digital carp magazine #02

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Entrevista Hugo Janeiro Mundial Pesca à Carpa 2013 Internacional Jesus Cruz Nevado e Óscar Borrego (Espanha) Borgeat Julien (Suíça) Simon Cardy (África do Sul) Mais... Carpistas Portugueses pelo Mundo! Especial Frabrico de Boiles, Pedro Simon Pimon Produtos Capturas Técnicas, Truques e Dicas DCM # 02 DEZEMBRO 2013

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Page 1: Digital Carp Magazine #02

EntrevistaHugo Janeiro

Mundial Pesca à Carpa 2013InternacionalJesus Cruz Nevado eÓscar Borrego (Espanha)Borgeat Julien (Suíça)Simon Cardy (África do Sul)Mais...Carpistas Portugueses pelo Mundo!

EspecialFrabrico de Boiles,Pedro Simon Pimon

ProdutosCapturasTécnicas, Truques e Dicas

DCM # 02 DEZEMBRO 2013

Page 2: Digital Carp Magazine #02

Pesca�teamCaRP

www.pescateamcarp.com

HORÁRIO: SEGUNDA A SÁBADO 10 ÀS 13.30 / 14.30 ÀS 21 HORAS

as nossas marcas

Morada da loja: Quinta do Grilo Lote A C/V Esquerda A - 3500-602 Viseu - Portugal

FORMAS DE PAGAMENTO : Transferência Bancária; Contra Reembolso PORTES GRATUITOS

comprassuperioresa 75 euros

comprassuperioresa 175 euros

02

Page 3: Digital Carp Magazine #02

EditorialNo mundo da música, quando um grupo lança o

seu segundo disco, é considerada a prova de fogo! É com ele que se confirma a direção tomada, e onde se conseguem os apoios que poderão transformar o grupo num caso sucesso, ou simplesmente em mais um entre muitos.

Felizmente, na DCM não temos que responder perante editores, ou pressões da parte dos patrocina-dores. A única referência que temos em mente, são os nossos leitores, que são a razão pela qual existimos.

Quando lançamos a primeira edição, não conseguíamos prever quando poderíamos fazer uma segunda. É claro que não era por falta de vontade, mas não sabíamos se iriamos ter conteúdo, nem para quando. Na realidade, sobrou material da primeira edição, assim como nasceram novas ideias, como o caso do passatempo que aparece pela primeira vez nesta segunda edição. Ainda assim, não vamos prometer que a terceira edição será lançada com o mesmo espaço de tempo que houve entre estas, apesar de haver material que já foi deslocado para a DCM #03, que teremos todo o prazer em partilhar convosco. As contribuições que temos tido não só nos facilitam a vida, como nos dão muito prazer, pois demonstra que as pessoas se deixaram motivar pela partilha das suas aventuras ou simples opiniões. A prova disso mesmo são os repe-tentes que temos nesta edição.

O campeonato do mundo de Carp Fishing realizou-se há bem pouco tempo, como tal, ter os campeões na capa da DCM #02 parece-nos mais que justo, especialmente porque estes campeões nos enchem de orgulho, pois são portugueses! A eles os nossos parabéns, e o nosso obrigado.

Só vejo mais um motivo para esticar um pouco mais este editorial, e tem a ver com a iniciação no Carp Fishing de novos pescadores. Cabe-nos a nós, pescado-res nesta modalidade com alguns anos e experiência, ajudar quem entra de novo, ou tenta entrar! É preciso muito cuidado neste campo, pois um novo recruta para esta nossa batalha da pesca sem morte, pode trazer consigo episódios recentes de pescarias onde o peixe foi morto. Devemos então criticá-los por isso ou condená-los? Claro que não! Temos por obrigação, alertar e sensibilizar estes novos pescadores para as vantagens de devolver o peixe à água, fazer deles tão bons quanto nós somos, devolver o peixe como nós devolvemos, não deixar o lixo nos pesqueiros, como nós não deixamos! Hoje! Porque um dia, praticamente todos nós já estivemos no papel deles, e alguém nos ajudou!

Boa leitura,

Marcamos encontro à beira da água!

A equipa DCM

Pesca�teamCaRP

www.pescateamcarp.com

HORÁRIO: SEGUNDA A SÁBADO 10 ÀS 13.30 / 14.30 ÀS 21 HORAS

as nossas marcas

Morada da loja: Quinta do Grilo Lote A C/V Esquerda A - 3500-602 Viseu - Portugal

FORMAS DE PAGAMENTO : Transferência Bancária; Contra Reembolso PORTES GRATUITOS

comprassuperioresa 75 euros

comprassuperioresa 175 euros

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Page 4: Digital Carp Magazine #02

DCM: Há quanto tempo praticas Carp Fishing?

HJ: Pratico Carp Fishing há aproximadamente 10

anos.

DCM: Já pescavas antes? Começaste com que

idade?HJ: Sim já pescava. Comecei por ir à pesca aos 5

anos, mas é óbvio que não pescava grande coisa

(risos)! Desde bem cedo que o vício tomou conta de

mim. De início pescava à francesa, inglesa e achigã,

até que descobri o Carp Fishing.

DCM: Quem te introduziu no mundo da pesca?

HJ: O meu pai e o meu irmão, desde muito cedo que

o bichinho da pesca me foi implantado no corpo.

Mais tarde comecei também a pescar com o meu

melhor amigo, Ricardo Santos.

DCM: Como descobriste o Carp Fishing?

HJ: Descobri o Carp Fishing na barragem do Monte

quando lá cheguei, havia uma prova do campeo

nato nacional de Carp Fishing. Fiquei pasmado a

olhar para todo aquele equipamento. Quando che

guei a casa passei horas na net á procura de perce

ber este tipo de pesca e desde esse dia esta modali

dade é parte integrante da minha vida.

DCM: Pescas sozinho ou para ti o Carp Fishing é

uma modalidade de equipa?

HJ: A partir do momento que conheci o Carp Fishing,

juntamente com o Ricardo, praticamos esta modali

dade sempre juntos. Para mim esta é uma modali

que se pode praticar sozinho mas em equipa tudo

as alegrias, as conquistas.

DCM: Ainda te lembras da primeira captura com

esta técnica?HJ: Claro que sim, há momentos que não se esque

cem e este foi um deles. A alegria foi enorme e

apesar de não ter sido um peixe muito grande para

mim foi como se fosse o recorde do mundo.

DCM: E a captura que mais prazer te deu?

HJ: Não tenho “uma” captura que me desse mais

sua maneira.

DCM: Qual é o segredo para conseguir tantas e tão

maravilhosas capturas?

HJ: Essa é uma pergunta difícil de responder, pois

DCM: Em termos de iscos, tens preferência por

Sementes ou Boilies?

HJ: Sementes. Uma vez que nas barragens onde

mais pesco não é possível seleccionar o peixe com

o tipo de isco usado (uma carpa de 12kg come o

mesmo que uma de 30kg).

usar?

dependente deste tipo de iscos. Este isco garante

meu isco ou não e essa garantia é muito importante,

principalmente em sítios onde me coloco à pesca e

não volto a tocar nas canas durante a sessão,

mesmo que esta dure cinco dias. Uso SEMPRE!

DCM: És adepto de Dips ou Aditivos nos iscos ou

preferes o mais natural possível?

em que tipo de águas estou à pesca e até da altura

do ano, mas normalmente uso o mais natural

possível.

DCM: Como costumas fazer as engodagens? Leves

ou pesadas? Ou depende da água em questão?

HJ: Depende muito do tipo de água onde pesco. As

duas barragens onde mais pesco são opostas no

Nome: Hugo Janeiro

Idade: 29Eng.º Agrónomo

PB: 22,2kg Portugal, 23,5Kg Espanha

edição, disse-me: “Estou quase nas trezentas capturas com dois dígitos”! Bastaria esta

resposta para perceber que estamos a falar de um pescador de topo! Não é fácil atingir esta

marca, especialmente num país onde as Carpas grandes não são assim tantas nem tão

fáceis de apanhar, tornando ainda mais especial a carreira deste Carpista, grande parte

dela passada na companhia do amigo de longa data, Ricardo Santos. Qual é o segredo para

conseguir tantas e tão maravilhosas capturas? Já vão saber a seguir….

que respeita a engodagens. Numa delas são engo

dagens muito leves e na outra super pesadas. Tudo

depende também da época, normalmente nos

meses mais frios aligeiro sempre as engodagens.

DCM: Qual o tipo de montagem que mais usas?

HJ: Sempre Inline.

DCM: É uma questão de gosto ou pensas que

funciona melhor que as outras?

HJ: Penso que funciona melhor, principalmente

outros tipos de montagem.

DCM: Qual a época do ano que mais te agrada

pescar?HJ: Gosto de pescar todo o ano. Se falarmos de qual

a melhor época para tirar os maiores exemplares,

DCM: Na linha mãe no carreto, o que costumas

colocar? Entrançado, Nylon ou Fluoro Carbono?

HJ: Depende muito do local de pesca e da distância

costumo pescar em águas muito cristalinas. Em

DCM: Qual a vantagem que vez nessa linha?

(Fluoro Carbono)

invisibilidade, uma vez que pesco em baixas

profundidades e águas muito cristalinas.

DCM: E nos estralhos? Rígidos, Soft ou combina-

dos?HJ: Adoro o Combi Rig!

DCM: Eu sei que usas canas de 13 pés, qual a vanta-

gem que vês nestas canas em relação às de 12?

HJ: Para o tipo de pesca que eu pratico, não muito

longe da margem, não tem qualquer vantagem, é

Entrevista

Apesar de morar na Suíça, não são raras as vezes que o nosso convidado pesca em

águas francesas, pelas quais tem muita admiração. Sempre disposto a pescar ao

limite, mantém-se sempre atento ao meio ambiente, que tanta vez nos ajuda na con-

cretização de uma boa captura.

Já há muito tempo que constatamos uma evolução

constante no domínio da pesca à carpa. Quer seja ao nível -

rem o mais possível com a comida natural, quer seja a nível

de material ou técnicas de pesca. Tudo isto se tornou mais

peixes maiores e mais velhos.

Vou utilizar alguns dos meus conhecimentos para tentar

-

deslocarmo-nos alguns quilómetros para darmos de caras

com as águas de um lago, um canal ou um rio, povoadas por

dezenas de espécies de peixes. Em todas elas, é pratica-

mente certo que vamos encontrar carpas, onde cada massa

de água constitui uma maravilha da natureza e cada lugar

comida natural o que permite aos peixes crescer rapida-

mente. Esta é a principal razão pela qual, a maio-

ria dos pescadores internacionais percorrem

milhares e milhares de quilómetros para pescar

nestas águas.

massa de água mediante as estações do ano.

Como mencionei anteriormente a França é um

paraíso para os Carpistas, é por este motivo que

atraem toda a minha atenção e por vezes a

sucesso. O primeiro parâmetro que deve entrar

em linha de conta é a localização do peixe

localização na nossa pesca. Não serve de nada

engodar com os melhores iscos do mundo senão

pescarmos onde o peixe se encontra. Esta é uma

-

repouso e as zonas de alimentação. Regra geral

as duas zonas não distam muito uma da outra. -

rança. É costume encontrar peixes nas suas pro-

ximidades, estes irão tentar arranjar comida o

mais perto possível do local de

repouso/segurança.-

ções do ano

A carpa é um peixe que tem um regime

tudo. Costumamos dizer que quando mais

velhas são, maior a tendência têm a ter um

regime carnívoro. É muito tolerante às variações

de temperatura, razão pela qual a conseguimos

As Estaçõesdo Ano Julien Borgeat

Team Aquabaits

Uma das belas capturas de verão!

O Carp Fishing é vício, é paixão, é um pouco de

dia de trabalho, um dia de muito calor, tivesse deci-

dido carregar o carro e arrancado numa viagem de

durar menos de 24h.

Cada minuto no carro era um crescente de -

sessões lá tinham sido produtivas. Não havia nada

estavam prontas. O resto do material seria acondi-

cionado depois.

fez disparar a adrenalina pela primeira vez. Peixe

ter um record a caminho. Não podia facilitar. Carreto

não brincam. Quando a lombada foi visível pela

para bater record pessoal em águas nacionais.

realmente memorável.

para a noite. Recostei-me com o saco cama. O sono

ter adormecido pela 1h00.

enevoado, estico-me para ver as canas, mas tudo

canas mas nada...rio parado, nada de atividade.

segundos a chegar as canas. Quando lá cheguei o

Onde nos leva a Paixão

e a esticar a linha. Batalhou um pouco mas acabou

por ceder. Mais uma no tapete.

haveria de arrancar nenhuma cana tão rápido.

alarmes. Saltos e mais saltos na água, alguns de

voltassem ao fundo poderia haver mais capturas.

de luz, não se ouvia saltos na água. Olhei para o rio

e vi imensas bolhinhas. Parecia água a ferver -

ria de me levantar não tardava. Mal tive tempo de

terminar o raciocínio arranca uma das canas. Estava

cruzar linhas várias vezes. O uso de back leads

tapete ainda assim.

chamada de um amigo. O grande responsável pela -

Um dos belos exemplares do Douro.

O prazer de realizar uma destas capturas é enorme,

e pode ver-se estampado na cara de felicidade.

Talvez como aí em Portugal, muito dos locais onde

normalmente pesco, o número de Carpas Espelhadas é

muito reduzido, isto faz com que este seja um troféu

muito procurado e felicitado.

Tenho tentado nestes últimos anos fazer sempre

uma sessão mais longa no início de Outubro. Como há

um feriado que calha a uma segunda-feira, na primeira

ou segunda do mês, perguntei ao “Boss” se podia tirar

quinta-feira e sexta-feira antes desse bendito dia.

Com a autorização dada coloquei o plano em

andamento, falei com o meu companheiro Val e

concordamos que iríamos mais para norte, para um

sítio onde algumas monas espelhadas vêm sendo

apanhadas nestes últimos dois ou três anos. Ele tinha

de trabalhar quinta-feira e metade de sexta, mas iria ter

comigo logo que tivesse essa possibilidade.

Assim chegou o dia, com o carro cheio até ao teto

certo pesqueiro que tem produzido bom peixe, mas

Cheguei ao destino e com grande espanto vejo um

carro lá parado, surpresa maior, as placas da matrícula

eram de Oklahoma, milhares de quilómetros de distân-

cia! Só podia ser o Dave, dono da maior casa de pesca

com material de Carp Fishing dos EUA, e que eu

conheço há mais de 12 anos! Era uma maravilha, já

tinha companhia para a primeira noite.

A ideia dele era ir embora na sexta-feira, mas

A sessão começou então, para mim foi muito boa,

pois foi sempre a subir na escala, tendo acabado com a

captura que é o meu atual PB de Mirror.

O Val apanhou também algumas, assim como o

Dave. No geral foi uma sessão calma mas mesmo assim

memorável.

A parte mais engraçada, foi quando o Dave teve

que ir atender a um chamamento da natureza, uma das

suas canas arrancou, tendo sido eu a levar o peixe ao

tapete!

pois foi o primeiro peixe capturado logo a seguir a

sabermos a triste notícia de que um membro do nosso

clube e famoso pescador, havia falecido depois de

uma luta intensa contra o cancro.

Para acabar numa boa nota, entre boa comida, boa -

nado que para o ano iríamos repetir a sessão!

território americano, e com os quais apanhei o meu

novo recorde.

Luís Miguel Ângelo

O novo recorde pessoal de Carpa Espelhada!

O Dave, com uma linda captura!

Participamnesta edição:- Hugo Janeiro- Borgeat Julien- Jesus Cruz Nevado- Luís Francisco- José Rodrigues- André Garcia- To-Zé- José e João Chambel- Renato Almeida- Rui Lucas da Silva- Luís Miguel Ângelo- Simon Cardy- Óscar Borrego- Gary Currin- Paulo Santos- Pedro Simon- entre outros...

Equipa DCM:- Rui Peixoto

- Paulo Gomes

- António Lopes

- Diogo Durais

- Nuno Lima

- Orlando Loureiro

A todas estas pessoas que tornaram possível a real-ização deste projeto e a todos os que contribuíram de alguma forma, seja no envio de perguntas, imagens, comentários ou um simples “gosto” na página do Facebook, um grande obrigado da nossa parte, pois tudo isto nos motiva e dá força para continuar.

Queremos que esta seja uma revista feita por vós e para vós. Sem o vosso apoio não nos será possível ganhar esta luta comum pela divulgação de informação e união entre Carp-istas. Enviem sugestões, fotos, comentários, dicas, artigos grandes ou pequenos… tudo aquilo que gostariam de ver publicado nesta vossa revista para: [email protected].

https://www.facebook.com/digitalcarpmagazine

Editorial ................................................................................................. 3Sumário/Índice .................................................................................... 4Noticias ................................................................................................. 6Douro, Em Busca dos Dois Dígitos ................................................ 10Perguntas e Respostas .................................................................... 14Análise ................................................................................................ 20Nacional Pesca à Carpa 2013 ........................................................ 22Entrevista: Hugo Janeiro ................................................................. 24Foto Alterada ..................................................................................... 30Pesca nos Santos .............................................................................. 32Rio Tormes ......................................................................................... 40O Percurso de um Carpista ............................................................. 46Análise: Leadcore vs Fluoro Carbono ........................................... 54Federação Portuguesa Pesca Desportiva;

• Mensagem do Presidente ..................................................... 56• Mundial Pesca à Carpa 2013 ................................................ 58• Nacional Pesca à Carpa 2014 ............................................... 62

Novidades Produtos ......................................................................... 64Pimon Baits Evolución ..................................................................... 661º Encontro Carpistas Alentejanos .............................................. 74Chasing the Dream Pt2: Visitas de Outono ................................ 78Análise: Trakker Big Snooze Plus .................................................. 84TT&D: Cozer Sementes .................................................................... 85As Estações do Ano .......................................................................... 86Pescar em Pequenos Lagos ............................................................ 94TT&D: Montagens ............................................................................. 98Onde nos Leva a Paixão ................................................................ 102Navegação: Sondas ........................................................................ 106Análise: MK2 Carp Porter ............................................................. 110Searching for Mirrors .................................................................... 112Suiss Carp Hunters ......................................................................... 116TT&D: Pesos Traseiros ................................................................... 121Paixão sem Limites ........................................................................ 122Capturas ........................................................................................... 128Momentos Insólitos ....................................................................... 130Saudades da Rússia ....................................................................... 132Cuidados de Saúde ........................................................................ 136Tabelas Lunares .............................................................................. 137Iktus Catch Report .......................................................................... 138TT&D: Comida ................................................................................. 140Iktus: Do Outro Lado do Lago ...................................................... 142 Informação Fábricas ..................................................................... 148

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Page 5: Digital Carp Magazine #02

DCM: Há quanto tempo praticas Carp Fishing?

HJ: Pratico Carp Fishing há aproximadamente 10

anos.

DCM: Já pescavas antes? Começaste com que

idade?HJ: Sim já pescava. Comecei por ir à pesca aos 5

anos, mas é óbvio que não pescava grande coisa

(risos)! Desde bem cedo que o vício tomou conta de

mim. De início pescava à francesa, inglesa e achigã,

até que descobri o Carp Fishing.

DCM: Quem te introduziu no mundo da pesca?

HJ: O meu pai e o meu irmão, desde muito cedo que

o bichinho da pesca me foi implantado no corpo.

Mais tarde comecei também a pescar com o meu

melhor amigo, Ricardo Santos.

DCM: Como descobriste o Carp Fishing?

HJ: Descobri o Carp Fishing na barragem do Monte

quando lá cheguei, havia uma prova do campeo

nato nacional de Carp Fishing. Fiquei pasmado a

olhar para todo aquele equipamento. Quando che

guei a casa passei horas na net á procura de perce

ber este tipo de pesca e desde esse dia esta modali

dade é parte integrante da minha vida.

DCM: Pescas sozinho ou para ti o Carp Fishing é

uma modalidade de equipa?

HJ: A partir do momento que conheci o Carp Fishing,

juntamente com o Ricardo, praticamos esta modali

dade sempre juntos. Para mim esta é uma modali

que se pode praticar sozinho mas em equipa tudo

as alegrias, as conquistas.

DCM: Ainda te lembras da primeira captura com

esta técnica?HJ: Claro que sim, há momentos que não se esque

cem e este foi um deles. A alegria foi enorme e

apesar de não ter sido um peixe muito grande para

mim foi como se fosse o recorde do mundo.

DCM: E a captura que mais prazer te deu?

HJ: Não tenho “uma” captura que me desse mais

sua maneira.

DCM: Qual é o segredo para conseguir tantas e tão

maravilhosas capturas?

HJ: Essa é uma pergunta difícil de responder, pois

DCM: Em termos de iscos, tens preferência por

Sementes ou Boilies?

HJ: Sementes. Uma vez que nas barragens onde

mais pesco não é possível seleccionar o peixe com

o tipo de isco usado (uma carpa de 12kg come o

mesmo que uma de 30kg).

usar?

dependente deste tipo de iscos. Este isco garante

meu isco ou não e essa garantia é muito importante,

principalmente em sítios onde me coloco à pesca e

não volto a tocar nas canas durante a sessão,

mesmo que esta dure cinco dias. Uso SEMPRE!

DCM: És adepto de Dips ou Aditivos nos iscos ou

preferes o mais natural possível?

em que tipo de águas estou à pesca e até da altura

do ano, mas normalmente uso o mais natural

possível.

DCM: Como costumas fazer as engodagens? Leves

ou pesadas? Ou depende da água em questão?

HJ: Depende muito do tipo de água onde pesco. As

duas barragens onde mais pesco são opostas no

Nome: Hugo Janeiro

Idade: 29Eng.º Agrónomo

PB: 22,2kg Portugal, 23,5Kg Espanha

edição, disse-me: “Estou quase nas trezentas capturas com dois dígitos”! Bastaria esta

resposta para perceber que estamos a falar de um pescador de topo! Não é fácil atingir esta

marca, especialmente num país onde as Carpas grandes não são assim tantas nem tão

fáceis de apanhar, tornando ainda mais especial a carreira deste Carpista, grande parte

dela passada na companhia do amigo de longa data, Ricardo Santos. Qual é o segredo para

conseguir tantas e tão maravilhosas capturas? Já vão saber a seguir….

que respeita a engodagens. Numa delas são engo

dagens muito leves e na outra super pesadas. Tudo

depende também da época, normalmente nos

meses mais frios aligeiro sempre as engodagens.

DCM: Qual o tipo de montagem que mais usas?

HJ: Sempre Inline.

DCM: É uma questão de gosto ou pensas que

funciona melhor que as outras?

HJ: Penso que funciona melhor, principalmente

outros tipos de montagem.

DCM: Qual a época do ano que mais te agrada

pescar?HJ: Gosto de pescar todo o ano. Se falarmos de qual

a melhor época para tirar os maiores exemplares,

DCM: Na linha mãe no carreto, o que costumas

colocar? Entrançado, Nylon ou Fluoro Carbono?

HJ: Depende muito do local de pesca e da distância

costumo pescar em águas muito cristalinas. Em

DCM: Qual a vantagem que vez nessa linha?

(Fluoro Carbono)

invisibilidade, uma vez que pesco em baixas

profundidades e águas muito cristalinas.

DCM: E nos estralhos? Rígidos, Soft ou combina-

dos?HJ: Adoro o Combi Rig!

DCM: Eu sei que usas canas de 13 pés, qual a vanta-

gem que vês nestas canas em relação às de 12?

HJ: Para o tipo de pesca que eu pratico, não muito

longe da margem, não tem qualquer vantagem, é

Entrevista

Apesar de morar na Suíça, não são raras as vezes que o nosso convidado pesca em

águas francesas, pelas quais tem muita admiração. Sempre disposto a pescar ao

limite, mantém-se sempre atento ao meio ambiente, que tanta vez nos ajuda na con-

cretização de uma boa captura.

Já há muito tempo que constatamos uma evolução

constante no domínio da pesca à carpa. Quer seja ao nível -

rem o mais possível com a comida natural, quer seja a nível

de material ou técnicas de pesca. Tudo isto se tornou mais

peixes maiores e mais velhos.

Vou utilizar alguns dos meus conhecimentos para tentar

-

deslocarmo-nos alguns quilómetros para darmos de caras

com as águas de um lago, um canal ou um rio, povoadas por

dezenas de espécies de peixes. Em todas elas, é pratica-

mente certo que vamos encontrar carpas, onde cada massa

de água constitui uma maravilha da natureza e cada lugar

comida natural o que permite aos peixes crescer rapida-

mente. Esta é a principal razão pela qual, a maio-

ria dos pescadores internacionais percorrem

milhares e milhares de quilómetros para pescar

nestas águas.

massa de água mediante as estações do ano.

Como mencionei anteriormente a França é um

paraíso para os Carpistas, é por este motivo que

atraem toda a minha atenção e por vezes a

sucesso. O primeiro parâmetro que deve entrar

em linha de conta é a localização do peixe

localização na nossa pesca. Não serve de nada

engodar com os melhores iscos do mundo senão

pescarmos onde o peixe se encontra. Esta é uma

-

repouso e as zonas de alimentação. Regra geral

as duas zonas não distam muito uma da outra. -

rança. É costume encontrar peixes nas suas pro-

ximidades, estes irão tentar arranjar comida o

mais perto possível do local de

repouso/segurança.-

ções do ano

A carpa é um peixe que tem um regime

tudo. Costumamos dizer que quando mais

velhas são, maior a tendência têm a ter um

regime carnívoro. É muito tolerante às variações

de temperatura, razão pela qual a conseguimos

As Estaçõesdo Ano Julien Borgeat

Team Aquabaits

Uma das belas capturas de verão!

O Carp Fishing é vício, é paixão, é um pouco de

dia de trabalho, um dia de muito calor, tivesse deci-

dido carregar o carro e arrancado numa viagem de

durar menos de 24h.

Cada minuto no carro era um crescente de -

sessões lá tinham sido produtivas. Não havia nada

estavam prontas. O resto do material seria acondi-

cionado depois.

fez disparar a adrenalina pela primeira vez. Peixe

ter um record a caminho. Não podia facilitar. Carreto

não brincam. Quando a lombada foi visível pela

para bater record pessoal em águas nacionais.

realmente memorável.

para a noite. Recostei-me com o saco cama. O sono

ter adormecido pela 1h00.

enevoado, estico-me para ver as canas, mas tudo

canas mas nada...rio parado, nada de atividade.

segundos a chegar as canas. Quando lá cheguei o

Onde nos leva a Paixão

e a esticar a linha. Batalhou um pouco mas acabou

por ceder. Mais uma no tapete.

haveria de arrancar nenhuma cana tão rápido.

alarmes. Saltos e mais saltos na água, alguns de

voltassem ao fundo poderia haver mais capturas.

de luz, não se ouvia saltos na água. Olhei para o rio

e vi imensas bolhinhas. Parecia água a ferver -

ria de me levantar não tardava. Mal tive tempo de

terminar o raciocínio arranca uma das canas. Estava

cruzar linhas várias vezes. O uso de back leads

tapete ainda assim.

chamada de um amigo. O grande responsável pela -

Um dos belos exemplares do Douro.

O prazer de realizar uma destas capturas é enorme,

e pode ver-se estampado na cara de felicidade.

Talvez como aí em Portugal, muito dos locais onde

normalmente pesco, o número de Carpas Espelhadas é

muito reduzido, isto faz com que este seja um troféu

muito procurado e felicitado.

Tenho tentado nestes últimos anos fazer sempre

uma sessão mais longa no início de Outubro. Como há

um feriado que calha a uma segunda-feira, na primeira

ou segunda do mês, perguntei ao “Boss” se podia tirar

quinta-feira e sexta-feira antes desse bendito dia.

Com a autorização dada coloquei o plano em

andamento, falei com o meu companheiro Val e

concordamos que iríamos mais para norte, para um

sítio onde algumas monas espelhadas vêm sendo

apanhadas nestes últimos dois ou três anos. Ele tinha

de trabalhar quinta-feira e metade de sexta, mas iria ter

comigo logo que tivesse essa possibilidade.

Assim chegou o dia, com o carro cheio até ao teto

certo pesqueiro que tem produzido bom peixe, mas

Cheguei ao destino e com grande espanto vejo um

carro lá parado, surpresa maior, as placas da matrícula

eram de Oklahoma, milhares de quilómetros de distân-

cia! Só podia ser o Dave, dono da maior casa de pesca

com material de Carp Fishing dos EUA, e que eu

conheço há mais de 12 anos! Era uma maravilha, já

tinha companhia para a primeira noite.

A ideia dele era ir embora na sexta-feira, mas

A sessão começou então, para mim foi muito boa,

pois foi sempre a subir na escala, tendo acabado com a

captura que é o meu atual PB de Mirror.

O Val apanhou também algumas, assim como o

Dave. No geral foi uma sessão calma mas mesmo assim

memorável.

A parte mais engraçada, foi quando o Dave teve

que ir atender a um chamamento da natureza, uma das

suas canas arrancou, tendo sido eu a levar o peixe ao

tapete!

pois foi o primeiro peixe capturado logo a seguir a

sabermos a triste notícia de que um membro do nosso

clube e famoso pescador, havia falecido depois de

uma luta intensa contra o cancro.

Para acabar numa boa nota, entre boa comida, boa -

nado que para o ano iríamos repetir a sessão!

território americano, e com os quais apanhei o meu

novo recorde.

Luís Miguel Ângelo

O novo recorde pessoal de Carpa Espelhada!

O Dave, com uma linda captura!

Participamnesta edição:- Hugo Janeiro- Borgeat Julien- Jesus Cruz Nevado- Luís Francisco- José Rodrigues- André Garcia- To-Zé- José e João Chambel- Renato Almeida- Rui Lucas da Silva- Luís Miguel Ângelo- Simon Cardy- Óscar Borrego- Gary Currin- Paulo Santos- Pedro Simon- entre outros...

Equipa DCM:- Rui Peixoto

- Paulo Gomes

- António Lopes

- Diogo Durais

- Nuno Lima

- Orlando Loureiro

A todas estas pessoas que tornaram possível a real-ização deste projeto e a todos os que contribuíram de alguma forma, seja no envio de perguntas, imagens, comentários ou um simples “gosto” na página do Facebook, um grande obrigado da nossa parte, pois tudo isto nos motiva e dá força para continuar.

Queremos que esta seja uma revista feita por vós e para vós. Sem o vosso apoio não nos será possível ganhar esta luta comum pela divulgação de informação e união entre Carp-istas. Enviem sugestões, fotos, comentários, dicas, artigos grandes ou pequenos… tudo aquilo que gostariam de ver publicado nesta vossa revista para: [email protected].

https://www.facebook.com/digitalcarpmagazine

Editorial ................................................................................................. 3Sumário/Índice .................................................................................... 4Noticias ................................................................................................. 6Douro, Em Busca dos Dois Dígitos ................................................ 10Perguntas e Respostas .................................................................... 14Análise ................................................................................................ 20Nacional Pesca à Carpa 2013 ........................................................ 22Entrevista: Hugo Janeiro ................................................................. 24Foto Alterada ..................................................................................... 30Pesca nos Santos .............................................................................. 32Rio Tormes ......................................................................................... 40O Percurso de um Carpista ............................................................. 46Análise: Leadcore vs Fluoro Carbono ........................................... 54Federação Portuguesa Pesca Desportiva;

• Mensagem do Presidente ..................................................... 56• Mundial Pesca à Carpa 2013 ................................................ 58• Nacional Pesca à Carpa 2014 ............................................... 62

Novidades Produtos ......................................................................... 64Pimon Baits Evolución ..................................................................... 661º Encontro Carpistas Alentejanos .............................................. 74Chasing the Dream Pt2: Visitas de Outono ................................ 78Análise: Trakker Big Snooze Plus .................................................. 84TT&D: Cozer Sementes .................................................................... 85As Estações do Ano .......................................................................... 86Pescar em Pequenos Lagos ............................................................ 94TT&D: Montagens ............................................................................. 98Onde nos Leva a Paixão ................................................................ 102Navegação: Sondas ........................................................................ 106Análise: MK2 Carp Porter ............................................................. 110Searching for Mirrors .................................................................... 112Suiss Carp Hunters ......................................................................... 116TT&D: Pesos Traseiros ................................................................... 121Paixão sem Limites ........................................................................ 122Capturas ........................................................................................... 128Momentos Insólitos ....................................................................... 130Saudades da Rússia ....................................................................... 132Cuidados de Saúde ........................................................................ 136Tabelas Lunares .............................................................................. 137Iktus Catch Report .......................................................................... 138TT&D: Comida ................................................................................. 140Iktus: Do Outro Lado do Lago ...................................................... 142 Informação Fábricas ..................................................................... 148

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Page 6: Digital Carp Magazine #02

Convívio Casa GuilherminoTal como anunciado na edição #01 da DCM, a Casa Guilhermino realizou nos passados dias 26 e 27 de

Outubro um workshop sobre Carp Fishing na Albufeira do Bonito, no Entroncamento. Soubemos que houve muitos e bons momentos de confraternização, com muitas participações, onde nem as capturas faltaram. A marca SYNERGY aproveitou para apresentar também a sua gama de produtos para esta modalidade.

Recorde nos Estados Unidos da América

O Carpista Raphael Biagini bateu o recorde oficial com a técnica de Carp Fishing (Captura e Solta) neste país. Recorde-se que esta cultura ainda não está muito enraizada, pelo que muitas das capturas são mortas. O acontecimento deu-se a 11 de Novembro, no estado de Nova Jersey, e segundo o próprio, num pequeno rio. A Carpa era Comum, media 98cm e pesou 24,7kg!

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Page 7: Digital Carp Magazine #02

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Convívio Casa GuilherminoTal como anunciado na edição #01 da DCM, a Casa Guilhermino realizou nos passados dias 26 e 27 de

Outubro um workshop sobre Carp Fishing na Albufeira do Bonito, no Entroncamento. Soubemos que houve muitos e bons momentos de confraternização, com muitas participações, onde nem as capturas faltaram. A marca SYNERGY aproveitou para apresentar também a sua gama de produtos para esta modalidade.

Recorde nos Estados Unidos da América

O Carpista Raphael Biagini bateu o recorde oficial com a técnica de Carp Fishing (Captura e Solta) neste país. Recorde-se que esta cultura ainda não está muito enraizada, pelo que muitas das capturas são mortas. O acontecimento deu-se a 11 de Novembro, no estado de Nova Jersey, e segundo o próprio, num pequeno rio. A Carpa era Comum, media 98cm e pesou 24,7kg!

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Page 8: Digital Carp Magazine #02

World Carp ClassicA 15ª edição do World Carp Classic, realizou-se há pouco mais de um mês. Pela primeira vez, uma equipa totalmente feminina, venceu o evento. O feito coube às Carpistas Bianca Venema e Lizette Beunders da Holanda, que pescaram pela marca Dynamite.

Entretanto já foram revelados alguns pormenores da edição #16, sendo já possível inclusive fazer o registo para o evento. A data foi marcada para 29 de Setembro a 5 de Outubro de 2014.

Há algumas alterações, as quais vos damos a conhecer;

• Os barcos serão verificados na manhã do primeiro dia, não podendo ser montados depois.• O modo de registo é fixo, se apenas se registarem dois pescadores numa equipa, não pode entrar outro. Há a possibilidade de registar logo os três de início.• O evento será restrito a 140 lugares, com áreas não pescadas nos últimos dois anos.

Apenas 90 lugares se encontram disponíveis, os restantes já foram ocupados por reservas de patrocina-dores e qualificadores.

A Dynamite vai ser o principal patrocinador.http://www.worldcarpclassic.com/

Mundial Carp Fishing 2014Apesar das críticas feitas por alguns patrocinadores, o Mundial de Carp Fishing vai voltar à Roménia em 2014, dois anos depois. A grande alteração, se vier a ter efeito, será o uso do mesmo isco por todas as seleções.

Nova revista digital, CarpMagA nova revista digital, lançada no país vizinho, vem substituir as já conhecidas CWR e Carpmania. Está disponível para Tabletes e Telemóveis, através de aplicação própria. Mais informações em:http://soro-team.blogspot.pt/2013/11/nueva-revista-carpmag.html

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Page 9: Digital Carp Magazine #02

Recorde de Siluro AlbinoUm pescador Inglês levou ao tapete um Siluro Albino com 206lb, (93,44kg) apanhado na vizinha

Espanha, mais concretamente no Rio Ebro. Julga-se que este é o record mundial de Siluro Albino, que superou em apenas 12lb (5,44kg) o anterior recorde desta espécie. Por sinal, também capturada nas mesmas águas o ano passado.

WebCarpUm site que merece a nossa visita, onde se podem encontrar artigos, truques, dicas e muito mais. É

dirigido por pessoas exemplares, sempre dispostas a dar o seu contributo para a divulgação do Carp Fishing, assim como para ajudar com qualquer dúvida ou questão.

http://www.webcarp.es/

Prova de pesca á carpa na Albufeira da Cristalina – FronteiraDe 22 a 24 de Novembro realizou-se uma prova organizada pela seleção nacional de pesca à carpa em

Fronteira. Desta vez o local escolhido foi a Albufeira da Cristalina, localizada a montante da famosa Albufei-ra da Ribeira de Vide. A prova serviu como um primeiro teste a este local, até agora usado exclusivamente para a pesca à boia e achigãs.

É mais uma albufeira concessionada ao Clube de Pesca Fronteirense, um local com excelentes condições para provas de pesca à carpa, pode comportar até 15 duplas bem instaladas e com bons acessos durante todo o ano.

A prova contou com a participação de 11 equipas, entre federados e não federados. Começou apadrin-hada por mau tempo, chuva, vento forte e frio do quadrante nordeste e terminou abençoada com uma manhã de domingo fantástica, com um sol radiante!

As capturas não abundaram, como seria de esperar, num local nunca antes pescado com a técnica de pesca à carpa. No final, todos estavam satisfeitos com as excelentes condições que este local tem para a prática desta modalidade, prometendo para o próximo ano mais um teste, com melhores condições a nível meteorológico, que foram uma das grandes condicionantes a uma melhor prestação coletiva neste evento.

World Carp ClassicA 15ª edição do World Carp Classic, realizou-se há pouco mais de um mês. Pela primeira vez, uma equipa totalmente feminina, venceu o evento. O feito coube às Carpistas Bianca Venema e Lizette Beunders da Holanda, que pescaram pela marca Dynamite.

Entretanto já foram revelados alguns pormenores da edição #16, sendo já possível inclusive fazer o registo para o evento. A data foi marcada para 29 de Setembro a 5 de Outubro de 2014.

Há algumas alterações, as quais vos damos a conhecer;

• Os barcos serão verificados na manhã do primeiro dia, não podendo ser montados depois.• O modo de registo é fixo, se apenas se registarem dois pescadores numa equipa, não pode entrar outro. Há a possibilidade de registar logo os três de início.• O evento será restrito a 140 lugares, com áreas não pescadas nos últimos dois anos.

Apenas 90 lugares se encontram disponíveis, os restantes já foram ocupados por reservas de patrocina-dores e qualificadores.

A Dynamite vai ser o principal patrocinador.http://www.worldcarpclassic.com/

Mundial Carp Fishing 2014Apesar das críticas feitas por alguns patrocinadores, o Mundial de Carp Fishing vai voltar à Roménia em 2014, dois anos depois. A grande alteração, se vier a ter efeito, será o uso do mesmo isco por todas as seleções.

Nova revista digital, CarpMagA nova revista digital, lançada no país vizinho, vem substituir as já conhecidas CWR e Carpmania. Está disponível para Tabletes e Telemóveis, através de aplicação própria. Mais informações em:http://soro-team.blogspot.pt/2013/11/nueva-revista-carpmag.html

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Page 10: Digital Carp Magazine #02

Em Busca dos Dois DígitosFazer um relato, ainda que pequeno, sobre uma aventura no Douro sem mencio-

nar o fascínio que esta água provoca em mim, seria quase uma ofensa! Tanto que

esta água já me ensinou e tanto que ainda tem para ensinar!

Bastante tempo depois da última sessão, que tinha acontecido também no Douro mas a uma distância de 100km, resolvemos, eu e o Paulo, fazer nova investida nesta água.

Objetivo: Conseguir uma captura com dois dígitos!

Esperava sinceramente que fosse o Paulo a conseguir atingir o feito. Não é que eu não goste de capturar grandes carpas, que já o fiz ali mais de uma dezena de vezes, mas pelo meu companheiro, que apesar das várias capturas ali realizadas, a sorte nunca o tinha bafejado com uma deste peso. Não fosse este o objetivo e esta sessão teria sido realizada noutro lado, pois a minha vontade de explorar novos locais é imensa.

Ainda com a incerteza de quanto tempo eu teria disponível para a sessão, começamos a preparar tudo com uma semana de antecedência. Como o pesqueiro tinha bastante erva, no domingo anterior passamos a manhã a tratar da sua limpeza. Além da erva que arrancamos ou cortamos, aparamos também as árvores em volta. Quando acabamos a nossa vontade era esticar as linhas...

Como o Jesus Cruz Nevado nos tem vindo escrever nas edições da DCM, realmente o barco é essencial na prática do Carp Fishing, não só em todos os pontos que ele já focou, como também na limpeza do pesqueiro. Antes de sairmos neste dia, deixa-mos no pesqueiro 20kg de sementes.

A engodagem foi feita todos os dias, a partir do primeiro dia começou também a levar uns quilos de boilies. Nada de especial, foi mais uma mistura entre vários sabores. No fundo seria uma limpeza a todos os fundos de balde ou restos de sacos. Desde Equinox da CCMoore até caseiros de vários tipos, restos

de Dynamite ou Decathlon.

Para iscar a conversa seria outra, Spicy Tuna e Banoffee, estes da Mainline. Os Spicy já provaram a sua qualidade ali, inclusive o meu recorde nacional foi conseguido com um destes iscos. Os Banoffee revelaram-se muito bons em termos de resistência à corrente e atritos, saindo em perfeitas condições, mesmo depois de várias horas dentro de água.

.Só na quinta-feira à noite é que tive a

confirmaçao que poderia folgar no sábado, permitindo fazer a sessão de sexta à tarde até domingo. Ainda assim na sexta-feira fui obrigado a trabalhar até tarde, mas logo que possível arranquei para o pesqueiro. O Paulo já lá estava havia várias horas, contudo ainda sem arranques.

As canas do Paulo foram reposicionadas para eu poder colocar as minhas e pouco tempo depois de chegar estava a pescar. Andava com saudades, não ia à pesca havia um mês.

A noite estava fria, pelo que resolvemos recolher aos abrigos. Não fosse o Big Snooze e teria passado frio. Rapidamente adormeci, e já perto do amanhecer o coração começou a bater mais rápido, o Delkim estava a gritar!

Foi um instante entre sair da Bedchair e ferrar o peixe, que nos primeiros segundos me pareceu um Barbo. Quando parou com as cabeçadas e começou a puxar normalmente, percebi que era uma Carpa, e talvez a que nos tinha ali levado, embora estivesse na cana errada.

Depois de uma boa luta, conseguimos metê-la no camaroeiro. Fiquei por uns instan-tes a tentar pesá-la com os olhos, pareceu-me que não atingiria os dois dígitos, e a balança

Uma das montagens usadas na sessão,o novo Equinox da CC Moore, que em breve estará disponível nas lojas.

A única captura da sessão,que por muito pouco não chegou aos dois dígitos!

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Page 11: Digital Carp Magazine #02

Em Busca dos Dois DígitosFazer um relato, ainda que pequeno, sobre uma aventura no Douro sem mencio-

nar o fascínio que esta água provoca em mim, seria quase uma ofensa! Tanto que

esta água já me ensinou e tanto que ainda tem para ensinar!

Bastante tempo depois da última sessão, que tinha acontecido também no Douro mas a uma distância de 100km, resolvemos, eu e o Paulo, fazer nova investida nesta água.

Objetivo: Conseguir uma captura com dois dígitos!

Esperava sinceramente que fosse o Paulo a conseguir atingir o feito. Não é que eu não goste de capturar grandes carpas, que já o fiz ali mais de uma dezena de vezes, mas pelo meu companheiro, que apesar das várias capturas ali realizadas, a sorte nunca o tinha bafejado com uma deste peso. Não fosse este o objetivo e esta sessão teria sido realizada noutro lado, pois a minha vontade de explorar novos locais é imensa.

Ainda com a incerteza de quanto tempo eu teria disponível para a sessão, começamos a preparar tudo com uma semana de antecedência. Como o pesqueiro tinha bastante erva, no domingo anterior passamos a manhã a tratar da sua limpeza. Além da erva que arrancamos ou cortamos, aparamos também as árvores em volta. Quando acabamos a nossa vontade era esticar as linhas...

Como o Jesus Cruz Nevado nos tem vindo escrever nas edições da DCM, realmente o barco é essencial na prática do Carp Fishing, não só em todos os pontos que ele já focou, como também na limpeza do pesqueiro. Antes de sairmos neste dia, deixa-mos no pesqueiro 20kg de sementes.

A engodagem foi feita todos os dias, a partir do primeiro dia começou também a levar uns quilos de boilies. Nada de especial, foi mais uma mistura entre vários sabores. No fundo seria uma limpeza a todos os fundos de balde ou restos de sacos. Desde Equinox da CCMoore até caseiros de vários tipos, restos

de Dynamite ou Decathlon.

Para iscar a conversa seria outra, Spicy Tuna e Banoffee, estes da Mainline. Os Spicy já provaram a sua qualidade ali, inclusive o meu recorde nacional foi conseguido com um destes iscos. Os Banoffee revelaram-se muito bons em termos de resistência à corrente e atritos, saindo em perfeitas condições, mesmo depois de várias horas dentro de água.

.Só na quinta-feira à noite é que tive a

confirmaçao que poderia folgar no sábado, permitindo fazer a sessão de sexta à tarde até domingo. Ainda assim na sexta-feira fui obrigado a trabalhar até tarde, mas logo que possível arranquei para o pesqueiro. O Paulo já lá estava havia várias horas, contudo ainda sem arranques.

As canas do Paulo foram reposicionadas para eu poder colocar as minhas e pouco tempo depois de chegar estava a pescar. Andava com saudades, não ia à pesca havia um mês.

A noite estava fria, pelo que resolvemos recolher aos abrigos. Não fosse o Big Snooze e teria passado frio. Rapidamente adormeci, e já perto do amanhecer o coração começou a bater mais rápido, o Delkim estava a gritar!

Foi um instante entre sair da Bedchair e ferrar o peixe, que nos primeiros segundos me pareceu um Barbo. Quando parou com as cabeçadas e começou a puxar normalmente, percebi que era uma Carpa, e talvez a que nos tinha ali levado, embora estivesse na cana errada.

Depois de uma boa luta, conseguimos metê-la no camaroeiro. Fiquei por uns instan-tes a tentar pesá-la com os olhos, pareceu-me que não atingiria os dois dígitos, e a balança

Uma das montagens usadas na sessão,o novo Equinox da CC Moore, que em breve estará disponível nas lojas.

A única captura da sessão,que por muito pouco não chegou aos dois dígitos!

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Page 12: Digital Carp Magazine #02

Bastante tempo depois da última sessão, que tinha acontecido também no Douro mas a uma distância de 100km, resolvemos, eu e o Paulo, fazer nova investida nesta água.

Objetivo: Conseguir uma captura com dois dígitos!

Esperava sinceramente que fosse o Paulo a conseguir atingir o feito. Não é que eu não goste de capturar grandes carpas, que já o fiz ali mais de uma dezena de vezes, mas pelo meu companheiro, que apesar das várias capturas ali realizadas, a sorte nunca o tinha bafejado com uma deste peso. Não fosse este o objetivo e esta sessão teria sido realizada noutro lado, pois a minha vontade de explorar novos locais é imensa.

Ainda com a incerteza de quanto tempo eu teria disponível para a sessão, começamos a preparar tudo com uma semana de anteced-ência. Como o pesqueiro tinha bastante erva, no domingo anterior passamos a manhã a tratar da sua limpeza. Além da erva que arran-camos ou cortamos, aparamos também as árvores em volta. Quando acabamos a nossa vontade era esticar as linhas...

Como o Jesus Cruz Nevado nos tem vindo escrever nas edições da DCM, realmente o barco é essencial na prática do Carp Fishing, não só em todos os pontos que ele já focou, como também na limpeza do pesqueiro. Antes de sairmos neste dia, deixa-mos no pesqueiro 20kg de sementes.

A engodagem foi feita todos os dias, a partir do primeiro dia começou também a levar uns quilos de boilies. Nada de especial, foi mais uma mistura entre vários sabores. No fundo seria uma limpeza a todos os fundos de balde ou restos de sacos. Desde Equinox da CCMoore até caseiros de vários tipos, restos de Dynamite ou Decathlon.

Para iscar a conversa seria outra, Spicy Tuna e Banoffee, estes da Mainline. Os Spicy já provaram a sua qualidade ali, inclusive o meu recorde nacional foi conseguido com um destes iscos. Os Banoffee revelaram-se muito bons em termos de resistência à corrente e atritos, saindo em perfeitas condições, mesmo depois de várias horas dentro de água.

.Só na quinta-feira à noite é que tive a

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As canas do Paulo foram reposicionadas para eu poder colocar as minhas e pouco tempo depois de chegar estava a pescar. Andava com saudades, não ia à pesca havia um mês.

A noite estava fria, pelo que resolvemos recolher aos abrigos. Não fosse o Big Snooze e teria passado frio. Rapidamente adormeci, e já perto do amanhecer o coração começou a bater mais rápido, o Delkim estava a gritar!

Foi um instante entre sair da Bedchair e ferrar o peixe, que nos primeiros segundos me pareceu um Barbo. Quando parou com as cabeçadas e começou a puxar normalmente, percebi que era uma Carpa, e talvez a que nos tinha ali levado, embora estivesse na cana errada.

Depois de uma boa luta, conseguimos metê-la no camaroeiro. Fiquei por uns instan-tes a tentar pesá-la com os olhos, pareceu-me que não atingiria os dois dígitos, e a balança confirmou, não faltou muito mas não chegou

lá.Ao manusear a carpa e na devolução pude consta-

tar o quanto gelada estava a água, ainda assim tínham-os esperança de fazer mais algumas capturas.

Passamos grande parte do dia a testar alguns produtos gentilmente cedidos pela loja Pesca Team Carp, para a edição #02 da DCM, sem sinal das nossas amigas.

As esperanças caíam para a noite, que não estava tão fria como a anterior. Resolvemos ir descansar cedo, caso houvesse movimentação iriamos estar mais frescos. Mas a manhã chegou sem um único bip.

Restou-nos arrumar o material nas calmas e pensar o que poderia ter corrido mal. Como por vezes não há explicação também não matamos muito a cabeça com o assunto. Apesar de ter havido apenas uma captura, a sessão tinha sido bastante agradável, como tal nada havia a lamentar.

Com certeza que em breve voltaremos para outra sessão, e nela se consiga atingir o objetivo...

Orlando LoureiroPaulo Gomes

Não será talvez esta a melhor altura para tentar bater recordes, ainda

assim não é impossível, pelo que enquanto o Paulo não conseguir bater os

dois dígitos no Douro, iremos tentando uma e outra vez. Já apanhamos ali

tanta grade, que uma a mais ou a menos não faz grande diferença.

O Loureiro a preparar um Snowman, com a ajuda dossuportes para balde, da Cygnet, que foram testados na sessão.

O Paulo a “provar” o Vinho do Porto, enquanto esperava por um arranque!12

Page 13: Digital Carp Magazine #02

Bastante tempo depois da última sessão, que tinha acontecido também no Douro mas a uma distância de 100km, resolvemos, eu e o Paulo, fazer nova investida nesta água.

Objetivo: Conseguir uma captura com dois dígitos!

Esperava sinceramente que fosse o Paulo a conseguir atingir o feito. Não é que eu não goste de capturar grandes carpas, que já o fiz ali mais de uma dezena de vezes, mas pelo meu companheiro, que apesar das várias capturas ali realizadas, a sorte nunca o tinha bafejado com uma deste peso. Não fosse este o objetivo e esta sessão teria sido realizada noutro lado, pois a minha vontade de explorar novos locais é imensa.

Ainda com a incerteza de quanto tempo eu teria disponível para a sessão, começamos a preparar tudo com uma semana de anteced-ência. Como o pesqueiro tinha bastante erva, no domingo anterior passamos a manhã a tratar da sua limpeza. Além da erva que arran-camos ou cortamos, aparamos também as árvores em volta. Quando acabamos a nossa vontade era esticar as linhas...

Como o Jesus Cruz Nevado nos tem vindo escrever nas edições da DCM, realmente o barco é essencial na prática do Carp Fishing, não só em todos os pontos que ele já focou, como também na limpeza do pesqueiro. Antes de sairmos neste dia, deixa-mos no pesqueiro 20kg de sementes.

A engodagem foi feita todos os dias, a partir do primeiro dia começou também a levar uns quilos de boilies. Nada de especial, foi mais uma mistura entre vários sabores. No fundo seria uma limpeza a todos os fundos de balde ou restos de sacos. Desde Equinox da CCMoore até caseiros de vários tipos, restos de Dynamite ou Decathlon.

Para iscar a conversa seria outra, Spicy Tuna e Banoffee, estes da Mainline. Os Spicy já provaram a sua qualidade ali, inclusive o meu recorde nacional foi conseguido com um destes iscos. Os Banoffee revelaram-se muito bons em termos de resistência à corrente e atritos, saindo em perfeitas condições, mesmo depois de várias horas dentro de água.

.Só na quinta-feira à noite é que tive a

confirmaçao que poderia folgar no sábado, permitindo fazer a sessão de sexta à tarde até domingo. Ainda assim na sexta-feira fui obrigado a trabalhar até tarde, mas logo que possível arranquei para o pesqueiro. O Paulo já lá estava havia várias horas, contudo ainda sem arranques.

As canas do Paulo foram reposicionadas para eu poder colocar as minhas e pouco tempo depois de chegar estava a pescar. Andava com saudades, não ia à pesca havia um mês.

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Passamos grande parte do dia a testar alguns produtos gentilmente cedidos pela loja Pesca Team Carp, para a edição #02 da DCM, sem sinal das nossas amigas.

As esperanças caíam para a noite, que não estava tão fria como a anterior. Resolvemos ir descansar cedo, caso houvesse movimentação iriamos estar mais frescos. Mas a manhã chegou sem um único bip.

Restou-nos arrumar o material nas calmas e pensar o que poderia ter corrido mal. Como por vezes não há explicação também não matamos muito a cabeça com o assunto. Apesar de ter havido apenas uma captura, a sessão tinha sido bastante agradável, como tal nada havia a lamentar.

Com certeza que em breve voltaremos para outra sessão, e nela se consiga atingir o objetivo...

Orlando LoureiroPaulo Gomes

Não será talvez esta a melhor altura para tentar bater recordes, ainda

assim não é impossível, pelo que enquanto o Paulo não conseguir bater os

dois dígitos no Douro, iremos tentando uma e outra vez. Já apanhamos ali

tanta grade, que uma a mais ou a menos não faz grande diferença.

O Loureiro a preparar um Snowman, com a ajuda dossuportes para balde, da Cygnet, que foram testados na sessão.

O Paulo a “provar” o Vinho do Porto, enquanto esperava por um arranque! 13

Page 14: Digital Carp Magazine #02

Tal como na primeira edição, demos a voz aos nossos leitores, para que exponham as suas dúvi-

das, para que vejam esclarecidos alguns pontos onde por vezes sentem mais dificuldade. Estamos

cientes que muitos terão opiniões diferentes do que aqui se responde, mas relembramos que as

respostas não são mais do que experiências passadas por estes pescadores, que em certa altura ou

situação, provaram ser a melhor escolha. Poderá haver várias formas, todas corretas, de lidar com

determinada situação, e é por isso que temos 3 respostas à mesma pergunta, para que os nossos

leitores tenham mais do que uma opinião sobre a sua questão.

Daniel MarquesP: Qual a melhor engodagem para o inverno, dispersa ou localizada? E em que quantidade?

Paulo SantosR: Na minha opinião a melhor engodagem é a localizada. Se é utilizada como o melhor método em qualquer altura

do ano, no inverno ainda tem mais impacto.Devemos lembrar-nos que no inverno a atividade das nossas amigas é muito reduzida, o seu apetite é muito pouco

ou nenhum, muitas das vezes o fator curiosidade é o mais determinante na obtenção de uma captura de inverno, pelo que uma simples porção de comida é o suficiente para atrair a nossa presa.

A captura de inverno é muito mais saborosa, por vários fatores. Além de ser difícil, estamos sempre na espectativa que possa ser um bom exemplar, pois é nessa altura do ano que as boas capturas surgem, tal como na primavera.

Uma boa engodagem de inverno é como se diz na gíria Portuguesa: " Curto e Grosso!"Quero dizer com isto que para uma sessão de inverno por vezes meia dúzia de boilies junto das montagens, ou uns

PVA no anzol com um bom mix aditivado pode fazer a diferença.Cuidado com certos tipos de PVA que no inverno não se dissolvem na água. São fabricados nas duas opções, uns para

inverno e outros para verão.Em caso de dúvida, o melhor será ao chegar junto da água, fazer um PVA e testá-lo. Como temos todos os fatores

reais ali, não corremos o risco de experimentar em casa com um resultado por exemplo, e ter outro quando chegamos ao pesqueiro.

Gary Currin

R: Esta é uma pergunta geral. Isto quer dizer que a pergunta gera mais perguntas do que respostas. Há, como sempre, muitas variáveis. Por isso vou começar por responder sobre o inverno.

Em Portugal, o inverno é muito suave, e normalmente apenas dois meses são realmente frios. Enquanto Inglês, só acho frio quando a temperatura esta a 5º ou menos. O tempo tem que estar estável uns dias para que faça efeito na temperatura da água, e só então nestas condições eu repenso a estratégia e mudo a forma como pesco ou engodo.

Mas também depende do local, profundidade ou tamanho da massa de água. Rio, lago ou barragem, há uma grande diferença na estratégia de engodagem, dependendo de qual é a água em questão. Quanto maior o tamanho da massa de água, mais difícil se torna localizar o peixe, como tal, deve aplicar-se uma politica de engodagem sustentada. Não significa isto que tem que ser com grandes quantidades.

Num pequeno lago, torna-se mais fácil, é só fazer o trabalho de casa, estudar os registos de capturas e tudo se torna mais fácil.

No Inverno, profundidade da água e localização do peixe, é o principal fator para fazer uma captura ou não. Quando o tempo está frio algumas semanas, por norma uso pouca engodagem. Provavelmente apenas um saco pva, ou um ou dois spods em cada montagem. Mesmo se for uma grande água, não mudo muito, talvez sementes mais pequenas ou Pellets menos oleosas.

Em caso de pré-engodagem, diria entre 5 a 10kg de sementes, 1kg de boilies e Pellets. Metade do que usaria nos meses mais quentes. Se a massa de água for muito pequena, provavelmente não faço pré-engodagem. Pesco sim com pouca comida, e sempre perto da montagem.

É importante no inverno engodar muito próximo da montagem, o peixe tem tendência a mover-se pouco, pelo que não adianta espalhar muito a engodagem.

Nesta estação, uma embarcação poderá ser de extrema importância. Encontrar o peixe é essencial, pois nesta altura é mais difícil que venha ate nós.

DIOGO DURAIS NELSON COUTINHO

DANIEL MARQUES CARLOS FALCÃO

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Pergunta& Respostas #02

PAULO SANTOS GARY CURRIN HUGO JANEIRO

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Page 15: Digital Carp Magazine #02

Tal como na primeira edição, demos a voz aos nossos leitores, para que exponham as suas dúvi-

das, para que vejam esclarecidos alguns pontos onde por vezes sentem mais dificuldade. Estamos

cientes que muitos terão opiniões diferentes do que aqui se responde, mas relembramos que as

respostas não são mais do que experiências passadas por estes pescadores, que em certa altura ou

situação, provaram ser a melhor escolha. Poderá haver várias formas, todas corretas, de lidar com

determinada situação, e é por isso que temos 3 respostas à mesma pergunta, para que os nossos

leitores tenham mais do que uma opinião sobre a sua questão.

Daniel MarquesP: Qual a melhor engodagem para o inverno, dispersa ou localizada? E em que quantidade?

Paulo SantosR: Na minha opinião a melhor engodagem é a localizada. Se é utilizada como o melhor método em qualquer altura

do ano, no inverno ainda tem mais impacto.Devemos lembrar-nos que no inverno a atividade das nossas amigas é muito reduzida, o seu apetite é muito pouco

ou nenhum, muitas das vezes o fator curiosidade é o mais determinante na obtenção de uma captura de inverno, pelo que uma simples porção de comida é o suficiente para atrair a nossa presa.

A captura de inverno é muito mais saborosa, por vários fatores. Além de ser difícil, estamos sempre na espectativa que possa ser um bom exemplar, pois é nessa altura do ano que as boas capturas surgem, tal como na primavera.

Uma boa engodagem de inverno é como se diz na gíria Portuguesa: " Curto e Grosso!"Quero dizer com isto que para uma sessão de inverno por vezes meia dúzia de boilies junto das montagens, ou uns

PVA no anzol com um bom mix aditivado pode fazer a diferença.Cuidado com certos tipos de PVA que no inverno não se dissolvem na água. São fabricados nas duas opções, uns para

inverno e outros para verão.Em caso de dúvida, o melhor será ao chegar junto da água, fazer um PVA e testá-lo. Como temos todos os fatores

reais ali, não corremos o risco de experimentar em casa com um resultado por exemplo, e ter outro quando chegamos ao pesqueiro.

Gary Currin

R: Esta é uma pergunta geral. Isto quer dizer que a pergunta gera mais perguntas do que respostas. Há, como sempre, muitas variáveis. Por isso vou começar por responder sobre o inverno.

Em Portugal, o inverno é muito suave, e normalmente apenas dois meses são realmente frios. Enquanto Inglês, só acho frio quando a temperatura esta a 5º ou menos. O tempo tem que estar estável uns dias para que faça efeito na temperatura da água, e só então nestas condições eu repenso a estratégia e mudo a forma como pesco ou engodo.

Mas também depende do local, profundidade ou tamanho da massa de água. Rio, lago ou barragem, há uma grande diferença na estratégia de engodagem, dependendo de qual é a água em questão. Quanto maior o tamanho da massa de água, mais difícil se torna localizar o peixe, como tal, deve aplicar-se uma politica de engodagem sustentada. Não significa isto que tem que ser com grandes quantidades.

Num pequeno lago, torna-se mais fácil, é só fazer o trabalho de casa, estudar os registos de capturas e tudo se torna mais fácil.

No Inverno, profundidade da água e localização do peixe, é o principal fator para fazer uma captura ou não. Quando o tempo está frio algumas semanas, por norma uso pouca engodagem. Provavelmente apenas um saco pva, ou um ou dois spods em cada montagem. Mesmo se for uma grande água, não mudo muito, talvez sementes mais pequenas ou Pellets menos oleosas.

Em caso de pré-engodagem, diria entre 5 a 10kg de sementes, 1kg de boilies e Pellets. Metade do que usaria nos meses mais quentes. Se a massa de água for muito pequena, provavelmente não faço pré-engodagem. Pesco sim com pouca comida, e sempre perto da montagem.

É importante no inverno engodar muito próximo da montagem, o peixe tem tendência a mover-se pouco, pelo que não adianta espalhar muito a engodagem.

Nesta estação, uma embarcação poderá ser de extrema importância. Encontrar o peixe é essencial, pois nesta altura é mais difícil que venha ate nós.

DIOGO DURAIS NELSON COUTINHO

DANIEL MARQUES CARLOS FALCÃO

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Pergunta& Respostas #02

PAULO SANTOS GARY CURRIN HUGO JANEIRO

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Page 16: Digital Carp Magazine #02

Hugo Janeiro

R: Como todos sabem, as carpas, ao serem animais de sangue frio (Pecilotérmicos) têm uma atividade metabólica muito menor nos meses em que a água está mais fria. Consequentemente a carpa alimenta-se menos nesta fase do ano.

Sou da opinião que nos meses mais frios devemos procurar concentrar a nossa engodagem e não abusar nas quanti-dades. Contudo, pode variar consoante a população de peixes da água em questão. Águas super povoadas por vezes permitem-nos fazer uma engodagem algo mais pesada e mais dispersa obtendo bons resultados.

Paulo SantosR: A pesca de rio não é o meu forte, e foi dos locais em que mais investidas fiz, mas pela experiência obtida ao longo

dos anos, o meu ponto de vista é de que uma pré engodagem feita ao longo dos tempos, a probabilidade de obter captu-ras aumenta consideravelmente.Embora os locais de passagem de uma carpa no rio possam ser infindáveis, elas acabam por ter sempre uma rota mais ou menos definida, e se souberem os frequentes locais onde existe alimento, de certeza vão passar por lá mais vezes.

De qualquer forma, depende do tipo de alimento que colocamos na água, se elas passarem, comerem, fizerem uma boa digestão, de certeza que voltarão para comer mais.

Aconselho nestes casos as pré-engodagens serem feitas com sementes cozidas, não necessariamente com grandes quantidades, junto com as sementes, devemos colocar boilies de boa qualidade. Isto fará muita diferença na obtenção de boas capturas.

Nelson Coutinho P: É possível fazer uma sondagem eficaz de um pesqueiro sem recurso a aparelhos eletrónicos? Como?

Hugo Janeiro R: Na minha opinião é possível, desde que tenhamos um barco e muito, mesmo muito tempo para investir em conhe-

cer o fundo da nossa zona de pesca. Para saber a profundidade, basta utilizar um fio com um peso na ponta e medir. Podemos também recorrer à cana. Com uma chumbada bem pesada, consegue-se sentir que tipo de fundo temos, se

tem lodo ou não, se é de gravilha, apenas terra, etc. Para saber se tem obstáculos (paus, pedras) podemos utilizar a própria chumbada que nos permite sentir muita coisa e até um anzol e fazê-lo percorrer o fundo em busca desses obstáculos.

Para quem não tem barco também é possível fazer esta sondagem, apesar de ser mais difícil e menos precisa pois torna-se mais difícil saber que tipo de fundo tem, lançando uma chumbada desde fora. O impacto desta no fundo vai ser atenuado pela quantidade de metros de linha que temos dentro de água e não se vai sentir na perfeição. É fácil medir a profundidade recorrendo a uma bóia atada na ponta do fio da cana, com uma chumbada solta por trás. Depois de esticar bem o fio assegurando que a boia está no fundo, vamos soltando e medindo o fio até que a esta apareça à superfície. A sondagem de obstáculos faz-se bem com a recolha da chumbada que lançámos.

A informação obtida é fiável mas sem dúvida que será necessário despender muitas horas para poder ficar a conhe-cer o pesqueiro na perfeição.

Gary Currin R: Não só é possível como eu acredito que seja essencial para qualquer Carpista aprender a desenhar uma imagem

mental do fundo do pesqueiro. Em qualquer altura pode ser preciso fazê-lo, mesmo tendo um aparelho eletrónico, basta acabar a bateria, por exemplo. E depois nem todas as pessoas têm dinheiro para tal equipamento.

A maneira mais fácil de o fazer, é passar uma chumbada em toda a área que pretendemos pescar. Começa por se contar quantos segundos a chumbada demora a bater no fundo, dando logo uma ideia da profundidade (iremos falar sobre uma técnica mais completa sobre saber a profundidade mais à frente). Será preciso manter a linha esticada, para se sentir a chumbada a bater no fundo. Com a cana com a ponta ligeiramente levantada, (caso haja muita pedra no fundo, ou se a chumbada for muito leve, pode saltar muito, nesse caso a ponta da cana deve colocar-se na horizontal) vamos recuperando a linha lentamente, sentindo todas vibrações da chumbada para a ponta da cana, dando-nos uma ideia se temos um fundo de erva, gravilha, argila ou lodo. Ou seja, puxa-se lentamente a cana como se fosse a recuperar peixe, depois volta-se a cana de novo na direção da água, só então recuperando a linha que ficou solta, quando esta voltar a estar esticada, repete-se toda a operação.

Carlos FalcãoP: Qual a melhor época do ano para obter recordes?

Gary Currin

R: Um recorde pode ser capturado em qualquer época do ano, e sejamos realistas, é o que leva na ideia todo o Carpista quando vai para uma sessão, embora haja uma época do ano em que os peixes estão mais pesados, pois carre-gam os ovos, pelo fim da primavera, princípio do verão. Por exemplo um peixe de 6kg pode aumentar 1kg ou mais. Nesta altura o peixe precisa de especial atenção, ser tratado com muito cuidado, e evitar os sacos de retenção.

No fim do outono também é uma boa altura para se bater um recorde, pois o peixe passou um longo verão a comer, assim como os primeiros meses de menos calor, preparando-se assim o período de inverno, onde irá encontrar menos comida natural.

Mas como disse no início, um recorde pode ser apanhado em qualquer altura, basta ir à pesca!

Hugo Janeiro

R: Sou da opinião que durante todo o ano se podem bater recordes, basta para isso estarmos à pesca. Geralmente toda a gente defende que na Primavera, devido ao grande aumento de peso das fêmeas provocado pelas ovas, facilita que obtenhamos capturas mais pesadas, contudo há outras fases do ano em que as carpas aumentam muito o peso e podem ser boas épocas para bater recordes, falo do Outono.

Os meus recordes em Espanha e Portugal foram capturados em Outubro, o que demonstra que não só na Primavera se batem recordes.

Paulo Santos

R: A melhor época de recordes na minha opinião é entre Novembro e Abril. Quando se aproxima o período de inver-no, as nossas amigas vão começar a comer com abundância para acumular gorduras. Estas irão ser usadas para se reforça-rem não só para o inverno mas também para quando chega a época da desova, estarem preparadas para o frenesim que todos conhecemos.

As carpas no outono/inverno são comparadas com os ursos, o que fazem é comer e encher-se de gorduras para passar o período de hibernação, pelo que pode ser uma boa altura para bater recordes.

Se tivermos a sorte de na desova apanhar uma carpa fêmea cheia de ovas, o record pode subir mais que o esperado e ficarmos muito surpreendidos pela positiva.

Hugo Janeiro

R: Tudo depende da zona do rio onde se vá pescar. Se for uma zona com corrente eu prefiro engodar no próprio dia pois a pré engodagem que se possa fazer pode ser arrastada até alguma zona onde se acumule. Isso pode fazer com que o peixe considere como local de alimentação o ponto em que se acumula o nosso engodo.

Se for uma zona com corrente fraca ou nula será deveras vantajoso pré-engodar. Na maioria dos locais a pré-engoda-gem pode ser a chave do sucesso, sempre e quando a fazemos corretamente.

Gary Currin

R: Na minha opinião, pescar em rio requer maior pré-engodagem do que em barragens. Eu penso que em rios, espe-cialmente rios largos, o peixe tem tendências nómadas, ou seja, move-se muito mais em busca de comida. Penso também que se nessa busca, o peixe encontrar um sítio com comida, irá voltar e visitar o mesmo local novamente. Portanto, engo-dar um local específico regularmente, fará toda a diferença para se ter sucesso nos rios, especialmente em grandes rios, como o Douro, por exemplo.

Em caso de pequenos rios, o peixe mantém-se mais por perto da mesma zona, seja protegido em obstáculos ou entre pequenas barragens, (caso as haja) pelo que a pré-engodagem não fará tanto sentido, talvez aqui engodasse só no próprio dia. Embora pré-engodar, na maior parte das circunstâncias seja sempre uma vantagem, especialmente se for feita no local certo. Porque para mim, o principal em qualquer água é a localização.

Diogo DuraisP: Em pesca de rio, é melhor pré-engodar ou fazê-lo só no próprio dia?

No caso de se ter gravilha no fundo, a ponteira irá dar pequenos saltos repetidamente, se for lodo, a mesma ira vergar, o quanto, vai depender de quanto a chumbada se enterrar no lodo, de seguida irá soltar suavemente. Com erva é semelhante, mas de forma menos constante, vai depender da quantidade de erva, se for muita pode até arranca-la e não voltar a endireitar até puxarmos tudo para fora.

Com este método simples, podemos ter uma ideia clara do fundo que podemos pescar. Recomendo para melhores resultados, o uso de uma cana de ponteira macia e linha o mais rígida possível, sendo o ideal o fio entrançado. Recomen-do também que a chumbada não seja amarrada diretamente à linha mãe, mas sim a uma ponta de fio que permita perder--se em caso de encontrar obstáculos maiores, não correndo assim o risco de perder várias dezenas de metros de fio, se o tivermos que cortar na ponta da cana.

Com a ajuda de uma bóia de marcação, teremos então possibilidade de saber todos os detalhes sobre o local onde pretendemos colocar os nossos iscos. Basicamente, é atar uma bóia à ponta da linha, passando o fio por uma chumbada, que com uma argola permite que a primeira se mova livremente. Com todo o conjunto no fundo e a linha esticada, é só libertar linha do carreto até a bóia chegar ao cimo da água. Muitas canas próprias para o efeito já trazem de fábrica uma marca, que pode ser por exemplo de 50cm, tendo isto em atenção, é só contar o fio que sai do carreto, e sabemos com exatidão a que profundidade vai ficar a nossa montagem caso seja colocada naquele local. Se a cana não tiver marca, podemos fazê-la nós, com um elástico, por exemplo.

Se tivermos à mão papel e caneta, conforme vamos medindo os vários pontos com a bóia, podemos ir anotando. Com todo este conjunto, pode fazer-se tudo igual em relação à leitura do fundo, apenas se recomenda fazê-lo primeiro sem a bóia, porque em caso de haver muitos obstáculos podemos perdê-la. Sabendo que não há obstáculos de maior, podemos então colocar todo o conjunto a funcionar.

A partir de um barco não precisamos de bóia, basta a chumbada. Para sabermos a profundidade é só deixar cair a chumbada e recolher a linha à mão. Para saber o tipo de fundo, podemos bater com a mesma, e/ou arrasta-la para um lado ou outro, funcionando da mesma forma que se estivermos na margem.

