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DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA

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Page 1: DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA. A família é o ambiente normal e natural para o desenvolvimento de educação e da educação e da socialização,

DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA

Page 2: DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA. A família é o ambiente normal e natural para o desenvolvimento de educação e da educação e da socialização,

A família é o ambiente normal e natural para o desenvolvimento de educação e da educação e da socialização, com segurança e proteção.

Todos têm direito ao associativismo, ou seja, à vivência social e coletiva.

Viver bem em família, pertencer e participar de sua comunidade é a base para o exercício da cidadania.

Crianças e adolescentes têm que ser amados, acolhidos, respeitados e participantes em sua família e comunidade.

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Art. 19 - Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no direito a ser criado e educado no seio da sua famíliaseio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta,excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.

Art. 226 da CF: a família é a base da sociedadeArt. 25 do ECA: em sendo viável deve-se manter a família naturalFamília substituta: concretizada por guarda, tutela ou adoção

§ 1o  Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei. (parágrafo incluído pela Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009)

Nova redação vem reafirmar o caráter transitório da medida de abrigamento

Disposições Gerais – Arts. 19 a 24 do ECA

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§ 2o  A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária. (parágrafo incluído pela Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009)

§ 3o  A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em programas de orientação e auxílio, nos termos do parágrafo único do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei.  (parágrafo incluído pela Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009)

Uma inovação muito importante. Pelo sistema atual não havia tempo máximo para a Uma inovação muito importante. Pelo sistema atual não havia tempo máximo para a duração da medida de abrigamento, o que acabou por resultar em demora para a solução duração da medida de abrigamento, o que acabou por resultar em demora para a solução de algumas situações. A fixação de um tempo máximo – e a obrigatoriedade de justificar de algumas situações. A fixação de um tempo máximo – e a obrigatoriedade de justificar quando o prazo for superado – fará com que o direito da criança ou adolescente de viver em quando o prazo for superado – fará com que o direito da criança ou adolescente de viver em uma família, biológica ou substituta, seja privilegiado em detrimento da permanência em uma família, biológica ou substituta, seja privilegiado em detrimento da permanência em uma instituição.uma instituição.

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 Art. 20 - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.discriminatórias relativas à filiação.

Art. 227, §6º da CFArt. 20 do ECAArt. 1.596 do Código Civil

 Art. 21 - O poder familiarpoder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência.

Art. 226, §5º da CF : igual responsabilidade para pai e mãeArts. 1630 a 1638 do Código Civil dispõem sobre o poder familiar

*** a expressão poder familiar veio substituir a denominação pátrio a expressão poder familiar veio substituir a denominação pátrio poderpoder

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Características do Poder Familiar:Características do Poder Familiar:

a) Função de poder-dever;

b) É irrenunciável, dele os pais não podem abrir mão;

c) É inalienável, não pode ser transferido a outrem a título oneroso ou gratuito;

d) É imprescritível, somente perde nos casos previstos em lei;

e) É incompatível com a tutela;

f) Não é absoluto, podendo ser suspenso ou extinto conforme a lei.

Conceito de Poder Familiar:Conceito de Poder Familiar:

Feixe de direitos e deveresFeixe de direitos e deveres sob os quais os pais sob os quais os pais criam, educam e assistem moral e materialmente os criam, educam e assistem moral e materialmente os filhos.filhos.

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Art. 22 - Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menoresfilhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais. 

Além do dever de sustento, guarda e educação o Art. 1.634 do Código Civil estabelece outros deveres aos pais.O não cumprimento poderá implicar em perda ou suspensão do poder familiar (art. 24 ECA) ou outras medidas (arts. 129 e 130 ECA).

Art. 23 - A falta ou a carência de recursos materiais não constitui A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiarmotivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar.

Parágrafo único. Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio.

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Art. 24 - A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmentejudicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22.

Suspensão do poder familiar:Suspensão do poder familiar:

Art. 1.637 do CC : abuso de autoridade, descumprimento dos arts. 22 Art. 1.637 do CC : abuso de autoridade, descumprimento dos arts. 22 ECA e 1.634 CC, dilapidação do patrimônio dos filhos ou condenação ECA e 1.634 CC, dilapidação do patrimônio dos filhos ou condenação dos pais por sentença irrecorrível com pena maior que dois anos de dos pais por sentença irrecorrível com pena maior que dois anos de prisão.prisão.

