diagnóstico do arquivo no setor administrativo da...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CAMPUS V ALCIDES CARNEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SOCIAIS APLICADAS CURSO DE BACHARELADO EM ARQUIVOLOGIA LAYNE VIEIRA DE LIRA LIMA Diagnóstico do Arquivo no Setor Administrativo da Secretaria de Mobilidade Urbana (SEMOB) de Cabedelo/PB no período de Junho a Outubro de 2014 JOÃO PESSOA PB 2015

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CAMPUS V – ALCIDES CARNEIRO

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE BACHARELADO EM ARQUIVOLOGIA

LAYNE VIEIRA DE LIRA LIMA

Diagnóstico do Arquivo no Setor Administrativo da

Secretaria de Mobilidade Urbana (SEMOB) de

Cabedelo/PB no período de Junho a Outubro de

2014

JOÃO PESSOA – PB

2015

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LAYNE VIEIRA DE LIRA LIMA

Diagnóstico do Arquivo no Setor Administrativo da

Secretaria de Mobilidade Urbana (SEMOB) de

Cabedelo/PB no período de Junho a Outubro de

2014

Monografia apresentada ao Curso de Graduação

Bacharelado em Arquivologia da Universidade

Estadual da Paraíba (Campus V), em cumprimento

às exigências parciais para obtenção do grau de

Bacharela em Arquivologia.

Orientador(a): Prof. Ms Eutrópio Pereira Bezerra

JOÃO PESSOA – PB

2015

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LAYNE VIEIRA DE LIRA LIMA

Diagnóstico do Arquivo no Setor Administrativo da

Secretaria de Mobilidade Urbana (SEMOB) de

Cabedelo/PB no período de Junho a Outubro de

2014

Monografia apresentada ao Curso de Graduação

Bacharelado em Arquivologia da Universidade

Estadual da Paraíba (Campus V), em cumprimento

às exigências parciais para obtenção do grau de

Bacharela em Arquivologia.

Aprovada em: …......./.........../........../

__________________________________________

Prof. Ms Eutrópio Pereira Bezerra / UEPB

Orientador

_____________________________________________

Prof.(a) Ms(a) Esmeralda Porfírio de Sales / UEPB

Examinadora

___________________________________________

Prof.(a) Ms(a) Anna Carla Queiroz / UEPB

Examinadora

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DEDICATÓRIA

A Marconi Lima Bráz, psicólogo, que me fez compreender um outro mundo diante de um

acompanhamento de muita conversa durante dois anos e perceber que quem faz a vida difícil

somos nós!

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AGRADECIMENTOS

À Deus pela força е coragem e quе iluminou о mеu caminho durante toda esta longa

caminhada. Sеu fôlego dе vida еm mіm mе fоі sustento е mе dеu coragem para questionar

realidades е propor sempre um novo mundo dе possibilidades.

A minha família por ter acompanhado esse longo processo de conclusão do curso e esperar

com ansiedade por esse momento.

Aos amigos que torceram e me ajudaram em vários sentidos, não só com o término do

trabalho como também com as situações adversas que a vida nos encarrega, todos sem

exceção contribuíram para esse trabalho direta e indiretamente.

A Dra. Emely Trajano Queiroz que me acompanhou na produção e término do TCC e me

ajudou quando mais precisei incansavelmente e me estimulando a todo momento a não

desistir. Minha singela gratidão pela paciência e colaboração.

Ao Ms. Professor Eutropio Pereira Bezerra por ter aceito o convite para orientação e

consequentemente a banca examinadora por auxiliar nesse processo.

A todos que trabalham na Secretaria de Mobilidade Urbana de Cabedelo/PB, instituição a

qual tenho a oportunidade de trabalhar. Por ter aberto as portas para essa pesquisa com tanto

carinho e atenção.

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Não há progresso sem esforço, vitória sem luta,

aperfeiçoamento sem sacrifício, assim como não

existe tranquilidade sem paciência.

Chico Xavier

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RESUMO

Essa pesquisa propiciou um estudo voltado para o setor administrativo da Secretaria de

Mobilidade Urbana (SEMOB) – Cabedelo/PB, onde analisou as diversas lacunas abertas no

arquivo. Estas não permitem a fácil e prática recuperação da informação para tomada de

decisões no ambiente de trabalho. O devido estudo buscou analisar a situação do arquivo, suas

atividades, e buscar melhorias baseadas na aplicação de gestão de documentos no arquivo

público. O estudo se inseriu como pesquisa de campo, de acordo com os objetivos classificou-

se como pesquisa descritiva, e o método utilizado foi o qualitativo. Através do método de

observação participativa podemos perceber a não existência de ferramentas que auxiliassem

na organização dos documentos. Ficou visível também diversos problemas relacionados a

funcionários insuficientes para realizar as tarefas e sem conhecimento específico para lidar

com a produção e gerenciamento da informação. Apontamos a necessidade de implantação da

gestão documental seja formando os funcionários em setor ou através de serviços

terceirizados. A pesquisa proporciona contribuições para a formação acadêmica que se insere

o curso de Arquivologia como contributo a difusão da área e das questões aqui colocadas,

como primordiais para entendimento do estudante, professor e demais usuários que exercem

funções em setores administrativos e/ou arquivos.

Palavras-chave: Diagnóstico de Arquivo. Gestão de Documentos. Arquivo Público. SEMOB

de Cabedelo.

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ABSTRACT

This research has provided a study facing the administrative sector of the Department of

Urban Mobility (SEMOB) - glasgow/PB, where he analyzed the various gaps open in the file.

These do not allow for easy and convenient retrieval of information for decision-making in

the work environment. The study seeks to analyze the situation of the file, its activities, and

seek improvements based on document management application in public file. The study

comes as field research, in accordance with the objectives classified as descriptive research,

and the method used is the qualitative. Through the method of participant observation we can

perceive the non-existence of tools that would help with the organization of documents. We

have seen also various problems related to insufficient staff to carry out the tasks and without

specific knowledge to deal with the production and management of information. We talked

about the need for deployment of document management is forming employees in industry or

through third-party services. The research brings contributions to the academic training that

fits the course of archival science as a contribution to the dissemination of the work area and

questions, as essential for understanding the student, teacher, and other persons employed in

administrative sectors and/or files.

Keywords: Diagnosis of File. Management of Documents. Public File. Documents. SEMOB

of Cabedelo.

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LISTA DE ILUSTRAÇÃO

FIGURA 1 FACHADA DA SEMOB...........................................................42

FIGURA 2 FACHADA DA SEMOB...........................................................43

FIGURA 3 DOCUMENTOS DE ESPÉCIES DIFERENTES......................43

FIGURA 4 ACONDICIONAMENTO DE PROCESSOS............................43

FIGURA 5 CAIXAS ARQUIVO DESGASTADAS....................................44

FIGURA 6 GUARDA E ARMAZENAMENTO DE CAIXAS...................44

FIGURA 7 CAIXAS ARQUIVO DESGASTADAS....................................44

FIGURA 8 CAPA DE PROCESSO..............................................................45

FIGURA 9 LOTES DOS AIT’s....................................................................45

FIGURA 10 ACONDICIONAMENTO DE AIT’s.........................................45

FIGURA 11 LOCAL DE ARMAZENAMENTO...........................................46

FIGURA 12 ACONDICIONAMENTO DE AIT’s.........................................46

FIGURA 13 MEMORANDO..........................................................................46

FIGURA 14 ACONDICIONAMENTO DE DOCUMENTOS.......................47

FIGURA 15 ACONDICIONAMENTO DE DOCUMENTOS.......................47

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 PRINCÍPIOS ARQUIVÍSTICOS......................................... 20

QUADRO 2 CICLO DE VIDA DOS DOCUMENTOS........................... 21

QUADRO 3 FASES DA GESTÃO DE DOCUMENTOS........................ 24

QUADRO 4 ESTRUTURA DA SEMOB.................................................. 30

QUADRO 5 OS PRINCÍPIOS ESSENCIAIS DA SEMOB...................... 31

QUADRO 6 SÍNTESE DOS DIAGNÓSTICOS....................................... 36

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 12

1.1 JUSTIFICATIVA.................................................................................................. 14

1.3 OBJETIVOS............................................................................................................. 16

1.3.1 OBJETIVO GERAL................................................................................................. 16

1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................... 16

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................ 17

2.1 INFORMAÇÃO AO ARQUIVO: PRINCIPAIS APONTAMENTOS................... 17

2.2 GESTÃO DOCUMENTAL..................................................................................... 22

2.3 BREVE HISTÓRICO DO TRÂNSITO................................................................... 28

2.4 SEMOB.................................................................................................................... 29

2.5

DIAGNÓSTICO DE ARQUIVO COMO FERRAMENTA DE

INVESTIGAÇÃO............................................................................................... 35

3 METODOLOGIA.................................................................................................. 38

3.1 LOCAL E PERÍODO DO ESTUDO....................................................................... 38

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA.................................................................................. 38

3.3 TIPO DE ESTUDO.................................................................................................. 38

3.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS....................................................... 39

3.5 CAMPO EMPÍRICO................................................................................................ 40

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSÃO DOS DADOS............................................... 41

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................. 50

REFERÊNCIAS..................................................................................................... 52

ANEXOS................................................................................................................... 59

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1 INTRODUÇÃO

Essa pesquisa propicia um estudo voltado para um órgão público, onde pretende

analisar as diversas lacunas abertas no arquivo que não permitem a fácil e prática recuperação

da informação para tomada de decisões no ambiente de trabalho.

