didática tendÊncias do planejamento educacional

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TENDNCIAS DO PLANEJAMENTO EDUCACIONAL O planejamento da atuao docente, junto ao processo de ensino e aprendizagem, dirigido por uma ao pedaggica crtica e transformadora, dar ao professor maior segurana na sua prtica educativa para atender s demandas que ocorrem na sala de aula, e no espao escolar em geral e encontra-se embasado nas seguintes vertentes: Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs) - orientados pelo MEC, justificam e fundamentam as opes feitas para a elaborao dos documentos de reas de conhecimento e Temas Transversais, estabelecem uma referncia ao plano curricular nacional, subsidiando a formulao do projeto educativo dos

estabelecimentos de ensino e principalmente aos professores, servindo de eixo norteador na elaborao e reelaborao dos currculos para os diferentes nveis de ensino no pas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) - construdas a partir do relacionamento entre os nveis de ensino, das reas de conhecimento e dos aspectos da vida cidad, tem como pano de fundo os princpios e fins da Educao Nacional, propondo uma direo mais duradoura, uma vez que encontram-se mais prximas da ao pedaggica amparando as instituies de ensino brasileiras em sua organizao, pedaggicas. Projeto Polticopedaggico - diretriz orientadora das aes educativas na escola, devendo ser construdo democraticamente por todos os envolvidos no espao escolar, expressando as concepes de homem, sociedade, Educao, articulao, desenvolvimento e avaliao de suas propostas

conhecimento, escola, dentre outras. Regimento escolar - instrumento formal e legal que regula a organizao e o funcionamento da instituio quanto aos aspectos pedaggicos, com base na legislao educacional vigente. Planos de estudo - muitas das vezes vm prontos das secretarias, podendo dentro do atual paradigma (LDBEN 9394/96), a escola pensar em seu prprio plano, adequando-o s necessidades de seus alunos e realidade histrico-social, na qual est inserida.

Plano de trabalho - construdo pelo professor, cabendo a ele planejar a sua ao docente, partindo dos objetivos propostos no planejamento da escola. Plano de aula - consiste no detalhamento da proposta do professor para uma aula ou um conjunto de aulas e deve estar necessariamente articulado a seu plano de trabalho, tornando instrumento orientador de seu cotidiano.

Didtica tem seu surgimento com Comenius e a Didtica Magna em 1658. O objetivo era ENSINAR TUDO A TODOS. De acordo com Libneo (1994), a didtica investiga os fundamentos, as condies e modos de realizao do Processo de Ensino, baseando-se numa concepo de homem e sociedade. Cabe didtica converter objetivos scio-polticos e pedaggicos em objetivos de ensino, alm de selecionar contedos e mtodos de acordo com esses objetivos, a fim de estabelecer vnculos. O objeto do ensino da didtica o processo de ensino-aprendizagem. O ensino consiste no planejamento e na seleo de experincias de aprendizagem que permitam ao aluno reorganizar seus esquemas mentais,

estabelecendo relaes entre os conhecimentos que j possui e os novos, criando novos significados. O aprender um processo essencialmente dinmico. Requer do aluno a mobilizao de suas atividades mentais para compreender a realidade que o cerca, analisa-la, agir sobre ela, modificando-a

A DIDTICA E A CONSTRUO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL

A identidade profissional um processo de construo do sujeito historicamente situado. Emerge em dado momento no contexto histrico respondendo s necessidades da sociedade.

A didtica na formao dos professores para Libneo (1994) a formao do educador inclui duas dimenses: Terico-cientfica formao acadmica especfica e formao pedaggica. Tcnico-pratica formao especfica para a prtica.

Para Luckesi a educao pode ser classificada como: Redentora tem poder de redimir a sociedade, corrigindo desvios, Reprodutora reproduz o modelo social vigente e sugere que ela submetese aos condicionantes econmicos, sociais e polticos Transformadora age de acordo com condicionantes sociais e atua estrategicamente para a transformao da realidade.

A RELAO TEORIA-PRTICA NA FORMAO DO EDUCADOR A prtica pedaggica uma dimenso da prtica social. Deve levar em conta a realidade concreta em que a escola se insere, bem como seu contexto social. Teoria e prtica no existem uma sem a outra. Encontram-se em indissolvel unidade e dependem uma da outra num movimento de dependncia mtua. Candaus e Lelis agrupam a teoria e a prtica em duas vises: Viso dicotmica teoria e prtica so separadas; Viso de unidade teoria e prtica so vinculadas.

Veiga (1989) distingue duas outras perspectivas: Prtica pedaggica repetitiva e acrtica rompimento da unidade indissolvel no processo pratico entre teoria e prtica e entre sujeito e objeto. No h preocupao em criar e nem produzir uma nova realidade material e humana h apenas o interesse em ampliar o que j foi criado. Repetir o processo prtico quantas vezes queira; Prtica pedaggica reflexiva - no rompimento entre teoria e prtica, o professor deve compreender a realidade sobre a qual vai atuar e no aplicar

sobre ela um modelo previamente elaborado, mas se preocupar em criar e produzir mudanas. Para que a aprendizagem se efetive, importante uma metodologia de ensino capaz de oferecer ao aluno diferentes situaes de aprendizagem que permitam construir conhecimento. O como ensinar relaciona-se concepo de ensino do professor, que deve levar em considerao a realidade e as necessidades de seus alunos. O ato de ensinar exige interveno no mundo o que pressupe um professor situado como sujeito histrico cultural. O processo de ensino-aprendizagem deve acontecer num processo em que a teoria e prtica aconteam numa viso de unidade. O professor em sua prtica pedaggica, deve considerar a perspectiva reflexiva e crtica, sem se descuidar ou desconsiderar os saberes socialmente construdos pelos alunos em suas prticas comunitrias. A tarefa das escolas e dos processos educativos desenvolver em quem est aprendendo a capacidade de aprender, em razo de exigncias postas pelo volume crescente de dados acessveis na sociedade e nas redes informacionais, na necessidade de lidar com o mundo diferente e, tambm educar a juventude em valores e ajuda-la a construir personalidades flexveis e eticamente ancoradas (CASTELLS) Ensino desenvolvimental ensino que impulsione o desenvolvimento ensinar o aluno a pensar os pedagogos comeam a compreender que a tarefa da escola contempornea no consiste em dar as crianas uma soma de fatos conhecidos, mas em ensin-las a orientar-se independentemente da informao cientfica e em qualquer outra.

DIDTICA, IDENTIDADE E PROFISSIONALIZAO DOCENTE A identidade profissional deve adaptar-se ao contexto social, politico e histrico, num processo crtico-reflexivo e investigativo de sua prtica. Isso conferir a essa

identidade a capacidade de reconstruir-se e resinificar-se constantemente num movimento de ao-reflexo, reflexo-ao. Pimenta (1999) afirma que existem ainda os seguintes passos para a construo da identidade do professor: Significao social da profisso reafirmao da prtica, reviso das tradies; Discusso da questo do conhecimento que se subdivide em trs estgios: o Informao, informao; o Inteligncia; o Sabedoria e conscincia. Conhecer a realidade escolar com olhar de futuro professor - no mais como aluno. Ressignificar a identidade do professor entender que a sua identidade uma s, constituda pela identidade pessoal e pela identidade profissional. Esta unio indissocivel, e desta indissociabilidade surge a identidade do professor, pois conforme mencionado, o professor pe uma pessoa e uma parte importante dessa pessoa o professor. A prtica docente que imita modelos tem sido classificada por alguns autores, conforme Pimenta e Lima apontam, como artesanal. E faz parte do modo tradicional de atuao do professor e pressupe que a realidade do ensino seja imutvel, assim como os alunos que frequentam a escola. A profisso de educador uma prtica social conforme o conceito de ao docente. O professor tem de ser crtico e reflexivo e responder, por meio da prtica docente s situaes que surgem no dia dia profissional. Deve-se envolver num constante processo de autoformao e identificao profissional (formao continuada) anlise, classificao e contextualizao da

Em sala de aula, a identidade do professor deve desenvolver senso critico no aluno por meio de dilogos, confronto de ideias e prticas, desenvolvimento da capacidade de ouvir o outro e a si mesmo, de se autocriticar.

