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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Junho 2016

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DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Junho 2016

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SUMÁRIO

Relatório da Administração ...................................................................................... 3

Balanço patrimonial ................................................................................................ 11

Demonstração de resultado ................................................................................... 13

Demonstração das mutações do patrimônio líquido ........................................... 14

Demonstração dos fluxos de caixa ........................................................................ 15

Demonstração do valor adicionado ....................................................................... 16

Notas explicativas às demonstrações financeiras...............................................17

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras

Parecer do Conselho Fiscal

Parecer do Conselho de Administração

Declaração dos Diretores sobre o Parecer dos Auditores Independentes

Declaração dos Diretores sobre as Demonstrações financeiras

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Senhores Acionistas e Clientes,

Apresentamos o Relatório da Administração e as Demonstrações Contábeis do Banco do Estado do Pará S.A., relativo ao semestre findo em 30 de junho de 2016, elaborados em conformidade com os padrões estabelecidos pela Lei das Sociedades por Ações, pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários. Este documento traz as principais iniciativas e os resultados alcançados ao longo deste semestre.

1. AMBIENTE ECONÔMICO

A complexidade do cenário econômico internacional se intensificou no 1° semestre de 2016. A decisão de saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit, causou choque na confiança do mercado mundial e, consequentemente, impactou nas decisões de investimento e de consumo em escalas globais. Este foi um fato apontado pelo FMI como uma das principais causas de revisão das projeções de crescimento global para baixo. O relatório Panorama Econômico Global (WEO), divulgado em julho, prevê que o crescimento global em 2016 fique em torno 3,1%, inferior aos 3,2% publicados no levantamento de abril. Já para 2017, a perspectiva de aumento é de 3,4%. Com isso, também foram reduzidas pelo FMI as projeções do ritmo de crescimento do PIB da Zona do Euro em um décimo, caindo para 1,6% ao final de 2016. Para os países emergentes (dentre estes o Brasil) as projeções de crescimento do FMI são de 4,1% em 2016 e 4,6% no ano seguinte. Este quadro de turbulências acaba por reduzir o ritmo de expansão do comércio mundial, um dos principais fatores que afeta o crescimento econômico de muitos países.

Enquanto isso, os EUA, que crescem em ritmo modesto, decidiram manter o patamar das taxas de juros do país baixo (entre 0,25% e 0,50%), como forma de se manter cauteloso frente a um cenário de incertezas causadas pela proximidade do período de eleição para presidência e possíveis efeitos do Brexit. De acordo com o Banco Central Americano (FED), no segundo trimestre, a economia continuou expandindo, impactada principalmente pelas vendas no varejo e de moradias, apesar dos investimentos empresariais continuarem fracos e o crescimento do emprego ter diminuído. Para o FMI, a expectativa é que ao final de 2016 a economia dos EUA cresça em torno de 2,2%, e em 2017, 2,5%. A China, por sua vez, apresentou recuperação, crescendo 6,7% no segundo trimestre de 2016, mais que o previsto anteriormente, o que pode vir a melhorar a expectativa de estabilização econômica. Nesse período, o consumo foi uma das molas propulsoras da atividade econômica chinesa. Por esse motivo, manteve-se a projeção de crescimento em 6,6% ao final de 2016 e 6,2% em 2017.

Em relação à economia doméstica, as perspectivas quanto à conjuntura mostram sinais de melhora. Apesar de o FMI ainda apontar recessão em 2016, a expectativa é que economia brasileira tenha queda 3,3% em 2016, ante uma queda de 3,8% estimada em abril, e alta de 0,5% em 2017. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BCB), o Brasil apresentou contração no Índice de Atividade Econômica (IBC-Br - dessazonalizado), que no acumulado de 12 meses até maio registrou queda de 5,32%, ritmo de redução menor do que o registrado no período anterior, 5,78%.

Com relação à inflação para o final de 2016, a expectativa é que ainda não seja alcançada a meta de 4,5%, inclusive ficando acima do teto de 6,5% pelo segundo ano consecutivo (estipulado pelo Conselho Monetário Nacional - CMN), chegando em 2016 a 7,27% e a 5,43% em 2017. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 4,42% no primeiro semestre e de 8,84% nos últimos doze meses até junho/2016, corroborando com as perspectivas de que o índice encerre o ano acima do teto da meta.

No cenário paraense, no primeiro semestre de 2016, manteve-se o processo de desaceleração, porém ainda em níveis melhores do que os apresentados pelo cenário nacional. O Índice de Atividade Econômica do Pará mensurado pelo Banco Central apresentou queda de 0,57% em maio comparado a abril, e no acumulado de 12 meses a variação foi negativa em 2,66%. Esses percentuais podem ser traduzidos, dentre outros fatores, pelas receitas do comércio varejista, que apresentaram queda de 5,03% em relação a abril, e também as receitas com serviços, que registraram no mesmo período recuo de 0,08%, movimento que reflete um ambiente de confiança reduzida dos agentes econômicos.

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Já a produção industrial, que apesar de também ter apresentado no mês desempenho negativo (1,85%), teve a redução atenuada pelo bom comportamento da indústria extrativa mineral, especialmente com o aumento das quantidades exportadas de minério de ferro, que fizeram com que o índice registrasse nos primeiros cinco meses do ano aumento de 5,95%, enquanto em nível nacional apresentou queda de 0,89%.

Quanto à inflação, o IPCA da região Metropolitana de Belém calculado pelo IBGE para o mês de junho apontou a segunda maior variação dentre as demais regiões metropolitanas observadas. No acumulado de 12 meses, atingiu 9,16%. Os gastos com saúde e cuidados pessoais estão entre os principais motivos do aumento do índice, sendo a variação mais expressiva no mês de junho (1,11%), também merecendo destaque as despesas com vestuário (0,89%). Já o INPC da Grande Belém, atingiu no acumulado de 12 meses 9,51%, ficando inclusive acima da média nacional. Os itens que mais impactaram a variação do índice foram as do grupo de Saúde e Cuidados (variação de 1,08%).

2. Rating

Após a última revisão da Standard & Poor’s em 14 de março de 2016, a Avaliação do Risco da Indústria Bancária (Banking Industry Country Risk Assessment ou BICRA) do Brasil, passou do "grupo 5" para o "grupo 6", e também a âncora dos bancos que operam somente no Brasil, passou de 'bbb-' para 'bb+', ação esta que refletiu na revisão de ratings de várias instituições financeiras no País, dentre elas o Banpará, a S&P alterou o rating do Banpará em escala nacional de brA+/brA-1 para brA/brA-2, e também em escala global, passando de BB/B para BB-/B, ambas com perspectiva “negativa”. Por sua vez, a Agência Moody’s após revisão em 17 de maio de 2016, alterou o rating de curto prazo de depósito na escala nacional que foi reposicionado, passando de BR-2 para BR-1, esta alteração ocorreu devido a atualização e mudança no mapa de equivalência dos ratings da escala global (GSR) para a escala nacional (NSR).

Standard & Poor’s

Perfil de Crédito

Individual

Escala Global Escala Nacional

Moeda Local Moeda Estrangeira Nacional Longo Prazo

Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo

Curto Prazo

BB BB- B BB- B brA brA-2

Moody’s Investors Service

Avaliação de Risco da Contraparte

Escala Global Escala Nacional

Moeda Local Moeda Estrangeira Nacional Longo Prazo

Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo

Curto Prazo

Ba2(cr) Ba3 NP Ba3 NP A2.br BR-1

3. Destaques Banpará

No 1º semestre de 2016, o Banpará passou a estar presente em 90 municípios paraenses e ao alcance de cerca de 83% da população do Estado. Neste período, foram inauguradas 04 (quatro) novas agências nos municípios de Curralinho, Medicilândia, Ourilândia do Norte e Tucumã. Além das inaugurações, o Banco também investiu na melhoria das instalações atuais, transformando em agência os postos de atendimento nas cidades de Abel Figueiredo, Água Azul do Norte, Anapu, Brejo Grande do Araguaia, Curuá, Primavera, Santo Antonio do Tauá, Sapucaia e Vitória do Xingu.

Essa estratégia de expansão da rede que o Banpará vem executando ao longo dos últimos anos tem como focos a melhoria no atendimento da população do Estado e atingir localidades muitas vezes não atendidas por instituições financeiras, permitindo a dinamização da economia local e estimulando a bancarização da população paraense. Para sustentar a ampliação e melhoria da rede, o Banco tem

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investido também em seu corpo funcional. Foram contratados nessa primeira metade do ano 64 novos funcionários, que irão receber a capacitação adequada para o início de suas atividades no Banpará.

Além da expansão física, o Banco também proporcionou aos seus clientes ampliação no tempo de utilização dos caixas eletrônicos, Internet e Mobile Banking. O horário para pagamento de contas foi estendido para as 20h, trazendo mais comodidade aos clientes do Banco.

Merece destaque ainda a evolução das operações de crédito do Banpará. No acumulado de 12 meses até abril de 2016, o Banco apresentou crescimento de 13,7%, contramão da variação registrada no Estado do Pará, redução de 0,2% no mesmo período de comparação. A participação no mercado de crédito do Estado aumentou de 13,1% para 14,9% em 12 meses, ficando o Banpará atrás apenas dos dois grandes bancos públicos federais. Com relação aos depósitos a prazo, o Banpará possui a maior participação do mercado paraense (30,9% em abril de 2016) quando comparado aos principais bancos com atuação no Pará, incluindo públicos e privados (Fonte: ESTBAN – Estatística Bancária do Banco Central).

4. Expectativas

Em se cumprindo as projeções orçamentárias, o Banpará encerrará o ano de 2016 com crescimento de 12,3% em sua carteira de crédito, patamar bastante superior às estimativas de mercado divulgadas pelo Banco Central, que preveem evolução do crédito no Brasil em torno de 1%. Esta estimativa deve então confirmar o que historicamente se registra, o crescimento das operações do Banpará em níveis que superam o mercado nacional e também o mercado paraense.

5. Desempenho Econômico-Financeiro

O desempenho econômico-financeiro do Banpará decorre de ações vinculadas ao planejamento estratégico 2015-2019, que visam à geração de resultados sustentáveis, com vistas à melhor relação entre risco e retorno. O desempenho positivo tem fornecido retornos significativos a seus acionistas. Sua tendência pode ser constatada por meio de vários números e indicadores, apresentados na Divulgação dos Resultados trimestralmente. 5.1. Principais Indicadores

O lucro líquido do Banpará totalizou R$74.049 mil no primeiro semestre de 2016, 60,5% acima do registrado no mesmo período de 2015. O lucro por ação foi de R$7,78. O Patrimônio Líquido alcançou R$753.191 mil, uma expansão de 23,9% em relação ao mesmo período do ano de 2015, com retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio de 32,2%.

As receitas com intermediação financeira totalizaram R$704.617 mil, registrando um crescimento de 8,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este desempenho é justificado pelo crescimento das rendas de operações de crédito que, incluindo as recuperações, representam 88% das receitas de intermediação financeira.

No primeiro semestre de 2016, as despesas de intermediação financeira atingiram R$257.365 mil uma diminuição de 8,3% em comparação ao mesmo período do ano de 2015. A diminuição observada deu-se em virtude da redução nas despesas de provisão para perdas em operações de crédito, que no primeiro semestre de 2016 totalizaram R$39.773 mil, apresentando um decréscimo de 51,1% em relação ao mesmo período de 2015.

O resultado da intermediação financeira atingiu o montante de R$447.252 mil no primeiro semestre de 2016, um aumento de 21,8% em relação ao mesmo período de 2015.

As receitas de serviços, incluindo as rendas de tarifas bancárias, totalizaram R$38.389 mil no fechamento do primeiro semestre de 2016, um crescimento de 14,9% se comparado com o valor alcançado no primeiro semestre de 2015.

As despesas gerais de 2016 (pessoal, administrativas e tributárias) somaram R$295.412 mil até junho, um acréscimo de 18,8% em comparação ao mesmo período de 2015. As despesas de pessoal atingiram R$137.312 mil, um aumento de 19,8% em relação ao primeiro semestre de 2015.

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As despesas administrativas apresentaram saldo de R$131.585 mil neste primeiro semestre de 2016, equivalente a uma evolução de 18,8% em relação ao apresentado no mesmo período de 2015, consequência do aumento dos custos de aluguéis de imóveis, segurança e vigilância armada, refletindo a expansão do banco neste semestre.

O índice de eficiência operacional para o primeiro semestre de 2016 foi de 55,4%, uma queda de 0,6 pp. em relação ao mesmo período do ano anterior, reflexo do aumento das despesas gerais decorrente da estratégia de crescimento do banco. Este índice acumulado dos últimos 12 meses foi de 55,6%.

O índice de cobertura para o primeiro semestre de 2016 foi de 28,0%, uma queda de 1 pp. em relação ao mesmo período do ano anterior. Este índice acumulado dos últimos 12 meses foi de 28,3%.

5.2. Ativos e Passivos Em 30 de junho de 2016, os ativos totais alcançaram R$5.645.931 mil, equivalente a um crescimento de 8,2% quando comparado ao registrado em junho de 2015. Os ativos tiveram aumento devido principalmente aos saldos de Aplicações Interfinanceiras de Liquidez e Operações de Crédito, que aumentaram 33,6% e 12,7% respectivamente em relação ao primeiro semestre de 2015. No primeiro semestre de 2016, o índice de retorno sobre os ativos médios foi de 4,0%, maior que o do mesmo período do ano anterior, que foi de 2,9%. 5.2.1. Carteira de Crédito No primeiro semestre de 2016, a carteira de crédito alcançou R$3.595.621 mil, incremento de 9,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A provisão para créditos de liquidação duvidosa representa ao final do primeiro semestre de 2016, 4,36% da carteira de crédito, uma diminuição de 1,58 p.p. em relação ao observado no mesmo período de 2015.

O saldo da carteira de crédito comercial Pessoa Física, em junho de 2016, foi de R$ 3.571.631 mil que representa um incremento de 11,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os empréstimos consignados correspondem a 68,6% da carteira de empréstimos e o financiamento ao consumo representa 30,8%. Os funcionários públicos do Estado e pensionistas representam 91,6% da carteira de consignados.

Em 30 de junho de 2016, o índice de inadimplência das operações vencidas acima de 90 dias representam 0,9% da carteira de crédito, com um índice de cobertura de 458,1%, isto é, o valor que o Banco mantém para fazer face às perdas prováveis é mais que 4,5 vezes a inadimplência do período.

5.2.2 Depósitos O volume dos depósitos no primeiro semestre de 2016 totalizou R$4.120.124 mil contra R$4.134.432 mil registrados no mesmo período de 2015, representando uma leve redução de 0,34%, que é justificada, principalmente, pelos vencimentos de todas as operações em DPGE no mês de Fevereiro/2016 e também saques em depósitos de poupança.

Analisando os depósitos por tipo de cliente, destacamos os depósitos de PF, PF LIGADA e PJ, que cresceram 9,7%, 281,7% e 21,5%, respectivamente, quando comparado junho do ano 2015.

O volume total de depósitos a prazo apresentou um crescimento de 14,5%, já os Depósitos à Vista reduziram 26,5%, em relação ao ano anterior, redução impactada, principalmente, pelo crescimento do CONTA MAIS, que fechou o segundo trimestre com o saldo de R$260.366 mil.

Os Depósitos Interfinanceiros apresentaram variações positivas em decorrência dos esforços em novas captações, fechando o trimestre com um crescimento de 87,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, já os Depósitos de Poupança apresentaram uma pequena redução de 2,4% em relação ao mesmo período de 2015.

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A estrutura de depósitos do Banco, no segundo trimestre de 2016, é composta da seguinte forma:

Depósitos 2016 2015

Depósito à vista 15,69% 21,28%

Depósitos de Poupança 18,53% 18,91%

Depósitos Interfinanceiros 7,28% 3,86%

Depósito a prazo 58,50% 50,90%

Depósito a Prazo com Garantia Especial - DPGE 0,00% 5,04%

100% 100% 5.2.3 Letra Financeira As novas captações através de Letras Financeiras permanecem gerando variações positivas, fechando o primeiro semestre de 2016 com o saldo de R$242.682 mil contra R$172.462 mil registrados no mesmo período de 2015, representando um aumento de 40,7%. 6. Relacionamento com Clientes e Canais Comprometido com a excelência no atendimento de seus clientes e usuários e com o desenvolvimento socioeconômico do Estado do Pará, o Banpará vem ampliando sua rede atendimento, possibilitando a inserção da população paraense no mercado financeiro, estando presente em 90 municípios paraenses. Discriminação Capital Interior Total

Agências 15 87 102

Postos de Atendimento 19 14 33

Caixa Deslocado 5 4 9

PAE 68 19 87

Pontos de Atendimentos – Rede Própria 107 124 231

Municípios Atendidos 90

Além de sua rede própria, o Banpará disponibiliza aproximadamente 19 mil pontos de atendimento espalhados por todo Brasil, em parceria com o Banco24horas e 122 terminais da Rede Saque Pague, distribuídos pelo Estado do Pará. Desta maneira viabiliza aos seus clientes e usuários a possibilidade de utilizar os serviços do Banco em todo o território nacional.

