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Jornal Mensal - €0,[email protected]: Francisco Morais Barros
Parceira doJornal de Lisboa
Nº146 - ABRIL20 - ANO XII
CARLOs MOuRAINês DRuMMONDMARgARIDA sAAveDRA PÁg.13
A NOSSA BANCADA DE OPINIÃOPÁGS. 14/16
Lisboa soLidáriacombate pandemia
Covid-19
Lisboa aindaLisboa não tem beijos nem abraçosnão tem risos nem esplanadasnão tem passosnem raparigas e rapazes de mãos dadastem praças cheias de ninguémainda tem sol mas não temnem gaivota de Amália nem canoasem restaurantes, sem bares, nem cinemasainda é fado ainda é poemasfechada dentro de si mesma ainda é Lisboacidade abertaainda é Lisboa de Pessoa alegre e tristee em cada rua desertaainda resiste20 de março de 2020, Manuel Alegre
> PANDEMIA
consciência social e solidariedadecombatem coronavírus em LisboaA consciência social e o sentimento de solidariedade dos
lisboetas e das instituições da cidade têm dado um exemplo
ao país no combate ao Covid-19, essenciais para a vitória que
se impõe numa guerra que é invisível.
Aceleridade na resposta das instituições da cidade, como as Juntas de Fre-guesia, a Câmara Municipal de Lisboa, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, as autoridades de Saúde e de Segurança, assim como das institui-ções particulares de solidariedade social (IPSS), tem sido central para o sucesso da contenção da pandemia de coronavírus na capital.
A capacidade de resposta, nomeadamente das instituições que estão no terreno, portanto, mais próximas das pessoas, como as Juntas de Freguesia, demonstram a sua relevantíssima função na implementação de políticas de apoio social, que têm sido determinantes, sobretudo nos momentos mais difíceis, para a dignidade do quotidiano dos lisboetas. Como, aliás, foi uma evidência na crise financeira mun-dial de 2008. Há, portanto, uma consciência social que faz parte do “ADN” da acção das Juntas de Freguesia, que, agora no combate ao Coronavíorus, promoveu e con-solidou os valores da solidariedade, de entre-ajuda que têm sido uma imagem de marca dos programas que as 24 autarquias de Lisboa têm desenvolvido, também em cooperação com outras instituições que integram a Rede Social da capital, para apoiar os mais vulneráveis à Covid-19.O sucesso no combate a esta pandemia depende também da consciência social de cada pessoa, do respeito e da preocupação que cada um de nós tem para com o seu semelhante. E os lisboetas, na sua amplíssima esmagadora maioria, cumprindo as indicações de isolamento social e as regras determinadas pelo Estado de Emergên-cia, assim como a disponibilidade de centenas de pessoas para o voluntariado, re-velam um verdadeiro altruísmo social que deve ser exaltado e que é absolutamente imprescindível para o sucesso no combate à propagação desta pandemia.Em Lisboa, portanto, instituições e residentes estão de braço dado num mesmo ob-jectivo colectivo que tem – e vai ser – de sucesso. De entre as medidas que as Juntas de Freguesia têm implementado, destaca-se a garantia de refeições escolares para os alunos carenciados durante o período de suspensão das aulas.Tendo em conta a situação actual, e de forma a assegurar as refeições das crian-ças de Jardins de Infância e de Escolas Básicas com escalão A,B e NEE, a Câma-ra Municipal de Lisboa, em articulação com as Juntas de Freguesia que fazem a gestão das refeições nos seus territórios, disponibiliza um kit refeição gratuito, contemplando um pequeno-almoço, um almoço e um lanche, tendo sempre em cumprimento os planos de contingência. Este kit é disponibilizado todos os dias, em sistema take-away. Ou seja, os familiares destes alunos, desde o dia 16 de mar-ço, podem dirigir-se apenas às escolas referenciadas como ponto de recolha para levantamento desse kit, das 12,00h às 13,30h e que podem ser consultadas no site da CML e das Juntas de Freguesia.
programasAs Juntas de Freguesia também criaram programas de apoio aos mais vulneráveis, nomeadamente pessoas com mais de 65 anos, com doenças crónicas e em quaren-tena decretada oficialmente, que prevêem a entrega em casa de bens de primeira necessidade e medicamentos para garantirem que se mantêm em casa, evitan-do assim expôr-se a um possível contágio de Coronavírus (ver informação neste
edição). E neste âmbito, as 24 Juntas de Freguesia de Lisboa já contam com quase 700 voluntários que se inscreveram na rede solidária, iniciativa lançada na sema-na passada pela Câmara Municipal de Lisboa com o objetivo de ajudar as pessoas mais vulneráveis da cidade relativamente ao novo Coronavírus, entre as quais os idosos. Estas 660 pessoas, de acordo com comunicado a Câmara de Lisboa, vão co-laborar com as Juntas de Freguesia da cidade para auxiliar os grupos de maior ris-co em relação ao novo coronavírus, nomeadamente “pessoas com deficiências ou outras pessoas cujo confinamento domiciliário impossibilita a realização de tare-fas essenciais”, ”garantindo sempre a segurança de quem se solidariza, que terá to-dos os equipamentos de proteção necessários, assim como a segurança alimentar e sanitária de quem fica em casa”. Estes lisboetas mostram, ao participar na Rede Solidária, a sua generosidade para com quem mais precisa”, lê-se no comunicado.De acordo com Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, “para os ido-sos poderem ficar nas suas casas precisamos de ter a confiança e a certeza de que nada lhes faltará, em especial em matéria de alimentação”. Sendo “absolutamente essencial – salientou o autarca depois da reunião em teleconferência com as Jun-tas de Freguesia - que os mais velhos fiquem em casa e se protejam mais do que todos os outros”, pelo que o apoio passa por assegurar a entrega de refeições ou de alimentos em casa, dependendo da autonomia dos beneficiários para poderem confeccionar as refeições. No caso dos idosos, assim como dos doentes crónicos, que mantêm autonomia para cozinhar as refeições, as Juntas de Freguesia disponi-bilizaram-se para ir às compras e entregar em casa, existindo equipas a receber os pedidos por telefone e outras a distribuir na rua.
comércioA Câmara de Lisboa criou uma nova plataforma com informação sobre os estabe-lecimentos comerciais abertos em Lisboa durante o estado de emergência. A plata-forma “Estamos Abertos” tem informação sobre restauração e comércio da cidade que terá actualizações permanentes. Esta iniciativa tem o apoio da AHRESP – As-sociação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, da UACS – União de Associações do Comércio e das Juntas de Freguesia de Lisboa.A plataforma “Estamos Abertos” indica supermercados, restaurantes, cafés, mer-cearias, farmácias, padarias, peixarias, talhos, papelarias ou mercados que ainda se encontram em funcionamento durante o estado de emergência.
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ABRIL20
programas de apoio das Freguesias à população de Lisboa (Covid-19)Para Residentes com mais de 60/65 anos, com doença crónica ou em quarentena determinada por autoridade de saúde”
Freguesia Programa Serviço Contacto "Horário (dias Úteis)”
AjudaCentro Comercial Digital da Ajuda
- Vamos às compras por siBens essenciais e farmácias 800 210 088 09h às 15h
Alcântara Alcântara mais próxima - Rede de
Apoio ComunitárioBens essenciais e farmácias
924 429 832 924 058 265 924 435 203
(Sem indicação)
Alvalade Entrega de compras ao domicílio Bens essenciais e farmácias 211 358 611 09H30 às 16h
Areeiro Entrega de compras em casa Bens essenciais e farmácias218 400 253 218 400 130
Até às 15h
ArroiosNão saia de casa! Nós vamos às
compras por siBens essenciais e farmácias
967 879 074 [email protected]
09h30 às 15h
Avenidas Novas Apoio Social Covid 19 Apoio e qualquer necessidade 918 717 854 09h30 às 16h
Beato Medidas de apoio Bens essenciais e farmácias218 681 107
[email protected](Sem indicação)
BenficaNão saia de casa! Nós vamos às
compras por siBens essenciais e farmácias
217 123 003/4 [email protected]
09h30 às 16h
Belém Belém consigo Bens essenciais e farmácias 929 056 330 09h30 às 13h - 14h30 às 18h
Carnide Amigos mais que prováveisBens essenciais, farmácias e
passeio de animais931462200
[email protected](Sem indicação)
Campolide Campolide vai às compras! Bens essenciais, farmácias e
passeio de animais938 934 090 24h/24h
Campo de Ourique Projecto Radar Bens essenciais e farmácias213 931 300 916 278 153
09h às 18h
Estrela SOS Estrela (Sem indicação)915 243 647 911 543 879
09h às 20h todos os dias
Lumiar Quietinho em casa Bens essenciais e farmácias968 136 267
[email protected] às 16h
Marvila Se precisar de nós, telefone (Sem especificações) 218 310 350 09h às 13h
Misericórdia Medidas de contenção e apoioBens essenciais e farmácias e
pequenas reparações213 929 800 (Sem indicação)
OlivaisEstamos a ligar para todos os
idosos da FreguesiaBens essenciais e farmácias 218 540 690 919 477 100 (Sem indicação)
Parque das NaçõesProteja-se! Fique em casa. Nós
vamos às compras por siBens essenciais e farmácias
911 877 477 918 711 066
[email protected] às 13h - 14h30 às 18h
Penha de FrançaEstá isolado? Fique em casa e
ligue para a JuntaBens essenciais, farmácias e
passeio de animais968 830 031 09h às 18h
Santa Clara Rede de Apoio Bens essenciais e farmácias
915 339 624 935 415 371
[email protected] [email protected]
09h às 13h - 14h às 18h
São Vicente Novas medidas Bens essenciais e farmácias218 863 191
[email protected] às 18h
Santa Maria Maior Nós por si Bens essenciais e farmácias 218 870 067 09h30 às 13h - 14h às 17h30
Santo AntónioNão saia de casa. Nós fazemos
as compras por siBens essenciais e farmácias 932 432 552 09h às 16h
São Domingos de BenficaNão saia de casa. Nós fazemos
as compras por siBens essenciais e farmácias
800 502 510 919 301 413
[email protected]”10h às 16h
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JORNAL DAS
ABRIL20
SÃO DOMINGOS DE BENFICACAMPO DE OURIQUE
> COvID 19
Junta cria plano de apoio aos mais vulneráveisNa Freguesia de Campo de Ourique, a
Junta está a implementar um plano que
se destina a apoiar as pessoas mais
vulnerávei, garantindo que os residentes
têm o quotidiano assegurado e a sua
saúde protegida.