IDEAL DE PROFESSOR OU PROFESSOR IDEAL As qualidades devem ser adaptveis ao perodo histrico, realidade da escola, ao tipo de ser humano que se deseja formar, quilo que influencia no conhecimento do entorno da escola e dos saberes a ele atrelados, devem ser adaptadas s necessidades socioculturais, econmicas e tecnolgicas advindas da globalizao.

QUALIDADES DO PROFESSOR PROGRESSISTA: Humildade exige que o professor tenha coragem, confiana em si mesmo, respeito a si e aos outros, isso no significa acomodao ou covardia; Amorosidade a prtica docente sem amorosidade tanto pelos alunos como pelo processo de ensinar, perde seu significado; Coragem professor no tem que esconder seus temores, mas no pode deixar que eles o imobilizem. A coragem emerge no exerccio do controle do medo. Tolerncia uma virtude que nos ensina a conviver com o diferente. Possibilita aprender com o diferente e requer respeito, disciplina e tica. Capacidade de decidir; Segurana; Tenso entre pacincia e impacincia; Parcimnia verbal;

Hoje espera-se do professor o preparo terico-prtico capaz de superar a fragmentao entre os domnios do conhecimento, para que ele alcance uma verso interdisciplinar so necessrios:

Conhecer estratgias do ensinar a pensar e ensinar o aprender a aprender estratgias de aprendizagem so a estruturao de funes e recursos cognitivos, afetivos e psicomotores que o individuo leva a cabo nos processos de cumprimento de objetivos de aprendizagem. Ensinar a pensar exige dos professores o conhecimento de estratgias de ensino e o desenvolvimento de suas prprias competncias do pensar;

Ensinar a pensar criticamente problematizar situaes, a partir de um enfoque totalizante da realidade; Desenvolver a capacidade comunicativa atentar-se a outros meios de comunicao, dominar a linguagem informacional, a postura corporal, o controle da voz, o conhecimento e uso dos meios de comunicao na sala de aula;

Reconhecer o impacto de novas tecnologias na sala de aula aproveitar a riqueza de recursos externos para orientar as discusses , preencher as lacunas do que no foi aprendido e ensinar os alunos a estabelecer distncias crticas com o que veiculado pelos meios de comunicao;

Atualizao cientifica, tcnica e cultural formao continuada; Integrar a dimenso afetiva no exerccio docente a aprendizagem de conceitos, habilidades e valores est envolvida com sentimentos ligados s relaes familiares, escolares e aos outros ambientes em que os alunos vivem...

Desenvolver comportamento tico saber orientar os alunos em valores e atitudes em relao vida, ao ambiente, s relaes humanas e, a si prprios.

Mais que transmitir contedos das disciplinas programadas para o desenvolvimento intelectual da humanidade, necessrio ensinar aos alunos a serem cidados, mostrar a eles seus deveres e direitos O professor mediador - ajuda seus alunos a desenvolver as competncias do pensar medida que prope problemas, dialoga, ouvindo-os, ensinando-os a argumentar, abrindo espao para que expressem seus pensamentos, sentimentos, desejos, de modo que tragam para a aula sua realidade vivida. Nvoa enumera duas competncias necessrias para a prtica do professor:

Organizao ordenar aprendizagens, usando novos meios informticos da organizao da escola mais que um simples trabalho de ensino; Compreenso do conhecimento no basta que o educador o detenha apenas para transmiti-lo em sala de aula, mas que o compreenda, possibilitando sua reorganizao e reelaborao para uma transposio didtica adaptando-o a um grupo de alunos.

Para Tramontin, o professor precisa: Ensinar com rigor e responsabilidade saber comunicar a matria e variar os mtodos de ensino, dar lugar a troca de ideias, fomentar o trabalho intelectual, ter uma preparao especfica.... Saber comunicar falar, ouvir, calar-se, perdoar e compreender a dialtica do processo de ensino e aprendizagem; Saber dialogar saber perguntar e ter a humildade de reconhecer as prprias limitaes, saber motivar, ter humor, ser positivo... Ser organizado disciplinado e ter esprito de equipe para trabalhar o projeto pedaggico do curso sabendo gerir seu tempo e o tempo coletivo... Aprender a ser tolerante ensinar pelo exemplo, pelo testemunho daquilo que acredita e ter a virtude da curiosidade... Ser provocador guerreiro e mentor, mgico, profeta, viajante,

desbravador.....deve ter prazer no convvio entre colegas e alunos; Ser capaz de atitudes fortes sorrir, chorar, estender a mo e saber impor respeito, ter dignidade, altivez e coragem de dizer sim ou no... O ideal de professor para Tramontin (2006) aquele que consiga de verdade: Ser um educador; Conhecer o universo do educando; Ter bom senso; Permitir e proporcionar o desenvolvimento da autonomia dos alunos; Ter entusiasmo, paixo; Vibrar com as conquista de cada um de seus alunos; No discriminar ningum; No se mostrar mais prximo de alguns, deixando os outros deriva;

Ser politicamente participativo; Apresentar opinies que possam ter sentido para os alunos sabendo sempre que um lder que tem nas mos a responsabilidade de conduzir um processo de crescimento humano, formao de cidados e novos lderes.

O verdadeiro educador aquele que percebe a relao entre educao familiar e ensino, assume a responsabilidade pedaggica pelo que faz etc.

A FORMAO REFLEXIVA DO PROFESSOR

preciso buscar uma nova maneira de pensar a escola, a formao o currculo, a prtica pedaggica e a maneira como os estudantes assimilam essa ruptura necessria para a compreenso dos fenmenos que ocorrem por isso se faz necessrio professor e escola reflexivos, que pensem sobre si mesmo, compreendam a funo social do ensino. Professor prtico-reflexivo - o professor deve voltar-se sobre s mesmo, sobre sua prtica e ao de forma analtica, a fim de identificar lacunas e, a partir delas, repensar o seu fazer docente. A reflexo sobre a prtica pedaggica e a pesquisa so processos correspondentes entre si. PROFESSOR PESQUISADOR: NOVOS CAMINHOS? A pesquisa do professor em sala de aula diferente da pesquisa cientfica pois esto aliceradas em problemas do cotidiano escolar, da sala de aula, do fazer pedaggico do professor. A pesquisa em sala de aula vincula-se a problemas vivenciados no dia a dia do grupo: bullying, dificuldades na aprendizagem, relaes familiares, evaso, entre outros.

Primeira lio para os educadores: a questo no ensinar as crianas. A questo aprender delas. Na vida de uma criana a gente v o pensamento nascendo antes que se faa qualquer coisa...

TENDNCIAS PEDAGGICAS I A questo da natureza do conhecimento consiste em entender se aquilo que conhecemos um objeto em si ou uma ideia de um objeto uma representao. Duas correntes filosficas surgiram a partir dessa questo: Realismo considera os objetos de conhecimento independentes da nossa conscincia (ser no equivale a ser percebido); Idealismo subordina ao pensamento, s ideias, toda a existncia, todos os objetos de conhecimento. Filosofia e pedagogia esto interligadas porque ambas tratam de um mesmo elemento o ser humano. Filosofia tenta explicar o homem e responder a todas as suas angustias e indagaes e a pedagogia preocupa-se em aperfeioa-lo, desenvolv-lo.

