diÁrio da justiÇa eletrÔnico · coincidÊncia (12065) - processo nº 0600213-90.2018.6.19.0000 -...

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Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 1 Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO Ano 2018, Número 081 Divulgação: terça-feira, 24 de abril de 2018 Publicação: quarta-feira, 25 de abril de 2018 Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro Desembargador Carlos Eduardo da Rosa da Fonseca Passos Presidente Desembargador Carlos Santos de Oliveira Vice-Presidente e Corregedor Adriana Freitas Brandão Correia Diretora-Geral Secretaria de Administração Coordenadoria de Gerenciamento Documental e da Informação [email protected] Sumário PRESIDÊNCIA .................................................................................................................3 Coordenadoria de Fiscalização da Propaganda ............................................................3 Portarias ..............................................................................................................3 VICE-PRESIDÊNCIA E CORREGEDORIA REGIONAL ELEITORAL ....................................5 Coordenadoria de Acompanhamento do Cadastro Eleitoral............................................5 Intimações............................................................................................................5 ESCOLA JUDICIÁRIA .......................................................................................................7 DIRETORIA-GERAL .........................................................................................................7 SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO.................................................................................7 SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO E AUDITORIA....................................................7 SECRETARIA DE MANUTENÇÃO E SERVIÇOS GERAIS .................................................8 SECRETARIA DE GESTÃO DE PESSOAS ........................................................................8 Coordenadoria de Educação e Desenvolvimento ..........................................................8 Portarias ..............................................................................................................8 SECRETARIA JUDICIÁRIA ...............................................................................................9 Coordenadoria de Registros Processuais, Partidários e Processamento .........................9 Intimações............................................................................................................9 Despachos .........................................................................................................10 Decisões ............................................................................................................12 Atas de distribuição .............................................................................................13 Coordenadoria de Sessões ........................................................................................15 Conclusão de Acórdão ........................................................................................15 Publicações - Processo Judicial Eletrônico (PJe) .........................................................17

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Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 1

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO

DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO

Ano 2018, Número 081 Divulgação: terça-feira, 24 de abril de 2018Publicação: quarta-feira, 25 de abril de 2018

Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro

Desembargador Carlos Eduardo da Rosa da Fonseca Passos Presidente

Desembargador Carlos Santos de Oliveira Vice-Presidente e Corregedor

Adriana Freitas Brandão Correia Diretora-Geral

Secretaria de Administração

Coordenadoria de Gerenciamento Documental e da Informação

[email protected]

SumárioPRESIDÊNCIA .................................................................................................................3

Coordenadoria de Fiscalização da Propaganda ............................................................3Portarias ..............................................................................................................3

VICE-PRESIDÊNCIA E CORREGEDORIA REGIONAL ELEITORAL....................................5Coordenadoria de Acompanhamento do Cadastro Eleitoral............................................5

Intimações............................................................................................................5ESCOLA JUDICIÁRIA.......................................................................................................7DIRETORIA-GERAL .........................................................................................................7SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO.................................................................................7SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO E AUDITORIA....................................................7SECRETARIA DE MANUTENÇÃO E SERVIÇOS GERAIS .................................................8SECRETARIA DE GESTÃO DE PESSOAS ........................................................................8

Coordenadoria de Educação e Desenvolvimento ..........................................................8Portarias ..............................................................................................................8

SECRETARIA JUDICIÁRIA ...............................................................................................9Coordenadoria de Registros Processuais, Partidários e Processamento.........................9

Intimações............................................................................................................9Despachos .........................................................................................................10Decisões ............................................................................................................12Atas de distribuição .............................................................................................13

Coordenadoria de Sessões........................................................................................15Conclusão de Acórdão ........................................................................................15

Publicações - Processo Judicial Eletrônico (PJe).........................................................17

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 2

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

Intimações .......................................................................................................17SECRETARIA ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA.............................................................18

Gabinete da Secretaria..............................................................................................18Extrato de Concessão de Diárias .........................................................................18

SECRETARIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO........................................................24ZONAS ELEITORAIS ......................................................................................................24

004ª Zona Eleitoral....................................................................................................24Editais ................................................................................................................24

005ª Zona Eleitoral....................................................................................................25Decisões ............................................................................................................25Despachos .........................................................................................................25

027ª Zona Eleitoral....................................................................................................26Decisões ............................................................................................................26

040ª Zona Eleitoral....................................................................................................27Sentenças ..........................................................................................................27

045ª Zona Eleitoral....................................................................................................27Decisões ............................................................................................................27Sentenças ..........................................................................................................28

049ª Zona Eleitoral....................................................................................................71Sentenças ..........................................................................................................71

055ª Zona Eleitoral....................................................................................................71Decisões ............................................................................................................71

059ª Zona Eleitoral....................................................................................................75Despachos .........................................................................................................75Sentenças ..........................................................................................................76

065ª Zona Eleitoral....................................................................................................76Sentenças ..........................................................................................................76

071ª Zona Eleitoral....................................................................................................79Decisões ............................................................................................................79Despachos .........................................................................................................80

074ª Zona Eleitoral....................................................................................................80Sentenças ..........................................................................................................80

075ª Zona Eleitoral....................................................................................................85Intimações..........................................................................................................85

078ª Zona Eleitoral....................................................................................................86Sentenças ..........................................................................................................86

096ª Zona Eleitoral....................................................................................................86Despachos .........................................................................................................86Sentenças ..........................................................................................................87

098ª Zona Eleitoral....................................................................................................88Despachos .........................................................................................................88Intimações..........................................................................................................88

126ª Zona Eleitoral....................................................................................................92Sentenças ..........................................................................................................92

128ª Zona Eleitoral....................................................................................................93Decisões ............................................................................................................94

129ª Zona Eleitoral....................................................................................................96Editais ................................................................................................................96

138ª Zona Eleitoral....................................................................................................96Despachos .........................................................................................................96

141ª Zona Eleitoral....................................................................................................97Editais ................................................................................................................97

144ª Zona Eleitoral....................................................................................................97Editais ................................................................................................................98

148ª Zona Eleitoral....................................................................................................98

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 3

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

Editais .............................................................................................................98151ª Zona Eleitoral ..................................................................................................99

Sentenças ........................................................................................................99162ª Zona Eleitoral ..................................................................................................100

Portarias...........................................................................................................100199ª Zona Eleitoral ..................................................................................................101

Editais ..............................................................................................................101201ª Zona Eleitoral ..................................................................................................102

Editais ..............................................................................................................102225ª Zona Eleitoral ..................................................................................................103

Sentenças ........................................................................................................103230ª Zona Eleitoral ..................................................................................................104

Despachos .......................................................................................................104

PRESIDÊNCIA

Coordenadoria de Fiscalização da Propaganda

Portarias

Portaria CFPE nº 03/2018*

O JUIZ MAURO NICOLAU JÚNIOR, COORDENADOR DA FISCALIZAÇÃO DA PROPAGANDA ELEITORAL no Estado do Rio de Janeiro, por nomeação na forma da Lei e no uso de suas atribuições legais,

RESOLVE:

Art. 1º. Delegar o poder de Polícia aos fiscais abaixo relacionados para que atuem na equipe de fiscalização de propaganda eleitoral na Capital e também, se for necessário, em todo o Estado, bem como para atuarem na prática em geral dos atos de comunicação e realização de diligências nos respectivos expedientes.

NOMES MATRÍCULA

WALLACE NARCISO FERREIRA 644.071-0

ANDERSON DA SILVA SANTOS 643.433-2

PRISCILA PASSOS DA ROSA DE ANDRADE FERREIRA 642.778-9

BRUNO DOS SANTOS GUIMARÃES 641669-0

JOAQUIM LUIZ LEAL BONFIM 637.850-0

WAGNER VERTA 635.333-2

MÔNICA DE BRITO CORREIA MATO 641.999-9

GUTENBERG COSTA DE OLIVEIRA 637.436-0

MARINA FERREIRA DE SOUZA 643.471-0

LUCIANE ANABOM MORAES 642.226-3

MARCELO DA SILVA SANTOS 636.218-7

TIAGO FERNANDES BEZERRA 644.045-9

RODRIGO FIGUEIREDO CONCEIÇÃO 641.154-0

JAIRO BORGES BARBOSA DE AZEVEDO 643.782-5

JOSÉ RICARDO DE SOUSA FIGUEIRA 634.962-6

ELAINE DE NAZARÉ SILVA 636.762-8

JONAS ALEXANDRE BATISTA DA SILVA 642.203-2

ANA CLAUDIA MARCELO DA SILVA 640.366-9

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 4

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

CLÁUDIO MENEZES DE BEZERRA 639.790-6

SÉRGIO LUIS FONSECA ANTUNES 635.208-0

CAMILA AQUINO DE BRITO 6643.637-7

VANESSA DA SILVA MENDES 643.496-4

DENISE XAVIER SCHIMIDT 640.408-0

BRUNA CRYSTINE ALVES RUBIN 644.756-9

TIAGO FERREIRA DOS SANTOS 6421.202-6

ADÍLSON GONÇALVES RODRIGUES 636.713-6

VANDERLEI CRUZ DA ROCHA 633.688-7

BRUNO LEONARDO DA SILVA SANTANA 642.471-5

EDGAR DE ALMEIDA QUEIROZ 643.705-9

RAFAEL MARTINS TAVARES 644.837-9

DANIEL FERREIRA DE SOUZA 88.445

PAULO HENRIQUE CORREIA 74.415

VINÍCIUS MAIA DOS SANTOS ALMEIDA 91.253

FÁBIO JOSÉ SOARES CORRÊA 95.210

VICTOR NATÁRIO DE ALMEIDA 99.878

FELIPE ANDRADE DE OLIVEIRA 100.298

JORGE ISMAEL DA COSTA RODRIGUES 77.085

Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 27 de março de 2018.

Juiz MAURO NICOLAU JÚNIOR

Coordenador da Fiscalização da Propaganda Eleitoral no Estado do Rio de Janeiro

*Republicado em razão de incorreção ocorrida no DJE do dia 24/04/18.

Portaria CFPE nº 04/2018*

O JUIZ MAURO NICOLAU JÚNIOR, COORDENADOR DA FISCALIZAÇÃO DA PROPAGANDA ELEITORAL no Estado do Rio de Janeiro, por nomeação na forma da Lei e no uso de suas atribuições legais,

CONSIDERANDO a inexistência do cargo de Oficial de Justiça nos quadros da Justiça Eleitoral;

CONSIDERANDO a necessidade de cumprimento de intimações, notificações e citações referentes ao poder de polícia fundadas respectivamente na Resolução TSE nº 23.551 de 5 de fevereiro de 2018;

CONSIDERANDO a necessidade de indicação de servidores para a prática dos atos necessários ao bom e fiel cumprimento dos mandados e diligências ordenados pelo Juízo Eleitoral, conforme determinação da Corregedoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro;

RESOLVE:

Art. 1º. DESIGNAR os servidores abaixo relacionados, na função de Oficial de Justiça Federal ad hoc, para a prática dos atos processuais de comunicação e realização de diligências determinadas em todos os processos judiciais e administrativos em trâmite neste Juízo Eleitoral, até o final do processo eleitoral, independentemente de despacho e/ou assinatura e termo de compromisso.

NOMES MATRÍCULAWALLACE NARCISO FERREIRA 644.071-0ANDERSON DA SILVA SANTOS 643.433-2PRISCILA PASSOS DA ROSA DE ANDRADE FERREIRA 642.778-9BRUNO DOS SANTOS GUIMARÃES 641669-0

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 5

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

JOAQUIM LUIZ LEAL BONFIM 637.850-0WAGNER VERTA 635.333-2MÔNICA DE BRITO CORREIA MATO 641.999-9GUTENBERG COSTA DE OLIVEIRA 637.436-0MARINA FERREIRA DE SOUZA 643.471-0LUCIANE ANABOM MORAES 642.226-3MARCELO DA SILVA SANTOS 636.218-7TIAGO FERNANDES BEZERRA 644.045-9RODRIGO FIGUEIREDO CONCEIÇÃO 641.154-0JAIRO BORGES BARBOSA DE AZEVEDO 643.782-5JOSÉ RICARDO DE SOUSA FIGUEIRA 634.962-6ELAINE DE NAZARÉ SILVA 636.762-8JONAS ALEXANDRE BATISTA DA SILVA 642.203-2ANA CLAUDIA MARCELO DA SILVA 640.366-9CLÁUDIO MENEZES DE BEZERRA 639.790-6SÉRGIO LUIS FONSECA ANTUNES 635.208-0CAMILA AQUINO DE BRITO 6643.637-7VANESSA DA SILVA MENDES 643.496-4DENISE XAVIER SCHIMIDT 640.408-0BRUNA CRYSTINE ALVES RUBIN 644.756-9TIAGO FERREIRA DOS SANTOS 6421.202-6ADÍLSON GONÇALVES RODRIGUES 636.713-6VANDERLEI CRUZ DA ROCHA 633.688-7BRUNO LEONARDO DA SILVA SANTANA 642.471-5EDGAR DE ALMEIDA QUEIROZ 643.705-9RAFAEL MARTINS TAVARES 644.837-9DANIEL FERREIRA DE SOUZA 88.445PAULO HENRIQUE CORREIA 74.415VINÍCIUS MAIA DOS SANTOS ALMEIDA 91.253FÁBIO JOSÉ SOARES CORRÊA 95.210VICTOR NATÁRIO DE ALMEIDA 99.878FELIPE ANDRADE DE OLIVEIRA 100.298JORGE ISMAEL DA COSTA RODRIGUES 77.085

Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 27 de março de 2018.

Juiz MAURO NICOLAU JÚNIOR

Coordenador Estadual da Fiscalização da Propaganda Eleitoral

*Republicado em razão de incorreção ocorrida no DJE do dia 24/04/18.

VICE-PRESIDÊNCIA E CORREGEDORIA REGIONAL ELEITORAL

Coordenadoria de Acompanhamento do Cadastro Eleitoral

Intimações

Processo 0600213-90.2018.6.19.0000

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 6

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JUSTIÇA ELEITORAL

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO

COINCIDÊNCIA (12065) - Processo nº 0600213-90.2018.6.19.0000 - RIO DE JANEIRO

INTERESSADO: CARLA ROBERTA DE ALEIXO, CARLA ROBERTA ALEIXO

DECISÃO

1) Verifico que há elementos suficientes para decidir, uma vez que os dados constantes no Relatório PROJUDI de ID 20470 comprovam a extinção da punibilidade. Assim, providencie-se a regularização da inscrição nº 1713 0875 0310 da 21ª Zona Eleitoral, em nome de CARLA ROBERTA ALEIXO, inativando-se o registro nº 120025000 da Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos;

2) Publique-se. Transcorrido o prazo recursal, remeta-se, via e-mail, cópia digitalizada à21ª Zona Eleitoral, para ciência, notificação do eleitor e arquivamento;

3) Após, arquivem-se os autos digitais no PJe.

Desembargador CARLOS SANTOS DE OLIVEIRA Vice-Presidente e Corregedor Regional Eleitoral

Processo 0600215-60.2018.6.19.0000

JUSTIÇA ELEITORAL

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO

COINCIDÊNCIA (12065) - Processo nº 0600215-60.2018.6.19.0000 - RIO DE JANEIRO

INTERESSADO: HUGO FURTADO FONTES / HUGO FURTADO PONTES

DECISÃO

1) Verifico que há elementos suficientes para decidir, uma vez que os dados constantes no Relatório PROJUDI (ID nº 20498) comprovam tratar-se da mesma pessoa registrada na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos. Assim, mantenha-se o registro nº 362973000 da citada Base, em nome de HUGO FURTADO FONTES, determinando-se o cancelamento da inscrição nº 0676 2482 0302 da 111ª Zona Eleitoral;

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 7

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

2) Publique-se. Transcorrido o prazo recursal, remeta-se, via e-mail, cópia digitalizada à111ª Zona Eleitoral, para ciência, notificação do eleitor e arquivamento;

3) Após, arquivem-se os autos digitais no PJe.

Desembargador CARLOS SANTOS DE OLIVEIRA Vice-Presidente e Corregedor Regional Eleitoral

Processo 0600214-75.2018.6.19.0000

JUSTIÇA ELEITORAL

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO

COINCIDÊNCIA (12065) - Processo nº 0600214-75.2018.6.19.0000 - RIO DE JANEIRO

INTERESSADO: VALDIR DOS SANTOS DA SILVA, VALDIR DOS SANTOS DA SILVA

DECISÃO

1) Verifico que há elementos suficientes para decidir, uma vez que os dados constantes no Relatório PROJUDI (ID nº 20474) comprovam tratar-se da mesma pessoa registrada na Base de Perda e Suspensão de Direitos Políticos, cujas anotações permanecerão inalteradas. Assim, mantenha-se o registro nº 431495000 da citada Base, em nome de VALDIR DOS SANTOS DA SILVA, determinando-se o cancelamento da inscrição n1722 0114 0345 da 16ª Zona Eleitoral;

2) Publique-se. Transcorrido o prazo recursal, remeta-se, via e-mail, cópia digitalizada à16ª Zona Eleitoral, para ciência, notificação do eleitor e arquivamento;

3) Após, arquivem-se os autos digitais no PJe.

Desembargador CARLOS SANTOS DE OLIVEIRA Vice-Presidente e Corregedor Regional Eleitoral

ESCOLA JUDICIÁRIA

(NÃO HÁ PUBLICAÇÕES NESTA DATA)

DIRETORIA-GERAL

(NÃO HÁ PUBLICAÇÕES NESTA DATA)

SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO

(NÃO HÁ PUBLICAÇÕES NESTA DATA)

SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO E AUDITORIA

(NÃO HÁ PUBLICAÇÕES NESTA DATA)

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 8

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

SECRETARIA DE MANUTENÇÃO E SERVIÇOS GERAIS

(NÃO HÁ PUBLICAÇÕES NESTA DATA)

SECRETARIA DE GESTÃO DE PESSOAS

Coordenadoria de Educação e Desenvolvimento

Portarias

Portaria nº 62/2018

Concede promoção

O Coordenador de Educação e Desenvolvimento do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais e regimentais, conforme delegação concedida pela Portaria SGP nº 39/2017, e tendo em vista o que consta do protocolo nº 30.967/2018,

RESOLVE:

Conceder promoção, com base no art. 9º da Lei nº 11.416/06, c/c a Resolução TSE nº 22.582/07, à servidora Tânia Brigitte Dunker Lyra, Técnico Judiciário, da classe/padrão B 10 para a classe/padrão C 11, a partir de 02/04/18.

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2018.

MARCOS CÉSAR COELHO XAVIER

Coordenador de Educação e Desenvolvimento

Portaria nº 63/2018

Concede progressão funcional

O Coordenador de Educação e Desenvolvimento do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais e regimentais, conforme delegação concedida pela Portaria SGP nº 39/2017, e tendo em vista o que consta do protocolo nº 30.944/2018,

RESOLVE:

Conceder progressão funcional, com base no art. 9º da Lei nº 11.416/06, c/c a Resolução TSE nº 22.582/07, aos servidores abaixo relacionados:

Cinthia Ramos Monteiro, Técnico Judiciário, da classe/padrão B 8 para a classe/padrão B 9, a partir de 07/04/18.

Lucas Ferreira Costa, Analista Judiciário, da classe/padrão B 8 para a classe/padrão B 9, a partir de 07/04/18.

Marcio da Rocha Paes, Analista Judiciário, da classe/padrão B 8 para a classe/padrão B 9, a partir de 07/04/18.

Flavio Furtado da Silva, Técnico Judiciário, da classe/padrão B 8 para a classe/padrão B 9, a partir de 07/04/18.

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 9

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2018.

MARCOS CÉSAR COELHO XAVIER

Coordenador de Educação e Desenvolvimento

SECRETARIA JUDICIÁRIA

Coordenadoria de Registros Processuais, Partidários e Processamento

Intimações

PROTOCOLO Nº 30.084/2018

REQUERENTE: JARBAS SEVERINO OLIVEIRA, Candidato ao cargo de Deputado Federal - PEN

ADVOGADO: Silas de Mendonça Chaves - OAB: 61679/RJ

ADVOGADA: Aline Cristina Santana Silva - OAB: 204514/RJ

ADVOGADO: José Carlos Costa Simonin - OAB: 72457/RJ

Fica INTIMADO o requerente acerca do desarquivamento dos autos do processo de PRESTAÇÃO DE CONTAS Nº 5112-25.2014.6.19.0000, conforme requerido no expediente em epígrafe, concedendo-se vista dos autos fora da Secretaria, pelo prazo de 10 (dez) dias, com fulcro no art. 7º, XVI, da Lei nº 8.906/94, e ciente de que os autos encontram-se à disposição, pelo prazo de 30 (trinta) dias, na Secretaria Judiciária deste Tribunal, na Av. Presidente Wilson, 198 sala 803, nesta cidade, das 11h às 19h.

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO ESPECIAL NO RECURSO ELEITORAL Nº 299-79.2016.6.19.0227 - CLASSE RE

79.2016.6.19.0227 - CLASSE RE

Protocolo nº 29.448/2018

AGRAVANTE: RUBENS JOSÉ FRANÇA BOMTEMPO

AGRAVANTE: THIAGO GALHEIGO DAMACENO

ADVOGADA: Rosangela Stumpf de Lima - OAB: 62394/RJ

ADVOGADO: Bruno Ricardo de Lossio Seiblitz Parreira - OAB: 167184/RJ

ADVOGADO: Rafael de Alencar Araripe Carneiro - OAB: 25120/DF

AGRAVADO: COLIGAÇÃO PETRÓPOLIS NO CORAÇÃO, formada pelo PMDB, PSL, PSDC, PV, PMB, PRP, PTC, PHS, PP, PSC, PRTB, DEM, PDT, PTB, PROS, PEN e PSDB

ADVOGADO: Fabio Alves Ferreira - OAB: 106430/RJ

ADVOGADA: Aline da Veiga Cabral Campos - OAB: 99538/RJ

ADVOGADA: Mariana Rabello da Silva - OAB: 154571/RJ

ADVOGADO: Valber do Couto Alves - OAB: 154336/RJ

ADVOGADO: Omar Koury Junior - OAB: 154265/RJ

ADVOGADA: Isabela Dias Ribeiro - OAB: 135478/RJ

ADVOGADA: Clara Muniz Gomes - OAB: 177463/RJ

ADVOGADA: Talita Furtado da Costa - OAB: 181995/RJ

ADVOGADA: Gabriela de Souza Bello - OAB: 99830/RJ

ADVOGADA: Natália Teixeira Venâncio - OAB: 204701/RJ

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 10

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

ADVOGADA: Sarah Marujo de Andrade - OAB: 177866/RJ

ADVOGADO: Alexssandro Ferreira Valladares - OAB: 204256E/RJ

ADVOGADO: Thiago Ferreira Batista - OAB: 152647/RJ

ADVOGADO: Afonso Henrique Destri - OAB: 80602/RJ

ADVOGADA: Carolina Cruvello D'Avila Reis Figueiredo - OAB: 209651/RJ

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO ESPECIAL NO RECURSO ELEITORAL Nº 299-79.2016.6.19.0227 - CLASSE RE

Protocolo nº 29.915/2018

AGRAVANTE: COLIGAÇÃO PETRÓPOLIS NO CORAÇÃO, formada pelo PMDB, PSL, PSDC, PV, PMB, PRP, PTC, PHS, PP, PSC, PRTB, DEM, PDT, PTB, PROS, PEN e PSDB

ADVOGADO: Fabio Alves Ferreira - OAB: 106430/RJ

ADVOGADA: Aline da Veiga Cabral Campos - OAB: 99538/RJ

ADVOGADA: Mariana Rabello da Silva - OAB: 154571/RJ

ADVOGADO: Valber do Couto Alves - OAB: 154336/RJ

ADVOGADO: Omar Koury Junior - OAB: 154265/RJ

ADVOGADA: Isabela Dias Ribeiro - OAB: 135478/RJ

ADVOGADA: Clara Muniz Gomes - OAB: 177463/RJ

ADVOGADA: Talita Furtado da Costa - OAB: 181995/RJ

ADVOGADA: Gabriela de Souza Bello - OAB: 99830/RJ

ADVOGADA: Natália Teixeira Venâncio - OAB: 204701/RJ

ADVOGADA: Sarah Marujo de Andrade - OAB: 177866/RJ

ADVOGADO: Alexssandro Ferreira Valladares - OAB: 204256E/RJ

ADVOGADO: Thiago Ferreira Batista - OAB: 152647/RJ

ADVOGADO: Afonso Henrique Destri - OAB: 80602/RJ

ADVOGADA: Carolina Cruvello D'Avila Reis Figueiredo - OAB: 209651/RJ

AGRAVADO: RUBENS JOSÉ FRANÇA BOMTEMPO

AGRAVADO: THIAGO GALHEIGO DAMACENO

ADVOGADA: Rosangela Stumpf de Lima - OAB: 62394/RJ

ADVOGADO: Bruno Ricardo de Lossio Seiblitz Parreira - OAB: 167184/RJ

ADVOGADO: Rafael de Alencar Araripe Carneiro - OAB: 25120/DF

INTIMAÇÃO

Fica(m) o(s) Agravado(s) intimado(s), nos termos da Resolução TRE/RJ nº 878/2014, para, no prazo de 03 (três) dias, apresentar(em) contrarrazões ao Agravo interposto em face da decisão que negou seguimento aos Recursos Especiais.

Despachos

RECURSO ELEITORAL Nº 529-56.2016.6.19.0184 - CLASSE RE

RECORRENTE: FACEBOOK SERVIÇOS ONLINE DO BRASIL LTDA

ADVOGADA: Mila de Avila Vio - OAB: 195095/SP

ADVOGADO: Ricardo Tadeu Dalmaso Marques - OAB: 305630/SP

ADVOGADO: Celso de Faria Monteiro - OAB: 165048/RJ

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 11

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

ADVOGADA: Janaina Castro Felix Nunes - OAB: 148263/SP

ADVOGADA: Carina Babeto - OAB: 207391/SP

ADVOGADO: Rodrigo Miranda Melo da Cunha - OAB: 266298/SP

ADVOGADA: Natalia Teixeira Mendes - OAB: 317372/SP

ADVOGADO: Renan Gallinari - OAB: 313133/SP

ADVOGADA: Priscila Andrade - OAB: 316907/SP

ADVOGADA: Tammy Parasin Pereira - OAB: 333682/SP

ADVOGADA: Camila de Araújo Guimarães - OAB: 333346/SP

ADVOGADA: Priscila Pereira Santos - OAB: 310634/SP

ADVOGADA: Paula Serra Leal - OAB: 345137/SP

ADVOGADA: Vivian Leite Barcelos - OAB: 363897/SP

ADVOGADO: Rafael Inocêncio Finetto - OAB: 378288/SP

ADVOGADO: Rafael de Milite Luiz - OAB: 377455/SP

ADVOGADO: Vitor André Pereira Sarubo - OAB: 343606/SP

ADVOGADO: William Lucas Lang - OAB: 328339/SP

ADVOGADO: Luiz Virgílio Pimenta Penteado Manente - OAB: 104160/SP

ADVOGADA: Patricia Helena Marta Martins - OAB: 164253/SP

ADVOGADA: Daniela Tosetto Gaucher - OAB: 165654/SP

ADVOGADO: Julio Gonzaga Andrade Neves - OAB: 298104/SP

ADVOGADA: Anna Carolina Ribas Vieira Kastrup - OAB: 334400/SP

ADVOGADA: Bruna Borghi Tomé - OAB: 305277/SP

ADVOGADO: Bruno Alexandre Gozzi - OAB: 296681/SP

ADVOGADO: Walter Alves de Souza Neto - OAB: 329872/SP

ADVOGADA: Mariana Alves Pereira de Assumpção - OAB: 166944/RJ

ADVOGADO: Diego Costa Spínola - OAB: 296727/SP

ADVOGADO: Leonardo Costa da Fonseca - OAB: 150522/RJ

ADVOGADA: Danielle de Marco - OAB: 311005/SP

ADVOGADO: Rodrigo Guedes Mello - OAB: 339774/SP

ADVOGADA: Renata Cavassana Mayer - OAB: 314229/SP

ADVOGADA: Sofia Gavião Kilmar - OAB: 343591/SP

ADVOGADA: Eva Leticia Ricciardi de Paula - OAB: 356164/SP

ADVOGADO: Gustavo Cesar Mazutti - OAB: 373222/SP

ADVOGADO: Ivo Bedini Wernecke - OAB: 367959/SP

ADVOGADA: Mariana Olivo de Cerqueira - OAB: 376173/SP

ADVOGADA: Mariana de Moraes Torggler - OAB: 358787/SP

ADVOGADO: Bruno Ayub Prata - OAB: 178673/RJ

ESTAGIÁRIO: Guilherme Inomata Lima Menezes

ADVOGADO: Carlos Gustavo Rodrigues Reis - OAB: 99663/RJ

ADVOGADA: Viviane Barbosa Peixoto - OAB: 172264/RJ

ADVOGADA: Monalisa de Oliveira Morais Medeiros - OAB: 183759/RJ

ADVOGADO: Felipe Honorio Sales da Silva Nascimento - OAB: 199405/RJ

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 12

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

ADVOGADO: Octávio Fragata Martins de Barros - OAB: 121867/RJ

ADVOGADA: Thamires Karen Mariano Ferreira - OAB: 196255/RJ

RECORRIDO: MISAIAS DA SILVA MACHADO, candidato ao cargo de Vereador do Município de Rio das Ostras

ADVOGADO: Henar Washington de Almeida - OAB: 170171/RJ

ADVOGADA: Elaine Gerk da Silveira e Almeida - OAB: 170275/RJ

DESPACHO: Cumpra-se a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que deu parcial provimento ao Recurso Especial interposto por Facebook Serviços Online do Brasil Ltda., procedendo, pois, a Secretaria Judiciária às anotações e comunicações eventualmente necessárias.

Defiro o pedido de guia integral para pagamento do débito, formulado à fl. 507, devendo o valor de R$3.240.000,00 (fl. 497) ser recolhido no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da publicação do presente despacho, data em que se considera intimado o condenado para pagamento.

Decorrido o prazo sem a comprovação dos pagamentos, adotem-se as providências necessárias à remessa da documentação pertinente à Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional, nos termos dos artigos 367 do Código Eleitoral, 3º da Resolução TSE 21.975/04 e 4° da Resolução TRE/RJ 878/14.

Publique-se.

Rio de Janeiro, 16/04/2018. - (a) DESEMBARGADOR CARLOS EDUARDO DA ROSA DA FONSECA PASSSOS Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.

Decisões

RECURSO ELEITORAL Nº 844-72.2016.6.19.0091 - CLASSE RE

RECORRENTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

RECORRIDO: MANOEL EVANGELISTA DE ALMEIDA

ADVOGADO: Luiz Antonio Lopes - OAB: 64966/RJ

DECISÃO: "Trata-se de recurso eleitoral interposto às fls. 26 pelo Ministério Público Eleitoral contra a sentença de fls. 25, proferida pelo Juízo da 91ª Zona Eleitoral (Barra Mansa), que aprovou com ressalvas as contas de campanha de Manoel Evangelista de Souza, candidato ao cargo de Vereador do Município de Barra Mansa nas eleições de 2016.

Em suas razões, alega que o candidato pagou despesas com recursos que não transitaram pela conta bancária, não esclarecendo dessa forma a origem dos recursos não identificados.

Requer, assim, a reforma da sentença, a fim de que as contas sejam desaprovadas.

Contrarrazões às fls. 28/30, requerendo o desprovimento do recurso.

À fl. 34/34vº, parecer da Secretaria de Controle Interno e Auditoria pela aprovação das contas com ressalvas.

A Procuradoria Regional Eleitoral manifesta-se à fl. 35, opinando pela aprovação das contas com ressalvas.

É o relatório.

Decido.

Observa a unidade técnica que o candidato realizou uma despesa no valor de R$ 34,50, conforme nota fiscal à fl. 16, referente à confecção de adesivos perfurados do prestador Estevam Comunicação Visual LTDA.

O candidato reconhece que utilizou recursos próprios para o pagamento do serviço, o que viola o disposto no art. 13 da Resolução TSE nº 23.463/2015, de acordo com o qual o uso de recursos financeiros para pagamento de gastos eleitorais que não provenham das contas específicas de campanha implicará a desaprovação das contas.

Entretanto, por se tratar de valor ínfimo, a falha não possui força para macular as contas apresentadas, sendo suficiente ressalvá-las.

Ante o exposto, com base no art. 64, § 2º, I, do Regimento Interno deste Tribunal, NEGO PROVIMENTO ao recurso, mantendo a APROVAÇÃO DAS CONTAS COM RESSALVAS, nos termos do art. 68, II, da Resolução TSE nº 23.463/2015."

Rio de Janeiro, 19/04/2018. - (a) DESEMBARGADORA ELEITORAL CRISTINA SERRA FEIJÓ - Relatora

RECURSO ELEITORAL Nº 660-69.2016.6.19.0139 - CLASSE RE

RECORRENTE: VIRGINIA KELLY SOARES

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 13

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

ADVOGADO: Esli Pereira Gomes - OAB: 107308/RJ

DECISÃO: "Trata-se de recurso eleitoral interposto às fls. 62/66 por Virginia Kelly Soares, candidata ao cargo de Vereador do Município de Japeri nas eleições de 2016, contra a sentença de fls. 51, proferida pelo Juízo da 139ª Zona Eleitoral (Japeri), que julgou desaprovadas as suas contas de campanha.

Em suas razões, alega que não existem irregularidades na prestação de contas, tendo sido apresentados todos os documentos que comprovam a regularidade das receitas e despesas.

Afirma ter comprovado que a doação da agremiação partidária foi de material de campanha de uso comum.

Requer, assim, a reforma da sentença, a fim de que as contas sejam aprovadas.

À fl. 71/71vº, parecer da Secretaria de Controle Interno e Auditoria pela aprovação das contas com ressalvas.

A Procuradoria Regional Eleitoral manifesta-se à fl. 72, opinando pela aprovação das contas com ressalvas.

É o relatório.

Decido.

As contas foram desaprovadas pelo juízo de origem em razão do seguinte motivo: doação direta realizada por outro prestador de contas, mas não registrada na prestação de contas em exame.

De acordo com o parecer técnico conclusivo, existem duas doações estimáveis realizadas pela Direção Estadual nos valores de R$ 366,00 e R$ 145,00, não registradas na prestação de contas.

Observa a unidade técnica que foi verificado no Sistema de Prestação de Contas Eleitorais - SPCE que a doação não foi registrada na prestação de contas da candidata.

Destaca, ainda, que as doações estimáveis em dinheiro entre os candidatos ou partidos decorrentes do uso comum de sede ou de materiais de propaganda eleitoral são dispensadas de comprovação, entretanto, de acordo com o art. 55, § 4º, da Resolução TSE nº 23.463/2015, a dispensa de comprovação não afasta a obrigatoriedade de serem registradas na prestação de contas.

Assim, a ausência de registro de doações estimáveis em dinheiro viola o disposto no art. 48, I, "d" , da sobredita resolução, mas, por ser de pequena monta, a falha deve ser apenas ressalvada.

Dessa forma, a falha não compromete o controle das contas pela Justiça Eleitoral, não tendo o condão de ensejar a sua desaprovação, sendo suficiente ressalvá-las.

Ante o exposto, com base no art. 64, § 2º, I, do Regimento Interno deste Tribunal, DOU PARCIAL PROVIMENTO ao recurso para julgar APROVADAS COM RESSALVAS as contas de campanha, nos termos do art. 68, II, da Resolução TSE nº 23.463/2015."

Rio de Janeiro, 19/04/2018. - (a) DESEMBARGADORA ELEITORAL CRISTINA SERRA FEIJÓ - Relatora

Atas de distribuição

Ata de distribuição

59ª Ata de Distribuição

Tribunal Regional Eleitoral

SECRETARIA JUDICIÁRIA

Coordenadoria de Registros Processuais, Partidários e Processamento

Quinquagésima Nona Ata de Distribuição Ordinária, realizada aos vinte dias do mês de abril do ano de dois mil e dezoito, distribuída pela Secretaria Judiciária.

Foram distribuídos pelo sistema de Processamento de Dados, os seguintes feitos:

Recurso Eleitoral nº 37-81.2017.6.19.0070 (1)

Procedência: PARACAMBI-RJ (70ª ZONA ELEITORAL - PARACAMBI)

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 14

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

Relator: RAPHAEL MATTOS

Distribuição: Distribuição automática

RECORRENTE: JUVENIL TORRES DE MELO FILHO, Candidato ao cargo de Vereador no Município de Paracambi/RJ

ADVOGADO: Erik Souza Pereira - OAB: 114156/RJ

ADVOGADO: Rennan Patrick Arigone Barzan - OAB: 204769/RJ

Recurso Eleitoral nº 44-73.2017.6.19.0070 (2)

Procedência: PARACAMBI-RJ (70ª ZONA ELEITORAL - PARACAMBI)

Relator: ANTONIO AURÉLIO ABI RAMIA DUARTE

Distribuição: Distribuição automática

RECORRENTE: WALDIR SOUZA DOS SANTOS, Candidato ao cargo de Vereador no Município de Paracambi/RJ

ADVOGADO: Erik Souza Pereira - OAB: 114156/RJ

ADVOGADO: Rennan Patrick Arigone Barzan - OAB: 204769/RJ

Recurso Eleitoral nº 263-28.2016.6.19.0036 (3)

Procedência: SÃO GONÇALO-RJ (36ª ZONA ELEITORAL - SÃO GONÇALO)

Relator: ANTONIO AURÉLIO ABI RAMIA DUARTE

Distribuição: Redistribuição ao Efetivo

RECORRENTE: CARLOS EUGENIO GONÇALVES ARRUDA, candidato(a) ao cargo de vereador do Município de São Gonçalo

ADVOGADO: Cosme Luiz Leite de Oliveira - OAB: 202926/RJ

ADVOGADA: Thaisa Xavier Chaves - OAB: 147104/RJ

Distr Redist Tot ANTONIO AURÉLIO ABI RAMIA DUARTE 1 1 2 RAPHAEL MATTOS 1 0 1

Lista de Processos por Advogado

Advogado Número OABCosme Luiz Leite de Oliveira 202926/RJ (3)Erik Souza Pereira 114156/RJ (1),(2)Rennan Patrick Arigone Barzan 204769/RJ (1),(2)Thaisa Xavier Chaves 147104/RJ (3)

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição.

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2018.

