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DIREITO ADMINISTRATIVO PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS Hoje possuem força normativa primária. Período chamado de Pós-positivismo - Neoconstitucionalismo - Após a Segunda Guerra Mundial só a observância da lei não era garantia dos direitos fundamentais básicos. Antes os princípios não vinculavam de início essas atuações, uma vez que só tinham lugar na lacuna da lei (at.4 LICC) ideia de fonte secundária - normatividade secundária. PRINCÍPIOS EXISTENTES NO REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO. Princípios Expressos – escritos de forma explícita na Constituição- ART 37 - LIMPE – Cinco princípios aos quais a Administração Direta e Indireta devem obediência. LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE, EFICIÊNCIA. Os demais são os chamados princípios implícitos na CF ou explícitos em normas infraconstitucionais – Ex: art. 2 da Lei 9784/99 e da Lei 5427/99. Igualmente válidos, com a mesma força coercitiva.

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Page 1: DIREITO ADMINISTRATIVO - Cloud Object Storage · motivação no exercício da sua função atípica, com mais razão o administrador. ... DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA: OTTO GIERKE -Segundo

DIREITO ADMINISTRATIVO

• PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS

• Hoje possuem força normativa primária. Período chamado de Pós-positivismo - Neoconstitucionalismo - Após a Segunda Guerra Mundial só a observância da lei não era garantia dos direitos fundamentais básicos.

• Antes os princípios não vinculavam de início essas atuações, uma vez que só tinham lugar na lacuna da lei (at.4 LICC) ideia de fonte secundária - normatividade secundária.

• PRINCÍPIOS EXISTENTES NO REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO.

• Princípios Expressos – escritos de forma explícita na Constituição- ART 37 - LIMPE – Cinco princípios aos quais a Administração Direta e Indireta devem obediência. LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE, EFICIÊNCIA.

• Os demais são os chamados princípios implícitos na CF ou explícitos em normas infraconstitucionais – Ex: art. 2 da Lei 9784/99 e da Lei 5427/99. Igualmente válidos, com a mesma força coercitiva.

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• 1- PRINCÍPIO DA LEGALIDADE –

• esse princípio está na origem do Direito Administrativo.Atrelado ao momento da passagem do Estado Absolutista para o Estado de Direito.

• Para a doutrina clássica há duas aplicações do Princípio da legalidade:

• Legalidade para o dt público - administrativa – Estado – critério de subordinação a lei.

• Legalidade para o dt privado- para o administrado - onde há predominância da autonomia de vontade. Relação de não contradição a lei.

• Hely: Enquanto o administrador público só pode fazer o que a lei expressamente autoriza e nunca contrário a ela, o particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. (concepção liberal clássica).

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• 2- PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE/ MORALIDADE

• O princípio da impessoalidade segundo a doutrina possui alguns sentidos que são:

• a) isonomia - tratar as pessoas de forma isonômica, faz com que o tratamento seja impessoal, sem privilégios e também sem discriminações ou perseguições.

• Máxima de Rui Barbosa - Tratar de maneira igual aqueles que se encontram em situação igual e de maneira desigual os desiguais na medida das suas desigualdades.

• b) atuação do Poder Público diverso dos interesses privados, ou seja, o atuar do agente deve ser sempre pautado no interesse público, caso contrário haverá desvio de finalidade.

• Na Constituição Federal – art. 37 caput, II, XXI e §1

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• 3- PRINCÍPIO DA MORALIDADE

• Moralidade é uma noção aberta, entendendo-se basicamente que o administrador deve atuar buscando o interesse público, mas deve ser probo, honesto no seu atuar, sempre conforme os princípios éticos, aceitáveis socialmente – relaciona-se com honestidade, boa-fé e lealdade.

• Moralidade administrativa está ligada a correção de atitudes, regras de boa administração, ligada a ideia de bom administrador

• Em 2008 - Súmula vinculante 13 do STF - vedação ao nepotismo - essa vedação decorre diretamente do princípio da moralidade e não com base em violação de uma lei, porque à época de sua edição não havia nenhuma regra proibindo a contratação de parentes.

• Matéria levada ao STF – controle de constitucionalidade -ADC número 12 – constitucionalidade da Resolução número 07/05 – editada pelo CNJ

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• 4- PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

• Publicidade = transparência = democracia - art. 1 p. único da CF " o povo é o dono do poder" - ligado ao controle social do poder.

• É uma regra, contrário a ideia de sigilo, pois esse é exceção, o que traz uma obrigação de uma argumentação/ motivação.

• Importante para fins de eficácia do ato administrativo.

• Marca o início da produção de seus efeitos externos, uma vez que ninguém é obrigado a cumprir algo que desconhece.

• A doutrina afirma que o ato só é eficaz quando é publicado - consequência concreta.

• Publicidade viabiliza o controle, fiscalização.

• Ex: art. 61 parágrafo único da lei 8666/93 – eficácia dos contratos administrativos.

• Arts. 37, art. 5 XXXIII, XXXIV b, LXXII (HD)

• Exceção: art. 5 XXXIII e LX da CF

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• 5- PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA

• Foi introduzido pela EC 19/98 - Década de 90 ideia de reforma ampla na Administração - Busca relativizar exigências excessivamente formais, burocráticas, o que justifica o atingimento dos fins colimados pelo Estado.

• Pontos ligados ao princípio da eficiência : atividade exercida com presteza, perfeição, rendimento funcional, produtividade/economicidade.

• Exemplos na CF/88

• Art. 37 § 3

• Art. 41 § 4 - avaliação especial de desempenho

• art. 41 III da CF - perda do cargo por insuficiência de desempenho.

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• Outros princípios:

• SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO e INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO

• Os mais tradicionais no Direito Administrativo. Celso Antônio afirma em seu manual que o direito administrativo se escora em duas pedras de toque - Supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.

• Interesse público = interesse do todo, do conjunto social.

• Esse princípio determina privilégios jurídicos e uma superioridade do interesse público sobre o particular.

• Não escrito da CF, mas inúmeras regras constitucionais demonstram essa superioridade – Desapropriação, requisição administrativa, regime público de algumas pessoa jurídica, privilégios processuais, tributários, proteção de seus bens, precatório, atributos do ato administrativo, cláusulas exorbitantes.

• Já o P. da Indisponibilidade do interesse público, serve para limitar a atuação do agente público revelando-se um contrapeso a superioridade dada ao Estado.

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• RAZOABILIDADE / PROPORCIONALIDADE

• Nos EUA razoabilidade vem atrelado ao devido processo legal processual bem com o substantivo, pois mais que respeitar as regras processuais também exige um atuar razoável, com equidade, congruência, com parcimônia - ideia ligada ao art. 5 LV da CF

• Na Alemanha o princípio da proporcionalidade está ligado a necessidade de limitar o Poder de Polícia Estatal. Deve ser sem excesso. Ideia a partir do Estado Democrático de direito ( art 1) e da consagração dos direitos fundamentais (art. 5)

• No caso concreto usar o teste da razoabilidade - sub princípios

• 1 –adequação

• 2- necessidade

• 3 -proporcionalidade em sentido estrito

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• 1- A medida estatal deve ser adequada ao fim que se busca, idônea para alcançar o fim pretendido pelo agente público.

• 2- quando se tem duas ou mais medidas estatais que podem ser adotados para o alcance as finalidades pretendidas deverá o agente optar pela menos gravosa, menos restritiva aos direitos fundamentais, aquela estritamente necessária.

• 3 -Aqui fala-se em custo benefício da conduta estatal. É aqui que o intérprete deve fazer a ponderação de bens, de interesses.. Se a medida estatal alcança o fim pretendido sem aniquilar o outro bem.

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• P . DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO

• Citado pela doutrina e legislação – Princípio setorial porque vai ser aplicado, preponderantemente, no setor relativo aos Serviços Públicos. Expresso no art. 6§1 da Lei 8987/95.

• Contudo hoje ele tambémb vai para fora do Serviço Público, se expande e vai para as atividades privadas que possuem relevante interesse social - Lei das Greves - lei 7783/89 - arts. 9,10 e 11 - atividades essenciais. serviços essenciais- atividade bancária com limitação no gozo do direito de greve pelo Princípio da Continuidade.

• Corte no fornecimento do serviço quando não houver pagamento pelo usuário - art. 6 §3, II da lei 8987/95

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• P. DA AUTOTUTELA ADMINISTRATIVA / AUTO CONTROLE

• Súmula 346 e 473 do STF

• Quer dizer que o Poder Público pode rever seus próprios atos - revisão por motivos diversos.

• Doutrina destaca dois:

• a) constatação de uma ilegalidade originária: se submete ao P. da legalidade - Se o ato é ilegal deve o administrador anular tal ato,ANULAÇÃO - efeitos ex tunc.

• Contudo há um limite temporal - 5 anos - art. 54 da lei 9784/99 - rever seus atos até no máximo 5 anos, pelo P. da segurança jurídica. Ocorre uma decadência - perde o direito de anular seu próprio ato. Também pela Teoria do Fato Consumado.

• b) juízo de conveniência e oportunidade: O ato é válido, legal, eficaz, mas a Administração não o quer mais, porque não é mais conveniente e oportuno, ligado ao mérito administrativo. Vai rever por REVOGAÇÃO- efeito ex nunc

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• PRINCÍPIOS DA BOA-FÉ, SEGURANÇA JURÍDICA E CONFIANÇA LEGÍTIMA

• Segurança jurídica possui dois sentidos - Gilmar Mendes e Canotilho

• a) Objetivo - relaciona-se a estabilidade das relações jurídicas( art. 5 XXXVI da CF)

• b) subjetivo - foca na pessoa e não na relação jurídica - significa respeito as expectativas e, portanto, a boa-fé dos administrados.

• A partir dessa dicotomia, o Princípio da Confiança Legítima encontra-se atrelado ao Princípio da Boa-fé e a esse sentido subjetivo da segurança jurídica.

• Respeito a confiança - cumprimento das promessas estatais que gera expectativas em relação aos administrados. Ex: Direito Subjetivo à nomeção, quando aprovado e classificado dentro no número de vagas no concurso público. "redução da discricionariedade a zero" - retirou a liberdade do Poder Público.

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• PRINCIPIO DA MOTIVAÇÃO

• Implica para a Administração o dever de justificar seus atos apontando-lhes os fundamentos de direito e de fato.

• Dever de motivar? Divergência

• 1)Não é obrigatório como regra , apesar de reconhecer que se trata de uma medida aconselhável, entretanto só se faz obrigatório quando a lei expressamente exigir.

• Fundamento: art. 93 X da CF – só se aplica para atos de conteúdo decisório. Só para o PJ e não para todos os Poderes – art. 50 da Lei 9784/99.

• 2) STJ – motivação alçada a categoria de princípio obrigatório ao exame de legalidade, finalidade e moralidade administrativa.

• Fundamento: art. 1,II da CF – direito a cidadania, art.5 XXXV da CF – prejudica o exame caso não haja motivação, desdobramento do art.5XXXIII, art. 93X – Se o PJ tem o dever de motivação no exercício da sua função atípica, com mais razão o administrador.

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• ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - Constituída por duas óticas:

• a) Formal, Subjetiva ou Orgânica: Quem compõe essa estrutura? Os agentes públicos, Órgãos públicos, Pessoas Jurídicas - são os executores das atividades administrativas.

• b) Material, Objetiva ou Funcional -conteúdo- Quais as atividades desempenhadas pela Administração Pública- função administrativa e função política ou de governo.

• FUNÇÃO ADMINISTRATIVA: atividades típicas do Estado

• a)exercício do poder de polícia;

• b)execução de serviços públicos;

• c) atuação na ordem econômica;

• d) atuação na ordem social;

• e)fomento público

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• FUNÇÃO POLÍTICA OU DE GOVERNO: atividades co-legislativas e de direção.

• FUNÇÃO POLÍTICA: atividade exercida no âmbito da Administração Pública Introversa- atividades internas, a fim de atender seus próprios interesses e não o interesse público.

• ATIVIDADES CO-LEGISLATIVAS – vinculadas à lei – exercício de atos normativos pelo Executivo- atos gerais e abstratos não voltados a um caso concreto;

• ATIVIDADES DE DIREÇÃO: atividades de definição de metas, forma de exercício de poder- ligadas ao mérito administrativo e atos de Império

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• ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

• Como o Estado se organiza para executar suas atividades. A própria Constituição impõe uma série de atividades a serem desempenhadas.

• Pode ocorrer de duas formas:

• a) Desconcentração: Ocorre uma especialidade de funções ou uma repartição interna da atividade administrativa. O Estado não trasnfere a atividade administrativa. As atividades vão ser desempenhadas pelos órgãos públicos, que integram a estrutura dos entes federados – Adiministração Direta.

• b) Descentralização: Transfere para outra pessoa física ou jurídica, integrante ou não da estrutura do Estado, a execução da atividade administrativa.

• Quem recebe, tem personalidade, capacidade e autonomia próprias para executar as atividades sob sua responsabilidade.

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• Descentralização por Lei –

• Também chamada de institucional cria a Administração Indireta – Autarquias,SEM, EP,Fundações Públicas . Relação com a administração Direta é de vinculação. Aqui não há hierarquia, nem subordinação.

• A Descentralização também pode ocorrer por contrato, a chamada Descentralização negocial ou descentralização por colaboração (concessionárias e permissionárias - Lei 8987/95 )

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• ÓRGÃOS PÚBLICOS – Desconcentração – 1 setor

• O Estado manifesta sua vontade através das pessoas físicas que pertencem a seu quadro. Também , possuem uma série de repartições internas, que são necessárias para sua organização, devido a inúmeras atividades que deve desempenhar. Tais repartições recebem o nome de ÓRGÃOS PÚBLICOS, que não possuem personalidade jurídica própria. Ex: Ministérios, MP, TJ

• Poderíamos conceituá-los como sendo “Centros de competências criados por lei, nomeados por lei, da qual recebem suas atribuições.

• Centro= Espaço dentro da estrutura da pessoa jurídica da Administração Direta, portanto, é um dos elementos de formação da pessoa jurídica.

• Competência= A partir daquele centro são exercidas funções determinadas por lei. Os agentes é que vão dar vida ao órgão.

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• TEORIAS

• TEORIA DO MANDATO: Os órgãos seriam mandatários, como se o Estado houvesse dado uma procuração e isso não seria possível.

• TEORIA DA REPRESENTAÇÃO: não mais mandatários e sim representantes das entidades, não prospera pois equiparou o Estado a um incapaz

• TEORIA DO ÓRGÃO, DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA: OTTO GIERKE -Segundo esta teoria, os órgãos são meros instrumentos da atuação estatal, e a relação que mantêm com a entidade é de imputação e não de representação. A atuação do órgão, por seus agentes, é imputada à pessoa jurídica.

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• CAPACIDADE PROCESSUAL DO ÓRGÃO

• Em tese, como o órgão não tem personalidade jurídica, não tem capacidade para ser parte, ou seja, capacidade processual.

• Mas há exceção:

• a) Quando houver previsão legal : art. 82, III do CDC, também para os legitimados extraordinários – MP e DP – Ação Civil Pública – capacidade para defender interesses coletivos- grupos sociais.

• b)quando não houver previsão legal: Tem que preencher dois requisitos: ser órgão de cúpula ( órgãos independentes, que representam um dos poderes da República) e atuar para defesa de suas prerrogativas.

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• ADMINISTRAÇÃO INDIRETA – descentralização legal – criando pessoas jurídicas:

A/SEM/EP/FP. • Características/ princípios comuns :

• a) RESERVA LEGAL: art. 37 XIX da CF – criadas por Lei ou autorização legal . Autarquias e Fundações Estatais de direito público – Lei, as demais por autorização legal e o registro dos atos constitutivos ficam a cargo do P. Executivo.

• b) ESPECIALIDADE : as entidades só podem exercer as atividades para que foram criadas. A lei ou autorização diz porque foi criada e para que foi criada.

• c)CONTROLE: político: pela escolha, pelo Chefe do Executivo, dos dirigentes dessas pessoas. Livre nomeção e exoneração.Administrativo: o ente federado pode rever os atos praticados pelas entidades – Supervisão Ministerial – DL 200/67. Só haverá controle se houver previsão legal.(recurso hierárquico impróprio). Financeiro: preventivamente, na eleboração do orçamento ou de forma repressiva, sob os gastos dessas pessoas. Também controle externo pelo TC.

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• AUTARQUIAS ; ART.41, IV DO CC e ART. 5º I do DL 200/67

• Pessoa jurídica de direito público, integrante da Administração Indireta, criada por lei ( art. 37 XIX e 61 da CF),de capacidade exclusivamente administrativa, desempenha atividade típica do Estado.

• Regime de pessoal: Regime único- Art. 39 da CF, volta a partir da decisão em 02.08.2007- ADI 2135/DF - efeito ex nunc. Hoje preferência pelos estatutários

• Regime de bens públicos – imprescritibilidade – art.183 &3º e 191 parágrafo único da CR c/c art.102 do CC e Súmula 340 do STF, impenhorabilidade - art.100 da CF- procedimento diferenciado para pagamento aos credores: precatórios, exceção art. 100 §3 da CF e ato normativo n. 8 do TJ/RJ . Ratificado também pelos arts. 730 e 731 do CPPC .

• alienabilidade condicionada - observância de determinados requisitos legais - art.17 I (imóveis – para AD/A/FP autorização legislativa e para todos avaliação prévia e licitação( dispensada na forma das alíneas) da lei 8666/93 e desafetação art.100 e 101 da CC.

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• Art. 150, & 2º da CF- imunidade tributária, não incidência de impostos sobre patrimônio, renda e serviço

• Prazos processuais diferentes (quádruplo pra contestar (reconvenção e exceção) e em dobro para recorrer art.188 do CPC e Reexame necessário das decisões desfavoráveis - art.475 I e II e && 2º e 3º do

• CPC

• Seus créditos admitem execução fiscal- Lei 6830/80 (art.578 do CPC)

• Responsabilidade objetiva pelo 37&6º da CF - Primeiro a autarquia , somente depois, caso não tenha condições de suportar o dano, é que o Estado será provocado - Responsabilidade subsidiária e não solidária

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• CLASSIFICAÇÕES DAS AUTARQUIAS QUANTO AO REGIME JURÍDICO

• AUTARQUIAS ORDINÁRIAS – aquelas submetidas ao regime geral de autarquias, sem qualquer tipo de peculiaridade ou traço distintivo

• AUTARQUIAS ESPECIAIS – Aquelas que devem observar o regime geral, porém são dotadas de certas peculiaridades, instituídas por lei.

• AGÊNCIAS REGULADORAS- são responsáveis pela regulamentação, controle e fiscalização de serviços públicos transferidos ao setor privado bem como as atividades econômicas.

• Fontes normativas principais: art. 21 XI, art. 174, art. 177, §2, III da CF

• Exemplos: Federal: ANEEL, ANATEL, ANP...

• Estadual: AGETRANSP, AGENERSA

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• AUTONOMIA NORMATIVA: essas autarquias recebem da lei delegação para editar normas técnicas voltadas aos prestadores de serviço público.

• AUTONOMIA ADMINISTRATIVA:

• a)Estabilidade de seus dirigentes – não livre nomeação e exoneração. Escolha pelo Chefe do Executivo e aprovação pela respectiva casa legislativa. Ato complexo . Possui mandato fixo pela Lei. Só perdem o mandato em duas situações: sentença transitado em julgado ou por PAD , com ampla defesa e contraditório. Não há coincidência dos mandatos do dirigente com o da autoridade que o indicou.

• b) inexistência de Recurso Hierárquico Impróprio – uma vez que nas leis que criam as agências reguladoras não há previsão dessa possibilidade de controle. Assim, a decisão da agência será definitiva no âmbito administrativo, restando apenas a possibilidade de um controle judicial .

• Atenção ao Parecer da AGU – AC 051 – normativo vinculante- previu a possibilidade do RHI sem previsão legal e também avocatória . Fundamento : art. 84, II da CF- Direção Superior sobre toda a Administração Pública.

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AUTONOMIA FINANCEIRA

A lei orçamentária vai destinar recursos próprios para as agências.Há também a cobrança de taxas, contribuições pagas pelas pessoas jurídicas que estão submetidas ao controle.

• REGIME DE PESSOAL – ESTATUTÁRIO- ADI 2310-1 do DF- a natureza da atividade desempenhada demanda regime de cargo público, sendo incompatível como de emprego. Hoje a lei 10871/04 dispõe sobre a criação de carreiras e organização de cargos efetivos das autarquias especiais- define o regime estatutário.

• Possuem poder de polícia fiscalizatório

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• AGÊNCIAS EXECUTIVAS - definidas pelos arts 51 e 52 da lei 9469/98

• Ocorre uma qualificação ou título às autarquias ou fundações governamentais - art.51 da Lei 9649/98 – por ato do Presidente da República – por decreto qualificação conferida a essa pj de direito público que celebre contrato de gestão . A Autarquia ou Fundação autárquica se compromete proceder uma restruturação da gestão para tornarem-se mais eficientes, otimizando recursos e reduzindo custos, tudo em troca de uma maior autonomia gerencial, orçamentária e financeira.

• Deve tb atender aos requisitos: ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional emandamento

• Art.37 & 8 da Cr - ampliação da autonomia gerencial orçamentária e financeira ampliada, Também uma agência autárquica mais apropriada para a execução efetiva de certas atividades públicas descentralizadas, destinadas a regulamentação econômica ou social, a base de sua atuação é operacionalidade –

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DIREITO ADMINISTRATIVO

• ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS – espécie de autarquia

• Lei 11.107/05- normas gerais de instituição de consórcios públicos – deverão constituir uma pessoa jurídica que poderá ser de direito público - Associações públicas ou pessoa jurídica de direito privado (art. 1º, & 1º).

• Natureza jurídica de direito público- Associações Públicas (art.6º, I)

• Art.41, IV do CC – antes “autarquias”, hoje, “as autarquias, inclusive as associações públicas” (consórcios públicos na categoria de autarquias, com as mesma prerrogativas)

• Sempre para a implementação do sistema de gestão associada, com base no art.241 da CF

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• EMPRESAS PÚBLICAS e SEM- art. 5 II e III do DL 200/67.

• Pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta criadas por autorização legal, para prestarem serviços públicos ou desempenharem atividade econômica.

• Composição de capital:

• SEM – capital misto - cujas ações com direito a voto devem pertencer em sua maioria ao ente público ou entidade da sua AI. ( 50% + 1) O remanescente pode ser do particular. As ações são distribuídas entre o Governo e particulares. Já as EP, capital só das pessoas administrativas.

• Forma societária: SEM –Constituídas somente sob a forma de Sociedades anônimas -art. 235 e seguintes da lei 6404/76. Já para as EP, admite-se qualquer das formas societárias.

• Foro processual : EP Federal – art. 109 I da CF, as Estaduais e Municipais – Justiça Estadual- Varas de Fazenda Pública. Já as SEM, todas na justiça Estadual – Súmula 556 do STF - Varas Cíveis - Resolução do TJ/OE – n. 29 de 03/10/11 – alteração dos arts 86, 94 e 97 do CODJERJ

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• REGIME DE PESSOAL - regime celetista –art. 173 da CF.

• Se submetem a regra do concurso público – art. 37 II da CF.

• Não possuem estabilidade. Admite-se dispensa imotivada - Súmula 390 do TST c/c art. 41 da CF. A CLT já possui normas de proteção ao trabalhador no caso de demissão imotivada. (salvo casos dos empregados dos correios)

• Submetem-se as regras de não acumulação de cargos – art. 37, XVI da CF, bem como ao teto remuneratório – art. 37 XI da CF.

• Respondem por improbidade administrativa

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• REGIME DE BENS - EP e SEM

• A natureza jurídica de seus bens é de bens particulares. Contudo, quando seus bens estão afetados por uma específica finalidade pública, incide sobre ele o princípio da continuidade do serviço público e, portanto, necessita de uma proteção. Assim aplica-se a esse bens afetados o mesmo regime jurídico aplicável aos bens públicos.

• PENHORA : fazer distinção: se exercerem atividade econômica – art. 173§1, II da CF, para atuar neste ramo, só excepcionalmente e deverá atebder aos requisitos do art. 173 ( interesse público e imperativo da segurança nacional) poderá ser penhorado – para não viloar o P. Da Isonomia, em relação as demais pessoas privadas que fazem parte da iniciativa privada.

• Já aquelas que prestam serviço público, como não vão concorrer com a iniciativa privada, por que o Estado é o titular do serviço público, não poderão ser penhorado.