As tendncias pedaggicas definem o papel do homem e da educao no mundo, na sociedade e na escola, o que repercute na prtica docente em sala de aula graas a elementos constitutivos que envolvem o ato de ensinar e de aprender Educao bancria manuteno do estatus quo fundamento da pedagogia dos dominantes educao como prtica de dominao - seu mtodo a opresso, o antidilogo. So caracterstica dela: o Conquista o sujeito que conquista e o objeto que conquistado dominao, no havendo espao para a liberdade; o Diviso atua para alienar os sujeitos, o Manipulao as elites dominadoras vo tentando conformar as massas populares a seus objetivos

o Invaso cultural penetrao que faz os invasores no contexto cultural dos invadidos, impondo a estes sua viso de mundo, enquanto lhe freiam a criatividade, ao inibirem sua expanso. H ainda outras caractersticas como: o Prtica domesticadora o saber do professor depositado no aluno; o Narrao tcnica usada pelo educador para depositar contedo nos educandos e conduzi-los a memorizao mecnica; o No h comunicao entre professor e aluno o educador faz comunicados e depsitos, os quais so recebidos pacientemente pelos educandos que passam a memoriza-los e repeti-los; o Nessa distoro da viso de educao no h saber o Os contedos narrados so retalhos da realidade desconectados da realidade em que se formam. Ento o educando recebe passivamente a doao do saber do educador, nico sujeito do processo, a nica margem de ao que se oferece aos educandos a de receberem os depsitos, guard-los e arquiv-los.

Educao

Problematizadora

(libertadora)

nesta

educao

o

conhecimento deve vir do contato do homem com o seu mundo, que dinmico, e no como um ato de doao. Supera-se a relao vertical e se estabelece a relao dialgica, que se supes troca de conhecimentos. Dialogicidade a essncia da Educao Libertadora bem como: o Colaborao o dilogo a essncia da colaborao, sendo assim, ele no domestica, no cala, no impe, sim negocia escuta e reconstri; o Unio estrutura-se a partir da dialogicidade com base em esforos comuns; o Organizao momento altamente pedaggico em que liderana e povo fazem juntos o aprendizado da autoridade e da liberdade verdadeiras buscando transformar a realidade que os mediatiza. O sentido da organizao a libertao;

o Sntese cultural todas as vises so levadas em considerao, pois uma sustenta a outra; Com esse processo possvel chegar a um conhecimento crtico, j que foi obtido de maneira reflexiva. Dessa forma o ser humano percebe-se como ser histrico, capaz de fazer as transformaes necessrias no mundo. O educador j no o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, educado, em dilogo com o educando que ao ser educado, tambm educa. Esta concepo tem como caractersticas ainda: Considera o desenvolvimento da conscincia crtica e a liberdade como meios de superar a Educao /bancria; A relao educador-educando dialgica, ambos so sujeitos do processo de ensino-aprendizagem; Por meio de dilogo e reflexo os educandos desenvolvem seu poder de captao e compreenso do mundo que lhes aparece como uma realidade em transformao

Libneo (1985), classifica as tendncias pedaggicas, segundo a posio que adotam em relao aos condicionantes sociopolticos da escola em: Pedagogia Liberal sustenta a ideia de que a escola tem a funo de preparar os indivduos para o desempenho de papeis sociais de acordo com suas aptides individuais pressupe que o indivduo precisa adaptar-se aos valores e normas vigentes na sociedade de classe, atravs do

desenvolvimento da cultura individual. Est subdividida em: o Pedagogia liberal Tradicional o caminho cultural em direo ao saber o mesmo para todos, desde que se esforcem. o Contedos separados das experincias dos alunos e da realidade social; o A nfase do ensino dada a exerccios, repetio de conceitos e memorizao de contedos; o A aprendizagem repetitiva e mecnica;

o Predomina a autoridade do professor e a disciplina imposta para assegurar ateno e silencia; o Avaliao feita a partir de interrogatrios orais e exerccios de casa, assim como provas escritas e trabalhos de casa. o Pedagogia Liberal Renovada Progressivista nesta tendncia, o papel da escola adequar as necessidades individuais ao meio social, organizando-se de forma a retratar a vida o No mtodo de ensino so valorizadas as formas de aprender fazendo ou seja, pesquisa, descoberta, estudo do meio natural e social e soluo de problemas; o O papel do professor auxiliar no desenvolvimento livre e espontneo da criana; a disciplina surge a partir da conscientizao dos limites da vida grupal; o O relacionamento entre professor e alunos positivo, gerando uma viso democrtica; o A motivao dos alunos depende da fora de estimulao dos problemas propostos pelo professor e das disposies internas dos alunos e de seus interesse; o A avaliao fluda e tenta ser eficaz, medida que os esforos xitos so pronta e explicitamente reconhecidos pelo professor.

Pedagogia Liberal Renovada No Diretiva a escola centra-se na formao de atitudes e est mais preocupada com os problemas psicolgicos dos alunos que com os pedaggicos ou sociais. O professor tem um papel de facilitador de aprendizagem, sua funo de ajudar o aluno a se organizar.

Pedagogia Liberal Tecnicista subordina a educao sociedade, a partir dela a escola modela o comportamento humano com tcnicas especficas. Para esta pedagogia discusses e questionamentos so desnecessrios, assim como as relaes afetivas e pessoais dos sujeitos do processo de ensino e aprendizagem pouco importam.

Pedagogia Progressista inspirada em teorias marxistas. Se preocupa com questes sociopolticas da educao, baseando-se em anlises crticas das

realidades da sociedade. Nela a escola pode combater o sistema capitalista para construir o socialismo Pedagogia Progressista Libertadora questiona as relaes que o ser humano tem com a natureza e seus semelhantes com o propsito de transform-la. Ela estabelece uma nova forma de relao entre contedos escolares e a experincia vivida pelos alunos. o Para essa pedagogia, os contedos de ensino denominados temas geradores so extrados da vida dos educandos; contedos escolares tradicionais so recusados. o O ato de conhecimento propiciado pelo dilogo autntico entre professores e alunos (ambos sujeitos do conhecimento). Pedagogia Progressista Libertria pretende resistir burocracia como instrumento de controle e ao dominadora do Estado; o A escola exerce uma mudana na maneira de pensar dos alunos, num sentido libertrio de autogesto; o As matrias escolares no so exigidas, mas vistas como instrumentos complementares colocados disposio dos educandos; o Valoriza a vivencia em grupo, na forma de autogesto; o A relao professor-aluno no diretiva, sem nenhuma forma de poder, obrigao ou ameaa. Pedagogia Progressista Crtico- Social dos Contedos o A escola prepara os alunos para o mundo adulto e suas contradies para que eles transformem a realidade; o A difuso dos contedos escolares tarefa primordial da escola e devem ser vivos, concretos e indissociveis da realidade humana e social; o A relao pedaggica consiste nas trocas estabelecidas entre o meio e o sujeito educador e educando; o O mtodo de ensino parte de uma relao direta com a experincia do aluno confrontada com o que ele j tem; o A aprendizagem ocorre a partir do momento da sntese quando o aluno supera sua viso parcial e confusa e adquire uma viso mais clara e unificadora.