Extinção do poder familiar:Extinção do poder familiar:

*** Pode ocorrer com ou sem responsabilidade*** Pode ocorrer com ou sem responsabilidade

Extinção sem responsabilidade é prevista nos incisos I a IV do artigo Extinção sem responsabilidade é prevista nos incisos I a IV do artigo 1.635 do CC: caso de morte dos pais ou dos filhos, emancipação, 1.635 do CC: caso de morte dos pais ou dos filhos, emancipação, maioridade, adoção.maioridade, adoção.

Extinção com responsabilidade é prevista no inciso V do artigo 1.635 Extinção com responsabilidade é prevista no inciso V do artigo 1.635 e art. 1638 do CC.e art. 1638 do CC.

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Art. 25 - Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.

Parágrafo único.  Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. (parágrafo incluído pela Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009)

Família Natural – Arts. 25 a 27 do ECA

*** *** Aqui temos uma importante definição do que é a família ampliada, além de Aqui temos uma importante definição do que é a família ampliada, além de reafirmar que não basta apenas o laço de sangue, mas também a necessidade reafirmar que não basta apenas o laço de sangue, mas também a necessidade de que haja afinidade e afetividade, elementos considerados fundamentais para de que haja afinidade e afetividade, elementos considerados fundamentais para que seja assegurado o direito a convivência familiar de modo pleno.que seja assegurado o direito a convivência familiar de modo pleno.

Nesse sentido: art. 226, § 3º da CFNesse sentido: art. 226, § 3º da CF

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Art. 26 - Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação.

Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar descendentes.

Art. 27 - O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça.

Art. 1.607 a 1.616 do Código CivilArt. 1º da Lei nº 8.560/92: amplia as formas de reconhecimento, que pode ser feito no registro de nascimento, por escritura pública ou particular em cartório, por testamento ou manifestação expressa e direta ao juiz.

Ação de Investigação de Paternidade: Não existe mais o caráter personalíssimo, já que a Lei nº 8.560/92 e o Código Civil no artigo 1.606, reconhecem, respectivamente, o MP e os herdeiros para o exercício do direito à investigação de paternidade.

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Família Substituta – arts. 28 a 52 do ECADisposições Gerais Art. 28 - A colocação em família substituta colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou guarda, tutela ou adoçãoadoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.§ 1o  Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvidoa criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada. (parágrafo incluído pela Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009)

§ 2o  Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido em audiência. (parágrafo incluído pela Lei nº 12.010, de 29 de julh de 2009)

*** A antiga redação do § 1º, do art. 28, mencionava apenas que o adolescente deveria *** A antiga redação do § 1º, do art. 28, mencionava apenas que o adolescente deveria ser previamente ouvido e ter sua opinião considerada, indicando que o fato de ouvido ser previamente ouvido e ter sua opinião considerada, indicando que o fato de ouvido em audiência perante o juiz fazia que a regra restasse cumprida. Agora, a nova redação em audiência perante o juiz fazia que a regra restasse cumprida. Agora, a nova redação prevê a atuação dos serviços auxiliares encarregados de assessorar a Justiça da Infânciaprevê a atuação dos serviços auxiliares encarregados de assessorar a Justiça da Infânciae da Juventude, que passam a ter a atribuição de ouvir a criança e o adolescente acerca e da Juventude, que passam a ter a atribuição de ouvir a criança e o adolescente acerca do pleito de adoção. do pleito de adoção.

*** A inovação aqui está na expressão “colhido em audiência”, o que obriga a realização *** A inovação aqui está na expressão “colhido em audiência”, o que obriga a realização de um ato específico pelo juiz, e com a presença do Ministério Público, para a ouvida do de um ato específico pelo juiz, e com a presença do Ministério Público, para a ouvida do adolescente que está em processo de adoção e, ainda, na extensão deste ato também as adolescente que está em processo de adoção e, ainda, na extensão deste ato também as demais formas de colocação em família substituta. Antes era só para a adoção.demais formas de colocação em família substituta. Antes era só para a adoção.