As transformações nos meios de comunicação revolucionaram e elencaram a

informação como um dos principais recursos de evolução tecnológica moderna. O

crescimento por parte desses meios, submeteram as organizações a atenderem as demandas e

exigências que vieram a mesclar condições versus necessidade. A informação por si só já

possui grande valor, porém engavetada e esquecida de forma desorganizada e irracional torna-

se um quebra cabeça sem significado algum, quando não seu conteúdo pode ser tijolo para

construção de um grande edifício do conhecimento.

Para que a organização tenha maior controle das atividades, base para coordenação em

estrutura de dados e recuperação de informação clara e precisa, é necessário elaborar meios

que facilitem e aprimorem esses processos.

Bastante útil nesse procedimento é a gestão de documentos, que se insere desde a

produção da informação registrada e percorre todo o caminho que a mesma destrincha,

acompanhando as atividades dos demais setores que também são responsáveis pela construção

da história da organização. (Paes, 2004)

O ponto inicial é a produção de documentos e o ponto final é a sua destinação: arquivo

permanente ou eliminação. Desde a produção torna-se necessário a aplicação de uma gestão

de documentos com procedimentos e técnicas arquivísticas que visam percorrer todo o curso

do documento produzido. Porém, não é assim que encontramos em boa parte das instituições,

que revelam bastante dificuldade quando se trata de armazenar e ordenar seus arquivos (Cruz,

2013).

O presente estudo busca relatar um diagnóstico do arquivo da Secretaria de

Mobilidade Urbana (SEMOB) – Cabedelo/PB, onde estabeleceu-se um contato constante com

o órgão visto de fazer parte do quadro funcional da instituição.

A Secretaria de Mobilidade Urbana busca atingir as necessidades dos usuários, seja

através da fiscalização eficaz do trânsito ou administrativamente na ação e encaminhamento

no julgamento de processos de infração. Porém há um problema quanto a gestão dos

documentos que ali são gerados, pois não há um corpo profissional que tenha conhecimento

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na área de documentação. Influencia também a escassez de funcionários, que causa um atraso

no cumprimento das atividades, e por isso também não há possibilidade de orientar um

funcionário para esse cargo ou atividade de gestão documental.

A área de Arquivística fica descoberta, acarretando futuros problemas os quais: má

organização de documentos, perda e/ou eliminação de documentos sem conhecimento,

dificuldade para acessar ou recuperar a informação, falta de espaço físico para guarda de

documentos, dentre outras que vão surgindo de acordo com o aumento da massa

documental.(Bellotto, 2006). Tornou-se necessário, pois, a avaliação da organização do

arquivo da Secretaria de Mobilidade Urbana (SEMOB) de Cabedelo/PB no período de Junho

a Outubro de 2014.

A proposta do presente estudo é apresentar a situação do arquivo da SEMOB na

cidade de Cabedelo – PB, utilizando-se o diagnóstico. Dessa forma, buscando identificar os

métodos de arquivamento, a aplicação de gestão documental no arquivo, na busca

concomitante de descrever a situação do objeto de estudo e apresentar a importância da gestão

de documentos.

A experiência focou no arquivo durante cinco meses, com o objetivo de contribuir

junto a demanda administrativa. Assim houve a oportunidade de conhecer e buscar soluções

para o problema encontrado: uma massa documental acumulada, sem algum tipo de gestão

documental aplicada e nenhum responsável para essa função. Resultando na dificuldade de

recuperação de informações, que acontece todos os dias devido ao grande público que faz

solicitações inerentes a atividade-fim do órgão em questão.

A gestão documental vem proporcionar chaves indispensáveis para dar progresso a

produção, tramitação/uso e destinação da informação Arquivística, diminuindo assim a massa

documental acumulada que antes aglomerava de forma desordenada os registros da

organização. (Cruz, 2013)

O diagnóstico favorece como recurso indispensável para aplicar uma gestão

documental com segurança e objetividade, e vai possibilitar agir de modo correto diante de

possíveis inconvenientes antes vivenciados no setor. (Cornelsen e Nelli, 2004)

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1.1 JUSTIFICATIVA

O educando já trabalhava na secretaria, porém em atividades de rua como agente de

trânsito. Surgiu a oportunidade de contribuir no setor interno por falta de pessoal no

administrativo. As atividades se inseriam em inicialmente acompanhar as solicitações de

recurso de infração de trânsito, e posteriormente somaram na proposta de contribuir na

organização dos processos que apenas cresciam sem algum tipo de organização.

Nesse entendimento procurou-se averiguar a possibilidade de auxiliar no setor de

trabalho, dessa vez voltado para o arquivo que tomava forma, porém sem rumo.

Furtado (1982) sustenta que a informação “traduz causa e efeito, estratégia e produto;

eficiência na organização de recursos e eficácia nos resultados, em seus aspectos de qualidade

e êxito, em relação aos anseios e necessidades do ambiente”.

O princípio básico de gestão de documentos vem sintetizar o volume documental, com

o objetivo de que a informação esteja disponível no lugar certo, na hora certa, para as pessoas

certas com o menor custo possível. Daí é que se desenrola a referida pesquisa, a qual foi

planejada a partir de experiência vivenciada no local de trabalho. Diante do exposto, houve

uma motivação para buscar identificar os meios que estavam sendo utilizados para estabelecer

a organização desses documentos, colaborando para uma eficácia no exercício diário no setor

(Ferreira, 2008)

A pesquisa busca contribuições para a formação acadêmica que se insere o curso de

Arquivologia como contributo a difusão da área e das questões aqui colocadas, como

primordiais para entendimento do estudante, professor e demais usuários que exercem

funções em setores administrativos e/ou arquivos. O quadro que se encaminha para uma

M.D.A. (Massa Documental Acumulada), e ameaça o acesso e recuperação da informação,

que desde cedo já necessita dessa intervenção.

Além disso, é primordial destacar, como assevera Ferreira (2008): ¨Nesse sentido, a

função dos arquivos em uma instituição é proporcionar o acesso as informações, de maneira

compreensível, para que sirva a tomada de decisão e compreensão de ações. Sendo, portanto,

uma fonte constante de auxílio aos gestores, no esclarecimento de fatos, na comprovação de

acontecimentos e no resguardo a direitos de pessoas ou instituições¨.

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Do ponto de vista mais amplo, a escolha do tema veio associar as disciplinas já

estudadas e a função que estava em exercício na referida instituição. Fomentou ânsia de

aplicar o aprendizado adquirido na vida acadêmica e cooperar para o crescimento uniforme da

unidade de informação. Assim, o diagnóstico se destacaria como ponto de partida para demais

estudos e práticas no arquivo e no suporte para demais funcionários ou responsáveis que se

encarregariam por continuar a aplicação dos procedimentos de gestão.

Ferreira (2008) prossegue: ¨É preciso que se conheça a importância da elaboração de

diagnósticos de arquivos como primeiro passo para se alcançar uma gestão dos documentos e,

também, dos arquivos a fim de que os mesmos correspondam as verdadeiras necessidades de

informação das instituições¨.

Esta pesquisa teve a pretensão de somar o conhecimento que foi assimilado no seio

acadêmico, instruindo para o porvir que se segue após o término do curso. Vê-se aí a

importância e a visão do trabalho de conclusão, em que se acredita como ilustre dimensão

para desenvolvimento de um respeitado graduando.

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1.2 OBJETIVOS

1.2.1 OBJETIVO GERAL

Apresentar um diagnóstico do Arquivo no Setor Administrativo da Secretaria de Mobilidade

Urbana (SEMOB) de Cabedelo/PB no período de Junho a Outubro de 2014.