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 15

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ANA LUIZA CLARO DA SILVA

Secretária Judiciária

Coordenadoria de Sessões

Conclusão de Acórdão

Acórdãos

ACÓRDÃO - AÇÃO PENAL Nº 322-11.2008.6.19.0096

PROCEDÊNCIA: CABO FRIO-RJ (96ª ZONA ELEITORAL)

AUTOR : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

REU : DIANA KETELLY SILVEIRA DA SILVA

ADVOGADO : Mauricio Pires Pacheco - OAB: 174153/RJ

REU : JHONE ROGER DA SILVEIRA SÁ DA SILVA

ADVOGADO : Mauricio Pires Pacheco - OAB: 174153/RJ

REU : SABRINA FERREIRA DOS SANTOS

REU : SILAS RODRIGUES BENTO, Deputado Estadual

ADVOGADO : Antonio Luiz Soares da Silva - OAB: 179750/RJ

Ementa: AÇÃO PENAL. INSCRIÇÃO FRAUDULENTA. CORRUPÇÃO ELEITORAL. CRITÉRIOS VAGOS. BIS IN IDEM. INADMISSIBILIDADE.1. O Juízo de primeira instância declinou de sua competência em razão de um dos réus ser Deputado Estadual detentor de foro por prerrogativa de função com aptidão para atrair a Competência deste Tribunal Regional Eleitoral.2. Réu, Silas Rodrigues Bento, detentor de foro por prerrogativa de função, ao qual se imputa o delito de Corrupção Eleitoral, art. 299 do Código Eleitoral, cuja pena máxima é de 4 anos de reclusão. Fatos que ocorreram em 29/08/2007, denúncia recebida em 10/11/2015. Lapso temporal superior a oito anos, prazo prescricional que incide ao caso nos termos do art. 109, IV do CP. Incidência da Prescrição da Pretensão Punitiva pela pena máxima em abstrato.3. Demais Réus que não fazem jus a foro por prerrogativa de função denunciados pelo crime de Inscrição Fraudulenta, art. 289 do Código Eleitoral, cuja pena máxima é de 5 anos de reclusão. Fatos que ocorreram em 29/08/2007, denúncia recebida em 10/11/2015. Não há incidência de Prescrição, cujo lapso temporal é de doze anos, nos termos do art. 109, III.4. Processo que deve seguir seu curso no Juízo de primeira instância, considerando que o único réu detentor de foro por prerrogativa de função teve reconhecida a extinção de sua punibilidade em decorrência da prescrição. 5. Declaração da extinção da punibilidade de Silas Rodrigues Bento, consoante o disposto no art. 107, IV, do CP, e declínio da Competência desta Corte para o Juízo de primeira instância para prosseguimento da Ação Penal em face dos demais réus que não possuem foro por prerrogativa de função.

Relatora: DESEMBARGADORA ELEITORAL CRISTIANE FROTA

Data de julgamento: 18/04/2018

Decisão: POR UNANIMIDADE, DECLARADA A EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE DE SILAS RODRIGUES BENTO E DECLINADA DA COMPETÊNCIA DESTA CORTE PARA O JUIZO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA PARA O PROSSEGUIMENTO DA AÇÃO PENAL EM FACE DOS DEMAIS RÉUS, NOS TERMOS DO VOTO DA RELATORA.

ACÓRDÃO - RECURSO ELEITORAL Nº 324-52.2016.6.19.0111

PROCEDÊNCIA: VALENÇA-RJ (111ª ZONA ELEITORAL)

RECORRENTE : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

RECORRIDO : IRENE DA SILVA BARRETO STIVANIN, candidata ao cargo de vereador do Município de Valença

ADVOGADA : Grazieli de Almeida Petrato - OAB: 187656/RJ

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 16

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

Ementa: Prestação de contas de campanha. Candidata ao cargo de vereador. Eleições 2016. 1. Sentença que julgou aprovadas as contas com ressalvas.2. Ausência de extrato bancário.4. Transgressão direta da norma expressa no art. 48, II, a, da Res. TSE nº 23.463/2015, caracterizando irregularidade apta a ensejar o reconhecimento da não prestação das contas.5. Provimento do recurso ministerial para considerar as contas da candidata como não prestadas.

Relatora: DESEMBARGADORA ELEITORAL CRISTIANE FROTA

Data de julgamento: 18/04/2018

Decisão: POR UNANIMIDADE, PROVIDO O RECURSO, NOS TERMOS DO VOTO DA RELATORA.

ACÓRDÃO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ELEITORAL Nº 557-70.2016.6.19.0104

PROCEDÊNCIA: ITABORAÍ-RJ (104ª ZONA ELEITORAL)

EMBARGANTE : RICARDO ROBERTO CID, candidato ao cargo de vereador do Município de Itaboraí

ADVOGADO : Leonardo Martins Abreu - OAB: 111288/RJ

Ementa: Embargos de Declaração no Recurso Eleitoral. Eleições 2016.1. A mera alegação de que a decisão proferida no Acórdão é contrária a decisões anteriormente proferidas por esta Corte Regional Eleitoral não se enquadra nas hipóteses taxativas de cabimento de Embargos de Declaração. In casu, houve tão somente o que a doutrina denomina de overruling, posto que o Acórdão vergastado, fruto do amadurecimento do entendimento da matéria por esta Corte, que culminou em profícuo debate na Sessão de Julgamento, superou entendimento anterior deste Tribunal Regional Eleitoral. 2. Não há, no Acórdão recorrido, qualquer obscuridade, contradição, omissão ou erro material. Inequívoco propósito de promover a rediscussão da matéria.3. Embargos rejeitados.

Relatora: DESEMBARGADORA ELEITORAL CRISTIANE FROTA

Data de julgamento: 18/04/2018

Decisão: POR UNANIMIDADE, DESPROVIDOS OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, NOS TERMOS DO VOTO DA RELATORA.

ACÓRDÃO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ELEITORAL Nº 1738-84.2016.6.19.0176

PROCEDÊNCIA: RIO DE JANEIRO-RJ (176ª ZONA ELEITORAL)

EMBARGANTE : JOÃO CARLOS CABRAL DE REZENDE (JOÃO CABRAL), candidato ao cargo de vereador do Município do Rio de Janeiro

ADVOGADO : Guilherme Augusto Vicente Telles - OAB: 100226/RJ

ADVOGADO : Edward de Menezes Vaz - OAB: 134662/RJ

EMBARGADO : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

Ementa: Embargos de Declaração no Recurso Eleitoral. Eleições 2016.1. Alegação de contradição. Dúvida sobre o instituto da inelegibilidade. Rejeição. Acórdão que aborda de forma bastante clara e inteligível aos operadores do Direito quais as sanções cominadas e a razão pela qual não se aplicou a cassação do registro e, sim, apenas a inelegibilidade e multa.2. Não há, no Acórdão recorrido, qualquer obscuridade, contradição, omissão ou erro material. Inequívoco propósito de promover a rediscussão da matéria.3. Embargos rejeitados.

Relatora: DESEMBARGADORA ELEITORAL CRISTIANE FROTA

Data de julgamento: 18/04/2018

Decisão: POR UNANIMIDADE, DESPROVIDOS OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, NOS TERMOS DO VOTO DA RELATORA.

ACÓRDÃO - RECURSO ELEITORAL Nº 14-87.2013.6.19.0002

PROCEDÊNCIA: RIO DE JANEIRO-RJ (5ª ZONA ELEITORAL)

RECORRENTE : UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

Procurador da Fazenda Nacional : Procuradoria da Fazenda Nacional

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 17

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

RECORRIDO : REINALDO GRIPP LOPES

Ementa: RECURSO ELEITORAL. EXECUÇÃO FISCAL DE DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO PROPOSTA NA ZONA ELEITORAL. MULTA ELEITORAL. PARCELAMENTO. HOMOLOGAÇÃO. SENTENÇA DE EXTINÇÃO DO PROCESSO POR RECONHECIMENTO DE REMISSÃO DE DIVIDA EM RAZÃO DE PARCELAMENTO DO DÉBIDO. ARTIGOS 924, INCISO II DO CPC/2015 E 794, INCISO II, DO CPC/1973. IMPOSSIBILIDADE. HIPÓTESE DE MERA SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO. ARTIGO 151, INCISO VI DA LEI Nº 5.172/1966 (CTN). NORMA APLICADA POR ANALOGIA. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO.1. A hipótese em análise não se enquadra nos arts 924, II, do CPC/2015 e 794, inciso II do CPC/73, pois ocorreu o parcelamento da divida, portanto, a obrigação não foi totalmente satisfeita.2. Não há que se falar, aqui, em remissão total da divida, o que justificaria a extinção do processo de execução.3. O artigo 151, inciso VI da Lei nº 5.172/1966 (CTN) estabelece que o parcelamento da dívida suspende a exigibilidade do crédito tributário, ou seja, ocorre a paralisação temporária da exigibilidade, contudo, não substitui ou extingue o crédito. Conquanto a multa eleitoral não tenha a natureza tributária, a norma supra pode ser aplicada por analogia. Daí que não se pode extinguir o processo de execução fiscal só porque ocorreu o parcelamento da dívida.4. Precedente recentíssimo desta Corte no sentido da suspensão do processo (RE 2-49, julgado em 11/04/2018).5. Provimento do recurso para reformar a sentença e suspender o processo e a exigibilidade do crédito objeto do parcelamento até seu integral pagamento, sob pena de prosseguimento do processo executivo fiscal.

Relator: DESEMBARGADOR ELEITORAL RAPHAEL MATTOS

Data de julgamento: 18/04/2018

Decisão: POR UNANIMIDADE, PROVIDO O RECURSO, NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR.

ACÓRDÃO - RECURSO ELEITORAL Nº 648-48.2016.6.19.0206

PROCEDÊNCIA: RIO DE JANEIRO-RJ (5ª ZONA ELEITORAL)

RECORRENTE : ADENIL MOREIRA DA COSTA, candidato(a) ao cargo de vereador do Município do Rio de Janeiro

ADVOGADO : Arnaldo Félix de Sousa - OAB: 51618/RJ

Ementa: RECURSO ELEITORAL. PRESTAÇÃO DE CONTAS. CANDIDATO. ELEIÇÕES DE 2016. SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU PELA DESAPROVAÇÃO DAS CONTAS. AUSÊNCIA DE RELATÓRIO FINANCEIRO REFERENTE AO VALOR DE R$ 1.000,00. DESCUMPRIMENTO AO ARTIGO 43 PARÁGRAFO 2º DA RESOLUÇÃO TSE Nº 23.463/2015. RECEBIMENTO DE RECURSOS ESTIMÁVEIS EM DINHEIRO PROVENIENTES DE DOAÇÕES DE PESSOAS FISICAS SEM COMPROVAÇÃO DE QUE INTEGRAVAM O PATRIMÔNIO DOS DOADORES. ART. 19 CAPUT DA MENCIONADA RESOLUÇÃO. RECIBO ELEITORAL EMITIDO APÓS A ENTREGA DA PRESTAÇÃO DE CONTAS FINAL. DESPESAS COM ALUGUEL DE VEÍCULOS AUTOMOTORES ACIMA DO LIMITE LEGAL, CONTRARIANDO O DISPOSTO NO ARTIGO 38, INCISO II, DA RESOLUÇÃO DE REGÊNCIA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO RECONHIMENTO DAS SOBRAS FINANCEIRAS DE CAMPANHA DO CANDIDATO À RESPECTIVA DIREÇÃO PARTIDÁRIA. IRREGULARIDADES QUE COMPROMETEM AS CONTAS. NÃO FORAM VERIFICADOS RECURSOS DE ORIGEM NÃO IDENTIFICADOS NA PRESENTE PRESTAÇÃO DE CONTAS. NÃO CABIMENTO DO RECOLHIMENTO DE VALORES AO TESOURO NACIONAL. PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO.

Relator: DESEMBARGADOR ELEITORAL RAPHAEL MATTOS

Data de julgamento: 18/04/2018

Decisão: POR UNANIMIDADE, PROVIDO PARCIALMENTE O RECURSO, NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR.

Publicações - Processo Judicial Eletrônico (PJe)

Intimações

Processo 0600182-70.2018.6.19.0000

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JUSTIÇA ELEITORAL

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO

DESPACHO

Trata-se de ação ordinária, com pedido de tutela de urgência, ajuizada por Valdemir Ferreira dos Santos em desfavor da União Federal, na qual pretende ver reconhecido seu direito individual de candidatar-se às Eleições de 2018 sem vínculo com qualquer partido político.

A peça inaugural foi formalizada por meio do sistema de Processo Judicial Eletrônico (PJe), estando genericamente endereçada a um dos Juízos Eleitorais de Duque de Caxias, onde o autor se declara domiciliado.

Convém salientar que a informatização dos processos judiciais no âmbito desta justiça Especializada restringe-se, até o presente momento, ao feitos de competência originária do Tribunal, permanecendo, desse modo, a tramitação das ações de competência originária do 1º grau por meio físico, nos termos do artigo 2º, parágrafo 4º da Resolução TRE-RJ 981/2017.

A despeito da possível ausência de pressuposto processual indispensável àconstituição e ao desenvolvimento válido do processo, quer àvista do inespecífico direcionamento da inicial a um dos Juízos Eleitorais de Duque de Caxias, órgãos inequivocamente incompetentes para apreciação de uma demanda na qual discutida temática afeta ao registro de candidatos nas eleições gerais, quer pela ausência de qualquer menção ao cargo pretendido, a inviabilizar a identificação dos órgãos jurisdicionais a tanto habilitados, segundo o disposto nos artigos 89, incisos I e II, do Código Eleitoral e 21, caput, da Resolução TSE nº 23.548/17, não cabe ao presidente avaliar a viabilidade formal ou a plausibilidade jurídica da pretensão vindicada.

Nesse sentido, considerando que parte dos cargos em disputa no próximo pleito atraem a competência desta Corte Regional (art. 29, inciso I, alínea a, do Código Eleitoral), proceda a Secretaria Judiciária ao encaminhamento da causa ao eminente relator ao qual distribuída a inicial, pelo sistema, respeitando-se o disposto no artigo 33 da Regimento Interno do Tribunal.

Publique-se.

Rio de Janeiro, 19 de abril de 2018.

Desembargador CARLOS EDUARDO DA FONSECA PASSOS

Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro

SECRETARIA ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

Gabinete da Secretaria

Extrato de Concessão de Diárias

EXTRATO DE CONCESSÃO DE DIÁRIAS 14/2018

PROCESSO Nº 25090/2018 Origem:Rio de Janeiro Destino:Itaocara Datas do evento: Início: 17/04/2018 - Final: 18/04/2018 Objetivo:Apoio ao Programa TRE vai à Escola Autorização:Adriana Freitas Brandão Correia

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------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Susana Soares de Araujo Datas do deslocamento: Início: 17/04/2018 - Final: 18/04/2018 Cargo/Função: Analista Judiciario Quantidade: 1 diária e meia Valor Líquido: R$ 423,64 (quatrocentos e vinte e três reais e sessenta e quatro centavos)

PROCESSO Nº 487/2018 Origem:Rio de Janeiro Destino:Rio de Janeiro Datas do evento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Objetivo:Reunião com a Presidência do TRE RJ - Aviso Conjunto nº 08/2017 Autorização:Adriana Freitas Brandão Correia ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Datas do deslocamento: Início: - Final: Cargo/Função: Quantidade: 0 meias diárias Valor Líquido: R$ 0,00 (zero reais) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Alessandra Macedo da Silva Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Barra Mansa Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Alexandre de Almeida Senra Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-01 Origem do deslocamento: Vassouras Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Ana Lilia da Silva Tavares Paes Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-01 Origem do deslocamento: Campos dos Goytacazes Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Brunella Amorim Pagotto Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Macaé Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Bruno Delatorre de Azevedo Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Iguaba Grande Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Bruno Guterres Martin Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 09/01/2018 Cargo/Função: FC-01 Origem do deslocamento: Santo Antonio de Pádua Quantidade: 1 diária e meia Valor Líquido: R$ 549,64 (quinhentos e quarenta e nove reais e sessenta e quatro centavos) -------------------------------------------------------------------------------------------------

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Nome: Christiane do Amaral Costa Neves Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-01 Origem do deslocamento: Barra do Piraí Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Claudio Dias Flores Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Porto Real Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 158,87 (cento e cinquenta e oito reais e oitenta e sete centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Consuelo Toledo da Silva Pinheiro Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Resende Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Fábio Stellet Gentil Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: São Fidelis Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Fátima Moura Pedrete Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Nova Friburgo Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Fernando Silva de Egidio Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Italva Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 138,15 (cento e trinta e oito reais e quinze centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Jasiel Camargo da Silva Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Silva Jardim Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Jonathas Pimenta Dias Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Resende Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: JORGE LOUBACK PEIXOTO Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 09/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: São Francisco de Itabapoana Quantidade: 1 diária e meia Valor Líquido: R$ 511,25 (quinhentos e onze reais e vinte e cinco centavos) -------------------------------------------------------------------------------------------------

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Nome: Jose Francisco Filho Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 09/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Quissamã Quantidade: 1 diária e meia Valor Líquido: R$ 549,64 (quinhentos e quarenta e nove reais e sessenta e quatro centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Leonardo Jose Santiago Alves de Oliveira Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-01 Origem do deslocamento: Volta Redonda Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Leonardo Manhães Almeida Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-01 Origem do deslocamento: Campos dos Goytacazes Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: LUCIANO DE FELICE ABEID Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Mangaratiba Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 136,47 (cento e trinta e seis reais e quarenta e sete centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Luis Gustavo Grünewald Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Petrópolis Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Marcos Elias Massena Vieira Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Conceição de Macabu Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 147,87 (cento e quarenta e sete reais e oitenta e sete centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Maria Odete de Souza Pereira Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Mendes Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Paula Bock Flores Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Barra Mansa Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Pedro Henrique de Moura de Oliveira Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Teresópólis Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) -------------------------------------------------------------------------------------------------

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 22

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

Nome: Pedro Rocha Pimentel Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: São João da Barra Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 153,10 (cento e cinquenta e três reais e dez centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Priscila Maricati Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Cabo Frio Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Rafael Bessa Magalhães França Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018

- Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Mendes Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Ricardo Costa Domingues Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: São Pedro da Aldeia Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: RITA DE CASSIA DE SOUZA BRITO Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 09/01/2018 Cargo/Função: FC-01 Origem do deslocamento: Cantagalo Quantidade: 1 diária e meia Valor Líquido: R$ 549,64 (quinhentos e quarenta e nove reais e sessenta e quatro centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Roberta Almeida Adame Bucsky Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Bom Jardim Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 162,37 (cento e sessenta e dois reais e trinta e sete centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Roberto da Rocha Branco Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Teresópólis Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Roberto Hang Junior Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-01 Origem do deslocamento: Petrópolis Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: RODRIGO JOSE ALVES GONÇALVES Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-01 Origem do deslocamento: Cordeiro Quantidade: meia diária

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 23

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Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Rodrigo Piedade Lopes Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 09/01/2018 Cargo/Função: FC-01 Origem do deslocamento: Bom Jesus de Itabapoana Quantidade: 1 diária e meia Valor Líquido: R$ 549,64 (quinhentos e quarenta e nove reais e sessenta e quatro centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Rogério Felipe de Mattos Silva Datas do deslocamento: Início: 07/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Porciúncula Quantidade: 1 diária e meia Valor Líquido: R$ 570,49 (quinhentos e setenta reais e quarenta e nove centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Stella Estanislau Fialho Datas do deslocamento: Início: 07/01/2018 - Final: 09/01/2018 Cargo/Função: Tecnico Judiciario Origem do deslocamento: Itaperuna Quantidade: 2 diárias e meia Valor Líquido: R$ 969,64 (novecentos e sessenta e nove reais e sessenta e quatro centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Suzy Ferrentini Wardine Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: São Sebastião do Alto Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Valério Nogueira Soares Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 09/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Miracema Quantidade: 1 diária e meia Valor Líquido: R$ 549,64 (quinhentos e quarenta e nove reais e sessenta e quatro centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Vany Leite de Aquino Junior Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Valença Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: VINICIUS FERREIRA LOYOLA Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Cabo Frio Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 169,82 (cento e sessenta e nove reais e oitenta e dois centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Wander Cesario dos Santos Datas do deslocamento: Início: 08/01/2018 - Final: 08/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Piraí Quantidade: meia diária Valor Líquido: R$ 160,99 (cento e sessenta reais e noventa e nove centavos) ------------------------------------------------------------------------------------------------- Nome: Yago Lage Belchior Datas do deslocamento: Início: 07/01/2018 - Final: 09/01/2018 Cargo/Função: FC-06 Origem do deslocamento: Natividade Quantidade: 2 diárias e meia

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 24

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Valor Líquido: R$ 939,00 (novecentos e trinta e nove reais)

SECRETARIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

(NÃO HÁ PUBLICAÇÕES NESTA DATA)

ZONAS ELEITORAIS

004ª Zona Eleitoral

Editais

EDITAL N.º 014/2018

A Dra. MÔNICA POPPE DE FIGUEIREDO FABIÃO, Juíza em exercício da 4ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais,

Considerando o disposto no art.7º, §§ 1º e 2º, da Lei nº 6.996/82 e no Aviso CRE nº 65/2011;

FAZ SABER, a todos que o presente EDITAL virem, ou dele tomarem conhecimento, que estão disponíveis neste cartório as relações das operações de INSCRIÇÃO e TRANSFERÊNCIA incluídas no cadastro eleitoral, assim como aquelas indeferidas e convertidas em diligência pela autoridade judiciária, no período de 1° a 15 de abril de 2018.

Dos pedidos indeferidos, poderão os alistandos ou eleitores recorrer no prazo de 05 (cinco) dias e, dos pedidos deferidos, poderão os partidos políticos, por intermédio de seus delegados, recorrer no prazo de 10 (dez) dias (Res. TSE nº 21.538/03, arts. 17 § 1º e 18º § 5º), a contar da publicação deste edital.

E para que chegue ao conhecimento de todos, mandou o Excelentíssimo Juiz expedir o presente Edital e publicá-lo no Diário da Justiça Eletrônico. Dado e passado neste Município de Rio de Janeiro, em 20 de abril de 2018. Eu, Leandra Gomes Magalhães Campos de Sousa, Analista Judiciário, digitei o presente, que vai assinado pela Juíza Eleitoral.

MÔNICA POPPE DE FIGUEIREDO FABIÃO

Juíza Eleitoral

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 25

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

005ª Zona Eleitoral

Decisões

PROCESSO Nº 884-97.2016.6.19.0206 - PRESTAÇÃO DE CONTAS

REQUERENTE: CRISTIANE MANCEN MACHADO BASÍLIO

Adv(s). Dr(a). VINICIUS CORDEIRO (OAB/RJ- 062752)

DECISÃO

“Proceda-se o cartório nos termos da informação retro.”

PROCESSO Nº 904-88.2016.6.19.0206 - PRESTAÇÃO DE CONTAS

REQUERENTE: ANA LUCIA GUSTAVO MARTINS

Adv(s). Dr(a). MAGNO AGRIPINO DE OLIVEIRA DA SILVA (OAB/RJ- 80442)

DECISÃO

“Proceda-se o cartório nos termos da informação retro.”

PROCESSO Nº 1660-97.2016.6.19.0206 - PRESTAÇÃO DE CONTAS

REQUERENTE: ANA PAULA BARBOSA BALA

Adv(s). Dr(a). ARTHUR RIOBOO DA COSTA (OAB/RJ-203231)

DECISÃO

“Proceda-se o cartório nos termos da informação retro.”

PROCESSO Nº 385-16.2016.6.19.0206 - PRESTAÇÃO DE CONTAS

REQUERENTE: AMANDA MOURA FERREIRA RIBEIRO MARTINS

Adv(s). Dr(a). EDUARDO SEBASTIÃO ALVES BATISTA (OAB/RJ- 67685)

DECISÃO

“Proceda-se o cartório nos termos da informação retro.”

Despachos

PROCESSO Nº 1208-87.2016.6.19.0206 - PRESTAÇÃO DE CONTAS

REQUERENTE: GERSON DA SILVA PAULO

Adv(s). Dr(a). FREDERICO AUGUSTO ANDRADE VEIGAS (OAB/RJ- 167448)

DESPACHO

Determino o desentranhamento da denúncia apresentada (fls. 38 a 40) e, após, seu retorno para análise.

PROCESSO Nº 1380-29.2016.6.19.0206 - PRESTAÇÃO DE CONTAS

REQUERENTE: JOSE GONÇALVES VELOSO

Adv(s). Dr(a). JOAQUIM GONÇALVES VELOSO (OAB/RJ- 90114); RICARDO VELOSO DA SILVA (OAB/RJ- 174003)

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 26

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DESPACHO

Defiro o parcelamento do débito, conforme requerido pelo devedor.

PROCESSO Nº 842-48.2016.6.19.0206 - PRESTAÇÃO DE CONTAS

REQUERENTE: WALDECY CARDOSO SANTIAGO

Adv(s). Dr(a). DANIELE MARTINS DE OLIVEIRA (OAB/RJ- 174721);

DESPACHO

Intime-se o candidato para pagamento do valor arbitrado, no prazo de 5 (cinco) dias.

027ª Zona Eleitoral

Decisões

DECISÃO

AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL - AIJE n.º 491-30.2016.6.19.0027

Autor: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

Investigado: Nélson Roberto Bornier de Oliveira

Advogado: Eduardo Damian Darte - OAB/RJ 106.783

Advogado: Filipe Orlando Danan Saraiva - OAB/RJ 159.011

Advogado: Lauro Vinicius Ramos Rabha - OAB/RJ 169.856

Advogado: Leandro Delphino - OAB/RJ 176.726

Advogado: Rafael Barbosa de Castro - OAB/RJ 184.843

Advogado: Adílson de Faria Maciel - OAB/RJ 103.715

Advogado: Daniele Gomes Oliveira - OAB/RJ 183.133

Investigado: Thiago Marçal Portela

Advogado: Eduardo Damian Darte - OAB/RJ 106.783

Advogado: Filipe Orlando Danan Saraiva - OAB/RJ 159.011

Advogado: Lauro Vinicius Ramos Rabha - OAB/RJ 169.856

Advogado: Leandro Delphino - OAB/RJ 176.726

Advogado: Rafael Barbosa de Castro - OAB/RJ 184.843

Advogado: Adílson de Faria Maciel - OAB/RJ 103.715

Advogado: Daniele Gomes Oliveira - OAB/RJ 183.133

Decisão – fl. 266: “NELSON ROBERTO BORNIER e THIAGO MARÇAL PORTELA ofereceram, com fundamento nos artigos 275 e seguintes do Código Eleitoral e 15, 994, IV e 1022, I e II do Código de Processo Civil, embargos de declaração da sentença de fls. 244/247, alegando omissão, obscuridade e contradição do julgado.

Manifestação do MPE às fls. 262/265, pela rejeição dos embargos.

É o relatório. Decido.

Os Embargos são tempestivos, pelo que deles conheço. Mas, diferentemente do que dizem os embargantes, inexiste, no caso, qualquer hipótese que enseje o seu acolhimento, não havendo omissão, dúvida ou contradição que resulte objetivamente do julgado. Dúvida subjetiva da parte, ou resultante de sua própria interpretação juríridica, não autoriza o emprego de Embargos Declaratórios, cabendo á parte embargante manifestar o seu inconformismo pela via recursal própria.

Isto posto, REJEITO OS PRESENTE EMBARGOS, mantendo o decisum tal como lavrado. Intime-s. Dê-se ciência ao MPE..”

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 27

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Nova Iguaçu, 19 de abril de 2018 – MARIA IZABEL HOLANDA DAIBERT – Juíza Eleitoral

040ª Zona Eleitoral

Sentenças

REPRESENTAÇÃO nº 61-05.2017.6.19.0040 TRÊS RIOS

REPRESENTANTE: SIGILOSO

REPRESENTADO: SIGILOSO

ADVOGADO: ALBERTO VIEIRA TEIXEIRA JUNIOR – OAB: 138312/RJ; FLAVIO JUNQUEIRA PERALTA – OAB: 148347/RJ; ISABELA ANDRADE SOARES – OAB: 206044/RJ

SENTENÇA (fls. 64/65):(...)Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE a representação, para condenar SIGILOSO ao pagamento de multa no valor de 100% da quantia doada em excesso, ou seja, R$4.714,65 com base no art. 23,§ 3º da Lei nº13.488/17 que alterou a redação do art. 23,§ 3º da Lei nº9.504/97, e declarar a inelegibilidade no cadastro eleitoral do representado, nos termos do art.1º, I, alínea “j” e “p” da Lei Complementar 64/90, com redação pela Lei Complementar 135/2010.

P.I. Cientifique-se o MPE.

Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquivem-se os presentes autos.

Três Rios, 19/04/2018

Ana Carolina Gantois Cardoso

Juíza de Direito

045ª Zona Eleitoral

Decisões

Processo nº 32-37.2017.6.19.0045

Espécie: Ação Penal

Autor: Ministério Público Eleitoral

Réu: Cristóvão Jair filho

Advogados: Samyr Rodrigues Caldeira – OAB/RJ 124.059

DECISÃO (fl. 113):

Pelo M.M. Juiz, então, foi proferida a seguinte decisão: "Tendo em vista que o acusado CRÍSTÓVÃO JAIR FILHO e seu patrono expressamente aceitaram as condições propostas pelo órgão ministerial, SUSPENDO o presente processo em relação ao mesmo até pagamento final da prestação pecuniária, o faço com fulcro no artigo 89 da Lei 9.099/95. Dou a presente por publicada nesta audiência e intimadas as partes, valendo esta assentada como início do cumprimento do 'sursis' processual ora concedido". Nada mais havendo, eu, _______, secretário, lavrei o presente termo.

MARCO ANTONIO NOVAES DE ABREU

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 28

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JUIZ ELEITORAL

Porciúncula, 19 de abril de 2018.

Sentenças

Processo nº 139-18.2016.6.19.0045

Espécie: Ação de Investigação Judicial Eleitoral

Investigante: Ministério Público Eleitoral

Investigados: Riandro Petrucci Pireda e

Leonardo Paes Barreto Coutinho

Advogados: Samyr Rodrigues Caldeira – OAB/RJ 124.059

João Francisco Paes Barreto e Silva – OAB/RJ 150.134

Fernando dos Santos Volpato _ OAB/RJ 129.607

SENTENÇA

I. RELATÓRIO

Vistos etc.

Trata-se de ação de investigação judicial eleitoral deflagrada pela Coligação Partidária Honestidade e Trabalho e pelo cidadão Adriano Lúcio Guerson Andrade, para averiguação de captação ilícita de sufrágio, representados os cidadãos Riandro Petrucci Pireda e Leandro Paes Barreto Coutinho, candidatos a vice prefeito e a prefeito do Município de Porciúncula nas Eleições 2016.

O suporte fático da ação seria a entrega, pelo primeiro representado, à eleitora Valéria Ribeiro da Silva, de material de construção (uma vara de cano) no valor aproximado de R$ 200,00, bem a assim a promessa de entrega do restante de dinheiro a dita eleitora para conclusão de sua obra, após o dia 05/10/2016.

Por tal conduta caracterizar, segundo os representantes, em tese o crime de corrupção eleitoral (art. 299 do CE), e captação ilícita de sufrágio (art. 41-A da LE), pretendem a cassação do registro de candidatura ou, caso o julgamento ocorra após eventual vitória dos representados, do diploma e, por consequência, do mandato. Pretendem, ademais, sejam os representados apenados com a sanção de inelegibilidade para as eleições que se realizarem nos oito anos subsequentes ao pleito de 2016.

Notificados, os representados apresentaram impugnação: Riandro Petrucci Pireda (fls. 26/53) e Leonardo Paes Barreto Coutinho (fls. 66/93), ambas as peças nominadas como “oposição” e protocolizadas no mesmo dia (20/09/2016).

Os representantes desistiram da representação: a Coligação Partidária por meio da peça protocolizada dia 22/09/2016 (fls. 11/112) e o cidadão por petição apresentada no dia seguinte, 23/09 (fls. 114). Sobre a manifestação, instados, não se opuseram ambos os representados (fl. 118).

O representante do Ministério Público Eleitoral opôs-se à desistência, ante à natureza pública do interesse em discussão, pugnando, na mesma oportunidade, pela realização de perícia no áudio e vídeo, a fim de verificar se houve ou não edição,

Guilherme Fonseca
Guilherme Fonseca

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 29

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como alegado pelos representados (fl. 125).

Requisitada em 04/11/2016 à Delegacia de Polícia Civil local a providência requerida pelo parquet (fl. 126/127), primeiro foi apresentado laudo não conclusivo em 01/02/2017, em razão de incompletude do material encaminhado à perícia na Capital (fls. 138/143); depois, o laudo completo, depositado em juízo no dia 17/07/2017 (fls. 192/193).

Foi designada em 23/08/2016 audiência para coleta de prova oral (fl. 199) a ter lugar no dia 09/11/2017, o que efetivamente ocorreu (fls. 237/242). Na referida assentada, levantada questão de ordem quanto à titularidade da ação (desistência pelos representados não homologada pelo juiz), foi acolhida a pretensão ministerial para a assunção exclusiva do MPE como titular da ação. Também foi colhido o depoimento da cidadã Valéria Ribeiro da Silva.

O magistrado que presidia o julgamento, conforme decisão de 16/11/2017, deu-se por suspeito para continuar à frente da instrução e julgamento (fl. 246).

Como o cartório alertou para o fato de que a mídia (CD) não foi devolvida pelo setor de perícias, o MPE requereu a requisição do material (fl. 250).

Remetidos os autos a este magistrado, para atuar em substituição (fl. 254), foi prolatado o despacho de 12/01/2018, por meio do qual foi oportunizado a todos os atores do processo dizer se tinham algo a reclamar quanto à prova produzida diante do magistrado que depois declarou-se suspeito (fl. 254-verso).

O MPE pugnou pela realização de nova audiência para produção de provas, oportunidade em que reafirmou a pretensão do órgão manter-se na titularidade exclusiva da ação, face a desistência dos representantes (fls. 263/264).

Realizada audiência no dia 22/02/2018, como voltou-se a discutir sobre a desistência dos representantes, foi determinada a intimação de ambos para dizerem, pessoalmente, qual a postura a prevalecer. O segundo representante, Senhor Adriano Lúcio, convidado, compareceu ao fórum, onde diante de todos ratificou seu desinteresse pelo prosseguimento da ação. Foi determinada a intimação do representante da Coligação Partidária para igual finalidade. Desde já foi determinada a inclusão do feito em pauta de audiência para o dia 14/03/2018, cientes todas as testemunhas arroladas na representação, igualmente cientes os advogados presentes da necessidade de apresentação de suas testemunhas independente de intimação.

Em 26/02/2018, o representante da Coligação Partidária Honestidade e Trabalho, cidadão José Tadeu Ribeiro de Souza, compareceu pessoalmente ao cartório eleitoral onde, de viva voz, declarou por termo nos autos a pretensão da agremiação desistir da ação, ratificada a manifestação de vontade anterior.

Por decisão lançada em 03/03/2018, foi ordenado e saneado o processo, em especial a decisão pela legitimidade ativa da ação declarada exclusiva do Ministério Público Eleitoral, ante a desistência dos originários representantes, e a designação de audiência para inquirição de testemunha (fls. 295/299).

Juntada aos autos a mídia com as imagens, objeto da perícia (fl. 313), foram as testemunhas inquiridas em uma única assentada, dia 14/03/2018: a) pelo representante Valéria Ribeiro da Silva, Altair José da Silva, Marco Antônio da Silva e Sebastião Moura de Sá; pelos representados, Sandra Martins Aguiar.

Certificado no processo o período de formação de coligações partidárias e o período de registro de candidaturas (fl. 325), únicas diligências requeridas pelas partes (nenhuma foi determinada de ofício pelo juiz), foram apresentadas alegações finais.

Ministério Público Eleitoral, pela procedência total dos pedidos deduzidos na exordial:

a) através de perícia técnica realizada pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro “não foram encontrados indícios

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 30

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sugestivos de edição fraudulenta na mídia analisada”. Logo, não houve edição no vídeo/áudio constante no CD apresentado como prova.

b) é lícita a prova produzida (gravação audiovisual da testemunha Valéria), visto que ocorreu na calçada, em frente à sua residência, em via pública, na presença de terceiros, restando inatingido o direito fundamental à intimidade, erigido a nível constitucional no art. 5º, X, da Constituição Federal.

c) ainda que inexistisse o vídeo acostado nos autos, caso os ouvintes da Sra. Valéria limitassem-se a escutá-la e com base nisto fosse ajuizada a ação, temos que os fatos foram confirmados em Juízo, pela própria Valéria e pelos demais informantes, sendo que Valéria, em nenhum momento, negou a veracidade do que relatou.

d) todos os elementos constantes na inicial fundamentam juridicamente os fatos lá detalhadamente narrados. Estão assegurados os direitos do contraditório e ampla defesa diante da licitude da fundamentação da presente representação e aptas a fundamentar, também, um eventual decreto de procedência em face dos representados.

e) após o início do período de registro de candidaturas, o qual se deu em 20/07/2016 e a realização de eleição municipal em 02/10/2016, no qual concorreram os réus como candidatos a prefeito e vice-prefeito, houve, por parte de um deles, doação, oferecimento, promessa ou entrega, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, resultando configurada a conduta vedada pela Lei 9.504/97, em seu artigo 41-A.

f) não há irregularidade no fato de a filmagem ter sido feita por partidários da coligação contrária aos réus, já que a preferência por este ou aquele candidato não lhes retira os direitos inerentes a todo cidadão e, em nenhum momento, houve negativa por parte da senhora Valéria em relação ao que consta na filmagem.

Pela total improcedência das pretensões, assim se manifestou a defesa de ambos os representados:

a) não houve a determinação correta e legal da degravação do áudio, o que distorceu as mínimas falas transcritas. Os autores do pedido de investigação deveriam ter promovido a completa degravação do áudio, já que a sua não realização fere os princípios gerais e constitucionais do amplo direito de defesa.

b) a gravação produzida pelos denunciantes e correligionários da candidata derrotada foi feita dentro do quintal da sra. Valéria, e não na calçada. Isso implica em dizer que foi obtida de forma ilícita, bem como não possuíam consentimento ou conhecimento dela. Requer, portanto, a anulação de todos os atos processuais subsequentes, tendo em vista a ilegalidade da prova obtida, seja indeferida de plano a presente ação.

c) a invalidação do suporte probatório utilizado pela parte autora para instruir a petição inicial – seja por ilicitude originária, seja por ilicitude derivada – derruiu completamente a possibilidade de abertura de fase instrutória autônoma para a coleta de prova testemunhal. A combinação de provas coligidas por meios ilícitos e imorais, relatos imprecisos e vagos de eventos, ora não caracterizam nem abstratamente a corrupção eleitoral, ora resultam em responsabilização de outras pessoas que não os candidatos representados.

d) tendo em vista que a gravação foi feita por meio de celular e depois transferida para outro tipo de mídia, pode ter sido muito anterior ao período eleitoral, o que corrobora os depoimentos contraditórios com relação à data. Portanto, os depoimentos colhidos em Juízo confirmam que todas as provas colhidas nesses autos não prestam a objetivar a procedência do pedido. E, ainda, inexiste qualquer comprovação da compra do material, bem como não se viu nas mediações o candidato ou qualquer pessoa a ele ligada, faltando, assim, a necessária robustez da prova a embasar e sustentar a investigação judicial.

e) assim como a testemunha Valéria, todas as demais foram claras e precisas em dizer que em momento algum Dona Valéria disse que Riandro lhe pediu voto de forma direta ou indireta, bem como o fato de que, à sua percepção, não haveria de sua parte qualquer compromisso político para com os candidatos investigados.

f) é essencial, portanto, que da conduta do candidato deflua o caráter negocial, ou seja, é indispensável que a doação, oferecimento ou entrega de bem ou vantagem vise à obtenção do voto e atinja pessoas determinadas, caracterizam o ilícito,

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desde que, evidentemente, dela resulte o caráter negocial, ou seja, o propósito de ao assim proceder visar à obtenção do voto de alguém.

g) houve uma completa manipulação de fatos e provas, o que somente se conseguiu em razão da fragilidade e necessidade da Sra. Valéria, com um grande ardil por parte dos colaboradores da coligação que foi autora e hoje com exclusividade do Ministério Público.

