio Federal. *observncia do teto remuneratrio. (art. 37, XI, da CF, supra). Ou seja, nas hipteses em que a acumulao permitida h de ser atendido o teto remuneratrio. b) Art. 37, XVII da CF preleciona a limitao ao acmulo de cargos, empregos ou funes ampla, abrangendo tambm: XVII - a proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrange autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista, suas subsidirias (tipo de sociedade annima de 01 scio apenas), e sociedades controladas (sobre as quais o poder pblico possui percentual relevante no capital social), direta ou indiretamente, pelo poder pblico; c) Possibilidade de Acumulao de cargos, empregos ou funes pblicas: embora a regra seja a no-acumulao de cargos, funes ou empregos, a CF elenca as excees possveis, seno vejamos: *02 cargos pblicos de professor (magistrio). (art. 37, XVI, a, da CF). *01 de professor com outro tcnico ou cientfico: (art. 37, XVI, b) da CF). Cargos tcnicos cientficos so aqueles que demandam conhecimentos especficos. Ex.: o Agente Fiscal da Receita Federal e tcnico e o Magistrado exerce cargo cientfico. *02 cargos privativos de profissionais de sade, desde que regulamentados. (art. 37, XVI, c) da CF). *Juiz ou Membro do MP cumulado com cargo de magistrio. Art. 95. Os juzes gozam das seguintes garantias: Pargrafo nico. Aos juzes vedado: I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou funo, salvo uma de magistrio; e Art. 128. O Ministrio Pblico abrange: 5 - Leis complementares da Unio e dos Estados, cuja iniciativa facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecero a organizao, as atribuies e o estatuto de cada Ministrio Pblico, observadas, relativamente a seus membros: II - as seguintes vedaes: d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra funo pblica, salvo uma de magistrio; Aos juizes e promotores vedada a atividade de empresrio, na administrao de sociedade empresria e ser scio majoritrio, podendo apenas ser simples cotista ou acionista. (art. 117, X da lei 8112/90). *o art. 37, XVI extensvel a cargos administrativos. XVI - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto, quando houver compatibilidade de horrios, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro tcnico ou cientfico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com profisses regulamentadas; d) a vedao se aplica acumulao de vencimento/subsdios e proventos: 10 do art. 37 da CF: vedada a percepo simultnea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remunerao de cargo, emprego ou funo pblica, ressalvados os cargos acumulveis na forma desta Constituio, os cargos eletivos e os cargos em comisso declarados em lei de livre nomeao e exonerao.Para tanto, considerase subsdio: remunerao dada a servidores que exercem funo de Estado, em parcela nica. Vencimentos so remuneraes dadas aos demais servidores, por parcela fixa e outra varivel. J os proventos constituem a remunerao proveniente de aposentadoria.

*Exceo: -cargos acumulveis na ativa (vencimentos e subsdios), e posterior aposentadoria em algum dos dois. -aposentadoria cumulada com remunerao de cargo em comisso. -aposentadoria cumulada com remunerao de mandato eletivo. e) ao servidor que acumula irregularmente dois cargos, empregos ou funes deve ser concedido um prazo para a necessria desincompatibilizao. 6.6) Responsabilidades dos Servidores (arts. 121 a 126 da Lei 8112/90): os servidores, por atos praticados fora dos seus deveres e proibies (art. 116 e 117 da Lei 8112/90), no exerccio de suas funes, respondem civil, criminal e administrativamente, sendo cada uma das searas aplicadas de forma autnoma, exceto na hiptese de absolvio na seara criminal que negue a existncia de fato ou de sua autoria, Art. 126 da Lei 8112/90: A responsabilidade administrativa do servidor ser afastada no caso de absolvio criminal que negue a existncia do fato ou sua autoria. a) criminal: (arts. 312 a 327 e 359-A e 359-H do CP, ler estes artigos). A responsabilidade penal do servidor pblico regida no CPB, no captulo, Dos Crimes Contra a Administrao. Para efeitos penais considera-se servidor pblico quem, embora transitoriamente ou sem remunerao exerce funo, cargo ou emprego pblico, inclusive em entidade paraestatal (art. 327 1 e 2). Em que pese as searas serem autnomas, na hiptese do servidor ser absolvido criminalmente, esta deciso afetar a punio do servidor em sede administrativa