7. Gestão Corporativa 7.1. Gestão de Riscos O Banpará desenvolve suas atividades de gestão de riscos e de capital de acordo com os padrões recomendados pelo Acordo de Basileia e em consonância com as melhores práticas de mercado.

Os eventos de riscos são identificados, mapeados e mensurados. Para a mitigação são promovidas atualizações e aprimoramento contínuo das políticas, dos processos e dos sistemas de gerenciamento de riscos, com foco nos objetivos estratégicos da Instituição. Quanto ao gerenciamento de capital, o banco adota postura prospectiva visando antever a necessidade de capital para fazer face às estratégias de negócios, inclusive considerando a realização de testes de estresse e contingências de capital.

Referente à exigência mínima de capital estabelecida pelo órgão regulador, que corresponde ao Índice de Basileia, a qual espelha a relação entre o capital da instituição e o volume exposto aos riscos de suas operações, o Banpará encerrou o primeiro semestre de 2016 com índice de 20,44% bem acima dos 11,13% estabelecidos pelo Bacen, demonstrando um índice de solvabilidade capaz de cobrir suas exposições aos riscos, sem comprometer sua margem operacional.

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Informações detalhadas sobre a gestão de risco de mercado, liquidez, crédito e operacional podem ser consultadas nos relatórios de riscos disponíveis no sítio de Relações com Investidores/Governança Corporativa: www.banpara.b.br.

7.2. Controles Internos e Compliance As áreas de Controles Internos e Compliance são responsáveis por disseminar a cultura de controles internos e compliance na instituição, com a finalidade de assegurar que as atividades sejam conduzidas em um ambiente de controle adequado à legislação vigente e alinhadas às boas práticas bancárias, bem como de realizar o monitoramento dos processos desenvolvidos no Banpará e a verificação da conformidade das atividades em consonância com as leis, normas e regulamentos externos e internos, articulando-se com os responsáveis pelas unidades para avaliação, validação e certificação dos controles definidos para os produtos, serviços e processos, alinhando-se às melhores práticas de mercado e às regras estabelecidas pelos órgãos fiscalizadores.

No Banpará, a gestão de risco operacional e controles internos acontecem de modo integrado, estruturada segundo o Coso II, com foco no adequado gerenciamento dos riscos corporativos e no alcance dos objetivos estratégicos, por meio de instrumentos capazes de identificar, avaliar e monitorar os riscos, resguardando os recursos e buscando reduzir as ocorrências de perdas relacionadas a pessoas, processos, sistemas e eventos externos.

As fragilidades identificadas por ocasião da rotina de controles internos são acompanhadas por meio dos planos de ação, ativados para correção e minimização dos respectivos riscos, havendo também a aplicação das autoavaliações em todas as unidades, bem como a monitoração do cumprimento dos normativos internos e externos encaminhados aos diversos gestores, possibilitando, desse modo, a construção e a manutenção da efetividade e a consistência dos controles internos de acordo com a natureza, complexidade e risco das operações efetuadas, com a finalidade de atingir as metas estratégicas, seguindo a Política Institucional de Gerenciamento do Risco Operacional, aprovada pela Alta Administração, e conforme os parâmetros definidos pelo Mercado Financeiro.

Com relação à prevenção à lavagem de dinheiro (PLD), as instituições financeiras desempenham um papel fundamental na prevenção e no combate aos atos relacionados à lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, por isso o Banpará prossegue adotando procedimentos internos de controle em conformidade com a legislação vigente, política Institucional de PLD e melhores práticas nacionais e internacionais, sobretudo considerando as políticas de Identificação de Cliente, Conheça seu cliente, Conheça Seu Parceiro, Conheça Seu Funcionário, Avaliação de Novos Produtos e Serviços e procedimentos de Monitoramento de Transações e Comunicação de Operações/Situações Suspeitas, com o objetivo de manter a transparência, ética e legalidade de suas ações, bem como a proteção de sua imagem perante a sociedade em geral. Assim, no 1º semestre de 2016, foram rastreadas movimentações de valor igual ou superior a dez mil reais, com sinalização de clientes para aplicação da política “Conheça seu Cliente” e comunicação de movimentações atípicas e sem justificativa plausível aparente ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), conforme preceitua a Lei 9.613/98, Art.11, item II, § 2º, comunicação de boa-fé.

7.3. Segurança Empresarial e da Informação A segurança empresarial no Banpará, sempre buscando as melhores práticas, tem por pressuposto a proteção dos bens (físicos e pessoais), das instalações e das informações da empresa, atuando tanto preventiva quanto reativamente, assegurando através de suas técnicas, conhecimentos e sistemas, a segurança e a disponibilidade necessárias às atividades fins da instituição. Assim, além de atuar sob três vertentes, quais sejam: Segurança da Informação; Segurança Física e Patrimonial; e Prevenção e Combate à Fraude Eletrônica, a Segurança Empresarial do Banpará busca os meios protetivos necessários à continuidade do negócio, através de seus Planos de Continuidade – PCN e Plano de Recuperação de Desastres – PRDs. Tudo constituído por um conjunto de controles, representados por procedimentos, processos, estruturas organizacionais, políticas e normas, além de soluções de Tecnologia da Informação. 7.4. Tecnologia da Informação

Com o intuito de atender às diretrizes estabelecidas no Planejamento Estratégico da Instituição (PEI), relativo ao quinquênio 2015/2019 e no Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI) do mesmo período, foram definidos macro objetivos específicos para a área de Sistemas de

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Tecnologia da Informação (TI), sendo que as ações estratégicas realizadas no 1º Semestre de 2016, foram: Projeto de Implantação dos Serviços do Sistema SCRC no Barramento de Serviços Corporativos; Execução o Programa de Adoção SOA que tem como objetivo a adequação da estrutura de integração entre sistemas do Banpará para a nova arquitetura implantada; Definição da Arquitetura padrões de construção bancos de dados, linguagens de programação de aplicações e plataforma de desenvolvimento; Controle de Aderência ao processo de Desenvolvimento de Software.

Considerando a perspectiva apresentada de forma resumida neste documento, há um conjunto de ações em andamento para que sejam atendidos os objetivos estratégicos, apresentados em momentos anteriores, e permitam o pleno atendimento dos compromissos assumidos pelo Banpará.

7.5. Ouvidoria

Por representar o comprometimento desta Instituição com os usuários, a Ouvidoria Banpará cumpre dar o devido tratamento às demandas recebidas, sobre todos os temas, na sua maioria, aos produtos e serviços prestados por este Banco. Nesse sentido, a Ouvidoria atua ativamente na prevenção de conflitos, sendo a 2ª instância de solução das demandas, garantindo conquistas que refletem o comprometimento desta Instituição Financeira, o respeito aos direitos do consumidor, a busca constante pela excelência no atendimento e bom relacionamento com a sociedade.

De forma imparcial, transparente e célere, zela pelo cumprimento dos normativos internos e externos, na busca por solução para as demandas, por meio de respostas claras, objetivas e satisfatórias, e enquanto unidade auxiliar na solução dos problemas apontados pelas demandas recebidas, contribui para a fidelização dos clientes, pela oportunidade de conhecer suas necessidades, pelo interesse e seriedade dedicados ao tratamento de suas insatisfações com a Instituição, cujos resultados implicam diretamente na prevenção do nível de confiança e de imagem desejável.

De acordo com a Resolução nº 4.433/2015, cumpre rigorosamente o prazo de resposta das demandas, no máximo, 10 (dez) dias úteis e acompanha e põe em prática, as alterações das Resoluções e Cartas Circulares do Banco Central do Brasil.

A Ouvidoria, representa o comprometimento desta Instituição, busca constantemente o aprimoramento de seu relacionamento com os diversos públicos atendidos, objetiva ser unidade colaboradora nas implementações de melhorias nos diversos setores internos, refletindo na boa imagem Institucional e na sociedade.

Quanto à procedência das demandas, temos as demandas julgadas procedentes solucionadas, estas, são objeto de análises mais detalhadas e submetidas à Alta Administração deste Banco, que poderão resultar na correção ou reformulação de procedimentos e controles operacionais, para o melhoramento dos processos de gestão, especialmente na diminuição do índice de reclamação.

8. Recursos Humanos

As atividades de capacitação e aperfeiçoamento do corpo funcional estão vinculadas às diretrizes do Planejamento Estratégico da Instituição e são prioridade para o Banco no ano de 2016. Com objetivo institucional de promover o desenvolvimento profissional de seus empregados, e desta forma influenciar diretamente na melhoria da qualidade e eficiência dos produtos e serviços ofertados pelo Banco, a instituição investiu no primeiro semestre de 2016 o valor total de R$ R$558 mil; ofertando 700 vagas em treinamentos, cursos, palestras, capacitações e congressos na Capital e fora do Estado, voltados às áreas de Tecnologia, Auditoria, Recursos Humanos, Contabilidade, Marketing, Câmbio, Financeira, Jurídico, Comercial, Planejamento, Gerenciamento de Risco e Compliance, com destaque especial para o curso Finanças para Bancos, com início em maio de 2016, distribuídos em 12 módulos e para o Programa de Formação de Líderes – PFL, realizado nos polos Belém, Castanhal, Santarém e Marabá. No Programa de Desenvolvimento Educacional do Banpará – PDEB, 96 empregados foram contemplados, sendo 50 empregados beneficiados com cursos de Graduação e 46 em Pós-Graduação, com investimentos de R$200 mil.

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O quadro funcional foi ampliado em 64 (sessenta e quatro) novos empregados, os quais participarão do curso de Integração e Capacitação para Novos bancários, com o objetivo de adquirir conhecimentos voltados à atividade bancária, políticas internas, informações sobre as principais leis e normas que regem as atividades da empresa, regras de negócios de produtos e serviços bancários e demais aspectos da rotina do Banco. Cursos como o de Formação de Caixa Executivo, Ética, Assédio Moral e temas afins, foram ministrados para consolidar a formação do novo bancário que ingressa na empresa.

9. Sustentabilidade

O Banpará destaca as ações realizadas durante o primeiro semestre de 2016 em prol da responsabilidade socioambiental:

a. Desenvolvimento do Programa Ambiente Amigo junto aos seus funcionários voltado à educação ambiental, buscando implantar e divulgar práticas sustentáveis, através de campanhas educativas, com o objetivo de sensibilizar seus funcionários e colaboradores para mudanças nos padrões de consumo dos recursos naturais e materiais;

b. Programa de coleta seletiva de papel e plástico envolvendo a Associação de Catadores da Coleta Seletiva de Belém – ACCSB e a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis Visão Pioneira de Icoaraci – COCAVIP, auxiliando na geração de renda para os coletores e contribuindo para a preservação do meio ambiente;

c. Concessão de R$9.874 mil para micro e pequenos empreendimentos alcançando 80 municípios paraenses e beneficiando 2.753 pessoas somente no 1º semestre de 2016, através do seu programa de microcrédito Banpará Comunidade que há 14 anos incentiva a manutenção dos micro e pequenos negócios no Estado do Pará;

d. Utilização de práticas de TI Verde, que tornam o uso da computação mais sustentável e menos prejudicial;

e. Utilização de práticas sustentáveis na contratação de fornecedores, na aquisição de móveis e equipamentos e nas instalações/ampliações das novas unidades, tais como: contratação de fornecedores que atenda às diretrizes da Lei 8666/1993, regulamentada pelo Decreto 7.746/2012, que rege diversos critérios de sustentabilidade como o respeito aos direitos humanos e a práticas trabalhistas, contratação de portadores de necessidades especiais, maior eficiência na utilização de recursos naturais, origem ambientalmente regular dos recursos naturais utilizados nos bens, serviços e obras, dentre outros;

10. Informações Legais 10.1. Circular nº 3.068/2001 O Banpará declara ter capacidade financeira e intenção de manter, até o vencimento, os títulos classificados na categoria “Mantidos até o Vencimento”, no montante de R$143.361 mil, representando 21,6% do total de títulos e valores mobiliários. 10.2. Auditoria Independente Em cumprimento ao contido no art. 2º, da Instrução CVM nº 381/2003, destaca-se que os serviços prestados pela empresa de auditoria KPMG Auditores Independentes abrangem, exclusivamente, os de Auditoria Externa. Agradecimentos Agradecemos nossos acionistas e clientes pela confiança na Instituição, e ao Governo do Estado do Pará pelo apoio recebido. Aos empregados e colaboradores, o agradecimento especial pelos resultados e as conquistas positivas alcançadas no 1º semestre de 2016.

Page 12: DFs JUN2016 - Publicação V2

Demonstrações Financeiras – Junho/2016 11

Nota 30.06.2016 30.06.2015 ATIVO Circulante 3.244.159 2.937.882 Disponibilidades 3.d 160.020 176.085 Aplicações interfinanceiras de liquidez 4 771.274 577.077 Aplicações no mercado aberto 386.727 482.288 Aplicações em depósitos interfinanceiros 384.547 94.789 Títulos e valores mobiliários 5 518.907 600.911 Carteira própria 508.016 524.439 Vinculados a compromisso de recompra 4.577 73.011 Vinculados a prestação de garantia 6.314 3.461 Relações interfinanceiras 6 118.856 107.313 Pagamentos e recebimentos a liquidar 8.098 8.053 Depósitos no Banco Central 109.900 98.399 Correspondentes 858 861 Operações de crédito 7 1.469.601 1.303.366 Setor privado 1.537.730 1.387.645 (Provisão para créditos de liquidação duvidosa) (68.129) (84.279) Outros créditos 8 201.255 169.336 Carteira de Câmbio - 1.029 Rendas a receber 1.176 1.364 Diversos 206.168 172.729 (Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa) (6.089) (5.786) Outros valores e bens 4.246 3.794 Outros valores e bens 3.210 4.034 (Provisões para desvalorizações) (1.578) (2.484) Despesas antecipadas 2.614 2.244 Realizável em longo prazo 2.278.386 2.164.218 Títulos e valores mobiliários 5 143.361 277.154 Carteira própria 143.361 277.154 Relações interfinanceiras 6 55.743 52.913 SFH - Sistema Financeiro da Habitação 55.743 52.913 Operações de crédito: 7 1.936.010 1.737.903 Setor privado 2.023.722 1.847.138 (Provisão para créditos de liquidação duvidosa) (87.712) (109.235) Outros créditos 8 143.272 96.248 Diversos 143.272 96.248 Permanente 123.386 114.815 Investimento 33 33 No exterior 4 4 Outros investimentos 167 167 (Provisão para perdas) (138) (138) Imobilizado de uso 9 52.985 58.993 Imóveis de Uso 46.156 45.839 Outras imobilizações de uso 101.064 97.829 (Depreciações acumuladas) (94.235) (84.675) Intangível 70.368 55.789 Ativos intangíveis 89.190 67.632 (Amortização acumulada – intangível) (18.822) (11.843) TOTAL DO ATIVO 5.645.931 5.216.915 As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATIVAS AO 1º SEMESTRE, FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2016.

(Em milhares de Reais) BALANÇO PATRIMONIAL

Page 13: DFs JUN2016 - Publicação V2

Demonstrações Financeiras – Junho/2016 12

30.06.2016 30.06.2015

PASSIVO

Circulante 4.070.900 4.116.930

Depósitos 10 3.355.091 3.820.348

Depósitos à vista 646.463 879.603

Depósitos de poupança 763.233 781.767

Depósitos interfinanceiros 299.748 159.703

Depósitos a prazo 1.645.647 1.999.275

Captação no mercado aberto 274.567 73.039

Carteira própria 4.566 73.039

Carteira de terceiros 270.001 -

Relações interfinanceiras 24.046 23.021

Recebimentos e pagamentos a liquidar 23.846 22.823

Correspondentes 200 198

Relações interdependências 414 419

Recursos em trânsito de terceiros 414 419

Emissão de títulos 11 190.435 7.270

Recursos de letras financeiras 190.435 7.270

Obrigações por empréstimos - 950

Empréstimo no exterior - 950

Obrigações p/ repasses no País – Instit. Oficiais 675 1.019

BNDES 675 1.019

Outras obrigações 12 225.672 190.864

Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados 23.779 21.974

Sociais e estatutárias 173 121

Fiscais e previdenciárias 25.631 24.489

Diversas 176.089 144.280

Exigível em longo prazo 821.840 492.207

Depósitos 10 765.033 314.084

Depósitos a prazo 765.033 314.084

Emissão de títulos 11 52.247 165.192

Recursos de letras financeiras 52.247 165.192

Outras obrigações 12 4.560 12.931

Diversas 4.560 12.931

Patrimônio líquido 13 753.191 607.778

Capital social 691.762 480.478

Reserva de lucro - 88.838

Lucros acumulados 61.429 38.462

Total do Passivo

5.645.931 5.216.915 As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATIVAS AO 1º SEMESTRE, FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2016.

