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04 - Editorial: Octávio Carmo06 - Foto da semana07 - Citações08 - Nacional14 - A semana de... Paulo Rocha18 - Dossier Diocese das Forças Armadas

40 - Internacional46 - Multimédia48 - Estante50 - Vaticano II52- Agenda54 - Por estes dias56 - Programação Religiosa57 - Minuto YouCat58 - Liturgia60 - Fundação AIS62 - Apostolado da Oração64 - Lusofonias

Foto da capa: Agência ECCLESIAFoto da contracapa: Agência ECCLESIA

AGÊNCIA ECCLESIA Diretor: Paulo Rocha | Chefe de Redação: Octávio CarmoRedação: Henrique Matos, José Carlos Patrício, Lígia Silveira,Luís Filipe Santos, Margarida Duarte, Sónia NevesGrafismo: Manuel Costa | Secretariado: Ana GomesPropriedade: Secretariado Nacional das Comunicações Sociais Diretor: Cónego João Aguiar CamposPessoa Coletiva nº 500966575, NIB: 0018 0000 10124457001 82.Redação e Administração: Quinta do Cabeço, Porta D1885-076 MOSCAVIDE.Tel.: 218855472; Fax: [email protected]; www.agencia.ecclesia.pt;

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Opinião

Dia Mundial dasComunicaçõesSociais[ver+]

Francisco naTerra Santa[ver+]

Lisboa: NovoBispo auxiliar[ver+] Padre Luís Morouço|Padre TonyNeves | Elias Couto

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As bombas da Paz

Octávio CarmoAgência ECCLESIA

Uma viagem do Papa à Terra Santa é sempreaguardada com enorme expectativa: trata-se deuma visita aos lugares mais santos doCristianismo, num contexto geopolítico delicado,com consequências evidentes no equilíbriomundial. Um passo em falso, no Médio Oriente,numa terra que todos reivindicam como sua,pode representar dificuldades de relevo para oscristãos em todo o mundo.Francisco passou com distinção este teste, doponto de vista religioso e social.Ecumenicamente, fez história ao reunir várioslíderes cristãos na Basílica do Santo Sepulcro,onde a divisão se faz sentir de forma visível aténa gestão do espaço. A oração em comum e aamizade visível com o patriarca ecuménico deConstantinopla Bartolomeu, consagraram aopção pelo diálogo e pelo trabalho rumo àrecomposição da plena comunhão, centrado nafraternidade e não no confronto.A visita, apresentada como uma evocação dos50 anos do histórico encontro entre Paulo VI e opatriarca Atenágoras entra, a este nível, na listados momentos mais marcantes para o caminhoecuménico do pós-Vaticano II.Particularmente relevantes, para os cristãoslocais, foi o apelo de Francisco para que oslugares santos não se transformem em museus,preservando a memória viva que ascomunidades crentes representam, com o seutestemunho de fé.

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O Papa percebeu que tudo o que sefaz e se diz na Terra Santa temconotações políticas. Por issomesmo, com gestos que o própriogarante terem sido espontâneos, foireservando para a sua agendapequenas surpresas, autênticas‘bombas da paz’, que foram para ládas meras palavras, comoaconteceu ao abriu as portas doVaticano para receber ospresidentes Mahmoud Abbas eShimon Peres, que aceitaram oconvite.Sem necessidade de palavras,Francisco deteve-se em oraçãosilenciosa numa série de lugaressimbólicos: o muro da Cisjordânia,numa paragem

imprevista, em Belém, que logo deua volta ao mundo; o Muro dasLamentações, onde rezou pela paz;a lápide em memória das vítimasisraelitas do terrorismo, noutraparagem fora do programa oficial, apedido das autoridades israelitas.Pessoalmente, impressionou-me areflexão sobre o Mal (maior do que opróprio ser humano e a sua história)e a pretensa divinização do homemque o leva a diabolizar-se,apresentada no Memorial doHolocausto. Será sempre um dosdiscursos maiores do pontificado edeixa, para a humanidade, um apelocarregado de memória e de futuro:‘Nunca mais’.

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“Esta é uma vitória de pessoas quetêm ideais, que não desanimam,mesmo quando ficam exaustas”António Marinho e Pinto, cabeça delista do MPT-Partido da Terra,Lisboa, 25 de maio "O núcleo, o essencial da nossamensagem não chegou aosportugueses"Acácio Valente, cabeça de lista doPortugal Pro Vida, Lisboa, 25 demaio “Espero que o voto tenha enviadouma mensagem clara de quealgumas coisas precisam de mudar”André Sapir, economista belga eantigo conselheiro de DurãoBarroso, Sintra, 28 de maio “Em boa verdade, fomegeneralizada em Portugal nãoexistiu. Se não houvesse asMisericórdias e as InstituiçõesParticulares de SolidariedadeSocial (IPSS), teria havido”Manuel de Lemos, presidente daUnião das Misericórdias, Évora, 28de maio

"A caricatura do debate político quechegou à casa das pessoas foidemasiado pobre. Falámos 90% daEuropa e 10% do resto. Se calhar,não devíamos ter falado de maisnada para que, pelo menos, o quefalámos sobre Europa pudesse terpassado"Pedro Passos Coelho, presidente doPSD e primeiro-ministro, Lisboa, 29de maio “2013 foi um ano muito difícilpara os bancos alimentaresporque houve bastante menosdoações da indústria e foi ummau ano do ponto de vistaagrícola, com muito menosretiradas de frutas e legumes”Isabel Jonet, presidente daFederação Portuguesa dos BancosAlimentares contra a Fome,Lisboa, 28 de maio

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O encontro nas redes digitaisO presidente da ComissãoEpiscopal responsável pelo setordos media disse esta quinta-feiraem Lisboa que o principal desafiosdas redes digitais é promover um“autêntico encontro de pessoas compessoas”, como pede o PapaFrancisco. “Importa cultivar atitudesque possibilitem e preparemautênticos encontros pessoais ediminuam o risco da mera voragemcomunicacional: a pausa e a calma;o silêncio; a paciência; adisponibilidade para dar e receber”,declarou D. Pio Alves, na sessão deapresentação da mensagem papalpara o 48.º Dia Mundial dasComunicações Sociais, que secelebra este domingo.O bispo auxiliar falava no Seminárioda Luz, na iniciativa promovida peloSecretariado Nacional dasComunicações Sociais (SNCS) daIgreja, a respeito do tema escolhidopor Francisco, ‘Comunicação aoserviço de uma autêntica cultura doencontro’.Segundo este responsável, a“imprescindível consciência dasdificuldades” não é um convite à“desistência ou à fuga”, neste

campo. “O cruzamento de duasideias - estradas digitaiscongestionadas de humanidade eabrir as portas das igrejas -proporciona um enquadramentonovo à prática da proximidade: oencontro com quem está caído namargem da estrada - pastoral desaída - e o acolhimento de quemprocura entrar sem necessidade debater à porta ou tocar a campainha”,precisou o presidente da ComissãoEpiscopal da Cultura, Bens Culturaise Comunicações Sociais.D. Pio Alves realçou que as redesdigitais oferecem novos “púlpitos” e“periferias”, sem “distâncias” ou“horários de atendimento”, em que“cabem tanto os verdadeiros comoos falsos mendigos de humanidade”.Já o antropólogo Alfredo Teixeira,professor da Universidade CatólicaPortuguesa, afirmou que amensagem pontifícia promove umanova perspetiva sobre as redesdigitais.O docente da Universidade CatólicaPortuguesa sustenta que amediasfera é “um lugar onde serecompõem os vínculos sociais” noqual Francisco vem reforçar

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a ideia de “proximidade”. “Se acomunicação é uma redução dedistância, a proximidade é o lugarde elaboração desta experiência decidadania num novo contexto”,declarou o conferencista. “A metáfora usada para falar destarealidade é a da cidadania. Oproblema não são os novosareópagos, mas novas cidades”,

precisa o professor universitário.Segundo Alfredo Teixeira, Franciscoretoma a “questão do próximo”, umtema central, com “apelos aultrapassar os limites de umacompaixão à distância”.“A mensagem do Papa Franciscoinscreve a mediação tecnológica nalógica do dom”, destacou.

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EMRC por um mundo maissustentávelOs alunos da OFICINA - EscolaProfissional do Instituto Nun’Alvares(INS), do Colégio de Santo Tirso dosJesuítas, promoveram esta terça-feira uma ação pública centrada nasáreas do ambiente, da alimentação,da saúde, da educação e dotrabalho. Em entrevista à AgênciaECCLESIA, a professora DeniseLima, uma das organizadoras doevento, explica que dezenas dejovens, do 10.º ao 12.º ano,procuraram interpelar e sensibilizaras pessoas para a importância queaquelas temáticas assumem nocontexto de uma sociedade que sequer “cada vez mais virada para odesenvolvimento”.A iniciativa nasceu do projeto “GPSMove-te pela Mudança”,desenvolvido este ano pelaFundação Fé e Cooperação (FEC),da Conferência EpiscopalPortuguesa, em parceria com oSecretariado Diocesano do EnsinoReligioso de Lisboa, a FundaçãoGonçalo da Silveira e a Faculdadede Teologia da UniversidadeCatólica Portuguesa.O principal objetivo, avança

Patrícia Fonseca da FEC, éincentivar os mais novos, através dadisciplina de Educação Moral eReligiosa Católica (EMRC), a seremuma força “transformadora” dasociedade. A partir da abordagemde “cinco temas estruturantes”, oambiente, a alimentação, a saúde, aeducação e o trabalho, os alunostiveram neste ano letivo aoportunidade de refletir sobre “comoé que essas dimensões são vividasem Portugal, no resto da Europa eno outro lado do mundo.Um trabalho que despertou porexemplo os jovens para as“discrepâncias” que subsistem entreos países menos desenvolvidos,“onde há pessoas que não têm oque comer” e os países maisdesenvolvidos, “onde há pessoasque sofrem de obesidade”.

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Lisboa: Novo bispo auxiliarapresenta-seO novo auxiliar do Patriarcado deLisboa, D. José Traquina, disse àAgência ECCLESIA que quer ser umbispo “compreensivo” e empenhadona valorização de todas as pessoas.“Tudo aquilo que existe depreocupação humana neste mundo- com pessoas degradadas, outrasque estão preocupadas com o seufuturo em termos familiares, que nãotêm emprego ou não têm condiçõespara casar, o desânimo que secompreende - não pode deixar estaverdade da fé cristã: todos sãochamados à dignidade, a pessoahumana é o centro, é a maiorriqueza”, declarou o responsável,nomeado por Francisco a 17 deabril.D. José Traquina, até agora párocode Nossa Senhora do Amparo, emBenfica, vai ser ordenado bispo estedomingo durante uma celebraçãoeucarística no Mosteiro dosJerónimos, com início marcado paraas 16h00.O responsável admite que aexperiência como pároco o podeajudar na sua nova missão, emparticular no que diz respeito à“proximidade” com o clero. “Umbispo deve ser compreensivo comas dificuldades, ter

sensibilidade, quer com os colegaspadres, quer com as comunidades,os cristãos, e procurar colaborar naanimação para que a comunidadecresça”, precisa.O novo bispo assume anecessidade de “valorizar todas aspessoas, mesmo as maisdistanciadas ou as mais pecadoras”,porque “Deus não desistiu delas”.“Esta é a missão da Igreja. Nós nãovamos dar lições a quem está naárea da política, na governação, anossa missão é valorizar aspessoas”, observa. “Se temos defazer alguma denúncia, chamar aatenção, é por causa das pessoas”,acrescenta o futuro bispo auxiliar doPatriarcado de Lisboa.D. José Augusto Traquina Marianasceu a 21 de janeiro de 1954 emÉvora de Alcobaça, (Patriarcado deLisboa), e foi ordenado padre a 30de junho de 1985, na dioceselisboeta.