Os autos vieram conclusos, para sentença, no dia 21/03/2018.

II. FUNDAMENTAÇÃO

Existem questões prévias a serem conhecidas e esclarecidas, não apenas em função do comportamento da defesa (sustentação de preliminares prejudiciais à análise do mérito) mas sobretudo por encerrarem questões de ordem, no caso, questões de ordem pública, imprescindíveis ao atingimento do fim que se busca em um devido processo legal.

II.A- ALCANCE DO DISPOSITIVO DA SENTENÇA

Para além da causa de pedir, é imperioso, para qualquer julgamento, voltar especial atenção para os pedidos, à consideração de que o magistrado está a eles adstrito (art. 141 e art. 492 do CPC), além do que somente o comando do provimento – parte dispositiva da sentença – é acobertada pela coisa julgada.

Em suma, é absolutamente indispensável, em qualquer processo judicial, saber qual ou quais as pretensões serão objeto de julgamento.

Esta representação tem por objeto apurar fato consistente em suposta doação de vantagem e promessa de vantagem a eleitor, pelo então candidato a Vice-Prefeito do Município de Porciúncula, Estado do Rio de Janeiro, em favor da chapa concorrente ao cargo de chefe do Poder Executivo local.

A representação pretende sejam impostas aos representados as seguintes sanções:

a) cassação do registro de candidatura ou, em caso de julgamento após o pleito e em caso de eleição, do diploma e, por consequência, do mandato;

b) imposição de multa;

c) declaração de inelegibilidade dos representados para as eleições que se realizarem nos oito anos subsequentes à eleição em que se verificarem os abusos.

Estes foram os termos postos na petição inicial pelos originários representantes (coligação partidária e cidadão), o que também é pretendido pelo Ministério Público, agora titular exclusivo da representação, em suas alegações finais, ao assim encerrar suas alegações: “...manifesta-se o Ministério Público Eleitoral no sentido de que haja procedência dos pedidos, tal como deduzidos na petição inicial” (fl. 338).

A sentença não pode ter, todavia, o alcance pretendido pelo representante.

A confusão feita na petição inicial decorre do fato da conjugação do disposto na Lei das Eleições com as prescrições da Lei complementar n. 64/1990:

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LEI DAS ELEIÇÕES:

Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinquenta mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990.

LEI COMPLEMENTAR N. 64/1990:

Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito:

I a XIII (omissis)

XIV – julgada procedente a representação, ainda que após a proclamação dos eleitos, o Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro ou diploma do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação, determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se for o caso, e de ação penal, ordenando quaisquer outras providências que a espécie comportar;

A referência que a LE faz à LC n. 64/90 leva a que se entenda, em uma análise inicial, que a declaração de inelegibilidade também deveria ser decretada por sentença, pelo dispositivo da sentença, nos autos da representação por captação ilícita de sufrágio.

A representação por captação ilícita de sufrágio, com base na Lei n. 9.504/1997 (art. 41-A), toma de empréstimo apenas e tão somente as disposições dos incisos I a XIII da Lei Complementar n. 64/1990, jamais alcançando a norma do inciso XIV, que trata de hipótese de inelegibilidade a ser objeto de eventual e futura ação de investigação judicial eleitoral. As duas ações (representação e AIJE) não se confundem.

Nesse sentido, oportuno transcrever trecho do voto de Sua Excelência, o eminente Ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento da ADIn ajuizada justamente para discutir a constitucionalidade da regra do referido art. 41-A da LE:

É certo que a captação de sufrágio, definida pelo art. 41-A, da Lei n. 9.504/97, deverá ser apurada de acordo com o procedimento da ação de investigação judicial eleitoral, previsto no art. 22 da LC n. 64/90, o qual dispõe, em seus incisos XIV e XV, o seguinte:

XIV - julgada procedente a representação, o Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 3 (três) anos subsequentes à eleição m que se verificou, além da cassação do registro do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico e pelo desvio ou abuso do poder de autoridade, determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se for o caso, e processo-crime, ordenando quaisquer outras providências que a espécie comportar;

XV - se a representação for julgada procedente após a eleição do candidato serão remetidas cópias de todo o processo ao Ministério Público Eleitoral, para os fins previstos no art. 14, §§ 10 e 11 da Constituição Federal, e art. 262, inciso IV, do Código Eleitoral.

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 33

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Tais incisos, no entanto, não se aplicam ao procedimento da representação para apuração de conduta descrita no art. 41-A da Lei n. 9.504/97, como já decidiu o Tribunal Superior Eleitoral (Ac n. 19.587, de 21.3.2002, Rel. Min. Fernando Neves; Ag. 3042, de 19.3.2002, Rel. Min. Sepúlveda Pertence).

O procedimento do art. 22, a ser observado na aplicação do art. 41-A, é aquele previsto nos incisos I a XIII. Isso porque, diferentemente da ação de investigação judicial eleitoral, a representação para apuração da captação de sufrágio não implica declaração de inelegibilidade, mas apenas a cassação do registro ou do diploma. (original sem os destaques)

Lida parte do inteiro teor do julgamento, fácil compreender a respectiva ementa, especificamente no item 3: “A captação ilícita de sufrágio é apurada por meio de representação processada de acordo com o art. 22, incisos I a XIII, da Lei Complementar n° 64/90, que não se confunde com a ação de investigação judicial eleitoral, nem com a ação de impugnação de mandato eletivo, pois não implica a declaração de inelegibilidade, mas apenas a cassação do registro ou do diploma”.

Eis a ementa completa do julgamento:

EMENTA: Ação direta de inconstitucionalidade. Art. 41-A da Lei n° 9.504/97. Captação de sufrágio. 2. As sanções de cassação do registro ou do diploma previstas pelo art. 41-A da Lei n° 9.504/97 não constituem novas hipóteses de inelegibilidade. 3. A captação ilícita de sufrágio é apurada por meio de representação processada de acordo com o art. 22, incisos I a XIII, da Lei Complementar n° 64/90, que não se confunde com a ação de investigação judicial eleitoral, nem com a ação de impugnação de mandato eletivo, pois não implica a declaração de inelegibilidade, mas apenas a cassação do registro ou do diploma. 4. A representação para apurar a conduta prevista no art. 41-A da Lei n° 9.504/97 tem o objetivo de resguardar um bem jurídico específico: a vontade do eleitor. 5. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente.

(ADI 3592, Relator Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 26/10/2006, DJ 02-02-2007 PP-00071 EMENT VOL-02262-02 PP-00389 RTJ VOL-00209-01 PP-00097) – no original não constam os destaques.

Na verdade, a declaração de inelegibilidade, quando discutida e debatida no processo, embora a sentença a ela faça referência, deve ser reservada a momento futuro, quando da verificação das condições de inelegibilidade.

Assim leciona José Jairo Gomes, quando trata dos aspectos processuais da ação por captação ilícita de sufrágio:

“Objeto – busca-se com essa ação a cassação do registro ou do diploma, bem como a imposição de ‘multa de mil a cinquenta mil Ufirs’. Reflexamente, também se almeja a inelegibilidade do réu, conforme estabelece a alínea ‘j’, I, da LC n. 64/90 (inserida pela LC n. 135/2010)”.

Julgamento – sendo o pedido exordial julgado procedente, sujeita-se o representado às sanções de cassação de registro ou diploma, além de multa. Ademais, a cassação de registro ou diploma acarreta a inelegibilidade do réu (LC n. 64/90, art. 1º, I, j). No caso, a inelegibilidade apresenta-se como efeito externo, reflexo ou secundário da decisão que julga procedente o pedido formulado na petição inicial. Por isso, ela não deve constar do dispositivo da sentença ou do acórdão condenatório, pois somente será declarada em futuro e eventual processo de registro de candidatura – isso porque, na dicção do § 10 do art. 11 da LE: ‘as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura’”. (Direito Eleitoral, 12ª edição. Atlas, São Paulo, 2016, páginas 732 e 737). – original sem os destaques.

Em artigo publicado, Hardy Waldschmidt, Secretário Judiciário do TRE/MS e professor de Direito Eleitoral da ESMAGIS, também tem o mesmo entendimento, qual seja, a impossibilidade jurídica da declaração de inelegibilidade, nos autos de representação por captação ilícita de sufrágio ou conduta vedada aos agentes públicos, igualmente à consideração de que a declaração de inelegibilidade é mero efeito automático da decisão:

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É oportuno ressaltar que na legislação eleitoral somente a ação com fundamento em uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social contempla a declaração de inelegibilidade, como sanção, a ser decretada na sentença.

Por outro lado, a Lei da Ficha Limpa, além de alterar dispositivos da Lei Complementar n.º 64/90, estabelece hipóteses de inelegibilidade que visam proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato, preconizadas no art. 14, § 9.º, da Constituição Federal.

Dentre as várias novas hipóteses incluídas no inciso I do art. 1.º da Lei Complementar n.º 135/2010, a descrita pela alínea “j”, impõe inelegibilidade para qualquer cargo, pelo prazo de 8 anos a contar da eleição, a todos aqueles que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma.

Diferentemente do disposto no art. 22, inciso XIV, da LC n.º 64/90, denota-se que nestes casos (AIME, captação ilícita de sufrágio, captação ou gastos ilícitos de recursos ou conduta vedada aos agentes públicos) a inelegibilidade revela-se um mero efeito automático da decisão, não podendo, portanto, ser declarada na sentença, a qual deve se limitar a dispor sobre as sanções de multa, nas hipóteses previstas pela legislação, e de cassação do registro ou diploma, em cada um dos bens jurídicos tutelados – os originais contém os destaques.

Existe julgamento do Tribunal Superior Eleitoral, realizado muito após a vigência da chamada Lei da Ficha Limpa, em 09/09/2011, em que se vê, de modo muito claro, o acolhimento dessa posição preconizada pela doutrina. Nos autos do Recurso Especial Eleitoral n. 5-57, a colenda Corte de Justiça Eleitoral entendeu, como resumo de suas conclusões, que “a inelegibilidade não é pena, não cabendo ser imposta em decisão judicial ou administrativa, salvo na hipótese do art. 22 da LC nº 64/90, conforme previsão expressa do seu inciso XIV, o que não prejudica a respectiva arguição por ocasião de pedido de registro de candidatura, se configurados os seus pressupostos”.

A compreensão do julgamento do egrégio TSE somente é possível se analisado o seu inteiro teor. Trata-se de Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, caso originário da Zona Eleitoral de Camamu/BA. Sua Excelência, o MM. Juiz Eleitoral, julgou improcedentes os pedidos. A Corte Regional Eleitoral da Bahia reformou a sentença, decidindo, em acórdão: a) a cassação do registro do diploma dos candidatos e, b) a declaração a inelegibilidade pelo prazo de oito (8) anos. O TSE reformou o julgamento da Corte Regional, excluindo explicitamente do dispositivo do acórdão a declaração de inelegibilidade, mantida apenas a imposição de multa e a decretação de cassação do registro do diploma.

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

ACÓRDÃO

RECURSO ESPECIAL ELEITORAL Nº 5-57.2008.6.05.0078 -

CLASSE 32 -CAMAMU - BAHIA

Relator: Ministro Arnaldo Versiani

Recorrentes: loná Queiroz Nascimento e outro

Advogados: Carla Maria Nicolini e outros

Recorrida: Coligação Por um Camamu Decente (PRB/PSL/PTN/PR/PPS/DEMIPTCIPRP/PSDB)

Advogados: Déborah Cardoso Guirra e outros

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Recorrida: Noélia Maria Nascimento da Silva

Advogados: Déborah Cardoso Guirra e outro

Recorrido: Américo José da Silva

Advogados: Fernando Neves da Silva e outros

Ação de impugnação de mandato eletivo. Abuso do poder econômico. Inelegibilidade.

1. Para rever a conclusão do Tribunal Regional Eleitoral quanto à procedência de ação de impugnação de mandato eletivo, dada a configuração do abuso do poder econômico consistente na distribuição de refeições a eleitores, na antevéspera das eleições, durante a realização de evento político, com a utilização de trio elétrico e a presença da própria candidata ao cargo de prefeito, cujo fato teria evidente intuito de viciar a vontade do eleitor e macular a legitimidade das eleições, seria necessário rever o contexto fático-probatório da demanda, o que encontra óbice na Súmula nº 279 do Supremo Tribunal Federal.

2. A procedência da ação de impugnação de mandato eletivo acarreta a cassação do mandato obtido por meio dos ilícitos de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude, a que se refere o § 10 do art. 14 da Constituição Federal.

3. A inelegibilidade não é pena, não cabendo ser imposta em decisão judicial ou administrativa, SALVO NA HIPÓTESE DO ART. 22 DA LC Nº 64/90, CONFORME PREVISÃO EXPRESSA DO SEU INCISO XIV, o que não prejudica a respectiva arguição por ocasião de pedido de registro de candidatura, se configurados os seus pressupostos.

Recurso especial parcialmente provido.

Acordam os ministros do Tribunal Superior Eleitoral, por unanimidade, em prover parcialmente o recurso, nos termos das notas de julgamento.

Brasília, 16 de agosto de 2011.

MINISTRO ARNALDO VERSIANI - RELATOR

RELATÓRIO

O SENHOR MINISTRO ARNALDO VERSIANI: Senhor Presidente, o Juízo da 78 Zona Eleitoral da Bahia julgou improcedente ação de impugnação de mandato eletivo, com fundamento em abuso do poder econômico e captação ilícita de sufrágio, proposta pela Coligação Por um Camamu Decente contra loná Queiroz Nascimento e Fernando Luis d Santana, candidatos eleitos aos cargos de prefeito e vice-prefeito do Município de Camamu/BA em 2008 (fls. 760-768).

Foi interposto recurso pela autora e pelos segundos colocados na referida eleição majoritária, Américo José da Silva e Noélia Maria Nascimento da Silva (fls. 782-790).

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, por maioria, deu parcial provimento ao recurso, para cassar o mandato dos réus e decretar a inelegibilidade deles pelo prazo de oito anos, a teor da Lei Complementar nº 135/2010. Foi determinada, ainda, a diplomação dos segundos colocados.

Eis a ementa do acórdão regional (fi. 891):

Recurso. AIME. Abuso de poder econômico. Evento político. Antevéspera da eleição. Trio Elétrico. Concentração de eleitores.

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Distribuição gratuita de refeições. Ilicitude. Configuração. Provimento parcial. Cassação de mandato. Diplomação dos segundo colocados. Aplicabilidade da LC nº 13512010. Decretação de inelegibilidade por oito anos.

Dá-se parcial provimento a recurso, para reconhecer, dentre as ilicitudes apontadas, o abuso de poder econômico, configurado pela distribuição de refeições a eleitores, na antevéspera das eleições, durante a realização de evento político, com a utilização de trio elétrico e a presença da própria candidata à prefeitura municipal, restando evidente o intuito de viciar a vontade do eleitor e, em consequência, macular a legitimidade das eleições.

Assim, reconhecida a ilicitude perpetrada, impõe-se a cassação dos mandatos, com a determinação de diplomação dos segundo colocados, por não ser aplicável o art. 224 do Código Eleitoral, tendo em vista que os recorridos obtiveram menos de 50% dos votos válidos. Outrossim, entendo ser cabível, in casu, a aplicabilidade da LC nº 135/2010, decretando-se a inelegibilidade dos recorridos por oito anos.

A advogada dos ora recorrentes teve ciência do acórdão regional, em 4.11.2010, conforme se infere da certidão de fl. 895.

No dia seguinte, houve a oposição de embargos de declaração e a interposição de recurso especial por Fernando Luis de Santana (fls. 957-966 e 935-956).

O acórdão foi publicado em 8.11.2011, segundo certidão de fl. 896.

Nessa data, loná Queiroz Nascimento também opôs embargos de declaração (fis. 899-908) e recurso especial (fls. 909-932). Também nesse momento, Fernando Luis de Santana ratificou os embargos de declaração (fI. 897) e o recurso especial (fI. 898).

O Tribunal a quo rejeitou preliminar de afronta ao princípio da unirrecorribilidade e também rejeitou os dois embargos de declaração opostos (fls. 979-984).

No recurso especial de fls. 909-932, loná Queiroz Nascimento sustenta que não pretende o reexame de matéria fática, e sim obter nova valoração probatória.

Afirma que o acórdão regional contrariou o art. 5º, LIV, da Constituição Federal e os arts. 131 e 383, caput, do Código de Processo Civil, "na medida em que incidiu em uma série de desconformidades, pertinentes à valoração do conjunto probatório dos autos" (fl. 915).

Argumenta que "houve unanimidade quanto à convicção no sentido da falta de credibilidade dos depoimentos testemunhais, eis que parciais e contraditórios, bem como, de que as imagens e fotografias juntadas pelos Recorridos não se prestam, uma vez inseridas no contexto probatório, quer a determinar a certeza acerca da ocorrência dos fatos, quer, da potencialidade da conduta" (fl. 922).

Aduz que, nos termos do art. 383 do Código de Processo Civil, as fotos utilizadas pelos ora recorridos somente poderiam ser reconhecidas como prova caso tivessem sido anexadas aos autos com os respectivos negativos, o que não ocorreu. Acrescenta que a mídia nas quais estariam inseridas as fotografias não seria apta a garantir a integridade do material, de modo que possibilitasse certificar eventual ocorrência de montagens/trucagens, o que comprometeria a validade dessa prova.

Assevera, ainda, que do teor da decisão proferida pelo Tribunal de origem se percebe que "foram recortados trechos convenientes dos depoimentos, do ponto de vista do provimento do recurso eleitoral, bem como, foi totalmente desconsiderado o depoimento da testemunha dos Impugnados" (fI. 926), fato que impõe nova valoração da prova por esta Corte.

No que se refere à potencialidade do fato apurado na AIME, argui que não corresponde à realidade a afirmação do Tribunal a

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quo de que o valor de R$ 18.000,00 teria sido pago, em 3.10.2008, com publicidade em carros de som.

Afirma que, conforme se depreende dos autos, o referido serviço teria sido prestado por 20 dias e, portanto, em tal data, o gasto corresponderia apenas a R$ 264,00.

De outra parte, assinala que, à míngua de prova testemunhal que indique a quantidade de pessoas supostamente beneficiadas pela distribuição gratuita de alimentos, o vídeo constante dos autos permitiria concluir que se trataria, no máximo, de 20 pessoas.

Acrescenta que, "por outro lado, nada há de palpável, de concreto, no sentido da hipotética vinculação, ainda que remota, entre os fatos analisados e a diferença no quantitativo dos votos apurados" (fi. 929).

Em face dessas circunstâncias, aduz que não há mais falar em potencialidade da conduta analisada, visto que não residiria nos autos nenhum elemento que permita concluir pela interferência no resultado do pleito.

Defende que, ao se cominar a sanção de inelegibilidade por oito anos, consideradas as novas disposições da Lei Complementar nº 13512010, foram violados os princípios constitucionais da anualidade e da irretroatividade da lei penal (art. 50, XL, da Constituição Federal), já que a AIME diz respeito à eleição de 2008. Insiste em que a referida lei complementar não pode incidir em relação ao caso em comento, já que lei não prejudicará ato jurídico perfeito, conforme asseguram os arts. 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal e 6º, § 1º, da Lei de Introdução ao Código Civil.

Salienta que à época dos fatos o período de inelegibilidade previsto na Lei Complementar nº 64190, em seu art. 1º, inciso I, alínea ‘d’, era de três anos.

Por sua vez, Fernando Luis de Santana, em seu recurso especial (fls. 935-956), reitera os mesmos argumentos expostos no recurso da prefeita loná Queiroz Nascimento.

Ademais, houve novo recurso especial interposto após o julgamento dos embargos de declaração (fis. 990-1.016), em que loná Queiroz Nascimento e Fernando Luis de Santana ratificaram os termos dos recursos especiais anteriormente apresentados, acrescentando, ainda, preliminar de negativa de prestação jurisdicional, porquanto o Tribunal a quo se teria recusado a proceder à juntada de nova prova trazida aos autos após a oposição dos declaratórios.

Esclarecem que no juízo eleitoral foram propostas, no mesmo período, duas ações, uma de investigação judicial e outra de impugnação de mandato eletivo, lastreadas no mesmo fato, e que tal prova - alusiva a depoimento - foi produzida no âmbito daquela AIJE.

Aduzem, inclusive, que tramitou perante a Corte de origem o Recurso Eleitoral nº 2-05.2008.6.05.0078, que se refere à aludida AIJE, onde se deu provimento ao recurso para anular a sentença do Juízo Zonal a fim de instruir de forma mais robusta os autos. Razão pela qual houve a oitiva da testemunha, cujo depoimento se buscou ajuntada, desejando-se a apreciação e valoração da prova"(fl. 993), o que não ocorreu na hipótese dos autos.

Invocam o art. 397 do Código de Processo Civil, a fim de defender a possibilidade de juntada de documento novo, mesmo em fase de recurso, desde que respeitado o contraditório e ausente a má-fé.

Asseveram que tal documento apresenta fato desconhecido e com capacidade de mudar todo o entendimento sobre o processo.

Argumentam que não se trata de buscar instruir o feito com a oitiva de nova testemunha não ouvida à época, mas de aproveitamento de prova emprestada, produzida de forma superveniente.

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Foram apresentadas contrarrazões às fls. 1.048-1.060.

A Procuradoria-Geral Eleitoral opinou pelo parcial provimento do recurso, quanto à não aplicação da sanção de inelegibilidade pelo prazo de oito anos, considerada a decisão do Supremo Tribunal Federal no Recurso Extraordinário nº 633.703 (fls. 1.064-1.071).

Por fim, anoto que, em decisão de 9.12.2010 (fis. 1.041-1.046), deferi pedido cautelar (Ação Cautelar nº 4160-16), a fim de suspender os efeitos das decisões regionais no Recurso Eleitoral n 5-57.2008.6.05.0078, até a apreciação dos recursos especiais pelo Tribunal.

VOTO

O SENHOR MINISTRO ARNALDO VERSIANI (relator): Senhor Presidente, Inicialmente, observo que os recorrentes apontaram violação ao art. 383 do Código de Processo Civil, ao fundamento de que as fotos apresentadas pelos recorridos não se fizeram acompanhar dos respectivos negativos e, ainda, que a mídia apresentada não seria suficiente para garantir a integridade do material e a consequente validade da prova.

Embora tal questão tenha sido suscitada pelos recorrentes nos embargos de declaração, o Tribunal de origem entendeu tratar-se de" meras desconformidades em relação à valoração das provas constantes dos autos, não sendo esta a via adequada para tal discussão "(fl. 984).

Não houve, assim, manifestação explícita sobre o ponto e o recurso especial não suscita contrariedade ao art. 275 do Código Eleitoral.

Por outro lado, não é o art. 383 do Código de Processo Civil que exige a apresentação dos respectivos negativos, mas sim o § 10 do art. 385 do mesmo código, que não foi dado como violado. O art. 383 se limita a prever a possibilidade de a reprodução fotográfica ser impugnada, permitindo-se a realização de exame pericial para verificação de sua autenticidade, não havendo, entretanto, nos autos menção a que essa perícia tenha sido requerida.

Ademais, para fins de comprovação do fato que ensejou a cassação do mandato, verifico que o acórdão regional não se baseou apenas em fotografias, mas também em prova testemunhal e vídeo, cuja mídia foi juntada aos autos, conforme aponta o relator em seu voto, à fl. 848, bem como o revisor à fl. 852.

Os recorrentes sustentaram, ainda, preliminar de negativa de prestação jurisdicional, porquanto o Tribunal a quo se teria recusado a admitir nova prova - trazida aos autos após a oposição dos embargos -, invocando, para sua admissão no processo, o disposto no art. 397 do Código de Processo Civil.

No caso, pretendeu-se a juntada de depoimento colhido no âmbito de ação de investigação judicial eleitoral, cujos fatos seriam os mesmos da ação objeto do presente recurso.

Quanto a essa questão, tenho que bem se pronunciou o relator no Tribunal a quo no julgamento dos embargos de declaração (fis. 982-983):

No dia de ontem (01/12/2010), chegou ao meu gabinete o expediente n.º 68.264/2010, por meio do qual a Prefeita loná Queiroz Nascimento e seu vice, Fernando Luis de Santana, pleiteiam a juntada de cópia do depoimento de uma testemunha, qual seja a

Sra. Maria do Socorro Malta Coutinho de Souza, que foi ouvida pelo Juízo a quo, em 16/11/2010, nos autos da AIJE nº 2-05.2008, requerendo, com isso, que o mesmo seja apreciado neste processo, para fins de comprovação da suposta inocência

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dos representados.

É de rigor assinalar, todavia, que, neste momento processual, a prova dos autos já foi analisada e, devidamente, valorada, já tendo esta Corte decidido a respeito dos fatos constantes dos autos.

O artigo 397 do CPC dispõe sobre a possibilidade de juntada de novos documentos, a qualquer tempo, desde que destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados, ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos. 0 depoimento objeto do requerimento, ora em análise, não se subsome a nenhuma das duas hipóteses.

Como acentuado pelos próprios requerentes, os fatos tratados naquela AIJE são idênticos aos que lastrearam esta A/ME. Pontue-se, ainda, que os representados não demonstraram a existência de qualquer óbice à oitiva da testemunha em questão, nos presentes autos. Ocorre, entretanto, que a mesma não foi arrolada para depor nesta ação, impondo-se, assim, o reconhecimento da preclusão, em virtude do que indefiro o pedido constante do encimado expediente.

De fato, a nova prova foi apresentada depois do julgamento do recurso eleitoral pelo Tribunal de origem, após, inclusive, a oposição dos embargos de declaração e na iminência de seu julgamento.

Admitir essa prova implicaria evidente tumulto processual e ofensa ao devido processo legal, considerando que o caso já tinha sido decidido. Aliás, a própria oitiva da referida testemunha nos autos de outra ação ocorreu cerca de duas semanas após o julgamento do recurso.

Segundo apontou o voto condutor, esse depoimento não se constituiu em nova prova ou mesmo documento novo, já que poderiam os recorrentes até mesmo ter arrolado aquela testemunha por ocasião da instrução inicialmente procedida nestes autos.

E o art. 397 do Código de Processo Civil permite a juntada de documentos novos, "quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados, ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos", o que, além de não se adequar à presente hipótese, pressupõe a pendência de julgamento, e não após a sua realização.

No mérito, conforme se verifica do relatório do acórdão regional (fi. 837), a ação de impugnação de mandato eletivo fundou-se em três fatos, sendo que em relação a dois deles foi reconhecida a inexistência de prova dos respectivos ilícitos (fls. 843-845).

No que tange, todavia, à "distribuição de refeições e cestas básicas no dia 03/10/2008 (sexta-feira, antevéspera das eleições), no restaurante 'Tia S', na localidade de Barcelos do Sul, ocasião em que se teria promovido evento em favor da campanha (..), com trio elétrico e concentração de eleitores" (fl. 837), o Tribunal de origem entendeu configurado o abuso do poder econômico.

Extraio do acórdão regional (fis. 845-849):

Imputou-se aos Representados a distribuição de lanches e cestas básicas no dia 03/10/2008 (sexta-feira), no restaurante 'Tia SÇ na localidade de Barcelos do Sul, distrito do município de Camamu.

Não se detectou, porém, qualquer evidência de que tenham sido distribuídas cestas básicas naquela ocasião. Entretanto, o mesmo não se pode afirmar no que se refere aos lanches e/ou refeições. Os elementos de prova são contundentes no sentido de que, efetivamente, houve distribuição de alimentos, servidos em recipientes descartáveis (quentinhas), e entregues às pessoas que se encontravam na fila.

Também restou demonstrado que estava ocorrendo um evento, com nítido caráter eleitoreiro, promovido pela, então,

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candidata a prefeita da cidade, no qual se fez uso de um trio elétrico. O fato é confirmado pela prestação de contas da candidata, cuja cópia fora acostada ao processo, na qual se vê, à fI. 151, o registro de despesa com PUBLICIDADE POR CARROS DE SOM, na mesma data de 0311012008, no valor de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais).

Há, ainda, nos autos, os depoimentos de duas testemunhas, cujos principais trechos merecem destaque. De início, vejamos o que declarou a Sra. Paula Regina Aragão, proprietária de um estabelecimento comercial, cuja sede fica próxima ao local onde teriam ocorrido as práticas noticiadas:

"Que estava em Barcelos, onde reside, no dia 03 de outubro, que neste dia houve manifestação política do PT na localidade. Que pouco depois do meio dia, a candidata loná chegou à localidade juntamente com uma comitiva, todos vestindo camisas vermelhas, portando bandeiras, acompanhados de um mini trio. [..] Que houve distribuição de comida em um restaurante próximo ao seu comércio, [..] Que hora nenhuma viu o pagamento por parte das pessoas que chegaram a formar fila. [..] Que o comércio que possui fica a duas casas do restaurante onde houve distribuição de comida."(PAULA REGINA ARAGÃO - fis. 100/101)

Por sua vez, eis o que afirmou o Sr. Jairo Bonfim Araujo, servidor público municipal, que esteve presente no local, a serviço da Justiça

Eleitoral:

"Que é servidor público municipal à disposição do judiciário. [..] Que esteve no dia 03 de outubro em Barcelos do Sul a serviço da Justiça Eleitoral. [..] Que chegando a Barcelos, viu que o trio estava tocando, estacionado, conversando, então, com o motorista, que parou a música. Que estava sendo veiculada, em CD, música da campanha do PT. Que havia pessoas espalhadas pela praça, porém não havia comício. [..] Que chegou a Barcelos entre quinze e quinze e trinta horas. Que viu pessoas altrioçando no restaurante Tia S, porém não sabe se estava sendo feita distribuição de alimentos. Que na janela do restaurante havia uma fila. Que não procurou saber o motivo da fila. Que não viu pessoas no interior do restaurante almoçando, e sim do outro lado da rua. Que a maioria destas pessoas estavam de camisa vermelha. [..] Que as camisas eram padronizadas. [..] Que os alimentos estavam sendo ingeridos pelas pessoas que estavam do outro lado da rua, estavam em pratos descartáveis. [..] Que viu a representada loná na localidade, tendo inclusive falado com a mesma. Que loná estava na praça, a aproximadamente duzentos metros do restaurante."(JAIRO BONFIM ARA UJO - FLS. 1061107)

Pois bem, O Cartório Eleitoral da 781 Zona recebeu uma denúncia de que havia um trio elétrico em Barcelos do Sul, que é um povoado de pescadores, vinculado à jurisdição eleitoral de Camamu, município situado na Região do Baixo-Sul da Bahia. Barcelos do Sul, ressalte-se, conforme relatório fornecido pela Justiça Eleitoral (fI. 113) é composto por, aproximadamente, 1.040 eleitores.

Em face da notícia, o servidor Jairo Araujo foi orientado a "conversar com o motorista, informando-lhe que era proibida tal atitude' conforme sua declaração à fl. 107.

Chegando ao povoado, constatou a veracidade da denúncia, tendo encontrado, no local, a própria candidata a prefeita, a Sra. loná Queiroz Nascimento. Demais disso, percebeu que havia pessoas almoçando do lado de fora do restaurante 'Tia S, de o mesmo estar vazio:

Que na janela do restaurante havia uma fila. [..] Que não viu pessoas no interior do restaurante almoçando, e sim do outro lado da rua. [..] Que o restaurante embora pequeno, tinha duas mesas apropriadas para os clientes. Que os alimentos estavam sendo ingeridos pelas pessoas que estavam do outro lado da rua, estavam em pratos descartáveis. (JAIRO ARAÚJO —II. 107)

Conquanto tenha notado que estava diante de um evento político, às vésperas das eleições municipais, com concentração de eleitores e trio elétrico, a divulgar músicas de campanha, onde encontrou a própria candidata ao cargo de prefeita, o servidor municipal parece não ter, sequer, estranhado o fato de haver pessoas numa fila, na frente de um restaurante que estava vazio, situado nas proximidades do local onde o trio estava estacionado, e que tais pessoas estivessem almoçando em recipientes (quentinhas), do outro lado da rua. Mesmo diante de todas as essas circunstâncias, o servidor declarou:

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"[que] não sabe se estava sendo feita distribuição de alimentos. [..] Que não procurou saber o motivo da fila." (JAIRO ARAÚJO - fi. 107)

A aparente apatia do funcionário foi assim justificada:

"Que foi a [sic] localidade para colocar nos bares a portaria que proibia a venda de bebidas alcoólicas. Que não foi enviado pelo Juiz Eleitoral a Barcelos do Sul para apuração de denúncia relativa a [sic] distribuição de cestas básicas." (JAIRO ARAUJO — fI. 107)

Os fatos narrados pelas duas testemunhas revelam-se harmônicos com as fotografias coligidas aos autos (fis. 12/13), nas quais é possível verificar a presença de pessoas em fila, à porta do citado restaurante 'Tia S'. Observa-se, ainda, que no muro daquele estabelecimento há diversas propagandas eleitorais, com as inscrições dos nomes da Coligação CAMAMU QUER MUDAR, do candidato a vice-prefeito, o Sr. Fernando Santana, e do número da candidata eleita, que concorreu com o número 13.

A tais evidências, soma-se o vídeo constante da mídia à II. 10, que corrobora os depoimentos e as fofos, restando satisfatoriamente demonstrado, por conseguinte, que, efetivamente, houve o evento noticiado, com utilização de trio elétrico a divulgar o jingle da campanha da Representada, ao qual compareceram pessoas trajando camisas vermelhas e portando bandeiras, e outras tantas, sem vestimenta padronizada.

A proximidade entre o restaurante e o local onde ocorrera o evento, as ostensivas propagandas constantes do muro daquele estabelecimento, em apoio aos Representados, a simplicidade das pessoas retratadas à fila, a presença da Representada no local, e a iminência do Pleito são circunstâncias significativas que, reunidas, denotam o caráter eleitoreiro da distribuição das refeições, intrincando-a à campanha dos Representados.

Impede destacar, ainda, que a diferença, entre a primeira e o segundo colocados nas urnas, nas Eleições de 2008, foi de apenas 267 votos, donde se extrai que as práticas ora guerreadas apresentam potencialidade para influir no resultado apurado.

Assim é que, da análise circunstanciada dos fatos, saltam aos olhos as ilicitudes praticadas, mediante o abuso de poder econômico, no sentido de obter a preferência daquela população, viciando-lhe a vontade e exercendo inegável influência na obtenção do ínfimo diferencial de votos entre os dois primeiros colocados.

Verifico, portanto, que o Tribunal de origem reconheceu o seguinte: a) houve distribuição de alimentos a pessoas que se encontravam em fila do lado de fora de restaurante, o qual estava vazio, havendo no muro desse restaurante diversas propagandas eleitorais dos recorrentes; b) naquele dia, às vésperas das eleições, realizou-se evento com nítido caráter eleitoreiro, promovido pela primeira recorrente (candidata ao cargo de prefeito), com a utilização de trio elétrico, que divulgava o jingle da respectiva campanha; c) compareceram ao evento pessoas trajando camisas vermelhas e portando bandeiras e outras tantas sem vestimenta padronizada.

Daí ter-se concluído, em suma, que 'a proximidade entre o restaurante e o local onde ocorrera o evento, as ostensivas propagandas constantes do muro daquele estabelecimento, em apoio aos Representados, a simplicidade das pessoas retratadas à fila, a presença da Representada no local, e a iminência do Pleito são circunstâncias significativas que, reunidas, denotam o caráter eleitoreiro da distribuição das refeições, intrincando-a à campanha dos Representados"(fl. 849).

No tocante à potencialidade desse fato, o acórdão regional assinalou que o local onde ocorreu o evento - Barcelos do Sul -"é um povoado de pescadores, vinculado à jurisdição eleitoral de Camamu, município situado na região do Baixo-Sul da Bahia. Barcelos de Sul, ressalte-se, conforme relatório fornecido pela Justiça Eleitoral (fl. 113) é composto por, aproximadamente, 1.040 eleitores"(fl. 847).

Também afirmou-se que "a diferença, entre a primeira e o segundo colocados nas umas, nas Eleições de 2008, foi de apenas

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267 votos, donde se extrai que as práticas ora guerreadas apresentam potencialidade para influir no resultado apurado "(fi. 849).

Logo, para rever a conclusão do acórdão regional de que ficou configurado o abuso do poder econômico, "pela distribuição de refeições a eleitores, na antevéspera das eleições, durante a realização de evento político, com a utilização de trio elétrico e a presença da própria candidata à prefeitura municipal, restando evidente o intuito de viciar a vontade do eleitor e, em consequência, macular a legitimidade das eleições"(fl. 891), seria necessário o exame do contexto fático-probatório dos autos, o que encontra óbice na Súmula nº 279 do Supremo Tribunal Federal.

Por outro lado, o Tribunal de origem, além de cassar os mandatos dos recorrentes, acolheu os termos do voto do juiz revisor e declarou a inelegibilidade pelo prazo de oito anos, com base no art. 1, 1, d, da Lei Complementar nº 64/90, diante da alteração trazida pela Lei Complementar nº 135/2010 (fl. 849).

Nesse ponto, penso que foi contrariada a citada alínea d, conforme sustentado no recurso especial, o que conduz à aplicação do direito à espécie, nos termos da Súmula 456-STF.

Este Tribunal já decidiu que" a procedência da AIME enseja a cassação do mandato eletivo, não se podendo impor multa ou inelegibilidade, à falta de previsão normativa "(Agravo Regimental no Recurso Especial nº 51586-57, de minha relatoria, de 10.3.2011).

Realmente, o art. 14, § 10, da Constituição Federal não contempla outra espécie de consequência que não seja a cassação do mandato obtido por meio dos ilícitos de corrupção, fraude ou abuso do poder econômico.