conforme art. 126 da Lei 8112/90. Quanto sentena absolutria, prescreve o art. 386, I, do CPP (Art. 386. O juiz absolver o ru, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconhea: I - estar provada a inexistncia do fato); a sentena da ao penal, transitada em julgado, poder repercutir na esfera da responsabilidade administrativa e civil do servidor. Entretanto h infraes administrativas que no so consideradas infraes penais, tais como o peculato de uso. A apurao da responsabilidade criminal se efetua mediante instaurao pelo Ministrio Pblico, de ao penal. Nos crimes de responsabilidade (agentes polticos) as leis especficas estabelecem o respectivo processo e a competncia para julgar. b) civil: de natureza patrimonial (civil objetiva). (Art. 37, 6 da CF: As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa). o prejuzo que o servidor causa a terceiros de cunho eminentemente patrimonial. a responsabilidade objetiva do Estado, em razo de danos causados pelos servidores. Para que o servidor possa ser responsabilizado e obrigado a pagar o prejuzo, necessrio comprovar seu dolo ou sua culpa. De regra, efetua-se a apurao por meio de sindicncia e, se for o caso, de processo administrativo. Na ausncia de concordncia entre a administrao e o servidor, aps a comprovao do dolo, a administrao deve ingressar no juzo cvel, (art. 37, 6, parte final). Os atos de improbidade administrativa tambm acarretam a responsabilidade civil (Lei 8429/92, arts. 9 ao 10). A comprovao das condutas acarreta consequncias administrativas, civis e penais. c) administrativa: apurada atravs de rgos administrativos, observada a Lei dos Procedimentos Administrativos (Lei 9784/99). Dentre outras, como a Lei 8666/93. (infrao ou ilcito administrativo). uma ofensa a deveres funcionais administrativos. Tem relevncia do ponto de vista interno da Administrao, apurada por um rgo administrativo, atravs de um processo administrativo disciplinar (Lei do Processo Administrativo Disciplinar, 9784). Podendo-se instaurar, para efeitos de investigao, uma sindicncia. -O processo administrativo disciplinar tambm est previsto na lei 9112/90, em seus artigos 143 e 183. -Definio de responsabilidade administrativa segundo Odete Medauar: Consequncias acarretadas ao servidor pelo descumprimento dos deveres e inobservncia das proibies de carter funcional, estabelecidas (Lei 8112/90) no estatuto ou em outras leis. Essa responsabilidade apurada no mbito da prpria Administrao e apenada com sanes de natureza administrativa, denominadas sanes disciplinares, impostas por autoridade administrativa; se a conduta do servidor enquadrar-se tambm em tipos penais e causar dano Administrao, gera responsabilizao criminal e civil. -Prescrio (art. 37, 5 da CF): a pretenso estatal de punir o Servidor Pblico, aps o momento do conhecimento do fato, possui prazo prescricional, que varia de acordo com a modalidade de punio. Art. 142. A ao disciplinar prescrever: I - em 5 (cinco) anos, quanto s infraes punveis com demisso, cassao de aposentadoria ou disponibilidade e destituio de cargo em comisso; II - em 2 (dois) anos, quanto suspenso; III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto advertncia. 1o O prazo de prescrio comea a correr da data em que o fato se tornou conhecido. 2o Os prazos de prescrio previstos na lei penal aplicam-se s infraes disciplinares capituladas tambm como crime. 3o A abertura de sindicncia ou a instaurao de processo disciplinar interrompe a prescrio, at a deciso final proferida por autoridade competente. 4o Interrompido o curso da prescrio, o prazo comear a correr a partir do dia em que cessar a interrupo. A pretenso punitiva do Estado quanto ao servidor pblico prescreve em: *05 anos, nos caso das medidas aplicveis serem demisso, cassao da aposentadoria ou destituio do cargo em comisso. Por se tratarem de medidas mais graves. *02 anos, nos casos da suspenso ser a medida aplicvel. *180 dias, na hiptese de advertncia, por escrito. Os prazos prescricionais acima descritos se interrompem, ou seja, param e comeam a contar desde o incio, em caso de abertura de sindicncia ou procedimento disciplinar. Art. 142, 3o A abertura de sindicncia ou a instaurao de processo disciplinar interrompe a prescrio, at a deciso final proferida por autoridade competente. 