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Apresentação do Dia Mundial das Comunicações Sociais

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Festas do Senhor Santo Cristo

O projeto Europeu

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Semana de metas atingidas?

Paulo Rocha,Agência ECCLESIA

No início de 2014 a marca Ecclesia surgiu noambiente da comunicação social com novosprojetos, definidos a partir de reorganizaçõesinternas e da integração da produção deconteúdos para as diferentes plataformas naredação da agência Ecclesia.Foram planeadas e concretizadas diferentesetapas deste processo, que passaram peloaumento de recursos, humanos e técnicos, pelaformação dos seus utilizadores, a assunção denovos hábitos de trabalho e pelo estímulo a ummaior espírito de equipa.Nestes meses, foi permanente a atenção ànecessária auscultação de quem nos vê, lê ououve, às tendências de mercado e aos novosambientes de produção, receção e partilha deconteúdos.Passos dados em direção a uma meta, num“continente” em constantes transformações ecom diferentes os ritmos de participação, demudanças nas rotinas laborais e de integraçãode conhecimentos em ordem à produção deconteúdos em diferentes linguagens. Masestamos em caminho, como sempre estaremos!A renovação promovida desde o início do ano namarca Ecclesia permitiu, antes de tudo, dar maisrelevo à opinião. No semanário digital e nosprogramas de televisão e de rádio, fixaram-serubricas e participações que, em cada semana,fazem propostas de leitura dos acontecimentossociais e eclesiais. Adiantam também conteúdos

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que são propostas formativas paraquem nos lê, escuta ou vê.O percurso de sustentação donosso trabalho em torno de umprojeto de agência de notícias fezcom que a reportagem, a publicaçãode notícias, seja sempre umaprioridade. Porque queremos, acimade tudo, mostrar o que é, o que faze o que propõe a Igreja Católica, apartir do Vaticano, de Portugal e demuitas outras latitudes. Não parareservar o púlpito mediático ondeestamos inseridos à voz oficial e àslideranças hierárquicas. Elas estãopresentes a par de muitas outrasexpressões, iniciativas e grupos. Eno trabalho diário de edição, deseleção de reportagens a fazer ouentrevistas a gravar, ficam muitasvezes na linha da frente projetosinovadores, iniciativas juvenis eexpressões que testemunhemexperiências de vida radicadas

quotidianamente no Evangelho,frequentemente traduzidas emgestos de solidariedade e demissão.Anunciava-se, no início de 2014,que o projeto de renovação damarca Ecclesia teria um momento dereferência nesta última semana demaio por ser a ocasião em quesurgiríamos diante do público, napágina da internet, com novasformas de mostrar e divulgar o quefazemos. Não apenas nas notíciasescritas de acordo commetodologias comuns a todas asagências, mas também nas novaspossibilidade de mostrando atravésde ferramentas digitais o queacontece em torno de pessoas einstituições que são a Igreja Católicaem Portugal. E atingiu-se esseobjetivo que estará, acredito, emconstantes transformações.Semana de metas atingidas? Sim!Mas significam sempre o limiar denovos desafios!

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Há quartéis sem capelãoResponder à falta de sacerdotes junto das unidades militares é atualmente«a maior preocupação» do novo bispo das Forças Armadas e de Segurança,D. Manuel Linda Agência ECCLESIA (AE) –Começando pelo seu processo denomeação, esperava coordenar otrabalho nesta Diocese com ascircunstâncias que tem, ou comoouvimos também muitas vezes serdito, ter a seu cargo uma dioceseterritorial?D. Manuel Linda (ML) – Esperavaque me deixassem continuar otrabalho que estava a ter e comgrande gosto meu, que era naArquidiocese de Braga, comoauxiliar do senhor arcebispo.Sabemos que a naturalidade dascoisas quase sempre em Portugalpassa por, passado alguns anos, aspessoas serem nomeadas para umadiocese. Eu não tinha essaexpetativa, gostava do trabalho querealizava. AE – Não iria continuar como bispoauxiliar eternamente…ML – Porque não? Várias pessoasficaram sempre como bisposauxiliares e, para mim, não estavafora do horizonte, bem pelocontrário. Gostaria muito, porquenão tinha as

responsabilidades que tem um bispodiocesano e podia estar no terrenoe colaborar com os cristãos e comos sacerdotes, de uma formaabsolutamente livre como estava afazê-lo, e com muito gosto meu.De qualquer maneira, pelo menos aDiocese das Forças Armadas e deSegurança não estava a pensaratendendo à minha idade. Eram 57anos e por isso não estava apensar. AE – Ainda era muito novo paraesse cargo?ML – Não, não, é o contrário,exatamente já uma idade avançadapara desempenhar essa função,atendendo a que os militaresnormalmente a partir dos 60, 65anos passam à disponibilidade,depois à reserva e finalmente àreforma.

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AE – O ter assumido uma dioceseque tem as características dasForças Armadas, queparticularidade é que tem? É umtrabalho diferente daquele decoordenar uma ação pastoral numadiocese territorial?ML – Muito diferente,evidentemente. Para mim está a seruma descoberta diária. O trabalhonuma diocese territorial, a gentemais ou menos sabe aquilo em queconsiste. O estar com os cristãosnas paróquias, os crismas, as visitaspastorais, o seminário.Aqui é tudo diferente, eu não tenhovisitas pastorais, embora tenhavisitas às unidades e com muitaamizade. Não tenho um seminário.Preciso de andar de mãoestendida? Precisarei! Até estemomento ainda não o fiz, junto dosmeus colegas bispos, para medarem padres capelães para asForças Armadas e de Segurança.Enfim, é um trabalho completamentedistinto. Não se distingue tanto, oumelhor, não se parece tanto com odas dioceses por aquele trabalhoevangelizador nas paróquias, mas éum trabalho de simpatia, de

proximidade afetiva junto de quemserve as Forças Armadas e deSegurança. E é isso, é de outraordem. AE – Ainda quanto ao processo, nãode nomeação mas de tomada deposse, primeiro de posse canónica edepois de posse como capelãochefe das Forças Armadas. Queambiguidades existiram, o que é quefoi necessário esclarecer e acertarpara que todo esse processo fosseultrapassado.ML – Como sabe, houve umarevisão da Concordata em 2004. Atéessa altura vigoravam diplomas quepermitiam a entrada normalíssimado bispo no contexto do OrdinariatoCastrense.Portanto, como um bispo que tem aoseu encargo a coordenação detodos os capelães que servem asForças Armadas de Segurança edepois a dimensão religiosa globaldaqueles que são cristãos e quepedem serviços religiosos nestasforças.

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AE – Não como capelão chefe?ML – Exatamente, noutra dimensão,como bispo. Com a Concordataentre a Santa Sé e a RepublicaPortuguesa de 2004 háregulamentação posterior e em2009 publica-se um diploma que,nesse aspeto, é omisso.Ele diz, de facto, lá num número deum artigo, que a Igreja serve oscristãos que estão presentes nasForças Armadas e de Segurança

por intermédio da dimensãocanónica, portanto por meio dajurisdição espiritual que exercesobre eles.Essa palavra ‘canónica’, pelosvistos, foi interpretada em contextodiferente por algumas pessoas. Istoé, alguns reconhecem que não podehaver uma existência canónica se obispo estiver a partir do exterior.

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ML - Se me nomeiam para bispo demarcianos, em Marte, pode haveruma nomeação canónica mas nãohá possibilidade nenhuma deexercer o ministério em Marte.Outros diziam que essa dimensãocanónica suponha que se criassemas condições, do contexto militar,das Forças de Segurança, para quepudesse ser exercida.Isto demorou algum tempo a serreequacionado, de tal maneira quedepois os dois ministérios, daAdministração Interna e da Defesa,este que tem a jurisdição mais plenae mais próxima neste campo,acabaram por publicar uma portariana qual o bispo é nomeadosimultaneamente como capelãochefe.Então, de alguma maneira, na figurado atual bispo, na minha figura,estão inerentes duas funções: afunção tradicionalmente reservadaao bispo e a funçãotradicionalmente reservada aocapelão chefe.

AE – Empobrecendo a coordenaçãodo trabalho da Igreja nas ForçasArmadas e de Segurança?ML – Dificultando pelo menos,porque por vezes é algorelativamente difícil. Por exemplo, nasemana que passou eu visitei váriasunidades que eram relativamentelonge aqui de Lisboa.Estive em funções canónicastambém, porque também haviacelebrações religiosas, mas não só,em Vila Real e em Viseu. E tinha idoantes visitar o comando e a própriasede da Brigada de Intervenção emCoimbra.Na prática, para cada uma destasunidades é um dia. Ir, estar com aspessoas, escutá-las e regressar, éum dia. Portanto, se eu ando porfora logicamente não posso estar nogabinete do Ministério da Defesa acoordenar tantas coisas que àsvezes são burocráticas. AE – Seria o capelão chefe que, emanos passados faria essas funções?ML – Sim, embora em coordenaçãocom o bispo. Certamente, que aotelefone ou por outra maneira,perguntava ao bispo: fazemos assimou fazemos desta maneira.

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AE – Existiu, por causa de todo esteprocesso, algum mal-estar entre aIgreja e o Ministério da Defesa.ML – Que eu desse conta, não! Éevidente que estávamos sempre àespera, a todos os momentos,concretamente em articulação coma Nunciatura, que a celebre portariasurgisse.Mas nunca me viu da minha partefazer criticas como também não vida parte de ninguém responsávelda Igreja tecer considerações maisdesprimorosas, e da parte dosministérios também não.

AE – Mas esperaria que a portariamantivesse os dois cargos, capelãochefe e bispo das Forças Armadas?ML – Não, a portaria de factobaseia-se naquilo que é a lei, agoranós podemos, e certamente haveráboa vontade para isso, deespecificar melhor a lei em relaçãoao futuro.Parto do princípio que o meusucessor já terá outras condições,que conseguiremos deixar essascondições.