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar os métodos de arquivamento;

Descrever a situação do arquivo da secretaria de mobilidade urbana;

Apresentar a importância do emprego da gestão adequada dos documentos no arquivo.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 INFORMAÇÃO AO ARQUIVO: PRINCIPAIS APONTAMENTOS

A informação a tempos remotos era registrada em suportes arcaicos, porém

compatíveis com a necessidade da época. Desenhos e escritos em pedras, tábuas de madeira,

placas de argila, papiro, papel, que com a evolução e obtenção de conhecimentos, o homem

foi aprimorando esses suportes e adequando às exigências de cada condição. (Gomes, 2000)

Assim como diz Reis (2006) “a evolução histórica dos arquivos e do seu conceito é

paralela ao desenvolvimento das sociedades humanas”. Podemos acrescentar alguns conceitos

de informação, como Le Coadic (1996) afirma que,

A informação é um conhecimento inscrito (gravado) sob a forma inscrita (impressa

ou numérica), oral ou audiovisual. A informação comporta um elemento de sentido.

É um significado transmitido a um ser consciente por meio de uma mensagem

inscrita em um suporte espacial-temporal: impresso, sinal elétrico, onda sonora, etc.

Essa inscrição é feita graças a um sistema de signos (a linguagem), signo este que é

um elemento da linguagem que associa um significante a um significado: signo

alfabético, palavra, sinal de pontuação.

De acordo com o Dicionário enciclopédico de informações ao público e documentação

explica o seguinte:

¨A informação é o registro de conhecimentos para sua transmissão. Essa finalidade

implica que os conhecimentos sejam inscritos num suporte, objetivando sua

conservação, e codificados, toda representação sendo simbólica por natureza¨.

Toda ideia que puder ser transmitida seja através da fala, escrita ou outros meios, é

interpretada como informação. O contato diário, as atividades de trabalho, as múltiplas faces

de estudo, dependem e estão inseridos no círculo vicioso dessa transmissão de um elemento

de sentido. O uso da informação permite questionar colocações e propor recursos de uma

determinada condição ou atividade. (Gomes, 2008)

A escrita foi o ponto de partida para o surgimento dos arquivos. A necessidade surgiu

no ensejo de como armazenar aquilo que ficaria na memória da humanidade, e posteriormente

tornar disponível para a comunidade que utilizaria, agregando a utilidade de recuperação da

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informação quando requisitado. Toda informação registrada em um suporte material pode ser

entendida como documento, e/ou fonte de informação. (Nascimento, 2012)

À vista disso Brasil (2005) conceitua documento como “unidade de registro de

informações, qualquer que seja o suporte ou formato”. A produção e guarda de documentos

implica a importância de comprovar fatos ou acontecimentos de forma natural, pensando

numa forma de registrar a memória do homem e de tudo aquilo que ele faz parte.

Partindo para o objeto de estudo, que é o documento de arquivo, Paes (2004) descreve

como “aquele que, produzido e/ou recebido por uma instituição pública ou privada, no

exercício de suas atividades, constitua elemento de prova ou de informação”. O que vai

determinar a categoria de documento de arquivo ou outra extensão será a razão pelo qual o

documento foi produzido.

O documento de arquivo, será pois passivo de consulta para comprovação de fatos e

atividades da instituição que o produziu. Dependendo do objetivo para o qual foi criado, ou

seja, para atender demandas administrativas ou além disso, assumir caráter histórico ou de

prova, o documento irá seguir seu ciclo vital e ser recolhido para fase permanente no arquivo.

(LOPES, 2013).

A lei 8.159/1991 institui o arquivo como:

¨O conjunto de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições

de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades

específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação

ou a natureza dos documentos¨.

Para Paes (2004) arquivo é a “acumulação ordenada de documentos, em sua maioria

textuais, criados por uma instituição ou pessoa, no curso de sua atividade, e preservados para

a consecução de seus objetivos, visando à utilidade que poderão oferecer no futuro”. Com

essas definições passamos a entender o arquivo como a documentação produzida e/ou

recebida por órgãos públicos ou privados, pessoa física ou jurídica, no decorrer de suas

atividades, visando utilidade administrativa ou componente histórico e permanente.

Quanto a entidade produtora, os arquivos podem se classificar como públicos ou

privados. O presente estudo está inserido numa instituição pública municipal, onde Paes

(2004) caracteriza como “conjunto de documentos produzidos ou recebidos por instituições

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governamentais de âmbito federal, estadual ou municipal em decorrência de suas

funções específicas administrativas, judiciárias ou legislativas”.

Quanto ao estágio de evolução eles seguem um ciclo de vida que começa na fase

corrente, que caracteriza a criação e uso funcional do documento; sendo transferido para

intermediária, quando não são tão solicitados para consulta; e permanente, recolhimento como

documento de prova ou histórico. Quando o documento não tem caráter de prova ou histórico

ele é eliminado na fase intermediária. Relativo a sua natureza ele pode ser ostensivo ou

sigiloso (Paes, 2004)

Os documentos de cunho ostensivo podem ter livre acesso devido ao conteúdo de

informações sem teor confidencial. Os de poder sigiloso restringem o acesso do público de

acordo com seu grau de sigilo, que pode ser ultra-secreto, secreto, confidencial e reservado

(Paes, 2004)

De acordo com Brasil (1997, art.15),

Ultra-secretos, os que requeiram excepcionais medidas de segurança e cujo teor só

deva ser do conhecimento de agentes públicos ligados ao seu estudo e manuseio.

Secretos são os que requeiram rigorosas medidas de segurança e cujo teor ou

característica possam ser do conhecimento de agentes públicos que, embora sem

ligação íntima com seu estudo ou manuseio, sejam autorizados a deles tomarem

conhecimento em razão de sua responsabilidade funcional. Confidenciais, aqueles

cujo conhecimento e divulgação possam ser prejudiciais ao interesse do País.

Reservados, estão inseridos aqueles que não devam, imediatamente, ser do

conhecimento do público em geral. (grifo nosso)

Ainda de acordo com Brasil (1997, art. 20) assevera que, os prazos máximos de

restrição para documentos sigilosos compreendem 30 anos para ultra-secretos, 20 anos para

secretos, 10 anos para confidenciais e 5 anos para os reservados. A legislação que dispõe

sobre os documentos sigilosos pode ser encontrada no Decreto nº 4.553, de 27 de Dezembro

de 2002; Lei 12.527 de 18 de Novembro de 2011; e a Lei 8.159 de 8 de Janeiro de 1991.

Quanto a organização e funcionamento dos arquivos, devemos citar os princípios

arquivísticos que estão na base para diferenciar a Arquivística de outras ciências

documentárias. (ROUSSEAU, 1998). São esses:

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Quadro 1: Princípios arquivísticos

Princípio da proveniência

Por este princípio os arquivos devem ser

organizados em obediência à competência e

às atividades da instituição ou pessoa

legitimamente responsável pela produção,

acumulação ou guarda dos documentos.

Arquivos originários de uma instituição ou de

uma pessoa devem manter a respectiva

individualidade, dentro de seu contexto

orgânico de produção, não devendo ser

mesclados a outros de origem distinta.

Princípio da organicidade

As relações administrativas orgânicas se

refletem nos conjuntos documentais. A

organicidade é a qualidade segundo a qual os

arquivos espelham a estrutura, funções e

atividades da entidade produtora/acumuladora

em suas relações internas e externas.

Princípio da unicidade

Não obstante forma, gênero, tipo ou suporte,

os documentos de arquivo conservam seu

caráter único, em função do contexto em que

foram produzidos.

Princípio da indivisibilidade

Ou da integridade arquivística, os fundos de

arquivo devem ser preservados sem

dispersão, mutilação, alienação, destruição

não autorizada ou adição indevida. Este

princípio é derivado do princípio da

proveniência.

Princípio da cumulatividade O arquivo é uma formação (a sedimentação,

de Lodolini) progressiva, natural e orgânica.

Fonte: Bellotto (2006)

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22

Produzimos uma ilustração para delimitar acerca do ciclo de vida dos documentos,

seus valores, a frequência e acesso, e o local onde deve ser arquivado.