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• CONTROLE SOBRE AS ESTATAIS: Informativos 408 e 411 do STF – Controle externo pelo Tribunal de Contas, sem se importar com a função. Análise ampla de quando a estatal foi criada.

• PROCESSO FALIMENTAR

• O art. 242 da lei 6404/76, que foi revogado e não admitia a falência.

• Para a maioria dos autores as que prestam serviços publicos não estariam sujeitas ao processo falimentar, já as exploradoras de atividade econômica a falência terá curso normal.

• Todavia essa orientação ficou abalada pela lei 11101/05 estabelece em seu art. 2, I que a lei não se aplica às SEM e EP, sem fazer distinção quanto as atividades.

• Existem críticas porque a não sujeição seria incompatível com o art. 173 §1, que equipara a EP e SEM, que desempenham atividades econômicas, às empresa privadas

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• IMUNIDADE TRIBUTÁRIA

• Em regram não possuem s prerrogativas das pessoas de direito público, mas as que prestam serviço público possuem imunidade – infs: 443 e 475 do STF

• Atenção no caso da EBCT- regime especial pelo art. 12 do Decreto Lei 509//69. STF afirmou que deverá a empresa ter privilégios conferidos à Fazenda Pública- impenhorabilidade de seus bens, execução por precatórios. Privilégios tributários. Prerrogativas processual. ADPF 46- admitiu a exclusividade na prestação do serviço, o que lhe incumbe situação de privilégio.

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• FUNDAÇÕES: art. 5 IV do DL 200/67

• Pessoas jurídicas sem fins lucrativos, composta por um patrimônio destinado, destacado pelo seu fundador, para uma finalidade pautada em serviços sociais.

• Poderá ser uma Fundação Privada ou Pública, dependendo do seu instituidor.

• Quando este for o Poder Público, será uma Fundação Pública e irá compor a Administração Indireta, podendo ter personalidade de direito público ou privado. Caso tenha personalidade de direito público será uma autarquia Fundacional ou fundação autárquica.

• Quando instituída por particular – Fundação privada regida pelo CC – art. 62

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• PESSOAS QUE COOPERAM, COLABORAM COM O PODER PÚBLICO – 3 Setor

• Serviços Sociais Autônomos, Organizações Sociais e Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.

• Pessoas jurídicas de direito privado, criadas por particulares, sem fins lucrativos que exercem, sem delegação, atividades que não são exclusivas do Estado.Titularidade compartilhada

• Atuam na área social ( saúde, educação)

• SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS -Sempre ligadas ao fomento de assistência médica, social e de ensino- Ex; SESI, SESC, SENAC SEBRAE. Podem receber recursos públicos ou contribuições parafiscais, contribuições compulsórias (art. 240 da CF).

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• ORGANIZAÇÕES SOCIAIS - Lei 9637/98

• Art. 1º - pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, destinadas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico e a preservação do meio ambiente, cultura, saúde.- qualificadas como “OS”.

• Devem possuirr como órgão de deliberação superior um conselho de administração com a participação de representantes do PP e da comunidade

• Celebram contrato de gestão com o Poder Público- declaradas de interesse social e utilidade pública- recebem recursos públicos, cessão especial de servidores e permissão de uso de bens público.

• OSCIP’S lei 9790/99- gestão por colaboração pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos , que tenham como objeto social a execução de serviços sociais que não sejam próprio de Estado- Firmam termo de parceria com o Poder Público.

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• REGIME DE PESSOAL: Celetistas – não se submetem a regra do art. 37 II da CF, mas para não violar os princípio da moralidade e impessoalidade – Processo seletivo simplificado-critério objetivo

• LICITAÇÃO:

• Para o Poder Público celebrar contrato de gestaõ ou termo de parceria – necessidade de um processo simplificado de seleção –

• Art. 23 do Dec. 3100/99 – OSCIPS – concurso de projetos- obrigatoriedade.

• Em ambito Federal – Portaria inter ministerial – 507/11 e Dec. 6170/07 – tratam do chmado concurso de projetos – processo simplificado – obrigatório

• Para essas entidades celebrarem contratos com terceiros , também devem utilizar um processo simplificado – arts. 17 da lei 9637/98 e art. 14 da lei 9790/99

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• RESPONSABILIDADE CIVIL

• Há um tendência pela Responsabilidade Objetiva do art. 37 §6 da CF, uma vez que possuem vínculo formal com o Estado.

• O sistema “S”, vinculo legal e as demais vínculo negocial, bem como por desempenharem atividades socialmente relevantes, se enquadrando no termo amplo de serviço público

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AGENTES PÚBLICOS

• AGENTES PÚBLICOS – CONCEITO EM SENTIDO AMPLO: TODA PESSOA FÍSICA QUE EXERÇA FUNÇÃO EM NOME DO ESTADO, DE MANEIRA TRANSITÓRIA OU DEFINITIVA, REMUNERADAMENTE OU NÃO, COM OU SEM VÍNCULO FORMAL

• AGENTE PÚBLICO PODE SER DE FATO OU DE DIREITO

• DE FATO: AGENTES QUE NÃO POSSUEM VÍNCULO REGULAR COM O ESTADO.

• PODEM SER PUTATIVO OU NECESSÁRIO.

• PUTATIVO - VIGORA A TEORIA DA APARÊNCIA, PRINCÍPIO DA BOA-FÉ. SÃO AGENTES QUE PRESTAM FUNÇÃO EM NOME DO ESTADO NUMA SITUAÇÃO CONCRETA, FÁTICA QUALQUER, MAS SEM UM VÍNCULO FORMAL COM O ESTADO QUE LEGITIME TAL ATUAR.

• NECESSÁRIO: ATUA EM SITUAÇÃO DE CALAMIDADE, URGÊNCIA.

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• AGENTE DE DIREITO: É AQUELE QUE POSSUI UM VINCULO REGULAR E FORMAL COM O ESTADO -

• ESPÉCIES:

• AGENTES POLÍTICOS- POSSUEM FUNÇÃO DESCRITA NA CF E EXERCEM FUNÇÃO POLÍTICA.

• NORMALAMENTE SÃO ELEITOS, MAS ISSO NÃO É ABSOLUTO, PODEM SER NOMEADOS TAMBÉM.

• STF E STJ – NÃO, POIS DEVERÁ SER APLICADA A LEI 1079/50 OU DL 201/67 - QUE TRATAM DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE( PRESIDENTE OU GOVERNADOR E PREFEITO) - LEITURA CONJUGADA DOS ARTS. 52 I DA CF (SENADO) E 85 V DA CF( CRIME DE RESPONSABILIDADE

• VER INFORMATIVOS -295 STJ E 471 DO STF

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• SERVIDOR PÚBLICO: SERVIDOR EM SENTIDO AMPLO SÃO AS PESSOAS FÍSICAS QUE PRESTAM SERVIÇO AO ESTADO E ÀS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO, COM VÍNCULO EMPREGATÍCIO, MEDIANTE REMUNERAÇÃO.

• CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O VÍNCULO JURÍDICO E A NATUREZA DAS SUAS FUNÇÕES :

• b.1) SP ESTATUTÁRIO - RELAÇÃO JURÍDICA DE TRABALHO DISCIPLINADA POR DIPLOMAS LEGAIS DENOMINADOS ESTATUTOS - DIREITOS E DEVERES DAS PARTES EM LEI - NATUREZA INSTITUCIONAL.

• CARACTERÍSTICAS DO REGIME ESTATUTÁRIO

• *PLURALIDADE NORMATIVA, INDICAM QUE OS ESTATUTOS SÃO MULTÍPLOS, CADA PESSOA FEDERATIVA TEM O SEU.

• COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DAS AÇÕES - JUST COMUM -SÚM 137 DO STJ

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• b.2) SP TRABALHISTA/ CELETISTA- ASSIM QUALIFICADOS PORQUE AS REGRAS DA RELAÇÃO ENTRE O SERVIDOR E O ESTADO ESTÃO NA CLT – QUE TEM NATUREZA CONTRATUAL - TENDO EM VISTA O CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO INDETERMINADO FIRMADO, APÓS A APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO.

• * UNICIDADE NORMATIVA, TODAS AS PESSOAS FEDERATIVAS QUE ADOTEM ESSE REGIME DEVEM SE GUIAR PELAS REGRAS DA CLT.

• *COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DAS AÇÕES - JUST. DO TRABALHO - ART. 114, I DA CF - INF 342 DO STJ - TENDO EM VISTA A NATUREZA CONTRATUAL.

• DEMISSÃO IMOTIVADA - VIGORA A SÚMULA 390 DO TST, PORQUE NÃO POSSUEM A ESTABILIDADE DO ART. 41 DA CF, BEM COMO A ORIENTAÇÕ JURISPRUDENCIAL – OJ SBDI 1 NÚMERO 247/01

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• b.3) SERVIDOR PÚBLICO TEMPORÁRIO – ART. 37 IX DA CF – O CHAMADO SERVIDOR ESPECIAL – CONTRATO TEMPORÁRIO, PARA ATENDER UMA SITUAÇÃO EXCEPCIONAL DE INTERESSE PÚBLICO.

• NÃO PODE PARA FUNÇÕES PERMANENTES, SÓ TEMPORÁRIAS, PARA SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS, NÃO COMUNS – INF. 337 STF

• O ART. 37 IX DA CF, USA A EXPRESSÃO “ A LEI ESTABELECERÁ” TRATA-SE DE UMA NORMA CONSTITUCIONAL DE EFICÁCIA LIMITADA.

• CADA ENTE TERÁ AUTONOMIA PARA SUAS CONTRATAÇÕES

• O STJ NÃO ENTENDE QUE O VÍNCULO SEJA TRABALHISTA, O DISCIPLINADO PELA CLT – INFORMATIVO 189 DO STJ- DAÍ O CAHAMADO REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO ESPECIAL. NÃO É NEM ESTATUTÁRIO NEM CELETISTA.

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REGIME JURÍDICO ÚNICO

• CONSIDERAÇÕES SOBRE O TEMA:

• ATÉ JUNHO DE 1998, VIGORAVA A OBRIGATORIEDADE DO REGIME JURÍDICO – ART. 39 DA CF

• CONTUDO, A EC 19/98, ABOLIU TAL OBRIGATOTIEDADE, ASSIM OS ENTES FEDERADOS PODERIAM RECRUTAR OS SERVIDORES SOB MAIS DO QUE UM REGIME APENAS;

• EX: O ENTE PODERIA TER UM SEVIDOR ESTATUTÁRIO E OUTRO TRABALHISTA

• A UNIÃO POR EXEMPLO TERIA UM SERVIDOR REGIDO PELA LEI 8112/90 E OUTRO REGIDO POR NORMAS TRABALHISTAS – LEI 9962/00, PARA AQUELAS QUE OCUPASSEM UM LUGAR DENTRO DA SUA ADM. DIRETA, AUTÁRQUICA E FUNDACIONAL E PARA AS SUAS - SEM E EP- USARIAM A CLT.

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REGIME JURÍDICO ÚNICO

• MAS, OCORRE QUE O STF DEFERIU MEDIDA CAUTELAR PARA SUSPENDER A EFICÁCIA DO ARTIGO 39 CAPUT COM A REDAÇÃO DADA PELA EC 19/98, FAZENDO RETORNAR A ANTERIOR, OU SEJA, A OBRIGATORIEDADE DO REGIME JURÍDICO ÚNICO.

• FUNDAMENTO: OCORREU UMA INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL, ERRO NO PROCEDIMENTO NA TRAMITAÇÃO DA EMENDA

• – DECISÃO COM EFEITO EX NUNC, PARA FRENTE, ADI – 2135, INFORMATIVO 474 – AGOSTO DE 2007 – JULGAMENTO 02/08/07.

• HOJE PREVALECE ESTATUTÁRIO PARA AS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO E PARA AS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO DEVEM SE SUBMETER AO REGIME CELETISTA PELO ART. 173 DA CF.

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QUADRO FUNCIONAL

• CARGOS PUBLICOS:

• REPRESENTA UM LUGAR DENTRO DA ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DA ADM. DIRETA, AUTÁRQUICA E AUTARQUIA FUNDACIONAL – CONCEITO – ART. 3 DA LEI 8112/90

• VINCULADOS AS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO QUE SÃO RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO DA ATIVIDADE ESTATAL DESEMPENHADA SOB REGIME JURÍDICO DEFINIDO EM LEI, ÍNDOLE INSTITUCIONAL E NÃO CONTRATUAL.

• CARGOS- CRIADOS POR LEI- ART. 48 X DA CF c/c ART. 61 § 1 , II, a , c DA CF

• EXTINÇÃO DOS CARGOS TAMBÉM POR LEI: SALVO 84 VI b DA CF

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• CARGO É DIFERENTE DE:

• a)FUNÇÃO PÚBLICA: RELAÇÃO DIRETA COM A ATIVIDADE DESEMPENHADA

• b)EMPREGO PÚBLICO: PARA OS VÍNCULOS REGIDOS PELA CLT, VÍNCULO TRABALHISTA, DE NATUREZA CONTRATUAL.

• POR EXEMPLO, O SERVIDOR TRABALHISTA NÃO OCUPA CARGO PÚBLICO, TEM EMPREGO PÚBLICO E EXERCE FUNÇÃO PÚBLICA.

• O SERVIDOR ESTATUTÁRIO OCUPA CARGO PÚBLICO E EXERCE FUNÇÃO PÚBLICA

• O SERVIDOR TEMPORÁRIO – REGIME ESPECIAL – NÃO OCUPA CARGO, NÃO PSSUI EM PREGO, SÓ EXERCE FUNÇÃO PÚBLICA, TENDO EM VISTA O CONTRATO POR TEMPO DETERMINADO CELEBRADO COM O PODER PÚBLICO.

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• CLASSIFICAÇÃO DOS CARGOS PÚBLICOS: • CARGO EFETIVO: EFETIVIDADE É UM ATRIBUTO DO CARGO. O INGRESSO

NO CARGO EFETIVO SE DÁ COM O CONCURSO PÚBLICO. O SERVIDOR OCUPANTE DESSE TIO DE CARGO SERÁ REGIDO PELO REGIME ESTATUTÁRIO. ART. 41 DA CF.

• EM UM DETERMINDADO MOMENTO O SERVIDOR GANHA ESTABILIDADE, QUE É UMA GARANTIA CONSTITUCIONAL DE PERMANÊNCIA NO SERVIÇO. CONTUDO, NÃO É ADQUIRIDO AUTOMATICAMENTE COM A POSSE.

• DEVE PREENCHER 2 REQUISITOS: • REQUISITO TEMPORAL: 3 ANOS DE EFETIVO EXERCÍCIO – ART. 41 DA CF • REQUISITO DE MÉRITO: APROVAÇÃO EM AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO –

ART. 41§ 4 DA CF • MAS, A ESTABILIDADE NÃO É UMA GARANTIA ABSOLUTA, UMA VEZ QUE O

SERVIDOR PODE PERDER O CARGO NA VIA ADMINISTRATIVA (PAD) OU PROCESSO JUDICIAL NOS SEGUINTES CASOS: ART 41§1 DA CF

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• CARGO VITALÍCIO

• GARANTIA DA VITALICIEDADE É MAIS FORTE DO QUE A DADA PELA ESTABILIDADE. É ASSEGURADA A ALGUNS AGENTES SELECIONADOS EM RAZÃO DO CARGO QUE OCUPAM. NECESSITAM DESSA INDEPENDÊNCIA DIANTE DA FUNÇÃO QUE EXERÇEM;

• SEU VÍCULO COM A ADMINISTRAÇÃO SÓ SERÁ DESFEITO MEDIANTE PROCESSO JUDICIAL COM SENTENÇA TRANSITADO EM JULGADO.

• EXISTE A CHAMADA VITALICIEDADE MEDIATA E A IMEDIATA

• MP ( ART. 128 § 5, I , a DA CF) E JUIZ (ART. 95 I ) - SÓ ADQUIREM A VITALICIEDADE APÓS 2 ANOS – A CHAMADA VITALICIEDADE MEDIATA.

• JÁ O S MINISTROS DO STJ, STF, MEMBROS DO TC (ART. 73§3 DA CF), ... ADIQUIREM A VITALICIEDADE ASSIM QUE TOMAM POSSE – A CHAMADA VITALICIEDADE IMEDIATA.

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• CARGO EM COMISSÃO • POSSUI ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DE DIREÇÃO, CHEFIA E

ASSESSORAMENTO. • SÃO DE LIVRE NOMEAÇÃO E EXONERAÇÃO – NAÕ POSSUEM

ESTABILIDADE. • PODEM SER PREENCHIDO POR QUALQUER PESSOA, DESDE QUE SE

ATENDA A REGRA DO ART. 37, V DA CF – RESERVA PERCENTUAIS PARA SERVIDORES DE CARREIRA.

• DIFERENTE DAS FUNÇÕES DE CONFIANÇA, TAMBÉM PREVISTA NO

ART. 37 V DA CF, MAS QUE SÓ PODE SEREXERCIDA POR SERVIDOR OCUPANTE DE CARGO EFETIVO – QUEM NÃO FAZ PARTE DA ADMINISTRAÇÃO NAÕ PODE TER FUNÇÃO DE CONFIANÇA.

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• PROVIMENTO NO CARGO PÚBLICO:

• INGRESSO DO SERVIDOR NUM DETERMINADO CARGO.

• PODE SER ORIGINÁRIO: EX: NOMEAÇÃO

• PRESUPOSTO PARA ESSA FORMA DE PROVIMENTO É O CONCURSO PÚBLICO, SALVO AS EXCEÇÕES: MANDATO ELETIVO, CARGOS EM COMISSÃO, CONTRATAÇÕES POR TEMPO DETERMINADO(37, IX), HIPÓTESES EXCEPCIONAIS EXPRESSAMENTE PREVISTA NA CF. ART. 73,94, 101, 104,...

• QUANDO NOMEADO PASSA A TER DIREITO SUBJETIVO A POSSE – SÚM 16 DO STF

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• PROVIMENTO DERIVADO:

• PROMOÇÃO, READAPTAÇÃO, RECONDUÇÃO, REINTEGRAÇÃO, REVERSÃO – (CONCEITOS NOS ESTATUTOS)

• ATENÇÃO!!!! ASCENÇÃO E TRANSFERÊNCIA, PROVIMENTOS DERIVADOS, FORAM CONSIDERADOS INCONSTITUCIONAIS.

• VACÂNCIA: TERMINOLOGIA PARA DESCREVER QUE O CARGO ESTA VAGO.

• ROL: ART. 33 DA LEI 8112/90: EXONERAÇÃO, DEMISSÃO, PROMOÇÃO, READAPTAÇÃO, , APOSENTADORIA, POSSE EM OUTRO CARGO INACUMULÁVEL, FALECIMENTO

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• APOSENTADORIA DO SERVIDOR – ART. 40 DA CF

• Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado :

• regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas

• observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

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• § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados:

• I - POR INVALIDEZ PERMANENTE, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;

• II - COMPULSORIAMENTE, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de

contribuição;

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• III - VOLUNTARIAMENTE, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:

• a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher;

• b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

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• § 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

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• § 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um ABONO DE PERMANÊNCIA equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II.

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• PONTOS IMPORTANTES: • É vedada a adoção de requisitos e critérios

diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:

• I portadores de deficiência; • II que exerçam atividades de risco; • III cujas atividades sejam exercidas sob condições

especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.

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• A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.

• Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade

• Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. ( RGPS)

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DIREITO ADMINISTRATIVO

• ATOS ADMINISTRATIVOS

• ATOS DA ADMINISTRAÇÃO (GÊNERO) – Condutas do Poder Público diante das situações por ele

provocadas ou não, sob regime jurídico privado ou público;

• ESPÉCIES:

• Atos da administração – Manifestações unilaterais de vontade emitidas pelo Poder Público sob regime jurídico privado, mas sempre pautado no interesse público.

• Fatos da administração ou atos de administração- Acontecimentos que não dependeram, necessariamente, da vontade da Administração, mas que a ela interessam.

• Atos administrativos propriamente ditos- manifestação unilateral do Estado ou de quem lhe faça, regido por normas de direito publico e que produza efeito jurídico de interesse público

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• ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

• 1) PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE :presunção de que os atos administrativos são válidos, isto é, de acordo com a lei até que se prove o contrário. Trata-se de uma presunção relativa. Yuris tantun .

• 2) IMPERATIVIDADE- É o poder que os atos administrativos possuem de impor obrigações unilateralmente aos administrados, independentemente da concordância destes.

• 3) EXIGIBILIDADE/ COERCIBILIDADE - É o poder que os atos administrativos possuem de serem exigidos quanto ao seu cumprimento, sob ameaça de sanção.

• 4)AUTO-EXECUTORIEDADE - Podem ser colocados em prática pela a Administração independentemente de autorização do Poder Judiciário. Tem como fundamento jurídico a necessidade de salvaguardar com rapidez e eficiência o interesse publico.

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• REQUISITOS OU ELEMENTOS DE VALIDADE DO ATO

• São 5 os elementos de formação ou requisitos do ato: Competência/ finalidade/forma/objeto e motivo.

• 1) COMPETÊNCIA: Delimitação legal de atribuições, portanto, um elemento vinculado.

• Em regra intransferível ou imodificável, mas há exceções determinadas por lei

• Formas de modificação de competência: Institutos da Delegação (Art.12 parágrafo único do DL200/67 - autoridade delegante, delegada e objeto da delegação)

• Avocação ( motivo relevante, excepcional e transitório, motivação do ato avocatório e existência de subordinação, pois é um ato de poder hierárquico, retira do agente independente de sua vontade).

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• 2) FINALIDADE - Sempre pautada no interesse público.O administrador, ao praticar o ato, tem que fazê-lo em busca da finalidade para o qual foi criado e se praticá-lo fora dos limites que a lei impõe, haverá abuso de poder (excesso de sua competência) ou ainda desvio de finalidade, quando dentro de sua competência, se desviar do interesse público.

• 3)FORMA – elemento vinculado

• É o meio de exteriorização do ato, a maneira específica, determinada em lei, pela qual um ato administrativo deve ser praticado para que seja válido.

• Em regra a forma do ato pode ser escrita, mas dependendo da situação pode ser diferente. Ex: CTB; Símbolos/sons/gestual

• Ma há momentos em que a lei exige uma forma solene, além de ser escrita.

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• 4)MOTIVO

• Fato que impõe ou enseja a prática do ato administrativo - Quando for por lei, haverá uma imposição, caso contrário será uma faculdade do administrador – mérito administrativo. A doutrina classifica o MOTIVO, como elemento discricionário.

• MOTIVO # MOTIVAÇÃO :

• MOTIVO; situação de fato ou circunstâncias de fato que deflagram a manifestação de vontade

• MOTIVAÇÃO : justificativa do pronunciamento tomado – exprime de modo expresso e textual todas as situações de fato que levaram o agente à manifestação da vontade

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• TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES

• Por essa teoria a motivação determina a validade do ato. Abarca tanto os atos vinculados quanto os discricionários.

• Segundo essa teoria para os atos vinculados a motivação se resume no fundamento legal.

• Já para os atos discricionários, a motivação seria facultativa, uma vez que há uma liberdade maior, vários caminhos a seguir, não sendo necessário motivar obrigatoriamente.

• Contudo, se no ato discricionário, o agente apresentar a motivação (justificativa do ato praticado). Esse motivo será determinante para a validade do ato. Assim, não sendo o motivo verídico, pode-se recorrer ao Judiciário para prová-lo inexistente e consequentemente anular o ato administrativo.

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• 5)OBJETO – deve ser lícito e moralmente aceito, realizável no mundo dos fatos. Também denominados por alguns autores como conteúdo

• Representa o fim imediato, ou seja, o resultado prático a ser alcançado pela vontade administrativa.

• Aquilo que o ato almeja alcançar.

• Trata-se, portanto, do conteúdo do ato, através do qual a AP manifesta seu poder e sua vontade.

• Causa uma efetiva transformação no mundo jurídico. O ato pode ter mais do que um objeto.

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• EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

• DESFAZIMENTO VOLITIVO

• ANULAÇÃO OU INVALIDAÇÃO – tanto a Administração como o Judiciário

• Atos vinculados e discricionários: quando apresentarem vícios de legalidade na sua origem: no momento em que é editado

• Pode e deve a Administração (autotutela) retirá-lo do ordenamento jurídico, invalidando-os forma extintiva. Prerrogativa da Administração Pública e não do agente administrativo

• Também pode o Judiciário- art.5º XXXV da CF.

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• REVOGAÇÃO

• Quando um ato discricionário não for mais oportuno , a Administração poderá revogá-lo (autotutela), por um juízo de conveniência e oportunidade – efeitos ex nunc.