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AE – Tudo isto por algumaregulamentação na Concordata queterá sido produzida de forma maisambígua?ML – Sim, dá-me a impressão quesim. AE – E do próprio tratadoconcordatário, na sua opinião?ML – A Concordata é aquela queexiste e muito bem. Aregulamentação não se pode

pedir que resolvesse todos os casospossíveis e imaginários que viessema surgir nas décadas ou séculosposteriores, se ela se mantiverdurante séculos.Portanto é um trabalho nosso agora,ver quais são os aspetos omissos,aqueles que têm de ser tratados, ecom coragem trata-los.Eu estou convencido de que, daparte do Ministério da Defesa e atéda Comissão Bilateral que

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está a acompanhar sempre estaimplementação da Concordata,haverá boa vontade e portanto, aseu tempo, se desenvolverá e seespecificarão esses camposomissos. AE – ‘A minha missão é trabalhar econstruir no silêncio uma Igreja queé constituída por homens emulheres concretos’. Disse-o àcomunicação social na tomada deposse como capelão chefe.ML – E mantenho-o! AE – Em que programa se traduzesta atitude?ML – Se me permite, essaexpressão pode ser tomada nosentido global do meu ministério.Procurarei desenvolver esseministério não em contexto degrandes euforias mas naquelesilêncio, naquele trabalhosistemático e diário. Agora a expressão foi dita numcontexto muito próprio.Perguntaram-me, a comunicaçãosocial, o que é que eu pensavafazer em relação aos casosproblemáticos, de problemashumanos, carências económicas,afetivas, de qualquer ordem, que

surgissem nas Forças Armadas.E eu disse que primeiro que tudotenho de conhecer e depoistrabalharei com setores que já estãono campo, exatamente nestesilêncio, sem dar muito nas vistas,na resolução destes problemas.Agora, a nível global procurareitambém fazê-lo, de facto.O programa aqui não se trata, nemde um programa político,evidentemente, nem de umprograma para concorrer a qualquercoisa, mas de um programa pastoralque eu só posso estabelecer a partirdo momento em que conhecermelhor o ambiente. Eu estou aconhecê-lo agora.Costumo dizer que o meio militarque eu conhecia há 30 anos,quando fui capelão militar de umregimento, era aquele meiocaseirinho, muito concreto, a partirdaquela caserna, entre aspas.Hoje tenho uma visão muito maisglobal de todo o meio castrense,quer nas Forças Armadas quer deSegurança, ou estou a construiressa visão mais global.

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ML - Também houve uma mudançamuito grande, de perspetiva, decultura, de forma de estar da Igrejaneste meio, que se operou nestes30 anos. Portanto é a partir desteconhecimento que eu depois posso- com os capelães porque eusozinho não serei nada -estabelecer um programa concreto.Já tivemos uma reunião, com o quenós chamávamos naquela altura deconselho de consultores, e queprovavelmente será o núcleo de umfuturo conselho presbiteral, como hánas dioceses.E chegámos à conclusão que seránecessário estabelecer umprograma pastoral já a partir dopróximo ano.Este programa pastoral será muitosimples, baseado nos conceitosabsolutamente lineares do mundoda fé, mas estabelecê-lo-emos emconjunto e em diálogo e a partir daítrabalharemos este tema e todos osoutros que nos surgirem.

AE – Até que ponto é que podemosfalar em continuidade, em relaçãoao que o D. Manuel Lindaencontrou nesta Diocese dasForças Armadas, ou em novidade,novos projetos, novas atitudesdiante dos problemas que existam?ML – A continuidade será total, nosentido de pregarmos a mesma fé,usarmos as mesmas armas, entreaspas, que são os meios que temospara fomentarmos a paz e a fé nomeio castrense, com assensibilidades próprias de cada um,e com os programas próprios que seestabeleçam para cada ano.Evidentemente, se está subjacentea figura do meu antecessor, digodesde já que tenho o máximorespeito por ele e a máximaamizade. Uma amizade que vinhadesde o tempo em que eu nemsequer era bispo, que o conheci,que estive com ele em muitostrabalhos, e portanto essa amizadeé completa.Agora, evidentemente, cada um denós tem a sua forma de trabalhar.

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AE – Foi por isso que disse quenão seria delegado sindical? ML – Não, não tem a ver com osenhor D. Januário, nem de longenem de perto. Tem a ver com ocontexto que a comunicação socialme perguntava, de como é que eupensava intervir nos casos deacentuada dificuldade económica etudo isso.

Penso intervir exatamente com asestruturas que temos dentro doOrdinariato Castrense. Não épressionar o Governo desta formaou daquela. Pode acontecer queseja preciso. Não serei calmudo,para usar uma expressão da Bíblia.

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AE – E não o foi, por exemplo, namissa da Guarda NacionalRepublicana, há pouco tempo, ondechamou atenção precisamente paraos casos de ajuda que podem estara sentir-se, na Diocese das ForçasArmadas. Existem algunsmecanismos que a própria Diocesetenha para ajudar militares ouagentes de segurança queprecisem?ML – Por exemplo, posso dizer-lheque nós tínhamos destinado,segundo a sugestão que oscapelães chefes me tinham dado,ainda eu não tinha sequer tomadoposse do Ordinariado, a nossapartilha quaresmal que tambémfizemos, em igualdade decircunstâncias com as dioceses láde fora, àquele fundo solidário daConferência Episcopal Portuguesa.Entretanto, porque vimos quesurgiram casos no interior dasForças Armadas e de Segurança,com necessidade, reservámos umapercentagem, não chega a 25 porcento, para esses casos.

AE – Militares e agentes desegurança podem encontrar nessefundo uma forma de ajuda?ML – Nós ficámos com uma partedesse quantitativo para casos que jáinventariámos e outros casos quenós porventura não tenhamosconhecimento podem recorrer aofundo da Conferência EpiscopalPortuguesa. Agora, você perguntou-me, porque ninguém o saberia, nósnão o diríamos. AE – Mas acredito que essasnecessidades cheguem aos serviçose às várias capelanias, das váriasunidades.ML – Muito bem, aqueles quecheguem tentaremos resolvê-los lá,no interior. AE – Com a tal caridade ‘tu a tu’ deque falou na sua mensagem deQuaresma?ML – Exatamente, começa por aí, equando for absolutamenteimpossível essa dimensão, entãoterá de entrar outra, mais global,mais superior.

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AE – Nos contactos que vaiestabelecendo, percebe que aremuneração dos militares e dosagentes de segurança está a baixarconsideravelmente, chegandomesmo ao ordenado mínimonacional?ML – Eu estou convencido que issoagora estancou. De facto éimpossível, particularmente refiro-me às Forças de Segurança, GNG ePSP, mas também aos militares, quesão destacados para fora do seucontexto habitacional habitual,muitas vezes vêm das aldeias ondetêm a sua horta, onde colhem osseus produtos naturais, que lhes dápara uma subsistência, ou ajuda,não precisam de comprar algumascoisas.

Depois são retirados do seucontexto, vêm para uma cidade, têmde alugar casa, residência, e entãoaquele salário que já está baixo,está no limite, já não dá parasatisfazer prováveis compromissosque eles tenham.Imaginemos que casaram,contraíram empréstimos bancáriospara comprarem a sua casinha etudo isso, e neste momento não ospodem satisfazer. Isso é um dramatremendo!Eu parto do princípio de que, apartir de agora, em vez de estarmosa diminuir salários vamos recuperaraquilo que já era um direitoadquirido há algum tempo atrás.

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AE – Acha que será possível voltara esses tempos?ML – Estou convencido que sim e éo discurso que nós vamosescutando, mesmo da parte dosnossos políticos. AE – Que fator de tensão podeestar a ser gerado, pelas própriasForças de Segurança, emmanifestações como por já duasvezes na Assembleia da Repúblicaaconteceram.ML – Estou convencido de que

a partir de agora, que as pessoasirão recuperar não digo o seu estilode vida mas aqueles mínimos quelhes prometeram e a que têm direito,e portanto a conflitualidadediminuirá ou desaparecerácompletamente.É uma questão agora de bomsenso, também da parte do poderpolítico, olhar para as suas ForçasArmadas e de Segurança, e ver queestes mínimos - agora refiro-me aoquantitativo das pessoas

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que formam as Forças Armadas ede Segurança - provavelmente nãoserá possível baixar, será o mínimodos mínimos, este.E estes mínimos têm de serincentivados a produzirem um bomresultado, mediante condições quetambém os incentivem, condiçõessalariais, de saúde.Porque também não podem de factoretirar-se determinadas regalias queestavam inerentes à condição militare de segurança, como sejam otratamento nos hospitais destesâmbitos, bem como as suas famílias.Estes mínimos agora estãogarantidos e teremos de crescer daípara cima. É o discurso que se ouvee estou convencido de que seráverdadeiro. AE - Voltando ao tema da Diocese eà reorganização que acredito queesteja em curso. Todo esteprocesso de revisão da Concordatae da regulamentação veio atrasar acolmatação das necessidades dasvárias unidades, em termos decapelães?ML – Repor o número de capelãesé a minha maior preocupação nestemomento. Já está abaixo do limiar.Tenho sete quarteis

da região centro sem nenhumcapelão. Tenho aquilo que eu julgoser neste momento a maiorconcentração de soldados emPortugal, o maior aquartelamentomilitar, que é Santa Margarida, semcapelão.Claro que as pessoas podem dizer –mas então também não pode haveralguma mudança daqueles queestão já a acumular com outrasunidades? Têm de assumir, temosde fazer esse serviço! AE – O serviço vai sendo garantido?ML – Até este momento aindaconseguimos garantir, mas dentrode dois anos, se me reformar oitocapelães, como é previsível porlimite de idade ou por contrato, játemos dois ou três nesta situação,posso não conseguir satisfazer asnecessidades.Um comandante de um quarteltelefonou ao capelão chefe doExército dizendo assim: estou semcapelão há bastante tempo, creioque cerca de dois anos. Quanto medão um capelão?E o capelão chefe do Exércitotelefonou-me a dizer: senhor bispo,passa-se isto.Primeiro que tudo, fico muitocontente que me peçam umcapelão. Ficaria muito triste é se medissessem: tenho aqui um capelão,retirem-no que eu não o quero.Agora, em segundo lugar, digo aosenhor comandante que nós vamosver o que é que podemos fazer, mascom este limite

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AE – Mas o que é que está a serfeito para que de facto seja possívelinserir novos quadros?ML – Estamos a fazer umaprogramação nova da distribuiçãodos capelães por setores onde elessão necessários. Nesta quinta-feiravou ter uma reunião com oscapelães adjuntos, isto é,representantes das cinco áreasfundamentais – Marinha, Exército,Força Aérea, GNR e PSP – everemos se nessa altura já teremos,entre aspas, cozinhado o novoplano de assistência dos capelãesdisponíveis neste

momento para as Forças Armadas.Para o futuro terei de entrar numdiálogo muito sério com o Ministérioda Defesa e da AdministraçãoInterna para ver até que ponto éque um projeto de lei sobre acontratação de determinadosquadros, é o caso dos quadrosreligiosos, dos capelães militares,pode ir para a frente.Dizem-me que está em projeto já hádois ou três ou quatro anos e queesse diploma seja publicado paradepois então poder fazer novascontratações.