Garantir apoio aos mais vulneráveis, a sua protecção de situações de eventual contágio do coronavírus e a promoção da saúde pú-blica são objectivos do plano de acção que o Executivo de Campo de Ourique está a
implementar, como consequência da recomendação oficial de isolamento social e do estado de emergência decretado pelo Presidente da República por causa da pandemia de Covid 19.De acordo com declarações do presidente da Junta, Pedro Ce-gonho, ao Jornal de Lisboa, a Freguesia de Campo de Ourique está a dar especial apoio a idosos isolados com mais de 65 anos e a doentes crónicos que residam na autarquia.Pedro Cegonho referiu que “entregamos compras de bens essenciais, medicamentos e re-feirções cozinhadas pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), a idosos isolados com mais de 65 anos e doentes cró-nicos”. Como refere o autarca, as ne-cessidades destest fregueses são apuradas através de contactos dicretos com a Junta de Freguesia, seja telefonicamente, seja através de correio electrónico, para além dos contactos que a autarquia faz proactivamente”, questionando directa-mente as pessoas sinalizadas por contacto telefónico assíduo.Assim, a Junta de Freguesia de Campo de Ourique ini-ciou a primeira fase de um plano de apoio aos mais vulneráveis, que tinham sido identificados através do Projeto Radar, realizado em parceria com a SCML. No ªambito desse levantamento, já tinham sido identi-ficados 1400 idosos isolados ou semi-isolados, e que agora estão a ser contactados “para saber do que pre-
cisam e como é que estão a reagir emocionalmente a esta situação [de pandemia]”, como salientou o presi-dente Pedro Cegonho ao Diário de Notícias.De acordo com o autarca, “estamos a receber alguns pedidos de ajuda pelos contactos da Junta de Fregue-sia, através do telefone e do email, para além da Santa Casa, da Refood de Campo de Ourique e da PSP esta-rem a sinalizar e a transmitir situações em que é ne-cessário prestar algum tipo de auxílio”.Pedro Cegonho salienta que “estamos a contactar esses casos e a apoiá-los quer através de entregas ao domicílio de bens essenciais, feitas por funcionários da Junta, quer através de um contacto personalizado
para acompanhar as pessoas e fazê-las sentirem-se amparadas”.O presidente da junta acredita ainda que “ao longo do tempo, as paróquias e outras IPSS também deverão sinalizar mais pessoas e nós, naturalmente, iremos ajudar” em todas essas situações.Os contactos para a Junta de Freguesia podem ser fei-tos por telefone 213 931 300 / 916 278 153, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, ou por e-mail: [email protected].
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JORNAL DAS
ABRIL20
SÃO DOMINGOS DE BENFICASANtA MARIA MAIOR
Perante a crise do COVID-19, a Junta
reafirma o seu compromisso junto das
populações. Para além da reorganização
dos serviços e equipamentos, é dada
especial atenção ao apoio social. Neste
momento de desafios, ninguém vai ficar
para trás. Isto porque #aJuntanãoPára
“Estes são tempos extraordinários e difí-ceis mas a garantia que dou, enquanto presidente da Junta, é de que estare-mos aqui para apoiar a população de Santa Maria Maior em tudo o que for
possível”. As palavras são de Miguel Coelho, e foram proferidas numa comunicação em direto, via a rede social Facebook, na primeira semana de isolamento voluntário.A crise de saúde pública que resulta da pandemia cau-sada pelo vírus COVID-19 levou a Junta de Santa Ma-ria Maior a realizar adaptações de forma rápida, não só para manter em funcionamento tudo o que for ne-cessário, como também para acompanhar as necessi-dades da população da freguesia.Os funcionários dos serviços de Espaço Público e Hi-giene Urbana da Junta de Freguesia permanecem no terreno, garantindo a manutenção das melhores con-
dições sanitárias, sempre importantes mas, nestas circunstâncias, ainda mais essenciais.Em relação aos serviços e equipamentos, a situação é a seguinte:
• Foi suspenso o funcionamento de algumas valências, que radicam na interação pessoal que é, por agora, desaconselhada. São elas:
- Componente de Apoio à Família (CAF) das EB1/JI do Castelo e Maria Barroso;- Ambijovem;- Jardins e parques infantis;- Serviço SMM-Resolve;- Postos de atendimento ao público (à excepção dos serviços centrais na Rua da Madalena);- Orquestra Juvenil;- Saber Maior – Universidade Sénior de Santa Maria Maior;- Serviço Porta-a-Porta;- Galeria Santa Maria Maior;- Casa-Museu Fernando Maurício;- Posto de Turismo da Junta de Freguesia na Praça do Martim Moniz;- Feiras promovidas pela Junta de Freguesia;- Cabeleireiro Social;- Espaço Coworking.
• O atendimento ao público faz-se pelas vias não presenciais, reduzindo assim o risco de exposição e contágio de utentes e colaboradores. O atendimento presencial só é efetuado quando estritamente necessário e funciona por pré-marcação.
• A Mesa dos Afetos continuará a fornecer alimentação, mas apenas em regime de entrega ao domicílio
• Foi criado o banco de apoio alimentar “EntreTodos”. A Junta recebe (e pode recolher) donativos de particulares e empresas para apoiar a Mesa dos Afetos e o apoio alimentar em género. Bens perecíveis e não-perecíveis, não confecionados. Entrega mediante agendamento, com possibilidade de recolha no local.
Informações: 218 870 [email protected]
serviço “nós por si”Dado que uma das faixas etárias mais vulneráveis à infeção peloCOVID-19 são os mais velhos, os doentes crónicos e os doentes imunodeprimidos, a Junta de Freguesia criou o serviço “Nós Por Si”. A Divisão de In-tervenção na Comunidade encarrega-se das compras de farmácia e de bens essenciais de supermercado, com entrega ao domicílio.
Marcação e informações:218 870 067(9h30-13h / 14h-17h30 – dias úteis)
E, para todos os que se encontram em suas casas, a Junta de Freguesia, através da sua página de Face-book – #fiqueemcasa –, propõe desde informações re-levantes na saúde, serviços e recomendações, a ideias da mais diversa ordem para ir ocupando o tempo, em nome de um bem maior: a saúde de todos nós.
A Junta de Freguesia não pára
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JORNAL DAS
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SÃO DOMINGOS DE BENFICAPENHA DE FRANÇA
> PANDEMIA
Apoio prioritário a idosos, doentese pessoas em quarentena oficial
> SAúDE PúBlICA
Equipamentos encerrados para evitar risco de contágio
A Junta da Penha de França criou
serviços de apoio à população, como
consequência da pendemia coronavírus,
dando prioridade a pessoas em
quarentena decretada por autoridades,
com mais de 60 anos e com doenças
crónicas.
Face à situação de pandemia COVID 19, a gran-de preocupação da Junta de Freguesia da Pe-nha de França é sensibilizar e ajudar as pes-soas que estão mais em risco.Nesta primeira linha estão pessoas isoladas
com mais de 60 anos, ou com doenças crónicas ou em quarentena decretada por uma autoridade de Saúde, a quem a Junta disponibiliza apoio em compras de su-
permercado e farmácia, bem como passeio dos cães.Por outro lado, porque os mais velhos devem manter--se especialmente protegidos, estão a ser feitos tele-fonemas para mais de mil idosos que vivem sozinhos - sinalizados pelo Projeto Radar (iniciativa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e da Câmara de Lis-boa) e pelo Penha Liga, da Junta de Freguesia.Além de alertar para a importância de ficarem res-guardados em casa, é-lhes perguntado pelo apoio que têm nesta fase e oferecida a ajuda da Junta de Fregue-sia aos que estão sozinhos e sem ajuda externa.A quem tem recorrido ao apoio da Junta, os trabalha-dores da Freguesia que entregam as compras estão devidamente identificados, protegidos e deixam as compras de mercearia ou farmácia à porta de casa, evitando ao máximo o contacto direto com as pes-soas. O passeio de animais segue os mesmos moldes.Quem tem mais de 65 anos, está isolado, tem uma doença crónica ou está em quarentena decretada por uma autoridade de saúde e reside na Penha de França ligue para o 210 532 377 ou 968 830 031, entre as 9h00 e as 18h00.
A Junta de Freguesia da Penha de França tem apostado na prevenção do COVID 19 de várias formas. Para proteção e eliminação do risco de contágio, foram encerrados parques infantis,
equipamentos de fitness e retiradas mesas e cadeiras colocadas no Espaço Público. Foram ainda colocadas restrições à entrada no parque canino, bem como di-vulgados conselhos sobre o comportamento adequado para quem circula no espaço público. Por outro lado, também para prevenção e proteção de residentes e fun-cionários, foram encerrados ao público todos os servi-ços que implicassem um contacto próximo com a po-pulação. A ligação com a Junta de Freguesia continua a ser assegurada, mas passa a ser feita através de email, cujos endereços estão disponíveis em www.jf-penha-franca.pt[1] Dando o seu inestimável e tão importante contributo, os serviços de Higiene Urbana continuam a assegurar a limpeza das ruas da freguesia.
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JORNAL DAS
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SÃO DOMINGOS DE BENFICAAVENIDAS NOVAS
Junta das Avenidas Novas dá
“Resposta Rápida” às
necessidades dos residentes
na entrega de bens esseciais e
medicamentos e para dar
resposta a assuntos
administrativos.
Uma das medidas mais impor-tantes da Junta de Freguesia de Avenidas Novas para fazer face à epidemia da Covid-19, no âmbito das diretrizes das entidades competentes, foi a implementação
do serviço Resposta Rápida Avenidas Novas, que visa, nomeadamente, promover a permanência em casa da
população em geral e prestar apoio à população mais vul-nerável à Covid-19.O Resposta Rápida Avenidas Novas está disponível 24 horas por dia através do número 913 393 174 e tem duas vertentes: atendimento para questões do foro da Junta; e serviço de recolha de bens de primeira necessidade ou medicamen-tos para pessoas com mais de 65 anos, pessoas com doenças crónicas que constituem fator de risco, ou ainda vizinhos em quarentena que se encontrem
isolados. O serviço é efetuado por funcionários e vo-luntários da Junta de Avenidas Novas devidamente identificados, numa prática construtiva de intergera-cionalidade e solidariedade fundamental no período que atravessamos.
> COvID-19
Resposta Rápida Avenidas Novas
> SOlIDArIEDADERefeições para crianças carenciadas e acolhimento de filhos de profissionais essenciais
HIGIENE UrBANAAltERAÇõES NA RECOlHA DO lIxO NAS AVENIDAS NOVASA fim de garantir a proteção
da saúde pública e dos
trabalhadores dos serviços
de recolha e tratamento de
resíduos e, simultaneamente,
controlar os fatores de
disseminação da Covid-19,
a Câmara Municipal de Lisboa implementou um conjunto
de medidas de acordo com as entidades competentes.