São processos demorados, especialmente se não tivermos prática, mas se não o fizermos nunca a teremos, e é de extrema importância que tenhamos a certeza onde está colocada a nossa montagem, pois se estiver em local inacessível ao peixe, por melhor que seja o isco, não nos irá dar captura alguma.

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Page 17: Digital Carp Magazine #02

Hugo Janeiro

R: Como todos sabem, as carpas, ao serem animais de sangue frio (Pecilotérmicos) têm uma atividade metabólica muito menor nos meses em que a água está mais fria. Consequentemente a carpa alimenta-se menos nesta fase do ano.

Sou da opinião que nos meses mais frios devemos procurar concentrar a nossa engodagem e não abusar nas quanti-dades. Contudo, pode variar consoante a população de peixes da água em questão. Águas super povoadas por vezes permitem-nos fazer uma engodagem algo mais pesada e mais dispersa obtendo bons resultados.

Paulo SantosR: A pesca de rio não é o meu forte, e foi dos locais em que mais investidas fiz, mas pela experiência obtida ao longo

dos anos, o meu ponto de vista é de que uma pré engodagem feita ao longo dos tempos, a probabilidade de obter captu-ras aumenta consideravelmente.Embora os locais de passagem de uma carpa no rio possam ser infindáveis, elas acabam por ter sempre uma rota mais ou menos definida, e se souberem os frequentes locais onde existe alimento, de certeza vão passar por lá mais vezes.

De qualquer forma, depende do tipo de alimento que colocamos na água, se elas passarem, comerem, fizerem uma boa digestão, de certeza que voltarão para comer mais.

Aconselho nestes casos as pré-engodagens serem feitas com sementes cozidas, não necessariamente com grandes quantidades, junto com as sementes, devemos colocar boilies de boa qualidade. Isto fará muita diferença na obtenção de boas capturas.

Nelson Coutinho P: É possível fazer uma sondagem eficaz de um pesqueiro sem recurso a aparelhos eletrónicos? Como?

Hugo Janeiro R: Na minha opinião é possível, desde que tenhamos um barco e muito, mesmo muito tempo para investir em conhe-

cer o fundo da nossa zona de pesca. Para saber a profundidade, basta utilizar um fio com um peso na ponta e medir. Podemos também recorrer à cana. Com uma chumbada bem pesada, consegue-se sentir que tipo de fundo temos, se

tem lodo ou não, se é de gravilha, apenas terra, etc. Para saber se tem obstáculos (paus, pedras) podemos utilizar a própria chumbada que nos permite sentir muita coisa e até um anzol e fazê-lo percorrer o fundo em busca desses obstáculos.

Para quem não tem barco também é possível fazer esta sondagem, apesar de ser mais difícil e menos precisa pois torna-se mais difícil saber que tipo de fundo tem, lançando uma chumbada desde fora. O impacto desta no fundo vai ser atenuado pela quantidade de metros de linha que temos dentro de água e não se vai sentir na perfeição. É fácil medir a profundidade recorrendo a uma bóia atada na ponta do fio da cana, com uma chumbada solta por trás. Depois de esticar bem o fio assegurando que a boia está no fundo, vamos soltando e medindo o fio até que a esta apareça à superfície. A sondagem de obstáculos faz-se bem com a recolha da chumbada que lançámos.

A informação obtida é fiável mas sem dúvida que será necessário despender muitas horas para poder ficar a conhe-cer o pesqueiro na perfeição.

Gary Currin R: Não só é possível como eu acredito que seja essencial para qualquer Carpista aprender a desenhar uma imagem

mental do fundo do pesqueiro. Em qualquer altura pode ser preciso fazê-lo, mesmo tendo um aparelho eletrónico, basta acabar a bateria, por exemplo. E depois nem todas as pessoas têm dinheiro para tal equipamento.

A maneira mais fácil de o fazer, é passar uma chumbada em toda a área que pretendemos pescar. Começa por se contar quantos segundos a chumbada demora a bater no fundo, dando logo uma ideia da profundidade (iremos falar sobre uma técnica mais completa sobre saber a profundidade mais à frente). Será preciso manter a linha esticada, para se sentir a chumbada a bater no fundo. Com a cana com a ponta ligeiramente levantada, (caso haja muita pedra no fundo, ou se a chumbada for muito leve, pode saltar muito, nesse caso a ponta da cana deve colocar-se na horizontal) vamos recuperando a linha lentamente, sentindo todas vibrações da chumbada para a ponta da cana, dando-nos uma ideia se temos um fundo de erva, gravilha, argila ou lodo. Ou seja, puxa-se lentamente a cana como se fosse a recuperar peixe, depois volta-se a cana de novo na direção da água, só então recuperando a linha que ficou solta, quando esta voltar a estar esticada, repete-se toda a operação.

Carlos FalcãoP: Qual a melhor época do ano para obter recordes?

Gary Currin

R: Um recorde pode ser capturado em qualquer época do ano, e sejamos realistas, é o que leva na ideia todo o Carpista quando vai para uma sessão, embora haja uma época do ano em que os peixes estão mais pesados, pois carre-gam os ovos, pelo fim da primavera, princípio do verão. Por exemplo um peixe de 6kg pode aumentar 1kg ou mais. Nesta altura o peixe precisa de especial atenção, ser tratado com muito cuidado, e evitar os sacos de retenção.

No fim do outono também é uma boa altura para se bater um recorde, pois o peixe passou um longo verão a comer, assim como os primeiros meses de menos calor, preparando-se assim o período de inverno, onde irá encontrar menos comida natural.

Mas como disse no início, um recorde pode ser apanhado em qualquer altura, basta ir à pesca!

Hugo Janeiro

R: Sou da opinião que durante todo o ano se podem bater recordes, basta para isso estarmos à pesca. Geralmente toda a gente defende que na Primavera, devido ao grande aumento de peso das fêmeas provocado pelas ovas, facilita que obtenhamos capturas mais pesadas, contudo há outras fases do ano em que as carpas aumentam muito o peso e podem ser boas épocas para bater recordes, falo do Outono.

Os meus recordes em Espanha e Portugal foram capturados em Outubro, o que demonstra que não só na Primavera se batem recordes.

Paulo Santos

R: A melhor época de recordes na minha opinião é entre Novembro e Abril. Quando se aproxima o período de inver-no, as nossas amigas vão começar a comer com abundância para acumular gorduras. Estas irão ser usadas para se reforça-rem não só para o inverno mas também para quando chega a época da desova, estarem preparadas para o frenesim que todos conhecemos.

As carpas no outono/inverno são comparadas com os ursos, o que fazem é comer e encher-se de gorduras para passar o período de hibernação, pelo que pode ser uma boa altura para bater recordes.

Se tivermos a sorte de na desova apanhar uma carpa fêmea cheia de ovas, o record pode subir mais que o esperado e ficarmos muito surpreendidos pela positiva.

Hugo Janeiro

R: Tudo depende da zona do rio onde se vá pescar. Se for uma zona com corrente eu prefiro engodar no próprio dia pois a pré engodagem que se possa fazer pode ser arrastada até alguma zona onde se acumule. Isso pode fazer com que o peixe considere como local de alimentação o ponto em que se acumula o nosso engodo.

Se for uma zona com corrente fraca ou nula será deveras vantajoso pré-engodar. Na maioria dos locais a pré-engoda-gem pode ser a chave do sucesso, sempre e quando a fazemos corretamente.

Gary Currin

R: Na minha opinião, pescar em rio requer maior pré-engodagem do que em barragens. Eu penso que em rios, espe-cialmente rios largos, o peixe tem tendências nómadas, ou seja, move-se muito mais em busca de comida. Penso também que se nessa busca, o peixe encontrar um sítio com comida, irá voltar e visitar o mesmo local novamente. Portanto, engo-dar um local específico regularmente, fará toda a diferença para se ter sucesso nos rios, especialmente em grandes rios, como o Douro, por exemplo.

Em caso de pequenos rios, o peixe mantém-se mais por perto da mesma zona, seja protegido em obstáculos ou entre pequenas barragens, (caso as haja) pelo que a pré-engodagem não fará tanto sentido, talvez aqui engodasse só no próprio dia. Embora pré-engodar, na maior parte das circunstâncias seja sempre uma vantagem, especialmente se for feita no local certo. Porque para mim, o principal em qualquer água é a localização.

Diogo DuraisP: Em pesca de rio, é melhor pré-engodar ou fazê-lo só no próprio dia?

No caso de se ter gravilha no fundo, a ponteira irá dar pequenos saltos repetidamente, se for lodo, a mesma ira vergar, o quanto, vai depender de quanto a chumbada se enterrar no lodo, de seguida irá soltar suavemente. Com erva é semelhante, mas de forma menos constante, vai depender da quantidade de erva, se for muita pode até arranca-la e não voltar a endireitar até puxarmos tudo para fora.

Com este método simples, podemos ter uma ideia clara do fundo que podemos pescar. Recomendo para melhores resultados, o uso de uma cana de ponteira macia e linha o mais rígida possível, sendo o ideal o fio entrançado. Recomen-do também que a chumbada não seja amarrada diretamente à linha mãe, mas sim a uma ponta de fio que permita perder--se em caso de encontrar obstáculos maiores, não correndo assim o risco de perder várias dezenas de metros de fio, se o tivermos que cortar na ponta da cana.

Com a ajuda de uma bóia de marcação, teremos então possibilidade de saber todos os detalhes sobre o local onde pretendemos colocar os nossos iscos. Basicamente, é atar uma bóia à ponta da linha, passando o fio por uma chumbada, que com uma argola permite que a primeira se mova livremente. Com todo o conjunto no fundo e a linha esticada, é só libertar linha do carreto até a bóia chegar ao cimo da água. Muitas canas próprias para o efeito já trazem de fábrica uma marca, que pode ser por exemplo de 50cm, tendo isto em atenção, é só contar o fio que sai do carreto, e sabemos com exatidão a que profundidade vai ficar a nossa montagem caso seja colocada naquele local. Se a cana não tiver marca, podemos fazê-la nós, com um elástico, por exemplo.

Se tivermos à mão papel e caneta, conforme vamos medindo os vários pontos com a bóia, podemos ir anotando. Com todo este conjunto, pode fazer-se tudo igual em relação à leitura do fundo, apenas se recomenda fazê-lo primeiro sem a bóia, porque em caso de haver muitos obstáculos podemos perdê-la. Sabendo que não há obstáculos de maior, podemos então colocar todo o conjunto a funcionar.

A partir de um barco não precisamos de bóia, basta a chumbada. Para sabermos a profundidade é só deixar cair a chumbada e recolher a linha à mão. Para saber o tipo de fundo, podemos bater com a mesma, e/ou arrasta-la para um lado ou outro, funcionando da mesma forma que se estivermos na margem.

São processos demorados, especialmente se não tivermos prática, mas se não o fizermos nunca a teremos, e é de extrema importância que tenhamos a certeza onde está colocada a nossa montagem, pois se estiver em local inacessível ao peixe, por melhor que seja o isco, não nos irá dar captura alguma.

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Paulo SantosR: Existem variadas formas de fazer uma sondagem num pesqueiro sem recursos a aparelhos eletrónicos, mas isso

requer alguma sabedoria por parte do Carpista, ter de fazer uma leitura precisa dos fundos, obstáculos, profundidades, tipos de solo, etc.

1 - Cana e bóia de marcaçãoPodemos fazer uma leitura da profundidade do local de pesca.2 - Cana e chumbadaSomente com cana e chumbada, (convém ser fio entrançado pois como não tem dilatação, transmite melhor a leitura

do fundo) lançando a cana e recolhendo de forma lateral com movimentos lentos conseguimos obter o estado do solo e possíveis prisões, tais como lenha ou pedras, ou se é arenoso ou lodoso.

3 - Cana de marcação e um fio de algodãoCom uma cana com chumbada e um fio de algodão atado da chumbada, ao correr da linha madre atar por exemplo

80 cm de um fio branco de algodão. Lançamos a cana, esperamos uns segundos largos que a chumbada fique espetada no lodo, depois recolhe-se lentamente a cana e analisa-se até onde a chumbada fica espetada no lodo, pois o mesmo vai ficar agarrado à linha de algodão.

4 - Barco insuflável ou rígidoPara este tipo de medições sem aparelhos eletrónicos este é o melhor método. Dentro de um barco com uma ou várias varas agarradas entre si, conseguimos obter profundidades ou ver o tipo de

solo, assim como obstáculos.Outra forma é em águas mais claras, com um cone daqueles das estradas das obras na parte inferior ou mais larga

colar com cola resistente á agua um vidro. Na parte mais fina cortar um pouco para termos melhor visibilidade. Dentro do barco se for colocado a parte do vidro dentro de água e olhar-mos pela parte mais estreita temos uma boa visibilidade do fundo e solo do local de pesca pretendido.

Gary Currin R: Não só é possível como eu acredito que seja essencial para qualquer Carpista aprender a desenhar uma imagem

mental do fundo do pesqueiro. Em qualquer altura pode ser preciso fazê-lo, mesmo tendo um aparelho eletrónico, basta acabar a bateria, por exemplo. E depois nem todas as pessoas têm dinheiro para tal equipamento.

A maneira mais fácil de o fazer, é passar uma chumbada em toda a área que pretendemos pescar. Começa por se contar quantos segundos a chumbada demora a bater no fundo, dando logo uma ideia da profundidade (iremos falar sobre uma técnica mais completa sobre saber a profundidade mais à frente). Será preciso manter a linha esticada, para se sentir a chumbada a bater no fundo. Com a cana com a ponta ligeiramente levantada, (caso haja muita pedra no fundo, ou se a chumbada for muito leve, pode saltar muito, nesse caso a ponta da cana deve colocar-se na horizontal) vamos recuperando a linha lentamente, sentindo todas vibrações da chumbada para a ponta da cana, dando-nos uma ideia se temos um fundo de erva, gravilha, argila ou lodo. Ou seja, puxa-se lentamente a cana como se fosse a recuperar peixe, depois volta-se a cana de novo na direção da água, só então recuperando a linha que ficou solta, quando esta voltar a estar esticada, repete-se toda a operação.

No caso de se ter gravilha no fundo, a ponteira irá dar pequenos saltos repetidamente, se for lodo, a mesma ira vergar, o quanto, vai depender de quanto a chumbada se enterrar no lodo, de seguida irá soltar suavemente. Com erva é semelhante, mas de forma menos constante, vai depender da quantidade de erva, se for muita pode até arranca-la e não voltar a endireitar até puxarmos tudo para fora.

Com este método simples, podemos ter uma ideia clara do fundo que podemos pescar. Recomendo para melhores resultados, o uso de uma cana de ponteira macia e linha o mais rígida possível, sendo o ideal o fio entrançado. Recomen-do também que a chumbada não seja amarrada diretamente à linha mãe, mas sim a uma ponta de fio que permita perder--se em caso de encontrar obstáculos maiores, não correndo assim o risco de perder várias dezenas de metros de fio, se o tivermos que cortar na ponta da cana.

Com a ajuda de uma bóia de marcação, teremos então possibilidade de saber todos os detalhes sobre o local onde pretendemos colocar os nossos iscos. Basicamente, é atar uma bóia à ponta da linha, passando o fio por uma chumbada, que com uma argola permite que a primeira se mova livremente. Com todo o conjunto no fundo e a linha esticada, é só libertar linha do carreto até a bóia chegar ao cimo da água. Muitas canas próprias para o efeito já trazem de fábrica uma marca, que pode ser por exemplo de 50cm, tendo isto em atenção, é só contar o fio que sai do carreto, e sabemos com exatidão a que profundidade vai ficar a nossa montagem caso seja colocada naquele local. Se a cana não tiver marca, podemos fazê-la nós, com um elástico, por exemplo.

Se tivermos à mão papel e caneta, conforme vamos medindo os vários pontos com a bóia, podemos ir anotando. Com todo este conjunto, pode fazer-se tudo igual em relação à leitura do fundo, apenas se recomenda fazê-lo primeiro sem a bóia, porque em caso de haver muitos obstáculos podemos perdê-la. Sabendo que não há obstáculos de maior, podemos então colocar todo o conjunto a funcionar.

A partir de um barco não precisamos de bóia, basta a chumbada. Para sabermos a profundidade é só deixar cair a chumbada e recolher a linha à mão. Para saber o tipo de fundo, podemos bater com a mesma, e/ou arrasta-la para um lado ou outro, funcionando da mesma forma que se estivermos na margem.

São processos demorados, especialmente se não tivermos prática, mas se não o fizermos nunca a teremos, e é de extrema importância que tenhamos a certeza onde está colocada a nossa montagem, pois se estiver em local inacessível ao peixe, por melhor que seja o isco, não nos irá dar captura alguma.

Pergunta premiadaEsta é uma das secções da revista que consideramos muito importante, pois com as

dúvidas de uns, virão as respostas que poderão ajudar muitos, por isso o nosso muito obrigado

aqueles que nos enviaram as perguntas, Nelson, Daniel, Diogo e Carlos.

Para pergunta vencedora escolhemos a do Nelson Coutinho. Não porque as outras não o

mereçam, mas porque esta será, no nosso entender, a que melhores respostas veio trazer,

especialmente para quem se esta a iniciar no mundo do Carp Fishing. Como premio irá receber

uma mesa Carp Porter, oferecida pela loja www.pescateamcarp.com

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Paulo SantosR: Existem variadas formas de fazer uma sondagem num pesqueiro sem recursos a aparelhos eletrónicos, mas isso

requer alguma sabedoria por parte do Carpista, ter de fazer uma leitura precisa dos fundos, obstáculos, profundidades, tipos de solo, etc.

1 - Cana e bóia de marcaçãoPodemos fazer uma leitura da profundidade do local de pesca.2 - Cana e chumbadaSomente com cana e chumbada, (convém ser fio entrançado pois como não tem dilatação, transmite melhor a leitura

do fundo) lançando a cana e recolhendo de forma lateral com movimentos lentos conseguimos obter o estado do solo e possíveis prisões, tais como lenha ou pedras, ou se é arenoso ou lodoso.

3 - Cana de marcação e um fio de algodãoCom uma cana com chumbada e um fio de algodão atado da chumbada, ao correr da linha madre atar por exemplo

80 cm de um fio branco de algodão. Lançamos a cana, esperamos uns segundos largos que a chumbada fique espetada no lodo, depois recolhe-se lentamente a cana e analisa-se até onde a chumbada fica espetada no lodo, pois o mesmo vai ficar agarrado à linha de algodão.

4 - Barco insuflável ou rígidoPara este tipo de medições sem aparelhos eletrónicos este é o melhor método. Dentro de um barco com uma ou várias varas agarradas entre si, conseguimos obter profundidades ou ver o tipo de

solo, assim como obstáculos.Outra forma é em águas mais claras, com um cone daqueles das estradas das obras na parte inferior ou mais larga

colar com cola resistente á agua um vidro. Na parte mais fina cortar um pouco para termos melhor visibilidade. Dentro do barco se for colocado a parte do vidro dentro de água e olhar-mos pela parte mais estreita temos uma boa visibilidade do fundo e solo do local de pesca pretendido.

Gary Currin R: Não só é possível como eu acredito que seja essencial para qualquer Carpista aprender a desenhar uma imagem

mental do fundo do pesqueiro. Em qualquer altura pode ser preciso fazê-lo, mesmo tendo um aparelho eletrónico, basta acabar a bateria, por exemplo. E depois nem todas as pessoas têm dinheiro para tal equipamento.

A maneira mais fácil de o fazer, é passar uma chumbada em toda a área que pretendemos pescar. Começa por se contar quantos segundos a chumbada demora a bater no fundo, dando logo uma ideia da profundidade (iremos falar sobre uma técnica mais completa sobre saber a profundidade mais à frente). Será preciso manter a linha esticada, para se sentir a chumbada a bater no fundo. Com a cana com a ponta ligeiramente levantada, (caso haja muita pedra no fundo, ou se a chumbada for muito leve, pode saltar muito, nesse caso a ponta da cana deve colocar-se na horizontal) vamos recuperando a linha lentamente, sentindo todas vibrações da chumbada para a ponta da cana, dando-nos uma ideia se temos um fundo de erva, gravilha, argila ou lodo. Ou seja, puxa-se lentamente a cana como se fosse a recuperar peixe, depois volta-se a cana de novo na direção da água, só então recuperando a linha que ficou solta, quando esta voltar a estar esticada, repete-se toda a operação.

No caso de se ter gravilha no fundo, a ponteira irá dar pequenos saltos repetidamente, se for lodo, a mesma ira vergar, o quanto, vai depender de quanto a chumbada se enterrar no lodo, de seguida irá soltar suavemente. Com erva é semelhante, mas de forma menos constante, vai depender da quantidade de erva, se for muita pode até arranca-la e não voltar a endireitar até puxarmos tudo para fora.

Com este método simples, podemos ter uma ideia clara do fundo que podemos pescar. Recomendo para melhores resultados, o uso de uma cana de ponteira macia e linha o mais rígida possível, sendo o ideal o fio entrançado. Recomen-do também que a chumbada não seja amarrada diretamente à linha mãe, mas sim a uma ponta de fio que permita perder--se em caso de encontrar obstáculos maiores, não correndo assim o risco de perder várias dezenas de metros de fio, se o tivermos que cortar na ponta da cana.

Com a ajuda de uma bóia de marcação, teremos então possibilidade de saber todos os detalhes sobre o local onde pretendemos colocar os nossos iscos. Basicamente, é atar uma bóia à ponta da linha, passando o fio por uma chumbada, que com uma argola permite que a primeira se mova livremente. Com todo o conjunto no fundo e a linha esticada, é só libertar linha do carreto até a bóia chegar ao cimo da água. Muitas canas próprias para o efeito já trazem de fábrica uma marca, que pode ser por exemplo de 50cm, tendo isto em atenção, é só contar o fio que sai do carreto, e sabemos com exatidão a que profundidade vai ficar a nossa montagem caso seja colocada naquele local. Se a cana não tiver marca, podemos fazê-la nós, com um elástico, por exemplo.

Se tivermos à mão papel e caneta, conforme vamos medindo os vários pontos com a bóia, podemos ir anotando. Com todo este conjunto, pode fazer-se tudo igual em relação à leitura do fundo, apenas se recomenda fazê-lo primeiro sem a bóia, porque em caso de haver muitos obstáculos podemos perdê-la. Sabendo que não há obstáculos de maior, podemos então colocar todo o conjunto a funcionar.

A partir de um barco não precisamos de bóia, basta a chumbada. Para sabermos a profundidade é só deixar cair a chumbada e recolher a linha à mão. Para saber o tipo de fundo, podemos bater com a mesma, e/ou arrasta-la para um lado ou outro, funcionando da mesma forma que se estivermos na margem.

São processos demorados, especialmente se não tivermos prática, mas se não o fizermos nunca a teremos, e é de extrema importância que tenhamos a certeza onde está colocada a nossa montagem, pois se estiver em local inacessível ao peixe, por melhor que seja o isco, não nos irá dar captura alguma.

Pergunta premiadaEsta é uma das secções da revista que consideramos muito importante, pois com as

dúvidas de uns, virão as respostas que poderão ajudar muitos, por isso o nosso muito obrigado

aqueles que nos enviaram as perguntas, Nelson, Daniel, Diogo e Carlos.

Para pergunta vencedora escolhemos a do Nelson Coutinho. Não porque as outras não o

mereçam, mas porque esta será, no nosso entender, a que melhores respostas veio trazer,

especialmente para quem se esta a iniciar no mundo do Carp Fishing. Como premio irá receber

uma mesa Carp Porter, oferecida pela loja www.pescateamcarp.com

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Page 20: Digital Carp Magazine #02

Taska - Quick Link Swivel & Sleeves

Dez destorcedores com engate rápido para a montagem, cinco sleeves castanhas e cinco verdes, são o conteúdo destas saquetas da Taska.O conjunto é muito prático para usar com montagens Inline ou Lead Clip.O formato da Sleeve, bem comprida, ajuda a afastar o anzol da chumbada, o que é muito importante, pois assim evita que se possa enroscar nesta, ornando assim a montagem inutilizada. Os destorcedores são acabados empreto mate e muito resistentes. As Sleeves são de cor ligeiramente translú-cida e macias, apenas exigindo uma agulha muito fina para se passar a mon-tagem pelo interior.

Cygnet – Spod Bucket Adaptors

Excelente produto para quem engoda com Bait Rocket, pois permite que o balde se adapte a qualquer altura ou inclinação com a ajuda de três Banksticks. Não é preciso levar dois baldes para sobrepor e correr o risco de tombar tudo, ou ainda de ter que dobrar as costas para encher o Rocket. Inclusive a cadência e direção da engodagem torna-se muito mais certa. Estes adapta-dores são super resistentes e adaptam-se a qualquer balde, mas como se tem que ter o trabalho de os fixar, embora seja feito muito facilmente, convém escolher um balde com alguma resistência para não termos que andar sempre a mudá-los.

Taska – Stripper ‘n’ Cutting Tool

Esta ferramenta é um belo “dois em um”. Com um bonito design e muito ergonómica, é facílima de manusear. O Strip-per funciona muito bem, descascando os fios revestidos facilmente. O cortador, situado na parte de trás, é de tal forma afiado que basta passar suavemente o fio para o cortar. Um bom pormenor de segurança, é impossível tocar com os dedos no cortador, pelo que pode guardar-se em qualquer lado, mesmo que seja no bolso. Imprescindível na caixa de ferramentas de qualquer Carpista.

Trakker – Tip Protectors

Estas proteções são extremamente úteis, especialmente para quem transporta as canas em sacos individuais. O mate-rial é resistente e de uma cor muito suave. No seu interior tem um tubo rígido, praticamente indestrutível no normal de pesca. Mesmo em caso de ficar entalado entre a porta do carro ao fechar, este protetor irá proteger a ponta da cana. O cordão permite que se ajuste a qualquer cana e prende o protetor por baixo da argola, impedindo-o de saltar fora. É um produto muito bom, mas deveria vir acompanhado de uma banda de velcro para apertar a cana na outra extremidade. Como tal aconselha-se que se compre também um pouco deste material, tornando assim este conjunto perfeito. Cada embalagem traz duas unidades.

Taska – Pva Breakdown Kit

Sem dúvida que o Pva é de grande ajuda no Carp Fishing, especialmente se quisermos fazer uma pesca com engoda-gem localizada. Mas esta é apenas uma das muitas vantagens que poderemos encontrar neste produto. Por exemplo é um excelente anti enredos, além de deixar uma boa porção de comida junto ao nosso isco. No meu caso prefiro as redes, mas há coisas que só conseguiremos mesmo fazer com os sacos de Pva, como por exemplo colocar líquidos dentro, garantindo que vai ficar junto do nosso isco. Neste Kit da Taska temos 25 sacos de Pva 65mmx140mm, um funil e uma anilha que permite apertar este, para melhor se introduzir no saco. O primeiro grande pormenor, é que os sacos Pva vêm protegidos dentro de um saco em plástico, que fecha hermeticamente, impedindo a água de entrar e os destruir, mesmo em caso de apanharem chuva. A cor vermelha dos acessórios permite uma boa visibilidade sobre eles, impedindo que se percam no meio das ervas. Uma vez que a própria fábrica aconselha fechar os sacos depois de cheios com um fio Pva, nota-se que falharam neste pormenor pois não vem incluído no kit. De qualquer forma já sabem, ao comprar uma coisa, obrigatoriamente têm que comprar outra, tornando assim o conjunto mais completo. Se apenas colocarem a montagem dentro do saco, não se podem esquecer em furar este várias vezes com a agulha, para perder rapidamente o ar. Apesar da água fria em que foram testados, desfizeram-se rapidamente, o que nos leva a crer que no verão podem desfazer-se rápido demais. Ainda assim, se for o caso pode adicionar-se líquidos, tornando mais lento o processo.

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Page 21: Digital Carp Magazine #02

Taska - Quick Link Swivel & Sleeves

Dez destorcedores com engate rápido para a montagem, cinco sleeves castanhas e cinco verdes, são o conteúdo destas saquetas da Taska.O conjunto é muito prático para usar com montagens Inline ou Lead Clip.O formato da Sleeve, bem comprida, ajuda a afastar o anzol da chumbada, o que é muito importante, pois assim evita que se possa enroscar nesta, ornando assim a montagem inutilizada. Os destorcedores são acabados empreto mate e muito resistentes. As Sleeves são de cor ligeiramente translú-cida e macias, apenas exigindo uma agulha muito fina para se passar a mon-tagem pelo interior.

Cygnet – Spod Bucket Adaptors

Excelente produto para quem engoda com Bait Rocket, pois permite que o balde se adapte a qualquer altura ou inclinação com a ajuda de três Banksticks. Não é preciso levar dois baldes para sobrepor e correr o risco de tombar tudo, ou ainda de ter que dobrar as costas para encher o Rocket. Inclusive a cadência e direção da engodagem torna-se muito mais certa. Estes adapta-dores são super resistentes e adaptam-se a qualquer balde, mas como se tem que ter o trabalho de os fixar, embora seja feito muito facilmente, convém escolher um balde com alguma resistência para não termos que andar sempre a mudá-los.

Taska – Stripper ‘n’ Cutting Tool

Esta ferramenta é um belo “dois em um”. Com um bonito design e muito ergonómica, é facílima de manusear. O Strip-per funciona muito bem, descascando os fios revestidos facilmente. O cortador, situado na parte de trás, é de tal forma afiado que basta passar suavemente o fio para o cortar. Um bom pormenor de segurança, é impossível tocar com os dedos no cortador, pelo que pode guardar-se em qualquer lado, mesmo que seja no bolso. Imprescindível na caixa de ferramentas de qualquer Carpista.

Trakker – Tip Protectors

Estas proteções são extremamente úteis, especialmente para quem transporta as canas em sacos individuais. O mate-rial é resistente e de uma cor muito suave. No seu interior tem um tubo rígido, praticamente indestrutível no normal de pesca. Mesmo em caso de ficar entalado entre a porta do carro ao fechar, este protetor irá proteger a ponta da cana. O cordão permite que se ajuste a qualquer cana e prende o protetor por baixo da argola, impedindo-o de saltar fora. É um produto muito bom, mas deveria vir acompanhado de uma banda de velcro para apertar a cana na outra extremidade. Como tal aconselha-se que se compre também um pouco deste material, tornando assim este conjunto perfeito. Cada embalagem traz duas unidades.

Taska – Pva Breakdown Kit

Sem dúvida que o Pva é de grande ajuda no Carp Fishing, especialmente se quisermos fazer uma pesca com engoda-gem localizada. Mas esta é apenas uma das muitas vantagens que poderemos encontrar neste produto. Por exemplo é um excelente anti enredos, além de deixar uma boa porção de comida junto ao nosso isco. No meu caso prefiro as redes, mas há coisas que só conseguiremos mesmo fazer com os sacos de Pva, como por exemplo colocar líquidos dentro, garantindo que vai ficar junto do nosso isco. Neste Kit da Taska temos 25 sacos de Pva 65mmx140mm, um funil e uma anilha que permite apertar este, para melhor se introduzir no saco. O primeiro grande pormenor, é que os sacos Pva vêm protegidos dentro de um saco em plástico, que fecha hermeticamente, impedindo a água de entrar e os destruir, mesmo em caso de apanharem chuva. A cor vermelha dos acessórios permite uma boa visibilidade sobre eles, impedindo que se percam no meio das ervas. Uma vez que a própria fábrica aconselha fechar os sacos depois de cheios com um fio Pva, nota-se que falharam neste pormenor pois não vem incluído no kit. De qualquer forma já sabem, ao comprar uma coisa, obrigatoriamente têm que comprar outra, tornando assim o conjunto mais completo. Se apenas colocarem a montagem dentro do saco, não se podem esquecer em furar este várias vezes com a agulha, para perder rapidamente o ar. Apesar da água fria em que foram testados, desfizeram-se rapidamente, o que nos leva a crer que no verão podem desfazer-se rápido demais. Ainda assim, se for o caso pode adicionar-se líquidos, tornando mais lento o processo.

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,

Terminou no dia 20 Outubro o Campeonato Nacional de Pesca à Carpa, sendo a última prova realizada na Barragem de Odivelas, em Ferreira do Alentejo. Este ano, o nacional contou com as habituais três provas, com a novidade de duas dessas provas serem de 48 horas.

Apenas uma prova teve a duração de 72

horas. As duas primeiras provas foram realizadas na Barragem de Montargil, em Ponte Sor, local que mais tarde acolheu o mundial de pesca à carpa,

onde a nossa seleção aproveitou, e muito bem, estas provas do nacional para treinar e aperfeiçoar as técnicas e táticas.

No final, a dupla Casimiro Milheiras e Fernando Lopes sagraram-se Campeões Nacionais de Pesca á Carpa 2013.

1ª Prova, 8 a 10 Junho – Barragem de Montargil 2ª Prova, 24 a 27 Julho – Barragem de Montargil3ª Prova, 18 a 20 Outubro – Barragem de Odivelas

CLASS. FINAL DUPLA 1.º PROVAMONTARGIL

2.º PROVAMONTARGIL

3.º PROVAODIVELAS

PTS.

1

3

2

7

4

8

6

5

9

177,550 Kg

3

1

4

2

5

7

6

8

10

141,550 Kg

4

5

3

2

6

1

7

9

8

8

9

9

11

15

16

19

22

27

CampeãoNacional

Casimiro Milheiras/Fernando Lopes *

Hugo Marmelo/Carlos Cardoso *

Rui Alves/Nuno Alves

António Maria/Sílvio Penedo

Carlos Nunes/António Francisco

Emídio Bucho/Válter Silva

Antero Varela/José Ferreira

António Nunes/António Bazuga

Carlos Silva/António Silva

Capturas 166,700 Kg

485,800 Kg

* Equipas apuradas de forma direta para o Mundial de Pesca á Carpa em 2014 na Roménia.Da restante comitiva farão parte mais 1 dupla para compor a equipa nacional e outra dupla suplente.

Fernando Lopes "Brazão" e Casimiro Milheiras, os campeões nacionais de 2013.

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Page 23: Digital Carp Magazine #02

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Terminou no dia 20 Outubro o Campeonato Nacional de Pesca à Carpa, sendo a última prova realizada na Barragem de Odivelas, em Ferreira do Alentejo. Este ano, o nacional contou com as habituais três provas, com a novidade de duas dessas provas serem de 48 horas.

Apenas uma prova teve a duração de 72

horas. As duas primeiras provas foram realizadas na Barragem de Montargil, em Ponte Sor, local que mais tarde acolheu o mundial de pesca à carpa,

onde a nossa seleção aproveitou, e muito bem, estas provas do nacional para treinar e aperfeiçoar as técnicas e táticas.

No final, a dupla Casimiro Milheiras e Fernando Lopes sagraram-se Campeões Nacionais de Pesca á Carpa 2013.

1ª Prova, 8 a 10 Junho – Barragem de Montargil 2ª Prova, 24 a 27 Julho – Barragem de Montargil3ª Prova, 18 a 20 Outubro – Barragem de Odivelas

CLASS. FINAL DUPLA 1.º PROVAMONTARGIL

2.º PROVAMONTARGIL

3.º PROVAODIVELAS

PTS.

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177,550 Kg

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CampeãoNacional

Casimiro Milheiras/Fernando Lopes *

Hugo Marmelo/Carlos Cardoso *

Rui Alves/Nuno Alves

António Maria/Sílvio Penedo

Carlos Nunes/António Francisco

Emídio Bucho/Válter Silva

Antero Varela/José Ferreira

António Nunes/António Bazuga

Carlos Silva/António Silva

Capturas 166,700 Kg

485,800 Kg

* Equipas apuradas de forma direta para o Mundial de Pesca á Carpa em 2014 na Roménia.Da restante comitiva farão parte mais 1 dupla para compor a equipa nacional e outra dupla suplente.

Fernando Lopes "Brazão" e Casimiro Milheiras, os campeões nacionais de 2013.

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Page 24: Digital Carp Magazine #02

DCM: Há quanto tempo praticas Carp Fishing?HJ: Pratico Carp Fishing há aproximadamente 10 anos.

DCM: Já pescavas antes? Começaste com que idade?HJ: Sim já pescava. Comecei por ir à pesca aos 5 anos, mas é óbvio que não pescava grande coisa (risos)! Desde bem cedo que o vício tomou conta de mim. De início pescava à francesa, inglesa e achigã, até que descobri o Carp Fishing.

DCM: Quem te introduziu no mundo da pesca?HJ: O meu pai e o meu irmão, desde muito cedo que o bichinho da pesca me foi implantado no corpo. Mais tarde comecei também a pescar com o meu melhor amigo, Ricardo Santos.

DCM: Como descobriste o Carp Fishing?HJ: Descobri o Carp Fishing na barragem do Monte Novo. Ia para mais um fim-de-semana de pesca e quando lá cheguei, havia uma prova do campeo-nato nacional de Carp Fishing. Fiquei pasmado a olhar para todo aquele equipamento. Quando che-guei a casa passei horas na net á procura de perce-ber este tipo de pesca e desde esse dia esta modali-dade é parte integrante da minha vida.

DCM: Pescas sozinho ou para ti o Carp Fishing é uma modalidade de equipa?HJ: A partir do momento que conheci o Carp Fishing, juntamente com o Ricardo, praticamos esta modali-dade sempre juntos. Para mim esta é uma modali-dade que em equipa se torna mais eficiente. É óbvio que se pode praticar sozinho mas em equipa tudo se torna mais fácil e tem mais significado partilhar as alegrias, as conquistas.

DCM: Ainda te lembras da primeira captura com esta técnica?HJ: Claro que sim, há momentos que não se esque-cem e este foi um deles. A alegria foi enorme e

apesar de não ter sido um peixe muito grande para mim foi como se fosse o recorde do mundo.

DCM: E a captura que mais prazer te deu?HJ: Não tenho “uma” captura que me desse mais prazer. Tenho várias de enorme significado para mim. É difícil escolher uma, cada uma foi especial à sua maneira.

DCM: Qual é o segredo para conseguir tantas e tão maravilhosas capturas?HJ: Essa é uma pergunta difícil de responder, pois não há nenhum segredo! É apenas dedicação e muitas horas em ação de pesca, observar muito e aprender com cada situação vivida.

DCM: Em termos de iscos, tens preferência por Sementes ou Boilies?HJ: Sementes. Uma vez que nas barragens onde mais pesco não é possível seleccionar o peixe com o tipo de isco usado (uma carpa de 12kg come o mesmo que uma de 30kg).

DCM: Que achas dos Iscos Artificias? Costumas usar?HJ: Para mim são magníficos, creio que me tornei dependente deste tipo de iscos. Este isco garante-me que estou a pescar em condições, sem me preo-cupar se o amigo lagostim está a alimentar-se do meu isco ou não e essa garantia é muito importante, principalmente em sítios onde me coloco à pesca e não volto a tocar nas canas durante a sessão, mesmo que esta dure cinco dias. Uso SEMPRE!

DCM: És adepto de Dips ou Aditivos nos iscos ou preferes o mais natural possível?HJ: Depende muito da situação de pesca. Depende em que tipo de águas estou à pesca e até da altura do ano, mas normalmente uso o mais natural possível.

DCM: Como costumas fazer as engodagens? Leves ou pesadas? Ou depende da água em questão?HJ: Depende muito do tipo de água onde pesco. As duas barragens onde mais pesco são opostas no

Nome: Hugo Janeiro Idade: 29Profissão: Eng.º AgrónomoPB: 22,2kg Portugal, 23,5Kg Espanha

Na resposta a uma pergunta que não figura aqui, o Hugo Janeiro, nosso entrevistado nesta edição, disse-me: “Estou quase nas trezentas capturas com dois dígitos”! Bastaria esta resposta para perceber que estamos a falar de um pescador de topo! Não é fácil atingir esta marca, especialmente num país onde as Carpas grandes não são assim tantas nem tão fáceis de apanhar, tornando ainda mais especial a carreira deste Carpista, grande parte dela passada na companhia do amigo de longa data, Ricardo Santos. Qual é o segredo para conseguir tantas e tão maravilhosas capturas? Já vão saber a seguir….

que respeita a engodagens. Numa delas são engo-dagens muito leves e na outra super pesadas. Tudo depende também da época, normalmente nos meses mais frios aligeiro sempre as engodagens.

DCM: Qual o tipo de montagem que mais usas?HJ: Sempre Inline.

DCM: É uma questão de gosto ou pensas que funciona melhor que as outras?HJ: Penso que funciona melhor, principalmente devido à apresentação debaixo de água e à crava-gem, que é para mim mais eficiente do que com outros tipos de montagem.

DCM: Qual a época do ano que mais te agrada pescar?HJ: Gosto de pescar todo o ano. Se falarmos de qual a melhor época para tirar os maiores exemplares, sem dúvida que prefiro a primavera.

DCM: Na linha mãe no carreto, o que costumas colocar? Entrançado, Nylon ou Fluoro Carbono?HJ: Depende muito do local de pesca e da distância de pesca mas geralmente utilizo fluoro pois costumo pescar em águas muito cristalinas. Em algum caso de pesca extra longa prefiro entrançado.

DCM: Qual a vantagem que vez nessa linha? (Fluoro Carbono)HJ: Para mim a grande vantagem do fluoro é a sua invisibilidade, uma vez que pesco em baixas profundidades e águas muito cristalinas.

DCM: E nos estralhos? Rígidos, Soft ou combina-dos?HJ: Adoro o Combi Rig!

DCM: Eu sei que usas canas de 13 pés, qual a vanta-gem que vês nestas canas em relação às de 12?HJ: Para o tipo de pesca que eu pratico, não muito longe da margem, não tem qualquer vantagem, é

Entrevista

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Page 25: Digital Carp Magazine #02

DCM: Há quanto tempo praticas Carp Fishing?HJ: Pratico Carp Fishing há aproximadamente 10 anos.

DCM: Já pescavas antes? Começaste com que idade?HJ: Sim já pescava. Comecei por ir à pesca aos 5 anos, mas é óbvio que não pescava grande coisa (risos)! Desde bem cedo que o vício tomou conta de mim. De início pescava à francesa, inglesa e achigã, até que descobri o Carp Fishing.

DCM: Quem te introduziu no mundo da pesca?HJ: O meu pai e o meu irmão, desde muito cedo que o bichinho da pesca me foi implantado no corpo. Mais tarde comecei também a pescar com o meu melhor amigo, Ricardo Santos.

DCM: Como descobriste o Carp Fishing?HJ: Descobri o Carp Fishing na barragem do Monte Novo. Ia para mais um fim-de-semana de pesca e quando lá cheguei, havia uma prova do campeo-nato nacional de Carp Fishing. Fiquei pasmado a olhar para todo aquele equipamento. Quando che-guei a casa passei horas na net á procura de perce-ber este tipo de pesca e desde esse dia esta modali-dade é parte integrante da minha vida.

DCM: Pescas sozinho ou para ti o Carp Fishing é uma modalidade de equipa?HJ: A partir do momento que conheci o Carp Fishing, juntamente com o Ricardo, praticamos esta modali-dade sempre juntos. Para mim esta é uma modali-dade que em equipa se torna mais eficiente. É óbvio que se pode praticar sozinho mas em equipa tudo se torna mais fácil e tem mais significado partilhar as alegrias, as conquistas.

DCM: Ainda te lembras da primeira captura com esta técnica?HJ: Claro que sim, há momentos que não se esque-cem e este foi um deles. A alegria foi enorme e

apesar de não ter sido um peixe muito grande para mim foi como se fosse o recorde do mundo.

DCM: E a captura que mais prazer te deu?HJ: Não tenho “uma” captura que me desse mais prazer. Tenho várias de enorme significado para mim. É difícil escolher uma, cada uma foi especial à sua maneira.

DCM: Qual é o segredo para conseguir tantas e tão maravilhosas capturas?HJ: Essa é uma pergunta difícil de responder, pois não há nenhum segredo! É apenas dedicação e muitas horas em ação de pesca, observar muito e aprender com cada situação vivida.

DCM: Em termos de iscos, tens preferência por Sementes ou Boilies?HJ: Sementes. Uma vez que nas barragens onde mais pesco não é possível seleccionar o peixe com o tipo de isco usado (uma carpa de 12kg come o mesmo que uma de 30kg).

DCM: Que achas dos Iscos Artificias? Costumas usar?HJ: Para mim são magníficos, creio que me tornei dependente deste tipo de iscos. Este isco garante-me que estou a pescar em condições, sem me preo-cupar se o amigo lagostim está a alimentar-se do meu isco ou não e essa garantia é muito importante, principalmente em sítios onde me coloco à pesca e não volto a tocar nas canas durante a sessão, mesmo que esta dure cinco dias. Uso SEMPRE!

DCM: És adepto de Dips ou Aditivos nos iscos ou preferes o mais natural possível?HJ: Depende muito da situação de pesca. Depende em que tipo de águas estou à pesca e até da altura do ano, mas normalmente uso o mais natural possível.

DCM: Como costumas fazer as engodagens? Leves ou pesadas? Ou depende da água em questão?HJ: Depende muito do tipo de água onde pesco. As duas barragens onde mais pesco são opostas no

Nome: Hugo Janeiro Idade: 29Profissão: Eng.º AgrónomoPB: 22,2kg Portugal, 23,5Kg Espanha

Na resposta a uma pergunta que não figura aqui, o Hugo Janeiro, nosso entrevistado nesta edição, disse-me: “Estou quase nas trezentas capturas com dois dígitos”! Bastaria esta resposta para perceber que estamos a falar de um pescador de topo! Não é fácil atingir esta marca, especialmente num país onde as Carpas grandes não são assim tantas nem tão fáceis de apanhar, tornando ainda mais especial a carreira deste Carpista, grande parte dela passada na companhia do amigo de longa data, Ricardo Santos. Qual é o segredo para conseguir tantas e tão maravilhosas capturas? Já vão saber a seguir….

que respeita a engodagens. Numa delas são engo-dagens muito leves e na outra super pesadas. Tudo depende também da época, normalmente nos meses mais frios aligeiro sempre as engodagens.

DCM: Qual o tipo de montagem que mais usas?HJ: Sempre Inline.

DCM: É uma questão de gosto ou pensas que funciona melhor que as outras?HJ: Penso que funciona melhor, principalmente devido à apresentação debaixo de água e à crava-gem, que é para mim mais eficiente do que com outros tipos de montagem.

DCM: Qual a época do ano que mais te agrada pescar?HJ: Gosto de pescar todo o ano. Se falarmos de qual a melhor época para tirar os maiores exemplares, sem dúvida que prefiro a primavera.

DCM: Na linha mãe no carreto, o que costumas colocar? Entrançado, Nylon ou Fluoro Carbono?HJ: Depende muito do local de pesca e da distância de pesca mas geralmente utilizo fluoro pois costumo pescar em águas muito cristalinas. Em algum caso de pesca extra longa prefiro entrançado.

DCM: Qual a vantagem que vez nessa linha? (Fluoro Carbono)HJ: Para mim a grande vantagem do fluoro é a sua invisibilidade, uma vez que pesco em baixas profundidades e águas muito cristalinas.

DCM: E nos estralhos? Rígidos, Soft ou combina-dos?HJ: Adoro o Combi Rig!

DCM: Eu sei que usas canas de 13 pés, qual a vanta-gem que vês nestas canas em relação às de 12?HJ: Para o tipo de pesca que eu pratico, não muito longe da margem, não tem qualquer vantagem, é

Entrevista

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Page 26: Digital Carp Magazine #02

DCM: Há quanto tempo praticas Carp Fishing?HJ: Pratico Carp Fishing há aproximadamente 10 anos.

DCM: Já pescavas antes? Começaste com que idade?HJ: Sim já pescava. Comecei por ir à pesca aos 5 anos, mas é óbvio que não pescava grande coisa (risos)! Desde bem cedo que o vício tomou conta de mim. De início pescava à francesa, inglesa e achigã, até que descobri o Carp Fishing.

DCM: Quem te introduziu no mundo da pesca?HJ: O meu pai e o meu irmão, desde muito cedo que o bichinho da pesca me foi implantado no corpo. Mais tarde comecei também a pescar com o meu melhor amigo, Ricardo Santos.

DCM: Como descobriste o Carp Fishing?HJ: Descobri o Carp Fishing na barragem do Monte Novo. Ia para mais um fim-de-semana de pesca e quando lá cheguei, havia uma prova do campeo-na-to nacional de Carp Fishing. Fiquei pasmado a olhar para todo aquele equipamento. Quando che-guei a casa passei horas na net á procura de perceber este tipo de pesca e desde esse dia esta modalidade é parte integrante da minha vida.

DCM: Pescas sozinho ou para ti o Carp Fishing é uma modalidade de equipa?HJ: A partir do momento que conheci o Carp Fishing, juntamente com o Ricardo, praticamos esta modali-dade sempre juntos. Para mim esta é uma modali-dade que em equipa se torna mais eficiente. É óbvio que se pode praticar sozinho mas em equipa tudo se torna mais fácil e tem mais significado partilhar as alegrias, as conquistas.

DCM: Ainda te lembras da primeira captura com esta técnica?HJ: Claro que sim, há momentos que não se esquec-em e este foi um deles. A alegria foi enorme e

apesar de não ter sido um peixe muito grande para mim foi como se fosse o recorde do mundo.

DCM: E a captura que mais prazer te deu?HJ: Não tenho “uma” captura que me desse mais prazer. Tenho várias de enorme significado para mim. É difícil escolher uma, cada uma foi especial à sua maneira.

DCM: Qual é o segredo para conseguir tantas e tão maravilhosas capturas?HJ: Essa é uma pergunta difícil de responder, pois não há nenhum segredo! É apenas dedicação e muitas horas em ação de pesca, observar muito e aprender com cada situação vivida.

DCM: Em termos de iscos, tens preferência por Sementes ou Boilies?HJ: Sementes. Uma vez que nas barragens onde mais pesco não é possível seleccionar o peixe com o tipo de isco usado (uma carpa de 12kg come o mesmo que uma de 30kg).

DCM: Que achas dos Iscos Artificias? Costumas usar?HJ: Para mim são magníficos, creio que me tornei dependente deste tipo de iscos. Este isco garan-te-me que estou a pescar em condições, sem me preocupar se o amigo lagostim está a alimentar-se do meu isco ou não e essa garantia é muito impor-tante, principalmente em sítios onde me coloco à pesca e não volto a tocar nas canas durante a sessão, mesmo que esta dure cinco dias. Uso SEMPRE!

DCM: És adepto de Dips ou Aditivos nos iscos ou preferes o mais natural possível?HJ: Depende muito da situação de pesca. Depende em que tipo de águas estou à pesca e até da altura do ano, mas normalmente uso o mais natural possível.

DCM: Como costumas fazer as engodagens? Leves ou pesadas? Ou depende da água em questão?HJ: Depende muito do tipo de água onde pesco. As

duas barragens onde mais pesco são opostas no que respeita a engodagens. Numa delas são engodagens muito leves e na outra super pesadas. Tudo depende também da época, normalmente nos meses mais frios aligeiro sempre as engodagens.

DCM: Qual o tipo de montagem que mais usas?HJ: Sempre Inline.

DCM: É uma questão de gosto ou pensas que funciona melhor que as outras?HJ: Penso que funciona melhor, principalmente devido à apresentação debaixo de água e à cravagem, que é para mim mais eficiente do que com outros tipos de montagem.

DCM: Qual a época do ano que mais te agrada pescar?HJ: Gosto de pescar todo o ano. Se falarmos de qual a melhor época para tirar os maiores exemplares, sem dúvida que prefiro a primavera.

DCM: Na linha mãe no carreto, o que costumas colocar? Entrançado, Nylon ou Fluoro Carbono?HJ: Depende muito do local de pesca e da distância de pesca mas geralmente utilizo fluoro pois costu-mo pescar em águas muito cristalinas. Em algum caso de pesca extra longa prefiro entrançado.

DCM: Qual a vantagem que vez nessa linha? (Fluo-ro Carbono)HJ: Para mim a grande vantagem do fluoro é a sua invisibilidade, uma vez que pesco em baixas profundidades e águas muito cristalinas.

DCM: E nos estralhos? Rígidos, Soft ou combina-dos?HJ: Adoro o Combi Rig!

DCM: Eu sei que usas canas de 13 pés, qual a vanta-gem que vês nestas canas em relação às de 12?HJ: Para o tipo de pesca que eu pratico, não muito

longe da margem, não tem qualquer vantagem, é apenas uma questão de gosto.

DCM: Também sei que usas carretos com Drag Frontal em vez de Bait Runner. Há inclusive muita gente a faze-lo! Qual o motivo para usares este sistema?HJ: Desde muito pequeno que me habituei a este tipo de carretos e não quero outros. Cheguei a ter carretos com bait runner no início quando comecei no Carp Fishing mas a maior parte das vezes nem me lembrava que o tinham e nem o usava.

DCM: Tu e o Ricardo Santos descobriram o único lago do país exclusivo da modalidade até à data, Alfarófia. Podes contar-nos como foi?HJ: No ano de 2007 comecei a trabalhar com o filho do Sr. João Claudino (dono do Lago) e foi então que surgiu a conversa de que na Alfarófia havia carpas enormes. A seguir falei com o Sr. João e ele me contou toda a história de Alfarófia, que já todos sabemos mas podemos recordar na página do lago www.lagodaalfarofia.com, onde me contou que um pescador Inglês tinha conseguido uma captura com mais de 23kg. Despertou em mim muita curiosidade e uma enorme vontade de descobrir o real poten-cial do Lago.

DCM: Já conhecias o Lago? HJ: Sim, eu cresci a pouco mais de 1km do Lago da Alfarófia e desde muito pequeno que lá pescava, pouco depois de ter sido terminada a obra, mas nessa altura era tão novo que não tinha a menor ideia do potencial que ali se acabara de criar.

DCM: Qual foi o passo seguinte depois de saberes que havia exemplares enormes no lago?HJ: Após várias sessões de pesca que serviram essencialmente para conhecer melhor o fundo do lago, conseguimos a primeira captura, que recordo perfeitamente, era uma linda carpa de 12kg. A partir deste dia foi um sonho, cada sessão de pesca capturávamos sempre grandes carpas entre os 10 e os 22,180kg. Em poucos meses obtivemos exem-plares que fazem sonhar qualquer Carpista e isso levou-nos a falar com o Sr. João para que ele fizesse do lago um coto de pesca, tal como existem em

França e Inglaterra e dessa forma permitir que todo o Carpista interessado pudesse disfrutar desde lugar magnífico. A partir daí, com o contributo de toda a equipa Passioncarp em conjunto com os donos, nasceu o Lago da Alfarófia para o mundo do Carp Fishing. Um lugar único e com um lote de carpas de porte muito grande que fazem as delícias de todos os pescadores que o visitam. É único na Península Ibérica e nós Portugueses deveríamos dar-lhe o devido valor pelo que representa.

É sem dúvida o lago que transformou a minha vida como Carpista e me incutiu o vício por carpas grandes. Tenho muitas e boas alegrias vividas no Lago da Alfarófia e certamente mais estarão para vir.

DCM: Como vês o panorama nacional em relação ao Carp Fishing?HJ: No que respeita à filosofia do Carp Fishing, vejo com bons olhos. Cada vez há mais praticantes e, sendo cada vez mais, teremos maior força na tenta-tiva de sensibilizar os outros pescadores a preservar e respeitar o meio ambiente e tudo o que o rodeia. Ainda sou dos que acredita que daqui a 30 anos a pesca sem morte será praticada pela maioria de pescadores no nosso país. No que respeita à quali-dade dos nossos pescadores, creio que na pesca de Competição os resultados falam por si próprios, estamos na Elite da modalidade. Aproveito a opor-tunidade da entrevista para felicitar todos os mem-bros da Seleção Nacional de Carp Fishing pela Vitória no Mundial. Se quisermos falar da pesca a grandes exemplares penso que temos o conheci-mento para estar à altura de qualquer outro país, apenas nos faltam massas de água com as mesmas condições que em França, Inglaterra ou Espanha, entre outros.

DCM: Comparando com os países mais próximos, achas que estamos ao mesmo nível?HJ: Como disse anteriormente, em termos de conhecimentos creio que estamos ao mesmo nível. A prova está nos Portugueses que pescam com frequência em águas espanholas ou francesas, não somos em nada inferiores aos colegas desse país.

DCM: Por fim, acredito que devas ter muitas situações engraçadas passadas a beira da água,

queres presentear-nos com algum em especial?HJ: De tantas horas passadas à beira da água, há muitas histórias que poderia contar, mas para ser breve vou apenas contar uma das mais especiais.

Estava com o Ricardo à pesca em Sierra Brava, pela primeira vez. Chegamos à barragem e tínhamos 6 amigos já em ação de pesca. Sem conhecer a barra-gem colocamo-nos onde nos indicaram. Ali ficamos durante dois dias e nem sinal das nossas amigas Carpas. Os colegas ao lado estavam todos na mesma situação. Então foi decidido por todos eles que deveríamos mudar de zona porque ali não havia forma de tirar nem uma carpa. Estavam decid-idos a mudar para a Moheda. Nisto o Ricardo decid-iu-se a dar um passeio para observar um pouco melhor a paisagem antes de nos mudarmos enquanto eu já estava a arrumar o material. Passan-do uma colina, chegou a um pequeno braço onde viu saltar duas carpas enormes em menos de um minuto. Apressado veio contar-me o que tinha visto. Contámos aos restantes colegas mas ninguém acreditou que apenas 100m mais abaixo, por detrás daquela colina, as coisas pudessem mudar por isso ninguém quis abandonar a ideia de mudar para a zona já antes escolhida, Moheda, onde segundo as notícias que nos tinham chegado, havia alguma atividade.

Eu, conhecendo tão bem o Ricardo nem hesitei em mudar-me para o local descoberto por ele. Arrumamos tudo e ao chegar ao local as carpas não paravam de saltar. E eram todas enormes. Sem perder tempo escolhemos dois locais para engodar.

Engodamos e começamos a montar as canas. Com todo o material pronto, chega a hora de lançar as canas à água e é aqui que ocorre uma situação que não esquecerei jamais;

Lancei a primeira cana e ainda com ela na mão, sem ter tempo de a colocar no Rod Pod, senti um enorme puxão, quase que me saltava da mão. Fiquei estupe-facto, era impossível que já tivesse picado uma carpa. Hesitei, fiquei atrapalhado e demorei algum tempo a reagir, quando finalmente o fiz, comecei a recuperar fio mas carpa tinha nadado na minha direção, acabando por se enrolar num obstáculo e partir o fio. A partir daí foi um festival, as picadas sucediam-se com carpas de 10 a 18kg. Tiramos um total de 24 carpas, todas elas de grande porte.

Quando já estávamos a arrumar, pois tínhamos mesmo de voltar para casa, apareceram dois pesca-dores. Vinham perguntar como estava a correr a sessão porque a eles estava a correr muito mal. Apenas tinham capturado uma carpa de 14kg, que, para sorte deles, se enrolou numa das suas monta-gens pois trazia uns 15m de fio shimano….Com um anzol Korda nº6…. Uma chumbada da Korda…um Boilie de banana...Resumindo, tudo aquilo que eu estava a usar…era a carpa que me tinha fugido no dia anterior. O meu azar foi a sorte daqueles dois pescadores. A maior sorte foi mesmo para a carpa que assim ficou livre do incómodo anzol.

Muito obrigado Hugo. Desejamos-te muita sorte e bons momentos à beira da água!

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Page 27: Digital Carp Magazine #02

DCM: Há quanto tempo praticas Carp Fishing?HJ: Pratico Carp Fishing há aproximadamente 10 anos.

DCM: Já pescavas antes? Começaste com que idade?HJ: Sim já pescava. Comecei por ir à pesca aos 5 anos, mas é óbvio que não pescava grande coisa (risos)! Desde bem cedo que o vício tomou conta de mim. De início pescava à francesa, inglesa e achigã, até que descobri o Carp Fishing.

DCM: Quem te introduziu no mundo da pesca?HJ: O meu pai e o meu irmão, desde muito cedo que o bichinho da pesca me foi implantado no corpo. Mais tarde comecei também a pescar com o meu melhor amigo, Ricardo Santos.

DCM: Como descobriste o Carp Fishing?HJ: Descobri o Carp Fishing na barragem do Monte Novo. Ia para mais um fim-de-semana de pesca e quando lá cheguei, havia uma prova do campeo-na-to nacional de Carp Fishing. Fiquei pasmado a olhar para todo aquele equipamento. Quando che-guei a casa passei horas na net á procura de perceber este tipo de pesca e desde esse dia esta modalidade é parte integrante da minha vida.

DCM: Pescas sozinho ou para ti o Carp Fishing é uma modalidade de equipa?HJ: A partir do momento que conheci o Carp Fishing, juntamente com o Ricardo, praticamos esta modali-dade sempre juntos. Para mim esta é uma modali-dade que em equipa se torna mais eficiente. É óbvio que se pode praticar sozinho mas em equipa tudo se torna mais fácil e tem mais significado partilhar as alegrias, as conquistas.

DCM: Ainda te lembras da primeira captura com esta técnica?HJ: Claro que sim, há momentos que não se esquec-em e este foi um deles. A alegria foi enorme e

apesar de não ter sido um peixe muito grande para mim foi como se fosse o recorde do mundo.

DCM: E a captura que mais prazer te deu?HJ: Não tenho “uma” captura que me desse mais prazer. Tenho várias de enorme significado para mim. É difícil escolher uma, cada uma foi especial à sua maneira.

DCM: Qual é o segredo para conseguir tantas e tão maravilhosas capturas?HJ: Essa é uma pergunta difícil de responder, pois não há nenhum segredo! É apenas dedicação e muitas horas em ação de pesca, observar muito e aprender com cada situação vivida.

DCM: Em termos de iscos, tens preferência por Sementes ou Boilies?HJ: Sementes. Uma vez que nas barragens onde mais pesco não é possível seleccionar o peixe com o tipo de isco usado (uma carpa de 12kg come o mesmo que uma de 30kg).

DCM: Que achas dos Iscos Artificias? Costumas usar?HJ: Para mim são magníficos, creio que me tornei dependente deste tipo de iscos. Este isco garan-te-me que estou a pescar em condições, sem me preocupar se o amigo lagostim está a alimentar-se do meu isco ou não e essa garantia é muito impor-tante, principalmente em sítios onde me coloco à pesca e não volto a tocar nas canas durante a sessão, mesmo que esta dure cinco dias. Uso SEMPRE!

DCM: És adepto de Dips ou Aditivos nos iscos ou preferes o mais natural possível?HJ: Depende muito da situação de pesca. Depende em que tipo de águas estou à pesca e até da altura do ano, mas normalmente uso o mais natural possível.

DCM: Como costumas fazer as engodagens? Leves ou pesadas? Ou depende da água em questão?HJ: Depende muito do tipo de água onde pesco. As

duas barragens onde mais pesco são opostas no que respeita a engodagens. Numa delas são engodagens muito leves e na outra super pesadas. Tudo depende também da época, normalmente nos meses mais frios aligeiro sempre as engodagens.

DCM: Qual o tipo de montagem que mais usas?HJ: Sempre Inline.

DCM: É uma questão de gosto ou pensas que funciona melhor que as outras?HJ: Penso que funciona melhor, principalmente devido à apresentação debaixo de água e à cravagem, que é para mim mais eficiente do que com outros tipos de montagem.

DCM: Qual a época do ano que mais te agrada pescar?HJ: Gosto de pescar todo o ano. Se falarmos de qual a melhor época para tirar os maiores exemplares, sem dúvida que prefiro a primavera.

DCM: Na linha mãe no carreto, o que costumas colocar? Entrançado, Nylon ou Fluoro Carbono?HJ: Depende muito do local de pesca e da distância de pesca mas geralmente utilizo fluoro pois costu-mo pescar em águas muito cristalinas. Em algum caso de pesca extra longa prefiro entrançado.

DCM: Qual a vantagem que vez nessa linha? (Fluo-ro Carbono)HJ: Para mim a grande vantagem do fluoro é a sua invisibilidade, uma vez que pesco em baixas profundidades e águas muito cristalinas.

DCM: E nos estralhos? Rígidos, Soft ou combina-dos?HJ: Adoro o Combi Rig!

DCM: Eu sei que usas canas de 13 pés, qual a vanta-gem que vês nestas canas em relação às de 12?HJ: Para o tipo de pesca que eu pratico, não muito

longe da margem, não tem qualquer vantagem, é apenas uma questão de gosto.

DCM: Também sei que usas carretos com Drag Frontal em vez de Bait Runner. Há inclusive muita gente a faze-lo! Qual o motivo para usares este sistema?HJ: Desde muito pequeno que me habituei a este tipo de carretos e não quero outros. Cheguei a ter carretos com bait runner no início quando comecei no Carp Fishing mas a maior parte das vezes nem me lembrava que o tinham e nem o usava.

DCM: Tu e o Ricardo Santos descobriram o único lago do país exclusivo da modalidade até à data, Alfarófia. Podes contar-nos como foi?HJ: No ano de 2007 comecei a trabalhar com o filho do Sr. João Claudino (dono do Lago) e foi então que surgiu a conversa de que na Alfarófia havia carpas enormes. A seguir falei com o Sr. João e ele me contou toda a história de Alfarófia, que já todos sabemos mas podemos recordar na página do lago www.lagodaalfarofia.com, onde me contou que um pescador Inglês tinha conseguido uma captura com mais de 23kg. Despertou em mim muita curiosidade e uma enorme vontade de descobrir o real poten-cial do Lago.

DCM: Já conhecias o Lago? HJ: Sim, eu cresci a pouco mais de 1km do Lago da Alfarófia e desde muito pequeno que lá pescava, pouco depois de ter sido terminada a obra, mas nessa altura era tão novo que não tinha a menor ideia do potencial que ali se acabara de criar.

DCM: Qual foi o passo seguinte depois de saberes que havia exemplares enormes no lago?HJ: Após várias sessões de pesca que serviram essencialmente para conhecer melhor o fundo do lago, conseguimos a primeira captura, que recordo perfeitamente, era uma linda carpa de 12kg. A partir deste dia foi um sonho, cada sessão de pesca capturávamos sempre grandes carpas entre os 10 e os 22,180kg. Em poucos meses obtivemos exem-plares que fazem sonhar qualquer Carpista e isso levou-nos a falar com o Sr. João para que ele fizesse do lago um coto de pesca, tal como existem em

França e Inglaterra e dessa forma permitir que todo o Carpista interessado pudesse disfrutar desde lugar magnífico. A partir daí, com o contributo de toda a equipa Passioncarp em conjunto com os donos, nasceu o Lago da Alfarófia para o mundo do Carp Fishing. Um lugar único e com um lote de carpas de porte muito grande que fazem as delícias de todos os pescadores que o visitam. É único na Península Ibérica e nós Portugueses deveríamos dar-lhe o devido valor pelo que representa.

É sem dúvida o lago que transformou a minha vida como Carpista e me incutiu o vício por carpas grandes. Tenho muitas e boas alegrias vividas no Lago da Alfarófia e certamente mais estarão para vir.

DCM: Como vês o panorama nacional em relação ao Carp Fishing?HJ: No que respeita à filosofia do Carp Fishing, vejo com bons olhos. Cada vez há mais praticantes e, sendo cada vez mais, teremos maior força na tenta-tiva de sensibilizar os outros pescadores a preservar e respeitar o meio ambiente e tudo o que o rodeia. Ainda sou dos que acredita que daqui a 30 anos a pesca sem morte será praticada pela maioria de pescadores no nosso país. No que respeita à quali-dade dos nossos pescadores, creio que na pesca de Competição os resultados falam por si próprios, estamos na Elite da modalidade. Aproveito a opor-tunidade da entrevista para felicitar todos os mem-bros da Seleção Nacional de Carp Fishing pela Vitória no Mundial. Se quisermos falar da pesca a grandes exemplares penso que temos o conheci-mento para estar à altura de qualquer outro país, apenas nos faltam massas de água com as mesmas condições que em França, Inglaterra ou Espanha, entre outros.

DCM: Comparando com os países mais próximos, achas que estamos ao mesmo nível?HJ: Como disse anteriormente, em termos de conhecimentos creio que estamos ao mesmo nível. A prova está nos Portugueses que pescam com frequência em águas espanholas ou francesas, não somos em nada inferiores aos colegas desse país.

DCM: Por fim, acredito que devas ter muitas situações engraçadas passadas a beira da água,

queres presentear-nos com algum em especial?HJ: De tantas horas passadas à beira da água, há muitas histórias que poderia contar, mas para ser breve vou apenas contar uma das mais especiais.

Estava com o Ricardo à pesca em Sierra Brava, pela primeira vez. Chegamos à barragem e tínhamos 6 amigos já em ação de pesca. Sem conhecer a barra-gem colocamo-nos onde nos indicaram. Ali ficamos durante dois dias e nem sinal das nossas amigas Carpas. Os colegas ao lado estavam todos na mesma situação. Então foi decidido por todos eles que deveríamos mudar de zona porque ali não havia forma de tirar nem uma carpa. Estavam decid-idos a mudar para a Moheda. Nisto o Ricardo decid-iu-se a dar um passeio para observar um pouco melhor a paisagem antes de nos mudarmos enquanto eu já estava a arrumar o material. Passan-do uma colina, chegou a um pequeno braço onde viu saltar duas carpas enormes em menos de um minuto. Apressado veio contar-me o que tinha visto. Contámos aos restantes colegas mas ninguém acreditou que apenas 100m mais abaixo, por detrás daquela colina, as coisas pudessem mudar por isso ninguém quis abandonar a ideia de mudar para a zona já antes escolhida, Moheda, onde segundo as notícias que nos tinham chegado, havia alguma atividade.

Eu, conhecendo tão bem o Ricardo nem hesitei em mudar-me para o local descoberto por ele. Arrumamos tudo e ao chegar ao local as carpas não paravam de saltar. E eram todas enormes. Sem perder tempo escolhemos dois locais para engodar.

Engodamos e começamos a montar as canas. Com todo o material pronto, chega a hora de lançar as canas à água e é aqui que ocorre uma situação que não esquecerei jamais;

Lancei a primeira cana e ainda com ela na mão, sem ter tempo de a colocar no Rod Pod, senti um enorme puxão, quase que me saltava da mão. Fiquei estupe-facto, era impossível que já tivesse picado uma carpa. Hesitei, fiquei atrapalhado e demorei algum tempo a reagir, quando finalmente o fiz, comecei a recuperar fio mas carpa tinha nadado na minha direção, acabando por se enrolar num obstáculo e partir o fio. A partir daí foi um festival, as picadas sucediam-se com carpas de 10 a 18kg. Tiramos um total de 24 carpas, todas elas de grande porte.

Quando já estávamos a arrumar, pois tínhamos mesmo de voltar para casa, apareceram dois pesca-dores. Vinham perguntar como estava a correr a sessão porque a eles estava a correr muito mal. Apenas tinham capturado uma carpa de 14kg, que, para sorte deles, se enrolou numa das suas monta-gens pois trazia uns 15m de fio shimano….Com um anzol Korda nº6…. Uma chumbada da Korda…um Boilie de banana...Resumindo, tudo aquilo que eu estava a usar…era a carpa que me tinha fugido no dia anterior. O meu azar foi a sorte daqueles dois pescadores. A maior sorte foi mesmo para a carpa que assim ficou livre do incómodo anzol.

Muito obrigado Hugo. Desejamos-te muita sorte e bons momentos à beira da água!

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Page 28: Digital Carp Magazine #02

DCM: Há quanto tempo praticas Carp Fishing?HJ: Pratico Carp Fishing há aproximadamente 10 anos.

DCM: Já pescavas antes? Começaste com que idade?HJ: Sim já pescava. Comecei por ir à pesca aos 5 anos, mas é óbvio que não pescava grande coisa (risos)! Desde bem cedo que o vício tomou conta de mim. De início pescava à francesa, inglesa e achigã, até que descobri o Carp Fishing.

DCM: Quem te introduziu no mundo da pesca?HJ: O meu pai e o meu irmão, desde muito cedo que o bichinho da pesca me foi implantado no corpo. Mais tarde comecei também a pescar com o meu melhor amigo, Ricardo Santos.

DCM: Como descobriste o Carp Fishing?HJ: Descobri o Carp Fishing na barragem do Monte Novo. Ia para mais um fim-de-semana de pesca e quando lá cheguei, havia uma prova do campeo-na-to nacional de Carp Fishing. Fiquei pasmado a olhar para todo aquele equipamento. Quando che-guei a casa passei horas na net á procura de perceber este tipo de pesca e desde esse dia esta modalidade é parte integrante da minha vida.

DCM: Pescas sozinho ou para ti o Carp Fishing é uma modalidade de equipa?HJ: A partir do momento que conheci o Carp Fishing, juntamente com o Ricardo, praticamos esta modali-dade sempre juntos. Para mim esta é uma modali-dade que em equipa se torna mais eficiente. É óbvio que se pode praticar sozinho mas em equipa tudo se torna mais fácil e tem mais significado partilhar as alegrias, as conquistas.

DCM: Ainda te lembras da primeira captura com esta técnica?HJ: Claro que sim, há momentos que não se esquec-em e este foi um deles. A alegria foi enorme e

apesar de não ter sido um peixe muito grande para mim foi como se fosse o recorde do mundo.

DCM: E a captura que mais prazer te deu?HJ: Não tenho “uma” captura que me desse mais prazer. Tenho várias de enorme significado para mim. É difícil escolher uma, cada uma foi especial à sua maneira.

DCM: Qual é o segredo para conseguir tantas e tão maravilhosas capturas?HJ: Essa é uma pergunta difícil de responder, pois não há nenhum segredo! É apenas dedicação e muitas horas em ação de pesca, observar muito e aprender com cada situação vivida.

