desporto. p10 reportagem. manuel simÃo mÉrtola e...

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2014.02.28 • edição mensal FUNDADO EM 2006. DIRECTOR: CARLOS PINTO // ANO: 8 // N: 343 0,70 IVA INCLUÍDO PUB CARNAVAL > DIAS DE GRANDE FOLIA EM ALMODÔVAR E ENTRADAS > POLÍTICA Autarcas PS lançam críticas ao Governo Os presidentes das câmaras PS do distrito de Beja acusam o Governo de “virar costas” ao desenvolvimento da região e rejeitam as propostas do rela- tório sobre infra-estruturas de eleva- do valor acrescentado. Para os eleitos socialistas, “as opções deste Governo continuam a ser marcadas pelo ‘virar de costas’ ao desenvolvimento da re- gião”. >p07 > ABASTECIMENTO Barragem da Rocha vai servir Ourique O abastecimento de água à vila de Ourique vai ser feito desde a barra- gem do Monte da Rocha a partir do próximo ano de 2015, cumprindo um “sonho antigo dos ouriquenses”. O contrato de empreitada para a cons- trução do abastecimento de água a Ourique é assinado esta sexta-feira, 28, e a obra deve avançar durante o mês de Abril. >p16 MÉRTOLA BOMBEIROS COM NOVOS DESAFIOS REPORTAGEM. >p04 MANUEL SIMÃO E AS NOVE “FINAIS” DO FC SÃO MARCOS DESPORTO. >p10 Somincor ganhou 115 milhões em 2013 pub. FUNCHEIRA Obras na estação dos comboios NEVES-CORVO > O ano de 2013 terminou com um saldo bastante positivo para a Somincor: a empresa bateu os recordes anuais de produção de zinco, superou as expectativas no cobre e fechou o ano com ganhos operacionais de pouco mais de 115 milhões de euros.

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2014.02.28 • edição mensalFUNDADO EM 2006. DIRECTOR: cArlOs piNTO // ANO: 8 // N: 343

€0,70IVA Incluído

PUB

CARNAVAL > DIAS DE grAnDE FOLIA EM ALMODÔVAr E EnTrADAS

> Política

Autarcas PS lançam críticas ao Governo Os presidentes das câmaras PS do distrito de Beja acusam o Governo de “virar costas” ao desenvolvimento da região e rejeitam as propostas do rela-tório sobre infra-estruturas de eleva-do valor acrescentado. Para os eleitos socialistas, “as opções deste Governo continuam a ser marcadas pelo ‘virar de costas’ ao desenvolvimento da re-gião”. >p07

> abastecimento

Barragemda Rocha vai servir Ourique O abastecimento de água à vila de Ourique vai ser feito desde a barra-gem do Monte da Rocha a partir do próximo ano de 2015, cumprindo um “sonho antigo dos ouriquenses”. O contrato de empreitada para a cons-trução do abastecimento de água a Ourique é assinado esta sexta-feira, 28, e a obra deve avançar durante o mês de Abril. >p16

MÉRTOLABOMBEIROS COMNOVOS DESAFIOS

RePoRtaGem. >p04

MANUEL SIMÃOE AS NOVE “FINAIS”DO FC SÃO MARCOS

DesPoRto. >p10

Somincor ganhou115 milhões em 2013

pub.FUnCHEIrA

Obras na estação dos comboios

NEVES-CORVO > O ano de 2013 terminou com um saldo bastante positivo para a Somincor: a empresa bateu os recordes anuais de produção de zinco, superou as expectativas no cobre e fechou o ano com

ganhos operacionais de pouco mais de 115 milhões de euros.

regiÃO

2 2014.02.28

ABerTUrA

> derrama

Face aos resultados operacionais da Somincor, a Câmara Municipal de Castro Verde deverá arrecadar cerca de 1,8 mi-

lhões de euros de impostos através da Derrama de 1,5% sobre esse valor que já anunciou para o ano de 2014.

CÂMARA DE CASTRO VERDE ARRECADA 1,8 MILHÕES

Somincor ganha 115 milhões

O ano de 2013 não foi dos me-lhores para a Somincor, mas ainda assim terminou com um saldo bas-tante positivo para a empresa que explora as minas de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde. Tudo porque a sociedade detida pela sue-co-canadiana Lundin Mining bateu os recordes anuais de produção de zinco, superou as expectativas no cobre e fechou o ano com ganhos operacionais de pouco mais de 158 milhões de dólares americanos, ou

seja, cerca de 115 milhões de euros à taxa de câmbio de 26 de Fevereiro, dia de fecho desta edição do “CA”, segundo o site do Banco de Portu-gal.

Os resultados anuais da Lundin Mining foram divulgados publica-mente no passado dia 21 de Feve-reiro através do site da empresa na Internet e revelam que em Neves-Corvo o ano de 2013 terminou com um total de vendas de 420.308.000 dólares e ganhos operacionais (total de vendas, menos custos operacio-nais e despesas gerais e administra-tivas) de 158.546.000 dólares. Estes dois valores representam uma que-bra de 45,8 milhões de dólares nas vendas e de 60 milhões nos ganhos operacionais da Somincor relativa-mente a 2012.

Segundo escreve a administra-ção da Lundin Mining no relatório anual, esta redução deve-se, entre

outros factores, à redução do preço dos metais verificada nos mercados internacionais.

Além do mais, os custos de pro-dução na Somincor também au-mentaram face a 2012. Em 2013 cada libra de minério teve um cus-to de 1,90 dólares americanos (1,43 euros), quando um ano an-tes se ficou por 1,79 dólares (1,39 euros). Este aumento tem por base o crescimento da produ-ção de zinco, justifica a empresa.

RECORDE nO zInCOCom um resultado finan-ceiro bastante posi-tivo, o ano de 2013 fica igualmente marcado pelo estabelecimen-to de um novo recorde anual de produção

de zinco em Neves-Corvo. Ao todo, foram produzidas 53.382 tonela-das deste minério (as estimativas iniciais apontavam para uma pro-dução entre as 50 e as 55 mil tone-

ladas), mais 78% que a

produção de 2012, que se ficou pe-las 30.006 toneladas. Um aumento que a Somincor explica com o teor de parte do zinco extraído no jazigo do Lombador, mais elevado que o esperado.

> RESULTADOS. No passado ano a mina de Neve-Corvo produziu 56.544 toneladas de cobre e bateu o recorde anual de produção de zinco: 53.382 toneladas!

AUSTRALIAnO LIDERAA Somincor – Sociedade Mineira de Neves-Corvo, S.A. é actual presidida pelo australiano Michael Hulmes, que acumula igualmente as funções de

director-geral das operações ibéricas da Lundin Mining. A empresa foi criada em 1980, três

anos depois dos primeiros trabalhos de prospecção mineira em Neves-Corvo. Privatizada em 2004 pelo Estado, que a vendeu à canadiana Eurozinc por cerca de 115 milhões de euros, a mina perten-ce desde 2006 ao grupo Lundin Mining.

Somincor bateu os recordes anuais de produção de zinco, superou as expectati-vas no cobre e fechou o ano com ganhos operacionais de pouco mais de 158 milhões de dólares americanos.

115Milhões de euros é o resultado operacional da Somincor em 2013. Um valor abaixo de 2012 mas, ainda assim, com bastante significado. A quebra deve-se a uma cotação mais fraca dos metais extraídos na mina: cobre, zinco, chumbo e prata.

Somincor ganha 115 milhões

2014.02.28 ABERTURAREGIÃO

3

> PROJECTOS NOVOS VÃO AVANÇAR ESTE ANO

Lundin Mining vai investir 35,6 milhões em Neves-Corvo

A Lundin Mining prevê investir cerca de 35,6 milhões de euros (49 milhões de dólares americanos) em Neves-Corvo ao longo deste ano. A maior fatia do investimento

destina-se às fases 1 e 2 do projecto Lombador, que absorverá um total de 32 milhões de euros (44 milhões de dólares).

Para a primeira fase do projecto, a Lundin Mining tem planeado um investimento de 27,6 milhões de euros (38 milhões de dólares), para o desenvolvimento de infra-estru-turas visando a produção de cobre e zinco.

