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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE AGRONOMIA MORGANA COELHO MAMEDE DETECÇÃO DE Pantoea ananatis EM SEMENTES DE MILHO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO UBERLÂNDIA – MG JULHO DE 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO DE AGRONOMIA

MORGANA COELHO MAMEDE

DETECÇÃO DE Pantoea ananatis EM SEMENTES DE MILHO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

UBERLÂNDIA – MG

JULHO DE 2015

MORGANA COELHO MAMEDE

DETECÇÃO DE Pantoea ananatis EM SEMENTES DE MILHO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Agronomia, da Universidade Federal de Uberlândia, para obtenção do grau de Engenheira Agrônoma.

Orientadora: Profª. Drª. Nilvanira Donizete Tebaldi

UBERLÂNDIA – MG

JULHO DE 2015

MORGANA COELHO MAMEDE

DETECÇÃO DE Pantoea ananatis EM SEMENTES DE MILHO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Agronomia, da Universidade Federal de Uberlândia, para obtenção do grau de Engenheira Agrônoma.

Aprovado pela Banca Examinadora em 09 de julho de 2015

Profª. Drª. Maria Amelia dos Santos Enga. Agra. Lara Caroline B. M. Mota

Membro da Banca Membro da Banca

_____________________________________

Profª. Drª. Nilvanira Donizete Tebaldi

Orientadora

i

RESUMO

A cultura do milho (Zea mays L.) tem grande importância no cenário brasileiro,

compreendendo todas as regiões do país. Com a expansão das áreas cultivadas, o

aumento de doenças foi inevitável, tendo como fatores limitantes de produtividade, as

doenças foliares. A mancha branca do milho causada pela bactéria Pantoea ananatis é

considerada, atualmente, como uma das principais doenças foliares desta cultura no

Brasil, estando presente em, praticamente, todas as regiões produtoras. O presente

trabalho teve como objetivo detectar a bactéria P. ananatis em sementes de milho. O

experimento foi conduzido no Laboratório de Bacteriologia Vegetal e na casa de

vegetação, do Instituto de Ciências Agrárias, da Universidade Federal de Uberlândia.

Para detecção da bactéria nas sementes foram utilizadas três amostras de sementes,

através da diluição em série e o plaqueamento em três meios de cultura 523, YDC e

PA20 com três repetições para cada diluição. Os isolados obtidos foram caracterizados

bioquímica e fisiologicamente e pelo teste de patogenicidade no hospedeiro. Na

avaliação da supressividade e repressividade dos meios de cultura 523, YDC e meio

semi seletivo PA20 não houve diferença significativamente entre eles. Desta forma, o

meio semi-seletivo PA20 pode ser utilizado para detecção da bactéria P. ananatis,

facilitando sua detecção. A bactéria P. ananatis foi detectada em duas amostras de

sementes de milho, os isolados bacterianos caracterizados bioquímica e

fisiologicamente e a patogenicidade no hospedeiro foi confirmada, atendendo o

postulado de Koch. Este é o primeiro relato da detecção de P. ananatis em sementes de

milho

Palavras-chave: Etiologia, mancha branca, meio de cultura, Zea mays.

SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1

2- REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................... 3

2.1 A cultura do milho ....................................................................................................... 3

2.2 A mancha branca do milho .......................................................................................... 3

2.3 Pantoea ananatis ......................................................................................................... 4

2.4 Ocorrência de Pantoea ananatis em semente.............................................................. 5

2.5 Meio de cultura semi seletivo. ..................................................................................... 5

3- MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 7

3.1 Obtenção do inóculo e preparo da suspensão bacteriana ............................................ 7

3.2 Supressividade e repressividade dos meios de cultura ................................................ 7

3.3 Detecção de Pantoea ananatis em sementes de milho ................................................ 8

3.3.1 Reações de hipersensibilidade ................................................................................. 8

3.3.2 Teste de patogenicidade .......................................................................................... 8