(Em milhares de Reais) BALANÇO PATRIMONIAL

Page 14: DFs JUN2016 - Publicação V2

Demonstrações Financeiras – Junho/2016 13

Nota 30.06.2016 30.06.2015

Receita da intermediação financeira 704.617 647.927

Operações de crédito 7.4 618.470 551.000 Resultado de aplicações interf. e operações com títulos e valores mobiliários

4 e 5 82.691 85.176

Resultado de operações de câmbio 2.006 2.373

Resultado das aplicações compulsórias 1.450 9.378

Despesas da intermediação financeira (257.365) (280.811)

Operações de captação no mercado 10 (217.488) (198.904)

Resultado de operações de câmbio (102) (366)

Operações de empréstimo/repasses (2) (235)

Provisão para operações de crédito (39.773) (81.306)

Resultado bruto da intermediação financeira 447.252 367.116

Outras receitas (despesas) operacionais (270.094) (223.016)

Receitas de prestação de serviços 19.3 25.483 21.441

Rendas de tarifas bancárias 19.4 12.906 11.966

Despesas de pessoal 19.5 (137.312) (114.622)

Outras despesas administrativas 19.6 (131.585) (110.744)

Despesas tributárias 19.7 (26.515) (23.346)

Outras receitas operacionais 19.1 6.907 5.696

Outras despesas operacionais 19.1 (19.978) (13.407)

Resultado operacional 177.158 144.100

Resultado não operacional 19.2 292 (602)

Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações 177.450 143.498

Imposto de renda e contribuição social (90.870) (87.496)

Provisão para imposto de renda 18 (43.800) (48.982)

Provisão para contribuição social 18 (35.636) (29.765)

Ativo fiscal diferido 18.b (11.434) (8.749)

Participações no lucro (12.531) (9.869)

Empregados – Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000. (12.324) (9.761)

Administradores – Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. (207) (108)

Lucro líquido 74.049 46.133

Lucro líquido por ação (R$) 7,78 4,85

As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATIVAS AO 1º SEMESTRE, FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2016.

(Em milhares de Reais) DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

Page 15: DFs JUN2016 - Publicação V2

Demonstrações Financeiras – Junho/2016 14

Nota

Capital Social

Reservas Legal

Reserva Estatutária

Lucros Acumulados

Total

Saldo em 31 de dezembro de 2014

480.478 7.403 81.435 - 569.316

Lucro Líquido do 1° semestre de 2015

- - - 46.133 46.133

Destinações:

Juros sobre Capital Próprio

- - - (7.671) (7.671)

Saldo em 30 de Junho de 2015

480.478 7.403 81.435 38.462 607.778

Mutações do 1° semestre de 2015

- - - 38.462 38.462

Saldo em 31 de dezembro de 2015

569.316 10.204 112.242

-

691.762

Lucro Líquido do 1° Semestre de 2016

- - - 74.049 74.049

Aumento de Capital com Reservas de Lucro 13.1 122.446 (10.204) (112.242) - -

Destinações:

Juros sobre Capital Próprio 13.2 - - - (12.621) (12.621)

Saldo em 30 de junho de 2016

691.762 - - 61.428 753.190

Mutações do 1° semestre de 2016

122.446 (10.204) (112.242) 61.428 61.428

As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATIVAS AO 1º SEMESTRE, FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2016.

(Em milhares de Reais) DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Page 16: DFs JUN2016 - Publicação V2

Demonstrações Financeiras – Junho/2016 15

30.06.2016 30.06.2015 Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais Lucro Líquido 74.049 46.133 Ajustado Por: - - Depreciação/amortização 10.312 9.729 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 85.909 214.081 Reversão p/provisão para créditos de liquidação duvidosa (46.029) (132.749) Provisão para contingências 12.731 10.281 Reversão para provisão para contingências (1.720) (1.031) Provisão para outros créditos (105) 301 Provisão para desvalorização de outros bens (280) (642) Ajuste de mercado – TVM (492) 466 Provisão atuarial (3.413) (3.883) Impostos diferidos (11.434) (8.749) Despesas de imposto de renda e contribuição social 79.436 68.747 Lucro líquido ajustado 198.964 202.684 Variação de ativos e obrigações (86.151) (61.842) Redução em aplicações interfinanceiras de liquidez 57.802 50.234 (Aumento) em títulos e valores mobiliários (40.075) (31.642) Redução em recursos aceites financeiras 16.556 10.376 (Redução) / aumento em relações interfinanceiras (Redução) / aumento interdependências (ativo + passivo)

(17.940) 180.698

(Aumento) em operações de crédito (284.472) (304.418) (Aumento) / redução em outros créditos (6.466) 5.887 Aumento em outros valores e bens 234 636 (Aumento) / redução em depósitos 429.676 234.678 (Redução) em obrigações por operações compromissadas (168.816) (143.830) (Redução) em obrigações por repasse no país (274) (175) (Redução) em obrigações por empréstimo - (26) (Redução) / aumento em outras obrigações (6.080) 3.707 Impostos e contribuição social pagos (66.295) (67.967) Fluxo de caixa proveniente das atividades operacionais 112.813 140.842 Atividades de investimento - - Alienação de imobilizado de uso 203 5.285 Aquisição de imobilizado de uso (1.598) (14.263) Alienação no intangível 964 - Aplicação no intangível (14.699) (4.652) Fluxo de caixa (utilizado nas) atividades de investimento (15.130) (13.630) Atividades de financiamentos - - Juros sobre o capital próprio e dividendos pagos (12.621) (7.671) Fluxo de caixa (utilizado nas) atividades de financiamentos (12.621) (7.671) Aumento líquido de caixa e equivalente de caixa: 85.062 119.541 Início do período 434.906 538.832 Fim do período 519.968 658.373 Aumento líquido de caixa e equivalente de caixa: 85.062 119.541 As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATIVAS AO 1º SEMESTRE, FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2016.

(Em milhares de Reais) DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - DFC

Page 17: DFs JUN2016 - Publicação V2

Demonstrações Financeiras – Junho/2016 16

30.06.2016 30.06.2015

1 – RECEITAS 743.145 720.469

Intermediação financeira 733.583 753.089

Prestação de serviços 38.390 33.407

Provisão / reversão de créditos de liquidação duvidosa (37.823) (81.387)

Outras 8.995 15.361

2 – DESPESAS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (264.093) (342.431)

Captação (217.488) (198.904)

Obrigação por empréstimos e repasses (2) (235)

Câmbio (102) (366)

Títulos e valores mobiliários (46.501) (142.926)

3 – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (122.076) (82.335)

Materiais, energia e outros (7.830) (6.835)

Serviços de terceiros (108.055) (89.671)

Perda/recuperação de valores ativos (6.191) 14.171

4 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2-3) 356.976 295.704

5 – RETENÇÕES (10.312) (9.729)

Amortização (4.369) (3.587)

Depreciação (5.943) (6.142)

6 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELO BANCO 346.664 285.975

7 - VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 346.664 285.975

8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 346.664 285.975

8.1 – Pessoal 130.674 107.689

Remuneração direta 94.348 76.309

Benefícios 29.972 25.494

FGTS 6.354 5.887

8.2 - Impostos, taxas e contribuições 136.553 127.643

Federais 134.105 125.568

Municipais 2.448 2.075

8.3 - Remuneração de capitais de terceiros 5.388 4.510

Aluguéis 5.388 4.510

8.4 - Remuneração de capitais próprios 74.049 46.133

Juros sobre capital próprio/ dividendos 12.621 7.671

Lucros retidos no semestre 61.428 38.462

8.5 – Valor Adicionado distribuído 346.664 285.975

As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATIVAS AO 1º SEMESTRE, FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2016.

(Em milhares de Reais) DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA

Page 18: DFs JUN2016 - Publicação V2

Demonstrações Financeiras – Junho/2016 17

1 Contexto operacional O Banco do Estado do Pará S.A. – BANPARÁ (“Banco”) é uma sociedade anônima de capital aberto e economia mista, cuja sede administrativa está localizada na Av. Presidente Vargas, nº 251, Campina, Belém, Pará, tendo como acionista majoritário o Governo do Estado do Pará. Atua sob a forma de banco múltiplo com carteiras comerciais, de crédito ao consumidor, de desenvolvimento, operações de câmbio, corretagem de títulos e valores mobiliários, administração de cartões de crédito e seguros. As operações são conduzidas por um conjunto de Instituições que agem de forma integrada no mercado financeiro. O BANPARÁ atua, também, como instrumento de execução da política econômico-financeira do Estado do Pará, em consonância com os planos e programas do Governo Estadual. 2 Apresentação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir de diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações, incluindo as alterações introduzidas pela Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, e pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, com observância, quando aplicável, aos normativos do Banco Central do Brasil (BACEN) e do Conselho Monetário Nacional (CMN), consubstanciadas no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em aderência ao processo de convergência com as normas internacionais de contabilidade, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu alguns pronunciamentos contábeis, suas interpretações e orientações, os quais serão aplicáveis às instituições financeiras somente quando aprovados pelo CMN. Os pronunciamentos contábeis já aprovados foram: Resolução nº 3.566/08 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos (CPC 01 R1); Resolução nº 3.604/08 – Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03 R2); Resolução nº 3.750/09 – Divulgação sobre Partes Relacionadas (CPC 05 R1); Resolução nº 3.823/09 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25); Resolução nº 3.973/11 – Evento Subsequente (CPC 24); Resolução nº 3.989/11 – Pagamento Baseado em Ações (CPC 10 R1); Resolução nº 4.007/11 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro (CPC 23); Resolução nº 4.144/12 – Pronunciamento Conceitual Básico (R1); Resolução nº 4.224/15 – Benefícios a Empregados (CPC33).

Atualmente, não é possível estimar quando o CMN irá aprovar os demais pronunciamentos contábeis do CPC, tampouco se a utilização destes será de maneira prospectiva ou retrospectiva. Os pronunciamentos conceituais básicos CPC 01, CPC 03, CPC 05, CPC 24 e CPC 25 já foram adotados na elaboração das demonstrações financeiras do Banco. Os pronunciamentos CPC 10 e CPC 23 não produzem efeitos relevantes na elaboração das Demonstrações Financeiras do Banco. Em 30 de junho de 2016 e 2015, não houve modificações no Patrimônio Líquido do Banco que não aquelas resultantes de investimentos dos sócios e ou distribuições aos sócios. As Demonstrações Financeiras do Banco foram aprovadas pela Diretoria em 12 de agosto de 2016.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATIVAS AO 1º SEMESTRE, FINDO EM 30 DE JUNHO DE 2016.

(Em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma).

Page 19: DFs JUN2016 - Publicação V2

Demonstrações Financeiras – Junho/2016 18

a. Uso de estimativas e julgamentos A elaboração de demonstrações de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições financeiras, requer que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis, quando for o caso. Desse modo, na preparação destas demonstrações financeiras, a Administração utilizou julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação das políticas contábeis do Banco e os valores reportados dos ativos, passivos, receitas e despesas, tais como: a mensuração de perdas estimadas com operações de crédito; estimativas do valor justo de determinados instrumentos financeiros; provisões cíveis, fiscais e trabalhistas; perdas por redução ao valor recuperável (impairment) de títulos e valores mobiliários classificados nas categorias de títulos disponíveis para venda e títulos mantidos até o vencimento e ativos não financeiros; e a determinação da vida útil de determinados ativos. Os resultados efetivos podem ser diferentes daqueles estabelecidos por essas estimativas e premissas. As estimativas e premissas são revisadas de forma contínua. As revisões das estimativas são reconhecidas prospectivamente. As informações sobre as incertezas relacionadas a premissas e estimativas que possuem um risco significativo de resultar em um ajuste material para os próximos períodos estão incluídas nas seguintes notas explicativas:

Nota explicativa nº 7 - critério de provisionamento: a mensuração de perdas estimadas com operações de crédito;

Nota explicativa nºs 4, 5 e 1 - estimativas do valor justo de determinados instrumentos financeiros e de perdas por redução ao valor recuperável (impairment) de títulos e valores mobiliários classificados nas categorias de títulos mantidos até o vencimento e ativos não financeiros;

Nota explicativa nº 15 - cálculo de provisões para pagamentos de obrigações com planos de previdência complementar, devido a premissas atuariais;

Nota explicativa nº 9 - determinação da vida útil de determinados ativos.

Nota explicativa nº 20 (b) - reconhecimento de ativos fiscais diferidos: disponibilidade de lucro tributável futuro contra o qual prejuízos fiscais possam ser utilizados e diferenças temporárias absorvidas em um prazo previsível, quando aplicável; e

Notas explicativas 12 (d) - reconhecimento e mensuração de provisões para riscos cíveis, fiscais e trabalhistas: principais premissas sobre a probabilidade de perda e das estimativas quanto aos valores prováveis de desembolsos. b. Base de mensuração

As demonstrações financeiras contêm registros que refletem os custos históricos das transações, com exceção da carteira de títulos e valores mobiliários classificados como mantidos para negociação, que são avaliados pelo valor justo. c. Moeda funcional

As informações financeiras são apresentadas em Reais e todos os valores arredondados para milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma. 3 Principais práticas contábeis As principais práticas contábeis adotadas para elaboração das demonstrações financeiras foram: a. Apuração do resultado

O resultado é apurado com base no regime de competência. As operações com taxas prefixadas são registradas pelo valor de resgate e as receitas e despesas correspondentes ao período futuro são apresentadas em contas redutoras dos respectivos ativos e passivos. As receitas e despesas de natureza financeira são contabilizadas pelo critério pro rata dia e calculadas com base no método exponencial.

Page 20: DFs JUN2016 - Publicação V2

Demonstrações Financeiras – Junho/2016 19

b. Caixa e equivalentes de caixa Para fins de demonstrações dos fluxos de caixa (conforme disposto na Resolução n° 3.604/08 do CMN), caixa e equivalentes de caixa correspondem aos saldos de disponibilidades e de aplicações interfinanceiras de liquidez imediatamente conversíveis, ou com prazo de vencimento original igual ou inferior a 90 dias e que apresentem risco insignificante de mudança em seu valor justo. Para fins da demonstração dos fluxos de caixa, o valor de caixa e equivalentes de caixa é composto pelos seguintes valores: Rubricas correspondentes 30.06.2016 30.06.2015

Disponibilidades em moeda nacional 159.588 175.950

Disponibilidades em moeda estrangeira 432 135

Total de disponibilidades (caixa) 160.020 176.085

Aplicações interfinanceiras de liquidez 359.948 482.288

Total de caixa e equivalentes de caixa 519.968 658.373

c. Aplicações interfinanceiras de liquidez

As aplicações interfinanceiras de liquidez são registradas pelo valor de aplicação ou aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço e ajustadas por provisão para perdas, quando aplicável. d. Títulos e valores mobiliários

Os títulos e valores mobiliários estão registrados e classificados de acordo com a Circular BACEN nº 3.068/2001, que estabelece os critérios de avaliação e classificação contábil para esses papéis. O Banco possui papéis classificados em: I. Títulos para negociação: adquiridos com o propósito de serem ativados e frequentemente negociados. São registrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos e ajustados pelo valor de mercado. Suas valorizações e desvalorizações são registradas, respectivamente, em contas de receitas e despesas do período; Conforme determina o parágrafo único do artigo 7º da Circular BACEN nº 3.068/2001, os títulos e valores mobiliários classificados como títulos para negociação são apresentados no balanço patrimonial, no ativo circulante, independente de suas datas de vencimento. II. Títulos mantidos até o vencimento: adquiridos com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são registrados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do exercício. O registro dos “Títulos mantidos até o vencimento” em circulante e não circulante foi definido de acordo com os seus respectivos prazos de vencimento. Os títulos e valores mobiliários classificados nas categorias de negociação são demonstrados no balanço patrimonial pelo seu valor justo. O valor justo geralmente baseia-se em cotações de preços de mercado ou cotações de preços de mercado para ativos ou passivos com características semelhantes. Se esses preços de mercado não estiverem disponíveis, os valores são baseados em cotações de operadores de mercado, modelos de precificação, fluxo de caixa descontado ou técnicas similares, para as quais a determinação do valor justo possa exigir julgamento ou estimativa significativa por parte da Administração. Os rendimentos dos títulos, calculados pro-rata dia com base na variação do indexador e na taxa de juros pactuados, são apropriados ao resultado do exercício, independentemente da categoria em que são classificados. O Banco, em 30 de junho de 2016, não possui papéis classificados na categoria disponível para venda; assim como não existiam em 30 de junho de 2015.