DCM: Em termos de iscos, tens preferência por Sementes ou Boilies?HJ: Sementes. Uma vez que nas barragens onde mais pesco não é possível seleccionar o peixe com o tipo de isco usado (uma carpa de 12kg come o mesmo que uma de 30kg).

DCM: Que achas dos Iscos Artificias? Costumas usar?HJ: Para mim são magníficos, creio que me tornei dependente deste tipo de iscos. Este isco garan-te-me que estou a pescar em condições, sem me preocupar se o amigo lagostim está a alimentar-se do meu isco ou não e essa garantia é muito impor-tante, principalmente em sítios onde me coloco à pesca e não volto a tocar nas canas durante a sessão, mesmo que esta dure cinco dias. Uso SEMPRE!

DCM: És adepto de Dips ou Aditivos nos iscos ou preferes o mais natural possível?HJ: Depende muito da situação de pesca. Depende em que tipo de águas estou à pesca e até da altura do ano, mas normalmente uso o mais natural possível.

DCM: Como costumas fazer as engodagens? Leves ou pesadas? Ou depende da água em questão?HJ: Depende muito do tipo de água onde pesco. As

duas barragens onde mais pesco são opostas no que respeita a engodagens. Numa delas são engodagens muito leves e na outra super pesadas. Tudo depende também da época, normalmente nos meses mais frios aligeiro sempre as engodagens.

DCM: Qual o tipo de montagem que mais usas?HJ: Sempre Inline.

DCM: É uma questão de gosto ou pensas que funciona melhor que as outras?HJ: Penso que funciona melhor, principalmente devido à apresentação debaixo de água e à cravagem, que é para mim mais eficiente do que com outros tipos de montagem.

DCM: Qual a época do ano que mais te agrada pescar?HJ: Gosto de pescar todo o ano. Se falarmos de qual a melhor época para tirar os maiores exemplares, sem dúvida que prefiro a primavera.

DCM: Na linha mãe no carreto, o que costumas colocar? Entrançado, Nylon ou Fluoro Carbono?HJ: Depende muito do local de pesca e da distância de pesca mas geralmente utilizo fluoro pois costu-mo pescar em águas muito cristalinas. Em algum caso de pesca extra longa prefiro entrançado.

DCM: Qual a vantagem que vez nessa linha? (Fluo-ro Carbono)HJ: Para mim a grande vantagem do fluoro é a sua invisibilidade, uma vez que pesco em baixas profundidades e águas muito cristalinas.

DCM: E nos estralhos? Rígidos, Soft ou combina-dos?HJ: Adoro o Combi Rig!

DCM: Eu sei que usas canas de 13 pés, qual a vanta-gem que vês nestas canas em relação às de 12?HJ: Para o tipo de pesca que eu pratico, não muito

longe da margem, não tem qualquer vantagem, é apenas uma questão de gosto.

DCM: Também sei que usas carretos com Drag Frontal em vez de Bait Runner. Há inclusive muita gente a faze-lo! Qual o motivo para usares este sistema?HJ: Desde muito pequeno que me habituei a este tipo de carretos e não quero outros. Cheguei a ter carretos com bait runner no início quando comecei no Carp Fishing mas a maior parte das vezes nem me lembrava que o tinham e nem o usava.

DCM: Tu e o Ricardo Santos descobriram o único lago do país exclusivo da modalidade até à data, Alfarófia. Podes contar-nos como foi?HJ: No ano de 2007 comecei a trabalhar com o filho do Sr. João Claudino (dono do Lago) e foi então que surgiu a conversa de que na Alfarófia havia carpas enormes. A seguir falei com o Sr. João e ele me contou toda a história de Alfarófia, que já todos sabemos mas podemos recordar na página do lago www.lagodaalfarofia.com, onde me contou que um pescador Inglês tinha conseguido uma captura com mais de 23kg. Despertou em mim muita curiosidade e uma enorme vontade de descobrir o real poten-cial do Lago.

DCM: Já conhecias o Lago? HJ: Sim, eu cresci a pouco mais de 1km do Lago da Alfarófia e desde muito pequeno que lá pescava, pouco depois de ter sido terminada a obra, mas nessa altura era tão novo que não tinha a menor ideia do potencial que ali se acabara de criar.

DCM: Qual foi o passo seguinte depois de saberes que havia exemplares enormes no lago?HJ: Após várias sessões de pesca que serviram essencialmente para conhecer melhor o fundo do lago, conseguimos a primeira captura, que recordo perfeitamente, era uma linda carpa de 12kg. A partir deste dia foi um sonho, cada sessão de pesca capturávamos sempre grandes carpas entre os 10 e os 22,180kg. Em poucos meses obtivemos exem-plares que fazem sonhar qualquer Carpista e isso levou-nos a falar com o Sr. João para que ele fizesse do lago um coto de pesca, tal como existem em

França e Inglaterra e dessa forma permitir que todo o Carpista interessado pudesse disfrutar desde lugar magnífico. A partir daí, com o contributo de toda a equipa Passioncarp em conjunto com os donos, nasceu o Lago da Alfarófia para o mundo do Carp Fishing. Um lugar único e com um lote de carpas de porte muito grande que fazem as delícias de todos os pescadores que o visitam. É único na Península Ibérica e nós Portugueses deveríamos dar-lhe o devido valor pelo que representa.

É sem dúvida o lago que transformou a minha vida como Carpista e me incutiu o vício por carpas grandes. Tenho muitas e boas alegrias vividas no Lago da Alfarófia e certamente mais estarão para vir.

DCM: Como vês o panorama nacional em relação ao Carp Fishing?HJ: No que respeita à filosofia do Carp Fishing, vejo com bons olhos. Cada vez há mais praticantes e, sendo cada vez mais, teremos maior força na tenta-tiva de sensibilizar os outros pescadores a preservar e respeitar o meio ambiente e tudo o que o rodeia. Ainda sou dos que acredita que daqui a 30 anos a pesca sem morte será praticada pela maioria de pescadores no nosso país. No que respeita à quali-dade dos nossos pescadores, creio que na pesca de Competição os resultados falam por si próprios, estamos na Elite da modalidade. Aproveito a opor-tunidade da entrevista para felicitar todos os mem-bros da Seleção Nacional de Carp Fishing pela Vitória no Mundial. Se quisermos falar da pesca a grandes exemplares penso que temos o conheci-mento para estar à altura de qualquer outro país, apenas nos faltam massas de água com as mesmas condições que em França, Inglaterra ou Espanha, entre outros.

DCM: Comparando com os países mais próximos, achas que estamos ao mesmo nível?HJ: Como disse anteriormente, em termos de conhecimentos creio que estamos ao mesmo nível. A prova está nos Portugueses que pescam com frequência em águas espanholas ou francesas, não somos em nada inferiores aos colegas desse país.

DCM: Por fim, acredito que devas ter muitas situações engraçadas passadas a beira da água,

queres presentear-nos com algum em especial?HJ: De tantas horas passadas à beira da água, há muitas histórias que poderia contar, mas para ser breve vou apenas contar uma das mais especiais.

Estava com o Ricardo à pesca em Sierra Brava, pela primeira vez. Chegamos à barragem e tínhamos 6 amigos já em ação de pesca. Sem conhecer a barra-gem colocamo-nos onde nos indicaram. Ali ficamos durante dois dias e nem sinal das nossas amigas Carpas. Os colegas ao lado estavam todos na mesma situação. Então foi decidido por todos eles que deveríamos mudar de zona porque ali não havia forma de tirar nem uma carpa. Estavam decid-idos a mudar para a Moheda. Nisto o Ricardo decid-iu-se a dar um passeio para observar um pouco melhor a paisagem antes de nos mudarmos enquanto eu já estava a arrumar o material. Passan-do uma colina, chegou a um pequeno braço onde viu saltar duas carpas enormes em menos de um minuto. Apressado veio contar-me o que tinha visto. Contámos aos restantes colegas mas ninguém acreditou que apenas 100m mais abaixo, por detrás daquela colina, as coisas pudessem mudar por isso ninguém quis abandonar a ideia de mudar para a zona já antes escolhida, Moheda, onde segundo as notícias que nos tinham chegado, havia alguma atividade.

Eu, conhecendo tão bem o Ricardo nem hesitei em mudar-me para o local descoberto por ele. Arrumamos tudo e ao chegar ao local as carpas não paravam de saltar. E eram todas enormes. Sem perder tempo escolhemos dois locais para engodar.

Engodamos e começamos a montar as canas. Com todo o material pronto, chega a hora de lançar as canas à água e é aqui que ocorre uma situação que não esquecerei jamais;

Lancei a primeira cana e ainda com ela na mão, sem ter tempo de a colocar no Rod Pod, senti um enorme puxão, quase que me saltava da mão. Fiquei estupe-facto, era impossível que já tivesse picado uma carpa. Hesitei, fiquei atrapalhado e demorei algum tempo a reagir, quando finalmente o fiz, comecei a recuperar fio mas carpa tinha nadado na minha direção, acabando por se enrolar num obstáculo e partir o fio. A partir daí foi um festival, as picadas sucediam-se com carpas de 10 a 18kg. Tiramos um total de 24 carpas, todas elas de grande porte.

Quando já estávamos a arrumar, pois tínhamos mesmo de voltar para casa, apareceram dois pesca-dores. Vinham perguntar como estava a correr a sessão porque a eles estava a correr muito mal. Apenas tinham capturado uma carpa de 14kg, que, para sorte deles, se enrolou numa das suas monta-gens pois trazia uns 15m de fio shimano….Com um anzol Korda nº6…. Uma chumbada da Korda…um Boilie de banana...Resumindo, tudo aquilo que eu estava a usar…era a carpa que me tinha fugido no dia anterior. O meu azar foi a sorte daqueles dois pescadores. A maior sorte foi mesmo para a carpa que assim ficou livre do incómodo anzol.

Muito obrigado Hugo. Desejamos-te muita sorte e bons momentos à beira da água!

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DCM: Há quanto tempo praticas Carp Fishing?HJ: Pratico Carp Fishing há aproximadamente 10 anos.

DCM: Já pescavas antes? Começaste com que idade?HJ: Sim já pescava. Comecei por ir à pesca aos 5 anos, mas é óbvio que não pescava grande coisa (risos)! Desde bem cedo que o vício tomou conta de mim. De início pescava à francesa, inglesa e achigã, até que descobri o Carp Fishing.

DCM: Quem te introduziu no mundo da pesca?HJ: O meu pai e o meu irmão, desde muito cedo que o bichinho da pesca me foi implantado no corpo. Mais tarde comecei também a pescar com o meu melhor amigo, Ricardo Santos.

DCM: Como descobriste o Carp Fishing?HJ: Descobri o Carp Fishing na barragem do Monte Novo. Ia para mais um fim-de-semana de pesca e quando lá cheguei, havia uma prova do campeo-na-to nacional de Carp Fishing. Fiquei pasmado a olhar para todo aquele equipamento. Quando che-guei a casa passei horas na net á procura de perceber este tipo de pesca e desde esse dia esta modalidade é parte integrante da minha vida.

DCM: Pescas sozinho ou para ti o Carp Fishing é uma modalidade de equipa?HJ: A partir do momento que conheci o Carp Fishing, juntamente com o Ricardo, praticamos esta modali-dade sempre juntos. Para mim esta é uma modali-dade que em equipa se torna mais eficiente. É óbvio que se pode praticar sozinho mas em equipa tudo se torna mais fácil e tem mais significado partilhar as alegrias, as conquistas.

DCM: Ainda te lembras da primeira captura com esta técnica?HJ: Claro que sim, há momentos que não se esquec-em e este foi um deles. A alegria foi enorme e

apesar de não ter sido um peixe muito grande para mim foi como se fosse o recorde do mundo.

DCM: E a captura que mais prazer te deu?HJ: Não tenho “uma” captura que me desse mais prazer. Tenho várias de enorme significado para mim. É difícil escolher uma, cada uma foi especial à sua maneira.

DCM: Qual é o segredo para conseguir tantas e tão maravilhosas capturas?HJ: Essa é uma pergunta difícil de responder, pois não há nenhum segredo! É apenas dedicação e muitas horas em ação de pesca, observar muito e aprender com cada situação vivida.

DCM: Em termos de iscos, tens preferência por Sementes ou Boilies?HJ: Sementes. Uma vez que nas barragens onde mais pesco não é possível seleccionar o peixe com o tipo de isco usado (uma carpa de 12kg come o mesmo que uma de 30kg).

DCM: Que achas dos Iscos Artificias? Costumas usar?HJ: Para mim são magníficos, creio que me tornei dependente deste tipo de iscos. Este isco garan-te-me que estou a pescar em condições, sem me preocupar se o amigo lagostim está a alimentar-se do meu isco ou não e essa garantia é muito impor-tante, principalmente em sítios onde me coloco à pesca e não volto a tocar nas canas durante a sessão, mesmo que esta dure cinco dias. Uso SEMPRE!

DCM: És adepto de Dips ou Aditivos nos iscos ou preferes o mais natural possível?HJ: Depende muito da situação de pesca. Depende em que tipo de águas estou à pesca e até da altura do ano, mas normalmente uso o mais natural possível.

DCM: Como costumas fazer as engodagens? Leves ou pesadas? Ou depende da água em questão?HJ: Depende muito do tipo de água onde pesco. As

duas barragens onde mais pesco são opostas no que respeita a engodagens. Numa delas são engodagens muito leves e na outra super pesadas. Tudo depende também da época, normalmente nos meses mais frios aligeiro sempre as engodagens.

DCM: Qual o tipo de montagem que mais usas?HJ: Sempre Inline.

DCM: É uma questão de gosto ou pensas que funciona melhor que as outras?HJ: Penso que funciona melhor, principalmente devido à apresentação debaixo de água e à cravagem, que é para mim mais eficiente do que com outros tipos de montagem.

DCM: Qual a época do ano que mais te agrada pescar?HJ: Gosto de pescar todo o ano. Se falarmos de qual a melhor época para tirar os maiores exemplares, sem dúvida que prefiro a primavera.

DCM: Na linha mãe no carreto, o que costumas colocar? Entrançado, Nylon ou Fluoro Carbono?HJ: Depende muito do local de pesca e da distância de pesca mas geralmente utilizo fluoro pois costu-mo pescar em águas muito cristalinas. Em algum caso de pesca extra longa prefiro entrançado.

DCM: Qual a vantagem que vez nessa linha? (Fluo-ro Carbono)HJ: Para mim a grande vantagem do fluoro é a sua invisibilidade, uma vez que pesco em baixas profundidades e águas muito cristalinas.

DCM: E nos estralhos? Rígidos, Soft ou combina-dos?HJ: Adoro o Combi Rig!

DCM: Eu sei que usas canas de 13 pés, qual a vanta-gem que vês nestas canas em relação às de 12?HJ: Para o tipo de pesca que eu pratico, não muito

longe da margem, não tem qualquer vantagem, é apenas uma questão de gosto.

DCM: Também sei que usas carretos com Drag Frontal em vez de Bait Runner. Há inclusive muita gente a faze-lo! Qual o motivo para usares este sistema?HJ: Desde muito pequeno que me habituei a este tipo de carretos e não quero outros. Cheguei a ter carretos com bait runner no início quando comecei no Carp Fishing mas a maior parte das vezes nem me lembrava que o tinham e nem o usava.

DCM: Tu e o Ricardo Santos descobriram o único lago do país exclusivo da modalidade até à data, Alfarófia. Podes contar-nos como foi?HJ: No ano de 2007 comecei a trabalhar com o filho do Sr. João Claudino (dono do Lago) e foi então que surgiu a conversa de que na Alfarófia havia carpas enormes. A seguir falei com o Sr. João e ele me contou toda a história de Alfarófia, que já todos sabemos mas podemos recordar na página do lago www.lagodaalfarofia.com, onde me contou que um pescador Inglês tinha conseguido uma captura com mais de 23kg. Despertou em mim muita curiosidade e uma enorme vontade de descobrir o real poten-cial do Lago.

DCM: Já conhecias o Lago? HJ: Sim, eu cresci a pouco mais de 1km do Lago da Alfarófia e desde muito pequeno que lá pescava, pouco depois de ter sido terminada a obra, mas nessa altura era tão novo que não tinha a menor ideia do potencial que ali se acabara de criar.

DCM: Qual foi o passo seguinte depois de saberes que havia exemplares enormes no lago?HJ: Após várias sessões de pesca que serviram essencialmente para conhecer melhor o fundo do lago, conseguimos a primeira captura, que recordo perfeitamente, era uma linda carpa de 12kg. A partir deste dia foi um sonho, cada sessão de pesca capturávamos sempre grandes carpas entre os 10 e os 22,180kg. Em poucos meses obtivemos exem-plares que fazem sonhar qualquer Carpista e isso levou-nos a falar com o Sr. João para que ele fizesse do lago um coto de pesca, tal como existem em

França e Inglaterra e dessa forma permitir que todo o Carpista interessado pudesse disfrutar desde lugar magnífico. A partir daí, com o contributo de toda a equipa Passioncarp em conjunto com os donos, nasceu o Lago da Alfarófia para o mundo do Carp Fishing. Um lugar único e com um lote de carpas de porte muito grande que fazem as delícias de todos os pescadores que o visitam. É único na Península Ibérica e nós Portugueses deveríamos dar-lhe o devido valor pelo que representa.

É sem dúvida o lago que transformou a minha vida como Carpista e me incutiu o vício por carpas grandes. Tenho muitas e boas alegrias vividas no Lago da Alfarófia e certamente mais estarão para vir.

DCM: Como vês o panorama nacional em relação ao Carp Fishing?HJ: No que respeita à filosofia do Carp Fishing, vejo com bons olhos. Cada vez há mais praticantes e, sendo cada vez mais, teremos maior força na tenta-tiva de sensibilizar os outros pescadores a preservar e respeitar o meio ambiente e tudo o que o rodeia. Ainda sou dos que acredita que daqui a 30 anos a pesca sem morte será praticada pela maioria de pescadores no nosso país. No que respeita à quali-dade dos nossos pescadores, creio que na pesca de Competição os resultados falam por si próprios, estamos na Elite da modalidade. Aproveito a opor-tunidade da entrevista para felicitar todos os mem-bros da Seleção Nacional de Carp Fishing pela Vitória no Mundial. Se quisermos falar da pesca a grandes exemplares penso que temos o conheci-mento para estar à altura de qualquer outro país, apenas nos faltam massas de água com as mesmas condições que em França, Inglaterra ou Espanha, entre outros.

DCM: Comparando com os países mais próximos, achas que estamos ao mesmo nível?HJ: Como disse anteriormente, em termos de conhecimentos creio que estamos ao mesmo nível. A prova está nos Portugueses que pescam com frequência em águas espanholas ou francesas, não somos em nada inferiores aos colegas desse país.

DCM: Por fim, acredito que devas ter muitas situações engraçadas passadas a beira da água,

queres presentear-nos com algum em especial?HJ: De tantas horas passadas à beira da água, há muitas histórias que poderia contar, mas para ser breve vou apenas contar uma das mais especiais.

Estava com o Ricardo à pesca em Sierra Brava, pela primeira vez. Chegamos à barragem e tínhamos 6 amigos já em ação de pesca. Sem conhecer a barra-gem colocamo-nos onde nos indicaram. Ali ficamos durante dois dias e nem sinal das nossas amigas Carpas. Os colegas ao lado estavam todos na mesma situação. Então foi decidido por todos eles que deveríamos mudar de zona porque ali não havia forma de tirar nem uma carpa. Estavam decid-idos a mudar para a Moheda. Nisto o Ricardo decid-iu-se a dar um passeio para observar um pouco melhor a paisagem antes de nos mudarmos enquanto eu já estava a arrumar o material. Passan-do uma colina, chegou a um pequeno braço onde viu saltar duas carpas enormes em menos de um minuto. Apressado veio contar-me o que tinha visto. Contámos aos restantes colegas mas ninguém acreditou que apenas 100m mais abaixo, por detrás daquela colina, as coisas pudessem mudar por isso ninguém quis abandonar a ideia de mudar para a zona já antes escolhida, Moheda, onde segundo as notícias que nos tinham chegado, havia alguma atividade.

Eu, conhecendo tão bem o Ricardo nem hesitei em mudar-me para o local descoberto por ele. Arrumamos tudo e ao chegar ao local as carpas não paravam de saltar. E eram todas enormes. Sem perder tempo escolhemos dois locais para engodar.

Engodamos e começamos a montar as canas. Com todo o material pronto, chega a hora de lançar as canas à água e é aqui que ocorre uma situação que não esquecerei jamais;

Lancei a primeira cana e ainda com ela na mão, sem ter tempo de a colocar no Rod Pod, senti um enorme puxão, quase que me saltava da mão. Fiquei estupe-facto, era impossível que já tivesse picado uma carpa. Hesitei, fiquei atrapalhado e demorei algum tempo a reagir, quando finalmente o fiz, comecei a recuperar fio mas carpa tinha nadado na minha direção, acabando por se enrolar num obstáculo e partir o fio. A partir daí foi um festival, as picadas sucediam-se com carpas de 10 a 18kg. Tiramos um total de 24 carpas, todas elas de grande porte.

Quando já estávamos a arrumar, pois tínhamos mesmo de voltar para casa, apareceram dois pesca-dores. Vinham perguntar como estava a correr a sessão porque a eles estava a correr muito mal. Apenas tinham capturado uma carpa de 14kg, que, para sorte deles, se enrolou numa das suas monta-gens pois trazia uns 15m de fio shimano….Com um anzol Korda nº6…. Uma chumbada da Korda…um Boilie de banana...Resumindo, tudo aquilo que eu estava a usar…era a carpa que me tinha fugido no dia anterior. O meu azar foi a sorte daqueles dois pescadores. A maior sorte foi mesmo para a carpa que assim ficou livre do incómodo anzol.

Muito obrigado Hugo. Desejamos-te muita sorte e bons momentos à beira da água!

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Foto AlteradaEu Sou...

Foto AlteradaEu Sou...

A foto abaixo foi alterada de modo a criar alguma dificuldade na identificação da pessoa. A foto é conhecida, tendo já sido divulgada na Internet. É de um pescador português, assim como o local onde foi realizada a captura, é também território nacio-nal.

Em jogo está um premio de 50 Carpas, a descontar em compras na loja Pesca Team Carp.

As regras para concorrer são as seguintes;

• Cada pessoa só pode dar uma resposta.

• A resposta terá que ser enviada para o email da revista: [email protected] com título alusivo ao passatempo.

• Quando recebermos uma resposta certa, o jogo estará terminado, sendo dada essa indicação na página do Facebook: https://www.facebook.com/digitalcarpmagazine

• Caso cheguem duas ou mais respostas certas ao mesmo tempo, o premio será dividido pelas mesmas.

• O texto do email vencedor será copiado para a página do Facebook da DCM, onde se poderá comprovar a hora de chegada.

• No final do jogo, a foto original será apresentada e explicada a alteração.

Caso a foto não seja identificada em cinco dias, a mesma foto irá ser apresentada no Facebook da DCM, com um grau de dificuldade inferior. A hora para essa apresentação será anunciada pelo menos com 24h de antecedência. Se ainda assim não houver vencedores, a cada cinco dias diminuiremos o grau de dificuldade, sempre com o mesmo aviso prévio.

www.pescateamcarp.com

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HELLRAISER BOOSTER LIQUIDS

Líquidos Super concentra-dos, fabricados para intensi-ficar a gama de Hellraiser Pop Ups CC Moore . Contem a mesma combinação de atrativos encontrados nos Pop-Ups;Secret Obsession , Silent Assassin ,Critical Edge ,Fatal Attraction ,Dark Addiction ,Optical lllusion ,Crucial Decption.

SONIK XTR SK3

Versão melhorada do modelo original, estas canas distinguem-se por um fabrico mais cuidado, com um excelente acabamento e um desempenho ainda melhor. Com uma ação rápida, suave e uma precisão excecional para longas distancias. Porta carretos Sonik de 18mm, compatível com todo o tipo de Big Pits. Passadores SIC para um melhor desempenho e robustez. Canas com uma excelente reputação dentro do mercado do Carp Fishing, com uma excelente promoção de três canas pelo preço de duas.

PROLOGIC SKY POD

O novo Sky Pod da Prologic está disponível com hastes de 3 ou 4 canas com uma perfor-mance compacta e estável. Os apoios da frente ajustáveis desde 100cm a 180cm assim como os apoios traseiros desde 30cm a 50cm. O esqueleto principal é composto por duas barras paralelas de alumínio reguláveis de 70cm a 128cm. Estas características oferecem aos pescadores várias formas de se adaptarem às diferentes condições de pesca.

NGT CARP CRADLE

Material impermeável PVC macio. Muito suave. Um tapete de espuma destacável na parte inferior para uma excelente proteção do peixe. Dois painéis de malha na parte de cima.Tamanho: 88x55x21

HI VISUAL POP-UPS

Gama de Pop Ups altamente flutuantes disponíveis em 8 sabores e cores. Devido ao seu poder de atracão e cores altamente visíveis, torna-se um isco funcional durante todo ano mas em especial nos meses frios de inverno.

Disponíveis em10mm, 15mm ou Dumbell

Bright Yellow - Pineapple JuiceBright Pink - Fruit-TellaBright Orange - Tutti FruttiBright Red - PlumBright White - Milky ToffeeBright Green - Indian SpiceBright Red - BanofeeBright Pink - Clockwork Orange

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/category&path=60_62_75

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/category&path=60_66_79

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=151_152&product_id=420http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/category&path=164_171

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=130_179&product_id=547

FOX ARMAMESH

Tecido resistente hexagonal, muito

similar ao PVA, mas feito de nylon que

não se dissolve na água.

Disponível em 7 metros nos diâmetros

14mm e 22mm com variância em

tecidos finos e fortes

Esta malha permite criar iscos

totalmente únicas, como pão, carne,

queijo, gambas e iscos difíceis de iscar

como o cânhamo. Além de todas estas

características é um elemento indis-

pensável quando os lagostins são uma

ameaça a nosso isco.

MILK ´N’NUT CRUSH

Mix muito atraente com base em mistura selecionada de produtos de noz tigrada com um aroma doce e cremoso, que estimula o alimento da carpa.Complementos: noz esmagada, amen-doim, leite, lactose e proteína de soro de leite.Esta combinação cria uma nuvem branca na água e um manto de partícu-las, algo bastante atrativo para a carpa. Fácil de usar em malhas pva, este mix torna-se fatal quando combinado com boilies Live System.

Pesca Team CarpProdutos

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/category&path=190

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Page 32: Digital Carp Magazine #02

Quantas vezes já fomos ao mesmo pesqueiro, fizemos tudo exatamente da mesma

forma e os resultados foram completamente diferentes? Umas vezes até poderemos

ter explicação, mas outras ficamos sem saber o que pensar. Da França chega-nos o

relato de um grande pescador, português, que pesca há vários anos pela marca Pelzer,

e que nos conta precisamente uma dessas experiências!

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Page 33: Digital Carp Magazine #02

Quantas vezes já fomos ao mesmo pesqueiro, fizemos tudo exatamente da mesma

forma e os resultados foram completamente diferentes? Umas vezes até poderemos

ter explicação, mas outras ficamos sem saber o que pensar. Da França chega-nos o

relato de um grande pescador, português, que pesca há vários anos pela marca Pelzer,

e que nos conta precisamente uma dessas experiências!

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Page 34: Digital Carp Magazine #02

Para uma sessão nas férias dos Santos, tinha previsto duas saídas; uma de 20 a 24, outra de 27 a 31 de outubro. Para estas duas sessões, comecei por preparar dois pesqueiros, um com sementes, onde iria colocar milho, tiger nuts, cânhamo e trigo, para o outro pesqueiro utilizaria apenas boilies.

Comecei a preparação dos pesqueiros com um mês de antecedência, de três em três dias ia engodar com 2kg de boilies e 10kg de partículas, cada tipo de isco para um pesqueiro, como men-cionado atrás.

Pescando há muitos anos para a marca PELZER BAITS, é sempre sem surpresa e com toda a minha confiança que utilizo os iscos desta marca. Para estas sessões usaria os Vanil-la-Peach.

Primeira sessãoChegando ao local, preparei e coloquei as

montagens nos locais pré-definidos, uma cana com uma pop-up no posto que preparei com boilies, uma cana com 2 grãos de milhos no posto engodado com as sementes e duas outras canas perto da margem, logo a minha frente numa língua de terra.

Na primeira noite tive um arranque pelas 22h no pesqueiro da engodagem de sementes. O peixe ferrou na montagem equilibrada com as duas sementes de milho falsas cor-de-rosa, sobre um tapete de partículas. Uma bonita Carpa Espelho de 11kg.

Depois disso, a noite e a manhã foram calmas mas por volta do meio-dia, outro dos meus alarmes começou a gritar, peguei rapida-mente na cana para conseguir uma ferra-gem firme, depois para o combate, meti-me rapidamente no barco com a minha mulher Cindy, passados uns minutos, entreguei-lhe a cana para a sua primeira luta.

Foi com uma grande alegria para os dois que ela conseguiu trazer uma linda Carpa de 12kgs para o camaroeiro. Depois disso, o resto do dia passou calmamente. Voltei a lançar as canas antes da noite chegar apesar das fortes rajadas de vento. Nos boilies que tirava da água, via-se que havia movimento de Lagostins, pois eles vinham bastante arranhados pelas pinças destes bichinhos.

No dia seguinte, fui premiado com dois arranques perto do nascer do sol. O primeira por volta das 6h30 numa das canas da margem que me trouxe uma Carpa Comum de 12kgs. O segundo passou-se trinta minutos depois, no pesqueiro preparado com os boilies, mas obrigou-me a subir no barco para o combate, que foi recompensado com mais uma magnífica Comum de 19.800kgs.

Ao por do sol, à terceira noite, um novo arranque na cana dos boilies. Este peixe logo me pareceu muito forte, saltei logo para o Zodiac para ir a luta, pois a montagem estava a 300 metros da minha margem! Durante o tempo que lutei para trazer o peixe, apercebi-me que as ondas e as impressionantes rajadas de vento me

faziam derivar. Perante esta situação, decidi amarrar o Zodiac a um pino que está num alto, no meio do lago.

Agora com mais segurança, pude então concen-trar-me em tentar trazer o peixe até mim. Este demon-strou uma força descomunal e incansável, que me deu forte luta durante largas dezenas de minutos!

Depois do peixe entrar no camaroeiro, fiz um sinal «tudo ok» com o dedo à Cindy que tinha ficado na margem, com um pouco de receio por causa do vento forte. Esta Carpa Comum fez subir a agulha da balança até os 15.600kg.

O dia e a noite foram calmos e foi na manhã do último dia de pesca que tive uma nova aventura. Depois de uma luta muito difícil, consegui capturar e fotografar uma lindíssima Carpa Espelho de 19.200kgs, um grande e belo monstro!

Sem dúvida estávamos mais do que felizes com esta sessão. Era quinta-feira e decidimos preparar os pesqueiros para a próxima sessão, que estava prevista a partir do domingo seguinte, novamente para quatro noites.

Segunda SessãoNo domingo 27 de outubro, tal como previsto,

voltei para o lago. O vento estava mais calmo, mas a temperatura da água baixou de 19 para 16 graus, o que

não era nada de bom, uma queda de temperatura assim tão repentina poderia mudar o comportamento das peixes.

Embora tenha tentado tudo e procurado outros locais para colocar as montagens, só apenas na noite de quarta para quinta que consegui ter um arranque.

Na verdade, durante o dia de quarta vi por duas vezes saltos numa pequena enseada, depois de uma vista de olhos com o barco, encontrei um alto-fundo com 1.30 m de água, coloquei alguns boilies espalha-dos e um pouco de sementes. Às 23h, o meu alarme da esquerda começou a tocar, ferrei firmemente e passado alguns minutos coloquei no tapete de recepção uma bonita Carpa Espelho com 17.200kg. Com esta captura dei por encerrada a segunda sessão.

Todos os peixes foram apanhados com montagens Combi-link Shark Skin 35lbs e com Anzois Player Hook Classics da gama PELZER BAITS.

Durante esta sessão que se mostrou bastante dura, tive que me adaptar e modificar a minha pesca e a forma de apresentação das montagens, mas sobre essas modificações e escolhas por vezes difíceis, pois são feitas em momentos de pressão, falaremos num próximo artigo.

http://www.pelzerbaits.eu/News.html

A Cindy, com o prémioda luta por ela ganha!

Um lote de capturas impressionante!

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Para uma sessão nas férias dos Santos, tinha previsto duas saídas; uma de 20 a 24, outra de 27 a 31 de outubro. Para estas duas sessões, comecei por preparar dois pesqueiros, um com sementes, onde iria colocar milho, tiger nuts, cânhamo e trigo, para o outro pesqueiro utilizaria apenas boilies.

Comecei a preparação dos pesqueiros com um mês de antecedência, de três em três dias ia engodar com 2kg de boilies e 10kg de partículas, cada tipo de isco para um pesqueiro, como men-cionado atrás.

Pescando há muitos anos para a marca PELZER BAITS, é sempre sem surpresa e com toda a minha confiança que utilizo os iscos desta marca. Para estas sessões usaria os Vanil-la-Peach.

Primeira sessãoChegando ao local, preparei e coloquei as

montagens nos locais pré-definidos, uma cana com uma pop-up no posto que preparei com boilies, uma cana com 2 grãos de milhos no posto engodado com as sementes e duas outras canas perto da margem, logo a minha frente numa língua de terra.

Na primeira noite tive um arranque pelas 22h no pesqueiro da engodagem de sementes. O peixe ferrou na montagem equilibrada com as duas sementes de milho falsas cor-de-rosa, sobre um tapete de partículas. Uma bonita Carpa Espelho de 11kg.

Depois disso, a noite e a manhã foram calmas mas por volta do meio-dia, outro dos meus alarmes começou a gritar, peguei rapida-mente na cana para conseguir uma ferra-gem firme, depois para o combate, meti-me rapidamente no barco com a minha mulher Cindy, passados uns minutos, entreguei-lhe a cana para a sua primeira luta.

Foi com uma grande alegria para os dois que ela conseguiu trazer uma linda Carpa de 12kgs para o camaroeiro. Depois disso, o resto do dia passou calmamente. Voltei a lançar as canas antes da noite chegar apesar das fortes rajadas de vento. Nos boilies que tirava da água, via-se que havia movimento de Lagostins, pois eles vinham bastante arranhados pelas pinças destes bichinhos.

No dia seguinte, fui premiado com dois arranques perto do nascer do sol. O primeira por volta das 6h30 numa das canas da margem que me trouxe uma Carpa Comum de 12kgs. O segundo passou-se trinta minutos depois, no pesqueiro preparado com os boilies, mas obrigou-me a subir no barco para o combate, que foi recompensado com mais uma magnífica Comum de 19.800kgs.

Ao por do sol, à terceira noite, um novo arranque na cana dos boilies. Este peixe logo me pareceu muito forte, saltei logo para o Zodiac para ir a luta, pois a montagem estava a 300 metros da minha margem! Durante o tempo que lutei para trazer o peixe, apercebi-me que as ondas e as impressionantes rajadas de vento me

faziam derivar. Perante esta situação, decidi amarrar o Zodiac a um pino que está num alto, no meio do lago.

Agora com mais segurança, pude então concen-trar-me em tentar trazer o peixe até mim. Este demon-strou uma força descomunal e incansável, que me deu forte luta durante largas dezenas de minutos!

Depois do peixe entrar no camaroeiro, fiz um sinal «tudo ok» com o dedo à Cindy que tinha ficado na margem, com um pouco de receio por causa do vento forte. Esta Carpa Comum fez subir a agulha da balança até os 15.600kg.

O dia e a noite foram calmos e foi na manhã do último dia de pesca que tive uma nova aventura. Depois de uma luta muito difícil, consegui capturar e fotografar uma lindíssima Carpa Espelho de 19.200kgs, um grande e belo monstro!

Sem dúvida estávamos mais do que felizes com esta sessão. Era quinta-feira e decidimos preparar os pesqueiros para a próxima sessão, que estava prevista a partir do domingo seguinte, novamente para quatro noites.

Segunda SessãoNo domingo 27 de outubro, tal como previsto,

voltei para o lago. O vento estava mais calmo, mas a temperatura da água baixou de 19 para 16 graus, o que

não era nada de bom, uma queda de temperatura assim tão repentina poderia mudar o comportamento das peixes.

Embora tenha tentado tudo e procurado outros locais para colocar as montagens, só apenas na noite de quarta para quinta que consegui ter um arranque.

Na verdade, durante o dia de quarta vi por duas vezes saltos numa pequena enseada, depois de uma vista de olhos com o barco, encontrei um alto-fundo com 1.30 m de água, coloquei alguns boilies espalha-dos e um pouco de sementes. Às 23h, o meu alarme da esquerda começou a tocar, ferrei firmemente e passado alguns minutos coloquei no tapete de recepção uma bonita Carpa Espelho com 17.200kg. Com esta captura dei por encerrada a segunda sessão.

Todos os peixes foram apanhados com montagens Combi-link Shark Skin 35lbs e com Anzois Player Hook Classics da gama PELZER BAITS.

Durante esta sessão que se mostrou bastante dura, tive que me adaptar e modificar a minha pesca e a forma de apresentação das montagens, mas sobre essas modificações e escolhas por vezes difíceis, pois são feitas em momentos de pressão, falaremos num próximo artigo.

http://www.pelzerbaits.eu/News.html

A Cindy, com o prémioda luta por ela ganha!

Um lote de capturas impressionante!

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Para uma sessão nas férias dos Santos, tinha previsto duas saídas; uma de 20 a 24, outra de 27 a 31 de outubro. Para estas duas sessões, comecei por preparar dois pesqueiros, um com sementes, onde iria colocar milho, tiger nuts, cânhamo e trigo, para o outro pesqueiro utilizaria apenas boilies.

Comecei a preparação dos pesqueiros com um mês de antecedência, de três em três dias ia engodar com 2kg de boilies e 10kg de partículas, cada tipo de isco para um pesqueiro, como men-cionado atrás.

Pescando há muitos anos para a marca PELZER BAITS, é sempre sem surpresa e com toda a minha confiança que utilizo os iscos desta marca. Para estas sessões usaria os Vanil-la-Peach.

Primeira sessãoChegando ao local, preparei e coloquei as

montagens nos locais pré-definidos, uma cana com uma pop-up no posto que preparei com boilies, uma cana com 2 grãos de milhos no posto engodado com as sementes e duas outras canas perto da margem, logo a minha frente numa língua de terra.

Na primeira noite tive um arranque pelas 22h no pesqueiro da engodagem de sementes. O peixe ferrou na montagem equilibrada com as duas sementes de milho falsas cor-de-rosa, sobre um tapete de partículas. Uma bonita Carpa Espelho de 11kg.

Depois disso, a noite e a manhã foram calmas mas por volta do meio-dia, outro dos meus alarmes começou a gritar, peguei rapida-mente na cana para conseguir uma ferra-gem firme, depois para o combate, meti-me rapidamente no barco com a minha mulher Cindy, passados uns minutos, entreguei-lhe a cana para a sua primeira luta.

Foi com uma grande alegria para os dois que ela conseguiu trazer uma linda Carpa de 12kgs para o camaroeiro. Depois disso, o resto do dia passou calmamente. Voltei a lançar as canas antes da noite chegar apesar das fortes rajadas de vento. Nos boilies que tirava da água, via-se que havia movimento de Lagostins, pois eles vinham bastante arranhados pelas pinças destes bichinhos.

No dia seguinte, fui premiado com dois arranques perto do nascer do sol. O primeira por volta das 6h30 numa das canas da margem que me trouxe uma Carpa Comum de 12kgs. O segundo passou-se trinta minutos depois, no pesqueiro preparado com os boilies, mas obrigou-me a subir no barco para o combate, que foi recompensado com mais uma magnífica Comum de 19.800kgs.

Ao por do sol, à terceira noite, um novo arranque na cana dos boilies. Este peixe logo me pareceu muito forte, saltei logo para o Zodiac para ir a luta, pois a montagem estava a 300 metros da minha margem! Durante o tempo que lutei para trazer o peixe, apercebi-me que as ondas e as impressionantes rajadas de vento me

faziam derivar. Perante esta situação, decidi amarrar o Zodiac a um pino que está num alto, no meio do lago.

Agora com mais segurança, pude então concen-trar-me em tentar trazer o peixe até mim. Este demon-strou uma força descomunal e incansável, que me deu forte luta durante largas dezenas de minutos!

Depois do peixe entrar no camaroeiro, fiz um sinal «tudo ok» com o dedo à Cindy que tinha ficado na margem, com um pouco de receio por causa do vento forte. Esta Carpa Comum fez subir a agulha da balança até os 15.600kg.

O dia e a noite foram calmos e foi na manhã do último dia de pesca que tive uma nova aventura. Depois de uma luta muito difícil, consegui capturar e fotografar uma lindíssima Carpa Espelho de 19.200kgs, um grande e belo monstro!

Sem dúvida estávamos mais do que felizes com esta sessão. Era quinta-feira e decidimos preparar os pesqueiros para a próxima sessão, que estava prevista a partir do domingo seguinte, novamente para quatro noites.

Segunda SessãoNo domingo 27 de outubro, tal como previsto,

voltei para o lago. O vento estava mais calmo, mas a temperatura da água baixou de 19 para 16 graus, o que

não era nada de bom, uma queda de temperatura assim tão repentina poderia mudar o comportamento das peixes.

Embora tenha tentado tudo e procurado outros locais para colocar as montagens, só apenas na noite de quarta para quinta que consegui ter um arranque.

Na verdade, durante o dia de quarta vi por duas vezes saltos numa pequena enseada, depois de uma vista de olhos com o barco, encontrei um alto-fundo com 1.30 m de água, coloquei alguns boilies espalha-dos e um pouco de sementes. Às 23h, o meu alarme da esquerda começou a tocar, ferrei firmemente e passado alguns minutos coloquei no tapete de recepção uma bonita Carpa Espelho com 17.200kg. Com esta captura dei por encerrada a segunda sessão.

Todos os peixes foram apanhados com montagens Combi-link Shark Skin 35lbs e com Anzois Player Hook Classics da gama PELZER BAITS.

Durante esta sessão que se mostrou bastante dura, tive que me adaptar e modificar a minha pesca e a forma de apresentação das montagens, mas sobre essas modificações e escolhas por vezes difíceis, pois são feitas em momentos de pressão, falaremos num próximo artigo.

http://www.pelzerbaits.eu/News.html

Os mais pequenos nunca conseguemresistir a tão bela sensação!

Uma bela Espelhadaque visitaram o José.

A Pelzer é sinónimo de confiança, com soluções para todas as ocasiões.

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Page 37: Digital Carp Magazine #02

Para uma sessão nas férias dos Santos, tinha previsto duas saídas; uma de 20 a 24, outra de 27 a 31 de outubro. Para estas duas sessões, comecei por preparar dois pesqueiros, um com sementes, onde iria colocar milho, tiger nuts, cânhamo e trigo, para o outro pesqueiro utilizaria apenas boilies.

Comecei a preparação dos pesqueiros com um mês de antecedência, de três em três dias ia engodar com 2kg de boilies e 10kg de partículas, cada tipo de isco para um pesqueiro, como men-cionado atrás.

Pescando há muitos anos para a marca PELZER BAITS, é sempre sem surpresa e com toda a minha confiança que utilizo os iscos desta marca. Para estas sessões usaria os Vanil-la-Peach.

Primeira sessãoChegando ao local, preparei e coloquei as

montagens nos locais pré-definidos, uma cana com uma pop-up no posto que preparei com boilies, uma cana com 2 grãos de milhos no posto engodado com as sementes e duas outras canas perto da margem, logo a minha frente numa língua de terra.

Na primeira noite tive um arranque pelas 22h no pesqueiro da engodagem de sementes. O peixe ferrou na montagem equilibrada com as duas sementes de milho falsas cor-de-rosa, sobre um tapete de partículas. Uma bonita Carpa Espelho de 11kg.

Depois disso, a noite e a manhã foram calmas mas por volta do meio-dia, outro dos meus alarmes começou a gritar, peguei rapida-mente na cana para conseguir uma ferra-gem firme, depois para o combate, meti-me rapidamente no barco com a minha mulher Cindy, passados uns minutos, entreguei-lhe a cana para a sua primeira luta.

Foi com uma grande alegria para os dois que ela conseguiu trazer uma linda Carpa de 12kgs para o camaroeiro. Depois disso, o resto do dia passou calmamente. Voltei a lançar as canas antes da noite chegar apesar das fortes rajadas de vento. Nos boilies que tirava da água, via-se que havia movimento de Lagostins, pois eles vinham bastante arranhados pelas pinças destes bichinhos.

No dia seguinte, fui premiado com dois arranques perto do nascer do sol. O primeira por volta das 6h30 numa das canas da margem que me trouxe uma Carpa Comum de 12kgs. O segundo passou-se trinta minutos depois, no pesqueiro preparado com os boilies, mas obrigou-me a subir no barco para o combate, que foi recompensado com mais uma magnífica Comum de 19.800kgs.

Ao por do sol, à terceira noite, um novo arranque na cana dos boilies. Este peixe logo me pareceu muito forte, saltei logo para o Zodiac para ir a luta, pois a montagem estava a 300 metros da minha margem! Durante o tempo que lutei para trazer o peixe, apercebi-me que as ondas e as impressionantes rajadas de vento me

faziam derivar. Perante esta situação, decidi amarrar o Zodiac a um pino que está num alto, no meio do lago.

Agora com mais segurança, pude então concen-trar-me em tentar trazer o peixe até mim. Este demon-strou uma força descomunal e incansável, que me deu forte luta durante largas dezenas de minutos!

Depois do peixe entrar no camaroeiro, fiz um sinal «tudo ok» com o dedo à Cindy que tinha ficado na margem, com um pouco de receio por causa do vento forte. Esta Carpa Comum fez subir a agulha da balança até os 15.600kg.

O dia e a noite foram calmos e foi na manhã do último dia de pesca que tive uma nova aventura. Depois de uma luta muito difícil, consegui capturar e fotografar uma lindíssima Carpa Espelho de 19.200kgs, um grande e belo monstro!

Sem dúvida estávamos mais do que felizes com esta sessão. Era quinta-feira e decidimos preparar os pesqueiros para a próxima sessão, que estava prevista a partir do domingo seguinte, novamente para quatro noites.

Segunda SessãoNo domingo 27 de outubro, tal como previsto,

voltei para o lago. O vento estava mais calmo, mas a temperatura da água baixou de 19 para 16 graus, o que

não era nada de bom, uma queda de temperatura assim tão repentina poderia mudar o comportamento das peixes.

Embora tenha tentado tudo e procurado outros locais para colocar as montagens, só apenas na noite de quarta para quinta que consegui ter um arranque.

Na verdade, durante o dia de quarta vi por duas vezes saltos numa pequena enseada, depois de uma vista de olhos com o barco, encontrei um alto-fundo com 1.30 m de água, coloquei alguns boilies espalha-dos e um pouco de sementes. Às 23h, o meu alarme da esquerda começou a tocar, ferrei firmemente e passado alguns minutos coloquei no tapete de recepção uma bonita Carpa Espelho com 17.200kg. Com esta captura dei por encerrada a segunda sessão.

Todos os peixes foram apanhados com montagens Combi-link Shark Skin 35lbs e com Anzois Player Hook Classics da gama PELZER BAITS.

Durante esta sessão que se mostrou bastante dura, tive que me adaptar e modificar a minha pesca e a forma de apresentação das montagens, mas sobre essas modificações e escolhas por vezes difíceis, pois são feitas em momentos de pressão, falaremos num próximo artigo.

http://www.pelzerbaits.eu/News.html

Os mais pequenos nunca conseguemresistir a tão bela sensação!

Uma bela Espelhadaque visitaram o José.

A Pelzer é sinónimo de confiança, com soluções para todas as ocasiões.

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Page 38: Digital Carp Magazine #02

Dois lindos lagos, apenas separados por uma estreita estrada. O verde da floresta envolve toda a paisagem, mal permitindo ver as águas acastanhadas destes lagos que escondem pequenos monstros!

No Mirror há Carpas Comuns, Grass, Espelho, Koi e Couro. Varias com peso acima das 50lb, uma com mais de 60lb! Tem muitos Siluros, sendo o record do lago descon-hecido, apenas se sabe que esgota uma balança de 100lb!

Há também um pequeno Esturjão, que como se torna peixe único no Mirror, faz as delícias dos pescadores cada vez que é capturado.

No Mirror Image há centenas de Carpas, que transfor-mam esta água Francesa numa Runs Water! Todos os pescadores conseguem numa semana várias dezenas de capturas! Junto com as centenas de carpas de peso médio, nada também uma menina maior, com mais de 50lb!

À vossa espera estão o Jon e a Heather, que farão tudo para que passem uma semana maravilhosa!

La Forge de Bessous, Le Chalard, 87500, France.Tel: 00 33 555 099 151 Mobile: 0033 6073 99989 Email: [email protected]

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Page 39: Digital Carp Magazine #02

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Dois lindos lagos, apenas separados por uma estreita estrada. O verde da floresta envolve toda a paisagem, mal permitindo ver as águas acastanhadas destes lagos que escondem pequenos monstros!

No Mirror há Carpas Comuns, Grass, Espelho, Koi e Couro. Varias com peso acima das 50lb, uma com mais de 60lb! Tem muitos Siluros, sendo o record do lago descon-hecido, apenas se sabe que esgota uma balança de 100lb!

Há também um pequeno Esturjão, que como se torna peixe único no Mirror, faz as delícias dos pescadores cada vez que é capturado.

No Mirror Image há centenas de Carpas, que transfor-mam esta água Francesa numa Runs Water! Todos os pescadores conseguem numa semana várias dezenas de capturas! Junto com as centenas de carpas de peso médio, nada também uma menina maior, com mais de 50lb!

À vossa espera estão o Jon e a Heather, que farão tudo para que passem uma semana maravilhosa!

La Forge de Bessous, Le Chalard, 87500, France.Tel: 00 33 555 099 151 Mobile: 0033 6073 99989 Email: [email protected]

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Page 40: Digital Carp Magazine #02

O Rio Tormes tem sido nos últimos anos palco de visita de muitos pescadores por-tugueses. A pouca distância da fronteira, a grande quantidade de peixe que nada nas suas águas, a própria beleza desse mesmo peixe, que muitas vezes demonstra um apetite voraz, chegando a atacar os nossos iscos loucamente, reflexo da pouca comida existente para tão densa população. É sem dúvida um rio que gostaríamos de ter por cá, mas não sendo possível, vamos nós até lá!

Depois de muito ouvir falar do Rio Tormes e das suas carpas, principalmente através do amigo Nuno Cabral, juntei-me com mais três amigos para agendarmos uma sessão. O fim-de-semana escol-hido foi de 13 a 15 de Setembro. A primeira “luta” foi a licença, mas depois de 3 ou 4 telefonemas para Espanha lá conseguimos, e agora, depois de todas as voltas que demos e sabendo como se faz, até é bem fácil de tratar. Licenças na bagagem, Boilies (muitos) carregados, mantimentos, e lá nos fizemos à estrada para a nossa primeira aven-tura na terra de “nuestros hermanos”.

Duas horas de viagem, sempre autoestrada até Florida de Liebana e eis que chegamos ao pesqueiro previamente escolhido, muito graças ao “amigo” Google Maps. Todos com quem tinha falado anteriormente sobre aquela região me diziam para engodar bem e muito, apenas boilies, e assim fizemos. A escolha dos Boilies recaiu nos Squid brancos da Starbaits, tanto para engodar como para iscar, um boilie e um milho pop up.

A primeira captura não tardou, apanhando todos desprevenidos, ainda nem os alarmes estavam ligados, uma bela luta e lá saiu a

primeira carpa, uma bela Carpa Espelho. Até à hora do almoço já todos tínhamos tirado alguns exemplares, mas nenhum acima de 5kg.

Ao início da tarde decidi mudar de estratégia, usando um termo muito característico: “depois de desgradar vamos inventar”. Iscar com outros boilies e num sítio onde nem sequer tinha engodado, tentando de alguma forma capturar peixes maiores. Isquei duas boas de Squid and Octopus (Dynamite) e um milho pop up verde. Por volta das 15 horas um dos meus alarmes começa a tocar muito timidam-ente, pensei que seria peixe pequeno que não conseguia comer os dois boilies, minutos depois arranca violentamente, ferro o peixe e sinto logo um peso maior do que estava habituado, pensei: será que é desta que vou tirar um peixe digno de registo? E assim foi, a minha mudança de estratégia tinha compensado, uma bela carpa espelho de 8kg, o meu novo record pessoal. No primeiro dia os quatro tínhamos capturado mais de 30 carpas.

O segundo e terceiro dia não foram muito diferentes, muitas capturas para todos e muita emoção, peixe atrás de peixe, com pesos

Apesar de haver algumas Carpas Comuns, as Espelhadas são a maioria das capturas, algumas delas lindíssimas!40

Page 41: Digital Carp Magazine #02

O Rio Tormes tem sido nos últimos anos palco de visita de muitos pescadores por-tugueses. A pouca distância da fronteira, a grande quantidade de peixe que nada nas suas águas, a própria beleza desse mesmo peixe, que muitas vezes demonstra um apetite voraz, chegando a atacar os nossos iscos loucamente, reflexo da pouca comida existente para tão densa população. É sem dúvida um rio que gostaríamos de ter por cá, mas não sendo possível, vamos nós até lá!

Depois de muito ouvir falar do Rio Tormes e das suas carpas, principalmente através do amigo Nuno Cabral, juntei-me com mais três amigos para agendarmos uma sessão. O fim-de-semana escol-hido foi de 13 a 15 de Setembro. A primeira “luta” foi a licença, mas depois de 3 ou 4 telefonemas para Espanha lá conseguimos, e agora, depois de todas as voltas que demos e sabendo como se faz, até é bem fácil de tratar. Licenças na bagagem, Boilies (muitos) carregados, mantimentos, e lá nos fizemos à estrada para a nossa primeira aven-tura na terra de “nuestros hermanos”.

Duas horas de viagem, sempre autoestrada até Florida de Liebana e eis que chegamos ao pesqueiro previamente escolhido, muito graças ao “amigo” Google Maps. Todos com quem tinha falado anteriormente sobre aquela região me diziam para engodar bem e muito, apenas boilies, e assim fizemos. A escolha dos Boilies recaiu nos Squid brancos da Starbaits, tanto para engodar como para iscar, um boilie e um milho pop up.

A primeira captura não tardou, apanhando todos desprevenidos, ainda nem os alarmes estavam ligados, uma bela luta e lá saiu a

primeira carpa, uma bela Carpa Espelho. Até à hora do almoço já todos tínhamos tirado alguns exemplares, mas nenhum acima de 5kg.

Ao início da tarde decidi mudar de estratégia, usando um termo muito característico: “depois de desgradar vamos inventar”. Iscar com outros boilies e num sítio onde nem sequer tinha engodado, tentando de alguma forma capturar peixes maiores. Isquei duas boas de Squid and Octopus (Dynamite) e um milho pop up verde. Por volta das 15 horas um dos meus alarmes começa a tocar muito timidam-ente, pensei que seria peixe pequeno que não conseguia comer os dois boilies, minutos depois arranca violentamente, ferro o peixe e sinto logo um peso maior do que estava habituado, pensei: será que é desta que vou tirar um peixe digno de registo? E assim foi, a minha mudança de estratégia tinha compensado, uma bela carpa espelho de 8kg, o meu novo record pessoal. No primeiro dia os quatro tínhamos capturado mais de 30 carpas.

O segundo e terceiro dia não foram muito diferentes, muitas capturas para todos e muita emoção, peixe atrás de peixe, com pesos

Apesar de haver algumas Carpas Comuns, as Espelhadas são a maioria das capturas, algumas delas lindíssimas!41

Page 42: Digital Carp Magazine #02

Depois de muito ouvir falar do Rio Tormes e das suas carpas, principalmente através do amigo Nuno Cabral, juntei-me com mais três amigos para agendarmos uma sessão. O fim-de-semana escolhi-do foi de 13 a 15 de Setembro. A primeira “luta” foi a licença, mas depois de 3 ou 4 telefonemas para Espanha lá conseguimos, e agora, depois de todas as voltas que demos e sabendo como se faz, até é bem fácil de tratar. Licenças na bagagem, Boilies (muitos) carregados, mantimentos, e lá nos fizemos à estrada para a nossa primeira aven-tura na terra de “nuestros hermanos”.

Duas horas de viagem, sempre autoestrada até Florida de Lieba-na e eis que chegamos ao pesqueiro previamente escolhido, muito graças ao “amigo” Google Maps. Todos com quem tinha falado ante-riormente sobre aquela região me diziam para engodar bem e muito, apenas boilies, e assim fizemos. A escolha dos Boilies recaiu nos Squid brancos da Starbaits, tanto para engodar como para iscar, um boilie e um milho pop up.

A primeira captura não tardou, apanhando todos desprevenidos, ainda nem os alarmes estavam ligados, uma bela luta e lá saiu a

primeira carpa, uma bela Carpa Espelho. Até à hora do almoço já todos tínhamos tirado alguns exemplares, mas nenhum acima de 5kg.

Ao início da tarde decidi mudar de estratégia, usando um termo muito característico: “depois de desgradar vamos inventar”. Iscar com outros boilies e num sítio onde nem sequer tinha engodado, tentan-do de alguma forma capturar peixes maiores. Isquei duas boas de Squid and Octopus (Dynamite) e um milho pop up verde. Por volta das 15 horas um dos meus alarmes começa a tocar muito timida-mente, pensei que seria peixe pequeno que não conseguia comer os dois boilies, minutos depois arranca violentamente, ferro o peixe e sinto logo um peso maior do que estava habituado, pensei: será que é desta que vou tirar um peixe digno de registo? E assim foi, a minha mudança de estratégia tinha compensado, uma bela carpa espelho de 8kg, o meu novo record pessoal. No primeiro dia os quatro tínham-os capturado mais de 30 carpas.

O segundo e terceiro dia não foram muito diferentes, muitas capturas para todos e muita emoção, peixe atrás de peixe, com pesos

desde os 4,5kg até aos 7,5kg, dava para tudo.

De salientar que apenas tivemos resultados com boilies de peixe; Squid, Squid and Octopus, Spyci Salmon e Japanese Squid. Ainda experimentámos Live System, que têm dado ótimos resultados em todos os sítios onde tenho pescado, mas apenas um toque e nenhum arranque. Definitivamente montagem para o Tormes é Squid mais milho pop-up.

A meio da tarde de domingo começou a tarefa, que nenhum de nós gosta, de arrumar todo o material e desmontar o “acampamento”, já com o sentimento que

teremos que voltar mais cedo ou mais tarde.

Resumindo foi um fim-de-semana brutal, com 109 capturas, mais umas 20 perdidas, que poderiam ter aumentado em muito os números, belos exemplares e alguns records. Excelente companhia, bom tempo e muita, muita atividade.

De negativo só mesmo a quantidade de lixo que encontrámos no pesqueiro. Afinal, infelizmente não é só nas margens dos nossos rios e barragens que alguns pescadores fazem questão de deixar lixo.

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Page 43: Digital Carp Magazine #02

Depois de muito ouvir falar do Rio Tormes e das suas carpas, principalmente através do amigo Nuno Cabral, juntei-me com mais três amigos para agendarmos uma sessão. O fim-de-semana escolhi-do foi de 13 a 15 de Setembro. A primeira “luta” foi a licença, mas depois de 3 ou 4 telefonemas para Espanha lá conseguimos, e agora, depois de todas as voltas que demos e sabendo como se faz, até é bem fácil de tratar. Licenças na bagagem, Boilies (muitos) carregados, mantimentos, e lá nos fizemos à estrada para a nossa primeira aven-tura na terra de “nuestros hermanos”.

Duas horas de viagem, sempre autoestrada até Florida de Lieba-na e eis que chegamos ao pesqueiro previamente escolhido, muito graças ao “amigo” Google Maps. Todos com quem tinha falado ante-riormente sobre aquela região me diziam para engodar bem e muito, apenas boilies, e assim fizemos. A escolha dos Boilies recaiu nos Squid brancos da Starbaits, tanto para engodar como para iscar, um boilie e um milho pop up.

A primeira captura não tardou, apanhando todos desprevenidos, ainda nem os alarmes estavam ligados, uma bela luta e lá saiu a

primeira carpa, uma bela Carpa Espelho. Até à hora do almoço já todos tínhamos tirado alguns exemplares, mas nenhum acima de 5kg.

Ao início da tarde decidi mudar de estratégia, usando um termo muito característico: “depois de desgradar vamos inventar”. Iscar com outros boilies e num sítio onde nem sequer tinha engodado, tentan-do de alguma forma capturar peixes maiores. Isquei duas boas de Squid and Octopus (Dynamite) e um milho pop up verde. Por volta das 15 horas um dos meus alarmes começa a tocar muito timida-mente, pensei que seria peixe pequeno que não conseguia comer os dois boilies, minutos depois arranca violentamente, ferro o peixe e sinto logo um peso maior do que estava habituado, pensei: será que é desta que vou tirar um peixe digno de registo? E assim foi, a minha mudança de estratégia tinha compensado, uma bela carpa espelho de 8kg, o meu novo record pessoal. No primeiro dia os quatro tínham-os capturado mais de 30 carpas.

O segundo e terceiro dia não foram muito diferentes, muitas capturas para todos e muita emoção, peixe atrás de peixe, com pesos

desde os 4,5kg até aos 7,5kg, dava para tudo.

De salientar que apenas tivemos resultados com boilies de peixe; Squid, Squid and Octopus, Spyci Salmon e Japanese Squid. Ainda experimentámos Live System, que têm dado ótimos resultados em todos os sítios onde tenho pescado, mas apenas um toque e nenhum arranque. Definitivamente montagem para o Tormes é Squid mais milho pop-up.

A meio da tarde de domingo começou a tarefa, que nenhum de nós gosta, de arrumar todo o material e desmontar o “acampamento”, já com o sentimento que

teremos que voltar mais cedo ou mais tarde.

Resumindo foi um fim-de-semana brutal, com 109 capturas, mais umas 20 perdidas, que poderiam ter aumentado em muito os números, belos exemplares e alguns records. Excelente companhia, bom tempo e muita, muita atividade.

De negativo só mesmo a quantidade de lixo que encontrámos no pesqueiro. Afinal, infelizmente não é só nas margens dos nossos rios e barragens que alguns pescadores fazem questão de deixar lixo.

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Page 44: Digital Carp Magazine #02

Fundado em 18 de janeiro de 2002, o Viseu 2001, outrora Viseu Futsal 2001, tem procurado tornar-se numa das maiores referências desportivas do distrito de Viseu, quer pelo número de jovens atletas que atualmente movimenta nas suas várias modalidades, mas também pelo seu modelo de gestão, já por diversas vezes reconhecido e valori-zado por entidades externas e de elevada credibili-dade.

Enquanto instituição sem fins lucrativos o Viseu 2001 tem sabido adaptar-se aos tempos de crise em que vivemos. Acreditamos que crescer e massi-ficar o clube, de forma sustentada, será a melhor estratégia para ultrapassar os momentos difíceis que o país vive. Nos últimos 2 anos, onde alguns viram dificuldades, o Viseu 2001 entendeu que poderiam ser oportunidades e rapidamente passou de 80 para mais de 300 atletas. Paralelamente deixou de ser um clube uni desportivo (futsal) tornando-se num dos clubes mais ecléticos do Distrito, hoje com 6 modalidades desportivas (futsal, futebol, rugby, ciclismo/btt, ténis e pesca desportiva), em alguns casos com projetos únicos em todo o distrito.

A secção mais recente do nosso clube é a de Pesca Desportiva, apresentada pelo responsável, Renato Almeida, na nossa segunda Gala realizada no passado dia 30 de Novembro. Foi criada com o intuito de participação nos campeonatos Nacionais de duas vertentes da pesca: Pesca à Carpa e a Pesca de Margem ao Achigã.

No Campeonato Nacional de Pesca à Carpa, vão participar 3 equipas do Viseu 2001, que tudo farão para HONRAR os nossos princípios e valores de modo a poderem também contribuir para maior visibilidade da modalidade. Temos também como objectivo organizar alguns encontros de Carpistas (de norte a sul do País), para darmos a conhecer à comunidade esta (ainda pouco) conhecida modali-dade da pesca bem como a realização de workshops. Contamos com a colaboração de todos os visienses (carpistas, sócios, simpatizantes) para podermos crescer como clube mas também para que a secção de Pesca Desportiva consiga atingir os seus objetivos e crescer sustentadamente.

Nesta nova etapa não poderíamos deixar de agradecer à PescaTeamCarp, pois desde o primeiro dia se mostrou disponível para ajudar, sendo neste momento o "major sponsor" desta secção e um parceiro que será sem dúvida alguma uma mais-valia para este projecto.

Nos próximos anos pretendemos continuar vocacionados para a formação desportiva, de forma eclética, dos jovens viseenses, procurando abraçar novos projetos e novas modalidades, continuando a fazer crescer um clube jovem com uma família enorme.

Nós acreditamos que Viseu merece e continua-remos a trabalhar para que muitos mais acreditem, como nós, na certeza que o Viseu 2001 continuará a HONRAR VISEU, a melhor cidade para viver.

http://www.viseu2001.com/https://www.facebook.com/pages/Viseu-2001-Honrar-Viseu/312800082099095

Honrar ViseuHonrar Viseu

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Page 45: Digital Carp Magazine #02

Novos Produtos

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Point Doctor GardnerPoint Doctor Gardner excelente ferramenta para manter os nosso anzóis bem afiados e prontos para a acção de pesca!Point Doctor Gardner remove suavemente uma fina camada do acabamento revestidos do anzol arpartir da sua superfície , ajudando a melhorar e reforçar o ponto de ferragem

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Fox Black Label Slik BobinasO Hanger Black Label Fox Slik Bobinas são o último

pendulo nascido das consultorias Fox. Eles são

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move-se com ele para lhe dar uma indicação

sensível ao toque visual. É apropriado para a pesca

de longa distância, como curta, bem como linha de

pesca esticado ou relaxado. O comprimento da

corrente é projetado para caber todos os modelos

do mercado sensor. O Slik Bobinas Hanger é

compatível com todos os acessórios para Fox indica-

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Fox Rapide PVA™O incrível novo Fox Rapide Pva vai mudar a maneira como os pescadores de peixe com sólidos PVA para sempre .A beleza da ferramenta Rapide é que não só é usado para encher o seu saco de PVA sólido, mas ele é, então, usado também para amarrá-lo o que significa que você não precisa de mexer com fita adesiva sobre PVA e segurar a bolsa entre os joelhos - tudo muito complicado e muito demorado ! Com o auxílio da Fox Rapide Pva tudo o que você precisa fazer agora é carregar o saco , torcer a ferramenta, lamber a parte superior do PVA e furar o saco fechado , trazendo a seção umedecida de volta para o saco.

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Page 46: Digital Carp Magazine #02

Óscar Borrego

Óscar Borrego, apesar de não o ser, considera-se Salamantino ou “Charro” como são vulgarmente conhecidos os habitantes de Salamanca. Para os portugueses, esta cidade espanhola tem sido palco de muitas visitas, tudo por causa de um rio que tantas alegrias tem dado aos amantes do Carp Fish-ing. Vamos recuar no tempo alguns anos, para tentar perceber todo o percurso de um Carpista!

Salamanca é uma bonita cidade banhada pelo Rio Tormes, famoso pelos seus salmões e pelas trutas fário, sendo a captura destas cada vez menos frequente. É também um rio conhecido por ter sido um dos melhores destinos para a prática do Carp Fishing durante anos a fio, apesar de nos dias de hoje o ser cada vez menos. Pesco desde os meus dez anos, que coincide com o momento em que vim viver para aqui. Pesco de tudo e com todo o tipo de técnicas. O meu pai não me queria comprar a minha primeira cana, lembro-me que na altura me disse: “Em dois dias cansas-te e depressa a cana aparece ali a um canto”. Passaram 27 anos e todavia não me cansei. Pelo contrário, cada vez gosto mais.

Apresentações feitas e visto que a DCM me deu a liberdade de escolher o tema do artigo, tive a ideia de fazer um artigo que visasse o meu início enquanto Carp-ista até aos dias de hoje, fazendo uma reflexão sobre esse percurso, a forma de pescar, os locais, o equipamento, etc. Penso que em certa parte muitos de vós se irão rever em mim.

Apesar de por norma não ter, de uma forma geral, grande memória, por incrível que pareça isso não acon-tece com a pesca, e como tal, recordo-me de tudo, mesmo depois destes anos todos. Aqueles primeiros boilies de Scopex, todas as canas iscadas com estes iscos e no primeiro dia nem uma picada. Foi um pouco dececionan-te, mas numa barragem cheia de peixe pequeno e onde toda a gente pescava com milho era normal. Mas não houve problema… rapidamente adotei outra tática, optei por pescar no rio. Um par de horas no rio e nada. Isto não funciona, pensei eu (engraçado que hoje em dia passo uma semana à espera de apenas uma picada). Acabado de pensar e pica a primeira, nada de piiiiis, sem alarmes, sem praticamente nada além das canas normais pescando ao fundo com “cabelo”. Saldo final 5 capturas, e uma grande felicidade na volta para casa.

Passados poucos dias tive a sorte de cravar um “carpon” (carpa grande), desde logo o maior que havia visto até aí. Hoje estimo que teria à volta de 12kg, pois ao tentar metê-la no meu mini camaroeiro ela simplesmente não entrava e escapou. O arranque seguinte partiu tudo. Arrumei e vim embora.

Aproveito para fazer um pequeno aparte relativa-mente ao material, pois fiquei tão aborrecido que a partir daí decidi fazer as coisas bem.

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Page 47: Digital Carp Magazine #02

Óscar Borrego

Óscar Borrego, apesar de não o ser, considera-se Salamantino ou “Charro” como são vulgarmente conhecidos os habitantes de Salamanca. Para os portugueses, esta cidade espanhola tem sido palco de muitas visitas, tudo por causa de um rio que tantas alegrias tem dado aos amantes do Carp Fish-ing. Vamos recuar no tempo alguns anos, para tentar perceber todo o percurso de um Carpista!

Salamanca é uma bonita cidade banhada pelo Rio Tormes, famoso pelos seus salmões e pelas trutas fário, sendo a captura destas cada vez menos frequente. É também um rio conhecido por ter sido um dos melhores destinos para a prática do Carp Fishing durante anos a fio, apesar de nos dias de hoje o ser cada vez menos. Pesco desde os meus dez anos, que coincide com o momento em que vim viver para aqui. Pesco de tudo e com todo o tipo de técnicas. O meu pai não me queria comprar a minha primeira cana, lembro-me que na altura me disse: “Em dois dias cansas-te e depressa a cana aparece ali a um canto”. Passaram 27 anos e todavia não me cansei. Pelo contrário, cada vez gosto mais.

Apresentações feitas e visto que a DCM me deu a liberdade de escolher o tema do artigo, tive a ideia de fazer um artigo que visasse o meu início enquanto Carp-ista até aos dias de hoje, fazendo uma reflexão sobre esse percurso, a forma de pescar, os locais, o equipamento, etc. Penso que em certa parte muitos de vós se irão rever em mim.

Apesar de por norma não ter, de uma forma geral, grande memória, por incrível que pareça isso não acon-tece com a pesca, e como tal, recordo-me de tudo, mesmo depois destes anos todos. Aqueles primeiros boilies de Scopex, todas as canas iscadas com estes iscos e no primeiro dia nem uma picada. Foi um pouco dececionan-te, mas numa barragem cheia de peixe pequeno e onde toda a gente pescava com milho era normal. Mas não houve problema… rapidamente adotei outra tática, optei por pescar no rio. Um par de horas no rio e nada. Isto não funciona, pensei eu (engraçado que hoje em dia passo uma semana à espera de apenas uma picada). Acabado de pensar e pica a primeira, nada de piiiiis, sem alarmes, sem praticamente nada além das canas normais pescando ao fundo com “cabelo”. Saldo final 5 capturas, e uma grande felicidade na volta para casa.

Passados poucos dias tive a sorte de cravar um “carpon” (carpa grande), desde logo o maior que havia visto até aí. Hoje estimo que teria à volta de 12kg, pois ao tentar metê-la no meu mini camaroeiro ela simplesmente não entrava e escapou. O arranque seguinte partiu tudo. Arrumei e vim embora.

Aproveito para fazer um pequeno aparte relativa-mente ao material, pois fiquei tão aborrecido que a partir daí decidi fazer as coisas bem.

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Salamanca é uma bonita cidade banhada pelo Rio Tormes, famoso pelos seus salmões e pelas trutas fário, sendo a captura destas cada vez menos frequente. É também um rio conhecido por ter sido um dos melhores destinos para a prática do Carp Fishing durante anos a fio, apesar de nos dias de hoje o ser cada vez menos. Pesco desde os meus dez anos, que coincide com o momento em que vim viver para aqui. Pesco de tudo e com todo o tipo de técnicas. O meu pai não me queria comprar a minha primeira cana, lembro-me que na altura me disse: “Em dois dias cansas-te e depressa a cana aparece ali a um canto”. Passaram 27 anos e todavia não me cansei. Pelo contrário, cada vez gosto mais.

Apresentações feitas e visto que a DCM me deu a liberdade de escolher o tema do artigo, tive a ideia de fazer um artigo que visasse o meu início enquanto Carpis-ta até aos dias de hoje, fazendo uma reflexão sobre esse percurso, a forma de pescar, os locais, o equipamento, etc. Penso que em certa parte muitos de vós se irão rever em mim.

