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Noureldin et al. Journal of Cardiovascular Magnetic Resonance 2012, 14:17
http://www.jcmr-online.com/content/14/1/17
Diagnóstico de Cardiomiopatia Hipertrófica pela Ressonância Nuclear Magnética
AVISO IMPORTANTE: Para citar este artigo proceder segundo orientações abaixo para respeitar os
direitos dos autores e o fator de impacto da revista.
Noureldin RA, Liu S, Nacif MS, Judge DP, Halushka MK, Abraham TP, Ho C, Bluemke DA. The
diagnosis of hypertrophic cardiomyopathy by cardiovascular magnetic resonance. J Cardiovasc
Magn Reson. 2012 Feb 20;14:17.
Introdução:
A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a desordem
cardiovascular hereditária mais comum, com uma
prevalência de 1:500 na população geral. Ela é também
a causa mais comum de morte súbita (MS) em
indivíduos jovens e em jovens atletas [1,2]. A CMH é
uma doença autossômica dominante causada por
mutações em genes que codificam proteínas
sarcoméricas [1]. Padrões de herança autossômico
recessivo, ligados ao cromossomo X e mitocondriais
(matrilineares) também ocorrem [1,3]. A penetrância
da hipertrofia ventricular esquerda (HVE) é altamente
idade-dependente e incompleta [4]. Embora a
expressão mais comum da CMH seja durante a
adolescência [5,6], a doença pode se apresentar em
qualquer momento na vida. O rastreio clínico de
parentes de primeiro grau é recomendado anualmente
durante adolescência (de 12 a 18 anos) [7]. Parentes
adultos acima de 18 anos de indivíduos afetados por
CMH podem ser rastreados com intervalos de 5 anos.
A taxa de mortalidade anual da CMH varia de
< 1% na comunidade geral a 3-6% em centros
terciários de referência [1,8]. A estratificação de risco
atual para MS considera múltiplos fatores, incluindo
taquicardia ventricular não-sustentada, síncope,
resposta pressórica ao exercício, história familiar de
morte súbita, mutações genéticas de alto risco a ser
consideradas individualmente em pacientes [7,9,10].
Em termos de imagem, fatores de risco para MS na
CMH incluem espessura parietal do ventrículo
esquerdo (VE), e obstrução à via de saída do VE
(VSVE) (tabela 1).
O diagnóstico de CMH é amplamente baseado em
características de imagem. O diagnóstico não invasivo
é baseado na espessura ventricular ≥ 15 mm na
telediástole (frequentemente envolvendo o septo
interventricular), ou razão superior a 1.3 da espessura
ventricular entre as paredes septal e lateral em um VE
não dilatado, na ausência de uma condição de
sobrecarga suficiente para a anormalidade observada
[5,11,12]. Contudo, Maron et al., [1] afirmaram que
virtualmente qualquer espessura parietal do VE,
mesmo dentro de limites normais, pode ser consistente
com a presença de um gene mutante causador da CMH.
Ademais, um único manuscrito de RMC se ateve em
estabelecer valores normais para espessura parietal do
VE usando as atuais sequências de pulso “steady state
free precession” (SSFP) em aparelhos de 1.5 T
Revisão Acesso Aberto
Resumo
A Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH) é a doença genética mais comum do coração. CMH é
caracterizada por uma vasto espectro de expressões clínicas, variando de carreadores de mutação
assintomáticos a morte súbita como primeira manifestação de doença. Mais de 1000 mutações foram
identificadas, classicamente em genes codificadores de proteínas sarcoméricas. A avaliação por imagem
não invasiva tem papel central no diagnóstico de CMH e a Ressonância Magnética Cardiovascular
(RMC) têm sido usada de forma crescente para caracterizar anormalidades morfológicas, funcionais e
teciduais associadas à CMH. O objetivo desta revisão é de prover uma revisão das características
clínicas, patológicas e de imagem relevantes para o entendimento do diagnóstico de CMH. A expressão
fenotípica precoce e clássica que poderá ser identificada por RMC será revisada. Disfunção diastólica
pode ser um marcador precoce de doença, presente em carreadores de mutação antes do
desenvolvimento de hipertrofia ventricular esquerda (HVE). Realce tardio pela RMC está presente em
aproximadamente 60% dos pacientes com HVE e pode prover novas informações com relação a
estratificação de risco em CMH. É provável que a integração de avanços genéticos e a melhoria da
caracterização fenotípica de CMH com novas técnicas de RMC irão melhorar de forma importante nosso
entendimento sobre esta complexa doença.
(Dawson, Dawson et al Circ Cardiovasc Imaging 2011
[13]) em 60 homens e 60 mulheres caucasianos. Neste
estudo, a espessura parietal foi avaliada somente em
eixos curtos.
Recentemente houve um aumento importante na
utilização de RMC para o diagnóstico de CMH por
causa da sua determinação precisa da anatomia
miocárdica e a demonstração de fibrose miocárdica. O
objetivo desta revisão é de prover ao médico uma
revisão das anormalidades clínicas, patológicas e
genéticas relevantes para o entendimento do papel
potencial da RMC na CMH.
Base patológica para CMH
O diagnóstico de CMH era historicamente feito por
patologistas no evento de morte de um indivíduo [14].
Avanços na genética e em imagem cardiovascular
facilitaram a melhoria no diagnóstico permitindo a
implementação de intervenções como colocação de
desfibriladores intracardíacos, que podem alterar
favoravelmente a história natural da doença em
pacientes de alto risco. CMH em indivíduos vivos é
vista atualmente por patologistas em miomectomias
septais, biópsia endomiocárdica, fragmento ventricular
esquerdo na colocação de sistema de assistência
ventricular e em espécimes de explantação cardíaca.
Raramente esta é a modalidade diagnóstica primária
para CMH.