Se, não obstante, a procedência da ação de impugnação de mandato eletivo, com o reconhecimento do ilícito, já agora, em virtude das inovações introduzidas pela Lei Complementar nº 135/2010, acarreta outras consequências, inclusive a inelegibilidade, devem ser elas discutidas no âmbito de eventual processo de registro de candidatura, que representa a oportunidade própria para se arguir a inelegibilidade de qualquer candidato. (tal qual o posicionamento de José Jairo Gomes, acima citado)

Isso porque a inelegibilidade não é pena, não cabendo ser imposta em decisão judicial ou administrativa, SALVO NA HIPÓTESE DO ART. 22 DA LC Nº 64/90, CONFORME PREVISÃO EXPRESSA DO SEU INCISO XIV, o que não prejudica a respectiva arguição por ocasião de pedido de registro de candidatura, se configurados os seus pressupostos.

Pelo exposto, dou parcial provimento ao recurso especial, para restringir o resultado da procedência da ação de impugnação de mandato eletivo à cassação dos respectivos mandatos.

VOTO

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO: Senhor Presidente, já ressaltei, nesta sessão, que o julgamento se faz a partir do que assentado pelo Tribunal de origem. No caso, concluiu-se no sentido da distribuição dos alimentos na antevéspera das eleições.

Acompanho o Relator, dando provimento apenas parcial ao recurso.

EXTRATO DA ATA

REspe nº 5-57.2008.6.05.0078/BA. Relator: Ministro Arnaldo Versiani. Recorrentes: loná Queiroz Nascimento e outro

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(Advogados: Cana Maria Nicolini e outros). Recorrida: Coligação Por um Camamu Decente (PRBIPSLIPTNIPRIPPS/DEMIPTCIPRPIPSDB)

(Advogados: Déborah Cardoso Guirra e outros). Recorrida: Noélia Maria Nascimento da Silva (Advogados: Déborah Cardoso Guirra e outro). Recorrido: Américo José da Silva

(Advogados: Fernando Neves da Silva e outros). Usaram da palavra, pelos recorrentes, o Dr. Sidney Sá das Neves e, pelo recorrido Américo José da Silva, o Dr. Fernando Neves da Silva.

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, proveu parcialmente o recurso, nos termos do voto do relator.

Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes as Ministras Cármen Lúcia e Nancy Andrighi, os Ministros Marco Aurélio, Gilson Dipp, Marcelo Ribeiro e Arnaldo Versiani, e a Vice-Procuradora-Geral Eleitoral, Sandra Cureau.

SESSÃO DE 16.8.2011.

Conforme se extrai do julgamento, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, por maioria, deu parcial provimento ao recurso, para cassar o mandato dos réus e decretar a inelegibilidade deles pelo prazo de oito anos, a teor da Lei Complementar nº 135/2010; ao passo que o TSE, reformando o acórdão, deu parcial provimento ao recurso especial, para restringir o resultado da procedência da ação de impugnação de mandato eletivo à cassação dos respectivos mandatos.

Das doutrinas transcritas (José Jairo Gomes e Hardy Waldschmidt) e da posição do Tribunal Superior Eleitoral, chega-se às seguintes seguras conclusões:

a) em se tratando de Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, Representação por Captação Ilícita de Sufrágio, Representação por Arrecadação Ilícita de Recursos e Representação por Conduta Vedada aos Agentes Públicos, a sentença não pode conter, em seu dispositivo, a declaração de inelegibilidade pelo prazo de oito anos;

b) em tais ações, a questão da inelegibilidade é efeito externo ou reflexo à sentença, o que possibilita a discussão da inelegibilidade em processo futuro, quando da verificação das condições de inelegibilidades;

c) somente em Ação de Investigação Judicial Eleitoral, por expressa previsão do art. 22, inciso XVI, pode ser afirmada por sentença (“rectius”: em seu dispositivo) a declaração de inelegibilidade.

Então, em caso de eventual procedência dos pedidos ministeriais, a imposição de inelegibilidade não será objeto do dispositivo da sentença. Se procedentes os pedidos, a sentença limitar-se-á à cassação do diploma dos eleitos, com a consequente perda do mandato, e a imposição de multa.

II-B. RESTRIÇÃO QUANTO AO LITISCONSÓRCIO

A conduta que se averiguou nesta representação teria sido praticada pelo Senhor Riandro Petrucci Pireda, então candidato a Vice-Prefeito na chapa majoritária encabeçada por Leonardo Paes Barreto Coutinho, à época candidato a Prefeito.

Andou certo a representação ao deduzir os pedidos em face dos dois candidatos. O caso encerra litisconsórcio unitário necessário, Necessário porque, para a formação da relação processual, é obrigatória a integração à lide de todos os interessados; unitário, na medida em que a decisão poderá ser igual para ambos. Isso porque é a Constituição da República que, ao tratar dos votos atribuídos a candidato a Chefe do Poder Executivo Federal, estabelece que a eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado (§ 1º do art. 77), regra de rigorosa e necessária observação pelos Estados (Governador e Vice-Governador) e Municípios (Prefeito e Vice-Prefeito).

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Se a eleição do “cabeça de chapa” importa na eleição do respectivo vice, sem dúvida alguma o processo deve obrigatoriamente ser posto contra os dois. A vitória de um importa a vitória do outro. O malogro de um caracteriza o infortúnio do outro. Unicidade da chapa, em uma palavra.

A ressalva que aqui se faz necessária diz respeito a eventual sanção. Quando dito que a sentença – de eventual procedência da representação - poderá ser igual para ambos, aí há uma restrição: a aplicação eventual de pena pecuniária (uma das sanções previstas no art. 41-A, da LE) não poderá ser aplicada aos dois concorrentes, limitada àquele que tenha cometido o ilícito eleitoral, sem o conhecimento ou a acedência do outro.

Mais uma vez, interessante conferir o magistério de José Jairo Gomes:

“Conforme salientado anteriormente, nas eleições majoritárias, impõe-se a formação de litisconsórcio entre o titular e o vice. Trata-se de litisconsórcio unitário necessário.

Note-se, porém, que só há razoabilidade em se exigir a formação do litisconsórcio passivo necessário na ação em apreço quando houver pedido de cassação de registro de candidatura ou de diploma dos integrantes de chapa, eis que o abuso de poder a todos aproveita (ou seja, beneficia a chapa), não, porém, quanto ao pedido de multa, pois essa sanção tem caráter pessoal; quanto a ela, o litisconsórcio é simples e facultativo.

Desse modo, como, em tese, a prática do ilícito eleitoral é imputada, única e exclusivamente, ao representado Riandro Petrucci Pireda, se houver condenação, somente ele poderá sofrer a sanção pecuniária.

Feitas de minha parte estas duas observações de cunho processual, passo ao exame das alegações das partes.

Os representados levantam questões preliminares que necessitam ser desde logo enfrentadas:

II.C – AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA PARA A REPRESENTAÇÃO

Sustentam os requeridos a ausência de justa causa para a deflagração desta representação por captação ilícita de sufrágio, mediante, basicamente, a seguinte fundamentação: diante de fato atípico, não há interesse de agir e, via de consequência, inexiste justa causa para a ação; o mesmo devendo ser considerado mediante a imputação da prática de crime prescrito ou sem que haja qualquer elemento indiciário que fundamente a acusação.

Sobre o ponto, o MPE sustenta o contrário: os elementos que instruem a inicial dão arcabouço jurídico aos fatos lá devida e minunciosamente narrados.

Tem razão o representante. É evidente a existência de justa causa para a deflagração deste procedimento judicial.

A petição inicial, originariamente ajuizada pela coligação partidária e por um cidadão, vem instruída com uma mídia audiovisual, com parte do conteúdo da conversação transcrita. A mídia sempre esteve acostada ao processo – a não ser durante o período em que foi submetida à perícia.

Ora, nem tanto pela transcrição parcial, mas sobretudo pelo inteiro teor da gravação (áudio e vídeo) – que sempre esteve à disposição dos representados – não se pode concluir senão pela existência de justa causa para a deflagração desta representação.

II-C. LICITUDE DAS GRAVAÇÕES AMBIENTAIS OU CLANDESTINAS

O representante escuda-se em prova consistente em gravação de som e imagem da eleitora sem que esta tivesse

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conhecimento do registro áudio visual.

Para sustentar a tese da legitimidade da prova, o Ministério Público Eleitoral invoca precedentes jurisprudenciais, inclusive da Suprema Corte de Justiça do país.

Os representados, por sua vez, levantam a preliminar de inadmissibilidade da prova no processo, porque obtida por meio ilícito – captação de som e imagem clandestina sem o seu conhecimento e muito menos consentimento de um dos interlocutores, no caso, da eleitora Valéria Ribeiro da Silva. Para tanto, trazem à colação julgamento do Tribunal Superior Eleitoral, posicionamento diametralmente oposto daqueles invocados pelo representante.

Em face da objetiva contrariedade entre os julgamentos transcritos, a leitura do processo deixa qualquer pessoa perplexa, na medida em que são dispostos julgamentos em sentido francamente contrário um ao outro.

Há, por essa razão, necessidade de se tentar buscar a situação prevalecente na jurisprudência, à conta de que a sentença do juiz de primeiro grau deve prestigiar – antes respeitar em nome da segurança jurídica – os posicionamentos das instâncias superiores, postura voltada atualmente no Brasil para o fortalecimento dos precedentes judiciais, retratada no atual Código de Processo Civil, sem olvidar que o revogado (de 1973) já se voltava para a linha do fortalecimento e reconhecimento dos precedentes judiciais (“verbi gratia”, a então redação do art. 543-C, do CPC Buzaid).

O Plenário do Supremo Tribunal Federal, reafirmando sua jurisprudência consolidada, posicionou no sentido da admissibilidade, como prova, das gravações telefônicas clandestinas, desde que feita por um dos interlocutores. O inteiro teor do julgamento bem demonstra essa assertiva. O julgado é de 19/09/2009. Todavia, a partir dele, o Plenário da mais Alta Corte de Justiça do País decidiu, em 2015, formalizar tese, sob a forma de Recuso Extraordinário Repetitivo, a vincular expressamente as instâncias inferiores (art. 543-B, § 3º, do CPC de 1973, hoje revogado).

Eis o inteiro teor do julgamento:

19/11/2009 TRIBUNAL PLENO

REPERCUSSÃO GERAL POR OUEST. ORD. EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO 583.937 RIO DE JANEIRO

RELATOR : MIN. CEZAR PELUSO

RECTE.(S) : FERNANDO CORREA DE OLIVEIRA

ADV.(A/S) : DPE-RJ - CLÓVIS BOTELHO

ADV (A/S) : DPE-RJ - ADALGISA MARIA STEELE MACABU

RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

EMENTA: AÇÃO PENAL. Prova. Gravação ambiental. Realização por um dos interlocutores sem conhecimento do outro. Validade. Jurisprudência reafirmada. Repercussão geral reconhecida. Recurso extraordinário provido. Aplicação do art. 543-B, § 39, do CPC. É licita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem conhecimento do outro.

A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, sob a Presidência do Senhor Ministro GILMAR MENDES, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria, vencido o Senhor Ministro MARCO AURÉLIO, em reconhecer a existência de repercussão geral, reafirmar a jurisprudência da Corte acerca da admissibilidade do uso, como meio de prova, de gravação ambiental realizada por um dos interlocutores e dar provimento ao recurso da Defensoria Pública, para anular o

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processo desde o indeferimento da prova admissível e ora admitida, nos termos do voto do Relator. Votou o Presidente, Ministro GILMAR MENDES. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro EROS GRAU e, neste julgamento, o Senhor MINISTRO CARLOS BRITTO.

Brasília, 19 de novembro de 2009

Ministro CEZAR PELUSO

Relator

19/11/2009 TRIBUNAL PLENO

REPERCUSSÃO GERAL POR OUEST. ORD. EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO 583.937 RIO DE JANEIRO

RELATOR : MIN. CEZAR PELUSO

RECTE.(S) : FERNANDO CORREA DE OLIVEIRA

ADV.(A/S) : DPE-RJ - CLÓ VIS BOTELHO

ADV.(A/S) : DPE-RJ - ADALGISA MARIA STEELE MACABU

RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

R E L A T Ó R I O

O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO - (Relator): Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais da comarca da Capital/RJ e assim ementado:

"APELAÇÃO - JUIZADO ESPECIAL: DESACATO. PROVA SUFICIENTE. IMPARCIALIDADE DO JUIZ. PROVA ILÍCITA. APELO IMPROVIDO. 1. Vitima Magistrado que no exercício de suas funções e em razão dela foi desacatado. 2. O acusado procedeu com dolo de desprestigiar, menosprezar, diminuir a vítima, funcionário público, na sala de audiência em processo criminal em que o acusado figurava como réu. 3. Imparcialidade do Juiz sentenciante o qual apenas fundamentou sua sentença com análise do comportamento do acusado em audiência. 4. Prova obtida por meio ilícito, a qual só poderia ser utilizada se fosse o único meio de defesa do acusado. 5. Dosimetria correta. 6. Sentença mantida pelos próprios fundamentos. 7. Apelo improvido."

Ao recorrente foi imputada a prática do crime de desacato, que teve como ofendido o Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal da comarca de São Gonçalo/RJ, durante audiência judicial.

No curso da instrução, a defesa requereu a juntada de degravação de material produzido pelo réu e consistente em gravação ambiental da audiência em que se deram os fatos. O pedido foi indeferido pelo Juízo de 1º grau.

O recorrente foi, por fim, condenado, nos termos da denúncia, à pena de 1 (um) ano de detenção, em regime aberto, substituída aquela por pena restritiva de direitos. Interposta apelação pela defesa, a Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais da comarca da Capital/RJ negou-lhe provimento sob argumento de que, "quanto ao indeferimento da degravação de um CD, no qual consta a gravação feita pelo próprio acusado da audiência em que ocorreu o entrevero, tenho que tal prova é ilícita. Não há nenhuma garantia sobre o material produzido unilateralmente".

Alega o recorrente violação aos arts. 1°, inc. III, 5°, incs. X, LIV e LV, da Constituição Federal, sustentando ser lícita tal prova produzida pelo réu, representada por gravação ambiental, pois "as audiências criminais são públicas, não havendo qualquer objeção legal para sua gravação, ou qualquer menção nos autos que pudessem sugerir a decretação do segredo de justiça" e

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que "não existe no ordenamento qualquer limitação para gravação de colóquio interpessoal, em ambiente público, mesmo que clandestina ou sem conhecimento da gravação pelo outro interlocutor".

Apresenta preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, na forma do art. 543-A, § 29, do CPC. Argúi, em síntese, que a questão dos autos ultrapassaria os interesses subjetivos da causa.

É o relatório.

V O T O

O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO - (Relator):

1. O recurso extraordinário está submetido ao regime da

repercussão geral e versa, em substância, sobre tema cuja jurisprudência é consolidada nesta Corte no sentido da constitucionalidade do uso de gravação ambiental realizada por um dos interlocutores como prova. É que este entendimento responde à mesma ratio da validade de gravação telefônica efetivada por um dos interlocutores, porque, nem em um caso, nem em outro, a gravação por um dos interlocutores pode ser vista como interceptação.

A respeito, a Corte já acompanhou voto que, como Relator, proferi no julgamento do RE n. 402.717 (DJe de 13. 02. 2009), e que passo a reproduzir, por ser de todo aplicável ao caso:

"Como longamente já sustentei alhures, não há ilicitude alguma no uso de gravação de conversação telefônica feita por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, com a intenção de produzir prova do intercurso, sobretudo para defesa própria em procedimento criminal, se não pese, contra tal divulgação, alguma específica razão jurídica de sigilo nem de reserva, como a que, por exemplo, decorra de relações profissionais ou ministeriais, de particular tutela da intimidade, ou doutro valor jurídico superior. A gravação aí é clandestina, mas não ilícita, nem ilícito é seu uso, em particular como meio de prova.

A matéria em nada se entende com o disposto no art. 5°, XII, da Constituição da República, o qual apenas protege o sigilo de comunicações telefônicas, na medida em que as põe a salvo da ciência não autorizada de terceiro, em relação ao qual se configura, por definição mesma, a interceptação ilícita.

Esta, na acepção jurídica, vizinha à etimológica, na qual há ideia de subtração (< intereptus < intercipere < inter +capere), está no ato de quem, furtivamente, toma conhecimento do teor de comunicação privada da qual não é participe ou interlocutor.

A reprovabilidade jurídica da interceptação vem do seu sentido radical de intromissão que, operada sem anuência dos interlocutores, excludente de injuricidade, nem autorização judicial na forma da lei, rompe o sigilo da situação comunicativa, considerada como proprium dos respectivos sujeitos, que, salvas as exceções legais, sobre ela detêm disponibilidade exclusiva, como expressão dos direitos fundamentais de intimidade e liberdade.

Talvez conviesse observar que tal reprovabilidade se prende, na origem, à vulnerabilidade material relativa de que se revestem os canais de comunicação mediada, como o telefone, o telégrafo e as correspondências, perante o caráter restrito ou reservado que, em tese, esses instrumentos tecnológicos propõem às expectativas dos usuários interlocutores. Há, em tais condutos comunicativos, certa promessa de privatividade das interlocuções, que o sistema jurídico tem de assegurar em respeito à intimidade (privacy) dos interlocutores. Noutras palavras, porque estes devam confiar em garantias jurídicas da reserva natural, mas não absoluta, esperada do uso desses meios de comunicação, é que de regra o ordenamento reprime a interceptação, enquanto ingerência indevida de terceiro que devassa situação comunicativa reservada, porque alheia.

Ora, quem revela conversa da qual foi participe, como emissor ou receptor, não intercepta, apenas dispõe do que também é seu e, portanto, não subtrai, como se fora terceiro, o sigilo à comunicação, a menos que esta seja recoberta por absoluta indisponibilidade legal proveniente de obrigação jurídica heterônoma, ditada pela particular natureza da relação pessoal

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vigente entre os interlocutores, ou por exigência de valores jurídicos transcendentes.

Diz-se com efeito:

"O que fere a inviolabilidade do sigilo é, pois, entrar na comunicação alheia, fazendo com que o que deve ficar entre sujeitos que se comunicam privadamente passe ilegitimamente ao domínio de um terceiro. Ou seja, a inviolabilidade do sigilo garante, numa sociedade democrática, o cidadão contra a intromissão clandestina ou não autorizada pelas partes na comunicação entre elas... o objeto protegido pelo inc. XI do art. 5° da CF, ao assegurar a inviolabilidade do sigilo, não são os dados em si, mas sua comunicação. A troca de informações (comunicação) é que não pode ser violada por sujeito estranho à comunicação"

Tirante as situações excepcionais em que, no fundo, prepondera a exigência de proteção da intimidade, ou de outra garantia da integridade moral da pessoa humana, nenhuma consideração pode sobrepor-se à divulgação do relato de conversa telefônica, cuja prova seja necessária à reconstituição processual da verdade e, pois, à tutela de direito subjetivo do proponente, ou ao resguardo do interesse público da jurisdição. Nesse sentido, já se ponderou:

"Entre os valores de proteção da intimidade das pessoas e de busca da verdade nos processos, qual o valor mais nobre? A meu ver, o que diz respeito à verdade. Foi-se o tempo em que o processo civil se contentava com a verdade formal. A semelhança do processo penal, o civil também há de se preocupar com a verdade material. Chega-se à verdade através da prova, cujo ônus incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito. Mas existe fato de difícil prova! A saber, da produção de prova. Impedir que alguém a produza, digamos, por meio de gravação de conversas telefônicas, seria, a meu sentir, o mal maior".

A objeção, consistente, é que, sendo sempre limitado pelas regras de exclusão, o direito à prova não basta por justificar a admissibilidade processual da eficácia da gravação de conversa telefônica realizada por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, antes de se lhe demonstrar a licitude, porque, no confronto com outros direitos, não se poderia, sem tal demonstração prévia, excluir nunca qualquer prova ilícita, que fosse a única possível no caso concreto,

Mas, com não ser ilícita à luz da Constituição, como já se viu, tampouco o é no plano das normas subalternas, a cujo propósito soam irrespondíveis estas razões do voto vencedor do Min. EDUARDO RIBEIRO, no REsp n° 9.012:

"Cuida-se da utilização, como prova, de gravação de conversa telefônica mantida pela autora com testemunha chamada a depor no processo. Inquina-se o meio empregado de moralmente ilegítimo, vedado, pois, seu uso, como resulta do disposto no artigo 332 do Código de Processo Civil.

Importante frisar que não se trata da interceptação da conversação alheia, hipótese do RE 85.439 de que foi relator o Ministro Xavier de Albuquerque (RTJ 84/609). No caso em exame a prova foi apresentada por um dos interlocutores.

Tenho para mim que inexiste a pretensa ilegitimidade. Ilícita é a gravação de conversa alheia, o que envolve mesmo a prática de crime. Nenhum impedimento existe, entretanto, a que um dos participantes da mesma queira resguardar-se, mediante o registro fonográfico e, salvo justificáveis exceções, dele se utilize como prova.

Dir-se-á que, de um modo ou outro, se estará violando o sigilo garantido às comunicações telefônicas. O argumento, que já vi lançado, prova, entretanto, demais. A acolhê-lo, seria mister reconhecer que vedado aos próprios interlocutores revelar o conteúdo da conversa, o que parece absurdo. Entretanto, se se admite possa um deles transmiti-lo a terceiro, não se vislumbra porque não lhe seja dado demonstrar, mediante o registro feito, que está a dizer a verdade.

Não vejo a diferença que possa haver, quanto à legitimidade do meio, entre a divulgação de conversa mantida por telefone e a que se faz pessoalmente. Ora, não será possível a alguém comprovar o respectivo conteúdo, por meio do testemunho de um terceiro que estivesse presente? Por que, então, ter como ilegítimo valha-se de um meio mais seguro que é a gravação?

Considero que, em regra, quando alguém mantém determinada conversação, seja pessoalmente, seja com o uso de meios eletrônicos, arrisca-se a ver a mesma divulgada, o que configurará, quando muito, uma inconfidência, cujo grau de censurabilidade não chega a tornar ilícita a prova.

Note-se que o sigilo da correspondência é igualmente resguardado. Entretanto, seu uso como prova, ainda sem permissão do

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autor, é expressamente autorizado por lei (Lei 5.988/73, artigo 33 e Código de Processo Penal art. 233, parágrafo único) ...

Existem, é certo, exceções, algumas delas constituindo mesmo crime (Código Penal, artigos 153 e 154). Não, se admitirá a divulgação sem justa causa, de fatos que digam com a privacidade das pessoas. Caberá ao juiz avaliar. Generalizara proibição é que não me parece adequado.

Em suma, o que não se tolera é a indevida escuta de conversa telefônica alheia, como não se admite a violação de correspondência. Não, a divulgação por quem participou de uma, ou foi o destinatário da outra. E se a divulgação, em regra, é tolerável, mais faça de modo a garantir a fidelidade ao que efetivamente ocorre."

O que, em resumo, se sustenta é que, tida acaso por ilícita, em caráter absoluto, a gravação de conversa telefônica realizada por um dos interlocutores, sem a ciência do outro, debaixo do pretexto de, em última instância, constituir também violação do sigilo garantido às comunicações telefônicas, então deveria predicar-se igual restrição ou interdição jurídica ao campo retórico da prova oral, embora a custo do seu completo e absurdo aniquilamento.

É que assim os depoimentos pessoais, como os testemunhais soem exprimir o conteúdo de conversas entretidas, pelas partes e testemunhas, entre si, ou com outras pessoas, significando sempre, nesses casos, reprodução e divulgação do conteúdo da conversa entre presentes, ou até mantida por via telefônica, de um dos interlocutores, sem prévio assentimento ou conhecimento do outro, com resultado prático idêntico ao da semelhante revelação do teor de comunicação telefônica gravada, e, como tal, suscetível de idêntico juízo teórico de reprovabilidade jurídica. Que diferença há, para fins de justificação da existência de suposto dever de sigilo que recairia também sobre os próprios interlocutores, entre conversa mantida por telefone e a que se dá entre presentes? Ambas guardam a mesma particularidade de serem, enquanto estão ocorrendo, comunicações instantâneas, fugidias e desprovidas de vestígios materiais. E, qualquer que seja a modalidade ou o meio técnico usado para tanto, a revelação de urna em nada difere da revelação da outra, de modo que seria absurdo encontrar ilicitude num caso e licitude noutro.

Ao depois, se a ninguém jamais ocorreu descobrir ilicitude a reprodução, nos depoimentos judiciais de partes e de testemunhas, do relato de conversas telefônicas desvestidas de sigilo ou reserva legal, em que a parte, ou a testemunha, tenha sido um dos interlocutores, seria despropósito jurídico não menor impedir à parte, ou à testemunha, que demonstre, por meio de gravação, a fidelidade da versão licitamente apresentada ao juízo por via oral. Ou seja, não parece sensato impedir o uso de gravação que se traduza na prova cabal da veracidade daquilo que, em juízo, afirme a parte, ou a testemunha, como objeto de conversa telefônica de que haja participado. Se é licito, ou se não é, antes, dever mesmo, relatar em juízo a verdade daquilo sobre que se conversou, é-o a fortiori trazer a juízo gravação capaz de comprovar a fidelidade do relato ou conversa, cujo conteúdo se invoque como verdadeiro!

Não é tampouco exato que esta Corte tenha, alguma feita, assentado coisa diversa. No famoso caso da AP n° 307, a ementa oblitera e trai o sentido da decisão incidental sobre o tema, a cujo respeito se limitou o Tribunal a reconhecer ilicitude à degravação do que se continha em disco apreendido sem as formalidades legais. Noutros, negou valor a interceptação clandestina, ou à que fizera a polícia, com autorização judicial, mas antes do advento da Lei Federal n° 9.296, de 24 de julho de

1996. Tais precedentes foram, aliás, reexaminados, pelo colendo Plenário, que, embora contra dois ilustres votos, proclamou com nitidez a distinção entre interceptação clandestina, objeto da vedação constitucional, e gravação clandestina, que é a realizada por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, a qual é prova lícita. Do voto do Min. CARLOS VELLOSO, nesse precedente, consta:

"A Constituição, no ponto, está a proibir a interceptação das comunicações telefônicas. E dizer: terceiro intercepta conversa, pelo telefone, de duas outras pessoas. Como não há direitos absolutos, esse direito cede ao interesse da justiça, ao interesse social e ao interesse público. Portanto, essa proibição sofre exceção. A lei estabelecerá os casos em que isso será possível

No caso, Sr. Presidente, um dos interlocutores grava conversa havida entre ambos; isso não se inclui na proibição referida no art. 5°, inciso XII. Em voto que proferi nesta Casa, lembrado pelo eminente Ministro-Relator, Inquérito 657 - caso "Magri" -, sustentei a tese no sentido de que não há ilicitude no fato de um dos interlocutores gravar a conversa havida entre ambos a fim de, por exemplo, realizar prova dessa conversa".

Não menos explícito e minucioso foi, aí, o voto do Min. SEPÚLVE DA PERTENCE:

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“Volta à Mesa uma questão que tem sido aventada diversas vezes no Plenário e nas Turmas: o da compreensão, ou não, no art. 50, XII, da Constituição Federal, relativo ao sigilo de correspondência e, por extensão, ao sigilo das comunicações telefônicas, das gravações de conversa telefônica por um dos interlocutores.

De minha parte, diversas vezes, entre elas na Ação Penal 307, deixei claro que, com todas as vênias dos que pensam em contrário, a gravação por uno dos interlocutores da conversa mantida com outrem nada tem a ver com o art. 5º, XII, que protege o sigilo de comunicações telefônicas, assim como protege o sigilo de correspondência escrita na troca de cartas.

A meu ver, o problema há de ser enfrentado - fazendo abstração da inovação tecnológica da telecomunicação - de acordo com os mesmos princípios da carta missiva, objeto do art. 33 da Lei 5.988/73, chamada 'Lei dos Direitos Autorais' diz:

'Art. 33. As cartas missivas não podem ser publicadas sem permissão do autor, mais podem ser juntadas como documento, em autos oficiais.'

O art. 5°, XII - creio desnecessário demonstrá-lo e já o fez, aliás, há pouco, o Ministro Carlos Venoso -, protege os interlocutores da ciência, por terceiro, 'à sorrelfa', mediante a chamada interceptação telefônica, do que entre os dois se conversou. Nada mais do que isso. Ali não se contém proibição de que um dos interlocutores faça a prova da conversa de que participou: então o que pode incidir é outro tipo de proibição - por exemplo, e aí o único reparo a fazer ao voto anterior - não apenas de ordem moral, mas - o eminente Ministro-Relator já o lembram de ordem jurídica, como as decorrentes dos deveres explícitos de sigilo que atingir a gravação, não por ter sido gravada, e sim por ter sido revelada a outrem: é o caso do advogado, do médico, do confessor. E até em outras relações não explicitamente protegidas com a obrigação legal do sigilo, quando se possa invocar, na revelação da conversa e, a fortiori, na sua gravação, traição a deveres nascidos da esfera da intimidade em que se tenha passado: aí vem à tona outra garantia individual, a que protege a intimidade e impõe reserva a todos que dela participem."

Nesse sentido firmou-se a jurisprudência da Corte, como se tira a limpo a estoutros precedentes:

"CONSTITUCIONAL. PENAL. GRAVAÇÃO DE CONVERSA FEITA POR UM DOS INTERLOCUTORES: LICTUDE. PREQUESTIONAMENTO. Súmula 282-STF. PROVA: REEXAME EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO: IMPOSSIBILIDADE. Súmula 279-STF. I. - A gravação de conversa entre dois interlocutores, feita por um deles, sem conhecimento do outro, com a finalidade de documentá-la, futuramente, em caso de negativa, nada tem de ilícita, principalmente quando constitui exercício de defesa. II. - Existência, nos autos, de provas outras não obtidas mediante gravação de conversa ou quebra de sigilo bancário. III. A questão relativa às provas ilícitas por derivação - "te fruits of te poisonous tree" - não foi objeto de debate e decisão, assim não prequestionada. IncidÊncia da Súmula 282-STF. IV. - A apreciação do RE, no caso, não prescindiria do reexame do conjunto fático-probatório, o que não é possível em recurso extraordinário. Súmula 279-STF. V. - Agravo não provido". (Al-AgR n2 503.617, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 04.03.2005).

“GRAVAÇÃO DE CONVERSA. INICIATIVA DE UM DOSINTERLOCUTORES. IICITUDE. PROVA CORROBORADA POR OUTRAS PRODUZIDAS EM JUÍZO SOB O CRIVO DO CONTRADITÓRIO.

Gravação de conversa. A gravação feita por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, nada tem de ilicitude, principalmente quando destinada a documentá-la em caso de negativa. Precedente: Inq 657, Carlos Velloso. Conteúdo da gravação confirmada em juízo. AGRRE improvido". (RE-AgR n2 402.035, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ de 06.02.2004)

"Interceptação telefônica e gravação de negociações entabuladas entre sequestradores, de um lado, e policiais e parentes da vítima, de outro, com o conhecimento dos últimos, recipiendários das ligações. Licitude desse meio de prova. Precedente do STF: (HC 74.678, 1ª Turma, 10-6-97)" (HC n. 75.261, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI, DJ de 22.08.97)

É o que bastaria à subsistência da decisão ora impugnada.

Mas o caso apresenta ainda circunstância muito para advertir. É que o ora recorrido, na condição de investigado em inquérito policial, juntou aos autos deste gravações clandestinas de conversas nas quais figurou como interlocutor, para efeito de fazer

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prova de sua alegada inocência quanto ao suposto delito investigado que se lhe imputaria. Tais elementos materiais não podiam, sob pretexto de ilicitude, ser desconsiderados nas investigações, pela razão breve, mas decisiva, de que seu uso, no inquérito ou no processo, corresponde ao exercício de ônus que constitui típico poder jurídico inerente às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, elementares do justo processo da lei (art. 5°, LIV e LV, da CF).

De modo que ainda quem professe tese da ilicitude da gravação de conversa telefônica por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, terá, neste caso, onde seu uso, tido por excepcional ad argumentandum, seria legitimado por normas constitucionais, de lhe reconhecer, quando menos, caráter de causa excludente de injuridicidade da ação e análoga à da legítima defesa. É o que já proclamou esta Corte, em hipótese em certo sentido até mais singular, onde se discutia a licitude do uso do teor de conversa telefônica por quem alegava ter sido vítima de crime cometido de um dos interlocutores, o qual desconhecia a gravação feita por terceiro com autorização do outro:

"1. A hipótese, no caso, não é propriamente da utilização de interceptação telefônica, mas, sim, da utilização de gravação feita por terceiro com autorização de um dos interlocutores sem o conhecimento do outro.

Pretende-se, no presente ‘habeas corpus', que se declare ilícita prova assim obtida, sem autorização judicial, por quem alega ser vítima de crime por parte do interlocutor que desconhecia essa gravação.

2. Não têm razão os impetrantes.

Para demonstração de que prova desse modo, produzida, independentemente de autorização judicial, é lícita, basta considerar que, nos países em que a legislação prevê o crime de violação da intimidade, inexiste a conduta típica se houver causa excludente da antijuridicidade da ação. Assim, na Alemanha o § 298 do Código Penal, na redação da Lei de 22.12.67, introduziu, para a proteção da intimidade das pessoas, o crime de abuso da gravação e da interceptação de som por aparelhos (Missbrauch von Tonaufnahmeund Abhárgeraten), sendo que deixa de haver esse crime se ocorre em favor do acusado qualquer das causas de exclusão da ilicitude, como - e a observação é de PETER-PREISENDANZ (Strafgesetzbuch, 27a ed., § 298, p. 520, J. Schweitzer Verlag, Berlin, 1971) – ‘a legítima defesa, por exemplo, para o impedimento de uma extorsão ou de outro fato delituoso' (Notwehr, z. B. zur Verhinderung einer drohenden Etpressung oder anderen Straftat). No mesmo sentido, Welzel (Das Deutsche Strafrecht, 11 a ed., § 45, III, p. 338, Walter de Gruyter & (1., Berlin, 1969). Aliás, foi apoiado neste último autor que HELENO CLÁUDIO FRAGOSO (Lições de Direito Penal. Parte Especial - arts. 121 a 212, n°276, p. 255, 7' ed., Forense, Rio de Janeiro, 1983), aludindo ao crime de violação de intimidade em fórmula ampla previsto no art. 161 do Código Penal de 1969, que não chegou a entrar em vigor, salientou que 'excluir-se-ia a antijuridicidade da ação, se houvesse legítima defesa ou outra causa de exclusão da ilicitude. Seria o caso de quem gravasse sub-repticiamente a exigência de quem pratica extorsão (Welzel, 45,III)'.

Estando, portanto, afastada a ilicitude de tal conduta - a de, por legítima defesa, fazer gravar e divulgar conversa telefônica ainda que não haja o conhecimento do terreiro que está praticando crime -, é ela, por via de consequência, lícita e, também consequentemente, essa gravação não pode ser tida como prova ilícita, para invocar-se o artigo 5°, LVI, da Constituição (‘são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos') com fundamento em que houve violação da intimidade (art. 5°, X, da Cana Magna)..." (HC n. 74.678, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 15.8.97. Grifos do original)."

E, doutra feita, foi até mais longe, admitindo como princípio, em caso a que já fizemos referência, o uso processual da gravação clandestina, realizada por um dos interlocutores, sem a ciência do outro, como prova de acusação de crime de exploração de prestigio por esse praticado. E, justificando a proposição de licitude dessa prova contra investida criminosa de um dos interlocutores, a título que corresponde a causa excludente de injuridicidade ou, in nuce, de justa causa, assentou:

"É inconsistente e fere o senso comum falar-se em violação do direito à privacidade quando o interlocutor grava diálogo com sequestradores, estelionatários ou qualquer tipo de chantagista" (Pleno, HC n. 75.338, Rel. Min. NELSON JOBIM).

Igual coisa assentou a Corte, em caso ulterior, onde a gravação clandestina, aviada por um dos interlocutores, que era, aliás, representante do Ministério Público, foi tida como prova legítima do crime de corrupção ativa cometido pelo outro, que ignorava o registro da conversa. Da ementa expressiva consta:

"Prova criminal: gravação telefônica por um dos interlocutores de oferta de vantagem indevida em troca de ato de ofício seu: legitimidade. Não constitui prova ilícita a gravação por um dos interlocutores de conversa telefônica na qual lhe é feita proposta de suborno, configurando corrupção ativa: a hipótese nem configura interceptação de comunicação telefônica,

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nem implica violação da intimidade ou de dever jurídico de sigilo" (Al-AgRg n. 232.123, 1ª Turma, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE).

No mesmo sentido, a Corte já se pronunciou reiteradamente: AI n° 578.858, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 27.08.2009; AP n° 447, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJe de 28.05.2009; AI-AgR n° 666.459, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe de 29.11.2007; HC n° 87.341, Rel. Min. EROS GRAU, DJ de 03.03.2006; Al-AgR n° 503.617, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 04.03.2005; RE-AgR n° 402.035, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJ de 06.02.2004; HC n° 75.338, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 25.09.1998; Inq n° 657, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.11.1993; RE n2 21.2081, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI, DJ de 27.03.98; inter alia).

2. Isso posto, nos termos do que decidiu o Plenário, em Questão de

Ordem suscitada pelo Min. GILMAR MENDES no julgamento do RE n° 591.068:

a) reconheço a existência de repercussão geral no tema objeto do presente recurso; e

a) reafirmo a jurisprudência firmada pela Corte acerca da admissibilidade do uso, como meio de prova, de gravação ambiental realizada por um dos interlocutores, e dou provimento ao recurso da Defensoria Pública, para anular o processo desde o indeferimento da prova admissível e ora admitida.

Ministro CEZAR PELUSO

Relator

19/11/2009 TRIBUNAL PLENO

REPERCUSSÂO GERAL POR QUEST. ORD. EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO 583.937 RIO DE JANEIRO

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO - Presidente, reporto-me ao voto proferido em caso que envolveu, se não me falha a memória, o então Ministro do Trabalho - Ministro Magri -, no qual houve a gravação, por um dos interlocutores, sem o conhecimento do outro.

Entendo que essa gravação escamoteada, camuflada, não se coaduna com ares realmente constitucionais, considerada a prova e, acima de tudo, a boa-fé que deve haver entre aqueles que mantêm, de alguma forma, um contato, que mantém, portanto, um diálogo.

Não imagino que cheguemos ao ponto de ter de revistar alguém que peça uma audiência para manter contato sobre esta ou aquela matéria, visando a saber se porta, ou não, um gravador. Portando gravador e partindo para a gravação da conversa, adentra, a meu ver, campo contrário à boa-fé que deve ocorrer nas relações humanas, chegando a algo, sob a minha óptica, inconcebível.

Peço vênia para desprover o recurso.