Passa a haver apenas recolha porta-a-porta de resíduos
indiferenciados três vezes por semana. Na Freguesia de
Avenidas Novas essa recolha tem lugar segunda, quarta
e sexta. A recolha porta-a-porta de material reciclável foi
suspensa, mas mantém-se a recolha nos ecopontos, pelo
que recomendamos aos nossos vizinhos que os utilizem.
Apelamos à compreensão de todos os lisboetas para a
importância destas medidas, assim como à sua colaboração,
nomeadamente acondicionando bem os resíduos em
sacos, depositando-os nos contentores adequados e não
abandonando lixo na rua, a bem da saúde de todos.
rEStAUrAçÃOCOMER FORA EM CASAFique em casa. O restaurante vai até
si. Saiba quais os estabelecimentos de
restauração da Freguesia de Avenidas
Novas que oferecem serviços de
take-away e entrega ao domicílio em www.lisboa.pt/
estamosabertos
CUltUrAPOESIA EM tEMPO DE PANDEMIAA poesia tem sempre lugar na nossa vida. Exalta-nos,
conforta-nos, alumia-nos o caminho. Assim, comemorámos
o Dia Mundial da Poesia – 21 de março – com vários
poemas, nomeadamente o que aqui apresentamos da nossa
vizinha das Avenidas Novas Yvette K. Centeno. Numa altura
em que o tempo parece suspenso, um texto que fala desses
momentos em que tudo parece parar.
restauranteLeva-me outra vez para a mesma mesa
onde fico de costas para a janela
onde o tempo me esquece
onde nada me toca
o teu gesto protege
o teu corpo separa
a água que me dás
interrompe a memória
Só à porta da rua
o tempo reaparece.
em A Oriente, 1ª edição, Lisboa: Editorial Presença,
coleção Forma
AEscola Mestre Arnaldo Louro de Almeida é um de 26 estabelecimen-tos de ensino públicos
de Lisboa que garantem a ali-mentação completa diária aos alunos dos escalões A, B e NEE da ação social escolar. Naque-la escola do nosso território, a Câmara Municipal de Lisboa, em articulação com a Junta de Freguesia de Avenidas Novas, disponibiliza às crianças em causa um kit-re-
feição gratuito, em regime de take-away, contemplando um pequeno-almoço, um almoço e um lanche.A Mestre Arnaldo Louro de Al-meida é ainda uma das escolas que acolhem durante o dia os filhos dos profissionais dos serviços essenciais, nomea-damente da saúde, da higiene
urbana, das forças de segurança e dos bombeiros, que merecem todo o nosso apoio e a nossa gratidão.
Adotando uma orientação da Câmara Municipal de Lisboa, na sequência do Plano Nacional de Preparação e Resposta à Doença por novo Coronavírus (Covid-19) e das diretrizes da Direção-Geral da Saúde para diminuir a evolução epidemiológica, os equipamentos desportivos da Junta de Freguesia de Avenidas Novas, designadamente, piscina, ginásio, pavilhão e polidesportivo, foram encerrados temporariamente.
DESPOrtO ENCERRAMENtO DOS EQUIPAMENtOS DESPORtIVOS
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JORNAL DAS
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SÃO DOMINGOS DE BENFICASÃO VICENtE
Para fazer face ao período de
contingência vivido atualmente, a Junta
de Freguesia de São Vicente
implementou medidas de apoio aos
residentes para fazer face às
necessidades geradas pelo COVID-19,
tendo particular atenção à população
com quadros de vulnerabilidade social já
sinalizados.
Amedida com maior visibilidade e adesão por parte da população é o serviço de entrega ao domicílio de bens de primeira necessidade e de farmácia.O serviço está disponibilizado aos residen-
tes com mais de 65 anos, às pessoas em quarentena obrigatória ou profilática, com sinalização pelo SNS24 - sem limite de idade - e doentes crónicos, também sem limite de idade. O apoio pode ser requisitado pela linha de atendimento da Junta de Freguesia de São Vi-
cente (218 863 191), disponível entre as 9h e as 18h ou pelo endereço de email [email protected]. O momento que atravessamos cria dificuldades aos portugueses de forma transversal, mas coloca maiores
desafios e evidencia as necessidades sentidas por al-gumas franjas da população que, por diversas razões estão particularmente mais fragilizadas e às quais é mais premente disponibilizar ajuda e apoio em situa-ções de emergência. A Junta de Freguesia de São Vi-cente, através do Pelouro da Intervenção Social Sénior, tem sinalizados indivíduos e/ou agregados familiares em situações de vulnerabilidade na Freguesia, maio-ritariamente residentes de idade mais avançada e/ou carência económica, às quais se juntam outros casos identificados ao abrigo do Projeto Radar da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), do qual a Junta é parceira em conjunção com a Câmara Municipal de Lisboa (CML). Ao apoio requisitado diretamente pelos fregueses, a Junta de Freguesia de São Vicente, proac-tivamente, implementou o contacto telefónico com os cerca de mil indivíduos que constituem este segmen-to identificado da população com maiores carências, prestando informação e apoio imediato. Uma ação ar-ticulada segundo os critérios definidos com o Pelouro dos Direitos Sociais da Câmara Municipal de Lisboa. Assegurado está também o funcionamento regular da cantina social do núcleo de apoio local para pessoas em situação de Sem-Abrigo, que funciona no Polo Cul-tural da Junta de Freguesia de São Vicente sob gestão protocolada com a Associação João XIII.
Texto - Rui LagartinhoFotos - João Nelson Ferreira
> COrONAvírUS
Freguesia solidária em tempos de emergência
> DIA INtErNACIONAl DA MUlHEr
Novo mural de Arte Pública
N o passado dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Junta de Freguesia de São Vicen-te associou-se à iniciativa do coletivo de arte urbana “YesYouCan.Spray” para dar nova
vida ao muro que circunda a sede administrativa da freguesia, na rua Josefa de Óbidos. 17 jovens artis-tas dividiram entre si, os quase 50 metros de parede branca disponível. A organização desafiou as partici-pantes a refletirem a “necessidade da ‘eco revolução’ numa perspetiva feminina”. Tudo possível com muita água e cor azul. Como não há dois artistas iguais, a cada três metros o estilo muda: houve quem optasse por imagens mais nostálgicas, houve quem aprovei-tasse para afirmar um estilo mais combativo, de um mundo - a street art - onde as artistas femininas têm dificuldade em afirmar-se. YESYOUCAN.SPRAY é um coletivo intercultural de arte urbana que promove
intervenções criativas e apoia iniciativas locais, en-volvendo os habitantes dessas zonas. Já com várias intervenções em São Vicente, este coletivo realiza regularmente iniciativas criativas no âmbito da inter-venção artística conhecida como street art.
Texto - Rui LagartinhoFotos - João Nelson Ferreira
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JORNAL DAS
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SÃO DOMINGOS DE BENFICACAMPOlIDE
> ACçÃO SOCIAl - FIqUE EM CASA
Freguesia oferece-se para fazer compras e passear o cão “Campolide Vai” é o programa de apoio
aos fregueses organizado pela Junta
daquela Freguesia para ultrapassar as
restrições provocadas pela pandemia.
Com a disseminação do Covid-19, e para ga-rantir que a necessidade de sair é a mais reduzida possível, a Junta de Freguesia de Campolide tomou imediatamente medidas e criou os serviços “Campolide Vai”, disponibi-
lizando-se para fazer compras e entregas ao domicí-lio, bem como para passear os animais de estimação, garantindo ainda a segurança do sistema, quer no que respeita à saúde, quer contra fraudes.Com o anúncio da pandemia e as radicais restrições que a situação trouxe às nossas vidas, foi necessário tomar medidas rápidas, defendendo os mais expostos. A Junta de Freguesia de Campolide (JFC) disponibili-zou meios para assegurar que os seus Vizinhos com mais de 65 anos, afectados por doenças crónicas, grá-vidas,, retidos em quarentena ou infectados com Co-vid-19 pudessem permanecer na segurança dos seus
lares, recebendo em casa as suas compras de farmácia e de supermercado.“Campolide vai às compras” foi o nome escolhido para esta iniciativa, desenvolvida em conjunto com a Polícia de Segurança Pública (que acompanhará, ou validará por telefone, a deslocação, para evitar frau-des) e a Administração Regional de Saúde (que certifi-ca a segurança dos procedimentos). Além disso, a JFC
também disponibiliza aos maiores de 65 anos e doen-tes crónicos elementos para passear o seu cão, no âm-bito da campanha “Campolide vai passear o cão”. Os Vizinhos e Vizinhas de Campolide podem aceder aos dois serviços através do telefone 938 934 090.Entretanto, se os mais idosos são um alvo compreen-sível em circunstâncias adversas excepcionais, há que salvaguardar de igual modo as crianças. No âmbito do plano de contingência para evitar a propagação do vírus Covid-19, os parques infantis da Freguesia encontram-se encerrados, promovendo assim o ne-cessário afastamento entre pessoas, condição priori-tária para combater a propagação do vírus. Sabemos que brincar é fundamental, porém, acima de tudo, há que brincar em segurança. Ainda relativamente aos mais novos, a JFC tem a per-feita noção da importância das refeições servidas nos estabelecimentos escolares. Por isso, e apesar do en-cerramento das escolas, o compromisso da JFC e da Câmara Municipal de Lisboa em assegurar esse apoio manteve-se. Os encarregados de educação dos esca-lões A e B, ou com necessidades educativas especiais, poderão continuar a levantar a sua refeição diaria-mente, das 12h00 às 13h30, na Escola Mestre Queru-bim Lapa, em regime de take away.
Juntos somos + fortesNo dia em que escrevo este artigo, sei duas coisas. Uma que estou vivo e uma segunda constatação, que estamos já em Estado de Emergência. São tempos de INCERTEZA e ANSIEDADE. O Presidente da República e o Governo, demonstram estar ao nosso lado, com organização e uma
presença constante. Até agora, nada a apontar. Andou bem o PR no exemplo que deu, pedagógico, ao entrar em quarentena.