Relativamente à segunda fase do Lombador, a proprietária da So-mincor estima gastar perto de 4,4

No caso do cobre saíram da mina baixo-alentejana 56.544 to-neladas, menos 2.015 toneladas que em 2012 (quebra de 3%) mas acima das projecções iniciais da empresa, que apontavam para um valor entre as 50 e as 55 mil tone-ladas. Ainda assim, este valor é o mais baixo dos últimos quatro anos: 74.011 toneladas em 2010, 74.109 toneladas em 2011 e 58.559 toneladas em 2012.

Quanto ao chumbo e prata, a produção de Neves-Corvo em 2013 foi de 1.496 e 1.306 toneladas, res-pectivamente, superando os nú-meros registados um ano antes (87 toneladas no chumbo e 961 tonela-das na prata).

Para 2014, a Lundin Mining con-ta alcançar uma produção de 50 a 55 mil toneladas de cobre, de 60 a 65 mil toneladas de zinco e de 2.000 a 2.500 toneladas de chumbo.

A MAIOREMPRESAALENTEJANAA Somincor é a maior em-presa de todo o Alentejo e uma das principais expor-tadoras em Portugal. Líder destacada em termos nacio-nais no sector da indústria extractiva, a sociedade que explora as minas de Neves-Corvo exporta 99,91% daquilo que produz para um total de 11 países. A Somincor tem cerca de 2.080 trabalhado-res directos e indirectos, dos quais 90% são oriundos dos concelhos de Castro Verde, Almodôvar, Aljustrel, Ouri-que e Mértola.

milhões de euros (seis milhões de dólares) em desenvolvimentos ho-rizontais e trabalhos de perfuração.

A Lundin Mining vai ainda in-vestir 3,6 milhões de euros (cinco milhões de dólares) em outros pro-jectos ligados à produção de zinco e em novos estudos.

Em 2014 a empresa sueco-cana-diana pretende também continuar os trabalhos de exploração na zona de Monte Branco, localizada a cerca de 1,2 quilómetros a sul do depósito de cobre da Semblana.

Investimentos no reforço da explora-ção em Neves-Corvo vão prosseguir durante o corrente ano. JTM

> INVESTIMENTO. Maior “fatia” do investimento da empresa destina-se a infra-estruturas da primei-ra fase do projecto Lom-bador.

2.015Toneladas de cobre extraído a menos do que em 2012 é outro in-dicador que se reflecte nas contas da empresa. Relativamente ao ano anterior regista-se um decréscimo detrês por cento. No total foram extraídas 56.544 toneladas.

35,6A Lundin Mining prevê investir cerca de 35,6 milhões de euros em Neves-Corvo ao longo deste ano. A maior fatia do investimento destina-se às fases 1 e 2 do projecto Lomba-dor, que absorverá um total de 32 milhões de euros.

O ano de 2013 fica igualmente marcado pelo estabelecimento de um novo recorde anual de produção de zinco em Neves-Corvo. Ao todo, foram produ-zidas 53.382 toneladas

Uma das maiores dificuldades sentidas pelos Bombeiros Volun-tários de Mértola é o facto de tra-balharem num concelho grande e com enorme dispersão popu-lacional, o que obriga as viaturas da corporação a percorrer cen-tenas de quilómetros todos os dias. “É certo que há menos ha-bitantes, mas este concelho tem entre 90 a 100 zonas habitadas. Por exemplo, da freguesia de São Pedro de Sólis, que tem limites com o concelho de Almodôvar, à freguesia de Mértola, que limita com Beja, temos um percurso de estradas de 100 ou 115 quilóme-tros”, argumenta o presidente da direcção da associação humani-tária, Aníbal Carmo.

ConCelho grande dá problemas

> mértola. Passivo dos bombeiros da “vila-museu” ronda os 70 mil euros, mas a corporação é credora de mais de 50 mil euros em serviços prestados.

Crise superada nos Bombeiros de mértola

As dificuldades ainda existem, mas os Bombeiros Voluntários de Mértola vivem hoje uma situação bem mais tranquila que aquela que enfrentaram num passado recente. A garantia é dada ao “CA” pelo pre-sidente da associação humanitária, para quem a corporação está actual-mente “numa fase de retorno”.

“As nossas dificuldades finan-ceiras não são graves, mas já foram bem muito mais graves. […] Temos uma dívida na ordem dos 70 mil euros, mas também temos receita a receber [por serviços prestados] aci-ma de 50 mil euros. O que faz com que tenhamos passivo, mas não tão grande como o de outras institui-ções”, sublinha Aníbal Carmo, reelei-to para o cargo no início do ano.

De acordo com este responsável, uma das causas para esta situação tem que ver com os atrasos nos pa-gamentos por parte de entidades a quem os Bombeiros de Mértola prestam serviços, nomeadamente na área da saúde. “As unidades hos-pitalares, por vezes, também têm dificuldades de liquidez e nesse contexto não nos pagam atempa-damente os serviços. E quando digo atempadamente, refiro-me a um pe-ríodo de 30 dias, que seria o desejá-vel. Por vezes a situação prolonga-se vários meses”, diz Aníbal Carmo.

Um quadro que faz com que no seio da associação humanitária a gestão tenha de ser criteriosa e os gastos devidamente ponderados. Tudo para evitar maiores sobressal-tos e assegurar que os seus 28 assala-riados recebem o ordenado.

“Graças a Deus não temos salá-rios em atraso”, revela Aníbal Carmo, que destaca o apoio prestado pela Câmara de Mértola à associação.

regiÃO > municípios

A Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) acusa o Governo, através da Direcção Geral das Autarquias Locais, de ainda não ter realizado as

transferências dos meses de Janeiro e Fevereiro. De acordo com a Cimbal, a situação está a afectar sobretu-do, o pagamento dos salários dos seus trabalhadores.

traNSFErÊNCIaS Do orÇamENto Do EStaDo Para a CImBal atraSaDaS

4 2014.02.28

BAiXOALENTEJO> Presidente dA AssOciAçÃO humAnitáriA diz que mAiOres dificuldAdes fOrAm ultrAPAssAdAs

Direcção dos Bombeiros de Mértola quer colocar nova cobertura no quartel da corporação da “vila-museu”. Dr

oBjECtIvoS até 2016Reconduzido no cargo de presiden-te da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mértola no final de 2013, Aníbal Carmo as-sume que nos próximos três anos o grande objectivo será cumprir com a missão de proteger a vida humana e os bens materiais.

“Iremos trabalhar com mais res-ponsabilidade, mais afinco e maior permanência”, promete.

Ainda assim, o dirigente não es-conde que existem outras ambições, a começar pela instalação de uma nova cobertura no quartel da corpo-ração para eliminar problemas com infiltrações de água. “Essa cobertura custa entre os 20 e os 23 mil euros e já estamos a trabalhar numa candi-datura a apoio financeiro através do QREN ou do InAlentejo”, adianta.

Ao mesmo tempo, os Bombeiros de Mértola espera conseguir reunir condições para adquirir duas novas ambulâncias, uma em 2015 e outra no ano seguinte. “Sentimos muito essa necessidade”, justifica Aníbal Carmo.

aNíBal CarmoPresidente dos Bombeiros de Mértola

Temos uma dívida na ordem dos 70 mil euros, mas também temos receita a re-ceber [por serviços prestados] acima de 50 mil euros.

A Câmara de Odemira, a Au-toridade Nacional de Protec-ção Civil (ANPC) e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Odemira renova-ram, pelo período de três anos, o protocolo que permite a ma-nutenção da Equipa de Interven-ção Permanente na corporação odemirense. Fonte municipal ex-plica ao “CA” que o protocolo de-fine que os salários dos membros da equipa são assumidos pela autarquia (50%) e pela ANPC (50%). A Equipa de Intervenção Permanente dos Bombeiros de Odemira é constituída por cinco elementos e tem por função dar resposta imediata a situações de combate a incêndios e socorro às populações, entre outras.

Cm odemira apoia equipa permanente

> BOmBeirOs

A Câmara de Odemira contes-ta o relatório do Grupo de Traba-lho para as Infra-estruturas de Elevado Valor Acrescentado, por este não considerar o IC 4 como prioritário. A posição da autar-quia surge num parecer político aprovado por unanimidade du-rante a última reunião de Câma-ra, no dia 20, em que os autarcas odemirenses acusam o Governo de “virar costas ao desenvolvi-mento do Sudoeste Alentejano, às suas pessoas e seus empreen-dedores”. Para a Câmara de Ode-mira, o IC4 (entre Sines e Lagos) ajudaria a região e o país a de-senvolver-se economicamente, permitindo uma via directa de um conjunto de mercadorias e bens a Sines e ao IP8 (e através deste à A2 e a Espanha), o cresci-mento da atractividade turística, para além de permitir uma liga-ção confortável e de menos de uma hora de Odemira ao Hospi-tal do Litoral Alentejano”.

odemira quer IC 4 prioritário

> estrAdAs

2014.02.28 5BAIXO ALENTEJOREGIÃO

A reabilitação da históri-ca estação arrancou no final de 2013 pela mão da REFER, depois de muita insistência da Câmara de Ourique.