A grosso modo, a característica definidora de CMH é a
presença de massa ventricular esquerda e espessura
parietal aumentadas, especialmente no septo
interventricular [15]. A presença de fibrose esparsa
grosseiramente visível pode ou não estar presente. Em
alguns casos, existe uma predileção por fibrose na
junção do septo com as paredes anterior e posterior do
VE. Um septo espessado frequentemente se abaula no
VE, diminuindo a cavidade telediastólica do VE.
Quando proeminente, este abaulamento septal pode
bloquear dinamicamente a via de saída do VE. Quando
esta obstrução ocorre, o deslocamento anterior dos
músculos papilares / folhetos mitrais ocorre e o folheto
anterior da valva mitral se atrita com a parede septal ao
se abrir, resultando em espessamento endocárdico,
notado como uma alteração branco-perolada ao longo
da via de saída. Estas anormalidades podem levar a
forças hidrodinâmicas alteradas resultando em
movimento sistólico anterior (SAM) da valva mitral e
contato do folheto mitral com o septo, determinando
fisiologia obstrutiva [16]. Eventualmente, os folhetos
valvares e cordas tendíneas se tornam espessados por
fibrose [14,17].
A característica histológica chave da CMH é o
desarranjo miofibrilar e miocitário [15,16]. Desarranjo
não-linear ou ao acaso das fibras miocárdicas é
observado por microscopia óptica. Tipicamente,
configurações “espinha de peixe” ou “cata-vento” são
observadas [15]. Várias publicações sugeriram a
necessidade de uma quantidade mínima de desarranjo
fibrilar (usualmente 5 a 10%) para se fazer o
diagnóstico de CMH [18,19]. Isto porque o desarranjo
miocitário pode ocorrer em outras doenças ou até
mesmo em corações normais quando dois feixes
musculares se juntam [15].
Adicionalmente ao desarranjo, três outros achados não
específicos são geralmente notados na CMH. Um é
hipertrofia miocitária evidente com aumento nuclear,
bordos nucleares angulados e hipercromasia. O
segundo é um aumento marcado de ambas fibrose
intersticial e reposição de matriz fibrosa, que pode ser
focal ou difusa, principalmente na região septal [20]. A
terceira é displasia de pequenas artérias, vista como
proliferação medial e intimal de células de músculo
liso, com estreitamento luminal [21]. Pequenos vasos
são envolvidos por denso colágeno perivascular e
também contêm aumento de colágeno em sua camada
média. A densidade arteriolar reduzida pode levar a
doença de pequenos vasos intramurais coronarianos
(SICAD – small vessel intramural coronary artery
disease) como uma manifestação precoce da CMH
[22]. Esta displasia é mais prevalente em áreas de
deposição fibrosa. Isto sugere que redução em fluxo
sanguíneo contribui para perda miocitária regional
como substrato para arritmia ventricular e,
subsequentemente, MS. [1,21]. O conjunto desarranjo
miocitário médio-septal, hipertrofia miocitária, fibrose,
displasia de pequenos vasos coronários e espessamento
endocárdico são a marca da CMH.
Variantes morfológicas identificadas por imagem
não-invasiva.
Múltiplas variantes morfológicas de CMH descritas
podem ser identificadas por RMC. Estas são
detalhadas abaixo:
Tabela 1. Fatores de risco maiores para a avaliação de morte súbita em cardiomiopatia hipertrófica (adaptado de
[7]).
Fatores de risco maiores Possíveis fatores de risco em
pacientes individuais
Parada cardíaca / fibrilação ventricular ou TV sustentada ou de ocorrência espontânea Fibrilação atrial
História familiar de morte súbita prematura relacionada a CMH Obstrução à via de saída do VE
Espessura ventricular esquerda igual ou superior a 30 mm, especialmente em adolescentes e adultos
jovens
Exercício físico intenso
Resposta pressórica sanguínea anormal durante exercício ereto atenuada ou hipertensiva (de grande
valor preditivo em pacientes antes dos 50 anos ou se hipotensos)
Mutação genética de alto risco
Taquicardia ventricular não sustentada ao Holter
Síncope inexplicada, especialmente em pacientes jovens ou quando recorrente ou exercional
* Fator de risco avaliado por imagem
CMH assimétrica com contorno septal sigmoide
(“CMH septal”)
Esta é a apresentação morfológica mais comum da
CMH, contabilizando cerca de dois terços do espectro
[23,24]. Hipertrofia do miocárdio anterosseptal resulta
em um contorno sigmoide do septo [15,25,26]. Como
indicado acima, estas anormalidades podem levar a
forças hidrodinâmicas alteradas resultando em SAM
da valva mitral e contato do folheto mitral anterior
com o septo resultando em fisiologia obstrutiva [16].
Isto resulta em obstrução subaórtica e em um jato
mitral regurgitante concomitante (Figura 1B,b)
direcionado posteriormente no átrio esquerdo (AE),
devido a aposição incompleta dos folhetos mitrais. Os
gradientes máximos instantâneos na via de saída
podem ser estimados usando a técnica de phase-
contrast CMR [25,27]. O comprimento dos folhetos
valvares mitrais anterior e posterior na CMH são
maiores do que em controles pela RMC (26 ± 5 versus
19 ± 5 mm, P< 0.001; e 14 ± 4 versus 10 ± 3mm, P<
0.001, respectivamente). Esta característica anatômica
tem sido postulada como responsável pela obstrução
da VSVE [28].
CMH assimétrica com contorno septal revertido
Nesta forma, o septo se hipertrofia como uma curva
em S invertido (Figura 1 C, c) que não causa obstrução
na VSVE [24,29,30]. A massa ventricular pode não
estar aumentada em pacientes com CMH assimétrica,
especialmente com hipertrofia focal envolvendo menos
de dois segmentos do VE [24,31]. Evidências sutis de
hipocontratilidade parietal regional podem estar
presentes apesar de uma fração de ejeção (FE) normal.