Apesar de por norma não ter, de uma forma geral, grande memória, por incrível que pareça isso não acon-tece com a pesca, e como tal, recordo-me de tudo, mesmo depois destes anos todos. Aqueles primeiros boilies de Scopex, todas as canas iscadas com estes iscos e no primeiro dia nem uma picada. Foi um pouco dececio-nan-te, mas numa barragem cheia de peixe pequeno e onde toda a gente pescava com milho era normal. Mas não houve problema… rapidamente adotei outra tática, optei por pescar no rio. Um par de horas no rio e nada. Isto não funciona, pensei eu (engraçado que hoje em dia passo uma semana à espera de apenas uma picada). Acabado de pensar e pica a primeira, nada de piiiiis, sem alarmes, sem praticamente nada além das canas normais pescando ao fundo com “cabelo”. Saldo final 5 capturas, e uma grande felicidade na volta para casa.

Passados poucos dias tive a sorte de cravar um “carpon” (carpa grande), desde logo o maior que havia visto até aí. Hoje estimo que teria à volta de 12kg, pois ao tentar metê-la no meu mini camaroeiro ela simplesmente não entrava e escapou. O arranque seguinte partiu tudo. Arrumei e vim embora.

Aproveito para fazer um pequeno aparte relativa-mente ao material, pois fiquei tão aborrecido que a partir daí decidi fazer as coisas bem.

Decidi comprar um camaroeiro e a minha primeira cana, que acabou no fundo do rio no dia da sua estreia, pois literalmente saiu a voar, leva tempo uma pessoa habituar-se ao bait runner (risos). Por sorte consegui recuperá-la. Em segui-da comprei um tapete de recepção e um saco de pellets. Tive camaroeiro e tapete de recepção antes de ter canas, alarmes, rod pod e sinto orgulho nisso. Hoje em dia temos inúmeras lojas, sejam elas físicas ou online, pelo que podemos conseguir praticamente qualquer produto a um preço razoável, mas na época não havia onde comprar e o material em segunda mão escassea-va.

Foi no primeiro dia que fui pescar com o meu rod pod, um Amiaud Carpo (que sempre me acompanha) e alarmes que conheci aquele que durante anos foi o meu companheiro de pesca, meu amigo e um bom mestre, Zlatko Tudja, um alemão que pescava em Salamanca. Começamos juntos a pescar no Tormes onde a pesca era simples, muito simples. Deitavas um pouco de pellets e as picadas sucediam-se. Por esta altura era muito raro ver alguém fazer Carp Fishing no rio. O ano de 2007 acabou por se revelar um ano

incrível a nível de número de peixes e tamanhos das capturas. Em 2008 foi o “Boom” do rio Tormes. Pescar ali entrou na moda e aquilo que era um rio solitário depressa passou a ser um local de peregrinação de pescadores em busca das suas abundantes “Royal” ou das preciosas “Full scalled”. Cada vez mais entusiasmo e mais pescadores, para os mesmos peixes e para as mesmas zonas do rio e pouco a pouco o rio começou a ressentir-se e a média relativamente a número de peixes e tamanhos foi diminuindo.

Tive a oportunidade de conhecer muitos pescadores que elegiam o Tormes para fazer as suas sessões e ao mesmo tempo de fazer bons amigos. O ano de 2009 foi especial. Já com um número considerável de Carpistas decidimos fundar uma associação de Carp Fishing, a West-carp, (http://westcarp.es.tl/) através da qual conseguimos criar uma zona do rio conces-sio-nada onde a pesca sem morte é obrigatória, “Escenario Desportivo El Canto”. Este foi o ano em que tivemos também oportunidade de assistir e participar no primeiro Campeonato de Espanha de Carp Fishing e apesar de termos capturas notou-se muito a falta de experiência

neste tipo de prova. Foram anos bonitos com muitas horas junto à água.

Depois começaram as “saídas”, sobretudo ao Ebro, Sierra Brava, Alfarófia, sessões de dois, três ou quatro dias, que recordo com muito carinho pois é sempre emocionante descobrir novas águas, umas vezes com êxito e outras sem ele, logicamente.

Daqui por quatro dias estarei a caminho de França para pescar. Será a minha quarta viagem em dois anos, uma semana inteira de pesca em busca das grandes carpas. Apesar de nem tudo ser taman-ho, não podemos pescar carpas de 20kg onde elas não existem. Na minha primeira viagem ao Iktus estava convencido que passaria essa barreira e não foi bem assim. Curiosamente acabou por acontecer numa sessão de 24 horas a poucos Quilómetros de casa, com uma carpa de quase 20,5kg, o que foi para mim, uma enorme surpresa.

Há uns anos atrás adquiri umas canas mais “brandas” para ter lutas mais equilibradas e diverti-das, no ano passado comprei umas canas de 10 pés e 3 lbs e posso dizer-vos que ao longo do ano uso os 3 jogos de canas que tenho, em função do local, tamanho dos peixes e forma de pescar. O lança-mento sempre foi um dos meus pontos mais fracos, apesar de me esforçar ao longo dos anos por melhorá-lo, quer através da técnica, quer indo à

procura da cana mais apropriada, carretos “long cast”, fio mais fino, etc. No entanto, agora que penso nisso reparo que nas últimas três sessões que reali-zei não cheguei a lançar uma cana sequer graças ao “bait boat” ou ao barco com motor elétrico. A verdade é que o barco é um instrumento funda-mental para este tipo de pesca desde colocar a montagem, vir direito à margem, desfrutar de uma luta fantástica a partir do barco, até à engodagem ou mesmo para libertar carpas cujo fio ficou preso em árvores, o que já me aconteceu em duas ocasiões. Aproveito para recordar uma sessão que tive com Zlatko em Sierra Brava, na altura em que começava a ser conhecida mas a pesca ainda não estava mas-sificada, onde capturavam muitos peixes e grandes, mas também onde muitos ficavam presos nas “famosas” azinheiras. Recordo que havia muita atividade entre estas, saltos e subitamente o meu companheiro entra no carro e prepara-se para mudar de posto. Lembro-me que lhe disse: “Estás louco, o peixe está aqui e tu queres ir para um sítio onde nem há árvores nem peixe.” A sua resposta foi: “ prefiro um peixe fora de água que vinte perdidos nas azinheiras”. Fiquei simplesmente sem argumen-tos e tenho consciência que nem toda a gente entende esta forma de pensar.

Continuo a pescar no rio, de outra maneira, em novos locais, mas sempre disfrutando de tudo o que ele me proporciona. Em 2011 saquei a minha maior

Carpa no Tormes, com 16.4kg, mas nem sequer é a carpa mais querida para mim. Há um peixe que o pesquei em três ocasiões, 2009, 2010 e 2012 e espero continuar a pescá-la pois isso sim, é espe-cial. Já conheceu dois camaroeiros, dois tapetes de recepção e duas canas diferentes. “Por ti o faço para que estejas bem e continues a alegrar as minhas sessões com picadas!”

Por vezes, pergunto-me quantos quilos de boilies, sementes e demais atirei à água em todos estes anos. Quantos quilómetros percorri, quantas noites fora de casa, quanto dinheiro investido, quantos peixes perdidos… É-me indiferente, o que importa é pescar!

Uma bela captura do Rio Ebro.

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Salamanca é uma bonita cidade banhada pelo Rio Tormes, famoso pelos seus salmões e pelas trutas fário, sendo a captura destas cada vez menos frequente. É também um rio conhecido por ter sido um dos melhores destinos para a prática do Carp Fishing durante anos a fio, apesar de nos dias de hoje o ser cada vez menos. Pesco desde os meus dez anos, que coincide com o momento em que vim viver para aqui. Pesco de tudo e com todo o tipo de técnicas. O meu pai não me queria comprar a minha primeira cana, lembro-me que na altura me disse: “Em dois dias cansas-te e depressa a cana aparece ali a um canto”. Passaram 27 anos e todavia não me cansei. Pelo contrário, cada vez gosto mais.

Apresentações feitas e visto que a DCM me deu a liberdade de escolher o tema do artigo, tive a ideia de fazer um artigo que visasse o meu início enquanto Carpis-ta até aos dias de hoje, fazendo uma reflexão sobre esse percurso, a forma de pescar, os locais, o equipamento, etc. Penso que em certa parte muitos de vós se irão rever em mim.

Apesar de por norma não ter, de uma forma geral, grande memória, por incrível que pareça isso não acon-tece com a pesca, e como tal, recordo-me de tudo, mesmo depois destes anos todos. Aqueles primeiros boilies de Scopex, todas as canas iscadas com estes iscos e no primeiro dia nem uma picada. Foi um pouco dececio-nan-te, mas numa barragem cheia de peixe pequeno e onde toda a gente pescava com milho era normal. Mas não houve problema… rapidamente adotei outra tática, optei por pescar no rio. Um par de horas no rio e nada. Isto não funciona, pensei eu (engraçado que hoje em dia passo uma semana à espera de apenas uma picada). Acabado de pensar e pica a primeira, nada de piiiiis, sem alarmes, sem praticamente nada além das canas normais pescando ao fundo com “cabelo”. Saldo final 5 capturas, e uma grande felicidade na volta para casa.

Passados poucos dias tive a sorte de cravar um “carpon” (carpa grande), desde logo o maior que havia visto até aí. Hoje estimo que teria à volta de 12kg, pois ao tentar metê-la no meu mini camaroeiro ela simplesmente não entrava e escapou. O arranque seguinte partiu tudo. Arrumei e vim embora.

Aproveito para fazer um pequeno aparte relativa-mente ao material, pois fiquei tão aborrecido que a partir daí decidi fazer as coisas bem.

Decidi comprar um camaroeiro e a minha primeira cana, que acabou no fundo do rio no dia da sua estreia, pois literalmente saiu a voar, leva tempo uma pessoa habituar-se ao bait runner (risos). Por sorte consegui recuperá-la. Em segui-da comprei um tapete de recepção e um saco de pellets. Tive camaroeiro e tapete de recepção antes de ter canas, alarmes, rod pod e sinto orgulho nisso. Hoje em dia temos inúmeras lojas, sejam elas físicas ou online, pelo que podemos conseguir praticamente qualquer produto a um preço razoável, mas na época não havia onde comprar e o material em segunda mão escassea-va.

Foi no primeiro dia que fui pescar com o meu rod pod, um Amiaud Carpo (que sempre me acompanha) e alarmes que conheci aquele que durante anos foi o meu companheiro de pesca, meu amigo e um bom mestre, Zlatko Tudja, um alemão que pescava em Salamanca. Começamos juntos a pescar no Tormes onde a pesca era simples, muito simples. Deitavas um pouco de pellets e as picadas sucediam-se. Por esta altura era muito raro ver alguém fazer Carp Fishing no rio. O ano de 2007 acabou por se revelar um ano

incrível a nível de número de peixes e tamanhos das capturas. Em 2008 foi o “Boom” do rio Tormes. Pescar ali entrou na moda e aquilo que era um rio solitário depressa passou a ser um local de peregrinação de pescadores em busca das suas abundantes “Royal” ou das preciosas “Full scalled”. Cada vez mais entusiasmo e mais pescadores, para os mesmos peixes e para as mesmas zonas do rio e pouco a pouco o rio começou a ressentir-se e a média relativamente a número de peixes e tamanhos foi diminuindo.

Tive a oportunidade de conhecer muitos pescadores que elegiam o Tormes para fazer as suas sessões e ao mesmo tempo de fazer bons amigos. O ano de 2009 foi especial. Já com um número considerável de Carpistas decidimos fundar uma associação de Carp Fishing, a West-carp, (http://westcarp.es.tl/) através da qual conseguimos criar uma zona do rio conces-sio-nada onde a pesca sem morte é obrigatória, “Escenario Desportivo El Canto”. Este foi o ano em que tivemos também oportunidade de assistir e participar no primeiro Campeonato de Espanha de Carp Fishing e apesar de termos capturas notou-se muito a falta de experiência

neste tipo de prova. Foram anos bonitos com muitas horas junto à água.

Depois começaram as “saídas”, sobretudo ao Ebro, Sierra Brava, Alfarófia, sessões de dois, três ou quatro dias, que recordo com muito carinho pois é sempre emocionante descobrir novas águas, umas vezes com êxito e outras sem ele, logicamente.

Daqui por quatro dias estarei a caminho de França para pescar. Será a minha quarta viagem em dois anos, uma semana inteira de pesca em busca das grandes carpas. Apesar de nem tudo ser taman-ho, não podemos pescar carpas de 20kg onde elas não existem. Na minha primeira viagem ao Iktus estava convencido que passaria essa barreira e não foi bem assim. Curiosamente acabou por acontecer numa sessão de 24 horas a poucos Quilómetros de casa, com uma carpa de quase 20,5kg, o que foi para mim, uma enorme surpresa.

Há uns anos atrás adquiri umas canas mais “brandas” para ter lutas mais equilibradas e diverti-das, no ano passado comprei umas canas de 10 pés e 3 lbs e posso dizer-vos que ao longo do ano uso os 3 jogos de canas que tenho, em função do local, tamanho dos peixes e forma de pescar. O lança-mento sempre foi um dos meus pontos mais fracos, apesar de me esforçar ao longo dos anos por melhorá-lo, quer através da técnica, quer indo à

procura da cana mais apropriada, carretos “long cast”, fio mais fino, etc. No entanto, agora que penso nisso reparo que nas últimas três sessões que reali-zei não cheguei a lançar uma cana sequer graças ao “bait boat” ou ao barco com motor elétrico. A verdade é que o barco é um instrumento funda-mental para este tipo de pesca desde colocar a montagem, vir direito à margem, desfrutar de uma luta fantástica a partir do barco, até à engodagem ou mesmo para libertar carpas cujo fio ficou preso em árvores, o que já me aconteceu em duas ocasiões. Aproveito para recordar uma sessão que tive com Zlatko em Sierra Brava, na altura em que começava a ser conhecida mas a pesca ainda não estava mas-sificada, onde capturavam muitos peixes e grandes, mas também onde muitos ficavam presos nas “famosas” azinheiras. Recordo que havia muita atividade entre estas, saltos e subitamente o meu companheiro entra no carro e prepara-se para mudar de posto. Lembro-me que lhe disse: “Estás louco, o peixe está aqui e tu queres ir para um sítio onde nem há árvores nem peixe.” A sua resposta foi: “ prefiro um peixe fora de água que vinte perdidos nas azinheiras”. Fiquei simplesmente sem argumen-tos e tenho consciência que nem toda a gente entende esta forma de pensar.

Continuo a pescar no rio, de outra maneira, em novos locais, mas sempre disfrutando de tudo o que ele me proporciona. Em 2011 saquei a minha maior

Carpa no Tormes, com 16.4kg, mas nem sequer é a carpa mais querida para mim. Há um peixe que o pesquei em três ocasiões, 2009, 2010 e 2012 e espero continuar a pescá-la pois isso sim, é espe-cial. Já conheceu dois camaroeiros, dois tapetes de recepção e duas canas diferentes. “Por ti o faço para que estejas bem e continues a alegrar as minhas sessões com picadas!”

Por vezes, pergunto-me quantos quilos de boilies, sementes e demais atirei à água em todos estes anos. Quantos quilómetros percorri, quantas noites fora de casa, quanto dinheiro investido, quantos peixes perdidos… É-me indiferente, o que importa é pescar!

Uma bela captura do Rio Ebro.

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Salamanca é uma bonita cidade banhada pelo Rio Tormes, famoso pelos seus salmões e pelas trutas fário, sendo a captura destas cada vez menos frequente. É também um rio conhecido por ter sido um dos melhores destinos para a prática do Carp Fishing durante anos a fio, apesar de nos dias de hoje o ser cada vez menos. Pesco desde os meus dez anos, que coincide com o momento em que vim viver para aqui. Pesco de tudo e com todo o tipo de técnicas. O meu pai não me queria comprar a minha primeira cana, lembro-me que na altura me disse: “Em dois dias cansas-te e depressa a cana aparece ali a um canto”. Passaram 27 anos e todavia não me cansei. Pelo contrário, cada vez gosto mais.

Apresentações feitas e visto que a DCM me deu a liberdade de escolher o tema do artigo, tive a ideia de fazer um artigo que visasse o meu início enquanto Carpis-ta até aos dias de hoje, fazendo uma reflexão sobre esse percurso, a forma de pescar, os locais, o equipamento, etc. Penso que em certa parte muitos de vós se irão rever em mim.

Apesar de por norma não ter, de uma forma geral, grande memória, por incrível que pareça isso não acon-tece com a pesca, e como tal, recordo-me de tudo, mesmo depois destes anos todos. Aqueles primeiros boilies de Scopex, todas as canas iscadas com estes iscos e no primeiro dia nem uma picada. Foi um pouco dececio-nan-te, mas numa barragem cheia de peixe pequeno e onde toda a gente pescava com milho era normal. Mas não houve problema… rapidamente adotei outra tática, optei por pescar no rio. Um par de horas no rio e nada. Isto não funciona, pensei eu (engraçado que hoje em dia passo uma semana à espera de apenas uma picada). Acabado de pensar e pica a primeira, nada de piiiiis, sem alarmes, sem praticamente nada além das canas normais pescando ao fundo com “cabelo”. Saldo final 5 capturas, e uma grande felicidade na volta para casa.

Passados poucos dias tive a sorte de cravar um “carpon” (carpa grande), desde logo o maior que havia visto até aí. Hoje estimo que teria à volta de 12kg, pois ao tentar metê-la no meu mini camaroeiro ela simplesmente não entrava e escapou. O arranque seguinte partiu tudo. Arrumei e vim embora.

Aproveito para fazer um pequeno aparte relativa-mente ao material, pois fiquei tão aborrecido que a partir daí decidi fazer as coisas bem.

Decidi comprar um camaroeiro e a minha primeira cana, que acabou no fundo do rio no dia da sua estreia, pois literalmente saiu a voar, leva tempo uma pessoa habituar-se ao bait runner (risos). Por sorte consegui recuperá-la. Em segui-da comprei um tapete de recepção e um saco de pellets. Tive camaroeiro e tapete de recepção antes de ter canas, alarmes, rod pod e sinto orgulho nisso. Hoje em dia temos inúmeras lojas, sejam elas físicas ou online, pelo que podemos conseguir praticamente qualquer produto a um preço razoável, mas na época não havia onde comprar e o material em segunda mão escassea-va.

Foi no primeiro dia que fui pescar com o meu rod pod, um Amiaud Carpo (que sempre me acompanha) e alarmes que conheci aquele que durante anos foi o meu companheiro de pesca, meu amigo e um bom mestre, Zlatko Tudja, um alemão que pescava em Salamanca. Começamos juntos a pescar no Tormes onde a pesca era simples, muito simples. Deitavas um pouco de pellets e as picadas sucediam-se. Por esta altura era muito raro ver alguém fazer Carp Fishing no rio. O ano de 2007 acabou por se revelar um ano

incrível a nível de número de peixes e tamanhos das capturas. Em 2008 foi o “Boom” do rio Tormes. Pescar ali entrou na moda e aquilo que era um rio solitário depressa passou a ser um local de peregrinação de pescadores em busca das suas abundantes “Royal” ou das preciosas “Full scalled”. Cada vez mais entusiasmo e mais pescadores, para os mesmos peixes e para as mesmas zonas do rio e pouco a pouco o rio começou a ressentir-se e a média relativamente a número de peixes e tamanhos foi diminuindo.

Tive a oportunidade de conhecer muitos pescadores que elegiam o Tormes para fazer as suas sessões e ao mesmo tempo de fazer bons amigos. O ano de 2009 foi especial. Já com um número considerável de Carpistas decidimos fundar uma associação de Carp Fishing, a West-carp, (http://westcarp.es.tl/) através da qual conseguimos criar uma zona do rio conces-sio-nada onde a pesca sem morte é obrigatória, “Escenario Desportivo El Canto”. Este foi o ano em que tivemos também oportunidade de assistir e participar no primeiro Campeonato de Espanha de Carp Fishing e apesar de termos capturas notou-se muito a falta de experiência

neste tipo de prova. Foram anos bonitos com muitas horas junto à água.

Depois começaram as “saídas”, sobretudo ao Ebro, Sierra Brava, Alfarófia, sessões de dois, três ou quatro dias, que recordo com muito carinho pois é sempre emocionante descobrir novas águas, umas vezes com êxito e outras sem ele, logicamente.

Daqui por quatro dias estarei a caminho de França para pescar. Será a minha quarta viagem em dois anos, uma semana inteira de pesca em busca das grandes carpas. Apesar de nem tudo ser taman-ho, não podemos pescar carpas de 20kg onde elas não existem. Na minha primeira viagem ao Iktus estava convencido que passaria essa barreira e não foi bem assim. Curiosamente acabou por acontecer numa sessão de 24 horas a poucos Quilómetros de casa, com uma carpa de quase 20,5kg, o que foi para mim, uma enorme surpresa.

Há uns anos atrás adquiri umas canas mais “brandas” para ter lutas mais equilibradas e diverti-das, no ano passado comprei umas canas de 10 pés e 3 lbs e posso dizer-vos que ao longo do ano uso os 3 jogos de canas que tenho, em função do local, tamanho dos peixes e forma de pescar. O lança-mento sempre foi um dos meus pontos mais fracos, apesar de me esforçar ao longo dos anos por melhorá-lo, quer através da técnica, quer indo à

procura da cana mais apropriada, carretos “long cast”, fio mais fino, etc. No entanto, agora que penso nisso reparo que nas últimas três sessões que reali-zei não cheguei a lançar uma cana sequer graças ao “bait boat” ou ao barco com motor elétrico. A verdade é que o barco é um instrumento funda-mental para este tipo de pesca desde colocar a montagem, vir direito à margem, desfrutar de uma luta fantástica a partir do barco, até à engodagem ou mesmo para libertar carpas cujo fio ficou preso em árvores, o que já me aconteceu em duas ocasiões. Aproveito para recordar uma sessão que tive com Zlatko em Sierra Brava, na altura em que começava a ser conhecida mas a pesca ainda não estava mas-sificada, onde capturavam muitos peixes e grandes, mas também onde muitos ficavam presos nas “famosas” azinheiras. Recordo que havia muita atividade entre estas, saltos e subitamente o meu companheiro entra no carro e prepara-se para mudar de posto. Lembro-me que lhe disse: “Estás louco, o peixe está aqui e tu queres ir para um sítio onde nem há árvores nem peixe.” A sua resposta foi: “ prefiro um peixe fora de água que vinte perdidos nas azinheiras”. Fiquei simplesmente sem argumen-tos e tenho consciência que nem toda a gente entende esta forma de pensar.

Continuo a pescar no rio, de outra maneira, em novos locais, mas sempre disfrutando de tudo o que ele me proporciona. Em 2011 saquei a minha maior

Carpa no Tormes, com 16.4kg, mas nem sequer é a carpa mais querida para mim. Há um peixe que o pesquei em três ocasiões, 2009, 2010 e 2012 e espero continuar a pescá-la pois isso sim, é espe-cial. Já conheceu dois camaroeiros, dois tapetes de recepção e duas canas diferentes. “Por ti o faço para que estejas bem e continues a alegrar as minhas sessões com picadas!”

Por vezes, pergunto-me quantos quilos de boilies, sementes e demais atirei à água em todos estes anos. Quantos quilómetros percorri, quantas noites fora de casa, quanto dinheiro investido, quantos peixes perdidos… É-me indiferente, o que importa é pescar!

Uma das grandes capturas do Óscar! Fully Scaled Mirror, uma captura com uma beleza extraordinária!

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Salamanca é uma bonita cidade banhada pelo Rio Tormes, famoso pelos seus salmões e pelas trutas fário, sendo a captura destas cada vez menos frequente. É também um rio conhecido por ter sido um dos melhores destinos para a prática do Carp Fishing durante anos a fio, apesar de nos dias de hoje o ser cada vez menos. Pesco desde os meus dez anos, que coincide com o momento em que vim viver para aqui. Pesco de tudo e com todo o tipo de técnicas. O meu pai não me queria comprar a minha primeira cana, lembro-me que na altura me disse: “Em dois dias cansas-te e depressa a cana aparece ali a um canto”. Passaram 27 anos e todavia não me cansei. Pelo contrário, cada vez gosto mais.

Apresentações feitas e visto que a DCM me deu a liberdade de escolher o tema do artigo, tive a ideia de fazer um artigo que visasse o meu início enquanto Carpis-ta até aos dias de hoje, fazendo uma reflexão sobre esse percurso, a forma de pescar, os locais, o equipamento, etc. Penso que em certa parte muitos de vós se irão rever em mim.

Apesar de por norma não ter, de uma forma geral, grande memória, por incrível que pareça isso não acon-tece com a pesca, e como tal, recordo-me de tudo, mesmo depois destes anos todos. Aqueles primeiros boilies de Scopex, todas as canas iscadas com estes iscos e no primeiro dia nem uma picada. Foi um pouco dececio-nan-te, mas numa barragem cheia de peixe pequeno e onde toda a gente pescava com milho era normal. Mas não houve problema… rapidamente adotei outra tática, optei por pescar no rio. Um par de horas no rio e nada. Isto não funciona, pensei eu (engraçado que hoje em dia passo uma semana à espera de apenas uma picada). Acabado de pensar e pica a primeira, nada de piiiiis, sem alarmes, sem praticamente nada além das canas normais pescando ao fundo com “cabelo”. Saldo final 5 capturas, e uma grande felicidade na volta para casa.

Passados poucos dias tive a sorte de cravar um “carpon” (carpa grande), desde logo o maior que havia visto até aí. Hoje estimo que teria à volta de 12kg, pois ao tentar metê-la no meu mini camaroeiro ela simplesmente não entrava e escapou. O arranque seguinte partiu tudo. Arrumei e vim embora.

Aproveito para fazer um pequeno aparte relativa-mente ao material, pois fiquei tão aborrecido que a partir daí decidi fazer as coisas bem.

Decidi comprar um camaroeiro e a minha primeira cana, que acabou no fundo do rio no dia da sua estreia, pois literalmente saiu a voar, leva tempo uma pessoa habituar-se ao bait runner (risos). Por sorte consegui recuperá-la. Em segui-da comprei um tapete de recepção e um saco de pellets. Tive camaroeiro e tapete de recepção antes de ter canas, alarmes, rod pod e sinto orgulho nisso. Hoje em dia temos inúmeras lojas, sejam elas físicas ou online, pelo que podemos conseguir praticamente qualquer produto a um preço razoável, mas na época não havia onde comprar e o material em segunda mão escassea-va.

Foi no primeiro dia que fui pescar com o meu rod pod, um Amiaud Carpo (que sempre me acompanha) e alarmes que conheci aquele que durante anos foi o meu companheiro de pesca, meu amigo e um bom mestre, Zlatko Tudja, um alemão que pescava em Salamanca. Começamos juntos a pescar no Tormes onde a pesca era simples, muito simples. Deitavas um pouco de pellets e as picadas sucediam-se. Por esta altura era muito raro ver alguém fazer Carp Fishing no rio. O ano de 2007 acabou por se revelar um ano

incrível a nível de número de peixes e tamanhos das capturas. Em 2008 foi o “Boom” do rio Tormes. Pescar ali entrou na moda e aquilo que era um rio solitário depressa passou a ser um local de peregrinação de pescadores em busca das suas abundantes “Royal” ou das preciosas “Full scalled”. Cada vez mais entusiasmo e mais pescadores, para os mesmos peixes e para as mesmas zonas do rio e pouco a pouco o rio começou a ressentir-se e a média relativamente a número de peixes e tamanhos foi diminuindo.

Tive a oportunidade de conhecer muitos pescadores que elegiam o Tormes para fazer as suas sessões e ao mesmo tempo de fazer bons amigos. O ano de 2009 foi especial. Já com um número considerável de Carpistas decidimos fundar uma associação de Carp Fishing, a West-carp, (http://westcarp.es.tl/) através da qual conseguimos criar uma zona do rio conces-sio-nada onde a pesca sem morte é obrigatória, “Escenario Desportivo El Canto”. Este foi o ano em que tivemos também oportunidade de assistir e participar no primeiro Campeonato de Espanha de Carp Fishing e apesar de termos capturas notou-se muito a falta de experiência

neste tipo de prova. Foram anos bonitos com muitas horas junto à água.

Depois começaram as “saídas”, sobretudo ao Ebro, Sierra Brava, Alfarófia, sessões de dois, três ou quatro dias, que recordo com muito carinho pois é sempre emocionante descobrir novas águas, umas vezes com êxito e outras sem ele, logicamente.

Daqui por quatro dias estarei a caminho de França para pescar. Será a minha quarta viagem em dois anos, uma semana inteira de pesca em busca das grandes carpas. Apesar de nem tudo ser taman-ho, não podemos pescar carpas de 20kg onde elas não existem. Na minha primeira viagem ao Iktus estava convencido que passaria essa barreira e não foi bem assim. Curiosamente acabou por acontecer numa sessão de 24 horas a poucos Quilómetros de casa, com uma carpa de quase 20,5kg, o que foi para mim, uma enorme surpresa.

Há uns anos atrás adquiri umas canas mais “brandas” para ter lutas mais equilibradas e diverti-das, no ano passado comprei umas canas de 10 pés e 3 lbs e posso dizer-vos que ao longo do ano uso os 3 jogos de canas que tenho, em função do local, tamanho dos peixes e forma de pescar. O lança-mento sempre foi um dos meus pontos mais fracos, apesar de me esforçar ao longo dos anos por melhorá-lo, quer através da técnica, quer indo à

procura da cana mais apropriada, carretos “long cast”, fio mais fino, etc. No entanto, agora que penso nisso reparo que nas últimas três sessões que reali-zei não cheguei a lançar uma cana sequer graças ao “bait boat” ou ao barco com motor elétrico. A verdade é que o barco é um instrumento funda-mental para este tipo de pesca desde colocar a montagem, vir direito à margem, desfrutar de uma luta fantástica a partir do barco, até à engodagem ou mesmo para libertar carpas cujo fio ficou preso em árvores, o que já me aconteceu em duas ocasiões. Aproveito para recordar uma sessão que tive com Zlatko em Sierra Brava, na altura em que começava a ser conhecida mas a pesca ainda não estava mas-sificada, onde capturavam muitos peixes e grandes, mas também onde muitos ficavam presos nas “famosas” azinheiras. Recordo que havia muita atividade entre estas, saltos e subitamente o meu companheiro entra no carro e prepara-se para mudar de posto. Lembro-me que lhe disse: “Estás louco, o peixe está aqui e tu queres ir para um sítio onde nem há árvores nem peixe.” A sua resposta foi: “ prefiro um peixe fora de água que vinte perdidos nas azinheiras”. Fiquei simplesmente sem argumen-tos e tenho consciência que nem toda a gente entende esta forma de pensar.

Continuo a pescar no rio, de outra maneira, em novos locais, mas sempre disfrutando de tudo o que ele me proporciona. Em 2011 saquei a minha maior

Carpa no Tormes, com 16.4kg, mas nem sequer é a carpa mais querida para mim. Há um peixe que o pesquei em três ocasiões, 2009, 2010 e 2012 e espero continuar a pescá-la pois isso sim, é espe-cial. Já conheceu dois camaroeiros, dois tapetes de recepção e duas canas diferentes. “Por ti o faço para que estejas bem e continues a alegrar as minhas sessões com picadas!”

Por vezes, pergunto-me quantos quilos de boilies, sementes e demais atirei à água em todos estes anos. Quantos quilómetros percorri, quantas noites fora de casa, quanto dinheiro investido, quantos peixes perdidos… É-me indiferente, o que importa é pescar!

Uma das grandes capturas do Óscar! Fully Scaled Mirror, uma captura com uma beleza extraordinária!

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Page 52: Digital Carp Magazine #02

Um lote de capturas deveras impressionante

Oscar, Zlakto e uma bela Comum

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Page 53: Digital Carp Magazine #02

Um lote de capturas deveras impressionante

Oscar, Zlakto e uma bela Comum

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Page 54: Digital Carp Magazine #02

Leadcore vsFluoro Carbono

Neste comparativo vamos analisar dois tipos de fios que podemos usar nas nossas montagens: o Leadcore e o Fluoro Carbono.

Para este frente a frente, escolhemos um Lead-core 0.60 e um Fluoro Carbono 0.80.

Depois de realizadas ambas as montagens, foram colocadas na água para tentarmos perceber as vantagens e desvantagens de cada.

AfundamentoVantagem para o Leadcore, afunda completa-

mente enquanto o Fluoro Carbono necessita de ter algum peso posterior à montagem para manter a linha totalmente colada ao fundo, algo que o primeiro faz na perfeição.

Camuflagem Vantagem para o Fluoro Carbono. Mesmo com

um diâmetro bastante maior, consegue “desapa-recer” quase por completo.

ResistênciaVantagem para o Fluoro Carbono. As 80Lb

anunciadas pelo fabricante estão bem presentes numa linha muito forte e praticamente inquebrável. Sendo um 0.80, a resistência à abrasão em fundos com obstáculos leva certamente vantagem sobre o Leadcore.

CompraAqui teremos que considerar um empate, o

Fluoro Carbono está disponível em bobines de 30 metros, enquanto o Leadcore se pode comprar normalmente em bobines de 25 metros, havendo nos dois casos bobines mais pequenas. Quanto ao preço, os valores são também muito aproximados.

Resumindo, estamos perante dois tipos de fios bastantes distintos. O Leadcore é aquele que mais adeptos reúne, mas o Fluoro Carbono tem vindo a ser usado por alguns Carpistas com resultados bastante positivos.

Análise

Cabe a cada um de nós escolher o que mais lhe convém. Pessoalmente, utilizo ambos os fios nas minhas montagens, optando pelo Fluoro Carbono em locais mais difíceis, águas menos profundas e fundos macios. O Leadcore, prefiro usar em zonas mais profundas onde fica perfeitamente camuflado e em fundos duros ou irregulares, onde as características deste fio se adaptam melhor.

Montagem comFluoro Carbono 0.801. Cortar 80 cm de linha2. Fazer um nó simples de 2 laçadas para fixar o Quick Link e colocar a chumbada3. Anexar os acessórios à montagem4. Fixar o Crimp deixando uma distância máxima de 2cm5. Unir o Fluoro Carbono ao Shockleader

Nesta imagem pode ver-se a diferença entre os dois artigos analisádos-

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Page 55: Digital Carp Magazine #02

Leadcore vsFluoro Carbono

Neste comparativo vamos analisar dois tipos de fios que podemos usar nas nossas montagens: o Leadcore e o Fluoro Carbono.

Para este frente a frente, escolhemos um Lead-core 0.60 e um Fluoro Carbono 0.80.

Depois de realizadas ambas as montagens, foram colocadas na água para tentarmos perceber as vantagens e desvantagens de cada.

AfundamentoVantagem para o Leadcore, afunda completa-

mente enquanto o Fluoro Carbono necessita de ter algum peso posterior à montagem para manter a linha totalmente colada ao fundo, algo que o primeiro faz na perfeição.

Camuflagem Vantagem para o Fluoro Carbono. Mesmo com

um diâmetro bastante maior, consegue “desapa-recer” quase por completo.

ResistênciaVantagem para o Fluoro Carbono. As 80Lb

anunciadas pelo fabricante estão bem presentes numa linha muito forte e praticamente inquebrável. Sendo um 0.80, a resistência à abrasão em fundos com obstáculos leva certamente vantagem sobre o Leadcore.

CompraAqui teremos que considerar um empate, o

Fluoro Carbono está disponível em bobines de 30 metros, enquanto o Leadcore se pode comprar normalmente em bobines de 25 metros, havendo nos dois casos bobines mais pequenas. Quanto ao preço, os valores são também muito aproximados.

Resumindo, estamos perante dois tipos de fios bastantes distintos. O Leadcore é aquele que mais adeptos reúne, mas o Fluoro Carbono tem vindo a ser usado por alguns Carpistas com resultados bastante positivos.

Análise

Cabe a cada um de nós escolher o que mais lhe convém. Pessoalmente, utilizo ambos os fios nas minhas montagens, optando pelo Fluoro Carbono em locais mais difíceis, águas menos profundas e fundos macios. O Leadcore, prefiro usar em zonas mais profundas onde fica perfeitamente camuflado e em fundos duros ou irregulares, onde as características deste fio se adaptam melhor.

Montagem comFluoro Carbono 0.801. Cortar 80 cm de linha2. Fazer um nó simples de 2 laçadas para fixar o Quick Link e colocar a chumbada3. Anexar os acessórios à montagem4. Fixar o Crimp deixando uma distância máxima de 2cm5. Unir o Fluoro Carbono ao Shockleader

Nesta imagem pode ver-se a diferença entre os dois artigos analisádos-

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Page 56: Digital Carp Magazine #02

Falar da Seleção Nacional de Pesca à Carpa, que se sagrou Campeã do Mundo no passado mês de Setem-bro na Barragem de Montargil, é extremamente difícil, pois não tivemos lá uma Seleção Nacional, mas sim uma família. O espirito de união e de entreajuda que evidenciaram, foi muito para além daquilo que é normal assistir-se quer nesta, quer nas outras discipli-nas. Os que pescaram, cumpriram muito bem o seu papel, sob a batuta do selecionador, tudo fazendo e cumprindo com as indicações que lhes iam sendo transmitidas. Os suplentes, um dos quais acabou por entrar, em face da doença que acometeu de um dos titulares, foram incansáveis quer no plano desportivo, na procura e transmissão de informações para trans-mitir à equipa técnica e aos seus colegas, quer no plano organizativo do mundial, para o qual ainda conseguiram disponibilizar algum tempo e “cabeça”.

A equipa técnica composta pelo selecionador e pelo manager, para além de todo o enorme trabalho a nível desportivo, com os resultados bem conhecidos, foram uma peça fundamental na organização, pois foram eles a ponte entre o secretariado e os fiscais que estavam no terreno. Como se tudo isto não bastasse, toda a logística prévia à realização da prova, nomeada-mente a marcação dos pesqueiros foi efetuada por

esta família, que mostrou que quando há boa vontade e liderança com uma linha de rumo bem traçada, fruto dos vários anos que o selecionador nacional leva no cargo, as coisas acontecem e os resultados aparecem.

Esta famíliafoi um exemplo para todas as nossas seleções nacionais.

Saindo agora um pouco do tema, mas não podia deixar passar em claro a oportunidade de deixar também aqui o nosso público agradecimento aqueles que durante os quatro dias da competição foram os fiscais da prova. Também eles foram enormes e presta-ram um grande serviço à disciplina, à Federação e ao País. Os dias e noites quase sem dormir, o frio, a chuva, os muitos quilómetros calcorreados, fizeram destes bravos, verdadeiros artífices do sucesso organizativo que conseguimos alcançar. A todos, seleção e fiscais, o nosso grande bem hajam por tudo o que fizeram e pela excelente imagem de Portugal que deixaram a quem nos visitou.

Jorge AlmeirimPresidente FPPD

Mensagem à Seleção Nacional – 2013

O Presidente da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva, o Sr. Jorge Almeirim, dá-nos o prazer de enviar nesta edição uma mensagem à seleção de Pesca à Carpa, que este ano voltou a colocar Portugal no lugar cimeiro do pódio na ultima edição do Mundial de pesca à Carpa!

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XXXODYSSEY

The hardest carp in the hardest waters fall to ODYSSEY XXX. Why? Because it is literally packed with 100% natural attractors which can’t be overdosed... so we put more in... loads more, to make ODYSSEY XXX irresistible to carp. So if you’re looking to achieve the impossible on the hardest of the hard waters, or just to catch more, make it ODYSSEY XXX and never look back.

As Carpas mais difíceis, nas mais difíceis águas, caem sob os ODYSSEY XXX! Porquê?Porque estes boilies são literalmente embalados com atrativos 100% naturais, que nunca irão saturaras carpas. Quanto mais se usa, mais irresistível se torna! Se procuras bater um recorde, ou apenasapanhar peixe na mais dura das águas, usa ODYSSEY XXX, nunca te irás arrepender!

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Page 58: Digital Carp Magazine #02

Sem querermos estar a repetir as palavras de todos quantos já deram os parabéns à Seleção Nacional de Pesca à Carpa, não podemos de deixar de parabenizar uma equipa que fez tudo o que estava ao seu alcance para obter o prémio máximo, acabando por ver recompensado todo o esforço, trazendo para Portugal mais um título de campeões do mundo.

Este mundial aconteceu na Barragem de Montargil, de 25 a 28 de Setembro, onde já haviam sido realizadas duas provas do campeonato nacional e um match internacional, de modo a que as seleções se pudessem preparar para o mundial.

Estiveram presentes vinte seleções, divididas por três sectores. Juntando suplentes, treina-dores, familiares, os presentes chegaram quase às duas centenas, o que envolveu uma enorme logística. Neste campo estamos também de parabéns.

A meteorologia não foi a mais favorável, registando-se muita chuva e vento, ainda assim o mundial decorreu com boa disposição por parte dos participantes.

18ª Gala do DesportoA Seleção Nacional de Pesca à Carpa

esteve presente na 18ª Gala do Desporto, organizada pela Confederação do Desporto de Portugal, um evento que premeia aqueles que ao longo do ano se distinguiram nas várias modalidades, nomeadamente os

campeões do mundo ou da europa das várias modalidades federadas nas entidades ofici-ais. A nossa seleção foi publicamente reco nhecida e homenageada pelo excelente resultado alcançado no mundial de pesca à Carpa em Montargil.

África do Sul

Áustria

Bélgica

BosniaHerzegovina

Cazaquistão

Croácia

Eslovénia

Espanha

França

Holanda

Hungria

Itália

Inglaterra

Lituânia

Macedónia

Roménia

Rússia

Sérvia

Ucrãnia

Portugal

Países Inscritosno Mundial

Pais Soma Capturas Classificação Final

AFRICA DO SULAUSTRIABÉLGICABÓSNIACASAQUISTÃOCROÁCIAESLOVÉNIAESPANHAFRANÇAHOLANDAHUNGRIAINGLATERRAITALIALITUÂNIAMACEDÓNIAPORTUGALROMÉNIARÚSSIASÉRVIAUCRÂNIA

1º Lugar Portugal – 11 Pontos2º Lugar Croácia – 18 Pontos3º Lugar Casaquistão – 18 PontosCapturas por sector

Sector A – 331.367 KgsSector B – 176.644 KgsSector C – 19.401 Kgs281 Capturas válidas com uma média de 1.877kg

6,9316,852

20,40911,04139,79

65,64117,4228,242

20,75313,93524,13418,18624,68918,19524,89268,08959,4055,68853,66

19,458

SOMA TOTAL 527,412

Portugal tem ainda o melhor registo em termos de capturas válidas. Todas as estatísticas da prova indicam que realmente a nossa seleção foi a melhor em termos individuais e coletivos. Somos campeões do mundo por mérito próprio, fruto do empenho e do conhecimento sobre o local. Sendo um local bastante técnico, soubemos aproveitar as vantagens que tínhamos e dessa forma o resultado foi a vitória. Mais uma vez toda a equipa DCM dá os parabéns á nossa seleção nacional de pesca á carpa e aos campeões do mundo individuais Hugo Marmelo e Carlos Cardoso

EstatísticasNo quadro que se segue podemos ver o acumulado de cada país, e no final a soma total de todas as capturas válidas.

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Page 59: Digital Carp Magazine #02

Sem querermos estar a repetir as palavras de todos quantos já deram os parabéns à Seleção Nacional de Pesca à Carpa, não podemos de deixar de parabenizar uma equipa que fez tudo o que estava ao seu alcance para obter o prémio máximo, acabando por ver recompensado todo o esforço, trazendo para Portugal mais um título de campeões do mundo.

Este mundial aconteceu na Barragem de Montargil, de 25 a 28 de Setembro, onde já haviam sido realizadas duas provas do campeonato nacional e um match internacional, de modo a que as seleções se pudessem preparar para o mundial.

Estiveram presentes vinte seleções, divididas por três sectores. Juntando suplentes, treina-dores, familiares, os presentes chegaram quase às duas centenas, o que envolveu uma enorme logística. Neste campo estamos também de parabéns.

A meteorologia não foi a mais favorável, registando-se muita chuva e vento, ainda assim o mundial decorreu com boa disposição por parte dos participantes.

18ª Gala do DesportoA Seleção Nacional de Pesca à Carpa

esteve presente na 18ª Gala do Desporto, organizada pela Confederação do Desporto de Portugal, um evento que premeia aqueles que ao longo do ano se distinguiram nas várias modalidades, nomeadamente os

campeões do mundo ou da europa das várias modalidades federadas nas entidades ofici-ais. A nossa seleção foi publicamente reco nhecida e homenageada pelo excelente resultado alcançado no mundial de pesca à Carpa em Montargil.

África do Sul

Áustria

Bélgica

BosniaHerzegovina

Cazaquistão

Croácia

Eslovénia

Espanha

França

Holanda

Hungria

Itália

Inglaterra

Lituânia

Macedónia

Roménia

Rússia

Sérvia

Ucrãnia

Portugal

Países Inscritosno Mundial

Pais Soma Capturas Classificação Final

AFRICA DO SULAUSTRIABÉLGICABÓSNIACASAQUISTÃOCROÁCIAESLOVÉNIAESPANHAFRANÇAHOLANDAHUNGRIAINGLATERRAITALIALITUÂNIAMACEDÓNIAPORTUGALROMÉNIARÚSSIASÉRVIAUCRÂNIA

1º Lugar Portugal – 11 Pontos2º Lugar Croácia – 18 Pontos3º Lugar Casaquistão – 18 PontosCapturas por sector

Sector A – 331.367 KgsSector B – 176.644 KgsSector C – 19.401 Kgs281 Capturas válidas com uma média de 1.877kg

6,9316,852

20,40911,04139,79

65,64117,4228,242

20,75313,93524,13418,18624,68918,19524,89268,08959,4055,68853,66

19,458

SOMA TOTAL 527,412

Portugal tem ainda o melhor registo em termos de capturas válidas. Todas as estatísticas da prova indicam que realmente a nossa seleção foi a melhor em termos individuais e coletivos. Somos campeões do mundo por mérito próprio, fruto do empenho e do conhecimento sobre o local. Sendo um local bastante técnico, soubemos aproveitar as vantagens que tínhamos e dessa forma o resultado foi a vitória. Mais uma vez toda a equipa DCM dá os parabéns á nossa seleção nacional de pesca á carpa e aos campeões do mundo individuais Hugo Marmelo e Carlos Cardoso

EstatísticasNo quadro que se segue podemos ver o acumulado de cada país, e no final a soma total de todas as capturas válidas.

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Gonçalo TeodósioManager da Seleção Nacional de Pesca à Carpa

Neste décimo quarto campeonato do mundo de pesca à carpa, com a presença de 20 nações, começamos por salien-tar a presença da seleção romena que tinha alcançado o titulo mundial em sua casa no ano passado, bem como toda a comi-tiva sul-africana, da qual todos os carpistas conhecem o poderio.

É bom fazer referência que este mundial começou a ser desenhado logo após o final da última prova do nacional de 2012, junto com o nosso presidente, delineando onde seria e como o nacional de 2013 nos poderia ser útil, fazendo todo o sentido as provas do nacional serem no local onde se iria disputar o mundial. Era preciso tomar decisões e depois de muito pensarmos, fizemos referência ao presidente de que iriamos colocar de lado a nossa vertente prática ao deixar de fazer o nacional, para que fosse possível um trabalho técnico mais aprofundado sobre os nossos atletas. Desta forma acompanhamos todas as provas do nacional percebendo assim como a pesca evoluía, bem como os pescadores se adaptavam às grandes alterações que o lago estava sofrer, em termos da pesca na sua vertente técnica.

Contudo este trabalho permitiu-nos obter o que nos faltava saber a respeito da pesca em si, como por exemplo horas de engodar, bem como horas de iscos a utilizar e até um conhecimento profundo dos atletas que estavam selecciona-dos, para mais tarde nos ajudar na decisão de quem iria pescar e de quem iria ficar como suplente, e aqui gostaríamos de fazer um reparo, actualmente na nossa selecção e desde que estamos à frente das carpas de competição, aos nossos suplentes, apesar da designação, têm vindo a ser-lhes atribuí-das algumas tarefas, que à primeira vista podem parecer que nada acrescentam à seleção, mas que na realidade ajuda à sua preparação. Nos anos anteriores, os atletas caíam na selecção sem um trabalho preparativo e quase em branco, hoje isso não acontece porque a forma como utilizamos os suplentes, faz com que num futuro próximo estejam aptos para nos darem garantias de serem titulares.

Após todas estas circunstâncias, faltava ainda pôr o mundial de pé e a funcionar, de salientar que no que diz respeito a meios humanos e financeiros, a coisa não estava fácil, mas com algum esforço o objetivo foi conseguido. De referir que a nossa federação fez um esforço tremendo para que o nosso estágio fosse de maior duração, e aqui consegui-mos juntar o útil ao agradável, a federação deu-nos essa oportunidade e nós (selecção) através do enriquecimento do espírito de grupo aliado ao trabalho técnico, acabamos por fazer todas as marcações dos 60 pesqueiros, bem como as sondagens de todos eles, o que nos permitiu ganhar algum tempo no início da prova e onde reside da nossa parte grande segredo de termos sido campões do mundo.

No início da prova tínhamos 19 nações de olhos postos no nosso trabalho de entrada, de forma simples sondamos, para retirar alguma dúvida que ainda restasse. Com o tempo ganho no início, conseguimos ganhar a dianteira na prova, começamos por engodar o pesqueiro secundário, que fez com que grande parte dos países fossem fazer grandes maciços de engodagem em zonas não próprias e desta forma pudemos despistar os nossos maiores adversários, para que

durante a tarde do primeiro dia conseguissemos construir o pesqueiro principal à distância que ninguém estaria à espera.

De forma natural as coisa foram surgindo, o trabalho de casa estava feito, seria só esperar que as carpas colaboras-sem, sabendo o que comem, a que horas comem e quando mudam de alimentação, não seria complicado! Mas como tudo na vida tem contrariedades, esta não foi exceção, no sector C, com a dupla Rui e Nuno Alves, as carpas com medida não colaboraram e noutro sector, o B, com a extraordinária equipa Casimiro Milheiros e Fernando Brazão, extremamente bem colocados numa frente em que o campeão do mundo normalmente sai ali perto, as carpas levaram muito tempo a aproximar-se e nunca se fixaram no pesqueiro. No sector A, a dupla Hugo Marmelo e Carlos Cardoso, foi desde o início construindo aquilo que se viria a confirmar no final, o camin-ho para a vitória. De referir que uma equipa da Roménia no sector A esteve a bater-se taco a taco com a nossa dupla em disputa do título individual.

Como foi abordado acima, a nossa equipa suplente, “Pratas e Carlitos” esteve presente com os atletas do sector B e C e foram os nossos olhos quando não podíamos estar presentes, observando os nossos atletas e os nosso adversários. Podemos mesmo dizer que, em alguns casos durante a prova, que tinhamos o mundial monitorizado através deste método.

Não poderia deixar passar esta oportunidade sem dizer que apesar do nosso título deste ano, gostaríamos de fazer referência a dois pontos que na nossa opinião têm vindo a fazer falta, gostaríamos de chamar a atenção para que não temos nenhum tipo de apoio sem ser o da federação e aqui aproveito para dizer que estamos abertos a propostas de patrocínios para a nossa seleção.

O outro ponto que para nós é ainda mais importante, é termos mais pessoas a praticar Carp Fishing de competição. Por razões que no passado se verificaram e que denegriram o pessoal das carpas, queria dizer -vos que esse passado é isso mesmo, PASSADO.

Venham ver a competição e confirmem que muita coisa mudou! Tragam mais Carpistas de competição, isso vai trazer mais apoios e visibilidade à comunidade carpista portuguesa!

Relato dos campeões

Alguns dias antes de o campeonato começar, a seleção juntou-se para planear a pesca e trocar ideias de provas já feitas nesta barragem.

O sorteio de sectores foi realizado no dia 24, e aqui começaram a definir-se estratégias. No dia 25 o capitão José Evangelista foi ao sorteio de pesqueiros, o qual iria ditar o local de cada equipa.

Os pesqueiros ficaram designados da seguinte forma; A06 - Carlos Cardoso / Hugo MarmeloB19 - Casimiro Milheiras / Fernando Lopes C12 - Rui Alves / Nuno Alves.

Referente ao nosso pesqueiro, como vem sendo habitual, sondámos exaustivamente até aos 140m de distância. Aos 100, encontramos uma árvore, acabando por ser este o local onde decidimos pescar, fazendo deste o pesqueiro principal. Mais perto da margem, à distância de 60m, preparamos o pesqueiro secundário.

A nossa engodagem foi feita à base de boilies de Scopex, Banana e Milho, o que resultou pois as capturas sucederam-se. Fomos tentando aproveit-ar o mais possível.

Durante o decorrer da prova fomos discutindo o primeiro lugar de sector com a seleção da Roménia, apenas conseguindo a vitória nas últimas horas. Só quando se iniciou a ultima pesagem, nós tivemos conhecimento que poderíamos ser campeões individuais e que seríamos também por seleção.

Quando tivemos a confirmaçao destes dados, cumprimos a tradição, dando um banho ao nosso capitão na água da barragem!

Carlos CardosoHugo Marmelo

Hugo Marmelo e Carlos Cardoso

Carlos Cardoso

Hugo Marmelo

Hugo Marmelo, Nuno Florial e Carlos Cardoso

Goncalo Teodosio e Jose Evangelista

Esta reportagem é abordada numa perspectiva, do nosso Seleccionador e Capi-tão José Evangelista e do nosso Manager e segundo capitão Gonçalo Teodósio, da nossa selecção, que se uniram e em conjunto com a federação portuguesa de pesca desportiva têm vindo a desenvolver um trabalho único até aos dias de hoje, em prol da pesca à carpa de competição.

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Gonçalo TeodósioManager da Seleção Nacional de Pesca à Carpa

Neste décimo quarto campeonato do mundo de pesca à carpa, com a presença de 20 nações, começamos por salien-tar a presença da seleção romena que tinha alcançado o titulo mundial em sua casa no ano passado, bem como toda a comi-tiva sul-africana, da qual todos os carpistas conhecem o poderio.

É bom fazer referência que este mundial começou a ser desenhado logo após o final da última prova do nacional de 2012, junto com o nosso presidente, delineando onde seria e como o nacional de 2013 nos poderia ser útil, fazendo todo o sentido as provas do nacional serem no local onde se iria disputar o mundial. Era preciso tomar decisões e depois de muito pensarmos, fizemos referência ao presidente de que iriamos colocar de lado a nossa vertente prática ao deixar de fazer o nacional, para que fosse possível um trabalho técnico mais aprofundado sobre os nossos atletas. Desta forma acompanhamos todas as provas do nacional percebendo assim como a pesca evoluía, bem como os pescadores se adaptavam às grandes alterações que o lago estava sofrer, em termos da pesca na sua vertente técnica.

Contudo este trabalho permitiu-nos obter o que nos faltava saber a respeito da pesca em si, como por exemplo horas de engodar, bem como horas de iscos a utilizar e até um conhecimento profundo dos atletas que estavam selecciona-dos, para mais tarde nos ajudar na decisão de quem iria pescar e de quem iria ficar como suplente, e aqui gostaríamos de fazer um reparo, actualmente na nossa selecção e desde que estamos à frente das carpas de competição, aos nossos suplentes, apesar da designação, têm vindo a ser-lhes atribuí-das algumas tarefas, que à primeira vista podem parecer que nada acrescentam à seleção, mas que na realidade ajuda à sua preparação. Nos anos anteriores, os atletas caíam na selecção sem um trabalho preparativo e quase em branco, hoje isso não acontece porque a forma como utilizamos os suplentes, faz com que num futuro próximo estejam aptos para nos darem garantias de serem titulares.

Após todas estas circunstâncias, faltava ainda pôr o mundial de pé e a funcionar, de salientar que no que diz respeito a meios humanos e financeiros, a coisa não estava fácil, mas com algum esforço o objetivo foi conseguido. De referir que a nossa federação fez um esforço tremendo para que o nosso estágio fosse de maior duração, e aqui consegui-mos juntar o útil ao agradável, a federação deu-nos essa oportunidade e nós (selecção) através do enriquecimento do espírito de grupo aliado ao trabalho técnico, acabamos por fazer todas as marcações dos 60 pesqueiros, bem como as sondagens de todos eles, o que nos permitiu ganhar algum tempo no início da prova e onde reside da nossa parte grande segredo de termos sido campões do mundo.

No início da prova tínhamos 19 nações de olhos postos no nosso trabalho de entrada, de forma simples sondamos, para retirar alguma dúvida que ainda restasse. Com o tempo ganho no início, conseguimos ganhar a dianteira na prova, começamos por engodar o pesqueiro secundário, que fez com que grande parte dos países fossem fazer grandes maciços de engodagem em zonas não próprias e desta forma pudemos despistar os nossos maiores adversários, para que

durante a tarde do primeiro dia conseguissemos construir o pesqueiro principal à distância que ninguém estaria à espera.

De forma natural as coisa foram surgindo, o trabalho de casa estava feito, seria só esperar que as carpas colaboras-sem, sabendo o que comem, a que horas comem e quando mudam de alimentação, não seria complicado! Mas como tudo na vida tem contrariedades, esta não foi exceção, no sector C, com a dupla Rui e Nuno Alves, as carpas com medida não colaboraram e noutro sector, o B, com a extraordinária equipa Casimiro Milheiros e Fernando Brazão, extremamente bem colocados numa frente em que o campeão do mundo normalmente sai ali perto, as carpas levaram muito tempo a aproximar-se e nunca se fixaram no pesqueiro. No sector A, a dupla Hugo Marmelo e Carlos Cardoso, foi desde o início construindo aquilo que se viria a confirmar no final, o camin-ho para a vitória. De referir que uma equipa da Roménia no sector A esteve a bater-se taco a taco com a nossa dupla em disputa do título individual.

Como foi abordado acima, a nossa equipa suplente, “Pratas e Carlitos” esteve presente com os atletas do sector B e C e foram os nossos olhos quando não podíamos estar presentes, observando os nossos atletas e os nosso adversários. Podemos mesmo dizer que, em alguns casos durante a prova, que tinhamos o mundial monitorizado através deste método.

Não poderia deixar passar esta oportunidade sem dizer que apesar do nosso título deste ano, gostaríamos de fazer referência a dois pontos que na nossa opinião têm vindo a fazer falta, gostaríamos de chamar a atenção para que não temos nenhum tipo de apoio sem ser o da federação e aqui aproveito para dizer que estamos abertos a propostas de patrocínios para a nossa seleção.

O outro ponto que para nós é ainda mais importante, é termos mais pessoas a praticar Carp Fishing de competição. Por razões que no passado se verificaram e que denegriram o pessoal das carpas, queria dizer -vos que esse passado é isso mesmo, PASSADO.

Venham ver a competição e confirmem que muita coisa mudou! Tragam mais Carpistas de competição, isso vai trazer mais apoios e visibilidade à comunidade carpista portuguesa!

Relato dos campeões

Alguns dias antes de o campeonato começar, a seleção juntou-se para planear a pesca e trocar ideias de provas já feitas nesta barragem.

O sorteio de sectores foi realizado no dia 24, e aqui começaram a definir-se estratégias. No dia 25 o capitão José Evangelista foi ao sorteio de pesqueiros, o qual iria ditar o local de cada equipa.

Os pesqueiros ficaram designados da seguinte forma; A06 - Carlos Cardoso / Hugo MarmeloB19 - Casimiro Milheiras / Fernando Lopes C12 - Rui Alves / Nuno Alves.

Referente ao nosso pesqueiro, como vem sendo habitual, sondámos exaustivamente até aos 140m de distância. Aos 100, encontramos uma árvore, acabando por ser este o local onde decidimos pescar, fazendo deste o pesqueiro principal. Mais perto da margem, à distância de 60m, preparamos o pesqueiro secundário.

A nossa engodagem foi feita à base de boilies de Scopex, Banana e Milho, o que resultou pois as capturas sucederam-se. Fomos tentando aproveit-ar o mais possível.

Durante o decorrer da prova fomos discutindo o primeiro lugar de sector com a seleção da Roménia, apenas conseguindo a vitória nas últimas horas. Só quando se iniciou a ultima pesagem, nós tivemos conhecimento que poderíamos ser campeões individuais e que seríamos também por seleção.

Quando tivemos a confirmaçao destes dados, cumprimos a tradição, dando um banho ao nosso capitão na água da barragem!

Carlos CardosoHugo Marmelo

Hugo Marmelo e Carlos Cardoso

Carlos Cardoso

Hugo Marmelo

Hugo Marmelo, Nuno Florial e Carlos Cardoso

Goncalo Teodosio e Jose Evangelista

Esta reportagem é abordada numa perspectiva, do nosso Seleccionador e Capi-tão José Evangelista e do nosso Manager e segundo capitão Gonçalo Teodósio, da nossa selecção, que se uniram e em conjunto com a federação portuguesa de pesca desportiva têm vindo a desenvolver um trabalho único até aos dias de hoje, em prol da pesca à carpa de competição.

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Page 62: Digital Carp Magazine #02

Ao longo dos últimos anos, o Campeonato Nacional de pesca à carpa tem vindo a perder participantes, o que muito nos tem preocupado. Dois dos problemas que julgámos ter identificado em 2012 seriam os custos elevados e a necessi-dade de utilização de dias de férias, uma vez que as provas começavam à quinta-feira. Com estes dados em mãos, para o ano de 2013, optou-se por diminuir a duração de duas das provas, de 72 para 48 horas, ficando apenas uma com a duração de 72 horas. Infelizmente esta medida não resultou como se pretendia na captação de novos praticantes e foi mesmo alvo de crítica por parte de alguns dos habituais participantes, o que não quer dizer que a opinião dos eventuais interessados em participar seja semelhante, que alegam que querem é pescar e quanto mais horas melhor.

Outro dos problemas que julgamos ter identifi-cado, é o de que tradicionalmente todas as provas deste campeonato tem vindo a ser disputadas na zona sul, o que torna este campeonato mais caro, logo menos atrativo, para os muitos adeptos da disciplina na zona norte. Perante todas estas variáveis, para a próxima época desportiva de 2014, optou-se pela criação de duas zonas, norte e sul, com duas provas cada com a duração de apenas 48 horas cada. Desta forma, pretendemos levar a pesca ao pescador (aproximá-la da sua residência), uma vez que já se provou que não temos conseguido trazer o pescador aos habituais locais de pesca.

Destas duas eliminatórias, serão apurados pelo método equitativo em função do número de partici-pantes em cada zona, aqueles que irão disputar a final, em duas provas de 72 horas cada, uma disputada a norte e outra a sul. Parece-nos ser uma reformulação bastante positiva para todos, exceto eventualmente para a tesouraria da Federação, já

que irá acarretar maiores custos, os quais contamos serem cobertos pelo maior número de partici-pantes. Contamos assim tentar agradar a “gregos e a troianos” pois parece-nos que esta solução equili-bra os menores custos de participação (quer com deslocações quer com iscos e engodos) e um menor dispêndio de tempo para quem se queira iniciar e participar eventualmente só na primeira fase, ou que não se apure para a final, com a vontade de pescar sempre mais, daqueles mais experientes e eventualmente com maior disponibilidade de tempo e/ou dinheiro.

O facto de as provas da final terem 72 horas, é desportivamente relevante, pois será daqui que sairá a seleção nacional da disciplina, que irá disputar o Campeonato do Mundo, o qual tem essa duração. Para além dos dois locais a norte que obviamente são novidades no nosso circuito de provas, introduzimos na zona sul um novo local, a Barragem do Cego, que noutras provas já lá realiza-das demonstrou um enorme potencial, com um muito elevado número de capturas.

Não sabemos se estas medidas irão resultar, mas a nossa pró-atividade revela que estamos aten-tos e que buscamos soluções. Esperamos pois ter um maior numero de participantes e deixamos aqui o nosso convite a todos os carpistas para se junta-rem a nós e a ombrearem lado a lado com os campeões do mundo em titulo, que com toda a certeza, não se coibirão de ajudar os “novatos”, pois a sua mentalidade é de união e sabem bem que para a disciplina ter futuro, é necessário dar-lhe a verdadeira pujança que merece e para a qual tem bastante e suficiente potencial.

Jorge AlmeirimPresidente FPPD

Campeonato Nacionalde Pesca à Carpa – 2014 Em 2014 o Campeonato Nacional de Pesca à Carpa

sofre alterações, pelo que as provas irão ser realiza-das nas seguintes datas e locais;

23 a 25 de MaioZona Norte - Barragem de MiraZona Sul – Barragem do Cego (Fronteira)

20 a 22 de JunhoZona Norte – Barragem da AguieiraZona Sul – Barragem de Montargil

Destas provas, com duração de 48h cada, serão apuradas as equipas que irão disputar a final, a realizar em 2 mãos de 72 horas cada.

11 a 14 de Setembro1ª Mão – Barragem do Cego (Fronteira)

6 a 9 de Novembro2ª Mão – Barragem de Mira

Calendário Nacional de Pesca à Carpa 2014

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Ao longo dos últimos anos, o Campeonato Nacional de pesca à carpa tem vindo a perder participantes, o que muito nos tem preocupado. Dois dos problemas que julgámos ter identificado em 2012 seriam os custos elevados e a necessi-dade de utilização de dias de férias, uma vez que as provas começavam à quinta-feira. Com estes dados em mãos, para o ano de 2013, optou-se por diminuir a duração de duas das provas, de 72 para 48 horas, ficando apenas uma com a duração de 72 horas. Infelizmente esta medida não resultou como se pretendia na captação de novos praticantes e foi mesmo alvo de crítica por parte de alguns dos habituais participantes, o que não quer dizer que a opinião dos eventuais interessados em participar seja semelhante, que alegam que querem é pescar e quanto mais horas melhor.

Outro dos problemas que julgamos ter identifi-cado, é o de que tradicionalmente todas as provas deste campeonato tem vindo a ser disputadas na zona sul, o que torna este campeonato mais caro, logo menos atrativo, para os muitos adeptos da disciplina na zona norte. Perante todas estas variáveis, para a próxima época desportiva de 2014, optou-se pela criação de duas zonas, norte e sul, com duas provas cada com a duração de apenas 48 horas cada. Desta forma, pretendemos levar a pesca ao pescador (aproximá-la da sua residência), uma vez que já se provou que não temos conseguido trazer o pescador aos habituais locais de pesca.

Destas duas eliminatórias, serão apurados pelo método equitativo em função do número de partici-pantes em cada zona, aqueles que irão disputar a final, em duas provas de 72 horas cada, uma disputada a norte e outra a sul. Parece-nos ser uma reformulação bastante positiva para todos, exceto eventualmente para a tesouraria da Federação, já

que irá acarretar maiores custos, os quais contamos serem cobertos pelo maior número de partici-pantes. Contamos assim tentar agradar a “gregos e a troianos” pois parece-nos que esta solução equili-bra os menores custos de participação (quer com deslocações quer com iscos e engodos) e um menor dispêndio de tempo para quem se queira iniciar e participar eventualmente só na primeira fase, ou que não se apure para a final, com a vontade de pescar sempre mais, daqueles mais experientes e eventualmente com maior disponibilidade de tempo e/ou dinheiro.

O facto de as provas da final terem 72 horas, é desportivamente relevante, pois será daqui que sairá a seleção nacional da disciplina, que irá disputar o Campeonato do Mundo, o qual tem essa duração. Para além dos dois locais a norte que obviamente são novidades no nosso circuito de provas, introduzimos na zona sul um novo local, a Barragem do Cego, que noutras provas já lá realiza-das demonstrou um enorme potencial, com um muito elevado número de capturas.

Não sabemos se estas medidas irão resultar, mas a nossa pró-atividade revela que estamos aten-tos e que buscamos soluções. Esperamos pois ter um maior numero de participantes e deixamos aqui o nosso convite a todos os carpistas para se junta-rem a nós e a ombrearem lado a lado com os campeões do mundo em titulo, que com toda a certeza, não se coibirão de ajudar os “novatos”, pois a sua mentalidade é de união e sabem bem que para a disciplina ter futuro, é necessário dar-lhe a verdadeira pujança que merece e para a qual tem bastante e suficiente potencial.

Jorge AlmeirimPresidente FPPD

Campeonato Nacionalde Pesca à Carpa – 2014 Em 2014 o Campeonato Nacional de Pesca à Carpa

sofre alterações, pelo que as provas irão ser realiza-das nas seguintes datas e locais;

23 a 25 de MaioZona Norte - Barragem de MiraZona Sul – Barragem do Cego (Fronteira)

20 a 22 de JunhoZona Norte – Barragem da AguieiraZona Sul – Barragem de Montargil

Destas provas, com duração de 48h cada, serão apuradas as equipas que irão disputar a final, a realizar em 2 mãos de 72 horas cada.

11 a 14 de Setembro1ª Mão – Barragem do Cego (Fronteira)

6 a 9 de Novembro2ª Mão – Barragem de Mira

Calendário Nacional de Pesca à Carpa 2014

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Page 64: Digital Carp Magazine #02

CCMoore – A CC Moore lançou um novo liquido, de nome CC Moore Liquid Robin Red, que

pode ser usado como aditivo a qualquer isco, Pellets, boilies, spod mix ou qualquer outro.

Como sempre esta marca nos habituou, temos certeza que trará muitas alegrias aos Carpistas.

http://www.ccmoore.com/liquid-robin-red-p-2014.html

CC Moore Liquid Robin Red

Nós preferimos de longe os baldes de formato quadrado ou retangular, tudo

por causa da arrumação, que se torna mais pratica. A Gardner lançou recen-

temente este produto em três tamanhos, 5, 10 e 17 litros. São acabados em

camuflado, aro da pega em metal com peça plástica no lugar da mãozeira e

uma pequena patilha plástica para ajudar à abertura da tampa.

Gardner Square Camo Buckets

Apesar dos Banksticks serem muito mais práticos de transportar e montar, há

situações em que não podemos abrir mão de um Rod Pod. A pensar em

quem não quer gastar umas centenas de euros numa peça que provavel-

mente só vai usar não tendo alternativa, a TF Gear lançou um Rod Pod a um

preço muito baixo. Suporta até três canas, é ajustável em altura e compri-

mento, e vem acabado em verde-escuro mate. Inclui também bolsa de trans-

porte.

TF Gear Micro Pod

A Fox lançou uma nova cadeira, que na realidade mais parece um sofá!

Quatro pernas ajustáveis com pés de base larga para permitir segurança em

terreno mole, descanso de braços para conforto extra, reclinável ao ponto de

permitir uma boa soneca em posição horizontal, assento e costas fabricados

em material ultra confortável e para remate em perfeição do conjunto, uma

grossa almofada, que vai permitir a recuperação da energia gasta nos

momentos de mais movimentação.

Fox FX Super Deluxe Recliner Chair

A Chub lançou um novo fato para qualquer condição meteorológica que o

pescador possa encontrar.

Apresenta um material durável, com excelente impermeabilidade à água,

mas ao mesmo tempo respirável, prometendo conforto em qualquer situa-

ção. Não foram esquecidos os pormenores mais importantes, como o ajuste

da gola, os do fundo das calças, para impedir que o frio entre. Frio que este

fato promete manter afastado. Vem ainda com um casaco polar interior, que

pode ser usado apenas para reter o frio, em caso de não haver chuva. Mais

detalhes em:

http://www.chubfishing.com/en-

gb/products/clothing/clothing/vantage-all-weather-suit/

Chub Vantage All-Weather Suit

Não é bem uma novidade, mas depois de inúmeros contactos a pedir infor-

mações sobre alarmes, chegamos à conclusão que muitos pescadores ficam

com dúvidas na hora da decisão. Quando nos perguntam qual a melhor

opção, a resposta só pode ser Delkim. No link apresentado abaixo podem ver

uma brochura eletrónica sobre os seus produtos. Alguma dúvida, não hesi-

tem em contactar-nos.

http://www.delkim.co.uk/virtual-brochure.php

Delkim

A meio do ano a Enterprise lançou uma serie de iscos de plástico, dedicados

ao Zig Fishing. Não é uma técnica muito usada entre nós, mas tem dado

muitos resultados a quem os usa. Podem ver a melhor forma de aplicação,

além de um vídeo com o mestre Frank Warwick em:

http://enterprisetackle.co.uk/et72-zig-beetles

Enterprise ET72 Zig Beetles

Breves - Produtos

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Page 65: Digital Carp Magazine #02

CCMoore – A CC Moore lançou um novo liquido, de nome CC Moore Liquid Robin Red, que

pode ser usado como aditivo a qualquer isco, Pellets, boilies, spod mix ou qualquer outro.

Como sempre esta marca nos habituou, temos certeza que trará muitas alegrias aos Carpistas.

http://www.ccmoore.com/liquid-robin-red-p-2014.html

CC Moore Liquid Robin Red

Nós preferimos de longe os baldes de formato quadrado ou retangular, tudo

por causa da arrumação, que se torna mais pratica. A Gardner lançou recen-

temente este produto em três tamanhos, 5, 10 e 17 litros. São acabados em

camuflado, aro da pega em metal com peça plástica no lugar da mãozeira e

uma pequena patilha plástica para ajudar à abertura da tampa.

Gardner Square Camo Buckets

Apesar dos Banksticks serem muito mais práticos de transportar e montar, há

situações em que não podemos abrir mão de um Rod Pod. A pensar em

quem não quer gastar umas centenas de euros numa peça que provavel-

mente só vai usar não tendo alternativa, a TF Gear lançou um Rod Pod a um

preço muito baixo. Suporta até três canas, é ajustável em altura e compri-

mento, e vem acabado em verde-escuro mate. Inclui também bolsa de trans-

porte.

TF Gear Micro Pod

A Fox lançou uma nova cadeira, que na realidade mais parece um sofá!

Quatro pernas ajustáveis com pés de base larga para permitir segurança em

terreno mole, descanso de braços para conforto extra, reclinável ao ponto de

permitir uma boa soneca em posição horizontal, assento e costas fabricados

em material ultra confortável e para remate em perfeição do conjunto, uma

grossa almofada, que vai permitir a recuperação da energia gasta nos

momentos de mais movimentação.