Mudou o nosso comportamento . Agora, é a hora do comandante estar ao leme. O 1º Ministro e o Governo, estão a dar “o corpo às balas“ e o povo reconhece o esforço e o bom senso das medidas impostas. Registo o importante contributo da nossa cidade de Lisboa, na defesa da capital, dos seus residentes e das suas empresas. Muito bem. Segurança assegurada, transportes a funcionar, meios mínimos adequados ao momento. Uma palavra para os trabalhadores da Higiene Urbana da CML. Obrigado pelo magnifico e muito difícil trabalho na recolha do lixo e na limpeza da cidade. Aos profissionais da saúde, um agradecimento do tamanho do mundo. A todos os que estão a trabalhar presencialmente ou em tele-trabalho, bem-hajam. Por último, peço-vos duas coisas. Selecionem a informação que vos chega. Não dar atenção às fake news ou a notícias idiotas. Um segundo pedido. Cuidem das Pessoas. Dos nossos, dos mais próximos. Pensem não apenas e vós, mas também nos outros.Estamos na Primavera e não tarda temos em Junho as grandes festas de Lisboa.Lá estaremos. Com saúde.João Pessoa e Costa
Lisboa diferenteNeste dias de recolhimento imposto pelo vírus que por aí circula, Lisboa, transfigurou-se. As ruas perderam o bulício habitual e o movimento restringe-se aos poucos que, por se manterem
a trabalhar, mantêm a funcionar este organismo enorme e complexo que é a cidade de Lisboa. O que
mostra que aqueles que até aqui eram invisíveis, por deles se não dar conta, no emaranhado de atividades de que fazem as grandes cidades, são os elementos essenciais para que a vida continue. São estes, sem os quais a cidade não funciona, que devem ser a razão para que os outros fiquem em casa. E este ficar em casa não é uma atitude passiva, de afastamento; pelo contrário, é uma forma ativa de participar no combate por um rápido controlo da epidemia. A cidade precisa disso. Porque a cidade são as pessoas, a economia de que dependem, as relações e os afetos que agora se reduzem a um mínimo essencial. Mas que reaparecerão. Lisboa vai, no entanto, ficar diferente. Algumas coisas vão demorar a retomar a normalidade mas, provavelmente, de modo diferente. Os tempos que vivemos são tempos de guerra; e sabemos que a seguir às guerras, a se retoma com algo de diferente. Será essa herança destes tempos. Leonel Fadigas
DESAFIOS PArA lISBOA
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JORNAL DAS
ABRIL20
SÃO DOMINGOS DE BENFICAMISERICóRDIA
> APOIO à POPUlAçÃO
Ninguém ficapara trás!
ficha técnica Director francisco Morais BarrosEditor Media titulo Unipessoal, Lda.
Sede Rua Almeida e Sousa, 44, 4ºC, 1350-014, Lisboa Redação Rua Francisco Rodrigues Lobo, nº 4-A, 1070-134, Lisboa
Tel 21-8861666 | NIPC 510776213 | Nº de Registo na ERC 125327 | Depósito Legal: 270155/08 | Tiragem mínima: 15.000 exemplares | Periodicidade: MensalAs opiniões expressas nos artigos de Opinião são exclusiva responsabilidade dos seus autores. Os textos da secção “Jornal das Freguesias” são da responsabilidade das autarquias em causa.
Paginação Paulo Vasco SilvaPropriedade carlos freitas (NIF: 209711876)impressão fiG, S.a. Rua Adriano Lucas, 3020-265 Coimbra
Estatuto Editorial - O Jornal de Lisboa rege-se por critérios jornalísticos de Rigor e Isenção, respeitando todas as opiniões ou crenças. O Jornal de Lisboa é um órgão de Informação de referência, ge-neralista, pluralista, sem qualquer dependência de ordem ideológica, política e económica, e tem como objectivo fundamental assegurar a todos os leitores o direito à Informação. O Jornal de Lisboa respeita os direitos e deveres constitucionais da Liberdade de Expressão e de Informação. O Jornal de Lisboa distingue, criteriosamente, as notícias do conteúdo opinativo, reservando-se no direito de ordenar, interpretar e relacionar os factos e acontecimentos. O Jornal de Lisboa compromete-se a respeitar o sigilo das suas fontes de informação, não admitindo, em nenhuma circunstância, a quebra desse princípio, respeitando a legislação em vigor. O Jornal de Lisboa assume o direito de emitir opinião própria, sobre todas as notícias, em editorial, sempre no respeito integral pela Lei em vigor. O Jornal de Lisboa cumpre a Lei de Imprensa e as orientações definidas neste Estatuto Editorial e pela sua Direcção.
Nestes tempos difíceis de quarentena e
isolamento social, decorrentes da
propagação do vírus COVID-19, a Junta
de Freguesia criou uma rede solidária
interna de ajuda aos seus fregueses,
direcionada aos mais idosos e
vulneráveis, criando o serviço Call
Center +65.
Assegurado, exclusivamente, por funcioná-rios da junta, alguns que se encontram no terreno e outros em teletrabalho, este ser-viço consiste no contacto telefónico indivi-dual e personalizado aos idosos do Projeto
Envelhecimento Ativo e Saudável e do Projeto Radar/SCML, tendo como objetivo aferir as necessidades mais prementes desta população de risco. Deste en-trega de refeições ou medicamentos ao domicílio, ao serviço de pequenos arranjos em casa ou a mesmo substituição urgente de eletrodomésticos, a junta de freguesia tem ajudado ao máximo os seus seniores. A estes contactos têm sido acrescentados outros idosos que não estavam sinalizados e que as famílias solicita-ram apoio à Junta de Freguesia. Sabendo que a maio-ria não utiliza as redes sociais, o Call Center +65 tem sido um veículo de comunicação muito importante, uma vez que tem centrado também a sua intervenção no apelo ao isolamento social, explicando a importân-cia do mesmo, e na divulgação das recomendações da Direção-Geral de Saúde relativas ao COVID-19. Des-
ta forma, mais humana e pessoal, é possível ajudar a população sénior a manter a calma e a saber que tem alguém que se preocupa com o seu bem-estar. Através do Projeto Solidiário, uma parceria já existente com o Lisboa Clube Rio de Janeiro, a junta de freguesia para
além dos utentes que acompanha ao longo do ano, passou a ajudar também as famílias acompanhadas pelo Refood Misericórdia, a Serve the City e o Ban-co Alimentar do Centro Social e Paroquial de Santa Catarina. De ressalvar que este último tem todos os seus recursos canalizados para o apoio domiciliário e alimentar aos seus utentes. Também a APRIM e os equipamentos da Santa Casa da Misericórdia de Lis-boa existentes na freguesia têm tido um papel essen-cial no acompanhamento dos seus utentes. A junta de freguesia tem colaborado também com a Câmara Municipal de Lisboa na distribuição de refeições às crianças e adolescentes beneficiárias dos escalões A e B do ASE escolar, de forma a que também elas possam continuar a receber este apoio importantíssimo. Esta rede solidária criada pela junta, que não é só para os mais carenciados, estendeu-se também ao comércio local, que se quis associar com serviços de entrega de bens ou refeições ao domicílio. A junta de freguesia acolheu de braços abertos esta dinâmica do comér-cio local e apoia-os na divulgação e encaminhamento de muitas famílias para os seus serviços, garantindo assim que também eles conseguem garantir a sua so-brevivência económica. Só trabalhando em rede, com espírito comunitário, solidário e altruísta, consegui-remos garantir que ninguém fica para trás.
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ABRIL20
SÃO DOMINGOS DE BENFICASÃO DOMINGOS DE BENFICA
> COMBAtE à PANDEMIA
Junta cria serviços para apoiar residentes
Proteger a saúde dos residentes e
impedir a propagação da pandemia são
os objectivos dos programas criados
pela Junta de São Domingos de Benfica.
Defender a saúde pública, cuidar dos residen-tes independentemente das suas idades, e apoiar o comércio local, são objectivos defi-nidos pelo executivo da Freguesia de São Do-mingos de Benfica para criar e reforçar servi-
ços de apoio à população residente naquela autarquia e ao comércio local. refeições escolaresNa sequência da decisão tomada pelo Conselho de Ministros, de encerramento das escolas a partir do dia 16 de março, a Junta de Freguesia de São Domin-gos de Benfica, ao abrigo da sua responsabilidade social perante a comunidade, e enquanto a presente situação se mantiver, continuará a assegurar o peque-no almoço, o almoço e o lanche às crianças das Esco-las Básicas da Freguesia inseridas nos Escalões A e B bem como às crianças com Necessidades Educativas Especiais. De modo a operacionalizar esta medida, solicita-se que os Pais e Encarregados de Educação que pretendam aderir a esta medida, o façam através do email [email protected] ou através dos telefones 211515503 / 217248610. Atenden-do à situação que vivemos (Coronavírus|Covid-19), esta medida implica que as refeições sejam entregues aos Pais e Encarregados de Educação em cada uma das três Escolas Básicas (António Nobre, Frei Luís de
Sousa e Laranjeiras) em regime de Take Away no pe-ríodo compreendido entre as 13h00 e as 14h00.
idososPerante a crise de saúde pública atual, a Junta de Fre-guesia de São Domingos de Benfica adotou novas me-didas de apoio social dirigidas a Doentes Crónicos e a Utentes do Atendimento Social da Junta de Freguesia para assegurar o acesso destes grupos mais vulnerá-veis aos bens essenciais como a alimentação e a far-mácia. A Junta de Freguesia aprovou para este efeito, sob coordenação do Presidente da Junta de Freguesia, António Cardoso, um pacote financeiro extraordi-nário de 120.000,00€ e tem um serviço específico de entrega de compras e produtos de farmácia ao domi-cílio até ao dia 30 de abril. Nesta nova fase de respos-ta à pandemia, as respostas sociais serão mais fortes, com estas medidas fundamentais dirigidas aos mais vulneráveis. Apelamos a todos os nossos fregueses que tenham conhecimento de casos que se enqua-drem nos grupos acima referidos, que os sinalizem e encaminhem para os nossos serviços, evitando assim a vossa exposição aos contextos de contágio. O serviço funciona todos os dias úteis entre as 10h e as 16h. Para marcações contacte 800 502 510 / 919 301 413 ou [email protected]
reforço de contactosNa sequência da grave crise pandémica que estamos a atravessar, e com o objetivo de diminuir a evolução epidemiológica, a Junta de Freguesia encerrou os seus atendimentos presenciais. No entanto, continuamos próximos de si pelo que po-derá continuar a utilizar o telefone 217248610 entre as 10h e as 16h dos dias úteis ou o email [email protected] para obter informações ou realizar pedidos diversos. Em alternativa poderá utilizar também os novos nú-meros de contacto que criámos para reforçar o aten-dimento à população e que estão direcionados para as várias áreas de intervenção da Junta de Freguesia.
• Ação Social - 309764185• Educação - 309764186• Espaço Público - 309764187• Higiene Urbana - 309764188 • Secretaria - 309764189
comércio LocalNo quadro epidemiológico do Novo Coronavírus, a Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, com o objetivo de mitigar as consequências sociais e econó-micas também para o comércio local de São Domin-gos de Benfica, aprovou a medida de renúncia à receita proveniente das taxas a favor da Junta de Freguesia que impedem sobre os estabelecimentos e lojas do co-mércio local da nossa Freguesia. Esta medida é aplicada diretamente, no caso de as taxas ainda não terem sido pagas, ou através de com-pensação no caso de já o terem sido. Esta medida será apresentada na próxima Assembleia de Freguesia para conhecimento.