3.3.3 Caracterização bioquímica e fisiológica dos isolados bacterianos .......................... 9

4- RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 10

4.1 Avaliação da supressividade e repressividade dos meios de cultura ......................... 10

4.2 Detecção de Pantoea ananatis em sementes de milho .............................................. 11

4.2.1 Isolamento de Pantoea ananatis a partir de extratos de sementes ........................ 13

4.2.2 Caracterização bioquímica e fisiológica dos isolados bacterianos ........................ 13

5. CONCLUSÕES .......................................................................................................... 14

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 15

1

1- INTRODUÇÃO

A cultura do milho (Zea mays L.) tem grande importância no cenário brasileiro,

compreendendo todas as regiões do país. Na safra 2013/2014, o Brasil produziu cerca

de 75 milhões de toneladas de milho (CONAB, 2014), sendo o terceiro maior produtor

mundial da cultura (USDA, 2014).

A produção intensa da cultura do milho exige que sejam feitas semeaduras

antecipadas sob irrigação, semeaduras nas primeira e segunda safra (PEREIRA et al.,

2005). Com isso, houve uma modificação na dinâmica populacional dos patógenos que

prejudicam a cultura do milho, tendo um aumento na incidência e na severidade de

doenças nas regiões produtoras dessa cultura (LANZA, 2009). Estima-se que as perdas

geradas por doenças chegam a 60% (PEDRO et.al., 2010).

Com a expansão das áreas cultivadas o aumento de doenças foi inevitável, tendo

como fatores limitantes de produtividade as doenças foliares. Dentre estas cabe

ressaltar: mancha-foliar-de-cercospora (Cercospora zea-maydis), míldio

(Peronosclerospora sorghi (W. Weston & Uppal); ferrugem (Puccinia polysora

(Underw.); ferrugem-tropical (Physopella zeae (Mains); mancha branca do milho

(Pantoea ananatis (Serrano) e a podridão-bacteriana (Dickeya zeae = Erwinia

chrysanthemi pv. Zeae (Sabet). É difícil afirmar qual ou quais das doenças ocorrentes

no milho sejam a mais importante. A incidência de cada doença varia de região para

região além do ano agrícola (CASELA et al., 2006).

A mancha branca é considerada, atualmente, uma das principais doenças foliares

da cultura do milho no Brasil, estando presente em, praticamente, todas as regiões

produtoras (COSTA et al., 2010). Folhas com 10 a 20% de severidade da doença

apresentam uma redução na taxa fotossintética líquida em torno de 40%, em cultivares

suscetíveis, podendo reduzir a produção de grãos em até 60% (GODOY et al., 2001).

Os sintomas iniciam-se pelo aparecimento de lesões foliares aquosas com formato

circular, do tipo anasarca, de coloração verde-claro que depois se tornam necróticas de

cor palha. Em ataques mais severos há coalescência de lesões (FERNANDES;

OLIVEIRA, 1997).

Os plantios tardios de milho favorecem condições ambientais para o rápido

desenvolvimento da doença. O uso de cultivares resistentes e a aplicação de defensivos

químicos são indicados para o controle da doença (COSTA et al., 2010).

2

A bactéria P. ananatis já foi descrita sendo transmitida pelas sementes de

cebola, arroz, capim sudão e trigo (GOSZCZYNSKA et.al, 2006a). Para detecção da

bactéria os autores descreveram um meio de cultura semi seletivo, PA 20, o qual reprimi

o crescimento de diversos microorganismos saprófitos dando suporte ao crescimento e

visualização de P. ananatis.

Os meios de cultura semi-seletivos são de fundamental importância para

diagnóstico de doenças, estudos epidemiológicos, etiológicos e para a detecção de

bactérias em sementes (RABALHO, 2007).

A semente é a principal fonte de inóculo do patógeno, levando a ocorrência de

epidemias. Assim, o presente trabalho teve como objetivo detectar a presença de P.

ananatis em sementes de milho.

3

2- REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A cultura do milho

A produção mundial de milho nos últimos vinte anos teve aumento significativo.