• Uma vez que foi válido durante um tempo, e só será retirado do ordenamento jurídico no momento de sua revogação, respeitando os direitos adquiridos. Fundamento: art.37 da CF. Súmulas 346 e 473 do STF.

• ATOS ADMINISTRATIVOS IRREVOGÁVEIS: Atos que exauriram os seus efeitos – ato que deferiu férias a um servidor, se este já gozou as férias, já exauriu seus efeitos, que geraram direitos adquiridos - art. 5º XXVI da CR – ato de conceder aposentadoria de um servidor que já preencheu o requisito temporal, Atos vinculados, porque em relação a estes o administrador não tem liberdade de atuação: um ato de licença para exercer profissão.

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• CASSAÇÃO

• Ato administrativo típico – só a Administração, para o Judiciário cabe anulação tanto para a origem como na execução

• Forma extintiva que se aplica do ato, quando o seu beneficiário descumpre condições que permitem a manutenção do ato e de seus efeitos.

• Trata-se de ato vinculado, quando o vício de ilegalidade não foi na origem, mas sim praticado pelo administrado ao longo da execução do ato.

• Quanto a sua natureza jurídica, é um ato sancionatório, que pune aquele que deixou de cumprir as condições para a subsistência do ato.

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• SANATÓRIA DOS ATOS ADMINISTRATIVOS • • Retirada do vício do ato administrativo para possibilitar seu aproveitamento na ordem jurídica,

tornado-o válido.

• DENTRO DO TEMA “INVALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS” SÃO ANALISADAS DUAS TEORIAS:

• TEORIA MONISTA – não admite sanatória, se o ato é inválido, necessariamente é nulo e deve sair do ordenamento jurídico

• TEORIA DUALISTA – majoritária – admite sanatória. Essa teoria diz que o ato inválido pode ser nulo(insanável) ou anulável (sanável), dependendo da gravidade do vício.

• Nesses casos deve-se verificar qual elemento do ato está viciado para sabermos se há sanatória ou não.

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• 1) COMPETÊNCIA – Cabe sanatória, desde que não se trate de competência exclusiva, ou seja a competência deve ser privativa como os casos do art.84 da CF, parágrafo único.

• Ex:art.84, XII- Ministro da Justiça pode receber delegação do PR para conceder indulto. Caso não tenha ocorrido a delegação, mas mesmo assim o Ministro da justiça tenha praticado o ato, o PR caso concorde, poderá sanear , ratificando o ato.

• A RATIFICAÇÃO do ato produzirá efeito ex tunc – passa o ato a ser válido.

• 2) FINALIDADE – É insanável, pois se encontra na intenção do agente quando ele edita o ato.

• Para Hely – Desvio de finalidade – “desvio ideológico da lei”, ou seja, é a intenção do agente de desviar-se do interesse publico.

• Sendo assim, não há como voltar no tempo e mudar a intenção do agente. Assim o ato é nulo.

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• 3) FORMA: Admite-se sanatória, desde que não se trate de forma solene, essencial à validade do ato. Caso contrário, poderá ocorrer a sanatória do ato através da REFORMA .

• Ex: forma solene descrita em lei: art. 6 do DL 3365/41 -Decreto expropriatório. Se o ato não observar a solenidade prevista em lei, não entra na ordem jurídica – será nulo de pleno direito.

• 4) MOTIVO :

• Não admite sanatória – Motivo = fato - ocorre ou não ocorre, não pode voltar no tempo.

• Se ficou demonstrado que o motivo não existe – o ato é nulo. Teoria dos Motivos Determinantes.

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• 5) OBJETO: • Permite sanatória, desde que contenha mais de um objeto e que nem todos estejam viciados. • Ex um ato concessivo de férias e um de licença prêmio. Caso um deles seja ilegal, haverá a

REFORMA/CONVERSÃO do ato inválido, suprindo somente a parte inválida

• CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS • • QUANTO AOS SEUS DESTINATÁRIOS:

• ATOS GERAIS –retratam um comando geral, abstrato e impessoal. Regulam uma quantidade

indeterminada de pessoas que se encontram na mesma situação jurídica: • ATOS INDIVIDUAIS – Visam regular situações jurídicas concretas, com destinatários

individualizados, definidos.

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• QUANTO AO SEU REGIMENTO OU LIBERDADE DE AÇÃO

• ATOS VINCULADOS – possui todos os seus elementos de formação descritos em lei. Não há mérito administrativo . Inexiste liberdade de agir do Administrador e ao judiciário se abre a possibilidade de ampla revisão.

• Ex: licença para edificar

• ATOS DISCRICIONÁRIOS- permitem a AP exercer juízo de conveniência e oportunidade – Mérito administrativo no que pertine ao Motivo e Objeto. Liberade de agir dentro dos limites da lei.

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• QUANTO A COMPOSIÇÃO DE VONTADE

• SIMPLES – uma única manifestação de vontade – um só órgão ou agente.

• Ex: exoneração de um servidor, lavratura de um ato infracional, licença para edificar

• COMPLEXOS – São aqueles cuja vontade final da Administração exige a intervenção de agentes ou órgãos diversos. Se somam e se manifestam numa declaração única.

• Ex: investidura do Ministro do STF – escolha pelo PR, aferição do Senado e nomeação – (vontade final que só estará acabada e perfeita quando todas as vontades – meio ocorrerem ) -art.101, parágrafo único da CF.

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• COMPOSTOS – Se compõe de vontades autônomas, embora múltiplas. Uma meramente instrumental e uma na verdade autônoma. São 2 atos – Haverá um controle pelo órgão superior a fim de constatar se a 1º manifestação está de acordo com a lei. Todo ato que depender de homologação, aprovação, aquiescência, visto, vai funcionar como ato composto.

• Ex: homologação na licitação, Visto- verificação da legitimidade do ato de emissão de passaporte, após o deferimento do delegado federal,

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• QUANTO AOS CRITÉRIOS DOS EFEITOS:

• Constitutivos ; são aqueles que criam uma situação jurídica para o seu destinatário: nomeação de um servidor

• Extintivo: põe termo uma situação jurídica: cassação de uma autorização, encampação de um serviço público

• Modificativo: alteram situações preexistentes sem suprir direito ou obrigação: alteração de horários, locais de reunião

• Atos enunciativos: indicam um juízo de valor, uma opinião.

• Ex: pareceres ( facultativo, obrigatório, normativo, vinculante)

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• ESPÉCIES

• 1) DECRETOS: atos exclusivos do Chefe do Executivo É a forma escrita como manifesta sua vontade. Competência administrativa específica. Podem ser gerais ou individuais.

• Decreto autônomo? Exceção, após EC 32/01

• 2) RESOLUÇÕES : normativos gerais ou individuais. Atos de competência exclusiva das mais altas autoridades da organização da AP.(Ministros de Estado, Presidente dos Tribunais/ Secretários de Estado.

• 3) ALVARÁS – instrumento formal expedido pela Administração – expressa aquiescência no sentido de ser desenvolvida certa atividade- alvará de licença/autorização

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• 4) LICENÇAS : ato vinculado, não há margem de liberalidade ao administrador, onde a Administração Pública legitima o exercício de atividade – licença para construir, dirigir, exercício de profissão regulamentada.

• 5)PERMISSÕES: ato discricionário, precário, por meio do qual a AP legitima o exercício de atividade, uso de bem público Como ato restou apenas a de uso de bem publico, que não é alcançada pela lei 8987/95 e nem pelo art.175 da CF – pode ser, contudo, condicionada, chamada de contratual, porque o Poder Público cria limitações. Nesse caso a discricionariedade ficará mitigada.

• 6)AUTORIZAÇÃO DE USO: É o ato administrativo unilateral, discricionário e precaríssimo, através do qual transfere-se o uso do bem público para particulares por um período de curtíssima duração. Libera-se o exercício de uma atividade material sobre um bem público.

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PODERES ADMINISTRATIVOS

• A Ordem jurídica confere aos agentes públicos certas prerrogativas para que estes, em nome do Estado, persigam a consecução dos fins públicos. Essas prerrogativas consubstanciam os chamados Poderes Administrativos.

• Por outro lado, a lei impõe ao administrador público alguns deveres específicos e peculiares para que, ao agir em nome do Estado e em benefício do interesse público, execute bem a sua missão. São os chamados Deveres Administrativos.

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DEVERES DO ADMINISTRADOR PÚBLICO:

– Poder-dever de agir • Enquanto no direito privado o poder de agir é uma mera faculdade,

no Direito Administrativo é uma imposição, um dever de agir, para o agente público.Assim, são eles irrenunciáveis e são exercidos obrigatoriamente por seus titulares.

• – Dever de eficiência:

• Mostra-se presente na necessidade de tornar cada vez mais qualitativa a atividade administrativa, no intuito de se imprimir à atuação do administrador público maior celeridade, perfeição, coordenação, técnica, controle, etc. É um dever imposto a todos os níveis da administração pública.

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DEVERES

– Dever de probidade:

• Exige que o administrador público, no desempenho de suas atividades, atue sempre em consonância com os princípios da moralidade e honestidade administrativas.(ver lei 8.249/92)

– Dever de prestar contas:

• Decorre da função do administrador público, como gestor de bens e interesses alheios, da coletividade. A regra é universal: “quem gere dinheiro público ou administra bens ou interesses da comunidade, deve prestar contas ao órgão competente para a fiscalização”.

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ABUSO DE PODER

• Nem sempre o poder é utilizado de forma adequada pelos administradores. Quando este fato ocorre deve tal conduta ser corrigida na via administrativa ou judicial. O uso do poder deve guardar conformidade com a lei.

• FORMAS DE ABUSO

• EXCESSO DE PODER: quando atuar fora dos limites de sua competência, invade atribuições de outro agente ou executa atividades que a lei não lhe conferiu.

• DESVIO DE PODER OU DE FINALIDADE: O agente age de forma maliciosa, busca alcançar fim diverso do que a lei lhe permitiu. A finalidade deverá ser sempre o INTERESSE PÚBLICO

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MODALIDADES DE PODERES ADMINISTRATIVOS

• Poder Vinculado - Quando a lei confere à Administração Pública poder para a prática de determinado ato, estipulando todos os requisitos e elementos necessários à sua validade. Na prática de atos vinculados, é mínima ou inexistente a liberdade de atuação da administração. o ato que, minimamente, se desvie dos requisitos minuciosamente previstos na lei, será nulo e caberá à Administração ou ao Poder Judiciário declarar a sua nulidade.

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MODALIDADES

– PODER DISCRICIONÁRIO – – É aquele em que a Administração dispõe de uma razoável liberdade de

atuação, podendo valorar a oportunidade e conveniência da prática do ato discricionário, estabelecendo o motivo e escolhendo, dentro dos limites legais, seu conteúdo.

– É bom lembrar que mesmo os atos discricionários apresentam-se vinculados à estrita previsão da lei quanto a seus requisitos: competência, finalidade e forma, e, ainda, em se tratando de atos discricionários motivados, estão vinculados à existência e legitimidade dos motivos que levaram à sua prática.(TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES)

– É limitado pelos princípios da razoabilidade (proibição do excesso) e proporcionalidade (proporção entre os meios e os fins almejados).

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MODALIDADES

– Poder Hierárquico – Permite à Administração distribuir as funções de seus órgãos e agentes conforme o escalonamento hierárquico. Esta ligada a forma de organização da Administração, a fim de que as atividades sejam realizadas de forma coordenada, harmoniosa e eficiente.

– Do exercício do poder hierárquico, decorrem as prerrogativas, do superior para o subordinado, de dar ordens, fiscalizar, rever, delegar e avocar.

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MODALIDADES

• Poder Disciplinar - É conferido à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades funcionais a seus agentes e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa, como é o caso das que por ela são contratados ( arts. 58 IV e 86/88 da lei 8666/93), Servidores ( PAD).

• Importante fazer diferença entre o DIREITO PENAL E O DIREITO PUNITIVO FUNCIONAL.

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Diferenças : Direito Penal e Direito Punitivo Funcional

• O Direito Penal deriva do poder punitivo geral,da relação do Estado com os indivíduos em geral. Já o direito punitivo funcional, emana da relação entre a Administração e o servidor, para preservar a disciplina que deve reinar na Administração Pública.

• No Direito Penal prevalece o Princípio da Tipicidade, enquanto, no Direito Administrativo, prevalece o Princípio da Atipicidade, uma vez que nem todas as infrações estão descritas na lei. Ocorre na esfera administrativa os chamados TIPOS ABERTOS ou CONCEITOS JURÍDICOS INDETERMINADOS.

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CONCEITOS JURÍDICOS INDETERMINADOS.

• São expressões, termos, contidos na norma que não apresentam uma exatidão de sentido, possibilitando ao aplicador atribuir certo significado que será mutável em função dessa valoração. Contudo, quando o administrador valorar certa situação fática e enquadrá-la no tipo aberto, deverá obedecer a adequação punitiva descrita em lei, bem como aos princípios .da razoabilidade e proporcionalidade.

• PROCEDIMENTO DE APURAÇÃO: infração funcional – PAD

• O servidor pode ser responsabilizado nas três esferas: Civil, penal, Administrativa., sem que isso seja considerado bis in idem.

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INTERCOMUNICAÇÃO DAS ESFERAS: PENAL E ADMINISTRATIVA

• A regra é a independência entre as instâncias, mas existem situações excepcionais:

• Quando a uma decisão penal vai influenciar uma decisão administrativa: Fazer uma distinção entre os CRIMES FUNCIONAIS e os NÃO FUNCIONAIS.

• CRIMES FUNCIONAIS: ilícito penal e ilícito administrativo ao mesmo tempo: Ex: Peculato Furto. Aqui haverá um ponto de contato com a esfera administrativa

• CRIMES NÃO FUNCIONAIS – só ilícito penal – Ex: homicídio

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INTERCOMUNICAÇÃO DAS ESFERAS

• CRIME FUNCIONAL: possibilidades: Absolvição ou Condenação.

• Caso haja condenação vai haver necessariamente uma conexão porque há um ilícito penal e administrativo. Para se estabelecer uma sanção penal a análise dos fatos da autoria é muito mais profunda, detalhada, apurada, uma vez que vigora o PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. Certeza sobre a infração tanto quanto a sua autoria, quanto a materialidade do crime.

• Art. 92 do CP- efeitos acessórios da sentença penal. Condenação- pena privativa = ou > do que 1 ano- perda do cargo/ emprego/ função.

• Parágrafo único: não automático, deve vir expresso na sentença, caso contrário a sanção será determinada pela Administração

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INTERCOMUNICAÇÃO

• CRIME FUNCIONAL:

• Absolvição na esfera criminal:

• Só vai vincular a Administração quando fundada em : NEGATIVA DE AUTORIA E INEXISTÊNCIA DO FATO.

• Contudo, se for por insuficiência de provas, não haverá comunicação, uma vez que o que não foi suficiente na esfera penal para condenar o réu, pode ser para a esfera administrativa, ensejando a instauração do PAD, devido ao chamado RESÍDUO ADMINISTRATIVO ou FALTA RESIDUAL – SÚMULA 18 DO STF

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INTERCOMUNICAÇÃO

• CRIMES NÃO FUNCIONAIS: • Condenação: Como não há relação com a função pública, em

princípio não vincularia a Administração.

• Observar o art. 92 do CP – condenado por mais de 4 anos –pode o magistrado determinar a perda do cargo expressamente no dispositivo da sentença.

• Absolvição: Não há repercussão, uma vez que é só ilícito penal.

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PODER REGULAMENTAR OU NORMATIVO

• Prerrogativa que possui a administração para editar atos gerais para fiel execução da lei – art. 84, IV da CF. Para maioria da doutrina todo poder normativo tem que ser infra-legal, com base na lei, para sua fiel execução.

• CLASSIFICAÇÃO:

• a) Regulamento autônomo – art. 84 VI, a CF

• b) Regulamento executivo

• No decreto autônomo não há lei prévia – decreto sem fundamento na lei – há um “vácuo legislativo”.Fundamento direta na CF. Já o decreto executivo, este possui fundamento direto na lei e esta na CF. Este decreto não pode extrapolar os limites da lei que é o seu parâmetro

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DECRETO AUTÔNOMO

• CORRENTES DOUTRINÁRIAS:

• 1) POSSIBILIDADE – HELY – Teoria dos Poderes Implícitos. A CF trouxe fins que devem ser alcançados e um meio para alcançá-los seria possibilidade de editar decreto autônomo, diante de uma situação de omissão legislativa

• 2) IMPOSSIBILIDADE – (Carvalhinho, Celso Antônio, Di Pietro, Diógenes, Lucia Valle) ideia tradicional de legalidade – só a lei pode criar direitos e deveres e o Administrador só pode atuar com base na lei, ela habilita e limita a sua atuação. ( art. 5 II, 37, 49V, 84 IV e 25 I do ADCT)

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DECRETO AUTÔNOMO

• Exceções : Reforma da CF – EC 32/01 e EC 45/04

• art. 84, VI, a da CF – alterado pela EC 32/01 - sai a expressão “lei” e entra “decreto”-Deslegalização Constitucional.

• Celso Antônio e Carvalhinho afirmam que tal situação trata-se de Decreto organizacional e não decreto autônomo, uma vez que não cria direitos e deveres , só produzem efeitos internos para a Administração.

• EC 45/04 - Poder normativo autônomo : art. 103 B, § 4, I – CNJ

• Art. 130ª, § 2 I – CNMP

• Ambos podem baixar resoluções autônomas, sem lei prévia

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PODER DE POLÍCIA

É a prerrogativa de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, com fundamento na lei e em benefício da coletividade.

• art. 78 parágrafo único do CTN – traz um conceito de Poder de Polícia – requisitos a serem observados:

• Competência,

• exercício nos limites da lei,

• observância do devido processo legal.

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MEIOS DE ATUAÇÃO

• POLÍCIA ADMINISTRATIVA

• 1) auto suficiente, é um fim em si mesma

• 2) incide sobre bens, direitos e pessoas

• 3)caráter eminentemente preventivo, mas também pode ser repressivo e é regida por normas de direito administrativo

• POLÍCIA JUDICIÁRIA

• 1) preparatória, instrumental ( PC, PF)

• 2) incide sobre pessoas( autor da infração)

• 3)caráter repressivo e é regida por normas de direito processual penal

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CARACTERÍSTICAS DO PODER DE POLÍCIA

• DISCRICIONARIEDADE

• Existe uma margem de liberdade dada pela lei ao Administrador para o exercício do poder de polícia.O agente analisa a conveniência/oportunidade em relação ao momento do exercício. Também, quanto a aplicação de sanção.

• Contudo, as vezes o Poder de Pólicia pode ser VINCULADO. Ex: expedição de licenças para construir, dirigir automóvel, exercício de profissão regulamentada.

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CARACTERÍSTICAS

• Auto-Executoriedade Possibilidade efetiva que a Administração tem de proceder ao exercício imediato de seus atos, sem necessidade de recorrer, previamente, ao Poder Judiciário. Pode se dividir em executoriedade e exigibilidade ( executoriedade indireta). Ex: art.131 §2 e art. 262§ 2 do CTB, possuem exigibilidade , mas não possuem executoriedade propriamente dita.

• Imperatividade - Coercibilidade É a imposição imperativa do ato de policia a seu destinatário, admitindo-se até o emprego da força pública para seu normal cumprimento, quando houver resistência por parte do administrado. Quando inobservada tal imposição isso pode gerar aplicação de sanção.

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CICLO DO PODER DE POLÍCIA

• 1) ORDEM DE POLÍCIA

• 2) CONSENTIMENTO DE POLÍCIA

• 3) FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA

• 4) SANÇÃO ( pode não ocorrer)

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CICLO DE POLÍCIA

• ORDEM DE POLÍCIA :Norma jurídica que restringe o exercício de direitos. Tem que ter um passamento na lei. Pode também ser por atos regulamentares, de 2 grau, com fundamento na lei.

• CONSENTIMENTO DE PÓLÍCIA: o Estado por meio do Legislador constituinte e infraconstitucional vai condicionar o exercício de uma atividade privada ao seu consentimento. Ex: autorização e licença.

• FISCALIZAÇÃO DE PÓLÍCIA: verifica-se o cumprimento da ordem de polícia e as condições do consentimento dado. Caso contrário, aplicar-se -á SANÇÃO a quem não observou a ordem e os limites do consentimento de polícia.

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DELEGAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA

• Poder de Polícia envolve poder de autoridade, assim deve ser exercido por autoridade pública.Poderia, então, uma pessoa de direito privado exercer tal poder?

• Correntes: Majoritária: Não – Pelo Princípio da isonomia, não se admite um particular exercendo autoridade sobre outros particulares. - STJ/STF - ADI – 1717 – art 58 da lei 9649/98 – conselhos profissionais - Inf: 289, Também no caso do regime de pessoal das agências reguladoras – lei 9986/00.

• DIOGO / CARVALHINHO

• Admite. Carvalhinho exige 3 requisitos: Só por lei, só fase de fiscalização e só para as entidades da Administração Indireta. Diogo - Pode fase de consentimento e fiscalização

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DIREITO ADMINISTRATIVO CLAUDIA MOLINARO

• RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

• EVOLUÇÃO HISTÓRICA

• TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE OU NEGATIVISTA:

• Vigorou no período do Estado Absolutista – metade do séc. XIX

Neste período o Rei era a própria expressão terrena da divindade - “ o Estado sou eu”, “o rei não erra”, “o que agrada o príncipe tem força de lei”…

Era impossível imputar ao Estado a responsabilidade pelos danos causados ao particular por seus agentes

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• TEORIA SUBJETIVA • Em um primeiro momento vigora a teoria da responsabilidade com Culpa – culpa

civilística – fundada na conduta do agente que deveria ser identificado e provada sua culpa por negligência, imprudência ou imperícia.

• Da culpa individual do agente, passou-se a culpa anônima ou impessoal – Passa vigorar a Teoria da Culpa do Serviço ou Falta do Serviço, que caracteriza-se quando o serviço não funciona ou funciona mal ou funciona tardiamente.

• A responsabilidade nestes casos é Subjetiva. ( teoria da culpa presumida)

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• TEORIA DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA

• A última fase da evolução proclamou a Responsabilidade objetiva, ou seja, não haveria a necessidade de aferir o elemento CULPA.

• Neste momento, o Estado responderá porque causou dano ao particular e porque há relação de causalidade entre atividade administrativa e o dano sofrido.

• Fundamentos : teoria do Risco Administrativo e a Repartição dos Encargos Sociais ( princípio da igualdade de ônus e encargos sociais – ligado à equidade justiça social)

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• RESPONSABILIDADE OBJETIVA - PRESSUPOSTOS:

• Conduta comissiva ou omissiva ? ( omissão genérica e específica)

• Dano ( patrimonial, moral e estético – Súmula 387 do STJ)

• Nexo causal : o prejuízo sofrido se originou da conduta estatal, ou seja, o fato poderá ser imputado ao Poder Público.

• Obs: Conduta lícita gerando o dever de indenizar – Intervenção no domínio econômico – fixação de preço no setor sucro alcooleiro em patamar inferior aos valores propostos pela autarquia federal. Embora legítima, mas há certas limites – princípio da liberdade de iniciativa, previsto no art. 170 da CF. ( RE 422941/DF e inf. 412)

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• EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA

• Casos imprevisíveis ou inevitáveis ( conduta humana ou eventos da natureza)

• Caso Fortuíto ou Força maior

• Conduta exclusiva da vítima, fato de terceiro, eventos da natureza

Obs: Caso Fortuito Interno: eventos da natureza que não afastarão a responsabilidade estatal, porque poderão ser considerados internos, caso estejam no campo do risco da atividade desempenhada.

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• TEORIA DO RISCO INTEGRAL

• Ápice da Responsabilidade Objetiva – neste caso também não se afere o elemento

culpa, contudo, neste caso não há excludentes da responsabilidade do Estado.

• Ex: Dano Nuclear ( art. 21 XXIII da CF, DPVAT)

• Caso fosse admitida tal teoria ficaria o Estado obrigado a indenizar sempre e, em qualquer caso, o dano suportado pelo particular, mesmo que não decorrente da sua atividade, não teria como invocar as causas de exclusão do nexo causal.

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• ARTIGO 37 & 6 DA CF

• Pessoas de direito privado prestadoras de serviços públicos ( Nas CF de 46/ 67/69 - só pessoas jurídicas de direito público)

• Hoje, também, as SEM/EP, bem como concessionárias e premissionárias, desde que prestem serviço público.

• Respondem tanto em face dos usuários do serviço, bem como em face de terceiros.