> IntERvEnçÃO dA REFER Em pARcERIA cOm A câmARA dE OuRIquE

Obras melhoram estação da Funcheira> COMBOIOS. Depois das obras, Câmara de Ourique conta insta-lar posto de turismo na histórica estação.

Além de servir os passageiros, a estação ferroviária da Funcheira vai passar a pro-mover também o concelho de Ourique! Tudo porque o edifício está a sofrer algu-mas obras de requalificação, para depois receber um pequeno posto de turismo onde serão igualmente comercializados al-guns produtos locais.

A reabilitação da histórica estação arrancou no final de 2013 pela mão da REFER, depois de muita insistência da Câ-mara de Ourique e de outros municípios junto da empresa responsável pela gestão da rede ferroviária nacional.

Além da renovação das instalações sa-nitárias, cuja manutenção será depois as-segurada pela Câmara de Ourique e pela União das Freguesias de Garvão e Santa Luzia, os trabalhos incluem ainda a reno-vação do edifício principal da estação, bas-tante degradado com o passar dos anos.

Quando estiverem concluídos os traba-lhos, a autarquia ouriquense conta instalar no local uma pequeno posto de turismo e de mostra de produtos locais, caso dos enchidos de porco alentejano ou da aguar-dente de medronho de Santana da Serra. Paralelamente, a estação poderá também passar a servir de ponto de referência a uma iniciativa de visitas turísticas ao con-celho que está a ser trabalhada no âmbito do projecto “Ourique Mais”.

“Uma das propostas que está a ser tra-balhada é uma oferta turística para vir a Ourique por um dia. Ou seja, os interessa-

dos apanham o comboio em Lisboa, des-cem na Funcheira e durante o dia poderão fazer turismo arqueológico, turismo de na-tureza ou degustar a nossa comida alente-jana. E ao final da tarde regressam a Lisboa pela mesma via, não tendo custos elevados e vindo ao interior do Alentejo”, explica ao “CA” o autarca Pedro do Carmo.

O novo ciclo da Funcheira surge depois da REFER ter admitido o encerramento desta estação. “Teria sido uma tragédia”, afiança Pedro do Carmo, que juntamente com os autarcas de Castro Verde e Odemira conseguiu sensibilizar a empresa a desistir da ideia.

“Foi uma batalha que liderei e que con-seguimos ganhar, com benefícios para to-dos. […] Hoje a estação da Funcheira serve o Alfa Pendular e o Intercidades, que con-seguem colocar-nos no centro de Lisboa em cerca de duas horas”, sublinha o edil.

> E AIndA...

PS EXIGE QUE GOVERNO REGULE MERCADO DE PORCO ALENTEJANO

O PS acusou o Governo de faltar com a regulamentação do comércio de porco alenteja-no, cujo sector atravessa uma “grave” situação devido à invasão do mercado por produtos ditos de porco preto que não são da raça.O deputado do PS eleito por Beja, Luís Pita Amei-xa, refere que “o mercado tem sido invadido por produtos ditos de porco preto”, designação pela qual é vulgarmente conhecido o porco de raça alentejana, “mas que não são oriundos da raça”.Em consequência, “tem vindo a perder-se a pro-dução de porco alentejano, diminuindo o efectivo pecuário para níveis críticos e privando o merca-do de um produto verdadeiro e de qualidade”.“Tudo porque o Governo está em falta na produção de regulamentação que discipline as condições de produção e a rotulagem diferencia-dora dos produtos genuínos” de porco de raça alentejana, acusa, reclamando “com urgência” a aprovação da “necessária” regulamentação.Luís Pita Ameixa e outros 13 deputados do PS já questionaram o Governo, através de uma per-gunta dirigida à ministra da Agricultura, Assunção Cristas, sobre a aprovação da regulamentação, que consideram de “extrema importância.”

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especialidadesMedicina Geral e Familiar Dr. Guido Júnior

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Endocrinologia Prof. Galvão Teles

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Medicina do Trabalho Dr. Guido Júnior

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Psiquiatria Dr.ª Ana Matos Pires

Pediatria Dr.ª Constança Bentes

Gastroenterologia Dr. Luís Salazar de Sousa

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Ginecologia / Obstetrícia Dr. Fausto Barata

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MÉRTOLA PROMOVE EM MADRIDCAPITAL NACIONAL DA CAÇA 2014

A Merturis – Empresa Municipal de Turismo está a promover a marca “Mértola - Capital Nacional da Caça” na edição deste ano da Expocinegética, em Madrid, que se iniciou na quinta-feira, 27, e vai terminar no próximo domingo, dia 2 de Março. Segundo a Câmara de Mértola, a participação da Merturis na Expocine-gética, que é considerada a maior feira de caça e pesca da Península Ibérica, assenta na estratégia de promoção de Mértola enquanto “destino de excelência para a actividade cinegética”. A parti-cipação na feira visa também estudar o mercado externo de promoção e venda de caça, para, em conjunto com os operadores privados do conce-lho, “desenhar estratégias de internacionalização do produto caça”.

6 BAIXO ALENTEJOREGIÃO

2014.02.28

> castro verde. José da Lança é o novo respon-sável pelo hotel, que pre-tende cativar mais clientes para “escapadinhas” de três ou quatro dias.

Nova gestão no vila verde

O Hotel Vila Verde, em Castro Verde, vai ser gerido pela empresa Solar da Portela – Actividades Tu-rísticas e Hoteleiras, de Almodôvar, nos próximos cinco anos. O contrato de exploração da unidade hoteleira de três estrelas entrou em vigor no início de 2014 e José da Lança não esconde que esta foi uma oportuni-dade que não quis deixar escapar.

“Tivemos um projecto de uma unidade hoteleira para avançar em Almodôvar, mas não foi possível porque o PDM não o permitia. Agora apareceu esta oportunidade e como queremos dinamizar a nossa região e crescer e acreditamos no Alentejo, resolvemos avançar”, conta ao “CA” o sócio-gerente da Solar da Portela, empresa ligada ao Grupo Lança.

Depois de ficar com a gestão do Hotel Vila Verde até 2018, a empresa de Almodôvar já investiu perto de 30 mil euros, entre algumas bene-ficiações, nomeadamente ao nível de mobiliário, ar-condicionados e aquecimento central, e o próprio

> EmpREsA sOlAR dA pORtElA é REspOnsávEl pElA unIdAdE Até 2018

Hotel Vila Verde, de três estrelas, fica no centro de Castro Verde. Dr

José da laNçaEmpresário

Apareceu esta oportunidade e como queremos dinamizar a nossa região e crescer e acreditamos no Alentejo, resolve-mos avançar.

” A Herdade Vale da Rosa, no concelho de Ferreira do Alentejo, produziu em 2013 um total de 5.700 toneladas de uvas de mesa e registou um volume de negócios a rondar os 8,8 milhões de euros.

Com 230 hectares de vinha em produção, a empresa gerida por António Silvestre Ferreira produz 12 variedades de uva, com e sem grainha, que comercializa em Portugal e exporta para outros mercados, casos de Inglaterra, França, Espanha, Bélgica, Ho-landa, Luxemburgo, Polónia, Angola ou China.

A Herdade Vale da Rosa foi visitada no passado dia 25 de Fevereiro pelo secretário de Estado dos Negócios Estran-geiros e da Cooperação, Luís Campos Ferreira. Dias antes, a em-presa foi elogiada pela cadeia britânica de supermercados Marks & Spencer du-rante a reunião anual de fornecedores, que decorreu na Alemanha.

vale da rosa produziu5.700 toneladas de uva

> HERdAdE Em FERREIRA dO AlEntEjO

emotion ganha prémio de melhor animação turística

> EmpREsA cOm sEdE Em EntRAdAs (cAstRO vERdE)

A Emotion – Life on Adventu-re foi uma das vencedoras nos prémios “Turismo do Alentejo 2013”, cuja entrega decorreu no passado dia 23 de Fevereiro. A empresa criada em 2006 e com sede em Entradas venceu na categoria de Melhor Animação Tu-rística.

