dia internet segura

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Escola Secundária de S.Pedro Da Cova Daniela Martins Nº:10 e Ana Ferreira Nº:1 Prof. Carlos Azevedo Olá! O meu nome é Real Virtual. A minha família e os meus amigos conhecem-me por Real, já para a malta dos chats e dos jogos, na Internet, sou simplesmente a Virtual. Como Real, sou pequena, morena, tímida, mas como Virtual faço de conta que sou alta, magra, cabelo castanho claro, olhos verdes e tenho 16 anos. Estava numa sala de conversação, quando um rapaz, que se chamava Eduardo, me manda uma mensagem privada. Falámos. Ele contou-me como era, por acaso era da minha idade. Por fim quando eu ia sair do chat, ele pediu-me o meu endereço de e-mail. Conversávamos sempre que podíamos, ele parecia bastante confiável, até que um dia, ele pediu-me que lhe enviasse uma fotografia minha, mas o problema é que eu lhe tinha mentido acerca de mim, o que ia eu fazer? Procurei na Internet. Tinha que lhe mandar uma foto de uma rapariga bonita e que correspondesse as características que lhe disse. Encontrei e mandei-lhe. Ele gostou. Parecíamos viciados em conversar, quando dei por mim, parecia que estava a começar a gostar dele, e ele de mim. Perguntei-lhe onde morava… e ele disse que morava no Porto. Eu fiquei bastante surpresa e feliz por ele morar na mesma cidade que eu. As primeiras coisas que me passaram na cabeça foram que podíamos marcar um encontro, e que até já o podia conhecer. Ele disse que queria se encontrar comigo…mas pensando melhor não era uma boa ideia, já que eu não o conheço, e menti acerca de mim. Passavam-se dias, e ele continuava a pressionar. Apesar de ele continuar a pressionar, eu continuava a gostar dele. Depois de muita pressão decidi-me encontrar com ele. Ele marcou num beco perto da casa dele. Quando cheguei lá, não vi ninguém, achei esquisito. Senti um estranho ruído de uma porta de um carro a bater, até que alguém me agarrou com força no braço e empurraram-me para dentro de uma carrinha, onde me colocaram uma venda. Quando acordei dei por mim num armazém velho e abandonado. Passaram-se dias, já estava com fome e fraca. Apercebi-me que pediram um resgate de 35 mil euros, sabia que os meus pais não tinham posses para pagar o resgate, mas só podia acreditar que iam conseguir salvar- me. Dois dias depois, ouvi um carro da polícia que vinham ao armazém fazer uma busca, porque as pessoas da vizinhança disseram ter ouvido alguém a gritar. Quando os polícias entraram no armazém, gritei o máximo que pude para que eles me ouvissem, e felizmente encontraram-me. Este “encontro” acabou bem para mim mas para o suposto „‟Eduardo‟‟ não podemos dizer o mesmo. Fui com a polícia, para tentar identificar o raptor. Os agentes disseram-me que já não era a primeira vez que ele utilizava esta técnica. A Internet não é um meio confiável para conhecermos pessoas, nunca podemos saber quem está por trás do outro computador, por mais conversas que tenhamos ou por fotos que nos enviem. Tenham cuidado! Tudo por uma Internet Segura!

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Page 1: Dia Internet Segura

Escola Secundária de S.Pedro Da Cova Daniela Martins Nº:10 e Ana Ferreira Nº:1

Prof. Carlos Azevedo

Olá! O meu nome é Real Virtual. A minha família e os meus amigos conhecem-me por Real, já para a malta dos chats e dos jogos, na Internet, sou simplesmente a Virtual. Como Real, sou pequena, morena, tímida, mas como Virtual faço de conta que sou alta, magra, cabelo castanho claro, olhos verdes e tenho 16 anos.

Estava numa sala de conversação, quando um rapaz, que se chamava Eduardo, me manda uma mensagem privada.

Falámos. Ele contou-me como era, por acaso era da minha idade.

Por fim quando eu ia sair do chat, ele pediu-me o meu endereço de e-mail.

Conversávamos sempre que podíamos, ele parecia bastante confiável, até que um dia, ele pediu-me que lhe enviasse uma fotografia minha, mas o problema é que eu lhe tinha mentido acerca de mim, o que ia eu fazer?

Procurei na Internet. Tinha que lhe mandar uma foto de uma rapariga bonita e que correspondesse as características que lhe disse.

Encontrei e mandei-lhe. Ele gostou.

Parecíamos viciados em conversar, quando dei por mim, parecia que estava a começar a gostar dele, e ele de mim.

Perguntei-lhe onde morava… e ele disse que morava no Porto. Eu fiquei bastante surpresa e feliz por ele morar na mesma cidade que eu. As primeiras coisas que me passaram na cabeça foram que podíamos marcar um encontro, e que até já o podia conhecer.

Ele disse que queria se encontrar comigo…mas pensando melhor não era uma boa ideia, já que eu não o conheço, e menti acerca de mim.

Passavam-se dias, e ele continuava a pressionar.

Apesar de ele continuar a pressionar, eu continuava a gostar dele.

Depois de muita pressão decidi-me encontrar com ele.

Ele marcou num beco perto da casa dele.

Quando cheguei lá, não vi ninguém, achei esquisito.

Senti um estranho ruído de uma porta de um carro a bater, até que alguém me agarrou com força no braço e empurraram-me para dentro de uma carrinha, onde me colocaram uma venda.

Quando acordei dei por mim num armazém velho e abandonado. Passaram-se dias, já estava com fome e fraca.

Apercebi-me que pediram um resgate de 35 mil euros, sabia que os meus pais não tinham posses para pagar o resgate, mas só podia acreditar que iam conseguir salvar-me.

Dois dias depois, ouvi um carro da polícia que vinham ao armazém fazer uma busca, porque as pessoas da vizinhança disseram ter ouvido alguém a gritar. Quando os polícias entraram no armazém, gritei o máximo que pude para que eles me ouvissem, e felizmente encontraram-me.

Este “encontro” acabou bem para mim mas para o suposto „‟Eduardo‟‟ não podemos dizer o mesmo. Fui com a polícia, para tentar identificar o raptor. Os agentes disseram-me que já não era a primeira vez que ele utilizava esta técnica.

A Internet não é um meio confiável para conhecermos pessoas, nunca podemos saber quem está por trás do outro computador, por mais conversas que tenhamos ou por fotos que nos enviem.

Tenham cuidado! Tudo por uma Internet Segura!