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JORNAL DAS
ABRIL20
SÃO DOMINGOS DE BENFICAlUMIAR
> APOIO à POPUlAçÃO
Programa “Quietinho em Casa” protege os mais vulneráveisApoiar as pessoas com maiores vulnerabilidades, defendendo-as de
situações de eventual contágico com o coronavírus é o objectivo do
programa “Quietinho em Casa” da Freguesia da Lumiar.
No presente cenário de contingência relativo ao Covid-19 a Junta de Freguesia do Lumiar disponibiliza à população o Programa de Apoio Extraordinário “Quietinho em Casa”.Este programa de apoio aos cidadãos em situação de maior vulnerabilidade, nomeadamente utentes de atendimento social, cidadãos com mais de 60 anos
e doentes crónicos, destina-se a evitar a necessidade de deslocação destes fregueses para compra de medicamentos, produtos alimentares e bens de primeira necessidade, redu-zindo a sua exposição ao contágio. Assim, a Junta de Freguesia do Lumiar assegura a en-trega destes bens ao domicílio. Para aceder ao programa, deve proceder-se ao contacto através do número 968136267 de segunda a sexta-feira, das 09h30 às 16h00, ou através do endereço de correio electrónico [email protected]. Por outro lado, a Junta do Lumiar solicita a familiares e vizinhos, que tenham conhecimento de casos que se enquadrem nos grupos acima mencionados, que os sinalizem e encaminhem para os serviços da autarquia. Tendo ainda em consideração os constrangimentos provocados pela presente situação relativa ao Covid-19, a Junta de Freguesia do Lumiar informa a população que o horário do Atendimento e Espaço do Cidadão da Junta de Freguesia do Lumiar foi alterado, funcionando das 09h00 às 12h00.
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Vivemos um tempo especial, em que precisamos do melhor de nós e de Benfica para
respondermos aos desafios da pandemia da COVID-19. Com responsabilidade,
serenidade e sentido de comunidade, Benfica está a dar o exemplo e a responder às
necessidades de quem cá vive e trabalha. Desde o início do surto, temos estado a
trabalhar e a concretizar respostas para as pessoas e para, dentro das recomendações
das autoridades de saúde, manter alguns ritmos do dia-a-dia da nossa freguesia. A regra
é ficar em casa, mas há necessidades que têm de ser respondidas, como a compra de bens
alimentares, de medicamentos ou de outros bens e serviços essenciais. É a pensar em quem está em
casa, com grande sentido de responsabilidade individual e comunitária, que criámos sugestões diárias
para a animação desse tempo caseiro, nos suportes digitais da Junta. É a pensar nas pessoas que
reforçámos as disponibilidades financeiras da Junta em 60 mil euros para a compra de medicamentos
e bens alimentares de primeira necessidade, e para disponibilizar 3 serviços complementares de
primeira necessidade para idosos, doentes crónicos e utentes de atendimento social. É a pensar nas
necessidades das pessoas que deixámos também dois refeitórios escolares abertos, em modo de
take away, para podermos assegurar as refeições dos alunos dos escalões A, B ou NEES. A pensar nos
comerciantes locais, mantemos o mercado de Benfica aberto, com regras especiais de funcionamento
e acesso, e isentámos a totalidade das taxas cobradas pela Junta de Freguesia de Benfica ao comércio
tradicional até ao dia 9 de abril. Tudo isto só foi e é possível com espírito de missão dos funcionários
da Junta e dos voluntários que participam na concretização de respostas para as pessoas e para
o nosso território. Temos pela frente um enorme desafio de saúde pública, em que cada um, nos
comportamentos, nas ações e nas reações, tem um papel a desempenhar. Ficar em casa sempre que
possível, sair só se for mesmo necessário para o essencial.
Benfica continuará atenta e atuante, em função da evolução da situação, sempre com o foco nas
pessoas, em especial, nos que estão identificados pelas autoridades de saúde como grupos de risco.
Mantenha-se atento aos canais de comunicação de Benfica. Precisamos do melhor de Benfica para
responder a esta pandemia. Com a responsabilidade, a força, a solidariedade e o sentido de bairro que
sempre se viveu em Benfica, estou certo de que, em conjunto, vamos superar este desafio. Por si, por
nós e pelo Bairro de Benfica. Ricardo Marques Presidente da Junta de Freguesia de Benfica
O melhor de Benfica para o pior da pandemia
Uma das teses que mais me impressionou relacionada com a colonização da América
foi a que afirma que a exterminação de tribos inteiras de nativos se ficou a dever
á gripe. De acordo com esta linha, os índios, que nunca tinham tomado contacto
com este vírus, sucumbiram em massa; tese que demorou séculos a ser defendida
porque, no século XVI, era incompreensível que um simples espirro, perfeitamente
normal na Europa, pudesse fazer mais estragos que as maiores carnificinas. De resto,
pela América subsistem várias teorias sobre o desaparecimento de civilizações que, mesmo à luz de
parâmetros atuais, eram extremamente evoluídas. É interessante ler as crónicas da chegada de Filipe
II, de Espanha, a Lisboa: devastada por um terramoto e assolada pela peste, Lisboa não era nem por
sombras a fantástica capital do comércio do Oriente que “despovoava o reino”. Obrigado a acampar
“fora de portas” leia-se, do lado de fora das muralhas, para evitar o contacto com uma cidade em
ruínas e cheiro nauseabundo, o novo rei não via a hora de fugir daqui. Também me lembro dos
meus avós descreverem cenários dantescos quando a gripe espanhola assolou a Europa. Numa
Lisboa, abandonada por todos aqueles que podiam fugir, as carroças de abastecimento eram
pilhadas à entrada da cidade, os hospitais entraram em colapso, os cemitérios não davam vazão às
solicitações. E bandos de malfeitores dedicavam-se impunemente a pilhagens. Com várias crianças e
pessoas a seu cargo, os meus bisavós fugiram para ” longe de Lisboa, para a quinta em Benfica.”
Relembrando aquilo que foi a história da Europa, que nos está mais próxima, vemos que a vida dos
seus povos foi marcada por sucessivas calamidades desde a peste à lepra que perdurou até aos
nossos dias. Este período de reclusão forçada reaviva a memória daqueles flagelos que atingiram
os nossos antepassados e, que no nosso quotidiano afã, nos pareciam longínquos. Também, mercê
duma evolução tecnológica ímpar, teremos criado a ilusão de que estaríamos salvaguardados duma
praga idêntica. Verificamos hoje que não é assim. Mais: a globalização com tudo o que trouxe de
fantástico, rompendo fronteiras que, há cinquenta anos, eram intransponíveis, e permitindo que
em pouco mais de meio dia se tenha acesso aos antípodas, tornou-nos totalmente expostos. Os
males que demoravam anos a alastrar chegam agora à velocidade de um avião a jacto perante a
nossa estupefação . Afinal, continuamos a ser humanos! Temos uma pausa: meditemos no que nos
aconteceu e no que nos está a acontecer e na nossa humanidade que, no afã do lufa-lufa quotidiano,
tem andado por aí esquecida.
Margarida Saavedra Arquiteta
Ficar em casa
Vivemos tempos incomuns. Digo tempos incomuns porque recuso a ideia da
novidade na vida do género humano sobre o Planeta. É certo que normalmente as
epidemias ficavam localizadas porque os contactos pessoa a pessoa não eram tão
frequentes, sendo que no caso da pneumónica (a gripe espanhola) os movimentos
de tropas e populações, devido à primeira guerra, ajudaram a transformar a epidemia
em pandemia. Hoje com os inúmeros movimentos de turistas e de negócios a expansão
tornou-se muito mais fácil, porém não se trata nem tratava de nenhuma realidade desconhecida ou
imprevisível. Com efeito há anos que se previa essa possibilidade e as únicas vantagens que tivemos
nos vários surtos que foram surgindo foram as dificuldades de contágio e os curtos períodos de
incubação, que evitaram que estes contágios fossem mais espalhados. Porém não se desconhecia
que as possibilidades de um vírus, ou outro agente, ser facilmente contagioso e agressivo, existiam
e, diga-se de passagem, o Covid-19 nem é particularmente mortífero nas variantes que se
conhecem. Cabe a pergunta, como seria se o fosse? E que reforços foram feitos nos serviços de
saúde? Nenhuns… só cortes. Não pode servir, ainda por cima, a pandemia para fazer retroceder a
protecção social e os direitos dos trabalhadores. Porque têm estes de suportar os custos económicos
da pandemia? Não foram eles que escolheram não trabalhar ou que puseram em lay off’s, férias
forçadas ou baixas impostas pelos patrões. Não foi por culpa sua que se deixou de produzir riqueza.
Durante o tempo que produziram, muito, mas muito raramente gozaram de qualquer benefício com
isso. A riqueza produzida foi largamente apropriada por quem já detinha os meios de produção,
mas, na hora de ter de suportar os custos rapidamente se percebeu que quem está sob a ameaça
de perder os rendimentos são os trabalhadores e não os primeiros e, pasme-se, os apoios e
derrogações cogitadas são sempre superiores para as empresas do que para as famílias. O capital
aproveita a situação para destruir o tecido produtivo, como se uma guerra se tratasse, usando os
trabalhadores como carne de canhão cerceando-lhes as capacidades de resistir condignamente.
Ninguém colocou a questão de que água, gás e luz, terão mais tarde ou mais cedo de ser pagas…
apenas se permitiu que tivessem planos de pagamentos. Mas os rendimentos dos trabalhadores,
esses desapareceram e, provavelmente para muitos deles de uma forma definitiva. Nunca vão ser
ressarcidos dos rendimentos que perderam, e perderam apenas porque lhes foi exigido que não
trabalhassem em benefício de toda a sociedade. Esse sacrifício não lhes é reconhecido, mas as
perdas das empresas e empresários sim. Com as medidas de emergência, nem sequer é garantido
que possam protestar porque os “ajuntamentos” contrariam o distanciamento social de protecção.
No frigir dos ovos, pagam o desinvestimento no sistema de saúde, que deveria dar resposta às
suas necessidades, mas que foi levado às condições mínimas pelos sucessivos governos, porque
era necessário cortar o “desperdício”, que de facto o não era; pagam o encerramento ou limitação
do seu acesso ao trabalho e que se reflecte nos seus rendimentos; e finalmente pagam também
por bens e serviços, que lhes deviam ter sido disponibilizados dentro do apregoado espírito da
“solidariedade” nacional… mas para eles a dita “solidariedade” nunca chega.