“Este prémio tem para nós um signi-ficado especial. É gratificante sentir que o nosso trabalho é reconhecidamente de qualidade e que mereceu esta distinção por parte um júri com-posto por um conjunto de pessoas muito credíveis na

durante a próxima edição da Bolsa de Turismo de Lisboa, que se rea-liza de 12 a 16 de Março, o projecto “UP Alentejo”, que visa a promoção de passeios turísticos em balão de ar quente complementados com outras actividades na região, poten-ciando o Alentejo como região de excelência para o lazer.

Hugo Domingos explica que através dos programas de voo da UP Alentejo será possível sobrevoar várias vilas e cidades do Alto e Baixo Alentejo e conhecer a região “de uma forma absolutamente única”.

O projecto entra em actividade este sábado, 1 de Março, e todos os interessados poderão obter mais in-formações e fazer as suas marcações através do sítio na Internet www.upalentejo.pt.

área do turismo”, sublinha ao “CA” Hugo Domingos, um dos sócios-gerentes da empresa.

O responsável pela Emo-tion garante ainda que depois

desta distinção, a empresa vai continuar a trabalhar

“com os mesmos ob-jectivos e visão”. “Mas a partir de agora com uma responsabilida-de acrescida que nos motiva a fazer ainda mais e melhor e prol da notoriedade do nosso território”,

acrescenta.

Nova parceriaEntretanto, a Emotion e a

Publibalão vão apresentar

21é o número de quartos do Hotel Vila Verde, unidade hoteleira de três es-trelas de Castro Verde. Entre estes, oito são quarto duplos e os restantes têm cama de casal.

contrato de exploração, que tem op-ção de compra quando terminar.

“Não quisemos arriscar muito, mas a nossa perspectiva é no final do contrato ficarmos mesmo com o hotel”, confidencia José da Lança.

Para já, a unidade hoteleira de Castro Verde tem sete funcionários e um total de 21 quartos (oito dos quais duplos), registando nestes pri-meiros dois meses do ano uma taxa média de ocupação de 50%.

“É uma taxa bastante satisfató-ria”, frisa José da Lança, não escon-dendo que o projecto que tem para Castro Verde é para “crescer em to-dos os sentidos”. “Queremos criar

mais emprego e dinamizar o hotel. Não só com os clientes que temos de ‘passagem’, mas também criando alguns roteiros turísticos e outras ac-tividades que possam fixar os clien-tes três, quatro ou cinco dias”, frisa o empresário almodovarense.

Hugo Domingos António Silvestre Ferreira

Queremos crescer em todos os senti-dos, criar mais em-prego e dinamizar o hotel.

O grupo de trabalho para as infra-estruturas de elevado valor acrescentado apresentou ao Gover-no, no final de Janeiro, um relatório em que define 30 projectos priori-tários de obras públicas até 2020, num investimento total de 5,1 mil milhões de euros. Para o distrito de Beja, o relatório, no sector rodovi-ário, em alternativa à A26 até Beja, propõe a conclusão da requalifica-ção do troço Santa Margarida do Sado/Beja do IP8 após 2016 e antes do fim do Quadro Comunitário de Apoio (QCA) para 2014/2020. No sector ferroviário, o relatório pro-põe a conclusão da electrificação do troço Casa Branca/Beja, da Li-nha do Alentejo, após o QCA, e do troço entre Ourique e a mina de Ne-ves-Corvo, após 2016 e antes do fim do QCA. No sector aeroportuário, são feitas recomendações para se ultrapassar “a falta de dinamização comercial” do aeroporto de Beja.

PROPOSTASDA DISCÓRDIA

> PRESIDENTES DE CÂMARA DO PS TOMAM POSIÇÃO POLÍTICA

Governo “viroucostas” à região do Baixo Alentejo

Os presidentes das câmaras PS do distrito de Beja acusam o Go-verno de “virar costas” ao desen-volvimento da região e rejeitam as propostas do relatório sobre infra-estruturas de elevado valor acrescentado.

Num comunicado, os líderes socialistas das câmaras de Aljus-trel, Almodôvar, Ferreira do Alen-tejo, Mértola, Ourique e Odemira referem que analisaram o relató-rio e concluíram que “as opções deste Governo continuam a ser marcadas pelo ‘virar de costas’ ao desenvolvimento da região”.

Os autarcas “rejeitam vee-mentemente as propostas do relatório”, porque “apontam o ‘remendar’ de obras estruturan-tes para a região, condenando ao abandono” a construção da A26, entre Sines e Beja.

> POLÍTICA. Autarcas do PS no Baixo Alentejo não aceitam propostas do Governo para a região até 2020.

Os autarcas consideram “ina-ceitável a não conclusão” da A26, “obra abandonada há vários me-ses” e que iria ligar Sines e Beja à A2, “incrementando alguns dos maiores investimentos estrutu-rantes do país”, como o porto de Sines e o aeroporto de Beja. Obra que, adianta o PS, contribuiria “decisivamente para a internacio-nalização da economia da região com o reforço da ligação a Espa-nha”.

“Fora dos planos do Governo e sem qualquer referência no rela-tório” estão os troços do IC27 en-tre Alcoutim e Beja e do IC4 entre Lagos e Sines, vias “absolutamen-te estruturantes no desenvolvi-mento turístico, agro-alimentar e na internacionalização económi-ca da região”, lamentam.

Os autarcas PS consideram tam-bém “inaceitável” a pretensão do Governo de limitar o acesso das au-tarquias a fundos nacionais e comu-nitários “essenciais para desenvolver e requalificar vias e infra-estruturas em benefício das populações, do desenvolvimento económico e da coesão territorial”.

Os vereadores do Partido So-cialista na Câmara Municipal de Beja apresentaram segunda-feira, 24, um balanço “muito negativo” do trabalho da CDU na autarquia, apontando a exis-tência de “desorganização total dos serviços administrativos e financeiros”.

Numa conferência de im-prensa para fazer o balanço de 100 dias de mandato, a equipa de vereadores liderada pelo an-terior presidente, Jorge Pulido Valente, manifestou a sua forte preocupação com aquilo que catalogou como “saneamen-to político inaceitável”, numa referência ao “afastamento e discriminação de funcionários da Câmara com provas dada de empenhamento, competência, profissionalismo e isenção”.

“Uma atitude inqualificável e anti-democrática” da maioria da CDU, vinca a equipa do PS na autarquia, explicando que, “sem qualquer justificação ou explicação”, há trabalhadores “totalmente desaproveitados, sem objectivos definidos e sem avaliadores identificados”.

Descontentes com a “inér-cia total” e o “agravamento de problemas que afectam a cida-de”, os autarcas socialistas na Câmara de Beja denunciaram também o facto de as despesas da última festa de passagem-de-ano terem sido pagas “ilegal-mente” pela Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS).

PS fazbalançonegativoem Beja

> AUTARQUIAS> E AINDA...

LÍDER DO PSD-BEJAAPRESENTOU MOÇÃO O líder distrital de Beja do PSD, Mário Simões, apresentou uma moção no congresso do partido, no último fim-de-semana, onde reclama que Alentejo seja considerado como zona prioritária de Investimento Di-recto Estrangeiro (IDE). O objectivo, segundo se lê no documento, aponta para que sejam gerados empregos e combatido o despovoamento. “Alen-tejo, Desenvolvimento, Economia e Participação Política” é o título global da moção onde é também exigido o “reinício imediato” das obras no IP8 e no IP2, bem como a electrifica-ção da linha ferroviária entre Casa Branca e a cidade de Beja.

ALJUSTREL E CASTROVOLTARAM ÀS 35 HORAS Os trabalhadores das câmaras municipais de Aljustrel e Castro Verde regressaram ao horário das 35 horas semanais na passada segunda-feira, 24 de Fevereiro. A autarquia de Aljustrel alega que “o aumento do horário de tra-balho, diário e semanal não tem contribuído para o aumento da produtividade”, assumindo não identificar “qualquer motivo que impeça, jurídica ou politicamente” a manutenção das 40 horas. No caso de Castro Verde, a argumentação é basicamente a mesma. Sublinhe-se, ainda, que tanto uma como outra autarquia decidiram que os seus trabalhadores terão tolerância de ponto na próxima terça-feira, dia de Carnaval.