A função sistólica declina à medida que a HVE se
torna mais importante [24,20].
A CMH assimétrica é identificada em imagens no eixo
curto caracterizadas por uma razão de espessura septal:
parede livre >1.3 [15].
CMH com obstrução médio-ventricular (com ou
sem um divertículo apical)
Nesta variante, existe uma hipertrofia médio-
ventricular marcada (Figura 1D,d) junto com um
estreitamento da cavidade ventricular média, dando ao
VE uma configuração em halter [27,29]. Em casos de
estreitamento grave, dilatação apical pode ocorrer.
Pensa-se que a dilatação apical é resultante da geração
de pressões sistólicas aumentadas no ápex ventricular
devido à obstrução médio-ventricular [15,27].
Em aproximadamente 10% dos pacientes existe
progressão para um ápex “burned out” com formação
de um aneurisma apical e realce tardio pelo gadolíneo
(LGE) [32]. Supõe-se que este aspecto é resultante de
isquemia secundária a densidade capilar reduzida,
hiperplasia da camada média arterial, fibrose
perivascular aumentada e ponte miocárdica [15,33].
CMH apical
Na CMH apical, existe obliteração da cavidade apical
do VE, e consequente configuração em espada da
cavidade [34] vista nos eixos longos (Figura 1E,e).
Uma espessura apical > 15 mm ou uma razão entre a
espessura parietal basal e apical >1.3-1.5 estão
caracteristicamente presentes [35,36]. Esta variante é
mais frequente na população japonesa (~25% dos
pacientes) comparados com os países ocidentais (~2%
dos pacientes) [24,35].
A RMC é particularmente útil em identificar CMH
apical. Em 19 pacientes com CMH apical por RMC
(incluindo um com espessura parietal do VE de 28
mm), os ecocardiogramas foram consistentemente
negativos [35]. Outras comparações entre RMC e
ecocardiografia para o diagnóstico de CMH são
mostradas na tabela 2.
CMH simétrica (concêntrica)
Em até 42% dos casos de CMH, a hipertrofia envolve
simetricamente a parede ventricular sem preferência
regional (Figura 1 F,f). As dimensões cavitárias do VE
são reduzidas de uma forma concêntrica [26,29]. A
HVE simétrica na ausência de hipertensão ou estenose
aórtica pode também estar presente em uma variedade
de outras desordens, incluindo amiloidose, sarcoidose
e doença de Fabry. A hipertrofia no coração de atleta é
tipicamente relativamente modesta, a cavidade do VE
é normal a aumentada (quando comparada com a
cavidade tipicamente pequena vista na CMH), e não
existe evidência de disfunção diastólica nem realce
tardio. Estas características ajudam a distinguir o
coração do atleta da CMH simétrica [8].
CMH focal
Pacientes com CMH ocasionalmente se apresentam
com espessamento focal, com aspecto de massa no VE.
Nestes casos, CMH pode ajudar a distinguir CMH de
outras massas cardíacas usando a técnica Tagging
CMR por spatial modulation of magnetization
(SPAM) [37]. Tag lines mostram evidência de
contratilidade miocárdica na CMH, enquanto massas
neoplásicas não são contráteis [38]. Adicionalmente,
as intensidades de sinal de massas relacionadas a
tumor no miocárdio em imagens tipo spin-echo, first-
pass perfusion e realce tardio são frequentemente
diferentes do miocárdio normal [29]. As características
da RMC de uma CMH com aspecto tumoral se
parecem mais ao do miocárdio normal adjacente.
Envolvimento do ventrículo direito (VD) na CMH
A hipertrofia do VD foi reportada em
aproximadamente 18% dos pacientes com CMH
[24,29]. Esta tipicamente envolve as porções médio-
apicais do VD. Envolvimento grave do VD pode
resultar em obstrução na via de saída do VD ou
enchimento diastólico reduzido [15].
Correlações genotípicas-fenotípicas na CMH
Embora muitos estudos ecocardiográficos tenham
avaliado a relação entre vários subtipos morfológicos e
mutações sarcoméricas [39,40], tais relações são
controversas e necessitam de estudos adicionais. A
CMH sigmóidea parece ser mais comum em idosos e
menos provável de ter uma mutação sarcomérica
subjacente.
Em uma coorte de 382 pacientes, 73% dos pacientes
com CMH sarcomérica tinham septo com curvatura
reversa enquanto somente 10% apresentavam septo
sigmoide. A incidência de MS foi maior em mutações
específicas MYH7 [41]. Progressão para insuficiência
cardíaca foi descrita como sendo mais comumente
associada às mutações no MYH7 e TNNI3 do que em
outras mutações [42,43]. Uma mutação particular na
Figura 1. Padrões ventriculares esquerdos na CMH, cada desenho é acompanhado pela sua imagem
correspondente, (A,a) VE normal, (B,b) septo sigmoide mostrando SAM da valva mitral (seta branca), (C,c)
contorno septal reverso, note que não existem sinais de obstrução, (D,d) hipertrofia ventricular leve, (E,e)
CMH apical, (F,f) CMH simétrica.
actina (p.Glu101Lys) foi descrita em ao menos 5
famílias com ambas hipertrofia apical e não-
compactação ventricular esquerda [44,45].
Aproximadamente 3 a 5% dos pacientes com CMH
podem ter múltiplas mutações (ex, heterozigotia
composta ou bi-genética). Estes pacientes
frequentemente têm fenótipo mais grave e incidência
aumentada de MS [46-49], sugerindo que um efeito
gene-dose pudesse contribuir para a gravidade da
doença. A maioria dos casos de heterozigotia
composta envolvem o gene MYBPC3 [46]. Um relato
recente destaca as consequências de CMH resultante
de três mutações distintas [49]. Estes investigadores
identificaram 4 destes casos dentre 488 probandos não
aparentados (0.8%). Três dos 4 casos apresentaram
doença grave que progrediu para CMH em estágio
terminal na quarta década.