• Respondem em nome próprio, com seu patrimônio. Responsabilidade primária ( art. 25 da lei 8987/95)

• Resposabilidade do ente estatal - Subsidiária.

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• AGENTES - sentido amplo • Conduta praticada durante o serviço ou basatará que seja paraticada em razão

dele?

• Entendimento – a condição de agente tenha sido aquilo que ensejou a prática do ato, não precisa, necessariamente, estar em serviço… A expressão “nesta qualidade é devido a teoria do risco administrativo.

• Ação proposta em face do agente ou da pessoa jurídica?

• Teoria da Dupla Garantia – STF - garantia para a vítima – ação em face do Esatdo- art. 37 & 6 da CF e Garantia do agente – responde somente em face do Estado em ação de regresso – não pode a vítima acionar “per saltum”, ou seja, diretamente o agente. ( Inf: 436)

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• DENUNCIAÇÃO A LIDE - Obrigatória ou Facultativa???

• Obrigatória – art. 70, III do CPC

• Facultativa – STJ - pode o Estado exercer seu direito de regresso contra o servidor em ação autônoma e a posteriori.

• Não admitem – (JSCF, CA, DF) - Súm 50 do TJ- O pedido da vítima se escora na teoria da responsabilidade objetiva do Estado – sem aferir culpa. Assim, caso o agente passe a ingressar o pólo passivo da demanda, isso traria a culpa para a relação processual – Relação do E x S – Resp. Subjetiva. Neste caso o Estado estaria confirmando sua responsabilidade.

Ação de regresso- somente se o agente agiu com culpa – ônus da prova do Estado e, também, quando a indenização já tiver sido paga à vítima.

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• RESPONSABILIDADE POR ATOS JUDICIAIS

• Ato judicial # ato judiciário :

• O Ato Judicial, é o ato editado diretamente da função jurisdicional, é o ato de julgar, ato interno do processo. Nestes casos o Estado-juiz tem prerrogativas – só responde nos casos do art. 5 LXXV da CF. ( fundamento : Soberania do Estado e pric da recorribilidade do atos jurisdicionais)

• Já o Ato Judiciário, isto é, atos administrativos de apoio praticados no Judiciário - função atípica do Judiciário. Por esses poderá o Estado responder quando um dano se originar desses atos praticados por seus agentes.

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• RESPONSABILIDADE POR ATOS LEGISLATIVOS

• A Regra é de não atribuir ao Estado responsabilidade pela edição de uma lei, uma

vez que naõ teria um ato legislativo o condão de gerar danos à coletividade. A lei tem caráter geral, abstrato e impessoal, naõ atingindo assim direitos individuais.

• EXCEÇÃO: leis de efeito concreto ( tem um destinatário específico) e leis inconstitucionais(declaração de inconstitucionalidade)

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• PRESCRIÇÃO

• Para o administrado : prescrição quinquenal - 5 anos a partir do fato danoso –

natureza pessoal- DL 20910/32;

• Atenção!!! Prescrição Trienal : 3 anos- prazo geral para as ações indenizatórias - art 206 & 3, V do CC

• Ação do Estado em face de terceiros para ressarcimento ao erário – art. 37 & 5 da CF

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SERVIÇOS PÚBLICOS

• CONCEITO:

• Toda atividade material que a lei atribui ao Estado para exercer diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente às necessidades da coletividade, sob regime jurídico público.

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• CLASSIFICAÇÃO QUANTO A DELEGAÇÃO:

• SERVIÇOS DELEGÁVEIS - aqueles que podem ser prestados diretamente pelo Estado ou quando houver delegação, pelo particular. Chamados também de impróprios. Podem ser prestados pela Adm. Direta, Indireta, ou terceiros, fora da Administração, como os concessionários.(transporte coletivo, energia elétrica, sistema de telefonia).

• SERVIÇOS INDELEGÁVEIS - São aqueles que só podem ser prestados pelo Estado, diretamente, ou seja, pelos seus órgãos e agentes. Chamados também de serviços próprios, em sentido estrito, O Estado assume como seus ( serviço de defesa nacional, interna)

• OBS: serviços não privativos que a CF atribui legitimidade tanto para o Estado quanto para o particular, sem que haja necessidade de delegação. O Poder público fiscaliza em razão do interesse público. Ex:Saúde,educação. Só a CF pode criar.

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• QUANTO A TITULARIDADE – COMPETÊNCIA

• Os serviços podem ser, sob a ótica federativa, federais, estaduais, distritais, municipais.

• A vigente Constituição aponta alguns serviços com sendo comum a todas as pessoas federativas, mas também indica alguns privativos de algumas esferas.

• Serviços comuns e serviços privativos:

• Os privativos são atribuídos apenas a uma das esferas federativas. Ex: art. 21, VII, X e XXII da CF) imissão de moeda, serviço postal, polícia marítima e aérea, todos privativos da União.

• EX: serviço de distribuição de gás canalizado – privativo do Estado – art. 25 § 2 da CF)

• Ex: arrecadação de tributos municipais, transporte coletivo intramunicipal ( art 30, III e V da CF)

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• Já os serviços comuns, podem ser prestados por pessoas de mais de uma esfera federativa – são os elencados no art. 23 e incisos da CF.

• Importante assinalar a relevância do critério relativo à extensão territorial dos interesses. Assim, tratando-se de serviço que abranja toda a extensão territorial do país, deverá ser prestado pela União. Se abranger todo o Estado, ultrapassando os limites municipais, deve ser prestado pelo Estado. E aos Municípios caberá prestar aqueles que sejam de interesse local.

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• CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS QUANTO AOS USUÁRIOS:

• 1) UTI SINGULI - Ou seja, serviços singulares, identifica-se o usuário e mensura a sua utilização, seu consumo. São remunerados por TAXA ou por TARIFA.

• TAXA: espécie de tributo pode ser pelo serviço efetivamente utilizado ou apenas disponibilizado ( art.145II da CF). Legalidade estrita.

• TARIFA: peço público, não tem natureza tributária, fixado por ato do PP e não por lei, normalmente por decreto. Só se cobra por aquilo efetivamente prestado.

• Os serviços mantidos por taxa têm natureza compulsória, pq são considerados essenciais para a coletividade, por isso não podem ser recusados pelos destinatários, devendo estes pagar pelo simples fato do serviço existir e estar em disposição.Nesse caso ocorrendo o inadimplemento do usuário, não se admite a supressão do serviço, restando a possibilidade de cobrança pela via administrativa ou judicial, se for o caso. Já os serviços mantidos por tarifa, têm natureza facultativa, onde o usuário pode aceitar ou não o serviço e, pagará apenas pelo efetivo uso. Tem natureza contratual. Pode haver suspensão.

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• 2)UTI UNIVERSI –

• prestados a um grupo indeterminado de pessoas. Não há como identificá-los, nem como mensurá-los. A sua remuneração se dá por imposto ( art. 145 I da CF), porque não há contraprestação específica do Poder Público. ( iluminação pública, saúde pública).

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• PRINCÍPIOS SETORIAIS • • 1- PRINCÍPIO DA GENERALIDADE- -Prestar com a maior

amplitude possível, beneficiando um maior número possível de indivíduos, sem que haja discriminação entre os beneficiários, desde que possuam as mesmas condições técnicas para a fruição.

• Deveres do usuário: administrativo - dados que deverão ser apresentados pelo interessado

• Técnico: condições técnicas para o PP prestar o serviço.

• Pecuniária: diz respeito ao pagamento do serviço.

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• 2 -PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA - exige uma execução eficiente tanto na qualidade quanto na quantidade do serviço. Dessa forma, a atividade administrativa deve ser exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional, evitando desperdícios.

• 3 -PRINCÍPIO DA MODICIDADE – Significa que o serviço deve ser remunerado por preços módicos, com menores tarifas. Devido a situação financeira do povo tendo o serviço público que satisfazer diversos grupos sociais.

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• 4- PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO – Também denominado princípio da permanência.Indica que o Serviço Público não deve sofrer interrupção, por ser o meio utilizado pelo Estado para desempenhar funções essenciais ou necessárias à coletividade.Assim devem ser prestados de forma contínua.

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• POSSIBILIDADES DE INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO

• Informativos: 209/294/297

• Conflito de normas: CDC arts. 22 e 42 x Lei 8987/95 art. 6 & 3 II • Para quem defende a aplicação da lei 8987/95 – Decorre da aplicação do

P. Da Supremacia do Interesse Público – se a empresa continuar prestar o serviço para usuários inadimplentes se tornará incapaz financeiramente para manter a prestação a coletividade.

• Também como fundamento, se utiliza o P. da Isonomia – Não sendo possível o tratamento igual(manutenção do serviço) aos usuários desiguais( adimplentes e inadimplentes).

• Súmula 83 do TJ • Deve haver prévia comunicação.

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• STJ reconheceu a impossibilidade de interrupção do serviço por falta de pagamento quando tratar-se de débitos pretéritos, só poderá quando for referente ao mês de consumo. Qto aos débitos antigos deve a concessionária se valer dos meios ordinários de cobrança, caso contrário viola o art. 42 do CDC. AgRg 1258939 /RS 05/08/2010 – Súmula 19 do TJ

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DIREITO ADMINISTRATIVO

CLAUDIA MOLINARO

• LICITAÇÃO

• Conceito: É um procedimento preliminar a contratação e tem como ideia básica estabelecer

uma competição de forma isonômica.Destinado a seleção da melhor proposta dentre as apresentadas. Princípio da isonomia e da impessoalidade ( art. 3 & 1, I e II da lei e no art. 37 XXI da CF).

• O art. 3 da Lei 8666/93, sofreu alteração dentre as finalidades buscadas, hoje há também a busca da PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL.

• Princípio da obrigatoriedade da Licitação- Consagrado no art. 37 XXI da CF c/c art. 2 da lei de lic.

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• EXCEÇÕES : ART. 17, 24 E 25 D LEI

• ART. 17 – LICITAÇÃO DISPENSADA – ALIENAÇÃO DE BENS PÚBLICOS

• Devido a particularidades das situações que não se compatibilizam com o rito e a demora do processo licitatório, a lei previu situações em que não haverá tal obrigatoriedade.

• Art. 24 – casos de dispensa : Quando o procedimento poderia ser realizado, mas devido a uma determinada situação, o legislador decidiu não torná-lo obrigatório. É a chamada licitação dispensável # do art. 17 I e II da lei( dispensada)

• excepcionalidade e a taxatividade.

• Já no art. 25, casos de inexigibilidade - aqui é inviável a própria competição. O rol é exemplificativo.

• art.26 da lei de lic – motivação da dispensa e da enexigibilidade –

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• PRINCÍPIOS NORTEADORES:

• princípio da legalidade- art. 3, definição no art. 4- procedimento licitatório deve obedecer fielmente a lei. c/ c P. do procedimento formal - devendo o administrador observar as formalidades exigidas na lei, sob pena de nulidade da licitação= procedimento vinculado- art 4 pu.

• princípio da publicidade

• informa que a licitação deve ser amplamente divulgada para possibilitar o conhecimento de suas regras a uma maior número de pessoas. Ex: art. 21 da lei.

• Excepcionando a regra da publicidade encontra-se o princípio do sigilo de proposta - obrigação imposta pela lei que todas as propostas sejam sigilosas até o momento de sua abertura em sessão pública -

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• princípio do instrumento convocatório.

• Significa que as regras traçadas no procedimento devem ser fielmente observadas pelas partes. É a lei interna da licitação. Há liberdade da Adm na elaboração do edital, mas após sua publicação essa fica estritamente vinculada às suas normas. art. 41 da lei.

• princípio do julgamento objetivo:

• O edital deve estabelecer de forma clara e precisa qual será o critério para a seleção da proposta vencedora, denominado tipo de licitação: art. 45 da lei I ao IV( menor pç, melhor técnica, melhor técnica e pç, e maior lance para o leilão)

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• normas gerais: legislação pertinente

• Norma base: art. 22 XXVII da CF- comp. privativa da União para legislar sobre normas gerais de licitação e contratos adm - para a AD, autárquicas e fundacionais da U/E/DF/M. (normas que estabelecem os princípios, fundamentos, diretrizes, normas estruturais básicas).

• Todos os outro entes têm competência para legislar sobre normas específicas.

• Na ADI 927- 3 - art.s 17, I, b e c e parg 1 / no art. 17 II, b( cautelar deferida em parte, não foi julgada em definitivo.

• Para as EP e SEM, observar o art. 173 parg. 1, III da CF. Possibilidade de lei trazendo procedimento próprio.

• Decreto 2745 de 98 – art. 67 da lei 9478/97 que instituiu a ANP- STF – constitucionalidade – utilização de um procedimento simplificado

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• modalidades; conceituadas no art. 22 da lei de lic

• São 5 modalidades: concorrência, tomada de pç, convite - que possuem o mesmo objetivo - contratar obras, serviços e fornecimento.

• Já o concurso e o leilão tem objetivos diferentes e próprios.

• O art. 22 & 8 veda a criação de outras modalidades ou combinação das existentes

• escolha da modalidade aplicável - utilização de dois critérios:

• valor (concorrência, tomada de pç e convite) – art. 23 c/c art.120.

• Qt a natureza do objeto (concurso, leilão e pregão).

• Pode haver substituição de uma modalidade por outra desde que da mais simples para a mais formal, tendo como critério o valor - art. 23 &4.

• OBS: Se o contratante for consórcio público as faixas de valores são alteradas – dobro para consórcio formado por até 3 entidades federativas e o triplo no caso de mais entes. Art. 23&8

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• CONCORRÊNCIA: Modalidade licitatória genérica, precedida de ampla divulgação, da qual podem participar quaisquer interessados que preencham as condições estabelecidas no instrumento convocatório. Art 22&1. ( princ da Universalidade)

• Duas faixas de valores: 23 I c e 23 II c – Justamente pelos valores altos essa modalidade exige um rigor formal maior e maios divulgação.

• Art. 23 & 3 -Mas a concorrência tb pode ser utilizada pela natureza do contrato a ser celebrado. Qd a Adm pretende adquirir ou alienar bens imóveis.

• No art. 19, por exceção, a lei vai admitir o leilão quando a aquisição se origine de procedimento judicial ou dação em pagamento.

• Tb vai ser utilizado nas concessões de direito real de uso art. 7 do DL 271/67;

• Tb nas licitações internacionais – art. 42

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• TOMADA DE PREÇO

• Modalidade para contratação de valores médios, acima do convite, abaixo da concorrência. ( art 23 I b e 23 II b)

• Nessa modalidade a participação é mais restrita – interessados previamente cadastrados nos registros dos órgãos públicos e pessoas administrativas e os que atendam as condições exigidas até o terceiro dia anterior a data fixada para abertura das propostas. (art. 22 & 2)

• CONVITE - É a modalidade que comporta menor formalismo pq se destina a um contrato de menor vulto. ( art. 23 I a e II a)

• Nessa modalidade não há edital e sim CARTA-CONVITE, que são remetidos a no mínimo 3 interessados que operam no ramo pertinente ao objeto, cadastrados ou não. Pode estender aqueles cadastrados mas não convidados que manifestarem interesse 24 horas antes da entrega dos envelopes. ( art. 22&3).

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• CONCURSO – ART 22 IV e & 4.

• Modalidade de licitação que visa a escolha de um trabalho técnico, artístico e científico. Disputa entre quaisquer interessados.

• Procedimento previsto em regulamento próprio, Julgamento por comissão especial - ( art.51& 5 da lei).

• A aferição é eminentemente intelectual, uma vez que não pretende a Adm contratar, quer apenas selecionar um projeto intelectual e conceder ao autor um prêmio ou remuneração. O autor do trabalho vai ceder a Adm os direitos patrimoniais – ( art. 52 & 2 e art. 111).

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• LEILÃO - Art. 22 & 5

• Essa modalidade é utilizada em regra com o objetivo de obter o melhor preço para alienação de bens. ( adquiridos por dação em pagamento ou decisão judicial, produtos legalmente apreendidos ou que foram dados em garantia “ em penhor”, bens móveis inservíveis

• Critério de seleção – melhor lance – art. 45.

• Princípio da publicidade rigoroso, ampla divulgação no local – art 53 & 4.

• Os bens devem ser devidamente avaliados pelo Princípio da Preservação Patrimonial dos Bens Públicos- art. 53 & 1.

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• PREGÃO

• Nova Modalidade – Lei 10520/02 – disciplina e procedimentos próprios. modalidade para aquisição de bens e serviços comuns – art. 1 da lei Independe de valor. Necessidade de maior cerelidade e para redução de despesas.

• Características: princípio da oralidade, inversão das fases de habilitação e classificação dos licitantes e um único pregoeiro – art. 3 da lei

• Decreto 5450/05 –União regulou o pregão na forma eletrônica – previsto no art. 2 & 1 da lei 10520/02 - O Dec 3555/00 especifica bens e serviços comuns.

• art. 4 do Dec. 5450/05. obrigatório no âmbito Federal

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• RESULTADOS E EFEITOS • Classificação da melhor proposta – emerge o vencedor- não tem direito subjetivo à

celebração do contrato.

• O procedimento vai ser analisado pela autoridade superior que poderá:

• 1) irregularidades – retorno dos autos para a correção, quando supríveis;

• 2) caso o vício seja insanável – invalidação do procedimento – art. 49 & 1 – não indenização – constitucional pela Súmula 473 do STF

• 3) poderá revogar o procedimento – fato superveniente e motivado – art. 49

• 4) homologação – ato de confirmação - Declara a legalidade da licitação e interesse da Administração em querer contratar. Consequência : adjudicação – ato de atribuir ao vencedor do certame atividade – Princípio da boa-fé e presunção da legitimidade dos atos administrativos.

• Recursos – art. 109 da lei de lic.

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DIREITO ADMINISTRATIVO

• CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO

• CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO – sentido amplo - uma vez que abarca todos os ajustes bilaterais firmados pela Administração.

• Quando esses contratos são regidos pelo Direito Público, recebem o nome de "CONTRATOS ADMNISTRATIVOS" e quando regidos pelo Direito Privado, recebem o nome de "CONTRATOS PRIVADOS DA ADMINISTRAÇÃO“.Ambas as espécies tem, como objeto, o interesse público.

• Os contratos administrativos, podem se valer, supletivamente, dos princípios gerais dos contratos, conforme art. 54 da lei 8666/93.

• Os contratos privados da administração, são chamados de "quase público ou semi público", porque incidirá de alguma forma normas de direito público, uma vez que a Administração será uma das partes.

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• CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO ADMINISTRATIVO

• 1- RELAÇÃO DE VERTICALIDADE – desequilíbrio contratual – Supremacia da Administração - devido a presença das cláusulas exorbitantes- art. 58 da lei 8666/93.

• Já nos contratos privados há relação de horizontalidade, uma vez que as partes estão em pé de igualdade.

• Em princípio, nos contratos privados da administração, não existem as chamadas cláusulas exorbitantes, mas o art. 62& 3, I da lei 8666/93, traz a possibilidade das cláusulas exorbitantes nos contratos regidos por normas de direito privado.

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• 2- FORMALISMO

• Para a celebração de um contrato administrativo algumas formalidades devem ser observadas, uma vez que no âmbito de direito público vigora o Princípio da Solenidade das Formas. Maior formalidade porque nesses casos o Estado está administrando a coisa pública.

• Exemplos: A lei 8666/93 exige determinadas formalidades

• a) Pede licitação como regra - (art. 2)

• b) a lei elenca uma série de cláusulas essenciais ( art. 55)

• c) Exige que o contrato seja escrito - Em regra o contrato verbal seria nulo - ( art. 60 p. único) salvo as exceções que a própria lei traz (pequenas compras de pronto pagamento).

• Atenção : art.59 parágrafo único da Lei 8666/93 – indenização pelo serviço prestado quando há nulidade do contrato.

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• 3- COMUTATIVIDADE

• Refere-se ao conhecimento que os contratantes têm quanto a situação em que se obrigam.

• Quando há uma equivalência entre as obrigações e os direitos das partes. O particular sabe no momento da celebração da avença, por exemplo, o seu custo e o seu lucro.

• O custo e a margem de lucro devem ser mantidos durante toda a execução do contrato, com fulcro no art. 37 XXI da CF.

• A CF pede para que se mantenham as condições originárias. A comutatividade traz o PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO FINANCEIRO DO CONTRATO.

• Sendo assim, se o particular não der causa a uma alteração fática que modifique as condições originárias terá o PP que restaurar essa situação buscando o equilíbrio econômico financeiro do contrato através da revisão - art. 58 § 2º da lei licitação.

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• 4- NATUREZA PERSONALÍSSIMA

• A obrigação de executar o objeto do contrato diretamente é do contratado.

• Mas pode ocorrer a chamada SUBCONCESSÃO – ART. 26 da lei 8987/95. Transfere-se parte do objeto do contrato. Exige licitação e anuência do PP. Tem que haver referência no contrato.vai desempenhar atividade fim.

• O sub-concedente (concessionário) tem resp subsidiária e o sub-concessionário tem resp. Objetiva, pq desempenha atividade fim diretamente, por sua conta e risco.

• Também pode ocorrer a TRANSFERÊNCIA DA CONCESSÃO – art. 27 lei 8987/95. – Ocorre a substituição total, transferência de todo objeto. Não exige licitação, só anuência do PP. Di Pietro diz que é inconstitucional.

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• 4- NATUREZA PERSONALÍSSIMA

• A obrigação de executar o objeto do contrato diretamente é do contratado.

• Mas pode ocorrer a chamada SUBCONCESSÃO – ART. 26 da lei 8987/95. Transfere-se parte do objeto do contrato. Exige licitação e anuência do PP. Tem que haver referência no contrato.vai desempenhar atividade fim.

• O sub-concedente (concessionário) tem resp subsidiária e o sub-concessionário tem resp. Objetiva, pq desempenha atividade fim diretamente, por sua conta e risco.

• Também pode ocorrer a TRANSFERÊNCIA DA CONCESSÃO – art. 27 lei 8987/95. – Ocorre a substituição total, transferência de todo objeto. Não exige licitação, só anuência do PP. Di Pietro diz que é inconstitucional.

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• 5- MUTABILIDADE

• O contrato administrativo é mutável, alterável normalmente.

• É da essência do contrato administrativo a ALTERAÇÃO UNILATERAL pelo PP, desde que observado os limites impostos pela Lei.

• PRIMEIRA CLÁUSULA EXORBITANTE

• A característica da Mutabilidade é efetivada pela ALTERAÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO- prevista no art. 58 I c/c 65 I da lei.

• Pode o PP alterar unilateralmente o contrato, mas tem que observar alguns limites.

• PRIMEIRO LIMITE: Leva em consideração o TIPO DE CLÁUSULA do contrato que pode ser alterada.Abrange apenas as cláusulas regulamentares ou de serviço ( art. 65, I a e da lei de Lic).

• Para que haja alterações das cláusulas econômico financeiras deve haver a participação do contratado ( art. 58 §1º).

• Revisão financeira do contrato para que se mantenha o equilíbrio econ/fin- art. 58 § 2º da lei.

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• SEGUNDO LIMITE

• Refere-se ao percentual. O art. 65 § 1º impõe um limite de 25% de acréscimos ou supressões para obras, serviços e compras. Já para reforma de edifícios ou equipamentos o limite será de até 50%. O art. 65 & 2 pede para ultrapassar tais limites, salvo, para supressões por acordo das partes ( art. 65 & 2 , II)

• As cláusulas regulamentares ou de serviço podem ser quantitativa (art. 65 I b) ou qualitativa ( art. 65 I b). Divergência na Doutrina: se o percentual se aplica tanto para as quantitativas como qualitativas.

• Correntes:

• I) limites do art. 65 & 1 - Aplicação para os dois tipos de cláusulas – fundamento: a lei não fez diferença – ideia de Segurança jurídica e moralidade.

• II) a lei traz diferença: Quando usou a expressão “acréscimo e supressões”, usou também no art. 65 I b, ou seja, que diz respeito à cláusula quantitativa. Então , atingiria somente estas cláusulas.

• OBS: TCU – Dec. Plenária- 215/99- admitiu que a Administração ultrapassasse os limites legais - situação excepcional, pautada no interesse público

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• SEGUNDA CLÁUSULA EXORBITANTE:

• RESCISÃO UNILATERAL DO CONTRATO prevista no at.58, II,c/c 79 I, que nos remete ao 78 I ao XII e XVII da lei 8666/93.( chamada de Rescisão Administrativa)

• Outras formas de rescisão:

• RESCISÃO AMIGÁVEL, tb denominada consensual, ocorrerá um Distrato, acordo entre as partes, art. 78, XIII a XVI.