JOSÉ A. GUERREIRO LIDERA A AMBILITAL O presidente da Câmara Municipal de Odemira, o socialista José Alberto Guerreiro, vai presidir ao conselho de administração da empresa intermunicipal Ambilital até 2017. As eleições para a empresa decorreram no passado dia 14 de Fevereiro e a seu lado o autarca de Odemira vai ter António Afonso (secretário-executivo da AMA-GRA – Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão Regional do Ambiente) e um representante da Serurb – Serviços Urbanos Lda. como vogais. Nuno Mascarenhas, autarca de Sines, será o presidente da mesa da Assembleia Geral.

Obras no IP2 estão abando-nadas há vários meses e sem qualquer plano do Governo para serem retomadas. DR

2014.02.28 7BAIXO ALENTEJOREGIÃO

Pulido Valente critica gestão CDU. DR

8 BAIXO ALENTEJOREGIÃO

> AssOcIAçÃO dE OlIvIcultOREs dO sul ApREsEntAdA Em BEjA

Produtores de azeitecriam associação Olivum

Um grupo alargado de olivicultores do sul de Portugal criaram uma associação para defender os interesses do sector olivícola no Alentejo, onde tem uma dinâmica “bastante significativa” e já ocupa mais de 60.000 hec-tares de terras.

A Olivum – Associação de Olivicultores do Sul, apresentada em Beja na passada sema-na, foi criada para “defender os interesses co-muns dos olivicultores e do sector olivícola” na região, explicou o presidente da Assem-bleia Geral da associação, Armando Sevinate Pinto, antigo ministro da Agricultura do PSD.

A olivicultura tem “uma dinâmica bastan-te significativa e peso económico” no sul de Portugal, “mas isso não quer dizer que não existam problemas”, os quais “exigem que haja uma união entre os olivicultores para os resolver”, frisou.

Por isso, disse, a Olivum surgiu para col-matar a falta de “uma associação específica para representar a importantíssima realida-de da olivicultura” no sul, sobretudo no Alen-tejo, que “tem bastante mais área de olival do que o conjunto do resto do país e produz três quartos do azeite produzido em Portugal e com uma qualidade extraordinária”.

> OLIVICULTURA. Nova associa-ção quer “defender os interesses comuns dos olivicultores e do sector olivícola” do Alentejo.

2014.02.28

O primeiro “Silarca, Festival do Cogu-melo” vai decorrer, entre os dias 7 e 9 de Março, na Cabeça Gorda para celebrar os recursos micológicos e silvestres e mostrar as tradições gastronómicas do concelho de Beja. O festival será “um evento que cele-bra os recursos silvestres e micológicos, ancestral prática na gastronomia local, enquanto valor patrimonial de excelência, cruzando os saberes tradicionais, o cante alentejano e os produtos naturais”, explica a organizadora, a Junta de Freguesia de Ca-beça Gorda. A organiação pretende que o festival “se torne uma referência no roteiro gastronómico e cultural” de Beja.

Festival põecogumelos“à mesa” naCabeça Gorda

> 07 A 09 dE mARçO

A olivicultura, “um dos sectores agrícolas mais modernizados” de Portugal, “abrange uma área superior a 60.000 hectares de re-gadio” no sul do país e “representa 53% dos 40.000 hectares actualmente regados pelo perímetro do Alqueva”, refere a Olivum, num comunicado.

Defesa e representação dos olivicultores do sul do país junto de entidades oficiais, associações e confederações nacionais e in-ternacionais e criação de um interlocutor “qualificado e representativo para melhor defender” o sector olivícola junto da União Europeia e medidas comunitárias são algu-mas das áreas de actuação da Olivum.

A associação também quer identificar os problemas e as oportunidades do sector, tor-nar-se um centro de divulgação de ideias e experiências dos associados, criar condições para a integração entre investigação, pro-dução e indústria, para valorizar o produto azeitona, e fomentar o conhecimento esta-tístico dos principais aspectos da produção olivícola em Portugal, em especial do olival moderno de regadio.

Trabalhar e acompanhar, em conjunto com as entidades nacionais, a transposição das regras comunitárias relativas à olivicul-tura para o regime interno português e ser “voz activa” junto da Empresa de Desenvol-vimento e Infra-estruturas do Alqueva “na luta pelo preço justo da água” do empreen-dimento são algumas das intervenções ime-diatas e específicas da Olivum.

Cáritas Diocesana de Beja lança campanha “Azeite Solidário”

> pARcERIAs cOm pROdutOREs dE AZEItE dO AlEntEjO

Olivicultura abrange uma área superior a 60.000 hectares de regadio” no sul do país. Arquivo

Azeite e esperança! A conjugação está por fazer mas já está em marcha: a Cáritas Diocesana de Beja lançou um campanha, em finais de 2013, que pretende ser concre-

tizada através de parcerias com as empresas alentejanas que produzem azeite.

A campanha “Azeite Solidário, uma gota de esperança” tem como objec-

tivo angariar cerca de 3.000 litros de azeite. O objectivo final é, segundo explica a Cá-

ritas de Beja, auxiliar pessoas e famílias “em

situação de exclusão e vulnerabilida-

de social”. “Acreditamos que esta campanha marcará, pela positiva, todos os seus desti-natários, não só as pessoas e as famílias que servimos, como também todos os parceiros envolvidos”, adianta aquela organização da Igreja Católica, liderada no distrito de Beja por Teresa Chaves.

O objectivo essencial da campanha, que foi apresentada quinta-feira, dia 27, em Beja, é encontrar “uma solução para colmatar as necessidades das famílias” alentejanas, atra-vés da “partilha de ideais comuns, tais como, solidariedade, edificação do bem comum, partilha, responsabilidade social, trabalho de equipa e parceria”.

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FUTEBOL E MODALIDADESFUTEBOL E MODALIDADES

DESPORTO> TREInADOR MAnUEL SIMãO ESTá OPTIMISTA qUAnTO à MAnUTEnçãO

10 2014.02.28

FC São Marcos tem nove “finais”> Futebol. Equipa do concelho de Castro Verde luta pela manutenção no campeonato distrital da 1ª divisão.

Não está fácil a vida do FC São Marcos no campeonato distrital da 1ª divisão! A nove jornadas do final da competição, a equipa do conce-lho de Castro Verde teima em deixar os últimos lugares da tabela classi-ficativa e os jogos que faltam serão autênticas “finais” na luta pela ma-nutenção.

“De há três jogos para cá que o meu discurso junto dos jogadores é ‘Cada jogo, cada final’. Por isso, seja com que adversário for, para nós os jogos que faltam são autênticas fi-nais, pois queremos muito ficar na 1ª divisão”, revela ao “CA” o técnico Manuel Simão.

Em 17 jornadas de “Distritalão”, o FC São Marcos somou apenas duas vitórias, uma das quais na úl-tima jornada, na casa do Vasco da Gama, actual segundo classificado. “Conseguimos uma vitória na Vidi-gueira que pouca gente esperava e espero que daqui para a frente as coisas comecem a ter mais cami-nho, porque este ano não tem sido nada fácil”, vinca o técnico.

As lesões graves de alguns joga-dores são uma das razões aponta-das por Manuel Simão para a época menos positiva da sua equipa, que tem ainda enfrentado outras di-ficuldades internas e já teve, por exemplo, de inscrever seis guarda-redes! “Só por aí se vê que as coisas não têm sido fáceis”, argumenta.

Em simultâneo, o treinador do FC São Marcos reconhece que a equipa também tem sido prejudi-cada pela inexperiência de grande parte dos seus reforços, quase todos vindos dos juniores do “vizinho” FC Castrense.

Odemirense, Piense, Vasco da Gama e Renascente de São Teotónio apuraram-se no últi-mo domingo, 23 de Fevereiro, para as meias-finais da edição 2013-2014 da Taça do Distrito de Beja. A grande surpresa da ronda foi a vitória do Piense, ac-tual detentor do troféu, em casa do FC Castrense por duas bolas a uma. Nos restantes jogos, o Odemirense venceu nas grandes penalidades o Sp. Cuba (8-7, de-pois do 0-0 nos 120 minutos de jogo), ao passo que o Vasco da Gama venceu no reduto do Sa-bóia (1-2 após prolongamento). O único “representante” da 2ª divisão distrital ainda em prova é o Renascente de São Teotónio, que derrotou o Naverredonden-se (0-3 após prolongamento).