Fox FX Super Deluxe Recliner Chair

A Chub lançou um novo fato para qualquer condição meteorológica que o

pescador possa encontrar.

Apresenta um material durável, com excelente impermeabilidade à água,

mas ao mesmo tempo respirável, prometendo conforto em qualquer situa-

ção. Não foram esquecidos os pormenores mais importantes, como o ajuste

da gola, os do fundo das calças, para impedir que o frio entre. Frio que este

fato promete manter afastado. Vem ainda com um casaco polar interior, que

pode ser usado apenas para reter o frio, em caso de não haver chuva. Mais

detalhes em:

http://www.chubfishing.com/en-

gb/products/clothing/clothing/vantage-all-weather-suit/

Chub Vantage All-Weather Suit

Não é bem uma novidade, mas depois de inúmeros contactos a pedir infor-

mações sobre alarmes, chegamos à conclusão que muitos pescadores ficam

com dúvidas na hora da decisão. Quando nos perguntam qual a melhor

opção, a resposta só pode ser Delkim. No link apresentado abaixo podem ver

uma brochura eletrónica sobre os seus produtos. Alguma dúvida, não hesi-

tem em contactar-nos.

http://www.delkim.co.uk/virtual-brochure.php

Delkim

A meio do ano a Enterprise lançou uma serie de iscos de plástico, dedicados

ao Zig Fishing. Não é uma técnica muito usada entre nós, mas tem dado

muitos resultados a quem os usa. Podem ver a melhor forma de aplicação,

além de um vídeo com o mestre Frank Warwick em:

http://enterprisetackle.co.uk/et72-zig-beetles

Enterprise ET72 Zig Beetles

Breves - Produtos

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Page 66: Digital Carp Magazine #02

Como podem observar na imagem do programa Boilie Creator, aparece a receita usada, bem como os valores nutricionais da mesma que são muito similares aos ideais. Para isso devemos sempre confiar em ingredientes de primeiríssima qualidade, e as marcas de topo do mercado oferecem-nos uma ampla gama de escolha para que o possamos conseguir. Nesta ocasião utilizei produtos da mais alta qualidade da marca CC Moore, uma marca muito experimentada e de reconhecido prestígio em iscos para a prática do Carp Fishing.

Partindo da teoria do HNV e com todos os produtos que temos no mercado à nossa disposi-ção, seremos capazes de elaborar uma receita de boilies caseiros comple-tamente equilibrados, muito digestivos e com um custo relativamente baixo para a quantidade de boilies que podemos produzir. São três os com-ponentes principais desta receita: a farinha de peixe pré-digerida,

farinha de krill e robin red. A farinha de peixe pré-digerida está considerada, como sendo a melhor fonte de proteínas em alimentação para peixes, devido ao seu alto teor de proteínas de alta qualida-de, aminoácidos essenciais e o seu alto nível de digestibilidade. A farinha de krill está nutricional-mente bem equilibrada com um alto teor de proteí-nas e um excelente perfil de aminoácidos. O Robin Red é um provado e potente atraente e estimulador que deixa loucas as nossas amigas.

O passo seguinte é preparar todos os ingre-dientes. Pesamos e preparamos o mix de farinhas e de seguida podemos preparar a parte líquida. A

parte líquida dos meus boilies é muito simples, já que todos os líquidos são introduzidos nas bolsas onde armazeno os boilies no final do processo. Agora é só preparar a massa até a deixar no ponto ótimo de consistência.

De seguida, preparar

Neste primeiro artigo vou apresentar-vos passo a passo como elaboro uma receita desde o início no meu computador com o programa Boilie Creator, criado por mim, até ao momento em que coloco o boilie no “cabelo”, esperando ansiosamente por uma picada das nossas amigas.

Como elemento principal e inovador, neste artigo vou apresentar-vos um cozedor de boilies a vapor à pressão. Encontrei por acaso um vaporiza-dor à pressão industrial em aço inoxidável e logo vi nele características para o poder usar nos meus boilies. Reformei-o colocando-lhe quatro patas, duas asas e adaptei-o, de forma a que pudesse levar cestos no seu interior. Tem uma capacidade de cozer aproximadamente 5kg de boilies de cada vez, sendo este processo extremamente rápido, o que é o ideal para fabricar grandes quantidades.

Como muita gente que me conhece sabe, estou sempre à procura de um processo que seja rápido (cada vez dispomos de menos tempo) e que ao mesmo tempo mantenha todas as propriedades dos nossos iscos. Não só no processo de cozedura mas também no de armazenamento, pelo que irei

também dar-vos a conhecer o meu método atual que consiste na conservação a vácuo.

Os processos de cozedura a vapor à pressão e embalagem em vácuo, têm duas vantagens funda-mentais: por um lado manter intactas as proprieda-des durante o processo de cozedura e por outro a rapidez de processos tanto de cozedura como de secagem e armazenamento. Paralelamente desco-bri que se o tempo de cozedura for superior ao

necessário, os iscos vão endurecendo cada vez mais, sem perder proprie-dades em demasia, o que pode constituir uma vantagem para nós na luta que por vezes man-temos com os nossos “inimigos” lagostins. A conservação a vácuo permite-nos ter os boilies sempre frescos durante vários meses sem proble-

mas. O que acabo de vos descrever é o processo atual de elaboração dos iscos “Pimonbaits”.

A primeira coias a fazer é elaborar a receita com o Boilie Creator, podem descarregá-lo gratuitamen-te em:

https://dl.dropboxusercontent.com/u/59792733/BOILIES%20CREATOR%20by%20PIMON.rar

Fazer boilies é fácil. Fazer bons boilies também é fácil, assim como fazer boilies baratos. O grande segredo é fazer bons boilies, com alta qualidade e o menor custo possível. Para que isto aconteça, é preciso ir aprendendo com o tempo e dedicação. Fizemos o convite a uma pessoa que tem muitos resultados para mostrar, habituada a fazer boas capturas com os próprios iscos, para nos contar um pouco desses truques e experiência, que logo foi aceite. Habituado a escrever vários artigos para revistas do género, entre elas a WebCarp, é claro e concreto, podendo assim os interessados facilmente seguir os seus passos e realizar um dos grandes desejos do Carpista, capturar um recorde com um isco artesanal, feito na sua própria cozinha (ou garagem)!

Vou apresentar-vos uma receita que me tem dado muito bons resultados, é económica e ao mesmo tempo tem tudo o que as carpas necessi-tam. Somente a uso quando desejo engodar em

grandes quantidades e por norma deixo-a ”neutra”, ou seja, não lhe coloco nenhum tipo de aroma.

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Page 67: Digital Carp Magazine #02

Como podem observar na imagem do programa Boilie Creator, aparece a receita usada, bem como os valores nutricionais da mesma que são muito similares aos ideais. Para isso devemos sempre confiar em ingredientes de primeiríssima qualidade, e as marcas de topo do mercado oferecem-nos uma ampla gama de escolha para que o possamos conseguir. Nesta ocasião utilizei produtos da mais alta qualidade da marca CC Moore, uma marca muito experimentada e de reconhecido prestígio em iscos para a prática do Carp Fishing.

Partindo da teoria do HNV e com todos os produtos que temos no mercado à nossa disposi-ção, seremos capazes de elaborar uma receita de boilies caseiros comple-tamente equilibrados, muito digestivos e com um custo relativamente baixo para a quantidade de boilies que podemos produzir. São três os com-ponentes principais desta receita: a farinha de peixe pré-digerida,

farinha de krill e robin red. A farinha de peixe pré-digerida está considerada, como sendo a melhor fonte de proteínas em alimentação para peixes, devido ao seu alto teor de proteínas de alta qualida-de, aminoácidos essenciais e o seu alto nível de digestibilidade. A farinha de krill está nutricional-mente bem equilibrada com um alto teor de proteí-nas e um excelente perfil de aminoácidos. O Robin Red é um provado e potente atraente e estimulador que deixa loucas as nossas amigas.

O passo seguinte é preparar todos os ingre-dientes. Pesamos e preparamos o mix de farinhas e de seguida podemos preparar a parte líquida. A

parte líquida dos meus boilies é muito simples, já que todos os líquidos são introduzidos nas bolsas onde armazeno os boilies no final do processo. Agora é só preparar a massa até a deixar no ponto ótimo de consistência.

De seguida, preparar

Neste primeiro artigo vou apresentar-vos passo a passo como elaboro uma receita desde o início no meu computador com o programa Boilie Creator, criado por mim, até ao momento em que coloco o boilie no “cabelo”, esperando ansiosamente por uma picada das nossas amigas.

Como elemento principal e inovador, neste artigo vou apresentar-vos um cozedor de boilies a vapor à pressão. Encontrei por acaso um vaporiza-dor à pressão industrial em aço inoxidável e logo vi nele características para o poder usar nos meus boilies. Reformei-o colocando-lhe quatro patas, duas asas e adaptei-o, de forma a que pudesse levar cestos no seu interior. Tem uma capacidade de cozer aproximadamente 5kg de boilies de cada vez, sendo este processo extremamente rápido, o que é o ideal para fabricar grandes quantidades.

Como muita gente que me conhece sabe, estou sempre à procura de um processo que seja rápido (cada vez dispomos de menos tempo) e que ao mesmo tempo mantenha todas as propriedades dos nossos iscos. Não só no processo de cozedura mas também no de armazenamento, pelo que irei

também dar-vos a conhecer o meu método atual que consiste na conservação a vácuo.

Os processos de cozedura a vapor à pressão e embalagem em vácuo, têm duas vantagens funda-mentais: por um lado manter intactas as proprieda-des durante o processo de cozedura e por outro a rapidez de processos tanto de cozedura como de secagem e armazenamento. Paralelamente desco-bri que se o tempo de cozedura for superior ao

necessário, os iscos vão endurecendo cada vez mais, sem perder proprie-dades em demasia, o que pode constituir uma vantagem para nós na luta que por vezes man-temos com os nossos “inimigos” lagostins. A conservação a vácuo permite-nos ter os boilies sempre frescos durante vários meses sem proble-

mas. O que acabo de vos descrever é o processo atual de elaboração dos iscos “Pimonbaits”.

A primeira coias a fazer é elaborar a receita com o Boilie Creator, podem descarregá-lo gratuitamen-te em:

https://dl.dropboxusercontent.com/u/59792733/BOILIES%20CREATOR%20by%20PIMON.rar

Fazer boilies é fácil. Fazer bons boilies também é fácil, assim como fazer boilies baratos. O grande segredo é fazer bons boilies, com alta qualidade e o menor custo possível. Para que isto aconteça, é preciso ir aprendendo com o tempo e dedicação. Fizemos o convite a uma pessoa que tem muitos resultados para mostrar, habituada a fazer boas capturas com os próprios iscos, para nos contar um pouco desses truques e experiência, que logo foi aceite. Habituado a escrever vários artigos para revistas do género, entre elas a WebCarp, é claro e concreto, podendo assim os interessados facilmente seguir os seus passos e realizar um dos grandes desejos do Carpista, capturar um recorde com um isco artesanal, feito na sua própria cozinha (ou garagem)!

Vou apresentar-vos uma receita que me tem dado muito bons resultados, é económica e ao mesmo tempo tem tudo o que as carpas necessi-tam. Somente a uso quando desejo engodar em

grandes quantidades e por norma deixo-a ”neutra”, ou seja, não lhe coloco nenhum tipo de aroma.

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Page 68: Digital Carp Magazine #02

as salsichas com a ajuda de uma pistola e enrolar as mesmas numa mesa para boilies. Ao mesmo tempo que realizamos esta tarefa colocamos o cozedor a vapor ao lume com a quantidade certa de água. Colocamos os boilies nos cestos, quando a água estiver a ferver, introduzimos os cestos dentro do cozedor e fechamos. Gosto bastante de usar fogo bem forte, pois além de agilizar o processo, torna--o mais homogéneo sem que a temperatura e a pressão diminuam dentro do cozedor.

Começo a contar o tempo no exato momen-to em que tapo o cozedor e só passados sete minutos o torno a abrir para retirar os boilies. O processo é constituído por três fases: o primeiro é até começar a sair o vapor , o segundo é a cozedura a vapor propriamente dita e a terceira fase é quando retiro o cozedor do lume e deixo que perca a pressão antes de o abrir. Depen-dendo do mix, o tempo do processo inteiro deve durar entre 5 e 7 minutos no máximo. Uma vez aberto, retiro os Pimonbaits e coloco-os diretamen-

te na secagem.

O resultado é perfei-to, mantêm a forma, não aumentam o tamanho e o ponto de cozedura é ótimo. Agora começa o processo de secagem que é tremendamente rápido, independente-mente da altura do ano. Esta receita em concreto, secou unicamente três horas e está pronta para o processo de aromatiza-ção. Na mesma bolsa onde vão ser embalados coloco os aromas e todos os complementos líqui-dos que quero. Introduzo a quantidade certa de boilies e mexo o saco até todos os boilies ficarem empapados em líquido.

Agito o saco de hora a hora até os boilies absorve-rem todo o líquido presente no saco. Dependendo da quantidade de líquidos que colocarmos no saco este é o processo mais longo. Faço-o assim por três motivos fundamentais, o primeiro e principal é que assim os boilies ficaram com todos os aromas desde a sua superfície até ao centro, estando deste modo sempre atraentes, à medida que o boilie se desfaz na água. O segundo é porque a minha máquina de

Como podem observar na imagem do programa Boilie Creator, aparece a receita usada, bem como os valores nutricionais da mesma que são muito similares aos ideais. Para isso devemos sempre confiar em ingredientes de primeiríssima qualidade, e as marcas de topo do mercado oferecem-nos uma ampla gama de escolha para que o possamos conseguir. Nesta ocasião utilizei produtos da mais alta qualidade da marca CC Moore, uma marca muito experimentada e de reconhecido prestígio em iscos para a prática do Carp Fishing.

Partindo da teoria do HNV e com todos os produtos que temos no mercado à nossa disposi-ção, seremos capazes de elaborar uma receita de boilies caseiros comple-tamente equilibrados, muito digestivos e com um custo relativamente baixo para a quantidade de boilies que podemos produzir. São três os com-ponentes principais desta receita: a farinha de peixe pré-digerida,

farinha de krill e robin red. A farinha de peixe pré-di-gerida está considerada, como sendo a melhor fonte de proteínas em alimentação para peixes, devido ao seu alto teor de proteínas de alta qualida-de, aminoácidos essenciais e o seu alto nível de digestibilidade. A farinha de krill está nutricional-mente bem equilibrada com um alto teor de proteí-nas e um excelente perfil de aminoácidos. O Robin Red é um provado e potente atraente e estimulador que deixa loucas as nossas amigas.

O passo seguinte é preparar todos os ingre-dientes. Pesamos e preparamos o mix de farinhas e de seguida podemos preparar a parte líquida. A

parte líquida dos meus boilies é muito simples, já que todos os líquidos são introduzidos nas bolsas onde armazeno os boilies no final do processo. Agora é só preparar a massa até a deixar no ponto ótimo de consistência.

De seguida, preparar

Foto 6

vácuo não admite líquidos e o terceiro é o facto de, se por ventura ficar líquido no saco depois de se proceder ao vácuo, irá ser exatamente por aí que aparece o bolor antes do tempo.

A fase final e definitiva é o processo de emba-lagem a vácuo. É tão simples como pegar no saco, colocá-lo na máquina e realizar o processo de vácuo, conseguindo assim boilies frescos durante meses.

Algo muito importante e que podemos fazer com muita facilidade é com o mesmo boilie que criámos para engodar, converte-lo num “hookbait” para o nosso anzol com um gesto muito simples, sempre usando produtos de qualidade garantida que não farão os peixes desconfiar de nada. Neste caso decidi colocar 15ml de cada um dos seguintes alimentos líquidos da CC Moore: Minamino, Fish Protein Concentrate (concentrado de proteína de peixe) e Pure Salmon Oil (óleo de salmão). Todos eles conferem um extra de atracão pura ao serem substâncias altamente solúveis e ricas em aminoá-cidos, algo que fará com que os nossos hookbaits sejam irresistíveis para os peixes. Além do mais, para lhe dar um toque distinto adicionei 5ml de Ultra Squid Essence para potenciar ainda mais a atracão de forma a obtermos as tão desejadas capturas.

O resultado salta à vista e posso assegurar-vos

que o processo que aqui descrevi oferece vantagens notáveis na elaboração dos nossos iscos. Contudo, tenho consciência que não é fácil ter um cozedor das dimensões do meu, e sobretudo um espaço adequado como um laboratório tão grande. Com estes novos métodos constatei um aumento considerável da quali-dade, tanto no processo como no próprio boilie.

Espero ter ajudado e que o possam vir a por em prática. Boa pesca, amigos.

Pedro Simón Serrano “pimon”https://www.facebook.com/pedrosimon.pimon.3.

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Page 69: Digital Carp Magazine #02

as salsichas com a ajuda de uma pistola e enrolar as mesmas numa mesa para boilies. Ao mesmo tempo que realizamos esta tarefa colocamos o cozedor a vapor ao lume com a quantidade certa de água. Colocamos os boilies nos cestos, quando a água estiver a ferver, introduzimos os cestos dentro do cozedor e fechamos. Gosto bastante de usar fogo bem forte, pois além de agilizar o processo, torna--o mais homogéneo sem que a temperatura e a pressão diminuam dentro do cozedor.

Começo a contar o tempo no exato momen-to em que tapo o cozedor e só passados sete minutos o torno a abrir para retirar os boilies. O processo é constituído por três fases: o primeiro é até começar a sair o vapor , o segundo é a cozedura a vapor propriamente dita e a terceira fase é quando retiro o cozedor do lume e deixo que perca a pressão antes de o abrir. Depen-dendo do mix, o tempo do processo inteiro deve durar entre 5 e 7 minutos no máximo. Uma vez aberto, retiro os Pimonbaits e coloco-os diretamen-

te na secagem.

O resultado é perfei-to, mantêm a forma, não aumentam o tamanho e o ponto de cozedura é ótimo. Agora começa o processo de secagem que é tremendamente rápido, independente-mente da altura do ano. Esta receita em concreto, secou unicamente três horas e está pronta para o processo de aromatiza-ção. Na mesma bolsa onde vão ser embalados coloco os aromas e todos os complementos líqui-dos que quero. Introduzo a quantidade certa de boilies e mexo o saco até todos os boilies ficarem empapados em líquido.

Agito o saco de hora a hora até os boilies absorve-rem todo o líquido presente no saco. Dependendo da quantidade de líquidos que colocarmos no saco este é o processo mais longo. Faço-o assim por três motivos fundamentais, o primeiro e principal é que assim os boilies ficaram com todos os aromas desde a sua superfície até ao centro, estando deste modo sempre atraentes, à medida que o boilie se desfaz na água. O segundo é porque a minha máquina de

Como podem observar na imagem do programa Boilie Creator, aparece a receita usada, bem como os valores nutricionais da mesma que são muito similares aos ideais. Para isso devemos sempre confiar em ingredientes de primeiríssima qualidade, e as marcas de topo do mercado oferecem-nos uma ampla gama de escolha para que o possamos conseguir. Nesta ocasião utilizei produtos da mais alta qualidade da marca CC Moore, uma marca muito experimentada e de reconhecido prestígio em iscos para a prática do Carp Fishing.

Partindo da teoria do HNV e com todos os produtos que temos no mercado à nossa disposi-ção, seremos capazes de elaborar uma receita de boilies caseiros comple-tamente equilibrados, muito digestivos e com um custo relativamente baixo para a quantidade de boilies que podemos produzir. São três os com-ponentes principais desta receita: a farinha de peixe pré-digerida,

farinha de krill e robin red. A farinha de peixe pré-di-gerida está considerada, como sendo a melhor fonte de proteínas em alimentação para peixes, devido ao seu alto teor de proteínas de alta qualida-de, aminoácidos essenciais e o seu alto nível de digestibilidade. A farinha de krill está nutricional-mente bem equilibrada com um alto teor de proteí-nas e um excelente perfil de aminoácidos. O Robin Red é um provado e potente atraente e estimulador que deixa loucas as nossas amigas.

O passo seguinte é preparar todos os ingre-dientes. Pesamos e preparamos o mix de farinhas e de seguida podemos preparar a parte líquida. A

parte líquida dos meus boilies é muito simples, já que todos os líquidos são introduzidos nas bolsas onde armazeno os boilies no final do processo. Agora é só preparar a massa até a deixar no ponto ótimo de consistência.

De seguida, preparar

Foto 6

vácuo não admite líquidos e o terceiro é o facto de, se por ventura ficar líquido no saco depois de se proceder ao vácuo, irá ser exatamente por aí que aparece o bolor antes do tempo.

A fase final e definitiva é o processo de emba-lagem a vácuo. É tão simples como pegar no saco, colocá-lo na máquina e realizar o processo de vácuo, conseguindo assim boilies frescos durante meses.

Algo muito importante e que podemos fazer com muita facilidade é com o mesmo boilie que criámos para engodar, converte-lo num “hookbait” para o nosso anzol com um gesto muito simples, sempre usando produtos de qualidade garantida que não farão os peixes desconfiar de nada. Neste caso decidi colocar 15ml de cada um dos seguintes alimentos líquidos da CC Moore: Minamino, Fish Protein Concentrate (concentrado de proteína de peixe) e Pure Salmon Oil (óleo de salmão). Todos eles conferem um extra de atracão pura ao serem substâncias altamente solúveis e ricas em aminoá-cidos, algo que fará com que os nossos hookbaits sejam irresistíveis para os peixes. Além do mais, para lhe dar um toque distinto adicionei 5ml de Ultra Squid Essence para potenciar ainda mais a atracão de forma a obtermos as tão desejadas capturas.

O resultado salta à vista e posso assegurar-vos

que o processo que aqui descrevi oferece vantagens notáveis na elaboração dos nossos iscos. Contudo, tenho consciência que não é fácil ter um cozedor das dimensões do meu, e sobretudo um espaço adequado como um laboratório tão grande. Com estes novos métodos constatei um aumento considerável da quali-dade, tanto no processo como no próprio boilie.

Espero ter ajudado e que o possam vir a por em prática. Boa pesca, amigos.

Pedro Simón Serrano “pimon”https://www.facebook.com/pedrosimon.pimon.3.

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Page 70: Digital Carp Magazine #02

as salsichas com a ajuda de uma pistola e enrolar as mesmas numa mesa para boilies. Ao mesmo tempo que realizamos esta tarefa colocamos o cozedor a vapor ao lume com a quantidade certa de água. Colocamos os boilies nos cestos, quando a água estiver a ferver, introduzimos os cestos dentro do cozedor e fechamos. Gosto bastante de usar fogo bem forte, pois além de agilizar o processo, torna--o mais homogéneo sem que a temperatura e a pressão diminuam dentro do cozedor.

Começo a contar o tempo no exato momen-to em que tapo o cozedor e só passados sete minutos o torno a abrir para retirar os boilies. O processo é constituído por três fases: o primeiro é até começar a sair o vapor , o segundo é a cozedura a vapor propriamente dita e a terceira fase é quando retiro o cozedor do lume e deixo que perca a pressão antes de o abrir. Depen-dendo do mix, o tempo do processo inteiro deve durar entre 5 e 7 minutos no máximo. Uma vez aberto, retiro os Pimonbaits e coloco-os diretamen-

te na secagem.

O resultado é perfei-to, mantêm a forma, não aumentam o tamanho e o ponto de cozedura é ótimo. Agora começa o processo de secagem que é tremendamente rápido, independente-mente da altura do ano. Esta receita em concreto, secou unicamente três horas e está pronta para o processo de aromatiza-ção. Na mesma bolsa onde vão ser embalados coloco os aromas e todos os complementos líqui-dos que quero. Introduzo a quantidade certa de boilies e mexo o saco até todos os boilies ficarem empapados em líquido.

Agito o saco de hora a hora até os boilies absorve-rem todo o líquido presente no saco. Dependendo da quantidade de líquidos que colocarmos no saco este é o processo mais longo. Faço-o assim por três motivos fundamentais, o primeiro e principal é que assim os boilies ficaram com todos os aromas desde a sua superfície até ao centro, estando deste modo sempre atraentes, à medida que o boilie se desfaz na água. O segundo é porque a minha máquina de

Como podem observar na imagem do programa Boilie Creator, aparece a receita usada, bem como os valores nutricionais da mesma que são muito similares aos ideais. Para isso devemos sempre confiar em ingredientes de primeiríssima qualidade, e as marcas de topo do mercado oferecem-nos uma ampla gama de escolha para que o possamos conseguir. Nesta ocasião utilizei produtos da mais alta qualidade da marca CC Moore, uma marca muito experimentada e de reconhecido prestígio em iscos para a prática do Carp Fishing.

Partindo da teoria do HNV e com todos os produtos que temos no mercado à nossa disposi-ção, seremos capazes de elaborar uma receita de boilies caseiros comple-tamente equilibrados, muito digestivos e com um custo relativamente baixo para a quantidade de boilies que podemos produzir. São três os com-ponentes principais desta receita: a farinha de peixe pré-digerida,

farinha de krill e robin red. A farinha de peixe pré-di-gerida está considerada, como sendo a melhor fonte de proteínas em alimentação para peixes, devido ao seu alto teor de proteínas de alta qualida-de, aminoácidos essenciais e o seu alto nível de digestibilidade. A farinha de krill está nutricional-mente bem equilibrada com um alto teor de proteí-nas e um excelente perfil de aminoácidos. O Robin Red é um provado e potente atraente e estimulador que deixa loucas as nossas amigas.

O passo seguinte é preparar todos os ingre-dientes. Pesamos e preparamos o mix de farinhas e de seguida podemos preparar a parte líquida. A

parte líquida dos meus boilies é muito simples, já que todos os líquidos são introduzidos nas bolsas onde armazeno os boilies no final do processo. Agora é só preparar a massa até a deixar no ponto ótimo de consistência.

De seguida, preparar

vácuo não admite líquidos e o terceiro é o facto de, se por ventura ficar líquido no saco depois de se proceder ao vácuo, irá ser exatamente por aí que aparece o bolor antes do tempo.

A fase final e definitiva é o processo de emba-lagem a vácuo. É tão simples como pegar no saco, colocá-lo na máquina e realizar o processo de vácuo, conseguindo assim boilies frescos durante meses.

Algo muito importante e que podemos fazer com muita facilidade é com o mesmo boilie que criámos para engodar, converte-lo num “hookbait” para o nosso anzol com um gesto muito simples, sempre usando produtos de qualidade garantida que não farão os peixes desconfiar de nada. Neste caso decidi colocar 15ml de cada um dos seguintes alimentos líquidos da CC Moore: Minamino, Fish Protein Concentrate (concentrado de proteína de peixe) e Pure Salmon Oil (óleo de salmão). Todos eles conferem um extra de atracão pura ao serem substâncias altamente solúveis e ricas em aminoá-cidos, algo que fará com que os nossos hookbaits sejam irresistíveis para os peixes. Além do mais, para lhe dar um toque distinto adicionei 5ml de Ultra Squid Essence para potenciar ainda mais a atracão de forma a obtermos as tão desejadas capturas.

O resultado salta à vista e posso assegurar-vos

que o processo que aqui descrevi oferece vantagens notáveis na elaboração dos nossos iscos. Contudo, tenho consciência que não é fácil ter um cozedor das dimensões do meu, e sobretudo um espaço adequado como um laboratório tão grande. Com estes novos métodos constatei um aumento considerável da quali-dade, tanto no processo como no próprio boilie.

Espero ter ajudado e que o possam vir a por em prática. Boa pesca, amigos.

Pedro Simón Serrano “pimon”https://www.facebook.com/pedrosimon.pimon.3.

Nem os Barbos resistem aos ingredientes usados (acima).

Uma bela Comum que não resistiu ao aroma dos caseiros!

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Page 71: Digital Carp Magazine #02

as salsichas com a ajuda de uma pistola e enrolar as mesmas numa mesa para boilies. Ao mesmo tempo que realizamos esta tarefa colocamos o cozedor a vapor ao lume com a quantidade certa de água. Colocamos os boilies nos cestos, quando a água estiver a ferver, introduzimos os cestos dentro do cozedor e fechamos. Gosto bastante de usar fogo bem forte, pois além de agilizar o processo, torna--o mais homogéneo sem que a temperatura e a pressão diminuam dentro do cozedor.

Começo a contar o tempo no exato momen-to em que tapo o cozedor e só passados sete minutos o torno a abrir para retirar os boilies. O processo é constituído por três fases: o primeiro é até começar a sair o vapor , o segundo é a cozedura a vapor propriamente dita e a terceira fase é quando retiro o cozedor do lume e deixo que perca a pressão antes de o abrir. Depen-dendo do mix, o tempo do processo inteiro deve durar entre 5 e 7 minutos no máximo. Uma vez aberto, retiro os Pimonbaits e coloco-os diretamen-

te na secagem.

O resultado é perfei-to, mantêm a forma, não aumentam o tamanho e o ponto de cozedura é ótimo. Agora começa o processo de secagem que é tremendamente rápido, independente-mente da altura do ano. Esta receita em concreto, secou unicamente três horas e está pronta para o processo de aromatiza-ção. Na mesma bolsa onde vão ser embalados coloco os aromas e todos os complementos líqui-dos que quero. Introduzo a quantidade certa de boilies e mexo o saco até todos os boilies ficarem empapados em líquido.

Agito o saco de hora a hora até os boilies absorve-rem todo o líquido presente no saco. Dependendo da quantidade de líquidos que colocarmos no saco este é o processo mais longo. Faço-o assim por três motivos fundamentais, o primeiro e principal é que assim os boilies ficaram com todos os aromas desde a sua superfície até ao centro, estando deste modo sempre atraentes, à medida que o boilie se desfaz na água. O segundo é porque a minha máquina de

Como podem observar na imagem do programa Boilie Creator, aparece a receita usada, bem como os valores nutricionais da mesma que são muito similares aos ideais. Para isso devemos sempre confiar em ingredientes de primeiríssima qualidade, e as marcas de topo do mercado oferecem-nos uma ampla gama de escolha para que o possamos conseguir. Nesta ocasião utilizei produtos da mais alta qualidade da marca CC Moore, uma marca muito experimentada e de reconhecido prestígio em iscos para a prática do Carp Fishing.

Partindo da teoria do HNV e com todos os produtos que temos no mercado à nossa disposi-ção, seremos capazes de elaborar uma receita de boilies caseiros comple-tamente equilibrados, muito digestivos e com um custo relativamente baixo para a quantidade de boilies que podemos produzir. São três os com-ponentes principais desta receita: a farinha de peixe pré-digerida,

farinha de krill e robin red. A farinha de peixe pré-di-gerida está considerada, como sendo a melhor fonte de proteínas em alimentação para peixes, devido ao seu alto teor de proteínas de alta qualida-de, aminoácidos essenciais e o seu alto nível de digestibilidade. A farinha de krill está nutricional-mente bem equilibrada com um alto teor de proteí-nas e um excelente perfil de aminoácidos. O Robin Red é um provado e potente atraente e estimulador que deixa loucas as nossas amigas.

O passo seguinte é preparar todos os ingre-dientes. Pesamos e preparamos o mix de farinhas e de seguida podemos preparar a parte líquida. A

parte líquida dos meus boilies é muito simples, já que todos os líquidos são introduzidos nas bolsas onde armazeno os boilies no final do processo. Agora é só preparar a massa até a deixar no ponto ótimo de consistência.

De seguida, preparar

vácuo não admite líquidos e o terceiro é o facto de, se por ventura ficar líquido no saco depois de se proceder ao vácuo, irá ser exatamente por aí que aparece o bolor antes do tempo.

A fase final e definitiva é o processo de emba-lagem a vácuo. É tão simples como pegar no saco, colocá-lo na máquina e realizar o processo de vácuo, conseguindo assim boilies frescos durante meses.

Algo muito importante e que podemos fazer com muita facilidade é com o mesmo boilie que criámos para engodar, converte-lo num “hookbait” para o nosso anzol com um gesto muito simples, sempre usando produtos de qualidade garantida que não farão os peixes desconfiar de nada. Neste caso decidi colocar 15ml de cada um dos seguintes alimentos líquidos da CC Moore: Minamino, Fish Protein Concentrate (concentrado de proteína de peixe) e Pure Salmon Oil (óleo de salmão). Todos eles conferem um extra de atracão pura ao serem substâncias altamente solúveis e ricas em aminoá-cidos, algo que fará com que os nossos hookbaits sejam irresistíveis para os peixes. Além do mais, para lhe dar um toque distinto adicionei 5ml de Ultra Squid Essence para potenciar ainda mais a atracão de forma a obtermos as tão desejadas capturas.

O resultado salta à vista e posso assegurar-vos

que o processo que aqui descrevi oferece vantagens notáveis na elaboração dos nossos iscos. Contudo, tenho consciência que não é fácil ter um cozedor das dimensões do meu, e sobretudo um espaço adequado como um laboratório tão grande. Com estes novos métodos constatei um aumento considerável da quali-dade, tanto no processo como no próprio boilie.

Espero ter ajudado e que o possam vir a por em prática. Boa pesca, amigos.

Pedro Simón Serrano “pimon”https://www.facebook.com/pedrosimon.pimon.3.

Nem os Barbos resistem aos ingredientes usados (acima).

Uma bela Comum que não resistiu ao aroma dos caseiros!

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Trovoada

Por vezes estamos tão absortos na nossa pesca que nem nos apercebemos dos perigos que nos rodeiam. O alerta que vos deixo a seguir é sobre a trovoada e os seus perigos. A história foi passada na primeira pessoa.

Num final de tarde de setembro e já pratica-mente no fim de uma sessão na Barragem do Vilar, apercebo-me de uma forte trovoada que vinha na minha direção. Uma vez que teria que ir embora daí a pouco tempo, decidi começar a arrumar mais cedo para tentar fugir à chuva. Tal não foi possível pois esta aproximou-se rapidamente e começou a cair em grossas gotas.

Neste momento tinha acabado de levantar uma cana, olhei para ver pode poderia guardá-la e vi um ferro com duas argolas dos que usam alguns pesca-dores, costumava usar essa espécie de bankstick para mudar as montagens, ficando assim a cana na vertical, não correndo o risco de se partir ou riscar. Não pensei duas vezes, coloquei lá a cana e recolhi para o abrigo.

Mal me sentei apercebi-me da asneira que tinha feito! A cana de carbono na posição vertical e metida dentro de um ferro que por sua vez estava cravado no chão! Tinha acabado de criar um para-raios!

Ainda o raciocínio não estava completo quando um barulho ensurdecedor e uma luz fortíssima me deixaram completamente atordoado!

Quando finalmente consegui raciocinar só pensava: foi um raio! Sim, tinha sido um raio, e tinha caído a uns escassos metros! A cana confirmava a minha estupefação, das suas duas partes apenas a primeira lá estava! A ponteira tinha literalmente desaparecido! Nada restava a não ser uma pequeníssima bola de fogo, que rapidamente se apagou. Nem sinal das argolas com uma mistura de cerâmica e metal! As únicas marcas que restavam na parte inferior que ficou foram umas pequenas lascas junto ao fundo, por onde foi feita a descarga.

Tudo o que era cartões magnéticos que tinha no bolso deixou de funcionar, e eu confesso que não ganhei para o susto!

A partir desse dia trato a trovoada com muito respeito, pois aquela podia ter sido a minha última sessão de pesca!

Se o mau tempo vos surpreender à beira da água, afastem-se das canas e de todo o material que possa atrair os raios, pois pode a sorte nesse dia estar a olhar para outro lado.

Orlando Loureiro

Um exemplo do que pode acontecer em dia de trovoada

O estado em que ficou a cana do relato.

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www.facebook.com/carpzone.baits73

Page 74: Digital Carp Magazine #02

1º Encontro deCarpistas Alentejanos

Nos dias 08, 09 e 10 de Novembro, realizou-se na Ribeira de Vide, junto à vila de Fronteira,

o 1º Encontro de Carpistas Alentejanos. Foi um excelente convívio, onde não faltou boa

comida, boa bebida, muito boa disposição e galhofa. Até o peixe ajudou à festa!

Pelo título do evento pode pensar-se que foi apenas um encontro para Carpistas Alentejanos, mas na realidade não só juntou Carpistas Portu-gueses de Norte a Sul, como ainda esteve presente um Carpista “nuestro hermano”, da vizinha Espanha.

A ideia deste convívio surgiu em conversas de fórum, em que vários membros consideraram que se devia passar do virtual para o real, e que seria uma boa oportunidade para trocarem ideias, conviver e fazer o que tanto gostamos num local magnífico como a Albufeira de Ribeira de Vide. Resumindo a ideia... Pescar, rir, brincar, conviver, fazer novos amigos, trocar ideias sobre a nossa pesca e o nosso fórum, e acima de tudo deixarmos para trás o stress das ocupações do dia-a-dia!

Mas vamos ao evento em si.Alguns Carpistas chegaram cedo na sexta-

feira, outros foram chegando durante o dia e alguns, já era noite dentro, mas todos com uma boa disposição, que não esmoreceu nem com a temperatura da noite fria Alentejana! Para ajudar a aquecer, foi feita ainda uma bela fogueira, que serviu para fazer um chazinho quentinho perto das duas horas da madrugada, soube que nem ginjas!

Na manhã de sábado teve início a com-petição “a sério”! Escrevo a sério entre aspas pois isto entre Carpistas e ainda mais num convívio que era acima de tudo de amigos, não se escondiam segredos, e a alegria do pesqueiro vizinho por uma captura era partilhada por todos!

Na segunda captura do convívio, a dupla Ricardo Bruno e Daniel Marques colocaram-se na liderança da classificação com uma captura com 5,06 kg, peso este que foi o maior até ao final do evento. Mas as capturas foram muitas e ainda mais as alegrias, como por exemplo, o casal participante António e Carla Pereira, que cada vez que eu ia efetuar uma pesagem para os lados do pesqueiro deles, os via ou com uma cana a arrancar ou com um peixe no tapete, ou ainda como o sorriso de dois irmãos, Gary e Steven Campos, que deixava transparecer a felicidade que o Carp Fishing nos dá quando acontece a captura de um bonito par de Carpas!

Pela noite dentro houve um jantar convívio no pesqueiro do Clube de Pesca Fronteirense, onde se bebeu comeu bem, e como por tradição desta altura do ano, se assaram castanhas e se provou a água pé do amigo Joaquim. Bela pinga!

Foi deste modo que chegámos a domingo e o final estava perto. Tristes por isso, mas ao

Ricardo Reis com umbelo exemplar de Fronteira

O José Serra na devoluçãoda primeira captura do convívio

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Page 75: Digital Carp Magazine #02

1º Encontro deCarpistas Alentejanos

Nos dias 08, 09 e 10 de Novembro, realizou-se na Ribeira de Vide, junto à vila de Fronteira,

o 1º Encontro de Carpistas Alentejanos. Foi um excelente convívio, onde não faltou boa

comida, boa bebida, muito boa disposição e galhofa. Até o peixe ajudou à festa!

Pelo título do evento pode pensar-se que foi apenas um encontro para Carpistas Alentejanos, mas na realidade não só juntou Carpistas Portu-gueses de Norte a Sul, como ainda esteve presente um Carpista “nuestro hermano”, da vizinha Espanha.

A ideia deste convívio surgiu em conversas de fórum, em que vários membros consideraram que se devia passar do virtual para o real, e que seria uma boa oportunidade para trocarem ideias, conviver e fazer o que tanto gostamos num local magnífico como a Albufeira de Ribeira de Vide. Resumindo a ideia... Pescar, rir, brincar, conviver, fazer novos amigos, trocar ideias sobre a nossa pesca e o nosso fórum, e acima de tudo deixarmos para trás o stress das ocupações do dia-a-dia!

Mas vamos ao evento em si.Alguns Carpistas chegaram cedo na sexta-

feira, outros foram chegando durante o dia e alguns, já era noite dentro, mas todos com uma boa disposição, que não esmoreceu nem com a temperatura da noite fria Alentejana! Para ajudar a aquecer, foi feita ainda uma bela fogueira, que serviu para fazer um chazinho quentinho perto das duas horas da madrugada, soube que nem ginjas!

Na manhã de sábado teve início a com-petição “a sério”! Escrevo a sério entre aspas pois isto entre Carpistas e ainda mais num convívio que era acima de tudo de amigos, não se escondiam segredos, e a alegria do pesqueiro vizinho por uma captura era partilhada por todos!

Na segunda captura do convívio, a dupla Ricardo Bruno e Daniel Marques colocaram-se na liderança da classificação com uma captura com 5,06 kg, peso este que foi o maior até ao final do evento. Mas as capturas foram muitas e ainda mais as alegrias, como por exemplo, o casal participante António e Carla Pereira, que cada vez que eu ia efetuar uma pesagem para os lados do pesqueiro deles, os via ou com uma cana a arrancar ou com um peixe no tapete, ou ainda como o sorriso de dois irmãos, Gary e Steven Campos, que deixava transparecer a felicidade que o Carp Fishing nos dá quando acontece a captura de um bonito par de Carpas!

Pela noite dentro houve um jantar convívio no pesqueiro do Clube de Pesca Fronteirense, onde se bebeu comeu bem, e como por tradição desta altura do ano, se assaram castanhas e se provou a água pé do amigo Joaquim. Bela pinga!

Foi deste modo que chegámos a domingo e o final estava perto. Tristes por isso, mas ao

Ricardo Reis com umbelo exemplar de Fronteira

O José Serra na devoluçãoda primeira captura do convívio

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Pelo título do evento pode pensar-se que foi apenas um encontro para Carpistas Alentejanos, mas na realidade não só juntou Carpistas Portu-gueses de Norte a Sul, como ainda esteve presente um Carpista “nuestro hermano”, da vizinha Espanha.

A ideia deste convívio surgiu em conversas de fórum, em que vários membros consideraram que se devia passar do virtual para o real, e que seria uma boa oportunidade para trocarem ideias, conviver e fazer o que tanto gostamos num local magnífico como a Albufeira de Ribeira de Vide. Resumindo a ideia... Pescar, rir, brincar, conviver, fazer novos amigos, trocar ideias sobre a nossa pesca e o nosso fórum, e acima de tudo deixarmos para trás o stress das ocupações do dia-a-dia!

Mas vamos ao evento em si.Alguns Carpistas chegaram cedo na

sexta-feira, outros foram chegando durante o dia e alguns, já era noite dentro, mas todos com uma boa disposição, que não esmoreceu nem com a temperatura da noite fria Alentejana! Para ajudar a aquecer, foi feita ainda uma bela fogueira, que serviu para fazer um chazinho quentinho perto das duas horas da madrugada, soube que nem ginjas!

Na manhã de sábado teve início a com-petição “a sério”! Escrevo a sério entre aspas pois isto entre Carpistas e ainda mais num convívio que era acima de tudo de amigos, não se escondiam segredos, e a alegria do pesqueiro vizinho por uma captura era partilhada por todos!

Na segunda captura do convívio, a dupla Ricardo Bruno e Daniel Marques colocaram-se na liderança da classificação com uma captura com 5,06 kg, peso este que foi o maior até ao final do evento. Mas as capturas foram muitas e ainda mais as alegrias, como por exemplo, o casal participante António e Carla Pereira, que cada vez que eu ia efetuar uma pesagem para os lados do pesqueiro deles, os via ou com uma cana a arrancar ou com um peixe no tapete, ou ainda como o sorriso de dois irmãos, Gary e Steven Campos, que deixava transparecer a felicidade que o Carp Fishing nos dá quando acontece a captura de um bonito par de Carpas!

Pela noite dentro houve um jantar convívio no pesqueiro do Clube de Pesca Fronteirense, onde se bebeu comeu bem, e como por tradição desta altura do ano, se assaram castanhas e se provou a água pé do amigo Joaquim. Bela pinga!

Foi deste modo que chegámos a domingo e o final estava perto. Tristes por isso, mas ao

mesmo tempo contentes por sabermos que era desejo de todos voltarmos a um novo convívio na mais breve das oportunidades.

Ao meio dia deu-se por finalizada a “competição”, ficando a classificação organizada da seguinte forma:

1º Ricardo Bruno/Daniel Marques2º António Pereira/Carla Teixeira3º Gary Campos/Steven Campos4º Alexandre Marques5º Clube de Pesca Fronteirense II6º Clube de Pesca Fronteirense I7º António Pires/José Serra8º Jorge Figueira/Joaquim Sardinha9º Paulo Costa/João Costa 10º Ricardo Reis/José Santiago

Seguiu-se uma entrega de pequenas lembranças simbólicas, pois neste fim-de-semana não houve vencidos, apenas vencedores entre todos os partici-pantes que ganharam novas amizades. Uns dias

fantásticos num local fantástico. Paradisíaco, como me disse o Santiago.

Considero ainda que houve um grande vencedor neste convívio, que foi a nossa modalidade! É disto que vive o Carp Fishing, de dias passados entre amigos à beira da água, mesmo até quando não é procurado um record. Bons momentos e boas recordações, isto é o verdadeiro espirito do Carp Fishing, que provou estar bem vivo entre nós!

Queria agradecer a todos os participantes, aos que de uma forma ou de outra contribuíram para o êxito do encontro, e ainda um enorme bem-haja ao Clube de Pesca Fronteirense, pelo dinamismo, ajuda e espírito Carpista com que nos receberam, e ainda por nos darem a oportunidade de pescar num verdadeiro paraíso Alentejano. Fica no ar um até já à beira da água...

Tó-Zé

Os irmãos Gary e Steven Campos com um belo par de capturas Na primeira noite do convívio, da esquerda para a direita:José Serra, Jorge Figueira, Paulo Costa, Joaquim Sardinha,

Daniel Marques e António Pereira

A entrega de lembranças foi bastante animada

A vista sobre o Pesqueiro nº2 Ricardo Bruno, que fez equipa com o Daniel Marques,os vencedores do convívio76

Page 77: Digital Carp Magazine #02

Pelo título do evento pode pensar-se que foi apenas um encontro para Carpistas Alentejanos, mas na realidade não só juntou Carpistas Portu-gueses de Norte a Sul, como ainda esteve presente um Carpista “nuestro hermano”, da vizinha Espanha.

A ideia deste convívio surgiu em conversas de fórum, em que vários membros consideraram que se devia passar do virtual para o real, e que seria uma boa oportunidade para trocarem ideias, conviver e fazer o que tanto gostamos num local magnífico como a Albufeira de Ribeira de Vide. Resumindo a ideia... Pescar, rir, brincar, conviver, fazer novos amigos, trocar ideias sobre a nossa pesca e o nosso fórum, e acima de tudo deixarmos para trás o stress das ocupações do dia-a-dia!

Mas vamos ao evento em si.Alguns Carpistas chegaram cedo na

sexta-feira, outros foram chegando durante o dia e alguns, já era noite dentro, mas todos com uma boa disposição, que não esmoreceu nem com a temperatura da noite fria Alentejana! Para ajudar a aquecer, foi feita ainda uma bela fogueira, que serviu para fazer um chazinho quentinho perto das duas horas da madrugada, soube que nem ginjas!

Na manhã de sábado teve início a com-petição “a sério”! Escrevo a sério entre aspas pois isto entre Carpistas e ainda mais num convívio que era acima de tudo de amigos, não se escondiam segredos, e a alegria do pesqueiro vizinho por uma captura era partilhada por todos!

Na segunda captura do convívio, a dupla Ricardo Bruno e Daniel Marques colocaram-se na liderança da classificação com uma captura com 5,06 kg, peso este que foi o maior até ao final do evento. Mas as capturas foram muitas e ainda mais as alegrias, como por exemplo, o casal participante António e Carla Pereira, que cada vez que eu ia efetuar uma pesagem para os lados do pesqueiro deles, os via ou com uma cana a arrancar ou com um peixe no tapete, ou ainda como o sorriso de dois irmãos, Gary e Steven Campos, que deixava transparecer a felicidade que o Carp Fishing nos dá quando acontece a captura de um bonito par de Carpas!

Pela noite dentro houve um jantar convívio no pesqueiro do Clube de Pesca Fronteirense, onde se bebeu comeu bem, e como por tradição desta altura do ano, se assaram castanhas e se provou a água pé do amigo Joaquim. Bela pinga!

Foi deste modo que chegámos a domingo e o final estava perto. Tristes por isso, mas ao

mesmo tempo contentes por sabermos que era desejo de todos voltarmos a um novo convívio na mais breve das oportunidades.

Ao meio dia deu-se por finalizada a “competição”, ficando a classificação organizada da seguinte forma:

1º Ricardo Bruno/Daniel Marques2º António Pereira/Carla Teixeira3º Gary Campos/Steven Campos4º Alexandre Marques5º Clube de Pesca Fronteirense II6º Clube de Pesca Fronteirense I7º António Pires/José Serra8º Jorge Figueira/Joaquim Sardinha9º Paulo Costa/João Costa 10º Ricardo Reis/José Santiago

Seguiu-se uma entrega de pequenas lembranças simbólicas, pois neste fim-de-semana não houve vencidos, apenas vencedores entre todos os partici-pantes que ganharam novas amizades. Uns dias

fantásticos num local fantástico. Paradisíaco, como me disse o Santiago.

Considero ainda que houve um grande vencedor neste convívio, que foi a nossa modalidade! É disto que vive o Carp Fishing, de dias passados entre amigos à beira da água, mesmo até quando não é procurado um record. Bons momentos e boas recordações, isto é o verdadeiro espirito do Carp Fishing, que provou estar bem vivo entre nós!

Queria agradecer a todos os participantes, aos que de uma forma ou de outra contribuíram para o êxito do encontro, e ainda um enorme bem-haja ao Clube de Pesca Fronteirense, pelo dinamismo, ajuda e espírito Carpista com que nos receberam, e ainda por nos darem a oportunidade de pescar num verdadeiro paraíso Alentejano. Fica no ar um até já à beira da água...

Tó-Zé

Os irmãos Gary e Steven Campos com um belo par de capturas Na primeira noite do convívio, da esquerda para a direita:José Serra, Jorge Figueira, Paulo Costa, Joaquim Sardinha,

Daniel Marques e António Pereira

A entrega de lembranças foi bastante animada

A vista sobre o Pesqueiro nº2 Ricardo Bruno, que fez equipa com o Daniel Marques,os vencedores do convívio 77

Page 78: Digital Carp Magazine #02

O outono é a época mais recompensadora no calendário do Carp Fishing. Depois de um verão a saborear os raios de sol e a percorrer as águas de norte a sul, a carpa está agora à espera da primeira geada que lhe dá o sinal para se alimentar melhor, de forma a ganhar peso para passar os próximos meses.

É um jogo de fio de navalha entre sobre-vivência e a morte. Com a temperatura da água a baixar, a carpa deixa de se alimentar com frequência. Com a água a atingir temperaturas de 14ºC o seu sistema digestivo começa a ser mais vagaroso para realizar a sua tarefa. Engodos à base de farinhas de peixe e óleos devem ser evitados, dando preferência a engodos à base de sementes e produtos lácteos.

Tendo tudo isto sido tomado em considera-ção, investi em alguns brinquedos, um termó-metro que pode acoplar à cana da bóia de marcação e ser lançado. Podemos assim ler a temperatura da água a várias profundidades. Claro que isso implica lançar e voltar a lançar deixando a água como uma máquina de lavar, mas de momento não estou preocupado pois não estou a pescar. Estou somente a estudar a água e possíveis correntes no lago.

O segundo brinquedo é um FISH FINDER (sonda). O meu interesse não é encontrar o peixe,

que isso é um bónus, mas sim em conhecer os contornos do tapete e saber se aí encontro erva, argila, lodo ou gravilha. Também irá confirmar a profundidade que foi dada pela boia de marca-ção.

Isto tem sido o trabalho dos passados 4 meses. Dá-me uma ideia de profundidades, temperaturas e correntes. Tudo conjugado, tenho a certeza do que posso vir a esperar mesmo sabendo que não há qualquer certeza de ter Clarice no tapete.

Home Farm não é conhecido pela sua consistência no que se refere a engodo e bolas. Por exemplo, carpas de 5kg a 10kg vão a qualquer sabor e marca, carpas de 10kg a 14kg gostam mais de Nash e CCMore, as maiores (que são poucas) gostam mais de DT Baits e outras bolas que não têm nome e não se encontram à venda nas lojas. Este é o motivo que coloca tudo como se fosse uma lotaria.

Comecei a formular a engodagem, pensando se não seria melhor ir a loja e comprar tudo? Poderia gastar £200 e ficava resolvido, é seguro e sei que funciona, mas…

De tempos a tempos temos que mudar as coisas. Talvez esteja a querer ter mais problemas que proveito mas porque não, decidi fazer as

Visita de Outono a

Home FarmChasing the Dream Pt2

Se bem se lembram, o André Garcia persegue um sonho, o de capturar a Clarice! Na sua opinião o outono pode ser a melhor altura para o fazer, quando ela se anda a empanturrar de comida para o rigoroso inverno que se avizinha. Será que foi desta vez que o nosso amigo conseguiu tirar-lhe a tão desejada fotografia? Leiam e descubram…

AndréGarcia

Apesar das últimas sessões terem sido em branco, asgrandes Carpas nadam em Home Farm, e está é a prova!

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Page 79: Digital Carp Magazine #02

O outono é a época mais recompensadora no calendário do Carp Fishing. Depois de um verão a saborear os raios de sol e a percorrer as águas de norte a sul, a carpa está agora à espera da primeira geada que lhe dá o sinal para se alimentar melhor, de forma a ganhar peso para passar os próximos meses.

É um jogo de fio de navalha entre sobre-vivência e a morte. Com a temperatura da água a baixar, a carpa deixa de se alimentar com frequência. Com a água a atingir temperaturas de 14ºC o seu sistema digestivo começa a ser mais vagaroso para realizar a sua tarefa. Engodos à base de farinhas de peixe e óleos devem ser evitados, dando preferência a engodos à base de sementes e produtos lácteos.

Tendo tudo isto sido tomado em considera-ção, investi em alguns brinquedos, um termó-metro que pode acoplar à cana da bóia de marcação e ser lançado. Podemos assim ler a temperatura da água a várias profundidades. Claro que isso implica lançar e voltar a lançar deixando a água como uma máquina de lavar, mas de momento não estou preocupado pois não estou a pescar. Estou somente a estudar a água e possíveis correntes no lago.

O segundo brinquedo é um FISH FINDER (sonda). O meu interesse não é encontrar o peixe,

que isso é um bónus, mas sim em conhecer os contornos do tapete e saber se aí encontro erva, argila, lodo ou gravilha. Também irá confirmar a profundidade que foi dada pela boia de marca-ção.

Isto tem sido o trabalho dos passados 4 meses. Dá-me uma ideia de profundidades, temperaturas e correntes. Tudo conjugado, tenho a certeza do que posso vir a esperar mesmo sabendo que não há qualquer certeza de ter Clarice no tapete.

Home Farm não é conhecido pela sua consistência no que se refere a engodo e bolas. Por exemplo, carpas de 5kg a 10kg vão a qualquer sabor e marca, carpas de 10kg a 14kg gostam mais de Nash e CCMore, as maiores (que são poucas) gostam mais de DT Baits e outras bolas que não têm nome e não se encontram à venda nas lojas. Este é o motivo que coloca tudo como se fosse uma lotaria.

Comecei a formular a engodagem, pensando se não seria melhor ir a loja e comprar tudo? Poderia gastar £200 e ficava resolvido, é seguro e sei que funciona, mas…

De tempos a tempos temos que mudar as coisas. Talvez esteja a querer ter mais problemas que proveito mas porque não, decidi fazer as

Visita de Outono a

Home FarmChasing the Dream Pt2

Se bem se lembram, o André Garcia persegue um sonho, o de capturar a Clarice! Na sua opinião o outono pode ser a melhor altura para o fazer, quando ela se anda a empanturrar de comida para o rigoroso inverno que se avizinha. Será que foi desta vez que o nosso amigo conseguiu tirar-lhe a tão desejada fotografia? Leiam e descubram…

AndréGarcia

Apesar das últimas sessões terem sido em branco, asgrandes Carpas nadam em Home Farm, e está é a prova!

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Page 80: Digital Carp Magazine #02

O outono é a época mais recompensadora no calendário do Carp Fishing. Depois de um verão a saborear os raios de sol e a percorrer as águas de norte a sul, a carpa está agora à espera da primeira geada que lhe dá o sinal para se alimentar melhor, de forma a ganhar peso para passar os próximos meses.

É um jogo de fio de navalha entre sobre-vivência e a morte. Com a temperatura da água a baixar, a carpa deixa de se alimentar com frequência. Com a água a atingir temperaturas de 14ºC o seu sistema digestivo começa a ser mais vagaroso para realizar a sua tarefa. Engodos à base de farinhas de peixe e óleos devem ser evitados, dando preferência a engodos à base de sementes e produtos lácteos.

Tendo tudo isto sido tomado em consider-ação, investi em alguns brinquedos, um termómetro que pode acoplar à cana da bóia de marcação e ser lançado. Podemos assim ler a temperatura da água a várias profundidades. Claro que isso implica lançar e voltar a lançar deixando a água como uma máquina de lavar, mas de momento não estou preocupado pois não estou a pescar. Estou somente a estudar a água e possíveis correntes no lago.

O segundo brinquedo é um FISH FINDER (sonda). O meu interesse não é encontrar o peixe,

que isso é um bónus, mas sim em conhecer os contornos do tapete e saber se aí encontro erva, argila, lodo ou gravilha. Também irá confirmar a profundidade que foi dada pela boia de marcação.

Isto tem sido o trabalho dos passados 4 meses. Dá-me uma ideia de profundidades, temperaturas e correntes. Tudo conjugado, tenho a certeza do que posso vir a esperar mesmo sabendo que não há qualquer certeza de ter Clarice no tapete.

Home Farm não é conhecido pela sua consistência no que se refere a engodo e bolas. Por exemplo, carpas de 5kg a 10kg vão a qualquer sabor e marca, carpas de 10kg a 14kg gostam mais de Nash e CCMore, as maiores (que são poucas) gostam mais de DT Baits e outras bolas que não têm nome e não se encontram à venda nas lojas. Este é o motivo que coloca tudo como se fosse uma lotaria.

Comecei a formular a engodagem, pensando se não seria melhor ir a loja e comprar tudo? Poderia gastar £200 e ficava resolvido, é seguro e sei que funciona, mas…

De tempos a tempos temos que mudar as coisas. Talvez esteja a querer ter mais problemas que proveito mas porque não, decidi fazer as

minhas bolas, dips e farinhas. Com base em farinhas leves e produtos lácteos para promover uma digestão mais fácil, desenvolvi 3 receitas das quais espero o mesmo resultado; Capturar as maiores do lago!

Com a primeira parte terminada passei à prática e iniciou a segunda fase…

Vamos começar com as bolas, como o tempo está ameno, escolhi uma farinha de noz trigada misturada com uma base de farinha de pássaro 50/50 da Quest Baits, para aroma escolhi ‘’sweet plum’’ e acido butírico. Uma variante da Nutra-baits ‘’pinnaple and butyric acid’’.

Para 4 kgs

2,200kg farinha noz trigada 300gr leite em pó1,300kg 50/50 bird food quest baits100gr semolina 100gr farinha Maizena

15 Ovos15ml sweet plum10ml intense sweetner20gotas de ácido butírico10ml de sangue purificado (liquido)(fígado em pó pré digerido será o mesmo)4gr de cor vermelha2gr de cor amarela

Com tudo bem misturado escolhi o tamanho dos boilies, 16mm. Sendo deste diâmetro ficaria

com mais bolas com a mesma massa do que se fizesse um diâmetro maior, o que para este lago não é preciso. Poderia inclusive engodar uma área maior e fazer a carpa comer despreocupada.

Como sempre, estas bolas são cozidas a vapor e ficam a secar 2 dias antes de serem utilizadas. Com o mesmo aroma, umas quantas pop ups de cor amarela. A ideia era usá-las numa sessão de quatro dias e três noites, que teria início a 27 de outubro.

Isto é típico, 4 meses de trabalho e o tempo volta tudo de pernas para o ar! Ventos de 150km/h e chuvas torrenciais, que por norma são sinónimo de cheias. Tudo isto ocorreu no dia que eu tinha estipulado para iniciar a sessão. O que fazer, fico em casa ou arrisco uma sessão nestas condições?

No domingo falei com uns amigos que estavam à pesca em vários lagos e pelo menos 3 tendas foram para o lixo e muitas ficaram danifi-cadas. Canas perdidas e outros materiais estragados. Por agora seria melhor ficar em casa…

Segunda-feira, carro carregado com todo o material do dia anterior, uma última olhada nos ventos, temperaturas e pressão. Não estava mau, 14ºC de dia 6ºC de noite mas tinha 1010bars.

Cheguei com um sol muito especial, um vento de NE. Depois de várias voltas ao lago e

sem qualquer sinal de carpas decidi ficar na parte mais longínqua do lago. Um pesqueiro à profundidade de 6,60m mas como estava a favor do vento estava certo que as Carpas estariam por lá.

Montagens na água, duas na parte mais funda e uma na margem, a uns 2,60m de profun-didade. Todas as canas com o aroma ‘’Sweet Plum’’, sendo que as duas primeiras tinham mon-tagem Chod rig. A da margem levou 1kg de boilies em 10m2 e um normal blow back em mugga continental 6. Ficariam assim por 24hrs.

11h da manha, dia 29 Outubro. Depois de uma noite sem ação mas com vários toques na linha, decidi tirar todas as canas e dar uma volta em busca de sinais de actividade. Depois de uma volta ao lago que demorou cerca de uma hora, decidi ver se elas estariam no fundo ou em águas menos profundas. Com o fish finder encontrei-as no topo, percebendo logo o motivo, a água estava a 16ºC. Decidi colocar um pouco mais de boilies nas canas só daí a duas horas, a ideia era deixar a água sem linhas e deixá-las comer com confiança.

Depois de mais um passeio de 2 horas à volta do lago e sem encontrar nada voltei ao pesqueiro. Não havia carpas ao cimo da água, não saltavam e não existia qualquer sinal de actividade. Parecia que tinham ido passar férias a outro lado. Não estava à espera disso com aquele tempo e temperaturas. Lancei o

termómetro para a parte mais funda e marcou 13ºC a meia água, esperava um pouco mais, a metro e meio do cimo estavam 15ºC. Com estas temperaturas e vento é certo que as carpas estariam algo letárgicas.

Decidi por um zig com bolha de ar, (uma bóia transparente) este sistema corre numa chumba-da e posso regular a profundidade sem voltar a lançar. E como poderia fazer um zig de 4m? Lancei e em 2horas fiz o zig subir de 27ft a 6ft. Mudei a cor e sabor várias vezes e nada, nem um toque. Voltei a passar o fish finder e nada, nem sinal delas. Como era isto possível? Estava a ficar sem ideias, já coçava a cabeça.

Às 1630horas o sol estava baixo e seria escuro em menos de 1 hora, decidi voltar a colo-car as duas canas na parte mais funda, a outra voltava para a margem. Lancei mais 1kg de boilies nas duas canas ao longe e uma mão cheia na margem. Nesta cana da margem mudei para Pellets de halibute, duas rolhas de 20mm num anzol nr 4. Se houvesse um siluro na vizinhança podia ser que saísse. Talvez fosse esse o motivo por que não havia sinal das Carpas. Não tinha nada a perder pois a grade começava a vislum-brar-se.

20horas, eram horas de ir dormir um pouco, a temperatura do ar estava a 5ºC. Esperava que melhorasse durante a noite.

Eram 2horas da manhã, decidi mudar as

duas canas mais fundas para halibute também, a noite estava limpa e reparei que havia um pouco de geada no chão. Talvez isso explicasse algumas coisas, mas as minhas dúvidas continuavam, no fundo, continuava a coçar a cabeça. Fiquei acor-dado até as 3:30horas, mas não vi nada nem ouvi nada ao longe muito menos ao perto. Coloquei o alarme para as 5:50horas da manhã para ver se elas estavam a comer de madrugada.

Depois de um par de horas de sono, fui dar uma volta para ver se elas estavam por lá. Como ainda não havia muita luz e não conseguia distin-guir muito bem a água, decidi pôr a cafeteira a trabalhar. Sentei-me cá fora e esperei pelas bolhas no topo, sinal que elas estariam a comer o que lhes dei. Não precisei esperar muito, aí estavam elas. Lancei o fish finder só para ter a certeza. Mas tenho um pequeno problema. Elas não andavam por perto dos meus anzóis. Saquei as canas fora e voltei a lançar. Uma mesmo no sítio onde elas estavam e outra na ligeiramente afastada. Pela hora de almoço tinha tido um toque na linha e muito pouco mais que isso…

Mais uma vez tirei as canas e deixei-as na margem para deixar a água descansar. Seriam as linhas na água que as deixavam desconfiadas? Descansei a água por 2horas mas o jantar é importante também e depois de repor energias

atirei com mais uns quantos boilies, isto sem problemas pois a noite estava clara e a luz da lua iluminava como se fosse de dia. Fiquei ao lado das canas pronto a pegar nelas assim que ouvisse uns bips.

A temperatura estava a baixar e chegou aos

3ºC, a água no cimo estava a 10ºC e eram apenas 20horas. Se a temperatura baixasse muito mais forçaria a carpa a descer, o que para mim era bom sinal.

Pelas 7horas da manhã, e depois de uma noite sem qualquer sinal, tirei as canas por umas horas. Às 10horas voltei a colocá-las de novo na água. Depois de três horas sem sinal das meni-nas, decidi terminar a sessão. Poderia ter ficado até ao dia seguinte de manhã, mas o tempo iria mudar e precisava estar em casa antes das 9h da manhã ou teria que arrumar tudo debaixo de chuva e isso não é muito do meu agrado.

Embora tenha ficado em branco, dá sempre para aprender alguma coisa, pelo que a próxima sessão será mais proveitosa, pelo menos, assim espero.

Como pretendo colocar o Bivvy a arranjar, esta não acontecerá antes do meio de Novem-bro.

Com ajuda é muito mais fácil

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O outono é a época mais recompensadora no calendário do Carp Fishing. Depois de um verão a saborear os raios de sol e a percorrer as águas de norte a sul, a carpa está agora à espera da primeira geada que lhe dá o sinal para se alimentar melhor, de forma a ganhar peso para passar os próximos meses.

É um jogo de fio de navalha entre sobre-vivência e a morte. Com a temperatura da água a baixar, a carpa deixa de se alimentar com frequência. Com a água a atingir temperaturas de 14ºC o seu sistema digestivo começa a ser mais vagaroso para realizar a sua tarefa. Engodos à base de farinhas de peixe e óleos devem ser evitados, dando preferência a engodos à base de sementes e produtos lácteos.

Tendo tudo isto sido tomado em consider-ação, investi em alguns brinquedos, um termómetro que pode acoplar à cana da bóia de marcação e ser lançado. Podemos assim ler a temperatura da água a várias profundidades. Claro que isso implica lançar e voltar a lançar deixando a água como uma máquina de lavar, mas de momento não estou preocupado pois não estou a pescar. Estou somente a estudar a água e possíveis correntes no lago.

O segundo brinquedo é um FISH FINDER (sonda). O meu interesse não é encontrar o peixe,

que isso é um bónus, mas sim em conhecer os contornos do tapete e saber se aí encontro erva, argila, lodo ou gravilha. Também irá confirmar a profundidade que foi dada pela boia de marcação.

Isto tem sido o trabalho dos passados 4 meses. Dá-me uma ideia de profundidades, temperaturas e correntes. Tudo conjugado, tenho a certeza do que posso vir a esperar mesmo sabendo que não há qualquer certeza de ter Clarice no tapete.

Home Farm não é conhecido pela sua consistência no que se refere a engodo e bolas. Por exemplo, carpas de 5kg a 10kg vão a qualquer sabor e marca, carpas de 10kg a 14kg gostam mais de Nash e CCMore, as maiores (que são poucas) gostam mais de DT Baits e outras bolas que não têm nome e não se encontram à venda nas lojas. Este é o motivo que coloca tudo como se fosse uma lotaria.

Comecei a formular a engodagem, pensando se não seria melhor ir a loja e comprar tudo? Poderia gastar £200 e ficava resolvido, é seguro e sei que funciona, mas…

De tempos a tempos temos que mudar as coisas. Talvez esteja a querer ter mais problemas que proveito mas porque não, decidi fazer as

minhas bolas, dips e farinhas. Com base em farinhas leves e produtos lácteos para promover uma digestão mais fácil, desenvolvi 3 receitas das quais espero o mesmo resultado; Capturar as maiores do lago!

Com a primeira parte terminada passei à prática e iniciou a segunda fase…

Vamos começar com as bolas, como o tempo está ameno, escolhi uma farinha de noz trigada misturada com uma base de farinha de pássaro 50/50 da Quest Baits, para aroma escolhi ‘’sweet plum’’ e acido butírico. Uma variante da Nutra-baits ‘’pinnaple and butyric acid’’.

Para 4 kgs

2,200kg farinha noz trigada 300gr leite em pó1,300kg 50/50 bird food quest baits100gr semolina 100gr farinha Maizena

15 Ovos15ml sweet plum10ml intense sweetner20gotas de ácido butírico10ml de sangue purificado (liquido)(fígado em pó pré digerido será o mesmo)4gr de cor vermelha2gr de cor amarela

Com tudo bem misturado escolhi o tamanho dos boilies, 16mm. Sendo deste diâmetro ficaria

com mais bolas com a mesma massa do que se fizesse um diâmetro maior, o que para este lago não é preciso. Poderia inclusive engodar uma área maior e fazer a carpa comer despreocupada.

Como sempre, estas bolas são cozidas a vapor e ficam a secar 2 dias antes de serem utilizadas. Com o mesmo aroma, umas quantas pop ups de cor amarela. A ideia era usá-las numa sessão de quatro dias e três noites, que teria início a 27 de outubro.

Isto é típico, 4 meses de trabalho e o tempo volta tudo de pernas para o ar! Ventos de 150km/h e chuvas torrenciais, que por norma são sinónimo de cheias. Tudo isto ocorreu no dia que eu tinha estipulado para iniciar a sessão. O que fazer, fico em casa ou arrisco uma sessão nestas condições?

No domingo falei com uns amigos que estavam à pesca em vários lagos e pelo menos 3 tendas foram para o lixo e muitas ficaram danifi-cadas. Canas perdidas e outros materiais estragados. Por agora seria melhor ficar em casa…

Segunda-feira, carro carregado com todo o material do dia anterior, uma última olhada nos ventos, temperaturas e pressão. Não estava mau, 14ºC de dia 6ºC de noite mas tinha 1010bars.

Cheguei com um sol muito especial, um vento de NE. Depois de várias voltas ao lago e

sem qualquer sinal de carpas decidi ficar na parte mais longínqua do lago. Um pesqueiro à profundidade de 6,60m mas como estava a favor do vento estava certo que as Carpas estariam por lá.

Montagens na água, duas na parte mais funda e uma na margem, a uns 2,60m de profun-didade. Todas as canas com o aroma ‘’Sweet Plum’’, sendo que as duas primeiras tinham mon-tagem Chod rig. A da margem levou 1kg de boilies em 10m2 e um normal blow back em mugga continental 6. Ficariam assim por 24hrs.

11h da manha, dia 29 Outubro. Depois de uma noite sem ação mas com vários toques na linha, decidi tirar todas as canas e dar uma volta em busca de sinais de actividade. Depois de uma volta ao lago que demorou cerca de uma hora, decidi ver se elas estariam no fundo ou em águas menos profundas. Com o fish finder encontrei-as no topo, percebendo logo o motivo, a água estava a 16ºC. Decidi colocar um pouco mais de boilies nas canas só daí a duas horas, a ideia era deixar a água sem linhas e deixá-las comer com confiança.

Depois de mais um passeio de 2 horas à volta do lago e sem encontrar nada voltei ao pesqueiro. Não havia carpas ao cimo da água, não saltavam e não existia qualquer sinal de actividade. Parecia que tinham ido passar férias a outro lado. Não estava à espera disso com aquele tempo e temperaturas. Lancei o

termómetro para a parte mais funda e marcou 13ºC a meia água, esperava um pouco mais, a metro e meio do cimo estavam 15ºC. Com estas temperaturas e vento é certo que as carpas estariam algo letárgicas.

Decidi por um zig com bolha de ar, (uma bóia transparente) este sistema corre numa chumba-da e posso regular a profundidade sem voltar a lançar. E como poderia fazer um zig de 4m? Lancei e em 2horas fiz o zig subir de 27ft a 6ft. Mudei a cor e sabor várias vezes e nada, nem um toque. Voltei a passar o fish finder e nada, nem sinal delas. Como era isto possível? Estava a ficar sem ideias, já coçava a cabeça.

Às 1630horas o sol estava baixo e seria escuro em menos de 1 hora, decidi voltar a colo-car as duas canas na parte mais funda, a outra voltava para a margem. Lancei mais 1kg de boilies nas duas canas ao longe e uma mão cheia na margem. Nesta cana da margem mudei para Pellets de halibute, duas rolhas de 20mm num anzol nr 4. Se houvesse um siluro na vizinhança podia ser que saísse. Talvez fosse esse o motivo por que não havia sinal das Carpas. Não tinha nada a perder pois a grade começava a vislum-brar-se.

20horas, eram horas de ir dormir um pouco, a temperatura do ar estava a 5ºC. Esperava que melhorasse durante a noite.

Eram 2horas da manhã, decidi mudar as

duas canas mais fundas para halibute também, a noite estava limpa e reparei que havia um pouco de geada no chão. Talvez isso explicasse algumas coisas, mas as minhas dúvidas continuavam, no fundo, continuava a coçar a cabeça. Fiquei acor-dado até as 3:30horas, mas não vi nada nem ouvi nada ao longe muito menos ao perto. Coloquei o alarme para as 5:50horas da manhã para ver se elas estavam a comer de madrugada.