• RESCISÃO JUDICIAL: quando o contratado quer a rescisão, art. 78 XIII a XVI

• RESCISÃO DE PLENO DIREITO: por circunstâncias estranhas a vontade das partes: falecimento do contratado, dissolução da sociedade, perecimento do objeto,

• ANULAÇÃO: o contrato deve ser extinto quando houver ilegalidade. Ex: contrato sem prévia licitação. Efeito ex tunc.

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• RESCISÃO POR CULPA DO CONTRATADO.

• Art. 78 , I ao XI dizem respeito ao contratado - os incisos I ao VIII- refere-se ao inadimplemento do contratado levando à rescisão unilateral, que na lei 8987/95, recebe o nome de caducidade – art. 35 III c/c art. 38.

• A administração verificando o inadimplemento do particular, observada a ampla defesa e contraditório, poderá aplicar as sanções previstas no art .87 I ao IV da lei 8666/93 ( multa, advertência, suspensão temporária e declaração de inidoneidade).

• Tal possibilidade de aplicar tais sanções refere-se a outra cláusula exorbitante prevista no art. 58 IV e, não havendo mais interesse, pode rescindir o contrato.

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• defesa e no caso de declaração de inidoneidade, o pz passa para 10 dias.

• Sanções: art. 87

• ADVERTÊNCIA: art. 87 I- relacionado as faltas leves. Recebem o aviso para regularizar a situação. Não inviabiliza nem o contrato nem a atividade.

• MULTA:art. 87 II - sanção de natureza pecuniária, devendo ter previsão no instrumento convocatório ou no contrato e, pode ser aplicada com outra sanção – art. 87§2º

• SUSPENSÃO TEMPORÁRIA – art. 87 III- faltas graves. Vai inviabilizar a licitação, a contratação com a administração publica (órgão contratante – art. 6 XII), por um prazo não superior a 2 anos.

• DECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE: art. 87 IV – as faltas gravíssimas- impede de contratar com a Administração Pública ( art. 6 XI), por prazo indeterminado. A sanção se mantém enquanto perdurarem os motivos ou até que seja promovida sua reabilitação.A reabilitação pode ser requerida após 2 anos de sua aplicação desde que o contratado tenha ressarcido a Administração pelos prejuízos causados.

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• No art. 58 III – outra cláusula exorbitante.

• O contratado tem a obrigação de permitir, o acesso da Administração a todos os elementos do contrato ligados à garantia da boa execução. Para um controle sobre o cumprimento das exigências formalizadas no contrato.

• Caso o descumprimento seja reversível, a Administração mais o contratado assumem o objeto até que a situação se restabeleça.

• Contudo, quando irreversível, a saída seria a rescisão, mas dependendo da situação, quando o objeto do contrato estiver ligado a um serviço essencial, ocorrerá a chamada OCUPAÇÃO PROVISÓRIA- prevista no art. 58 V .

• Inciso XII – rescisão por interesse público- art.35 II da lei 8987/95- Encampação

• Inciso XVII – caso fortuito ou força maior

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• A rescisão pode ocorrer também por Culpa da Administração.

• Mas não pode ocorrer a rescisão unilateral por parte do particular. Só o Poder Público pode assim agir, uma vez que possui tal prerrogativa.

• Se o poder público concordar em rescindir o contrato em via administrativa, haverá distrato, caso contrário, o particular vai ter que recorrer a via judicial.

• EXCEPITIO NON ADIMPLENTI CONTRACTUS = exceção do contrato não cumprido- art. 476 do CC.

• Não se admitia , tendo com base o princípio da legalidade, uma vez que não havia lei admitindo. Nesse caso a não possibilidade de usar essa cláusula, seria uma prerrogativa do PP. Também pelos Princípios da Supremacia do Interesse Público e Continuidade do Serviço Público.

• Hoje - Existe uma situação em que a exceção do contrato não cumprido poderá ser alegada – Há previsão legal – art. 78 XIV e XV da lei 8666/93

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• TEORIA DA IMPREVISÃO

• A extinção do contrato pode ocorrer também por eventos imprevisíveis. Fatos que independem da vontade das partes. A chamada de extinção sem culpa.

• A teoria da imprevisão determina que os acordos, cláusulas do contrato devem ser alteradas, revisadas a medida que as condições originárias se modificarem, a fim de restabelecer o equilíbrio econ/fin do contrato. ( art. 65 II d).

• Fatos imprevisíveis:

• CF ou FM – eventos da natureza ou conduta humana que impedem a execução de um contrato – art. 78 XVII c/c 79 parg. 2

• FATO DO PRÍNCIPE – Ato geral e abstrato praticado no âmbito da administração contratante ou diversa, que vai gerar um efeito reflexo sobre o contrato, impedindo a sua execução ou rompendo o equilíbrio ec/finc do contrato.

• FATO DA ADMINISTRAÇÃO-Conduta concreta da administração contratante que pode ser comissiva ou omissiva, produz efeito direto e imediato sobre o contrato, houve um descumprimento da norma contratual.

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• INTERFERÊNCIAS IMPREVISTAS

• Situação preexistente, mas seu conhecimento só ocorre após o início da execução do contrato.

POSICIONAMENTO – DI PIETRO

• Álea ordinária – faz parte do próprio risco da atividade- fatos previsíveis - gerando a presença de cláusula de reajuste ( art. 55III)

• Álea extraordinária- fatos imprevisíveis e se divide em: administrativa e econômica

• Adm : fatos que ocorrem no âmbito da Administração contratante

• Econ: fora do âmbito da administração contratante

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• FORMAS DE MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO ECON/FIN DO CONTRATO.

• Reajuste: cláusula contratual onde as partes estabelecem previamente um índice que vai funcionar com indexador, serve para atualização anual. Busca a manutenção, preservação do valor do contrato.

• Revisão: Quando ocorrer um fato extraordinário, imprevisível não imputado ao particular, que desequilibrou a relação contratual. Fato previsível também mas com consequência incalculável- art. 65 II d. Não é colocado previamente no contrato, não é cláusula contratual, porque ela decorre da lei, do princípio da manutenção do equilíbrio financeiro do contrato.

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• DURAÇÃO DO CONTRATO

• Regra do art. 57 – 1 ano- porque o prazo está adstrito a vigência do crédito orçamentário- tem que obedecer a lei orçamentária.

• Mas o próprio art.57 traz 4 exceções: I, II. IV e V(acrescido em 15/12/10 lei 12349)

• Mais de um ano – objeto previsto no PPA

• Serviços contínuos- prazo 60 meses( 5 anos)

• aluguel

• contrato por prazo 120 meses/10 anos para alguns incisos do art. 24.

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• CONTRATOS DE CONCESSÃO

• C.C de uso de bem público: a Administração trespassa a alguém o uso de um bem público para uma finalidade específica, sempre por razões de interesse público.

• Pode ser remunerada ou gratuita. Tb necessita de procedimento licitatório, aplicação de cláusulas exorbitantes.

• C.C de serviço público comum: previsto na lei 8987/95, art. 2, II – Qd o PP delega a prestação de um serviço público à pessoa jurídica ou consórcio de empresas, por conta e risco destes e por prazo determinado. Licitação, modalidade concorrência.Ex: concessão de transporte público

• C.C de serviço público precedido de obra pública- art. 2, III da lei 8987/95

• Ex: Rodovia pedagiada – além de delegar um serviço público, mas há uma obrigação prévia que é fazer a obra.

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• CONCESSÕES ESPECIAIS - LEI 11079/04

• PPP- PARCERIA PÚBLICO PRIVADA- contratos de concessão- patrocinada ou administrativa.

• FORMA DE REMUNERAÇÃO – tarifa + contrapartida pecuniária do PP–

• RISCO DO NEGÓCIO- Nas PPP’s há repartição objetiva dos riscos – art. 4 VI – A lei quer que o PP já estabeleça no contrato quem vai arcar com o risco.

• REQUISITOS ESPECÍFICOS – art. 2 parag. 4, I, II e III, que não se encontra na concessão comum. (Contrato ñ inferior a 20 milhões, exigência de prazo mínimo e máximo: 5 e 35 anos e o objeto deve ser complexo)

• Modalidades : Patrocinada e Administrativa - Definição art. 2 , § 1º e 2º da lei

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CONCESSÃO ESPECIAL

• Art. 1o Esta Lei institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

• Parágrafo único. Esta Lei se aplica aos órgãos da Administração Pública direta, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

• Art. 2o Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.

• § 1o Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

• § 2o Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.

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• § 3o Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

• § 4o É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:

• I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);

• II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou

• III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.

• Art. 3o As concessões administrativas regem-se por esta Lei, aplicando-se-lhes adicionalmente o disposto nos arts. 21, 23, 25 e 27 a 39 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e no art. 31 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995. (Regulamento

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• § 1o As concessões patrocinadas regem-se por esta Lei, aplicando-se-lhes subsidiariamente o disposto na Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e nas leis que lhe são correlatas.(Regulamento)

• § 2o As concessões comuns continuam regidas pela Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e pelas leis que lhe são correlatas, não se lhes aplicando o disposto nesta Lei.

• § 3o Continuam regidos exclusivamente pela Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e pelas leis que lhe são correlatas os contratos administrativos que não caracterizem concessão comum, patrocinada ou administrativa.

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• Art. 4o Na contratação de parceria público-privada serão observadas as seguintes diretrizes:

• I – eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da sociedade;

• II – respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes privados incumbidos da sua execução;

• III – indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e de outras atividades exclusivas do Estado;

• IV – responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias; • V – transparência dos procedimentos e das decisões; • VI – repartição objetiva de riscos entre as partes; • VII – sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos

projetos de parceria.

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• DOS CONTRATOS DE PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA • Art. 5o As cláusulas dos contratos de parceria público-privada atenderão ao

disposto no art. 23 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no que couber, devendo também prever:

• I – o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização dos investimentos realizados, não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos, incluindo eventual prorrogação;

• II – as penalidades aplicáveis à Administração Pública e ao parceiro privado em caso de inadimplemento contratual, fixadas sempre de forma proporcional à gravidade da falta cometida, e às obrigações assumidas;

• III – a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária;

• IV – as formas de remuneração e de atualização dos valores contratuais; • V – os mecanismos para a preservação da atualidade da prestação dos

serviços;

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• VI – os fatos que caracterizem a inadimplência pecuniária do parceiro público, os modos e o prazo de regularização e, quando houver, a forma de acionamento da garantia;

• VII – os critérios objetivos de avaliação do desempenho do parceiro privado;

• VIII – a prestação, pelo parceiro privado, de garantias de execução suficientes e compatíveis com os ônus e riscos envolvidos, observados os limites dos §§ 3o e 5odo art. 56 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e, no que se refere às concessões patrocinadas, o disposto no inciso XV do art. 18 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;

• IX – o compartilhamento com a Administração Pública de ganhos econômicos efetivos do parceiro privado decorrentes da redução do risco de crédito dos financiamentos utilizados pelo parceiro privado;

• X – a realização de vistoria dos bens reversíveis, podendo o parceiro público reter os pagamentos ao parceiro privado, no valor necessário para reparar as irregularidades eventualmente detectadas.

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• § 1o As cláusulas contratuais de atualização automática de valores baseadas em índices e fórmulas matemáticas, quando houver, serão aplicadas sem necessidade de homologação pela Administração Pública, exceto se esta publicar, na imprensa oficial, onde houver, até o prazo de 15 (quinze) dias após apresentação da fatura, razões fundamentadas nesta Lei ou no contrato para a rejeição da atualização.

• § 2o Os contratos poderão prever adicionalmente: • I – os requisitos e condições em que o parceiro público autorizará a

transferência do controle da sociedade de propósito específico para os seus financiadores, com o objetivo de promover a sua reestruturação financeira e assegurar a continuidade da prestação dos serviços, não se aplicando para este efeito o previsto no inciso I do parágrafo único do art. 27 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;

• II – a possibilidade de emissão de empenho em nome dos financiadores do projeto em relação às obrigações pecuniárias da Administração Pública;

• III – a legitimidade dos financiadores do projeto para receber indenizações por extinção antecipada do contrato, bem como pagamentos efetuados pelos fundos e empresas estatais garantidores de parcerias público-privadas.

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• Art. 6o A contraprestação da Administração Pública nos contratos de parceria público-privada poderá ser feita por:

• I – ordem bancária; • II – cessão de créditos não tributários; • III – outorga de direitos em face da Administração Pública; • IV – outorga de direitos sobre bens públicos dominicais; • V – outros meios admitidos em lei. • Parágrafo único. O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado

de remuneração variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade definidos no contrato.

• § 1º O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade definidos no contrato. (Incluído pela Medida Provisória nº 575, de 2012)

• § 2º O contrato poderá prever o aporte de recursos em favor do parceiro privado, autorizado por lei específica, para a construção ou aquisição de bens reversíveis, nos termos dos incisos X e XI do caput do art. 18 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. (Incluído pela Medida Provisória nº 575, de 2012)

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• § 3º O valor do aporte de recursos realizado nos termos do § 2º poderá ser excluído da determinação: (Incluído pela Medida Provisória nº 575, de 2012)

• I - do lucro líquido para fins de apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; e (Incluído pela Medida Provisória nº 575, de 2012)

• II - da base de cálculo da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS. (Incluído pela Medida Provisória nº 575, de 2012)

• § 4º A parcela excluída nos termos do § 3º deverá ser computada na determinação do lucro líquido para fins de apuração do lucro real, da base de cálculo da CSLL e da base de cálculo da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, na proporção em que o custo para a construção ou aquisição de bens a que se refere o § 2º for realizado, inclusive mediante depreciação ou extinção da concessão, nos termos do art. 35 da Lei nº 8.987, de 1995. (Incluído pela Medida Provisória nº 575, de 2012)

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• Art. 7o A contraprestação da Administração Pública será obrigatoriamente precedida da disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria público-privada.

• Parágrafo único. É facultado à Administração Pública, nos termos do contrato, efetuar o pagamento da contraprestação relativa a parcela fruível de serviço objeto do contrato de parceria público-privada.

• §1o É facultado à Administração Pública, nos termos do contrato, efetuar o pagamento da contraprestação relativa a parcela fruível do serviço objeto do contrato de parceria público-privada. (Incluído pela Medida Provisória nº 575, de 2012)

• § 2o O aporte de recursos de que trata o § 2o do art. 6o, quando realizado durante a fase dos investimentos a cargo do parceiro privado, deverá guardar proporcionalidade com as etapas efetivamente executadas. (Incluído pela Medida Provisória nº 575, de 2012)

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• DAS GARANTIAS • Art. 8o As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração

Pública em contrato de parceria público-privada poderão ser garantidas mediante:

• I – vinculação de receitas, observado o disposto no inciso IV do art. 167 da Constituição Federal;

• II – instituição ou utilização de fundos especiais previstos em lei; • III – contratação de seguro-garantia com as companhias seguradoras

que não sejam controladas pelo Poder Público; • IV – garantia prestada por organismos internacionais ou instituições

financeiras que não sejam controladas pelo Poder Público; • V – garantias prestadas por fundo garantidor ou empresa estatal

criada para essa finalidade; • VI – outros mecanismos admitidos em lei.

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• DA SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO • Art. 9o Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de

propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria. • § 1o A transferência do controle da sociedade de propósito específico estará

condicionada à autorização expressa da Administração Pública, nos termos do edital e do contrato, observado o disposto no parágrafo único do art. 27 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.

• § 2o A sociedade de propósito específico poderá assumir a forma de companhia aberta, com valores mobiliários admitidos a negociação no mercado.

• § 3o A sociedade de propósito específico deverá obedecer a padrões de governança corporativa e adotar contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas, conforme regulamento.

• § 4o Fica vedado à Administração Pública ser titular da maioria do capital votante das sociedades de que trata este Capítulo.

• § 5o A vedação prevista no § 4o deste artigo não se aplica à eventual aquisição da maioria do capital votante da sociedade de propósito específico por instituição financeira controlada pelo Poder Público em caso de inadimplemento de contratos de financiamento.

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• DA LICITAÇÃO • Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade

de concorrência, estando a abertura do processo licitatório condicionada a: • I – autorização da autoridade competente, fundamentada em estudo técnico que demonstre: • a) a conveniência e a oportunidade da contratação, mediante identificação das razões que

justifiquem a opção pela forma de parceria público-privada; • b) que as despesas criadas ou aumentadas não afetarão as metas de resultados fiscais previstas

no Anexo referido no § 1o do art. 4o da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa; e

• c) quando for o caso, conforme as normas editadas na forma do art. 25 desta Lei, a observância dos limites e condições decorrentes da aplicação dos arts. 29, 30 e32 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, pelas obrigações contraídas pela Administração Pública relativas ao objeto do contrato;

• II – elaboração de estimativa do impacto orçamentário-financeiro nos exercícios em que deva vigorar o contrato de parceria público-privada;

• III – declaração do ordenador da despesa de que as obrigações contraídas pela Administração Pública no decorrer do contrato são compatíveis com a lei de diretrizes orçamentárias e estão previstas na lei orçamentária anual;

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• IV – estimativa do fluxo de recursos públicos suficientes para o cumprimento, durante a vigência do contrato e por exercício financeiro, das obrigações contraídas pela Administração Pública;

• V – seu objeto estar previsto no plano plurianual em vigor no âmbito onde o contrato será celebrado;

• VI – submissão da minuta de edital e de contrato à consulta pública, mediante publicação na imprensa oficial, em jornais de grande circulação e por meio eletrônico, que deverá informar a justificativa para a contratação, a identificação do objeto, o prazo de duração do contrato, seu valor estimado, fixando-se prazo mínimo de 30 (trinta) dias para recebimento de sugestões, cujo termo dar-se-á pelo menos 7 (sete) dias antes da data prevista para a publicação do edital; e

• VII – licença ambiental prévia ou expedição das diretrizes para o licenciamento ambiental do empreendimento, na forma do regulamento, sempre que o objeto do contrato exigir.

• § 1o A comprovação referida nas alíneas b e c do inciso I do caput deste artigo conterá as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, observadas as normas gerais para consolidação das contas públicas, sem prejuízo do exame de compatibilidade das despesas com as demais normas do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.

• § 2o Sempre que a assinatura do contrato ocorrer em exercício diverso daquele em que for publicado o edital, deverá ser precedida da atualização dos estudos e demonstrações a que se referem os incisos I a IV do caput deste artigo.

• § 3o As concessões patrocinadas em que mais de 70% (setenta por cento) da remuneração do parceiro privado for paga pela Administração Pública dependerão de autorização legislativa específica.

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• Art. 11. O instrumento convocatório conterá minuta do contrato, indicará expressamente a submissão da licitação às normas desta Lei e observará, no que couber, os §§ 3o e 4o do art. 15, os arts. 18, 19 e 21 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, podendo ainda prever:

• I – exigência de garantia de proposta do licitante, observado o limite do inciso III do art. 31 da Lei no 8.666 , de 21 de junho de 1993;

• II – (VETADO)

• III – o emprego dos mecanismos privados de resolução de disputas, inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei no9.307, de 23 de setembro de 1996, para dirimir conflitos decorrentes ou relacionados ao contrato.

• Parágrafo único. O edital deverá especificar, quando houver, as garantias da contraprestação do parceiro público a serem concedidas ao parceiro privado.

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• Art. 12. O certame para a contratação de parcerias público-privadas obedecerá ao procedimento previsto na legislação vigente sobre licitações e contratos administrativos e também ao seguinte:

• I – o julgamento poderá ser precedido de etapa de qualificação de propostas técnicas, desclassificando-se os licitantes que não alcançarem a pontuação mínima, os quais não participarão das etapas seguintes;

• II – o julgamento poderá adotar como critérios, além dos previstos nos incisos I e V do art. 15 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, os seguintes:

• a) menor valor da contraprestação a ser paga pela Administração Pública; • b) melhor proposta em razão da combinação do critério da alínea a com o de

melhor técnica, de acordo com os pesos estabelecidos no edital; • III – o edital definirá a forma de apresentação das propostas econômicas,

admitindo-se: • a) propostas escritas em envelopes lacrados; ou • b) propostas escritas, seguidas de lances em viva voz;

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• IV – o edital poderá prever a possibilidade de saneamento de falhas, de complementação de insuficiências ou ainda de correções de caráter formal no curso do procedimento, desde que o licitante possa satisfazer as exigências dentro do prazo fixado no instrumento convocatório.

• § 1o Na hipótese da alínea b do inciso III do caput deste artigo:

• I - os lances em viva voz serão sempre oferecidos na ordem inversa da classificação das propostas escritas, sendo vedado ao edital limitar a quantidade de lances;

• II – o edital poderá restringir a apresentação de lances em viva voz aos licitantes cuja proposta escrita for no máximo 20% (vinte por cento) maior que o valor da melhor proposta.

• § 2o O exame de propostas técnicas, para fins de qualificação ou julgamento, será feito por ato motivado, com base em exigências, parâmetros e indicadores de resultado pertinentes ao objeto, definidos com clareza e objetividade no edital.

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• Art. 13. O edital poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento, hipótese em que:

• I – encerrada a fase de classificação das propostas ou o oferecimento de lances, será aberto o invólucro com os documentos de habilitação do licitante mais bem classificado, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital;

• II – verificado o atendimento das exigências do edital, o licitante será declarado vencedor;

• III – inabilitado o licitante melhor classificado, serão analisados os documentos habilitatórios do licitante com a proposta classificada em 2o (segundo) lugar, e assim, sucessivamente, até que um licitante classificado atenda às condições fixadas no edital;

• IV – proclamado o resultado final do certame, o objeto será adjudicado ao vencedor nas condições técnicas e econômicas por ele ofertadas.

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• DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS À UNIÃO • Art. 14. Será instituído, por decreto, órgão gestor de parcerias público-privadas federais, com

competência para: (Vide Decreto nº 5.385, de 2005) • I – definir os serviços prioritários para execução no regime de parceria público-privada; • II – disciplinar os procedimentos para celebração desses contratos; • III – autorizar a abertura da licitação e aprovar seu edital; • IV – apreciar os relatórios de execução dos contratos. • § 1o O órgão mencionado no caput deste artigo será composto por indicação nominal de um

representante titular e respectivo suplente de cada um dos seguintes órgãos: • I – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, ao qual cumprirá a tarefa de

coordenação das respectivas atividades; • II – Ministério da Fazenda; • III – Casa Civil da Presidência da República. • § 2o Das reuniões do órgão a que se refere o caput deste artigo para examinar projetos de

parceria público-privada participará um representante do órgão da Administração Pública direta cuja área de competência seja pertinente ao objeto do contrato em análise.

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• § 3o Para deliberação do órgão gestor sobre a contratação de parceria público-privada, o expediente deverá estar instruído com pronunciamento prévio e fundamentado:

• I – do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, sobre o mérito do projeto;

• II – do Ministério da Fazenda, quanto à viabilidade da concessão da garantia e à sua forma, relativamente aos riscos para o Tesouro Nacional e ao cumprimento do limite de que trata o art. 22 desta Lei.

• § 4o Para o desempenho de suas funções, o órgão citado no caput deste artigo poderá criar estrutura de apoio técnico com a presença de representantes de instituições públicas.

• § 5o O órgão de que trata o caput deste artigo remeterá ao Congresso Nacional e ao Tribunal de Contas da União, com periodicidade anual, relatórios de desempenho dos contratos de parceria público-privada.

• § 6o Para fins do atendimento do disposto no inciso V do art. 4o desta Lei, ressalvadas as informações classificadas como sigilosas, os relatórios de que trata o § 5odeste artigo serão disponibilizados ao público, por meio de rede pública de transmissão de dados.

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• Art. 15. Compete aos Ministérios e às Agências Reguladoras, nas suas respectivas áreas de competência, submeter o edital de licitação ao órgão gestor, proceder à licitação, acompanhar e fiscalizar os contratos de parceria público-privada.

• Parágrafo único. Os Ministérios e Agências Reguladoras encaminharão ao órgão a que se refere o caput do art. 14 desta Lei, com periodicidade semestral, relatórios circunstanciados acerca da execução dos contratos de parceria público-privada, na forma definida em regulamento.

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• Art. 16. Ficam a União, seus fundos especiais, suas autarquias, suas fundações públicas e suas empresas estatais dependentes autorizadas a participar, no limite global de R$ 6.000.000.000,00 (seis bilhões de reais), em Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas - FGP, que terá por finalidade prestar garantia de pagamento de obrigações pecuniárias assumidas pelos parceiros públicos federais em virtude das parcerias de que trata esta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.409, de 2011)

• § 1o O FGP terá natureza privada e patrimônio próprio separado do patrimônio dos cotistas, e será sujeito a direitos e obrigações próprios.