Quadro 2: Ciclo de vida dos documentos

IDADE DO

DOCUMENTO

VALOR

FREQUÊNCIA

DE USO/ACESSO

LOCAL DE

ARQUIVAMENTO

1ª Idade

Corrente

Uso primário

-Administrativo

-Funcional

-Jurídico

-Documentos vigentes

-Consulta frequente

-Acesso restrito ao

órgão produtor

Próximo ao

produtor/administrador

2ª Idade

Intermediária

Uso primário

(reduzido)

-Administrativo

-Funcional

-Jurídico

-Documentos vigentes

-Consulta esporádica

-Referência ocasional

-Aguardam prazos para

destinação

Setor próximo ao

produtor, ou anexo do

arquivo permanente

3ª Idade

Permanente ou

Histórica

Uso secundário

-Probatório

-Informativo

-Histórico

-Social

-Científico

-Acesso total ao público

-Frequência

indeterminada

Local com instalações

físicas e ambientais

adequadas, que pode ser

na própria instituição

Fonte: Bellotto (2006) e Paes (2004)

Quanto aos valores dos documentos, apresentam-se em duas fases: a primária e a

secundária. A fase primária compreende o documento quando criado, na idade corrente, até a

segunda idade que é a intermediária. Nesta fase o documento percorre seu curso

administrativo e funcional na instituição, onde na primeira idade ele terá um fluxo intenso de

consultas e com acesso ao órgão produtor, e na idade intermediária estará aguardando

destinação para guarda permanente ou eliminação, e com número de consultas reduzido.

(Bellotto, 2006)

Os documentos na fase secundária já têm valor histórico e/ou probatório. Nesse

estágio a guarda permanente da documentação gera conflitos, para leigos, que se deve passar

por uma gestão documental, como se os procedimentos não fossem necessários desde o

“nascer” do documento. (Bellotto, 2006)

Schellenberg apud Bellotto (2006, p. 26) afirma:

Os documentos públicos oferecem dois gêneros de valor e assim os define:

“primários” são os que interessam à própria repartição originária e “secundários”, os

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que interessam às outras entidades do governo e ao público em geral. Neste segundo

tipo, ele considera ainda os valores de informação: passado o devido tempo, ambos

serão de grande interesse para o historiador. No sentido de prova, será possível saber

sobre a organização e o funcionamento do órgão do governo que produziu o

documento e, como informação, pode conter dados sobre pessoas, coisas e fatos.

Para conhecer o documento é necessário estudar o curso de história do órgão que o

produziu. O grande problema das instituições que produzem e os responsáveis pela guarda da

documentação, é que não há uma preocupação com o fluxo natural da informação arquivística

e consequentemente com os serviços e procedimentos que devem ser oferecidos a tal. Assim,

essas fases, primária e secundária se confundem, enquanto a documentação fica desordenada,

o órgão produtor perde por isso e em segundo plano o público em geral que necessita do

acesso a informação. Isso decorre de um processo que todo arquivo deve respeitar e seguir os

procedimentos, que é a gestão documental a qual será abordada mais adiante. (RODRIGUES,

2007)

2.2 GESTÃO DOCUMENTAL

Um dos principais objetivos da gestão de documentos é agilizar o acesso a informação.

E hoje é uma das dificuldades encontradas em todo e qualquer espaço administrativo, seja ele

público ou privado. É de suma importância, em qualquer âmbito institucional a organização,

justo que ela é um instrumento de poder no que tange a habilidade de tomada de decisões. O

crescimento no seio produtivo das organizações impulsionou, consequentemente: meios que

acompanhassem essa agilidade no processo decisório, a transparência das ações

administrativas, e a garantia de recuperação e acesso a informação. (PAES, 2004)

Como diz Bartalo e Moreno (2008, p. 13) que “a organização dos documentos tem

sido um dos grandes desafios da Arquivística contemporânea”. Como já podemos citar, após a

II Guerra Mundial a produção de documentos cresceu de forma desenfreada a chegar no ponto

que as instituições não souberam organizar essa massa documental. Foi diante dessa situação

que os gestores se colocaram em busca de soluções para sanar essa problemática, surgindo

assim a teoria das três idades e o conceito de gestão de documentos. A lei 8.159 de 8 de

Janeiro de 1991 dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e dá outras

providências:

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O conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção,

tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando

a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. (ART. 3º, LEI8.159,

1991).

Bartalo e Moreno (2008, p. 84) asseveram que a gestão documental deve englobar

todas as funções para racionalização dos documentos em sua existência contribuindo para

economia e eficácia.

Assim, a aplicação desses procedimentos e técnicas irão garantir uma direção

necessária para a massa documental gerada, visando sua redução, racionalização do espaço,

preservação da memória institucional, promovendo também a economia administrativa no que

diz respeito as atividades ali geradas. (SOUZA, 1997)

Ao definir normas e procedimentos técnicos referentes à classificação, avaliação,

preservação e eliminação de documentos públicos, a gestão documental contribui

decisivamente para atender às demandas da sociedade contemporânea por

transparência nas ações de governo e acesso rápido às informações. (BERNARDES,

2008, p.6)

Temos então que vários autores, como Paes (2004), Bellotto (2006) e Bernardes

(2008) dispõem sobre os objetivos da gestão documental:

I – Racionalização de operações, procedimentos e rotinas de trabalho;

II – Facilitar o acesso as informações;

III – Agilidade e precisão na recuperação da informação;

IV – Redução de custo e aumento de produtividade;

V – Economia de recursos e maior elasticidade do tempo;

VI – Agilidade no processo decisório;

VII – Controlar o fluxo de documentos e a organização de arquivos;

O portal Arquivar enfatiza sobre a contribuição da gestão documental:

A eficiente gestão dos arquivos públicos municipais contribui para uma melhor

administração dos recursos das cidades e municípios, além de resguardar os mesmos

de penalidades civis e administrativas, que estes estão sujeitos se não cumprirem a

legislação em vigor ou ainda, se destruírem documentos de valor permanente ou de

interesse público e social.

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Além disso, temos alguns dos fundamentos legais que apoiam a gestão documental a

qual utilizamos como estudo.

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 216, parágrafo 2º diz que “Cabem à

administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as

providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem”. A Lei Federal de

Arquivos nº 8.159, de 8 de Janeiro de 1991, em seu artigo 1º diz que “É dever do poder

público a gestão documental e a proteção especial a documentos de arquivo, como

instrumento de apoio à administração, à cultura e ao desenvolvimento científico e como

elemento de prova e informação”.

Lei 8.159 de 1991, em seu artigo 21 diz que “Legislação estadual, do Distrito Federal

e municipal definirá os critérios de organização e vinculação dos arquivos estaduais e

municipais, bem como a gestão e o acesso aos documentos observado o disposto na

Constituição Federal e nesta Lei”.

A resolução do Conarq em seu artigo 1º:

Os órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos, como

decorrência de um programa de gestão de documentos, deverão organizar seus

arquivos correntes com base em métodos de classificação, que considerem a

natureza dos assuntos dos documentos resultantes de suas atividades e funções.

A aplicação da gestão de documentos abrange três fases, mais conhecidas como:

Produção de documentos;

Utilização de documentos;

Avaliação e destinação de documentos.

Paes (2007, p.54) faz a explanação sobre as fases referentes a gestão documental:

Quadro 3: Fases da gestão de documentos

Refere-se a elaboração dos documentos em

decorrência das atividades de um órgão ou

setor. Nesta fase, o arquivista deve contribuir

para que sejam criados apenas documentos

essenciais à administração da instituição e

evitadas duplicação e emissão de vias

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Produção de documentos

desnecessárias; propor consolidação de atos

normativos alterados ou atualizados com

certa frequência, visando à perfeita

compreensão e interpretação dos textos;

sugerir criação ou extinção de modelos e

formulários; apresentar estudos sobre a

adequação e o melhor aproveitamento de

recursos reprográficos e informáticos;

contribuir para difusão de normas e

informações necessárias ao bom desempenho

institucional; opinar sobre escolha de

materiais e equipamentos; participar da

seleção dos recursos humanos que deverão

desempenhar tarefas arquivísticas e afins. Em

resumo, a gestão de documentos assumiu nas

instituições papel tão relevante quanto à

gestão de materiais e de recursos humanos,

embora ainda não seja assim reconhecido.

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27

Utilização de documentos

Esta fase inclui as atividades de protocolo

(recebimento, classificação, registro,

distribuição, tramitação), de expedição, de

organização e arquivamento de documentos

em fase corrente e intermediária, bem como a

elaboração de normas de acesso à

documentação (empréstimo, consulta) e à

recuperação de informações, indispensáveis

ao desenvolvimento de funções

administrativas, técnicas ou científicas das

instituições.