Depois de um par de horas de sono, fui dar uma volta para ver se elas estavam por lá. Como ainda não havia muita luz e não conseguia distin-guir muito bem a água, decidi pôr a cafeteira a trabalhar. Sentei-me cá fora e esperei pelas bolhas no topo, sinal que elas estariam a comer o que lhes dei. Não precisei esperar muito, aí estavam elas. Lancei o fish finder só para ter a certeza. Mas tenho um pequeno problema. Elas não andavam por perto dos meus anzóis. Saquei as canas fora e voltei a lançar. Uma mesmo no sítio onde elas estavam e outra na ligeiramente afastada. Pela hora de almoço tinha tido um toque na linha e muito pouco mais que isso…

Mais uma vez tirei as canas e deixei-as na margem para deixar a água descansar. Seriam as linhas na água que as deixavam desconfiadas? Descansei a água por 2horas mas o jantar é importante também e depois de repor energias

atirei com mais uns quantos boilies, isto sem problemas pois a noite estava clara e a luz da lua iluminava como se fosse de dia. Fiquei ao lado das canas pronto a pegar nelas assim que ouvisse uns bips.

A temperatura estava a baixar e chegou aos

3ºC, a água no cimo estava a 10ºC e eram apenas 20horas. Se a temperatura baixasse muito mais forçaria a carpa a descer, o que para mim era bom sinal.

Pelas 7horas da manhã, e depois de uma noite sem qualquer sinal, tirei as canas por umas horas. Às 10horas voltei a colocá-las de novo na água. Depois de três horas sem sinal das meni-nas, decidi terminar a sessão. Poderia ter ficado até ao dia seguinte de manhã, mas o tempo iria mudar e precisava estar em casa antes das 9h da manhã ou teria que arrumar tudo debaixo de chuva e isso não é muito do meu agrado.

Embora tenha ficado em branco, dá sempre para aprender alguma coisa, pelo que a próxima sessão será mais proveitosa, pelo menos, assim espero.

Como pretendo colocar o Bivvy a arranjar, esta não acontecerá antes do meio de Novem-bro.

Com ajuda é muito mais fácil

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Page 82: Digital Carp Magazine #02

O outono é a época mais recompensadora no calendário do Carp Fishing. Depois de um verão a saborear os raios de sol e a percorrer as águas de norte a sul, a carpa está agora à espera da primeira geada que lhe dá o sinal para se alimentar melhor, de forma a ganhar peso para passar os próximos meses.

É um jogo de fio de navalha entre sobre-vivência e a morte. Com a temperatura da água a baixar, a carpa deixa de se alimentar com frequência. Com a água a atingir temperaturas de 14ºC o seu sistema digestivo começa a ser mais vagaroso para realizar a sua tarefa. Engodos à base de farinhas de peixe e óleos devem ser evitados, dando preferência a engodos à base de sementes e produtos lácteos.

Tendo tudo isto sido tomado em consider-ação, investi em alguns brinquedos, um termómetro que pode acoplar à cana da bóia de marcação e ser lançado. Podemos assim ler a temperatura da água a várias profundidades. Claro que isso implica lançar e voltar a lançar deixando a água como uma máquina de lavar, mas de momento não estou preocupado pois não estou a pescar. Estou somente a estudar a água e possíveis correntes no lago.

O segundo brinquedo é um FISH FINDER (sonda). O meu interesse não é encontrar o peixe,

que isso é um bónus, mas sim em conhecer os contornos do tapete e saber se aí encontro erva, argila, lodo ou gravilha. Também irá confirmar a profundidade que foi dada pela boia de marcação.

Isto tem sido o trabalho dos passados 4 meses. Dá-me uma ideia de profundidades, temperaturas e correntes. Tudo conjugado, tenho a certeza do que posso vir a esperar mesmo sabendo que não há qualquer certeza de ter Clarice no tapete.

Home Farm não é conhecido pela sua consistência no que se refere a engodo e bolas. Por exemplo, carpas de 5kg a 10kg vão a qualquer sabor e marca, carpas de 10kg a 14kg gostam mais de Nash e CCMore, as maiores (que são poucas) gostam mais de DT Baits e outras bolas que não têm nome e não se encontram à venda nas lojas. Este é o motivo que coloca tudo como se fosse uma lotaria.

Comecei a formular a engodagem, pensando se não seria melhor ir a loja e comprar tudo? Poderia gastar £200 e ficava resolvido, é seguro e sei que funciona, mas…

De tempos a tempos temos que mudar as coisas. Talvez esteja a querer ter mais problemas que proveito mas porque não, decidi fazer as

minhas bolas, dips e farinhas. Com base em farinhas leves e produtos lácteos para promover uma digestão mais fácil, desenvolvi 3 receitas das quais espero o mesmo resultado; Capturar as maiores do lago!

Com a primeira parte terminada passei à prática e iniciou a segunda fase…

Vamos começar com as bolas, como o tempo está ameno, escolhi uma farinha de noz trigada misturada com uma base de farinha de pássaro 50/50 da Quest Baits, para aroma escolhi ‘’sweet plum’’ e acido butírico. Uma variante da Nutra-baits ‘’pinnaple and butyric acid’’.

Para 4 kgs

2,200kg farinha noz trigada 300gr leite em pó1,300kg 50/50 bird food quest baits100gr semolina 100gr farinha Maizena

15 Ovos15ml sweet plum10ml intense sweetner20gotas de ácido butírico10ml de sangue purificado (liquido)(fígado em pó pré digerido será o mesmo)4gr de cor vermelha2gr de cor amarela

Com tudo bem misturado escolhi o tamanho dos boilies, 16mm. Sendo deste diâmetro ficaria

com mais bolas com a mesma massa do que se fizesse um diâmetro maior, o que para este lago não é preciso. Poderia inclusive engodar uma área maior e fazer a carpa comer despreocupada.

Como sempre, estas bolas são cozidas a vapor e ficam a secar 2 dias antes de serem utilizadas. Com o mesmo aroma, umas quantas pop ups de cor amarela. A ideia era usá-las numa sessão de quatro dias e três noites, que teria início a 27 de outubro.

Isto é típico, 4 meses de trabalho e o tempo volta tudo de pernas para o ar! Ventos de 150km/h e chuvas torrenciais, que por norma são sinónimo de cheias. Tudo isto ocorreu no dia que eu tinha estipulado para iniciar a sessão. O que fazer, fico em casa ou arrisco uma sessão nestas condições?

No domingo falei com uns amigos que estavam à pesca em vários lagos e pelo menos 3 tendas foram para o lixo e muitas ficaram danifi-cadas. Canas perdidas e outros materiais estragados. Por agora seria melhor ficar em casa…

Segunda-feira, carro carregado com todo o material do dia anterior, uma última olhada nos ventos, temperaturas e pressão. Não estava mau, 14ºC de dia 6ºC de noite mas tinha 1010bars.

Cheguei com um sol muito especial, um vento de NE. Depois de várias voltas ao lago e

sem qualquer sinal de carpas decidi ficar na parte mais longínqua do lago. Um pesqueiro à profundidade de 6,60m mas como estava a favor do vento estava certo que as Carpas estariam por lá.

Montagens na água, duas na parte mais funda e uma na margem, a uns 2,60m de profun-didade. Todas as canas com o aroma ‘’Sweet Plum’’, sendo que as duas primeiras tinham mon-tagem Chod rig. A da margem levou 1kg de boilies em 10m2 e um normal blow back em mugga continental 6. Ficariam assim por 24hrs.

11h da manha, dia 29 Outubro. Depois de uma noite sem ação mas com vários toques na linha, decidi tirar todas as canas e dar uma volta em busca de sinais de actividade. Depois de uma volta ao lago que demorou cerca de uma hora, decidi ver se elas estariam no fundo ou em águas menos profundas. Com o fish finder encontrei-as no topo, percebendo logo o motivo, a água estava a 16ºC. Decidi colocar um pouco mais de boilies nas canas só daí a duas horas, a ideia era deixar a água sem linhas e deixá-las comer com confiança.

Depois de mais um passeio de 2 horas à volta do lago e sem encontrar nada voltei ao pesqueiro. Não havia carpas ao cimo da água, não saltavam e não existia qualquer sinal de actividade. Parecia que tinham ido passar férias a outro lado. Não estava à espera disso com aquele tempo e temperaturas. Lancei o

termómetro para a parte mais funda e marcou 13ºC a meia água, esperava um pouco mais, a metro e meio do cimo estavam 15ºC. Com estas temperaturas e vento é certo que as carpas estariam algo letárgicas.

Decidi por um zig com bolha de ar, (uma bóia transparente) este sistema corre numa chumba-da e posso regular a profundidade sem voltar a lançar. E como poderia fazer um zig de 4m? Lancei e em 2horas fiz o zig subir de 27ft a 6ft. Mudei a cor e sabor várias vezes e nada, nem um toque. Voltei a passar o fish finder e nada, nem sinal delas. Como era isto possível? Estava a ficar sem ideias, já coçava a cabeça.

Às 1630horas o sol estava baixo e seria escuro em menos de 1 hora, decidi voltar a colo-car as duas canas na parte mais funda, a outra voltava para a margem. Lancei mais 1kg de boilies nas duas canas ao longe e uma mão cheia na margem. Nesta cana da margem mudei para Pellets de halibute, duas rolhas de 20mm num anzol nr 4. Se houvesse um siluro na vizinhança podia ser que saísse. Talvez fosse esse o motivo por que não havia sinal das Carpas. Não tinha nada a perder pois a grade começava a vislum-brar-se.

20horas, eram horas de ir dormir um pouco, a temperatura do ar estava a 5ºC. Esperava que melhorasse durante a noite.

Eram 2horas da manhã, decidi mudar as

duas canas mais fundas para halibute também, a noite estava limpa e reparei que havia um pouco de geada no chão. Talvez isso explicasse algumas coisas, mas as minhas dúvidas continuavam, no fundo, continuava a coçar a cabeça. Fiquei acor-dado até as 3:30horas, mas não vi nada nem ouvi nada ao longe muito menos ao perto. Coloquei o alarme para as 5:50horas da manhã para ver se elas estavam a comer de madrugada.

Depois de um par de horas de sono, fui dar uma volta para ver se elas estavam por lá. Como ainda não havia muita luz e não conseguia distin-guir muito bem a água, decidi pôr a cafeteira a trabalhar. Sentei-me cá fora e esperei pelas bolhas no topo, sinal que elas estariam a comer o que lhes dei. Não precisei esperar muito, aí estavam elas. Lancei o fish finder só para ter a certeza. Mas tenho um pequeno problema. Elas não andavam por perto dos meus anzóis. Saquei as canas fora e voltei a lançar. Uma mesmo no sítio onde elas estavam e outra na ligeiramente afastada. Pela hora de almoço tinha tido um toque na linha e muito pouco mais que isso…

Mais uma vez tirei as canas e deixei-as na margem para deixar a água descansar. Seriam as linhas na água que as deixavam desconfiadas? Descansei a água por 2horas mas o jantar é importante também e depois de repor energias

atirei com mais uns quantos boilies, isto sem problemas pois a noite estava clara e a luz da lua iluminava como se fosse de dia. Fiquei ao lado das canas pronto a pegar nelas assim que ouvisse uns bips.

A temperatura estava a baixar e chegou aos

3ºC, a água no cimo estava a 10ºC e eram apenas 20horas. Se a temperatura baixasse muito mais forçaria a carpa a descer, o que para mim era bom sinal.

Pelas 7horas da manhã, e depois de uma noite sem qualquer sinal, tirei as canas por umas horas. Às 10horas voltei a colocá-las de novo na água. Depois de três horas sem sinal das meni-nas, decidi terminar a sessão. Poderia ter ficado até ao dia seguinte de manhã, mas o tempo iria mudar e precisava estar em casa antes das 9h da manhã ou teria que arrumar tudo debaixo de chuva e isso não é muito do meu agrado.

Embora tenha ficado em branco, dá sempre para aprender alguma coisa, pelo que a próxima sessão será mais proveitosa, pelo menos, assim espero.

Como pretendo colocar o Bivvy a arranjar, esta não acontecerá antes do meio de Novem-bro.

Novas visitas ao lago

Estive no lago ontem à noite, 15 novembro. Vim visitar os parentes Simon e Albert, eles chegaram na segunda-feira e vão no sábado de manhã cedo. Ainda não apanharam nada. Depois de dois dedos de conversa e dois cafés ficamos todos a coçar a cabeça. Isto não está fácil!

É sábado 16 de Novembro e estou de volta ao lago. A visita vai ser rápida pois tenho que voltar a casa cedo, antes do almoço de amanhã.

A água subiu mais de um metro desde a última semana que cá estive! Desta vez fiquei na beira onde saiu a Beatrice, estou a pouco mais de metro e meio de profundidade na berma e quatro metros na parte mais funda. A meio da tarde o dono veio a fazer a ronda. Uma conversa e está tudo claro agora!

Como o lago serve de reservatório para a rega das árvores de fruto ele está constantemente a tirar água, logo esta está a ser constantemente renovada por água proveniente de um furo. ÁGUA NOVA, elas não mexem em águas novas. Acabou por me dizer que já fazia isto havia mais de 7 semanas!

Bom, vamos ver o que dá, não vou ter ilusões... Um chod a 100mt e dois blow back, um no muro e outro na margem, deixá-los lá até me ir embora. Duas mãos de boilies em cada cana e esperar pelo melhor….

Uma noite sem movimento. Um toque na linha e mais nada.

Voltarei em breve….

Um belo cenário...

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Page 83: Digital Carp Magazine #02

O outono é a época mais recompensadora no calendário do Carp Fishing. Depois de um verão a saborear os raios de sol e a percorrer as águas de norte a sul, a carpa está agora à espera da primeira geada que lhe dá o sinal para se alimentar melhor, de forma a ganhar peso para passar os próximos meses.

É um jogo de fio de navalha entre sobre-vivência e a morte. Com a temperatura da água a baixar, a carpa deixa de se alimentar com frequência. Com a água a atingir temperaturas de 14ºC o seu sistema digestivo começa a ser mais vagaroso para realizar a sua tarefa. Engodos à base de farinhas de peixe e óleos devem ser evitados, dando preferência a engodos à base de sementes e produtos lácteos.

Tendo tudo isto sido tomado em consider-ação, investi em alguns brinquedos, um termómetro que pode acoplar à cana da bóia de marcação e ser lançado. Podemos assim ler a temperatura da água a várias profundidades. Claro que isso implica lançar e voltar a lançar deixando a água como uma máquina de lavar, mas de momento não estou preocupado pois não estou a pescar. Estou somente a estudar a água e possíveis correntes no lago.

O segundo brinquedo é um FISH FINDER (sonda). O meu interesse não é encontrar o peixe,

que isso é um bónus, mas sim em conhecer os contornos do tapete e saber se aí encontro erva, argila, lodo ou gravilha. Também irá confirmar a profundidade que foi dada pela boia de marcação.

Isto tem sido o trabalho dos passados 4 meses. Dá-me uma ideia de profundidades, temperaturas e correntes. Tudo conjugado, tenho a certeza do que posso vir a esperar mesmo sabendo que não há qualquer certeza de ter Clarice no tapete.

Home Farm não é conhecido pela sua consistência no que se refere a engodo e bolas. Por exemplo, carpas de 5kg a 10kg vão a qualquer sabor e marca, carpas de 10kg a 14kg gostam mais de Nash e CCMore, as maiores (que são poucas) gostam mais de DT Baits e outras bolas que não têm nome e não se encontram à venda nas lojas. Este é o motivo que coloca tudo como se fosse uma lotaria.

Comecei a formular a engodagem, pensando se não seria melhor ir a loja e comprar tudo? Poderia gastar £200 e ficava resolvido, é seguro e sei que funciona, mas…

De tempos a tempos temos que mudar as coisas. Talvez esteja a querer ter mais problemas que proveito mas porque não, decidi fazer as

minhas bolas, dips e farinhas. Com base em farinhas leves e produtos lácteos para promover uma digestão mais fácil, desenvolvi 3 receitas das quais espero o mesmo resultado; Capturar as maiores do lago!

Com a primeira parte terminada passei à prática e iniciou a segunda fase…

Vamos começar com as bolas, como o tempo está ameno, escolhi uma farinha de noz trigada misturada com uma base de farinha de pássaro 50/50 da Quest Baits, para aroma escolhi ‘’sweet plum’’ e acido butírico. Uma variante da Nutra-baits ‘’pinnaple and butyric acid’’.

Para 4 kgs

2,200kg farinha noz trigada 300gr leite em pó1,300kg 50/50 bird food quest baits100gr semolina 100gr farinha Maizena

15 Ovos15ml sweet plum10ml intense sweetner20gotas de ácido butírico10ml de sangue purificado (liquido)(fígado em pó pré digerido será o mesmo)4gr de cor vermelha2gr de cor amarela

Com tudo bem misturado escolhi o tamanho dos boilies, 16mm. Sendo deste diâmetro ficaria

com mais bolas com a mesma massa do que se fizesse um diâmetro maior, o que para este lago não é preciso. Poderia inclusive engodar uma área maior e fazer a carpa comer despreocupada.

Como sempre, estas bolas são cozidas a vapor e ficam a secar 2 dias antes de serem utilizadas. Com o mesmo aroma, umas quantas pop ups de cor amarela. A ideia era usá-las numa sessão de quatro dias e três noites, que teria início a 27 de outubro.

Isto é típico, 4 meses de trabalho e o tempo volta tudo de pernas para o ar! Ventos de 150km/h e chuvas torrenciais, que por norma são sinónimo de cheias. Tudo isto ocorreu no dia que eu tinha estipulado para iniciar a sessão. O que fazer, fico em casa ou arrisco uma sessão nestas condições?

No domingo falei com uns amigos que estavam à pesca em vários lagos e pelo menos 3 tendas foram para o lixo e muitas ficaram danifi-cadas. Canas perdidas e outros materiais estragados. Por agora seria melhor ficar em casa…

Segunda-feira, carro carregado com todo o material do dia anterior, uma última olhada nos ventos, temperaturas e pressão. Não estava mau, 14ºC de dia 6ºC de noite mas tinha 1010bars.

Cheguei com um sol muito especial, um vento de NE. Depois de várias voltas ao lago e

sem qualquer sinal de carpas decidi ficar na parte mais longínqua do lago. Um pesqueiro à profundidade de 6,60m mas como estava a favor do vento estava certo que as Carpas estariam por lá.

Montagens na água, duas na parte mais funda e uma na margem, a uns 2,60m de profun-didade. Todas as canas com o aroma ‘’Sweet Plum’’, sendo que as duas primeiras tinham mon-tagem Chod rig. A da margem levou 1kg de boilies em 10m2 e um normal blow back em mugga continental 6. Ficariam assim por 24hrs.

11h da manha, dia 29 Outubro. Depois de uma noite sem ação mas com vários toques na linha, decidi tirar todas as canas e dar uma volta em busca de sinais de actividade. Depois de uma volta ao lago que demorou cerca de uma hora, decidi ver se elas estariam no fundo ou em águas menos profundas. Com o fish finder encontrei-as no topo, percebendo logo o motivo, a água estava a 16ºC. Decidi colocar um pouco mais de boilies nas canas só daí a duas horas, a ideia era deixar a água sem linhas e deixá-las comer com confiança.

Depois de mais um passeio de 2 horas à volta do lago e sem encontrar nada voltei ao pesqueiro. Não havia carpas ao cimo da água, não saltavam e não existia qualquer sinal de actividade. Parecia que tinham ido passar férias a outro lado. Não estava à espera disso com aquele tempo e temperaturas. Lancei o

termómetro para a parte mais funda e marcou 13ºC a meia água, esperava um pouco mais, a metro e meio do cimo estavam 15ºC. Com estas temperaturas e vento é certo que as carpas estariam algo letárgicas.

Decidi por um zig com bolha de ar, (uma bóia transparente) este sistema corre numa chumba-da e posso regular a profundidade sem voltar a lançar. E como poderia fazer um zig de 4m? Lancei e em 2horas fiz o zig subir de 27ft a 6ft. Mudei a cor e sabor várias vezes e nada, nem um toque. Voltei a passar o fish finder e nada, nem sinal delas. Como era isto possível? Estava a ficar sem ideias, já coçava a cabeça.

Às 1630horas o sol estava baixo e seria escuro em menos de 1 hora, decidi voltar a colo-car as duas canas na parte mais funda, a outra voltava para a margem. Lancei mais 1kg de boilies nas duas canas ao longe e uma mão cheia na margem. Nesta cana da margem mudei para Pellets de halibute, duas rolhas de 20mm num anzol nr 4. Se houvesse um siluro na vizinhança podia ser que saísse. Talvez fosse esse o motivo por que não havia sinal das Carpas. Não tinha nada a perder pois a grade começava a vislum-brar-se.

20horas, eram horas de ir dormir um pouco, a temperatura do ar estava a 5ºC. Esperava que melhorasse durante a noite.

Eram 2horas da manhã, decidi mudar as

duas canas mais fundas para halibute também, a noite estava limpa e reparei que havia um pouco de geada no chão. Talvez isso explicasse algumas coisas, mas as minhas dúvidas continuavam, no fundo, continuava a coçar a cabeça. Fiquei acor-dado até as 3:30horas, mas não vi nada nem ouvi nada ao longe muito menos ao perto. Coloquei o alarme para as 5:50horas da manhã para ver se elas estavam a comer de madrugada.

Depois de um par de horas de sono, fui dar uma volta para ver se elas estavam por lá. Como ainda não havia muita luz e não conseguia distin-guir muito bem a água, decidi pôr a cafeteira a trabalhar. Sentei-me cá fora e esperei pelas bolhas no topo, sinal que elas estariam a comer o que lhes dei. Não precisei esperar muito, aí estavam elas. Lancei o fish finder só para ter a certeza. Mas tenho um pequeno problema. Elas não andavam por perto dos meus anzóis. Saquei as canas fora e voltei a lançar. Uma mesmo no sítio onde elas estavam e outra na ligeiramente afastada. Pela hora de almoço tinha tido um toque na linha e muito pouco mais que isso…

Mais uma vez tirei as canas e deixei-as na margem para deixar a água descansar. Seriam as linhas na água que as deixavam desconfiadas? Descansei a água por 2horas mas o jantar é importante também e depois de repor energias

atirei com mais uns quantos boilies, isto sem problemas pois a noite estava clara e a luz da lua iluminava como se fosse de dia. Fiquei ao lado das canas pronto a pegar nelas assim que ouvisse uns bips.

A temperatura estava a baixar e chegou aos

3ºC, a água no cimo estava a 10ºC e eram apenas 20horas. Se a temperatura baixasse muito mais forçaria a carpa a descer, o que para mim era bom sinal.

Pelas 7horas da manhã, e depois de uma noite sem qualquer sinal, tirei as canas por umas horas. Às 10horas voltei a colocá-las de novo na água. Depois de três horas sem sinal das meni-nas, decidi terminar a sessão. Poderia ter ficado até ao dia seguinte de manhã, mas o tempo iria mudar e precisava estar em casa antes das 9h da manhã ou teria que arrumar tudo debaixo de chuva e isso não é muito do meu agrado.

Embora tenha ficado em branco, dá sempre para aprender alguma coisa, pelo que a próxima sessão será mais proveitosa, pelo menos, assim espero.

Como pretendo colocar o Bivvy a arranjar, esta não acontecerá antes do meio de Novem-bro.

Novas visitas ao lago

Estive no lago ontem à noite, 15 novembro. Vim visitar os parentes Simon e Albert, eles chegaram na segunda-feira e vão no sábado de manhã cedo. Ainda não apanharam nada. Depois de dois dedos de conversa e dois cafés ficamos todos a coçar a cabeça. Isto não está fácil!

É sábado 16 de Novembro e estou de volta ao lago. A visita vai ser rápida pois tenho que voltar a casa cedo, antes do almoço de amanhã.

A água subiu mais de um metro desde a última semana que cá estive! Desta vez fiquei na beira onde saiu a Beatrice, estou a pouco mais de metro e meio de profundidade na berma e quatro metros na parte mais funda. A meio da tarde o dono veio a fazer a ronda. Uma conversa e está tudo claro agora!

Como o lago serve de reservatório para a rega das árvores de fruto ele está constantemente a tirar água, logo esta está a ser constantemente renovada por água proveniente de um furo. ÁGUA NOVA, elas não mexem em águas novas. Acabou por me dizer que já fazia isto havia mais de 7 semanas!

Bom, vamos ver o que dá, não vou ter ilusões... Um chod a 100mt e dois blow back, um no muro e outro na margem, deixá-los lá até me ir embora. Duas mãos de boilies em cada cana e esperar pelo melhor….

Uma noite sem movimento. Um toque na linha e mais nada.

Voltarei em breve….

Um belo cenário...

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Page 84: Digital Carp Magazine #02

Uma das coisas mais importantes nas sessões de Carp Fishing é o conforto. Ir umas horas à pesca à boia ou passar uma manhã sentado numa pedra à pesca aos barbos, não é bem a mesma coisa que estar dois ou três dias numa sessão de Carp Fishing. Muitas destas sessões são ainda marcadas pela ausência de capturas, pelo que se exige algum conforto, para não se correr o risco de desistência da sessão. Se de dia é fácil resolver o problema do frio com alguma movimentação, de noite torna-se mais complicado.

É precisamente nas horas mais frias que precisamos de mais conforto e um bom saco cama faz toda a diferença. Se não houver limitação de euros podemos ir ao topo de gama de qualquer marca e temos o problema resolvido, mas se puder-mos ter bom material a um custo inferior, tanto melhor.

O saco cama Big Snooze Plus da Trakker pode comprar-se a um preço bastante acessível, e com uma qualidade muito elevada. O seu tamanho permite que uma pessoa de elevada estatura e de boa estrutura fique bastante confortável dentro dele.

O exterior é feito de um material muito macio e respirável, além de um toque quente. Os fechos, um de cada lado, são de abertura rápida e têm uma pequena proteção pelo interior, que impede que se aperte o tecido interior. Têm ainda um velcro cada, que impede o saco de abrir de um lado, permitindo que se abra apenas do lado que se pretende sair. Um cordão permite ainda ajustar a abertura da parte

superior, caso seja necessário. Na parte exterior tem ainda um bolso onde se pode guardar um telemóvel, central dos alarmes ou as chaves do carro por exemplo.

No interior, da mesma cor verde que o exterior, encontramos um tecido polar de um conforto mara-vilhoso. A parte da cabeceira é ligeiramente mais espessa que o restante, ainda assim não evita que se use uma almofada.

Para fixar o saco cama à Bedchair, temos nas duas extremidades uma espécie de bolsa de Canguru com elástico, que permite que depois de encaixado o saco, este fique bem preso. Para permitir todos os movimentos interiores sem o saco sair do sítio temos ainda ajuda de uma cinta com fecho de aperto rápido, que passa a meio da Bedchair, tornando assim todo o conjunto como um só.

O saco que o acompanha é feito num material muito fino, apesar de resistente, mas o ideal será mesmo a aquisição de um saco Clam Shell Sleeping Bag Carryall, da JRC. Além do seu enorme espaço interior, que permite guardar uma almofada e o saco cama, é completamente impermeável. É possível ainda guardar um casaco ou alguma peça de roupa, tal é o seu tamanho. Tal como o saco cama, é feito em cor verde, possui duas cintas de aperto e duas pegas, tornando-o extremamente fácil de transpor-tar. O fundo exterior é revestido a borracha, pelo que se pode colocar no chão sem problema de manchar o tecido verde.

AnáliseTrakker Big Snooze PlusJRC Clam Shell Sleeping Bag Carryall

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Page 85: Digital Carp Magazine #02

SementesCozer

Apesar de ser um processo que muitos con-

sideram elementar, lembro que todos nós, pes-

cadores com mais ou menos experiência, um

dia perguntámos, ou alguém nos disse como se

deveriam cozer as sementes. Como tal, tendo a

perfeita noção que alguns dos nosso leitores se

estão a iniciar nestas lides, resolvi escrever um

pequeno texto onde descrevo a forma como

preparo as minhas sementes.

Compro um saco de 25 kg de mistura para

pombos, que se pode encontrar em qualquer

loja de rações para animais. Custa cerca de 15 €

e contém uma boa variedade de sementes, tais

como milho, trigo, fava, ervilha, etc.

Divido o saco por 3 baldes de 25 litros e

cubro as sementes com água, elas irão

absorve-la e começar a inchar. Por norma

deixo-as três ou quatro dias de molho, mas

bastam 24h para podermos dizer que atingiram

o limite da absorção, estando prontas a cozer.

Convém ir verificando o nível da água, e

mantê-las sempre cobertas.

Meia hora numa panela (eu uso de pressão)

e voltam para o balde com a água da cozedura.

Se esta não chegar acrescentar até ficarem

cobertas. Nesta altura aproveito para colocar 1

kg de açúcar amarelo por cada balde de 25

litros. Após arrefecerem fecho o balde, de

preferência hermeticamente, para poderem

fermentar o máximo possível.

Fazer uso das sementes após este processo

tem a ver com a disponibilidade e necessidade

de cada um, eu deixo as minhas a fermentar

entre 15 dias a um mês se tiver urgência, ou

então deixo-as ficar até precisar delas.

Paulo Gomes

Técnicas,Truques & Dicas

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Page 86: Digital Carp Magazine #02

Apesar de morar na Suíça, não são raras as vezes que o nosso convidado pesca em

águas francesas, pelas quais tem muita admiração. Sempre disposto a pescar ao

limite, mantém-se sempre atento ao meio ambiente, que tanta vez nos ajuda na con-

cretização de uma boa captura.

Já há muito tempo que constatamos uma evolução constante no domínio da pesca à carpa. Quer seja ao nível dos iscos que não param de melhorar, a fim de se confundi-rem o mais possível com a comida natural, quer seja a nível de material ou técnicas de pesca. Tudo isto se tornou mais sofisticado com o intuito de contornar a “sabedoria” dos peixes maiores e mais velhos.

Vou utilizar alguns dos meus conhecimentos para tentar

explicar vários pontos-chave na pesca, ao longo das diferen-tes estações do ano, que me têm rendido boas capturas. Já são anos seguidos de pesca em águas francesas, águas que possuem uma variedade piscícola impressionante, basta deslocarmo-nos alguns quilómetros para darmos de caras com as águas de um lago, um canal ou um rio, povoadas por dezenas de espécies de peixes. Em todas elas, é pratica-mente certo que vamos encontrar carpas, onde cada massa de água constitui uma maravilha da natureza e cada lugar tem o seu “quê” de magia.

A fauna piscícola francesa é relativamente vasta em comida natural o que permite aos peixes crescer rapida-

mente. Esta é a principal razão pela qual, a maio-ria dos pescadores internacionais percorrem milhares e milhares de quilómetros para pescar nestas águas.

Existem várias formas de abordar uma massa de água mediante as estações do ano. Como mencionei anteriormente a França é um paraíso para os Carpistas, é por este motivo que passo grande parte do meu tempo sobre este “terreno de jogo” interminável. Há técnicas que atraem toda a minha atenção e por vezes a observação e a imaginação, são sinónimos de sucesso. O primeiro parâmetro que deve entrar em linha de conta é a localização do peixe (observação). Estimo em 80% a importância da localização na nossa pesca. Não serve de nada engodar com os melhores iscos do mundo senão pescarmos onde o peixe se encontra. Esta é uma regra de ouro que se deve reter em absoluto! A imaginação pode por vezes fazer a diferença

entre tirar um grande peixe ou não!

Após uma boa localização do peixe, resta-nos tentar perceber onde são as zonas de repouso e as zonas de alimentação. Regra geral as duas zonas não distam muito uma da outra. Uma zona de obstáculos, é sinónimo de segu-rança. É costume encontrar peixes nas suas pro-ximidades, estes irão tentar arranjar comida o mais perto possível do local de repouso/segurança.

A temperatura da água em função das esta-ções do ano

A carpa é um peixe que tem um regime alimentar omnívoro o que significa que come de tudo. Costumamos dizer que quando mais velhas são, maior a tendência têm a ter um regime carnívoro. É muito tolerante às variações de temperatura, razão pela qual a conseguimos

As Estaçõesdo Ano Julien Borgeat

Team Aquabaits

Uma das belas capturas de verão!

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Page 87: Digital Carp Magazine #02

Apesar de morar na Suíça, não são raras as vezes que o nosso convidado pesca em

águas francesas, pelas quais tem muita admiração. Sempre disposto a pescar ao

limite, mantém-se sempre atento ao meio ambiente, que tanta vez nos ajuda na con-

cretização de uma boa captura.

Já há muito tempo que constatamos uma evolução constante no domínio da pesca à carpa. Quer seja ao nível dos iscos que não param de melhorar, a fim de se confundi-rem o mais possível com a comida natural, quer seja a nível de material ou técnicas de pesca. Tudo isto se tornou mais sofisticado com o intuito de contornar a “sabedoria” dos peixes maiores e mais velhos.

Vou utilizar alguns dos meus conhecimentos para tentar

explicar vários pontos-chave na pesca, ao longo das diferen-tes estações do ano, que me têm rendido boas capturas. Já são anos seguidos de pesca em águas francesas, águas que possuem uma variedade piscícola impressionante, basta deslocarmo-nos alguns quilómetros para darmos de caras com as águas de um lago, um canal ou um rio, povoadas por dezenas de espécies de peixes. Em todas elas, é pratica-mente certo que vamos encontrar carpas, onde cada massa de água constitui uma maravilha da natureza e cada lugar tem o seu “quê” de magia.

A fauna piscícola francesa é relativamente vasta em comida natural o que permite aos peixes crescer rapida-

mente. Esta é a principal razão pela qual, a maio-ria dos pescadores internacionais percorrem milhares e milhares de quilómetros para pescar nestas águas.

Existem várias formas de abordar uma massa de água mediante as estações do ano. Como mencionei anteriormente a França é um paraíso para os Carpistas, é por este motivo que passo grande parte do meu tempo sobre este “terreno de jogo” interminável. Há técnicas que atraem toda a minha atenção e por vezes a observação e a imaginação, são sinónimos de sucesso. O primeiro parâmetro que deve entrar em linha de conta é a localização do peixe (observação). Estimo em 80% a importância da localização na nossa pesca. Não serve de nada engodar com os melhores iscos do mundo senão pescarmos onde o peixe se encontra. Esta é uma regra de ouro que se deve reter em absoluto! A imaginação pode por vezes fazer a diferença

entre tirar um grande peixe ou não!

Após uma boa localização do peixe, resta-nos tentar perceber onde são as zonas de repouso e as zonas de alimentação. Regra geral as duas zonas não distam muito uma da outra. Uma zona de obstáculos, é sinónimo de segu-rança. É costume encontrar peixes nas suas pro-ximidades, estes irão tentar arranjar comida o mais perto possível do local de repouso/segurança.

A temperatura da água em função das esta-ções do ano

A carpa é um peixe que tem um regime alimentar omnívoro o que significa que come de tudo. Costumamos dizer que quando mais velhas são, maior a tendência têm a ter um regime carnívoro. É muito tolerante às variações de temperatura, razão pela qual a conseguimos

As Estaçõesdo Ano Julien Borgeat

Team Aquabaits

Uma das belas capturas de verão!

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Já há muito tempo que constatamos uma evolução constante no domínio da pesca à carpa. Quer seja ao nível dos iscos que não param de melhorar, a fim de se confundi-rem o mais possível com a comida natural, quer seja a nível de material ou técnicas de pesca. Tudo isto se tornou mais sofisticado com o intuito de contornar a “sabedoria” dos peixes maiores e mais velhos.

Vou utilizar alguns dos meus conhecimentos para tentar

explicar vários pontos-chave na pesca, ao longo das difer-entes estações do ano, que me têm rendido boas capturas. Já são anos seguidos de pesca em águas francesas, águas que possuem uma variedade piscícola impressionante, basta deslocarmo-nos alguns quilómetros para darmos de caras com as águas de um lago, um canal ou um rio, povoadas por dezenas de espécies de peixes. Em todas elas, é pratica-mente certo que vamos encontrar carpas, onde cada massa de água constitui uma maravilha da natureza e cada lugar tem o seu “quê” de magia.

A fauna piscícola francesa é relativamente vasta em comida natural o que permite aos peixes crescer rapida-men-

te. Esta é a principal razão pela qual, a maioria dos pescadores internacionais percorrem milhares e milhares de quilómetros para pescar nestas águas.

Existem várias formas de abordar uma massa de água mediante as estações do ano. Como mencionei anteriormente a França é um paraíso para os Carpistas, é por este motivo que passo grande parte do meu tempo sobre este “terreno de jogo” interminável. Há técnicas que atraem toda a minha atenção e por vezes a observação e a imaginação, são sinónimos de sucesso. O primeiro parâmetro que deve entrar em linha de conta é a localização do peixe (observação). Estimo em 80% a importância da localização na nossa pesca. Não serve de nada engodar com os melhores iscos do mundo senão pescarmos onde o peixe se encontra. Esta é uma regra de ouro que se deve reter em absoluto! A imaginação pode por vezes fazer a diferença

entre tirar um grande peixe ou não!

Após uma boa localização do peixe, resta-nos tentar perceber onde são as zonas de repouso e as zonas de alimentação. Regra geral as duas zonas não distam muito uma da outra. Uma zona de obstáculos, é sinónimo de segu-rança. É costume encontrar peixes nas suas pro-ximidades, estes irão tentar arranjar comida o mais perto possível do local de repouso/segu-rança.

A temperatura da água em função das estações do ano

A carpa é um peixe que tem um regime alimentar omnívoro o que significa que come de tudo. Costumamos dizer que quando mais velhas são, maior a tendência têm a ter um regime carnívoro. É muito tolerante às variações de temperatura, razão pela qual a conseguimos

encontrar em tantos países. Ainda assim esta desempenha um papel muito importante na atividade do peixe, depen-dendo da estação do ano em que nos encontramos. Nunca esquecer que a carpa é um peixe de sangue frio, e que o intervalo de adaptação é enorme, indo dos 0 aos 30ºC, pelo que se adapta em praticamente todo o lado. É ainda possível que estes peixes aguentem choques térmicos devido a mudanças repentinas da temperatura.

InvernoO Inverno chega, a paisagem muda e tudo gela. Entramos

numa época em que a temperatura diminui consideravel-mente a atividade do peixe. Por norma pensa-se que a carpa cessa a sua atividade durante o período invernal mas não é bem assim pois a carpa durante este período continua a alimentar-se. Em consequência a água fria desacelera a digestão e a carpa não sentirá necessidade de se alimentar em abundância. Irá então procurar alimento particularmente rico em proteína e matéria gorda como forma de lutar contra o frio.

Esta é uma época que pode tornar difícil a pesca e é por esta razão que devemos ter um pouco de bom senso antes de colocar as linhas na água. Cada recanto de uma massa de água possui propriedades diferentes. Iremos acabar por com-preender que este é o período mais difícil para a pesca. O conhecimento e experiência do local de pesca será essencial para o sucesso.

Em primeiro lugar temos que observar a massa de água na esperança de ver sinais de atividade, saltos por exemplo, ou bolhas na água. Esta é a forma mais lógica. Se o lago não apresentar nenhum sinal de atividade, podemos observar a movimentação dos patos, pois também eles vão em busca das zonas mais quentes. São muitas vezes as zonas expostas do lado sul que são as mais vivas.

As partes menos profundas são as mais expostas ao sol e aquecem mais rapidamente que as partes mais profundas, devemos portanto, incidir sobre estas áreas antes de mais. Não são raros os casos em que se depara com variações de vários graus em poucos metros de distância, há que usar o termómetro e a sonda.

Não exagerar muito nas engodagens invernais. Basta uma dezena de boillies cortados ou partidos espalhados na zona da montagem.

PrimaveraO sol está mais presente. A natureza começa a acordar

suavemente. O som dos pássaros é ouvido de novo, lá vem a primavera. As senhoras carpas começam a surgir vindas dos seus esconderijos invernais e a temperatura sobe acima dos 10ºC. A atividade alimentar retorna gradualmente, por forma, a preencher as lacunas de alimentos sentida no Inverno. Por

sua vez a vida aquática começa a desenvolver-se primeiramente nas zonas menos profun-das onde a água aquece mais depressa e permite o desenvolvimento de zooplâncton, fitoplâncton, vers de vases etc. Uma prospeção nas zonas ensolaradas é vivamente aconse-lhada. Ainda mais evidente é, se fizermos incidir a nossa área de exploração em zonas de ervas, com obstáculos, juncos, onde por norma os peixes são avistados.

Evitar engodagens pesadas no início desta época, pois os peixes ainda estão um pouco tímidos. O ideal será mantê-los interessados na nossa engodagem e montagem sem os empanturrar.

A primavera é um período chave para a carpa porque ela sente necessidade de se reproduzir. Assim sendo, logo que a temperatura atinja os 18º C, a carpa começa a ocupar as áreas da desova. Uma fêmea põe 100 000 ovos por cada kg do seu próprio peso. Uma vez reunidos os requisitos, o namoro pode finalmente começar.

É preciso que as condições climáticas mudem para que a carpa pare a desova completa-mente. Um vento de norte, por exemplo, é o suficiente para quebrar o ciclo de repro-dução/incubação, fazendo com que as condições deixem de ser favoráveis ao desenvolvi-mento do embrião. Cada peixe capturado durante a desova merece ser tratado com o máximo de respeito pois são milhões de indivíduos que estão dentro dos ventres inflados da Senhora Carpa.

VerãoO Verão é uma época que por vezes se torna difícil para a pesca da carpa. O forte calor

faz com que a água atinja temperaturas elevadas, o teor de oxigénio diminui, o que força as carpas a diminuir a sua atividade, diminuindo o consumo de oxigénio.

Durante os meses de verão, é primordial confiar nas condições meteorológicas para que a pesca seja bem-sucedida, por exemplo, um vento muito forte que bate numa margem

do lago. Neste caso não devem hesitar em depositar aqui uma montagem, porque o “turbilhão” que vai criar permite que haja uma mistura das diversas camadas de água. Isto faz com que o oxigénio presente nas camadas inferiores “recarregue” as camadas superiores (mais pobres em oxigénio) em relativamente pouco tempo. Em certos lagos o vento é um fator indispensável às boas condições de pesca.

Também a chuva é um ótimo meio para fazer disparar a atividade nas carpas. Nesta estação temos períodos de tempo muito quentes e por vezes, ao mesmo tempo trovoadas e períodos mais agrestes. Os peixes são diretamente afetados por estas condições, apenas uma tempestade pode voltar a oxigenar as águas num curto espaço de tempo. Constatamos que se a pressão atmosférica

baixa, desempenha um papel importante no com-portamento do peixe. Baseado na minha experiên-cia noto que as variações de pressão brutais são uma muito boa influência para a pesca, podemos dizer que desencadeiam um frenesim alimentar nos peixes. Na possibilidade de trovoada, devemos sair de casa sempre com muita prudência, as canas são em carbono, tornando-as um excelente condutor de eletricidade, pondo em risco a nossa vida.

OutonoO Outono é um período muito promissor! As

folhas das árvores começam a cair e a natureza parece uma mesa recheada de cores extravagantes. É simplesmente uma estação mágica para a carpa, quer ao nível da sua beleza quer ao nível de resulta-dos de capturas.

Durante este período a carpa alimenta-se com o intuito de suprir as suas necessidades fisiológicas. Os fatores ambientais alertam a carpa para a chega-da do Inverno e é por esta razão que a sua atividade alimentar acelera consideravelmente. Nesta estação os peixes estão predispostos a percorrer grandes distâncias em busca de comida. Por estes fatores, há quem considere esta a melhor estação do ano para capturar grandes exemplares.

Não há que ter medo, podemos pescar a qualquer profundidade pois a água encontra-se praticamente à mesma temperatura. A comida está por todo o lado, temos que ousar pescar a maiores profundidades e utilizar iscos da nossa maior confi-ança. Por outro lado temos que ter bastante atenção aos lagostins, a atividade destes pode ser um fator desencorajador mas há formas de contornar isso,

com a noz tigrada e as mangas ou redes protetoras de isco!

Não esquecer que tudo isto se repete tempora-da após temporada, ano após ano, estação após estação!

Espero que esta leitura vos possa ser útil e vos ajude a capturar um recorde!

A pesca não é uma ciência exata, procurem formar a vossa própria opinião, a melhor forma de evoluir é passar tempo à beira da água .

Uma prova de que no inverno se podem capturar grandes Carpas!

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Page 89: Digital Carp Magazine #02

Já há muito tempo que constatamos uma evolução constante no domínio da pesca à carpa. Quer seja ao nível dos iscos que não param de melhorar, a fim de se confundi-rem o mais possível com a comida natural, quer seja a nível de material ou técnicas de pesca. Tudo isto se tornou mais sofisticado com o intuito de contornar a “sabedoria” dos peixes maiores e mais velhos.

Vou utilizar alguns dos meus conhecimentos para tentar

explicar vários pontos-chave na pesca, ao longo das difer-entes estações do ano, que me têm rendido boas capturas. Já são anos seguidos de pesca em águas francesas, águas que possuem uma variedade piscícola impressionante, basta deslocarmo-nos alguns quilómetros para darmos de caras com as águas de um lago, um canal ou um rio, povoadas por dezenas de espécies de peixes. Em todas elas, é pratica-mente certo que vamos encontrar carpas, onde cada massa de água constitui uma maravilha da natureza e cada lugar tem o seu “quê” de magia.

A fauna piscícola francesa é relativamente vasta em comida natural o que permite aos peixes crescer rapida-men-

te. Esta é a principal razão pela qual, a maioria dos pescadores internacionais percorrem milhares e milhares de quilómetros para pescar nestas águas.

Existem várias formas de abordar uma massa de água mediante as estações do ano. Como mencionei anteriormente a França é um paraíso para os Carpistas, é por este motivo que passo grande parte do meu tempo sobre este “terreno de jogo” interminável. Há técnicas que atraem toda a minha atenção e por vezes a observação e a imaginação, são sinónimos de sucesso. O primeiro parâmetro que deve entrar em linha de conta é a localização do peixe (observação). Estimo em 80% a importância da localização na nossa pesca. Não serve de nada engodar com os melhores iscos do mundo senão pescarmos onde o peixe se encontra. Esta é uma regra de ouro que se deve reter em absoluto! A imaginação pode por vezes fazer a diferença

entre tirar um grande peixe ou não!

Após uma boa localização do peixe, resta-nos tentar perceber onde são as zonas de repouso e as zonas de alimentação. Regra geral as duas zonas não distam muito uma da outra. Uma zona de obstáculos, é sinónimo de segu-rança. É costume encontrar peixes nas suas pro-ximidades, estes irão tentar arranjar comida o mais perto possível do local de repouso/segu-rança.

A temperatura da água em função das estações do ano

A carpa é um peixe que tem um regime alimentar omnívoro o que significa que come de tudo. Costumamos dizer que quando mais velhas são, maior a tendência têm a ter um regime carnívoro. É muito tolerante às variações de temperatura, razão pela qual a conseguimos

encontrar em tantos países. Ainda assim esta desempenha um papel muito importante na atividade do peixe, depen-dendo da estação do ano em que nos encontramos. Nunca esquecer que a carpa é um peixe de sangue frio, e que o intervalo de adaptação é enorme, indo dos 0 aos 30ºC, pelo que se adapta em praticamente todo o lado. É ainda possível que estes peixes aguentem choques térmicos devido a mudanças repentinas da temperatura.

InvernoO Inverno chega, a paisagem muda e tudo gela. Entramos

numa época em que a temperatura diminui consideravel-mente a atividade do peixe. Por norma pensa-se que a carpa cessa a sua atividade durante o período invernal mas não é bem assim pois a carpa durante este período continua a alimentar-se. Em consequência a água fria desacelera a digestão e a carpa não sentirá necessidade de se alimentar em abundância. Irá então procurar alimento particularmente rico em proteína e matéria gorda como forma de lutar contra o frio.

Esta é uma época que pode tornar difícil a pesca e é por esta razão que devemos ter um pouco de bom senso antes de colocar as linhas na água. Cada recanto de uma massa de água possui propriedades diferentes. Iremos acabar por com-preender que este é o período mais difícil para a pesca. O conhecimento e experiência do local de pesca será essencial para o sucesso.

Em primeiro lugar temos que observar a massa de água na esperança de ver sinais de atividade, saltos por exemplo, ou bolhas na água. Esta é a forma mais lógica. Se o lago não apresentar nenhum sinal de atividade, podemos observar a movimentação dos patos, pois também eles vão em busca das zonas mais quentes. São muitas vezes as zonas expostas do lado sul que são as mais vivas.

As partes menos profundas são as mais expostas ao sol e aquecem mais rapidamente que as partes mais profundas, devemos portanto, incidir sobre estas áreas antes de mais. Não são raros os casos em que se depara com variações de vários graus em poucos metros de distância, há que usar o termómetro e a sonda.

Não exagerar muito nas engodagens invernais. Basta uma dezena de boillies cortados ou partidos espalhados na zona da montagem.

PrimaveraO sol está mais presente. A natureza começa a acordar

suavemente. O som dos pássaros é ouvido de novo, lá vem a primavera. As senhoras carpas começam a surgir vindas dos seus esconderijos invernais e a temperatura sobe acima dos 10ºC. A atividade alimentar retorna gradualmente, por forma, a preencher as lacunas de alimentos sentida no Inverno. Por

sua vez a vida aquática começa a desenvolver-se primeiramente nas zonas menos profun-das onde a água aquece mais depressa e permite o desenvolvimento de zooplâncton, fitoplâncton, vers de vases etc. Uma prospeção nas zonas ensolaradas é vivamente aconse-lhada. Ainda mais evidente é, se fizermos incidir a nossa área de exploração em zonas de ervas, com obstáculos, juncos, onde por norma os peixes são avistados.

Evitar engodagens pesadas no início desta época, pois os peixes ainda estão um pouco tímidos. O ideal será mantê-los interessados na nossa engodagem e montagem sem os empanturrar.

A primavera é um período chave para a carpa porque ela sente necessidade de se reproduzir. Assim sendo, logo que a temperatura atinja os 18º C, a carpa começa a ocupar as áreas da desova. Uma fêmea põe 100 000 ovos por cada kg do seu próprio peso. Uma vez reunidos os requisitos, o namoro pode finalmente começar.

É preciso que as condições climáticas mudem para que a carpa pare a desova completa-mente. Um vento de norte, por exemplo, é o suficiente para quebrar o ciclo de repro-dução/incubação, fazendo com que as condições deixem de ser favoráveis ao desenvolvi-mento do embrião. Cada peixe capturado durante a desova merece ser tratado com o máximo de respeito pois são milhões de indivíduos que estão dentro dos ventres inflados da Senhora Carpa.

VerãoO Verão é uma época que por vezes se torna difícil para a pesca da carpa. O forte calor

faz com que a água atinja temperaturas elevadas, o teor de oxigénio diminui, o que força as carpas a diminuir a sua atividade, diminuindo o consumo de oxigénio.

Durante os meses de verão, é primordial confiar nas condições meteorológicas para que a pesca seja bem-sucedida, por exemplo, um vento muito forte que bate numa margem

do lago. Neste caso não devem hesitar em depositar aqui uma montagem, porque o “turbilhão” que vai criar permite que haja uma mistura das diversas camadas de água. Isto faz com que o oxigénio presente nas camadas inferiores “recarregue” as camadas superiores (mais pobres em oxigénio) em relativamente pouco tempo. Em certos lagos o vento é um fator indispensável às boas condições de pesca.

Também a chuva é um ótimo meio para fazer disparar a atividade nas carpas. Nesta estação temos períodos de tempo muito quentes e por vezes, ao mesmo tempo trovoadas e períodos mais agrestes. Os peixes são diretamente afetados por estas condições, apenas uma tempestade pode voltar a oxigenar as águas num curto espaço de tempo. Constatamos que se a pressão atmosférica

baixa, desempenha um papel importante no com-portamento do peixe. Baseado na minha experiên-cia noto que as variações de pressão brutais são uma muito boa influência para a pesca, podemos dizer que desencadeiam um frenesim alimentar nos peixes. Na possibilidade de trovoada, devemos sair de casa sempre com muita prudência, as canas são em carbono, tornando-as um excelente condutor de eletricidade, pondo em risco a nossa vida.

OutonoO Outono é um período muito promissor! As

folhas das árvores começam a cair e a natureza parece uma mesa recheada de cores extravagantes. É simplesmente uma estação mágica para a carpa, quer ao nível da sua beleza quer ao nível de resulta-dos de capturas.

Durante este período a carpa alimenta-se com o intuito de suprir as suas necessidades fisiológicas. Os fatores ambientais alertam a carpa para a chega-da do Inverno e é por esta razão que a sua atividade alimentar acelera consideravelmente. Nesta estação os peixes estão predispostos a percorrer grandes distâncias em busca de comida. Por estes fatores, há quem considere esta a melhor estação do ano para capturar grandes exemplares.

Não há que ter medo, podemos pescar a qualquer profundidade pois a água encontra-se praticamente à mesma temperatura. A comida está por todo o lado, temos que ousar pescar a maiores profundidades e utilizar iscos da nossa maior confi-ança. Por outro lado temos que ter bastante atenção aos lagostins, a atividade destes pode ser um fator desencorajador mas há formas de contornar isso,

com a noz tigrada e as mangas ou redes protetoras de isco!

Não esquecer que tudo isto se repete tempora-da após temporada, ano após ano, estação após estação!

Espero que esta leitura vos possa ser útil e vos ajude a capturar um recorde!

A pesca não é uma ciência exata, procurem formar a vossa própria opinião, a melhor forma de evoluir é passar tempo à beira da água .

Uma prova de que no inverno se podem capturar grandes Carpas!

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Page 90: Digital Carp Magazine #02

Já há muito tempo que constatamos uma evolução constante no domínio da pesca à carpa. Quer seja ao nível dos iscos que não param de melhorar, a fim de se confundi-rem o mais possível com a comida natural, quer seja a nível de material ou técnicas de pesca. Tudo isto se tornou mais sofisticado com o intuito de contornar a “sabedoria” dos peixes maiores e mais velhos.

Vou utilizar alguns dos meus conhecimentos para tentar

explicar vários pontos-chave na pesca, ao longo das difer-entes estações do ano, que me têm rendido boas capturas. Já são anos seguidos de pesca em águas francesas, águas que possuem uma variedade piscícola impressionante, basta deslocarmo-nos alguns quilómetros para darmos de caras com as águas de um lago, um canal ou um rio, povoadas por dezenas de espécies de peixes. Em todas elas, é pratica-mente certo que vamos encontrar carpas, onde cada massa de água constitui uma maravilha da natureza e cada lugar tem o seu “quê” de magia.

A fauna piscícola francesa é relativamente vasta em comida natural o que permite aos peixes crescer rapida-men-

te. Esta é a principal razão pela qual, a maioria dos pescadores internacionais percorrem milhares e milhares de quilómetros para pescar nestas águas.

Existem várias formas de abordar uma massa de água mediante as estações do ano. Como mencionei anteriormente a França é um paraíso para os Carpistas, é por este motivo que passo grande parte do meu tempo sobre este “terreno de jogo” interminável. Há técnicas que atraem toda a minha atenção e por vezes a observação e a imaginação, são sinónimos de sucesso. O primeiro parâmetro que deve entrar em linha de conta é a localização do peixe (observação). Estimo em 80% a importância da localização na nossa pesca. Não serve de nada engodar com os melhores iscos do mundo senão pescarmos onde o peixe se encontra. Esta é uma regra de ouro que se deve reter em absoluto! A imaginação pode por vezes fazer a diferença

entre tirar um grande peixe ou não!

Após uma boa localização do peixe, resta-nos tentar perceber onde são as zonas de repouso e as zonas de alimentação. Regra geral as duas zonas não distam muito uma da outra. Uma zona de obstáculos, é sinónimo de segu-rança. É costume encontrar peixes nas suas pro-ximidades, estes irão tentar arranjar comida o mais perto possível do local de repouso/segu-rança.

A temperatura da água em função das estações do ano

A carpa é um peixe que tem um regime alimentar omnívoro o que significa que come de tudo. Costumamos dizer que quando mais velhas são, maior a tendência têm a ter um regime carnívoro. É muito tolerante às variações de temperatura, razão pela qual a conseguimos

encontrar em tantos países. Ainda assim esta desempenha um papel muito importante na atividade do peixe, depen-dendo da estação do ano em que nos encontramos. Nunca esquecer que a carpa é um peixe de sangue frio, e que o intervalo de adaptação é enorme, indo dos 0 aos 30ºC, pelo que se adapta em praticamente todo o lado. É ainda possível que estes peixes aguentem choques térmicos devido a mudanças repentinas da temperatura.

InvernoO Inverno chega, a paisagem muda e tudo gela. Entramos

numa época em que a temperatura diminui consideravel-mente a atividade do peixe. Por norma pensa-se que a carpa cessa a sua atividade durante o período invernal mas não é bem assim pois a carpa durante este período continua a alimentar-se. Em consequência a água fria desacelera a digestão e a carpa não sentirá necessidade de se alimentar em abundância. Irá então procurar alimento particularmente rico em proteína e matéria gorda como forma de lutar contra o frio.

Esta é uma época que pode tornar difícil a pesca e é por esta razão que devemos ter um pouco de bom senso antes de colocar as linhas na água. Cada recanto de uma massa de água possui propriedades diferentes. Iremos acabar por com-preender que este é o período mais difícil para a pesca. O conhecimento e experiência do local de pesca será essencial para o sucesso.

Em primeiro lugar temos que observar a massa de água na esperança de ver sinais de atividade, saltos por exemplo, ou bolhas na água. Esta é a forma mais lógica. Se o lago não apresentar nenhum sinal de atividade, podemos observar a movimentação dos patos, pois também eles vão em busca das zonas mais quentes. São muitas vezes as zonas expostas do lado sul que são as mais vivas.

As partes menos profundas são as mais expostas ao sol e aquecem mais rapidamente que as partes mais profundas, devemos portanto, incidir sobre estas áreas antes de mais. Não são raros os casos em que se depara com variações de vários graus em poucos metros de distância, há que usar o termómetro e a sonda.

Não exagerar muito nas engodagens invernais. Basta uma dezena de boillies cortados ou partidos espalhados na zona da montagem.

PrimaveraO sol está mais presente. A natureza começa a acordar

suavemente. O som dos pássaros é ouvido de novo, lá vem a primavera. As senhoras carpas começam a surgir vindas dos seus esconderijos invernais e a temperatura sobe acima dos 10ºC. A atividade alimentar retorna gradualmente, por forma, a preencher as lacunas de alimentos sentida no Inverno. Por

sua vez a vida aquática começa a desenvolver-se primeiramente nas zonas menos profun-das onde a água aquece mais depressa e permite o desenvolvimento de zooplâncton, fitoplâncton, vers de vases etc. Uma prospeção nas zonas ensolaradas é vivamente aconse-lhada. Ainda mais evidente é, se fizermos incidir a nossa área de exploração em zonas de ervas, com obstáculos, juncos, onde por norma os peixes são avistados.

Evitar engodagens pesadas no início desta época, pois os peixes ainda estão um pouco tímidos. O ideal será mantê-los interessados na nossa engodagem e montagem sem os empanturrar.

A primavera é um período chave para a carpa porque ela sente necessidade de se reproduzir. Assim sendo, logo que a temperatura atinja os 18º C, a carpa começa a ocupar as áreas da desova. Uma fêmea põe 100 000 ovos por cada kg do seu próprio peso. Uma vez reunidos os requisitos, o namoro pode finalmente começar.

É preciso que as condições climáticas mudem para que a carpa pare a desova completa-mente. Um vento de norte, por exemplo, é o suficiente para quebrar o ciclo de repro-dução/incubação, fazendo com que as condições deixem de ser favoráveis ao desenvolvi-mento do embrião. Cada peixe capturado durante a desova merece ser tratado com o máximo de respeito pois são milhões de indivíduos que estão dentro dos ventres inflados da Senhora Carpa.

VerãoO Verão é uma época que por vezes se torna difícil para a pesca da carpa. O forte calor

faz com que a água atinja temperaturas elevadas, o teor de oxigénio diminui, o que força as carpas a diminuir a sua atividade, diminuindo o consumo de oxigénio.

Durante os meses de verão, é primordial confiar nas condições meteorológicas para que a pesca seja bem-sucedida, por exemplo, um vento muito forte que bate numa margem

do lago. Neste caso não devem hesitar em depositar aqui uma montagem, porque o “turbilhão” que vai criar permite que haja uma mistura das diversas camadas de água. Isto faz com que o oxigénio presente nas camadas inferiores “recarregue” as camadas superiores (mais pobres em oxigénio) em relativamente pouco tempo. Em certos lagos o vento é um fator indispensável às boas condições de pesca.

Também a chuva é um ótimo meio para fazer disparar a atividade nas carpas. Nesta estação temos períodos de tempo muito quentes e por vezes, ao mesmo tempo trovoadas e períodos mais agrestes. Os peixes são diretamente afetados por estas condições, apenas uma tempestade pode voltar a oxigenar as águas num curto espaço de tempo. Constatamos que se a pressão atmosférica

baixa, desempenha um papel importante no com-portamento do peixe. Baseado na minha experiên-cia noto que as variações de pressão brutais são uma muito boa influência para a pesca, podemos dizer que desencadeiam um frenesim alimentar nos peixes. Na possibilidade de trovoada, devemos sair de casa sempre com muita prudência, as canas são em carbono, tornando-as um excelente condutor de eletricidade, pondo em risco a nossa vida.

OutonoO Outono é um período muito promissor! As

folhas das árvores começam a cair e a natureza parece uma mesa recheada de cores extravagantes. É simplesmente uma estação mágica para a carpa, quer ao nível da sua beleza quer ao nível de resulta-dos de capturas.

Durante este período a carpa alimenta-se com o intuito de suprir as suas necessidades fisiológicas. Os fatores ambientais alertam a carpa para a chega-da do Inverno e é por esta razão que a sua atividade alimentar acelera consideravelmente. Nesta estação os peixes estão predispostos a percorrer grandes distâncias em busca de comida. Por estes fatores, há quem considere esta a melhor estação do ano para capturar grandes exemplares.

Não há que ter medo, podemos pescar a qualquer profundidade pois a água encontra-se praticamente à mesma temperatura. A comida está por todo o lado, temos que ousar pescar a maiores profundidades e utilizar iscos da nossa maior confi-ança. Por outro lado temos que ter bastante atenção aos lagostins, a atividade destes pode ser um fator desencorajador mas há formas de contornar isso,

com a noz tigrada e as mangas ou redes protetoras de isco!

Não esquecer que tudo isto se repete tempora-da após temporada, ano após ano, estação após estação!

Espero que esta leitura vos possa ser útil e vos ajude a capturar um recorde!

A pesca não é uma ciência exata, procurem formar a vossa própria opinião, a melhor forma de evoluir é passar tempo à beira da água .

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Page 91: Digital Carp Magazine #02

Já há muito tempo que constatamos uma evolução constante no domínio da pesca à carpa. Quer seja ao nível dos iscos que não param de melhorar, a fim de se confundi-rem o mais possível com a comida natural, quer seja a nível de material ou técnicas de pesca. Tudo isto se tornou mais sofisticado com o intuito de contornar a “sabedoria” dos peixes maiores e mais velhos.

Vou utilizar alguns dos meus conhecimentos para tentar

explicar vários pontos-chave na pesca, ao longo das difer-entes estações do ano, que me têm rendido boas capturas. Já são anos seguidos de pesca em águas francesas, águas que possuem uma variedade piscícola impressionante, basta deslocarmo-nos alguns quilómetros para darmos de caras com as águas de um lago, um canal ou um rio, povoadas por dezenas de espécies de peixes. Em todas elas, é pratica-mente certo que vamos encontrar carpas, onde cada massa de água constitui uma maravilha da natureza e cada lugar tem o seu “quê” de magia.

A fauna piscícola francesa é relativamente vasta em comida natural o que permite aos peixes crescer rapida-men-

te. Esta é a principal razão pela qual, a maioria dos pescadores internacionais percorrem milhares e milhares de quilómetros para pescar nestas águas.

Existem várias formas de abordar uma massa de água mediante as estações do ano. Como mencionei anteriormente a França é um paraíso para os Carpistas, é por este motivo que passo grande parte do meu tempo sobre este “terreno de jogo” interminável. Há técnicas que atraem toda a minha atenção e por vezes a observação e a imaginação, são sinónimos de sucesso. O primeiro parâmetro que deve entrar em linha de conta é a localização do peixe (observação). Estimo em 80% a importância da localização na nossa pesca. Não serve de nada engodar com os melhores iscos do mundo senão pescarmos onde o peixe se encontra. Esta é uma regra de ouro que se deve reter em absoluto! A imaginação pode por vezes fazer a diferença

entre tirar um grande peixe ou não!

Após uma boa localização do peixe, resta-nos tentar perceber onde são as zonas de repouso e as zonas de alimentação. Regra geral as duas zonas não distam muito uma da outra. Uma zona de obstáculos, é sinónimo de segu-rança. É costume encontrar peixes nas suas pro-ximidades, estes irão tentar arranjar comida o mais perto possível do local de repouso/segu-rança.

A temperatura da água em função das estações do ano

A carpa é um peixe que tem um regime alimentar omnívoro o que significa que come de tudo. Costumamos dizer que quando mais velhas são, maior a tendência têm a ter um regime carnívoro. É muito tolerante às variações de temperatura, razão pela qual a conseguimos

encontrar em tantos países. Ainda assim esta desempenha um papel muito importante na atividade do peixe, depen-dendo da estação do ano em que nos encontramos. Nunca esquecer que a carpa é um peixe de sangue frio, e que o intervalo de adaptação é enorme, indo dos 0 aos 30ºC, pelo que se adapta em praticamente todo o lado. É ainda possível que estes peixes aguentem choques térmicos devido a mudanças repentinas da temperatura.

InvernoO Inverno chega, a paisagem muda e tudo gela. Entramos

numa época em que a temperatura diminui consideravel-mente a atividade do peixe. Por norma pensa-se que a carpa cessa a sua atividade durante o período invernal mas não é bem assim pois a carpa durante este período continua a alimentar-se. Em consequência a água fria desacelera a digestão e a carpa não sentirá necessidade de se alimentar em abundância. Irá então procurar alimento particularmente rico em proteína e matéria gorda como forma de lutar contra o frio.

Esta é uma época que pode tornar difícil a pesca e é por esta razão que devemos ter um pouco de bom senso antes de colocar as linhas na água. Cada recanto de uma massa de água possui propriedades diferentes. Iremos acabar por com-preender que este é o período mais difícil para a pesca. O conhecimento e experiência do local de pesca será essencial para o sucesso.

Em primeiro lugar temos que observar a massa de água na esperança de ver sinais de atividade, saltos por exemplo, ou bolhas na água. Esta é a forma mais lógica. Se o lago não apresentar nenhum sinal de atividade, podemos observar a movimentação dos patos, pois também eles vão em busca das zonas mais quentes. São muitas vezes as zonas expostas do lado sul que são as mais vivas.

As partes menos profundas são as mais expostas ao sol e aquecem mais rapidamente que as partes mais profundas, devemos portanto, incidir sobre estas áreas antes de mais. Não são raros os casos em que se depara com variações de vários graus em poucos metros de distância, há que usar o termómetro e a sonda.

Não exagerar muito nas engodagens invernais. Basta uma dezena de boillies cortados ou partidos espalhados na zona da montagem.

PrimaveraO sol está mais presente. A natureza começa a acordar

suavemente. O som dos pássaros é ouvido de novo, lá vem a primavera. As senhoras carpas começam a surgir vindas dos seus esconderijos invernais e a temperatura sobe acima dos 10ºC. A atividade alimentar retorna gradualmente, por forma, a preencher as lacunas de alimentos sentida no Inverno. Por

sua vez a vida aquática começa a desenvolver-se primeiramente nas zonas menos profun-das onde a água aquece mais depressa e permite o desenvolvimento de zooplâncton, fitoplâncton, vers de vases etc. Uma prospeção nas zonas ensolaradas é vivamente aconse-lhada. Ainda mais evidente é, se fizermos incidir a nossa área de exploração em zonas de ervas, com obstáculos, juncos, onde por norma os peixes são avistados.

Evitar engodagens pesadas no início desta época, pois os peixes ainda estão um pouco tímidos. O ideal será mantê-los interessados na nossa engodagem e montagem sem os empanturrar.

A primavera é um período chave para a carpa porque ela sente necessidade de se reproduzir. Assim sendo, logo que a temperatura atinja os 18º C, a carpa começa a ocupar as áreas da desova. Uma fêmea põe 100 000 ovos por cada kg do seu próprio peso. Uma vez reunidos os requisitos, o namoro pode finalmente começar.

É preciso que as condições climáticas mudem para que a carpa pare a desova completa-mente. Um vento de norte, por exemplo, é o suficiente para quebrar o ciclo de repro-dução/incubação, fazendo com que as condições deixem de ser favoráveis ao desenvolvi-mento do embrião. Cada peixe capturado durante a desova merece ser tratado com o máximo de respeito pois são milhões de indivíduos que estão dentro dos ventres inflados da Senhora Carpa.

VerãoO Verão é uma época que por vezes se torna difícil para a pesca da carpa. O forte calor

faz com que a água atinja temperaturas elevadas, o teor de oxigénio diminui, o que força as carpas a diminuir a sua atividade, diminuindo o consumo de oxigénio.

Durante os meses de verão, é primordial confiar nas condições meteorológicas para que a pesca seja bem-sucedida, por exemplo, um vento muito forte que bate numa margem

do lago. Neste caso não devem hesitar em depositar aqui uma montagem, porque o “turbilhão” que vai criar permite que haja uma mistura das diversas camadas de água. Isto faz com que o oxigénio presente nas camadas inferiores “recarregue” as camadas superiores (mais pobres em oxigénio) em relativamente pouco tempo. Em certos lagos o vento é um fator indispensável às boas condições de pesca.

Também a chuva é um ótimo meio para fazer disparar a atividade nas carpas. Nesta estação temos períodos de tempo muito quentes e por vezes, ao mesmo tempo trovoadas e períodos mais agrestes. Os peixes são diretamente afetados por estas condições, apenas uma tempestade pode voltar a oxigenar as águas num curto espaço de tempo. Constatamos que se a pressão atmosférica

baixa, desempenha um papel importante no com-portamento do peixe. Baseado na minha experiên-cia noto que as variações de pressão brutais são uma muito boa influência para a pesca, podemos dizer que desencadeiam um frenesim alimentar nos peixes. Na possibilidade de trovoada, devemos sair de casa sempre com muita prudência, as canas são em carbono, tornando-as um excelente condutor de eletricidade, pondo em risco a nossa vida.

OutonoO Outono é um período muito promissor! As

folhas das árvores começam a cair e a natureza parece uma mesa recheada de cores extravagantes. É simplesmente uma estação mágica para a carpa, quer ao nível da sua beleza quer ao nível de resulta-dos de capturas.

Durante este período a carpa alimenta-se com o intuito de suprir as suas necessidades fisiológicas. Os fatores ambientais alertam a carpa para a chega-da do Inverno e é por esta razão que a sua atividade alimentar acelera consideravelmente. Nesta estação os peixes estão predispostos a percorrer grandes distâncias em busca de comida. Por estes fatores, há quem considere esta a melhor estação do ano para capturar grandes exemplares.

Não há que ter medo, podemos pescar a qualquer profundidade pois a água encontra-se praticamente à mesma temperatura. A comida está por todo o lado, temos que ousar pescar a maiores profundidades e utilizar iscos da nossa maior confi-ança. Por outro lado temos que ter bastante atenção aos lagostins, a atividade destes pode ser um fator desencorajador mas há formas de contornar isso,

com a noz tigrada e as mangas ou redes protetoras de isco!

Não esquecer que tudo isto se repete tempora-da após temporada, ano após ano, estação após estação!

Espero que esta leitura vos possa ser útil e vos ajude a capturar um recorde!

A pesca não é uma ciência exata, procurem formar a vossa própria opinião, a melhor forma de evoluir é passar tempo à beira da água .

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Page 92: Digital Carp Magazine #02

Apesar de ser preciso grande coragem para ir à pesca com este cenário,a verdade é que qualquer Carpista adoraria fazer parte dele!

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Apesar de ser preciso grande coragem para ir à pesca com este cenário,a verdade é que qualquer Carpista adoraria fazer parte dele!

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A viver à vários anos em França, nunca perdeu o bichinho da pesca. Sempre que possível lá vai por as linhas de molho, seja em grandes ou peque-nos lagos. Muitas vezes faz-se acompanhar pelos filhos, que já têm uma grande paixão pelo Carp Fishing. O mais certo será virem aí mais dois excelentes Carpistas! Neste artigo, deixa-nos uma reflexão sobre como pescar em pequenos lagos, ou charcas, como lhe costuma chamar!

Um pouco por todo lado há lagos pequenos com um potencial enorme, vou aqui tentar explicar o que se deve fazer e sobretudo o que se deve evitar para se conseguir molhar o tapete...

Aqui na minha zona há vários lagos com pouco mais de 1 hectar de água, poças com muita pressão de pesca, muitas delas são locais magníficos onde associações e grupos de Pescadores se reúnem ao fim de semana para uma pescaria às trutas, largadas uns dias antes para o efeito. Nestes lagos há carpas como vocês podem imaginar. Não são carpas de um peso superior mas podem ser de uma beleza extraordinária.

Para uma boa sessão de pesca nestes locais é preciso conhecer bem o local, e sobretudo como são pequenas

Luis Francisco

Uma visita de um Gato é sempre bem-vinda!

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A viver à vários anos em França, nunca perdeu o bichinho da pesca. Sempre que possível lá vai por as linhas de molho, seja em grandes ou peque-nos lagos. Muitas vezes faz-se acompanhar pelos filhos, que já têm uma grande paixão pelo Carp Fishing. O mais certo será virem aí mais dois excelentes Carpistas! Neste artigo, deixa-nos uma reflexão sobre como pescar em pequenos lagos, ou charcas, como lhe costuma chamar!