• § 2o O patrimônio do Fundo será formado pelo aporte de bens e direitos realizado pelos cotistas, por meio da integralização de cotas e pelos rendimentos obtidos com sua administração.

• § 3o Os bens e direitos transferidos ao Fundo serão avaliados por empresa especializada, que deverá apresentar laudo fundamentado, com indicação dos critérios de avaliação adotados e instruído com os documentos relativos aos bens avaliados.

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• § 4o A integralização das cotas poderá ser realizada em dinheiro, títulos da dívida pública, bens imóveis dominicais, bens móveis, inclusive ações de sociedade de economia mista federal excedentes ao necessário para manutenção de seu controle pela União, ou outros direitos com valor patrimonial.

• § 5o O FGP responderá por suas obrigações com os bens e direitos integrantes de seu patrimônio, não respondendo os cotistas por qualquer obrigação do Fundo, salvo pela integralização das cotas que subscreverem.

• § 6o A integralização com bens a que se refere o § 4o deste artigo será feita independentemente de licitação, mediante prévia avaliação e autorização específica do Presidente da República, por proposta do Ministro da Fazenda.

• § 7o O aporte de bens de uso especial ou de uso comum no FGP será condicionado a sua desafetação de forma individualizada.

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• § 8o A capitalização do FGP, quando realizada por meio de recursos orçamentários, dar-se-á por ação orçamentária específica para esta finalidade, no âmbito de Encargos Financeiros da União. (Redação dada pela Lei nº 12.409, de 2011)

• Art. 17. O FGP será criado, administrado, gerido e representado judicial e extrajudicialmente por instituição financeira controlada, direta ou indiretamente, pela União, com observância das normas a que se refere o inciso XXII do art. 4o da Lei no 4.595, de 31 de dezembro de 1964.

• § 1o O estatuto e o regulamento do FGP serão aprovados em assembléia dos cotistas.

• § 2o A representação da União na assembléia dos cotistas dar-se-á na forma do inciso V do art. 10 do Decreto-Lei no 147, de 3 de fevereiro de 1967.

• § 3o Caberá à instituição financeira deliberar sobre a gestão e alienação dos bens e direitos do FGP, zelando pela manutenção de sua rentabilidade e liquidez.

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• Art. 18. O estatuto e o regulamento do FGP devem deliberar sobre a política de concessão de garantias, inclusive no que se refere à relação entre ativos e passivos do Fundo. (Redação dada pela Lei nº 12.409, de 2011)

• § 1o A garantia será prestada na forma aprovada pela assembléia dos cotistas, nas seguintes modalidades:

• I – fiança, sem benefício de ordem para o fiador; • II – penhor de bens móveis ou de direitos integrantes do patrimônio do FGP,

sem transferência da posse da coisa empenhada antes da execução da garantia; • III – hipoteca de bens imóveis do patrimônio do FGP; • IV – alienação fiduciária, permanecendo a posse direta dos bens com o FGP

ou com agente fiduciário por ele contratado antes da execução da garantia; • V – outros contratos que produzam efeito de garantia, desde que não

transfiram a titularidade ou posse direta dos bens ao parceiro privado antes da execução da garantia;

• VI – garantia, real ou pessoal, vinculada a um patrimônio de afetação constituído em decorrência da separação de bens e direitos pertencentes ao FGP.

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• § 2o O FGP poderá prestar contra-garantias a seguradoras, instituições financeiras e organismos internacionais que garantirem o cumprimento das obrigações pecuniárias dos cotistas em contratos de parceria público-privadas.

• § 3o A quitação pelo parceiro público de cada parcela de débito garantido pelo FGP importará exoneração proporcional da garantia.

• § 4o O FGP poderá prestar garantia mediante contratação de instrumentos disponíveis em mercado, inclusive para complementação das modalidades previstas no § 1o.

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• § 5o O parceiro privado poderá acionar o FGP nos casos de: (Redação dada pela Medida Provisória nº 575, de 2012)

• I - crédito líquido e certo, constante de título exigível aceito e não pago pelo parceiro público após quinze dias contados da data de vencimento; e (Incluído pela Medida Provisória nº 575, de 2012)

• II - débitos constantes de faturas emitidas e não aceitas pelo parceiro público após quarenta e cinco dias contados da data de vencimento, desde que não tenha havido rejeição expressa por ato motivado. (Incluído pela Medida Provisória nº 575, de 2012)

• § 6o A quitação de débito pelo FGP importará sua subrogação nos direitos do parceiro privado.

• § 7o Em caso de inadimplemento, os bens e direitos do Fundo poderão ser objeto de constrição judicial e alienação para satisfazer as obrigações garantidas.

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• § 8o O FGP poderá usar parcela da cota da União para prestar garantia aos seus fundos especiais, às suas autarquias, às suas fundações públicas e às suas empresas estatais dependentes. (

• § 9o O FGP é obrigado a honrar faturas aceitas e não pagas pelo parceiro público. • § 10. O FGP é proibido de pagar faturas rejeitadas expressamente por ato

motivado. • § 11. O parceiro público deverá informar o FGP sobre qualquer fatura rejeitada e

sobre os motivos da rejeição, no prazo de quarenta dias contados da data de vencimento.

• § 12. A ausência de aceite ou rejeição expressa de fatura por parte do parceiro público no prazo de quarenta dias contado da data de vencimento implicará aceitação tácita.

• § 13. O agente público que contribuir por ação ou omissão para a aceitação tácita de que trata o §12 ou que rejeitar fatura sem motivação será responsabilizado pelos danos que causar, em conformidade com a legislação civil, administrativa e penal em vigor.

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• Art. 19 O FGP não pagará rendimentos a seus cotistas, assegurando-se a qualquer deles o direito de requerer o resgate total ou parcial de suas cotas, correspondente ao patrimônio ainda não utilizado para a concessão de garantias, fazendo-se a liquidação com base na situação patrimonial do Fundo.

• Art. 20. A dissolução do FGP, deliberada pela assembléia dos cotistas, ficará condicionada à prévia quitação da totalidade dos débitos garantidos ou liberação das garantias pelos credores.

• Parágrafo único. Dissolvido o FGP, o seu patrimônio será rateado entre os cotistas, com base na situação patrimonial à data da dissolução.

• Art. 21. É facultada a constituição de patrimônio de afetação que não se comunicará com o restante do patrimônio do FGP, ficando vinculado exclusivamente à garantia em virtude da qual tiver sido constituído, não podendo ser objeto de penhora, arresto, seqüestro, busca e apreensão ou qualquer ato de constrição judicial decorrente de outras obrigações do FGP.

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• Parágrafo único. A constituição do patrimônio de afetação será feita por registro em Cartório de Registro de Títulos e Documentos ou, no caso de bem imóvel, no Cartório de Registro Imobiliário correspondente.

• Art. 22. A União somente poderá contratar parceria público-privada quando a soma das despesas de caráter continuado derivadas do conjunto das parcerias já contratadas não tiver excedido, no ano anterior, a 1% (um por cento) da receita corrente líquida do exercício, e as despesas anuais dos contratos vigentes, nos 10 (dez) anos subseqüentes, não excedam a 1% (um por cento) da receita corrente líquida projetada para os respectivos exercícios.

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• Art. 23. Fica a União autorizada a conceder incentivo, nos termos do Programa de Incentivo à Implementação de Projetos de Interesse Social – PIPS, instituído pelaLei no 10.735, de 11 de setembro de 2003, às aplicações em fundos de investimento, criados por instituições financeiras, em direitos creditórios provenientes dos contratos de parcerias público-privadas.

• Art. 24. O Conselho Monetário Nacional estabelecerá, na forma da legislação pertinente, as diretrizes para a concessão de crédito destinado ao financiamento de contratos de parcerias público-privadas, bem como para participação de entidades fechadas de previdência complementar.

• Art. 25. A Secretaria do Tesouro Nacional editará, na forma da legislação pertinente, normas gerais relativas à consolidação das contas públicas aplicáveis aos contratos de parceria público-privada.

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• Art. 26. O inciso I do § 1o do art. 56 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, passa a vigorar com a seguinte redação:

• “I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda;”

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• Art. 27. As operações de crédito efetuadas por empresas públicas ou sociedades de economia mista controladas pela União não poderão exceder a 70% (setenta por cento) do total das fontes de recursos financeiros da sociedade de propósito específico, sendo que para as áreas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH seja inferior à média nacional, essa participação não poderá exceder a 80% (oitenta por cento).

• § 1o Não poderão exceder a 80% (oitenta por cento) do total das fontes de recursos financeiros da sociedade de propósito específico ou 90% (noventa por cento) nas áreas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH seja inferior à média nacional, as operações de crédito ou contribuições de capital realizadas cumulativamente por:

• I – entidades fechadas de previdência complementar; • II – empresas públicas ou sociedades de economia mista controladas pela

União. • § 2o Para fins do disposto neste artigo, entende-se por fonte de recursos

financeiros as operações de crédito e contribuições de capital à sociedade de propósito específico.

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• Art. 28. A União não poderá conceder garantia ou realizar transferência voluntária aos Estados, Distrito Federal e Municípios se a soma das despesas de caráter continuado derivadas do conjunto das parcerias já contratadas por esses entes tiver excedido, no ano anterior, a cinco por cento da receita corrente líquida do exercício ou se as despesas anuais dos contratos vigentes nos dez anos subsequentes excederem a cinco por cento da receita corrente líquida projetada para os respectivos exercícios.

• § 1o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que contratarem empreendimentos por intermédio de parcerias público-privadas deverão encaminhar ao Senado Federal e à Secretaria do Tesouro Nacional, previamente à contratação, as informações necessárias para cumprimento do previsto no caput deste artigo.

• § 2o Na aplicação do limite previsto no caput deste artigo, serão computadas as despesas derivadas de contratos de parceria celebrados pela administração pública direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas, direta ou indiretamente, pelo respectivo ente, excluídas as empresas estatais não dependentes.

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• Art. 29. Serão aplicáveis, no que couber, as penalidades previstas no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, na Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992 – Lei de Improbidade Administrativa, na Lei no 10.028, de 19 de outubro de 2000 - Lei dos Crimes Fiscais, no Decreto-Lei no 201, de 27 de fevereiro de 1967, e naLei no 1.079, de 10 de abril de 1950, sem prejuízo das penalidades financeiras previstas contratualmente.

• Art. 30. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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ATENÇÃO!!

• 1ª a Sociedade de Propósito Específico (SPE), responsável pela implantação e gestão da PPP, deve ser constituída até a celebração do contrato de parceria. ( ART. 9)

• 2ª na licitação para PPP, é possível a inversão de fases de habilitação e julgamento. ( ART. 13)

• 3ª -edital de licitação na PPP deve ser objeto de consulta pública. (ART10VI)

• 4ª possibilidade de saneamento de falhas na licitação para celebração do contrato de PPP. ( ART.12 IV)

• 5ª repartição objetiva dos riscos, inclusive extraordinários. (ART.5III) • 6ª Fundo Garantidor de Parcerias (FGP) nas PPPs. Controvérsias em

relação à constitucionalidade, tendo em vista o a regra do precatório. Necessidade de legislação estadual e municipal para que o FGP seja utilizado por Estados e Municípios, uma vez que o art. 16 da Lei 11.079/04 é norma federal (aplicável à Administração federal).

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• 7ª As concessões patrocinadas em que mais de 70% (setenta por cento) da remuneração do parceiro privado for paga pela Administração Pública dependerão de autorização legislativa específica. ( ART. 10§3)

• 8ª Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas (PPPs) tem natureza privada e será sujeito de direitos e obrigações. Obs: há controvérsia doutrinária sobre a constitucionalidade da natureza privada do Fundo, tendo em vista a regra do precatório. ( ART. 16§1)

• 9ª contrato de PPP possui valor mínimo de vinte milhões de reais, prazo mínimo de 5 anos e máximo de 35 anos.( ART. 5 I)

• 10ª indelegabilidade do poder de polícia na PPP e possibilidade de remuneração variável vinculada ao seu desempenho. ( ART. 4 III)

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CONSÓRCIOS PÚBLICOS LEI 11107/05

• Art. 1o Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências.

• § 1o O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.

• § 2o A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.

• § 3o Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão obedecer aos princípios, diretrizes e normas que regulam o Sistema Único de Saúde – SUS.

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• Art. 2o Os objetivos dos consórcios públicos serão determinados pelos entes da Federação que se consorciarem, observados os limites constitucionais.

• § 1o Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá:

• I – firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo;

• II – nos termos do contrato de consórcio de direito público, promover desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público; e

• III – ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação.

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• § 2o Os consórcios públicos poderão emitir documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e outros preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos por eles administrados ou, mediante autorização específica, pelo ente da Federação consorciado.

• § 3o Os consórcios públicos poderão outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços públicos mediante autorização prevista no contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma específica o objeto da concessão, permissão ou autorização e as condições a que deverá atender, observada a legislação de normas gerais em vigor.

• Art. 3o O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções.

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• Art. 4o São cláusulas necessárias do protocolo de intenções as que estabeleçam:

• I – a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a sede do consórcio;

• II – a identificação dos entes da Federação consorciados;

• III – a indicação da área de atuação do consórcio; • IV – a previsão de que o consórcio público é associação

pública ou pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos;

• V – os critérios para, em assuntos de interesse comum, autorizar o consórcio público a representar os entes da Federação consorciados perante outras esferas de governo;

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• VI – as normas de convocação e funcionamento da assembléia geral, inclusive para a elaboração, aprovação e modificação dos estatutos do consórcio público;

• VII – a previsão de que a assembléia geral é a instância máxima do consórcio público e o número de votos para as suas deliberações;

• VIII – a forma de eleição e a duração do mandato do representante legal do consórcio público que, obrigatoriamente, deverá ser Chefe do Poder Executivo de ente da Federação consorciado;

• IX – o número, as formas de provimento e a remuneração dos empregados públicos, bem como os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;

• X – as condições para que o consórcio público celebre contrato de gestão ou termo de parceria;

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• XI – a autorização para a gestão associada de serviços públicos, explicitando:

• a) as competências cujo exercício se transferiu ao consórcio público;

• b) os serviços públicos objeto da gestão associada e a área em que serão prestados;

• c) a autorização para licitar ou outorgar concessão, permissão ou autorização da prestação dos serviços;

• d) as condições a que deve obedecer o contrato de programa, no caso de a gestão associada envolver também a prestação de serviços por órgão ou entidade de um dos entes da Federação consorciados;

• e) os critérios técnicos para cálculo do valor das tarifas e de outros preços públicos, bem como para seu reajuste ou revisão; e

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• XII – o direito de qualquer dos contratantes, quando adimplente com suas obrigações, de exigir o pleno cumprimento das cláusulas do contrato de consórcio público.

• § 1o Para os fins do inciso III do caput deste artigo, considera-se como área de atuação do consórcio público, independentemente de figurar a União como consorciada, a que corresponde à soma dos territórios:

• I – dos Municípios, quando o consórcio público for constituído somente por Municípios ou por um Estado e Municípios com territórios nele contidos;

• II – dos Estados ou dos Estados e do Distrito Federal, quando o consórcio público for, respectivamente, constituído por mais de 1 (um) Estado ou por 1 (um) ou mais Estados e o Distrito Federal;

• III – (VETADO) • IV – dos Municípios e do Distrito Federal, quando o consórcio for

constituído pelo Distrito Federal e os Municípios; e • V – (VETADO)

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• § 2o O protocolo de intenções deve definir o número de votos que cada ente da Federação consorciado possui na assembléia geral, sendo assegurado 1 (um) voto a cada ente consorciado.

• § 3o É nula a cláusula do contrato de consórcio que preveja determinadas contribuições financeiras ou econômicas de ente da Federação ao consórcio público, salvo a doação, destinação ou cessão do uso de bens móveis ou imóveis e as transferências ou cessões de direitos operadas por força de gestão associada de serviços públicos.

• § 4o Os entes da Federação consorciados, ou os com eles conveniados, poderão ceder-lhe servidores, na forma e condições da legislação de cada um.

• § 5o O protocolo de intenções deverá ser publicado na imprensa oficial.

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• Art. 5o O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo de intenções.

• § 1o O contrato de consórcio público, caso assim preveja cláusula, pode ser celebrado por apenas 1 (uma) parcela dos entes da Federação que subscreveram o protocolo de intenções.

• § 2o A ratificação pode ser realizada com reserva que, aceita pelos demais entes subscritores, implicará consorciamento parcial ou condicional.

• § 3o A ratificação realizada após 2 (dois) anos da subscrição do protocolo de intenções dependerá de homologação da assembléia geral do consórcio público.

• § 4o É dispensado da ratificação prevista no caput deste artigo o ente da Federação que, antes de subscrever o protocolo de intenções, disciplinar por lei a sua participação no consórcio público.

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• Art. 6o O consórcio público adquirirá personalidade jurídica: • I – de direito público, no caso de constituir associação pública,

mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções;

• II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.

• § 1o O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados.

• § 2o No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado, o consórcio público observará as normas de direito público no que concerne à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.

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• Art. 7o Os estatutos disporão sobre a organização e o funcionamento de cada um dos órgãos constitutivos do consórcio público.

• Art. 8o Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público mediante contrato de rateio.

• § 1o O contrato de rateio será formalizado em cada exercício financeiro e seu prazo de vigência não será superior ao das dotações que o suportam, com exceção dos contratos que tenham por objeto exclusivamente projetos consistentes em programas e ações contemplados em plano plurianual ou a gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas ou outros preços públicos.

• § 2o É vedada a aplicação dos recursos entregues por meio de contrato de rateio para o atendimento de despesas genéricas, inclusive transferências ou operações de crédito.

• § 3o Os entes consorciados, isolados ou em conjunto, bem como o consórcio público, são partes legítimas para exigir o cumprimento das obrigações previstas no contrato de rateio.

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• § 4o Com o objetivo de permitir o atendimento dos dispositivos da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, o consórcio público deve fornecer as informações necessárias para que sejam consolidadas, nas contas dos entes consorciados, todas as despesas realizadas com os recursos entregues em virtude de contrato de rateio, de forma que possam ser contabilizadas nas contas de cada ente da Federação na conformidade dos elementos econômicos e das atividades ou projetos atendidos.

• § 5o Poderá ser excluído do consórcio público, após prévia suspensão, o ente consorciado que não consignar, em sua lei orçamentária ou em créditos adicionais, as dotações suficientes para suportar as despesas assumidas por meio de contrato de rateio.

• Art. 9o A execução das receitas e despesas do consórcio público deverá obedecer às normas de direito financeiro aplicáveis às entidades públicas.

• Parágrafo único. O consórcio público está sujeito à fiscalização contábil, operacional e patrimonial pelo Tribunal de Contas competente para apreciar as contas do Chefe do Poder Executivo representante legal do consórcio, inclusive quanto à legalidade, legitimidade e economicidade das despesas, atos, contratos e renúncia de receitas, sem prejuízo do controle externo a ser exercido em razão de cada um dos contratos de rateio.

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• Art. 10. (VETADO) • Parágrafo único. Os agentes públicos incumbidos da gestão de consórcio

não responderão pessoalmente pelas obrigações contraídas pelo consórcio público, mas responderão pelos atos praticados em desconformidade com a lei ou com as disposições dos respectivos estatutos.

• Art. 11. A retirada do ente da Federação do consórcio público dependerá de ato formal de seu representante na assembléia geral, na forma previamente disciplinada por lei.

• § 1o Os bens destinados ao consórcio público pelo consorciado que se retira somente serão revertidos ou retrocedidos no caso de expressa previsão no contrato de consórcio público ou no instrumento de transferência ou de alienação.

• § 2o A retirada ou a extinção do consórcio público não prejudicará as obrigações já constituídas, inclusive os contratos de programa, cuja extinção dependerá do prévio pagamento das indenizações eventualmente devidas.

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• Art. 12. A alteração ou a extinção de contrato de consórcio público dependerá de instrumento aprovado pela assembléia geral, ratificado mediante lei por todos os entes consorciados.

• § 1o Os bens, direitos, encargos e obrigações decorrentes da gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas ou outra espécie de preço público serão atribuídos aos titulares dos respectivos serviços.

• § 2o Até que haja decisão que indique os responsáveis por cada obrigação, os entes consorciados responderão solidariamente pelas obrigações remanescentes, garantindo o direito de regresso em face dos entes beneficiados ou dos que deram causa à obrigação.

• Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por contrato de programa, como condição de sua validade, as obrigações que um ente da Federação constituir para com outro ente da Federação ou para com consórcio público no âmbito de gestão associada em que haja a prestação de serviços públicos ou a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou de bens necessários à continuidade dos serviços transferidos.

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• § 1o O contrato de programa deverá: • I – atender à legislação de concessões e permissões de serviços públicos e,

especialmente no que se refere ao cálculo de tarifas e de outros preços públicos, à de regulação dos serviços a serem prestados; e

• II – prever procedimentos que garantam a transparência da gestão econômica e financeira de cada serviço em relação a cada um de seus titulares.

• § 2o No caso de a gestão associada originar a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos, o contrato de programa, sob pena de nulidade, deverá conter cláusulas que estabeleçam:

• I – os encargos transferidos e a responsabilidade subsidiária da entidade que os transferiu;

• II – as penalidades no caso de inadimplência em relação aos encargos transferidos; • III – o momento de transferência dos serviços e os deveres relativos a sua

continuidade;

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• IV – a indicação de quem arcará com o ônus e os passivos do pessoal transferido;

• V – a identificação dos bens que terão apenas a sua gestão e administração transferidas e o preço dos que sejam efetivamente alienados ao contratado;

• VI – o procedimento para o levantamento, cadastro e avaliação dos bens reversíveis que vierem a ser amortizados mediante receitas de § 3o É nula a cláusula de contrato de programa que atribuir ao contratado o exercício dos poderes de planejamento, regulação e fiscalização dos serviços por ele próprio prestados.

• § 4o O contrato de programa continuará vigente mesmo quando extinto o consórcio público ou o convênio de cooperação que autorizou a gestão associada de serviços públicos.

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• § 5o Mediante previsão do contrato de consórcio público, ou de convênio de cooperação, o contrato de programa poderá ser celebrado por entidades de direito público ou privado que integrem a administração indireta de qualquer dos entes da Federação consorciados ou conveniados.

• § 6o O contrato celebrado na forma prevista no § 5o deste artigo será automaticamente extinto no caso de o contratado não mais integrar a administração indireta do ente da Federação que autorizou a gestão associada de serviços públicos por meio de consórcio público ou de convênio de cooperação.

• § 7o Excluem-se do previsto no caput deste artigo as obrigações cujo descumprimento não acarrete qualquer ônus, inclusive financeiro, a ente da Federação ou a consórcio público.

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• Art. 14. A União poderá celebrar convênios com os consórcios públicos, com o objetivo de viabilizar a descentralização e a prestação de políticas públicas em escalas adequadas.

• Art. 15. No que não contrariar esta Lei, a organização e funcionamento dos consórcios públicos serão disciplinados pela legislação que rege as associações civis.

• Art. 16. O inciso IV do art. 41 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, passa a vigorar com a seguinte redação:

• "Art. 41. • IV – as autarquias, inclusive as associações públicas;

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• Art. 17. Os arts. 23, 24, 26 e 112 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, passam a vigorar com a seguinte redação:

• "Art. 23. ................................................................................... • ................................................................................................ • § 8o No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro dos valores mencionados

no caput deste artigo quando formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando formado por maior número." (NR)

• "Art. 24. ................................................................................... • ................................................................................................ • XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com

entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação.

• Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas." (NR)

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• "Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos.

• "Art. 112. ................................................................................ • § 1o Os consórcios públicos poderão realizar licitação da qual, nos

termos do edital, decorram contratos administrativos celebrados por órgãos ou entidades dos entes da Federação consorciados.

• § 2o É facultado à entidade interessada o acompanhamento da licitação e da execução do contrato." (NR)

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• Art. 18. O art. 10 da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, passa a vigorar acrescido dos seguintes incisos:

• "Art.10. ................................................................................... • ................................................................................................ • XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por

objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei;

• XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei." (NR)

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• Art. 19. O disposto nesta Lei não se aplica aos convênios de cooperação, contratos de programa para gestão associada de serviços públicos ou instrumentos congêneres, que tenham sido celebrados anteriormente a sua vigência.