Aumento da massa ventricular esquerda na CMH
HVE é amplamente considerada como requerimento
para o diagnóstico clínico de CMH [30,50,51].
Contudo, correlações genotípicas-fenotípicas recentes
mostraram que virtualmente qualquer espessura
parietal pode ser encontrada em pacientes com uma
mutação genética de CMH [24]. Maiores massas
ventriculares esquerdas definidas por RMC são
associadas a desfechos clínicos menos favoráveis. Isto
é atribuído à relação entre HVE e ambas à presença de
obstrução na VSVE e insuficiência cardíaca mais
avançada [52,53]. Olivotto et al. [30] demonstraram
que a massa ventricular indexada é um indicador mais
sensível para risco de morte quando comparado a
espessura ventricular máxima.
A RMC provê melhor acurácia diagnóstica do que o
ecocardiograma na definição do tamanho ventricular,
magnitude e distribuição da hipertrofia, especialmente
na identificação da parede anterolateral do VE
[23,35,54]. Portanto, avaliação da massa do VE usando
RMC tem um papel fundamental na estratificação de
risco da doença.
Avaliação da função diastólica
A disfunção diastólica (DD) é um marcador funcional
precoce da CMH. A DD ocorre secundária a
dissociação anormal de filamentos de actina e miosina
durante a fase ativa de relaxamento no enchimento
diastólico precoce [55,56]. A avaliação da função
diastólica por RMC usando a técnica Myocardial
Tissue Tagging foi previamente revisada [57]. O
enchimento telediastólico passivo também é alterado
devido ao aumento da fibrose intersticial. O desarranjo
miocitário pode afetar ambos o relaxamento e a rigidez
ventricular [55,58]. Shirani et al., [33] sugeriu que a
arquitetura expandida e desorganizada da matriz
colágena pode contribuir para a DD. Isto resulta em
redução da taxa de pico de enchimento ventricular
(peak filling rate – PFR) e tempo de pico (time to
PRF) [59,60]. Com a diástole, prolongamento do
relaxamento isovolumétrico é considerada como
marcador sensível e precoce da DD [61].
Estudos ecocardiográficos com Doppler tecidual em
indivíduos genotipados demonstrou que os carreadores
de mutações sarcoméricas apresentam anormalidades
diastólicas precocemente, antes do desenvolvimento de
HVE. Alteração do relaxamento pode ser detectada
como redução das velocidades precoces de
relaxamento [62-64]. Estes estudos indicam que as
anormalidades diastólicas são uma manifestação
precoce e potencialmente direta da mutação
sarcomérica, ao invés de simplesmente uma
consequência secundária a características de
complacência miocárdica alteradas devido à hipertrofia,
fibrose e desarranjo que acompanha o
desenvolvimento da doença clinicamente evidente.
Diferentes métodos de RMC podem ser usados para
avaliar disfunção diastólica. A primeira estratégia visa
realizar medidas semelhantes a outras modalidades de
imagem [55,56]. Curvas volume/tempo ventriculares
podem prover uma avaliação global acurada da função
diastólica. Através delas, PFR e o tempo de pico
podem ser estimadas [58]. A PFR pode ser
“normalizada” em relação ao volume telediastólico
(PFR/EDV) e ao volume de ejeção (PFR/SV).
Infelizmente, a PFR é parcialmente representativa da
complacêncica [56,59]. As velocidades de influxo
mitral (enchimento precoce “E” e enchimento sistólico
atrial “A”) e de fluxo pulmonar (sistólica “S” e
diastólica “D”) derivadas pela técnica phase-contrast
Tabela 2. Acurácia da RMC para detecção de CMH em comparação com o ecocardiograma 2D.
Autores Ano Jornal N0 de
pacientes
% de pacientes detectados
somente por RMC
Localização da anormalidade
detectada por CMH
Maron et al [24] 2009 Journal of American
College of Cardiology
333 12% Parede livre anterolateral, porção
posterior do septo, ápex do VE
Maron et al.
[108]
2007 Circulation 2 100% Parede livre anterior
Rickers et al.
[23]
2005 Circulation 48 6% Parede livre anterolateral
Moon et al. [35] 2004 Heart 10 100% Apical
Pons-Llado et
al. [109]
1997 A. Journal of Cardiology 30 Eco subestimou espessura
parietal
Basal anterior, septal anterior
médioventricular, lateral médio-
ventricular
Posma et al.
[110]
1996 American Heart Journal 52 Eco subestimou espessura
parietal em 37%
Septo antero-basal, parede
anterolateral e pósterolateral, septo
apical e parede posterior
CMR (PC-CMR) oferecem dados altamente
reprodutíveis e acurados. Dados de velocidade podem
ser usados para calcular gradientes pressóricos (∆P)
usando a equação de Bernoulli modificada (∆P = 4V2,
onde V = velocidade) para classificar a DD [55].
Finalmente, a velocidade de movimento miocárdico
pode ser avaliada por PC-CMR. Nesta estratégia
pode-se adquirir imagens em múltiplos planos
oblíquos, permitindo ao operador escolher aquisições
de velocidade paralelas (in-plane) ou perpendiculares
ao plano de aquisição (through-plane) [55] com alta
resolução especial e temporal [65].
A segunda estratégia de RMC para avaliar a função
diastólica é a medida direta do relaxamento diastólico.
Strain rate e torsion recovery rate são examinadas
por myocardial tissue tagging [56]. Imagens tipo
tagging podem avaliar a mecânica ventricular regional
em diferentes pontos no tempo durante o ciclo
cardíaco [66]. Strain rates protodiastólicas reduzidas
estão presentes em segmentos hipertrofiados [67].