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Capelão para as Forças ArmadasSou parte de uma Diocese ouOrdinariato que está numa situaçãomuito interessante: o estadodaqueles que podem não terpresente de onde veem ou aindanão anteveem claramente paraonde vão! O que é extraordinário! Éextraordinário porque se tem todo ohorizonte como destino; e, namesma circunstância, não se temamarras que sejam impeditivas denada. 1. Mas o que significa isso? Significacoisas deste tipo: - Já passou a Guerra de África e amobilização noutros tempos decentenas de sacerdotes paraacompanharem militares naquelaguerra não é razão suficiente paraque se mobilizem sacerdotesatualmente. Mas admitamos aoportunidade da continuidade.- Também já não existe o ServiçoMilitar Obrigatório e, portanto, partecampo tradicional da ação religiosanão existe mais. Exemplo: já não seministram as MCM 0101.0319 ououtras similares!- O atual Estatuto reduziu asCapelanias essencialmente

ao conteúdo Sacramental; é redutorda missão evangelizadora ecatequética da Igreja. - Hierarquia, antiguidade,diversidade de vencimentos,argumentos pessoais por causa decolocações, deslocações,vencimentos nas missões, escolhaspastorais com o único critério daantiguidade dos designados…podem não ser próprios dotestemunho eclesial e presbiteral.- Quanto ao Presbitério:consideremos que cada sacerdotetem que cuidar da sua relação comum presbitério. Naturalmente que olugar da incardinação também seráo lugar do presbitério. NoOrdinariato essa relação deprioridades não estará aindasuficientemente amadurecida.- Quando se pratica a formaçãoencontram-se fragilidades: naassiduidade, nos conteúdosministrados, na coerência moral, norespeito pelo tempo de conversãopessoal , na relação com as práticascatequéticas das diocesesterritoriais…- Por vezes trabalha-se em lugaresdesprovidos de equipamento,

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ou celebra-se em espaçosadaptados há umas décadas, masque não correspondem aonormativo da Igreja para os lugaresde culto ou de guarda doSantíssimo.- Algumas vezes celebramos aEucaristia com as pessoasignorando a oportunidade oudescurando outras práticaspastorais mais oportunas nessemomento.

- Nem sempre notamos seporventura alguns dos queparticipam nas nossas ações ofazem porque foram designadossuperiormente e não porque assimescolheram.- Por vezes as Capelanias sãotratadas com alguma falta deobjetividade, consoante a maior oumenor bonomia de Chefias,eventualmente por falta de uma“cartilha” que nos descreva

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funcionalmente.- Se um médico, um advogado, umcondutor, um atirador, umComandante… chegam a umaUnidade com perfeita noção da suamissão, do seu enquadramento, dosseus instrumentos de trabalho,porque não assim com osCapelães? 2. Então qual será o nossohorizonte? Seja um horizonte muitovasto, onde se considerem muitaspossibilidades! Quais? - Sejam muito mais os sacerdotes. Eoriundos não só das dioceses mastambém da Vida Religiosa; estandopor períodos curtos ou longos, queo seja sempre próximos da suaorigem: padres semprenaturalmente incardinados. Opresbitério com o qual em primeirolugar nos devemos relacionar éaquele onde nascemos e ondefomos ordenados.- Criem-se rotinas de nomeação dossacerdotes que lhes permitam serviro Ordinariato geograficamentepróximos das suas dioceses ouCongregações (5 a 10 anos),alternando com

períodos de missão castrense (até3 anos), seja nas missõesestrangeiras ou nas capelanias maisremotas e desprovidas de clérigosda zona.- O serviço de um capelão militarpode ser a tempo parcial. Por umlado porque cada Capelania nãojustifica presença a tempo inteiro;por outro lado porque permitirá acada sacerdote nunca perder arelação com a sua identidadeprimeira: a diocese, a missão, aeducação, a oração, a pregação…Pode admitir-se que é preferívelhaver Capelanias sem sacerdote,em vez de sacerdotes a acumularcolocações.- Os capelães não devem serinamovíveis. Mas também devem serrespeitados no que toca ao tempocanónico típico das nomeações! Ossacerdotes devem serviressencialmente onde gostem de ofazer; mas devem também dedicarparte da sua vida no serviço dasnecessidades da diocese,independentemente do gostopessoal. A uns essa disponibilidadetrará juventude; a outrosadormecerá alguns hábitos gastos;e a todos recordará a alegria deservir.

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- Os Sacerdotes sejam fardados(porque não?); mas há ocasiãoainda para discutir galões, carreira,antiguidade inter pares,vencimentos, entre outros temassimilares.- As capelanias castrenses tambémpodem ser orientadas porconsagrados clérigos econsagrados não clérigos, tal é ariqueza carismática de váriascongregações e associações;incluindo senhoras consagradas,porque não!- Confie-se a Missão também aosleigos; sejam eles destemidos!O adn da presença laical reveleempreendedorismo, reflexão,participação, responsabilidade,espiritualidade… inspirado naslinhas do Concílio!- Esta Diocese ou cada Capelaniadeve estruturar-se de forma maisobjetiva que apenas com o“Conselho de Serviço” ou osconselhos pastorais de Unidade.Colégio de Consultores, ConselhoPresbiteral, Conselho deCoordenação Pastoral, GabineteEpiscopal, Vigararia Geral,Departamento da Educação Cristã,Departamento da Pastoral Juvenil,Departamento da Pastoral da

Saúde, Departamento da PastoralSocial, Departamento da PastoralFamiliar, Departamento da Liturgia,Congregações, Movimentos eObras, Comunicações Sociais, etc.,etc. são nomes de realidades quedevem ir aparecendo nesta diocese,seja no seu todo ou seja em parte.- Precisamos de refletireclesialmente sobre o quequeremos ser, em fidelidade aoEvangelho e à Igreja. E essareflexão deve ser muito prática,muito objetiva e rica de conteúdossimples. Depois apresentemo-nosdiante do Estado e proponhamosum Estatuto duradouro; um Estatutoque respeite inequivocamente aidentidade do Ordinariato ou damissão cristã. E assim termino, sem ter esgotado otema.Possam estas linhas ser uminstrumento de trabalho que nossente à mesma mesa em unidade, eabertos ao sopro do Espírito. Pe Luís Morouço

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A Diocese das Forças Armadas e deSegurançaApontamentos/reflexões ao correr das teclasA Diocese das Forças Armadas e deSegurança (DFAS) é referida nasdistintasUnidades/Estabelecimentos/Órgãosdas Forças Armadas e nas Forçasde Segurança como “Serviço deAssistência Religiosa” (SAR). Entrenós, e também na Proteção Civil,SAR corresponde à expressão“search and rescue” (busca esalvamento). Partiria destacoincidência de expressões parapassar ao papel dezapontamentos/reflexões sobre estaIgreja castrense(comunidade/assembleia) e o seucaminho/exercício pastoral. 1. Estamos no território mas nãotemos território. Falamos de umaDiocese pessoal, que está aoserviço de pessoas. Cultivamos epresamos a ligação profunda àspopulações de todo o territórionacional e dos territóriosinternacionais onde é necessárioservir/cumprir Portugal. Mas temosconsciente que este serviço nospode levar do Norte ao Sul dePortugal, do Continente às Ilhas, daEuropa à Ásia, à África ou onde sejanecessário promover a paz,

a vida e o bem, obedecendo àsdecisões do País que, por sua vezintegra Organizações Internacionaiscomo a NATO. O Capelão servecomo pontífice (construtor depontes) entre as pessoas nacionaisque compõem a força e, quandonecessário, com aspopulações/Instituições onde arespetiva força desempenha a suamissão. Não se trata de um trabalhode “sniper” isolado, mas de umtrabalho de equipa, em que estãoenvolvidos os vários graus dahierarquia e os diferentes serviços.Somos família. 2. Servimos até ao sangue a pátriaportuguesa, mas estamos cientes deque esta não é a Pátria definitiva.Militares e Forças de Segurançaexercitam-se árdua eespartanamente para, nos teatrosmais difíceis e adversos, fazeremmanutenção e promoção da paz, daordem pública, do repeito pelosrecursos e pelos direitosfundamentais. Estamos sujeitos alidar todos os dias com situaçõeslimite. Somos da Defesa eSegurança, mas o inimigo/maldadeestá

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sempre à espreita. Trabalhamoscom instrumentos que podem serletais. O Capelão está presente,acompanha, alimenta a fé, partilhaos contextos, motiva, coopera,contribui com a sua análise,aconselha e celebra a fé. A oração,tantas vezes interior e silenciosa,acompanha homens e mulheres daDefesa e da Administração Interna.Muitos, com as famílias, se confiamà oração do Capelão e daComunidade. Muitos participam naEucaristia e nas Celebraçõescomunitárias da fé. Muitos apreciama presença/oração do Capelão nonascimento para a Pátria definitiva.Muitos peregrinam connosco acaminho de Santuários nacionais eestrangeiros. Muitos partilham como Capelão a sua cruz e o seucaminho de luz e sombra, de alegriae lágrimas. Muitos convivem com oCapelão no espírito de servir epromover. 3. Investimos muito na formaçãoinicial e na formação contínua dasforças, mas sabemos que hásempre que estar disponível paraaprender, para crescer humana,cultural e espiritualmente. O universo da Diocese das ForçasArmadas e de Segurança édos mais homogéneos entre asDioceses de Portugal. E neste

aspeto a farda é, muitoprovavelmente, o que menos conta:para se entrar para esta Dioceselogo à partida existe um processo deseleção; a disciplina, o rigor, apontualidade, o aprumo, acamaradagem são aspetosconstantemente cultivados emonitorizados; os valores humano-cristãos são transversais a todos osmanuais de formação. Deste modo oCapelão é desafiado a testemunharas razões da fé tanto emconversas/tertúlias informais, comoem palestras, em cursos deformação bíblica, em itinerárioscatequéticos de preparação para osSacramentos (sobretudo osSacramentos da Iniciação Cristã),em conferências sobre valores eética. 4. No geral a nossa missão édesempenhada em comunidade epara a comunidade, mas o indivíduonão é esquecido. A camaradagem,as competências sociais, aconfiança mútua, a boa formaçãoem cidadania são imperativos paraeste tipo de serviço ao país. Estecomponente é muito trabalhadoentre nós, desde os momentos maisinformais até aos exercícios maisexigentes: a natureza humanasubmetida a múltiplos econcomitantes fatoresde stress apura a fibra da