TENDNCIAS PEDAGGICAS II Fala sobre a contextualizao dos ambientes educativos de onde emergem a compreenso de homem, mundo e sociedade; compreender o papel do professor, do aluno, da escola e dos elementos que compem o ambiente escolar; relacionar tendncias pedaggicas e a prtica docente que os professores adotam em suas salas de aula.Pedagogia diretiva Escola -lugar de silncio, classes enfileiradas e separadas para evitar conversas; -lugar onde se molda o aluno e se transmite conhecimentos. -professor decide o que trabalhar; -contedos transmitidos mecanicamente; O objetivo tudo o que o sujeito no . -professor ensina e aluno aprende; -professor fala e aluno escuta -professor quem detm o conhecimento; -aluno considerado uma tbua rasa, pois no tem conhecimento algum. -empirismo no h conhecimento anterior, o estilo e tipo de aprendizagem enfatizada copiar, ler, decorar e reproduzir o que o professor ensinou Pedagogia No Diretiva -lugar onde tudo livre, o aluno escolhe o lugar e o aprender, o poder exercido subliminarmente Pedagogia Relacional -lugar de descoberta, de discusso, experimentao, dialogicidade, oportunizar a construo do conhecimento. o contedo desenvolvido de maneira desafiadora, interativa

Ensino

- o aluno aprende por si mesmo definindo o que ir estudar

Mtodo

-professor intervm o mnimo possvel, pois um aluno j traz um saber. -professor um auxiliar do aluno, um facilitador; -aluno quem decide e escolhe.

Professor X Aluno

Aprendizagem

- vista como um deixa fazer, ensinar prejudica o aluno; -apriorismo o ser humano nasce com conhecimento.

-problematizao de situaes, reflexes, dilogo, interao entre sujeito e objeto. -o dilogo fundamental, o professor e mediador do processo de ensino e de aprendizagem; -aluno e professor interagem na teoria e na prtica - o sujeito constri o seu conhecimento; -ao-reflexo-ao (prxis)

AS TENDNCIA PEDAGGICAS E O PROCESSO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM Mizukami (1986) classifica o processo de ensino nas seguintes abordagens: Tradicional

Comportamentalista Humanista Cognitivista sociocultural

Tradicional -lugar por excelncia onde se realiza a educao -funciona como agncia sistematizadora

Comportamentalista

Humanista -lugar onde se oferecem condies que possibilitem a autonomia do aluno; -lugar onde h interferncia com o crescimento da criana

Cognitivista -deve possibilitar que o aluno aprenda por si mesmo e tambm o desenvolvimento da ao motora, mental e verbal.

Sociocultural -local onde deve ser possvel o crescimento mtuo de professor e alunos, num processo de conscientizao, - uma instituio que exige no contexto histrico de uma determinada sociedade -deve procurar a superao da relao opressoroprimido -dilogo; -reconhecer-se criticamente; -percepo da realidade e problematizao. -reflexo conjunta de forma crtica sobre os objetos; -buscar tema gerador; -debates, posio sociointeracionista .

Escola

-agncia educacional que adota padres de comportamento teis sociedade, a escola educa formalmente.

-os alunos so instrudos e ensinados. contedos e informaes tem de ser inquiridos, os modelos imitados

-consiste num arranjo e planejamento de reforo para a aprendizagem; -aprendizagem garantida pela programao.

-no diretividade; -conjunto de tcnicas que implementam a atitude bsica de confiana e respeito ao aluno

-transmisso do patrimnio cultural; -professor traz contedo pronto, o aluno limita-se a escutar e executar as tarefas.

-aplicao de tecnologia educacional; -estratgias de ensino; -reforo no relacionamento professor e aluno.

-cada educador desenvolve um estilo prprios facilitar a aprendizagem dos alunos

-aprender implica assimilar o objeto a esquemas mentais; -aprendizagem se d no exerccio operacional da inteligncia aprender a aprender. -a ao do indivduo o centro do processo; -trabalho em grupo; -o jogo tem importncia fundamental.

Mtodo

Ensino

Professor

Aluno

-professor detm o poder decisrio, informa e conduz os alunos; -dependncia intelectual e afetiva dos alunos. -relao vertical. -visa a reproduo do contedo; -exatido da reproduo e da informao; Notas como nveis

-professor um planejador, analista e engenheiro comportamental; -aos educandos cabe a aquisio cientfica.

Aprendizagem

-avaliao consiste em se constatar se o aluno aprendeu e atingiu os objetivos propostos.

-professor uma personalidade nica; -relacionamento entre professor e aluno possvel e nico -professor facilitador de aprendizagem -autoavaliao

-reciprocidade intelectual, cooperao moral e racional; -deve haver dilogo argumentao e reflexo na relao -expresses prprias, explicaes prticas, considerao em relao ao erro, leva-se em conta a interpretao.

-a relao professor-aluno horizontal, no imposta; -valorizao do sujeito; -deve haver um processo dialgico e crtico reflexivo. -autoavaliao ou avaliao mtua e permanente da prtica

X

DIFERENCIAO DO CONHECIMENTO E CONHECIMENTO ESCOLAR As questes educacionais sobre o conhecimento se referem a como o conhecimento escolar e deve ser diferente do no escolar, assim como a base em que feita essa diferenciao. Levam as questes primordialmente sociolgicas e pedaggicas. A escolaridade envolve o fornecimento de acesso ao conhecimento especializado includo em diferentes domnios

A FUNO SOCIAL DA ESCOLA E DOS PROFESSORES Funo social da escola a escola responsvel pela promoo do desenvolvimento do cidado, no sentido pleno da palavra. Cabe a ela definirse pelo tipo de cidado que deseja formar, de acordo com a sua viso de sociedade. Cabe-lhe tambm a incumbncia de definir as mudanas que julga necessrio fazer nessa sociedade, atravs das mos do cidado que ir formar. o Sua funo social ajudar a realizar o processo de construo do conhecimento, cujo ponto de partida sempre uma viso global, difusa, que funcionar como uma oportunidade de o professor contextualizar o ensino, isto , buscar com e no aluno os conhecimentos prvios que este tem sobre o tema enfocado (contextualizao/problematizao)

o Quanto ao contedo proposto currculo este no pode mais ser rgido, nem proveniente de uma estrutura meramente disciplinar, mas precisa despertar e buscar nos mtodos globalizados o sentido e a significncia dos contedos, de modo que possam estabelecer relao entre o que debatido em sala de aula e a realidade social em que os alunos esto inseridos. o Nesse sentido mais que transmitir o contedo, vale trabalha-lo de forma que os alunos encontrem sentido e aplicabilidade nesse processo de construo do conhecimento. o No pode deixar de levar em conta questes como: etnia, raa, gnero, incluso, alunos portadores de necessidades educativas especiais e outras sndromes Funo Social Do Ensino E Suas Implicaes Didtico-Pedaggicas: Viso De Homem Ter clareza da funo social da escola e do homem que se quer formar fundamental para que o professor realize uma prtica pedaggica competente e socialmente comprometida. Cabe aos professores em sua prtica docente, propiciar situaes de aprendizagem que levem ao desenvolvimento de habilidades e de contedos que possam responder s necessidades dos alunos no meio social que habitam. As crianas no podem ser tratadas apensas como cidados em formao. Fazem parte do corpo social e devem ser estimuladas a exercitar sua condio de cidados desenvolvendo expectativas e projetos em relao ao conjunto da sociedade. Referindo-se a um modelo de cidado e cidad que queremos, Zabala (2002) destaca diferentes dimenses de desenvolvimento da pessoa: Social participar ativamente da transformao da sociedade, o que significa compreend-la, avalia-la e intervir nela, de maneira crtica e responsvel; Interpessoal trata-se de aprender a viver juntos, conhecendo melhor os demais seres humanos como indivduos e como grupos, sua histria, tradies... Pessoal conhecer e compreender a si mesmo, s demais pessoas, sociedade e ao mundo em que se vive; o O sistema educativo deve formar cidados autnomos, capazes de compreender o mundo social e natural em que vivem para melhor-lo. o A escola deve desenvolver nos alunos a capacidade de tomar decises com base na reflexo e no dilogo, promovendo mais do que a formao dos futuros cientistas..

