diabetes mellitus bioquimica e fisiopatologia cuidados de enfermagem

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1 Instituto Tocantinense Presidente Antonio Carlos Faculdade de ciências humanas, econômicas e da saúde de Araguaína. Diabetes Mellitus Mayza Milhomem Rebeka Costa Rebeka Priscila Edivania Santos Nayara Pires Daniela Tupinambá Francimary Souza Verônica Silvério Indiara de Sá Luciana Araguaína-To, maio de 2013.

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Bioquimica Fisiopatologia do Daibetes Mellitus

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Page 1: Diabetes mellitus bioquimica e fisiopatologia Cuidados de enfermagem

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Instituto Tocantinense Presidente Antonio Carlos

Faculdade de ciências humanas, econômicas e da saúde de Araguaína.

Diabetes Mellitus

Mayza Milhomem

Rebeka Costa

Rebeka Priscila

Edivania Santos

Nayara Pires

Daniela Tupinambá

Francimary Souza

Verônica Silvério

Indiara de Sá

Luciana

Araguaína-To, maio de 2013.

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Instituto Tocantinense Presidente Antonio Carlos

Faculdade de ciências humanas, econômicas e da saúde de Araguaína.

Disciplina: Bioquímica aplicada à Enfermagem 1º período de Enfermagem 2013/1

Professor Orientador: Ricardo Consigliero Guerra

Diabetes Mellitus

Acadêmicas:

Mayza Milhomem

Rebeka Costa

Rebeka Priscila

Edivania Santos

Nayara Pires

Daniela Tupinambá

Francimary Souza

Verônica Silvério

Indiara de Sá

Araguaína-To, maio de 2013

Trabalho apresentado como requisito parcial

para obtenção parcial de nota na disciplina de

Bioquímica Aplicada a Enfermagem do curso de

Enfermagem da ITPAC/FAHESA. No período letivo

2013/1.

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1. Introdução à Diabetes Mellitus

O Diabetes Mellitus (DM) éum distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia

resultante de deficiência de insulina, ou falta de efeito da insulina, ou ambas.A glicose é a

principal fonte de energia do organismo porém, quando em excesso, pode trazer várias

complicações à saúde como por exemplo o excesso de sono no estágio inicial, problemas de

cansaço e problemas físico-táticos em efetuar as tarefas desejadas.

Atualmente, o diabetes é um problema importante de saúde pública que afeta números

crescentes de indivíduos no mundo desenvolvido.Dos 347 milhões de diabéticos, 138 milhões

vivem na China e na Índia e outros 36 milhões nos EUA e na Rússia, No Brasil atualmente

existem cerca de 12 milhões de diabéticos.

São reconhecidas as seguintes formas de diabetes Mellitus:

Diabetes mellitus tipo I: insulino dependente:ocasionado pela destruição da célula

beta do pâncreas, em geral por decorrência de doença auto imune, levando a

deficiência absoluta de insulina.

Diabetes Mellitus tipo II:não insulino dependente, provocado predominantemente por

um estado de resistência à ação da insulina associado a uma relativa deficiência de sua

secreção.

Outras formas de Diabetes Mellitus: quadro associado a desordens genéticas,

infecções, doenças pancreáticas, uso de medicamentos, drogas ou outras doenças

endócrinas.

Diabetes gestacional:também se desenvolve na gestação em uma pequena

porcentagem de mulheres grávidas,devido á resistência da insulina na gestação.

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2. Metabolismo da Glicose O pâncreas endócrino consiste em células organizadas em ilhotas que se distribuem por

todo o órgão mais que perfazem apenas 2% da massa total do pâncreas. As ilhotascontêm

vários tipos de células, cada um das quais sintetiza um ou mais hormônios. Na Ilhota de

langerhans as células alfa: 25% da ilhota secretam glucagon, e as células beta:60% da ilhota

secretam insulina. A Insulina e o Glucagon são os mais importantes reguladores do

metabolismo energético.

A Insulina é o hormônio responsável pela redução da glicemia no sangue. É uma proteína pequena; 51 aminoácidos,composta por duas cadeias de aminoácidos unidos por pontes dissulfeto, possui seus genes de síntese localizados no cromossomo 11, a insulina se fixa ao receptor mantendo-o ativado. O receptor de insulina é uma combinação de quatro subunidades ligadas por pontes dissulfeto (2alfas+ 2 betas).Há uma fosforilação das subunidades beta. Isto as transforma numa enzima ativada, proteína glucoquinase local, causando uma série de fosforilações intracelulares.