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e. Instrumentos financeiros derivativos

Em 30 de junho de 2016, assim como em 30 de junho de 2015, o Banco não possuía operações com instrumentos financeiros derivativos. f. Relações interfinanceiras

Os depósitos no BACEN são compostos, substancialmente, de recolhimentos compulsórios que rendem atualização monetária com base em índices oficiais e juros, exceto aqueles decorrentes de depósitos à vista, e não estão disponíveis para financiar as operações de rotina do Banco, assim como não estão incluídos nas disponibilidades. Compensação de Variação Salarial - CVS são títulos recebidos do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS). O FCVS, criado por intermédio da Resolução nº 25, de 16 de junho de 1967, do Conselho de Administração do extinto Banco Nacional da Habitação (BNH), tem como função garantir, perante os bancos/agentes financeiros, a quitação do saldo remanescente dos contratos de financiamento imobiliário residencial decorrente do descasamento entre os índices de inflação, utilizados para corrigir monetariamente os valores dos contratos, e os reajustes salariais. Os créditos são mantidos ao seu valor nominal atualizado, dada a intenção, por parte da Administração, de manter até seu vencimento os títulos CVS a que esses créditos serão convertidos. g. Operações de crédito Constituídas, basicamente, de empréstimos e financiamentos com operações efetuadas a taxas pré e pós-fixadas, as operações de crédito encontram-se demonstradas pelos valores de realização, incluídos os rendimentos auferidos em função da fluência dos prazos contratuais das operações. Todas as operações de crédito têm os seus riscos classificados de acordo com julgamento da Administração, levando em consideração a conjuntura econômica, a experiência passada e os riscos específicos em relação às operações, aos devedores e aos garantidores, observando: (i) os parâmetros estabelecidos pela Resolução CMN nº 2.682/99, que requer a sua classificação em nove níveis, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo); e (ii) a avaliação da Administração quanto ao nível de risco. As operações de crédito são registradas a valor presente, calculadas pro rata dia com base no indexador e na taxa de juros pactuados. A atualização das operações de crédito vencidas até o 59º dia é contabilizada em receitas de operações de crédito e, a partir do 60º dia, em rendas a apropriar, e somente serão apropriadas ao resultado quando efetivamente forem recebidas. Os riscos das operações ativas renegociadas são definidos conforme critério da Resolução n° 2.682/99 do CMN, ou seja, permanecem no rating que se encontravam antes da renegociação e as renegociações de operações de crédito que foram anteriormente baixadas contra a provisão, que estavam em contas de compensação, são classificadas como nível H. Os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente serão reconhecidos como receita quando efetivamente recebidos. As operações em atraso classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando, então, são baixadas contra a provisão existente e controladas em conta de compensação por, no mínimo, cinco anos.

h. Provisão para créditos de liquidação duvidosa A provisão para créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas conforme as normas e instruções do BACEN, associadas a avaliações procedidas pela Administração, na determinação dos riscos de crédito.

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Em 30 de junho de 2016, a provisão para créditos de liquidação duvidosa, considerada suficiente pela Administração, atende ao requisito mínimo estabelecido pela Resolução CMN n.º 2.682/1999 (Nota 7.2). i. Outros Créditos – Operações com Cartão de Crédito

Os valores a faturar estão representados por valores a receber dos usuários de cartão de crédito pela utilização em estabelecimentos conveniados às bandeiras MasterCard e Bcard (bandeira própria). Estes valores são contabilizados em títulos e créditos a receber, com característica de concessão de crédito. (Nota 8c). j. Outros valores e bens

Compostos, basicamente, por bens não de uso próprio, correspondentes a imóveis disponíveis para venda, classificados como bens recebidos em dação de pagamento e registrados pelo valor contábil do empréstimo ou financiamento. É mantida provisão para desvalorização de 50% do valor de custo. Os custos da manutenção desses ativos são lançados à despesa conforme incorridos. Segundo a Circular do Banco Central do Brasil (BACEN) nº 909 de 11 de janeiro de 1985, o Banco deve dispor desses ativos no prazo de um ano após o seu efetivo recebimento e despesas antecipadas, correspondentes a aplicações de recursos cujos benefícios decorrentes ocorrerão em exercícios futuros. Com relação aos bens em regime especial, cujo prazo de alienação extrapole um ano, aplica-se o percentual de 100% como provisão para perdas com desvalorização. k. Investimentos

Os investimentos estão registrados inicialmente pelo custo de aquisição, retificados por provisões para perdas por desvalorização, quando aplicável. l. Imobilizado de uso Corresponde aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram os riscos, benefícios e controle dos bens para a entidade. O ativo imobilizado do Banco é demonstrado ao custo de aquisição, deduzido da respectiva conta de depreciação, cujo valor é calculado pelo método linear às seguintes taxas anuais: imóveis de uso - 4% ao ano; instalações, móveis, equipamentos de uso, sistemas de segurança e comunicações - 10% ao ano; sistemas de transporte - 20% ao ano; e sistemas de processamento de dados - 20% ao ano, e ajustado por redução ao valor recuperável (impairment), quando aplicável. A Administração do Banco entende serem essas taxas que melhor espelham a depreciação do seu imobilizado pelo uso, ação do tempo e desgaste por obsolescência. A composição dos valores dos custos dos bens e suas depreciações correspondentes estão apresentados na Nota 09. m. Intangível O intangível corresponde aos direitos adquiridos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção do Banco ou exercidos com essa finalidade, inclusive aqueles correspondentes à prestação de serviços de pagamento de salários, proventos, soldos, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares, de acordo com a Resolução CMN nº 3.642, de 26 de novembro de 2008. Esse grupo está representado por aquisição de software. São registrados ao custo, deduzido da amortização pelo método linear durante a vida útil estimada (20% ao ano), a partir da data da sua disponibilidade para uso, e ajustado por redução ao valor recuperável (impairment), quando aplicável. Gastos com o desenvolvimento interno de software são reconhecidos como ativo quando é possível

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demonstrar a intenção e a capacidade de concluir e utilizar tal desenvolvimento, bem como mensurar com segurança os custos diretamente atribuíveis ao intangível. Tais custos são amortizados durante sua vida útil estimada, considerando os benefícios econômicos futuros esperados. A amortização é calculada pelo método linear às taxas divulgadas na Nota 09. n. Redução ao valor recuperável de ativos Uma perda é reconhecida caso existam evidências claras de que os ativos estão avaliados por valor não recuperado. A partir do exercício de 2008, esse procedimento passou a ser realizado anualmente. Eventuais perdas, quando identificadas, são reconhecidas no resultado. Os títulos e valores mobiliários classificados nas categorias de títulos mantidos até o vencimento e ativos não financeiros, exceto outros valores, bens e créditos tributários, são revistos, no mínimo, anualmente, para determinar se há alguma indicação de perda por redução ao valor recuperável (impairment). Caso seja detectada uma perda, esta é reconhecida no resultado do período se o valor contábil do ativo ou unidade geradora de caixa exceder o seu valor recuperável. o. Depósitos e captações, no mercado aberto Depósitos e captações no mercado aberto - são demonstrados pelos valores das exigibilidades e consideram os encargos exigíveis até a data do balanço, reconhecidos em base pro-rata dia. A composição dos papéis registrados em depósitos e captações no mercado aberto, bem como seus prazos e valores contabilizados em contas patrimoniais e de resultado, estão apresentados na Nota 10. p. Ativos e passivos contingentes e obrigações legais Ativos e passivos contingentes referem-se ao reconhecimento de direitos e obrigações potenciais decorrentes de eventos passados e cuja ocorrência depende de eventos futuros. A mensuração e a divulgação das provisões, contingências ativas e contingências passivas são efetuadas de acordo com os critérios definidos na Deliberação nº 594/09 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Resolução CMN nº 3.823/09, que determinam:

• Os ativos contingentes não são reconhecidos nas Demonstrações Financeiras, exceto quando a Administração possui evidências de que há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos.

• Os passivos contingentes decorrem, basicamente, de processos judiciais e administrativos,

inerentes ao curso normal dos negócios movido por terceiros, ex-funcionários e órgãos públicos, em ações cíveis, trabalhistas, de natureza fiscal e outros riscos. Essas contingências, coerentes com práticas conservadoras adotadas, são avaliadas por assessores legais e levam em consideração a probabilidade de que recursos financeiros sejam exigidos para liquidar as obrigações e que o montante das obrigações possa ser estimado com suficiente segurança. Os valores das contingências são quantificados utilizando-se modelos e critérios que permitam a sua mensuração de forma adequada, apesar da incerteza inerente ao prazo e valor.

• Obrigações legais - fiscais e previdenciárias – são derivadas de processos judiciais

relacionados às obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade, que, independentemente da avaliação acerca da probabilidade de sucesso, têm os seus montantes reconhecidos, quando aplicável, integralmente nas Demonstrações Financeiras.

O detalhamento dos processos judiciais, bem como a segregação e movimentação dos valores registrados, por natureza, estão apresentados na Nota 12.

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q. Tributos As provisões para imposto de renda, contribuição social, PIS/PASEP e COFINS, constituídas às alíquotas a seguir discriminadas, consideraram as bases de cálculo previstas na legislação vigente para cada tributo: Tributos Alíquotas Imposto de renda 15% Adicional de imposto de renda 10% Contribuição Social sobre o Lucro – até agosto de 2015 15% Contribuição Social sobre o Lucro – a partir de setembro de 2015 20% PIS/PASEP 0,65% COFINS 4% ISS Até 5%

A contribuição social sobre o lucro foi calculada até agosto de 2015, considerando a alíquota de 15%. Para o período compreendido entre setembro de 2015 e dezembro de 2018, a alíquota foi alterada para 20%, conforme Lei no 13.169/15, retornando à alíquota de 15% a partir de janeiro de 2019. Os ativos fiscais diferidos (créditos tributários) e os passivos fiscais diferidos são constituídos pela aplicação das alíquotas vigentes dos tributos sobre suas respectivas bases, observando-se a alteração da alíquota da CSLL conforme Lei nº 13.169/15. Para constituição, manutenção e baixa dos ativos fiscais diferidos são observados os critérios estabelecidos pela Resolução CMN n.º 3.059/2002, alterados pelas Resoluções CMN n.º 3.555/2006 e CMN n.º 4.192/2013, e estão suportados por estudo de capacidade de realização. r. Benefícios a empregados Os benefícios a empregados, relacionados a benefícios de curto prazo para os empregados atuais, são reconhecidos por competência de acordo com os serviços prestados. Os benefícios pós-emprego, relacionados a complemento de aposentadoria e assistência médica, de responsabilidade do Banco, são avaliados de acordo com os critérios estabelecidos na forma da Deliberação CVM nº 695/2012.

Nos planos de contribuição definida, o risco atuarial e o risco dos investimentos são dos participantes. Sendo assim, a contabilização dos custos é determinada pelos valores das contribuições de cada período que representam a obrigação do Banco. Consequentemente, nenhum cálculo atuarial é requerido na mensuração da obrigação ou da despesa e não existe ganho ou perda atuarial. Nos planos de benefício definido, o risco atuarial e o risco dos investimentos recaem parcial ou integralmente na Instituição patrocinadora. Sendo assim, a contabilização dos custos exige a mensuração das obrigações e despesas do plano, existindo a possibilidade de ocorrerem ganhos e perdas atuariais, podendo originar o registro de um passivo quando o montante das obrigações atuariais ultrapassa o valor dos ativos do plano de benefícios ou de um ativo quando o montante dos ativos supera o valor das obrigações do plano. Nesta última hipótese, o ativo somente deverá ser registrado quando existirem evidências de que este poderá reduzir efetivamente as contribuições da patrocinadora ou que será reembolsável no futuro. s. Outros ativos e passivos Demais passivos circulantes e não circulantes - são demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, ajustados ao seu valor presente. As férias, vencidas e proporcionais, os abonos e as folgas estão integralmente provisionados mensalmente, incluindo-se os encargos aplicáveis. t. Eventos subsequentes Correspondem aos eventos ocorridos entre a data-base das Demonstrações Financeiras e a data de autorização para a sua emissão.

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São compostos por: • Eventos que originam ajustes: são aqueles que evidenciam condições que já existiam na data-base das Demonstrações Financeiras; e • Eventos que não originam ajustes: são aqueles que evidenciam condições que não existiam na data-base das Demonstrações Financeiras.

Não houve qualquer evento subsequente relevante para as Demonstrações Financeiras encerradas em 30 de junho de 2016. u. Demonstrações do valor adicionado

O Banco elaborou demonstração do valor adicionado (DVA) nos termos do pronunciamento técnico CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado, as quais são apresentadas como parte integrante das Demonstrações Financeiras. 4. Aplicações interfinanceiras de liquidez.

As aplicações interfinanceiras de liquidez têm a seguinte composição: Títulos 30.06.2016 30.06.2015 Aplicações no mercado aberto (a) 386.727 482.288 Posição bancada (a): 117.091 482.288 Letras Financeiras do Tesouro 11.003 36.501 Letras do Tesouro Nacional 2.099 166.358 Nota do Tesouro Nacional 103.989 279.429 Posição financiada (a) 269.636 - Notas do tesouro nacional 269.636 Aplicações em Depósitos interfinanceiros: 384.547 94.789 Não ligadas vinculadas ao crédito rural 375.497 94.789 Não ligadas 9.050 - Total 771.274 577.077

a. Em 30 de junho de 2016, os saldos de títulos em posição bancada somam o montante de R$117.091 (R$482.288 em 30 de junho de 2015); o saldo em posição financiada soma o montante de R$269.636, não possuindo saldo no mesmo período do ano anterior. Do total dos depósitos interfinanceiros em 30 de junho de 2016, o montante de R$359.948 (R$482.288 em 30 de junho de 2015) referem-se a aplicações com vencimentos iguais ou inferiores a 90 dias da data da aplicação, sem expectativa de mudança significativa de valor e resgatáveis a qualquer momento, portanto, foram considerados como equivalentes de caixa. Rendas de aplicações interfinanceiras de liquidez

30.06.2016 30.06.2015

Posição Bancada 20.674 38.160

Posição Financiada 12.108 7

Depósitos Interfinanceiros 12.813 4.079

Total 45.595 42.246

As rendas de aplicações interfinanceiras de liquidez estão classificadas na demonstração do resultado como resultado de aplicações interfinanceiras e operações com títulos e valores mobiliários.

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 25

5. Títulos e valores mobiliários

a. Classificação por tipo de papel:

Títulos 30.06.2016 30.06.2015 Livres 651.377 801.593 Letras Financeiras do Tesouro (renda fixa) 473.332 394.211 CVS 140.840 150.982 Letras imobiliárias 34.684 254.821 Cotas de fundos de empresas (i) 2.521 1.579

Vinculados a operações compromissadas 4.577 73.011 Letras Financeiras do Tesouro 4.577 73.011

Vinculados à prestação de garantia 6.314 3.461 Letras Financeiras do Tesouro 6.314 3.461 Total 662.268 878.065

Circulante 518.907 600.911 Realizável em longo prazo 143.361 277.154 (i) Objetivando promover o desenvolvimento da Amazônia, o Banpará investe no Fundo de

Investimento em Participações (FIP Amazônia), cujo objetivo é promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia proporcionando desenvolvimento social, econômico e ambiental. O regulamento do fundo estabelece que a obrigatoriedade de manter o investimento por 12 anos sendo prorrogado por mais 03.

b. Classificação por categoria e vencimento:

(i) Os Títulos e Valores Mobiliários classificados como disponíveis para negociação, com vencimentos iguais ou inferiores a 90 dias da data da aplicação, com exceção das Letras de crédito imobiliário, são considerados como equivalentes a caixa. Para fins de publicação, os títulos denominados para negociação são apresentados apenas no ativo circulante, conforme § único do art. 7º da Circular BACEN nº 3.068/2001.

Os títulos FIP e CVS estão classificados como Mantidos até o Vencimento.

(ii) Em conformidade com a circular BACEN nº 3.068/2001, o Banpará declara ter capacidade financeira e intenção de manter, até o vencimento, os títulos classificados na categoria “mantidos até o vencimento”.