Carlos Moura Ex-vereador do PCP
Os dias (in)comuns
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ABRIL20
C aras amigas e caros amigos. Como todos sabem, estamos a atravessar um
momento extremamente sensível no País, na Europa, no Mundo e que merece,
por parte de cada um de nós, todo o respeito e apreensão. Uma pandemia é uma
situação grave, que exige de todos nós grande sentido de responsabilidade e forte
sentimento de comunidade. Conscientes de que não é fácil manter o equilíbrio,
pelo excesso de informação e, sobretudo, de desinformação que circula, pedimos que com
calma e serenidade cumpram as orientações da Direção Geral de Saúde, mantendo-se
em isolamento social, saindo apenas à rua quando estritamente necessário. Todos somos
chamados a dar o nosso contributo, em defesa de todas e de todos. O nosso contributo,
enquanto junta de freguesia, e seguindo as indicações do Governo e das autoridades, passa
por várias medidas, não só de proteção dos nossos fregueses, como também dos nossos
colaboradores, nomeadamente dos mais frágeis e em grupo considerado de risco. Por
essa razão, reduzimos os nossos serviços ao estritamente necessário, encerrando todas
as delegações, instalações desportivas, parques infantis, mesas de lazer. É importante
que nos ajudem a garantir que estes espaços, nomeadamente os que estão localizados
em jardins públicos, não são utilizados. Por isso, fiquem em casa. Em relação à nossa
população mais idosa e vulnerável, estamos a fazer o acompanhamento telefónico da
mesma, principalmente daqueles que vivem sozinhos e que não têm quem os ajude, de
forma a aferirmos as suas necessidades. Foi por eles também que optámos por manter
o serviço Porta-a-Porta na modalidade de transporte individual, para que sempre que
tenham a necessidade de sair o possam fazer na máxima segurança e de acordo com as
recomendações da DGS. Tomámos também a decisão de manter abertos os sanitários
públicos e o balneário das Taipas para que a população em situação de sem-abrigo possa
continuar a fazer a sua higiene e também se possa proteger deste vírus. Para podermos
garantir que seja possível, aumentámos a higienização destes espaços. Também mantemos
os restantes serviços de higiene urbana a funcionar, porque não podemos deixar de prestar
este importante serviço à nossa população e à nossa freguesia. Somos chamados a ser
agentes de saúde pública e a proteger-nos uns aos outros. Neste sentido, peço também a
todas e a todos que tenham especial atenção aos resíduos, acondicionando-os devidamente
e colocando-os no local apropriado. Devemos proteger-nos e proteger o próximo, é um
dever de todos os cidadãos. Recordo as palavras do Senhor Primeiro Ministro: “Esta é uma
luta pela nossa sobrevivência”. Por si, por nós, por todos! Nunca se esqueça, nós estamos
aqui, diariamente, apenas estamos menos visíveis. Estamos à distância de um telefonema
ou de um e-mail. Não hesite em contactarmos para o que precisar. Não está sozinho nesta
batalha. Conte connosco! Nós contamos consigo!
Serenidade e coragem POr CARlA MADEIRA >> Presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia
A s pessoas nesta hora de pandemia, passam as dores, as dificuldades, a aflição
que julgaram que nunca viveriam. Habituamos como estamos, à abundância da
sociedade de consumo, julgámos que os relatos dos nossos avós sobre os tempos
da segunda guerra mundial, tempos de fome, de miséria e de racionamento,
nunca seriam para nós. Desde a segunda guerra mundial que a Europa, com a
exceção da tenebrosa guerra dos Balcãs, vive em paz. Mas manda a verdade que se diga que
em Portugal sempre fomos pobres, sempre fomos emigrantes, sempre fugimos aos milhões
para todos os continentes. Emigrámos para as américas, para a Europa e para África. Em
África então, muitos rapazes nossos, soldados perderam a vida. Compatriotas e as suas
famílias regressaram com uma mão à frente e outra atrás, apenas com a roupa que tinham
vestida no corpo. O período do 25 de abril e do PREC trouxeram também convulsões
sociais que deixaram muita gente em dor, dificuldade e aflição. As dificuldades, aflições e
sobressalto, sempre fizeram parte da vida dos homens. Essa é a constante. A abundância e o
remanso são mais a exceção do que a regra. Confinados a casa e ao isolamento, impedidos
de abraçar e beijar os nossos familiares e amigos, privados de irmos trabalhar, proibidos de
sair para passear, ir à missa, ou divertir-nos, muitos juram que a nossa vida vai mudar muito
quando tudo isto terminar. No final desta pandemia, vamos sair de casa doridos porque
tivemos entes queridos que sucumbiram, empresas foram à falência, empregos perderam-
se, a vida ficou mais difícil, desconfortável e incerta. Há quem diga que milhões vão ficar
em tele-trabalho, que vamos mudar a forma como vivemos, trabalhamos, amamos e nos
divertimos. Eu digo que tudo vai permanecer bastante igual. A atração dos homens pelas
cidades vai continuar porque desde a antiguidade as pessoas movem-se para onde há mais
trabalho, desenvolvimento e riqueza. E as pessoas vão continuar a querer sair de casa para
ir trabalhar, mesmo apanhando maus transportes públicos e filas de trânsito porque somos
animais gregários e buscamos a companhia dos outros. As pessoas vão sentir uma pulsão
ainda maior para se amarem e terem filhos, constituir famílias. Porque somos humanos.
Tudo vai ficar bem POr SOFIA VAlA ROCHA >> Ex-deputada Municipal do PSD em lisboa
Unidade, determinação e esperançaPOr ANtóNIO CARDOSO >> Presidente da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica
O surgimento da COVID-19 veio afetar, de um modo progressivo e rápido, toda
a vida global do nosso tempo. Paulatinamente, este terrível novo vírus tem
vindo a atingir novos lugares do mundo, com consequências determinadas
por uma multiplicidade de fatores que variam com os povos, suas culturas e
organização social. Tendo tido a sua origem conhecida na cidade de Wuhan,
capital da província chinesa de Ubei, a COVID-19 encontra-se já hoje dominada naquela
cidade e nesta região, na sequência de uma ação política verdadeiramente gigantesca,
mas coroada com o êxito desejado por todos. No presente momento, tal como nos foi
realçado pela Organização Mundial de Saúde, a COVID-19 assentou arraiais no espaço
da União Europeia. Iniciando-se velozmente em Itália, de pronto se vem estendendo para
Norte e para Ocidente. São agora a Alemanha, a Espanha e a França as mais atingidas e
já de um modo aterrador. O Governo de Portugal manteve-se atento ao fenómeno ora em
curso desde o seu início, adotando uma estratégia gradual, olhados os condicionamentos
globais que sobre o nosso País sempre teriam de fazer-se sentir. Uma ação política que se
deve à ação do Governo, mas em que há que salientar a da Ministra da Saúde e de toda a
estrutura que comanda, muito em especial, todos os técnicos de Saúde. Não pode esquecer-
se que a ação global dos diversos ministérios diretamente envolvidos neste combate
pôs em andamento um conjunto de medidas de natureza diversa, verdadeiramente sem
paralelo nos restantes países da União Europeia. A Junta de Freguesia de São Domingos
de Benfica, no âmbito da ação global do Governo e da autarquia Lisboeta, tomou todas as
medidas consideradas imperativas a fim de se atingirem os grandes objetivos nacionais.
Não finalizámos o nosso trabalho, continuando a responder a todas as solicitações que nos
cheguem. E aqui, os nossos fregueses serão sempre absolutamente essenciais. Estamos cá e
vamos continuar a estar para servir a nossa população.
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Apoiar! POr RUI PAUlO FIGUEIREDO >> Deputado Municipal do PS
F ace à situação que todos nós vivemos, fruto do novo Coronavirus e da doença
Covid - 19, enfrentamos não só uma emergência ao nível da saúde mas também
uma futura crise económica com grandes efeitos sociais. E esperemos que não
seja também financeira! Para responder à emergência da saúde, todos temos
de continuar a fazer a nossa parte! Para continuar a ter a economia a funcionar,
também! Para responder à emergência económica e social, o Governo tem apresentado
várias medidas. Mas cada autarquia, à sua escala e dimensão, deve fazer a sua parte! E a
Câmara Municipal de Lisboa começou a fazer a sua!
Fernando Medina, com o contributo de todos os Vereadores, apresentou 15 medidas
extraordinárias de apoio às famílias, às empresas e ao emprego. A saber:
1 - Suspensão do pagamento das rendas em todos os fogos municipais até 30 de junho de
2020. Esta medida abrange 24.000 famílias e 70.000 pessoas. Após essa data o valor que não
foi cobrado poderá ser liquidado durante 18 meses - sem juros ou penalizações. A qualquer
momento, as famílias poderão solicitar a reavaliação do valor das rendas, nomeadamente
por diminuição de rendimentos do agregado, por desemprego ou quebra de rendimentos
2 - Reforço do fundo de emergência social dirigida às famílias, às instituições sociais
e à aquisição de todos os bens, serviços e equipamentos necessários nesta situação de
emergência, no valor de 25 milhões de euros.
3 - Isenção integral do pagamento de rendas de todos os estabelecimentos comerciais em
espaços municipais (câmara ou empresas municipais), que se encontrem encerrados.
Esta medida vigora até 30 de junho de 2020 e abrange também todos os quiosques e lojas
instaladas em bairros municipais que permaneçam abertas. É tomada em articulação com
a Administração do Porto de Lisboa abrangendo os estabelecimentos comerciais a operar
na área do Porto de Lisboa, sem prejuízo de particularidades específicas dos contratos
geridos por esta entidade.
4 - Isenção integral do pagamento de rendas todas as instituições de âmbito social, cultural,
desportivo e recreativo instaladas em espaços municipais até dia 30 de junho de 2020.
5 - Suspensão da cobrança de todas as taxas relativas à ocupação de espaço público e
publicidade a todos os estabelecimentos comerciais, com exceção de bancos, instituições
de crédito e seguradoras. Esta medida abrange as taxas cobradas pelas Juntas de Freguesia.
O período de suspensão de cobrança de taxas tem início retroativo 1 de março de 2020 e
termina a 30 de junho de 2020. Os estabelecimentos cuja licença anual caduque durante
este período de suspensão, só terão de solicitar essa renovação e efetuar o pagamento a
partir de 30 de junho de 2020.
6 - Aquisição regular de frescos aos produtores que comercializavam nas feiras agora
encerradas e entrega desses produtos a associações com trabalho social em Lisboa.
7 - Suspensão da entrada em vigor da disposição relativa a proibição do uso de plástico não
reutilizável até 30 de junho de 2020, de forma não dificultar o fornecimento em regime de
take-away.
8 - Assegurar a concretização do plano de investimentos para 2020 e anos seguintes da
Câmara de Lisboa e empresas municipais, estimado em 620 milhões de euros, como forma
de reforço do serviço público, apoio ao emprego, e preservação da capacidade produtiva.