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3. A ação da insulina e do glucagon no metabolismo

Depois de consumirmos e ingerirmos uma alimentação a glicose é transportada do intestino para o sangue, através do sistema linfático.Esta condição de saciedade leva á produção de insulina pela célula beta do pâncreas, que é estimulada pela glicose e pelo sistema nervoso parassimpático.O fígado ajuda a limitar a quantidade de glicose no sangue durante os períodos de fartura, armazenando-o como glicogênio, para assim liberar glicose em tempo de escassez. O fígado é capaz de sequestrar grandes quantidades de glicose porque ele tem uma enzima chamada glicoquinase. O nível da glicose começa a cair algumas horas após uma refeição, levando a uma diminuição no efeito da insulina e aumento na secreção de glucagon,que, ao contrário da insulina o glucagon tem a função de aumentar o nível da glicose no sangue, mobilizando as reservas de glicogênio.

4.1 Diabetes Mellitus Tipo I Também conhecido como diabetes mellitus dependente de Insulina(DDIM) , o termo

“dependente de insulina” quer dizer que o indivíduo necessita de administração intra venosa

da insulina para sobreviver,geralmente começa antes dos 20 anos acometendo principalmente

crianças e adolescentes. É uma doença crônica (que dura avida toda). Um evento

desencadeante, talvez uma infecção viral , causa a produção de auto-anticorpos (resposta auto

imune)que lutam contra as células beta do pâncreas, a destruição dessas células provoca a

diminuição e carência da secreção de insulina e consequentemente hiperglicemia, que quer

dizer alto nível de glicose no sangue.Isso leva ao aparecimento dos sintomas diabetes tipo I.

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4.2 Diabetes Mellitus tipo II

O Diabetes mellitus tipo I ou Diabetes mellitus não dependente de insulina. O pâncreas continua a produzir insulina, algumas vezes em níveis mais elevados do que o normal. No entanto, o organismo desenvolve uma resistência aos seus efeitos e o resultado é um déficit relativo à insulina. A diabetes do tipo 2 deve-se à produção insuficiente de insulina pelas células beta no âmbito da resistência à insulina. A resistência à insulina, que é a incapacidade das células em responder de forma adequada ao nível normal de insulina, ocorre principalmente nos músculos, fígado e tecido adiposo. O desenvolvimento do diabetes tipo 2 pode ser por disposição genética ou pelo estilo de vida que a pessoa leva.O início é acelerado por obesidade ou por vida sedentária.

4.3 Diabetes mellitus gestacional

Quando uma mulher sem diagnóstico anterior de diabetes mostra intolerância à glicose durante a gravidez,os hormônios da gravidez podem impedir que a insulina cumpra sua função. Quando isso acontece, os níveis de glicose podem aumentar no sangue da gestante. Geralmente não há sintomas ou os sintomas são leves e não apresentam risco de morte para a grávida. Com frequência, o nível de açúcar (glicose) no sangue volta ao normal após o parto.O diabetes gestacional é um fator de risco importante para ocorrência futura de diabetes mellitus tipo II.

5. Diagnóstico:

Para fazer o diagnóstico é necessário mensurar o nível de glicose no sangue. Os testes mais comuns são:

colocar uma gota de sangue em um medidor especial; teste da urina, usando uma fita especial que, em contato com a urina, acusa a presença

de glicose ou cetonas. A presença de cetonas na urina pode significar que o nível de glicose no sangue está descontrolado;

exame de sangue chamado HbA1C, que mostra o nível médio de controle da glicose sanguínea (glicemia) nos últimos 2 ou 3 meses. É um exame importante para o controle durante o tratamento do diabetes.

De qualquer forma, a indicação sobre o teste mais apropriado deve ser feita pelo médico.

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6. Tratamento:

No diabetes tipo I inclui reposição de insulina, planejamento de refeições e exercícios físicos. As formas atuais de reposição de insulina incluem o uso de formas de insulina de ação lenta e rápida, em doses mistas ou separadas, e regimes de múltiplas injeções diárias ou deinfusão contínua subcutânea. O transplante de pâncreas é possível e, no momento, exige imunossupressão crônica.