4o Interrompido o curso da prescrio, o prazo comear a correr a partir do dia em que cessar a interrupo. -Penalidades: Art. 127. So penalidades disciplinares: I - advertncia; sano que deve ser sempre feita por escrito, uma reprimenda de falta leve, podendo repercutir na avaliao de desempenho para fins de promoo. (art. 117 e 129 da Lei 8112/90). II - suspenso; reincidncia em advertncia (art. 130 da Lei 8112/90). Pode ser fixada em at 90 dias. Pode tambm, ser convertida em multa de at 50% do valor do dia trabalhado pelo servidor. Obs.: tanto na suspenso quanto na advertncia, ocorre o cancelamento do registro da medida, a qual possui efeito ex nunc. Tal cancelamento ocorrer no prazo de 03 anos para a advertncia e no prazo de 05 anos no caso de suspenso. III - demisso; (art. 132 da Lei 8112/90). a expulso do servidor dos quadros da administrao, em razo de infrao funcional grave. IV - cassao de aposentadoria ou disponibilidade; (art. 134 da Lei 8112/90). o caso do servidor inativo que pratica em atividade um fato punvel com demisso. V - destituio de cargo em comisso; (art. 139 a 173 da Lei 8112/90). o servidor ocupante de cargo comissionado que pratica ato punvel com demisso ou cassao de aposentadoria. VI - destituio de funo comissionada. d) Sanes por Improbidade Administrativa: improbidade consiste em aes ou omisses em que o administrador atua visando interesse particular em detrimento do interesse pblico. A CF/88, prev 04 modalidades de sanes ao agente pblico mprobo. Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte: 4 - Os atos de improbidade administrativa importaro a suspenso dos direitos polticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao errio, na forma e gradao previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel. J a lei 8429/90, amplia o rol de sanes disposto no artigo 34 da CF. Seno vejamos: *Enriquecimento ilcito: Art. 9 Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilcito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razo do exerccio de cargo, mandato, funo, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1 desta lei,

e notadamente (...): a obteno de vantagem indevida em razo de funo, cargo ou emprego pblico. Com isso o agente pblico estar sujeito s seguintes reprimendas: Art. 12. Independentemente das sanes penais, civis e administrativas previstas na legislao especfica, est o responsvel pelo ato de improbidade sujeito s seguintes cominaes, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: I - na hiptese do art. 9, *perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimnio, *ressarcimento integral do dano, quando houver, *perda da funo pblica (Observado o disposto no art. 132, IV, da Lei 8112/90), *suspenso dos direitos polticos de oito a dez anos, *pagamento de multa civil de at trs vezes o valor do acrscimo patrimonial (aferido pelo agente) e *proibio de contratar com o Poder Pblico ou *receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente, ainda que por intermdio de pessoa jurdica da qual seja scio majoritrio, pelo prazo de dez anos; *Prejuzo ao errio: Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa leso ao errio qualquer ao ou omisso, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriao, malbaratamento ou dilapidao dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1 desta lei, e notadamente: a leso aos cofres pblicos que cause perda patrimonial, independente do valor e de enriquecimento ilcito auferido pelo agente pblico. Tal conduta est sujeita s seguintes penalidades: Art. 12: II - na hiptese do art. 10, *ressarcimento integral do dano, *perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimnio, se concorrer esta circunstncia, *perda da funo pblica (Observado o disposto no art. 132, IV, da Lei 8112/90), *suspenso dos direitos polticos de cinco a oito anos, *pagamento de multa civil de at duas vezes o valor do dano e *proibio de contratar com o Poder Pblico ou *receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente, ainda que por intermdio de pessoa jurdica da qual seja scio majoritrio, pelo prazo de cinco anos; *Ofensa a Princpios: Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princpios da administrao pblica qualquer ao ou omisso que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade s instituies, e notadamente: a ofensa a princpios especficos da Administrao, alm daqueles previstos no caput do art. 37. ex.: Peculato de Uso. Esta conduta est sujeita s seguintes penalidades: Art. 12: III - na hiptese do art. 11, *ressarcimento