Na safra 2013/2014 o Brasil produziu cerca de 75 milhões de toneladas de milho

(CONAB, 2014), sendo o terceiro maior produtor mundial da cultura (USDA, 2014).

A cultura do milho no Brasil é de grande importância para o agronegócio

nacional, além de ser à base de sustentação para a pequena propriedade, devendo ser

interpretada sob a ótica da cadeia produtiva ou dos sistemas agroindustriais, uma vez

que o milho é insumo para uma centena de produtos (DUETEET al., 2008).

O milho é usado em grande escala tanto pela produção de alimento animal (cerca

de 60% a 80%) quanto para exportação e consumo humano (OLIVEIRA; BEZERRA,

2013).

2.2 A mancha branca do milho

A mancha branca do milho (MBM) foi inicialmente identificada como mancha

de Phaeosphaeria, causada pelo fungo Phaeosphaeria maydis (FANTIN, 1994) e

anamorfo Phyllosticta sp. Contudo, diversos autores manifestaram a dificuldade em

isolar e cumprir os postulados de Koch com este fungo (CERVELATTI et al., 1998,

2002; AMARAL et al., 2002). Foi então que Paccola-Meirelles et al. (2001) isolaram e

identificaram a bactéria Pantoea ananatis (sin. Erwinia ananas), a partir de lesões de

estágio inicial da mancha foliar de Phaeosphaeria, em uma freqüência de 86% e 77%.

Esta bactéria, quando inoculada em plantas de milho reproduziu, em casa de vegetação,

sintomas semelhantes aos da doença no campo. A bactéria foi reisolada a partir das

lesões, concluindo assim os postulados de Koch. Os autores demonstraram ser a

bactéria, o agente causal da doença, e não um fungo como postulado inicialmente.

Também, ao avaliar o desempenho de diversos genótipos de milho, previamente

selecionados entre suscetíveis e resistentes, quando inoculados com a bactéria, de forma

artificial, as reações foram análogas à analisada em condições de campo (PACCOLA-

MEIRELLES et al., 2002). A transferência do nome de Erwinia ananas para o Pantoea

4

ananas foi proposta por Mergaert et al. (1993) e Truper & Clari, (1997) surgindo o

nome Pantoea ananatis.

A MBM é caracterizada pelo aparecimento de manchas cloróticas, aquosas do

tipo anasarca no limbo foliar que ao se desenvolverem podem adquirir coloração palha

(PEDRO et al., 2010).

2.3 Pantoea ananatis

Segundo Paccola-Meirelles et al. (2001), a MBM é causada pela bactéria P.

ananatis - bactéria Gram-negativa, não esporulante, anaeróbia facultativa, formadora de

colônias com crescimento mucoso e de coloração amarelo brilhante quando em meio de

cultura.

A bactéria possui um mecanismo chamado quórum-sensing que permite

comunicação através de uma substância química sinalizadora denominada acil-

homoserinas lactonas. Esta substância produz um exopolissacarídeo que protege a

célula bacteriana de mecanismos de defesa do hospedeiro e obstrui a circulação da seiva

nas folhas que originam o tecido necrosado. Em relação à virulência, o patógeno produz

cristais de gelo em temperaturas onde não poderiam ser formados, fenômeno da “ice

nucleation” que em culturas que não toleram o congelamento do meio intercelular faz

com que as lesões sejam exteriorizadas; como na cultura do milho (GONÇALVES et

al., 2010).

De acordo com Sauer et al. (2010), a sobrevivência da bactéria em restos

culturais ocorre mesmo em condições desfavoráveis, através de um mecanismo

conhecido por latência.

Em relação ao tamanho populacional para que a bactéria desenvolva os sintomas

em condições controladas, a MBM se desenvolve bem em condições de alta

precipitação, alta umidade relativa e baixas temperaturas noturnas (14ºC) do ar. Quanto

maior a população bacteriana, maior o número de lesões levando a prejuízos na

produção de até 60% (CASELA, et al., 2006).