Avaliação e destinação de documentos

Talvez a mais complexa das três fases da

gestão de documentos, se desenvolve

mediante a análise e avaliação dos

documentos acumulados nos arquivos, com

vistas a estabelecer seus prazos de guarda,

determinando quais serão objeto de

arquivamento permanente e quais deverão ser

eliminados por terem perdido seu valor de

prova e de informação para a instituição.

Fonte: Paes, 2007.

De acordo com a tabela proposta podemos deduzir que as fases da gestão de

documentos exigem um olhar preciso para cada atividade que se aplicará ao documento.

Iniciando pela produção até a avaliação e destinação, envolvem procedimentos e técnicas em

que o arquivista é indispensável, pela necessidade de gerenciamento eficiente dessas

informações. Sem contar que a gestão de documentos é um agente de modernização para as

instituições públicas, no que diz a resolução 1 do Conarq. O profissional de arquivo vai

propor a aplicação das atividades em cada fase com a precisão e necessidade da instituição.

Se faz necessário compreender as atividades técnicas que compõe a gestão documental

também se utilizam de instrumentos fundamentais. Temos como exemplo a classificação e

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plano de classificação, avaliação e tabela de temporalidade, que visam contribuir para um

plano de informatização de gestão. (LOPES, 2013)

O plano de classificação e construção da TTD (Tabela de Temporalidade Documental)

são elementos cruciais na atividade de gestão. Para entendermos melhor esses termos,

detalharemos em conceitos pesquisados. Brasil (2005, p. 132) institui plano de classificação

como: “esquema de distribuição de documentos em classes, de acordo com métodos de

arquivamento específicos, elaborado a partir do estudo das estruturas e funções de uma

instituição e da análise do arquivo por ela produzido”. Schellenberg (2006, p.83) aponta que

“a classificação é básica à eficiente administração de documentos correntes”. E diz ainda que

os documentos sendo bem classificados atenderão as necessidades do arquivo, e a

classificação é um reflexo das funções e atividades da organização.

Outro ponto chave na organização de arquivos é a construção e uso da tabela de

temporalidade, instrumento o qual irá determinar o prazo de guarda do documento. Ela auxilia

o arquivista nas atividades de destinação da informação arquivística.

A tabela de temporalidade é um instrumento arquivístico resultante de avaliação,

que tem por objetivos definir prazos de guarda e destinação de documentos, com

vista a garantir o acesso à informação a quantos dela necessitem. Sua estrutura

básica deve necessariamente contemplar os conjuntos documentais produzidos e

recebidos por uma instituição no exercício de suas atividades, os prazos de guarda

nas fases corrente e intermediária, a destinação final – eliminação ou guarda

permanente – , além de um campo para observações necessárias à sua compreensão

e aplicação. BRASIL (2001, P. 43)

Diante do que explanamos relativo a processos e atividades da gestão documental,

precisamos ter em mente também que para aplicar esses procedimentos é necessário ter um

histórico e uma ação detalhada do que decorre o arquivo em questão. Para isso, a aplicação de

um instrumento de coleta de dados sobre o arquivo seria o primeiro passo para organização de

uma MDA. Esse instrumento é o diagnóstico de arquivo, feito com intuito de dispor a

situação atual e propor recomendações visando a estruturação do arquivo da instituição.

(FERREIRA, 2008).

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29

2.3 BREVE HISTÓRICO DO TRÂNSITO

A história do trânsito se inicia com o registro do próprio caminhar, que é o primeiro

meio de locomoção das pessoas. Tivemos a invenção da roda, e transportes criados e

recriados a partir desse instrumento. Os romanos e gregos se impuseram para criação de

estradas, e a França deu o pontapé inicial com o primeiro automóvel em 1711, e no mesmo

ano o criador causou o primeiro acidente de trânsito por falta de freio. Em 1836 surgiu a

primeira lei de trânsito conhecida como “Bandeira Vermelha”. A partir daí vieram soluções

para sinalização de estradas, luzes, sinais e placas.

Em 1891 Henrique Santos Dumont trouxe o primeiro carro para o Brasil de Paris, e o

primeiro acidente foi no Rio de Janeiro em 1897. Em 1910 foi publicado que dirigiu o serviço

de transportes por automóveis, e nos artigos 21, 22 e 23 estabelecia;

Brasil (2010) apud Franz (2012, p. 17),

Art. 21. O motorneiro deve estar constantemente senhor da velocidade de seu

vehiculo, devendo diminuir a marcha ou mesmo pará o movimento, todas as vezes

que o automóvel possa ser causa de accidentes. A velocidade deverá ser reduzida o

mais possível nos pontos da estrada, onde, por qualquer obstáculos, não se possa

extender á distancia o raio visual, ou quando atravessar caminhos ou ruas de

povoados.

Art. 22. A velocidade commercial mínima para o transporte de mercadorias será se 6

kilometros por hora e a do transporte de viajantes, de 12 kilometros, devendo os

automóveis empregados satisfazer a essas condições de serviços.

Art. 23. A approximação dos automóveis deverá ser annunciada á distancia por uma

buzina ou trompa.

Surgiram outros decretos com referência a construção de estradas; permitindo

circulação de automóveis no país; referências para sinalização e segurança no trânsito. Em

1941 foi criado o primeiro Código Nacional de Trânsito, e no mesmo ano o CONTRAN –

Conselho Nacional de Trânsito. O segundo Código Nacional de Trânsito foi promulgado em

1966, e o Código de Trânsito Brasileiro foi aprovado em 1997 mas entrou em vigor em 1998.

Através de Franz (2012, p.18) podemos verificar as normas que regulamentam o

trânsito no Brasil:

Constituição Federal;

Código de Trânsito Brasileiro (CTB);

Convenção de Viena;

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Acordo do Mercosul;

Resoluções e Deliberações do Contran;

Portarias do Denatran;

Leis, Decretos e Portarias Estaduais;

Leis, Decretos e Portarias Municipais.

Constatamos a evolução do trânsito no mundo e no Brasil, marcadas com criação de

leis, códigos e conselhos com o objetivo de garantir cada vez mais a segurança daquele que

guia o meio de transporte.

O DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito, foi criado com o objetivo de

fiscalizar o trânsito de veículos terrestres, e a formação de condutores. O DETRAN/PB foi

criado em 1934 porém com outro nome de Inspetoria Geral do Trafego Público, e se

transformou na atual autarquia em 1976.

Na Paraíba são poucas as cidades que municipalizaram o trânsito, apesar de ser uma

obrigatoriedade não existe uma penalidade que a configure. De acordo com dados extraídos

do G1-Paraíba, dos 223 municípios existentes na Paraíba, 23 deles municipalizaram o trânsito

na fiscalização do fluxo de veículos e educação de pedestres. Dentre esses 23, os principais

são: João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Cajazeiras, Campina Grande, Patos, Santa Rita, Sousa e

Pombal.

Em Cabedelo, a Secretaria de Mobilidade Urbana – SEMOB foi criada em 7 de

Janeiro de 2013 a partir da lei 1.598, porém a municipalização do trânsito foi em 2005 com a

criação do Departamento de Trânsito - DTTrans, órgão vinculado à Secretaria de Segurança

Municipal.

2.4 SEMOB (Secretaria de Mobilidade Urbana/Cabedelo)

A Constituição Federal determinou que compete privativamente à União legislar sobre

matéria de trânsito (art. 22, XI). Em função disso, foi editada a Lei 9.503 de 23 de setembro

de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Os Órgãos de Trânsitos

Municipais respondem por todas as questões referentes à parada, circulação e estacionamento

de veículos.

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Quadro 4: Estrutura da SEMOB

Razão social

Prefeitura Municipal de Cabedelo –

Paraíba.

Órgão

Secretaria de Mobilidade Urbana –

SEMOB.

Criação Lei 1.598 de 07 de Janeiro de 2013.

Função na sociedade

- Cumprir e fazer cumprir a legislação e as

normas de trânsito, no âmbito de suas

atribuições;

- Estabelecer os esquemas operacionais

para o serviço de táxi definindo custos,

equipamentos e locais de estacionamentos;

- Planejar, projetar, regulamentar e operar

o trânsito de veículos, pedestres, e de

animais, promovendo o desenvolvimento

da circulação e da segurança de ciclistas;

- Promover e participar de projetos e

programas de Educação e Segurança de

Trânsito, de acordo com as diretrizes

estabelecidas pelo Contran.