9 - Manutenção em pleno funcionamento dos serviços de licenciamento urbanístico,
assegurando o recurso ao teletrabalho por mais de 400 trabalhadores destas áreas. A
medida visa apoiar toda a fileira de arquitetos, projetistas, promotores e construtores,
essenciais à recuperação do emprego e da economia.
10 - Antecipação do pagamento a projetistas, nomeadamente gabinetes de arquitetura,
engenharia e serviços técnicos. Esta antecipação traduz-se no pagamento imediato contra
entrega do projeto em até 50%, sendo o restante pagamento após aprovação como acontece
até aqui.
11 - Criação de uma equipa de apoio às micro, pequenas e médias empresas (Lisboa
Empreende), tendo em vista assegurar a informação sobre todos os apoios existentes, bem
como consultoria para mitigar os efeitos da crise e promover a recuperação económica. A
equipa será promovida pela Câmara e pela Startup Lisboa e integra especialistas nas várias
áreas.
12 - Criação de um marketplace que junta as necessidades de empresas, instituições e
municípios, às competências e ofertas do ecossistema empreendedor de Lisboa. Permitir
às startups continuarem a funcionar através do desenvolvimento de soluções tecnológicas
para os desafios atuais.
13 - Assegurar aos agentes culturais o pagamento integral dos contratos já celebrados,
nomeadamente pela EGEAC, através da recalendarização das programações da sua
adaptação para transmissão online do reforço do apoio à estrutura da entidade.
14 - Acelerar o pagamento às entidades culturais da cidade já beneficiárias de apoio, tendo
em vista apoiar a manutenção das respetivas estruturas de funcionamento.
15 - Alargamento do sistema de apoio aos agentes e atividades do setor cultural que
atualmente não estejam abrangidos por apoios municipais, nomeadamente através do
Fundo de Emergência Municipal. Ao mesmo tempo, será reforçado o fundo de apoio a
aquisições na área das artes plásticas e alargado o âmbito ao setor do livro e da arte pública.
Lisboa, começou a fazer a sua parte! Certamente, fará ainda mais! Vamos todos continuar a
fazer a nossa! Para conter a pandemia, manter a cidade a funcionar, apoiar quem precisa e,
depois, revitalizar a economia!
O trabalho cancelado na CulturaPOr tIAGO IVO CRUz >> Deputado Municipal do Bloco de Esquerda
A pandemia do Covid-19 exigiu dos executivos municipais uma série de medidas
temporárias para redução de riscos de exposição e contágio, nomeadamente o
encerramento de museus, galerias, teatros e atividades culturais e desportivas
em geral. O governo anunciou já um programa próprio para a artes, cinema
e audiovisual, onde garante os compromissos assumidos com companhias,
artistas e técnicos independentes naquilo respeita às obrigações e alcance do Estado. No
entanto, a nível municipal, muitos trabalhadores e estruturas com eventos programados nos
municípios estão a ter respostas que vão do cancelamento ao reagendamento, raramente
cumprindo o pagamento acordado entre as partes. Acresce que, na atual situação, um
reagendamento muito dificilmente resultará na realização efetiva da iniciativa programada,
resultando efetivamente num cancelamento encapotado. Na atual situação é necessário que
se estabeleça um diálogo com os municípios para garantir que os compromissos assumidos
por estes com trabalhadores e estruturas do setor são pagos nos prazos previstos de forma.
A suspensão de feiras comerciais, espetáculos, eventos desportivos, certames, e de toda
a atividade cultural nas principais cidades do país, com o cancelamento das atividades
previstas até 3 de abril e o encerramento dos equipamentos municipais, tem criado uma
situação de incerteza entre milhares de trabalhadores destas áreas que, não tendo vínculo
com nenhuma organização ou equipamento (e não estando portanto abrangidos pela regra
que permite aos trabalhadores por conta de outrem manter o seu vencimento quando a
entidade empregadora decide o afastamento do local de trabalho), se veem subitamente
sem trabalho e sem rendimento e não estão abrangidos pelas medidas excecionais já
decididas pelo Governo. A nível municipal importa por isso garantir que, no caso de eventos
cancelados devido a esta situação pandémica, se garanta também parte da remuneração
prevista para os trabalhadores e estruturas independentes, com a necessária articulação
com as medidas adotadas pela governo. O que está orçamentado tem de ser pago.
1 5
ABRIL20
Um vírus à “velocidade da luz”POr MIGUEl COElHO >> Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior
U m vírus à “velocidade da luz” paralisou socialmente e porventura
economicamente o planeta. Até aqui desconhecido, este organismo biológico,
não visível, emigrou de avião e tomou conta do nosso dia a dia. A par da sua
letalidade, que é muito elevada junto das populações de risco, contou com
a ajuda da omnipresente comunicação social, sempre ansiosa por tragédias
“mediáticas”. As redes sociais, fizeram o resto… Foi assim possível, em três meses, espalhar
o caos em alguns sistemas de saúde da União Europeia e também paralisar a economia. O
epicentro desta pandemia caminha, ao que parece, para os USA. Vamos ver o que se seguirá.
Domesticamente estamos agora a aproximar-nos do “pico” desta crise. A interrogação que
se põe não é a de sabermos se estávamos preparados. A resposta é óbvia: nem nós, nem
ninguém! Este vírus não “escolheu” continentes, povos e países e tanto atinge pobres como
ricos, classe média e classe baixa. É mesmo um vírus universal. A questão que se coloca é a de
percebermos se e como vamos ultrapassar esta catástrofe. Porque sou otimista por princípio,
e sobretudo, porque tenho fé nas imensas capacidades do ser humano, estou certo que iremos
dar a volta a esta tragédia. Situações tão dramáticas e transcendentes como a que vivemos
podem servir como catalisador de um regresso à nossa humanidade perdida ao longo
das últimas décadas, orientadas para o consumismo desenfreado, para o individualismo
e competitividade exacerbados e para a predisposição para sermos “formatados” pelas
tendências universais que nos vão sendo diariamente sugeridas pelos grupos económicos
“patrões “da comunicação social global. No nosso país isso está a acontecer. A começar pelos
profissionais da saúde, agentes de autoridade, bombeiros, cantoneiros da higiene urbana,
proteção civil e tantos outros, que conforme podemos ver todos os dias nas televisões nos dão
extraordinários exemplos de entrega e dedicação com o objetivo de salvar vidas e proteger
a saúde pública. Primeiro-ministro, Presidente da República, Direção Geral de Saúde,
Instituições públicas, partidos políticos, funcionários públicos e técnicos sociais, têm sido
exemplares no âmbito das suas responsabilidades, quer procurando com sensatez e firmeza,
ou com entrega diária à suas funções, contribuir decisivamente para que, coletivamente,
não nos entreguemos ao caos. Vizinhos que apoiam vizinhos, voluntários que se entregam
ao risco sem receios de “caírem pelo caminho”, só para ajudarem o próximo, devem-nos
fazer confiar na imensa capacidade que o ser humano tem para oferecer ao outro. A exemplo
de tantos outros municípios, Lisboa está na linha da frente deste combate. Presidente da
Câmara Municipal, Vereadores e todos, digo, todos Presidentes de Junta de Freguesia têm
funcionado “em rede” numa demonstração inequívoca de unidade e solidariedade em defesa
do interesse nacional. Aqui, na Freguesia de Santa Maria Maior estamos a cumprir com o
nosso dever. Eleitos e trabalhadores. Preparámos e aprovámos no executivo da Junta o Plano
de Emergência salvaguardando trabalhadores e garantindo o serviço público. Temos uma
retaguarda preparada para substituir os que vierem a ficar infetados. Aumentámos a nossa
carga de apoio social: alimentos, medicamentos, compras a pedido, apoio psicológico, apoio
logístico, refeições cozinhadas pela nossa “Mesa dos Afetos”, são áreas onde assistiremos
sempre as pessoas que a nós recorrem diariamente. Até aqui temos aguentado a sobrecarga.
Também não nos esquecemos das nossas coletividades e associações, tão importantes para
o sucesso desta batalha. O nosso lema para estes tempos muito duros é o de “A Junta não
Pára”. Sim, vamos todos, estamos já a ter, um enorme problema. Sem economia a funcionar,
sucumbiremos ao vírus. A abrupta interrupção do progresso económico que vínhamos
alcançando no país foi irremediavelmente interrompida. Vamos ter de começar do zero.
Famílias sem sustentabilidade económica originam ainda maiores depressões sociais.
Também aqui teremos de apelar ao nosso humanismo rejeitando os “monstros” que habitam
nas sociedades modernas: indiferença, egoísmo e consumismo desenfreado. Como disse o
Primeiro-ministro António Costa chegou o tempo de olharmos uns e pelos
outros”. E do Estado olhar por todos. Habitação, emprego e melhores salários não podem ser
os “parentes pobres” dos orçamentos que virão quando se retomar o processo interrompido
da recuperação económica. Indústrias a funcionar, fábricas a produzir, empreendedorismo
a renascer não podem fazer-nos esquecer que têm de ser acompanhados pelos valores da
solidariedade e da fraternidade entre todos. Leio com horror um qualquer governador de
um Estado da América de Trump afirmar que os velhos preferem “morrer a deixar cair a
economia”. Uma onda xenófoba cresce em alguns ambientes político e sociais tentando
imputar aos “estrangeiros” a responsabilidade do que está a acontecer. Fechar fronteiras, pôr
o exército na rua, suprimir liberdades, separar os velhos e deixar infetar a restante população,
fazem parte desta tentativa de ressuscitação da ideologia neoliberal, onde os fracos devem
morrer para benefício dos “mais aptos”. Há que resistir com serenidade, mas igualmente
com firmeza a este discurso, não tanto inócuo como alguns pensam. Sim, vamos todos
ter de fazer o que a Direção Geral de Saúde e o Governo recomendarem. Essa é a primeira
frente desta batalha que terá de ser ganha. Proteger a população é o primeiro dever de quem
tem responsabilidades políticas. Mas temos igualmente, e desde já, empenharmo-nos para
que os postos de trabalho sejam mantidos ou recuperados, para que a economia continue
a sustentar as famílias de Lisboa e, sobretudo, temos de combater o medo que nos inibe de
sermos verdadeiramente livres. Um vírus não pode fazer ao planeta e ao nosso país o que, ao
fim e ao cabo, o terrorismo não conseguiu. Somos livres e continuaremos livres.