Até 3

meses 3 a 12 meses

1 a 3 anos

3 a 5 anos 5 a 15 anos

TOTAL 30.06.2016

TOTAL 30.06.2015

Títulos para negociação (i) 34.684 - 31.086 222.070 231.068 518.907 725.504

Títulos públicos 34.684 - 31.086 222.070 231.068 518.907 725.504

Letras de crédito imobiliário 34.684 - - - - 34.684 254.821

Letras financeiras do tesouro - - 31.086 222.070 231.068 484.223 470.683

Títulos Mantidos até o vencimento (ii) - - - - 143.361 143.361 152.561

Títulos públicos - - - - 140.840 140.840 150.982

CVS - - - - 140.840 140.840 150.982

Títulos privados - - - - 2.521 2.521 1.579

Cotas de fundos de empresas - - - - 2.521 2.521 1.579

TOTAL 30.06.2016 34.684 - 31.086 222.070 374.428 662.268 -

TOTAL 30.06.2015 464.146 136.765 - 124.593 152.561 878.065

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 26

c. Quantos aos ajustes de marcação a mercado 30.06.2016

30.06.2015 30.06.2016

Custo Mercado Para negociação 519.993 518.907 (2.250) (1.086)

Letras de crédito imobiliário 34.972 34.684 (2.242) (288)

Letras financeiras do tesouro 485.021 484.224 (308) (797) Mantidos até o vencimento (i) 143.361 108.532 (52.908) (34.829)

CVS 140.840 106.011 (52.908) (34.829)

Cotas de fundos de empresas 2.521 2.521 - -

i. Os títulos mantidos até o vencimento são registrados pelo custo de aquisição, e acrescidos pelos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do exercício.

d. Quanto aos níveis de informação na mensuração ao valor justo

Saldo em 30.06.2016 Nível 1 Nível 2 Nível 3

TVM disponíveis para negociação, a valor de mercado 518.907 484.224 34.684 - Letras de crédito imobiliário 34.684 - 34.684 Letras financeiras do tesouro 484.224 484.224 - -

TOTAL 518.907 484.224 34.684 -

Saldo em 30.06.2015 Nível 1 Nível 2 Nível 3

TVM disponíveis para negociação, a valor de mercado 725.504 470.683 254.821 - Letras de crédito imobiliário 254.821 - 254.821 - Letras financeiras do tesouro 470.683 470.683 - -

TOTAL 725.504 470.683 254.821 - Conforme os níveis de informação na mensuração ao valor justo, as técnicas de avaliação utilizadas pelo Banpará são as seguintes: Nível 1 – são usados preços cotados em mercados ativos para instrumentos financeiros idênticos. Um instrumento financeiro é considerado como cotado em um mercado ativo se os preços cotados estiverem pronta e regularmente disponíveis, e se esses preços representarem transações de mercado reais e que ocorrem regularmente numa base em que não exista relacionamento entre as partes. Nível 2 – são usadas outras informações disponíveis, exceto aquelas do Nível 1, onde os preços são cotados em mercados não ativos ou para ativos e passivos similares, ou são usadas outras informações que estão disponíveis ou que podem ser corroboradas pelas informações observadas no mercado para suportar a avaliação dos ativos e passivos. Nível 3 – são usadas informações na definição do valor justo que não estão disponíveis no mercado. Se o mercado para um instrumento financeiro não estiver ativo, o Banco estabelece o valor justo usando uma técnica de valorização que considera dados internos, mas que seja consistente com as metodologias econômicas aceitas para a precificação de instrumentos financeiros. e. Rendas com títulos e valores e mobiliários 30.06.2016 30.06.2015 Rendas de títulos de renda fixa 36.686 43.797 Rendas de títulos de renda variável

187 231

Ajustes positivos (negativos) ao valor de mercado TVM

492 (1.098) TOTAL 37.366 42.930

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 27

O Banco não participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos. Em 30 de junho de 2016 e em 2015, o Banco não possuía qualquer saldo não registrado de operações dessa natureza. 6. Relações interfinanceiras 30.06.2016 30.06.2015 Direitos junto à participação de sistemas de liquidação 8.098 8.053 Relações com correspondentes 858 861 Recolhimentos de recursos do Crédito Rural – BACEN

Reservas compulsórias em espécie – BACEN (a) 71.881 88.103 Recolhimentos sobre depósitos de poupança – BACEN (a)

SFH – Créditos junto ao FCVS (b) 55.743 52.913 Outros depósitos compulsórios – Crédito rural Resolução BACEN nº 3.310/2005

38.019 10.296

Total 174.599 160.226 Circulante 118.856 107.313 Realizável em longo prazo 55.743 52.913

Composição: (a) Os depósitos no BACEN são compostos, basicamente, de recolhimentos compulsórios que

rendem atualização monetária com base em índices oficiais e juros, com exceção dos decorrentes de depósitos à vista que não são remunerados. A Circular BACEN nº 3.757 de 28 de maio de 2015 permite que as instituições financeiras que possuam Patrimônio de Referência inferior a R$5.000.000 (cinco bilhões) deduzam, até 24 de junho de 2016, o montante de R$200.000 (duzentos milhões) da exigibilidade sobre depósito de poupança.

(b) Os créditos vinculados ao SFH correspondem aos valores residuais de contratos encerrados, habilitados e homologados pela Caixa Econômica Federal (CEF) e em processo de emissão dos títulos CVS pela STN. O Banco possui, na carteira de FCVS, o montante de R$55.743, referentes a 290 contratos. Atualmente, esses contratos rendem juros de 3,12% e 6,17% ao ano, acrescidos de atualização monetária de acordo com a variação da Taxa de Referência (TR). Esses créditos têm seus saldos mensurados pelos valores efetivamente reconhecidos pela CEF.

7. Operações de crédito

7.1. Composição da carteira com característica de concessão de crédito:

a. Por tipo de Operação 30.06.2016 30.06.2015 Operações de Crédito

Adiantamentos a Depositantes 279 691 Empréstimos (i) 3.555.363 3.226.703 Financiamentos 510 775 Financiamentos Rurais e Agroindustriais 5.300 6.604 Financiamentos Imobiliários - 10 Total de operações de crédito 3.561.452 3.234.783 Outras rubricas Títulos e Créditos a Receber (Nota 8) 34.169 35.847 Operações de Câmbio - 760 Devedores por Compras de Valores e Bens - 877 Total em outras rubricas 34.169 37.484 Total da Carteira de Crédito 3.595.621 3.272.267 Circulante 1.571.899 1.425.129 Realizável em longo prazo 2.023.722 1.847.138

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 28

i) Empréstimos expandidos por segmento e tipo de pessoa

30.06.2016 30.06.2015 Pessoa Física 3.537.302 3.160.799 Consignados 2.468.615 2.245.377 Banparacard 801.522 653.028 Cheque especial 6.135 11.980 Cartão de crédito 19.684 24.717 Sazonais 63.707 52.153 Outros 177.638 173.545 Pessoa Jurídica 18.061 65.904 Cheque empresarial 5.532 22.594 Capital de Giro 672 10.135 Outros 11.856 33.175 TOTAL 3.555.363 3.226.703

b. Por faixas de vencimento e nível de risco:

AA A B C D E F G H 06.2016 06.2015

Parcelas Vincendas (A Vencer)

- 3.338.319 24.484 63.564 11.659 5.880 12.020 5.505 85.579 3.547.010 3.187.370

Até 30 dias - 167.240 4.294 7.024 1.309 701 626 500 6.284 187.979 171.194 31 a 60 dias - 65.770 2.459 3.767 509 254 236 214 4.212 77.421 71.657 61 a 90 dias - 141.328 1.950 3.693 600 286 288 246 4.421 152.812 137.789 91 a 180 dias - 438.174 4.436 7.869 1.249 663 906 629 11.029 464.955 409.954 181 a 360 dias - 594.439 3.723 10.551 1.879 965 3.093 992 16.324 631.965 541.741

Acima de 360 dias - 1.927.372 7.401 29.803 5.617 2.780 6.504 2.744 41.501 2.023.722 1.847.138 Parcelas Vencidas

até 14 dias - 3.996 221 857 497 230 367 180 1.807 8.156 7.897

Parcelas Vencidas - - 1.303 2.595 2.324 2.074 2.407 2.102 35.806 48.612 84.897 15 a 30 dias - - 1.303 677 36 29 32 23 538 2.639 4.197 31 a 60 dias - - - 1.918 741 367 402 290 2.887 6.605 8.677 61 a 90 dias - - - - 1.547 377 370 265 2.616 5.175 9.541 91 a 180 dias - - - - - 1.301 1.602 1.524 8.829 13.255 22.535 181 a 360 dias - - - - - - - - 19.073 19.073 33.499

Acima de 360 dias - - - - - - - - 1.863 1.863 6.448

Total em 06.2016 - 3.338.319 25.787 66.158 13.984 7.955 14.427 7.607 121.385 3.595.621 Total em 06.2015 - 2.975.867 25.9377 61.467 16.863 9.193 14.944 8.462 159.532

3.272.267

c. Por Setores de Atividade 30.06.2016 % 30.06.2015 % Pessoas Físicas 3.571.631 99,33 3.197.138 99,14 Pessoas Jurídicas 18.180 0,51 67.740 0,66 Rural 5.258 0,15 6.577 0,18 Habitação - 0,00 10 - Fomento 552 0,02 802 0,02 Total 3.595.621 100,00 3.272.267 100,00 d. Concentração dos Principais Devedores.

30.06.2016 % 30.06.2016 % Principal devedor 3.051 0,08 7.652 0,23 10 maiores devedores 10.171 0,28 23.803 0,73 20 maiores devedores 11.210 0,31 18.920 0,58 50 maiores devedores 21.969 0,61 24.340 0,74 100 maiores devedores 33.981 0,95 34092 1,04 Demais devedores 3.515.239 97,76 3.163.460 96,67 Total 3.595.621 100,00 3.272.267 100,00

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 29

7.2. Provisões para perdas em operações de crédito As operações de crédito estão classificadas em ordem crescente de risco e, com base nessa classificação, constituiu-se provisão para créditos de liquidação duvidosa a taxas que variam entre 0,5% e 100%, em razão da classificação das operações por ordem de risco, cuja movimentação é demonstrada a seguir:

30.06.2016 30.06.2015 Saldo no início do semestre (158.514) (174.364) Provisões constituídas (a) (85.909) (214.013) Reversões de provisões (a) 46.029 132.668 Valores baixados ou compensados com créditos 42.554 62.465 Provisão para perdas nas operações de crédito (155.841) (193.244) Saldo no inicio do semestre - outros créditos 908 (842) Provisões constituídas (27) (44) Reversões de provisões 134 107 Provisão para perdas em outros créditos c/caract. crédito (Nota 8) (801) (779) Total provisão para perda com operações de crédito (156.642) (194.023) Circulante (68.930) (85.058) Realizável em longo prazo (87.712) (109.235)

a) Políticas de concessão de créditos foram revisadas, principalmente quanto aos critérios de liberação de crédito à Pessoa Jurídica, que ficaram mais rígidas, o que diminuiu o saldo dessa carteira, conforme visto no quadro 7.1 c, impactando diretamente na redução da constituição da perda com crédito de liquidação duvidosa - PCLD

7.3 Movimentação da Carteira de Renegociação/Recuperação 30.06.2016 30.06.2015 Saldo inicial 123.454 81.583 Renegociação/Recuperação 57.950 63.514 Recebimentos/Baixas (43.447) (37.663) Saldo final 137.957 107.434 Provisão para Créditos de Liquidação duvidosa 67.318 60.276 Percentual de Provisionamento da Carteira de Renegociação 48,80% 56,11% 7.4 Rendas de operações de crédito 30.06.2016 30.06.2015 Adiantamento a depositante 221 529 Empréstimo 601.832 521.781 Financiamento com interveniência 10 15 Recuperação de crédito baixado como prejuízo 16.085 28.387 Financiamentos rurais 266 211 Financiamentos e empreendimentos imobiliários 56 77 Total 618.470 551.000

8. Outros créditos

30.06.2016 30.06.2016 Circulante

Carteira de câmbio - 1.028 Rendas a receber 1.176 1.364 Serviços prestados a receber 1.155 1.342 Outras rendas a receber 22 22 Diversos 206.167 172.729 Adiantamento e antecipações salariais 8.706 6.871 Adiantamento para pagamento 28.294 15.163 Crédito tributário - IR/CSLL (a) 18.870 15.150 Devedores por compra de valores - 877 Devedores por depósitos em garantia (b) 42.505 46.316 Imposto e contribuições a compensar 2.962 1.825 Pagamentos a ressarcir 11.973 2.012 Título e crédito a receber (c) (Nota 7.1) 34.169 35.847 Devedores diversos – País (d) 58.688 48.668 Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa (6.089) (5.785) Com características de concessão de créditos – BANPARÁ Mastercard (801) (815) Sem características de concessão de créditos (5.288) (4.970) Total do circulante 201.255 169.336

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 30

Realizável em longo prazo

Crédito tributário - IR/CSLL (a) 143.272 96.248 Total realizável em longo prazo 143.272 96.248 Total 344.527 265.584

(a) Os créditos tributários de IR e CSLL no montante de R$162.142 foram constituídos e registrados com base nos fundamentos demonstrados na Nota Explicativa nº 20(b). A variação reflete a ativação e a realização de crédito tributário até 30.06.2016.

(b) Os saldos de devedores por depósitos em garantia estão relacionados aos questionamentos judiciais de natureza trabalhista, cível e fiscal. Os valores estão demonstrados na Nota Explicativa nº 12(d). O aumento corresponde à atualização dos depósitos judiciais.

(c) O saldo de Título e Crédito a Receber – Com Característica de Concessão de Crédito – BANPARÁ Mastercard/Cartão BANPARÁ no valor de R$34.169 (R$35.286 em 30.06.2015) estão assim distribuídos:

30.06.2016 30.06.2015 BANPARÁ Mastercard

Valores a Faturar 3.960 4.150 Faturados a Receber 10.899 11.348 Parcelado Lojista a Agendar Bandeira 17.841 19.788 Cartão BANPARÁ

Parcelado sem juros 1.469 - Total 34.169 35.286

(d) O montante de Devedores Diversos – País compreende substancialmente ao subtítulo Transitória de Consignado, com saldo de R$48.404 (R$40.851 em 30 de junho de 2015), e registra os valores correspondentes às parcelas de empréstimos consignados, cujas liquidações ocorrem na primeira quinzena do mês subsequente, com o repasse dos órgãos consignantes.

9. Imobilizado de uso e intangível

A Administração entende que não há evidências de que esses bens estejam registrados contabilmente por um valor superior àquele passível de ser recuperado por uso ou por venda.

O intangível é composto basicamente por Software, os quais são registrados ao custo, deduzido da amortização pelo método linear durante a vida útil estimada em 20% ao ano, a partir da data da sua disponibilidade para uso e ajustado por redução ao valor recuperável (impairment), quando aplicável.

IMOBILIZADO DE USO Taxa anual

Valor patrimonial 31.12.2015

Adições Baixas Transferências Depreciação Valor

Patrimonial 30.06.2016

Móveis e equip. estoque - 3.335 - - (1.451) - 1.884

Imobilizações em cursos - 3.347 239 - (59) - 3.527

Imóveis em uso 4 8.553 94 (10) - (97) 8.540 Móveis e Equipamentos de Uso

10 8.916 753 (82) 59 (664) 8.982

Sistema de comunicação

20 3.584 23 (23) - (226) 3.358

Sistema de proc. de dados

20 26.392 3 (38) 1.451 (4.627) 23.181

Sistema de segurança 10 3.299 485 (50) - (278) 3.456

Sistema de transporte 20 108 - - - (51) 57

TOTAL 57.534 1.598 (203) 0 (5.943) 52.986

INTANGIVEL Taxa anual

Valor patrimonial 31.12.2015

Adições Baixas Transferências Amortização Valor

Patrimonial 30.06.2016

Intangível / Software 20 29.075 11.742 (366) - (4.369) 36.082 Intangível em curso - 31.928 2.957 (598) - 34.287

TOTAL 20 61.003 14.700 (964) - (4.369) 70.369

IMOBILIZADO DE USO Taxa anual

Valor patrimonial

Adições Baixas Transferências Depreciação Valor

Patrimonial

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 31

31.12.2014 30.06.2015

Móveis e equip. estoque - 8.138 (3.625) 4.513

Imobilizações em cursos - 3.386 510 (104) (450) 3.642

Imóveis em uso 4 9.275 450 (754) 8.971

Móveis e equip. de uso 10 7.468 1.641 (400) (162) (586) 7.961 Sistema de comunicação

20

2.431 345 (8) (159) 2.609

Sistema de proc. de dados

20

25.550 7.745 (4.707)

3.692 (4.366) 27.914

Sistema de segurança

10 3.111 491 (66)

73

(253) 3.356

Sistema de transporte 20 30 22 (24) 28

TOTAL 59.689 10.732 (5.285) - (6.142) 58.994

INTANGIVEL Taxa anual

Valor patrimonial 31.12.2014

Adições Baixas Transferências Amortização Valor

Patrimonial 30.06.2015

Intangível / Software

20 26.672 4.652 - - (3.587) 27.737

Intangível em curso 24.521 3.531 28.052

TOTAL 20 51.193 8.183 - - (3.587) 55.789

10. Depósitos e captações do mercado aberto

10.1 Depósitos

a. Composição por tipo de deposito:

30.06.2016 30.06.2015 Circulante

Depósitos à vista 646.463 879.603 Depósitos do público 290.137 536.500 Depósitos de instituições financeiras 357 372 Depósitos vinculados 9.090 9.758 Depósitos de Governo 346.880 332.973 Depósitos a prazo 1.645.647 1.999.275 Depósitos de poupança 763.233 781.767 Depósitos interfinanceiros 299.748 159.703 Total do circulante 3.355.091 3.820.348 Realizável em longo prazo

Depósitos a prazo 765.033 314.084 Total exigível em longo prazo 765.033 314.084 TOTAL 4.120.124 4.134.432