As medidas de controle indicam o uso de híbridos resistentes como BRS 1030 e

BRS 1035 (COSTA et al., 2012) sendo que no plantio de cultivares suscetíveis, a

utilização de fungicidas tem sido ajustada em produtos pertencentes aos seguintes

grupos: triazóis, estrobilurinas, benzimidazol e oxitetraciclin (PEDRO et al., 2010).

5

A identificação de P. ananatis na semente como agente causal da mancha branca

é de suma importância, visto que esforços para controlar a qualidade comercial das

sementes produzidas concentram-se na detecção de fungos, e pouco é conhecido

referente à patogenicidade da bactéria (GOSZCZYNSKA et al, 2006a).

2.4 Ocorrência de Pantoea ananatis em semente

A bactéria P. ananatis já foi descrita sendo transmitida pelas sementes de

cebola, arroz, capim sudão e trigo (GOSZCZYNSKA et al, 2006a).

A podridão central das escamas da cebola causada pela P. ananatis foi

responsável pela devastação de quase 100% dos campos de produção na Georgia em

1997. Foi constatada a transmissão da bactéria pela semente (GOSZCZYNSKA et al,

2006a). Walcott et al. (2002) afirmam que o primeiro surto da podridão central das

escamas da cebola na Geórgia, foi introduzido a partir de sementes produzidas na África

do Sul.

Aproximadamente 90% das culturas exploradas agronomicamente são

propagadas por sementes. Todas podem ser afetadas por patógenos, a bactéria P.

ananatis é responsável por causar grande variedade de sintomas tanto em plantas

monocotiledôneas como dicotiledôneas. Sua ocorrência nestes hospedeiros leva a surtos

de doenças esporádicas que resultam em grandes perdas econômicas. Como resultado

do aumento da circulação de produtos agrícolas, a extensão desta ameaça aumentou

dramaticamente ao longo das últimas duas décadas entre os países (COUTINHO;

VENTER, 2009).

2.5 Meio de cultura semi seletivo

Os meios de cultura semi seletivos são de fundamental importância para

diagnóstico de doenças, estudos epidemiológicos, etiológicos e para a detecção de

bactérias em sementes. A avaliação da seletividade dos meios de cultura é o principal

critério, a qual pode ser obtida a partir de fontes específicas de carbono e nitrogênio,

que são capazes de estimular o crescimento de uma determinada espécie e inibir outra

(RABALHO, 2007).

6

Considerando a grande quantidade de microorganismos, além do patógeno de

interesse, que constituem a flora microbiana associada às sementes, a eficiência do meio

semi-seletivo está diretamente relacionada à seletividade exercida pelo mesmo, com alta

supressividade para micro-organismos saprófitas e baixa repressividade para bactérias

fitopatogênicas que se deseja detectar e/ou quantificar (ROMEIRO, 2001). Dessa forma,

entende-se por supressividade a competência que um meio possui de inibir o

desenvolvimento da flora microbiota que não o organismo que se espera isolar, e por

repressividade a aptidão que um meio tem de inibir o desenvolvimento do organismo

que se deseja isolar (FRARE, 2005).

O meio semi-seletivo possui como vantagens à facilidade de uso, e o menor

custo quando comparado a técnicas imunológicas ou moleculares e, também, a

diversidade de amostras que podem ser empregadas, como: solo, água e tecido foliar

(TOUSSAINT et al., 2001).

Uma das principais medidas de controle de bactérias é o uso de sementes sadias.

Assim os meios de cultura semi seletivos devem ser práticos, simples e de fácil

execução para a detecção de bactérias nas sementes.

7

3- MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no Laboratório de Bacteriologia Vegetal e na Casa

de Vegetação, do Instituto de Ciências Agrárias, da Universidade Federal de Uberlândia

no período de março a abril de 2015.

3.1 Obtenção do inóculo e preparo da suspensão bacteriana

Os isolados UFU A18 e UFU E43 de Pantoea ananatis, proveniente de folhas de

planta de milho de Morrinhos, GO e Uberlândia, MG, respectivamente, pertencentes à

coleção de trabalho do Laboratório de Bacteriologia Vegetal do Instituto de Ciências

Agrárias da UFU foram cultivados em meio de cultura 523 (KADO; HESKETT, 1970)

por 48h.