integral do dano, se houver, *perda da funo pblica (Observado o disposto no art. 132, IV, da Lei 8112/90), *suspenso dos direitos polticos de trs a cinco anos, *pagamento de multa civil de at cem vezes o valor da remunerao percebida pelo agente e *proibio de contratar com o Poder Pblico ou *receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios, direta ou indiretamente, ainda que por intermdio de pessoa jurdica da qual seja scio majoritrio, pelo prazo de trs anos. Em conformidade com o nico do art. 12. na aplicaes das sanes acima ser levado em conta a conduta do agente pblico. Pargrafo nico. Na fixao das penas previstas nesta lei o juiz levar em conta a extenso do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente. -Observaes: Art. 7 Quando o ato de improbidade causar leso ao patrimnio pblico ou ensejar enriquecimento ilcito, caber a autoridade administrativa responsvel pelo inqurito representar ao Ministrio Pblico, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. Pargrafo nico. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recair sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acrscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilcito. Nas hipteses de leso ao patrimnio e enriquecimento ilcito, a autoridade administrativa dever representar ao MP, a fim de que o mesmo possa requerer em juzo a indisponibilidade dos bens do agente pblico mprobo, atravs de uma medida semelhante a ao cautelar. -Art. 8 O sucessor daquele que causar leso ao patrimnio pblico ou se enriquecer ilicitamente est sujeito s cominaes desta lei at o limite do valor da herana. o sucessor do agente mprobo estar sujeito s cominaes desta lei, de cunho patrimonial, at o limite da sua parcela na herana. -Art. 14. Qualquer pessoa poder representar autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigao destinada a apurar a prtica de ato de improbidade. 1 A representao, que ser escrita ou reduzida a termo e assinada, conter a qualificao do representante, as informaes sobre o fato e sua autoria e a indicao das provas de que tenha conhecimento. 2 A autoridade administrativa rejeitar a representao, em despacho fundamentado, se esta no contiver as formalidades estabelecidas no 1 deste artigo. A rejeio no impede a representao ao Ministrio Pblico, nos termos do art. 22 desta lei. 3 Atendidos os requisitos da representao, a autoridade determinar a imediata apurao dos fatos que, em se tratando de servidores federais, ser processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares. o direito de petio, no qual, a lei assegura a qualquer pessoa o direito de requerer Autoridade Administrativa ou ao MP, a fim de que se aplique as medidas cabveis. Esse direito de petio tambm est previsto na lei do abuso de autoridade. Art. 2 O direito de representao ser exercido por meio de petio: a) dirigida autoridade superior que tiver competncia legal para aplicar, autoridade civil ou militar culpada, a respectiva sano; b) dirigida ao rgo do Ministrio Pblico que tiver competncia para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada (Lei 4898 de 65). -Art. 17. A ao principal, que ter o rito ordinrio, ser proposta pelo Ministrio Pblico ou pela pessoa jurdica interessada, dentro de trinta dias da efetivao da medida cautelar. Tal ao seguira o rito previsto para a Ao Civil Pblica. -Das Disposies Penais: Art. 19. Constitui crime a representao por ato de improbidade contra agente pblico ou terceiro beneficirio, quando o autor da denncia o sabe inocente. Pena: deteno de seis a dez meses e multa. Pargrafo nico. Alm da sano penal, o denunciante est sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou imagem que houver provocado. (hiptese de representao caluniosa) Art. 20. A perda da funo pblica e a suspenso dos direitos polticos s se efetivam com o trnsito em julgado da sentena condenatria. Pargrafo nico. A autoridade judicial ou administrativa competente poder determinar o afastamento do agente pblico do exerccio do cargo, emprego ou funo, sem prejuzo da remunerao, quando a medida se fizer necessria instruo processual. Art. 21. A aplicao das sanes previstas nesta lei independe: I - da efetiva ocorrncia de dano ao patrimnio pblico, salvo quanto pena de ressarcimento; II - da aprovao ou rejeio das contas pelo rgo de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas. Art. 22. Para apurar qualquer ilcito previsto nesta lei,