Os depósitos de poupança são atualizados pela variação da TR e acrescidos de juros de 6% ao ano quando a TR for maior que 8,5% ao ano, ou por 70% da Taxa SELIC quando a TR for menor que 8,5% ao ano; os depósitos a prazo são remunerados à taxa do CDI com vencimentos de 60, 180, 360 e acima de 360 dias. O Banco mantém com os Bancos: Banco Cooperativo do Brasil – Bancoob e Banco Cooperativo SICREDI S.A - SICREDI Acordo de Compensação e Liquidação de Obrigações, no âmbito do Sistema Financeiro Nacional, ao amparo da Resolução CMN nº 3.263, de 24 de fevereiro de 2005, e do artigo 30 da Medida Provisória nº 2.192-70, de 24 de agosto de 2001.

b. Composição dos depósitos por vencimentos:

c. Composição por segmento de mercado: Composição À vista A prazo Interfinanceiros Poupança 30.06.2016 30.06.2015

Vencimento À vista  prazo Interfinanceiros Poupança 30.06.2016 30.06.2015 Sem vencimento 646.463 - - - 646.463 1.662.714 Até 30 dias - 41.146 144.225 763.233 948.604 141.360 De 31 a 60 dias - 38.734 - - 38.734 40.463 De 61 a 90 dias - 39.826 22.288 - 62.114 113.142 De 91 a 180 dias - 234.046 - - 234.046 644.424 De 181 a 360 dias - 1.291.895 133.235 - 1.425.130 1.218.245 Acima de 360 dias - 765.033 - - 765.033 314.084 Total 646.463 2.410.680 299.748 763.233 4.120.124 4.134.432

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 32

Sociedades ligadas 325.584 1.382.592 - - 1.708.176 1.813.033 Pessoas físicas 213.886 481.285 - 734.815 1.429.986 1.303.301 Invest. institucionais 357 23.570 299.748 - 323.675 428.178 Pessoas jurídicas 75.895 371.104 - 28.418 475.417 564.939 Governo municipal 25.213 152.129 - - 177.342 17.781 Outros 5.528 - - - 5.528 7.200 TOTAL 646.463 2.410.680 299.748 763.233 4.120.124 4.134.432 d. Captação no mercado aberto Obrigações sobre valores tomados no mercado a curto prazo, lastreado por títulos da carteira própria e terceiros, composto da seguinte forma: Letras Financeiras do Tesouro 30.06.2016 30.06.2015 Recompras a Liquidar - Carteira Própria 4.566 73.039 Recompras a Liquidar - Carteira de Terceiros 270.001 - Total 274.567 73.039 e. Despesas de captação: 30.06.2016 30.06.2015 Depósitos de poupança 28.838 26.959 Depósitos interfinanceiros 17.338 11.901 Depósitos a prazo 136.529 133.405 Depósitos judiciais 225 1.070 Operações compromissadas – Carteira própria e Terceiros 15.222 11.242 Letras financeiras 16.556 10.376 Fundo Garantidor de Créditos (FGC) 2.780 3.951 TOTAL 217.488 198.904 11. Emissão de títulos

30.06.2016 30.06.2015 Circulante Recursos de Letras Financeiras 190.435 7.270 Total do circulante 190.435 7.270 Realizável em longo prazo Recursos de Letras Financeiras 52.247 165.192 Total exigível em Longo prazo 52.247 165.192 TOTAL 242.682 172.462 12. Outras obrigações

30.06.2016 30.06.2015 Circulante

Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados 23.779 21.974 Sociais e estatutárias 173 121 Fiscais e previdenciárias 25.631 21.655 Negociação e intermediação de valores

Cheque administrativo 653 538 Contrato de assunção de obrigações 2.947 2.144 Obrigações para contribuições ao SFH 1 2 Obrigações por convênios 10.293 9.920 Obrigações por prestação de serviços 8.415 6.349 Provisão para pagamentos a efetuar (a) 78.832 64.583 Credores diversos – País (b) 36.456 38.536 Passivo contingente – Trabalhista (c) 25.139 10.325 Passivo contingente – Cível (c) 10.148 11.301 Passivo contingente – Tributário (c) 2.802 2.834 Passivo contingente – Cessão de crédito rural com coobrigação 403 582 Total do circulante 225.672 190.864 Exigível em longo prazo

Provisão para pagamentos a efetuar (a) 4.560 12.931 Total exigível em longo prazo 4.560 12.931 TOTAL 230.232 203.795 (a) As principais provisões constituídas no período que compõem o saldo da rubrica “Provisões para

pagamentos a efetuar” são: 30.06.2016 30.06.2015

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 33

Circulante Provisão com Pessoal 35.989 34.527 Provisão com PLR 11.791 7.600 Obrigação Atuarial 12.241 10.059 Provisão para outras despesas administrativas 17.869 11.073 Outros 942 1.324 Total do circulante 78.832 64.583 Exigível em longo prazo Obrigação atuarial 4.560 12.931 Total do exigível e longo prazo 4.560 12.931 TOTAL 83.392 77.514

(b) Em 30 de junho de 2016 os valores registrados em credores diversos- país é composto em sua maioria pelas obrigações com a operadora do cartão de crédito BANPARÁ Mastercard pelo montante de R$34.212 (R$36.266 em 30.06.2015). (c) Provisão para riscos cíveis, fiscais e trabalhistas: O Banco é parte em processos judiciais, de naturezas trabalhistas, cíveis e fiscais, decorrentes do curso normal de suas atividades. A provisão para passivos contingentes envolve ações trabalhistas e cíveis e cessão de crédito rural, com coobrigação, e de câmbio, as quais são avaliadas e revisadas mensalmente com embasamento nas opiniões de seus assessores jurídicos. A Administração do Banco entende que a provisão constituída é suficiente para atender as perdas decorrentes dos respectivos processos.

Probabilidade de perda Trabalhista Cível Tributárias 30.06.2016 30.06.2015

Provável 25.139 10.148 2.802 38.089 24.460

Possível (ii) 52.200 - - 52.200 44.968

TOTAL 77.339 10.148 2.802 90.289 69.428

O passivo relacionado à obrigação legal em discussão judicial é mantido até o ganho definitivo e cuja realização seja provável, representado por decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos, ou a sua prescrição. Abaixo demonstramos a quantidade de ações e os depósitos judiciais a elas referentes:

30.06.2016 30.06.2015 Ações Quantidade de ações Depósitos judiciais Quantidade de ações Depósitos judiciais Cíveis (i) 1.525 17.380 1.460 18.223 Trabalhistas (ii) 194 4.655 206 3.195 Tributárias (iii) 18 20.470 26 24.898 Total 1.737 42.505 1.692 46.316 (i) Processos cíveis - são pleitos de indenização por dano moral e patrimonial, na maioria referente a protestos, devolução de cheques, inserção de informações sobre devedores no cadastro de restrições ao crédito e a reposição dos índices de inflação expurgados resultantes de planos econômicos. Essas ações são controladas individualmente e provisionadas sempre que a perda for avaliada como provável, considerando a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o posicionamento de Tribunais.

Não existem em curso processos administrativos significativos por descumprimento de normas do Sistema Financeiro Nacional ou de pagamento de multas que possam causar impactos representativos no resultado financeiro.

(ii) Processos trabalhistas - São ações ajuizadas por empregados ou ex-empregados, visando obter indenizações, em especial o pagamento de “horas extras”. Nos processos em que é exigido o depósito judicial, o valor das contingências trabalhistas é constituído, considerando-se a efetiva perspectiva de perda destes depósitos. O valor mencionado com probabilidade de perda indicada como POSSÍVEL, tratam-se de ações civis públicas propostas contra o Banpará, pelo Sindicato dos Bancários do Pará e pela Associação dos Funcionários do Banpará - AFBEPA, cujo objeto é descaracterização de diversas funções de confiança no Banpará, redução da jornada de trabalho

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 34

para 6 horas, 7ª e 8ª horas como extra e reflexos legais, dentre outros pedidos correlatos - dos últimos 05 anos.

(iii) Obrigações tributárias - O Banco vem discutindo judicialmente a legalidade e a constitucionalidade de alguns tributos e contribuições, os quais estão provisionados, não obstante as boas chances de êxito em médios e longos prazos, de acordo com a opinião de assessores jurídicos. As principais questões em valores reais, em 30 de junho de 2016, são:

- CPMF: R$2.740 (R$2.353 em 30 de junho de 2015).Trata-se de uma Ação Anulatória de Débito Tributário em que o Banco impugna judicialmente a imposição de multa decorrente da mora na entrega de declarações relacionadas à CPMF. No mérito, é discutida a legitimidade da referida imposição de multas fiscais criadas por instrumentos infralegais, sem vínculo direto com a lei, no sentido formal e material, em desrespeito ao princípio da estrita legalidade tributária. A tese tem amparo em posição doutrinária e jurisprudencial.

- ITR: R$62 (R$53 em 30 de junho de 2015). Trata-se de execução fiscal decorrente do não recolhimento de ITR incidente sobre imóvel rural recebido pelo Banco em dação em pagamento. O Banco impugna judicialmente a imputação de responsabilidade tributária efetivada através de execução fiscal já em curso. Os acertamentos da responsabilidade tributária, nesses casos, devem ser efetivados ainda no procedimento administrativo, antes do acertamento definitivo da Certidão de Dívida Ativa (CDA). A tese tem respaldo doutrinário e jurisprudencial.

Movimentação das provisões:

30.06.2016 30.06.2015

Fiscais e Previdenciárias

Fiscais e Previdenciárias Trabalhista Cível Trabalhista Cível

No início do Semestre 15.278 11.387 3.023 2.513 10.084 2.699 Atualização monetária 1.093 965 230 885 1.071 135 Constituições 10.486 11 - 7.907 283 - Reversões (1.700) (20) (451) (980) (51) - Pagamentos (18) (2.195) - - (86) - No final do Semestre 25.139 10.148 2.802 10.325 11.301 2.834

13. Patrimônio líquido

13.1 Capital Social

O Capital Social, subscrito e integralizado, está representado por 9.521.649 ações ordinárias nominativas, escriturais, sem valor nominal, todas de domiciliados no País e com direito a voto.

Os acionistas do Banco do Estado do Pará, em Assembleia Geral Extraordinária, em 08 de junho de 2016, deliberaram sobre o aumento de capital através da incorporação de reservas de lucros, sem alteração do número de ações. Havia registrado na rubrica reserva de lucros o valor de R$ 122.242 que após incorporação elevará o Capital Social de R$569.316 para R$691.762. Ressaltamos que o montante a ser incorporado está registrado na rubrica Aumento de Capital, aguardado homologação do Banco Central do Brasil. O quadro abaixo indica a quantidade de ações detidas pelos acionistas do Banco.

Ações em circulação O quadro abaixo indica a quantidade de ações emitidas pelo BANCO, em circulação.

30.06.2016 30.06.2015

Acionista Quantidade % Quantidade %

Estado do Pará 9.519.433 99,976727% 9.519.433 99,976727% Caixa de Previdência e Assistência aos funcionários do Banpará 755 0,007929% 755 0,007929%

Administradores 9 0,000095% 10 0,000105%

Demais Acionistas 1.452 0,015249% 1.451 0,015239%

Total 9.521.649 100% 9.521.649 100%

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 35

Espécie e Classe de Ação

Ações não em

circulação ¹ Ações em circulação²

Total de Ações

% Ações em

circulação

ON 9.519.442

2.207

9.521.649 0,000232

1 Compreende ações de titularidade do Estado do Pará e dos Administradores do BANPARÁ. 2 Totais de ações emitidas pelo BANPARÁ, excetuadas aquelas identificadas na opção 1, acima.

13.2 Dividendos/Juros sobre capital próprio O Banpará adota uma política de remuneração do capital distribuindo juros sobre o capital próprio no valor máximo calculado em conformidade com a legislação vigente, os quais são imputados, líquidos de Imposto de Renda na Fonte, no cálculo dos dividendos obrigatórios do exercício previsto no Estatuto Social e artigo 202 da Lei nº 6.404/76. Por conseguinte, em conformidade com o capitulo VII do Estatuto Social e Politica de distribuição de dividendos, o Banpará distribui dividendos obrigatórios ao final do exercício, podendo no intervalo, distribuir dividendos intermediários e ou intercalares. No primeiro semestre de 2016 foi efetivamente pago a título de Juros sobre Capital Próprio o valor de R$12.621, na data de 15/04/2016, referente ao primeiro trimestre do mesmo ano, conforme aprovado pelo conselho de administração em reunião de 04/04/2016. 14. Gestão de risco

No que diz respeito à gestão de riscos, o Banco desenvolve suas atividades de acordo com recomendações do Comitê de Basiléia, alinhada às boas práticas de mercado, utilizando como processos contínuos o aprimoramento das políticas de gestão de riscos, sistemas de controles internos e normas de segurança, todos integrados aos objetivos estratégicos do Banco. São acompanhados, mensurados e mitigados os seguintes riscos: Crédito, Mercado, Liquidez e Operacional. Objetivando tornar as análises dos Riscos Corporativos mais acuradas, foram adotadas as seguintes ações para o período: Risco de Mercado: O Risco de Mercado origina-se da variação do valor dos ativos e passivos, causada por mudanças nos preços e taxas de mercado, mudanças na correlação entre eles e nas suas volatilidades. Para identificar e mensurar as posições que expõem a instituição ao risco de mercado, o BANPARÁ calcula diariamente o VaR (Value at Risk), por meio da metodologia EWMA (Exponentially Weighted Moving Average), para o horizonte de 1 du, com 95% de confiança. A verificação da aderência do modelo é realizada trimestralmente pela técnica de Backtesting Tunneling, comparando as projeções com os resultados, pelo conceito de túnel (amostra 252 du). Para a validação do modelo é esperado que o percentual de erro não exceda 10%, ou seja, duas vezes o complemento do intervalo de confiança adotado (95%). Análise de Sensibilidade: O BANPARÁ acompanha o risco de taxas de juros para sua trading e banking, com estimativas do percentual da variação do valor de mercado das operações em relação ao Patrimônio de Referência, com utilização de choque nas taxas de juros que possam causar impactos na carteira do Banco. Tal procedimento permite realizar inferências sobre o risco das posições quando comparados aos patamares atuais dos preços e taxas de mercado e seu comportamento histórico. O demonstrativo abaixo contém a análise de sensibilidade dos ativos:

• Classificados na carteira de negociação (trading): composto por recursos de tesouraria negociados com compromisso de revenda e de recompra, lastreados em Títulos Públicos Federais (TPF), aplicações em cotas de fundos de investimento, TPF, títulos privados não classificados na modalidade mantidos até o vencimento e Carteira de câmbio ativa (spot);

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 36

• Os ativos não classificados na carteira de negociação (banking): constituído por operações de crédito comercial mantidas até o vencimento, operações de captação de recursos e demais operações do Banco sujeitas ao risco de mercado; inclusive TPF e títulos privados não classificados em trading, serão classificadas como banking, desde que observados o nível de liquidez do papel. Os títulos públicos e privados de baixa liquidez como CVS, CRIs e CCBs serão normalmente classificados na carteira banking.

Para subsidiar a análise foram considerados os cenários, conforme instrução da CVM nº 475/08: CENÁRIO 1 – situação provável tendo por base as variáveis de mercado com as curvas Pré e TR impactadas, respectivamente, por choques paralelos, com base na variação das curvas de mercado para a data base com o período de 1 ano. CENÁRIO 2 – situação de deterioração em 25% nas variáveis de mercado por meio de choques paralelos nas curvas Pré e TR, para data base. CENÁRIO 3 - situação de deterioração em 50% nas variáveis de mercado por meio de choques paralelos nas curvas Pré e TR, para data base.

30.06.2016 30.06.2015

Patrimônio de Referência 713.427 599.249

Carteira Fator de

Risco Conceito

Cenários (Mil)

1 2 3 1 2 3

Trading (operações para negociação)

Pré Exposições sujeitas às

variações da taxas de juros prefixadas e cupom de taxas

de juros.

R$133 (R$424) (R$963) (R$187) (R$1.229) (R$2.235)

(79) Bp 255 Bp 588 Bp 63 Bp 420 Bp 777 Bp

Banking (operações

mantidas até o vencimento)

Pré R$77.389 (R$233.477) (R$505.149) (R$52.150) (R$324.508) (R$562.581)

(79) Bp 255 Bp 588 Bp 63 Bp 420 Bp 777 Bp

TR

Exposições sujeitas a variação

da Taxa Referencial: Títulos CVS, Imobiliário e Poupança.

(R$ 636) (R$18.549) (R$32.824) R$ 75 (R$19.957) (R$35.891)

10 Bp 327 Bp 644 Bp (1) Bp 298 Bp 598 Bp

* A indicação Bp ou pontos base, equivale a pontos centesimais de percentual, ou seja, cada 100 Bp equivalem a 1% de choque aplicados na curva de mercado.