Um pouco por todo lado há lagos pequenos com um potencial enorme, vou aqui tentar explicar o que se deve fazer e sobretudo o que se deve evitar para se conseguir molhar o tapete...

Aqui na minha zona há vários lagos com pouco mais de 1 hectar de água, poças com muita pressão de pesca, muitas delas são locais magníficos onde associações e grupos de Pescadores se reúnem ao fim de semana para uma pescaria às trutas, largadas uns dias antes para o efeito. Nestes lagos há carpas como vocês podem imaginar. Não são carpas de um peso superior mas podem ser de uma beleza extraordinária.

Para uma boa sessão de pesca nestes locais é preciso conhecer bem o local, e sobretudo como são pequenas

Luis Francisco

Uma visita de um Gato é sempre bem-vinda!

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A viver à vários anos em França, nunca perdeu o bichinho da pesca. Sempre que possível lá vai por as linhas de molho, seja em grandes ou pequenos lagos. Muitas vezes faz-se acompanhar pelos filhos, que já têm uma grande paixão pelo Carp Fishing. O mais certo será virem aí mais dois excelentes Carpistas! Neste artigo, deixa-nos uma reflexão sobre como pescar em pequenos lagos, ou charcas, como lhe costuma chamar!

Um pouco por todo lado há lagos pequenos com um potencial enorme, vou aqui tentar explicar o que se deve fazer e sobretudo o que se deve evitar para se conseguir molhar o tapete...

Aqui na minha zona há vários lagos com pouco mais de 1 hectar de água, poças com muita pressão de pesca, muitas delas são locais magníficos onde associações e grupos de Pescadores se reúnem ao fim de semana para uma pescaria às trutas, largadas uns dias antes para o efeito. Nestes lagos há carpas como vocês podem imaginar. Não são carpas de um peso superior mas podem ser de uma beleza extraor-dinária.

Para uma boa sessão de pesca nestes locais é preciso conhecer bem o local, e sobretudo como são pequenas

massas de água, pescar de forma muito discreta, tornando o uso de backleads obrigatório, sem grandes engodagens, de preferência ao spot, e claro, evitar o ruído ao máximo!

Convém observar o lago para percebermos o porquê de ter arranques num local e não ter noutro, saber a profundidade e a natureza do fundo, pelo que, uma boa sondagem inicial é importantíssima.

Muitos destes locais ao fim de semana estão cheios de Pescadores (Carpistas e outros) o que dificul-ta muito a pesca, pois há muito barulho e linhas na água. Quando acontece, o melhor a fazer é procurar outro local.

Eu pesco sempre ao spot, normalmente com Boilies de qualidade média ou noz tigrada.

Os iscos não precisam de ser de topo, um Boilie num saco solúvel com Pellets é suficiente, pois como são massas de água pequenas, o peixe acaba por passar várias vezes pelo nosso isco, o que mais cedo ou mais tarde, nos dará a possibilidade de ferrar um deles!

É costume também observar o vento uns dias antes, para poder prever seu o impacto na sessão de pesca, e para escolher o sítio onde colocar as canas.

É assim que por norma faço a abordagem em char-cas ou pequenos lagos.

Apesar de serem pequenos lagos, albergam Grandes Carpas!

Um belo exemplo,que certamente irá dar

dois excelentes Carpistas!

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A viver à vários anos em França, nunca perdeu o bichinho da pesca. Sempre que possível lá vai por as linhas de molho, seja em grandes ou pequenos lagos. Muitas vezes faz-se acompanhar pelos filhos, que já têm uma grande paixão pelo Carp Fishing. O mais certo será virem aí mais dois excelentes Carpistas! Neste artigo, deixa-nos uma reflexão sobre como pescar em pequenos lagos, ou charcas, como lhe costuma chamar!

Um pouco por todo lado há lagos pequenos com um potencial enorme, vou aqui tentar explicar o que se deve fazer e sobretudo o que se deve evitar para se conseguir molhar o tapete...

Aqui na minha zona há vários lagos com pouco mais de 1 hectar de água, poças com muita pressão de pesca, muitas delas são locais magníficos onde associações e grupos de Pescadores se reúnem ao fim de semana para uma pescaria às trutas, largadas uns dias antes para o efeito. Nestes lagos há carpas como vocês podem imaginar. Não são carpas de um peso superior mas podem ser de uma beleza extraor-dinária.

Para uma boa sessão de pesca nestes locais é preciso conhecer bem o local, e sobretudo como são pequenas

massas de água, pescar de forma muito discreta, tornando o uso de backleads obrigatório, sem grandes engodagens, de preferência ao spot, e claro, evitar o ruído ao máximo!

Convém observar o lago para percebermos o porquê de ter arranques num local e não ter noutro, saber a profundidade e a natureza do fundo, pelo que, uma boa sondagem inicial é importantíssima.

Muitos destes locais ao fim de semana estão cheios de Pescadores (Carpistas e outros) o que dificul-ta muito a pesca, pois há muito barulho e linhas na água. Quando acontece, o melhor a fazer é procurar outro local.

Eu pesco sempre ao spot, normalmente com Boilies de qualidade média ou noz tigrada.

Os iscos não precisam de ser de topo, um Boilie num saco solúvel com Pellets é suficiente, pois como são massas de água pequenas, o peixe acaba por passar várias vezes pelo nosso isco, o que mais cedo ou mais tarde, nos dará a possibilidade de ferrar um deles!

É costume também observar o vento uns dias antes, para poder prever seu o impacto na sessão de pesca, e para escolher o sítio onde colocar as canas.

É assim que por norma faço a abordagem em char-cas ou pequenos lagos.

Apesar de serem pequenos lagos, albergam Grandes Carpas!

Um belo exemplo,que certamente irá dar

dois excelentes Carpistas!

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Técnicas, Truques & Dicas MONTAGENS

Há pescadores que se acostumam a um tipo de montagem, e qualquer que seja a situação de pesca, é a que usam. Isso pode ser um grande erro, pois uma montagem perfeita numa sessão/local não significa que funcione noutra. Nesta edição da DCM #02, analisamos quatro diferentes montagens e avaliamos cada uma delas. Qual o tipo de pesca a que melhor se adapta cada uma, assim como as suas vantagens e des-vantagens, além dos materiais necessários para a sua conceção.

Inline Leadcore1 Destorcedor rápidoChumbada Perfurada

Ao fazer a laçada do Leadcore, colocar a argola do destorcedor rápido dentro da mesma, apertar com a ajuda do tensor. De seguida basta colocar a chumbada contra o destorcedor de modo a que este fique no interior da chumbada.

Segurança: Em caso de quebra de linha madre, a linha corre pela chumbada ficando a carpa liberta da chumbada.

Helicóptero Leadcore - 2 Pérolas - 1 Crimp - 1 Heli Sleeve - 1 Destorcedor - 1 Quick Link - Chumbada formato “bomba”

Fazer a laçada no Leadcore com a ajuda da agulha, colocar o Quick Link no Leadcore, apertar com a ajuda do tensor. De seguida colocar o Heli Sleeve, 1 pérola, o destorcedor rápido, o crimp, e a outra pérola. De seguida apertar o Crimp, deixando uma espaço entre cada pérola que não deve ser superior a 2cm. Puxar a pérola para dentro do crimp.

Segurança: Em caso de quebra da linha madre, a pressão exercida pela Carpa no anzol, faz passar a perola pelo Crimp e dessa forma libertar-se da chumbada e de toda a montagem.

António Lopes

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Técnicas, Truques & Dicas MONTAGENS

Há pescadores que se acostumam a um tipo de montagem, e qualquer que seja a situação de pesca, é a que usam. Isso pode ser um grande erro, pois uma montagem perfeita numa sessão/local não significa que funcione noutra. Nesta edição da DCM #02, analisamos quatro diferentes montagens e avaliamos cada uma delas. Qual o tipo de pesca a que melhor se adapta cada uma, assim como as suas vantagens e des-vantagens, além dos materiais necessários para a sua conceção.

Inline Leadcore1 Destorcedor rápidoChumbada Perfurada

Ao fazer a laçada do Leadcore, colocar a argola do destorcedor rápido dentro da mesma, apertar com a ajuda do tensor. De seguida basta colocar a chumbada contra o destorcedor de modo a que este fique no interior da chumbada.

Segurança: Em caso de quebra de linha madre, a linha corre pela chumbada ficando a carpa liberta da chumbada.

Helicóptero Leadcore - 2 Pérolas - 1 Crimp - 1 Heli Sleeve - 1 Destorcedor - 1 Quick Link - Chumbada formato “bomba”

Fazer a laçada no Leadcore com a ajuda da agulha, colocar o Quick Link no Leadcore, apertar com a ajuda do tensor. De seguida colocar o Heli Sleeve, 1 pérola, o destorcedor rápido, o crimp, e a outra pérola. De seguida apertar o Crimp, deixando uma espaço entre cada pérola que não deve ser superior a 2cm. Puxar a pérola para dentro do crimp.

Segurança: Em caso de quebra da linha madre, a pressão exercida pela Carpa no anzol, faz passar a perola pelo Crimp e dessa forma libertar-se da chumbada e de toda a montagem.

António Lopes

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Safety Clip Leadcore - 1 Destorcedor - 1 Safety Clip - Chumbada com Argola

Tal com na Inline, colocar o destorcedor dentro da laçada do Leadcore e apertar com a ajuda do tensor. De seguida puxar o Safety Clip e puxar o destorcedor para dentro deste.

Segurança: Em caso de quebra de linha madre, a carpa pode libertar-se da chumbada de duas formas, ou

a chumbada sai do Safety Clip, ou este e a chumbada podem sair do Leadcore, uma vez que este apenas está preso ao destorcedor.

Segurança: Em caso de quebra de linha madre, a linha corre pela chumbada ficando a carpa liberta da chumbada.

Teste de Ferragem Para testar a eficácia das nossas

montagens, ensinaram-me um pequeno truque que todos podem experimentar: com a montagem termi-nada, coloquem o bico do anzol na ponta do dedo indicador. Vão levantan-do o dedo até sentirem o anzol a picar. Nas 4 montagens apresentadas, façam o teste e confirmem a mais eficaz na ferragem.

Running Rig Leadcore - 1 Safety Sleeve - 1 Run Rig - 1 Quick link - 1 Destorcedor com argola nº 12

Depois da laçada feita com o destorcedor dentro, colocar a Safety Sleeve, montar o Run Ring com o Quick Link e unir as peças. O destorcedor nº 12 entra no conjunto que formamos mas não deve de forma alguma exercer pressão no interior do Safety Sleeve, só assim esta é uma montagem Running Rig, ou seja, todo o conjunto está livre e a carpa não irá sentir qualquer resistência quando pegar no nosso isco.

Segurança: Em caso de quebra de linha madre, a carpa liberta-se muito facilmente de toda a montagem.

No gráfico a seguir vemos quais as melhores e piores caracterís-ti-cas de cada montagem. Avaliamos com pontuação de 1 a 4, sendo que;

1 - Fraco / 2 - Razoável / 3 - Bom / 4 - Muito bom • Helicóptero: Revelou-se a montagem que mais pontos conse-

guiu, tendo apenas sido penalizada na conceção, pois é uma monta-gem que requer muitos acessórios e que requer especial atenção. Se não for bem-feita pode ser prejudicial para as nossas capturas.

• Inline: De longe a montagem mais eficaz na ferragem e de mais fácil conceção.

• Safety Clip: Esta é a montagem todo terreno, adaptável em quase todas as situações de pesca.

• Running Rig – Talvez a montagem menos popular entre nós, mas uma das melhores para pescas extremamente difíceis. É uma monta-gem em que o peso da própria montagem não é sentido pela carpa, ou seja, o chumbo não é determinante para ferrar e todo o conjunto está “livre”. Bastante útil em locais muito pressionados, onde as carpas mal sentem o peso da chumbada largam logo o nosso isco.

Mais uma nota sobre as montagens: só há dois fatores que levam a termos um “Bip”. Toque na linha, ou deslocação da chumbada. Isto tem que estar sempre presente na nossa mente durante as nossas sessões.

Eu costumo dizer que faço tudo para não ter “bips”. Eu tento sempre que a mecânica da montagem esteja de tal forma eficaz que quando a carpa suga e repele o Boilie (momento que se dá a ferragem)

o anzol crave na boca da carpa, evitando dessa forma os tais “bips” sem captura.

Analisando as montagens, podemos concluir que para que o alarme dê sinal, terá que haver um deslocamento da chumbada, deslocamento esse que só pode ocorrer por puxão de um peixe (em águas paradas).

É isto que temos que ter em mente, e realizar as nossas monta-gens, juntamente com empates que favoreçam este aspeto.

Análise de Montagens

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Helicopetro

In-Line

Safety Clip

Running

3

4

2

1

4

1

3

2

4

1

3

2

4

2

3

1

1

4

3

2

Montagens de Pesca á Carpa

Capacidade Ferrar Anti-Enleio Distância Pop Up Concepção

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Safety Clip Leadcore - 1 Destorcedor - 1 Safety Clip - Chumbada com Argola

Tal com na Inline, colocar o destorcedor dentro da laçada do Leadcore e apertar com a ajuda do tensor. De seguida puxar o Safety Clip e puxar o destorcedor para dentro deste.

Segurança: Em caso de quebra de linha madre, a carpa pode libertar-se da chumbada de duas formas, ou

a chumbada sai do Safety Clip, ou este e a chumbada podem sair do Leadcore, uma vez que este apenas está preso ao destorcedor.

Segurança: Em caso de quebra de linha madre, a linha corre pela chumbada ficando a carpa liberta da chumbada.

Teste de Ferragem Para testar a eficácia das nossas

montagens, ensinaram-me um pequeno truque que todos podem experimentar: com a montagem termi-nada, coloquem o bico do anzol na ponta do dedo indicador. Vão levantan-do o dedo até sentirem o anzol a picar. Nas 4 montagens apresentadas, façam o teste e confirmem a mais eficaz na ferragem.

Running Rig Leadcore - 1 Safety Sleeve - 1 Run Rig - 1 Quick link - 1 Destorcedor com argola nº 12

Depois da laçada feita com o destorcedor dentro, colocar a Safety Sleeve, montar o Run Ring com o Quick Link e unir as peças. O destorcedor nº 12 entra no conjunto que formamos mas não deve de forma alguma exercer pressão no interior do Safety Sleeve, só assim esta é uma montagem Running Rig, ou seja, todo o conjunto está livre e a carpa não irá sentir qualquer resistência quando pegar no nosso isco.

Segurança: Em caso de quebra de linha madre, a carpa liberta-se muito facilmente de toda a montagem.

No gráfico a seguir vemos quais as melhores e piores caracterís-ti-cas de cada montagem. Avaliamos com pontuação de 1 a 4, sendo que;

1 - Fraco / 2 - Razoável / 3 - Bom / 4 - Muito bom • Helicóptero: Revelou-se a montagem que mais pontos conse-

guiu, tendo apenas sido penalizada na conceção, pois é uma monta-gem que requer muitos acessórios e que requer especial atenção. Se não for bem-feita pode ser prejudicial para as nossas capturas.

• Inline: De longe a montagem mais eficaz na ferragem e de mais fácil conceção.

• Safety Clip: Esta é a montagem todo terreno, adaptável em quase todas as situações de pesca.

• Running Rig – Talvez a montagem menos popular entre nós, mas uma das melhores para pescas extremamente difíceis. É uma monta-gem em que o peso da própria montagem não é sentido pela carpa, ou seja, o chumbo não é determinante para ferrar e todo o conjunto está “livre”. Bastante útil em locais muito pressionados, onde as carpas mal sentem o peso da chumbada largam logo o nosso isco.

Mais uma nota sobre as montagens: só há dois fatores que levam a termos um “Bip”. Toque na linha, ou deslocação da chumbada. Isto tem que estar sempre presente na nossa mente durante as nossas sessões.

Eu costumo dizer que faço tudo para não ter “bips”. Eu tento sempre que a mecânica da montagem esteja de tal forma eficaz que quando a carpa suga e repele o Boilie (momento que se dá a ferragem)

o anzol crave na boca da carpa, evitando dessa forma os tais “bips” sem captura.

Analisando as montagens, podemos concluir que para que o alarme dê sinal, terá que haver um deslocamento da chumbada, deslocamento esse que só pode ocorrer por puxão de um peixe (em águas paradas).

É isto que temos que ter em mente, e realizar as nossas monta-gens, juntamente com empates que favoreçam este aspeto.

Análise de Montagens

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Helicopetro

In-Line

Safety Clip

Running

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Montagens de Pesca á Carpa

Capacidade Ferrar Anti-Enleio Distância Pop Up Concepção

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O Carp Fishing é vício, é paixão, é um pouco de loucura também. Só assim se justifica que após um dia de trabalho, um dia de muito calor, tivesse deci-dido carregar o carro e arrancado numa viagem de hora e meia para fazer uma sessão que haveria de durar menos de 24h.

Cada minuto no carro era um crescente de ansiedade. Sabia que o pesqueiro estava impe-cavelmente engodado. Sabia que as últimas sessões lá tinham sido produtivas. Não havia nada que me pudesse faltar. A confiança estava alta.

Chegado ao pesqueiro não havia tempo a perder e as canas foram lançadas assim que estavam prontas. O resto do material seria acondi-cionado depois.

Com o cair da noite, e enquanto o pensamento estava no jantar, o primeiro arranque. O silêncio e o crepúsculo foram interrompidos por dois bips tímidos, ao que se seguiu o valente arranque que fez disparar a adrenalina pela primeira vez. Peixe cravado, boa sensação na cana. O pensamento era o óbvio, quem tem um peixe ferrado no Douro pode ter um record a caminho. Não podia facilitar. Carreto

com abertura e aperto equilibrado. No Douro elas não brincam. Quando a lombada foi visível pela primeira vez ficou no ar a sensação que seria peixe para bater record pessoal em águas nacionais. Minutos mais tarde chegou essa confirmação.

Tudo se alinhava para que a sessão fosse realmente memorável.

Decidi preparar uns pva's, e arrumei as tralhas para a noite. Recostei-me com o saco cama. O sono apareceu sem que houvesse mais atividade. Devo ter adormecido pela 1h00.

De repente um bip isolado. Acordo meio enevoado, estico-me para ver as canas, mas tudo estava sereno. Assumi que algum lixo passara na linha. Fiquei uns minutos em alerta não fosse estar peixe a comer ali perto e aquilo ser o aviso de um arranque. Aguentei 10 minutos a olhar para as canas mas nada...rio parado, nada de atividade. Encostei-me e adormeci. Devo ter dormido poucos minutos quando um arranque brutal me acordou. Lento que estava por causa do sono demorei uns segundos a chegar as canas. Quando lá cheguei o

Onde nos leva a Paixão

peixe tinha conseguido levar linha suficiente para embrulhar tudo. Acabou por soltar-se.

Fiquei aborrecido, perder um peixe ali pode muito bem significar perder um momento de glória. Redobrei a atenção. Cerrei um pouco os carretos e fiquei uns momentos a pensar naquilo. Devemos sempre tirar lições dos erros que cometemos.

Não tive muito tempo para pensar. Dois bips seguidos de silêncio. Não repeti o erro. Quando o arranque começou já tinha a mão pronta a fechar-se e a esticar a linha. Batalhou um pouco mas acabou por ceder. Mais uma no tapete.

Renovei os iscos e achei que merecia descansar um pouco. Afinal depois do tumulto da captura não haveria de arrancar nenhuma cana tão rápido. Durante cerca de 2h não houve nem sinal nos alarmes. Saltos e mais saltos na água, alguns de

impor respeito. Andavam na superfície. Só quando voltassem ao fundo poderia haver mais capturas.

Assim foi. Pelas 6h00, já com os primeiros raios de luz, não se ouvia saltos na água. Olhei para o rio e vi imensas bolhinhas. Parecia água a ferver branda. Achei que de uma forma ou de outra have-ria de me levantar não tardava. Mal tive tempo de terminar o raciocínio arranca uma das canas. Estava alerta e não tardou ferrei o peixe. Deu muita luta, cruzou o pesqueiro mais que uma vez, ameaçou cruzar linhas várias vezes. O uso de back leads salvou-me de perder aquele peixe. Só ficou no camaroeiro na 4ª vez que lá entrou. Mas acabou no tapete ainda assim.

Faltava pouco para as 12h00 quando recebi a chamada de um amigo. O grande responsável pela manutenção do pesqueiro e pelas valiosas engoda-

Um dos belos exemplares do Douro.

O prazer de realizar uma destas capturas é enorme,e pode ver-se estampado na cara de felicidade.

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O Carp Fishing é vício, é paixão, é um pouco de loucura também. Só assim se justifica que após um dia de trabalho, um dia de muito calor, tivesse deci-dido carregar o carro e arrancado numa viagem de hora e meia para fazer uma sessão que haveria de durar menos de 24h.

Cada minuto no carro era um crescente de ansiedade. Sabia que o pesqueiro estava impe-cavelmente engodado. Sabia que as últimas sessões lá tinham sido produtivas. Não havia nada que me pudesse faltar. A confiança estava alta.

Chegado ao pesqueiro não havia tempo a perder e as canas foram lançadas assim que estavam prontas. O resto do material seria acondi-cionado depois.

Com o cair da noite, e enquanto o pensamento estava no jantar, o primeiro arranque. O silêncio e o crepúsculo foram interrompidos por dois bips tímidos, ao que se seguiu o valente arranque que fez disparar a adrenalina pela primeira vez. Peixe cravado, boa sensação na cana. O pensamento era o óbvio, quem tem um peixe ferrado no Douro pode ter um record a caminho. Não podia facilitar. Carreto

com abertura e aperto equilibrado. No Douro elas não brincam. Quando a lombada foi visível pela primeira vez ficou no ar a sensação que seria peixe para bater record pessoal em águas nacionais. Minutos mais tarde chegou essa confirmação.

Tudo se alinhava para que a sessão fosse realmente memorável.

Decidi preparar uns pva's, e arrumei as tralhas para a noite. Recostei-me com o saco cama. O sono apareceu sem que houvesse mais atividade. Devo ter adormecido pela 1h00.

De repente um bip isolado. Acordo meio enevoado, estico-me para ver as canas, mas tudo estava sereno. Assumi que algum lixo passara na linha. Fiquei uns minutos em alerta não fosse estar peixe a comer ali perto e aquilo ser o aviso de um arranque. Aguentei 10 minutos a olhar para as canas mas nada...rio parado, nada de atividade. Encostei-me e adormeci. Devo ter dormido poucos minutos quando um arranque brutal me acordou. Lento que estava por causa do sono demorei uns segundos a chegar as canas. Quando lá cheguei o

Onde nos leva a Paixão

peixe tinha conseguido levar linha suficiente para embrulhar tudo. Acabou por soltar-se.

Fiquei aborrecido, perder um peixe ali pode muito bem significar perder um momento de glória. Redobrei a atenção. Cerrei um pouco os carretos e fiquei uns momentos a pensar naquilo. Devemos sempre tirar lições dos erros que cometemos.

Não tive muito tempo para pensar. Dois bips seguidos de silêncio. Não repeti o erro. Quando o arranque começou já tinha a mão pronta a fechar-se e a esticar a linha. Batalhou um pouco mas acabou por ceder. Mais uma no tapete.

Renovei os iscos e achei que merecia descansar um pouco. Afinal depois do tumulto da captura não haveria de arrancar nenhuma cana tão rápido. Durante cerca de 2h não houve nem sinal nos alarmes. Saltos e mais saltos na água, alguns de

impor respeito. Andavam na superfície. Só quando voltassem ao fundo poderia haver mais capturas.

Assim foi. Pelas 6h00, já com os primeiros raios de luz, não se ouvia saltos na água. Olhei para o rio e vi imensas bolhinhas. Parecia água a ferver branda. Achei que de uma forma ou de outra have-ria de me levantar não tardava. Mal tive tempo de terminar o raciocínio arranca uma das canas. Estava alerta e não tardou ferrei o peixe. Deu muita luta, cruzou o pesqueiro mais que uma vez, ameaçou cruzar linhas várias vezes. O uso de back leads salvou-me de perder aquele peixe. Só ficou no camaroeiro na 4ª vez que lá entrou. Mas acabou no tapete ainda assim.

Faltava pouco para as 12h00 quando recebi a chamada de um amigo. O grande responsável pela manutenção do pesqueiro e pelas valiosas engoda-

Um dos belos exemplares do Douro.

O prazer de realizar uma destas capturas é enorme,e pode ver-se estampado na cara de felicidade.

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O Carp Fishing é vício, é paixão, é um pouco de loucura também. Só assim se justifica que após um dia de trabalho, um dia de muito calor, tivesse deci-dido carregar o carro e arrancado numa viagem de hora e meia para fazer uma sessão que haveria de durar menos de 24h.

Cada minuto no carro era um crescente de ansiedade. Sabia que o pesqueiro estava impe-cavelmente engodado. Sabia que as últimas sessões lá tinham sido produtivas. Não havia nada que me pudesse faltar. A confiança estava alta.

Chegado ao pesqueiro não havia tempo a perder e as canas foram lançadas assim que estavam prontas. O resto do material seria acondi-cionado depois.

Com o cair da noite, e enquanto o pensamento estava no jantar, o primeiro arranque. O silêncio e o crepúsculo foram interrompidos por dois bips tímidos, ao que se seguiu o valente arranque que fez disparar a adrenalina pela primeira vez. Peixe cravado, boa sensação na cana. O pensamento era o óbvio, quem tem um peixe ferrado no Douro pode ter um record a caminho. Não podia facilitar. Carreto

com abertura e aperto equilibrado. No Douro elas não brincam. Quando a lombada foi visível pela primeira vez ficou no ar a sensação que seria peixe para bater record pessoal em águas nacionais. Minutos mais tarde chegou essa confirmação.

Tudo se alinhava para que a sessão fosse realmente memorável.

Decidi preparar uns pva's, e arrumei as tralhas para a noite. Recostei-me com o saco cama. O sono apareceu sem que houvesse mais atividade. Devo ter adormecido pela 1h00.

De repente um bip isolado. Acordo meio enevoado, estico-me para ver as canas, mas tudo estava sereno. Assumi que algum lixo passara na linha. Fiquei uns minutos em alerta não fosse estar peixe a comer ali perto e aquilo ser o aviso de um arranque. Aguentei 10 minutos a olhar para as canas mas nada...rio parado, nada de atividade. Encostei-me e adormeci. Devo ter dormido poucos minutos quando um arranque brutal me acordou. Lento que estava por causa do sono demorei uns segundos a chegar as canas. Quando lá cheguei o

peixe tinha conseguido levar linha suficiente para embrulhar tudo. Acabou por soltar-se.

Fiquei aborrecido, perder um peixe ali pode muito bem significar perder um momento de glória. Redobrei a atenção. Cerrei um pouco os carretos e fiquei uns momentos a pensar naquilo. Devemos sempre tirar lições dos erros que cometemos.

Não tive muito tempo para pensar. Dois bips seguidos de silêncio. Não repeti o erro. Quando o arranque começou já tinha a mão pronta a fechar-se e a esticar a linha. Batalhou um pouco mas acabou por ceder. Mais uma no tapete.

Renovei os iscos e achei que merecia descansar um pouco. Afinal depois do tumulto da captura não haveria de arrancar nenhuma cana tão rápido. Durante cerca de 2h não houve nem sinal nos alarmes. Saltos e mais saltos na água, alguns de

impor respeito. Andavam na superfície. Só quando voltassem ao fundo poderia haver mais capturas.

Assim foi. Pelas 6h00, já com os primeiros raios de luz, não se ouvia saltos na água. Olhei para o rio e vi imensas bolhinhas. Parecia água a ferver branda. Achei que de uma forma ou de outra have-ria de me levantar não tardava. Mal tive tempo de terminar o raciocínio arranca uma das canas. Estava alerta e não tardou ferrei o peixe. Deu muita luta, cruzou o pesqueiro mais que uma vez, ameaçou cruzar linhas várias vezes. O uso de back leads salvou-me de perder aquele peixe. Só ficou no camaroeiro na 4ª vez que lá entrou. Mas acabou no tapete ainda assim.

Faltava pouco para as 12h00 quando recebi a chamada de um amigo. O grande responsável pela manutenção do pesqueiro e pelas valiosas engoda-

gens realizadas. Relatei os eventos da noite e ele disse-me que me mantivesse atento pois haveria de ter um arranque em breve, dada a hora. Não tive tempo de lhe responder, deixei-o a falar sozinho e fui obrigado a correr para as canas. Estou certo que ele compreendeu.

Uma luta diferente. Apesar do forte arranque era um peixe que não dava grande luta, à excepção de uma ocasionais “cabeçadas”. Quase podia apos-tar que era um barbo. Teria ganho a aposta.

Depois de almoço o calor começou verdadeira-mente a apertar. Tive que procurar sombra. Saboreei mais uma das maravilhas desta pesca…as sestas.

Fui acordado por novo telefonema. Desta vez um amigo que não é pescador. No entanto o resul-tado foi o mesmo. Ficou a falar sozinho. A este amigo tive que ligar depois a prestar explicações.

Quando cheguei perto das canas tive a sensação que os espetos estavam quase a ser arrancados do chão. A linha corria com fúria. A cana estava totalmente dobrada para a esquerda. Se tenho demorado mais uns segundos a cravar o peixe e a soltar um pouco a bobine, este relato não tinha um final positivo.A força que se sentia era brutal. Foi com muita calma e paciência que final-mente a consegui aproximar de mim. A batalha foi toda feita com o peixe bem fundo na água. Apenas quando se cansou e consegui finalmente trazê-la para a superfície, percebi o animal que era. Final-mente no camaroeiro pude olhar com calma para ela. Naquele momento percebi que tinha consegui-do atingir o objectivo máximo da sessão, o objectivo que perseguia há algum tempo…a marca dos dois dígitos em águas nacionais.

O tempo passou e mais nada aconteceu. A meio da tarde o calor era insuportável e a viagem estava ganha. Decidi arrumar e fazer a surpresa de apare-cer em casa mais cedo. Afinal, a paixão da pesca não pode interferir com as restantes partes da nossa vida. Só assim se pode gozar em pleno a paz que é estar à pesca.

Diogo Durais

O sacrifício da longa viagem foi largamente compensado.

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Page 105: Digital Carp Magazine #02

O Carp Fishing é vício, é paixão, é um pouco de loucura também. Só assim se justifica que após um dia de trabalho, um dia de muito calor, tivesse deci-dido carregar o carro e arrancado numa viagem de hora e meia para fazer uma sessão que haveria de durar menos de 24h.

Cada minuto no carro era um crescente de ansiedade. Sabia que o pesqueiro estava impe-cavelmente engodado. Sabia que as últimas sessões lá tinham sido produtivas. Não havia nada que me pudesse faltar. A confiança estava alta.

Chegado ao pesqueiro não havia tempo a perder e as canas foram lançadas assim que estavam prontas. O resto do material seria acondi-cionado depois.

Com o cair da noite, e enquanto o pensamento estava no jantar, o primeiro arranque. O silêncio e o crepúsculo foram interrompidos por dois bips tímidos, ao que se seguiu o valente arranque que fez disparar a adrenalina pela primeira vez. Peixe cravado, boa sensação na cana. O pensamento era o óbvio, quem tem um peixe ferrado no Douro pode ter um record a caminho. Não podia facilitar. Carreto

com abertura e aperto equilibrado. No Douro elas não brincam. Quando a lombada foi visível pela primeira vez ficou no ar a sensação que seria peixe para bater record pessoal em águas nacionais. Minutos mais tarde chegou essa confirmação.

Tudo se alinhava para que a sessão fosse realmente memorável.

Decidi preparar uns pva's, e arrumei as tralhas para a noite. Recostei-me com o saco cama. O sono apareceu sem que houvesse mais atividade. Devo ter adormecido pela 1h00.

De repente um bip isolado. Acordo meio enevoado, estico-me para ver as canas, mas tudo estava sereno. Assumi que algum lixo passara na linha. Fiquei uns minutos em alerta não fosse estar peixe a comer ali perto e aquilo ser o aviso de um arranque. Aguentei 10 minutos a olhar para as canas mas nada...rio parado, nada de atividade. Encostei-me e adormeci. Devo ter dormido poucos minutos quando um arranque brutal me acordou. Lento que estava por causa do sono demorei uns segundos a chegar as canas. Quando lá cheguei o

peixe tinha conseguido levar linha suficiente para embrulhar tudo. Acabou por soltar-se.

Fiquei aborrecido, perder um peixe ali pode muito bem significar perder um momento de glória. Redobrei a atenção. Cerrei um pouco os carretos e fiquei uns momentos a pensar naquilo. Devemos sempre tirar lições dos erros que cometemos.

Não tive muito tempo para pensar. Dois bips seguidos de silêncio. Não repeti o erro. Quando o arranque começou já tinha a mão pronta a fechar-se e a esticar a linha. Batalhou um pouco mas acabou por ceder. Mais uma no tapete.

Renovei os iscos e achei que merecia descansar um pouco. Afinal depois do tumulto da captura não haveria de arrancar nenhuma cana tão rápido. Durante cerca de 2h não houve nem sinal nos alarmes. Saltos e mais saltos na água, alguns de

impor respeito. Andavam na superfície. Só quando voltassem ao fundo poderia haver mais capturas.

Assim foi. Pelas 6h00, já com os primeiros raios de luz, não se ouvia saltos na água. Olhei para o rio e vi imensas bolhinhas. Parecia água a ferver branda. Achei que de uma forma ou de outra have-ria de me levantar não tardava. Mal tive tempo de terminar o raciocínio arranca uma das canas. Estava alerta e não tardou ferrei o peixe. Deu muita luta, cruzou o pesqueiro mais que uma vez, ameaçou cruzar linhas várias vezes. O uso de back leads salvou-me de perder aquele peixe. Só ficou no camaroeiro na 4ª vez que lá entrou. Mas acabou no tapete ainda assim.

Faltava pouco para as 12h00 quando recebi a chamada de um amigo. O grande responsável pela manutenção do pesqueiro e pelas valiosas engoda-

gens realizadas. Relatei os eventos da noite e ele disse-me que me mantivesse atento pois haveria de ter um arranque em breve, dada a hora. Não tive tempo de lhe responder, deixei-o a falar sozinho e fui obrigado a correr para as canas. Estou certo que ele compreendeu.

Uma luta diferente. Apesar do forte arranque era um peixe que não dava grande luta, à excepção de uma ocasionais “cabeçadas”. Quase podia apos-tar que era um barbo. Teria ganho a aposta.

Depois de almoço o calor começou verdadeira-mente a apertar. Tive que procurar sombra. Saboreei mais uma das maravilhas desta pesca…as sestas.

Fui acordado por novo telefonema. Desta vez um amigo que não é pescador. No entanto o resul-tado foi o mesmo. Ficou a falar sozinho. A este amigo tive que ligar depois a prestar explicações.

Quando cheguei perto das canas tive a sensação que os espetos estavam quase a ser arrancados do chão. A linha corria com fúria. A cana estava totalmente dobrada para a esquerda. Se tenho demorado mais uns segundos a cravar o peixe e a soltar um pouco a bobine, este relato não tinha um final positivo.A força que se sentia era brutal. Foi com muita calma e paciência que final-mente a consegui aproximar de mim. A batalha foi toda feita com o peixe bem fundo na água. Apenas quando se cansou e consegui finalmente trazê-la para a superfície, percebi o animal que era. Final-mente no camaroeiro pude olhar com calma para ela. Naquele momento percebi que tinha consegui-do atingir o objectivo máximo da sessão, o objectivo que perseguia há algum tempo…a marca dos dois dígitos em águas nacionais.

O tempo passou e mais nada aconteceu. A meio da tarde o calor era insuportável e a viagem estava ganha. Decidi arrumar e fazer a surpresa de apare-cer em casa mais cedo. Afinal, a paixão da pesca não pode interferir com as restantes partes da nossa vida. Só assim se pode gozar em pleno a paz que é estar à pesca.

Diogo Durais

O sacrifício da longa viagem foi largamente compensado.

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Page 106: Digital Carp Magazine #02

Na segunda parte da série de artigos “Tudo sobre navegação”, temos uma análise sobre as sondas, que tantas vezes se tornam numa das mais importantes peças da nossa bagagem. Quan-tas montagens já terão ficado colocadas em locais completamente inacessíveis para as Carpas, ou os iscos apresentados de tal forma que seria impossível realizar uma captura?

Para continuar o artigo anterior sobre navega-ção, vou, neste artigo, abordar aquilo que para mim é o epicentro da navegação relativamente à pesca e mais concretamente ao Carp Fishing, as sondas.

Para mim ter um barco e não ter uma sonda não faz sentido. São duas coisas que devem estar ligadas, já que uma boa sonda, nos abre um mundo novo nas nossas sessões de pesca.

É muito melhor ver do que imaginar!

Todos sabemos as vantagens de ter uma sonda, sabemos as virtudes e os benefícios para podermos chegar ao sucesso, pois ajudam-nos a ver além da superfície da água. A sonda gera uma imagem do que temos por baixo de nós seja para nos avisar da

presença de obstáculos, peixes ou diferentes tipos de fundo: areia, pedras, algas, vegetação submersa, troncos, etc.

A pesca com auxílio de uma embarcação é um tema digno de uma publicação muito extensa, pelo que vou tentar sintetizar, expondo a minha opinião baseada em experiência própria, mostrando alguns dos modelos existentes e os que utilizo.

Eu, assim como muita gente, experimentei uma panóplia quase infindável de marcas de sondas, dos mais variados preços e a conclusão a que cheguei foi a de optar por aquela que considero a melhor do mercado, seja pela sua qualidade seja pela facili-dade de assistência, visto que, tenciono apostar em produtos que tenham distribuição no meu país, Espanha (em Portugal também estão disponíveis).

Assim sendo, optei pela marca Humminbird. Há modelos para todos os gostos, modalidades e carteiras.

A tecnologia em eco sondas é impressionante, capaz de deixar qualquer um de boca aberta. Siste-mas de sondagem com GPS, capazes inclusiva-mente de nos fornecer uma imagem do fundo, foram alguns dos sistemas tecnologicamente mais avançados que experimentei. Alguns dos meus amigos que pela primeira vez me acompanharam no barco, alucinaram, dizendo: “Impressionante! Até as chumbadas se vêm!”

Dentro da ampla gama de sondas da marca Humminbird vou dar mais ênfase aquelas que considero mais apropriadas para a nossa modali-dade, seja pela sua funcionalidade ou por um preço adaptado a nós próprios, pois existem sondas que possuem funções que jamais seriam utilizadas no Carp Fishing como é o caso da função plotter a título de exemplo.

Um sistema fantástico, apesar de, nem o seu formato nem o seu custo se adaptar às nossas necessidades, é o sistema de sondagem 360 Ima-ging, uma autêntica loucura pois faz uma leitura do fundo a 360º capturando o mais ínfimo detalhe à volta da nossa embarcação.

Outro grande sistema é o Side Imaging (SI), que consiste num sistema de sondagem de varrimento lateral, que nos mostra imagens eco gráficas do fundo de ambos os lados do barco, dando-nos uma noção muito real, através de sombras, que nos revelam o volume e o tamanho real das estruturas submersas.

Penso que existem duas grandes gamas que podem encaixar melhor naquilo que é a pesca à carpa na atualidade, que são os sistemas Piranha e as séries com DI.

As Piranha são sondas muito económicas que podem ser a cores ou monocromáticas e que ofer-ecem leituras convencionais em 2D, têm identifica-dor de peixes Fish ID, GPS, Dual Bean, etc. Este último tipo de leitura (Dual Bean) consiste no nosso transdutor que está encarregue de enviar as ondas, fazê-lo em duas fases digamos assim, uma mais concentrada (20º) com intenção de obtermos maior profundidade e outro mais amplo (60º) para nos dar mais informação sobre o que temos por baixo de nós mas com um perímetro mais alargado, o que facilita a deteção dos peixes.

Na minha opinião este é o tipo de sonda ideal para começar a conhecer o fundo. Logicamente podemos aumentar um pouco a complexidade e optar por uma sonda mais técnica de nova geração DI (Down Imaging). É fantástico podermos ver no ecrã tudo aquilo que se vai passando no fundo, que nos é transmitido através de ondas sonoras por baixo do nosso barco.

Eu neste momento estou a utilizar dois modelos, o 176i da gama Piranha com o qual faço leituras monocromáticas 2D, deteto peixes e marco hot spots com o seu GPS, e a 596DI que é uma maravilha da tecnologia com Down Imaging. Podemos ir alternando este tipo de leitura ou inclu-sivamente partilhá-lo com o sistema de leitura Humminbird ® SwitchFire, a última tecnologia em leituras 2D e que nos fornece um total controlo de

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Na segunda parte da série de artigos “Tudo sobre navegação”, temos uma análise sobre as sondas, que tantas vezes se tornam numa das mais importantes peças da nossa bagagem. Quan-tas montagens já terão ficado colocadas em locais completamente inacessíveis para as Carpas, ou os iscos apresentados de tal forma que seria impossível realizar uma captura?

Para continuar o artigo anterior sobre navega-ção, vou, neste artigo, abordar aquilo que para mim é o epicentro da navegação relativamente à pesca e mais concretamente ao Carp Fishing, as sondas.

Para mim ter um barco e não ter uma sonda não faz sentido. São duas coisas que devem estar ligadas, já que uma boa sonda, nos abre um mundo novo nas nossas sessões de pesca.

É muito melhor ver do que imaginar!

Todos sabemos as vantagens de ter uma sonda, sabemos as virtudes e os benefícios para podermos chegar ao sucesso, pois ajudam-nos a ver além da superfície da água. A sonda gera uma imagem do que temos por baixo de nós seja para nos avisar da

presença de obstáculos, peixes ou diferentes tipos de fundo: areia, pedras, algas, vegetação submersa, troncos, etc.

A pesca com auxílio de uma embarcação é um tema digno de uma publicação muito extensa, pelo que vou tentar sintetizar, expondo a minha opinião baseada em experiência própria, mostrando alguns dos modelos existentes e os que utilizo.

Eu, assim como muita gente, experimentei uma panóplia quase infindável de marcas de sondas, dos mais variados preços e a conclusão a que cheguei foi a de optar por aquela que considero a melhor do mercado, seja pela sua qualidade seja pela facili-dade de assistência, visto que, tenciono apostar em produtos que tenham distribuição no meu país, Espanha (em Portugal também estão disponíveis).

Assim sendo, optei pela marca Humminbird. Há modelos para todos os gostos, modalidades e carteiras.

A tecnologia em eco sondas é impressionante, capaz de deixar qualquer um de boca aberta. Siste-mas de sondagem com GPS, capazes inclusiva-mente de nos fornecer uma imagem do fundo, foram alguns dos sistemas tecnologicamente mais avançados que experimentei. Alguns dos meus amigos que pela primeira vez me acompanharam no barco, alucinaram, dizendo: “Impressionante! Até as chumbadas se vêm!”

Dentro da ampla gama de sondas da marca Humminbird vou dar mais ênfase aquelas que considero mais apropriadas para a nossa modali-dade, seja pela sua funcionalidade ou por um preço adaptado a nós próprios, pois existem sondas que possuem funções que jamais seriam utilizadas no Carp Fishing como é o caso da função plotter a título de exemplo.

Um sistema fantástico, apesar de, nem o seu formato nem o seu custo se adaptar às nossas necessidades, é o sistema de sondagem 360 Ima-ging, uma autêntica loucura pois faz uma leitura do fundo a 360º capturando o mais ínfimo detalhe à volta da nossa embarcação.

Outro grande sistema é o Side Imaging (SI), que consiste num sistema de sondagem de varrimento lateral, que nos mostra imagens eco gráficas do fundo de ambos os lados do barco, dando-nos uma noção muito real, através de sombras, que nos revelam o volume e o tamanho real das estruturas submersas.

Penso que existem duas grandes gamas que podem encaixar melhor naquilo que é a pesca à carpa na atualidade, que são os sistemas Piranha e as séries com DI.

As Piranha são sondas muito económicas que podem ser a cores ou monocromáticas e que ofer-ecem leituras convencionais em 2D, têm identifica-dor de peixes Fish ID, GPS, Dual Bean, etc. Este último tipo de leitura (Dual Bean) consiste no nosso transdutor que está encarregue de enviar as ondas, fazê-lo em duas fases digamos assim, uma mais concentrada (20º) com intenção de obtermos maior profundidade e outro mais amplo (60º) para nos dar mais informação sobre o que temos por baixo de nós mas com um perímetro mais alargado, o que facilita a deteção dos peixes.

Na minha opinião este é o tipo de sonda ideal para começar a conhecer o fundo. Logicamente podemos aumentar um pouco a complexidade e optar por uma sonda mais técnica de nova geração DI (Down Imaging). É fantástico podermos ver no ecrã tudo aquilo que se vai passando no fundo, que nos é transmitido através de ondas sonoras por baixo do nosso barco.

Eu neste momento estou a utilizar dois modelos, o 176i da gama Piranha com o qual faço leituras monocromáticas 2D, deteto peixes e marco hot spots com o seu GPS, e a 596DI que é uma maravilha da tecnologia com Down Imaging. Podemos ir alternando este tipo de leitura ou inclu-sivamente partilhá-lo com o sistema de leitura Humminbird ® SwitchFire, a última tecnologia em leituras 2D e que nos fornece um total controlo de

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Para continuar o artigo anterior sobre navegação, vou, neste artigo, abordar aquilo que para mim é o epicentro da navegação relativamente à pesca e mais concretamente ao Carp Fishing, as sondas.

Para mim ter um barco e não ter uma sonda não faz sentido. São duas coisas que devem estar ligadas, já que uma boa sonda, nos abre um mundo novo nas nossas sessões de pesca.

É muito melhor ver do que imaginar!

Todos sabemos as vantagens de ter uma sonda, sabemos as virtudes e os benefícios para podermos chegar ao sucesso, pois ajudam-nos a ver além da superfície da água. A sonda gera uma imagem do que temos por baixo de nós seja para nos avisar da

presença de obstáculos, peixes ou diferentes tipos de fundo: areia, pedras, algas, vegetação submersa, troncos, etc.

A pesca com auxílio de uma embarcação é um tema digno de uma publicação muito extensa, pelo que vou tentar sintetizar, expondo a minha opinião baseada em experiência própria, mostrando alguns dos modelos existentes e os que utilizo.

Eu, assim como muita gente, experimentei uma panóplia quase infindável de marcas de sondas, dos mais variados preços e a conclusão a que cheguei foi a de optar por aquela que considero a melhor do mercado, seja pela sua qualidade seja pela facili-dade de assistência, visto que, tenciono apostar em produtos que tenham distribuição no meu país,

Espanha (em Portugal também estão disponíveis). Assim sendo, optei pela marca Humminbird. Há modelos para todos os gostos, modalidades e carteiras.

A tecnologia em eco sondas é impressionante, capaz de deixar qualquer um de boca aberta. Siste-mas de sondagem com GPS, capazes inclusiva-mente de nos fornecer uma imagem do fundo, foram alguns dos sistemas tecnologicamente mais avançados que experimentei. Alguns dos meus amigos que pela primeira vez me acompanharam no barco, alucinaram, dizendo: “Impressionante! Até as chumbadas se vêm!”

Dentro da ampla gama de sondas da marca Humminbird vou dar mais ênfase aquelas que considero mais apropriadas para a nossa modali-dade, seja pela sua funcionalidade ou por um preço adaptado a nós próprios, pois existem sondas que possuem funções que jamais seriam utilizadas no Carp Fishing como é o caso da função plotter a título de exemplo.

Um sistema fantástico, apesar de, nem o seu formato nem o seu custo se adaptar às nossas necessidades, é o sistema de sondagem 360 Ima-ging, uma autêntica loucura pois faz uma leitu-ra do fundo a 360º capturando o mais ínfimo detal-he à volta da nossa embarcação.

Outro grande sistema é o Side Imaging (SI), que consiste num sistema de sondagem de varrimento lateral, que nos mostra imagens eco gráficas do fundo de ambos os lados do barco, dando-nos uma noção muito real, através de sombras, que nos reve-lam o volume e o tamanho real das estruturas submersas.

Penso que existem duas grandes gamas que podem encaixar melhor naquilo que é a pesca à carpa na atualidade, que são os sistemas Piranha e as séries com DI.

As Piranha são sondas muito económicas que podem ser a cores ou monocromáticas e que ofere-cem leituras convencionais em 2D, têm identifica-dor de peixes Fish ID, GPS, Dual Bean, etc. Este último tipo de leitura (Dual Bean) consiste no nosso transdutor que está encarregue de enviar as ondas, fazê-lo em duas fases digamos assim, uma mais concentrada (20º) com intenção de obtermos maior profundidade e outro mais amplo (60º) para nos dar mais informação sobre o que temos por baixo de nós mas com um perímetro mais alargado, o que facilita a deteção dos peixes.

Na minha opinião este é o tipo de sonda ideal para começar a conhecer o fundo. Logicamente podemos aumentar um pouco a complexidade e optar por uma sonda mais técnica de nova geração DI (Down Imaging). É fantástico podermos ver no ecrã tudo aquilo que se vai passando no fundo, que nos é transmitido através de ondas sonoras por baixo do nosso barco.

Eu neste momento estou a utilizar dois modelos, o 176i da gama Piranha com o qual faço leituras monocromáticas 2D, deteto peixes e marco hot spots com o seu GPS, e a 596DI que é uma maravilha da tecnologia com Down Imaging. Podemos ir alternando este tipo de leitura ou inclu-sivamente partilhá-lo com o sistema de leitura Humminbird ® SwitchFire, a última tecnologia em leituras 2D e que nos fornece um total controlo de

todos os dados fornecidos pelo nosso equipamento e tem a possibilidade de agregar mais detalhes e definições como a temperatura entre outros.

Como podem ver é muito amplo o número de possibilidades no que diz respeito à sondagem, sendo por isso muito complicado comprimi-lo num único artigo. Espero contudo, ter-vos ajudado a ficar com uma ideia relativa aos vários sistemas e como os podemos adequar ao Carp Fishing.

Penso que se fizermos a analogia entre a pesca e a caça, podemos dizer que sem uma sonda, a busca aos nossos troféus deixa-nos completamente às cegas. Conseguem imaginar um caçador vendado a atirar à sua caça?

Jesus Cruz Nevadohttp://www.carpfactory.com/http://www.passioncarp.es/

Nesta imagem podem ver-se as diferenças entre os sistemasde leitura SwitchFire (esquerda) e Down Imaging (direita)

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Para continuar o artigo anterior sobre navegação, vou, neste artigo, abordar aquilo que para mim é o epicentro da navegação relativamente à pesca e mais concretamente ao Carp Fishing, as sondas.

Para mim ter um barco e não ter uma sonda não faz sentido. São duas coisas que devem estar ligadas, já que uma boa sonda, nos abre um mundo novo nas nossas sessões de pesca.

É muito melhor ver do que imaginar!

Todos sabemos as vantagens de ter uma sonda, sabemos as virtudes e os benefícios para podermos chegar ao sucesso, pois ajudam-nos a ver além da superfície da água. A sonda gera uma imagem do que temos por baixo de nós seja para nos avisar da

presença de obstáculos, peixes ou diferentes tipos de fundo: areia, pedras, algas, vegetação submersa, troncos, etc.

A pesca com auxílio de uma embarcação é um tema digno de uma publicação muito extensa, pelo que vou tentar sintetizar, expondo a minha opinião baseada em experiência própria, mostrando alguns dos modelos existentes e os que utilizo.

Eu, assim como muita gente, experimentei uma panóplia quase infindável de marcas de sondas, dos mais variados preços e a conclusão a que cheguei foi a de optar por aquela que considero a melhor do mercado, seja pela sua qualidade seja pela facili-dade de assistência, visto que, tenciono apostar em produtos que tenham distribuição no meu país,

Espanha (em Portugal também estão disponíveis). Assim sendo, optei pela marca Humminbird. Há modelos para todos os gostos, modalidades e carteiras.

A tecnologia em eco sondas é impressionante, capaz de deixar qualquer um de boca aberta. Siste-mas de sondagem com GPS, capazes inclusiva-mente de nos fornecer uma imagem do fundo, foram alguns dos sistemas tecnologicamente mais avançados que experimentei. Alguns dos meus amigos que pela primeira vez me acompanharam no barco, alucinaram, dizendo: “Impressionante! Até as chumbadas se vêm!”

Dentro da ampla gama de sondas da marca Humminbird vou dar mais ênfase aquelas que considero mais apropriadas para a nossa modali-dade, seja pela sua funcionalidade ou por um preço adaptado a nós próprios, pois existem sondas que possuem funções que jamais seriam utilizadas no Carp Fishing como é o caso da função plotter a título de exemplo.

Um sistema fantástico, apesar de, nem o seu formato nem o seu custo se adaptar às nossas necessidades, é o sistema de sondagem 360 Ima-ging, uma autêntica loucura pois faz uma leitu-ra do fundo a 360º capturando o mais ínfimo detal-he à volta da nossa embarcação.

Outro grande sistema é o Side Imaging (SI), que consiste num sistema de sondagem de varrimento lateral, que nos mostra imagens eco gráficas do fundo de ambos os lados do barco, dando-nos uma noção muito real, através de sombras, que nos reve-lam o volume e o tamanho real das estruturas submersas.

Penso que existem duas grandes gamas que podem encaixar melhor naquilo que é a pesca à carpa na atualidade, que são os sistemas Piranha e as séries com DI.

As Piranha são sondas muito económicas que podem ser a cores ou monocromáticas e que ofere-cem leituras convencionais em 2D, têm identifica-dor de peixes Fish ID, GPS, Dual Bean, etc. Este último tipo de leitura (Dual Bean) consiste no nosso transdutor que está encarregue de enviar as ondas, fazê-lo em duas fases digamos assim, uma mais concentrada (20º) com intenção de obtermos maior profundidade e outro mais amplo (60º) para nos dar mais informação sobre o que temos por baixo de nós mas com um perímetro mais alargado, o que facilita a deteção dos peixes.

Na minha opinião este é o tipo de sonda ideal para começar a conhecer o fundo. Logicamente podemos aumentar um pouco a complexidade e optar por uma sonda mais técnica de nova geração DI (Down Imaging). É fantástico podermos ver no ecrã tudo aquilo que se vai passando no fundo, que nos é transmitido através de ondas sonoras por baixo do nosso barco.

Eu neste momento estou a utilizar dois modelos, o 176i da gama Piranha com o qual faço leituras monocromáticas 2D, deteto peixes e marco hot spots com o seu GPS, e a 596DI que é uma maravilha da tecnologia com Down Imaging. Podemos ir alternando este tipo de leitura ou inclu-sivamente partilhá-lo com o sistema de leitura Humminbird ® SwitchFire, a última tecnologia em leituras 2D e que nos fornece um total controlo de

todos os dados fornecidos pelo nosso equipamento e tem a possibilidade de agregar mais detalhes e definições como a temperatura entre outros.

Como podem ver é muito amplo o número de possibilidades no que diz respeito à sondagem, sendo por isso muito complicado comprimi-lo num único artigo. Espero contudo, ter-vos ajudado a ficar com uma ideia relativa aos vários sistemas e como os podemos adequar ao Carp Fishing.

Penso que se fizermos a analogia entre a pesca e a caça, podemos dizer que sem uma sonda, a busca aos nossos troféus deixa-nos completamente às cegas. Conseguem imaginar um caçador vendado a atirar à sua caça?

Jesus Cruz Nevadohttp://www.carpfactory.com/http://www.passioncarp.es/

Nesta imagem podem ver-se as diferenças entre os sistemasde leitura SwitchFire (esquerda) e Down Imaging (direita)

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AnáliseMk2 Carp Porter

Apesar de ser de uma grande ajuda durante todo o ano, poderá ser no inverno que se pode aproveitar todo o potencial de um carrinho de trans-porte. Levar o material para um pesqueiro onde o carro não pode ir por causa da lama provocada pela chuva torna-se tarefa fácil para um brinquedo destes.

Há no mercado dezenas de opções, umas com mais qualidade, outras com menos, algumas com preços exorbitantes e outras com preços até bastante acessíveis.

O modelo Mk2 da Carp Porter não é o mais barato, mas está na gama baixa de preço, com uma excelente qualidade. Possui uma estrutura resis-tente e as guardas laterais e frontal são ajustáveis, o que permite carregar o material de dois pescadores ao mesmo tempo, para uma breve sessão, ou o de um pescador para uma longa sessão. Vem com um Y traseiro para suporte das canas e um saco de grandes dimensões, altamente resistente que se encaixa na grade inferior, servindo para guardar alguns itens mais difíceis de prender, como garrafas por exemplo. Este saco é feito de material imper-meável, o que permite passar por cima de erva molhada sem estragar o que vai no seu interior.

A estrutura vem numa cor verde mate muito "carpy" e é completamente desmontável, o que permite uma fácil arrumação. A parte que ocupa mais espaço é mesmo a roda, que vem com pneu e câmara. Pode adquirir-se como extra uma roda anti furo, mas o rolar em obstáculos torna-se menos suave.

As versões mais caras vêm com elásticos de fixação ao contrário desta versão que não traz, ainda assim estes podem ser adquiridos por um par de euros em qualquer casa de bricolagem. A falta de engates próprios para os elásticos neste modelo são de forma alguma sinônimo de falta de segu-rança, pois estes podem ser encaixados em qualquer tubo da estrutura.

De fábrica vem também uma quantidade de parafusos extra, para substituir os que eventual-mente se podem perder.

http://www.carp-porter.com/

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Page 111: Digital Carp Magazine #02

Novos Produtos

Trakker NXG PVA POUCHUma bolsa de mão projectado para armazenar PVA e elementos inferiores, tais como tesouras, agulhas, chumbadas, fios e muito mais. * Material muito resistente em poliester * 10 bolsos internos *alça de neopreno * Medidas 25 x 15 x 16 cm

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=107_108_146&product_id=608

High Impact Mainline BoiliesHigh Impact Mainline boilies Shelf-Life oferece aos carpistas um isco da mais alta qualidade, selecciona-do através de ingredientes de alta qualidade , este boilie torna-se uma excelência e uma fonte comple-ta de alimento para as carpasDisponível em: I.B. essencial / Aromatic Fish/ Banof-fee / Spicy Crab

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/category&path=60_61_70

Syrup MainlineOs Syrup Mainline são projectados para trazer o peixe a área engodada e induzi-los a comer. Ele é mais denso do que a água, para que fique no fundo perto da sua isca libertando uma nuvem para a superfície .Eles contêm aminoácidos e açúcares naturais que têm provado ser estimulantes de apetite. Projectado para aumentar a atractividade de partículas ou pellets e para ser usado como aditivo groundbait.

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/category&path=60_66_83

Prologic Saco deretenção XL camuflado

Saco de retenção de cor camuflado , com bóia de marcação de medida 120cm X 80cm

http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=130_167&product_id=609

AnáliseMk2 Carp Porter

Apesar de ser de uma grande ajuda durante todo o ano, poderá ser no inverno que se pode aproveitar todo o potencial de um carrinho de trans-porte. Levar o material para um pesqueiro onde o carro não pode ir por causa da lama provocada pela chuva torna-se tarefa fácil para um brinquedo destes.

Há no mercado dezenas de opções, umas com mais qualidade, outras com menos, algumas com preços exorbitantes e outras com preços até bastante acessíveis.

O modelo Mk2 da Carp Porter não é o mais barato, mas está na gama baixa de preço, com uma excelente qualidade. Possui uma estrutura resis-tente e as guardas laterais e frontal são ajustáveis, o que permite carregar o material de dois pescadores ao mesmo tempo, para uma breve sessão, ou o de um pescador para uma longa sessão. Vem com um Y traseiro para suporte das canas e um saco de grandes dimensões, altamente resistente que se encaixa na grade inferior, servindo para guardar alguns itens mais difíceis de prender, como garrafas por exemplo. Este saco é feito de material imper-meável, o que permite passar por cima de erva molhada sem estragar o que vai no seu interior.

A estrutura vem numa cor verde mate muito "carpy" e é completamente desmontável, o que permite uma fácil arrumação. A parte que ocupa mais espaço é mesmo a roda, que vem com pneu e câmara. Pode adquirir-se como extra uma roda anti furo, mas o rolar em obstáculos torna-se menos suave.

As versões mais caras vêm com elásticos de fixação ao contrário desta versão que não traz, ainda assim estes podem ser adquiridos por um par de euros em qualquer casa de bricolagem. A falta de engates próprios para os elásticos neste modelo são de forma alguma sinônimo de falta de segu-rança, pois estes podem ser encaixados em qualquer tubo da estrutura.

De fábrica vem também uma quantidade de parafusos extra, para substituir os que eventual-mente se podem perder.

http://www.carp-porter.com/

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Talvez como aí em Portugal, muito dos locais onde normalmente pesco, o número de Carpas Espelhadas é muito reduzido, isto faz com que este seja um troféu muito procurado e felicitado.

Tenho tentado nestes últimos anos fazer sempre uma sessão mais longa no início de Outubro. Como há um feriado que calha a uma segunda-feira, na primeira ou segunda do mês, perguntei ao “Boss” se podia tirar quinta-feira e sexta-feira antes desse bendito dia.

Com a autorização dada coloquei o plano em andamento, falei com o meu companheiro Val e concordamos que iríamos mais para norte, para um sítio onde algumas monas espelhadas vêm sendo apanhadas nestes últimos dois ou três anos. Ele tinha de trabalhar quinta-feira e metade de sexta, mas iria ter comigo logo que tivesse essa possibilidade.

Assim chegou o dia, com o carro cheio até ao teto fiz-me à estrada, tinha a informação certa para ir a um certo pesqueiro que tem produzido bom peixe, mas antes fiz ainda um reconhecimento da região.

Cheguei ao destino e com grande espanto vejo um carro lá parado, surpresa maior, as placas da matrícula eram de Oklahoma, milhares de quilómetros de distân-cia! Só podia ser o Dave, dono da maior casa de pesca com material de Carp Fishing dos EUA, e que eu conheço há mais de 12 anos! Era uma maravilha, já tinha companhia para a primeira noite.

A ideia dele era ir embora na sexta-feira, mas sabendo que eu e o Val iriamos ficar até segunda-feira, ele decidiu ficar também.

A sessão começou então, para mim foi muito boa, pois foi sempre a subir na escala, tendo acabado com a captura que é o meu atual PB de Mirror.

O Val apanhou também algumas, assim como o Dave. No geral foi uma sessão calma mas mesmo assim memorável.

A parte mais engraçada, foi quando o Dave teve que ir atender a um chamamento da natureza, uma das suas canas arrancou, tendo sido eu a levar o peixe ao tapete!

Este peixe vai ficar sempre na memória dos dois, pois foi o primeiro peixe capturado logo a seguir a sabermos a triste notícia de que um membro do nosso clube e famoso pescador, havia falecido depois de uma luta intensa contra o cancro.

Para acabar numa boa nota, entre boa comida, boa bebida, boa conversa e boa companhia, ficou combi-nado que para o ano iríamos repetir a sessão!

Quero também agradecer à companhia K-1 Baits que decidiu fazer de mim um dos "field tester" em território americano, e com os quais apanhei o meu novo recorde.

Até à próxima e um abraço da terra do Tio Sam.

Luís Miguel Ângelo

O novo recorde pessoal de Carpa Espelhada!

O Dave, com uma linda captura!

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Talvez como aí em Portugal, muito dos locais onde normalmente pesco, o número de Carpas Espelhadas é muito reduzido, isto faz com que este seja um troféu muito procurado e felicitado.

Tenho tentado nestes últimos anos fazer sempre uma sessão mais longa no início de Outubro. Como há um feriado que calha a uma segunda-feira, na primeira ou segunda do mês, perguntei ao “Boss” se podia tirar quinta-feira e sexta-feira antes desse bendito dia.

Com a autorização dada coloquei o plano em andamento, falei com o meu companheiro Val e concordamos que iríamos mais para norte, para um sítio onde algumas monas espelhadas vêm sendo apanhadas nestes últimos dois ou três anos. Ele tinha de trabalhar quinta-feira e metade de sexta, mas iria ter comigo logo que tivesse essa possibilidade.

Assim chegou o dia, com o carro cheio até ao teto fiz-me à estrada, tinha a informação certa para ir a um certo pesqueiro que tem produzido bom peixe, mas antes fiz ainda um reconhecimento da região.

Cheguei ao destino e com grande espanto vejo um carro lá parado, surpresa maior, as placas da matrícula eram de Oklahoma, milhares de quilómetros de distân-cia! Só podia ser o Dave, dono da maior casa de pesca com material de Carp Fishing dos EUA, e que eu conheço há mais de 12 anos! Era uma maravilha, já tinha companhia para a primeira noite.

A ideia dele era ir embora na sexta-feira, mas sabendo que eu e o Val iriamos ficar até segunda-feira, ele decidiu ficar também.

A sessão começou então, para mim foi muito boa, pois foi sempre a subir na escala, tendo acabado com a captura que é o meu atual PB de Mirror.

O Val apanhou também algumas, assim como o Dave. No geral foi uma sessão calma mas mesmo assim memorável.

A parte mais engraçada, foi quando o Dave teve que ir atender a um chamamento da natureza, uma das suas canas arrancou, tendo sido eu a levar o peixe ao tapete!

Este peixe vai ficar sempre na memória dos dois, pois foi o primeiro peixe capturado logo a seguir a sabermos a triste notícia de que um membro do nosso clube e famoso pescador, havia falecido depois de uma luta intensa contra o cancro.

Para acabar numa boa nota, entre boa comida, boa bebida, boa conversa e boa companhia, ficou combi-nado que para o ano iríamos repetir a sessão!

Quero também agradecer à companhia K-1 Baits que decidiu fazer de mim um dos "field tester" em território americano, e com os quais apanhei o meu novo recorde.

Até à próxima e um abraço da terra do Tio Sam.

Luís Miguel Ângelo

O novo recorde pessoal de Carpa Espelhada!

O Dave, com uma linda captura!

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Capturas, comida e boa disposição!Nenhum destes ingredientes faltou para abrilhantar a sessão!

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Capturas, comida e boa disposição!Nenhum destes ingredientes faltou para abrilhantar a sessão!

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Pescaria em Franca,O grupo Suiss Carp Hunters, composto por Portu-

gueses e Suíços, deslocou-se mais uma vez ao lago Millo T19, em Friesen, França, para uma pescaria. O Marshal, Christian e Sasha, viajaram mais cedo e como é normal escolheram para eles os melhores postos. Como é óbvio, à nossa chegada houve sempre a habitual discussão saudável em torno de quem ocupa os melhores pesqueiros. Não importa, as nossas amigas andam por ali e vão acabar por entrar no nosso pesqueiro.

O Samuel e eu preparamos o nosso material, mon-tamos as tendas e abrigos, tentamos ser o mais rápidos possível, pois já estávamos em desvantagem por termos chegado mais tarde. Fiz a engodagem com boilies brancos de scopex e pimenta preta no pesqueiro da direita, e doces no da esquerda. O Samuel usou apenas boilies doces na sua engodagem.

Enquanto isto, o Marshal tem a sua primeira captura, uma carpa de 7kg! Depois de anoitecer, pelas 20h tenho o primeiro arranque, uma belíssima carpa couro com 5,4kg. Saiu na cana da direita, no boilie de scopex e pimenta! Fico logo eufórico e começo a picar os suíços, “agora que saiu a primeira já não paro”, o Christian responde “a ver vamos…”.

Estamos numa verdadeira competição saudável entre amigos Carpistas com muito bom ambiente entre ambos e muita diversão à mistura. O meu parceiro Samuel tem um arranque, logo a seguir também uma das minhas canas arranca, e ficamos os dois com as canas ao alto a lutar e a curtir as investidas das nossas amigas Carpas com os suíços a olhar para nós!

Como já era tarde, pouco depois fomos dormir. A meio da noite, o Samuel tem novo arranque, pergunto

se precisa de ajuda, diz que não…pouco tempo depois, já tem a carpa no tapete.

É então que um insólito acontece…enquanto o Samuel prepara a cana para lançar de novo, um alce ruge atras dele, provocando-lhe um grande susto “que é isto Lucas?”, respondi a rir-me muito “é um alce, Samuel, fica tranquilo”…

Após esse episódio, tivemos um resto de noite tranquila… Ao amanhecer, O Marshal tem um arranque e pela primeira vez em dois anos que ali pescamos, vem uma carpa Koi cor de laranja ferrada! Linda! O Sasha, que apenas nos acompanha e produz as fotos das sessões, está com o camaroeiro a tentar ajudar o Marshal, enquanto nós estamos radiantes por ver aquela carpa fora do normal a ser pescada pelo nosso colega! A carpa entra no camaroeiro, e nesse instante acaba por libertar-se do anzol, consegue escapar e com muita pena nossa e do Marshal não veio ao tapete!

O Marshal, que até é um tipo cuidadoso com o material, lança a cana ao chão de tão frustrado que está e até perde a noção do que é o Carp Fishing e discute com o pobre Sasha, nada demais, pois foi frustração que durou pouco tempo!

Eu e o meu colega rimo-nos da situação, pois o suíço já estava a cantar de galo, como se diz no nosso país! Este foi um dos melhores fins-de-semana que passamos, foi diversão total, com muitas capturas, nós com cerca de 15 e os nossos colegas com 12. Tudo carpas entre os 4 e os 7kg.

Um dia destes voltamos lá!Rui Lucas da Silva

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Pescaria em Franca,O grupo Suiss Carp Hunters, composto por Portu-

gueses e Suíços, deslocou-se mais uma vez ao lago Millo T19, em Friesen, França, para uma pescaria. O Marshal, Christian e Sasha, viajaram mais cedo e como é normal escolheram para eles os melhores postos. Como é óbvio, à nossa chegada houve sempre a habitual discussão saudável em torno de quem ocupa os melhores pesqueiros. Não importa, as nossas amigas andam por ali e vão acabar por entrar no nosso pesqueiro.

O Samuel e eu preparamos o nosso material, mon-tamos as tendas e abrigos, tentamos ser o mais rápidos possível, pois já estávamos em desvantagem por termos chegado mais tarde. Fiz a engodagem com boilies brancos de scopex e pimenta preta no pesqueiro da direita, e doces no da esquerda. O Samuel usou apenas boilies doces na sua engodagem.

Enquanto isto, o Marshal tem a sua primeira captura, uma carpa de 7kg! Depois de anoitecer, pelas 20h tenho o primeiro arranque, uma belíssima carpa couro com 5,4kg. Saiu na cana da direita, no boilie de scopex e pimenta! Fico logo eufórico e começo a picar os suíços, “agora que saiu a primeira já não paro”, o Christian responde “a ver vamos…”.

Estamos numa verdadeira competição saudável entre amigos Carpistas com muito bom ambiente entre ambos e muita diversão à mistura. O meu parceiro Samuel tem um arranque, logo a seguir também uma das minhas canas arranca, e ficamos os dois com as canas ao alto a lutar e a curtir as investidas das nossas amigas Carpas com os suíços a olhar para nós!

Como já era tarde, pouco depois fomos dormir. A meio da noite, o Samuel tem novo arranque, pergunto

se precisa de ajuda, diz que não…pouco tempo depois, já tem a carpa no tapete.

É então que um insólito acontece…enquanto o Samuel prepara a cana para lançar de novo, um alce ruge atras dele, provocando-lhe um grande susto “que é isto Lucas?”, respondi a rir-me muito “é um alce, Samuel, fica tranquilo”…

Após esse episódio, tivemos um resto de noite tranquila… Ao amanhecer, O Marshal tem um arranque e pela primeira vez em dois anos que ali pescamos, vem uma carpa Koi cor de laranja ferrada! Linda! O Sasha, que apenas nos acompanha e produz as fotos das sessões, está com o camaroeiro a tentar ajudar o Marshal, enquanto nós estamos radiantes por ver aquela carpa fora do normal a ser pescada pelo nosso colega! A carpa entra no camaroeiro, e nesse instante acaba por libertar-se do anzol, consegue escapar e com muita pena nossa e do Marshal não veio ao tapete!

O Marshal, que até é um tipo cuidadoso com o material, lança a cana ao chão de tão frustrado que está e até perde a noção do que é o Carp Fishing e discute com o pobre Sasha, nada demais, pois foi frustração que durou pouco tempo!

Eu e o meu colega rimo-nos da situação, pois o suíço já estava a cantar de galo, como se diz no nosso país! Este foi um dos melhores fins-de-semana que passamos, foi diversão total, com muitas capturas, nós com cerca de 15 e os nossos colegas com 12. Tudo carpas entre os 4 e os 7kg.

Um dia destes voltamos lá!Rui Lucas da Silva

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A boa disposição é umaconstante neste grupo!

O Christian conseguiu o recorde de menor peso!

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A boa disposição é umaconstante neste grupo!

O Christian conseguiu o recorde de menor peso!

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www.questbaits.com

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www.questbaits.comUma coisa imprescindível nos dias de hoje na

pesca são os pesos traseiros, muito conhecidos como Back leads. São de extrema importância na hora de camuflar a linha, colando-a ao fundo, mas não menos importantes na hora de sacar um peixe, quando usados à ponta das outras canas permite que se trabalhe o peixe mesmo a nossa frente sem tocar nos outros fios.

Estas não são as únicas utilidades destes peque-nos pesos, podem servir também para desviar uma linha de um pequeno obstáculo ou para evitar a corrente de um rio.

No seu bom funcionamento, terão que se soltar quando a luta com o peixe começar, originando a perda do material. Isto traz-nos dois problemas, a poluição das águas e a despesa. Numa Runs Water podem perder-se 50 Back leads numa sessão de 24h, o que financeiramente é insuportável, além de ser altamente poluente, como mencionamos atrás.