A suspensão bacteriana foi preparada em solução de NaCl 0,85%, e ajustada em

espectrofotômetro para OD550 = 0,5 correspondendo a, aproximadamente, 1x1010 UFC

mL-1.

3.2 Supressividade e repressividade dos meios de cultura

Para avaliação da supressividade e repressividade dos meios de cultura foi

realizada diluição em série da suspensão bacteriana do isolado UFU E43 e o

plaqueamento nos meios de cultura 523 e YDC e o meio semi seletivo PA20 (20 g de

NaCl, 1 g de K2HPO4, 1 g de NH4H2PO4, 0.2 g de MgSO47H2O, 1 ml da solução

aquosa a 1.6% de azul de bromotimol, 2 ml da solução aquosa a 0.075% de cristal

violeta, 15 g de agar, 1 L de água, pH=8.0 ajustado com 1,0 N NaOH

(GOSZCZYNSKA et al., 2006b). Para cada diluição, foram replicadas três placas de

Petri.

Aos três meios de cultura foi adicionado 0,04 mg L-1 de thiophanato metílico

(BOMFETI et al., 2007) para evitar o crescimento de fungos, principalmente para a

detecção da bactéria nas sementes.

As placas foram incubadas a 28 oC por 4 dias. Em seguida, foram contadas as

colônias, calculando-se o índice conhecido como UFC.mL-1.

8

Para análise estatística as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de

probabilidade (FERREIRA, 2008).

3.3 Detecção de Pantoea ananatis em sementes de milho

Para detecção de P. ananatis em sementes de milho foram avaliadas três

amostras de milho provenientes de campos de produção em Formosa, GO.

Para extração da bactéria foram utilizadas amostras, que continham 100g de

sementes imersas em 200 mL de solução salina 0,85% durante 16 h em geladeira. A

partir do extrato de semente obtido foi feita a diluição em serie e plaqueamento nos

meios de cultura descritos anteriormente.

As placas de Petri foram incubadas a 28ºC por 4 dias. Após esse período, foram

detectadas as colônias da bactéria alvo, que foram, então, repicadas para o meio de

cultura 523, e calculado o número de UFC g-1 de sementes.

Os isolados de bactéria obtidos foram preservados e mantidos na coleção do

Laboratório de Bacteriologia do ICIAG/UFU

3.3.1 Reações de hipersensibilidade

O teste de hipersensibilidade foi realizado em plantas de fumo (White Burley). O

teste de reação de hipersensibilidade (HR) é utilizado na evidenciação da condição de

uma determinada bactéria ser fitopatogênica ou não, obtendo-se uma resposta rápida e

de fácil interpretação. A suspensão bacteriana foi inoculada por infiltração nos espaços

entre nervuras laterais na face dorsal das folhas de fumo. A avaliação foi feita de 24 a

48 h após a inoculação, observando a reação, caracterizada por necrose e dessecamento

do tecido da região infiltrada (MARIANO et al., 2000).

3.3.2 Teste de patogenicidade

Plantas de milho foram cultivadas em vasos plásticos de 500 g contendo

substrato solo (Latossolo Vermelho), areia grossa e vermiculita na proporção de 3:1:1,

com 2 plantas por vaso. O teste de patogenicidade foi realizado quando as plantas

estavam no estádio de desenvolvimento que apresentava de 3 a 4 folhas, com

aproximadamente 10 dias após a semeadura. As plantas foram submetidas à câmara

9

úmida 24 h antes e após a inoculação. A inoculação foi feita com algodão umedecido

contendo suspensão bacteriana (1010 UFC.mL-1, OD550 = 0,5) de cada isolado obtido na

detecção das sementes.