CMR Tagging mostra taxas de relaxamento
ventricular e velocidades de enchimento diastólico
precoce reduzidas resultantes de prolongamento e
retardo da torção diastólica reversa [66].
Avaliação e quantificação da fibrose miocárdica
A fibrose miocárdica detectada por RMC ocorre em
até 33-86% dos pacientes com CMH [30,53,68,69]. As
características do RT por RMC não são específicas
para CMH, mas a localização regional ou difusa do RT
no septo é muito sugestiva de CMH [16]. A tabela 3
mostra a incidência do RT em múltiplos estudos
focados em CMH. A prevalência média ponderada
reportada de RT em 1814 pacientes com HVE é de
65% (tabela 3).
O significado prognóstico da presença de realce tardio
para eventos adversos na CMH é alto. A presença de
realce tardio nos pacientes portadores de CMH foi
associada à morte súbita, disfunção sistólica e
taquicardia ventricular não sustentada [69-73]. A
tabela 4 lista estudos que avaliaram a relação entre a
presença de RT e os vários parâmetros de desfecho.
Embora a extensão (ao invés da presença) de fibrose
também tenha sido um preditor de eventos arrítmicos
maiores, o grau de fibrose ainda não se apresentou
como preditor significativo de eventos em análises
multivariadas [73], possivelmente devido ao pequeno
número de indivíduos com eventos nos estudos.
Patologicamente, supõe-se que o tecido fibrótico esteja
associado a arritmias ventriculares re-entrantes, bem
como a disfunção ventricular. O significado do RT
parece alto, e estudos multicêntricos longitudinais
maiores são justificados para avaliar o seu significado
prognóstico neste momento.
Múltiplos fatores têm sido propostos na etiologia da
fibrose miocárdica em pacientes com CMH, embora a
verdadeira origem ainda não tenha sido determinada.
Moon et al [74] encontraram maior deposição de
colágeno correlacionada diretamente com RT do
miocárdio. Ho et al [75] estudaram a razão
PICP:CITP que reflete o balanço entre a síntese e a
degradação de colágeno. Eles encontraram uma razão
PICP:CITP mais alta em indivíduos com CMH franca
quando comparada a carreadores de mutação (sem
HVE) e ao grupo controle. Os autores levantaram a
hipótese de que na CMH franca, a síntese de colágeno
excede a degradação, resultando em franca fibrose
miocárdica.
Alternativamente, a HVE e os gradientes dinâmicos de
pressão na VSVE podem resultar em potencial necrose
por pressão causando doença arterial de pequenos
vasos intramurais coronarianos (SICAD) [21]. A
isquemia pode resultar de doença microvascular. O
aumento da pressão telediastólica em conjunto com a
demanda aumentada pela HVE poderiam iniciar um
processo de morte miocitária e reposição por fibrose
como um processo de reparo [76].
A CMR stress perfusion pode ser adquirida na mesma
ocasião do estudo do RT [77,78]. A gravidade dos
defeitos de perfusão miocárdico se correlacionam com
Tabela 3 Incidência de realce tardio (RT) pela RMC na CMH
Autor Ano Jornal N0 de pacientes % de pacientes com RT
O’Hanlon et al [73] 2010 Journal of American College of Cardiology 217 63%
Bruder et al. [69] 2010 Journal of American College of Cardiology 220 67.2%
Ho et al [75] 2010 The New England Journal of Medicine 28 71%
Rubinstein et al [111] 2010 Circulation Heart Failure 424 56%
Kown et al. [68] 2009 Journal of American College of Cardiology 60 63%
Rudolph et al. [76] 2009 Journal of American College of Cardiology 36 72%
Maron et al. [84] 2008 Circulation Heart Failure 202 55%
Adabag et al. [70] 2008 Journal of American College of Cardiology 177 40.6%
Kwon et al. [112] 2008 International J. of Cardiovascular Imaging 68 57%
Abdel Aty et al [93] 2008 Journal of Magnetic Resonance Imaging 27 33%
Paya et al. [113] 2008 Journal of Cardiac Failure 120 69%
Melacini et al. [114] 2008 International Journal of Cardiology 44 80%
Kim et al [115] 2008 Journal of Magnetic Resonance Imaging 25 84%
Debl et al. [116] 2006 Heart 22 73%
Soler et al [117] 2006 Journal of Computed Assisted Tomography 53 56.6%
Teraoke et al. [82] 2004 Magnetic Resonance Imaging 59 76.3%
Bogaert et al. [83] 2003 American Journal of Roentgenology 11 63.6%
Choudhury et al. [71] 2002 Journal of American College of Cardiology 21 81%
Laudos sumários de RT Realce tardio 1814 65% [33-84%]
áreas de espessura miocárdica mais elevada e a
presença de fibrose definida pela RMC em pacientes
com CMH [79]. Estes estudos sugerem que as
anormalidades microvasculares precedem e
predispõem ao desenvolvimento de fibrose miocárdica.
Quando presentes, as anormalidades de perfusão
podem representar um marcador de risco precoce e
alvo terapêutico possível [80].
Padrões de Realce Tardio na CMH
O RT na CMH aparece caracteristicamente como focos
puntiformes de realce mesocárdico regionais [29,71].
Existe uma predileção a ocorrerem nos pontos de
inserção anteriores e posteriores do VD (Figura 2).
Estes pontos de inserção do VD representam fibrose
plexiforme contendo as fibras que cruzam entre o VD
e VE [80,82], embora este padrão não seja específico
para CMH (ex. pacientes com hipertrofia ventricular
direita também podem demonstrar RT nestes sítios). O
septo interventricular é comumente envolvido pelo RT,
particularmente os segmentos anterosseptais médio-
basais (Figura 2). Estes segmentos são também os
segmentos mais comumente espessos, especialmente
em CMH assimétrica [81,82]. Outros focos de RT são
também descritos com uma distribuição não
coronariana, tendendo a ocorrer nas regiões
hipertrofiadas (Figura 3) [29,71]. Uma exceção são as
áreas de “burn out”, onde a parede do VE é
tipicamente afilada e RT transmural é encontrado [83].