PLENÁRIO

EXTRATO DE ATA

REPERCUSSÃO GERAL POR QUEST. ORD. EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO

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583.937

PROCED.: RIO DE JANEIRO

RELATOR : MIN. CEZAR PELUSO

RECTE.(S): FERNANDO CORREA DE OLIVEIRA

ADV.(A/S): DPE-RJ - CLÓVIS BOTELHO

ADV.(A/S): DPE-RJ - ADALGISA MARIA STEELE MACABU

RECDO.(A/S): MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, reconheceu a existência de repercussão geral, reafirmou a jurisprudência da Corte acerca da admissibilidade do uso, como meio de prova, de gravação ambiental realizada por um dos interlocutores e deu provimento ao recurso da Defensoria Pública, para anular o processo desde o indeferimento da prova admissível e ora admitida, nos termos do voto do Relator. Votou o Presidente, Ministro Gilmar Mendes. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Eros Grau e, neste julgamento, o Senhor Ministro Carlos Britto. Plenário, 19.11.2009.

Presidência do Senhor Ministro Gilmar Mendes. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Ellen Gracie, Cezar Peluso, Carlos Britto, Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli.

Vice-Procuradora-Geral da República, Dra. Deborah Macedo Duprat de Briç Pereira.

Luiz Tomimatsu

Secretário

A despeito da estreiteza da ementa, o julgamento deixa muito claro que tanto as gravações ambientais clandestinas quanto às gravações telefônicas clandestinas – como tais entendidas quando um dos interlocutores promove a captação do áudio - são plenamente admissíveis no processo.

Trata-se de posição, atual e consolidada, do Supremo Tribunal Federal. Detida análise da evolução de sua jurisprudência aponta nesse sentido, conforme extrato abaixo transcrito, a título de repercussão geral, acessível no sítio eletrônico da Corte Suprema. Ressalte-se, desde logo, muito após o julgamento do RE n. 583.937, ocorrido em novembro de 2009, o Tribunal, em sessão administrativa, aprovou tese no seguinte sentido “É licita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem conhecimento do outro”.

REPERCUSSÃO GERAL

RE 583937 20-RG / RJ - RIO DE JANEIRO

REPERCUSSAO GERAL NA QUESTÃO DE ORDEM NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO Relator(a): Min. CEZAR PELUSO

Julgamento: 19/11/2009 Órgão Julgador: Tribunal Pleno

Publicação

REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO

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Efle-237 DIVULG 17-12-2009 PUBLIC 18-12-2009

EMENT VOL-02387-10 PP-01741

RT3 VOL-00220-01 PP-00589

RJ5P v. 58, n. 393, 2010, p. 181-194

Parte(s)

PROC.(A/S)(ES) RECDO.(AIS) ADV.(A/S) ADV.(A/5) RECTE(S).

Ementa

: PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: DPE-RJ - ADALGISA MARIA STEELE MACABU: DPE-RJ - CLÓVIS BOTELHO: FERNANDO CORREA DE OLIVEIRA

Ementa

EMENTA: AÇÃO PENAL Prova. Gravação ambiental. Realização por um dos interlocutores sem conhecimento do outro. Validade. Jurisprudência reafirmada. Repercussão geral reconhecida. Recurso extraordinário provido. Aplicação do art. 543-13, § 3°, do CPC. E licita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem conhecimento do outro.

Decisão

Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, reconheceu a existência de repercussão geral, reafirmou a jurisprudência da Corte acerca da admissibilidade do uso, como meio de prova, de gravação ambiental realizada por um dos interlocutores e deu provimento ao recurso da Defensoria Pública, para anular o processo desde o indeferimento da prova admissível e ora admitida, nos termos do voto do Relator. Votou o Presidente, Ministro Gilmar Mendes. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Eros Grau e, neste julgamento, o Senhor Ministro Carlos Britto. Plenário, 19.11.2009.

Tema

237 - Gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem conhecimento do outro.

Tese

É licita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem conhecimento do outro.

Obs: Redação da tese aprovada nos termos do item 2 da Ata da 12ª Sessão Administrativa do STF, realizada em 09/12/2015.

Indexação

- QUESTÃO DE ORDEM: DETERMINAÇÃO, ANULAÇÃO, PROCESSO, MOMENTO, INDEFERIMENTO, PROVA, GRAVAÇÃO, CONVERSA TELEFÔNICA, INTERLOCUTOR, AUSÊNCIA, CONFIGURAÇÃO, INTERCEPTAÇÃO, INEXISTÊNCIA, OFENSA, INVIOLABILIDADE, SIGILO.

- QUESTÃO DE ORDEM: VOTO VENCIDO, MIN. MARCO AURÉLIO: DESPROVIMENTO, RECURSO, ENTENDIMENTO, GRAVAÇÃO CLANDESTINA, DESCONFORMIDADE, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, CONTRARIEDADE, BOA-FÉ.

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Observação

- Acórdãos citados: AP 447, Inq 657, HC 75338, HC 87341, RE 212081, RE 402035 AgR, RE 402717, AI 503617 AgR, AI 578858 AgR, RE 591068 QO-RG, AI 666459 AgR.

Análise: 29/01/2010, KBP.

Revisão: 02/02/2010, JBM.

Alteração: 29/09/2011, MMR.

Então, se “é licita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem conhecimento do outro , decisão a qual as instâncias inferiores estão vinculadas por expressa disposição legal (art. 543-B, § 3º, do CPC revogado, atual art. 1.309 e 1.040, inciso II, do CPC em vigor), assiste razão ao representante ao pretender a admissão e valoração da prova consistente na gravação ambiental, captação de som e imagem da eleitora Valéria Ribeiro da Silva.

E deve ser considerado, ainda, a higidez da prova, em espécie, considerada em si mesmo. De acordo com os autos, conforme bem sustenta o MPE, através de perícia técnica realizada pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro “não foram encontrados indícios sugestivos de edição fraudulenta na mídia analisada”. Do que conclui não haver edição no vídeo/áudio constante no CD apresentado como prova.

O fato de ter sido degravado apenas parte do conteúdo é absolutamente irrelevante. Até porque as imagens, por sua própria natureza, não são sujeitas à degravação, quando muito passíveis de relato descritivo de quem as assiste. Não existe obrigatoriedade da transcrição integral das vozes e sons, quando o inteiro teor do objeto (gravação de som e imagem) está à completa disposição dos interessados. Ressalto que, neste caso, o CD, contendo som e imagem, esteve sempre à disposição de quaisquer dos interessados, irrelevante, volto a repetir, o fato de ter havido transcrição parcial. Asseguração, em uma palavra, da ampla defesa e contraditório substancial.

Logo, permitida que foi a mais ampla defesa e contraditório, pela disponibilidade de todo o material aos representados, não há falar, em absoluto, em qualquer nulidade, à conta de que não se pronuncia nulidade sem o correspondente prejuízo (“par de nullité sans grief”), como consolidado na jurisprudência da Suprema Corte.

Dessa conclusão, decorre a prejudicialidade do argumento dos representados no sentido da contaminação da prova obtida por derivação (depoimentos da eleitora). Não. Como a prova originária (gravação de som e imagem) é perfeitamente lícita, a prova derivada (testemunhos) é, igualmente, perfeitamente válida e eficaz.

Sem mais questões processuais, passo ao exame do mérito.

II-D. MÉRITO

O mérito desta representação consiste na averiguação da conduta do representado Riandro Petrucci Pireda consistente na entrega e promessa de entrega de vantagem econômica à eleitora Valéria Ribeiro da Silva, fato que teria ocorrido no período vedado, configurador do ilícito eleitoral previsto no art. 41-A da Lei n. 9.503/1995. A conduta teria por beneficiários o representado, candidato a Vice-Prefeito, e o cidadão Leonardo Paes Barreto Coutinho, candidato a Prefeito, ambos disputados na Eleição de 2016 em Porciúncula, Rio de Janeiro.

Como sustentado no preâmbulo desta fundamentação, o dispositivo da sentença se ocupará de eventual cassação do registro e, por conseguinte, do diploma e mandato de Prefeito e Vice-Prefeito, bem como de eventual imposição de multa, exclusivamente, ao representado Riadro Petrucci Pireda.

Dito isso, como se cuida de imputação de fato típico, necessário transcrever o disposto na Lei das Eleições para, em seguida, evidenciar a caracterização ou não dos elementos do tipo:

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Lei n. 9.504/97 (LE):

Art. 41-A. Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinquenta mil UFIR, e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990.

§ 1o Para a caracterização da conduta ilícita, é desnecessário o pedido explícito de votos, bastando a evidência do dolo, consistente no especial fim de agir.

A doutrina, por sua vez, ao comentar o tipo em questão, assim se manifesta a respeito dos requisitos ou pressupostos legais para a sua caracterização:

A perfeição dessa categoria legal requer: (i) realização de uma das condutas típicas, a saber: dar, oferecer, prometer ou entregar bem ou vantagem pessoal a eleitor, bem como contra ele praticar violência ou grave ameaça; (ii) fim especial de agir consistente na obtenção do voto do eleitor; (iii) ocorrência do fato durante o período eleitoral (José Jairo Gomes. Direito Eleitoral, 12ª edição. Atlas, São Paulo, 2016, página 725)

Conforme prova existente nos autos, prova testemunhal, estão presentes todos os elementos ou requisitos configuradores do ilícito eleitoral, conforme se evidencia a baixo, tomada em conta a lição transcrita:

(i) Realização de uma das condutas típicas, a saber: dar, oferecer, prometer ou entregar bem ou vantagem pessoal a eleitor: o candidato Riandro Petrucci Pireda deu à eleitora Valéria Ribeiro da Silva o valor de R$ 170,00, suficiente para a aquisição de um tubo para encanamento a ser empregado em obra doméstica da cidadã. Também prometeu à eleitora vantagem financeira – complementação da ajuda – para momento futuro, depois que se sagrasse vencedor nas eleições; depois que recebesse, expressão indicativa e segura de que se tratava do momento a partir do qual passasse a ser remunerado pelo cargo então em disputa;

(ii) Fim especial de agir consistente na obtenção do voto do eleitor: o candidato não fez filantropia; tão pouco comportou-se como agente público que era. Sua conduta, ainda que velada, é seguramente conclusiva no sentido de que agiu com o especial fim de obter o voto da eleitora. Parece evidente que, para muito além das contidas palavras da eleitora, houve algum acertamento, ainda que tácito ou indireto, entre eles, porque todas as circunstâncias do caso concreto assim apontam, sob pena de admitir-se o colóquio entre duas pessoas praticamente sem emprego de voz, à base da troca de olhares, que levou mesmo à realização de uma esdrúxula “vaquinha” entre os servidores públicos, para ajudar a eleitora, quando esta foi pedir ajuda direta não deles, mas apenas do candidato. A seguir serão detalhados todos os motivos e circunstâncias que levam a essa segura conclusão.

(iii) Ocorrência do fato durante o período eleitoral: o registro em vídeo e áudio ocorreu no dia 1º de setembro, dentro do chamado período crítico. Para além disso, todos os depoimentos são nesse sentido. Se houve algum, de início, a registrar alguma incerteza, foi ele (depoimento) encerrado com a segura convicção de que a doação e a oferta de doação de vantagem ocorrem no mês anterior à realização da eleição de 2016.

Agora, aqui é detalhada a concorrência dos elementos caracterizadores do tipo do ilícito eleitoral em questão:

ELEMENTOS CARACTERIZADORES DO TIPO DE ILÍCITO ELEITORAL

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 57

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MARCOS TEMPORAIS – PERÍODO CRÍTICO

QUALIDADE DE CANDIDATO DO REPRESENTADO RIANDRO

A prova testemunhal, de certa forma, deixou de início alguma indagação quanto ao exato momento em que a eleitora Valeria procurou o então candidato a Vice-Prefeito, Riandro, pediu e dele recebeu ajuda material em dinheiro para compra de cano de esgoto para construção, assim como a promessa de recebimento de mais vantagens após a sua sagração como vitorioso nas urnas.

Todas as provas, todavia, indicam para a segura certeza de que o pedido, o atendimento ao pedido e a promessa de nova ajuda financeira ocorreram dentro do período crítico, vedado pela legislação eleitoral. E feitas por quem efetivamente já era candidato, registrado como tal perante a Justiça Eleitoral e em campanha.

Com efeito, a própria eleitora, senhora Valéria, destinatária da dádiva e da promessa de dádiva, foi firme ao dizer, quando indagada pelo MPE, que “não tinha ganho [a eleição], mas já era candidato ”. A testemunha Marco Antônio da Silva, ao ser insistentemente questionada pelo advogado dos representados, porque antes havia afirmado que o fato se deu em julho, não em setembro, concluiu “eu só sei que era um período eleitoral”.

RESPOSTAS AO ADVOGADO DE DEFESA:

- ADVOGADO: “Então qual foi o motivo do senhor falar aqui que foi em meados de julho? ”.

- SENHOR MARCO ANTÔNIO: “Eu não me lembro a data. Eu não me recordo a data”.

- ADVOGADO: “Se o senhor não se recorda, então por quê que o senhor falou aqui, então?”.

- SENHOR MARCO ANTÔNIO: “É porque eu achava que era meado de julho, mas o senhor promotor falou que foi início de setembro. Eu achava que era em julho”.

- ADVOGADO: “Correto”.

- TESTEMUNHA: “Eu só sei que era um período eleitoral”.

RESPOSTAS AO MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL:

- PROMOTOR: “Então, a data desse vídeo... ele ainda não era vice-prefeito. Sim, não tinha tido eleição ainda...”.

- SENHORA VALÉRIA: “Não. Pois... talvez não tinha ganho ainda o... a...”

- PROMOTOR: “É. Não tinha ganho, mas ele era candidato”.

- SENHORA VALÉRIA “Não tinha ganho, mas já era candidato”.

- PROMOTOR: “Certo”.

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- SENHORA VALÉRIA: “Eu já fui logo em cima dele”.

CANDIDATO ENTREGA À ELEITORA AJUDA FINANCEIRA

No dia dos fatos, a eleitora Valéria Ribeiro da Silva, com extrema necessidade financeira, procurou deliberadamente ajuda de um político (como ela própria o diz) para fazer face aos custos com obra em sua casa. Necessitava de cano para a tubulação. Recorreu ao candidato, que lhe entregou, por intermédio das mãos de sua esposa, o valor de R$ 170,00 a eleitora. A conduta do candidato configura o núcleo do tipo “dar”, na medida em que, segundo o vernáculo, tal verbo significa ”passar às mãos de alguém, entregar”, exatamente o que aconteceu.

RESPOSTAS DA ELEITORA AO MPE:

- PROMOTOR: “Mas é o que consta aqui, do laudo pericial. Como é que foi essa questão dessa doação? A senhora pediu esse cano ao senhor Riandro ou ele, espontaneamente, ofereceu o cano à senhora? Como é que foi essa questão envolvendo esse cano que a senhora recebeu dele? Pelo menos, consta ali que a senhora teria recebido esse cano dele”.

- SENHORA VALÉRIA: “Bem, eu tava em casa querendo trocar aquele cano, mas situação tava difícil. Mesmo tendo um inquilino lá, que não me pagava nada, e não tinha como querer. Eu tava em casa, deitada. Meus pensamento é assim, comecei pensar que... eu pode... pedir o político. Aí eu levantei e... deu um dia, parece, e no outro dia eu procurei ele. Fui lá na câmera, lá na prefeitura e pedi a ele. Chamei, ele veio e me atendeu. Eu pedi a ele uma... um cano grosso comprido. Se ele podia me dar. Eles tirou um cigarro, acendeu e me chamou lá fora, acendeu o cigarro e... pensou. Falou: amanhã você volta aqui por essa mesma hora. Eu voltei. Ele cá fez uma vaquinha lá dentro com os colega, colheu uns trocadinho e me deu o cano”.

- PROMOTOR: “Então... só pra eu entender... a senhora fez o pedido na prefeitura”.

- SENHORA VALÉRIA: “Fiz”.

- PROMOTOR: “E ele falou pra senhora ir na casa dele receber o dinheiro”.

- SENHORA VALÉRIA: “Na porta”.

- PROMOTOR: “Porta da casa dele”.

- SENHORA VALÉRIA: “ ‘Vai lá na minha porta da minha casa e me espera lá nove e pouca’ [fazendo menção à fala de Riandro]”.

- PROMOTOR: “Certo”.

- SENHORA VALÉRIA: “Aí ele viu que eu tava sentada lá e a esposa dele desceu com o dinheiro na mão e me deu”.

PROMESSA DE ENTREGA DE DINHEIRO À ELEITORA APÓS A VITÓRIA NAS ELEIÇÕES

Os relatos a seguir dizem respeito a uma futura doação do representado Riandro à eleitora, o que ocorreria após a sua suposta vitória eleitoral.

A testemunha Altair José da Silva comenta, inicialmente, como consta em fl. 22:

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- TESTEMUNHA ALTAIR: “Aí ela respondeu pra gente: ‘Pelamor de Deus, cêis não vem parar o meu serviço, que eu custei, já, ganhar. ’ Essas duas varas de cano, certo, que foi o senhor Riandro Petrucci que deu pra ela. Certo. A mas, senhora, nós não viemo aqui atrás disso, nós só viemo aqui informar da senhora que esse cano que a senhora tá botando aí vai dar caída pra dentro da casa da senhora. Certo. Pegamo... a gente pegamo e saímo. Tá... grav... filmou ela dizendo porque, certo, ela... ela num podia nem ter feito porque... é um período político... ela num podia ter falado que o senhor Riandro Petrucci tinha dado pra ela essas vara de cano, e depois do dia cinco, seguinte, ainda ia dar dois saco de cimento ela ainda”.

- PROMOTOR: “Ela disse essa questão...”.

- TESTEMUNHA ALTAIR: “Ela disse essa questão. Isso”.

Nas páginas seguintes (fls. 23/24), ele confirma o que disse:

- PROMOTOR: “Certo? É... e aí, ela também disse, pelo que o senhor tá falando, que, além da vara de cano, ela receberia...”.

- SENHOR ALTAIR: “Dois saco de cimento após dia cinco”.

- PROMOTOR: “Dia cinco do quê? De...”.

- SENHOR ALTAIR: “Do mês seguinte”.

- PROMOTOR: “Que seria a eleição”.

- SENHOR ALTAIR: “Isso”.

- PROMOTOR: “Certo. Ela, naquele momento, ali, ela esclareceu pro senhor, assim... quando que ela teria recebido essa vara de cano?”.

- SENHOR ALTAIR: “Não, ela num falou, não”.

- PROMOTOR: “Não?”

- SENHOR ALTAIR: “A não”.

- PROMOTOR: “Mas ela disse que receberia o restante do material...”.

- SENHOR ALTAIR: “Isso, ela ia receber”.

- PROMOTOR: “Após a eleição”.

- SENHOR ALTAIR: “Eleição, é”.

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- PROMOTOR: “Que também seria dado pelo senhor Riandro?”.

- SENHOR ALTAIR: “Pelo senhor Riandro”.

A defesa ainda questiona, mais uma vez, sobre a doação futura em fl. 24:

- ADVOGADO: “A dona Valéria disse, Altair, que não falou nada a mais além de cano. E você afirma que ela falou em cimento?”.

- SENHOR ALTAIR: “Afirmo”.

- ADVOGADO: “Se ela diz o contrário? ”.

- SENHOR ALTAIR: “Afirmo”.

O magistrado, em sua oportunidade, também questiona a situação em fl. 25:

- JUIZ: “Tá. Que deu pra ela, passou pra ela. Ela falou dos sacos de cimento, também, nesse primeiro momento?”.

- SENHOR ALTAIR: “Falou”.

Próxima testemunha inquirida, Marco Antônio da Silva, também levanta a questão da futura doação (fl. 32):

- SENHOR MARCO ANTÔNIO: “Passei. O Sebastião que falou comigo: ‘olha, tá pra fazer uma ligação irregular ali’. Parei o carro, descemos do carro, chegamo lá, a dona Valéria virou pra mim e falou... virou pra gente e falou: ‘olha, cêis num vieram impedir a minha obra não? ’ Eu falei: ‘não, senhora! Viemos aqui só ver o que era... que tava acontecendo ’ Aí ela: ‘Ah, tá. Porque o vice me deu duas varas de cano e eu não quero perder. E no dia cinco ele me daria um saco de cimento’, o que seria no mês seguinte”.

- PROMOTOR: “Tá certo. Ela falou vice ou falou Riandro ? ”.

- SENHOR MARCO ANTÔNIO: “Vice”.

- PROMOTOR: “Vice? ”

- SENHOR MARCO ANTÔNIO: “O vice. Ela falou o vice”.

- PROMOTOR: “Tá certo”.

E, na página seguinte, corrobora o que disse:

- PROMOTOR: “E ela menciona essa questão de saco de cimento... é...”.

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- SENHOR MARCO ANTÔNIO: “No mês seguinte”.

- PROMOTOR: “No mês seguinte”.

- SENHOR MARCO ANTÔNIO: “No mês seguinte”.

- PROMOTOR: “Seria...”.

- SENHOR MARCO ANTÔNIO: “Que ela...ela ia... ele ia dar duas vara de cano. Deu uma só e na... no lugar da outra vara de cano, que ela comprou uma, no lugar da outra vara de cano ela... ia... ia pedir um saco de cimento”.

- PROMOTOR: “E aí ele...”.

- SENHOR MARCO ANTÔNIO: “Ele ia dar o saco de cimento”.

- PROMOTOR: “E, segundo o senhor...”.

- SENHOR MARCO ANTÔNIO: “É”.

- PROMOTOR: “Ela disse que isso seria entregue após a....”

- SENHOR MARCO ANTÔNIO: “Após... no próximo dia cinco”.

- PROMOTOR: “Que seria outubro...”.

- SENHOR MARCO ANTÔNIO: “Seria out... o saco de cimento”.

O FIM ESPECIAL DE AGIR

As condutas ilícitas, via de regra, não são cometidas às claras, as escâncaras, com a mesma clarividência como são praticadas as condutas lícitas. No mais das vezes, o agente, com consciência e vontade (conhecimento da conduta, do resultado e do nexo causal, com liberdade e voluntariedade), a pratica de modo a que esse comportamento não coincida com a realidade. Procura, devido à natureza ilícita de seu comportamento, fazer com que o querer não corresponda à manifestação do mundo empírico.

Por isso, a quem valora a conduta do agente é dado recorrer a elementos e circunstâncias concretas que, no seu conjunto, permitam a segura conclusão da conduta ilícita do agente. Não fosse assim, a infinita maioria das condutas ilícitas permaneceriam incólumes, só porque o agente, em uma primeira visão, faz crer que o comportamento contrário ao direito não se exterioriza o suficiente no mundo dos fatos, ou é exteriorizado de modo parcial ou no mínimo nebuloso.

Se assim o é com o ilícito em geral, diferente não é com o antijurídico eleitoral. Não se passa recibo de prática ilícita. Em uma

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gama muito grande de casos, o comportamento constitui-se em pura situação fática, desacompanhada de qualquer elemento concreto ou material. Quando estes estão presentes caracterizam-se por dissimulação ou fraude.

Há necessidade de especial atenção para as circunstâncias do caso concreto porque, sem esse escrúpulo, o Poder Judiciário voltaria as costas à realidade, conformando-se com situações artificialmente produzidas no processo. Como mais uma vez sustenta José Jairo Gomes, desta feita ao comentar a regra do art. 23 da LC n. 64/90 (especial método de valoração da prova), há “... uma exortação ao magistrado para imergir na realidade que circunda as eleições, vivenciando-a com interesse, sendo imperdoáveis a omissão e a apatia. Só assim ser-lhe-á possível alcançar exata compreensão do contexto em que sua decisão se insere”.

O Tribunal Superior Eleitoral vem decidindo exatamente no sentido de analisar o “especial fim de agir” a partir das circunstâncias do caso concreto e do contexto em que ocorreu a conduta, conforme informa o já referido José Jairo Gomes:

“Admite-se que o ‘fim de obter’ (e não o pedido expresso de) votos – dolo específico ou fim especial de agir, na linguagem do Direito Penal – resulte das circunstâncias do evento, sendo deduzido do contexto em que ocorreu, mormente do comportamento e das relações os envolvidos. É nesse sentido a exegese que o Tribunal Superior Eleitoral vem emprestando a essa questão, conforme evidenciam, entre outros: REspe n. 25.146 (DJ 20-04-2006, p. 124), o RO n. 773/RR 9JTSE 3:2006:104) e RO n. 777/AP (JTSE 3:2006;118).

De fato, visita à jurisprudência da Superior Corte de Justiça Eleitoral demonstra o acerto da lição doutrinária: efetivamente, o “especial fim de agir” é interpretado a partir de circunstâncias do caso concreto, como demonstram os julgados abaixo transcritos:

Captação ilícita de sufrágio. Reexame fático-probatório.

1. Para afastar a conclusão do Tribunal Regional Eleitoral que reconheceu a prática de captação ilícita de sufrágio por meio da distribuição de cestas básicas ao eleitorado, com o conhecimento do candidato, seria exigido o reexame do contexto fático-probatório, vedado nesta instância especial, nos termos da Súmula nº 279 do Supremo Tribunal Federal.

2. Para a configuração do ilícito previsto no art. 41-A da Lei nº 9.504/97 não se faz necessário o pedido explícito de votos, bastando que, a partir das circunstâncias do caso concreto, seja possível inferir o especial fim de agir. Agravo regimental não provido.

(Recurso Especial Eleitoral nº 956014623, Acórdão, Relator(a) Min. Arnaldo Versiani Leite Soares, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo 29, Data 09/02/2012, Página 37).

Representação. Art. 41-A da Lei nº 9.504/97. Candidato. Deputado estadual.

1. Se o feito versa sobre representação por captação ilícita de sufrágio em face de candidato que concorreu a mandato de deputado estadual, cabível recurso ordinário a esta Corte Superior contra a decisão regional.

2. Para a configuração do ilícito previsto no art. 41-A da Lei nº 9.504/97 não se faz necessário o pedido explícito de votos, bastando que, a partir das circunstâncias do caso concreto, seja possível inferir o especial fim de agir, no que tange à captação do voto.

3. A pacífica jurisprudência desta Corte Superior já assentou ser desnecessário aferir potencialidade nas hipóteses do art. 41-A da Lei das Eleições, porquanto essa norma busca proteger a vontade do eleitor.

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Recurso desprovido.

(Recurso Ordinário nº 2373, Acórdão, Relator(a) Min. Arnaldo Versiani Leite Soares, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Data 03/11/2009, Página 33)

Olhos postos na realidade, atento ao superior interesse do ordenamento jurídico quanto à legitimidade dos resultados obtidos nas urnas – sagração do princípio constitucional democrático - passo a evidenciar, um a um, os elementos caracterizadores do dolo do representado especial fim de agir consistente na captação ilícita do voto do eleitor:

1) Carência material da eleitora - Intenção deliberada de pedir ajuda ao político candidato

A conduta do agente (representado) só pode ser compreendida a partir da iniciativa da eleitora Valéria Ribeiro da Silva. À conduta desta (pedir ajuda financeira), aderiu este (entrega de dinheiro), ou seja, à carência financeira da eleitora, revelada pela livre manifestação de vontade de pedir ajuda ao político, aderiu este, prestando a ajuda, quando não poderia fazê-lo.

A eleitora encontrava-se, como ela própria declarou, em situação de premente necessidade financeira. Não dispunha do valor necessário a fazer face à despesa com material de construção (um cano). Pensou, meditou e então resolveu fazer o pedido a um político, especificamente, ao então candidato a vice-prefeito Riandro Perucci Pireda. Essa foi a afirmação da testemunha logo que admitida a depor, afirmação dita sem grandes rodeios. Evidente a deliberação prévia da eleitora, ciente de que poderia obter o benefício escuso, quando esta mesma afirma que Riandro ainda não havia ganho a eleição, mas logo que soube que ele era candidato “... já fui logo em cima dele” para fazer o pedido. Tudo isso dito em resposta ao MPE. Depois, quando inquirida pelo juiz para prestar esclarecimentos, recorreu a evasivas. Ao perceber que havia declarado que iria pedir ajuda financeira a um político, especificamente a quem era candidato a cargo público, procurou a testemunha abrandar suas afirmações, de modo a descaracterizar o personagem político. Chegou a dizer que “procurei [Riandro], mas foi inútil, porque...”, somente detendo a inoportuna justificativa diante da insistência do juiz para que confirmasse ou não o fato objetivamente ocorrido: “Não... não [a razão]. A senhora foi procura-lo por que ele era político, certo?”, indagou o juiz, somente obtendo a resposta por insistir na pergunta, na medida das evasivas: se limitou a balançar positivamente a cabeça para, só depois, diante da insistência, responder “sim”.

RESPOSTA AO MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL:

- SENHORA VALÉRIA: “Bem, eu tava em casa querendo trocar aquele cano, mas situação tava difícil. Mesmo tendo um inquilino lá, que não me pagava nada, e não tinha como querer. Eu tava em casa, deitada. Meus pensamento é assim, comecei pensar que... eu pode... pedir o político. Aí eu levantei e... deu um dia, parece, e no outro dia eu procurei ele. Fui lá na câmera, lá na prefeitura e pedi a ele. Chamei, ele veio e me atendeu. Eu pedi a ele uma... um cano grosso comprido. Se ele podia me dar. Eles tirou um cigarro, acendeu e me chamou lá fora, acendeu o cigarro e... pensou. Falou: amanhã você volta aqui por essa mesma hora. Eu voltei. Ele cá fez uma vaquinha lá dentro com os colega, colheu uns trocadinho e me deu o cano”.

RESPOSTAS AO JUIZ:

- JUIZ: “Pois não. A senhora foi procurá-lo, então, em razão dele ser político?”

- SENHORA VALÉRIA: “Procurei, mas foi inútil, porque...”.

- JUIZ: “Não... não importa. A senhora foi procurá-lo porque ele era político, certo? ”

- SENHORA VALÉRIA: [balançou a cabeça positivamente].

- JUIZ: “A senhora procurou... responda, por favor”.

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 64

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- SENHORA VALÉRIA: “Sim”.

Ao dolo da eleitora de pedir ajuda financeira ao candidato, externado pela extrema necessidade de obtenção do material de construção, aderiu o agente, de modo livre e consciente, a despeito de os envolvidos pretenderem que as circunstâncias demonstrem o contrário.

Não é assim.

Demais elementos que deixam claro o dolo do agente:

2) Intenção deliberada da eleitora de ocultar o especial fim de agir do representado

O depoimento da eleitora Valéria Ribeiro da Silva é permeado, do começo ao fim, da deliberada preocupação de descaracterizar a conduta do agente. Ou seja, a depoente, a todo momento, mesmo quando não inquirida, se adiantou para tentar passar a impressão de que o representado não tinha o hábito ou mesmo condições de prestar ajuda financeira a quem lhe procura.

Esse é um ponto particularmente relevante do depoimento da eleitora, a ponto de a depoente, a certa altura, ser chamada a atenção pelo juiz.

Explico: a Senhora Valéria, tamanha a sua preocupação, tamanho o seu esforço para que não ficasse caracterizado o comportamento doloso do representado, insistia em afirmar que hoje, como integrante do Poder Executivo, ele não tem o costume ou condições de fazer doações a eleitores, esquecendo-se de que as perguntas se referiam ao ano de 2016, quando o cargo ainda estava em disputa.

A cidadã cita o nome de vários outros Prefeitos (“Boquinha”, Jogaive, Dr. Carlos Sérgio) com a intenção de demonstrar que esses, como prefeitos e não como candidatos, tinham o costume de atender a todos, enquanto Riandro, não. Como assim, se, à época dos fatos, o representado não havia sido eleito? Essa circunstância merece especial atenção porque, como uma conduta que somente hoje poderia ser praticada pelo agente a eleitora pretender justificar fatos de ontem. A situação atual da cidade está muito difícil, não é como no tempo dos outros prefeitos, esta a insistência da eleitora, a todo tempo preocupada em justificar, sem lhe ser solicitado, o fato de Riandro ter-lhe dado dinheiro.

Abaixo as declarações da eleitora sempre nesse sentido:

Em suma, traída pelas próprias palavras, a eleitora tentava justificar um comportamento de dois anos atrás com a conduta hoje praticada, segundo diz, pretendia convencer com argumento ilógico: hoje Riandro, na condição de Vice-Prefeito, não tem o hábito ou condições de ajudar ninguém pelo exercente do cargo no Executivo. Foi traída pelas afirmações porque, se hoje Riandro não tem condições ou o hábito de ajudar eleitores, isso não significa. Procurava justificar com atos de hoje comportamento de ontem, sem atentar para o fato de

RESPOSTAS AO MINSITÉRIO PÚBLICO ELEITORAL:

- PROMOTOR: “Uhum. ”

- SENHORA VALÉRIA: “Ele deu uma cavadeirada no cano e lascou o cano. Pronto, tá lá ainda lascado até hoje. Foi embora, paguei adiantado pra me ajudar, foi areia, foi cimento, foi tudo fora, porque não é gente daqui, eu num conhecia, e eu tô

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 65

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penalizando até hoje com isso. Mas eu sei que ele não era um prefeito de ficar dando uma ripa pra ninguém. Que essa cidade tá muito difícil. Eu imaginei que tem muita coisa pra arrumar, isso não é serviço dele. ”

- PROMOTOR: “Alguma coisa nesse sentido? ”

- SENHORA VALÉRIA: “Não. ”

- PROMOTOR: “Não? ”

- SENHORA VALÉRIA: “Nada disso ele falou. Nada disso. Eu só achei que foi compreensão do jeito dele, de bondade. Mas ele não me pediu nada disso. E depois, também, como analisei. Ele não é um prefeito de ficar pedindo, como o Boquinha, Jogaive, demais... Carlos Sério, Doutor Carlos Sérgio... ”

- PROMOTOR: “Os outros davam... ”

- SENHORA VALÉRIA: “... que arruma e dava. ”

- PROMOTOR: “O que a senhora quer dizer que os outros davam e pediam voto em troca, é isso? ”

- SENHORA VALÉRIA: “Não. Dava, sim! ”

- PROMOTOR: “Dava? Porque você falou assim ‘não era de ficar pedindo’, não entendi isso. Pedindo o que? ”

- SENHORA VALÉRIA: “Não, ó... depois o... ficar pedindo porque a cidade já tá furada já tá no fundo, e ele não é... não tem condições pra tirar as coisas, ficar atendendo todo... as pessoas com... pedido.”

- PROMOTOR: “Uhum. ”

- SENHORA VALÉRIA: “Porque a cidade tá muito fraca. ”

- PROMOTOR: “Entendi. Não dá pra atender todo mundo, não é? ”

- SENHORA VALÉRIA: “Não dá pra atender, não. Não sei se ele atendeu mais gente. ”

- PROMOTOR: “Aham. ”

- SENHORA VALÉRIA: “Só sei que ele me atendeu com isso. ”

- PROMOTOR: “Certo. ”

- SENHORA VALÉRIA: “Me atendeu, mas eu analisei que não era pra ficar pedindo. Dentro de mim. ”

- PROMOTOR: “Entendi. ”

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 66

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- SENHORA VALÉRIA: “Não é pra ficar pedindo que essa cidade tá precisando de que ajuda. E ele não tem compet... tanta competência assim. Não tem grande dinheiro na mão dele pra poder fazer isso. ”

REPOSTAS AO JUIZ:

- JUIZ: “Um outro... outro aspecto. A senhora, hoje, está depondo, como se nós estivéssemos no ano de dois mil e dezesseis, e, no seu pronunciamento, a senhora... e é natural que assim seja, já o considere como prefeito, e ainda é prefeito e vice-prefeito, mas nós precisamos retroagir à época. Por isso que o Promotor perguntou, e lembrou à senhora, que isso foi em dois mil e dezesseis, quando ainda não havia sido eleito, antes da eleição. ”

- SENHORA VALÉRIA: “Foi, foi. ”

- JUIZ: “Aí a senhora... é corrente na sua expressão a senhora dizer que, diferente dos outros políticos, ele não atende ninguém porque ele precisa ajudar a cidade, mas isso é agora. Agora, porque, antes, não. É... a senhora foi a... lá... câmara de vereadores, pediu pra falar com ele, correto?”

- SENHORA VALÉRIA: “Pedi. ”

- JUIZ: “Ele veio... ele era vereador? ”

3) Certificação de que a eleitora não traria os fatos à tona

A eleitora, principal testemunha no caso, também mencionou que, na sequência dos fatos, depois que vieram à tona, foi procurada em sua casa por uma assessora do então candidato. Foi indagada, pela colaboradora do representado, se os fatos seriam verdadeiros. Queria saber se Riandro havia prometido o cano. Entrou na casa da eleitora. “Falou baixinho comigo se ele me prometeu o cano ou se fui eu que pedi”.

Se jamais houve a doação de vantagem ou promessa de vantagem, o que justifica um assessor do representado ir à casa da eleitora? A não ser para se garantir acerca da resposta.

Ora, em se tratando da apuração de ilícito, seria de extrema ingenuidade admitir que assessora esteve na casa da eleitora para se certificar da verdade. Se essa fosse sua intenção, teria chamado a eleitora em local público, não lhe teria “falado baixinho” e muito menos perguntado o que queria ouvir. A circunstância demonstra verdadeiro concerto entre os interlocutores, em benefício do representado, típico caso de conluio, ensaio, para garantia de que nada viesse comprometer o representado. Por que a necessidade da assessora do representado, dentro da casa da eleitora e depois de lhe “falar baixinho”, ter a necessidade de ouvir a resposta “Não, falei, fui eu que pedi”? Somente o contexto dos acontecimentos e seus sérios desdobramentos justificam intervenção em favor do representado.

Esse fato, que parece não ter sido percebido pelas partes, em nenhum momento foi contestado pelos representados. Vale dizer, do início ao fim do processo, seja o representado Riandro, seja o representado Leonardo contestaram ou – o que se espera de agentes públicos – explicaram o fato da assessora do representado ter comparecido à casa da eleitora depois dos fatos.

RESPOSTAS AO MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL:

- PROMOTOR: “Uhum. ”

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- SENHORA VALÉRIA: “Mas depois... houve... foi lá uma secretária dele falar sobre isso. É... que que entrou dentro da minha casa e me perguntou. É... falou baixinho comigo se ele me prometeu o cano ou se fui eu que pedi. Não, falei, fui eu que pedi. Eu tô vendo aqui situação muito difícil, que eu não vou dar conta disso. Aí dep... aí depois passou, né. Vim chamada aqui, aí eu fiquei analisando que ele é um prefeito que não é de dar. Eu já falei aqui uma vez. Que ele tá tentando na política mas não foi como igual o Boquinha, o Jogaive, que pedia e ele atendia. Ele, simplesmente, tá fazendo um favor à cidade. Que sem ele... eu acho ele muito caprichoso, muito zeloso, mas nisso aí ele não podia dar. Foi o que eu pensei e analisei. Que ele não é de dar. Aí daí eu fiquei quieta. Aí faltou mais meio pedaço daquele. Eu troquei um encanamento menor, paguei por um maior, e comprei mais meio metro daquele grosso. E depois comprei mais um metro do outro fino pra acabar de ir direto. Aí o rapaz que teve trabalhando lá, tava morando lá, que me enrolou. ”

4) Contradição da testemunha

As palavras da eleitora, até porque se encontra implicada juridicamente no caso, devem ser recebidas com acentuada cautela. Está permeada de inconsistências.