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resiliência, da criatividade, daperseverança, dainterajuda/interação,do autocontrolo emocional, entreoutros. Mas somos todos pessoasque amam e que gostam de seramadas, pessoas com sonhos eexpetativas, pessoas com família ecom laços. O Capelão observa,escuta, acompanha no caminhar.Propõe outro olhar, outraabordagem, outra(s) hipótese(s) desolução. Acolhe o desabafo, oressentimento, o expurgar donegativo. Trata-se de umareflexão/ponderação/orientaçãoespiritual. Não precisa de ser nacapela, pode até ser na trincheira,no intervalo de um jogo ou numamesa do bar. 5. A Organização Mundial de Saúdedefine a saúde como um estado debem-estar biopsicossocial, mas asForças Armadas e de Segurança,numa leitura premonitória deestudos recentes, sempreentenderam que a promoção dasaúde incluía a dimensão espiritual,podendo falar-se da saúde comoum estado de bem-estar biopsicosocioespiritual. Estenovo conceito absorve a máxima clássica “mens sana in corporesano” e dá-lhe uma nova amplitude,

no sentido de um espírito de corposaudável e motivado. Nesteenquadramento o Serviço deAssistência Religiosa pode dar umcontributo ímpar não apenas nosperíodos de formação, mas tambémno desempenho das funções emissões. A proximidade, o diálogo, apresença do Capelão e da equipapastoral são fundamentais. Estaproximidade permite ler os sinais,planear iniciativas, anteciparintervenções. 6. Sabemos as razões do nossoexistir, da nossa missão, do nossoservir generosamente um povo. Mastambém queremos testemunhar asrazões da nossa fé, da nossaesperança e do nosso agir solidário.Sabemos partilhar, sabemoscolaborar, sabemos servir muitopara além do serviço. Em torno dasCapelanias surgem múltiplasiniciativas de apoio a famílias, aInstituições de Solidariedade Social,a Organizações nãoGovernamentais. 7. Somos presente, mas temos aconvicção de que a construçãodo futuro precisa da conjugação dopassado com os sonhos. Somosformados a não deixar ninguém paratrás. Nem no teatro de

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operações, nem na memória. Nãohá Dia de Unidade, não há Dia deRamo, não há dia de Força em quenão estejam todos presentes: osque foram, os que são e os queserão. Fazemos memória viva edigna de todos os que doaram omelhor de si pelo seu povo e pelasua pátria. O Capelão é convidadoa trazer ao presente aqueles quenos antecederam neste serviçopátrio. 8. Dentro da mais profundaliberdade humana e religiosapropõem-se a fé, a mensagem deJesus Cristo, os valoresconsonantes, a consequente visãoantropológica e da vida. Esteselementos constituem o âmago dapessoa, permitem estruturar a forçainterior, atribuir significado àsexperiências/vivências, valorizar acoerência ética, perseverar atravésdos desafios, ser resiliente quandoconfrontado com a adversidade. 9. Treinamos e fazemos formaçãopara ser robustos e ágeis na força,retos nas intenções, ponderados noplaneamento, rigorosos naexecução, regulados nas emoçõesmas, como com todos os humanos,há imensas variáveis que nosescapam. Dizemos “as desculpasnão se pedem, evitam-se”, mastambém precisamos de aprender,

experimentar e saborear o perdão: operdão a nós próprios, o perdãodos/aos outros, o perdão de Deus.Abordamos o âmbito mais sagradode cada pessoa, a consciência. Etambém aqui o Serviço deAssistência Religiosa tem umcontributo de qualidade, deserenidade e de harmonia.10. Este serviço ao bem, aohomem e a Deus, nas ForçasArmadas e de Segurança confronta-se com as dificuldades e limites,provavelmente comuns a outrasDioceses. Nem sempre se dispõedos recursos humanos e materiaisque a nossa análise considerarianecessários; nem sempre é possívelmotivar e mobilizar; nem sempre seconsegue comunicar de forma afazer passar a mensagem; nemsempre se consegueresponder/confortar todos osprecisariam; nem sempre seconsegue recuperar/encontraraquele(s) que nos grandescombates da vida se afastam ou seperdem, ou ficam imbrincados nosarbustos traiçoeiros da história. Desempenhar funções na Diocesedas Forças Armadas e deSegurança é servir Deus e ohomem, num contexto particular,acolhendo o desafio da proximidade,da juventude e da alegria.

Pe. AB, Capelão Militar

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Igreja distingue Francisco SarsfieldCabralO jornalista Francisco SarsfieldCabral considera que a justificaçãodada para lhe atribuírem o Prémio«Árvore da Vida - Padre ManuelAntunes» deste ano está centradano ideal que percorre a sua vida:“fazer um jornalismo sério,responsável e independente”.O galardoado conheceu o padreManuel Antunes “antes do 25 deabril de 1974” e falou com ele“muitas vezes”, confessou à AgênciaECCLESIA.Natural do Porto, o jornalistaFrancisco Sarsfield Cabral vaireceber o galardão, esta sexta-feira,em Fátima, nas jornadas nacionaisda pastoral da cultura, e recordaque o jesuíta que dá o nome aoprémio “falava muito baixinho, masdizia coisas extraordinárias”.Na altura estudante da Faculdadede Direito em Lisboa, FranciscoSarsfield Cabral foi assistir aalgumas aulas do padre ManuelAntunes que lecionava naFaculdade de Letras daUniversidade Clássica.A sabedoria do docente “prendia aspessoas” com a “profundidade doseu saber e pensamento”

com “enorme prestígio” no mundocultural português, disse.Nascido em 1939, FranciscoSarsfield Cabral viveu na cidade doPorto quase toda a sua juventude erecorda-se ainda de dadosrelacionados com a II GuerraMundial (1939-45).As pessoas colocaram nos vidrosdas janelas “uns papéistransparente azuis e fita-cola”porque “Portugal cedeu a Base dasLajes (Açores) aos aliados e temia-se que houvesse uma retaliação dosalemães”, frisou.No baú das suas memórias juvenis,o galardoado recorda também queexistiam “muitos pés descalços” eera uma “época de muita pobreza”.Oriundo de uma família da “classemédia-alta” e “muito ligada àCompanhia de Jesus”, FranciscoSarsfield Cabral teve como tio/avô opadre Luiz Gonzaga Cabral, figuradestacada dos jesuítas no séculoXIX e XX.Licenciado em Direito pelaUniversidade de Lisboa em 1962, ogalardoado com o prémio «Árvoreda Vida - Padre Manuel Antunes» foiquadro do Secretariado Técnico daPresidência do Conselho

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(de 1963 a 1964) e da AssociaçãoIndustrial Portuguesa (de 1965 a1978).Jornalista em vários órgãos decomunicação social – tanto daescrita, rádio e TV – FranciscoSarsfield Cabral chegou a pensar“seguir a vida religiosa” depois deter terminado o liceu, mas o padreEvaristo de Vasconcelos

(jesuíta) aconselhou-o a fazer ocurso de Direito, uma forma dediscernir a sua vocação.Depois de terminado o curso deDireito, “nunca exerceu advocacia,nem o estágio fez” porque “nãogostava da carreira jurídica”,confessou à Agência ECCLESIA.Gostava “muito de Filosofia”, mas“não tinha grande saída

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profissional”, no entanto não searrepende de ter tirado o curso quetirou porque o “ajudou a pensar e aarrumar as ideias”.Nos últimos anos do curso começoua interessar-se “pela áreaeconómica” o que o “obrigou a leralguns livros sobre estes assuntos”.Comentador de assuntoseconómicos e de integraçãoeuropeia, tendo colaboradoregularmente na RTP, TVI,Expresso, Diário de Notícias, A Luta,Agência ECCLESIA, O Primeiro deJaneiro, Semanário, A Tarde, Jornalda Tarde, Público, revista Fortuna,revista Visão, entre outros órgãosde comunicação social portuguesa.Diretor de Informação da RádioRenascença entre maio de 2003 edezembro de 2008, FranciscoSarsfield Cabral escreveu tambémnumerosos ensaios sobre temaseconómicos, políticos e filosóficos(nomeadamente nas revistasBrotéria e Communio) e é autor dequatro livros: «Uma Perspetivasobre Portugal, Moraes, 1973»;«Política, Economia e Ética,Semanário, 1985»; «AutonomiaPrivada e Liberdade

Política, Fragmentos, 1988» e«Ética na Sociedade Plural,Tenacitas, 2001».O júri do Prémio «Árvore da Vida -Padre Manuel Antunes» deliberoupor unanimidade e considera queSarsfield Cabral, que a 6 de maiocompletou 75 anos, “nunca reflete omundo a preto e branco, e ojornalismo que pratica não se deixacapturar pelo imediatismo dasreações ou pelo ruído doschamados soundbites”.O prémio instituído peloSecretariado Nacional Pastoral daCultura em parceria com aRenascença, distinguiu nas suasedições anteriores personalidadescomo Roberto Carneiro, NunoTeotónio Pereira, EuricoCarrapatoso, Adriano Moreira, MariaHelena da Rocha Pereira, Manoelde Oliveira, o padre Luís Archer eFernando Echevarria, além daDiocese de Beja.

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Papa faz história na Terra SantaO Papa encerrou esta segunda-feira em Telavive uma visita de trêsdias à Terra Santa, com passagenspela Jordânia, Palestina e Israel, naqual repetiu gestos e discursos emfavor da paz no Médio Oriente.Francisco apelou à resoluçãopacífica do “inaceitável” conflitoisraelo-palestino e abriu as portasdo Vaticano para receber ospresidentes Mahmoud Abbas eShimon Peres, que aceitaram oconvite.Em várias intervenções, o Papacondenou o terrorismo, defendeuuma “convivência respeitosa entrejudeus, cristãos e muçulmanos” epediu que “ninguém instrumentalize,para a violência, o nome de Deus”.Francisco criticou “o recurso àviolência”, a discriminação por“motivos raciais ou religiosos”, oantissemitismo e as manifestaçõesde intolerância contra pessoas oulugares de culto.O Papa deteve-se em oraçãosilenciosa numa série de lugaressimbólicos: o muro da Cisjordânia,numa paragem imprevista, em

Belém; o Muro das Lamentações; omemorial do Holocausto; a lápide emmemória das vítimas israelitas doterrorismo, noutra paragem fora doprograma oficial.As mensagens políticas centraram-se no “direito” que têm “doisEstados de existir e gozar de paz esegurança dentro de fronteirasinternacionalmente reconhecidas”.O Papa esteve com refugiados naJordânia e na Palestina, onde disseaos jovens que “a violência não sevence com a violência”. Elogiou ocompromisso do rei jordano napromoção do diálogo inter-religiosoe no acolhimento aos refugiados,tendo deixado o seu “apelo maisveemente pela paz na Síria”, paraque as partes envolvidas deixem asarmas e procurem uma soluçãopolítica para o conflito.A viagem tinha como objetivoassinalar o 50.º aniversário do PauloVI e Atenágoras e proporcionou ummomento inédito quando o PapaFrancisco e o patriarca ortodoxo deConstantinopla (Igreja Ortodoxa),Bartolomeu, se uniram numacelebração ecuménica na