Em uma coorte de 202 pacientes; Maron et al. [84]
mostraram que o RT estava mais comumente
localizado em ambos o septo interventricular e na
parede livre do VE. Menos frequentemente, o RT
estava confinado à parede livre do VE, seguido por
realce septal. Os sítios menos comuns foram a inserção
do VD no septo seguido pelo ápex do VE. Em
pacientes sem HVE, é pouco usual acharmos RT pela
RMC. Isto sugere que o RT ocorre após o
desenvolvimento da HVE [85].
O padrão de RT pode ser útil na distinção entre CMH e
doença de Anderson-Fabry [86,87]. A doença de
Anderson-Fabry é uma desordem do metabolismo
esfingolipídico ligada ao X associada a HVE. Em uma
série, 50% dos pacientes apresentaram RT [86]. A
localização mais comum do RT foi na parede basal
inferolateral (12 entre 13 pacientes), com um padrão
não isquêmico. A parede basal inferolateral é uma
localização infrequente de RT isolado na CMH.
Implicações funcionais do Realce Tardio
A presença e extensão do RT em relação à alteração da
fração de ejeção não está clara. Alguns investigadores
não encontraram relação significativa [76], enquanto
outros mostraram que o percentual de envolvimento
pelo RT se correlaciona inversamente com a função do
VE [84]. O RT pode estar associado com aumento da
rigidez ventricular e remodelamento ventricular
adverso levando a dilatação cavitária e eventualmente
disfunção sistólica [72]. Uma extensão maior do RT é
associada a incidência mais alta de anormalidades de
contratilidade regionais [35,74]. Na presença de
obstrução da VSVE, não houve relação significativa
entre a extensão do RT e a magnitude do gradiente da
via de saída no repouso [76,84].
Quantificação da fibrose miocárdica difusa
O mapeamento T1 de alta resolução (T1 mapping) é
uma técnica emergente para a detecção e quantificação
de fibrose miocárdica difusa. O relaxamento
longitudinal T1 anormal pode ser útil para quantificar
o estado patológico do tecido [88,89]. Em pacientes
com insuficiência cardíaca, os segmentos miocárdicos
com fibrose difusa mostraram tempo T1 encurtados
quando comparados com segmentos sem RT [91]. Esta
técnica pode ter potencial na avaliação de pacientes
com CMH.
Em seguida à administração do gadolíneo em pacientes
com CMH, Amano et al [92] confirmaram que o os
tempos T1 das regiões com realce do miocárdio foram
menores que que em regiões remotas sem realce
visualmente detectado nos mesmos pacientes. Contudo,
as regiões remotas sem realce detectado visualmente
apresentavam tempos T1 alterados em comparação a
população de controles normais. Este estudo sugere
Tabela 4 Relação entre presença de realce tardio (RT) e eventos clínicos cardíacos na CMH Estudo N0 de
pacientes
% da população do
estudo com RT
Taxa de evento, grupo de
RT positivo e negativo
Hazard Ratio (HR) ou
Risco Relativo (RR)
Desfecho Primário
O’Hanlon et al.
2010 [73]
217 63 24.5% RT+ vs. 9.9% RT-
tinha desfecho primário
HR 3.4 [1.4-8.1] Morte cardiovascular, admissão
cardiovascular não planejada,
TVNS ou fibrilação ventricular,
descarga apropriada por CDI
Rubinstein et al.
2010 [111]
424 56 3.3% dos pacientes com
RT+ tinham MS ou CDI
n/a Morte súbita e descarga apropriada
por CDI
Bruder et al. 2010
[118]
220 67.2 94% RT+ vs. 66% RT-
tinham desfecho primário
HR 8.0 [1.0-6.9] Morte súbita e descarga apropriada
por CDI
Adabag et al. 2008
[70]
177 40.6 28% RT+ vs. 4% RT- com
TVNS
RR 7.3 [2.6-20.4] TVNS por monitor de Holter
Paya et al.
2008 [113]
120 69 38% RT+ vs. 8% RT-
tinham TVNS (p<0.05)
Não indicado TVNS por monitor de Holter
Suk et al.
2008 [119]
25 64 88% RT+ vs. 53% RT-
tinham TV (p<0.05)
Não indicado TV pelo Holter ou ECG de repouso
IC: insuficiência cardíaca
CDI: cardioversor desfibrilador implantável
TVNS: taquicardia ventricular não-sustentada
TV: taquicardia ventricular
que o mapeamento T1 pode ter um papel na
caracterização quantitativa do tecido miocárdico na
CMH. Uma vez que o método pode detectar fibrose
difusa que não é detectada visualmente, o mapeamento
T1 pode ser aplicado à CMH subclínica, melhor
discutida abaixo.
Sequências T2 na CMH
A intensidade de sinal alta em T2 foi descrita em
pacientes com CMH, frequentemente correspondendo
a regiões de realce tardio em casos de CMH [93]. O
sinal alto em T2 relacionado a edema pode
acompanhar isquemia focal devido a SICAD [94,95].
A relação espacial entre a intensidade de sinal alta em
T2 e o realce tardio poderia ser explicada pela
progressão patológica da fibrose: esta pode começar
com isquemia aguda ou inflamação (sinal alto em T2),
e terminar com tecido fibroso crônico maduro (sem
anormalidade óbvia no T2) [93,96].