Pode até cuidar-se de pessoa de poucas luzes, como diz a defesa, jamais de pessoa de fácil indução. Pelo contrário, está-se diante de pessoa astuta, cujo depoimento é típico de quem pretende passar-se por ignorante, porém substancioso quanto ao conteúdo.

Aqui, destaca-se a contradição verificada a respeito de quando (momento), de quem e como receberia a ajuda que lhe havia sido prometida pelo representado. Admitida a depor, a testemunha primeiro afirmou, sem nenhuma ressalva, de que deveria voltar logo no dia seguinte para receber a ajuda. Em seguida, porque questionada e porque havia deixado transparecer outras afirmações, declarou circunstâncias contraditórias, já não bastasse depois recorrer a inconsistente afirmação da realização de uma “vaquinha”:

RESPOSTAS AO JUIZ

- JUIZ: “’Por volta do mesmo horário’. Aí, quando chega no outro dia, a senhora disse já que foi a mulher dele que deu lá perto... na casa dele, na porta da casa dele, quando viu a senhora chegando lá, desceu, parece que a senhora falou assim, e lhe deu o dinheiro. Não tá fazendo sentido. ”

- SENHORA VALÉRIA: “ Não... eu já tinha vido. Na volta, assim, de uma hora, um rapaz que tava lá dentro falou ‘tal hora ele tá aqui’, eu fui e tava mesmo. Num correu não, num escondeu, fez coisa nenhuma. Ele presenciou minha presença e... falei com ele naquele instante, ele saiu, como falei, acendeu um cigarro, p... analisou, pensou, olhou... e falou ‘amanhã tal esta merma hora a você volta que eu vou te dar a resposta’. Ele fa... aí voltei. Ele falou ‘amanhã, por volta de nove horas...’ passou aquele dia ‘cê vai lá na minha casa que eu vô te dar o dinheiro, que eu vô conseguir esse cano pra você’”.

5) A forma da doação da ajuda – a tal “vaquinha”

O mais inusitado no comportamento da depoente Valéria Ribeiro da Silva diz respeito à justificativa a que recorreu a eleitora. Primeiro, seu depoimento não parece ser linear. Narra que procurou o representado. Dele teria recebido a informação de que voltasse no dia seguinte, ao mesmo lugar, para receber a ajuda. Depois, afirma que recebeu o dinheiro das mãos da esposa do representado, em sua casa. Além disso, a conversa teria ocorrido quase que sem falas, limitada ao pedido, um acender de cigarros pelo representado, seguida da resposta para que a eleitora o procurasse no dia seguinte.

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Porém, o mais inconcebível de tudo diz respeito a uma “vaquinha” que teria sido feita pelos funcionários, ou servidores da Câmara Municipal, ou mesmo pessoas que lá se encontravam para ajudar financeiramente a eleitora pedinte.

Estranho, muito estranho, incondizente com a realidade, que dela destoa totalmente. A eleitora quer fazer crer que dirigiu um pedido ao candidato; este no exato instante não lhe respondeu nada, acendeu um cigarro, caminhou para o lado de fora e depois lhe anunciou a resposta: que passasse na Câmara no dia seguinte, no mesmo horário. “Do nada”, as pessoas que se encontravam no ambiente da Casa, que sequer tomaram conhecimento do pedido (isso se depreende do depoimento) se dispuseram a fazer uma “vaquinha”. “Vaquinha” esta – por incrível que pareça – feita à base de troca de olhares e por pessoas que sequer sabiam o que estava acontecendo, a julgar pela avareza de palavras trocadas entre a eleitora e o representado.

Isso não faz qualquer sentido. Se levadas em conta todas as circunstâncias, somente tem por fim esconder a verdade, ludibriar os órgãos que buscam a regularidade, normalidade e legitimidade das Eleições, neles incluído o Poder Judiciário. Fosse uma doação pura e simples, sem qualquer intenção escusa, essa justificativa não teria vindo ao processo. Bastaria a afirmação anterior, no sentido de que a ajuda foi prestada pelo candidato como simples forma de auxiliar pessoa necessitada. Do modo como está posta, a justificativa mais complica do que explica a situação em que se envolveu o representado.

RESPOSTAS AO JUIZ:

- JUIZ: “Não. Ele só foi eleito mais tarde. É... a senhora disse, no início, que, quando falou com ele, ele lhe chamou um pouco lá fora, acendeu um cigarro, e lhe disse que voltasse no outro dia. ”

- SENHORA VALÉRIA: “É. ”

- JUIZ: “Certo? ”

- SENHORA VALÉRIA: “Foi. ”

- JUIZ: “E como que a senhora sabe que foi feita uma vaquinha? ”

- SENHORA VALÉRIA: “Porque os colega tava na mesa com ele, ficou olhando pra ele. Ficou olhando pra ele e... era dali que ia sair essa ajuda. Um perguntando po outro que podia ajudar. ”

- JUIZ: “Por que que a senhora não disse isso pro Promotor de Justiça? Eu devo lembrar à senhora que a senhora está sob juramento aqui, sob compromisso de dizer a verdade. Que a senhora não pode... ”

- SENHORA VALÉRIA: “Não, acontece que ninguém me perguntou nada, fui eu que fiquei olhando ali, ele perguntando por outros que... se dava pra ajudar. Ele... passou a mão e me ajudou. Ué, tudo bem, ué. Seja feito o que Deus quiser. Se eu vim falar aqui, tá falado. ”

- JUIZ: “Não. Sim, sei. ”

- SENHORA VALÉRIA: “Tem certas coisas que eu não lembro muito. Minha cabeça tem andando muito... cheia de pobrema, ainda mais cum esse pobrema de cano aí, então, daqui a pouco tem nem banheiro pra mim usar... ”

- JUIZ: “Sim, só um minuto, por favor”

- SENHORA VALÉRIA: “tudo destampado... ”

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- JUIZ: “Tá, só um minuto, por favor. Então, como que a senhora soube que ia haver uma vaquinha? ”

- SENHORA VALÉRIA: “Pelo jeito do olhar. ”

- JUIZ: “Pelo jeito do olhar. ”

- SENHORA VALÉRIA: “Pela maneira de olhar. ”

- JUIZ: “Pela maneira de olhar. ”

- SENHORA VALÉRIA: “Pela maneira de olhar. Um olhando po outro. ”

- JUIZ: “Não foi dito que ia haver uma vaquinha. A senhora que percebeu. ”

- SENHORA VALÉRIA: “Percebi, que sozinha eu num ia conseguir. Foi feito... sim. ”

- JUIZ: “Tá. A senhora disse que ele disse: ‘volte pela manhã aqui pelo mesmo horário’. A senhora disse ‘aqui’. E depois o senhor disse na casa dele, que a mulher dele foi lá lhe entregar o dinheiro. Como assim? Não entendi. ”

- SENHORA VALÉRIA: “Não... ele entregou pra ela... ele conseguiu... deu pra ver que era um dinheirinho catado. Porque não era dinheiro assim... um dinheirinho espremido na mão. ”

- JUIZ: “Bom, mas isso é presunção sua. Então a senhora deduziu, pelo que a senhora viu, que se tratava de uma vaquinha, não foi ninguém que falou”.

- SENHORA VALÉRIA: “Não. ”

- JUIZ: “Tá. ”

- SENHORA VALÉRIA: “Foi eu mesmo”.

5) Ausência de motivo pelo representado

À parte as questões preliminares levantadas pela defesa, no mérito não há absolutamente nenhuma informação – absolutamente nenhuma – por parte do representado no sentido de esclarecer as circunstâncias e, principalmente, o motivo da doação de dinheiro à eleitora.

O ato de entregar, por interposta pessoa (esposa), o dinheiro à eleitora não foi em nenhum momento objeto de contestação. A essa constatação a defesa não expende uma palavra sequer para esclarecer por qual motivo Riandro Petrucci Pireda doou o dinheiro a eleitora.

Não se pode dizer que se trata de negócio republicano. A uma, porque o dinheiro foi entregue pela esposa do representado à eleitora. A duas, porque o comparecimento à casa da eleitora de uma assessora do representado, para certificar-se da

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resposta, deixa claro que a negócio se deu no exclusivo interesse pessoal do candidato. A intervenção da esposa e de assessora – posturas incompatíveis com os negócios públicos – ressalta essa conclusão: a doação foi feita no interesse particular do candidato, jamais do agente público.

Ora, se o representado já exercia cargo público, bem poderia ter sido buscado por um eleitor diante de premente necessidade. Todavia, diante de todas as circunstâncias em que ocorreu o pedido e a correspondente entrega de dinheiro à eleitora, já que não se pode admitir a presença de interesse público, parece mais do que evidente que tudo se deu a benefício do candidato, em plena campanha política, agindo ele pessoalmente, em pequena cidade do interior, onde todos se conhecem. Em política, ou em atos que tenham ou pretendam ter esse condão, não existe filantropia.

Diante de todas as circunstâncias do caso concreto, em remate, aqui se enfatiza o elemento de cunho subjetivo, o especial fim de agir, do Senhor Riandro Petrucci Pireda, voltado para a obtenção do voto da eleitora Valéria Ribeiro da Silva: a adesão volitiva do representado à necessidade material premente da eleitora; a entrega, pelo dito representado, em seu benefício e por interposta pessoa (sua esposa), de dinheiro (R$ 170,00) à eleitora; o conhecimento, pelo representado, da atuação de sua esposa, a seu benefício, assim como de uma de suas assessoras, aquela para a entrega do dinheiro; esta para garantia de que a doação não viesse a comprometer o nome do representado; a total falta de indicação, pelo representado, de motivo legítimo que lhe teria levada a agir como agiu; conduta em dissintonia com qualquer laivo de republicanismo. Como já dito alhures, para a conclusão do elemento subjetivo do tipo eleitoral, neste caso concreto, somente se chega se analisadas, em conjunto, todas as circunstâncias do caso concreto.

Estão presentes, portanto, todos os elementos caracterizadores do ilícito eleitoral, razão pela qual a procedência dos pedidos, tal como deduzidos na petição inicial, é medida de rigor, com exceção de imposição de inelegibilidade, absolutamente inviável em ilícitos eleitorais da natureza daquele objeto deste processo.

III. DISPOSITIVO

À vista de todo o exposto, rejeito as preliminares e julgo procedente a presente representação por captação ilícita de sufrágio e, por conseguinte:

a) casso o registro e, como já eleitos, diplomados e empossados, o diploma e o mandato de Leonardo Paes Barreto Coutinho e Riandro Petrucci Pireda dos cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, respectivamente, do Município de Porciúncula, relativamente à Eleição 2016, mandado 2017/2020;

b) imponho ao representado Riandro Petrucci Pireda multa no valor de R$ 17.000,00 (dezessete mil reais), pela prática da conduta prevista no art. 41-A da Lei n. 9.503/95.

Remeta-se cópia integral destes autos ao Ministério Público Eleitoral para promoção da responsabilidade administrativa, civil e penal de todos quantos envolvidos no ilícito aqui apurado.

Expeça-se ofício ao Senhor Presidente da Câmara Municipal para assunção, na qualidade de substituto constitucional, ao cargo de Prefeito Municipal, até ulterior deliberação da Justiça Eleitoral.

P.R.I.

Porciúncula/RJ, 20 de abril de 2018.

Glicério de Angiolis Silva

Juiz Eleitoral

Guilherme Fonseca
Guilherme Fonseca

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049ª Zona Eleitoral

Sentenças

RP nº 41-84.2017.6.19.0049 - Representação

Processo n° 41-84.2017.6.19.0049

Representação Eleitoral

Representante: Ministério Público Eleitoral

Representado: Sigiloso

Advogados: Ari Longo Pereira - OAB/RJ nº 211.926

Almir Longo Pereira- OAB/RJ nº 124.150

Lucas de Albuquerque- OAB/RJ nº 45.097

SENTENÇA

Trata-se Representação apresentada pelo MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL em face de SIGILOSO, com base nas regras previstas pelo art. 23 da Lei n° 9.504/97 e art. 22, da Lei Complementar n° 64/90, com vistas a apurar eventual prática de infração, consistente na inobservância do limite estabelecido para doação para campanhas eleitorais.

(…) Brevemente relatado. Decido.

Assim, considerando que pela análise da documentação acostada aos presentes não se infere doação acima dos limites previstos pela lei concluo que não restaram comprovados os fatos descritos na inicial. Pelas razões expostas REJEITO A REPRESENTAÇÃO nos termos interpostos e JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO.

P.R.I.

P. I. Ciência ao Ministério Público Eleitoral.

Após, cumpridas as formalidades legais, arquivem-se os autos com as anotações e registros necessários.

Cachoeiras de Macacu, 03 de abril de 2018.

Isabel Cristina Daher da Rocha

Juíza Eleitoral

055ª Zona Eleitoral

Decisões

PROCESSO: REPRESENTAÇÃO nº: 92-77.2017.6.19.0055

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REPRESENTANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

REPRESENTADO: LUIZ PAULO MACHADO DE FIGUEIREDO

ADVOGADO: ELIEZER GOMES DA SILVA – OAB/RJ Nº 118.195

SENTENÇA:

“1- Considerando a certidão de fl. 37, RECEBO OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO;

2- No mérito, tenho que assiste razão ao Embargante, pois há erro material na sentença lançada às fls. 24/31, a qual, após as devidas correções, passa a constar nos seguintes termos:

“Cuida-se de representação eleitoral ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral em face de LUIZ PAULO MACHADO DE FIGUEIREDO por doação de campanha acima do limite legal, com fundamento no artigo 23, § 1º, I, da Lei 9.504/97.Sustenta o MPE que o Representado realizou doação em espécie no valor de R$2.000,00 (dois mil reais) ao candidato Fabiano Taques Horta, o qual concorreu ao cargo de prefeito nas eleições de 2016, valor que superaria o limite legalmente previsto. Requer seja julgada procedente a presente Representação, com a condenação do Representado na forma do artigo 23, §3º da Lei 9.504/97 e a anotação de sua inelegibilidade no cadastro eleitoral, nos termos do artigo 1º, inciso I, alíneas “j” e “p” da Lei Complementar nº 64/90, com redação dada pela Lei Complementar 135/2010. Com a petição inicial de fls. 2A/2B vieram os documentos de fls. 02/09. Regularmente notificado, o Representado apresentou sua defesa às fls. 13/15, onde alega, em síntese, ter realizado a doação em questão, cujo valor excessivo foi proveniente de um equívoco quanto aos seus ganhos no ano de 2015 e que, em razão do ínfimo valor excedido (R$108,80), deve ser desconsiderado pelo princípio da bagatela. Alegações finais do MPE, às fls. 18/19. Alegações finais do Representado, às fls. 21/22. É O RELATÓRIO DO NECESSARIO. PASSO A DECIDIR. Cuida-se de Representação proposta pelo MPE tendo por base doação de campanha que teria sido realizada acima do limite legal pelo Representado. Iniciando, há a necessidade da verificação da presença das condições da ação na presente demanda, as quais encontram-se, em parte, atendidas. Pretende o MPE a condenação do Representado na forma do artigo 23, §3º da Lei 9.504/97 (pagamento de multa no valor de 5 a 10 vezes a quantia doada em excesso) e a anotação de sua inelegibilidade no cadastro eleitoral, nos termos do artigo 1º, inciso I, alíneas “j” e “p” da Lei Complementar nº 64/90, com redação dada pela Lei Complementar 135/2010. No que tange à condenação do Representado ao pagamento de multa no valor de 5 a 10 vezes a quantia doada em excesso (artigo 23, §3º da Lei 9.504/97), forçoso o reconhecimento da presença de todas as condições para o exercício regular do direito de ação, quais sejam, a legitimidade para a causa, a possibilidade jurídica do pedido, e ainda o interesse processual, este de acordo com seu duplo aspecto, tanto na necessidade quanto na adequação da pretensão. Entretanto, no que se refere à pretensão de declaração de inelegibilidade do Representado (artigo 1º, inciso I, alíneas “j” e “p” da Lei Complementar número 64/90, com redação conferida pela Lei Complementar número 135/2010), deve-se concluir pelo não atendimento da condição do interesse processual, em seu duplo binômio necessidade/adequação. E assim é porque a doutrina e jurisprudência pátrias e contemporâneas sedimentaram entendimento de que, a teor do artigo 1º, inciso I, alíneas “j” e “p” da Lei Complementar número 64/90, tal declaração de inelegibilidade deva ser arguida e proferida em eventual processo de registro de candidatura e não em processo de reconhecimento de doação acima do limite legal, uma vez que, em caso de procedência deste pedido, a inelegibilidade será consequência desta condenação e não parte integrante dela. Sobre a matéria, colaciono o seguinte trecho da obra Direito Eleitoral, de José Jairo Gomes, 9ª edição, 2013, Editora Atlas, pg. 213/214: “Pela lógica do sistema, a inelegibilidade em exame deve ser arguida e declarada no processo de registro de candidatura. Neste, deve ser demonstrada: (i) a existência de decisão judicial reconhecendo a ilegalidade da doação à campanha e condenando o infrator ao pagamento de multa;...”. No mesmo sentido a posição jurisprudencial do TRE-RJ, conforme julgados a seguir transcritos: 159-51.2017.619.0149 RE - RECURSO ELEITORAL n 15951 - guapimirim/RJ ACÓRDÃO de 14/12/2017 Relator(a) RAPHAEL FERREIRA DE MATTOS Publicação: DJERJ - Diário da Justiça Eletrônico do TRE-RJ, Tomo 015, Data 22/01/2018, Página 62/71 RECURSO ELEITORAL. REPRESENTAÇÃO. ELEIÇÕES 2016. DOAÇÃO DE RECURSOS ACIMA DO LIMITE LEGAL. PESSOA FÍSICA. SENTENÇA. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. DOAÇÃO ACIMA DO LIMITE LEGAL. CONDENAÇÃO. MULTA. 5 VEZES O VALOR EM EXCESSO. VIOLAÇÃO À NORMA. ARTIGO 23, §3º, DA LEI Nº 9.504/97. DECLARAÇÃO DE INELEGIBILIDADE DO RECORRENTE. RECORRENTE NÃO IMPUGNA O VALOR DO RENDIMENTO BRUTO E DA REFERIDA DOAÇÃO. REQUER A APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE, DA PROPORCIONALIDADE E DA INSIGNIFICÂNCIA PARA QUE SEJA AFASTADA A MULTA. CONSIDERANDO O VALOR DOADO E O VALOR DO RENDIMENTO BRUTO DO RECORRENTE CONSTATA-SE QUE O VALOR DA MULTA APLICADA PELO JUIZ A QUO ESTÁ CORRETO. IMPOSSIBILIDADE DA APLICAÇÃO DOS REFERIDOS PRINCÍPIOS. VALOR DA MULTA É SUPERIOR A R$ 1.000,00, QUE É O VALOR MÍNIMO UTILIZADO PELA PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL PARA FINS DE INSCRIÇÃO COMO DÍVIDA ATIVA. RECURSO DESPROVIDO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA QUE CONDENOU O RECORRENTE AO PAGAMENTO DE MULTA. AFASTADA EX-OFFICIO A DECLARAÇÃO DE INELEGIBILIDADE DO RECORRENTE. A NATUREZA JURÍDICA DA INELEGIBILIDADE NESSE CASO É DE CONSEQUÊNCIA JURÍDICA E NÃO DE SANÇÃO. DETERMINADA A COMUNICAÇÃO DA INELEGIBILIDADE AO RESPECTIVO JUIZ ELEITORAL. 171-37.2011.619.0000 RE - RECURSO ELEITORAL n 17137 - itaboraí/RJ ACÓRDÃO de 17/07/2017 Relator(a) LUIZ ANTONIO SOARES Publicação: DJERJ - Diário da Justiça Eletrônico do TRE-RJ, Tomo 194, Data 25/07/2017, Página 17/24

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RECURSO ELEITORAL. REPRESENTAÇÃO. DOAÇÃO ACIMA DO LIMITE LEGAL. PESSOA FÍSICA. ELEIÇÕES 2010. BASE DE CÁLCULO SOBRE OS RENDIMENTOS BRUTOS DECLARADOS À RECEITA FEDERAL NO ANO ANTERIOR AO PLEITO. LIMITE DE 10% SUPERADO. CRITÉRIO OBJETIVO. INCIDÊNCIA DO ART. 23, § 1º, I, DA LEI Nº 9.504-97. MANUTENÇÃO DA PENALIDADE PECUNIÁRIA APLICADA EM PATAMAR MÍNIMO. INELEGIBILIDADE AFASTADA COMO SANÇÃO. EFEITO SECUNDÁRIO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA A SER AFERIDO EM MOMENTO OPORTUNO. ANOTAÇÃO DA RESTRIÇÃO, TODAVIA, NO CADASTRO ELEITORAL DO DOADOR, COMO MEDIDA DE SEGURANÇA JURÍDICA. PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO.1. O presente feito é o resultado de uma atuação conjunta do Tribunal Superior Eleitoral com a Receita Federal, na qual confrontaram-se as prestações de contas dos candidatos nas Eleições Gerais de 2010 com as declarações de ajuste anual dos respectivos doadores, de modo que, em tese, somente figuraram nas listagens encaminhadas pelo TSE aqueles que efetivamente realizaram doações acima do limite legal. 2. Nulidade da sentença afastada. A matéria aventada mostra-se irrelevante para o deslinde do caso sob análise. O decisum em destaque lastreou-se em robusta prova colacionada aos autos, que comprova a realização de doação a candidato e o rendimento bruto do recorrente no ano de 2009, bastantes para verificar a existência do excesso a ele imputado.3. O critério adotado pela legislação é objetivo e independe de aferição de dolo, culpa ou boa-fé, que apenas pode se refletir no campo da dosimetria da sanção, aplicada, in casu, em seu patamar mínimo de 5 (cinco) vezes o valor excedido.4. Resta incontroverso, a partir das informações da Receita Federal, que o recorrente obteve rendimento anual de R$ 51.208,87 no ano calendário de 2009, razão pela qual estaria limitado a contribuir até o montante de R$ 5.120,88, ultrapassando, pois, em R$ 4.879,12 a quantia permitida, uma vez que doou R$ 10.000,00 (dez mil reais) para a campanha de candidato.5. Pedido de isenção da multa, em razão de sua hipossuficiência, fazendo incidir a disposição contida no art. 367, I e § 3º, do Código Eleitoral rejeitado. O TSE reiteradamente vem se posicionando acerca da impossibilidade da redução da multa em casos como ora se debate, uma vez que implicaria na negação da vigência da norma aplicável.6. A decisão que reconhece a irregularidade, que se encontra tipificada na alínea "p" do art. 1º do inciso I da LC nº 64/90, não dispõe de natureza sancionatória, fazendo nascer essa mesma restrição como efeito secundário dela decorrente, desde que proferida por órgão colegiado ou transitada em julgado.7. Tal restrição não pode ser imposta nos autos deste processo como sanção, devendo ser analisada dentre as condições de elegibilidade no momento da formalização de eventual pedido de registro de candidatura, pelo juízo competente, a teor do art. 11, § 10, da Lei nº 9.504/97.8. A discussão acerca da (im)possibilidade da incidência da inelegibilidade como efeito secundário, em razão da posterior edição da LC nº 135/90 e da necessária observância ao princípio da anualidade previsto no art. 16 da Constituição da República, não é matéria a ser analisada, neste momento, por esta Corte. PARCIAL PROVIMENTO do recurso para manter o valor da multa arbitrada na sentença de cinco vezes o montante excedido, a perfazer o valor total de R$ 24.395,60, afastando, contudo, a inelegibilidade aplicada ao representado como natureza de sanção, em razão da ausência de previsão expressa na Lei nº 9.504/97, determinando-se que seja oficiado o Juízo Eleitoral da inscrição do representado, com vista a anotar sua nova situação no cadastro eleitoral. Da mesma forma posiciona-se o TSE sobre a matéria: 20-89.2011.617.0012 REspe - Recurso Especial Eleitoral nº 2089 - paulista/PE Acórdão de 03/09/2014 Relator(a) Min. LAURITA HILÁRIO VAZ Relator(a) designado(a) Min. LUCIANA CHRISTINA GUIMARÃES LÓSSIO Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo 184, Data 01/10/2014, Página 22/23. RECURSOS ESPECIAIS. DOAÇÃO ACIMA DO LIMITE LEGAL. ART. 81, § 2º, DA LEI Nº 9.504/97. REPRESENTAÇÃO JULGADA PROCEDENTE. CONDENAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA EM MULTA NO SEU VALOR MÍNIMO LEGAL. DECLARAÇÃO DE INELEGIBILIDADE DO SÓCIO-GERENTE. RECURSO DA EMPRESA. AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO. SÚMULA Nº 115/STJ. NÃO CONHECIMENTO. RECURSO DO SÓCIO. IMPOSSIBILIDADE DE SE DECLARAR A INELEGIBILIDADE NA INDIGITADA REPRESENTAÇÃO. PRECEDENTES. PROVIMENTO. 1. Não se conhece de recurso subscrito por advogado sem procuração

nos autos. Súmula nº 115/STJ. 2. "A inelegibilidade do art. 1º, inciso I, alínea p, da Lei Complementar nº 64/1990 não é sanção imposta na decisão judicial que condena o doador a pagar multa por doação acima do limite legal" (REspe nº 229-91/TO, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 4.8.2014). 3. Recurso especial da empresa doadora não conhecido. Recurso do sócio-gerente provido. Decisão: O Tribunal, por unanimidade, não conheceu do recurso de TCI BPO - Tecnologia, Conhecimento e Informação S/A, e conheceu e proveu parcialmente o de José Leovigildo de Melo Coelho Filho, nos termos do voto da Relatora. REspe - Recurso Especial Eleitoral nº 22991 - palmas/TO Acórdão de 22/05/2014 Relator(a) Min. GILMAR FERREIRA MENDES Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo 142, Data 04/08/2014, Página 54/55. ELEIÇÕES 2012. RECURSO ESPECIAL ELEITORAL. REGISTRO DE CANDIDATURA. CANDIDATO A VEREADOR. INELEGIBILIDADE DO ART. 1º, INCISO I, ALÍNEA p, DA LEI COMPLEMENTAR Nº 64/1990. DECISÃO COLEGIADA QUE APLICOU MULTA POR DOAÇÃO ACIMA DO LIMITE LEGAL SUSPENSA POR LIMINAR DE MINISTRO DO TSE. INELEGIBILIDADE SUSPENSA CONSEQUENTEMENTE. INCIDÊNCIA DO ART. 26-C DA LEI COMPLEMENTAR Nº 64/1990. PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A inelegibilidade do art. 1º, inciso I, alínea p, da Lei Complementar nº 64/1990 não é sanção imposta na decisão judicial que condena o doador a pagar multa por doação acima do limite legal (art. 23 da Lei nº 9.504/1997), mas possível efeito secundário da condenação, verificável se e quando o cidadão se apresentar como postulante a determinado cargo eletivo, desde que presentes os requisitos exigidos.2. Requisito implicitamente previsto no art. 1º, inciso I, alínea p, da Lei de Inelegibilidade é que a condenação colegiada por doação acima do limite legal não esteja suspensa por decisão judicial, pois a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito (art. 5º, inciso XXXV, da CF/1988). 3. A interpretação do art. 26-C da Lei Complementar nº 64/1990 compatível com a Constituição Federal de 1988 é no sentido de que não apenas as decisões colegiadas enumeradas nesse dispositivo poderão ser suspensas por força de decisão liminar, mas também

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outras que lesem ou ameacem direitos do cidadão, suscetíveis de provimento cautelar. 4. Suspensa liminarmente a decisão colegiada de condenação por doação acima do limite legal (art. 23 da Lei nº 9.504/1997), consequentemente suspensa estará a inelegibilidade decorrente daquela decisão. 5. Recurso especial eleitoral provido. Desta forma, reconheço, de ofício, a ausência do interesse processual quanto à pretensão de declaração de inelegibilidade, nos termos do artigo 1º, inciso I, alíneas “j” e “p” da Lei Complementar 64/90, com redação dada pela Lei Complementar 135/2010, motivo pelo qual referido pedido será julgado extinto sem resolução do mérito. Feitas estas considerações iniciais, passo ao julgamento do mérito do pedido subsistente, qual seja, a condenação do Representado ao pagamento de multa no valor de até 100% (cem por cento) da quantia em excesso (artigo 23, §3º da Lei 9.504/97). E a questão posta nestes autos é deveras simples e cinge-se a identificar se, no caso concreto, houve violação à lei eleitoral (Lei 9.504/97) pelo Representado no que concerne a doações para campanhas eleitorais feitas por pessoas físicas. Assim dispõe a legislação específica: Art. 23. Pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para campanhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei. § 1o As doações e contribuições de que trata este artigo ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição. E o próprio Representado afirma em sua defesa (fls. 13/15) ter realizado a doação a candidato nas eleições municipais de 2016, no valor de R$2.000,00 (dois mil reais), valor esse que era superior ao equivalente a 10% dos seus ganhos brutos auferidos no ano anterior (2015), e que tal situação teria ocorrido por mero equívoco. Convém ressaltar que os fatos são corroborados pelos documentos de fls. 03/08, ou seja, efetivamente o Representado doou a campanha eleitoral valor que excedeu o limite legal de 10% de seus ganhos, totalizando R$108,80 (cento e oito reais e oitenta centavos) de excesso. O Representado alega em sua defesa que os fatos ocorreram em razão de “equívoco” de sua parte quanto aos seus ganhos efetivos. Entretanto, convém destacar que o legislador pátrio, na matéria em exame, elegeu um critério meramente objetivo para a aferição das doações para campanhas eleitorais em conformidade com a legislação e independe da verificação de dolo, culpa ou boa-fé, elementos que podem servir apenas ao campo da dosimetria da sanção legalmente prevista. Por outro lado, e da mesma forma, não se pode aceitar a alegação defensiva acerca da adoção do Princípio da Bagatela, considerando-se o valor doado em excesso pelo Representado, pois a norma em comento visa “...assegurar a lisura e a probidade nas campanhas eleitorais, através do controle dos recursos financeiros nela aplicados, com vistas a viabilizar a verificação de abusos e ilegalidades ocorridos durante a disputa eleitoral...”. (Direito Eleitoral, Marcos Ramayana, Editora Impetus, pg. 467) Prosseguindo, temos que esse é o posicionamento do TRE-RJ e do próprio TSE: 24-21.2015.619.0210 RE - RECURSO ELEITORAL n 2421 - rio de janeiro/RJ ACÓRDÃO de 24/01/2018 Relator(a) CRISTIANE DE MEDEIROS BRITO CHAVES FROTA Publicação: DJERJ - Diário da Justiça Eletrônico do TRE-RJ, Tomo 22, Data 31/01/2018, Página 46/49. Recurso Eleitoral. Doação para Campanha Eleitoral em 2014. Pessoa Física. Valor superior a 10% dos rendimentos brutos auferidos pela recorrente em 2013. Art. 23, § 1º, I, da Lei 9.504/97, com a redação vigente à época dos fatos.1. Alegação de ausência de justa causa para recebimento da Representação. Não caracterização. Inicial que se baseia nas informações encaminhadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil ao Ministério Público Eleitoral, nos termos da Resolução TSE nº 23.406/2014, contendo indícios concretos de doação acima do limite legal.2. Doação realizada em 2014 no montante de R$ 3.000,00 (Três mil reais). Documentos fiscais atestando rendimentos tributáveis, no ano de 2013, no valor de R$ 17.081,85 (Dezessete mil, oitenta e um reais e oitenta e cinco centavos).3. Doação que excedeu o limite de 10% do rendimento auferido em 2013. Excesso de 1.291,81 (Mil duzentos e noventa e um reais e oitenta e um centavos).4. Inaplicabilidade do princípio da insignificância às representações por doação acima do limite legal. Precedentes. (Agravo Regimental em Recurso Especial Eleitoral nº 16628, Relator Min. Luiz Fux, DJE de 23/02/2015 e RE nº 19735, Relator Desembargador André Ricardo Cruz Fontes, DJERJ - de 27/11/2015).5. Sentença proferida em primeiro grau de jurisdição que fixou a multa no patamar mínimo de cinco vezes a quantia doada em excesso, na forma do art. 23, § 3º da Lei 9.504/97. Impossibilidade de redução da multa abaixo do mínimo legal. 6. Desprovimento do recurso para manter a sentença proferida em primeiro grau de jurisdição. ELEICOES 2010. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL. DOACAO DE RECUSOS ACIMA DO LIMITE LEGAL. PESSOA PRINCIPIO DA INSIGNIFICANCIA. INAPLICABILIDADE. PRINCIPIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. AFASTAMENTO DA MULTA OU FIXACAO DO SEU VALOR AQUEM DO LIMITE MINIMO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. 0 principio da insignifiancia nab encontra guarida nas representacoes por doacao acima do limite legal, na medida em que o illcito se perfaz com a mera extrapolaao do valor doado, nos termos do art. 23 da Lei das Eleicdes, sendo despiciendo aquilatar-se o montante do excesso. Precedentes: AgR-REspe n° 713-45/BA, Rel. Min. Dias Toffoli, Dle de 28.5.2014; AgR-A/ n 2 2239-62/5P, Rel. Min. Luciana L6ssio, Die de 26.3.2014. (..) 3. Agravo regimental desprovido. (Agravo Regimental em Recurso Especial Eleitoral ng 16628, Acordao de 17/12/2014, Relator(a) Min. LUIZ FUX, Pub//cacao: DIE - Diario de just/ca eletronico, Tomo 35, Data 23/02/2015, Pagina 53 ) RECURSO ELEITORAL. REPRESENTACAO. DOACAO ACIMA DO LIMITE LEGAL. PESSOA FISICA. ELEICOES 2010. BASE DE CALCULO SOBRE 05 RENDIMENTOS BRUTOS DECLARADOS A RECEITA FEDERAL NO ANO ANTERIOR AO PLEITO. LIMITE DE 10% SUPE RADO. CRITERIO OBJETIVO. INCIDENCIA DO ART 23, § 1 2, I, DA LEI Ng 9.504-97. PENALIDADE PECUNIARIA APLICADA EM PATAMAR MAXIMO. REVISAO DA DOSIMETRIA DA MULTA PARA REDUZIR AO MINIMO LEGAL. INELEGIBILIDADE AFASTADA COMO SANCAO. EFEITO SECUNDARIO DA SENTENCA CONDENATORIA A SER AFERIDO EM MOMENTO OPORTUNO. ANOTAÇAO DA RESTRICAO, TODAVIA, NO CADASTRO ELEITORAL DO DOADOR, COMO MED/DA DE SEGURANCA jURIDICA. PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO. Por outro lado, isso nao importa em concluir pela aplicach"o do princlpio da insignificancia, quer para excluir, quer para reduzir a penalidade para abaixo do minima normativo, conforme pleiteado. Corn efeito, alem de o valor excedido nao poder ser cons/derado irrisbrio, ti de se respeitar a regra legal, criada com a final/dade de evitar a malversacao dos recursos investidos nas campanhas

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eleitorals, razio pela qua/ limita-se a multa em cinco vezes o montante em excesso. (...) Parcial provimento do recurso, para reduzir o valor da multa para cinco vezes o montante excedido e para afastar a inelegibilidade coma natureza de sarao, por ausencia de prev/silo expressa no na Lei n9 9.504-97. Determinacao, toda via para que seja oficiado ojufzo Eleitoral da inscrição do representado, coin vista a anotar sua nova situacilo no cadastro eleitoral. (RECURSO ELEITORAL ng 19735, Acorcido de 23/11/2015, Relator(a) ANDRE RICARDO CRUZ FONTES, Publicacio: DIE& - Diario da justica Eletronico do THE-RI, Tomo 242, Data 27/11/2015, Peg/na 24/26 ). Concluindo, considerando as provas produzidas nos autos, reputo tipificada a conduta

do Representado de infringência à regra posta no artigo 23, §1º, inciso I da Lei 9504/97, no que se refere aos fatos narrados na Representação. Continuando, prevê o parágrafo 3º do artigo acima citado que: § 3º A doação de quantia acima dos limites fixados neste artigo sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de até 100% (cem por cento) da quantia em excesso. E na fixação do valor da multa, no caso concreto, deverão ser observados os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Assim, considerando o valor excedido na doação pelo Representado (R$108,80), bem como os seus ganhos declarados (fl. 07), entendo justo e razoável a aplicação de multa no valor de 100% (cem por cento) da quantia em excesso, perfazendo o valor de R$108,80 (cento e oito reais e oitenta centavos). Por todo o exposto e mais o contido nos autos, JULGO PROCEDENTE, EM PARTE, A REPRESENTAÇÃO para condenar o Representado LUIZ PAULO MACHADO DE FIGUEIREDO ao pagamento de multa fixada no valor de R$108,80 (cento e oito reais e oitenta centavos), equivalente a 100% (cem por cento) da quantia doada em excesso, com arrimo no artigo 23, § 3º, da Lei nº 9.504/97, resolvendo assim o mérito da demanda, na forma do artigo 487, inciso I do Código de Processo Civil. Com relação ao pedido de declaração de inelegibilidade, nos termos do artigo 1º, inciso I, alíneas “j” e “p” da Lei Complementar 64/90, com redação dada pela Lei Complementar 135/2010, motivo pelo qual referido pedido será julgado extinto sem resolução do mérito, na forma do artigo 485, inciso VI do Código de Processo Civil. Ciência ao MPE. P.R.I. Maricá, 18 de março de 2018.”

3- Intimem-se.

4- Ciência ao MPE.

Maricá, 12 de abril de 2018.