Então qual será a solução para não abdicar das vantagens que nos trazem estas maravilhas, mas sem os problemas que representam estes chumbos? Optar por produtos naturais, com uma pequena ajuda da ciência. Com 2 euros podem fazer-se umas largas centenas de pesos traseiros, que nem sequer são polu-entes!

A versão que costumo usar, é composta por duas secções, uma recuperável, a outra perde-se no seu bom funcionamento. Na parte recuperável temos um pequeno clip da Solar, uma borracha de proteção e um elástico, comprado numa papelaria. Este material só se perde em caso de rompimento da linha. A segunda secção de material, que se perde a cada arranque ou cada vez que se muda a cana, é uma pedra. E neste caso só temos que nos preocupar se estivermos a pescar numa zona onde as pedras sejam escassas, o que dificilmente acontece.

Existe ainda uma versão mais barata, na qual se substitui o clip da Solar por um simples clip de papéis, todo o restante mantém-se.

Este sistema é tao simples que as imagens são o suficiente para explicar toda a conceção.

Técnicas,Truques & Dicas

Pesos Traseiros

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A minha experiência no Carp Fishing ainda é recente, cerca de 3 a 4 anos. Eu e o meu pai costumávamos pescar em barragens públicas, por exemplo na barragem de Montargil e no Maranhão, sendo a nossa melhor captura, uma carpa de 2,5Kg.

Desde que ouvimos falar na barragem dos Gagos, e que tinha peixes grandes, que ficámos com vontade de a visitar. Na primeira visita, apanhei uma carpa com 10,300Kg! Esta foi sem dúvida uma grande surpresa, e as visitas têm vindo a suceder-se desde então!

Já fizemos por lá boas capturas, mas o “record” ainda me pertence com 12,600Kg.

Apesar de várias capturas com bastante mais peso, ultimamente temos apanhado muitas Carpas entre 5 a 7Kg. Claro que por vezes também nos calha a famosa “grade”, mas isso faz parte deste nosso vício, e não nos desmotiva em nada, apenas ficamos a aguardar com ansiedade a próxima sessão!

Como a Barragem dos Gagos é uma concessão desportiva, costumamos comprar a licença no café Canto Negro ou na loja O Anzol.

Como já devem ter percebido eu tenho mobilidade reduzida, pelo que conto com uma Scooter para me poder deslocar. Gostava de fazer mais na pesca, mas certas coisas não me são permitidas, embora possa contar sempre com a ajuda do meu pai!

Um bom Carpista deve sempre devolver a carpa nas melhores condições possíveis à água, e nunca deixo que a minha limitação na mobilidade interfira nessa campo, pois o que sempre fazemos é colocar a Carpa no tapete de recep-ção, pesá-la, tirar fotos, tratá-la se necessário e devolvê-la. Tratando-a com respeito ela virá um dia mais tarde agradecer!

Os iscos que temos usado são Boilies de vários sabores, Pop-Ups e por vezes milho. Ultimamente temos experimentado milho artificial e Tiger Nuts.

Até um dia destes à beira da água!

Neste artigo podemos confirmar um exemplo de força de vontade, que ultrapassa qualquer limitação que à partida parece anular qualquer tentativa de praticar uma pesca tão exigente como o Carp Fishing. Pai e filho já pescaram em várias massas de água, mas sem dúvida têm uma paixão pela Barragem do Gagos, água onde já fizeram excelentes capturas, inclusive o recorde pessoal do João!

João e José Chambel

O recorde pessoal do João,uma bonita Espelhada!

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A minha experiência no Carp Fishing ainda é recente, cerca de 3 a 4 anos. Eu e o meu pai costumávamos pescar em barragens públicas, por exemplo na barragem de Montargil e no Maranhão, sendo a nossa melhor captura, uma carpa de 2,5Kg.

Desde que ouvimos falar na barragem dos Gagos, e que tinha peixes grandes, que ficámos com vontade de a visitar. Na primeira visita, apanhei uma carpa com 10,300Kg! Esta foi sem dúvida uma grande surpresa, e as visitas têm vindo a suceder-se desde então!

Já fizemos por lá boas capturas, mas o “record” ainda me pertence com 12,600Kg.

Apesar de várias capturas com bastante mais peso, ultimamente temos apanhado muitas Carpas entre 5 a 7Kg. Claro que por vezes também nos calha a famosa “grade”, mas isso faz parte deste nosso vício, e não nos desmotiva em nada, apenas ficamos a aguardar com ansiedade a próxima sessão!

Como a Barragem dos Gagos é uma concessão desportiva, costumamos comprar a licença no café Canto Negro ou na loja O Anzol.

Como já devem ter percebido eu tenho mobilidade reduzida, pelo que conto com uma Scooter para me poder deslocar. Gostava de fazer mais na pesca, mas certas coisas não me são permitidas, embora possa contar sempre com a ajuda do meu pai!

Um bom Carpista deve sempre devolver a carpa nas melhores condições possíveis à água, e nunca deixo que a minha limitação na mobilidade interfira nessa campo, pois o que sempre fazemos é colocar a Carpa no tapete de recep-ção, pesá-la, tirar fotos, tratá-la se necessário e devolvê-la. Tratando-a com respeito ela virá um dia mais tarde agradecer!

Os iscos que temos usado são Boilies de vários sabores, Pop-Ups e por vezes milho. Ultimamente temos experimentado milho artificial e Tiger Nuts.

Até um dia destes à beira da água!

Neste artigo podemos confirmar um exemplo de força de vontade, que ultrapassa qualquer limitação que à partida parece anular qualquer tentativa de praticar uma pesca tão exigente como o Carp Fishing. Pai e filho já pescaram em várias massas de água, mas sem dúvida têm uma paixão pela Barragem do Gagos, água onde já fizeram excelentes capturas, inclusive o recorde pessoal do João!

João e José Chambel

O recorde pessoal do João,uma bonita Espelhada!

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Page 124: Digital Carp Magazine #02

A minha experiência no Carp Fishing ainda é recente, cerca de 3 a 4 anos. Eu e o meu pai costumávamos pescar em barragens públicas, por exemplo na barragem de Montargil e no Maranhão, sendo a nossa melhor captura, uma carpa de 2,5Kg.

Desde que ouvimos falar na barragem dos Gagos, e que tinha peixes grandes, que ficámos com vontade de a visitar. Na primeira visita, apanhei uma carpa com 10,300Kg! Esta foi sem dúvida uma grande surpresa, e as visitas têm vindo a suceder-se desde então!

Já fizemos por lá boas capturas, mas o “record” ainda me pertence com 12,600Kg.

Apesar de várias capturas com bastante mais peso, ultimamente temos apanhado muitas Carpas entre 5 a 7Kg. Claro que por vezes também nos calha a famosa “grade”, mas isso faz parte deste nosso vício, e não nos desmotiva em nada, apenas ficamos a aguardar com ansiedade a próxima sessão!

Como a Barragem dos Gagos é uma concessão desportiva, costumamos comprar a licença no café Canto Negro ou na loja O Anzol.

Como já devem ter percebido eu tenho mobilidade reduzida, pelo que conto com uma Scooter para me poder deslocar. Gostava de fazer mais na pesca, mas certas coisas não me são permitidas, embora possa contar sempre com a ajuda do meu pai!

Um bom Carpista deve sempre devolver a carpa nas melhores condições possíveis à água, e nunca deixo que a minha limitação na mobilidade interfira nessa campo, pois o que sempre fazemos é colocar a Carpa no tapete de recepção, pesá-la, tirar fotos, tratá-la se necessário e devolvê-la. Tratando-a com respeito ela virá um dia mais tarde agradecer!

Os iscos que temos usado são Boilies de vários sabores, Pop-Ups e por vezes milho. Ultimamente temos experimentado milho artificial e Tiger Nuts.

Até um dia destes à beira da água!

Pai e filho partilham grandes momentos, desde a capturas até à devolução!

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A minha experiência no Carp Fishing ainda é recente, cerca de 3 a 4 anos. Eu e o meu pai costumávamos pescar em barragens públicas, por exemplo na barragem de Montargil e no Maranhão, sendo a nossa melhor captura, uma carpa de 2,5Kg.

Desde que ouvimos falar na barragem dos Gagos, e que tinha peixes grandes, que ficámos com vontade de a visitar. Na primeira visita, apanhei uma carpa com 10,300Kg! Esta foi sem dúvida uma grande surpresa, e as visitas têm vindo a suceder-se desde então!

Já fizemos por lá boas capturas, mas o “record” ainda me pertence com 12,600Kg.

Apesar de várias capturas com bastante mais peso, ultimamente temos apanhado muitas Carpas entre 5 a 7Kg. Claro que por vezes também nos calha a famosa “grade”, mas isso faz parte deste nosso vício, e não nos desmotiva em nada, apenas ficamos a aguardar com ansiedade a próxima sessão!

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Page 127: Digital Carp Magazine #02

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http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=60_61_70&product_id=253 http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=93_94&product_id=167

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http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&product_id=605&search=kkarp http://www.pescateamcarp.com/index.php?route=product/product&path=107_108_145&product_id=479

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Diz o Cláudio Soares que foi amor a primeira vista! O que estaria o Diogo a fazer? Seria trabalho ou lazer?Não conseguimos perceber muito bem…

Depois de várias horas à procura de inspiração para alegenda desta foto, resolvi desistir….

Parece que o Nuno só consegue ver carpas grandes assim,com óculos do género!

O Bruno diz que estava ali uma Carpa…Nós temos algumas dúvidas!

Lembram-se daquela estranha captura do Rui Lucas e dos amigosna DCM #01? Este é o momento em que entra no camaroeiro!

O nosso amigo Size, companheiro de tantas pescarias no Douro, escolheu o tapete como cama! Mas teve azar, pouco tempo depois uma Carpa ocupou o lugar dele!

Técnica Sniper no Carp Fishing! Infelizmente não podemosrevelar a identidade! É segredo!

Por vezes estamos tão concentrados na pesca que nem repa-ramos no que nos rodeia! Outras vezes ficamos chateados com determinada situação, mas que analisada de fora, irá de certeza dar umas boas gargalhadas, mesmo aos protagonis-tas! Enviem os vossos momentos insólitos para o email

[email protected]

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Diz o Cláudio Soares que foi amor a primeira vista! O que estaria o Diogo a fazer? Seria trabalho ou lazer?Não conseguimos perceber muito bem…

Depois de várias horas à procura de inspiração para alegenda desta foto, resolvi desistir….

Parece que o Nuno só consegue ver carpas grandes assim,com óculos do género!

O Bruno diz que estava ali uma Carpa…Nós temos algumas dúvidas!

Lembram-se daquela estranha captura do Rui Lucas e dos amigosna DCM #01? Este é o momento em que entra no camaroeiro!

O nosso amigo Size, companheiro de tantas pescarias no Douro, escolheu o tapete como cama! Mas teve azar, pouco tempo depois uma Carpa ocupou o lugar dele!

Técnica Sniper no Carp Fishing! Infelizmente não podemosrevelar a identidade! É segredo!

Por vezes estamos tão concentrados na pesca que nem repa-ramos no que nos rodeia! Outras vezes ficamos chateados com determinada situação, mas que analisada de fora, irá de certeza dar umas boas gargalhadas, mesmo aos protagonis-tas! Enviem os vossos momentos insólitos para o email

[email protected]

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Sul-africano, Diplomata na Embaixada da Africa do Sul em Moscovo, passou algum tempo até que conseguisse compreender como as coisas precisavam ser feitas, para que dessem resultados. Mas estes vieram, e são de nos deixar de boca aberta. O seguinte relato serve também para nos lembrar a sorte que temos, pois podemos pescar todo o ano, ao con-trário do que acontece pelas geladas terras da Rússia.

Bónus! Bónus!...gritava o gerente do clube de pesca ao mesmo tempo que corria atrás de mim e acenava com um saco de plástico a abarrotar.

Não pode ser nada de bom, pensei, enquanto calculava rapidamente a distância que me separava do meu carro e deitava um rápido e preocupado olhar de soslaio para aquele saco de plástico (e para o homem que o segurava) que avançava rápida e amea-çadoramente na minha direção.

Não me ia conseguir safar... Será que a minha ilustre carreira de pesca na Rússia ia acabar ali mesmo, ainda antes de ter começado? Ter-me-iam visto a devolver sub-repticiamente o peixe vivo ao lago? A minha imunidade diplomática proteger-me-ia do gerente agitado? Não me parecia, sobretudo agora que ele começava a agitar os braços no ar e a falar ainda mais alto, na esperança de que, à força de levantar a voz, fossem desvendados a este estrangei-ro estúpido os mistérios da língua russa. Foi então que me lembrei do que me tinha ensinado a minha professora de russo...não a perceber a língua russa, claro, o que teria dado jeito... Mas sim o facto de os russos serem na verdade pessoas muito hospitaleiras, apesar de nunca sorrirem e parecerem sempre zanga-dos por alguma coisa. Acontece que este homem simplesmente tinha tido pena de mim por pensar que eu não tinha pescado nada para levar para casa e estava meramente a tentar doar-me um saco cheio de carpas ali pescadas!

Após várias horas no trânsito, cheguei a casa a sentir-me culpado e a interrogar-me onde iria enter-rar aqueles desgraçados peixes mortos. Imaginem a minha surpresa quando abri a quentíssima mala do carro e descobri que as carpas ainda estavam vivas no saco de plástico! Ok, não estavam propriamente a sorrir e pareciam chateadas com alguma coisa, mas nada que uma meia hora na banheira debaixo do chuveiro não curasse, seguida de uma breve volta de carro pela calada da noite para as libertar clandestina-mente num lago de um parque do centro da cidade. Cheguei à conclusão que estas carpas russas são resistentes, o que não admira, tendo em conta que o seu habitat congela durante pelo menos 7 meses do ano.

É nesses 7 meses ou mais que os pescadores desta parte do mundo apanham uma doença que os americanos chamam “cabin fever”, pois ficam fartos de estar fechados em casa à espera da próxima esta-ção da pesca. Os russos têm um antídoto: levam o equipamento da pesca, fazem um orifício no gelo, sentam-se e esperam durante horas, sem luvas, mesmo com temperaturas abaixo de 20 graus negati-vos, que uma criaturazinha de 1 grama morda o anzol, enquanto vão bebendo umas garrafas de vodka.

Simon Cardy

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Page 133: Digital Carp Magazine #02

Sul-africano, Diplomata na Embaixada da Africa do Sul em Moscovo, passou algum tempo até que conseguisse compreender como as coisas precisavam ser feitas, para que dessem resultados. Mas estes vieram, e são de nos deixar de boca aberta. O seguinte relato serve também para nos lembrar a sorte que temos, pois podemos pescar todo o ano, ao con-trário do que acontece pelas geladas terras da Rússia.

Bónus! Bónus!...gritava o gerente do clube de pesca ao mesmo tempo que corria atrás de mim e acenava com um saco de plástico a abarrotar.

Não pode ser nada de bom, pensei, enquanto calculava rapidamente a distância que me separava do meu carro e deitava um rápido e preocupado olhar de soslaio para aquele saco de plástico (e para o homem que o segurava) que avançava rápida e amea-çadoramente na minha direção.

Não me ia conseguir safar... Será que a minha ilustre carreira de pesca na Rússia ia acabar ali mesmo, ainda antes de ter começado? Ter-me-iam visto a devolver sub-repticiamente o peixe vivo ao lago? A minha imunidade diplomática proteger-me-ia do gerente agitado? Não me parecia, sobretudo agora que ele começava a agitar os braços no ar e a falar ainda mais alto, na esperança de que, à força de levantar a voz, fossem desvendados a este estrangei-ro estúpido os mistérios da língua russa. Foi então que me lembrei do que me tinha ensinado a minha professora de russo...não a perceber a língua russa, claro, o que teria dado jeito... Mas sim o facto de os russos serem na verdade pessoas muito hospitaleiras, apesar de nunca sorrirem e parecerem sempre zanga-dos por alguma coisa. Acontece que este homem simplesmente tinha tido pena de mim por pensar que eu não tinha pescado nada para levar para casa e estava meramente a tentar doar-me um saco cheio de carpas ali pescadas!

Após várias horas no trânsito, cheguei a casa a sentir-me culpado e a interrogar-me onde iria enter-rar aqueles desgraçados peixes mortos. Imaginem a minha surpresa quando abri a quentíssima mala do carro e descobri que as carpas ainda estavam vivas no saco de plástico! Ok, não estavam propriamente a sorrir e pareciam chateadas com alguma coisa, mas nada que uma meia hora na banheira debaixo do chuveiro não curasse, seguida de uma breve volta de carro pela calada da noite para as libertar clandestina-mente num lago de um parque do centro da cidade. Cheguei à conclusão que estas carpas russas são resistentes, o que não admira, tendo em conta que o seu habitat congela durante pelo menos 7 meses do ano.

É nesses 7 meses ou mais que os pescadores desta parte do mundo apanham uma doença que os americanos chamam “cabin fever”, pois ficam fartos de estar fechados em casa à espera da próxima esta-ção da pesca. Os russos têm um antídoto: levam o equipamento da pesca, fazem um orifício no gelo, sentam-se e esperam durante horas, sem luvas, mesmo com temperaturas abaixo de 20 graus negati-vos, que uma criaturazinha de 1 grama morda o anzol, enquanto vão bebendo umas garrafas de vodka.

Simon Cardy

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Bónus! Bónus!...gritava o gerente do clube de pesca ao mesmo tempo que corria atrás de mim e acenava com um saco de plástico a abarrotar.

Não pode ser nada de bom, pensei, enquanto calculava rapidamente a distância que me separava do meu carro e deitava um rápido e preocupado olhar de soslaio para aquele saco de plástico (e para o homem que o segurava) que avançava rápida e amea-çadoramente na minha direção.

Não me ia conseguir safar... Será que a minha ilustre carreira de pesca na Rússia ia acabar ali mesmo, ainda antes de ter começado? Ter-me-iam visto a devolver sub-repticiamente o peixe vivo ao lago? A minha imunidade diplomática proteger-me-ia do gerente agitado? Não me parecia, sobretudo agora que ele começava a agitar os braços no ar e a falar ainda mais alto, na esperança de que, à força de levantar a voz, fossem desvendados a este estrangei-ro estúpido os mistérios da língua russa. Foi então que me lembrei do que me tinha ensinado a minha professora de russo...não a perceber a língua russa, claro, o que teria dado jeito... Mas sim o facto de os russos serem na verdade pessoas muito hospitaleiras, apesar de nunca sorrirem e parecerem sempre zanga-dos por alguma coisa. Acontece que este homem simplesmente tinha tido pena de mim por pensar que eu não tinha pescado nada para levar para casa e estava meramente a tentar doar-me um saco cheio de carpas ali pescadas!

Após várias horas no trânsito, cheguei a casa a sentir-me culpado e a interrogar-me onde iria enter-rar aqueles desgraçados peixes mortos. Imaginem a minha surpresa quando abri a quentíssima mala do carro e descobri que as carpas ainda estavam vivas no saco de plástico! Ok, não estavam propriamente a sorrir e pareciam chateadas com alguma coisa, mas nada que uma meia hora na banheira debaixo do chuveiro não curasse, seguida de uma breve volta de carro pela calada da noite para as libertar clandestina-mente num lago de um parque do centro da cidade. Cheguei à conclusão que estas carpas russas são resistentes, o que não admira, tendo em conta que o seu habitat congela durante pelo menos 7 meses do ano.

É nesses 7 meses ou mais que os pescadores desta parte do mundo apanham uma doença que os americanos chamam “cabin fever”, pois ficam fartos de estar fechados em casa à espera da próxima esta-ção da pesca. Os russos têm um antídoto: levam o equipamento da pesca, fazem um orifício no gelo, sentam-se e esperam durante horas, sem luvas, mesmo com temperaturas abaixo de 20 graus negati-vos, que uma criaturazinha de 1 grama morda o anzol, enquanto vão bebendo umas garrafas de vodka.

Estranhamente, este antídoto para a doença da “cabin fever” não tem efeito nos estrangeiros, ao contrário da vodka ingerida.

Quando se é estrangeiro na Rússia, chegada a Primave-ra fazem-se erros básicos: quando se deduz que, apenas por já estar uma temperatura exterior de 30 graus, o peixe deveria finalmente estar a emergir da sua hibernação. Claro que os russos sabem que a água continua gelada, uma vez que ainda na semana anterior estavam 10 graus negativos e, como verdadeiros cientistas, conhecem as temperaturas exatas que ativarão a alimentação em cada espécie de peixe. Por isso, após algumas horas infrutíferas a afogar iscos, “tiger nuts” e outros engodos exóticos de que nenhu-ma carpa russa que se preze alguma vez ouviu falar, o pescador estrangeiro junta-se aos restantes apostando na pesca de percas e outras criaturas semelhantes com mais dentes do que inteligência.

Tendo descoberto demasiado tarde que na Rússia não existe tal coisa como a “Primavera” e que a água está sempre ou gelada ou quente, decidi-me pela pesca no Verão, mas cheguei à conclusão que também tem os seus quês. O principal problema é que tudo aquilo que não se teve oportunidade de fazer nos 7 meses anteriores (tal como receber visitas do estrangeiro ou ir de férias para Portugal para recarregar as baterias depois dos meses anteriores na Rússia) só se pode realizar exatamente nesses mesmos dois meses. E se efetivamente se consegue arranjar tempo para ir à pesca, os outros onze milhões de moscovitas terão também provavelmente tido a mesma ideia, pelo que se passa o dia a desviarmo-nos das linhas e dos engodos atirados em todas as direções pelos pescado-res que pescam do outro lado do lago e dos que pescam nas áreas à nossa esquerda, que aliás eram designadas para nadar e não para a pesca. Contem pagar até 100 Euros por dia por tal privilégio, num lago ultracomercial mas bem organizado e com boa manutenção, ou, em alternativa, não pescar senão garrafas de vodka num lago público que não cobre entrada.

O único consolo é que naqueles lagos pagos pode ter-se a certeza de se conseguir efetivamente pescar algo... a menos que se faça algo realmente estúpido como usar boilies como isco. Semana a semana os stocks de peixe nestes lagos são repostos com espécimes vindos de vivei-ros especiais e as condições da água são constantemente vigiadas e controladas. O desafio é conseguir passar por entre os milhares de peixes minúsculos esfomeados e estabelecer contacto com algo que valha a pena ser pesca-do com equipamento moderno de pesca de carpas. Levei algum tempo a habituar-me a ver a quantidade de peixe minúsculo que os russos conseguem pescar com a sua estranha variedade de equipamento de pesca e iscos. Usam sinos no cimo das canas de pesca e de 5 em 5 segun-dos ouvem-se os sinos a tocar, uma pequena carpa finda a sua existência, enquanto os meus alarmes tecnológicos de ponta se mantêm silenciosos. Da primeira vez que eu presenciei essa frenética atividade, fartava-me de olhar em volta, a ver onde andavam as cabras a pastar com campai-nhas ao pescoço, já a imaginar-me com o Tomás e o Renato no sopé da Serra da Estrela...

Quando já estava quase a desistir de tentar pescar na Rússia, depois de quase quatro anos de frustração, desco-bri que desde alguns anos para cá, há uma estacão muito especial e rara chamada “Outono”. Trata-se da altura mágica em que as árvores se revestem de laranja, vermelho e amarelo e as carpas pequenas não mordem o isco (ou será que os sinos já dobraram por elas?). Descobri que, afinal, há alguns residentes muito especiais nestes lagos russos...carpas de tamanho decente, peixe-gato aparecem do nada e esturjões beluga gigantes chapinham na água à nossa volta. É em alturas como esta que iscos naturais como minhocas e camarões vos podem enganchar a um comboio rápido que acelera o ritmo cardíaco.

Portanto, ao arrumar o meu equipamento de pesca pela última vez, já sinto aquilo que os portugueses chama-riam “saudades” da Rússia, a terra pouco sorridente do Outono dourado...

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Page 135: Digital Carp Magazine #02

Bónus! Bónus!...gritava o gerente do clube de pesca ao mesmo tempo que corria atrás de mim e acenava com um saco de plástico a abarrotar.

Não pode ser nada de bom, pensei, enquanto calculava rapidamente a distância que me separava do meu carro e deitava um rápido e preocupado olhar de soslaio para aquele saco de plástico (e para o homem que o segurava) que avançava rápida e amea-çadoramente na minha direção.

Não me ia conseguir safar... Será que a minha ilustre carreira de pesca na Rússia ia acabar ali mesmo, ainda antes de ter começado? Ter-me-iam visto a devolver sub-repticiamente o peixe vivo ao lago? A minha imunidade diplomática proteger-me-ia do gerente agitado? Não me parecia, sobretudo agora que ele começava a agitar os braços no ar e a falar ainda mais alto, na esperança de que, à força de levantar a voz, fossem desvendados a este estrangei-ro estúpido os mistérios da língua russa. Foi então que me lembrei do que me tinha ensinado a minha professora de russo...não a perceber a língua russa, claro, o que teria dado jeito... Mas sim o facto de os russos serem na verdade pessoas muito hospitaleiras, apesar de nunca sorrirem e parecerem sempre zanga-dos por alguma coisa. Acontece que este homem simplesmente tinha tido pena de mim por pensar que eu não tinha pescado nada para levar para casa e estava meramente a tentar doar-me um saco cheio de carpas ali pescadas!

Após várias horas no trânsito, cheguei a casa a sentir-me culpado e a interrogar-me onde iria enter-rar aqueles desgraçados peixes mortos. Imaginem a minha surpresa quando abri a quentíssima mala do carro e descobri que as carpas ainda estavam vivas no saco de plástico! Ok, não estavam propriamente a sorrir e pareciam chateadas com alguma coisa, mas nada que uma meia hora na banheira debaixo do chuveiro não curasse, seguida de uma breve volta de carro pela calada da noite para as libertar clandestina-mente num lago de um parque do centro da cidade. Cheguei à conclusão que estas carpas russas são resistentes, o que não admira, tendo em conta que o seu habitat congela durante pelo menos 7 meses do ano.

É nesses 7 meses ou mais que os pescadores desta parte do mundo apanham uma doença que os americanos chamam “cabin fever”, pois ficam fartos de estar fechados em casa à espera da próxima esta-ção da pesca. Os russos têm um antídoto: levam o equipamento da pesca, fazem um orifício no gelo, sentam-se e esperam durante horas, sem luvas, mesmo com temperaturas abaixo de 20 graus negati-vos, que uma criaturazinha de 1 grama morda o anzol, enquanto vão bebendo umas garrafas de vodka.

Estranhamente, este antídoto para a doença da “cabin fever” não tem efeito nos estrangeiros, ao contrário da vodka ingerida.

Quando se é estrangeiro na Rússia, chegada a Primave-ra fazem-se erros básicos: quando se deduz que, apenas por já estar uma temperatura exterior de 30 graus, o peixe deveria finalmente estar a emergir da sua hibernação. Claro que os russos sabem que a água continua gelada, uma vez que ainda na semana anterior estavam 10 graus negativos e, como verdadeiros cientistas, conhecem as temperaturas exatas que ativarão a alimentação em cada espécie de peixe. Por isso, após algumas horas infrutíferas a afogar iscos, “tiger nuts” e outros engodos exóticos de que nenhu-ma carpa russa que se preze alguma vez ouviu falar, o pescador estrangeiro junta-se aos restantes apostando na pesca de percas e outras criaturas semelhantes com mais dentes do que inteligência.

Tendo descoberto demasiado tarde que na Rússia não existe tal coisa como a “Primavera” e que a água está sempre ou gelada ou quente, decidi-me pela pesca no Verão, mas cheguei à conclusão que também tem os seus quês. O principal problema é que tudo aquilo que não se teve oportunidade de fazer nos 7 meses anteriores (tal como receber visitas do estrangeiro ou ir de férias para Portugal para recarregar as baterias depois dos meses anteriores na Rússia) só se pode realizar exatamente nesses mesmos dois meses. E se efetivamente se consegue arranjar tempo para ir à pesca, os outros onze milhões de moscovitas terão também provavelmente tido a mesma ideia, pelo que se passa o dia a desviarmo-nos das linhas e dos engodos atirados em todas as direções pelos pescado-res que pescam do outro lado do lago e dos que pescam nas áreas à nossa esquerda, que aliás eram designadas para nadar e não para a pesca. Contem pagar até 100 Euros por dia por tal privilégio, num lago ultracomercial mas bem organizado e com boa manutenção, ou, em alternativa, não pescar senão garrafas de vodka num lago público que não cobre entrada.

O único consolo é que naqueles lagos pagos pode ter-se a certeza de se conseguir efetivamente pescar algo... a menos que se faça algo realmente estúpido como usar boilies como isco. Semana a semana os stocks de peixe nestes lagos são repostos com espécimes vindos de vivei-ros especiais e as condições da água são constantemente vigiadas e controladas. O desafio é conseguir passar por entre os milhares de peixes minúsculos esfomeados e estabelecer contacto com algo que valha a pena ser pesca-do com equipamento moderno de pesca de carpas. Levei algum tempo a habituar-me a ver a quantidade de peixe minúsculo que os russos conseguem pescar com a sua estranha variedade de equipamento de pesca e iscos. Usam sinos no cimo das canas de pesca e de 5 em 5 segun-dos ouvem-se os sinos a tocar, uma pequena carpa finda a sua existência, enquanto os meus alarmes tecnológicos de ponta se mantêm silenciosos. Da primeira vez que eu presenciei essa frenética atividade, fartava-me de olhar em volta, a ver onde andavam as cabras a pastar com campai-nhas ao pescoço, já a imaginar-me com o Tomás e o Renato no sopé da Serra da Estrela...

Quando já estava quase a desistir de tentar pescar na Rússia, depois de quase quatro anos de frustração, desco-bri que desde alguns anos para cá, há uma estacão muito especial e rara chamada “Outono”. Trata-se da altura mágica em que as árvores se revestem de laranja, vermelho e amarelo e as carpas pequenas não mordem o isco (ou será que os sinos já dobraram por elas?). Descobri que, afinal, há alguns residentes muito especiais nestes lagos russos...carpas de tamanho decente, peixe-gato aparecem do nada e esturjões beluga gigantes chapinham na água à nossa volta. É em alturas como esta que iscos naturais como minhocas e camarões vos podem enganchar a um comboio rápido que acelera o ritmo cardíaco.

Portanto, ao arrumar o meu equipamento de pesca pela última vez, já sinto aquilo que os portugueses chama-riam “saudades” da Rússia, a terra pouco sorridente do Outono dourado...

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Page 136: Digital Carp Magazine #02

Em 2012, no Carp Adventure promovido pela Apcf na Barragem da Marateca, logo no primeiro dia, um dos participantes cortou-se num pé com um vidro, limitando os seus movi-mentos em toda a sessão. Tendo em mente que por vezes passamos vários dias afastados da civilização, voltamos a convidar o Dr. Diogo Durais, que nos voltar a dar alguns concelhos, que nos podem ajudar em qualquer momento menos afortunado das nossas sessões.

Quantas vezes já estiveram à pesca e se cortaram? Ou porque a navalha cortou mais do que devia, ou porque distraído pisou um vidro, um ferro ou pedaço de madeira?

A primeira coisa a pensar é se a ferida necessita ser suturada. Se a ferida atravessar todas as camadas da pele, ou for grande e/ou muito irregular, muito provavelmente vai ser necessário receber pontos. O melhor a fazer é dirigir-se ao hospital ou centro de saúde mais próximo. Se ficar com dúvidas sobre a necessidade de receber pontos, procure ajuda médica. Mais vale prevenir que remediar.

Se tem um corte ou ferida que não necessita de receber pontos, precisa de qualquer forma de saber como proceder.

Primeiro passo - lavar muito bem a ferida, com água limpa ou soro (se tiver). Certifique-se que não ficam resíduos como vidro, terra, areia ou outra sujidade no interior da ferida. Se há resíduos que não consegue remover, procure ajuda médica.

A ferida está a sangrar? Se for o caso, com a ajuda de uma compressa esterilizada, pressione firmemente a lesão por cerca de 20 minutos. Se conseguir colocar a zona lesada acima do nível do coração, a hemorragia diminui. Se ao fim de 20 minutos de pressão a hemorragia não cedeu, procure ajuda médica.

Desinfete bem a ferida. Uma boa opção é a solução de

iodopovidona (habitualmente conhecida por Betadine). Cubra bem o corte com uma compressa esterilizada, e segure com uma ligadura ou adesivo. Se o corte for pequeno, um pequeno penso será perfeito. Deve ter o cuidado de manter o penso limpo e seco e vigiar a ferida. Se aparecerem sinais de infeção procurar ajuda médica.

Como posso suspeitar que a minha ferida está infetada? Os sinais de infeção de feridas são rubor (especto averme-lhado), edema (inchaço), calor local, dor aumentada na ferida e no seu redor, drenagem de pus (algumas vezes com cheiro), e eventualmente febre. Se é este o seu caso não adie mais a ida ao médico.

A maior parte das feridas cura em cerca de 7 a 10 dias. Com o tempo e o processo de cicatrização a ferida desen-volve uma crosta. Essa crosta é uma proteção da ferida, não a remova nem a arranque, porque aumenta o risco de infetar.

Nota importante: tem a vacina do tétano em dia? A vacina do tétano é dada nos centros de saúde como parte do plano nacional de vacinação. As crianças recebem esta vacina pela última vez por volta dos 10-13 anos. Se não recebeu vacina do tétano nos últimos 10 anos procure o seu médico de família para que possa atualizá-la.

Diogo Durais

Cuidados com a saúde

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Page 137: Digital Carp Magazine #02

http://www.portalpesca.com/tablassolunares.aspInformaçao retirada do site:

-

TABELAS LUNARESApesar de nem sempre haver capturas em boas luas, nem as grades serem garantidas nas supostamente fracas, não custa nada dar uma vista de olhos para planear uma pescaria. Nós por aqui é o que fazemos!

Dezembro 2013 Janeiro 2014

Em 2012, no Carp Adventure promovido pela Apcf na Barragem da Marateca, logo no primeiro dia, um dos participantes cortou-se num pé com um vidro, limitando os seus movi-mentos em toda a sessão. Tendo em mente que por vezes passamos vários dias afastados da civilização, voltamos a convidar o Dr. Diogo Durais, que nos voltar a dar alguns concelhos, que nos podem ajudar em qualquer momento menos afortunado das nossas sessões.

Quantas vezes já estiveram à pesca e se cortaram? Ou porque a navalha cortou mais do que devia, ou porque distraído pisou um vidro, um ferro ou pedaço de madeira?

A primeira coisa a pensar é se a ferida necessita ser suturada. Se a ferida atravessar todas as camadas da pele, ou for grande e/ou muito irregular, muito provavelmente vai ser necessário receber pontos. O melhor a fazer é dirigir-se ao hospital ou centro de saúde mais próximo. Se ficar com dúvidas sobre a necessidade de receber pontos, procure ajuda médica. Mais vale prevenir que remediar.

Se tem um corte ou ferida que não necessita de receber pontos, precisa de qualquer forma de saber como proceder.

Primeiro passo - lavar muito bem a ferida, com água limpa ou soro (se tiver). Certifique-se que não ficam resíduos como vidro, terra, areia ou outra sujidade no interior da ferida. Se há resíduos que não consegue remover, procure ajuda médica.

A ferida está a sangrar? Se for o caso, com a ajuda de uma compressa esterilizada, pressione firmemente a lesão por cerca de 20 minutos. Se conseguir colocar a zona lesada acima do nível do coração, a hemorragia diminui. Se ao fim de 20 minutos de pressão a hemorragia não cedeu, procure ajuda médica.

Desinfete bem a ferida. Uma boa opção é a solução de

iodopovidona (habitualmente conhecida por Betadine). Cubra bem o corte com uma compressa esterilizada, e segure com uma ligadura ou adesivo. Se o corte for pequeno, um pequeno penso será perfeito. Deve ter o cuidado de manter o penso limpo e seco e vigiar a ferida. Se aparecerem sinais de infeção procurar ajuda médica.

Como posso suspeitar que a minha ferida está infetada? Os sinais de infeção de feridas são rubor (especto averme-lhado), edema (inchaço), calor local, dor aumentada na ferida e no seu redor, drenagem de pus (algumas vezes com cheiro), e eventualmente febre. Se é este o seu caso não adie mais a ida ao médico.

A maior parte das feridas cura em cerca de 7 a 10 dias. Com o tempo e o processo de cicatrização a ferida desen-volve uma crosta. Essa crosta é uma proteção da ferida, não a remova nem a arranque, porque aumenta o risco de infetar.

Nota importante: tem a vacina do tétano em dia? A vacina do tétano é dada nos centros de saúde como parte do plano nacional de vacinação. As crianças recebem esta vacina pela última vez por volta dos 10-13 anos. Se não recebeu vacina do tétano nos últimos 10 anos procure o seu médico de família para que possa atualizá-la.

Diogo Durais

Cuidados com a saúde

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Page 138: Digital Carp Magazine #02

www.iktus-carpe.com

Outubro

19 a 26Esta foi uma excelente semana no Iktus. Bons pescado-

res como habitual, e muitos peixes grandes!Rob Watts da empresa Carp Alley, apanhou uma gigante

com 24kg! O seu irmão gémeo Rob Boom, conseguiu várias capturas a rondar os 18kg. Tudo isto no pesqueiro 2.

Nos pesqueiros 14 e 15 saíram varias Carpas, sendo a maior captura, uma massiva Mirror de 24,20Kg.

O pesqueiro 3 recebeu a visita do boss da MCF Tackle, Dennis McFetrich, que além de uma Mirror de 25kg, ainda bateu o record de Esturjão Russo, com 29,50Kg. Este é o maior Esturjão desta espécie com registo em França.

No pesqueiro 6, estiveram pescadores Espanhóis, que além de uma Grass de 16kg e várias outras capturas, elevaram o recorde do lago de Esturjão Branco, 1,92m com o massivo peso de 57Kg!

Outubro/Novembro

26 a 2 Tim Paisley, da Angling Publications, apanhou 13 Carpas

em 6 noites, no posto 9. A maior com 18kg.Um pescador Francês, no pesqueiro 4, foi contemplado

com uma bela Mirror de 22,70Kg, entre outras.Steve Briggs, bicampeão mundial, apanhou um incrível

lote de peixes, incluído Carpas de 19,50, 23, 24 e 24,50Kg. Adorou a sessão, de tal forma que deixou marcada uma nova data para 2014.

O pesqueiro Vip, não deixou créditos por mãos alheias, deu capturas de vários tamanhos, destacando-se um Estur-jão de 25kg, varias grandes Carpas e um Siluro de 35Kg.

Foram duas semanas de grandes capturas, com dois novos recordes em Esturjão.

Novembro

2 a 9Com menos pescadores que na semana anterior, ainda

assim excelentes capturas.No pesqueiro Vip, dois pescadores Franceses realizaram

37 capturas, com varias carpas entre 15 e 20kg, chegando duas a passar esta marca. Capturaram ainda o novo recorde do lago em Esturjão Branco, agora com 57,5Kg.

Nos outros pesqueiros houve muitas capturas também, com várias Carpas a rondar os 20kg, e uma Grass de 16kg. Apenas o pesqueiro 6 esteve muito difícil.

No início do mês fechámos o lago Iktus Esturjão, e começamos o repovoamento em todos os lagos. Mais de cinco toneladas de grandes Carpas chegarão durante as próximas seis semanas.

2014 Será fantástico!

Jeremy Fournier

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Page 139: Digital Carp Magazine #02

www.iktus-carpe.com

Outubro

19 a 26Esta foi uma excelente semana no Iktus. Bons pescado-

res como habitual, e muitos peixes grandes!Rob Watts da empresa Carp Alley, apanhou uma gigante

com 24kg! O seu irmão gémeo Rob Boom, conseguiu várias capturas a rondar os 18kg. Tudo isto no pesqueiro 2.

Nos pesqueiros 14 e 15 saíram varias Carpas, sendo a maior captura, uma massiva Mirror de 24,20Kg.

O pesqueiro 3 recebeu a visita do boss da MCF Tackle, Dennis McFetrich, que além de uma Mirror de 25kg, ainda bateu o record de Esturjão Russo, com 29,50Kg. Este é o maior Esturjão desta espécie com registo em França.

No pesqueiro 6, estiveram pescadores Espanhóis, que além de uma Grass de 16kg e várias outras capturas, elevaram o recorde do lago de Esturjão Branco, 1,92m com o massivo peso de 57Kg!

Outubro/Novembro

26 a 2 Tim Paisley, da Angling Publications, apanhou 13 Carpas

em 6 noites, no posto 9. A maior com 18kg.Um pescador Francês, no pesqueiro 4, foi contemplado

com uma bela Mirror de 22,70Kg, entre outras.Steve Briggs, bicampeão mundial, apanhou um incrível

lote de peixes, incluído Carpas de 19,50, 23, 24 e 24,50Kg. Adorou a sessão, de tal forma que deixou marcada uma nova data para 2014.

O pesqueiro Vip, não deixou créditos por mãos alheias, deu capturas de vários tamanhos, destacando-se um Estur-jão de 25kg, varias grandes Carpas e um Siluro de 35Kg.

Foram duas semanas de grandes capturas, com dois novos recordes em Esturjão.

Novembro

2 a 9Com menos pescadores que na semana anterior, ainda

assim excelentes capturas.No pesqueiro Vip, dois pescadores Franceses realizaram

37 capturas, com varias carpas entre 15 e 20kg, chegando duas a passar esta marca. Capturaram ainda o novo recorde do lago em Esturjão Branco, agora com 57,5Kg.

Nos outros pesqueiros houve muitas capturas também, com várias Carpas a rondar os 20kg, e uma Grass de 16kg. Apenas o pesqueiro 6 esteve muito difícil.

No início do mês fechámos o lago Iktus Esturjão, e começamos o repovoamento em todos os lagos. Mais de cinco toneladas de grandes Carpas chegarão durante as próximas seis semanas.

2014 Será fantástico!

Jeremy Fournier

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Page 140: Digital Carp Magazine #02

Massa com Grão e BacalhauApesar de ninguém ter feito qualquer comentário em relação

à receita partilhada na passada edição, estou crente que muitos terão gostado. Como tal, vou deixar-vos outra das minhas recei-tas habituais nas sessões de pesca; massa com grão e bacalhau.

Toda a preparação inicial é feita da mesma forma, mas para quem não leu a receita anterior, (pode sempre faze-lo a qualquer momento, bastando para isso fazer o download da DCM #01) passo a explicar, tendo em conta que as quantidades apresentadas serão para duas pessoas.

Num tacho #20, de preferência com fundo duplo, coloca-se um pouco de cebola picada, junta-se azeite, de modo a que fique a banhar abundantemente a cebola e deixa-se ferver. Quando a cebola estiver bem loira, junta-se um dente de alho picado, como este rapidamente atinge o ponto da cebola, convém ter água à mão para juntar, no máximo dois dedos. Em todo este processo é preciso mexer todo o conteúdo, para não agarrar.

Nesta fase leva praticamente todos os temperos, um caldo Knorr, uma folha de loureiro, polpa de tomate q.b. e piri piri a gosto. Calvé é o melhor, apenas dando à comida o sabor natural do picante. Podem também juntar-se duas colheres de grão-de-bico esmagado, para dar mais consistência ao molho. Sal para já não se adiciona, pois o bacalhau pode ter o suficiente.

Enquanto a água ferve, prepara-se o bacalhau. Por norma costumo usar o que vem em covetes, apenas por ter uma apre-sentação mais prática. Se a sessão for de um ou dois dias, retiro-lhe o sal em excesso em casa, em sessões maiores costumo fazê-lo no local, por uma questão de conservação. Por norma parto o bacalhau em pedaços à mão, sem faca, é um processo demorado, mas tempo é o que não falta.

Pode juntar-se o grão e o bacalhau ao mesmo tempo, embora tudo dependa da pré-cozedura do primeiro. Uso habitualmente o da Compal, uma lata das pequenas por pessoa, ou duas latas para três pessoas. Quando o bacalhau apresentar um aspeto meio cozido, devem provar-se todos os ingredientes e confirmar como esta de sal, ajustar se necessário.

Depois disto é só juntar massa cortada, ou macarrão riscado, como normalmente é conhecida esta massa, esperar que esteja no ponto e servir. Ter sempre em atenção que mesmo depois de desligar o fogo esta vai ficar a cozer, pelo que se deve desligar um pouco antes, ou colocar-se uma pontinha de água fria para travar a fervedura.

A acompanhar tudo isto um branco fresquinho do Douro ou um bom tinto Alentejano, o importante é estar à beira da água!

Bom apetite!

Orlando Loureiro

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Page 141: Digital Carp Magazine #02

Massa com Grão e BacalhauApesar de ninguém ter feito qualquer comentário em relação

à receita partilhada na passada edição, estou crente que muitos terão gostado. Como tal, vou deixar-vos outra das minhas recei-tas habituais nas sessões de pesca; massa com grão e bacalhau.

Toda a preparação inicial é feita da mesma forma, mas para quem não leu a receita anterior, (pode sempre faze-lo a qualquer momento, bastando para isso fazer o download da DCM #01) passo a explicar, tendo em conta que as quantidades apresentadas serão para duas pessoas.

Num tacho #20, de preferência com fundo duplo, coloca-se um pouco de cebola picada, junta-se azeite, de modo a que fique a banhar abundantemente a cebola e deixa-se ferver. Quando a cebola estiver bem loira, junta-se um dente de alho picado, como este rapidamente atinge o ponto da cebola, convém ter água à mão para juntar, no máximo dois dedos. Em todo este processo é preciso mexer todo o conteúdo, para não agarrar.

Nesta fase leva praticamente todos os temperos, um caldo Knorr, uma folha de loureiro, polpa de tomate q.b. e piri piri a gosto. Calvé é o melhor, apenas dando à comida o sabor natural do picante. Podem também juntar-se duas colheres de grão-de-bico esmagado, para dar mais consistência ao molho. Sal para já não se adiciona, pois o bacalhau pode ter o suficiente.

Enquanto a água ferve, prepara-se o bacalhau. Por norma costumo usar o que vem em covetes, apenas por ter uma apre-sentação mais prática. Se a sessão for de um ou dois dias, retiro-lhe o sal em excesso em casa, em sessões maiores costumo fazê-lo no local, por uma questão de conservação. Por norma parto o bacalhau em pedaços à mão, sem faca, é um processo demorado, mas tempo é o que não falta.

Pode juntar-se o grão e o bacalhau ao mesmo tempo, embora tudo dependa da pré-cozedura do primeiro. Uso habitualmente o da Compal, uma lata das pequenas por pessoa, ou duas latas para três pessoas. Quando o bacalhau apresentar um aspeto meio cozido, devem provar-se todos os ingredientes e confirmar como esta de sal, ajustar se necessário.

Depois disto é só juntar massa cortada, ou macarrão riscado, como normalmente é conhecida esta massa, esperar que esteja no ponto e servir. Ter sempre em atenção que mesmo depois de desligar o fogo esta vai ficar a cozer, pelo que se deve desligar um pouco antes, ou colocar-se uma pontinha de água fria para travar a fervedura.

A acompanhar tudo isto um branco fresquinho do Douro ou um bom tinto Alentejano, o importante é estar à beira da água!

Bom apetite!

Orlando Loureiro

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Page 142: Digital Carp Magazine #02

Como o próprio título indica, vou passar-vos a visão de uma semana passada no pesqueiro 6 do Iktus, uma semana também já retratada pelo nosso amigo Orlando Loureiro no primeiro número da revista!

Com algumas semanas passadas em leituras e vision-amentos de vídeos sobre o posto 6 e sobre o próprio lago, eis que o tão esperado dia surge, uma viagem longa nos espera depois de um belo repasto por Vilar Formoso.

Chegados ao pesqueiro, um enorme salto de um esturjão deu-nos as boas vindas ao Lago, o que nos fez esboçar um sorriso de orelha a orelha. Sabíamos que não ia ser uma semana fácil, pois o Jeremy informou-nos que na semana anterior tinham havido 43 capturas no nosso pesqueiro, inclusive tinha sido batido o record do esturjão transmontano com 53kg.

Já com o material todo montado, chegou a altura de rever alguns papéis e dicas dadas por alguns pescadores entre os quais Ruben Carp, Mário Fustero, Gongi e Jesus Cruz, que passaram ali algumas sessões, chegando mesmo a obter recordes. Sabia que este era um pesqueiro difícil, chamam-lhe o pesqueiro “dá tudo ou não dá nada”!

Em conjunto com o Luís, sondamos o pesqueiro em busca de diferentes spots, com diferentes profundidades, alguns até com um grau de dificuldade para se pescar, mas onde sabíamos que poderiam estar os monstros deste lago.

Com as montagens já feitas em casa, estava na hora de as iscarmos e de as pôr na água, pois é lá que elas pescam. Utilizamos dois iscos da CCMoore, live System e Odyssey XXX. Nos Snowman optamos pelos Hellraisers.

Todas as montagens foram postas de barco com o maior cuidado e precisão, fazendo uma engodagem à base de pellets e uns boilies partidos.

Relativamente às duas primeiras noites apenas nos podemos congratular pelo excelente convívio com o pesqueiro VIP, pela recepção dada pelos responsáveis do lago e claro pelas capturas do amigo Loureiro.

(UPS, esqueci-me de mencionar as belas das minis logo pela manhã, acompanhadas de um bom petisco)

Costuma-se dizer que a persistência dá resultado, terceira noite, mesmo spots, mesmas disposições e mesmos iscos, e por volta da 00:30 tínhamos a primeira captura nas minhas canas, carpa comum 12,5kg que não

Com prometido na primeira edição, e de forma a completar o relato sobre uma semana onde nem tudo foi fácil, pois as horas de inativi-dade foram incontáveis, as tentativas de alterar o rumo do que parecia inevitável (a grade) e a captura de um dos maiores peixes do Iktus, vamos deixar-vos a versão contada pela primeira pessoa, do que se passou do outro lado do lago…Nuno Lima

Momento de descanso antes da viagem de regresso.

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Como o próprio título indica, vou passar-vos a visão de uma semana passada no pesqueiro 6 do Iktus, uma semana também já retratada pelo nosso amigo Orlando Loureiro no primeiro número da revista!

Com algumas semanas passadas em leituras e vision-amentos de vídeos sobre o posto 6 e sobre o próprio lago, eis que o tão esperado dia surge, uma viagem longa nos espera depois de um belo repasto por Vilar Formoso.

Chegados ao pesqueiro, um enorme salto de um esturjão deu-nos as boas vindas ao Lago, o que nos fez esboçar um sorriso de orelha a orelha. Sabíamos que não ia ser uma semana fácil, pois o Jeremy informou-nos que na semana anterior tinham havido 43 capturas no nosso pesqueiro, inclusive tinha sido batido o record do esturjão transmontano com 53kg.

Já com o material todo montado, chegou a altura de rever alguns papéis e dicas dadas por alguns pescadores entre os quais Ruben Carp, Mário Fustero, Gongi e Jesus Cruz, que passaram ali algumas sessões, chegando mesmo a obter recordes. Sabia que este era um pesqueiro difícil, chamam-lhe o pesqueiro “dá tudo ou não dá nada”!

Em conjunto com o Luís, sondamos o pesqueiro em busca de diferentes spots, com diferentes profundidades, alguns até com um grau de dificuldade para se pescar, mas onde sabíamos que poderiam estar os monstros deste lago.

Com as montagens já feitas em casa, estava na hora de as iscarmos e de as pôr na água, pois é lá que elas pescam. Utilizamos dois iscos da CCMoore, live System e Odyssey XXX. Nos Snowman optamos pelos Hellraisers.

Todas as montagens foram postas de barco com o maior cuidado e precisão, fazendo uma engodagem à base de pellets e uns boilies partidos.

Relativamente às duas primeiras noites apenas nos podemos congratular pelo excelente convívio com o pesqueiro VIP, pela recepção dada pelos responsáveis do lago e claro pelas capturas do amigo Loureiro.

(UPS, esqueci-me de mencionar as belas das minis logo pela manhã, acompanhadas de um bom petisco)

Costuma-se dizer que a persistência dá resultado, terceira noite, mesmo spots, mesmas disposições e mesmos iscos, e por volta da 00:30 tínhamos a primeira captura nas minhas canas, carpa comum 12,5kg que não

Com prometido na primeira edição, e de forma a completar o relato sobre uma semana onde nem tudo foi fácil, pois as horas de inativi-dade foram incontáveis, as tentativas de alterar o rumo do que parecia inevitável (a grade) e a captura de um dos maiores peixes do Iktus, vamos deixar-vos a versão contada pela primeira pessoa, do que se passou do outro lado do lago…Nuno Lima

Momento de descanso antes da viagem de regresso.

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Como o próprio título indica, vou passar-vos a visão de uma semana passada no pesqueiro 6 do Iktus, uma semana também já retratada pelo nosso amigo Orlando Loureiro no primeiro número da revista!

Com algumas semanas passadas em leituras e vision-amentos de vídeos sobre o posto 6 e sobre o próprio lago, eis que o tão esperado dia surge, uma viagem longa nos espera depois de um belo repasto por Vilar Formoso.

Chegados ao pesqueiro, um enorme salto de um esturjão deu-nos as boas vindas ao Lago, o que nos fez esboçar um sorriso de orelha a orelha. Sabíamos que não ia ser uma semana fácil, pois o Jeremy informou-nos que na semana anterior tinham havido 43 capturas no nosso pesqueiro, inclusive tinha sido batido o record do esturjão transmontano com 53kg.

Já com o material todo montado, chegou a altura de rever alguns papéis e dicas dadas por alguns pescadores entre os quais Ruben Carp, Mário Fustero, Gongi e Jesus Cruz, que passaram ali algumas sessões, chegando mesmo a obter recordes. Sabia que este era um pesqueiro difícil, chamam-lhe o pesqueiro “dá tudo ou não dá nada”!

Em conjunto com o Luís, sondamos o pesqueiro em busca de diferentes spots, com diferentes profundidades, alguns até com um grau de dificuldade para se pescar, mas onde sabíamos que poderiam estar os monstros deste lago.

Com as montagens já feitas em casa, estava na hora de as iscarmos e de as pôr na água, pois é lá que elas pescam. Utilizamos dois iscos da CCMoore, live System e Odyssey XXX. Nos Snowman optamos pelos Hellraisers.

Todas as montagens foram postas de barco com o maior cuidado e precisão, fazendo uma engodagem à base de pellets e uns boilies partidos.

Relativamente às duas primeiras noites apenas nos podemos congratular pelo excelente convívio com o pesqueiro VIP, pela recepção dada pelos responsáveis do lago e claro pelas capturas do amigo Loureiro.

(UPS, esqueci-me de mencionar as belas das minis logo pela manhã, acompanhadas de um bom petisco)

Costuma-se dizer que a persistência dá resultado, terceira noite, mesmo spots, mesmas disposições e mesmos iscos, e por volta da 00:30 tínhamos a primeira captura nas minhas canas, carpa comum 12,5kg que não

resistiu a uma bola densa de Live System.

Acordamos pelas 8horas da manhã, depois de uma conversa com o Luís, decidimos retirar as canas e aceitar o convite dos nossos vizinhos para um almoço de requinte no pesqueiro VIP. Já de barriga cheia e devido a experiência de ambos os “ velhotes” do pesqueiro VIP e sendo o trabalho de equipa uma vantagem na pesca, foram dar-nos uma ajuda a sondar o pesqueiro e alteramos alguns pormenores importantes dos nossos spots delineados desde início.

Alteramos alguns sítios e continuamos apos-tar em outros que tínhamos desde início, aposta-mos em engodagens com milho, bolas partidas e pellets do próprio lago de 5mm e 8mm. A nível dos iscos e montagens, decidi apostar tudo em montagens Snowman, com um boilie Live System 18mm e um pop up Hellraiser Silent Assassin 14mm.

Durante a tarde ainda foram capturadas algumas Bremas, às quais decidi batizar de “Brumas”! Uma sopinha pela noite e a Bedchair chamava-me, ainda com a barriga inchada do belo do almoço. Na verdade esperava não dormir nessa noite.

Eram 8h da manha e estava eu meio ensona-do a jogar um poker no telemóvel, eis que um bbbbiiiiiiiipp interminável num alarme das minhas canas, salto da Bedchair e prontamente cravo o peixe. Para minha surpresa olho em direcção a minha marcação desta cana, e vejo um salto enorme de um esturjão mesmo por cima do meu marcador, o que fez ate surgir alguns mini H-Block k tinha perdido por ali, prontamente chamo o Luís e eis que uma enorme luta surge desde a margem. Eu recolhia uns bons metros de fio mas o peixe levava-me o dobro do fio fazen-do a ponteira da cana embater violentamente na água.

Sendo o meu pesqueiro muito profundo, a 3 metros da margem tínhamos outros tantos de profundidade, tornou-se uma luta ainda mais

difícil mas algo inesquecível, e passados 45 minutos a ver apenas uma sombra dentro de água, o tão esperado “ monstro” deu as primeiras golfadas com a cabeça de fora.

Com a preciosa ajuda do Luís, prontamente metemos o esturjão no Trakker Sanctuary Xl Retention Sling que mede 1,32m de comprimen-to, ficando ainda dois palmos para cada lado de esturjão! Como não o queríamos tirar da água pois existem muitos cuidados a ter com esta espécie, colocamos ainda um tapete de recepção por baixo.

Incrédulo com o tamanho e beleza deste esturjão, e ainda sem sentir os braços, decidimos chamar os nossos amigos do pesqueiro Vip, pois a pesagem não estava a ser fácil e ambos não o conseguíamos segurar.

Passados uns minutos surge o Loureiro que tal como nós, não queria acreditar no tamanho daquele exemplar, que ao fim de pesado, marcando 49kg na balança, vários abraços, beijinhos, fotos e um “ Come On “, voltou calma-mente para as águas do Iktus.

Com mais duas noites ainda, as capturas ficaram por ali. Exceção para o Luís, como que para a viagem ser melhor e mais completa, o nosso amigo bateu o seu recorde tirando um linda Carpa com 14kg.

E assim se passou uma semana fantástica, num lago que espero voltar a pisar. Foram dias de convívio e de pesca dos quais me orgulho de recordar e nos quais aprendi com o amigo Orlan-do Loureiro e Pedro Ramos, um dupla cheia de experiência aos quais podemos chamar de Professores �

De salientar ainda a recepção feitas pelos responsáveis do lago e a sua disponibilidade, assim como o convívio com os nossos vizinhos espanhóis, Dani Pinillos, Gonzalo Gil e Jesus Cruz Nevado.

O belo Esturjão de 49kg!

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Como o próprio título indica, vou passar-vos a visão de uma semana passada no pesqueiro 6 do Iktus, uma semana também já retratada pelo nosso amigo Orlando Loureiro no primeiro número da revista!

Com algumas semanas passadas em leituras e vision-amentos de vídeos sobre o posto 6 e sobre o próprio lago, eis que o tão esperado dia surge, uma viagem longa nos espera depois de um belo repasto por Vilar Formoso.

Chegados ao pesqueiro, um enorme salto de um esturjão deu-nos as boas vindas ao Lago, o que nos fez esboçar um sorriso de orelha a orelha. Sabíamos que não ia ser uma semana fácil, pois o Jeremy informou-nos que na semana anterior tinham havido 43 capturas no nosso pesqueiro, inclusive tinha sido batido o record do esturjão transmontano com 53kg.

Já com o material todo montado, chegou a altura de rever alguns papéis e dicas dadas por alguns pescadores entre os quais Ruben Carp, Mário Fustero, Gongi e Jesus Cruz, que passaram ali algumas sessões, chegando mesmo a obter recordes. Sabia que este era um pesqueiro difícil, chamam-lhe o pesqueiro “dá tudo ou não dá nada”!

Em conjunto com o Luís, sondamos o pesqueiro em busca de diferentes spots, com diferentes profundidades, alguns até com um grau de dificuldade para se pescar, mas onde sabíamos que poderiam estar os monstros deste lago.

Com as montagens já feitas em casa, estava na hora de as iscarmos e de as pôr na água, pois é lá que elas pescam. Utilizamos dois iscos da CCMoore, live System e Odyssey XXX. Nos Snowman optamos pelos Hellraisers.

Todas as montagens foram postas de barco com o maior cuidado e precisão, fazendo uma engodagem à base de pellets e uns boilies partidos.

Relativamente às duas primeiras noites apenas nos podemos congratular pelo excelente convívio com o pesqueiro VIP, pela recepção dada pelos responsáveis do lago e claro pelas capturas do amigo Loureiro.

(UPS, esqueci-me de mencionar as belas das minis logo pela manhã, acompanhadas de um bom petisco)

Costuma-se dizer que a persistência dá resultado, terceira noite, mesmo spots, mesmas disposições e mesmos iscos, e por volta da 00:30 tínhamos a primeira captura nas minhas canas, carpa comum 12,5kg que não

resistiu a uma bola densa de Live System.

Acordamos pelas 8horas da manhã, depois de uma conversa com o Luís, decidimos retirar as canas e aceitar o convite dos nossos vizinhos para um almoço de requinte no pesqueiro VIP. Já de barriga cheia e devido a experiência de ambos os “ velhotes” do pesqueiro VIP e sendo o trabalho de equipa uma vantagem na pesca, foram dar-nos uma ajuda a sondar o pesqueiro e alteramos alguns pormenores importantes dos nossos spots delineados desde início.

Alteramos alguns sítios e continuamos apos-tar em outros que tínhamos desde início, aposta-mos em engodagens com milho, bolas partidas e pellets do próprio lago de 5mm e 8mm. A nível dos iscos e montagens, decidi apostar tudo em montagens Snowman, com um boilie Live System 18mm e um pop up Hellraiser Silent Assassin 14mm.

Durante a tarde ainda foram capturadas algumas Bremas, às quais decidi batizar de “Brumas”! Uma sopinha pela noite e a Bedchair chamava-me, ainda com a barriga inchada do belo do almoço. Na verdade esperava não dormir nessa noite.

Eram 8h da manha e estava eu meio ensona-do a jogar um poker no telemóvel, eis que um bbbbiiiiiiiipp interminável num alarme das minhas canas, salto da Bedchair e prontamente cravo o peixe. Para minha surpresa olho em direcção a minha marcação desta cana, e vejo um salto enorme de um esturjão mesmo por cima do meu marcador, o que fez ate surgir alguns mini H-Block k tinha perdido por ali, prontamente chamo o Luís e eis que uma enorme luta surge desde a margem. Eu recolhia uns bons metros de fio mas o peixe levava-me o dobro do fio fazen-do a ponteira da cana embater violentamente na água.

Sendo o meu pesqueiro muito profundo, a 3 metros da margem tínhamos outros tantos de profundidade, tornou-se uma luta ainda mais

difícil mas algo inesquecível, e passados 45 minutos a ver apenas uma sombra dentro de água, o tão esperado “ monstro” deu as primeiras golfadas com a cabeça de fora.

Com a preciosa ajuda do Luís, prontamente metemos o esturjão no Trakker Sanctuary Xl Retention Sling que mede 1,32m de comprimen-to, ficando ainda dois palmos para cada lado de esturjão! Como não o queríamos tirar da água pois existem muitos cuidados a ter com esta espécie, colocamos ainda um tapete de recepção por baixo.

Incrédulo com o tamanho e beleza deste esturjão, e ainda sem sentir os braços, decidimos chamar os nossos amigos do pesqueiro Vip, pois a pesagem não estava a ser fácil e ambos não o conseguíamos segurar.

Passados uns minutos surge o Loureiro que tal como nós, não queria acreditar no tamanho daquele exemplar, que ao fim de pesado, marcando 49kg na balança, vários abraços, beijinhos, fotos e um “ Come On “, voltou calma-mente para as águas do Iktus.

Com mais duas noites ainda, as capturas ficaram por ali. Exceção para o Luís, como que para a viagem ser melhor e mais completa, o nosso amigo bateu o seu recorde tirando um linda Carpa com 14kg.

E assim se passou uma semana fantástica, num lago que espero voltar a pisar. Foram dias de convívio e de pesca dos quais me orgulho de recordar e nos quais aprendi com o amigo Orlan-do Loureiro e Pedro Ramos, um dupla cheia de experiência aos quais podemos chamar de Professores �

De salientar ainda a recepção feitas pelos responsáveis do lago e a sua disponibilidade, assim como o convívio com os nossos vizinhos espanhóis, Dani Pinillos, Gonzalo Gil e Jesus Cruz Nevado.

O belo Esturjão de 49kg!

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O novo recorde do Luís Silva,uma bela Carpa Espelho de 14kg|

Uma bela Comum que não resistiu aos iscos do Nuno Lima.

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O novo recorde do Luís Silva,uma bela Carpa Espelho de 14kg|

Uma bela Comum que não resistiu aos iscos do Nuno Lima.

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Page 148: Digital Carp Magazine #02

Por vezes usamos um determinado produto pensando que estamos a usar o melhor do mercado, apenas porque não temos conhecimento de outros do mesmo género, ou usamos um produto caro, quando poderá haver no mercado um outro similar em qualidade mas com um custo inferior. Outras vezes somos obriga-dos a adaptar um produto quando no mer-

cado já existe o perfeito! Nas páginas seguintes vamos apresentar algumas das fábricas mais conhecidas do mercado, com link direto e uma breve descrição de alguns produtos comercializados (seria impossível nomear todos pois algumas destas fabricas possuem um catalogo enormíssimo).

http://www.chubfishing.com/en-gb/home/Canas * Tendas * Cadeiras * Bagagem * Roupa

http://www.cygnettackle.co.uk/Rod Pods * Buzzer Bars * Bank Sticks

http://www.daiwa.com/Canas * Carretos * Bedchairs * Bagagem

http://www.delkim.co.uk/Alarmes

http://www.diem-angling.com/Roupa

https://www.dnabaits.com/shop/Iscos * Pellets * Aditivos

http://www.dtbait.com/

Iscos * Aditivos

http://www.dynamitebaits.com/Iscos * Pellets * Farinhas * Atrativos * Aditivos

Entreprise Tackle - http://enterprisetackle.co.uk/Iscos Artificiais

http://www.esp-carpgear.com/Terminal * Bagagem * Canas * Ferramentas

http://www.essentialbaits.co.uk/Iscos * Aditivos

http://www.finkelde.com/Iscos * Dips * Farinhas

http://www.foxint.com/Canas * Tendas * Bagagem * Terminal

http://www.frankwarwickbaits.com/Iscos * Atrativos

http://www.freespiritfishing.com/

Canas * Camaroeiros * Bagagem

http://gardnertackle.co.uk/Terminal * Linhas * Bagagem * Ferramentas

http://fly.greysfishing.com/en-gb/home/

Canas * Roupa

http://www.acecarp.com/Praticamente todo o material de Terminal * Camaroeiros * Indicadores Eletrónicos

http://www.aquaproducts.co.uk/Bagagem * Tendas * Abrigos * Roupa

http://www.atomictackle.co.uk/Praticamente todo o material de Terminal * Chumbadas * Roupa

http://www.avidcarp.com/endtackle.phpTendas * Bedchairs * Terminal * Cuidados Carpa * Roupa * Bagagem

http://www.bait-tech.com/Iscos * Aditivos * Atratores

http://www.berkley-fishing.com/Linhas

http://www.bigcarp.com/Iscos * Acessórios * Terminal

http://www.caperlan.com/enQuase todo o tipo de material

http://www.carp-porter.com/Transporte de equipamento

http://www.ccmoore.com/Iscos * Partículas * Farinhas

http://www.century.gb.com/Canas

http://www.centuryneville.co.uk/Bank Sticks * Inox

Fábricas

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Por vezes usamos um determinado produto pensando que estamos a usar o melhor do mercado, apenas porque não temos conhecimento de outros do mesmo género, ou usamos um produto caro, quando poderá haver no mercado um outro similar em qualidade mas com um custo inferior. Outras vezes somos obriga-dos a adaptar um produto quando no mer-

cado já existe o perfeito! Nas páginas seguintes vamos apresentar algumas das fábricas mais conhecidas do mercado, com link direto e uma breve descrição de alguns produtos comercializados (seria impossível nomear todos pois algumas destas fabricas possuem um catalogo enormíssimo).

http://www.chubfishing.com/en-gb/home/Canas * Tendas * Cadeiras * Bagagem * Roupa

http://www.cygnettackle.co.uk/Rod Pods * Buzzer Bars * Bank Sticks

http://www.daiwa.com/Canas * Carretos * Bedchairs * Bagagem

http://www.delkim.co.uk/Alarmes

http://www.diem-angling.com/Roupa

https://www.dnabaits.com/shop/Iscos * Pellets * Aditivos

http://www.dtbait.com/

Iscos * Aditivos

http://www.dynamitebaits.com/Iscos * Pellets * Farinhas * Atrativos * Aditivos

Entreprise Tackle - http://enterprisetackle.co.uk/Iscos Artificiais

http://www.esp-carpgear.com/Terminal * Bagagem * Canas * Ferramentas

http://www.essentialbaits.co.uk/Iscos * Aditivos

http://www.finkelde.com/Iscos * Dips * Farinhas

http://www.foxint.com/Canas * Tendas * Bagagem * Terminal

http://www.frankwarwickbaits.com/Iscos * Atrativos

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Canas * Camaroeiros * Bagagem

http://gardnertackle.co.uk/Terminal * Linhas * Bagagem * Ferramentas

http://fly.greysfishing.com/en-gb/home/

Canas * Roupa

http://www.acecarp.com/Praticamente todo o material de Terminal * Camaroeiros * Indicadores Eletrónicos

http://www.aquaproducts.co.uk/Bagagem * Tendas * Abrigos * Roupa

http://www.atomictackle.co.uk/Praticamente todo o material de Terminal * Chumbadas * Roupa

http://www.avidcarp.com/endtackle.phpTendas * Bedchairs * Terminal * Cuidados Carpa * Roupa * Bagagem

http://www.bait-tech.com/Iscos * Aditivos * Atratores

http://www.berkley-fishing.com/Linhas

http://www.bigcarp.com/Iscos * Acessórios * Terminal

http://www.caperlan.com/enQuase todo o tipo de material

http://www.carp-porter.com/Transporte de equipamento

http://www.ccmoore.com/Iscos * Partículas * Farinhas

http://www.century.gb.com/Canas

http://www.centuryneville.co.uk/Bank Sticks * Inox

Fábricas

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http://www.prologicfishing.com/Roupa * Alarmes * Tendas * Terminal

http://www.qualitybaits.co.uk/Boilies * Pellets

http://www.questbaits.com/Boilies * Farinhas * Aditivos

http://www.richworth.com/Boilies * Farinhas * Aditivos

http://www.rigmarole.co.uk/Terminal * Chumbadas

http://fish.shimano-eu.com/publish/content/global_fish/en/nl/index.htmlCarretos * Canas * Bagagem * Roupa

http://www.solartackle.co.uk/Iscos * Ferramentas * Buzz Bars * Bank Sticks * Aço e Carbono

http://www.soniksports.com/Canas * Bagagem * Roupa

http://www.starbaits.com/Boilies * Pop Ups * Aditivos * Farinhas * Terminal * Canas * Barcos

www.stickybaits.comIscos * Atrativos

http://www.taskacarp.com/Terminal * Bank Sticks

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http://www.thinkinganglers.co.uk/Terminal * Roupa * Bagagem

www.trakkerproducts.co.ukTendas * Sacos Cama * Cadeiras * Bagagem

www.ultimauk.com/carp/

Linhas

http://www.ultimate-direct.co.uk/Tendas * Cadeiras * Alarmes * Bagagem

http://www.wychwood-carp.co.uk/homePage.aspxTendas * Canas* Bagagem * Acessórios

http://www.tackleguru.com/Terminal * Roupa

http://www.jagproducts.co.uk/Bank Sticks * Rod Pods * Buzz Bars

http://www.jrc-fishing.co.uk/Bagagem * Tendas * Bedchairs * Canas

http://www.korda.co.uk/Terminal * Chumbadas * Ferramentas

http://www.korum.co.uk/Bagagem * Acessórios * Roupa

http://www.kryston.com/Linhas * Pvas * Produtos especiais

http://www.mainline-baits.com/

Boilies * Pellets – Pop Ups * Farinhas * Aditivos * Atrativos

www.marukyu.co.ukBoilies * Aditivos * Farinhas

http://www.matrixinnovations.co.uk/Bank Stiks * Buzz Bars * Ferramentas

http://www.mistralbaits.co.uk/Iscos * Pop Ups * Farinhas

www.mpetackle.comBuzz Bars * Bank Sticks

http://www.nashtackle.co.uk/Alarmes * Tendas * Acessórios * Terminal * Ferramentas

http://nbricestainless.co.uk/Buzz Bars * Bank Sticks * Aço e Carbono

http://www.nutrabaits.net/welcome.phpFarinhas * Iscos * Aditivos * Atrativos

http://www.pallatrax.co.uk/Pedras a substituir Chumbadas * Terminal

http://www.pelzerbaits.eu/News.htmlCanas * Linhas * Iscos * Aditivos * Farinhas * Terminal

http://www.premierbaits.net/Boilies

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http://www.prologicfishing.com/Roupa * Alarmes * Tendas * Terminal

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http://www.richworth.com/Boilies * Farinhas * Aditivos

http://www.rigmarole.co.uk/Terminal * Chumbadas

http://fish.shimano-eu.com/publish/content/global_fish/en/nl/index.htmlCarretos * Canas * Bagagem * Roupa

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http://www.soniksports.com/Canas * Bagagem * Roupa

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www.stickybaits.comIscos * Atrativos

http://www.taskacarp.com/Terminal * Bank Sticks

http://www.totalfishinggear.co.uk/Alarmes * Tendas * Bank Sticks * Roupa

http://www.thinkinganglers.co.uk/Terminal * Roupa * Bagagem

www.trakkerproducts.co.ukTendas * Sacos Cama * Cadeiras * Bagagem

www.ultimauk.com/carp/

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