Outras aplicações de RMC na CMH
O desarranjo miocárdico pode ser quantificado por
diffusion CMR [97], tanto pela medida de anisotropia
que se correlaciona diretamente com o desarranjo
miocárdico, quanto pela medida da orientação das
miofibrilas [98]. Tseng, et al. [99] encontrou redução
significativa da anisotropia no septo hipertrofiado
devido ao um aumento das fibras orientadas
longitudinalmente. Ripplinger et al. avaliaram um
modelo de CMH humana em coelhos transgênicos e
reportaram que a anisotropia das fibras miocárdicas era
similar entre os modelos animais transgênico e
selvagem [100]. As limitações da diffusion CMR
incluem resolução espacial limitada, artefatos de
movimento e longos tempos de aquisição.
CMR spectroscopy pode ser usada para medir a razão
de PCr/ATP que reflete o status energético do tecido
miocárdico. A redução na relação PCr/ATP está
associada a extensão da hipertrofia e alteração na
função diastólica em pacientes sintomáticos [101] e
assintomáticos [102]. Shivu et al. mostrara que a
relação PCr/ATP estava reduzida significativamente
em pacientes com CMH em comparação a controles
[103]. Perhexilina, um modulador no metabolismo de
substrato, foi associado a aumento significativo da
razão PCr/ATP em pacientes com CMH [104]. As
limitações atuais da espectroscopia por RMC incluem
baixa resolução espacial, longos tempos de aquisição e
a necessidade de bobinas especiais.
Figura 2. Padrões de realce tardio envolvendo os pontos de inserção anterior e posterior, como mostrado; O
septo interventricular está envolvido, particularmente o segmento anterosseptal basal (três cabeças de seta).
Papel da RMC na detecção precoce de fenótipos
negativos (CMH pré-clínica)
Em razão da morte súbita poder ser o primeiro sintoma
da CMH [105], existe interesse substancial na
identificação precoce de carreadores de mutação de
CMH que possam estar em risco para eventos fatais
[72,82]. Pacientes com CMH pré-clínica são negativos
para HVE, mas são geneticamente positivos para a
doença. Uma vez que a RMC avalia ambas as
características anatômicas e funcionais da CMH, o seu
papel na CMH pré-clínica é potencialmente relevante.
Até o momento, a maioria dos estudos de imagem de
CMH pré-clínica têm sido baseados em
ecocardiografia.
Germans et al. [6] avaliou carreadores assintomáticos
por RMC. Eles descreveram criptas no VE, melhor
identificadas na telediástole, mesmo quando a
espessura do VE era normal. Contudo, Maron et al.
[106] também descreveu uma cripta profunda
penetrando 12 mm em um segmento hipertrofiado na
porção basal posterior do septo interventricular de um
paciente com CMH manifesta. O significado das
criptas do VE na CMH permanece obscuro.
A função diastólica avaliada pelo ecocardiograma tem
sido reportada como anormal em CMH pré-clínica
[107]. Este achado não foi estudado pela RMC.
Adicionalmente, a caracterização tecidual pela
espectroscopia por RM ou pelo mapeamento T1 ainda
devem ser explorados na CMH pré-clínica.
Conclusões
A RMC parece ser altamente relevante tanto na
avaliação clínica quanto de pesquisa em pacientes com
CMH manifesta ou pré-clínica. O realce tardio após
administração de gadolíneo permite caracterização
tecidual de fibrose miocárdica. O método pode
potencialmente identificar pacientes com alto risco de
eventos cardíacos adversos. A avaliação por RMC de
carreadores de mutações em um estágio precoce de
doença ainda deve ser avaliada extensivamente, mas a
RMC representa um método promissor para explorar a
relação entre anormalidades funcionais, morfológicas e
teciduais na CMH.
Figura 3 Focos de realce médio-ventriculares de tamanhos variados em uma distribuição não-coronariana,
envolvendo principalmente os segmentos hipertrofiados (cabeças de seta). O ventrículo direito também está
hipertrofiado (setas grandes).
Author details 1Radiology and Imaging Sciences, National Institutes
of Health Clinical Center, Bethesda, MD, USA. 2Molecular Biomedical Imaging Laboratory, National
Institute of Biomedical Imaging and Bioengineering,
Bethesda, MD, USA. 3Division of Cardiology,
Department of Medicine, Johns Hopkins University,
Baltimore, MD, USA. 4Department of Pathology,
Johns Hopkins University, Baltimore, MD, USA. 5Cardiovascular Division, Brigham and Women’s
Hospital, Boston, MA, USA.
Authors’ contributions
RA carried out the review of literature, manuscript
design and drafting, SL has been involved in drafting
the manuscript, MN participated in manuscript design
and revision, DJ participated in revision of data
regarding genetics section, MH carried out the revision
of data regarding pathology section, TA has been
involved in revising the manuscript critically for
important intellectual content, CH has been involved
in revising the manuscript critically for important
intellectual content, and DB carried out the final
revision and approved the manuscript to be
submitted.All authors read and approved the final
manuscript.
Conflito de interesses
Os autores declararam não ter conflitos de interesse.
Recebido: 14 de junho de 2011, Aceito 20 de fevereiro
de 2012, Publicado: 20 de fevereiro de 2012.