Mix de serviços

- Renovação de concessões de taxistas,

transportes escolares e veículos de aluguel;

- Emissão de alvarás;

Emissão de pareceres técnicos para

eventos, colocação de placas publicitárias,

sinalização de empreendimentos;

- Campanhas educativas em escolas do

município.

Nº de colaboradores

19 agentes de trânsito (sendo 5 em cargo

comissionado), 2 fiscais de transporte, 12

cargos de função gratificada, 1 técnico em

informática e 1 auxiliar de serviços gerais.

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Setores da instituição

Administração, diretorias,

coordenadorias, JARI, fiscalização,

recepção e serviços gerais.

Situada

Rua José Américo de Almeida, 232 – Praia

Formosa – Cabedelo/PB.

Telefone: 3228-7719.

Fonte: dados da pesquisa 2014.

Quadro 5: Os princípios essenciais da SEMOB

Missão

Oferecer a população condições de se

deslocarem com segurança, priorizando o

transporte coletivo, acessibilidade, fluidez

e conforto nos sistemas de transportes e

trânsito preservando o meio ambiente e a

qualidade de vida.

Visão

Ser um órgão reconhecido pela sociedade

e referência em gestão de políticas de

mobilidade urbana.

Valores

- Oferecer ao cidadão justiça social;

- Prioridade e comprometimento com a

coletividade, o interesse coletivo

prevalecendo sobre o individual;

- Respeito;

- Participação da comunidade;

- Foco no usuário;

- Segurança no trânsito;

- Priorização do transporte coletivo sobre

o transporte individual;

- Sustentabilidade;

- Humanização da cidade e qualidade de

vida.

Fonte: dados da pesquisa 2014

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Criação do Órgão de Trânsito Municipal de Cabedelo/PB

A Secretaria de Mobilidade Urbana – SEMOB originou-se da estrutura do

Departamento de Trânsito e Transportes – DTTrans, órgão vinculado a Secretaria de

Segurança Municipal.

A SEMOB foi criada através da Lei 1.598 de 07 de Janeiro de 2013 em observância

aos preceitos na Lei Federal nº 9.503/97. A legislação municipal através do Plano Diretor,

possui algumas medidas em prol da mobilidade urbana, onde essa política visa atender as

necessidades e reivindicações da população.

Neste resumo histórico do órgão é importante comentar sobre a municipalização do

trânsito que prevê uma clara divisão de responsabilidades e uma forte parceria entre órgãos

federais, estaduais e municipais. Os municípios, em particular, tiveram sua esfera de

competência ampliada no tratamento das questões de trânsito. (DETRAN, sítio)

Aos órgãos de trânsito municipais competem vinte e uma atribuições destacadas no

art. 24 da Lei 9.503/97. Preenchido os requisitos para a integração do município ao Sistema

Nacional de Trânsito, ele assume a responsabilidade pelo planejamento, o projeto, a operação

e a fiscalização, não apenas no perímetro urbano, como também nas estradas municipais.

Cabendo a prefeitura desempenhar tarefas de sinalização, fiscalização, aplicação de

penalidades e educação de trânsito.

O município de Cabedelo foi integrado ao Sistema Nacional de Trânsito em

2006, sendo o Departamento de Trânsito e Transportes – DTTrans, encarregado de assumir as

funções que compete aos municípios determinados pelo CTB, aproveitando a estrutura da

Secretaria de Segurança e Defesa Civil Municipal, tendo como autoridade de trânsito o

Secretário de Segurança Municipal e Defesa Civil.

No ano de 2013, através da Lei 1.598 de 07 de Janeiro de 2013 foi criada a SEMOB

que passou a exercer as mesmas atribuições antes exercidas pelo DTTrans, e tendo como

autoridade de trânsito o Secretário de Mobilidade Urbana Municipal.

Identificação da Instituição

O prédio alugado para funcionar a secretaria está localizado na cidade de Cabedelo/PB

a beira mar, em praia formosa, com primeiro andar. Possui cinco cômodos para as respectivas

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finalidades: diretoria de trânsito, diretoria de transporte, diretoria administrativa, JARI,

secretário da SEMOB.

Além desses cômodos possui uma sala que funciona a recepção; uma cozinha e seis

banheiros, uma sala ao lado da cozinha onde guardam os mantimentos referente a higiene, nos

fundos tem um quarto ao lado de um banheiro onde guardam os materiais referentes ao

fardamento dos agentes de trânsito; uma garagem que armazena as placas de sinalização e

ferramentas para essa tarefa.

O prédio possui um elevador que se encontra com defeito e não funciona, e um

telefone com defeito. A quantidade de veículos para circulação são: quatro carros e três

motos. Cada cômodo possui um armário embutido, onde as portas são de vidro que estão

quebradas. Detalhamos a organização da instituição nos seus respectivos setores. Diretoria de

trânsito, diretoria de transportes, diretoria administrativa e JARI.

O Secretário de Mobilidade Urbana é a autoridade de trânsito da cidade de Cabedelo,

podendo atribuir as pessoas descritas no art. 280, §4° do Código de Trânsito Brasileiro,

mediante ato específico, poder de polícia administrativa de trânsito. Compete a administração

e gestão da SEMOB, implementando planos, programas e projetos, interligando as divisões.

Não existe um secretário nomeado, porém a secretária dispõe do secretário adjunto que

responde todas as funções do secretário desde Janeiro de 2014.

A diretoria de trânsito é o setor responsável pela coordenação, programação e

execução da Política de Trânsito no Município, de acordo com a legislação vigente, e possui

seis profissionais: o diretor de trânsito, coordenador de trânsito, diretor operacional,

coordenador de policiamento e fiscalização, coordenador de tráfego, coordenador de

engenharia e sinalização. A diretoria de transportes é o setor responsável pela coordenação,

programação e execução da política de transporte público e de passageiros no município de

Cabedelo, e possui dois profissionais: diretor de transporte e coordenador de transporte.

A diretoria administrativa é responsável pelo controle administrativo dos integrantes

da Secretaria de Mobilidade Urbana, dos registros funcionais, boletins internos, arquivos e

pastas, e possui três profissionais: diretor administrativo, coordenador administrativo e

coordenador de finanças, porém o coordenador de finanças não assume suas funções no setor

e quem fica responsável é a secretária.

A JARI é responsável pelo julgamento de recursos interpostos contra penalidade

imposta pela SEMOB, e possui três profissionais: presidente da JARI, suplente da

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presidência, o coordenador administrativo que faz a função de secretário da JARI, e um

membro da junta.

Estruturas, funções e atividades

O setor administrativo, o objeto de estudo, fica localizado no primeiro andar e o

cômodo possui: um computador para criação de documentos e lançar AIT’s (Auto de Infração

de Trânsito), três mesas, um armário embutido de cimento com portas de vidro para guardar a

documentação, e um arquivo de aço para pastas suspensas que armazena: talões de AIT’s em

branco, AIT’s que serão lançados ou que já foram e falta digitalizar para arquivar,

documentação de admissão dos funcionários da secretaria e material para escritório. A

digitalização dos AIT’s tem objetivo de anexar a impressão da imagem do auto no processo

de infração de trânsito.

O setor administrativo é responsável pela produção, julgamento e arquivamento dos

processos de infração de trânsito na defesa prévia. Esses processos são criados com

solicitação do condutor de veículo em que foi autuado, e são julgados pelo Secretário de

Mobilidade Urbana. (Grifo próprio).

Após julgados são deferidos ou indeferidos, e os deferidos podem até receber apenas

uma advertência. Esses processos correspondem a atividade de fiscalização no trânsito, e sua

matéria-prima é o auto de infração o qual é preenchido e assinado pelo agente de trânsito.

Esses autos são recebidos pelo coordenador administrativo e secretária para serem lançados

no sistema CODATA (Companhia de Processamento de Dados da Paraíba) que está integrado

ao Detran/PB. Após o lançamento, são digitalizados e arquivados de acordo com a referência

de lotes sugeridos pelo próprio sistema CODATA. (Grifo próprio).

O setor é responsável ainda pela integração entre os demais setores, facilitando as

atividades impostas pela instituição.

Relação das atividades versus fluxos de informações

As atividades que ocorrem no setor são divididas pelos funcionários: diretor

administrativo, coordenador administrativo e secretária. Compete a Divisão Administrativa,

de acordo com o parágrafo único, no artigo nove da Lei 1.598/2013:

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I – administrar o controle de utilização dos talões de multa, processamentos dos autos

de infração e cobranças das respectivas multas;

II – administrar as multas aplicadas por equipamentos eletrônicos;

III – prover todos os meios materiais e de expediente aos diversos setores da

Secretaria;

IV – dar todo apoio que se fizer necessário à Procuradoria Jurídica e à JARI,

fornecendo-lhes todas as informações e documentos necessários que estiverem em seu

alcance.