O Banpará é tolerante a variação das taxas de mercado. Assim, mesmo em cenários em que as variações das curvas de preço possam gerar elevadas reduções no valor de mercado de suas posições, a instituição, em princípio, não pretende realizá-las. Além disso, o processo de gestão de riscos é continuo, promovendo ações proativas para minimização de grandes impactos. No que refere ao risco cambial, o BANPARA realiza operações de troca de moedas, dólar e euro, bem como operações de financiamento à exportação. Todas as transações realizadas pelo Banpará são monitoradas diariamente. O risco observado nas operações obedece aos limitadores estipulados na Política de Gestão de Risco de Mercado da instituição. A administração dos instrumentos financeiros é efetuada por meio de políticas de controles, estabelecimento de estratégias de operações e de limites, bem como de outras técnicas de acompanhamento das posições. Gerenciamento de capital: Referente à exigência mínima de capital estabelecida pela autoridade monetária, que corresponde ao Índice de Basileia, cujo valor em conformidade com Basileia III espelha a relação entre o capital da instituição e as exposições aos riscos de suas operações, o Banco encerrou o 2º trimestre de 2016 com índice de 20,44%, bem acima dos 11,13% estabelecidos pelo BACEN para 2016, demonstrando um índice de solvabilidade capaz de cobrir suas exposições aos riscos, sem comprometer sua margem operacional.

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 37

O Banco mantém sua política, inclusive com informações adicionais sobre processos de controle de riscos no sítio: www.banpara.b.br, na rota: O BANPARA/ Relação com Investidores/ Governança Corporativa/ Gerenciamento de Riscos. Índice de Basileia 30.06.2016 30.06.2015 Patrimônio de Referência - PR 713.426 599.248 Nível I 713.426 599.248 Capital Principal 713.426 599.248 Ativos Ponderados pelo Risco - RWA 3.591.188 3.149.838 Exposição ao Risco de Crédito - RWACPAD 3.250.225 2.881.768 Exposição ao Risco de Variação da Taxa de Juros Prefixadas- RWAJUR1 2.309 4.366 Exposição ao Risco de Variação Cambial - RWACAM 2.033 1.548 Exposição ao Risco Operacional - RWAOPAD 336.621 262.154 Risco Banking - RBAN 64.432 52.552 Valor da Margem 294.364 200.213 Índice de Basileia Banpará - IB 19,87% 19,02% 15. Plano de suplementação de aposentadoria e plano de saúde 15.1 Plano de suplementação de aposentadoria O Banco patrocina, em conjunto com seus empregados em atividade, planos de benefícios de aposentadoria e pensão para os empregados e ex-empregados e respectivos beneficiários, com o objetivo de complementar e suplementar os benefícios pagos pelo sistema oficial da previdência social, cuja administração é efetuada pela Caixa de Previdência e Assistência aos Funcionários do Banco (CAFBEP), entidade fechada de previdência privada. Em julho de 2002, a Secretaria de Previdência Complementar (SPC) aprovou o novo regulamento do plano de benefícios denominado Prev-Renda, estruturados na modalidade de contribuição definida, contemplando os seguintes benefícios: (a) renda temporária - considerada como benefício programado, enquadrada na modalidade de contribuição definida; e (b) benefícios por morte e por invalidez do participante - considerados benefícios de risco, enquadrados na modalidade de benefício definido, percebidos de forma temporária. Em dezembro de 2002, iniciou-se o processo de migração do plano com as características de benefício definido para o de contribuição definida, resultando que 96% do total dos participantes concordaram em aderir à migração para o novo plano de benefícios denominado Prev-Renda. São os seguintes os benefícios de complementação de aposentadoria: a. Plano Básico de Benefício Definido (BD)

Plano de previdência complementar na modalidade de benefício definido. Tem em vista assegurar aos seus participantes a suplementação de aposentadoria e pensão, pecúlio por morte e auxílio-reclusão. A partir da implantação do plano de benefícios denominado Prev-Renda, em 20 de dezembro de 2002, este Plano Básico de Benefícios passou a ser considerado Plano em extinção, não recebendo novas inscrições.

O plano de benefício definido é regido pelo regulamento do Plano Básico, no qual estão todas as normas internas para o cálculo, a concessão e a manutenção dos benefícios, composto pelos seguintes benefícios:

1. Suplementação de aposentadoria por invalidez; 2. Suplementação de aposentadoria por idade; 3. Suplementação de aposentadoria por tempo de contribuição; 4. Suplementação da pensão por morte; 5. Suplementação do auxílio-reclusão; 6. Suplementação do abono anual.

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 38

As estatísticas do grupo de assistidos estão demonstradas nos quadros abaixo: Participantes assistidos 30.06.2016 30.06.2015

Quantidade 19 19 Idade média (anos) 70 69 Benefício médio (R$) 4.023 3.657 Pensionistas Quantidade 1 1 Idade média (anos) 69 68 Benefício médio 2.633 2.394

As principais premissas atuariais, atualizadas semestralmente, na data do balanço (médias anuais) são: i) Premissas biométricas: � Tábua de mortalidade geral: RP-2000 por sexo; � Tábua de entrada em invalidez: não aplicada, por inexistirem ativos; � Tábua de mortalidade de inválidos: MI-85 por sexo; � Tábua de serviço: não empregada por inexistirem ativos. ii) Premissas econômicas: � Taxa real de desconto atuarial de longo prazo: 6,44% ao ano, correspondente ao rendimento

NTN-B com vencimento em 15/05/2019, selecionada em função do resultado do duration do passivo;

� Taxa nominal de rendimento esperado para os ativos do plano (para apuração de ganhos e perdas do exercício): 12,87% a.a, composta pela estimativa de inflação anual 5,29% a.a e pela taxa anual de juros (7,20% a.a), ambas utilizadas na avaliação de 31/12/2015.

� Taxa nominal do custo dos juros (para apuração de ganhos e perdas do exercício): 12,87% a.a composta pela estimativa de inflação anual (5,29%a.a) e pela taxa de juros 7,20%a.a), ambas utilizadas na avaliação de 31/12/2015.

� Taxa de rotatividade: não aplicável; � Taxa real de progressão salarial: não aplicável; � Taxa real de reajuste de benefícios: 0,00%; � Taxa real de reajuste dos benefícios da previdência social: 0,00%; � Fator de capacidade para salários: 97,44%; � Fator de capacidade para benefícios: 97,44%; � Taxa esperada de inflação no longo prazo: 5,29% ao ano; � Atualização monetária aplicada aos salários e benefícios: 8,08% (INPC de setembro/15 a

maio/16).

iii) Outras Premissas: � Hipótese sobre Gerações Futuras de Novos Entrados: Não aplicada � Hipótese sobre a Composição da Família de Pensionistas: dados cadastrais informados pela

entidade.

b. Plano Prev-Renda de Contribuição Definida (CD) Plano de previdência complementar na modalidade de contribuição definida. Compõe-se de um segmento de contribuição definida puro, com vistas a proporcionar renda temporária (benefício programado), mediante a formação de poupanças individuais através de contribuições mensais do Banco e de cada participante. Por outro lado, o plano também assegura benefícios de risco, na forma de benefício definido, destinado a assegurar pecúlio por morte e por invalidez do participante.

O plano de contribuição definido é regido pelo regulamento do Plano Prev-Renda, no qual estão todas as normas internas para o cálculo, a concessão e a manutenção dos benefícios, compostos pelos seguintes benefícios:

1) Renda temporária; 2) Benefícios por morte e por invalidez do participante ativo ou autopatrocinado; 3) Benefícios por morte do participante em gozo de benefício; 4) Pecúlio por morte ou por invalidez.

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 39

As estatísticas do grupo de assistidos estão demonstradas nos quadros abaixo:

30.06.2016 30.06.2015

Participantes ativos Quantidade 1.101 996 Idade média (anos) 45 46 Salário médio (R$) 6.393 5.925 Participantes assistidos Quantidade 243 247 Idade média (anos) 82 69 Benefício médio (R$) 5.380 3.774 Pensionistas Quantidade 84 91 Idade média (anos) 57 56 Benefício médio 3.187 2.732

As principais premissas atuariais na data do balanço (médias anuais) são:

i) Premissas biométricas: � Tábua de mortalidade geral: AT-2000 por sexo; � Tábua de entrada em invalidez: TASA 1927; � Tábua de mortalidade de inválidos: MI-85 por sexo; � Tábua de serviço: gerada pela combinação das probabilidades das tábuas de mortalidade geral e

de entrada em invalidez, utilizando-se o método dos multi decrementos.

ii) Premissas econômicas: � Taxa real de desconto atuarial de longo prazo: 6,44% a.a; correspondente ao rendimento NTN-B

com vencimento em 15/05/2019, selecionada em função do resultado do duration do passivo. � Taxa nominal de rendimento esperado para os ativos do plano (para apuração de ganhos e

perdas do exercício): 12,87% a.a., composta pela estimativa de inflação anual 5,29% a.a e pela taxa anual de juros ( 7,20% a.a), ambas utilizadas na avaliação de 31/12/2015.

� Taxa de rotatividade: não aplicável; � Taxa real de progressão salarial: 1,91% a.al; � Taxa real de reajuste de benefícios: 0,00%; � Taxa real de reajuste dos benefícios da previdência social: 0,00%; � Fator de capacidade para salários: 97,44%; � Fator de capacidade para benefícios: 97,44%; � Taxa esperada de inflação no longo prazo: 5,29% ao ano; � Atualização monetária aplicada aos salários e benefícios: 8,08% (INPC de setembro/15 a

maio/16). iii) Outras Premissas: � Hipótese sobre Gerações Futuras de Novos Entrados: Não aplicada � Hipótese sobre a Composição da Família de Pensionistas: cônjuge do sexo feminino 3 anos

mais jovem e 2 filhos dependentes.

15.2. Reconhecimento do passivo atuarial do plano de benefícios A quantificação dos montantes reconhecidos pelo Banco encontra-se em conformidade com o contido na Deliberação CVM nº 695, de 13 de dezembro de 2015, conforme demonstrado a seguir: a. Plano de Benefício Definido (BD) As obrigações atuariais em relação a este plano de Benefício Definido encontram-se parcialmente cobertas pelo ativo líquido do plano. O plano apresentou obrigações atuariais em 30 de junho de 2016 de R$8.446 e ativo líquido de R$7.149, tendo como resultado déficit atuarial em 30 de junho de 2016 de R$1.297. A variação na situação atuarial, em relação à posição de 31/12/2015, se deve à alteração da premissa de taxa de juros, reduzida de 7,20% a.a. para 6,44% a.a., adequando-se tal valor ao resultado do duration do passivo previdencial, quantificado, com base no cadastro de junho/2016, em 9,4 anos.

Obrigação atuarial Plano BD 30.06.2016 30.06.2015

Saldo inicial 661 885

Provisão 635 47

Reversão

Saldo final 1.297 932

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 40

b. Plano de Contribuição Definida (PREVRENDA - CD) Os benefícios do Plano PREVRENDA estão estruturados em cotas, sendo reajustado pela variação da quota patrimonial, o que impede a ocorrência de insuficiências financeiras, além de serem concedidos como rendas temporárias, eliminando o risco de sobrevivência. Desta maneira, o risco atuarial inerente ao plano Prev-Renda está concentrado apenas no benefício a conceder, para o qual está previsto, nos casos de invalidez e morte, aporte de contribuições, que complementará o saldo da conta do participante, objetivando a concessão desses dois benefícios de risco. O valor calculado pelo artigo 25 do Regulamento do Plano Prev Renda foi avaliado em R$556, estando em 31/12/2016, integralmente coberto pelo fundo de risco destinado à cobertura dos benefícios de risco (invalidez e morte), cujo saldo na mesma data é de R$1.122. Desta forma, a diferença entre o valor do fundo de risco e o valor da obrigação atuarial resulta no superávit atuarial de R$565, não havendo, por conseguinte, necessidade de provisionamento pelo BANPARÁ de passivo, relativo a este plano de benefícios, nesta reavaliação. Estímulo à migração O Banco obrigou-se a conceder, a título de estímulo à migração de participantes do plano BD para o plano CD, o percentual de 16,3767% sobre a folha de salários dos Participantes Ativos, em 180 meses, tendo pago, até 30 de junho de 2016, 163 parcelas, restando, ainda, 17 parcelas de R$1.024 a liquidar. Esses valores foram reconhecidos de forma diferida, à taxa de 17,08% ao ano (6% + INPC acumulado de março/2015 a fevereiro de 2016), estando totalmente provisionado, cujo passivo reconhecido, em 30 de junho de 2016, é de R$15.504. (R$22.058 em 30 de junho de 2015). No 1º semestre de 2016, o Banco efetuou contribuições a favor da CAFBEP, no montante de R$6.157 (R$5.276 no 1º semestre de 2015). Obrigações Sociais – Plano BD e CD

Obrigação atuarial Planos BD e CD 30.06.2016 30.06.2015

Plano BD 1.297 932 Plano CD 15.504 22.058 Total das obrigações sociais 16.801 22.990 15.3. Plano de saúde O Banco oferece Plano de Saúde a seus funcionários ativos. O Plano Privado de Assistência à Saúde Coletivo Empresarial é oferecido por empresa operadora de mercado na forma da Lei n. 9.656/98 e legislação posterior pertinente à matéria, notadamente a Resolução Normativa n. 211/2010-ANS, constituindo-se em plano coletivo por adesão cuja contratação decorre de processo licitatório na forma da Lei Federal 10.520/2002 e Lei Federal nº 8.666/93. O custeio do Plano de Assistência à Saúde é arcado pelos empregados e Banco, observado para os empregados os seguintes percentuais, incidentes sobre a remuneração bruta:

Faixa Remuneração Desconto 1 Até R$1.793,20 2,50% 2 De R$1.793,21 a R$2.236,16 3,00% 3 De R$2.236,17 a R$3.000,24 3,50% 4 A partir de R$3.000,25 4,00%

O desconto é realizado independentemente do número de dependentes inscritos. 16. Transações com Partes Relacionadas As operações realizadas entre partes relacionadas do Banpará são divulgadas em atendimento à Deliberação n° 642/10 da CVM e Resolução n° 3.750/09 do CMN, essas transações são efetuadas em condições usuais de mercado, incluindo prazos, taxas de juros e garantias, não envolvendo riscos anormais de recebimento. As captações no mercado aberto de depósitos a prazo são efetuadas tomando como parâmetro as taxas médias praticadas que variam de 97% a 110% do CDI.

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 41

O Banco realiza transações bancárias com as partes relacionadas, tais como depósitos em contas correntes (não remunerados), depósitos a prazo remunerados, substancialmente nos mesmos termos e condições praticados com seus clientes. Em relação ao acionista controlador, estão incluídas as transações com os órgãos da Administração Direta do Governo do Estado do Pará, que mantêm operações bancárias com o Banpará.

Nesse contexto, as transações com partes relacionadas observam também as determinações da Lei Complementar nº 105/2001, conhecida como Lei do Sigilo Bancário, que determina que as instituições financeiras devem guardar sigilo sobre suas operações ativas e passivas, além de serviços prestados. Assim, os saldos de produtos e serviços bancários das partes relacionadas são totalizados para divulgação ao mercado, nos termos da Lei do Sigilo Bancário.

As obrigações sociais e por convênios são correspondentes ao passivo atuarial do Banco, bem como a contrapartida na CAFBEP para o incentivo dado pelo Banco para a migração de planos e aposentadoria dos funcionários. As transações com partes relacionadas estão demonstradas a seguir: 30.06.2016 30.06.2015 Estado do Pará Depósitos à vista - (Nota Explicativa n°10 c) 325.584 319.488 Depósitos a prazo - ( Nota Explicativa n° 10 c) 1.383.824 1.493.545

Caixa de previdência e assistência dos funcionários do Banpará - CAFBEP Depósitos à vista 19 15 Obrigações sociais e por convênio (Nota explicativa n° 15.2 c) 16.801 22.990 Anualmente, na Assembleia Geral Ordinária, é fixado o montante global anual da remuneração da Diretoria Executiva e dos membros do Conselho de Administração, conforme determina o Estatuto Social. No primeiro semestre de 2016, as remunerações estão demonstradas a seguir: 30.06.2016

30.06.2015

Remuneração com os administradores Diretoria 797 783

Conselho de Administração 142 135 Conselho Fiscal 58 70 30.06.2016

30.06.2015

Participação nos Lucros e resultados Administradores 207

108

O Banco não concede empréstimos a seus diretores e membros de seu Conselho de Administração, tendo em vista que essa prática é proibida a todas as instituições financeiras reguladas pelo Banco Central do Brasil. O Banco não oferece benefícios pós-emprego ao Pessoal Chave da Administração, com exceção daqueles que fazem parte do quadro funcional do Banco. 17. Seguros O Banco mantém seguros contra incêndio para o imobilizado e acidentes pessoais coletivo, cuja cobertura, em 30 de junho de 2016, é de R$84.491 (R$94.811 em 30 de junho de 2015), é determinada em função de avaliação dos valores e riscos envolvidos.