Castrense eliminado da taça

> FUTEBOL

“Jornada após jornada não con-seguíamos ganhar fruto dessa inex-periência, que causou muitos erros defensivos. Não é por acaso que te-mos a defesa mais batida”, sublinha Manuel Simão.

Apesar destas contrariedades, a esperança é a última a morrer e em São Marcos da Atabueira ninguém deita a toalha ao chão. A equipa foi reforçada com as entradas do avan-çado Patinha, do defesa Adilson e, mais recentemente, do guar-da-redes Peraltinha e o seu treinador acredita que a ma-nutenção é um objectivo bem possível de garantir.

“Demos uns reto-ques na equipa e a par-tir daqui parece-nos que vamos conseguir fazer aqueles pontos que são necessários para ficarmos na 1ª divisão distrital”, afiança.

Manuel Simão é um caso raro de longevidade no futebol distri-tal, orientando a equipa de São Marcos da Atabueira há mais de duas décadas. “Ando aqui por amor à camisola! E como fui jo-gador e fundador do clube, ao lado do presidente Manuel Ba-tista, vou continuando”, admite Manuel Simão. Apesar da paixão pela instituição e pela modali-dade, o técnico não esconde que

todos os anos ele e o presidente desejam “passar a pasta”… aca-bando sempre por continuar! “Como temos muito amor por isto, não o queremos entregar

de qualquer maneira. É isso que nos faz continuar a ser as ‘caras’ do FC São Marcos”,

justifica.

por Amor à cAmisolA

Prestação do São Marcos tem andado muito aquém do esperado e a manutenção está longe de ser um dado adquirido. dr

Realiza-se este fim-de-sema-na, dias 1 e 2 de Março, os jogos dos dezasseisavos-de-final da Taça de Honra do Inatel de Beja. No sábado, 1 de Março, jogam Salvadense-Alcariense, Mombe-ja-Pereirense, Vale d’Oca-Santa Vitória, Faro do Alentejo-Cuba, Figueirense-Amoreiras-Gare, Vale Figueira-Barrancos, Sete-Albernoense, Trindade-Sone-guense, Brinches-Longueira, Sanjoanense-Penedo Gordo e Quintos-Serrano. No domingo, dia 2 de Março, será a vez de mais quatro partidas: Santa Luzia-Cercalense, Luzianes-Relíquias, Santaclarense-Bemposta e Al-vorada de Ervidel-Louredense. A fechar a ronda dos dezassei-savos de final da Taça de Honra do Inatel de Beja, disputa-se no dia 8 de Março o jogo entre as equipas do Luso Serpense e do Almodovarense.

taça de Honra no Inatel

> FUTEBOL

> columbofilia

Arranca este domingo, dia 2 de Março, a campanha de 2014 da Associação Columbófila do Distrito de Beja. A época começa com

uma prova de velocidade, com largadas das localidades de La Carlota e La Campana para as zonas Norte e Sul, respectivamente.

CAMPANHA De 2014 ARRANCA DoMINGo, 2 De MARÇo, No DIStRIto De beJA

Manuel Simão treina São Marcos há mais de 20 anos. dr

DESPORTOFUTEBOL E MODALIDADES

> TEMPO EXTRA

Diogo gonçalves na selecção nacional

O almodovarense Diogo Gonçalves está no Algarve, a representar a Selecção Nacional de sub-17 no tor-neio internacional quer termina este domingo, dia 2 de Março. O jovem avançado do Benfica, onde já tem contrato de profissional, foi um dos convocados pelo seleccionador nacional Emílio Peixe para a com-petição, que conta ainda com a participação das selecções da Alemanha, Inglaterra e Holanda. A equipa das quinas joga esta sexta-feira, 28, no Estádio do Algarve com os ingleses e despede-se da com-petição no domingo, 2, frente à Holanda, em jogo agendado para o Estádio da Bela Vista, no Parchal.

2014.02.28 11

> JOvEM AvAnçADO FORMADO nO MInEIRO ALJUSTRELEnSE

Farense “de olho” em José luís estebaínha> Futebol. Jogador de 20 anos alinha no 11 Esperan-ças e já foi treinar à expe-riência com o plantel dos “leões” de Faro.

José Luís Estebaínha pode ser o próximo baixo-alentejano a enver-gar a camisola do Farense! O jovem avançado de 20 anos, natural de Al-justrel, tem vindo a ser observado pelos principais responsáveis pelo futebol sénior do clube de Faro e, na passada semana, esteve mesmo a treinar à experiência com o plantel dos “leões” algarvios.

Actualmente a militar na Liga 2 Cabovisão (Divisão de Honra), o Farense continua atento aos valores que vão despontando nas equipas algarvias. Foi o que aconteceu com José Luís Estebaínha, que está a fre-quentar o ensino universitário em Faro e por isso este ano alinha no 11 Esperanças, clube sediado na capital algarvia e que disputa o campeonato distrital, onde ocupa a 11ª posição.

Nascido em Aljustrel no ano de 1993 (cumpre 21 anos no próximo

dia 25 de Março), José Luís Esteba-ínha faz parte de uma família com fortes ligações ao futebol e ao Mi-neiro Aljustrelense. É irmão de Car-los Estebaínha (actual capitão dos tricolores), e primo do técnico Car-los Estebaínha (que como jogador representou, entre outros, o Aljus-trelense, FC Castrense e Ourique) e de José Carlos Estebaínha (que tam-bém chegou a jogar nos algarvios nas camadas jovens, sendo colega de equipa do messejanense Jorge Soares).

Formado no emblema da vila das minas, José Luís Estebaínha cedo deu nas vistas e esteve mesmo em vias de rumar ao FC Porto. A mudan-ça para os dragões acabou por não se concretizar e o jovem atleta per-maneceu em Aljustrel, estreando-se na equipa principal do Mineiro em 2010-2011, na 3ª divisão nacional, quando era apenas júnior de pri-meiro ano.

Depois de duas épocas nos se-niores do Aljustrelense, Estebaínha rumou a meio da última temporada para o Rosairense e daí para o 11 Es-peranças. A próxima etapa pode ser o Farense.

José Luís Estebaínha tem sido observado nas últimas semanas pelos responsáveis do Farense. Dr

A ligação do Farense ao fute-bol baixo-alentejano já dura há muitos anos, tendo sido vários os atletas da região a passar pe-las diversas equipas do clube algarvio. O defesa-central Jorge Soares, natural de Messejana, foi um dos que mais se destacou, tendo mesmo chegado a assinar pelo Benfica em 1996-1997. Pelo Farense passaram ainda jogado-res baixo-alentejanos como Bru-no Mestre e Duarte Constantino (ambos de Almodôvar), Toy Va-lentim (de Castro Verde) ou José Carlos Estebaínha (de Aljustrel e primo de José Luís Estebaínha). Quem também jogou no Farense foi o médio Paulo Serrão (actual jogador do Mineiro), assim como o médio mertolense Hugo e o avançado mourense Ramos.

AlgArvios Atentos Ao distrito

Provas de atletismoem entradas e castro

> nOS DIAS 1, 8 E 16 DE MARçO

As vilas de Entradas e de Castro Verde recebem nos próximos três fins-de-semana provas integradas no calendário da época 2013-2014 da Associação de Atletismo de Beja.

Em Entradas disputa-se já este sábado, dia 1 de Março, o Grande Prémio Entrudanças, integrado na programação do festival de danças e tradição que se realiza naquela localidade durante o fim-de-semana.

A prova, que arranca às 10h00, é organizada pela Associação de Atletismo de Beja e conta com o patrocínio da Junta de Freguesia de Entradas e os apoios da Câ-

mara e dos Bombeiros de Castro Verde.

A 8 de Março (sábado) é a vez da pista simplificada do Estádio Municipal 25 de Abril, em Castro Verde, receber o Triatlo Técnico Jovem e a quarta jornada da Taça de Benjamins. A competição tem início agendado para as 14h30 e é promovida pela Associação de Atletismo de Beja, com o apoio da autarquia castrense.

Uma semana depois, a 16 de Março, a mesma pista acolhe a partir das 10h00 o Torneio de Velo-cidade e Saltos Horizontais, assim como a quinta jornada da Taça de Benjamins.