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§ 3o  Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de afetividaderelação de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida. (parágrafo incluído pela Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009)

§ 4o  Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternaisdefinitivo dos vínculos fraternais. (parágrafo incluído pela Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009)

§ 5o  A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua preparação gradativa e acompanhamento posteriorpreparação gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar. (parágrafo incluído pela Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009)

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§ 6o  Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou proveniente de comunidade remanescente de quilombo, é ainda obrigatório: 

I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus costumes e tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela Constituição Federal; II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a membros da mesma etnia; III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política indigenista, no caso de crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso. (parágrafo incluído pela Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009)

*** Importante dispositivo que trata da criança indígena ou quilombola e a *** Importante dispositivo que trata da criança indígena ou quilombola e a obrigatoriedade do tratamento diferenciado. Essa é uma questão que afeta um obrigatoriedade do tratamento diferenciado. Essa é uma questão que afeta um grande grupo de pessoas e ajudará a evitar adoções que desrespeitam a grande grupo de pessoas e ajudará a evitar adoções que desrespeitam a origem étnica dessas crianças, colocando-as em situação de vulnerabilidade, origem étnica dessas crianças, colocando-as em situação de vulnerabilidade, seja no Brasil ou no exterior.seja no Brasil ou no exterior.

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Art. 29 - Não se deferirá colocação em família substituta Não se deferirá colocação em família substituta a pessoa que revele, por qualquer modo, incompatibilidade com a natureza da medida ou não não ofereça ambiente familiar adequado. ofereça ambiente familiar adequado. Artigo 167 do ECA: realização de estudo social e perícia Artigo 167 do ECA: realização de estudo social e perícia

Art. 30 - A colocação em família substituta não admitirá transferência da A colocação em família substituta não admitirá transferência da criança ou adolescentecriança ou adolescente a terceiros ou a entidades governamentais ou não-governamentais, sem autorização judicialsem autorização judicial. Indelegabilidade : Infração prevista no artigo 249 do ECA e 244 a 247 do Indelegabilidade : Infração prevista no artigo 249 do ECA e 244 a 247 do Código PenalCódigo PenalExceção: Abrigamento de urgência (art. 93 ECA)Exceção: Abrigamento de urgência (art. 93 ECA)

Art. 31 - A colocação em família substituta estrangeira constitui medida família substituta estrangeira constitui medida excepcionalexcepcional, somente admissível na modalidade de adoção.

Art. 32 - Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável prestará o responsável prestará compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargocompromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo, mediante termo nos autos. Compromisso: artigo 1.187 do CPCCompromisso: artigo 1.187 do CPC

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GuardaGuardaÉ a forma mais precária de colocação em família substitutaÉ a forma mais precária de colocação em família substitutaO CC traz a guarda nos artigos 1583 a 1590 de forma secundária ao cuidar O CC traz a guarda nos artigos 1583 a 1590 de forma secundária ao cuidar da dissolução da sociedade conjugalda dissolução da sociedade conjugal Art. 33 - A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.

§ 1º - A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoçãodeferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros. GUARDA PROVISÓRIAGUARDA PROVISÓRIA

§ 2º - Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e fora dos casos de tutela e adoção, para atender a situações peculiares adoção, para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser deferido o direito de representação para pais ou responsável, podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos determinadosa prática de atos determinados. GUARDA PERMANENTE GUARDA PERMANENTE

GUARDA PECULIARGUARDA PECULIAR

§ 3º - A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciáriospara todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. GUARDA PREVIDENCIÁRIAGUARDA PREVIDENCIÁRIA

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§ 4o  Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou o deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público.” (parágrafo incluído pela Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009)

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“Art. 34.  O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a forma de guarda, de incentivos fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do convívio familiarcriança ou adolescente afastado do convívio familiar. (redação dada pela Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009) GUARDA GUARDA ESPECIALESPECIAL

§ 1o  A inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhimento familiar terá preferência a seu acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o caráter temporário e excepcional da medida, nos termos desta Lei. (redação dada pela Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009)

§ 2o  Na hipótese do § 1o deste artigo a pessoa ou casal cadastrado no programa de acolhimento familiar poderá receber a criança ou adolescente mediante guarda, observado o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei.” (redação dada pela Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009)

Art. 35 - A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público.Ao contrário da tutela e da adoção a guarda é sempre precária, podendo ser Ao contrário da tutela e da adoção a guarda é sempre precária, podendo ser revogada ou alterada a qualquer tempo por decisão interlocutória ou sentença revogada ou alterada a qualquer tempo por decisão interlocutória ou sentença (art. 162,§§ 1º e 2º do CPC)(art. 162,§§ 1º e 2º do CPC)Qualquer pessoa pode dar início ao procedimento de revisão dos termos da Qualquer pessoa pode dar início ao procedimento de revisão dos termos da guarda.guarda.