3.3.3 Caracterização bioquímica e fisiológica dos isolados bacterianos

Os isolados bacterianos obtidos foram caracterizados bioquímica e

fisiologicamente pelos testes: Gram em KOH 3%, crescimento em meio YDC, oxidação

ou fermentação da glicose, motilidade, produção de ácidos a partir da glicose de

inositol, sorbitol, sucarose e D-arabinose, pela produção das enzimas arginina

dihidrolase, liquefação da gelatina, oxidase, catalase e crescimento a 37 oC, para a

identificação da bactéria.

10

4- RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Avaliação da supressividade e repressividade dos meios de cultura

Para avaliação da supressividade e repressividade, os meios de cultura 523, YDC

e meio semi seletivo PA20 (Tabela 1), com e sem a adição de thiophanato metílico, não

diferiram significativamente entre si, no número de unidades formadoras de colônia por

mL (UFC mL-1), que variou de 3,9x109 a 4,9x109. Desta forma, o meio semi-seletivo

PA20 pode ser utilizado para detecção da bactéria P. ananatis.

Resultados semelhantes foram descritos por Mehta et al. (2005), na detecção de

Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum em sementes de algodão, em que os meios

de cultura semi seletivo e o padrão não diferiram estatisticamente no número UFC.mL-1.

Quanto ao uso de fungicida nos meios de cultura, Bomfeti et al., (2007) em

experimentos “in vitro” observaram que o comportamento da bactéria quando cultivada

em presença de diferentes agentes químicos (oxitetraciclina e streptomicina, benomyl,

triadimenol, tebuconazole, oxicloreto de cobre, hidróxido de cobre e thiophanato

metílico) não foram efetivos no seu controle, enquanto que impediram a formação de

estruturas reprodutivas fúngicas.

Tabela 1. Detecção de Pantoea ananatis (UFC.mL-1) em meios de cultura 523, YDC e

PA20 sem e com adição de thiophanato metílico. Uberlândia - MG, 2015.

Meio de cultura Nº UFC mL-1

523 4,2 x 109

523 + Thiophanato Metílico 4,9 x 109

YDC 3,7 x 109

YDC + Thiophanato Metílico 4,4 x 109

PA20 3,9 x 109

PA20 + Thiophanato Metílico 4,3 x 109

CV (%) = 14.78

No meio semi-seletivo PA20 (Figura 1) houve redução no diâmetro das colônias

e formação de um halo amarelo em torno das inclusões amarelas escuras internas das

colônias individuais de P. ananatis quando comparado com os meios 523 e YDC,

independente do uso de thiophanato metílico. De acordo com Goszcynska et al.,

11

(2006b) esse comportamento se deve a redução do pH do meio PA20 que a bactéria

promove. Para detecção de Xanthomonas axonopodis pv. vignicola em videira, no meio

semi-seletivo CCM, também, houve redução no tamanho das colônias da bactéria alvo

(PEIXOTO et al., 2006).

Figura 1 - Pantoea ananatis em meios 523 (A e D), YDC (B e E), PA20 (C e F) sem e

com a adição de thiophanato metílico, respectivamente, aos 5 dias após

incubação. Fonte: Mamede, M.C., 2015.

4.2 Detecção de Pantoea ananatis em sementes de milho

Na detecção de P. ananatis nas sementes de milho, a bactéria não foi detectada

na amostra 1 (Tabela 2). Na amostra 2, a bactéria foi detectada nos meios YDC e PA20

com adição de thiophanato metílico e na amostra 3, somente no meio PA20.

As colônias de P. ananatis (Figura 2) no meio de cultura semi seletivo PA20

apresentam característica de “ovo frito”, com o centro da colônia de coloração amarelo

escuro à marrom, envolvida por um halo mais claro de cor amarela, facilitando a

12

detecção e a identificação da bactéria, diferenciando das demais bactérias e das

saprófitas.

Este é o primeiro relato da detecção de P. ananatis em sementes de milho.

Segundo Rabalho (2007), ao desenvolver meio de cultura semi-seletivo para

detecção de Xanthomonas spp. em sementes de tomateiro, o meio apresentou alta

eficácia, devido à sua baixa repressividade, alta supressividade e baixo custo.