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Lista de abreviações AS Atrial systole Sístole atrial
BRISK Block regional interpolation scheme of K-space *Nome técnico
CITP C-terminal telopeptide of type I collagen Telopeptídeo C-terminal do colágeno tipo I
CMR Cardiovascular Magnetic Resonance Imaging Ressonância magnética cardíaca (RMC)
CV Cardiovascular Cardiovascular
CVA Cardiovascular Accident Acidente cardiovascular
DD Diastolic Dysfunction Disfunção diastólica (DD)
LGE Late Gadolinium Enhancement Realce Tardio (RT)
LGE CMR Late gadolinium enhancement cardiovascular
magnetic resonance
Realce tardio por ressonância magnética cardiovascular
E Early filling Enchimento precoce (E)
EF Ejection Fraction Fração de Ejeção (EF)
HCM Hypertrophic Cardiomyopathy Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH)
HF Heart Failure Insuficiência Cardíaca (IC)
ICD Implantable Cardioverter-Defibrillator Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI)
LA Left Atrium Átrio Esquerdo (AE)
LV Left Ventricle Ventrículo Esquerdo (VE)
LVH Left Ventricular Hypertrophy Hipertrofia Ventricular Esquerda (HVE)
LVOT Left Ventricular Outflow Tract Via de Saída do VE (VSVE)
PC Phase-Contrast Contraste de fase (PC)
PFR Peak Filling Rate Peak Filling Rate
PICP C-terminal Propeptide of Type I Collagen Propeptídeo C-terminal do colageno tipo I (PICP)
RV Right Ventricle Ventrículo Direito (VD)
SAM Systolic Anterior Motion Movimento sistólico anterior (SAM)
SCD Sudden Cardiac Death Morte Súbita (MS)
SERCA Sarcoplasmic Reticulum Ca2+ Sarcoplasmic Reticulum Ca2+
SICAD Small-vessel Intramural Coronary Artery Disease Doença arterial coronariana intramural de pequenos vasos
VF Ventricular Fibrillation Fibrilação ventricular (FV)
VT Ventricular Tachycardia Taquicardia ventricular (TV)
SSFP Steady State Free Precession *Nome de sequência
Phase-contrast CMR Phase-contrast CMR *Nome de sequência
Tagging CMR Tagging CMR *Nome de sequência
Tag lines Tag lines Linhas de Tagging (nome técnico)
Spin-Echo Spin-Echo *Nome de sequência
First-pass perfusion First-pass perfusion *Nome de sequência
Myocardial tissue tagging Myocardial tissue tagging *Nome de sequência
In-plane In-plane No plano (nome técnico para orientação de corte)
Through-plane Through-plane Através do plano (nome técnico para orientação de corte)
Strain rate strain rate *Nome técnico
Torsion recovery rate Torsion recovery rate Taxa de recuperação de torsão (nome técnico)
CMR Tagging CMR Tagging *Nome de sequência
PICP:CITP ratio PICP:CITP ratio Razão PICP:CITP (nome técnico)
T1 mapping T1 mapping Mapeamento T1 *Nome de sequência
T1 Longitudinal relaxation time Tempo de relaxamento longitudinal (nome técnico)
T2 Transverse relaxation time Tempo de relaxamento transversal (nome técnico)
Diffusion CMR Diffusion CMR Difusão por RMC *Nome de sequência
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Diastolic function assessed by echocardiography has been reported to be
abnormal in pre-clinical HCM [107]. This finding has not been studied by CMR. In addition, tissue characterization by MR spectroscopy or T1
mapping is yet to be explored in preclinical HCM.
Conclusions CMR appears to be highly relevant in the clinical as well as research
evaluation of patients with overt as well as pre-clinical HCM. Late
enhancement after gadolinium administration allows tissue characterization of myocar- dial fibrosis. The method may potentially identify HCM
patients at greatest risk for adverse cardiac events. CMR evaluation of
HCM mutation carriers in an early stage of disease has yet to be extensively evaluated, but repre- sents a promising method for exploring the inter-rela-
tionship between functional, morphologic and tissue abnormalities in HCM.
List of abbreviations AS: atrial systole; BRISK: block regional interpolation scheme of k-space;
CITP: C-terminal telopeptide of type I collagen CMR cardiovascular
magnetic resonance imaging; CV: cardiovascular; CVA: cardiovascular accident; DD: diastolic dysfunction; LGE: late gadolinium enhancement;
LGE CMR: late gadolinium enhancement cardiovascular magnetic
resonance; E: early filling; EF: ejection fraction; HCM: hypertrophic cardiomyopathy; HF: heart failure; ICD, implantable cardioverter-
defibrillator; LA: left atrium; LV: left ventricle; LVH: left ventricular
hypertrophy; LVOT: left ventricular outflow tract; PC: phase contrast; PFR: peak filling rate; PICP: C-terminal propeptide of type I procollagen;
RV: right ventricle; SAM: systolic anterior motion; SCD: sudden cardiac death; SERCA: sarcoplasmic reticulum Ca2+ ATPase; SICAD: small-
vessel intramural coronary artery disease; VF: ventricular fibrillation; VT:
ventricular tachycardia. Acknowledgements
Dr. Radwa A. Noureldin is a fellow in the Imaging Sciences Training
Program supported in part by the Radiology and Imaging Sciences
Department, Clinical Center and Intramural Research Program at the National Institute of Biomedical Imaging and Bioengineering, NIH.
Funding sources
Radiology & Imaging Sciences Department, National Institutes of Health Clinical Center. Bethesda, MD. 20892. USA
Author details
1Radiology and Imaging Sciences, National Institutes of Health Clinical Center, Bethesda, MD, USA. 2Molecular Biomedical Imaging Laboratory,
National Institute of Biomedical Imaging and Bioengineering, Bethesda,
MD, USA. 3Division of Cardiology, Department of Medicine, Johns Hopkins University, Baltimore, MD, USA. 4Department of Pathology,
Johns Hopkins University, Baltimore, MD, USA. 5Cardiovascular Division,
Brigham and Women’s Hospital, Boston, MA, USA. Authors’ contributions
RA carried out the review of literature, manuscript design and drafting, SL
has been involved in drafting the manuscript, MN participated in manuscript design and revision, DJ participated in revision of data
regarding genetics section, MH carried out the revision of data regarding
pathology section, TA has been involved in revising the manuscript critically for important intellectual content, CH has been involved in
revising the manuscript
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Translation Committee
AÁ
AA中國
Tradutor
Juliana Serafim da Silveira, MD
Pro-Cardíaco Hospital, Rio de Janeiro, Brazil.
Revisor
Juliano Lara Fernandes, MD, PhD
Jose Michel Kalaf Research Institute, Campinas,
Brazil