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 42

18. Imposto de Renda, Contribuição Social e Crédito Tributário

Base de Cálculo de Imposto de Renda e Contribuição Social Corrente DESCRIÇÃO 30.06.2016 30.06.2015

IR CSLL IR CSLL

Resultado antes da tributação e participações 124.253 164.970 100.580 133.626 Juros s/Capital Próprio (12.621) (12.621) (7.671) (7.671) Base de Cálculo 111.632 152.349 92.909 125.955 Adições (Exclusões) 66.493 25.828 105.476 72.480 Lucro Tributável antes das Compensações 178.125 178.178 198.385 198.435 Base de Cálculo após Compensações 178.125 178.178 198.385 198.435 Alíquota Normal (15% e 20%) 26.719 35.636 29.758 29.765 Adicional do Imposto de Renda (10%) 17.800 - 19.826 - Valores Devidos 44.519 35.636 49.584 29.765 Programa de Alimentação ao Trabalhador (78) - (70) - Incentivos Fiscais (238) - (200) - Prorrogação da Licença Maternidade (136) - (107) - Vale Cultura (267) - (225) - IR e CSLL a Pagar 43.800 35.636 48.982 29.765 Conforme Medida Provisória nº 675/15, convertida na Lei nº 13.169, de 2015, a alíquota da CSLL passou a ser de 20% no período compreendido entre 01.09.2015 e 31.12.2018. a. Ativos Fiscais Diferidos - Créditos Tributários Ativados O Banco registra como Ativo Fiscal Diferido de Imposto de Renda e Contribuição Social, exclusivamente sobre diferenças temporárias, provenientes das despesas de provisões não dedutíveis, conforme art. 13, inciso I, da Lei n° 9.249/1995. Esses créditos serão realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. O Banco mantém em seus registros um saldo de R$ 162.142 mil, relativo às diferenças temporárias de Provisão p/Créditos em Liquidação, ativadas e realizadas em 2011, 2012, 2013, 2014, 2015 e 1º semestre do ano de 2016. O procedimento de realização dos créditos registrado no Ativo Fiscal Diferido será realizado com base nas Perdas transferidas para CBP, utilizando-se a alíquota de 25% para o imposto de renda, e, para contribuição social, 15% para os créditos tributários com expectativa de realização posterior a dezembro de 2018 e 20% para os com expectativa até aquela data. Para avaliação e utilização dos referidos créditos, são adotados os critérios estabelecidos pelas Resoluções CMN nº 3.059/2002 e 3.355/2006, pela Circular BACEN nº 3.171/2002 e Instrução CVM nº 371/2002. Na forma definida no estudo técnico, o Banco mantém a ativação de seus créditos tributários com probabilidade de realização no prazo máximo de 10 (dez) anos.

Movimentação dos Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos As provisões que serviram de base e os respectivos créditos tributários, com reflexo no resultado, apresentaram a seguinte movimentação durante o semestre findo em 30 de junho de 2016:

a) Por tipo de imposto:

Créditos Tributários Saldo em 31.12.2015

Constituição Realização Saldo em 30.06.2016

Diferença Temporária – IRPJ 110.361 - (6.352) 104.009

Diferença Temporária – CSLL 63.215 - (5.082) 58.133

Total 173.576 - (11.434) 162.142

Até 30/06/2016, o Banco efetuou a ativação do montante de R$ 231.109 de Créditos Tributários – Diferença Temporária, provenientes de Provisão p/Créditos em Liquidação, sendo que R$ 68.967 foi realizado ao longo dos exercícios.

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 43

b) Por tipo de origem:

Créditos Tributários Ativação até 31.12.2015

Ativação em 2016

Realização até 30.06.2016

Saldo Ativado em 30.06.2016

Diferença Temporária PCLD 173.576 - (11.434) 162.142

Total 173.576 - (11.434) 162.142

Os ativos fiscais diferidos são analisados periodicamente, quanto ao incremento, à reversão ou manutenção, tendo como parâmetro a apuração de lucro tributável para fins de imposto de renda e contribuição social, em montante que comporte os valores registrados, conforme demonstrado através de Estudo Técnico, na forma que estabelecem a CVM e o CMN. O quadro abaixo apresenta a previsão de realização dos valores de Créditos Tributários ativos provenientes de Provisão p/Créditos em Liquidação:

Expectativa de realização dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro

Projeção de realização 2016 2017 2018 2019 2020 2021 a 2025

Total

Crédito Tributário de I.R 4.291 10.324 10.014 11.015 10.905 51.712 104.009

Crédito Tributário de C. Social 3.432 8.259 8.011 6.609 6.543 31.027 58.133

Total dos créditos 7.723 18.583 18.025 17.624 17.448 82.739 162.142

Taxa média de captação a.a. (%) 10,02% 9,02% 8,26% 7,72% 7,53%

Valor presente do crédito tributário 6.851 15.120 13.547 12.297 11.322

b. Créditos tributários não ativados

O Banco possui registrados Créditos Tributários não ativados de Imposto de Renda e Contribuição Social, sobre diferenças temporárias no montante de R$ 84.750, conforme demonstrado, desses, R$ 54.988 são provenientes de Provisão p/Créditos em Liquidação. Em 30 de junho de 2016, o Banco não apresentava estoque de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social.

Descrição Saldo em 31.12.2015

Reversão Provisão Saldo em 30.06.2016

Crédito tributário

Provisão para Créditos em Liquidação 66.192 - 46.082 112.274 54.988 Provisão para Outros Créditos 37.949 (7.138) - 30.810 12.324 Provisão para Passivos Trabalhistas 15.278 - 9.859 25.138 10.700 Provisão para Ações Cíveis 11.387 (1.239) - 10.148 3.942 Prejuízos em Operações Swap 516 - - 516 129 Provisão para Riscos Fiscais 3.023 (221) - 2.802 1.115 Provisão para Outros Valores e Bens 3.578 - 137 3.715 1.552 Total das Adições Temporárias 137.923 (8.598) 56.078 185.404 84.750

19. Outras receitas e despesas 19.1 Outras receitas/despesas operacionais: Outras receitas operacionais 30.06.2016 30.06.2015 Recuperação de encargos e despesas 65 70 Atualização monetária de INSS 201 - Atualização monetária de depósitos judiciais 3.084 4.116 Atualização monetária de valores ativos 4 6 Atualização monetária de IR e CSLL a Compensar 132 7 Outros Créditos em Liquidação 758 737 Ordem de Pagamento em Moeda Estrangeira 457 371 Provisão Ferias, 13 Salario e Lic. Prêmio 1.124 - Ações Judiciais 1.055 36 Outros 27 353 Total 6.907 5.696

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 44

Outras despesas operacionais 30.06.2016 30.06.2015 Carteira imobiliária 16 422 Despesas de desc. Concedidos em renegociações 27 24 Despesa atualização de impostos e contribuições 230 135 Atualização monetária De valores passivos 122 69 Atualização ações judiciais 10.473 9.215 Ações judiciais 4.810 316 Variação e Dif. de Taxa 1.841 1.225 Ordens de pagamento em moedas estrangeiras 377 716 Outros crédito 16 25 Despesas de Outros créditos de liquidação 971 1.077 Outras 1.095 183 Total 19.978 13.407 19.2 Resultado não operacional Outras receitas (despesas) não operacionais 30.06.2016 30.06.2015 Desvalorização de outros valores e bens 213 643 Recuperação de clonagem de cartões e boletos 1 150 Insubsistências passivas 24 25 Superveniências ativas 9 1 Lucros na alienação de valores e bens 507 103 Diferença de caixa - Mnp-05010202/a 71 9 Descumprimento de contrato 177 339 Concursos públicos – Banpará 948 - Recuperação de crédito previdenciário 1.577 - Outras receitas não operacionais 114 147 Insubsistências ativas (799) (419) Prejuízos na alienação de valores e bens - (203) Clonagem de Cartões e Boletos - (333) Superveniências passivas (1) (208) Roubo por assalto (2.183) (794) Outras Despesas não operacionais (366) (62) Total 292 (602) 19.3 Receitas de prestação de Serviços Receita de Prestação de Serviços 30.06.2016 30.06.2015 Rendas de adm. de fundos de investimentos 104 103 Rendas de adm. fundos de desenvolvimentos 1.024 1.370 Rendas de transferências de fundos 683 649 Rendas de cobrança 19 3 Rendas de pacotes de serviços - PF 19.536 15.499 Rendas de serviços diferenciados - PF 341 327 Transferência internacional - Banpará Mastercard 11 10 Transferência nacional - Banpará Mastercard 1.458 1.300 Compensação de documentos 1.870 1.590 Rendas de outros serviços 437 590 Total 25.483 21.441 19.4 Rendas de tarifas bancárias

Receita de Tarifas Bancárias 30.06.2016 30.06.2015 Confecção de cadastro 2 17 Exclusão do cadastro de emitentes de cheques sem fundos 166 191 Contra ordem, posição e sustação de cheques 12 39 Fornecimento de folhas de cheque 87 125 Saque de conta depósitos a vista e de poupança 1.294 1.195 Fornecimento de extrato mensal ou de período 106 169 Transferência por meio doc/ted 102 567 Concessão de adiantamento a depositante 344 357 Cartão de crédito básico – anuidade 1.126 1.282 Cadastro 33 38 Contas de depósitos 1.430 748 Transf. Entre contas da própria instituição 39 26 Transferência de recursos 808 216 Operações de crédito 96 157 Outras Rendas 2.342 2.263 Convênios 4.919 4.576 TOTAL 12.906 11.966

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Demonstrações Financeiras – Junho/2016 45

19.5 Despesas de pessoal Despesas de Pessoal 30.06.2016 30.06.2015 Honorários 997 989 Encargos Sociais 31.983 28.849 Benefícios 22.716 18.568 Proventos 80.096 64.885 Renumeração de Estagiários 725 566 Treinamento 795 765 Total 137.312 114.622

19.6 Outras despesas administrativas

Outras Despesas Administrativas 30.06.2016 30.06.2015

Água e Energia 3.529 3.074

Aluguéis 5.388 4.510 Comunicações 12.376 14.137 Contribuição Filantrópica 69 41 Manutenção e Conservação de Bens 3.555 3.311 Material 993 1.125 Processamento de Dados 32.246 20.841 Promoções e Relações Públicas 2.613 2.633 Propaganda e Publicidade 3.859 2.371 Publicação 1.372 780 Seguro 134 115 Serviços do Sistema Financeiro 8.854 6.164 Serviços de Terceiros 12.690 13.235 Serviços de Vigilância 19.100 15.093 Serviços Técnicos Especializados 3.799 4.042 Transportes 7.605 6.903 Viagens 446 472 Multas Aplicadas 6 15 Amortização 4.368 3.587 Depreciação 5.943 6.142 Outras Despesas Administrativas 2.640 2.153

Total 131.585 110.744

19.7 Despesas tributárias Despesas Tributárias 30.06.2016 30.06.2015 Contribuição ao PIS/PASEP 3.351 2.985 Contribuição ao COFINS 20.622 18.208 Imposto s/ Serviço de Qualquer Natureza- ISS 1.891 1.605 Outras Despesas Tributárias 651 548

Total 26.515 23.346

20. Outras Informações

Em 13/07/2016 o Conselho de Administração aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio do segundo trimestre de 2016, no valor de R$12.848. O efetivo pagamento ocorreu no dia 29/07/2016.

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KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça.

KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.

KPMG Auditores Independentes

Tv. Dom Romualdo de Seixas, 1.476, salas 1.505 e 1.506

Ed. Evolution - Bairro Umarizal

66055-200 - Belém/PA - Brasil

Caixa Postal 81 - CEP 66017-970 - Belém/PA - Brasil

Telefone 55 (91) 3321-0150, Fax 55 (91) 3321-0151

www.kpmg.com.br

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras

Ao

Conselho de Administração e aos Acionistas do

Banco do Estado do Pará S.A.

Belém - PA

Examinamos as demonstrações financeiras do Banco do Estado do Pará S.A. (“Banco”), que

compreendem o balanço patrimonial em 30 de junho de 2016 e as respectivas demonstrações

do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o semestre findo

naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas

explicativas.

Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A Administração do Banco é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas

demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis

às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, assim como pelos

controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de

demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por

fraude ou erro.

Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras

com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais

de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que

a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as

demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência

a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os

procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos

riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada

por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos

relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeira do Banco

para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não

para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos do Banco. Uma

auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a

razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da

apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Page 48: DFs JUN2016 - Publicação V2

KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça.

KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar

nossa opinião.

Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente,

em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco do Estado do

Pará S.A. em 30 de junho de 2016, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa

para o semestre findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil

aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Demonstração do valor adicionado Examinamos, também, a demonstração do valor adicionado (DVA) referente ao semestre

findo em 30 de junho de 2016, elaborada sob a responsabilidade da administração do Banco

do Estado do Pará S.A., cuja a apresentação é requerida de acordo com a normas expedidas

pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários. Essa demonstração foi submetida aos mesmos

procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, está adequadamente

apresentada, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras

tomadas em conjunto.

Belém, 12 de agosto de 2016

KPMG Auditores Independentes

CRC 2SP014428/O-6

André Dala Pola

Contador CRC 1SP214007/O-2

Page 49: DFs JUN2016 - Publicação V2

PARECER DO CONSELHO FISCAL

Os membros do Conselho Fiscal do Banco do Estado do Pará S.A. - Banpará, no uso de suas atribuições que lhes são conferidas pelo artigo nº 163 da Lei nº 6.404/76, tendo examinado o Balanço Patrimonial levantado em 30 de junho de 2016 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e do fluxo de caixa, correspondentes ao semestre findo naquela data, acompanhados do Parecer dos Auditores Independentes e do Relatório da administração, constataram que o critério das normas contábeis observado na elaboração das citadas demonstrações, confirma a posição financeira e o resultado das operações do Banco e que as mesmas refletem, com clareza, as atividades desenvolvidas pela Instituição no período”. Deste modo, se manifestam favoráveis à sua aprovação.

Belém (PA), 17 de agosto de 2016

Conselho Fiscal

Page 50: DFs JUN2016 - Publicação V2

PARECER DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração do Banco do Estado do Pará S.A. – BANPARÁ, no uso de suas atribuições conferidas pelo inciso V. do art. 142 da Lei n.º 6.404, de 15 de dezembro de 1976, examinou as demonstrações contábeis relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2016, acompanhadas do Relatório da Administração, relatório do Auditor Independente, KPMG - Auditores Independentes, e do Conselho Fiscal, e com base na análise efetuada, aprovou, por unanimidade, os documentos, por refletirem adequadamente a situação econômico-financeira da Instituição.

Belém (PA) 24 de agosto de 2016.

Conselho de Administração

Page 51: DFs JUN2016 - Publicação V2

DECLARAÇÃO DOS DIRETORES SOBRE O RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Em conformidade com o Artigo 25 da Instrução CVM nº 480, de 07.12.2009, declaramos que, baseado em nosso conhecimento, no planejamento apresentado pelos auditores e nas discussões subsequentes sobre os resultados de auditoria, concordamos com as opiniões expressas no parecer da KPMG Auditores Independentes sobre as demonstrações contábeis relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2016 do Banco do Estado do Pará S/A – Banpará, não havendo qualquer discordância.

Belém (PA), 12 de agosto de 2016.

Diretoria Colegiada

Page 52: DFs JUN2016 - Publicação V2

DECLARAÇÃO DOS DIRETORES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Em conformidade com o Artigo 25 da Instrução CVM nº 480, de 07.12.2009, declaramos que revisamos as Demonstrações Contábeis relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2016 do Banco do Estado do Pará S/A – Banpará e, baseado nas discussões subsequentes, concordamos que tais Demonstrações refletem adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira correspondentes aos períodos apresentados.

Belém (PA), 12 de agosto de 2016.

Diretoria Colegiada

Page 53: DFs JUN2016 - Publicação V2

Conselho de administração Diretoria Colegiada Conselho Fiscal Nilo Emanoel Rendeiro de Noronha Presidente

Augusto Sérgio Amorim Costa Diretor Presidente

Maria Adélia Macedo Monteiro Membro

Augusto Sérgio Amorim Costa Membro

Braselino Carlos da Assunção Sousa da Silva Diretor

José Munhos Nina Membro

Braselino Carlos da Assunção Sousa da Silva Membro

Márcia Regina Maués da Costa Miranda Diretora

José Maria Tavares Teixeira Membro

Timara de Souza Miranda Membro

Jorge Wilson Campos e Silva Antunes Diretor

José Carvalho de Melo Filho Membro

Geize Maria Teixeira da Silva de Figueiredo Diretora

Marco Antônio Lima de Gusmão Membro

Eugênio Luis de Sousa Pessoa Diretor

Marta Pinheiro de Barros Contador CRC (PA) nº 11.584-O5

Page 54: DFs JUN2016 - Publicação V2

16 Demonstrações Financeiras – Dezembro/2014

Av. Presidente Vargas, 251 - 5º andar Belém – PA – Brasil SAC: 0800-280-6605

Ouvidoria: 0800-280-9040