Page 18: DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA. A família é o ambiente normal e natural para o desenvolvimento de educação e da educação e da socialização,

TutelaTutela Art. 36.  A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos. (redação dada pela Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009)

Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do pátrio poder e implica necessariamente o dever de perda ou suspensão do pátrio poder e implica necessariamente o dever de guarda.guarda.

Art. 37.  O tutor nomeado por testamento ou qualquer documento autêntico, conforme previsto no parágrafo único do art. 1.729 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após a no prazo de 30 (trinta) dias após a abertura da sucessão, ingressar com pedido destinado ao controle judicial abertura da sucessão, ingressar com pedido destinado ao controle judicial do ato, observando o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta do ato, observando o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei.Lei. (redação dada pela Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009)

Parágrafo único.  Na apreciação do pedido, serão observados os requisitos serão observados os requisitos previstos nos arts. 28 e 29previstos nos arts. 28 e 29 desta Lei, somente sendo deferida a tutela à pessoa indicada na disposição de última vontade, se restar comprovado que a medida é vantajosa ao tutelando e que não existe outra pessoa em melhores condições de assumi-la. (redação dada pela Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009)

 Art. 38 - Aplica-se à destituição da tutela o disposto no art. 24destituição da tutela o disposto no art. 24.

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A tutela é instituto regulado pelo Código Civil nos artigos 1.728 a 1.766.A tutela é instituto regulado pelo Código Civil nos artigos 1.728 a 1.766.

No art. 1.728 do CC 1.728 do CC se verifica que os menores são postos em tutela:I. com o falecimento dos pais, quando estes são julgados ausentescom o falecimento dos pais, quando estes são julgados ausentes;II. em caso dos pais decaírem do poder familiarem caso dos pais decaírem do poder familiar.

OBS : A tutela não pode coexistir com o exercício do poder familiar!OBS : A tutela não pode coexistir com o exercício do poder familiar!

As funções de tutor funções de tutor estão nos artigos 1.740 a 1.752 do CC1.740 a 1.752 do CC, entre elas: representar o menor até os 16 anos e assistir até os 18 anos; dirigir sua representar o menor até os 16 anos e assistir até os 18 anos; dirigir sua educação; defendê-lo; prestar alimentos e administrar seus benseducação; defendê-lo; prestar alimentos e administrar seus bens.

A tutela pode ser:a)a)Testamentária : Testamentária : Artigo 1.729 do CC Artigo 1.729 do CC – expressa em testamento pelos pais;b)b)Legítima: Legítima: Artigo 1.731 do CC Artigo 1.731 do CC – aos parentes próximosc)c)Dativa: Dativa: Artigo 1.732 do CCArtigo 1.732 do CC – na ausência ou quando excluídos ou inidôneos

São impedidos de exercer a tutelaSão impedidos de exercer a tutela: Artigo 1.735 do CC Artigo 1.735 do CC – entre eles os que não tem livre administração dos seus bens; os condenados por crime de furto, roubo e estelionato; pessoas inimigas do menor; que exerça função pública incompatível com a boa administração da tutela.

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Cessação da tutelaCessação da tutela:

a)a)PELO TUTELADOPELO TUTELADO

Artigo 1.763 do CC Artigo 1.763 do CC – Emancipação, maioridade, reconhecimento ou adoção.

b) PELO TUTORb) PELO TUTOR

Artigo 1.764 do CC Artigo 1.764 do CC – Ao expirar o termo em que era obrigado a servir ( em regra prazo de dois anos fixado pelo juiz, art. 1.765 do CC), ao sobrevir escusa legítima (art. 1.736 do CC) ou ao ser removido.

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ADOÇÃOADOÇÃO

ATIVIDADE:

Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente e a nova de adoção Lei nº 12.010, de 29 de julho de 2009, responda as seguintes questões:

1.O que é adoção e qual a sua natureza jurídica?2.Qual o juizo competente para conhecer do processo de adoção?3.Quem pode adotar? Qual a inovação da nova lei nesse sentido? Casais homossexuais agora podem adotar?4.O que é estágio de convivência? Qual a sua duração e quando pode ser dispensado?5.O que diz o novo diploma sobre o acesso do menor ao seu processo de adoção?6.Quando será permitida a adoção internacional?7.Em linhas gerais qual foi o objetivo da nova lei?

Instruções:Instruções:Limite de 5 páginas.Limite de 5 páginas.Enviar por email até o dia 25/09.Enviar por email até o dia 25/09.Valor: 2,0 pontosValor: 2,0 pontos