Domingos soares treina o alDenovense

Domingos Soares é o novo trei-nador do Aldenovense, substituindo no cargo José Baião (que por sua vez já havia rendido Paulo Paixão). Antigo jogador do clube, ao serviço do qual foi campeão distrital em

1992-1993 e 2000-2001 e ganhou três taças do Distrito de Beja, Domingos Soares terá como adjunto João Portela, jovem técnico que orienta a equipa de infantis

do emblema de Vila Nova de São Bento. A estreia de

Domingos Soares no banco do Al-denovense será este domingo, dia 2 de Março, na visita ao líder Mineiro Aljustrelense.

Pista simplificada de Cas-tro Verde recebe duas provas em Março. Dr

Diogo Gonçalves. Dr

12

> Aljustrel

Os fadistas Nuno da Câmara Perei-ra, Rodrigo e António Pinto Bastos são algumas das presenças anunciadas para

o espectáculo “Fado Solidário”, na vila de Aljustrel, no dia 7 de Março (sexta-feira), no Pavilhão do Parque de Feiras.

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA PROMOVE NOITE DE FADOS

FIMSEMANADE

TEMPO LIVRECULTURAESPECTÁCULOSCINEMA e TVAGENDA E SERVIÇOSPESSOAS

2014.02.28

DE

> FESTIVAL INTERNACIONAL ORGANIZADO PELA LENDIAS D’ENCANTAR

FITA apresenta teatrodo mundo em Beja

O I Festival Internacional de Tea-tro do Alentejo (FITA) vai reunir, entre 19 e 29 de Março, em Beja e Évora, 13 companhias de Portugal, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba e Espanha, anunciou a companhia Lendias d’Encantar, que promove o festival.

Além de espectáculos de teatro, o FITA, organizado pela companhia de Beja, vai incluir uma programação pa-ralela com sessões de café-concerto, poesia, jantares temáticos e ‘workshops’, adianta o director artístico do festival, António Revez.

Através do FITA, a companhia quer oferecer “uma programação de teatro de elevada qualidade artística e con-densada” e, desta forma, contribuir para a criação de públicos para o teatro e de um pólo de atraccão turística no Alente-jo, explica.

> FESTIVAL. Treze com-panhias de teatro de todo o mundo apresentam-se em Beja e Évora entre 19 e 29 de Março.

A exposição “Filhos das Nu-vens – A Última Colónia”, com fo-tografias de José Baguinho sobre campos de refugiados do Sahara Ocidental, na África Setentrional, pode ser apreciada até quinta-feira, dia 6, na Casa da Cultura de Beja. A mostra revela fotografias que José Baguinho tirou durante uma visita de solidariedade aos campos de refugiados saharauís e que são “um testemunho impressionante da luta” pela independência do povo do Sahara Ocidental.

Baguinhomostra fotosdo Sahara

> BEJA

Os portugueses Rita Guerra, Berg e Adiafa vão actuar na edição deste ano da Feira do Porco Alen-tejano, entre 21 e 23 de Março, na vila de Ourique. A “banda sonora” da feira arranca com o concerto de Berg (dia 21 de Março), seguindo-se Rita Guerra (dia 22) e o grupo Adiafa (dia 23), precisa a organiza-dora, a Câmara Municipal de Ou-rique. Segundo a mesma fonte, neste momento os espaços reser-vados para expositores na feira já estão totalmente reservados.

Feira doPorco trazRita e Berg

> OURIQUE

A Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM) vai par-ticipar no Mercado Gourmet, entre os dias 7 e 9 de Março, no Campo Pequeno, em Lisboa, para promover e valorizar os recursos silves-tres do Alentejo. Será a primeira vez que os recursos silvestres do Alentejo marcarão presença num evento gourmet, refere a ADPM, que espera que aqueles produtos “assumam um lugar preferencial ao nível das experiências gastronómicas mais elaboradas, tendo sempre presente a autenticidade e a qualidade”. Segundo a ADPM, “o espírito dos merca-dos antigos portugueses” é o mote do Mercado Gourmet, que pretende “promover recursos de excelência junto dos consumidores mais requintados e do mercado mais especia-lizado”.

Alentejo promove-seem Mercado Gourmet

> INICIATIVA DA ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DO PATRIMÓNIO DE MÉRTOLA

Por outro lado, diz, o FITA, que “po-tencia contactos e parcerias” que a Len-dias d’Encantar desenvolveu com outras companhias no âmbito de participações em festivais internacionais de teatro, pretende, através da programação para-lela, “fomentar o contacto das estruturas teatrais participantes entre si e com o público”.

A programação do FITA para Beja in-clui a apresentação, no Teatro Municipal Pax Julia, de 12 espectáculos de teatro, sete de companhias de Portugal e um de cada uma das restantes cinco estrangei-ras.

Artistas Unidos, FC Produções Te-atrais, Teatro O Bando, Art’Imagem, A Bruxa Teatro, Acert e Baal 17 (Portugal), Grupo Cena (Brasil), Teatro Maleza (Chi-le), Limiar Teatro (Espanha), Teatro Tier-ra (Colômbia) e Teatro D’Dos (Cuba) são as companhias de teatro que vão parti-cipar no FITA.

Da programação paralela para Beja, no Espaço Os Infantes, destaca-se os concertos de JP Simões (dia 19), do pro-jecto Pó da Alma dos músicos Paulo Ribeiro e Jorge Moniz (dia 20), de Már-

cia (dia 21), de Nuno do Ó (dia 22), do grupo Nau (dia 26) e do projecto criado pela Lendias d’Encantar, “Eroscópio” (dia 27).

Segundo António Revez, Évora vai receber uma extensão do FITA, que inclui a apresentação de espec-táculos de teatro de quatro das companhias estrangeiras par-ticipantes.

O FITA “nasce” como par-te integrante do projecto “Imaginários ao Sul”, que resulta de uma parceria entre a companhia Lendias d’Encantar, a Sociedade de Instrução e Recreio Joaquim António de Aguiar e o Cine Clube da Universidade de Évora.

O projecto, financiado por fundos comunitários, inclui a re-alização de outros dois festivais, o FIKE – Festival Internacional de Curtas Metragens e o Raízes do Som – Festival Internacional de Música Tradicional, os quais também irão decorrer em Beja e Évora.

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FIMSEMANA14

TEMPO LIVRE

DE2014.02.28

> DIAS DE FESTA E ALEGRIA EM TODA A REGIÃO

Carnaval é festano Baixo Alentejo

Esta sexta-feira, em muitos concelhos, já é um dia forte para celebrar o Carnaval. A tarefa está sobretudo entregue às crianças das escolas, que entre máscaras e sorrisos vão colorir as ruas com tom de folia. É o caso de Aljustrel, onde cerca de 500 crian-ças e jovens vão participar no desfile à vol-ta da Praça da Resistência! Os “pequenos foliões”, mascarados consoante os temas escolhidos pelas suas escolas, vão encher as ruas de cor e animação!

Também nesta sexta-feira, arranca em Entradas (Castro Verde), o Festival Entru-danças, organizado pela Associação Pé-deXumbo e Câmara Municipal de Castro Verde, com a apresentação da instalação artística “Há Cravos sem ser em Abril”, pe-las 18h00, junto ao Museu da Ruralidade.

No sábado, segundo dia do Festival, as crianças das escolas integram o desfile so-bre a temática da “liberdade” e sucedem-se os acontecimentos no programa da festa. Pode dizer-se que o Entrudanças será mes-mo o “prato forte” do fim-de-semana! Esta “espécie” de Carnaval alternativo enche aquela vila com bailes, danças e tradições

> FOLIA.A festa do Carnaval vai animar fortemente os concelhos onde essa folia anual é tradição: Almodôvar, Cuba e Sines cumprem o ritual de desfiles e máscaras. Castro Verde tem Entrudanças!

Crianças e adultos vão poder assistir neste sábado, dia 1 de Março, a partir das 16h00, no Museu Municipal de Aljustrel, à peça de teatro “A Galinha Ruiva”, interpre-tada por técnicos e criada no âmbito de um projecto educativo do museu.

Depois de uma sessão para crianças do pré-escolar e do 1.º ciclo do Ensino Básico de Aljustrel, a peça, adaptada de um con-to inglês para a língua portuguesa, será apresentada ao público em geral, explica a Câmara de Aljustrel.

A peça foi criada no âmbito do pro-jecto educativo do Museu Municipal de Aljustrel “Do grão ao pão”, que pretende “mostrar, através de atividades lúdicas e educativas, todo o processo tradicional de confecção do pão”, produto “base da ali-mentação alentejana”.