Avenidas Novas, em tempo de pandemiaPOr ANA GASPAR >> Presidente da Junta de Freguesia das Avenidas Novas
E stamos em “tempos de guerra”, ouvimos diariamente. Em tempo real, acedemos
às informações científicas e preparamo-nos com cuidado, aqui na Freguesia de
Avenidas Novas, para de um modo sereno e planificado, encarar os desafios desta
nova fase da vida comum. Preparamos, com especial cuidado, toda a informação
veiculada através dos nossos meios da Junta de Freguesia, bem como dos contactos
diretos e das mensagens escritas para os vizinhos. Reorganizamos os serviços da Junta de
Freguesia, ao longo das diversas fases da pandemia, para estarmos, sempre, ao serviço de
quem a nós recorre. Organizamos dia a dia, a distribuição de 500 kits de refeição, compostos
por pequeno almoço, almoço, lanche e jantar, a toda uma população vasta, variada e mais
carente do nosso território. Na Escola Básica Mestre Arnaldo Louro de Almeida, também
diariamente, é feita a distribuição de kits de alimentação aos alunos dos escalões A, B e NEE.
A compra de fármacos e de produtos alimentares para quem, embora isolado, tem mais poder
aquisitivo, é, igualmente, um trabalho diário e relevante. Estão a ser efetuados contactos
diretos, escritos e orais, com todos os vizinhos que foram abordados, em fase inicial, pelo
Projeto Radar, e que, em análise contrastiva com o Atlas de Lisboa, podemos alcançar
e dizer “presente e ao dispor”. Este será, certamente, à escala da nossa amada Cidade, o
desafio maior. Este é, realmente o mais intenso e inesperado desiderato do nosso mandato.
Intenso e inesperado como a Vida, a que voltaremos com a cooperação de todos. Propomos
aos vizinhos e às vizinhas, o ficar em casa, o voltar a casa, o cuidar de si, sem esquecer o
Outro, e sobretudo, o poder dispor de nós, na Junta de Freguesia. Esta fase, muito crítica na
nossa vida social económica, sanitária e de saúde publica, desaguará, certamente, num mar
de encontro(s) único(s). Voltamos a saudar, da varanda, o vizinho do lado, retomamos as
brincadeiras pueris, reinventamos jogos e canções em família, e damos a maior atenção, com
o “real tempo de qualidade” às crianças e jovens (incentivo e apoio ao estudo) e aos idosos,
dedicamos também mais tempo à arte e à cultura, os nossos “alimentos“ perenes e, talvez
e finalmente, uma prática concreta, de “decrescimento”, que abordaremos pós pandemia.
Estamos a construir, queridos vizinhos e vizinhas, um paradigmático sentido de pertença
que queremos continuar a fortalecer com todos, e com a permanente colaboração da Câmara
Municipal de Lisboa e das outras juntas de freguesia. Aqui estamos, contam connosco!
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ficha técnica Director francisco Morais BarrosEditor Media titulo Unipessoal, Lda.
Rua Francisco Rodrigues Lobo, nº 4-A, 1070-134,Campolide, Lisboa Portugal
Tel 21-8861666 | NIPC 510776213 | Nº de Registo na ERC 125327 | Depósito Legal: 270155/08 | Tiragem mínima: 15.000 exemplares | Periodicidade: MensalAs opiniões expressas nos artigos de Opinião são exclusiva responsabilidade dos seus autores. Os textos da secção “Jornal das Freguesias” são da responsabilidade das autarquias em causa.
Paginação Paulo Vasco SilvaPropriedade carlos freitasimpressão fiG, S.a.
> EStíMUlO à ECONOMIA
Câmara de Lisboa aprova Plano de apoio às famílias e empresas
> COMBAtE AO CONtÁGIO DE COvID-19
Serviços de entregas ao domicílio protegem os mais vulneráveis
A Câmara Municipal de Lisboa
aprovou um plano com 15 medidas
de apoio às famílias e às empresa e
de estímulo à economia da cidade.
A Câmara Municipal de Lisboa, na reunião do
passado dia 24 de Março, aprovou um pacote
de 15 medidas que se destinam a proteger e
apoiar as famílias e as empresas e a estimu-
lar a economia. Como sublinhou Fernando
Medina, presidente da Câmara, este pacote foi aprovad
pelos 17 vereadores de todos os partidos e contou com
contribuições de todos os partidos. Para o presidente da
Câmara de Lisboa, a aprovação deste plano de estímulo
e apoio económico é um “sinal claro e forte de apoio às
faílias, às empresas, ao emprego e ao investimento”. De
entre aquelas medidas destacam-se a suspensão do pa-
gamento de rendas de habitações municipais até ao dia
30 de Junho próximo, representando cerca de 24 mil
famílias. Esse valor poderá ser pago em 18 meses sem
qualquer juro. A Câmara também isentou os estabele-
cimentos que funcionam em espaços da edilidade ou de
empresas municipais e que estejam fechados de pagar
renda também até ao dia 30 de Junho. Do mesmo modo,
e até à mesma data, o município isentou de pagamento
de renda as instituições de carácter social, cultural, des-
portivo ou recreativo cujas instalações se localizem em
edifícios municipais. No âmbito do estímulo à econo-
mia local, a Câmara suspendeu, em concertação com
as Juntas de Freguesia, a cobrança de taxas de ocupação
da via pública e publicitárias, excepto para entidades fi-
nanceiras como bancos e seguradoras. Noutra vertente,
a edilidade vai adquirir produtos frescos aos produtores
que vendem nas feiras, entregando-os a instituições de
carácter social. De entre as medidas aprovadas pela Câ-
mara, destaca-se ainda a decisão de acelerar o plano de
investimentos da edilidade e das empresas municipais
para este 2020 e anos seguintes, num totla de cerca de
620 milhões de euros.
ADirecção-Geral da Saúde recomendou reco-
lhimento e as Juntas de Freguesia de Lisboa
criaram serviços de apoio à população que ga-
rantem o isolamento social e a permanência
em casa das pessoas mais vulneráveis. Todos os idosos
com mais de 65 anos, doentes crónicos e pessoas em
quarentena determinada por autoridade de saúde têm ao
seu dispôr serviços que lhes asseguram o recolhimento
nas suas casas sem que nada lhes falte. As 24 Juntas de
Freguesia da capital já têm no terreno pessoas – funcio-
nários e voluntários – que asseguram a entrega de bens
essenciais e de medicamentos nas casas das pessoas que
integram os grupos de risco (ver Página 2).
Algumas, até oferecem serviços de passeio de animais de
companhia e de pequenas reparações.
A partir do momento em que a Direcção-Geral da Saú-
de recomendou o isolamento social e a permanência em
casa das pessoas mais vulneráveis, todas as Juntas de
Freguesia de Lisboa criaram serviços de apoio à popu-
lação.
Quer aqueles que se encontram em isolamento nas suas
casas, quer os que prestam este serviço estão protegidos
em relação ao contágio do Coronavírus, porque os pres-
tadores destes serviços estão equipados com luvas, de-
sinfectantes, guardam distâncias de segurança e deixam
os bens à porta das casas.
ajuda – “Vamos às compras por si”A Junta de Freguesia da Ajuda tem estado a contactar os
Ajudenses mais idosos e isolados. A autarqui não quer
que ninguém fique esquecido, pelo que, quem ainda não
foi contactado pela Junta de Freguesia da Ajuda e pre-
cisar de apoio, deve ligar grátis para o 800 210 088 (das
9h00 às 15h00).
A Junta vai às compras, de bens de primeira necessida-
de e artigos de farmácia, pelos fregueses si. Este serviço
destina-se a residentes com mais de 65 anos ou casos ex-
cepcionais de comprovada necessidade.
areeiro – “olá bom dia” A Junta de Freguesia do Areeiro está a apoiar as pessoas
e a entregar bens de primeira necessidade a quem neces-
sita.
A Junta vai respondendo às necessidades da população
mais vulnerável à medida que esta se manifesta, seja
comprando alimentos ou fármacos. O programa “Olá,
Bom dia”, através do qual a Junta já acompanhava o esta-
do da população mais idosa semanalmente, e o progra-
ma Radar estão a ser aliados na identificação de elemen-
tos de risco.
Os contactos podem ser feitos por telefone 218 400 253,
de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h ou através do e-
-mail [email protected].
arroios – “não saia de casa. nós fazemos as compras por si”No âmbito das medidas de apoio que a Junta de Fregue-
sia de Arroios tem vindo a elaborar para minimizar o im-
pacto do atual problema de saúde pública (COVID-19),
informamos que foi elaborado o programa “Não Saia de
Casa”.
Este programa visa auxiliar os seguintes grupos de pes-
soas na realização de compras:
• Pessoas com mais de 60 anos;• Pessoas com mobilidade reduzida;• Doentes crónicos;• Pessoas em situação de isolamento profilático.
Poderá informar ou sinalizar pessoas que precisem des-
se apoio através do 967 879 074 ou do endereço acaoso-
[email protected], entre as 9h30 e as 15h00.
benfica - “não saia de casa. nós fazemos as compras por si”O gabinete de ação social da Junta de Freguesia de Benfi-
ca iniciou dia 17 o serviço de entregas ao domicílio inte-
grado no plano de contingência ao covid-19. A iniciativa
será levada a cabo por voluntários e profissionais da Jun-
ta, que já está a contactar os moradores com mais de 60
anos. O serviço vai levar bens de primeira necessidade à
porta dos seniores. A entrega será por um operacional da
junta ou por um voluntário com identificação.
“Dispomos de uma equipa de dez técnicos que já en-
trou em contacto com 3300 idosos e alguns já estão a ser
acompanhados por psicólogos”, revela Ricardo Marques,
presidente de Benfica.
Ainda que seja dada prioridade aos moradores com mais
de 60 anos, o gabinete de ação social também vai abran-
ger doentes crónicos e utentes do atendimento social.
Os contactos podem ser feitos por email, para atendi-
[email protected] ou, por telefone, 21 712 3003
/ 21 713004 de segunda a sexta feira, das 09h30 às 16h.
olivaisA Junta de Freguesia de Olivais está a prestar apoio a to-
dos as pessoas com mais de 65 anos residentes na Fre-
guesia.
Em caso de necessidade de apoio, os fregueses devem
contar com a Junta através dos telefones 218 540 690 ou
919 477 100
santo antónio – “não saia de casa. nós fazemos as compras por si”O serviço de entregas ao domicílio na Freguesia de Santo
António conta com oito elementos das equipas de apoio
social que se deslocam em pares.
As pessoas ligam e dizem o que necessitam, desde ali-
mentos a fármacos.
Quando a compra de medicamentos está sujeita a receita
médica deslocam-se primeiro à casa da pessoa e o pro-
cesso é idêntico a partir daí.
Fica tudo à porta.
Os contactos podem ser feitos por telefone 932 432 552,
de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h.
Quem quiser ser voluntário nesta Freguesia deve contactar
a autarquia para [email protected].