Profissional dispor dos conhecimentos e das habilidades que permitam s pessoas exercer uma tarefa profissional adequada s suas capacidades e necessidades; o O ensino precisa facilitar o desenvolvimento das capacidades profissionais das pessoas, exercendo essencialmente uma funo orientadora, que permita o reconhecimento e a potencializao das habilidades de cada um, conforme suas capacidades e seus interesses, o A funo social da escola e suas implicaes metodolgicas apontam caminhos interdicisplinaridade, por exemplo.

Viso Social Do Ensino E Suas Implicaes Didtico-Pedaggicas: Viso De Sociedade E Educao a escola em seus diferentes nveis deve contribuir para a formao e a atualizao histrico-cultural dos cidados a escola cumpre sua funo social atravs do processo de ensinoaprendizagem, fazendo circular informaes, promovendo e estimulando o desenvolvimento de habilidades operaes de pensamento e a vivencia de valores As aprendizagens so organizadas no currculo escolar, que bem mais do que uma lista de contedos. Planej-lo implica tanto escolher os contedos de ensino quanto organizar experincias e situaes que garantam a aprendizagem, o que significa dizer que inclui contedos e metodologias de ensino.

O Que E Como Se Ensina Numa Concepo Construtivista Os pressupostos tericos e metodolgicos de cada disciplina estabelecem a direo na seleo dos contedos e nos procedimentos didticos em sala de aula, sem perder de vista a diretriz metodolgica mais ampla proposta no PPP vivenciado na escola. Assim sendo, as situaes de aprendizagem propostas aos alunos podero ter coerncia entre si, se obedecidas as especificidades de cada rea. O que ensinamos deveria responder as indagaes: O que estamos ensinando tem contribudo para que nossos alunos desenvolvam compreenso do mundo em que vivem? Quais so os desafios desse mundo? Em que medida afetam a npos e aos nossos alunos? Os contedos curriculares que trabalhamos favorecem o desenvolvimento de uma viso critica desses problemas? ...

Estamos ensinando e os alunos aprendendo?

o currculo se estrutura partindo das necessidades de um grupo de sujeitos, de governantes que decidem o que deve ser trabalhado no espao educativo a postura do profissional e pessoal do professor em sala de aula deve ser de respeito e interesse pelos contedos trabalhados. No h funo social da escola se o professor no se visualizar como professor, se no perceber que alm de ensinar ele tambm deve aprender e buscar interagir com as diversidades existentes fora do espao educativo.

Para Que A Escola Cumpra Sua Funo Social Considerar as prticas da sociedade sejam de natureza econmica, politica, social, cultural, tica ou moral; Considerar as relaes diretas ou indiretas dessas prticas com os problemas especficos da comunidade local qual presta servios; Conhecer expectativas dessa comunidade suas necessidades, formas de sobrevivncia, valores,, costumes e manifestaes culturais, artsticas etc. Conceber a escola como polo cultural onde o conhecimento j sistematizado pela humanidade socializado e trabalhado de forma no fragmentada, vinculado realidade; Promover identidade cultural do aluno inserindo-o no mundo em que vive; Auxiliar o aluno a ver e pensar a realidade como um todo com um certo distanciamento, de forma autnoma, nica possibilidade de transform-la

A funo social do ensino formar indivduos capazes de compreender a realidade circundante e intervir nela, como cidados que so, no intuito de melhorar o contexto no qual a escola se insere.

PLANEJAMENTO X PLANO

Planejamento processo de racionalizao, organizao e coordenao da prtica docente, articulando a ao escolar e o contexto social. tambm um momento de pesquisa e reflexo intimamente ligado avaliao. No se reduz ao mero preenchimento de formulrios administrativos.

Suas funes so:

Esclarecer princpios, diretrizes e procedimentos de trabalhos docentes que garantam a articulao entre a funo da escola e as exigncias do contexto social em que est inserida; Manifestar a relao entre o posicionamento filosfico, poltico-pedaggico e profissional do professor com suas aes educativas efetivas; Assegurar a realizao de um processo de ensino de qualidade evitando improvisao e rotina, por meio de preparao das aulas e replanejamento, sempre que necessrio; Planejar de acordo com as condies socioculturais e individuais dos alunos.

O planejamento escolar deve: Diagnosticar e analisar a realidade da escola identificando assim, as dificuldades existentes e as causas que a originam; Definir objetivos e metas de acordo com a politica e as diretrizes do sistema escolar Determinar as atividades e tarefas a serem desenvolvidas de acordo com a prioridade e com os recursos humanos, materiais e financeiros.

Formas de planejamento: Planejamento educacional Planejamento curricular Plano de ensino

Planejar : Um processo, habilidade e atitude; Pensar e agir em relao ao futuro; Tomar decises sobre o futuro; Ferramenta para administrar o futuro; Definir objetivos e resultados a serem alcanados; Definir meios para possibilitar a realizao de resultados desejados; Interferir na realidade.

Diferena entre planejamento e plano Planejamento como processo permanente Plano como produto provisrio.

Plano documento utilizado para registro de decises do tipo: o que se pensa em fazer, como fazer, quando fazer, com o que fazer, com quem fazer. a

apresentao sistematizada e justificada das decises tomadas relativas a ao a realizar. o produto do planejamento. As etapas para elaborao do conjunto de planos de uma instituio; Preparao Elaborao do plano global de mdio prazo PPP o Elaborao do marco referencial o Marco situacional o Marco doutrinal o Marco operativo Elaborao do diagnstico Elaborao da programao Reviso geral Elaborao de planos globais de curto prazo Elaborao de planos setoriais

O Projeto Poltico Pedaggico Projeto tambm um documento produto do planejamento porque nele so registradas as decises mais concretas de propostas futuristas. Projeto estabelece alvos e metas para transformar o contexto em outra realidade mais adequada aos fins e desejos humanos, desde que seja algo realizvel num futuro prximo mediante a ao transformadora do trabalho O Projeto poltico porque envolve aspectos sociais e econmicos, considerando o contexto em que vivemos. O Projeto Pedaggico porque por meio da ao educativa, a escola concretiza aquilo que almeja construir, partindo de conhecimentos e valores. Projeto Pedaggico- VASCONCELOS (1995) um instrumento terico metodolgico que visa a ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, s que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgnica e participativa

Projeto Poltico Pedaggico a diretriz das aes educativas na escola, expressando as concepes de homem, sociedade, educao, conhecimento, escola, entre outras que justificam e fundamentam as prticas da instituio. Caractersticas do PPP

Ao coletiva Construo contnua Identidade da escola Viso de educao Viso de mundo Viso de homem Projeto poltico pedaggico o O PPP busca um rumo, uma direo; o o fruto da interao entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade; o Estabelece atravs da reflexo, as aes necessrias construo de uma nova realidade; o Exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe tcnica, alunos, seus pais e a comunidade como um todo; o um guia para a ao, prev, d uma direo poltica e pedaggica para o trabalho escolar, formula metas, institui procedimentos e instrumentos de ao; o Sua avaliao ser processual-somativa, incluindo a coleta de dados, a anlise de resultados e redefinio permanente de objetivos e meios.

Para Vasconcellos (2000) ele se divide em 3 partes articuladas entre si: Marco referencial, diagnstico e programao Marco ReferencialO que queremos alcanar?

DiagnsticoO que nos falta para ser o que desejamos?