2.5 DIAGNÓSTICO DE ARQUIVO COMO FERRAMENTA DE

INVESTIGAÇÃO

A cada dia cresce a multiplicidade em gama de produção de informação, e em

conjuntura, a necessidade de acesso, seja do público em geral ou dos órgãos produtores. Esse

fato gera uma preocupação que implica aos gestores administrativos priorizar meios que

facilitem essa conexão entre informação e público. É de destaque, e já foi mencionado, que

para dar acesso a esse serviço é necessário que o arquivo ofereça meios e suporte para acesso

à informação. E um dos e mais importantes meios é a gestão de documentos.

Mas como aplicar procedimentos e técnicas justificando a organização de documentos

sem conhecer o órgão produtor, a história e finalidade da informação em loco, e as atividades

que envolvem o ciclo de vida documental?

Para responder essa pergunta, Calderon (2004, p. 101) informa que

O pré-diagnóstico e o diagnóstico devem ser o ponto de partida para os projetos de

organização de documentos, subsidiando a proposta de modelos de classificação,

avaliação e descrição apropriadas, visando a um destino final eficiente e eficaz. O

levantamento geral dos dados sobre as atividades, fluxo informacional, estruturas e

funções retratam a concepção que a instituição/organização tem sobre a importância

e valor da informação.

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Daí, podemos perceber que o autor assevera o quesito de conhecer/entender a

instituição para enfim organizar o patrimônio documental que ela guarda. Procedendo do

princípio que o profissional que se encarrega de organizar o acervo documental não só precisa

ter conhecimentos da Arquivística, mas estudar a instituição como um todo para então aplicar

um método de gestão documental. A tarefa de conhecer e avaliar a instituição, suas estruturas,

funções e atividades, relação das atividades versus fluxos de informações, análise da situação

dos acervos existentes, cabe a um dos métodos de diagnóstico de arquivo sugerido por Lopes

(1997).

Sabemos que para realizar esse estudo é necessário reunir o máximo de informações

disponíveis sobre o acervo e a própria instituição com intuito de identificar problemas

relacionados as atividades arquivísticas ali aplicadas ou não. Temos a seguir um quadro que

esclarece os tipos de diagnóstico para cada respectivo autor.

Quadro 6: Síntese dos diagnósticos

Fonte: Nelli (2004, apud. CORNELSEN, NELLI, 2006, p. 81)

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O método para análise foi o diagnóstico sugerido por Lopes, e além disso foi

necessário identificar o procedimento minimalista ou maximalista. Estes dois conceitos

relatam a forma de emprego do diagnóstico, em que propomos. O conceito minimalista se

deleita na ideia de estudar nas instituições os problemas arquivísticos procurando soluções

através de objetos de pesquisa para esses problemas encontrados. (Lopes, 2009). O mesmo

autor retifica dizendo que a proposta minimalista contribui para alcance de patamares teóricos

e práticos, mais do que o a ideia maximalista que expande a questão para um estudo mais

generalizado.

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3 METODOLOGIA

3.1. Local e período do estudo

Esse estudo foi realizado na Secretaria de Mobilidade Urbana (SEMOB) na cidade de

Cabedelo, estado da Paraíba no período de Junho à Outubro de 2014.

3.2. População e amostra

A Pesquisa teve embasamento em livros, monografias, artigos científicos, revistas,

sítios da internet. O universo é a Secretaria de Mobilidade Urbana. De modo geral, tivemos

contato com os arquivos do setor administrativo. A amostragem é a não-probabilística

intencional referente aos documentos caracterizados como processos de recursos de infração;

documentos dispositivos, testemunhais, e informativos.

Silva (2001, p. 32) explica que:

População (ou universo da pesquisa) é a totalidade de indivíduos que possuem as

mesmas características definidas para um determinado estudo. Amostra é parte da

população ou do universo, selecionada de acordo com uma regra ou plano.

3.3. Tipo de estudo

O estudo se insere como pesquisa de campo, o qual implica entender do que ocorre no

real em observação. Como diz Lakatos (2010), tem finalidade de agrupar o máximo de

informações sobre o problema, hipótese, ou até descobrir novos fenômenos e as relações entre

eles. Lakatos (2010) esclarece ainda que esse tipo de estudo “consiste na observação de fatos

e fenômenos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variáveis que se presume relevantes, para analisá-los”.

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Quanto aos objetivos, classifica-se como descritiva, onde Gil (2010, p. 27) entende

que “têm como objetivo a descrição das características de determinada população. Podem ser

elaboradas também com a finalidade de identificar possíveis relações entre variáveis”.

Quanto a abordagem do problema utiliza o método qualitativo, o qual se explica por

não fazer uso de recursos estatísticos.

3.4 Instrumento de Coleta de Dados

Utilizaremos esse capítulo para explicar como se deu a coleta de dados, e através de

que procedimentos, para análise dos dados. O instrumento utilizado foi o método de

observação das situações encontradas.

Quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa classifica-se como de observação. Está

relacionado a pesquisa de campo e é muito utilizada na área de ciências sociais. Marconi e

Lakatos (2002, p. 88) diz que essa técnica de coleta de dados utiliza aspectos da realidade

para examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar. Afirma que:

A observação ajuda o pesquisador na identificação e obtenção de provas a respeito

de objetivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu

comportamento. Desempenha papel importante nos processos observacionais, no

contexto da descoberta, e obriga o investigador a um contato mais direto com a

realidade.

A observação é uma técnica de coleta de dados, e na observação participante o

pesquisador está inserido no grupo e ambiente da pesquisa, ao ponto de se confundir com o

restante. (Marconi e Lakatos, 2002)

Alvarez (1991) disse que a observação é o único instrumento de pesquisa e coleta de

dados que permite informar o que ocorre de verdade, na situação real, de fato. Destacamos

informar que a observação foi semi-estruturada que se identifica como observação de campo,

utilizada como técnica exploratória. (Vianna, 2003)

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3.5 Campo Empírico

SEMOB (Secretaria de Mobilidade Urbana) é uma autarquia ligada a Prefeitura

Municipal de Cabedelo, e tem como finalidade prestar serviços à população no que concerne a

fiscalização e educação no trânsito. Está localizada na Praia Formosa, beira mar, em prédio

alugado pela Prefeitura de primeiro andar.

A funcionamento da secretaria é de oito às dezoito horas, de segunda a sexta. Ela está

dividida em: Administrativo, Diretorias, Coordenadorias, JARI, Fiscalização, Recepção e

Serviços Gerais. Os funcionários que trabalham internamente são mesclados entre agentes de

trânsito, guardas civis municipais, e demais funcionários com cargos comissionados que

compõe principalmente a JARI (Junta Administrativa de Recursos de Infrações).

Dentre os serviços que presta a população temos: Renovação de concessões de

taxistas, transportes escolares e veículos de aluguel; emissão de alvarás; emissão de pareceres

técnicos para eventos, colocação de placas publicitárias, sinalização de empreendimentos;

campanhas educativas em escolas do município; fiscalização e educação no trânsito.

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4 - APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS

Nesta parte vamos analisar os dados coletados através da avaliação feita no arquivo da

Secretaria de Mobilidade Urbana de Cabedelo, de Junho a Outubro de 2014, através do

diagnóstico de arquivo e o método de observação participante e semi-estruturada.

SEMOB: Setor Administrativo

O ambiente é climatizado com ar refrigerado à 17° Celsius somente durante o

expediente de trabalho, de segunda à sexta, de oito às dezessete horas. Após esse horário e nos

finais de semana a sala fica fechada, transformando-se num ambiente abafado pelo calor

intenso pelo prédio ser localizado na praia, a trinta metros do mar. Sabemos que, a maresia

emite ondas que com o tempo corroem alguns materiais e suportes documentais, prejudicando

assim a própria informação arquivística. O ambiente não possui rachaduras nas paredes, nem

tampouco no teto. A sala tem um banheiro, o qual deveria ser externo.