• Art. 20. O Poder Executivo da União regulamentará o disposto nesta Lei, inclusive as normas gerais de contabilidade pública que serão observadas pelos consórcios públicos para que sua gestão financeira e orçamentária se realize na conformidade dos pressupostos da responsabilidade fiscal.

• Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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BEM PÚBLICO

• CONCEITO: artigo 98 do CC: “são bens públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencem.”

• Bens privados afetados (destinados) ao serviço público. Tais bens se prestam a uma atividade pública. Se isto ocorrer, tais bens estarão sujeitos ao regime jurídico dos bens públicos.

• DOMÍNIO PÚBLICO : “conjunto de bens móveis e imóveis destinados ao uso direto do Poder Público ou à utilização direta ou indireta da coletividade, regulamentados pela Administração e submetidos a regime de Direito Público.”

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DOMÍNIO EMINENTE

• Domínio Eminente - manifestação da soberania estatal.

• Neste caso, não há referência ao caráter patrimonial, mas político-soberano do Estado, que submete ao seu regime, nos termos da lei, todos os bens incluídos em seus limites territoriais.

• É uma manifestação do Poder de Império (jus imperii), onde se encontram inúmeros exemplos de tal manifestação: a obrigatoriedade da observância da função social da propriedade, limitações administrativas, desapropriação etc.

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DOMÍNIO EMINENTE

• O Domínio Eminente abrange as três categorias de bens:

• Bens Públicos; Bens Privados;

Bens não sujeitos ao Regime Normal da Propriedade, por exemplo, o espaço aéreo e as águas – denominados por alguns autores de adéspotas ou “Res Nullius”.

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CLASSIFICAÇÃO

• Quanto à Titularidade:

• Subdividem-se em Federais, Estaduais, Distritais e Municipais. O rol dos bens federais, bem como o dos estaduais estão presentes na Constituição da República, nos artigos 20 e 26, respectivamente.

Com relação aos bens distritais, faz-se uma analogia aos bens estatais.

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CLASSIFICAÇÃO

• . Quanto à Disponibilidade:

• a) Bens Indisponíveis; b) Bens Patrimoniais Indisponíveis; e c) Bens Patrimoniais Disponíveis.

• Bens Indisponíveis • Os Bens Indisponíveis não possuem caráter patrimonial, não

podendo o Poder Público, assim, dispor (alienar ou onerar) desses bens, nem desvirtuá-los de suas finalidades precípuas.

• São exemplos de Bens Indisponíveis os Bens de Uso Comum do Povo, como as praças, as não apresentam caráter patrimonial. Ressalte-se que esses bens conservam tal indisponibilidade até o momento em que mantiverem esta destinação.estradas, os rios e os mares.

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CLASSIFICAÇÃO

• Bens Patrimoniais Indisponíveis

• São patrimoniais porque suscetíveis de avaliação pecuniária.

• Mesmo que terceiros venham a usar tais bens, os mesmos continuarão indisponíveis enquanto estiverem afetados aos fins públicos.

• Como exemplos, apresentamos os Bens de Uso Especial, como um prédio público.

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CLASSIFICAÇÃO

• Bens Patrimoniais Disponíveis

• Estes bens, de caráter patrimonial, podem ser alienados, nos termos e condições estabelecidos em lei.

• O fato de serem disponíveis não implica a possibilidade de livre alienação; é isto sim, a disponibilidade dentro das condições legalmente fixadas.” (Estas condições são: licitação, avaliação prévia, e, no caso de bens imóveis, lei autorizativa)

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CLASSIFICAÇÃO

• Os Bens Patrimoniais Disponíveis são os Bens Dominicais em geral, porque nem se destinam ao público em geral, nem são utilizados para o desempenho normal das atividades administrativas.

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CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DESTINAÇÃO

• Bens de Uso Comum do Povo; Bens de Uso Especial; Bens Dominicais.

• Bens de Uso Comum do Povo

• São os que se destinam à utilização geral pelos indivíduos. São exemplos desses bens os mares, as praias, os rios, as estradas, as ruas e os logradouros públicos (Art.99, I, CC).

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Quanto à Destinação

• Bens de Uso Especial

• São aqueles que visam a execução dos serviços administrativos e dos serviços públicos em geral . São exemplos desses bens os edifícios públicos (escolas e hospitais), prédios do Executivo, Legislativo e Judiciário, cemitérios públicos, museus etc.

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Quanto à Destinação

• Bens Dominicais

• A noção de bens dominicais é residual, uma vez que nessa categoria se situam todos os bens que não se caracterizem como de uso comum do povo ou de uso especial.

• São bens dominicais as terras sem destinação específica: terras devolutas, os bens móveis inservíveis, os prédios públicos desativados.

• Observe-se que o novo Código Civil já dispõe que os bens dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei (art. 101, CC).

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AFETAÇÃO E DESAFETAÇÃO

• Quando se fala em afetação e desafetação, o que se tem por

objetivo é perscrutar os fins a que se destinam quando da utilização de um bem público. Se um bem está sendo utilizado para determinado fim público, diz-se que ele afetado a determinado fim.

• Se, pelo contrário, o bem está desafetado, significa que este bem não está sendo usado para nenhum fim público.

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Regime Jurídico

• Alienabilidade Condicionada

• É a expressão mais adequada uma vez que, em determinados casos, observados os ditames legais, haverá a possibilidade de se alienarem bem públicos.

• O fundamento legal do atributo em comento é encontrado nos artigos 100 e 101 do Código Civil.

• Impenhorabilidade

• A impenhorabilidade nada mais é do que a outra face da inalienabilidade (relativa), e tem fundamento constitucional – art. 100, CR/88.

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Regime Jurídico

• Imprescritibilidade (Imprescritibilidade Aquisitiva)

• Os bens públicos são insuscetíveis de aquisição mediante usucapião, seja qual for a categoria do bem. Até mesmo os bens dominicais, como por exemplo, as terras devolutas são imprescritíveis.

• Não-Onerabilidade

• Os bens públicos não podem ser gravados como direitos reais em garantia em favor de terceiros.

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Uso dos Bens Públicos

• Algumas formas de utilização independem de consentimento

do Poder Público, porque o uso é normal (e.g. bens públicos de uso comum do povo). Quando se trata de uso anormal, ou extraordinário, necessária será a autorização estatal para que o uso seja considerado legítimo.

• Uso Privativo

• é o que a Administração Pública confere, mediante título jurídico individual, a pessoa ou grupo de pessoas determinadas, para que o exerçam, com exclusividade, sobre parcela de bem público

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AQUISIÇÃO

• Há inúmeras formas pelas quais o Estado adquire

bens.

1-Contratos 2-Usucapião,

3-Desapropriação; 4- Acessão: tudo o que aderir à propriedade passa pertencer ao proprietário; 5- Arrematação: meio de aquisição de bens através da alienação de bem penhorado, em processo de execução.

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Uso Privativo de Bem Público

• Quanto às formas, temos:

• a autorização de uso,

• a permissão de uso,

• a concessão de uso,

• a concessão de direito real de uso,

• a concessão de uso especial para fins de moradia

• a gestão de uso.

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Autorização de Uso

• Autorização de uso é o ato administrativo unilateral e

discricionário, pelo qual a Administração consente, a título precário, que o particular se utilize de bem público com exclusividade.

• Trata-se, ainda, de ato precário, ou seja, revogável a qualquer tempo, de acordo com o interesse público regente, e pode, ainda, ser gratuita ou onerosa.

• A autorização de uso atende precipuamente ao interesse do particular beneficiário da autorização, sendo que tal autorização reveste-se de maior precariedade do que a permissão e a concessão.

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Permissão de Uso

• Trata-se de ato administrativo unilateral,

discricionário e precário, gratuito ou oneroso, pelo qual a Administração Pública faculta a utilização privativa de bem público, para fins de interesse público, podendo tal permissão recair sobre bens públicos de qualquer espécie.

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Concessão de Uso

• É o contrato administrativo pelo qual o Poder Público

confere a pessoa determinada o uso privativo de bem público, independentemente do maior ou menor interesse público da pessoa concedente.

• A concessão é empregada nos casos em que a utilização do bem público objetiva o exercício de atividades de utilidade pública de maior vulto.

• Aqui, não há que se falar em precariedade. Assim, inexistindo qualquer razão relevante, o contrato executar-se-á no tempo previamente ajustado entre as partes.

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Concessão de Uso

• necessidade de licitação em casos de concessão, nos termos do artigo 2º da Lei 8.666/93.

• Duas espécies de concessão de uso: concessão remunerada e concessão gratuita de uso de bem público.

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Concessão de Direito Real de Uso

• art.7º do Dec.-lei 271/67

• “Concessão de direito real de uso é o contrato administrativo pelo qual o Poder Público confere ao particular o direito real resolúvel de uso de terreno público para os fins que, prévia e determinadamente, o justificaram.

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DIFERENÇAS

• As diferenças entre a Concessão de Direito Real de Uso e a Concessão de Uso são:

• - Concessão de Uso: instaura relação jurídica de caráter pessoal, tendo as partes relação meramente obrigacional; nem sempre os fins são públicos, como os especificados abaixo;

• - Concessão de Direito Real de Uso: é outorgado ao concessionário um direito real; os fins são previamente fixados na lei reguladora, destinando-se à urbanização, edificação, industrialização, cultivo ou a qualquer outro que traduza interesse social.

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Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia MP 2220/01

• Pelo fato de os imóveis públicos não serem suscetíveis de usucapião (art.183, par.3º), sentiu-se a necessidade de adotar para eles um instrumento similar à usucapião, sempre tendo por escopo atender às necessidades reclamadas pela política urbana.

• Nesse contexto foi instituída a concessão de Uso Especial para Fins de Moradia, disciplinada pela Medida Provisória nº2.220/2001.

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Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia

• Os pressupostos são:

a) posse por 5 anos até 30/06/2001; b) posse ininterrupta e pacífica; c) imóvel urbano público de até 250 metros

quadrados d) uso do terreno para fins de moradia do possuidor ou de sua família; e e) não ter o possuidor a propriedade de outro imóvel urbano ou rural.

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Cessão de uso

• Entende-se por cessão de uso a utilização especial em que o Poder Público permite, de forma gratuita, o uso de bem público por órgãos da mesma pessoa ou de pessoa diversa, com o propósito de desenvolver atividades benéficas para a coletividade, com fundamento na cooperação entre as entidades públicas.

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USO DE BEM PÚBLICO

• Formas de Direito Privado

• Naturalmente, o Poder Público deve buscar preferencialmente, a adoção das formas regidas pelo Direito Público, já que o uso incide sobre bens do domínio público.

• Entretanto, nada impede que convivam, lado a lado, institutos de direito privado e de direito público, sendo aqueles utilizados em casos excepcionais, de acordo, em ambos os casos, com os imperativos do interesse público.

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USO DE BEM PÚBLICO

• A utilização privativa dos bens de uso comum do povo e dos bens de uso especial só pode se consentida por título de direito público (autorização, permissão e concessão), já a utilização dos bens dominicais pode ser outorgada quer por instrumento público, quer por instrumentos de direito civil, estes últimos sob influxos de normas de direito público.

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INSTITUTOS DE DIREITO PRIVADO

• Eis alguns institutos de direito privado: contrato de locação,

• arrendamento,

• aforamento (ou enfiteuse),

• cessão,

• concessão de direito real de uso

• permissão de uso.

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ALIENAÇÃO

• Tem-se a alienação de bem público com a

transferência de sua propriedade a terceiros, observadas as exigências legais e o respectivo interesse público.

• Se os bens a serem alienados estiverem sob o manto de “uso comum do povo” ou de “uso especial”, devem ser previamente desafetados, a fim de se qualificarem como dominicais, e assim o sendo, poderão ser alienados, observadas as normas traçadas pela lei.

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VENDA

• A venda de bens públicos imóveis exige como

requisitos: a) autorização legislativa específica e que, eventualmente, se necessário, desafete o bem; b)interesse público devidamente justificado; c) avaliação prévia; e d) licitação, na modalidade de concorrência, como regra geral.

• No tocante aos bens móveis, todos os requisitos acima são exigidos, menos a autorização legislativa.

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DOAÇÃO

• A doação de um bem público, naturalmente, é medida excepcional, visto que, se um dos atributos dos bens públicos é a inalienabilidade relativa, muito maior rigor será exigido quanto à doação, que poderá implicar, de certa forma, e em alguns casos, um grave risco de ruína do patrimônio público.

• De qualquer maneira, os requisitos para a doação de bem público são: autorização legal, avaliação prévia e interesse público justificado.

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PERMUTA

• Permuta pode ser definida, simplesmente, como a troca de bens. Os requisitos são: autorização legal, avaliação prévia dos bens a serem permutados e o interesse público.

• A permuta é regulada pela Lei nº 8666/93:

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DAÇÃO EM PAGAMENTO

• Ocorre dação em pagamento quando o credor

consente em receber prestação diversa da que lhe é devida (art.356, CC).

• Os requisitos para a dação em pagamento são: autorização legal, avaliação prévia do bem público a ser transferido e o interesse público.

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MODALIDADES DE INTERVENÇÃO

• intervenções restritas -

• 1) SERVIDÃO ADMINISTRATIVA: art. 40 do DL 3365/41 ( genérico) - Direito real público

• FORMAS DE INSTITUIÇÃO: Por acordo, por escritura pública e por sentença judicial –art. 40 do DL 3365/41

• 2) REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA – Utiliza BENS MÓVEIS, IMÓVEIS E SERVIÇOS PARTICULARES, diante de uma situação de perigo público iminente.

• Art. 5 XXV da CF, art.1228 § 3 do CC e art. 15 XIII da Lei 8080/90

• 3) OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA -usa transitoriamente imóveis privados com meio de apoio à execução de obras e serviços públicos.

• Fundamento legal – art. 36 do DL 3365/41

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• LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA – São determinações de caráter geral, Obrigações positivas, negativas ou permissivas

• Ex; art. 182 § 4 da CF – edificação e parcelamento, limpeza de terreno

• TOMBAMENTO –

• . Busca preservar a memória nacional.

• A CF previu essa forma de proteção – art. 216 § 1

• Diploma regulador – DL. 25/37

• CLASSIFICAÇÃO DO TOMBAMENTO.

• a)Tombamento de ofício

• b) Tombamento voluntário

• c)Tombamento compulsório

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• CLASSIFICAÇÃO QUANTO À EFICÁCIA

• a) provisório – com a simples notificação ao proprietário - uma medida assecuratória de preservação do bem. (inf. 152 do STJ).

• b) definitivo – quando escrito no livro tombo

• EFEITOS DO TOMBAMENTO PARA:

• O Proprietário do bem – dever de manter as características originais – arts 17 e 22.

• O poder público – Dever de conservar o bem. Dever específico e maior de vigilância e fiscalização sobre o bem.

• Para terceiros – Art. 18 –

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• DESAPROPRIAÇÃO

• Procedimento de direito público onde o Estado transfere para si propriedade de terceiro, por razões de utilidade ou interesse social, normalmente mediante o pagamento de indenização.

• Forma drástica de intervenção do Estado na propriedade privada.

• São quatro espécies:

• 1- DESAPROPRIAÇÃO ORDINÁRIA OU COMUM.

• Fonte Primeira – art. 5 XXIV da CF – a chamada Desapropriação Ordinária ou Comum.

• Indenização – prévia, justa e em dinheiro

• Existem duas leis regulamentadoras: DL 3365/41 e Lei 4132/62

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• DESAPROPRIAÇÃO URBANÍSTICA SANCIONATÓRIA – art. 182 § 4 III da CF e art.8 da lei 10257/01 – Estatuto da Cidade

• Quando não atende as exigências expressas no Plano Diretor – art. 39 e segs do Estatuto.

• COMPETÊNCIA: M e DF (art. 32 § 1 da CF)

• Indenização – em títulos da dívida pública, resgatáveis em até 10 anos – Por se tratar de sanção, não há indenização.

• Art. 8 § 2 do Estatuto – assegurado o valor real da indenização e juros legais de 6 % ao ano.

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• Uma vez expressada a vontade administrativa surgem alguns efeitos:

• a) Permissão de acesso das autoridades – art. 7 DL 3365/41

• b)Fixa o estado do bem - art. 26 § 1 do DL 3365/41 e Súmula 23 do STF – construção feita após a declaração.

• c) início da contagem do prazo de caducidade do ato –

• DL 3365/41- 5 anos ( art. 10 )

• lei 4132/62 – 2 anos ( art. 3)

• Prazo de vacância ou carência – só depois de 1 ano pode o mesmo bem ser objeto de nova declaração – caducidade temporária

• A lei 4132/62 nada fala sobre o prazo de vacância - caso de omissão o art. 5 da lei 4132/62 mandar usar o DL 3365/41.

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• FASE EXECUTÓRIA

• Quem pode? Art. 3 do DL 3365/41 –

• Formalização da fase executória:

• a) por acordo –

• b) Por sentença judicial-

• No pólo ativo da Ação de desapropriação sempre as pessoas do art. 2 – entes federados e também os do art. 3 do DL 3365/41, que possuem legitimidade condicionada – lei ou contrato autorizando.

• Art. 20 – Contestação – deve versar apenas sobre vícios do processo judicial ( preliminar – matérias contidas no 267 do CPC) e no mérito – impugnação do preço da indenização, se é justo ou não.

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• IMISSÃO PROVISÓRIA NA POSSE – art. 15 do DL 3365/ 41 –

• Situação onde o expropriante passa a ter posse provisória do bem antes da finalização da ação expropriatória.

• Requisitos exigidos pelo STF :

• a)Declaração de urgência - 120 dias para requerer a imissão na posse, após a declaração de urgência

• Depósito prévio do valor de acordo com a lei - Art. 15 § 1 – critérios para determinar o valor a ser depositado. (valor venal do bem ou aproximadamente o valor ofertado)

• STF - Súmula 652 – o artigo é constitucional – afastou o depósito prévio integral.

• Levantamento do depósito prévio - poderá o proprietário levantar 80 % do valor depositado. Art. 33§ 2 do DL , sem precatório

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• JUROS MORATÓRIOS – 6 % ao ano - INF. 240 STF

• Pagos em decorrência da demora no pagamento da indenização.

• Base de cálculo é o valor da indenização fixado na sentença e devidamente corrigido.

• Contagem: Art. 100 § 5da CF – não incidem juros de mora sobre os precatórios pagos dentro do período descrito.

• Súmula vinculante 17

• Para as pessoas privadas prestadoras de serviço público a contagem inicia-se com o trânsito em julgado da sentença – súmula 70 do STJ

• Para as pessoas de direito público – regra do art. 100§ 5da CF – prejudicada a súmula 70

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• JUROS COMPENSATÓRIOS

• São devidos pelo expropriante a título de compensação pela ocorrência de imissão provisória na posse.

• Incidem, conforme art. 100 § 12, a partir da imissão até a data da expedição do precatório. (EC 62/09)

• Pela Sumula 618 do STF a base era de 12% ao ano.

• Depois, pelo art. 15 A do DL 3365/41 passou a ser 6% ao ano, mas esse percentual foi suspenso em decisão cautelar na ADI 2332-DF – inf 240 do STF.

• Usar a regra da Súmula 408 do STJ – juros de 6% para as desapropriações em que a imissão ocorreu entre 11/06/97 até 13/09/01. Nos demais casos usar o percentual de 12%, uma vez que o STF restabeleceu o percentual previsto na súmula 618.

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• DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA

• Quando ocorre um verdadeiro esbulho possessório praticado pelo Poder Público. Uma expropriação às avessas. Quando não há um processo regular de desapropriação para que o Estado possa ocupar o bem pertencente ao particular.

• O STJ caracteriza a desapropriação indireta com a presença de três requisitos:

• a) Apossamento do bem sem a observância do procedimento regular da desapropriação;

• b) Afetação do bem à utilização pública;

• c) Irreversibilidade da situação fática

• O que pode fazer o proprietário?

• Antes -utilizar das medidas possessórias. Após o esbulho –art. 35 do DL 3365/41,

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• COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DA AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA

• LOCAL DA SITUAÇÃO DO IMÓVEL – art. 95 do CPC.

• INDENIZAÇÃO –Pagamento sujeito a regime de precatório.

• Prescrição - inf. 217 do STF – o art. 10 parágrafo único do DL 3365 de 41 estabelecia o prazo de 5 anos. Teve sua eficácia suspensa pela ADI 2260. Esta ação acabou extinta pelas inúmeras alterações no dispositivo. Prevalece, então, a Súmula 119 do STJ – prazo de 20 anos.

• Atenção!!! Hoje o prazo estabelecido para aquisição da propriedade por usucapião é de 15 anos com base no art. 1238CC.

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• TREDESTINAÇÃO, DESDESTINAÇÃO E ADESTINAÇÃO

• TREDESTINAÇÃO – quando não for dada a destinação prevista no ato declaratório.

• A tredestinação poderá ser lícita, se a finalidade apesar de diversa do decreto expropriatório estiver dentro do interesse público.

• Contudo, caso haja desvio de finalidade, ou seja, não foi dada uma a finalidade de interesse público ao bem, ocorrerá a chamada tredestinação ilícita, cabendo retrocessão.

• A retrocessão no direito brasileiro está disciplinada no art. 519 do CC, havendo desvio de finalidade cabe direito de preferência ao expropriado.

• Natureza jurídica da retrocessão:Direito real - Prazo 10 anos –art. 205 do CC

• Direito pessoal – O proprietário teve seu direito de preferência inobservado. Art. 35 do DL 3365/41. Prazo 5 anos – DL 20910/32

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• Atenção quanto ao art. 5§3 do DL 3365/41 – não pode o Poder Público dar outra destinação ao bem, mesmo se for pública. Caso ocorra a tredestinação, mesmo que lícita deve a desapropriação ser anulada. Não cabe retrocessão porque a lei veda.

• DESDESTINAÇÃO – quando há a desafetação do bem desapropriado, é despojado do caráter público.

• ADESTINAÇÃO – Quando não há a destinação do bem à finalidade que se previu no decreto expropriatório.

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• DIREITO DE EXTENSÃO – a desapropriação poderá ser total ou parcial Quando há uma desapropriação parcial a parte não expropriada não será indenizada.Caso haja perda do seu poder econômico, o proprietário poderá exigir a indenização e que a desapropriação alcance todo o bem.

• Não há previsão desse direito de extensão no DL 3365/41, nem na lei 4132/62. Assim, alguns autores dizem que essa área remanescente poderia ser indenizada a título de compensação, não com direito de extensão.

• O melhor entendimento é que continua em vigor o direito de extensão. Uma vez que o antigo decreto 4956/1903, em seu art. 12 regulava tal questão.

• Continua valendo porque o DL. 3365/41 só revogou as disposições em contrário, não revogando expressamente o D. 4956/1903.

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• Desapropriação por zona – Quando há desapropriação de uma área maior que a necessária para a realização de uma obra ou serviço. Reservada para ulterior desenvolvimento da obra ou para revendê-la a fim de absorver a valorização extraordinária.

• Em qualquer caso pelo art. 4 do DL 3365/41 a declaração de utilidade deverá especificar a área que será utilizada para a obra ou serviço e qual será destinada a revenda para ulterior desenvolvimento da obra. Quanto a revenda seria inconstitucional porque a CF prevê em seu art. 145 III a contribuição de melhoria, para captar a valorização do bem pela realização da obra pública. Poderia no caso do at. 5, i §§ 1 e 2 do DL – para operação urbanística.

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DIREITO ADMINISTRATIVO CLAUDIA MOLINARO

• CONTROLE DO ESTADO

• O controle do Estado pode ocorrer de duas formas:

• Controle da Atividade Política e da Atividade Administrativa

• Controle da atividade política - nasce da Teoria da Separação de Poderes, tendo como objetivo o equlíbrio entre os Poderes - art. 2 da CF.

• Controle da Administração - ocorrerá o controle da atividade administrativa, sendo direcionado, portanto, aos setores que praticam tais atividades. Controle esse mais amplo, uma vez que recai sobre todas as esferas de Poderes. (preponderância e não de exclusividade)

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• CLASSIFICAÇÃO -

• 1- QUANTO AO ÓRGÃO CONTROLADOR

• O controle pode ser pelo: Legislativo, Judiciário, Executivo

• CONTROLE DO PODER LEGISLATIVO: em face dos demais poderes e sobre sua própria administração. Realiza-se tanto no aspecto político poder convocatório – art. 50 § 2 da CF, poder de sustação, art. 49, V da CF e CPI’s art 58§3 da CF – atuação investigatória, não tem natureza sancionatória, suas conclusões são remetidas aos órgãos responsáveis pelas providências cabíveis.