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Basílica do Santo Sepulcro, apósterem assinado uma declaraçãoconjunta.Numa viagem em que foiacompanhado por dois amigosargentinos - o rabino AbrahamSkorka, de Buenos Aires, e oprofessor muçulmano, Omar AhmedAbboud, secretário-geral do Institutode Diálogo Inter-religioso daRepública da Argentina – queabraçou diante do Muro dasLamentações, após rezar pela paz.Francisco deixou ao Médio Orienteo convite a um “encontro com os

irmãos”, independentemente das“diferenças de ideias, língua,cultura, religião”, para promover apaz e a harmonia.As dificuldades da comunidadecristã, cada vez mais minoritárias,também estiveram naspreocupações do Papa, que repetiua exigência de que estes fiéis sejam“cidadãos de pleno direito” e serespeite a liberdade religiosa, um“direito humano fundamental”.Todas as notícias da viagem em http://agencia.ecclesia.pt/terrasanta/

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«Tolerância zero»para abusos sexuais na IgrejaO Papa afirmou que a IgrejaCatólica vai manter uma política de‘tolerância zero’ em relação a casosde abusos sexuais, anunciando umencontro com vítimas de pedofilia,em junho. Francisco falava no voode regresso a Roma, após três diasde viagem à Terra Santa, numaconferência de imprensa que duroucerca de uma hora.O Papa disse que os abusoscometidos por membros do clerosão como uma “Missa negra”[satânica] e revelou que a 6-7 dejunho vai presidir a uma Missa paravítimas destes casos, na Casa deSanta Marta, no Vaticano, e reunir-se com elas. “Nisto devemos tertolerância zero”, observou.Francisco respondeu a questõessobre o celibato sacerdotal,recordando que há padres católicoscasados, nos ritos orientais, e quenão se está perante um “dogma defé”, embora valorize esta regra devida como “um dom”.O Papa disse que quer

“honestidade e transparência” naadministração financeira do Vaticanoe que a nova Secretaria para aEconomia, dirigida pelo cardeal Pell,vai “levar por diante as reformasque foram sugeridas” por váriascomissões para evitar “escândalos eproblemas”.Francisco confirmou que, além daviagem à Coreia do Sul em agosto,se vai deslocar à Ásia em janeiro de2015 para visitar o Sri Lanka e asregiões afetadas pelo tufão nasFilipinas.Em relação ao convite que dirigiuaos presidentes de Israel e daPalestina para um encontro deoração pela paz no Vaticano,Francisco quis esclarecer que nãotem a intenção de “fazer umamediação”.O Pontífice argentino afirmou aindaque o próximo Sínodo sobre afamília quer abordar “as suasriquezas e a situação atual”,lamentando que muitos, mesmo naIgreja, centrem o debate no acessoà Comunhão dos divorciados quevoltaram a casar.

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Papa pede medidascontra aumento do desempregoO Papa afirmou esta quarta-feiraque a comunidade internacional sedeve empenhar para criar “maisoportunidades de emprego” e nocombate ao tráfico de pessoas,alertando para um “momentocrucial” do ponto de vista social eeconómico. “O desemprego está aalargar dramaticamente asfronteiras da pobreza”, realçaFrancisco, numa mensagem dirigidaao diretor-geral da OrganizaçãoInternacional do Trabalho (OIT),Guy Ryder, por ocasião da aberturados trabalhos da 103ª sessão dasua conferência, que decorre até 12de junho.Segundo o Papa, o problema é“particularmente desanimador” paraos jovens que ficam fora domercado de trabalho e podem“muito facilmente ficardesmoralizados” e perder a sua“noção de valor, sentindo-sealienados da sociedade”. Franciscoaponta outro “grave problema”, odas migrações em massa e, emparticular, dos que saem do seupaís de forma forçada, empurradospor redes criminosas.

“Isto não pode continuar! O tráficode seres humanos e um flagelo, umcrime contra toda a humanidade: étempo de unir forças e trabalharjuntos para libertar as vítimas eerradicar este crime”, apela.No texto divulgado pelo Vaticano, oPapa refere a Guy Ryder que oscristãos veem no trabalho “um dome uma tarefa” e elogia os esforçosda OIT na promoção da “dignidadedos trabalhadores” em todo omundo. “É também tempo dereforçar as formas existentes decooperação e de estabelecer novasavenidas para expandir asolidariedade”, prossegue.Francisco pede uma “renovadainsistência” sobre a dignidade decada pessoa, com a implementaçãode padrões internacionais detrabalho e uma reavaliação dasresponsabilidades das empresasinternacionais nos países ondeoperam, incluindo as áreas degestão de lucro e investimento.

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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram aatualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizadosem www.agencia.ecclesia.pt

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Bispos da UE reagem a resultados das Europeias

Fátima e a Terra Santa

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Viagem do Papa Franciscoà Terra Santa online

http://popefrancisholyland2014.lpj.org/pt/

De 24 a 26 de maio o PapaFrancisco visitou, pela primeira vez,a Terra Santa numa viagem queiniciou na Jordânia e terminou emIsrael. Tendo em conta que estadeslocação ocorreu numa altura emque em Portugal e na restanteeuropa se realizaram as eleiçõespara o parlamento europeu,achamos por bem trazer, comosugestão, uma visita ao sítio criadopara a mais recente visita papal.Ao digitarmos o endereçowww.popefrancishoyland2014.lpj.org/pt encontramosum espaço virtual com umaapresentação gráfica simples, masperfeitamente enquadrada com osobjetivos a que se propõe, e comum conjunto enorme de opções.Caso pretenda ler todas asmensagens que o Sumo Pontíficeproferiu, basta que aceda ao item“discursos e homilias”.Em “Igrejas na Terra Santa”

pode consultar diversas informaçõesrelativas às treze Igrejas tradicionaisreconhecidas pelas autoridadescivis naquela região.Nomeadamente pode ficar aconhecer que entre as “diversasinstituições administradas pela IgrejaCatólica na Terra Santa, 118 sãoescolas que visam promover o bemde todos”, existindo tambéminstituições de ensino superior eassociações de serviços sociais deapoio aos mais carenciados.Na opção “Cristãos na Terra Santa”,somo convidados a conhecer, porexemplo, a situação dos Cristãosque representam “2 a 3% do total dapopulação da Terra Santa de hoje(mais de 2% em Israel e Jordânia emenos de 2% na Palestina).No item “Ecumenismo” estãoreunidas todas as questões relativasàs relações entre católicos eortodoxos, inclusive podemos ler adeclaração conjunta do PapaFrancisco e do Patriarca ecuménicoBartolomeu. Por outro lado em“Diálogo inter-religioso” estãocongregados

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diversos artigos que abordam atemática da relação entre cristãos emuçulmanos, bem como entrecristãos e judeus, espelhando assimum caminho de diálogo para umentendimento inter-religioso naTerra Santa.Já agora, conhece a origem dotermo “Terra Santa”? Estadesignação encontra sustentaçãonas Sagradas Escrituras (cf.Zacarias 2:16). Onde o profetarefere “a terra em que Deus serevelou aos patriarcas (Abraão,Isaque e Jacó), profetas e santoshomens e mulheres da história

de Israel e da Igreja primitiva. ATerra Santa é a terra ondeJesus Cristo nasceu, viveu, morreue ressuscitou dentre os mortos. É aterra onde nasceu a Igreja ecomeçou a pregação do Evangelho”.Fica lançado então o repto de visitae aprofundamento deste magníficoespaço virtual da responsabilidadeda comissão de comunicação daAssembleia dos Bispos da TerraSanta.

Fernando Cassola Marques

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Lúcia de Fátima e os seus primos«O professor João César das Nevesapresenta o precioso perfil de umagrande testemunha da fé, quemarcou o século XX português (emundial). É um belo perfil de umasanta ainda por ser elevada aosaltares.[…] Além do perfil de Lúcia,o autor apresenta muito bem algunstraços fundamentais de Jacinta eFrancisco. Jacinta, a mais pequena,doce, meiga, carinhosa, bondosa. Eseu irmão Francisco, forte, sincero,preocupado, um “homem” do seutempo em miniatura.»

Cardeal Saraiva Martins (prefácio) Este livro dará início a uma sérietestemunhos da fé, pequenasbiografias de santos ou grandespersonagens da vida cristã quesirvam de modelo para uma vivênciamais comprometida da fé hoje. Título: Lúcia de Fátima e os seusprimosAutor: João César das NevesPáginas: 168Paulus Editora

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A fé da Igreja

Em parceria com a Faculdade deTeologia da UCP, a PAULUS Editorapublica um precioso subsídio parapensar e aprofundar a Fé nas suasmais diversas vertentes. Um ensaiode teologia portuguesa que contacom a contribuição de especialistasde diferentes áreas da teologia.Está dividido em seis partes: «A fécomo força vital e forma expressivada existência humana»; «Itineráriosbíblicos da Fé»; «A Fé como dom eresposta da liberdade»; «Dimensãoeclesial da fé»; «A historicidade docaminhar na fé»; «A fé comoexperiência existencial». Título: A fé da IgrejaAutores: José Frazão Correia,João Lourenço, Domingos Terra, J.E. Borges de Pinho, João ManuelDuque, Teresa MessiasSecção: Teologia PortuguesaPaulus Editora

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D. Eurico Dias Nogueira: O«advogadodo homem» enraizado no II Concíliodo Vaticano

Neste mês de maio de 2014 faleceu a última«memória viva», dos bispos portugueses queparticipou no II Concílio do Vaticano (1962-1965).Olhando para a sua biografia, D. Jorge Ortiga dissena homilia da missa exequial de D. Eurico DiasNogueira que este bispo serviu “o seu país e a Igrejaem dois grandes momentos de mudança” dasociedade. Os primeiros tempos do pós-25 de abril edo pós-concílio apresentaram-se, “sem dúvida, comoum tempo difícil, um tempo de indefinição e um tempode procura de uma identidade própria, após a quedados paradigmas socio-religiosos antecedentes”.Na verdade, entre outras coisas, o “acolhimentoprestado aos retornados do ultramar”, na cedênciado seminário conciliar de Braga, revela que “o maiorpoder de um bispo não é a autoridade mas acaridade”, disse o atual arcebispo de Braga, D. JorgeOrtiga. Dos “inúmeros momentos” que D. Jorge Ortigaguarda na memória sobre a vida de D. Eurico DiasNogueira, evoca “a sua ousadia, inteligência eaudácia com que denunciava todos os ataques feitosà dignidade humana, de um modo especial, osataques à família”. Por isso, o atual arcebispo deBraga sublinha que a melhor forma de resumir o“apostolado de D. Eurico é defini-lo como o«Advogado do Homem»: não somente