Tabela 2. Número de colônias de Pantoea ananatis detectadas em extratos de sementes

de milho, em diferentes meios de cultura com adição de thiophanato metílico.

Meio de cultura Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3

523 + Thiophanato Metílico 0 0 0

YDC + Thiophanato Metílico 0 2 0

PA20 + Thiophanato Metílico 0 9 1

Figura 2 - Detecção de Pantoea ananatis em extratos de sementes de milho, em meio

de cultura semi seletivo PA20, aos 8 dias após o plaqueamento. Fonte: Tebaldi, N.D.,

2015.

13

4.2.1 Isolamento de Pantoea ananatis a partir de extratos de sementes

A partir do extrato das sementes de milho foram preservados dez isolados

bacterianos, na coleção do Laboratório de Bacteriologia do ICIAG/UFU, sob os

números UFU G13, UFU G41, UFU G47, UFU G48, UFU G72, UFU G73, UFU G74,

UFU G75, UFU G76 e UFU G77.

4.2.2 Caracterização bioquímica e fisiológica dos isolados bacterianos

Os isolados UFU A18 e UFU E43 (Tabela 3) foram usados como parâmetro

comparativo para os testes bioquímicos em relação aos demais isolados, pois já haviam

sido caracterizados molecularmente como P. ananatis.

Todos os isolados bacterianos detectados nas sementes de milho (Tabela 3)

foram caracterizados como: Gram negativos, fermentação da glicose, colônias amarela

em meio YDC, oxidade, catalase, arginina dihidrolase, produção de ácidos a partir do

inositol, sorbitol, sacarose, D-arbinose, motilidade, liquefação da gelatina e crescimento

a 37ºC todos positivos, sendo caracterizados como P. ananatis.

Todos os isolados bacterianos foram patogênicos em plantas de milho (Tabela

3), reproduzindo os sintomas de lesões encharcadas, característico de P. ananatis,

confirmando o postulado de Koch. Todos os isolados bacterianos obtidos de extratos de

sementes de milho apresentaram a reação de hipersensibilidade em plantas de fumo.

O meio de cultura semi seletivo PA 20 foi usado para a detecção de P. ananatis

em sementes de cebola (GOSZCZYNSKA et al., 2006b), com uma média de 6-7 dias

após incubação as colônias apresentavam-se amarelas, brilhantes, formato circular e

com centro escurecido. Entre os lotes de sementes infestadas houve variação para

presença de colônia de 2.2 x 103 UFC.g-1 a 5.0 x 106 UFC.g-1.

14

Tabela 3 - Características morfológicas, bioquímicas e fisiológicas de isolados de Pantoea ananatis em sementes de milho. Uberlândia, MG, 2015.

Testes Bioquímicos

Isolados UFU

A18

E43

G13

G41

G77

G47

G48

G72

G73

G74

G75

G76

GRAM - - - - - - - - - - - -

Oxidativa/Fermentativa F F F F F F F F F F F F

YDC (cor da colônia amarela) + + + + + + + + + + + +

Oxidase - - - - - - - - - - - -

Catalase + + + + + + + + + + + +

Arginina dihidrolase + + + + + + + + + + + +

Produção de ácidos – Inositol + + + + + + + + + + + +

Produção de ácidos – Sorbitol + + + + + + + + + + + +

Produção de ácidos – Sacarose + + + + + + + + + + + + Produção de ácidos – D- arabinose + + + + + + + + + + + +

Motilidade + + + + + + + + + + + +

Liquefação da gelatina + + + + + + + + + + + +

Crescimento a 37ºC + + + + + + + + + + + + Reação de hipersensibilidade (Fumo) + + + + + + + + + + + +

Inoculação no hospedeiro + + + + + + + + + + + +

5. CONCLUSÕES

Este é o primeiro relato da detecção de Pantoea ananatis em sementes de milho.

O meio de cultura semi seletivo PA20 foi eficiente para a detecção da bactéria

Pantoea ananatis nas sementes.

15

REFERÊNCIAS

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