ProgramaoO que faremos concretamente para suprir tal falta?

a busca de um posicionamento: -poltico viso do ideal de sociedade e de homem. -pedaggico definio sobre a ao educativa e sobre as caractersticas que a instituio que planeja deve ter

o reconhecimento das necessidades, a partir da anlise da realidade e/ou do juzo sobre a realidade da instituio (comparao com aquilo que desejamos que seja)

a proposta de ao. O que necessrio e possvel para diminuir a distancia entre o que a instituio vem sendo e o que ela deveria ser

Na construo do PPP, ainda de acordo com Veiga(2001) alguns elementos bsicos podem ser apontados: As finalidades da escola referem-se aos efeitos intencionais almejados; A estrutura organizacional administrativa e pedaggica

O currculo construo social do conhecimento, sistematizao dos meios para que essa construo se efetive; O tempo escolar o calendrio escolar ordena o tempo, determina o incio e o fim do ano, prevendo os dias letivos, as frias, os perodos escolares em que o ano se divide, as datas reservadas s avaliaes, aos feriados, s reunies e outros;

O processo de deciso uma estrutura administrativa da escola, adequada realizao de objetivos educacionais, de acordo com os interesses da populao deve ter a participao de todos no processo de deciso;

As relaes de trabalho calcadas nas atitudes de solidariedade, de reciprocidade e de participao coletiva, nesse movimento que se verifica o confronto de interesses no interior da escola;

A avaliao a avaliao do PPP numa viso crtica parte da necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e compreender criticamente as causas da existncia dos problemas, bem como suas relaes, suas mudanas e se esfora para propor aes alternativas.

VERTENTES DO PLANEJAMENTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

As vertentes que embasam o processo de planejamento do processo de ensinoaprendizagem so: Os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN); As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN); O Projeto Poltico Pedaggico (PPP) Regimento escolar; Os planos de estudo e/ou proposta; O plano de trabalho O plano de aula

O processo de ensino aprendizagem configura-se como uma ao que exige planejamento, preparao e escolha de caminhos metodolgicos, visando realizao da ao educativa, que nunca neutra, porque sempre expressa uma dimenso poltico-social, conforme a linha pedaggica assumida pela escola e/ou professor. Parmetros Curriculares Nacionais (PCN) foram elaborados sob orientao do MEC e tem como objetivo estabelecer uma referncia curricular nacional aos estabelecimentos de ensino, aos professores e servir de eixo norteador na elaborao e reelaborao dos currculos para os diferentes nveis de ensino no Brasil. - Sua elaborao foi feita considerando-se aspectos regionais, polticos e econmicos do Brasil - Seu objetivo ajudar as escolas a permitir que os alunos tenham acesso aos conhecimentos imprescindveis ao exerccio da cidadania - Foram elaborados de 1 a 4 srie e de 5 a 8 sries. Diretrizes Curriculares Nacionais conjunto de definies doutrinrias sobre princpios, fundamentos e procedimentos da Educao Bsica que orientaro as escolas brasileiras dos sistemas de ensino, na organizao, articulao, desenvolvimento e avaliao de suas propostas pedaggicas. - so construdas a partir do relacionamento entre nveis de ensino, das reas de conhecimento e dos aspectos da vida cidad e tem como pano de fundo os princpios e fins da educao nacional. - por estarem mais prximas da ao pedaggica, funcionam como indicaes que possibilitam acordos de aes e requerem revises frequentes. Aborda uma concepo de currculo que no o entende como algo pronto e acaba, definido por especialista, mas compreende a escola como produtora de currculo, com professores que definem o que, como ensinar e por que ensinar tal e qual contedos. o As escolas devem organizar e explicitar sua pratica pedaggica e seu planejamento atravs dos seguintes documentos: o Projeto Poltico Pedaggico

o Regimento Escolar o Plano de Estudos o Plano de Trabalho ou de Atividades

Projeto Poltico Pedaggico a diretriz orientadora das aes educativas na escola, expressando as concepes de homem, sociedade, educao, conhecimento, escola, dentre outras que justificam e fundamentam as prticas da instituio. -sua elaborao deve comtemplar a anlise da realidade, a projeo de finalidades e a elaborao de formas de mediao (plano de ao) . -deve ser trabalhado em equipe, construdo coletivamente, de forma democrtica, com representantes da administrao, corpo docente e discente, funcionrios e comunidade escolar. - um guia para a ao, prev, d uma direo poltica e pedaggica para o trabalho escolar, formula metas, institui procedimentos e instrumentos de ao, -sua avaliao ser processual-somativa, incluindo a coleta de dados, a anlise dos resultados, a redefinio permanente de objetivos e meios.

Regimento Escolar um instrumento formal e legal que regula a organizao e o funcionamento da instituio quanto aos aspectos pedaggicos, com base na legislao do ensino em vigor; -deve disciplinar os seguintes assuntos: a quem cabe elaborar e executar a Proposta Pedaggica e quem tem autonomia para a sua reviso, incumbncia dos docentes, estudo de recuperao, etc. -com origem na Proposta Pedaggica, o regimento escolar a ela se volta para lhe conferir embasamento legal, devem ser observadas as normas sobre elaborao e redao de atos normativos. -o Projeto Poltico Pedaggico e os Planos de estudos podem fazer parte do Projeto Pedaggico da escola.

Projeto Pedaggico deve conter no mnimo, as seguintes informaes: o Competncias e habilidades que os alunos precisam desenvolver; o Conceitos integradores e conceitos significativos; o Contextos significativos;

o Informaes e conhecimentos anteriores que possuem, tanto os alunos quanto os professores; o Materiais e procedimentos a serem utilizados; o Organizao do espao e relaes na sala de aula; o Relaes interpessoais; o Organizao do tempo; o Projetos a serem desenvolvidos.

Plano de Estudos um autntico plano de trabalho que, alm dos aspectos de distribuio do tempo, leva em conta os contedos

programticos de cada componente curricular. -sero capazes de contribuir para a sade, a vida familiar e social, o trabalho, o meio ambiente e outros aspectos da vida cidad; -diferente das bases curriculares, eles passam a ser uma pauta de trabalho em torno da quais professores e alunos se renem para construir ao longo do tempo e de forma planejada, a educao -entre o projeto pedaggico e o plano de trabalho do professor se situa o plano de estudos como elemento ordenador, do pondo de vista pedaggico, do currculo da escola. -os planos de estudo para o ensino fundamental e mdio so elaborados considerando-se: -os componentes curriculares propostos nos PCNs, distribudos pelas sries, ciclos ou etapas, e respectiva carga horria; -os componentes curriculares de livre escolha, a partir da realidade local e regional da sociedade, da economia, da cultura, distribuda por srie, ciclo ou etapa, com a respectiva carga horria; -explicitao dos objetivos e da amplitude e profundidade com que ser desenvolvido cada componente curricular. Plano de Trabalho o planejamento da ao docente, partindo dos objetivos propostos no planejamento da escola.

Lembretes:

o Planos de Estudo so feitos por nvel de ensino e expresso do currculo. Listam as disciplinas com ementa, carga horrias e as competncia e habilidades a serem desenvolvidas por cada uma delas. o Planos de trabalho so anuais ou semestrais e por sries. devem seguir as diretrizes dos Planos de Estudos. o Planos de aula so feitos para cada dia de aula, a partir dos planos de trabalho. Plano de Aula o detalhamento da proposta do professor para uma aula ou conjunto de aulas e est necessariamente articulado com o plano de trabalho do professor. Corresponde ao nvel de maior detalhamento e objetividade do processo de planejamento didtico. a orientao para o que fazer no cotidiano.