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por ser um doutorado em DireitoCanónico, mas por ser um cristãoque conseguiu rebater o legalismoocasional, tão frequente entre nós,contrapondo-lhe um humanismointemporal”, frisou na celebração dodia 21 de maio deste ano na Sé deBraga.Em julho de 1964, D. Eurico DiasNogueira foi eleito bispo de VilaCabral (Moçambique). Na cartaapostólica de nomeação «ChristiVerba Sanstissima», o Papa PauloVI escreve que antes da sagraçãoepiscopal, o nomeado deve “fazertanto a profissão de fé”, como “oduplo juramento, na presença dequalquer bispo que esteja emcomunhão connosco por uma fésincera: juramento de fidelidadepara connosco e para com estaIgreja Romana, e contra os errosdos modernistas”. (In: «Missão emMoçambique», D. Eurico DiasNogueira, Vila Cabral, 22-12-1970).Na carta do bispo eleito ao Papa,datada de 14 de julho de 1964, D.Eurico Dias Nogueira frisa que,“muito embora perturbado pelainesperada escolha, não possodeixar de me confessar

penhorado pelo que ela significa deconfiança na minha humilde pessoa”.Numa missiva enviada de Roma (20-09-1964) para os diocesanos deVila Cabral (Moçambique) o preladodá a conhecer as dinâmicas dostrabalhos conciliares em “ordem aencontrar as soluções maisadequadas” para os problemas emestudo. Muitas destas soluções“terão profundas repercussõespráticas na vida da Igreja,nomeadamente, na IgrejaMissionária, pelos séculos fora”.Que legado deixa D. Eurico DiasNogueira nos terrenos pastoraisonde andou? D. Jorge Ortiga,sucedeu ao prelado falecido nestemês de maio, considera que “aquelaimagem da entrega do saco desementes a todos os participantesno encerramento do último sínododiocesano em 1997, é a melhormaneira de expressar esse legado”.E conclui: “Somos portadores dessasemente que ele nos deixou”. “Umasemente a plantar em cadaparóquia, pois a revitalização dadiocese passará pela revitalizaçãodas suas paróquias”, finalizou.

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Maio/junho

Dia 30* Porto - Matosinhos (Igreja matrizde Matosinhos) (18h30m)-Lançamento do livro «João de SãoJosé Queirós, OSB (1711-1764)Vida e tribulações do erudito bispodo Pará, na época pombalina» daautoria de D. Carlos Azevedo comapresentação de Joel Cleto.* Braga - Sé - Apresentação do livro«Braga de/by André Soares» pelocónego José Paulo Abreu eHenrique Barreto Nunes.* Fátima - Casa Domus Carmeli - Jornadas da pastoral da Culturasobre «Portugal: A saúde daDemocracia». * Fátima - Casa Domus Carmeli - Entrega do Prémio «Árvore da Vida- Padre Manuel Antunes» aojornalista Francisco SarsfieldCabral. * Funchal - Encontro «Cantares doEspírito Santo» promovido peloDepartamento diocesano de EMRC.* Beja - Grândola - Sétimaapresentação pública dos «Cânticosda tarde e da Manhã» nas Festasde Nossa Senhora da Penha.

* Açores - Ilha de São Miguel(Biblioteca Pública de PontaDelgada) - II Jornadas de Primaverada Pastoral Social.* Porto - Palácio da Bolsa (Centrode Conferências) (10h00m) -Sessão pública de apresentação doprojecto «Franchising socialpotenciado pelo marketing social»pela Cáritas Portuguesa. * Coimbra - Quinta das Lágrimas(21h00m) - Iniciativa «Noite deFados» para ajudar estudantes comdificuldades e promovido pelaCáritas Diocesana de Coimbra epelo Instituto Justiça e Paz.* Leiria - Seminário de Leiria(21h00m) - Apresentação do grupomissionário da Diocese de Leiria-Fátima «Ondjoyeto». * Lamego - Reunião do ConselhoPresbiteral de Lamego. * Braga - Peregrinação UniversitáriaNoturna «Pelos Caminhos de SãoBento da Porta Aberta» promovidapela Pastoral Universitária dadiocese de Braga. (30 e 31)* Fátima - Centro Paulo VI - Simpósio teológico-pastoral com otema «Envolvidos no amor de Deuspelo mundo». (30 a 01 de junho)

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* Braga (Várias Igrejas) - I Festivalde Órgão de Tubos. (30 a 07 dejunho) Dia 31* Conclusão da etapa do «Ver» dacampanha nacional sobre odesemprego promovida pela JOC.* Porto - Igreja da Trindade(21h00m) - Procissão de velaspromovida pelas paróquias doPorto.* Porto - Caminhada dos jovens daAcção Católica Rural (ACR).* Santarém - Conselho PastoralDiocesano.* Algarve - Albufeira (AuditórioMunicipal) - Festival da MúsicaEscutista do Algarve (FESCUT). * Porto - Seminário do Bom Pastor -Encontro destinado aosadolescentes com o tema«Apresentação ao Seminário».* Braga - Museu Pio XII - Encerramento (início a 01 de maio)da exposição «A Mãe de todos nós».* Braga - Mosteiro de Tibães - Apresentação do livro «Braga de/byAndré Soares» por Lurdes Rufino eAida Mata. * Lisboa - Restaurante Solar dosPresuntos (21h00m) - Noite defados para angariar fundos para aigreja de São José dosCarpinteiros.

* Guarda - Santa Marinha - Via Lucis- Ressurreição do Senhor. * Lisboa - Convento dos Cardaes - Concerto «Les Vocalistes Romands». * Aveiro - Encontro diocesano deeducadores.* Fátima - Reunião da Associaçãodos Médicos Católicos Portugueses.* Beja - Igreja de Nossa Senhorados Prazeres - Conferência sobre«A violeta: Perenidade de umInstrumento Injustiçado» porAlexandre Delgado e integrado noFestival «Terras Sem Sombra».* Lisboa - Odivelas - EncontroDiocesano de Adolescentes. * Lisboa - Anfiteatro da antigaEscola de Enfermagem de SãoVicente de Paulo - Encerramento(início a 18 de janeiro) do curso«Envelhecer é viver» promovidopela Cáritas Portuguesa. * Vila Viçosa - Museu de Arte Sacra - Encerramento (início a 01 dedezembro) da exposição de artesacra dedicada a Nossa Senhora«Maria, Mãe e Modelo». * Peregrinação Nacional da FamíliaRedentorista. (31 e 01 de junho)* Campanha de recolha dealimentos promovida pelo BancoAlimentar contra a Fome. (31 e 01de junho)

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- Na sexta-feira, dia 30, na cidade dos estudantes vai

cantar-se o fado na Quinta das Lágrimas, a partir das21h. Esta iniciativa, organizada pela Cáritas Diocesanade Coimbra e pelo Instituto Justiça e Paz, quer ajudarestudantes com dificuldades. - No dia seguinte, em Lisboa, o Convento dosCardais recebe a Missa a Seis Vozes, de ValentinVillard e a Missa para Coro Duplo à Capela, deFrank Martin. Pelas 18h, Les Vocalistes Romands,grupo vocal, executam as obras, numa iniciativaque vai ajudar as 35 mulheres deficientes ecegas que ali residem. - No domingo, dia 1 de junho, celebra-se o Dia Mundialdas Comunicações Socais. O Papa Franciscodesafiou, na mensagem que dirige aos profissionaisdos media, a promover a “cultura do encontro” entreseres humanos. O Dia Mundial das ComunicaçõesSociais é celebrado no domingo que antecede oPentecostes. - Também no domingo, o patriarcado de Lisboareúne-se no Mosteiro dos Jerónimos para aordenação episcopal de D. José Traquina, bispoauxiliar de Lisboa. - Em 2014 celebra-se o bicentenário da restauraçãoda Companhia de Jesus. A revista Brotéria e aFundação Oriente associaram-se na organização deum simpósio, esta segunda-feira, dia 2, no Museu doOriente. - «Portugal, que futuro» é a conferência que naquarta-feira, dia 4, conta com o professor AdrianoMoreira. A iniciativa, da responsabilidade doInstituto Superior de Ciências Religiosas deAveiro (ISCRA), realiza-se no salão do CentroUniversitário Fé e Cultura (CUFC), pelas 21h.

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Programação religiosa nos media

Antena 1, 8h00RTP1, 10h00Transmissão damissa dominical

11h00 -Transmissão missa 12h15 - Oitavo Dia

Domingo: 10h00 - ODia do Senhor; 11h00- Eucaristia; 23h30 -Ventos e Marés;segunda a sexta-feira:6h57 - Sementes dereflexão; 7h55 -Oração daManhã; 12h00 -Angelus; 18h30 -Terço; 23h57-Meditando; sábado:23h30 - TerraPrometida.

RTP2, 11h22Domingo, dia 01 - Media:Lugares de encontro. DiaMundial das ComunicaçõesSociais. RTP2, 15h30Segunda-feira, dia 02 -Entrevista sobre o MovimentoEclesial Mambré e aAssociação Novahumanitas;Terça-feira, dia 03 -Informação e entrevista aoJosé Eduardo Franco sobre arestauração da Companhiade Jesus em Portugal;Quarta-feira, dia 04 - Informação e entrevista Vitor deSousa, do Funchal, sobre os 500 anos da diocese.Quinta-feira, dia 05 - Informação e entrevista ao DimasPedrinho;Sexta-feira, dia 06 - Análise das leituras bíblicas dedomingo pelo padre Armindo Vaz e frei José Nunes. Antena 1Domingo, dia 1 de junho, 06h00 - Dia Mundial daCriança: Primeira comunhão. Análise com Cristina SáCarvalho. Comentário à atualidade com José MiguelSardica. Segunda a sexta-feira, 2 a 6 de junho, 22h45 - Ofutebol e a fé - testemunhos do professor CarlosNunes (salesianos do Porto), padre Marco Gil (diocesede Braga), treinador Diogo Vieira (salesianos doEstoril), campanhas da Conferência Nacional dosBispos do Brasil e padre António Marcelino (salesianosdo Estoril).

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Podemos adorar Maria?