RICARDO PINHEIRO MACHADO

Juiz Eleitoral

059ª Zona Eleitoral

Despachos

AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL N. 321-59.2016.6.19.0059

REPRESENTANTE: SIGILOSO

Advogado: Diego Alves do Amaral – OAB/RJ n. 162795

Advogado: Rebecca Holanda Amorim Jansen Cabo – OAB/RJ n. 153571

Advogado: Silvio Dorival Barreto Junior – OAB/RJ n. 181712

Advogado: Wolfango Fontes da Silva – OAB/RJ n. 67337

REPRESENTADO: SIGILOSO

Advogado: Carlos Magno Soares de Carvalho – OAB/RJ n. 73.969

Advogado: David Augusto Cardoso de Figueiredo – OAB/RJ n. 114.194

Advogada: Roberta Magalhães Carvalho Pereira – OAB/RJ n. 147.906

REPRESENTADO: SIGILOSO

Advogado: Carlos Magno Soares de Carvalho – OAB/RJ n. 73.969

Advogado: David Augusto Cardoso de Figueiredo – OAB/RJ n. 114.194

Advogada: Roberta Magalhães Carvalho Pereira – OAB/RJ n. 147.906

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DESPACHO fls. 236: “1) Fls. 210-211 – Intime-se para regularização do petitório, na forma indicada pelo MPE à fl. 232, bem como para cumprir o item 02 do despacho de fl. 212...” São Pedro da Aldeia, 10 de abril de 2018.” MARCIO DA COSTA DANTAS JUIZ ELEITORAL

Sentenças

Representação Eleitoral n. 50-84.2015.6.19.0059

Representante: Ministério Público Eleitoral

Representado: Wanderson da Silva Teixeira

Advogado: Paulo Cesar Marques de Sousa Junior – OAB/RJ n. 196.721

Sentença fls. 93-95: “...Posto isso, ratifico a liminar deferida a fl. 19, mas, no mérito, JULGO IMPROCEDENTE a representação ajuizada em face de WANDERSON DA SILVA TEIXEIRA. Registre-se. Publique-se. Intime-se. Anote-se aonde couber. Com o trânsito em julgado, baixa e arquivamento. Ciência ao Ministério Público Eleitoral e à Defesa do Representado.” São Pedro da Aldeia, 04 de abril de 2018. MARCIO DA COSTA DANTAS Juiz Eleitoral

065ª Zona Eleitoral

Sentenças

AP nº 11-56.2010.6.19.0029 (Protocolo TRE/RJ nº 29.066.598/2006)

AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

RÉU: PEDRO EDSON BRAZIL DA SILVEIRA, TE 034537900329, Mâe: Luiza Brazil de Andrade E OUTRO

ADVOGADO: JACKSON CRUZ DA FONSECA, OAB/RJ nº 174.441

SENTENÇA - FLS. 638/640

D E C I S Ã O

Trata-se de ação penal instaurada pelo Ministério Público Eleitoral, em face de PEDRO EDSON BRAZIL DA SILVEIRA, inscrição eleitoral nº 034537900329, filho de Edson Andrade da Silveira e Luiza Brazil de Andrade, nascido aos 29/06/1959, domiciliado à Estrada do Capenha, 907, casa 66, Pechincha, Jacarepaguá, Rio de Janeiro, onde reside e OUTRO, pela prática do delito previsto no artigo 299 do Código Eleitoral, consistente na conduta descrita da denúncia de fls. 02-A/02-C, in verbis:

“Em data e horário não precisos nos autos, mas sendo certo que no mês de agosto do ano de 2006, os denunciados, com vontade livre e consciente e em comunhão de desígnios, prometeram para outrem dinheiro, dádiva ou qualquer outra vantagem para obter voto.

Consta do Inquérito Policial que o Primeiro denunciado (NIVALDO), a mando do Segundo denunciado (PEDRO EDSON), distribuiu material de campanha do então candidato a Deputado Federal Francisco José D’Ângelo Pinto (Chico D’Ângelo) a funcionários da empresa Nova Riolotados no Fórum de Petrópolis, onde prestam serviços ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, acompanhado de uma ficha de eleitor, que deveria ser preenchida pelos aludidos funcionários, mediante a promessa de pagamento de R$ 40,00, bem como a manutenção destes em seus respectivos empregos acaso votassem no candidato apoiado pelos denunciados.

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Assim agindo, violaram os acusados o disposto no art. 299 do Código Eleitoral.

(...)”

Às fls. 260/260v., decisão deste Juízo de 30/04/2014, no sentido do recebimento da peça acusatória, retificada à fl. 267 e no que tange ao 2º réu PEDRO EDSON determina que os autos voltem conclusos quando da vinda dos esclarecimentos da FAC.

Às fls. 269, Mandado de Intimação do 1º Réu, NIVALDO, com o fim de cientificá-lo da expedição de carta precatória e juntada do correspondente aviso de recebimento, à fl. 288.

Às fls. 291, 295, 298 e 299, certidões acerca da FAC do 2º réu, PEDRO EDSON.

À fl. 301 v, manifestação ministerial pela reconsideração da proposta de suspensão condicional do processo e designação de audiência em relação ao 2º réu, PEDRO EDSON.

Às fls. 305/305v., decisão judicial determinando a citação, via precatória, na forma e para os fins do art. 396 do CPP, do 2º réu, PEDRO EDSON.

Às fls. 307/344, mandado de intimação, carta precatória e avisos de recebimento, todos relativos à citação do 2º réu, PEDRO EDSON.

Às fls. 352/353, ofício da 157ª ZE/RJ informando a realização de audiência e aceitação da proposta de suspensão condicional do processo pelo 1º réu, NIVALDO.

Às fls. 355/384v, carta precatória de citação do 2º réu, PEDRO EDSON, devidamente cumprida.

Defesa do 2º réu, PEDRO EDSON, acostada às fls. 386/396.

Requerimento ministerial de designação de audiência para oferecimento de suspensão condicional do processo ao 2º réu, PEDRO EDSON, à fl. 400.

Às fls. 401/408, ofícios e FAC relativos ao 2º réu, PEDRO EDSON.

Decisão judicial determinando a expedição de carta precatória ao Juízo da 169ª ZE/RJ para a designação de audiência para oferecimento de suspensão condicional do processo ao 2º réu, PEDRO EDSON.

Às fls. 412/413, mandados de intimação do 2º réu, PEDRO EDSON, relativos à expedição de carta precatória para designação de audiência para oferecimento de suspensão condicional do processo.

Às fls. 416/453, via da carta precatória, avisos de recebimento e consulta ao sítio dos Correios, todos relativos 2º réu, PEDRO EDSON.

À fl. 454/456, espelho de consulta ao SADPWeb onde consta a informação da data designada para a audiência do 2º réu, PEDRO EDSON .

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Decisão judicial determinando o sobrestamento do feito à fl. À fl. 486.

À fl 486, citação por oficial de justiça ad hoc negativa da 96ª ZE/RJ (Cabo Frio) e consequente despacho de fl. 487, determinando a remessa da carta precatória ao r. Juízo da 157ª ZE/RJ (Nova iguaçu).

À fl. 489, decisão do Juízo da 157ª ZE/RJ designando audiência para proposta de suspensão condicional do processo do 1º RÉU, NIVALDO.

À fls. 490/491, foi o 1º Réu, NIVALDO, regularmente citado.

Ata de audiência em 21/08/2014, à fl. 492, em que foi proposta pelo Parquet suspensão condicional do processo, por dois anos, mediante o comparecimento mensal do Réu ao Cartório Eleitoral de Nova Iguaçu/RJ, aceita pela defesa e homologada por aquele Juízo.

Às fls. 494/498, atestados de comparecimento do Réu, durante o período de prova e certidão cartorária, à fl 499, de cumprimento da condições firmadas na suspensão condicional do processo.

À fl. 503, vista ao Ministério Público Eleitoral, com promoção pela ciência do cumprimento das condições propostas no acordo de suspensão condicional do processo por parte do 1º Réu, NIVALDO.

Sentença de extinção de punibilidade do 1º réu, NIVALDO, às fls. 505/506.

Às fls. 509/518, mandado e carta precatória relativos à intimação da sentença do 1º réu, NIVALDO.

Às fls. 520/521, cópia da ata de audiência na qual o 2º réu, PEDRO EDSON, contrapôs-se às condições da suspensão do processo proposta oferecida pelo MP e à fl. 522, concordância do MPE quanto à proposição do 2º réu, PEDRO EDSON.

Ciência ministerial da sentença de extinção de punibilidade do 1º réu, NIVALDO, à fl. 528.

Às fls. 543/546, cópia dos ofícios que informam ao IFP e ao INI, a sentença de extinção de punibilidade do 1º réu, NIVALDO.

Às fls. 549/561, carta precatória e mandado de intimação da sentença do 1º réu NIVALDO, devidamente cumpridos.

Certidão de trânsito em julgado da sentença do 1º réu, NIVALDO, à fl. 563.

Decisão judicial determinando o sobrestamento do feito à fl. 564.

Às fls. 570/617, carta precatória relativa à audiência para proposta de suspensão condicional do processo do 2º réu, PEDRO EDSON.

Às fls. 625/627 e 630, documentos comprobatórios do cumprimento das condições da suspensão pelo 2º réu, PEDRO EDSON .

Certidão cartorária sobre o cumprimento das condições da suspensão condicional do processo pelo 2º réu, PEDRO

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 79

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EDSON .

Decisão de homologação da proposta de suspensão condicional do processo à fl. 633.

À fl. 636, o Ministério Público opina pela extinção da punibilidade do réu Pedro Edson, na forma do parágrafo 5º do art. 89 da Lei 9099/95.

É o RELATÓRIO. PASSO A DECIDIR.

Tendo em vista o comparecimento trimestral do 2º Réu, atestado por suas assinaturas apostas junto ao processo CARTAS nº 1-04.2015.6.19.0169 (Protocolo TRE/RJ nº 8.294/2015), durante o período compreendido entre outubro de 2015 a outubro de 2017, totalizando 02 (dois) anos, sem que tenha havido, durante o período de prova, revogação da suspensão condicional do processo, ouvido o Ministério Público Eleitoral, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE em favor de PEDRO EDSON BRAZIL DA SILVEIRA, inscrição eleitoral nº 034537900329, filho de Edson Andrade da Silveira e Luiza Brazil de Andrade, nascido aos 29/06/1959, nos termos do que dispõe o artigo 89, § 5º, da Lei nº 9.099/1995.

Publique-se, registre-se e intimem-se.

Transitado em julgado, comunique-se os órgãos de identificação criminal (INI e IFP) para os fins do parágrafo 4º do artigo 76 da Lei nº 9.099/1995. Anote-se no Livro próprio. Arquivem-se.

Petrópolis, 02 de fevereiro de 2018.

Luis Claudio Rocha Rodrigues

Juiz Eleitoral

071ª Zona Eleitoral

Decisões

Representação n.º 43-85.2017.6.19.0071

Representante: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

Representado: “SIGILOSO”

Advogado: Leandro Terra Oliveira Comyn do Amaral – OAB/RJ 165.894

DECISÃO (fls. 68/69)

Trata-se de pedido efetuado pela Representada para parcelar em 60 (sessenta) vezes a multa eleitoral aplicada na sentença de fls. 52/58, no valor de R$ 2.621,16 (dois mil, seiscentos e vinte e um reais e dezesseis centavos), por doação acima do limite legal.

O art. 11, §8º, III, da Lei 9.504/97 e a Resolução do TRE-RJ n. 956/2016, no art. 6º, disciplinam essa matéria:

“O parcelamento das multas eleitorais é direito dos cidadãos e das pessoas jurídicas e pode ser feito em até sessenta meses, salvo quando o valor da parcela ultrapassar 5% (cinco por cento) da renda mensal, no caso de cidadão, ou 2% (dois por cento) do faturamento, no caso de pessoa jurídica, hipótese em que poderá estender-se por prazo superior,

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 80

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de modo que as parcelas não ultrapassem os referidos limites”.

Por sua vez, deve-se observar também o caráter sancionatório e pedagógico que deve possuir a condenação.

Verifica-se a fl. 23, que a Representada no ano-calendário 2015 obteve como rendimentos brutos tributáveis o valor de R$ 63.788,42 (sessenta e três mil, setecentos e oitenta e oito reais e quarenta e dois centavos). Efetuou uma transferência eletrônica na quantia de R$ 9.000,00 (nove mil reais) para a campanha do candidato Felipe dos Santos Peixoto (fl. 05), excedendo o limite máximo permitido por lei. Em sentença, foi condenada no valor mínimo da multa eleitoral, já aplicando a legislação atual, que é mais benéfica, tudo em atenção aos Princípios Constitucionais da razoabilidade e proporcionalidade.

Diante desses fatos e para manter o caráter sancionatório e pedagógico da condenação, defiro o parcelamento da multa em 10 (dez) vezes, considerando que cada parcela encerraria montante próximo do limite de 5% da renda comprovada pela representada à fl. 23, em atenção ao art. 11, §8º, III, da Lei 9.504/97 e à Resolução do TRE-RJ n. 956/2016, no art. 6º.

Tendo em vista que o pedido foi formulado ainda no prazo recursal, vale dizer, antes mesmo do trânsito em julgado da sentença (cf. fl. 61 e certidão de fl. 64), a atualização monetária e juros moratórios incidirão apenas a partir da segunda parcela, na forma do art. 7º, §5º, da Res. TRE/RJ 956/2016.

Publique-se.

Após, expeça-se guia, na forma do art. 7º, da Res. TSE 956/2018.

Niterói, 20 de abril de 2018.

RODRIGO JOSÉ MEANO BRITO - JUIZ ELEITORAL - 071ª ZE/RJ

Despachos

Representação n.º 50-77.2017.6.19.0071

Representante: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

Representado: “SIGILOSO”

Advogado: Alberto Parreira – OAB/RJ 155.824

DESPACHO (fl. 130)

Com fulcro na norma do art. 257, §§6º e 7º do Código Eleitoral, mantenho o despacho de fl. 113, que indeferiu o pedido de devolução de prazo para interposição de recurso, tendo em vista a flagrante intempestividade do requerimento formulado no dia 04.04.2018, às 12:02h.

Isto porque, a sentença de fls. 100/105 foi publicada em 26.03.2018. Assim, o termo a quo do prazo recursal iniciou-se em 27.03.2018, expirando-se em 03.04.2018.

Registre-se que o recurso de fls. 117/124 somente fora interposto em 12.04.2018, às 16:35h, de modo que se afigura flagrante a sua intempestividade.

Não obstante, inexiste previsão legal para juízo de admissibilidade de recurso na instância singular eleitoral.

Assim, remetam-se os autos ao MPE, em contrarrazões.

Após, encaminhem-se os autos ao Egrégio TRE/RJ, com as homenagens de estilo.

Niterói, 12 de abril de 2018.

Rodrigo José Meano Brito - Juiz Eleitoral 71ª ZE / RJ

(Republicado em virtude de retificação)

074ª Zona Eleitoral

Sentenças

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 81

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PROCESSO Nº: 26-40.2017.6.19.074

PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS - EXERCÍCIO 2016

COMISSÃO PROVISÓRIA MUNICIPAL DO PCDOB

SENTENÇA: […] “Isto posto, nos termos do art. 37, da Lei 9.096/95, JULGO AS MESMAS COMO NÃO APRESENTADAS, impondo-se a sanção de não recebimento das cotas do Fundo Partidário enquanto perdurar a omissão.

Expeçam-se oficios aos Diretórios Partidários, se houver.

Após as anotações e comunicações de praxe, transitada em julgado, arquive-se.

P.R.I.

Engenheiro Paulo de Frontin, 04 de abril de 2018.

DENISE SALUME AMARAL DO NASCIMENTO

JUÍZA ELEITORAL”.

PROCESSO Nº: 29-92.2017.6.19.074

PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS - EXERCÍCIO 2016

COMISSÃO PROVISÓRIA MUNICIPAL DO PRB

SENTENÇA: […] “Isto posto, nos termos do art. 37, da Lei 9.096/95, JULGO AS MESMAS COMO NÃO APRESENTADAS, impondo-se a sanção de não recebimento das cotas do Fundo Partidário enquanto perdurar a omissão.

Expeçam-se oficios aos Diretórios Partidários, se houver.

Após as anotações e comunicações de praxe, transitada em julgado, arquive-se.

P.R.I.

Engenheiro Paulo de Frontin, 04 de abril de 2018.

DENISE SALUME AMARAL DO NASCIMENTO

JUÍZA ELEITORAL”.

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 82

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

PROCESSO Nº: 21-18.2017.6.19.074

PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS - EXERCÍCIO 2016

COMISSÃO PROVISÓRIA MUNICIPAL DO PV

SENTENÇA: […] “Isto posto, nos termos do art. 37, da Lei 9.096/95, JULGO AS MESMAS COMO NÃO APRESENTADAS, impondo-se a sanção de não recebimento das cotas do Fundo Partidário enquanto perdurar a omissão.

Expeçam-se oficios aos Diretórios Partidários, se houver.

Após as anotações e comunicações de praxe, transitada em julgado, arquive-se.

P.R.I.

Engenheiro Paulo de Frontin, 04 de abril de 2018.

DENISE SALUME AMARAL DO NASCIMENTO

JUÍZA ELEITORAL”.

PROCESSO Nº: 25-55.2017.6.19.074

PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS - EXERCÍCIO 2016

COMISSÃO PROVISÓRIA MUNICIPAL DO PSB

SENTENÇA: […] “Isto posto, nos termos do art. 37, da Lei 9.096/95, JULGO AS MESMAS COMO NÃO APRESENTADAS, impondo-se a sanção de não recebimento das cotas do Fundo Partidário enquanto perdurar a omissão.

Expeçam-se oficios aos Diretórios Partidários, se houver.

Após as anotações e comunicações de praxe, transitada em julgado, arquive-se.

P.R.I.

Engenheiro Paulo de Frontin, 04 de abril de 2018.

DENISE SALUME AMARAL DO NASCIMENTO

JUÍZA ELEITORAL”.

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 83

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

PROCESSO Nº: 22-03.2017.6.19.074

PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS - EXERCÍCIO 2016

COMISSÃO PROVISÓRIA MUNICIPAL DO SD

SENTENÇA: […] “Isto posto, nos termos do art. 37, da Lei 9.096/95, JULGO AS MESMAS COMO NÃO APRESENTADAS, impondo-se a sanção de não recebimento das cotas do Fundo Partidário enquanto perdurar a omissão.

Expeçam-se oficios aos Diretórios Partidários, se houver.

Após as anotações e comunicações de praxe, transitada em julgado, arquive-se.

P.R.I.

Engenheiro Paulo de Frontin, 04 de abril de 2018.

DENISE SALUME AMARAL DO NASCIMENTO

JUÍZA ELEITORAL”.

PROCESSO Nº: 04-79.2017.6.19.074

PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS - EXERCÍCIO 2015

COMISSÃO PROVISÓRIA MUNICIPAL DO SD

SENTENÇA: […] “Isto posto, nos termos do art. 37, da Lei 9.096/95, JULGO AS MESMAS COMO NÃO APRESENTADAS, impondo-se a sanção de não recebimento das cotas do Fundo Partidário enquanto perdurar a omissão.

Expeçam-se oficios aos Diretórios Partidários, se houver.

Após as anotações e comunicações de praxe, transitada em julgado, arquive-se.

P.R.I.

Engenheiro Paulo de Frontin, 04 de abril de 2018.

DENISE SALUME AMARAL DO NASCIMENTO

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 84

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

JUÍZA ELEITORAL”.

PROCESSO Nº: 31-62.2017.6.19.074

PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS - EXERCÍCIO 2016

COMISSÃO PROVISÓRIA MUNICIPAL DO PR

SENTENÇA: […] “Isto posto, nos termos do art. 37, da Lei 9.096/95, JULGO AS MESMAS COMO NÃO APRESENTADAS, impondo-se a sanção de não recebimento das cotas do Fundo Partidário enquanto perdurar a omissão.

Expeçam-se oficios aos Diretórios Partidários, se houver.

Após as anotações e comunicações de praxe, transitada em julgado, arquive-se.

P.R.I.

Engenheiro Paulo de Frontin, 04 de abril de 2018.

DENISE SALUME AMARAL DO NASCIMENTO

JUÍZA ELEITORAL”.

PROCESSO Nº: 27-25.2017.6.19.074

PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS - EXERCÍCIO 2016

COMISSÃO PROVISÓRIA MUNICIPAL DO DEM

SENTENÇA: […] “Isto posto, nos termos do art. 37, da Lei 9.096/95, JULGO AS MESMAS COMO NÃO APRESENTADAS, impondo-se a sanção de não recebimento das cotas do Fundo Partidário enquanto perdurar a omissão.

Expeçam-se oficios aos Diretórios Partidários, se houver.

Após as anotações e comunicações de praxe, transitada em julgado, arquive-se.

P.R.I.

Engenheiro Paulo de Frontin, 04 de abril de 2018.

DENISE SALUME AMARAL DO NASCIMENTO

JUÍZA ELEITORAL”.

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 85

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

PROCESSO Nº: 23-85.2017.6.19.074

PRESTAÇÃO ANUAL DE CONTAS - EXERCÍCIO 2016

COMISSÃO PROVISÓRIA MUNICIPAL DO PTDOB

SENTENÇA: […] “Isto posto, nos termos do art. 37, da Lei 9.096/95, JULGO AS MESMAS COMO NÃO APRESENTADAS, impondo-se a sanção de não recebimento das cotas do Fundo Partidário enquanto perdurar a omissão.

Expeçam-se oficios aos Diretórios Partidários, se houver.

Após as anotações e comunicações de praxe, transitada em julgado, arquive-se.

P.R.I.

Engenheiro Paulo de Frontin, 04 de abril de 2018.

DENISE SALUME AMARAL DO NASCIMENTO

JUÍZA ELEITORAL”.

075ª Zona Eleitoral

Intimações

RP 76-60.2016

Processo nº: 76-60.2016.6.19.0249

Protocolo nº: 212.425/2016

Classe Processual: Representação

Representante: Rafael Diniz

Advogado(s): Carlos Roberto de Siqueira Castro – OAB: 20283/RJ, Vânia Siciliano Aieta – OAB: 77940/RJ, Renan dos Santos Figueiredo – OAB: 190350/RJ, José Paes Neto – OAB: 152732/RJ, Fábio Gomes de Freitas Bastos – OAB: 168037/RJ

Representado(s):Fabrício Freitas dos Santos

Advogado(s): Antônio Carlos Ribeiro Filho OAB/RJ: 186.100

Representado: Google Brasil Internet LTDA

Advogado(s): Fabiana Regina Siviero OAB/SP: 147.715; André Zanatta Fernandes de Castro OAB/SP: 246.556; Eduardo Luiz Brock OAB/SP: 91.311

DECISÃO

Providencie-se à intimação do Sr. Fabrício Freitas dos Santos para que comprove o pagamento do valor devido no

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 86

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prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de encaminhamento da documentação pertinente à Procuradoria da Fazenda Nacional para inscrição na dívida ativa na forma do art. 3º da Resolução N.º 956/2016 do TRE/RJ.

Campos dos Goytacazes, 19 de abril de 2018.

Rubens Soares Sá Viana Júnior

Juiz Eleitoral

078ª Zona Eleitoral

Sentenças

Sentença Prestação de Contas Processo 28-34.2017.6.19.066

JUÍZO DA 78ª ZONA ELEITORAL–DUQUE DE CAXIAS/RJ

Av. Brigadeiro Lima e Silva, 282, Parque Duque – DC/RJ

Prestação de Contas n.º 28-34.2017.6.19.0066

Requerentes: DIRETÓRIO MUNICIPAL DO PARTIDO SOCIALISTA DOS TRABALHADORES UNIFICADO-PSTU

GEOVANI PEREIRA DE ARAUJO – Presidente

MARCIA MACEDO LOPES – Tesoureiro

Advogado: Carlos Alberto Feliciano dos Santos, OAB/RJ n.º 80046/RJ

SENTENÇA (FlS. 79/80): “Diante do exposto, de acordo com os elementos existentes nos autos, com fulcro no art. 46, III, “b” e ainda nos seus parágrafos 1º, 2º e 3º, da Resolução TSE nº 23.464/2015, APROVO COM RESSALVAS as contas do Diretório Municipal do PARTIDO SOCIALISTA DOS TRABALHADORES UNIFICADO – PSTU – referente ao exercício de 2016. Publique-se. Intime-se. Dê-se ciência ao Ministério Público Eleitoral.”. Duque de Caxias, 24/04/2018.” Juiz: Renata de Lima Machado Rocha.

096ª Zona Eleitoral

Despachos

Processo nº.: 63-98.2017.6.19.0096

Classe: CARTA DE ORDEM

Juízo Ordenante: TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO

Juízo Ordenado: 96ª ZONA ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO

Referência: AÇÃO PENAL nº 20-35.2015.6.19.0096

Autor: Ministério Público Eleitoral

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 87

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Réu: Marcos da Rocha Mendes

Advogado: Carlos Magno Soares de Carvalho (OAB – RJ nº 73.969) e outros

Réu: Márcio Rogério Guimaro Coutinho

Advogado: Adriana Villar Ruas (OAB – RJ nº 189.040)

Despacho (fls.301.): “1 – Oficie-se conforme requerido pelo MPE quanto à testemunha Paulo Henrique. 2 – Sem prejuízo, designo continuação da audiência para o dia 27/06/2018, às 13:45h. Intimem-se. Providencie a adoção das medidas cabíveis para a realização do ato, bem como oficie-se ao Juízo Deprecante. 3 – Anote-se e publique-se.”

Processo AIME nº 8-50.2017.6.19.0096

Protocolo. Nº 6788/2017

Classe: AIME

Impugnante: SIGILOSO

Impugnado: SIGILOSO

Advogado(a):CARLOS AUGUSTO COTIA (OAB/RJ nº 135.785) e outros.

Despacho (fls.758): “ Designo continuação da audiência para o dia 22/05/2018, às 14:15h. Intimem-se. Providencie a adoção das medidas cabíveis para a realização do ato. Anote-se e publique-se.”

Processo RP nº 518-97.2016.6.19.0096

Protocolo Nº 240.229/2016

Classe: REPRESENTAÇÃO

Representante: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

Representado: JÂNIO DOS SANTOS MENDES

Advogado(a): VITOR MARTIM DE ALMEIDA LEITE (OAB/RJ nº 162.891)

Representado: JOSÉ LUIZ ALVES DE OLIVEIRA

Advogado(a): JOSÉ LUIZ ALVES DE OLIVEIRA (OAB/RJ nº 073773) e outros

Despacho (fl. 161): “Fl, 160: Iintime-se o representado JOSÉ LUIZ ALVES DE OLIVEIRA para que dê continuidade ao pagamento do parcelamento deferido à fl.99, devendo comprovar a quitação de cada parcela até o último dia de cada mês de vencimento, em derradeira oportunidade”.

Processo RP nº 58-76.2017.6.19.0096

Protocolo Nº 78.429/2017

Classe: AÇÃO PENAL

Representante: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

Réu: ANDRÉ LUIZ LOBO FILHO

Advogado(a): GILDO ROLLEMBERG AGUIAR(OAB/RJ nº 65.139)

Despacho (fl. 99): “ intime-se o acusado para que justifique, no prazo de cinco dias, o descumprimento de medida proposta e livremente aceita pelo réu , em audiência realizada em 07/02/ 2018, para a suspensão condicional do processo. Publique-se. Intime-se.

Sentenças

Processo AIME nº 6-80.2017.6.19.0096

Protocolo. Nº 1394/2017

Classe: AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 88

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Impugnante: SIGILOSO

Impugnado: SIGILOSO

Advogado(a): Antônio Luiz Soares da Silva (OAB/RJ nº 179.750)

Sentença (fls. 338/340): (...)“Enfim, não encontra o juízo o respaldo necessário nas provas produzidas que permita o acolhimento do pleito apresentado. Em face do exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido constante na inicial.”(...)

Processo AIME nº 9-35.2017.6.19.0096

Protocolo. Nº 6789/2017

Classe: AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO

Impugnante: SIGILOSO

Impugnado: SIGILOSO

Advogado(a): Carlos Augusto Cotia (OAB/RJ nº 135.785) e outros

Sentença (fls. 896/899): (…) “Em face do exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido constante na inicial.”(...)

098ª Zona Eleitoral

Despachos

Audiência para oitiva de testemunha

Juízo da 98ª Zona Eleitoral – Campos dos Goytacazes/RJ

Processo originário 1-24-2016.6.03.0004 - 4ª ZE (Oiapoque – AP)

Protocolo 319632018 – Carta Precatória nº 13-32.2018.6.19.0098

Base Legal: Código de Processo Penal, arts. 202 e 211, § 3º

Finalidade: ciência de marcação de audiência para a oitiva de testemunha.

DESPACHO

1 - Designo a audiência a que se refere a fl. 02 para o dia 25/04/2018, às 13h30min.

2 - Registre-se, anote-se, intime-se a testemunha, informe-se à 4ª ZE/AP via e-mail, publique-se e dê-se ciência ao Ministério Público.

3 - Após a realização da audiência, devolvam-se os autos ao Juízo Deprecante.

Campos dos Goytacazes, 17 de abril de 2018.

MARIA DANIELLA BINATO DE CASTRO - Juíza Eleitoral da 98ª ZE

Intimações

Oitiva de testemunha

Juízo da 98ª Zona Eleitoral – Campos dos Goytacazes/RJ

Ação Penal nº 12-81.2017.6.19.0098; Protocolo nº 1269242017; IP 189/2017

Autor: Ministério Público.

Réus:

Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira (Advogados: Carlos Fernando dos Santos Azeredo - OAB/RJ

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 89

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

150.472;

Rosângela Rosinha Garotinho Barros Assed Matheus de Oliveira (Advogados: Carlos Fernando dos Santos Azeredo - OAB/RJ 150.472; Reinaldo Santos de Almeida - OAB/RJ 173.089);

Ney Flores Braga (Advogados: Diogo Alencar Rodrigues - OAB/RJ 109168; Pêdra Carla Hennigen de Mattos - OAB/RJ 188515);

Antônio Carlos Ribeiro da Silva, vulgo 'Toninho' (Advogados: Sérgio Guimarães Riera - OAB/RJ 93068; Victor Gontijo Vieira - OAB/RJ 189155; Eduardo Costa Linhares - OAB/RJ 197296; João Lima Arantes - OAB/RJ 183315; Amyr Hamden Moussallem - OAB/RJ 170.394; Rafael Crespo - OAB/RJ 135390);

Suledil Bernardino da Silva (Advogada: Diana de Oliveira Lobo, OAB/RJ 124.183);

Thiago Soares de Godoy (Advogados: Ana Karina Sampaio Octaviano F. Godoy, OAB/RJ 126654 e Gustavo Rosas Lemos, OAB/RJ 124183);

Antônio Carlos Rodrigues (Advogados: Daniel Leon Bialski - OAB/SP 125000; João Batista Augusto Júnior - OAB/SP 274839; Bruna Luppi Leite Moraes - OAB/SP 358676; Marcelo Luiz Ávila de Bessa - OAB/DF 12330; Daniela Resende Moura de Bessa - OAB/DF 15377; Fábio Ferreira Azevedo - OAB/DF 30568; Laryssa Brito Moreira - OAB/DF 43787; Eduardo Xavier Lemos - OAB/DF 53049; Bruno Garcia Borragine - OAB/SP 298533; Fernanda Pinheiro Pio de Santana – OAB/DF 24707; Amyr Hamden Moussallem - OAB/RJ 170.394; Rafael Crespo - OAB/RJ 135390)

Fabiano Rosas Alonso (Advogados: Daniel Leon Bialski - OAB/SP 125000; João Batista Augusto Júnior - OAB/SP 274839; Bruna Luppi Leite Moraes - OAB/SP 358676; Marcelo Luiz Ávila de Bessa - OAB/DF 12330; Daniela Resende Moura de Bessa - OAB/DF 15377; Fábio Ferreira Azevedo - OAB/DF 30568; Laryssa Brito Moreira - OAB/DF 43787; Eduardo Xavier Lemos - OAB/DF 53049; Bruno Garcia Borragine - OAB/SP 298533; Amyr Hamden Moussallem - OAB/RJ 170.394; Rafael Crespo - OAB/RJ 135390)

Finalidade: intimação das partes acerca de decisão referente a petição de protocolo nº 320502018.

“Redesigno audiência para oitiva da testemunha, Thiago de Castro para 25/04/18 às 14h.”

Campos dos Goytacazes, 20 de abril de 2018.

RALPH MACHADO MANHÃES JÚNIOR - Juiz Eleitoral Tabelar”

Despacho petição de testemunha Thiago de Castro

Juízo da 98ª Zona Eleitoral – Campos dos Goytacazes/RJ

Ação Penal nº 12-81.2017.6.19.0098; Protocolo nº 1269242017; IP 189/2017

Autor: Ministério Público.

Réus:

Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira (Advogados: Carlos Fernando dos Santos Azeredo - OAB/RJ 150.472;

Rosângela Rosinha Garotinho Barros Assed Matheus de Oliveira (Advogados: Carlos Fernando dos Santos Azeredo - OAB/RJ 150.472; Reinaldo Santos de Almeida - OAB/RJ 173.089);

Ney Flores Braga (Advogados: Diogo Alencar Rodrigues - OAB/RJ 109168; Pêdra Carla Hennigen de Mattos - OAB/RJ 188515);

Antônio Carlos Ribeiro da Silva, vulgo 'Toninho' (Advogados: Sérgio Guimarães Riera - OAB/RJ 93068; Victor Gontijo Vieira - OAB/RJ 189155; Eduardo Costa Linhares - OAB/RJ 197296; João Lima Arantes - OAB/RJ 183315; Amyr Hamden Moussallem - OAB/RJ 170.394; Rafael Crespo - OAB/RJ 135390);

Suledil Bernardino da Silva (Advogada: Diana de Oliveira Lobo, OAB/RJ 124.183);

Thiago Soares de Godoy (Advogados: Ana Karina Sampaio Octaviano F. Godoy, OAB/RJ 126654 e Gustavo Rosas Lemos, OAB/RJ 124183);

Antônio Carlos Rodrigues (Advogados: Daniel Leon Bialski - OAB/SP 125000; João Batista Augusto Júnior - OAB/SP

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 90

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

274839; Bruna Luppi Leite Moraes - OAB/SP 358676; Marcelo Luiz Ávila de Bessa - OAB/DF 12330; Daniela Resende Moura de Bessa - OAB/DF 15377; Fábio Ferreira Azevedo - OAB/DF 30568; Laryssa Brito Moreira - OAB/DF 43787; Eduardo Xavier Lemos - OAB/DF 53049; Bruno Garcia Borragine - OAB/SP 298533; Fernanda Pinheiro Pio de Santana – OAB/DF 24707; Amyr Hamden Moussallem - OAB/RJ 170.394; Rafael Crespo - OAB/RJ 135390)

Fabiano Rosas Alonso (Advogados: Daniel Leon Bialski - OAB/SP 125000; João Batista Augusto Júnior - OAB/SP 274839; Bruna Luppi Leite Moraes - OAB/SP 358676; Marcelo Luiz Ávila de Bessa - OAB/DF 12330; Daniela Resende Moura de Bessa - OAB/DF 15377; Fábio Ferreira Azevedo - OAB/DF 30568; Laryssa Brito Moreira - OAB/DF 43787; Eduardo Xavier Lemos - OAB/DF 53049; Bruno Garcia Borragine - OAB/SP 298533; Amyr Hamden Moussallem - OAB/RJ 170.394; Rafael Crespo - OAB/RJ 135390)

Finalidade: intimação das partes acerca de despacho na petição de protocolo nº 327182018 da testemunha Thiago de Castro Gomes

“J. Ante os esclarecimentos aqui prestados, reconsidero a decisão de manter a oitiva do peticionário como testemunha do juízo, ficando, assim, sem efeito a designação da audiência para realização de tal ato.

Assim, ficam mantidos os demais atos desta Ação Penal, devendo os réus comparecerem ao interrogatório designado, sob pena de aplicação de medidas cautelares, ressaltando que o sétimo réu foi considerado foragido nestes autos. O não cumprimento importará em possibilidade de aplicação de medidas mais graves aos réus, lembrando-se ainda a precariedade da liberdade dos acusados.”

Campos dos Goytacazes, 24/04/18.

RALPH MACHADO MANHÃES JÚNIOR - Juiz Eleitoral Tabelar”

Despacho petição de testemunha Thiago de Castro

Juízo da 98ª Zona Eleitoral – Campos dos Goytacazes/RJ

Ação Penal nº 12-81.2017.6.19.0098; Protocolo nº 1269242017; IP 189/2017

Autor: Ministério Público.

Réus:

Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira (Advogados: Carlos Fernando dos Santos Azeredo - OAB/RJ 150.472;

Rosângela Rosinha Garotinho Barros Assed Matheus de Oliveira (Advogados: Carlos Fernando dos Santos Azeredo - OAB/RJ 150.472; Reinaldo Santos de Almeida - OAB/RJ 173.089);

Ney Flores Braga (Advogados: Diogo Alencar Rodrigues - OAB/RJ 109168; Pêdra Carla Hennigen de Mattos - OAB/RJ 188515);

Antônio Carlos Ribeiro da Silva, vulgo 'Toninho' (Advogados: Sérgio Guimarães Riera - OAB/RJ 93068; Victor Gontijo Vieira - OAB/RJ 189155; Eduardo Costa Linhares - OAB/RJ 197296; João Lima Arantes - OAB/RJ 183315; Amyr Hamden Moussallem - OAB/RJ 170.394; Rafael Crespo - OAB/RJ 135390);

Suledil Bernardino da Silva (Advogada: Diana de Oliveira Lobo, OAB/RJ 124.183);

Thiago Soares de Godoy (Advogados: Ana Karina Sampaio Octaviano F. Godoy, OAB/RJ 126654 e Gustavo Rosas Lemos, OAB/RJ 124183);

Antônio Carlos Rodrigues (Advogados: Daniel Leon Bialski - OAB/SP 125000; João Batista Augusto Júnior - OAB/SP 274839; Bruna Luppi Leite Moraes - OAB/SP 358676; Marcelo Luiz Ávila de Bessa - OAB/DF 12330; Daniela Resende Moura de Bessa - OAB/DF 15377; Fábio Ferreira Azevedo - OAB/DF 30568; Laryssa Brito Moreira - OAB/DF 43787; Eduardo Xavier Lemos - OAB/DF 53049; Bruno Garcia Borragine - OAB/SP 298533; Fernanda Pinheiro Pio de Santana – OAB/DF 24707; Amyr Hamden Moussallem - OAB/RJ 170.394; Rafael Crespo - OAB/RJ 135390)

Fabiano Rosas Alonso (Advogados: Daniel Leon Bialski - OAB/SP 125000; João Batista Augusto Júnior - OAB/SP 274839; Bruna Luppi Leite Moraes - OAB/SP 358676; Marcelo Luiz Ávila de Bessa - OAB/DF 12330; Daniela Resende Moura de Bessa - OAB/DF 15377; Fábio Ferreira Azevedo - OAB/DF 30568; Laryssa Brito Moreira - OAB/DF 43787; Eduardo Xavier Lemos - OAB/DF 53049; Bruno Garcia Borragine - OAB/SP 298533; Amyr Hamden Moussallem - OAB/RJ 170.394; Rafael Crespo - OAB/RJ 135390)

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 91

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

Finalidade: intimação das partes acerca de despacho na petição de protocolo nº 327182018 da testemunha Thiago de Castro Gomes

“J. Ante os esclarecimentos aqui prestados, reconsidero a decisão de manter a oitiva do peticionário como testemunha do juízo, ficando, assim, sem efeito a designação da audiência para realização de tal ato.

Assim, ficam mantidos os demais atos desta Ação Penal, devendo os réus comparecerem ao interrogatório designado, sob pena de aplicação de medidas cautelares, ressaltando que o sétimo réu foi considerado foragido nestes autos. O não cumprimento importará em possibilidade de aplicação de medidas mais graves aos réus, lembrando-se ainda a precariedade da liberdade dos acusados.”