PLANO DE AULA E PEDAGOGIA DE PROJETOS

O tipo de planejamento que corresponde s exigncias da contemporaneidade o modelo de planejamento participativo. O professor de posse de seu plano de trabalho, decide a maneira de operacionalizar o contedo proposto, o que pode ocorrer sob a forma de plano de aula, projeto de trabalho ou roteiro, tendo em mente propiciar condies para que o aluno realize uma aprendizagem com significado -Toda prtica educativa requer planejamento, conhecimento cientifico, conhecimento prtico. No h ao sem reflexo, e no h reflexo sem ao. -Ao planejar o professor parte dos saberes dos seus alunos, possibilitando novos conhecimentos. -O cientifico da educao reside em promover aos alunos, novas formas de interagir com o mundo, oportunizando alm de aquisio de conhecimento, a problematizao sobre estes.

O Papel Do Professor No Ato De Ensinar E Aprender: O professor no processo de ensino e aprendizagem, deve: Propiciar o estabelecimento de relaes de interdependncia entre contedos e conceitos; Incitar aprendizagens; Relacionar as aes didtico-pedaggicas com o PPP. Plano de Aula e Planejamento de Aula Plano de Aula proposta do trabalho do professor para uma determinada aula ou conjunto de aulas e configura o maior detalhamento e objetivos do planejamento. Planejamento de Aula o professor indica os procedimentos necessrios para a realizao dos planos de estudo. Ele deve: o Apontar para os objetivos a serem alcanados; o Descrever o contedo que ser trabalhado na aula; o Definir os procedimentos de ensino e organizar as atividades de seus alunos; o Sugerir recursos variados para serem usados durante a aula (jornais,revistas etc.) que estimularo a participao dos alunos; o Estabelecer de que maneira ser feita a avaliao; o Pode ser dirio ou semanrio. o Seus elementos so: Temtica a ser trabalhada em sala de aula; Explicitao das necessidades de aprendizagem dos alunos e que justificam a proposta; Objetivo especfico do ensino referente a temtica a ser estudada; Contedo que ser trabalhado; Metodologia explicitao da metodologia de ensino, de acordo com as especificidades do contedo e da dimenso que ser trabalhada;

Previso do tempo disponvel para o desenvolvimento da aula, a fim de estabelecer prioridades; Recursos didticos que sero realizados; Avaliao estabelecimento de estratgias que o professor utilizar para acompanhar o processo de desenvolvimento e de construo do conhecimento pelo aluno;

Seleo de atividades que sero propostas para serem feitas fora da sala de aula, para que o aluno aprofunde seus saberes adquiridos em aula.

o As atividades pedaggicas devem ser: Coerentes com os objetivos; Adaptadas s necessidades e caractersticas da faixa etria; Apresentadas com clareza; Inter-relacionadas e ordenadas; Atrativas; Variadas.

PEDAGOGIA DE PROJETOS

Seu idealizador foi Dewey seguido por seu discpulo Kilpatrick e parte de problemas reais, do cotidiano do aluno, sendo todas as atividades escolares realizadas por meio de projetos. O projeto como metodologia didtica tinha a inteno de ser uma atividade em que os prprios alunos fizessem algo em um ambiente natural. construindo uma horta, por exempli, poderiam aprender cincias, linguagem, geometria, desenho, calculo, histria natural etc.

Diferena entre projetos de trabalho e Pedagogia de Projetos a diferena fundamental , em primeiro lugar, o contexto histrico.

A pedagogia de projetos trabalhava um modelo fordista, que preparava as crianas apenas para o trabalho em uma fbrica, sem incorporar aspectos da realidade cotidiana dentro da escola. Os projetos de trabalho tentam uma aproximao da escola com o aluno e vinculam muito pesquisa sobre algo emergente, contribuem para uma ressignificao dos espaos de aprendizagem de tal forma que eles se voltem para a formao de sujeitos ativos, reflexivos, atuantes e participantes. Para se trabalhar com projetos no existem roteiros pr-definidos mas devem seguir alguns passos: Escolha de um Tema Planejamento do trabalho Problematizao Execuo Divulgao Avaliao

Os momentos de desenvolvimento de um projeto de trabalho devem ser considerados como parte de um processo contnuo, sujeitos a mudanas de acordo com as necessidades que surgem durante sua execuo. O planejamento deve ser flexvel para incorporar as modificaes que se faam necessrias no decorrer do seu desenvolvimento. Cabe ao educador desenvolver com os educandos alguns aspectos a respeito do tema abordado como: O que sabemos O que queremos saber Quais so nossas hipteses O que descobrimos

O trabalho com projetos possibilita: Maior integrao entre os contedos;

Mais oportunidade para que o aluno participe do processo de aprendizagem, pois permite questionamentos, tomada de deciso e desenvolvimento do pensamento crtico;

Autonomia;

PROJETO DE TRABALHO X CENTROS DE INTERESSE Centros de interesse surgiram com Decroly, que define-os como ideias-eixos ao redor dos quais convergem as necessidades fisiolgica, psicolgicas e sociais da criana e agrupa as necessidades em quatro blocos: Alimentao; Lutas contra intempries; Defesa contra os perigos e inimigos diversos; Ao e trabalho solidrio somados ao lazer.

As atividades escolares em todas as matrias deveriam concentrar-se em: Criana e famlia; Criana e escola; Criana e mundo animal; Criana e mundo vegetal; Criana e mundo geogrfico; Criana e universo.

Sugere trs etapas de aprendizagem: Observao pessoal e direta das coisas por meio das cincias; Associao das coisas observadas no tempo e espao; Expresso do pensamento pela linguagem oral e escrita, desenho, corpo, modelagem e outros trabalhos manuais. -Nos centros de interesse abordam-se sobretudo, temas das reas das Cincias Naturais e Sociais; as propostas concretas so apresentadas pelos alunos e a deciso sobre o que vai ser estudado tomada por votao na sala de aula. -o mtodo globalizado de centros de interesse orientado por cinco princpios fundamentais:

Liberdade, Individualidade, Atividade, Intuio, Globalizao

Os estudos das diferentes realidades por meio de um eixo ou um centro de interesses deve atender a unidade no sentido de que todas as suas partes devem relacionar-se entre si, formando um todo indivisvel que d sentido a essa globalidade Para Zabala (2002), as justificativas de Decroly baseiam-se em argumentos pragmticos baseados em sua experincia, citados a seguir: A criana o ponto de partida do mtodo, a criana no o que queremos que seja, mas o que pode ser; O respeito personalidade do aluno. A educao deve estar para a vida e mediante a vida ensaios e erros; A alavanca principal de toda atividade o interesse; A eficcia do meio a maioria das aprendizagens ocorre espontaneamente, pelo contado com o meio imediato; As crianas so seres sociais. A escola precisa ser pensada de forma a favorecer o desenvolvimento das tendncias sociais latentes na pessoa; A atividade mental presidida em muitos aspectos pela funo globalizadora e pelas tendncias preponderantes nos sujeitos. Diferenas Entre Centros De Interesse E Projetos De Trabalho - a diferena bsica entre os centros de interesse e os projetos de trabalho est na maneira como os professores conduzem-nos. Vejamos o quadro: Elemento Modelo de aprendizagem Temas de trabalho Deciso de quais temas Centros de interesse Por descoberta Tema determinado Por votao majoritria Projetos de trabalho Significativa Qualquer tema Por argumentao

Funo do professorado Sentido da globalizao Modelo curricular Papel dos alunos Tratamento da informao Tcnicas de trabalho

Especialista Somatrio das matrias Disciplina Executor Apresentada professorado Resumo, questionrios, conferencias

Estudante, intrprete Relacional Temas Co-partcipe pelo Busca-se professorado destaque, ndice, conferncia sntese, com o