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Ano A - Solenidade da Ascensão doSenhor Olhar para océu, partir emmissão

A Solenidade da Ascensão de Jesus, que hojecelebramos, sugere que, no final do caminhopercorrido no amor e na doação, está a vida definitiva,a comunhão com Deus. Os discípulos e seguidores deJesus são chamados a concretizar o seu testemunhohoje.Na primeira leitura, repete-se a mensagem essencialdesta festa: Jesus, depois de ter apresentado aomundo o projeto do Pai, entrou na vida definitiva dacomunhão com Ele. Os discípulos não podem ficar aolhar para o céu numa passividade alienante; mas têmde ir para o meio das pessoas, continuar o projeto deJesus. Uma Igreja em saída, no dizer do PapaFrancisco.Aí está a segunda leitura a convidar os discípulos aterem consciência dessa esperança de vida plena emcomunhão com Deus. Devem caminhar ao encontrodessa esperança de mãos dadas com os irmãos,membros do mesmo corpo, e em comunhão comCristo, a cabeça desse corpo.O Evangelho apresenta o encontro final de Jesusressuscitado com os seus discípulos, num monte daGalileia. A comunidade dos discípulos, reunida à voltade Jesus ressuscitado, reconhece-O como o seuSenhor, adora-O, recebe d’Ele a missão de continuarno mundo o testemunho do Reino. Ide, ensinai, batizai,testemunhai.E que fazemos nós hoje?É um tremendo desafio testemunhar no nosso mundoos valores do Reino, esses valores que, muitas vezes,estão em contradição com

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aquilo que o mundo defende e queo mundo considera serem asprioridades da vida.Com frequência, os discípulos deJesus são objeto de desprezo eindiferença, porque insistem emtestemunhar que a felicidade estáno perdão e no amor, no serviço eno dom da vida.O confronto com o mundo geramuitas vezes, nos discípulos,desilusão, sofrimento, frustração.Nos momentos de deceção e dedesilusão convém, no entanto,recordar as palavras de Jesus: “Euestarei convosco até ao fim dostempos”. Esta certeza devealimentar a coragem com quetestemunhamos aquilo em queacreditamos.Olhar o céu implica estarmos

atentos aos problemas e àsangústias dos homens, sentirmo-nosquestionados pelas inquietações emisérias, pelos sofrimentos esonhos, pelas esperanças e alegriasque enchem o coração dos que nosrodeiam, sentirmo-nos solidárioscom todos, particularmente comaquelas que sofrem. É isso que aAscensão nos pede hoje e nestasemana: olhar para o céu e partirem missão, levando o Senhor nocoração. E neste Dia Mundial dasComunicações Sociais, procuremosestar sempre ao serviço de umaautêntica cultura do encontro, comDeus e com os próximos da vida.

Manuel Barbosa, scjwww.dehonianos.org

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Belém: o sonho de Victor Tabash

A paz na ponta dos dedosEm Belém, na terra onde nasceuJesus, a taxa de desemprego éenorme e os cristãos vivemapenas das peças de artesanatoque produzem. Victor Tabashacredita que os terços que fazem casa são um instrumentopara a paz no mundo. O Papa Francisco esteve na TerraSanta e foi a Belém, a cidade ondevive Victor Tabash. Belém, ondeJesus nasceu, faz hoje parte daCisjordânia, território da Palestina.Por uma questão de segurança,Israel construiu um muro gigantescode cimento, com oito metros dealtura, que isola a Cisjordânia.Por causa desse muro, não se podecircular livremente. As autoridadesisraelitas são muito rigorosas. Asautorizações de passagem sãoválidas apenas entre as 6 horas damanhã e as 7 da tarde. Isto é paratodos. Os cristãos não sãoexcepção. Victor Tabash acreditaque a viagem do Santo Padre àTerra Santa poderá contribuir paraaliviar a tensão que se vive naregião. “Vivemos

a 5 minutos de Jerusalém mas nãopodemos entrar! Não é uma vidafácil. Somos tratados comoterroristas!”Há cada vez menos cristãos naTerra Santa. São menos de 2 % dapopulação geral. A maioria, comoVictor, são pequenos artesãos. Coma madeira das oliveiras, fazempresépios, terços, recordações.Muitas vezes, esse é o seu únicosustento. Vivem disso. “Tenho agora24 famílias que trabalham connosco.Trabalham em casa, fazendo osrosários, polindo-os e pondo-lhes ofio. A maioria deles é muito pobre.Neste momento, dependemos dospedidos que nos chegam através daFundação AIS”. Rumores de guerraRecentemente, o Patriarca Latino deJerusalém, D. Fouad Twal, esteveem Portugal e falou de um mundoparticularmente “explosivo” no MédioOriente, do fanatismo religioso de“grupos islamitas e de judeus

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extremistas”, dos ‘checkpoints’ dos“militares israelitas que impedem alivre circulação dos habitantes”, das“centenas de milhar de refugiados”,e falou ainda dos rumores deguerra. Os tempos estão difíceis,sim, mas é preciso nunca desistir.Os cristãos da Terra Santa podemser a chave para o apaziguamentodas tensões na região. Fazerpontes é o contrário de construirmuros. Victor Tabash tem umsonho.

Ele acredita que as coisas vãomelhorar. Principalmente agora,depois da visita do Papa Franciscoe do convite – já aceite – aospresidentes da AutoridadePalestiniana e de Israel para umaoração pela paz no Vaticano. Oscristãos da Terra Santa são umaminoria, é verdade, mas podem seros construtores das pontes queevitam as guerras.

Paulo Aido www.fundacao-ais.pt

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APOSTOLADO DA ORAÇÃO

Emprego para todos?Para que os desempregadosconsigam o apoio e o trabalhode que necessitam para vivercom dignidade. [IntençãoUniversal do Santo Padre para omês de Junho] 1. O emprego ou desempregotornaram-se, a partir daindustrialização dos séc. XVIII-XIX,um problema crucial para milhõesde pessoas: vivendo em cidades,sem nenhuma ligação à terra e àpossibilidade de retirar dela algumsustento, totalmente dependentesdo dinheiro ganho no respectivoemprego, milhões de trabalhadorespassaram a viver continuamente àmercê das crises económicas, dasconvulsões sociais, das mudançastecnológicas, do desejo do patrãoem manter ou não a fábrica atrabalhar... O trabalho, também omanual, acabou mais valorizado,mas sempre precário, e odesemprego veio a constituir umdos temas omnipresentes na vidasocial e política. 2. O sonho do pleno emprego –sociedades em que todas aspessoas em idade de trabalharencontram trabalho adequado

às suas capacidades e remuneradode modo digno – parece cada vezmais isso mesmo: um sonho. Associedades económica etecnologicamente mais avançadassimplesmente não necessitam detoda a mão de obra disponível – e épossível prever, no futuro próximo,um agravamento deste fenómeno,tendo em conta a sempre maiorcapacidade de automatização dosprocessos de produção. Emsociedades economicamentedinâmicas, outros empregos serãocertamente criados, para respondera novas necessidades. Mesmoassim, o desemprego mais oumenos prolongado de grandenúmero de pessoas em idade detrabalhar não vai desaparecer –apesar de os políticos em tempo deeleições quase sempre prometeremmilagres nesta área. 3. Isto significa que as pessoasprecisam de estar disponíveis paramudar de trabalho ao longo da vida– provavelmente, mais do que umavez. E precisam de ir ao encontro dotrabalho, mais do que esperar queele venha ter com elas. Podemtambém apostar

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na criatividade, criando o própriotrabalho para responder a nichos demercado que vão surgindo com asmudanças sociais – na maior partedos casos, não ficarão ricas, massentirão o prazer de assegurar opróprio sustento e contribuir para asociedade, fazendo algo de quegostam. Dificilmente o desempregoserá vencido por meio dovoluntarismo político. Os Estadosque pretendam assumir-se comoprincipais dinamizadores daeconomia e que, ao mesmo tempo,criem todo o tipo de dificuldades àlivre iniciativa das pessoas – ou queas sobrecarreguem com taxas eimpostos de todo o tipo, absorvendogrande parte da riqueza criada porelas – terão economias cada vezmais débeis, burocracias sempremais pesadas e gastadoras eacabarão por falhar naquilo quepretendiam garantir: emprego eapoios sociais para todos.

4. Se as sociedades foremdinâmicas e livres, dando lugar àcriatividade das pessoas e à suacapacidade de serem solidárias, odesemprego poderá sempre sermitigado – e haverá alturas em queserá mesmo substancialmentereduzido. Para os cristãos, estadimensão solidária exprime-se nocompromisso social que os leva aum empenho continuado em favorda liberdade e a uma presença nomundo do trabalho – comoempregadores ou empregados –que tem como referência adignidade das pessoas. Exprime-setambém na oração, que os tornamais sensíveis às necessidades dosirmãos e mais atentos ao que Deuslhes pede como contributo para umasociedade onde todos encontremum lugar, se possam realizar comopessoas e vejam reconhecida a suadignidade.

Elias Couto

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O melhor do mundo!

Tony Neves

Fernando Pessoa continua a zoar-nos aosouvidos quando nos grita que ‘o melhor domundo são as crianças’. Elas misturam ternuracom fragilidade, promessa de futuro comnecessidade de defesa no presente. Talvez porestas razões, as crianças oscilem entre meninose meninas felizes e meninos e meninasabusados!É tão bom visitar uma família jovem e sentir obulício de uma casa onde as crianças se sentemdonas e felizes, brincando, cantando, abraçandoe até fazendo algumas birras para chamar aatenção de quem por lá passa. É tão bomescutar os pais a contar as traquinices dos filhos,o que fizeram no infantário ou na escola, asperguntas que fizeram na catequese ou naMissa. São sinais positivos de crescimentosaudável, a provar que o futuro se está aconstruir sobre bases de dignidade, respeitopelos direitos de todos, sobretudo dospequeninos e frágeis.Mas (e é pena que continuem a haver‘mas’…),são de todos por demais conhecidos osataques que a infância ainda sofre por essemundo além. E não falo só da barbaridade dapedofilia. Falo da fome que vitima milhões decrianças, da escola que não chega para meiomundo, da habitação sem condições onde vivemtantas pessoas, dos muitos que não têm acessoaos mais elementares cuidados de saúde,

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são tantos os casos que até deviamarrepiar a consciência dahumanidade.O mundo tem futuro, mas dependeda forma como tratarmos ascrianças hoje. Parece evidente, masesta preocupação nem sempre estápresente na cabeça e no coraçãode quantos dirigem os destinos dospovos. Há que criar reais condiçõespara que as crianças sejam issomesmo, crianças… com direito

a tudo o que lhes permite crescercom harmonia e felicidade. Semestes pressupostos não há futuroque se desenhe promissor.Celebrar, a 1 de junho, o DiaMundial da Criança é uma enormeresponsabilidade para todos. Eparece-me que basta tomar a sérioFernando Pessoa e fazer tudo o queestá ao nosso alcance para cumprira sua máxima: ‘o melhor do mundosão as crianças’. São mesmo!

“Pode ouvir o programa Luso Fonias na rádio SIM, sábados às 14h00, ouem www.fecongd.org. O programa Luso Fonias é produzido pela FEC –Fundação Fé e Cooperação, ONGD da Conferência Episcopal Portuguesa.”

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«Caríssimos militares emembros das Forças daPolícia (…) sois chamados adefender os frágeis, a tutelaros honestos e a favorecer aconvivência pacífica dospovos. A cada um de vóscabe o papel de sentinela,que observa ao longe paraesconjurar o perigo epromover a justiça e a pazem toda a parte».(João Paulo II: homilia no Jubileudos militares e polícia, 19 deNovembro de 2000)

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