Campos dos Goytacazes, 24/04/18.

RALPH MACHADO MANHÃES JÚNIOR - Juiz Eleitoral Tabelar”

Despecho petição testemunha Thiago Castro

Juízo da 98ª Zona Eleitoral – Campos dos Goytacazes/RJ

Ação Penal nº 12-81.2017.6.19.0098; Protocolo nº 1269242017; IP 189/2017

Autor: Ministério Público.

Réus:

Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira (Advogados: Carlos Fernando dos Santos Azeredo - OAB/RJ 150.472;

Rosângela Rosinha Garotinho Barros Assed Matheus de Oliveira (Advogados: Carlos Fernando dos Santos Azeredo - OAB/RJ 150.472; Reinaldo Santos de Almeida - OAB/RJ 173.089);

Ney Flores Braga (Advogados: Diogo Alencar Rodrigues - OAB/RJ 109168; Pêdra Carla Hennigen de Mattos - OAB/RJ 188515);

Antônio Carlos Ribeiro da Silva, vulgo 'Toninho' (Advogados: Sérgio Guimarães Riera - OAB/RJ 93068; Victor Gontijo Vieira - OAB/RJ 189155; Eduardo Costa Linhares - OAB/RJ 197296; João Lima Arantes - OAB/RJ 183315; Amyr Hamden Moussallem - OAB/RJ 170.394; Rafael Crespo - OAB/RJ 135390);

Suledil Bernardino da Silva (Advogada: Diana de Oliveira Lobo, OAB/RJ 124.183);

Thiago Soares de Godoy (Advogados: Ana Karina Sampaio Octaviano F. Godoy, OAB/RJ 126654 e Gustavo Rosas Lemos, OAB/RJ 124183);

Antônio Carlos Rodrigues (Advogados: Daniel Leon Bialski - OAB/SP 125000; João Batista Augusto Júnior - OAB/SP 274839; Bruna Luppi Leite Moraes - OAB/SP 358676; Marcelo Luiz Ávila de Bessa - OAB/DF 12330; Daniela Resende Moura de Bessa - OAB/DF 15377; Fábio Ferreira Azevedo - OAB/DF 30568; Laryssa Brito Moreira - OAB/DF 43787; Eduardo Xavier Lemos - OAB/DF 53049; Bruno Garcia Borragine - OAB/SP 298533; Fernanda Pinheiro Pio de Santana – OAB/DF 24707; Amyr Hamden Moussallem - OAB/RJ 170.394; Rafael Crespo - OAB/RJ 135390)

Fabiano Rosas Alonso (Advogados: Daniel Leon Bialski - OAB/SP 125000; João Batista Augusto Júnior - OAB/SP 274839; Bruna Luppi Leite Moraes - OAB/SP 358676; Marcelo Luiz Ávila de Bessa - OAB/DF 12330; Daniela Resende Moura de Bessa - OAB/DF 15377; Fábio Ferreira Azevedo - OAB/DF 30568; Laryssa Brito Moreira - OAB/DF 43787; Eduardo Xavier Lemos - OAB/DF 53049; Bruno Garcia Borragine - OAB/SP 298533; Amyr Hamden Moussallem - OAB/RJ 170.394; Rafael Crespo - OAB/RJ 135390)

Testemunha: Thiago de Castro Gomes

(Advogados Frederico Donati Barbosa OAB/DF17.825; Brian Alves Prado OAB/DF 46.474; Paola Martins Moreira OAB/DF 57.746; Estagiários Guilherme Faria Borges OAB/DF 15.888/E; Natacha Kelly Fernandes Teixeira da Silva OAB/DF 16.839/E; Gabriel Ribeiro da Silva OAB/DF 17.152/E)

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 92

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

Finalidade: intimação das partes acerca de despacho na petição de protocolo nº 327182018 da testemunha Thiago de Castro Gomes

“J. Ante os esclarecimentos aqui prestados, reconsidero a decisão de manter a oitiva do peticionário como testemunha do juízo, ficando, assim, sem efeito a designação da audiência para realização de tal ato.

Assim, ficam mantidos os demais atos desta Ação Penal, devendo os réus comparecerem ao interrogatório designado, sob pena de aplicação de medidas cautelares, ressaltando que o sétimo réu foi considerado foragido nestes autos. O não cumprimento importará em possibilidade de aplicação de medidas mais graves aos réus, lembrando-se ainda a precariedade da liberdade dos acusados.”

Campos dos Goytacazes, 24/04/18.

RALPH MACHADO MANHÃES JÚNIOR - Juiz Eleitoral Tabelar”

126ª Zona Eleitoral

Sentenças

Processo nº 17-19.2017.6.19.0126 (Protocolo nº 140.660/2017)

Assunto: Representação – Doação de Recursos Acima do Limite Legal – Pessoa Física – Pedido de Aplicação de Multa

Representante: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

Representado: BRANDINA BORGES DA SILVA EMILIANO

Advogado: DR. SILVIO MARCELINO DA SILVA – OAB/RJ 143.345

Sentença (fl. 55): “Trata-se de REPRESENTAÇÃO ELEITORAL proposta pelo Ministério Público Eleitoral em face de Brandina Borges da Silva Emiliano, visando a aplicação da penalidade prevista no §3º do art. 23 da Lei 9.504/97, por ter a representada efetuado doação estimável em dinheiro a dois candidatos que concorreram nas eleições de 2016 sem a comprovação dos requisitos na forma do artigo 19, da resolução nº 23.463/2015. A representação foi instruída com a informação do Sistema de Prestação de Contas (fl. 09). O representado foi notificado e apresentou defesa, conforme fls. 18/22, alegando que prestou aos candidatos serviços de contabilidade. O MPE se manifestou à fl. 41 pela improcedência. DECIDO. Verifica-se diante dos documentos de fls. 26/27 que restou comprovado que a representada prestou serviços aos candidatos e que emitiu recibo eleitoral, e dentro do limite previsto na Resolução 23.463/2015. Isto posto, JULGO IMPROCENTE a representação. P.R.I. Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquive-se.”. Duque de Caxias, 26 de março de 2018. – DRª. SIMONE DE FREITAS MARREIROS – JUÍZA ELEITORAL.

Processo nº 16-34.2017.6.19.0126 (Protocolo nº 140.659/2017)

Assunto: Representação – Doação de Recursos Acima do Limite Legal – Pessoa Física – Pedido de Aplicação de Multa

Representante: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

Representado: MARCELO DE SÁ POLASTRE

Advogado: DR. WAGNER LEANDRO RABELLO JUNIOR – OAB/RJ 202.785

Sentença (fl. 34): “Trata-se de REPRESENTAÇÃO ELEITORAL proposta pelo Ministério Público Eleitoral em face de

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 93

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

Marcelo de Sá Polastre, visando a aplicação da penalidade prevista no §3º do art. 23 da Lei 9.504/97, por ter o representado efetuado doação estimável em dinheiro a candidato a vereador nas eleições de 2016 sem a comprovação dos requisitos na forma do artigo 19, da Resolução nº 23.463/2015. A representação foi instruída com a informação do Sistema de Prestação de Contas (fl. 09). O representado foi notificado e apresentou defesa, conforme fls. 18/21, alegando que exerce a profissão de Advogado e que prestou ao candidato serviços próprios de advocacia. O MPE se manifestou à fl. 29 pela improcedência. DECIDO. Verifica-se diante dos documentos de fls. 24/27 que restou comprovado que o representado prestou serviços ao candidato e que emitiu recibo eleitoral, e dentro do limite previsto na Resolução 23.463/2015. Isto posto, JULGO IMPROCENTE a representação. P.R.I. Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquive-se. ”. Duque de Caxias, 26 de março de 2018. – DRª. SIMONE DE FREITAS MARREIROS – JUÍZA ELEITORAL.

Processo nº 14-64.2017.6.19.0126 (Protocolo nº 140.657/2017)

Assunto: Representação – Doação de Recursos Acima do Limite Legal – Pessoa Física – Pedido de Aplicação de Multa

Representante: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

Representado: DANIEL VITOR PESSOA TRINDADE

Advogado: DRA. LUCIANA LOUREIRO DO NASCIMENTO – OAB/RJ 164.391

DR. DIEGO GOMES DA SILVA – OAB/RJ 154.253

Sentença (fls. 29/31): “Trata-se de REPRESENTAÇÃO ELEITORAL proposta pelo Ministério Público Eleitoral em face de Daniel Vitor Pessoa Trindade, visando a aplicação da penalidade prevista no §3º do art. 23 da Lei 9.504/97, por ter o representado efetuado doação a candidato a vereador nas eleições de 2016, consistente na cessão de um automóvel FOX e na prestação de serviços de motorista, e não foram comprovados os requisitos da doação estimada.

A representação foi instruída com a informação do Sistema de Prestação de Contas (fl. 6/7). O representado foi notificado e apresentou defesa, conforme fls. 12/13, alegando que, de fato, efetuou a doação no valor estimado de R$4.000,00, porém, não agiu de má-fé. O MPE se manifestou em alegações finais às fls. 19/vº e a defesa às fls. 22/24. É O RELATÓRIO. DECIDO. Inicialmente, com relação à alegação de decadência à fl. 22, deve ser afastado, diante do que dispõe o artigo 21, § 4º, III da Resolução 23.463/2015: “III – a Secretaria da Receita Federal do Brasil fará o cruzamento dos valores doados com os rendimentos da pessoa física e, apurando indício de excesso, comunicará o fato, até 30 de julho de 2017, ao Ministério público Eleitoral, que poderá, até 31 de dezembro de 2017, apresentar representação com vistas à aplicação da penalidade prevista no §2º e de outras sanções que julgar cabíveis (Lei nº 9.504/1997, art. 24-C, §3º);” Consta da representação que o representado cedeu o uso de veículo a candidato estimando o valor em R$3.000,00, bem como prestou serviços de motorista, no valor estimado de R$1.000,00. Dispõe o artigo 21 da Resolução 23.463/2015 que: “Art.21. As doações realizadas por pessoas físicas são limitadas a dez por cento dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano-calendário anterior à eleição. (Lei nº 9.504/1997, art. 23, §1º) §1º O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o limite de gastos estabelecidos na forma do art. 4º para o cargo ao qual concorre (Lei nº 9.504/1997, art. 23, §1º). §2º O limite previsto no caput não se aplica a doações estimáveis em dinheiro relativas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador, desde que o valor estimado não ultrapasse R$80.000,00 (oitenta mil reais) (Lei nº 9.504/1997, art. 23, §7º). §7º A aferição do limite de doação do contribuinte dispensado da apresentação de Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda deve ser realizada com base no limite de isenção previsto para o ano-calendário de 2016.” Aplicando-se estes dispositivos legais ao caso, em primeiro lugar, restou comprovada a titularidade do veículo cedido pelo representado, conforme fl. 18 e 26, porém, ele não demonstrou que o serviço prestado de motorista se refere a sua atividade econômica, nos termos do artigo 19 da citada Resolução. (Art. 19. Os bens e/ou serviços estimáveis em dinheiro doados por pessoas físicas devem constituir produto de seu próprio serviço, de suas atividades econômicas e, no caso dos bens, devem integrar seu patrimônio.). À luz de tais considerações, conclui-se que, o valor estimado para cessão do veículo de R$3.000,00 não ultrapassou o limite previsto no §2º do artigo 21 acima mencionado. Quanto ao valor estimado para a prestação do serviço de motorista (R$1.000,00), diante da ausência de comprovação da atividade, aplica-se o limite de 10% do valor da isenção previsto no ano-calendário de 2016 (R$2.855,97). E levando em conta que o valor atribuído foi de R$1.000,00 (fl. 07), não houve excesso de limite a justificar aplicação de multa. Isto posto, JULGO IMPROCENTE a representação. P.R.I. Sem custas. Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquive-se.”. Duque de Caxias, 26 de março de 2018. – DRª. SIMONE DE FREITAS MARREIROS – JUÍZA ELEITORAL.

128ª Zona Eleitoral

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 94

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

Decisões

INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES

INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES

Representante: Ministério Público Eleitoral

Representado: Giselia de Souza gomes

Advogado: Glaudinéa Soares de jesus, OAB-RJ 82.724;

DECISÃO: “Considerando que já restou reconhecido por sentença na prestação de contas do candidato supra nomeado que as irregularidades relativas ao pleito 2016 foram sanadas, nada a prover nesse procedimento.

Anote-se onde couber.

Dê-se ciência ao interessado e ao MPE.

Após, arquive-se.”

Duque de Caxias, 13 de abril de 2018.

ANDREA BARROSO SILVA DE FRAGOSO VIDAL – Juíza Eleitoral.

_____________________________________________________________________________________ INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES

Representante: Ministério Público Eleitoral

Representado: Carlos Alberto da Silva

Advogado: Erica de Aguiar Vileman, OAB-RJ 203.845;

DECISÃO: “Considerando que já restou reconhecido por sentença na prestação de contas do candidato supra nomeado que as irregularidades relativas ao pleito 2016 foram sanadas, nada a prover nesse procedimento.

Anote-se onde couber.

Dê-se ciência ao interessado e ao MPE.

Após, arquive-se.”

Duque de Caxias, 13 de abril de 2018.

ANDREA BARROSO SILVA DE FRAGOSO VIDAL – Juíza Eleitoral.

_____________________________________________________________________________________

INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES

Representante: Ministério Público Eleitoral

Representado: Saulo Henrique Silva de Paula

Advogado: Erica de Aguiar Vileman, OAB-RJ 203.845;

DECISÃO: “Considerando que já restou reconhecido por sentença na prestação de contas do candidato supra nomeado que as irregularidades relativas ao pleito 2016 foram sanadas, nada a prover nesse procedimento.

Anote-se onde couber.

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 95

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

Dê-se ciência ao interessado e ao MPE.

Após, arquive-se.”

Duque de Caxias, 13 de abril de 2018.

ANDREA BARROSO SILVA DE FRAGOSO VIDAL – Juíza Eleitoral.

_____________________________________________________________________________________

INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES

Representante: Ministério Público Eleitoral

Representado: Eduardo Moreira da Silva

Advogado: Maurício Fernandes mendes, OAB-RJ 102.759;

DECISÃO: “Considerando que já restou reconhecido por sentença na prestação de contas do candidato supra nomeado que as irregularidades relativas ao pleito 2016 foram sanadas, nada a prover nesse procedimento.

Anote-se onde couber.

Dê-se ciência ao interessado e ao MPE.

Após, arquive-se.”

Duque de Caxias, 13 de abril de 2018.

ANDREA BARROSO SILVA DE FRAGOSO VIDAL – Juíza Eleitoral.

_____________________________________________________________________________________

INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES

Representante: Ministério Público Eleitoral

Representado: Joaquim Jose Quinze santos Alexandre

Advogado: Renata Moreira Salles, OAB-RJ 144.387;

DECISÃO: “Considerando que já restou reconhecido por sentença na prestação de contas do candidato supra nomeado que as irregularidades relativas ao pleito 2016 foram sanadas, nada a prover nesse procedimento.

Anote-se onde couber.

Dê-se ciência ao interessado e ao MPE.

Após, arquive-se.”

Duque de Caxias, 13 de abril de 2018.

ANDREA BARROSO SILVA DE FRAGOSO VIDAL – Juíza Eleitoral.

_____________________________________________________________________________________

INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES

Representante: Ministério Público Eleitoral

Representado: Nei Robson de Azevedo

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 96

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

Advogado: Maria Efigenia Henriques Moutinho, OAB-RJ 70.173;

DECISÃO: “Considerando que já restou reconhecido por sentença na prestação de contas do candidato supra nomeado que as irregularidades relativas ao pleito 2016 foram sanadas, nada a prover nesse procedimento.

Anote-se onde couber.

Dê-se ciência ao interessado e ao MPE.

Após, arquive-se.”

Duque de Caxias, 13 de abril de 2018.

ANDREA BARROSO SILVA DE FRAGOSO VIDAL – Juíza Eleitoral.

129ª Zona Eleitoral

Editais

Edital nº 11/2018

O Exmo. Sr. Juiz da 129 ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, Dr. RALPH MACHADO MANHÃES JÚNIOR, no uso de suas atribuições legais,

Considerando o disposto no art.º 7º, §§ 1º e 2º, da Lei n.º 6996/82 e no Aviso CRE n.º 65/2011.

Faz Saber, a todos que o presente Edital virem, ou dele tomarem conhecimento, que estão disponíveis neste Cartório as relações das operações de INSCRIÇÃO e TRANSFERÊNCIA incluídas no cadastro eleitoral, assim como aquelas indeferidas e convertidas em diligência pela autoridade judiciária, no período de 01 a 14 de abril de 2018.

Dos pedidos indeferidos, poderão os alistandos ou eleitores recorrerem no prazo de 05 (cinco) dias e, dos pedidos deferidos, poderão os partidos políticos, por intermédio de seus delegados, recorrerem no prazo de 10 (dez) dias (Res. TSE 21538/2003, art. 17§ 1º e 18 § 5º), a contar da publicação deste Edital.

E, para que chegue ao conhecimento de todos, mandou o Excelentíssimo Juiz expedir o presente Edital e publicá-lo no Diário de Justiça Eletrônico. Dado e passado no município de Campos dos Goytacazes, aos vinte e quatro dias do mês de abril do ano de dois mil e dezoito. Eu, Camila M. Romeiro, Técnico Judiciário, Mat. nº. 007.06296, digitei o presente, que vai assinado pelo Juiz Eleitoral.

RALPH MACHADO MANHÃES JÚNIOR

Juiz Eleitoral

138ª Zona Eleitoral

Despachos

Despacho - Ação de Impugnação de Mandato Eletivo nº. 2-14.2017.6.19.0138

Ação de Impugnação de Mandato Eletivo nº. 2-14.2017.6.19.0138

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 97

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

Impugnante: “SIGILOSO”

Impugnado: “SIGILOSO”

Advogado: Claudio Francisco Barros da Silva (OAB/RJ 106.085)

DESPACHO (fl. 1254v. dos autos)

À Defesa, para dizer se os depoimentos prestados na ação criminal por Ramon, Marcelo e Wallace podem ser aproveitados neste feito, ou se deseja suas oitivas em audiência.

Após, ao “SIGILOSO”, no mesmo sentido.

Queimados, 07 de março de 2018.

MÁRCIA PAIXÃO GUIMARÃES LÉO

Juíza Eleitoral

141ª Zona Eleitoral

Editais

Edital

Edital 06/2018

O Dr. RODRIGO PINHEIRO REBOUÇAS, Juiz Titular da 141ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais,

Considerando o disposto no art. 7º, §§ 1º e 2º, da Lei nº 6.996/82 e no Aviso CRE nº 65/2011;

FAZ SABER, a todos que o presente EDITAL virem, ou dele tomarem conhecimento, que estão disponíveis neste cartório as relações das operações de INSCRIÇÃO e TRANSFERÊNCIA incluídas no cadastro eleitoral, assim como aquelas indeferidas e convertidas em diligência pela autoridade judiciária, no período de 01/04/2018 a 14/04/2018.

Dos pedidos indeferidos, poderão os alistandos ou eleitores recorrerem no prazo de 05 (cinco) dias e, dos pedidos deferidos, poderão os partidos políticos, por intermédio de seus delegados, recorrerem no prazo de 10 (dez) dias (Res. TSE nº 21.538/03, arts. 17 § 1º e 18 § 5º), a contar da publicação deste edital.

E para que chegue ao conhecimento de todos, mandou o Excelentíssimo Juiz expedir o presente Edital e publicá-lo no Diário de Justiça Eletrônico. Dado e passado neste município de Italva, em vinte de abril do ano de dois mil e dezoito. Eu, Fernando Silva de Egidio, Chefe de Cartório, digitei o presente, que vai assinado pelo Juiz Eleitoral.

RODRIGO PINHEIRO REBOUÇAS

Juiz Eleitoral – 141ªZE/RJ

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 98

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

144ª Zona Eleitoral

Editais

Edital 009/2018

O Dr. ALEXANDRE CHINI NETO, Juiz Substituto desta 144ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais,

Considerando o disposto no art. 7º, §§1º e 2º, da Lei nº 6996/82 e no Aviso CRE nº 65/2011;

FAZ SABER, a todos que o presente EDITAL virem, ou dele tomarem conhecimento, que estão disponíveis neste cartório as relações das operações de INSCRIÇÃO e TRANSFERÊNCIA incluídas no cadastro eleitoral, assim como aquelas indeferidas e convertidas em diligência pela autoridade judiciária, no período de 01 a 14 de Abril de 2018.

Dos pedidos indeferidos, poderão os alistandos ou eleitores recorrerem no prazo de 05 (cinco) dias e, dos pedidos deferidos, poderão os partidos políticos, por intermédio de seus delegados, recorrerem no prazo de 10 (dez) dias (Res. TSE nº 21.538/03, arts. 17 § 1º e 18 § 5º), a contar da publicação deste edital.

E para que chegue ao conhecimento de todos, mandou o Excelentíssimo Juíz substituto, Dr. Alexandre Chini Neto, expedir o presente Edital e publicá-lo no Diário de Justiça Eletrônico. Dado e passado neste município de Niterói, aos dezessete dias do mês de abril de dois mil e dezoito. Eu, Lúcia Helena Lôbo Gomes, Técnico Judiciário, digitei o presente, que vai assinado pelo Chefe de Cartório, conforme autorização contida na Portaria nº 04/2015 deste Juízo Eleitoral.

Claudio Luiz de Oliveira Gabriel

Chefe de Cartório

148ª Zona Eleitoral

Editais

EDITAL QUINZENAL

A Drª. Renata Palheiro Mendes de Almeida Juíza da 148a Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais, Considerando o disposto no art. 7º, §§ 1º e 2º, da Lei nº 6.996/82 e no Aviso CRE nº 65/2011;

FAZ SABER, a todos que o presente EDITAL virem, ou dele tomarem conhecimento, que estão disponíveis neste cartório as relações das operações de INSCRIÇÃO e TRANSFERÊNCIA incluídas no cadastro eleitoral, assim como aquelas indeferidas e convertidas em diligência pela autoridade judiciária, no período de 01 a 14 de abril de 2018.

Dos pedidos indeferidos, poderão os alistandos ou eleitores recorrerem no prazo de 05 (cinco) dias e, dos pedidos deferidos, poderão os partidos políticos, por intermédio de seus delegados, recorrerem no prazo de 10 (dez) dias (Res. TSE nº 21.538/03, arts. 17 § 1º e 18 § 5º), a contar da publicação deste edital.

E para que chegue ao conhecimento de todos, mandou a Excelentíssima Juíza expedir o presente Edital e publicá-lo no Diário de Justiça Eletrônico. Dado e passado neste município de Magé, em 24 de abril de 2018. Eu, Mario do Nascimento Dias, Chefe do Cartório Eleitoral, digitei o presente, subscrevendo-a, conforme Portaria 16/2016.

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 99

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

MARIO DO NASCIMENTO DIAS

Chefe do Cartório

151ª Zona Eleitoral

Sentenças

AÇÃO NULATÓRIA

JUÍZO DA 151ª ZONA ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO/RJ

AÇÃO NULATÓRIA Nº 99-72.2017.6.19.0151

PROT: 124.225/2017

PRESTADOR: CLAUDIO TEIXEIRA DOS SANTOS

ADVOGADO: VANESSA DE SÁ PEREIRA MEDEIROS – OAB/RJ198.139

SENTENÇA (fls. 14): (…) julgo EXTINTO O FEITO, sem julgamento do mérito, por falta da condição de ação. PRI. Dê-se vistas ao MPE. Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquive-se. Rafael de Oliveira Monaco. Juiz Eleitoral

AÇÃO NULATÓRIA

JUÍZO DA 151ª ZONA ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO/RJ

AÇÃO NULATÓRIA Nº 97-05.2017.6.19.0151

PROT: 124.226/2017

PRESTADOR: DAVI DA MATTA AMARAL

ADVOGADO: VANESSA DE SÁ PEREIRA MEDEIROS – OAB/RJ198.139

SENTENÇA (fls. 14): (…) julgo EXTINTO O FEITO, sem julgamento do mérito, por falta da condição de ação. PRI. Dê-se vistas ao MPE. Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquive-se. Rafael de Oliveira Monaco. Juiz Eleitoral

AÇÃO NULATÓRIA

JUÍZO DA 151ª ZONA ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO/RJ

AÇÃO NULATÓRIA Nº 96-20.2017.6.19.0151

PROT: 124.227/2017

PRESTADOR: DIONICIO SOARES FILHO

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 100

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

ADVOGADO: VANESSA DE SÁ PEREIRA MEDEIROS – OAB/RJ198.139

SENTENÇA (fls. 14): (…) julgo EXTINTO O FEITO, sem julgamento do mérito, por falta da condição de ação. PRI. Dê-se vistas ao MPE. Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquive-se. Rafael de Oliveira Monaco. Juiz Eleitoral

AÇÃO NULATÓRIA

JUÍZO DA 151ª ZONA ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO/RJ

AÇÃO NULATÓRIA Nº 95-35.2017.6.19.0151

PROT: 124.228/2017

PRESTADOR: LILIAN ROSA HONORATO

ADVOGADO: VANESSA DE SÁ PEREIRA MEDEIROS – OAB/RJ198.139

SENTENÇA (fls. 14): (…) julgo EXTINTO O FEITO, sem julgamento do mérito, por falta da condição de ação. PRI. Dê-se vistas ao MPE. Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquive-se. Rafael de Oliveira Monaco. Juiz Eleitoral

AÇÃO NULATÓRIA

JUÍZO DA 151ª ZONA ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO/RJ

AÇÃO NULATÓRIA Nº 94-50.2017.6.19.0151

PROT: 124.229/2017

PRESTADOR: ROGÉRIO DA CONCEIÇÃO

ADVOGADO: VANESSA DE SÁ PEREIRA MEDEIROS – OAB/RJ198.139

SENTENÇA (fls. 14): (…) julgo EXTINTO O FEITO, sem julgamento do mérito, por falta da condição de ação. PRI. Dê-se vistas ao MPE. Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquive-se. Rafael de Oliveira Monaco. Juiz Eleitoral

162ª Zona Eleitoral

Portarias

Situações envolvendo Certificado de Alistamento Militar on-line

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO

162ª Zona Eleitoral do Município do Rio de Janeiro

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 101

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

PORTARIA N.º 004/2018

O Doutor GUILHERME PEDROSA LOPES, Juiz da Centésima Sexagésima Segunda Zona Eleitoral do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais e com base no que dispõe o Aviso VPCRE nº 013/2018, tendo em vista a necessidade de verificação, no âmbito dos cartórios eleitorais, da autenticidade dos Certificados de Alistamento Militar (CAM) apresentados por alistandos da Justiça Eleitoral, bem como a frequente dificuldade de obtenção de informações no Sistema de Alistamento Militar Online – Acompanhamento de Alistamento,

RESOLVE:

Art. 1º - Determinar que os Certificados de Alistamento – CAM apresentados por interessados na obtenção de alistamento eleitoral tenham sua autenticidade verificada, nos moldes estabelecidos pelo Aviso VPCRE 013/2018.

§ 1º – A eventual impossibilidade de conferência do CAM no Sistema de Alistamento Militar Online não impedirá a realização da operação de alistamento eleitoral, que deverá, após sua conclusão, ser imediatamente posta “em diligência” no Sistema ELO por impossibilidade de verificação de autenticidade.

§ 2º - O requerente será intimado, pelo servidor que o estiver atendendo, a sanar eventual pendência, através de cientificação no próprio requerimento.

§ 3º - Fica estabelecido o prazo de 10 dias corridos, contados da notificação, para que o interessado comprove, mediante apresentação de documentos, a autenticidade de seu Certificado de Alistamento Militar sob pena de indeferimento do seu requerimento de alistamento eleitoral.

Art. 2º – Determinar, ainda, que, durante o período de 10 dias a que se refere o § 3º do art. 1º, sejam efetuadas pelo Cartório consultas periódicas ao Sistema de Alistamento Militar Online para obtenção das informações pendentes.

§ 1º – A operação em pendência deverá ser concluída tão logo obtidas ou recebidas as informações necessárias para sua regularização.

§ 2º - Dos pedidos indeferidos, poderão recorrer os alistandos ou eleitores, no prazo de 05 (cinco) dias, conforme Res. TSE nº 21.538/03, art. 17, § 1º.

Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor a partir da presente data, revogando-se a Portaria nº 002/2018, publicada no DJE em 13/04/2018.

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2018.

GUILHERME PEDROSA LOPES

Juiz da 162ª ZE/RJ

199ª Zona Eleitoral

Editais

EDITAL nº 07/2018

A Dra. MARIA APARECIDA DA COSTA BASTOS, Juíza da 199ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais, e

Considerando o disposto no art. 7º, §§ 1º e 2º, da Lei n.º 6996/82 e no Aviso CRE/RJ n.º 65/2012,

FAZ SABER, a todos que o presente EDITAL virem ou dele tomarem conhecimento, que estão disponíveis neste cartório as relações das operações de INSCRIÇÃO e TRANSFERÊNCIA incluídas no cadastro eleitoral, assim como aquelas indeferidas e convertidas em diligência pela autoridade judiciária, no período relativo à segunda quinzena do

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 102

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

mês de março de 2018 e a primeira quinzena do mês de abril. Dos pedidos indeferidos, poderão os alistandos ou eleitores recorrerem no prazo de 05 (cinco) dias e, dos pedidos deferidos, poderão os partidos políticos, por intermédio de seus delegados, recorrerem no prazo de 10 (dez) dias (Res. TSE n.º 21.538/03, arts. 17 § 1º e 18 § 5º), a contar da publicação deste edital. E, para que chegue ao conhecimento de todos, A Excelentíssima Senhora Juíza Eleitoral mandou expedir o presente edital e publicá-lo no Diário de Justiça Eletrônico. Dado e passado neste município de Niterói, ao vigésimo quarto dia do mês de abril do ano de dois mil e dezoito. Eu, Denise Maria Gurgel Nassar, Chefe de Cartório substituto, digitei o presente edital e, por ordem da Exma. Sra. Juíza, o subscrevo, na forma da Portaria n.º 02/2013.

Denise Maria Gurgel Nassar

Chefe de Cartório Substituto da 199ª ZE/RJ

201ª Zona Eleitoral

Editais

Edital Quinzenal

EDITAL Nº 07/2018

O Excelentíssimo Senhor Dr. ALBERTO FRAGA Juiz em exercício na 201ª Zona Eleitoral no uso de suas atribuições legais.

FAZ SABER, a todos que o presente Edital virem ou dele tomarem conhecimento, que estão disponíveis neste cartório as relações das operações de INSCRIÇÃO e TRANSFERÊNCIAS incluídas no cadastro eleitoral, assim como aquelas indeferidas e convertidas em diligência pela autoridade judiciária, no período de 15 a 31 de março de 2018.

Dos pedidos indeferidos, poderão os alistandos ou eleitores recorrerem no prazo de 05 (cinco) dias e, dos pedidos deferidos, recorrerem no prazo de 10 (dez) dias (Res. TSE nº21.538/03, arts 17 § 1º e 18 § 5º), a contar da publicidade deste edital.

E para que chegue ao conhecimento de todos, mandou o Excelentíssimo Juiz expedir o presente Edital e publicá-lo no Diário de Justiça Eletrônico. Dado e passado neste município de Nilópolis em 24 de abril de 2018. Eu Fernando Luiz Salabert Gaspar, Chefe de Cartório, digitei o presente, que vai por mim assinado, conforme autorização contida na Portaria nº 06/2011 deste Juízo Eleitoral.

FERNANDO LUIZ SALABERT GASPAR

Chefe de Cartório

201ªZE/RJ

Edital Quinzenal

EDITAL Nº 08/2018

O Excelentíssimo Senhor Dr. ALBERTO FRAGA Juiz em exercício na 201ª Zona Eleitoral no uso de suas atribuições legais.

FAZ SABER, a todos que o presente Edital virem ou dele tomarem conhecimento, que estão disponíveis neste cartório

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 103

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

as relações das operações de INSCRIÇÃO e TRANSFERÊNCIAS incluídas no cadastro eleitoral, assim como aquelas indeferidas e convertidas em diligência pela autoridade judiciária, no período de 01 a 14 de março de 2018.

Dos pedidos indeferidos, poderão os alistandos ou eleitores recorrerem no prazo de 05 (cinco) dias e, dos pedidos deferidos, recorrerem no prazo de 10 (dez) dias (Res. TSE nº21.538/03, arts 17 § 1º e 18 § 5º), a contar da publicidade deste edital.

E para que chegue ao conhecimento de todos, mandou o Excelentíssimo Juiz expedir o presente Edital e publicá-lo no Diário de Justiça Eletrônico. Dado e passado neste município de Nilópolis em 24 de abril de 2018. Eu Fernando Luiz Salabert Gaspar, Chefe de Cartório, digitei o presente, que vai por mim assinado, conforme autorização contida na Portaria nº 06/2011 deste Juízo Eleitoral.

FERNANDO LUIZ SALABERT GASPAR

Chefe de Cartório

201ªZE/RJ

225ª Zona Eleitoral

Sentenças

REPRESENTAÇÃO n.º 49-18.2017.6.19.0225 (Protocolo: 140.022/2017)

REPRESENTANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

REPRESENTADO: CAIO FERREIRA PEREIRA

ADVOGADO: JOSÉ MACHADO PEREIRA, OAB/RJ 72848

S E N T E N Ç A

Trata-se de representação eleitoral com pedido de afastamento de sigilo fiscal proposta pelo MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL por doação de recursos acima do limite legal em face de CAIO FERREIRA PEREIRA. Narra a inicial que o representado efetuou doação durante pleito de 2016 em valor superior ao limite de “dez por cento dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição”. No entanto, a constatação inequívoca de que a quantia excedeu o limite legal, somente pode ocorrer a partir da verificação dos dados relativos aos seus rendimentos brutos no ano-base 2015, declarados ao Fisco Federal em 2016.

Decisão às fls. 09/12, ocasião na qual foi decretada a quebra do sigilo fiscal do representado. Devidamente notificado, o representado apresentou resposta de fls. 19/21, acompanhada de documentos e

alegando, em síntese, que a doação fora realizada dentro do limite legal, tendo em vista que dentre as doações efetuadas haveria doação estimável, razão pela qual requer que seja julgada improcedente a presente representação.

Manifestação do Ministério Público às fls. 35/41 pugnando pela procedência do pedido, aplicando-se ao representado a sanção prevista no §3º do art. 23 da lei 9.504/97 e §3º do art. 21 da Resolução TSE 23463/2015.

Em alegações finais, o “parquet” reiterou parecer de fls. 35/41, tendo o representado se manifestado intempestivamente, conforme certidão de fls. 51.

Os autos vieram-me conclusos para sentença.

É o Relatório. Fundamento. Decido.

Conforme se verifica no apenso sigiloso, em anexo, o representado declarou à Receita Federal do Brasil ter auferido rendimentos no ano calendário 2015, no valor de R$117.292,03 (cento e dezessete mil, duzentos e noventa e dois reais e três centavos). Ocorre que o representado, doou a quantia de R$11.932,50 (onze mil novecentos e trinta e dois reais e cinquenta centavos), ultrapassando o limite previsto no artigo 23, § 1º, I, da Lei 9.504/97 em R$203,30 (duzentos e três reais e trinta centavos).

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 104

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

Segundo a redação do artigo 21, §2 da - Resolução nº 23.463/2015 e artigo 23, §7º – Lei 9504/97, este último em sua redação vigente à época dos gastos, a modalidade de estimável “prestação de serviços próprios” não era prevista como exceção a autorizar, naquele momento e pela via legal, que fosse ultrapassado o limite de gastos previsto no CAPUT deste mesmo artigo. Tal ocorreu apenas em momento posterior, em que passou a ser previsto com o advento da Lei nº 13.488, publicada em 6 de outubro de 2017, ano seguinte, que deu nova redação à lei 9504/97.

Assim, as normas que estabelecem exceções devem ser interpretadas de forma estrita, com impossibilidade de extensão da exceção prevista nos artigos 21, §2 da Resolução nº 23.463/2015 e 23, § 7º da Lei nº 9.504/97, sem previsão legal vigente ao tempo dos fatos. Deste modo, entendo que as doações feitas pelas pessoas físicas, sejam em dinheiro ou estimáveis em dinheiro, devem ser somadas para efeitos do limite de 10% dos rendimentos auferidos no ano anterior à eleição, bastando a existência do fato e o nexo de causalidade para a aplicação da sanção por doação ilegal.

Por fim, entendendo este magistrado sentenciante ser aplicável multa nos termos legais e verificando que foi ultrapassando o limite previsto no artigo 23, § 1º, I, da Lei 9.504/97 em R$203,30 (duzentos e três reais e trinta centavos), adoto este valor como base de cálculo do montante da condenação a ser aplicável ao caso, nos termos do art. 21, §3 - Resolução nº 23.463/2015.

Para a fixação do valor da multa devem, ainda, ser observados os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, de modo que em razão da pouca expressividade do valor doado, deve a multa ser fixada em seu mínimo legal.

Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido, com resolução do mérito, para CONDENAR o representado ao pagamento de multa no valor de 05 (cinco) vezes o valor do excesso, totalizando o valor de R$1.016,50 (mil e dezesseis reais e cinquenta centavos).

Publique-se. Intime-se.

Com o trânsito em julgado, intime-se o representado para pagamento da multa ora fixada, no prazo de 30 dias, nos termos do artigo 367, incisos III do Código Eleitoral e IV c/c artigo 3º da Res. TSE nº 21.975/07. Em não sendo efetuado o pagamento dentro do prazo, o valor da condenação será acrescido de juros e correção monetária. Cumpridos os procedimentos de praxe, dê-se baixa e arquivem-se.

Seropédica, 19 de abril de 2018.

Guilherme Grandmasson Ferreira Chaves

Juiz Eleitoral

230ª Zona Eleitoral

Despachos

AÇÃO PENAL Nº 11-88.2017.6.19.0230

AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO

RÉ: BRUNA BARBOSA LEMOS DA SILVA

ADVOGADOS: RONY PEREIRA DE SOUZA – OAB/RJ Nº 141.903 E VINICIUS CORDEIRO – OAB/RJ 65.752

DESPACHO (Fl. 454): “À defesa em alegações finais”.

Rio de Janeiro, 19 de abril de 2018.

FLÁVIO SILVEIRA QUARESMA

Ano 2018, Número 081, Rio de Janeiro, quarta-feira, 25 de abril de 2018, Página 105

Diário da Justiça Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Documento assinado digitalmente conforme MP n. 2.200-2/2001 de 24.8.2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, podendo ser acessado no endereço eletrônico http://www.tre-rj.jus.br

Juiz da 230ª Zona Eleitoral/RJ