Procedimentos Avaliao

Recompilao de fontes Relao entre fontes diversas Centrada nos contedos Centrada nas relaes e nos procedimentos

CURRICULO: IMPLICAES DIDTICO-METODOLGICAS

Currculo construo social, diretamente ligado a um momento histrico de uma determinada sociedade que, a partir de realidades diversas, estabelece objetivos em relao aos conhecimentos que pretende construir atravs de contedos diversos e peculiares.; -conjunto de objetivos de aprendizagem selecionados que devem dar lugar criao de experincias apropriadas que tenham efeitos cumulativos avaliveis, de modo que se possa manter o sistema numa reviso constante, para que nele se operem as oportunas reacomodaes. -conjunto dos contedos cognitivos e simblicos transmitidos nas prticas pedaggicas e nas situaes de escolarizao, isto . Tudo aquilo a que poderamos chamar de dimenso cognitiva e cultural da educao escolar. -deve corresponder s exigncias estabelecidas na LDB e nas DCNs;

- tambm conjunto de decises de carter administrativo que estrutura os cursos, a presena ou ausncia de recursos de ensino, disponibilidade ou no de livros e biblioteca etc. - a projeo, o desdobramento do projeto pedaggico, a concretizao da posio da escola diante da cultura produzida pela sociedade. -atende legislao educacional e segue Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Base nacional comum conjunto mnimo de contedos articulados a aspectos de cidadania. Por ser obrigatria nos currculos nacionais a Base Nacional Comum deve predominar em relao parte diversificada. Parte diversificada envolve os contedos complementares, escolhidos por cada sistema de ensino e estabelecimentos escolares, integrados a Base Nacional Comum, de acordo com as caractersticas regionais e locais da sociedade, da cultura e da economia e reflete-se na proposta pedaggica da escola. Diretrizes Curriculares Nacionais Para O Ensino Fundamental conjunto de definies doutrinrias sobre princpios, fundamentos e procedimentos na Educao Bsica, que orientaro as escolas brasileiras dos sistemas de ensino na organizao, pedaggicas. Diretrizes Curriculares Nacionais Para O Ensino Mdio o ensino mdio ganha atravs das Diretrizes Curriculares, identidade prpria, como remate da educao bsica. Formao bsica para o trabalho, indissocivel da formao geral. articulao, desenvolvimento e avaliao de suas propostas

Definies De Currculo Para Pacheco (2001): formal e informal.

TIPOS DE CURRICULOS:

Currculo Formal concretiza-se nos Parmetros Curriculares Nacionais e em documentos que se expressam Projetos Polticos Pedaggicos ou propostas curriculares regionais ou locais

Currculo em Ao o contexto de concretizao do currculo desde a sua prescrio at a efetivao nas salas de aula; Currculo Oculto todos os conceitos de aprendizagem no intencionais que se do como resultado de certos elementos presentes no ambiente escolar. A relevncia deste conceito est na explicao que ele oferece para a compreenso de muitos aspectos que ocorrem no universo escolar.

TEMAS TRANSVERSAIS E CURRCULO Temas transversais so temticas especficas relacionadas vida cotidiana da comunidade, ou seja, so campos disciplinares que abordam assuntos referentes ao modo como as pessoas vivem, suas necessidades e seus interesses. A insero transversal de temas na estrutura curricular no abre mo dos contedos tradicionais. o Deve-se refletir sobre como acontece o processo de ensinoaprendizagem e a produo de um novo conhecimento. o Exige que se acredite no aluno enquanto sujeito ativo, que participa intensa e reflexivamente das aulas. o Aluno autor e no mero reprodutor de informaes transmitidas pelo professor.

Quanto a metodologia existem duas formas de se conceber e praticar os temas transversais: o Disciplinas curriculares formam o eixo vertebral do sistema educacional e os temas transversais vinculados ao cotidiano da sociedade circulam pelas disciplinas. Nessa concepo os temas transversais

reconhecidos mas com papel secundrio. As disciplinas prevalecem. o Os temas transversais constituem o centro da preocupao social, formam o eixo vertebral do sistema educacional que se utiliza dos contedos escolares como meio para se trabalhar os temas, mas no

dispensam os contedos cientficos e culturais pois tem a funo de permitir que os alunos compreendam o mundo em que vivem. CURRICULO: multidisciplinaridade, interdisciplinaridade, transdisciplinaridade e contextualizao. As disciplinas tradicionais no conseguem mais responder aos inmeros questionamentos colocados pela complexidade dos fenmenos que so estudados, apontando assim, para o surgimento de outras formas de organizao curricular que buscam quebrar o isolamento das disciplinas, destacando-se, ento, estas mencionadas. Multidisciplinaridade acontece quando um determinado fenmeno analisado com aporte de vrios especialistas de diferentes disciplinas. o conhecimento pode ser dividido em partes (disciplinas). Constitui-se a partir de uma determinada subdiviso de um domnio especfico de conhecimento. A tentativa de estabelecer relaes entre as disciplinas que daria origem chamada interdisciplinaridade. Pluralidade justaposio de diversas disciplinas situadas geralmente no mesmo nvel hierrquico e agrupadas de modo a fazer aparecer as relaes existentes entre elas justaposio de disciplinas mais ou menos vizinhas nos domnios do conhecimento, formando-se reas de estudos com contedos afins, com uma menor fragmentao. Interdisciplinaridade uma nova concepo de diviso do saber. Visa interdependncia, interao e comunicao existentes entre as reas do conhecimento. Busca a integrao do conhecimento num todo harmnico e significativo, no fragmentado. Nesta forma de organizao curricular h interao e compartilhamento de ideias, opinies e explicaes. Ela perpassa todos os elementos do conhecimento, pressupondo integrao entre eles. A ao pedaggica atravs da interdisciplinaridade aponta para a construo de uma escola participativa e decisiva na formao do sujeito social. Um fato nunca isolado, mas sim consequncia da relao entre muitos outros. Transdisciplinaridade configura-se por temticas que ultrapassam a prpria articulao entre as disciplinas. No encontra assento em nenhum campo j constitudo. A partir desse modelo podemos pensar a organizao

do currculo por temas transversais. o grau mximo de relaes entre disciplinas de modo que chega a ser uma integrao global dentre de um sistema totalizador. Contextualizao assumir que todo conhecimento envolve uma relao entre sujeito e objeto. Tem por objetivo promover uma aprendizagem significativa, contextualizar os assuntos abordados em sala de aula, possibilitando que o aluno relacione-os aos aspectos de sua vida cotidiana.

ESTUDOS CULTURAIS, CURRICULO E EDUCAO -os estudos culturais concebem a cultura como campo de luta em torno da significao social. Nessa perspectiva a cultura seria um campo de produo de significados no qual os diferentes grupos sociais, situados em posies diferentes de poder, lutam para legitimar seus discursos. H cinco pontos distintos dos estudos culturais: Seu objetivo mostrar a diferena entre poder e prticas culturais; expor como o poder atua para modelar estas prticas; Desenvolve os estudos da cultura de forma a tentar captar e compreender toda a sua complexidade no interior cos contextos sociais e polticos; A cultura sempre tem uma dupla funo: ao mesmo tempo o objeto de estudo e o local da ao e da crtica poltica; Tentam expor e reconciliar a diviso do conhecimento entre quem conhece e o que conhecido; Seu compromisso com uma avaliao moral da sociedade moderna e com uma linha radical de ao poltica. Questes como infncia, cidadania, raa, gnero e etnia so abordadas e discutidas pelos estudos culturais.

A

CONSTRUO

DO

SUJEITO:

PRTICAS

DE

REPRESENTAO

E

IDENTIDADE.