O tratamento do diabetes tipo II, inclui antidiabéticos orais para estimular a produção de insulina pelo pâncreas, aumentando a sensibilidade à insulina nas células, suprimir a gliconeogênese hepática e retardar a absorção intestinal de carboidratos (podem ser usadas combinações de medicamentos).

O tratamento do diabetes gestacional é feito mais pelo controle da dieta, mais se não for suficiente para controlar os níveis da glicose devem ser feita administrações intravenosas de insulina. É contraindicado que a gestante use antidiabéticos orais. Também deve ser feito o aconselhamento pós-parto, exercícios regulares e prevenção do ganho de peso.

7. Sintomas

Os sintomas mais comuns de diabetes são:

Urinar excessivamente, inclusive acordar várias vezes a noite para urinar.

Sede excessiva.

Aumento do apetite.

Perda de peso – Em pessoas obesas a perda de peso ocorre mesmo estando comendo de maneira excessiva.

Cansaço.

Vista embaçada ou turvação visual

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Infecções frequentes, sendo as mais comuns, as infecções de pele.

8. Complicações: Se os níveis de glicose não forem adequadamente controlados, o diabetes tipo 1 pode provocar uma série de problemas incômodos e potencialmente fatais. Felizmente, tais complicações podem ser prevenidas pelo tratamento correto e pela manutenção de níveis normais ou quase-normaisde glicemia. As principais complicações do diabetes são as seguintes:

Doenças Cardiovasculares: Com o passar do tempo, os níveis altos de glicose no sangue danificam os nervos e os vasos sanguíneos, levando a complicações como doenças cardíacas e AVE (Acidente Vascular Encefálico as principais causas de morte entre pessoas com diabetes.

Retinopatia: A glicose elevada no sangue e a pressão arterial alta pode afetar a retina do olho, o cristalino e o nervo óptico causando embaçamento da visão ou até mesmo cegueira.

Nefropatia: Afeta os rins, inicia-se geralmente com perda de proteína pela urina, evoluindo para a chamada glomerulopatia diabética caracterizada por síndrome nefrótica, hipertensão arterial chegando a insuficiência renal crônica.

Neuropatia Periférica: Afeta os pés e as mãos e pode causar insensibilidade ou dor.

A Neuropatia autônoma: se manifesta de diversas formas , incluindo a gastroparesia (provocando retardo do esvaziamento gástrico e sensação de náusea e plenitude após as refeições), Diarréia noturna, impotência e hipotensão postural.

Hiperglicemia: Prejudica a resistência a infecção, porque os níveis altos de glicose na epiderme e na urina facilitam o crescimento bacteriano causando infecções de pele, do trato urinário, e da vagina. Os pacientes com diabetes mellitus tem também uma incidência aumentada de depressão cognitiva.

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9. Considerações de Enfermagem

A Enfermagem deve monitorar o controle da diabetes, providenciar medidas de glicose sanguínea, hemoglobina glicosilada, níveis de lipídeo e pressão arterial. Observar os efeitos do diabetes sobre o paciente para que este não venha ter complicações mais graves, tratar com cuidado as feridas , orientar o paciente em relação ao cuidado com os pés e ao tratamento, ensinar o cliente a controlar a diabetes em casos de resfriado ou de uma doença branda.

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10. Bibliografias Utilizadas:

Fisiopatologia, Coleção Práxis Enfermagem, Birney e Margaret. (Cap. 09 Disturbios Endocrinos)

Ed. LAB. 1ªed. 2005.

Carlos Alberto Bastos de Maria; Ricardo Felipe Alves Moreira; Roberto Marcílio. Bioquímica do

Diabetes Melito. Editora Interciência. Ano 2011.

Guyton AC, HALL JE. Tratado de fisiologia medica. 11a ed. Rio de Janeiro(RJ): Guanabara

Koogan, c2006.

Jeremy M, John L Timoczko. Lubert Stryer. Bioquímica. 6ª Edição.

http://www.medfoco.com.br/glicemia-de-jejum-exame-da-glicose/ Acesso em 05 de maio de 2013

ás 23:15 hrs.

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