Figura 1 – Fachada da SEMOB

Fonte: Dados da pesquisa (2014)

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Figura 2 – Fachada da SEMOB

Fonte: Dados da pesquisa (2014)

Os principais documentos produzidos e recebidos no setor são: atas, atestado médico,

declaração, despachos, memorandos, ofícios, portarias, requerimentos. Esses documentos são

acondicionados em pastas A/Z ou pastas de plástico para acondicionar nas caixas arquivo

polionda. Os produzidos e recebidos do ano corrente foram encontrados (principalmente) em

pastas A/Z, e existem muitos perdidos em caixas juntos de outros documentos. Como

exemplo podemos ver a imagem abaixo que mostra uma ata que foi encontrada numa pasta

plástica junto com processos de infração de trânsito.

Figura 3 – Documentos de espécies diferentes Figura 4 – Acondicionamento de processos

Fonte: Dados da pesquisa (2014)

Fonte: Dados da pesquisa (2014)

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Figura 5 – Caixas arquivo desgastadas

Fonte: Dados da pesquisa (2014)

Acervo Documental

O acervo se encontra no armário embutido correspondendo a três compartimentos

onde ficam os documentos em fase corrente, intermediária e permanente misturados, pois não

existe uma gestão de documentos e os funcionários não sabem como gerenciar a

documentação. A massa documental cresce de acordo com a produção de documentos e a

tendência é a desorganização aumentar provocando um caos no acervo. Se essa documentação

não for tratada desde já, como indica a ciência e técnica arquivística, a instituição vai adquirir

sérios problemas para dar prosseguimentos as suas próprias atividades rotineiras pois que

dependem também do acesso constante ao arquivo.

Figura 6 – Guarda e armazenamento de caixas Figura 7 – Caixas arquivo desgastadas

Fonte

Fonte: Dados da pesquisa (2014) Fonte: Dados da pesquisa (2014)

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Os documentos são arquivados sem nenhum método de arquivamento, apenas para

guardar em algum lugar. Segundo o que foi observado, há um impasse quanto ao fluxo de

informações que dependem da informação registrada e dificulta quanto ao seu resgate para

tomadas de decisões. Os mesmos funcionários que produzem ou recebem esses documentos

sentem a dificuldade de arquivar a informação e consequentemente recuperá-las quando

solicitado, sabendo que isso é devido à má organização do acervo existente.

Figura 8 – Capa de processo

Fonte: Dados da pesquisa (2014)

O acervo não possui uma grande massa documental acumulada, porém possui

documentos antigos quando a SEMOB ainda na era DTTrans (Departamento de Trânsito da

Guarda Civil Municipal).

Diante das atividades e funções existentes, o setor se encarece de recursos materiais e

humanos para cumprimento dessas. A falta de material para cumprimento de atividades atrasa

a execução das solicitações, por exemplo: o setor só possui um computador para criação de

documentos, lançamento de ait’s, digitalização de ait’s (Auto de Infração de Trânsito),

atualização de infrações por lotes, resolver as questões referentes a folha de pessoal, material

de desempenho mensal dos funcionários.

Figura 9 – Lotes dos AIT’s Figura 10- Acondicionamento de AIT’s

Fonte: Dados da pesquisa (2014)

Fonte: Dados da pesquisa (2014)

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O acervo existente no setor administrativo está em suma desorganizado. O gênero

documental encontrado é textual. Não se sabe ao certo se as identificações de todas as pastas

estão erradas ou certas ou se os documentos foram adicionados por acaso. As pastas (corretas)

de A/Z possuem etiquetas com identificação de ofícios recebidos entretanto também contém

requerimentos, ofícios expedidos e atestados que não deveriam estar ali e se estivesse no local

adequado alguns estão com data limite vencida.

Figura 11 – Local de armazenamento Figura 12 – Acondicionamento de AIT’s

Fonte: Dados da pesquisa (2014)

As caixas arquivo polionda são amontoadas de qualquer forma, a ponto de estarem

rasgadas e sem condições de comportar documentos. Mesmo assim existem algumas caixas

defeituosas que armazenam documentos, e sabemos que dessa forma a documentação pode

ser comprometida. Segue a imagem abaixo que mostra a caixa sem condições de comportar os

documentos, estes que são ait’s. Existiam identificações nas caixas arquivo, papel escrito com

grafite pendurado na caixa com durex, clips ou grampos, porém estes papeis de identificação

não existem ou ficaram defeituosos e para encontrar um documento específico é necessário

procurar em todas as caixas e pastas. Figura 13 – Memorando

Fonte: Dados da pesquisa (2014)

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Figura 14 – Acondicionamento de documentos

Fonte: Dados da pesquisa (2014)

Não existe uma ordem para arquivar esses documentos recebidos. São protocolados,

cumprem a demanda administrativa e logo são alocados por vezes em pastas que os

funcionários do setor desconhecem seu destino, pois qualquer um deste guarda e às vezes se

torna um problema na necessidade de recuperar. Ao longo das atividades do período de junho

a outubro de 2014 houveram casos de perda de processos, logo os que mais são procurados

pelos requerentes.

Figura 15 – Acondicionamento de documentos

Fonte: Dados da pesquisa (2014)

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Quanto a produção de documentos em meio eletrônico, são arquivados nas pastas por

ano e mesmo assim muitos com numeração repetida porque não é só uma pessoa que é

responsável por essa função. Por exemplo, um funcionário faz um ofício com numeração

156/2014 e próximo seria 157, mas vez ou outra erram. Quando percebem o documento já

tem retornado do protocolo para onde foi expedido. Os únicos documentos que possuem

controle em meio eletrônico são os autos de infração (ait’s), que são digitalizados para acesso

dos infratores ao dar entrada no processo. Estes são controlados por uma planilha no

programa Excel que é alimentada sempre que os ait’s são digitalizados. Com objetivo do

secretário de mobilidade urbana ter o conhecimento das infrações que estão sendo lançadas e

também para permitir um fácil acesso tanto para a junta administrativa como para o infrator

que vai em busca da documentação ou da informação.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A ideia de apresentar um diagnóstico do arquivo do setor administrativo da Secretaria

de Mobilidade Urbana de Cabedelo surgiu do reconhecimento dessa necessidade após prestar

serviços nesse setor. De acordo com o estudo conclui-se que foram identificadas com as

atividades as diversas situações e tramitações da documentação produzida e recebida no órgão

e no setor, baseado na coleta com o método de observação no período de Junho à Outubro de

2014, dados referentes ao arquivo do setor administrativo da Secretaria de Mobilidade Urbana

de Cabedelo. Foram analisados: o ambiente que se encontra o setor, o acondicionamento dos

documentos, os métodos de arquivamento, as dificuldades e facilidades dos funcionários para

lidar com a informação registrada, o tratamento documental que foi dado àquela

documentação.

O diagnóstico que se tem do arquivo do setor é que a administração dada a

documentação é insuficiente. A falta de uma gestão documental dificulta o acesso a

informação e o progresso nas atividades da própria instituição, provocando acumulo

desordenado de documentos e transformando o arquivo em um depósito. Essa situação já vem

desde a criação da SEMOB em Janeiro de 2013, e até antes quando era um departamento da

Guarda Civil Municipal – a DTTrans, não tinha nenhum funcionário preparado para organizar

essa documentação.

De acordo com o que foi analisado, há necessidade de aplicar o gerenciamento da

informação tanto em meio físico quanto em meio eletrônico sabendo que esta tem mais

eficácia e o acesso é mais rápido tanto para o administrativo quanto para os usuários. Deve-se

ter um controle maior tanto ao que está sendo produzido quanto ao que está sendo recebido,

somente o livro de protocolo não garante essa necessidade.

Há necessidade de um olhar mais atencioso quanto a climatização do ambiente em que

se guarda a documentação, sabendo que esse fator é de extrema importância pois um arquivo

não climatizado corretamente poderá trazer sérios danos a informação registrada, por exemplo

no gênero textual.

O local para armazenamento, o armário embutido, deve pelo menos trocar as portas já

que estão quebradas e com dificuldade se consegue movê-las para retirar as caixas e pastas.

Como também as identificações das pastas A/Z e caixas arquivo polionda devem ser

etiquetadas, para facilitar o acesso.

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Um grande avanço também seria se muitos dos arquivos pudessem ser passados para o

meio digital. O mais imprescindível para o setor e consequentemente para o arquivo é

primeiramente um local adequado para o armazenamento, profissionais da área de

arquivologia ou devidamente capacitados que possam guiar os outros funcionários quanto a

correta tramitação dos documentos, o tratamento que devem receber. Com isso o trabalho de

todos profissionais seria mais eficaz e o acesso dos usuários mais rápido e fácil. Aplicar a

técnica de gestão documental ao acervo e dar o pontapé inicial para o avanço deveria ser a

visão que toda e qualquer instituição precisa e deve ter.

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ANEXOS

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