• Quanto administrativo - Controle financeiro. Cuida da gestão do dinheiro público. Conta com importantes instrumentos – Casa legislativa com auxílio do TC- art. 71 da CF - poder de fiscalização

• ASPECTOS CONTROLADOS: art. 70 caput: Legalidade em sentido amplo- moralidade e Economicidade.

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• CONTROLE JUDICIAL

• O Poder Judiciário ao realizar sua atividade judicante e mediante provocação, também exerce controle sobre atos administrativos do Executivo, do Legislativo e, também, sobre seus próprios atos, quando realiza atividades administrativas.Controle apenas sobre o prisma da legalidade em sentido amplo. As ações judiciais podem ser utilizadas para deflagar esse meio de controle.

• AÇÕES ORDINÁRIAS

• MS – INDIV E COLET – ART. 5 LXIX E LXX DA CF

• ACP – LEI 7347/85

• AP – ART. 5 LXXIII DA CF E LEI 4717/65

• HC – ART. 5 LXVIII

• HD – AR. 5 LXXII

• MI – ART. 5 L XXI

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• CONTROLE ADMINISTRATIVO – EXECUTIVO

• É aquele que se origina da própria Administração e consiste na possibilidade de controlar e rever seus próprios atos.

• Definido como auto-tutela. Súmulas 346 e 473 do STF.

• Através da anulação, quando ilegais ou via revogação, quando inconvenientes.

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• 2- QUANTO A EXTENSÃO DO CONTROLE

• Controle interno: o órgão que vai exercer o controle pertence a mesma estrutura do órgão que editou o ato. Ex: controle realizado pelo Poder Executivo sobre seus serviços e agentes, controle exercido pelos Ministérios sobre os departamentos internos que o compõe. Tb controle interno da Corregedorias sobres os sevidores do Judiciário. Não necessita de lei expressa pq a CF prevê em seu art .74 que os poderes devem realizar controle interno.

• Controle externo: realizado por órgão estranho à Administração responsável pelo ato controlado. O órgão que vai exercer o controle não pertence a mesma estrutura do órgão que editou o ato.Ex: apreciação de contas pelo TC, anulação de ato administrativo por decisão judicial.

• Também pode ocorrer controle externo popular - quando o cidadão questiona a legalidade de determinado ato.

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• 3-QUANTO A NATUREZA DO CONTROLE: o fato que gera o controle em si. Arts 51/53 da lei 5427/09

• CONTROLE DA LEGALIDADE - verifica unicamente a conformação do ato ou procedimento administrativo com as normas legais e constitucionais que o regem. Esse controle pode ser exercido pela Administração ( de ofício ou mediante recurso) pelo Legislativo ( casos expressos na CF arts 71 a 74 e 161 - controle em matéria contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial) e pelo Judiciário ( através da ação adequada).

• Nesse controle o ato que não está em acordo com a lei será invalidado.

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• LIMITAÇÕES AO DEVER DE INVALIDAR

• Decurso do tempo – estabiliza situações fáticas transformando-as em situações jurídicas. Resgata o princípio da segurança jurídica evitando a instabilidade das relações jurídicas que geram temores e incertezas – art.54 da lei 9784/99 e art. 53 da lei 5427/09 – prazo de 5 anos

• Consolidação dos efeitos – Quando as consequências jurídicas do ato gerarem tal consolidação fática que a manutenção do ato atenderá mais ao interesse público do que a invalidação.TEORIA DO FATO CONSUMADO.

• Obs: art 53§3 - modulação de efeito de uma decisão administrativa - por razão de interesse público, segurança jurídica – restringe os efeitos da declaração de nulidade de ato administrativo ou decidir que ela só tenha efeito a a partir de determinado momento a ser fixado.

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• CONTROLE DE MÉRITO –

• Representa controle de conveniência e oportunidade do ato, atingindo diretamente a discricionariedade do administrador. Como diz respeito ao juízo de valor do agente público, deve ser realizado pela própria administração, não se admitindo essa revisão pelo Poder Judiciário, para não violar o princípio da separação dos poderes.

• Contudo, hoje há a possibilidade de um controle de princípios constitucionais como os da razoabilidade e da proporcionalidade, que estão implícitos na CF. Apesar de ser um controle de legalidade é possível reconhecer que tais princípios limitam a liberdade do Administrador e, que por vias tortas acaba por atingir o mérito.

• Discussão realizada na ADPF 45 - STF reconheceu a possibilidade do Poder Judiciário controlar a escolha e aplicação de políticas públicas.

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• MEIOS DE CONTROLE - Quanto a hierarquia

• a)fiscalização hierárquica

• Também denominada hierarquia orgânica. Realizada pelos órgãos superiores sobre os inferiores da mesma Administração, visando coordenar, orientar, corrigir suas atividades. Tem como fundamento o exercício do Poder Hierárquico. Hierarquia inerente a organização administrativa.

• b)supervisão ministerial – art. 4.pu e 26 do DL 200/67

• Meio atenuado de controle, pq não se fundamenta na hierarquia, mas sim no controle finalístico. Aplicável as entidades da AI vinculadas a um Ministério da AD, conforme finalidade determinada no momento da sua criação, para não suprimir suas autonomias administrativas e financeiras Ex: Ministro supervisor não é autoridade competente para conhecer recurso contra ato de autoridade das pjs da AI, pois estas pessoas são distintas e não há hierarquia entre elas. (Não recurso hierárquico impróprio)

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• RECURSOS ADMINISTRATIVOS –

• Natureza jurídica - meio formal de impugnação de atos e comportamentos da Administração, pelo qual o interessado postula junto aos órgãos administrativos o reexame de determinado ato administrativo.

• Tem que ser por petição escrita, identificando claramente o ato cuja reforma se pretende com o recurso e devidamente protocolada na repartição administrativa. Sujeito ao princípio da publicidade e do formalismo – garantia para a Administração e para o particular.

• Outro elemento importante – inconformismo – fundamento da via recursal é a contrariedade do ato. O recurso vai percorrer toda a hierarquia orgânica da Administração e dentro desta o pedido é resolvido, sem a ingerência do Judiciário. A solução se exaure na via administrativa.

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• FUNDAMENTO DOS RECURSOS

• 1-Sistema de hierarquia orgânica

• 2-Exercício de petição – art. 5 XXXIV, a da CF

• 3-Garantia do contraditório e ampla defesa – art. 5 LV da CF

• EFEITOS DOS RECURSOS - Normalmente o efeito é devolutivo, mas poderá ganhar efeito suspensivo – art. 58 p.u da lei 5427/09.

• GARANTIA DE DEPÓSITO – Súm. 64 do TJ / RJ – arts. 56§2 da lei 9784/99 e art. 54 p.u da lei 5427/09 - A lei poderá exigir. Mas, para o STF é inconstitucional a exigência de depósito prévio como condição de procedibilidade, vulnera o art. 5 LV, XXXIV, a da CF, direito de petição independente do pagamento de taxas.

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• ESPÉCIES DE PETIÇÕES

• RECONSIDERAÇÃO – Recurso dirigido a mesma autoridade administrativa que editou o ato, que proferiu a decisão, objeto do recurso.

• Prazo: 1 ano se não houver na lei prazo diferente – analogia a reclamação

• Não suspende nem interrompe a prescrição, bem como não altera o prazo para interposição de um recurso hierárquico.

• Súmula 430 do STF – não interrompe o prazo para o MS.

• Ex: art. 109 III da lei de Lic e art. 106 da lei 8112/90.

• Atenção!!! Art. 56§1 da lei 9784/99 e art. 57§1 da lei 5427/09 – mesmo que não se faça um pedido expresso, antes de encaminhar à autoridade competente para conhecer do recurso hierárquico, pode a autoridade que editou o ato modificar, fundamentadamente, a sua decisão no pz de 5 dias, não o fazendo deverá encaminhar o processo.

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• REPRESENTAÇÃO – Quando o recorrente denuncia irregularidades, ilegalidades ou condutas abusivas praticadas pelos agentes administrativos, perante a própria Administração.

• Postula-se a apuração e regularização dessas situações.

• Pode ser utilizado por qualquer pessoa, não necessita ter interesse direto, não se vinculará ao processo administrativo que possa vir a ser deflagrado pela sua representação.

• A própria petição ( por escrito e assinada) é o instrumento que irá instaurar o Processo Administrativo a fim de apurar a situação informada – dever agir da Administração. Caso nada seja comprovado arquiva-se.

• Ex: art. 74§ 2 da CF e art. 14 da lei 8429/92

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• RECLAMAÇÃO- Busca o reconhecimento de um direito ou correção de um ato que lhe cause lesão ou ameaça de lesão. Quando o interessado postula a correção de um ato que lhe prejudicou. Ele é o próprio interessado na correção do ato.

• Prazo : 1 ano – DL 20910/32

• REVISÃO- Recurso Incidental – petição utilizada contra uma decisão que implique uma sanção. O interessado vai pedir a reapreciação de determinada decisão proferida em processo administrativo. Busca revisão de um ato decisório. Muito usado por servidores públicos. Para tanto necessita de fato novo, a fim de que a Administração se conduza a solução diferente. Por isso enseja um novo processo, que tramita em apenso ao anterior. art. 174 ao 182 da Lei 8112/90. Obs: art 65 parágrafo único da lei 9784/99 e da lei 5427/09.

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• RECURSOS HIERÁRQUICOS: PODEM SER PRÓPRIOS E IMPRÓPRIOS

• 1-PRÓPRIOS

• Quando dirigido a autoridade administrativa superior pertencente a mesma estrutura daquela que editou o ato.

• Tramitam na via interna – recurso natural, inerente a hierarquia orgânica e independe de previsão legal.

• EX: recorre de um ato de um diretor de divisão para o diretor do departamento geral

• 2- IMPRÓPRIOS

• Quando dirigido a autoridade administrativa que não tenha relação de subordinação com aquela que proferiu o ato. A autoridade que irá receber o recurso não pertence a mesma estrutura orgânica. Por isso há necessidade de lei prevendo.

• Ex: DL 3866/41 e art. 66 da lei 5427/09 (motivo de ilegalidade – repercussão geral)

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• PRESCRIÇÃO ADMINISTRATIVA - Escoamento de prazo para interposição do recurso no âmbito administrativo ou também para manifestação da própria administração sobre a conduta de seus servidores ou sobre direito e obrigações dos particulares com o Poder Público.

• Fundamento: princípio da segurança jurídica e da estabilidade das seguranças jurídicas.

• Prazo – 5 anos – art. 54 da lei 9784/99 e art.53 da lei 5427/09

• PRAZO EXTINTIVO PARA AOS ADMINISTRADOS -Pretensões e manifestações dos particulares na via administrativa

• Art. 60 da lei 5427/09 – decisão final – 15 dias, interlocutória – 5 dias

• Reclamação – 1 ano – art. 6 do DL 20910/32.No prazo de 5 anos poderá propor ação judicial – art. 1 do DL 20910/32 ( ações pessoais) 10 anos reais ( art. 205 do CC)

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• PROCESSO ADMINISTRATIVO

• Processo indica uma atividade para frente, voltada a um determinado objetivo.

• Procedimento já é o processo em sua dinâmica, uma sequência ordenada de atos. ( atos e comportamentos de seus integrantes apresentados em um sequência ordenada)

• Categorias: de acordo com a função estatal exercida.

• Processo Judicial – função jurisdicional

• Processo Legislativo – função legisferante

• Processo Administrativo – objetivo final: prática de um ato administrativo

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• Diferenças entre processo judicial e administrativo

• PJ : relação trilateral: Juiz, autor e réu

• PA: relação bilateral: Estado e administrado – Os conflitos são decididos pela própria Administração que tem posição de parte e também julgador. Em compensação suas decisões podem ser impugnadas na via judicial, onde o Estado atuará com imparcialidade e equidistância dos interesses das partes.

• No Processo Judicial ocorrerá uma decisão imodificável e definitiva, já em âmbito administrativo a coisa julgada não é absoluta podendo ser hostilizada no Judiciário.

• Leis : 9784/99 (Federal) e 5427/09 (Estadual) – (normas sobre atos e processos administrativos)

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• Princípios : art. 2 da lei 5427/09

• Princípio do Devido Processo Legal – O mais relevante quando se examina a

relação jurídica entre o Estado e administrado. Postulado inerente ao Estado Democrático de Direito, situação onde o Estado sabe que se de um lado cria direitos tem o dever de se submeter a eles. Lei, portanto, é o limite de atuação estatal e de toda sociedade.

• Processo administrativo deve respeitar todas as normas legais que o regulam – P. da legalidade – “O Estado deve prostrar-se como servo da lei” - Art: 5 LIV da CF e art. 2§1, I da Lei 5427/09

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• Princípio Oficilalidade – A iniciativa da instauração e desenvolvimento do processo administrativo – “impulsão de ofício, sem prejuízo da provocação”- art. 2 § 1, V da CF c/c art. 5 da lei 5427/09

• Princípio do Contraditório e Ampla Defesa – Refere-se ao direito de resposta – impugnação, contestação, produção de provas, acompanhamento dos atos processuais, interposição de recursos – art. 3 II da lei 5427/09 e art LV da CF.

• Princípio da Publicidade: Dever do Estado em dar a maior divulgação possível de seus atos, dever de transparência das atividades administrativas. Ligado ao princípio da informação – art. 5 XXXIII e XXXIV b da CF. ( salvo quando há imposição de sigilo) art 2 §1 VII da Lei 5427/09

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• Princípio do Informalismo Procedimental – No direito brasileiro não há uma sistematização uniforme. Regras , prazos, competência estão espalhados em vários diplomas legais, por isso não há uma rigidez absoluta, mas a Administração deve atender a todos os princípios e regras gerais. Art. 19 da lei 5427/09.

• Princípio da Verdade Material – permite a Administração perseguir a verdade real, aquela que resulta dos fatos que a constituíram. Diferente do Processo Judicial onde prevalece o P. da Verdade Formal – pq o Juiz se limita a decidir conforme as provas produzidas no processo. Pode o administrador buscar provas para chegar a sua conclusão ( busca de documentos, comparecer aos locais, inspecionar bens, colher depoimentos).

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• CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO OBJETO:

• O processo pode ser:

• a) de mera tramitação – formalização de suas rotinas administrativas, já que todo é devidamente protocolizado em repartição pública.

• Ex: comunicações internas entre os órgãos, planejamento de serviços...

• b) objeto contratual – Administração quer celebrar contrato com terceiro para aquisição de bens, realização de obras, execução de serviços... Art. 37 XXI da CF e Lei 8666/93 – Licitação

• c) de outorga de direitos – Administração atende ao pedido do interessado conferindo-lhe um direito – atos de consentimentos estatais – autorizações, permissões, licenças.

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• Princípio com objeto de controle – visa a prática de um ato administrativo que espelhe o resultado de um controle.

• Ex: Controle sobre as contas dos administradores – controle interno e externo.O ato final pode ser de aprovação ou rejeição dessas contas;

• Ex: processo de avaliação da conduta funcional do servidor público;

• Ex: Também conduta de terceiros.

• Todos esse processos podem, eventualmente, provocar a instauração de um processo com objeto diverso.

• Com objeto Punitivo – com objetivo de averiguar as situações irregulares ou ilegais e quando for o caso, aplicação de sanção.

• Ex: de Processo com objeto punitivo interno: PAD – Estado e servidor e também externo – relação entre o Estado e o administrado : Cassação de uma licença.

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• Processo com objeto revisional

• Quando há a interposição de um recurso administrativo. Neste a Administração vai examinar a pretensão do recorrente que é a revisão de certo ato ou conduta administrativa. Poderá rever ou manter o ato.

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LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.

• Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. ( AGENTES PASSIVOS PRINCIPAIS)

• Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. ( AGENTES PASSIVOS SECUNDÁRIOS)

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LEI 8429/92

• Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

• Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

• Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.

• Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

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LEI 8429/92

• Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.

• Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.

• Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.

• Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

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TIPOLOGIA – ART. 9

• Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito

• Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:

• I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;

• elemento subjetivo : dolo somente, culpa não , sujeito ativo: agente e terceiro,condutas dcomissiva

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ART.9

• II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;

• III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;

• IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;

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ART.9

• V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;

• VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

• VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;

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ART.9

• VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;

• IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;

• X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;

• XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;

• XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.

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ART. 10

• Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário • Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão

ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

• I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

• II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

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ART.10

• III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;

• IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;

• V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado;

• VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

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ART.10

• VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

• VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente;

• IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;

• X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público;

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ART.10

• XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;

• XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.

• XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

• XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

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Art.10

• art. 10: Dispensável o enriquecimento ilícito

• Elemento subjetivo: dolo ou culpa (art. 5)

• Conduta comissiva e omissiva

• Em relação aos incisos XIV e XV do art. 10, CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS SEM OBSERVAR A LEI 11107/05 - caso não haja dano ao erário, será apenas violação aos princípios.

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ART.11

• Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública

• Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

• I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência;

• II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; • III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e

que deva permanecer em segredo; • IV - negar publicidade aos atos oficiais; • V - frustrar a licitude de concurso público; • VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; • VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da

respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.

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Art.11

• Ação ou omissão violando os princípios da Administração. • O rol não é taxativo • Dispensável o enriquecimento ilícito ou dano ao erário • Elemento subjetivo: dolo • Outro caso de improbidade está na lei 10257/01 Estatuto da

Cidade – art. 52 II, o prefeito incorre em improbidade administrativa nos termos da lei 8429/92 quando violar e desrespeitar as obrigações impostas no Estatuto. Também o caso do inciso IV.

• Pressuposto exigível- conduta expressa definida no tipo. • Pressuposto dispensável: enriquecimento ilícito e dano ao erário.

Exigível, consequentemente, é a violação dos princípios. • Sujeito ativo: Prefeito, conduta comissiva e omissiva. •

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ART.12 - DAS PENAS

• Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:

• I - na hipótese do art. 9°:

• perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio,

• ressarcimento integral do dano, quando houver,

• perda da função pública,

• suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos,

• pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e

• proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;

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ART.12

• II - na hipótese do art. 10, • ressarcimento integral do dano, • perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao

patrimônio, se concorrer esta circunstância, • perda da função pública, • suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, • pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do

dano • e proibição de contratar com o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;

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ART.12

• III - na hipótese do art. 11, • ressarcimento integral do dano, se houver, • perda da função pública, • suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, • pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da

remuneração percebida pelo agente e • proibição de contratar com o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

• Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.

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ART. 13

• Da Declaração de Bens

• Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente.

• § 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.

• § 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.

• § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa.

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ART.14

• Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial

• Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.

• § 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento.

• § 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei.

• § 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares.

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ART.15 E 16

• Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade.

• Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo.

• Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.

• § 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil.

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ART.17

• § 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais.

• Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

• § 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput.

• § 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação do ressarcimento do patrimônio público.

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Art.17

• § 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965.

• § 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

• § 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.(Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)

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Art.17

• § 6o A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da existência do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas, observada a legislação vigente, inclusive as disposições inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

• § 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

• § 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

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Art.17/18

• § 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

• § 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

• § 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

• § 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos por esta Lei o disposto no art. 221, caput e § 1o, do Código de Processo Penal.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

• Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.

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ART. 19/20

• Das Disposições Penais

• Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.

• Pena: detenção de seis a dez meses e multa.

• Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

• ( Súm.227 STJ)

• Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.

Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.

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ART.21/22

• Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:

• I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento; (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).

• II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

• Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.

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ART.23 - PRESCRIÇÃO

• Da Prescrição • Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as

sanções previstas nesta lei podem ser propostas: • I - até cinco anos após o término do exercício de

mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;

• II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.

• Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

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ATUAÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO

• Modelo interventivo

• Diferente do que vinha ocorrendo na era do liberalismo econômico, o Estado sai da sua posição de indiferença para uma posição atuante e fiscalizadora, passando adotar o modelo interventivo.

• Passou regular a economia, permitindo a inauguração da fase do dirigismo econômico, onde o Poder Público produz uma estratégica de forma a participar ativamente dos fatos econômicos.

• É o interesse público acima do regime econômico capitalista. Busca proporcionar uma distribuição equânime de riqueza, fornecendo a certas categorias sociais proteção contra regras exclusivamente capitalista : garantia de melhores condições de vida e determina parâmetros a serem observados na ordem econômica.

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• QUADRO NORMATIVO

• Na vigente Constituição a disciplina da ordem econômica e financeira está prevista nos arts 172 a 192. Formam umsistema geral da ordem econômica indicando formas de atuação e itervenção no domínio econômico.

• 1- Ordem Econômica – art. 170 da CF – fundada em dois postulados básicos: valorização do trabalho e a livre iniciativa – todas as atividades econômicas devem com eles compatibilizar-se.

• 2- Valorização do Trabalho Humano

• um dos Fundamentos da República – valores socias do trabalho – art. 1, IV da CF

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• Com esse fundamento não há mais como serem acolhidos comportamentosque conduzam à escravidão ou meios de trabalho que coloquem em risco a vida ou saúde dos trabalhadores. Para condicionar o trabalho aos valores sociais é necessária a intervenção do Estado. A CF intervém notoriamente nas relações de trabalho – art. 7 ao 11 – elenco de direitos sociais dos empregados.

• Outro ponto importante é o relativo a automação industrial – uso de tecenologias não pode substituir o homem para benefício exclusivo do empresariado.O homem deve ser o alvo da tutela.

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• 2- Liberdade de iniciativa

• Este fundamento indica que todas as pessoas tem o direito de ingressar no mercado de trabalho por sua conta e risco. Na verdade é a exploração das atividades sem que o Estado as execute sozinho ou concorra com a iniciativa privada. Atua como fiscal do comportamento econômico dos particulares, restringindo e condicionando a atividade dos particulares em favor do interesse público.

• Tão importante que caso o Poder Público cause um prejuízo a empresários terá que indenizá-los – inf. 390 do STF.

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• Alguns princípios que devem nortear o sistema da ordem econômica.

• Soberania Nacional

• Propriedade privada

• Função social da propriedade (art. 170 II e III)

• Da livre concorrência

• Defesa do consumidor

• Defesa do meio ambiente

• Redução das desigualdades sociais

• Busca do pleno emprego

• Tratamento favorecido para empresas de pequeno porte (ART. 170 IV A IX)

• ADEQUAÇÃO DA ORDEM ECONÔMICA AOS PRECEITOS DA JUSTIÇA SOCIAL.

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• FORMAS DE ATUAÇÃO DO ESTADO

• Atua de duas formas na ordem econômica

• Numa primeira ele é o agente regulador do sistema econômico, criando normas, estabelecndo restrições – atua como fiscal – Estado Regulador. Art. 174 da CF – atuação da União Federal ( arts. 21 e 22) atuação das agências reguladoras.

• Também tem os demais entes competência concorrente – art. 24 e art. 23, esta relativa a competência administrativa comum.

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• REPRESSÃO AO ABUSO ECONÔMICO – conjunto de estratégicas adotadas pelo Estado que mediante sua intervenção tem o objetivo de neutralizar comportamentos causadores de distorção nas condições normais de mercado em decorrência do acúmulo de riquezas.

• FORMAS DE ABUSO

• Dominação do mercado – trustes,( grande empresa domina o mercado e afasta seus concorrentes) cartéis ( poderio econômico derruba pequenos grupos) e dumping( abuso de de carater internacional, ex: uma empresa recebe subsídio oficial de seu pais de modo a baratear excessivamente o custo do produto).

• Elminação da concorrência( deriva do primeiro)

• Aumento arbitrário dos lucros

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CONTROLE DO ABASTECIMENTO

Forma interventiva do Estado que objetiva a manter no mercado consumidor produtos e serviços suficientes para atender a demanda da coletividade. Ex: em momentos de crise econômica ou galopante processo inflacionário as empresas retém seus produtos ou deixem de prestar seus serviços provocando insuficiência de consumo no mercado – situação especulativa que representa modalidade de abuso de poder – lei proibindo tais práticas e polícia administrativa – medidas preventivas e repressivas -

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• TABELAMENTO DE PREÇOS

• Atuação interventiva nos preços privados – quando a iniciativa privada se revela sem condições de mantê-los nas regulares condições de mercado. “ congelamento” – Atuação privativa da União ou de entidades vinculadas a ela.

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• Noutra forma de atuar, que tem caráter especial, o Estado executa atividades econômicas buscando sempre o interesse direto ou indireto da coletividade. Aqui seria o Estado Executor.

• Exploração direta - art. 173 da CF – fazer a leitura conjunta com o art. 170 IV

• Pressupostos que legitimam aintervenção

• 1-Segurança nacional

• 2- interesse coletivo relevante

• 3- houver expresso permissivo constitucional

• Exploração indireta

• Através das estatais – SEM e EP