Teatro no Museu> ALJUSTREL

O jovem compositor Francisco Assislau Chaves, de Castro Verde, está a preparar duas novas peças musicais, que serão es-treadas durante este ano de 2014. Uma das peças é para o prémio “Jovens Músi-cos” e a outra para a Orquestra Sinfónica Juvenil.

“Estas encomendas surpreende-ram-me”, admite ao “CA” Francis-co Assislau Chaves, de 20 anos, que frequenta as licenciatu-ras de Guitarra e Compo-sição na Universidade de Évora.

No caso da enco-menda para o prémio “Jovens Músicos”, trata-se da peça para ser tocada a solo por todos os violinistas em con-curso, daí Francisco ter tentado elaborar uma peça “difícil, muito extravagante e virtuosa”.

“O objectivo é o violinista estar a tocar e as pessoas fica-rem coladas à cadeira a pensar ‘Como é que ele faz aquilo?’. Ain-da não vi a peça ser tocada, mas acho que vai causar muito impac-

Francisco Assislau Chaves prepara duas novas peças

> JOVEM cOMPOSITOR DE cASTRO VERDE

> E AINDA...

“MIssãO sOrrIsO” ApOIA prOjeCTOs COM 30 MIL eurOs Dois projectos apresentadas pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) foram premiados no âmbito da “Missão Sorriso 2013”, uma iniciativa da cadeia de hipermercados Continente. Um dos projectos premiados foi o “Aproxima-te”, da responsabilidade da Liga dos Amigos do Hospital de Beja (LAHB), que recebeu 20 mil euros. O projecto visa apoiar os doentes ostomizados após intervenção médico-cirúrgica. Também premiado pela “Missão Sorriso 2013” foi o projecto de envelhecimento activo “Clube da Saúde”, promovido pela Unidade de Cuidados na Comunidade de Beja. A iniciativa receberá 10 mil euros e destina-se à população da freguesia de Albernoa e aos alunos da Universidade Sénior de Beja.

CÂMArA De ODeMIrA ApOIABOMBeIrOs DO CONCeLHO A Câmara de Odemira vai atribuir um apoio financeiro extraordinário aos bombeiros voluntá-rios do concelho, no valor global de 60 mil euros, sendo 45 mil para os Bombeiros de Odemira e 15 mil para os Bombeiros de Milfontes. Estes subsí-dios extraordinários surgem a par da atribuição de subsídios anuais no valor de 150 mil euros aos Bombeiros de Odemira e no valor de 60 mil euros aos Bombeiros Voluntários de e Milfontes, confor-me o protocolo aprovado entre o Município.

“com sabor a Entrudo”. A edição deste ano tem como tema a li-

berdade, a propósito dos 40 anos do 25 de Abril. E celebra a liberdade de criação ar-tística, de expressão e de ideias com uma programação diversificada que, ao longo de três dias, proporciona aos visitantes e habitantes locais, actividades variadas como bailes, concertos, oficinas de dança, oficinas de instrumentos, actividades para famílias e crianças, ambiente e animação de rua.

Em Almodôvar e em Cuba, a festa está reservada para a Terça-feira de Carnaval. No caso da vila de Almodôvar, a Câmara Municipal organiza um evento que se as-sume como “o melhor do Baixo Alentejo” e decorre na Praça da República, local onde desemboca um desfile que junta vários fo-liões, individualmente ou em grupo.

No caso de Cuba, o cante alentejano é o tema escolhido para os carros alegóricos que preencherão um corso que vai percor-rer o centro daquela vila. A organização assegura que estarão presentes 30 carros, 60 grupos temáticos e cerca de um milhar de foliões.

Finalmente, Sines também aposta for-te no Carnaval deste ano e, a partir desta sexta-feira, não faltam iniciativas um pou-co por toda a cidade: bailes, corsos e diver-timento são a matriz da festa! Este ano, as figuras principais do Carnaval de Sines são os apresentadores televisivos Merche Ro-mero e José Figueiras, mas nas ruas haverá cerca de mil foliões a desfilar.

to”, revela, não escondendo que este “foi um grande desafio.

“Normalmente o violino é acompanhado por piano ou por orquestra. E quando temos só um instrumento, acaba por ser

mais difícil compor por-que temos de cap-

tar a atenção das pessoas. Às vezes

as pessoas podem perder a atenção na música por ser só um violino. Então é um desafio na medida em

que tenho de compor algo que interesse às pessoas, mesmo sendo

só um violino”, justifica.

“ Pedro Tadeu> “diário de Notícias” 25.02.2014

“As mentes nAquelA sAlA [durAnte o congresso do Psd] estiverAm ocu-PAdAs, no essenciAl, em sAber como se iAm distribuir os lugAres disPo-níveis, desde o modesto Assento no conselho nAcionAl Até à recomPen-sAdorA cAndidAturA Ao PArlAmento euroPeu.”

Carlos Carreiras> “i” 26.02.2014

“PArA A sociedAde PortuguesA, ficou evidente que A governAção do Psd não se conformArá com A tArefA de ArrumAr A cAsA. temos de limPAr todAs As AsneirAs que umA vez mAis herdá-mos. mAs queremos mAis do que isso. [...] é nossA Ambição fAzer com que o Pós-troikA não se trAnsforme no Pré-troikA de umA outrA crise quAlquer.”

HeNrique raPoso> expresso.pt 26.02.20134

“sim, eu sei que Pinto dA costA voltA A ser um esPelho dA PátriA: nós gostAmos mAis de comemorAr As misériAs AlheiAs do que comemorAr os nossos triunfos, gostAmos mAis de esPezinhAr A frAquezA do rivAl do que Polir As medAlhAs do nosso mérito, A gAlinhA dA vizinhA tem de ser Pior do que A nossA.”

> Editorial

Boas notícias do fundo da minaASomincor, sociedade detida pela sueco-canadiana Lundin Mining que

explora as minas de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, fechou o último ano com ganhos operacionais acima dos 115 milhões de euros [ver notícia na página 2 deste jornal]. Apesar da quebra face a 2012, são números que continuam a ser mais que suficientes para fazer com que esta seja a mais importante empresa de todo o Alentejo, exportando quase na totalidade a sua produção.

Mas as contas da Somincor relativamente a 2013 revelam igualmente que a Lundin Mining vai prosseguir este ano o ciclo de investimentos que tem vin-do a realizar, o que assegura a laboração da mina por mais uma década (no mínimo). E apesar desta não ser propriamente uma novidade, continua a ser uma excelente notícia para toda a região do Campo Branco.

Porque numa zona onde a agricultura não pode reconverter-se ao regadio e gran-de parte dos empregos ainda estão ligados aos serviços públicos – cuja tendência é vi-rem a encerrar –, um futuro sem mina seria bem diferente do presente. Para pior!

o cAso dos bombeiros. Nesta edição do “CA” apresentamos uma reportagem com a recém-eleita direcção dos Bombeiros Voluntários de Mértola, que garante que a corporação já ultra-passou grande parte das dificuldades sentidas há poucos anos. Ainda assim o seu passivo ronda alguns milhares de euros, situação a que quase nenhum das restantes associações humanitárias do distrito escapa (se bem que umas mais que outras).

Ora pelo país fora o quadro de constrangimentos sentidos pelos bombei-ros é semelhante, o que coloca a seguinte questão: por que razão os gover-nos (este e os anteriores) não têm criado condições para que, por exemplo, os “soldados da paz” se possam financiar com juros baixos, evitando assim muitas destas crises? É que poderá chegar o dia em que necessitemos de so-corro e o carro dos bombeiros não sai do quartel por não haver dinheiro para o gasóleo ou para uma simples reparação…

um futuro sem mina de Neves-Corvo seria bem diferente do pre-sente. Para pior!

Jornal regional editado no distrito de BejaDirector: Carlos PintoRedacção: Manuela Pina, Marco Monteiro Cândido, Catarina Cardoso da Palma, José Tomé Máximo (foto-grafia). Paginação: Pedro Moreira. Infografia: I+GColaboradores Permanentes: Napoleão Mira e Vítor Besugo. Colunistas: Alberto Matos, Ana Ademar, António Sebastião, Jorge Pulido Valente, José Filipe Murteira, Luís Dargent, Margarida Janeiro, Mário Simões, Miguel Madeira, Paulo Arsénio, Teresa Chaves e Vítor Encarnação.Projecto Gráfico: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: [email protected]ão: Empresa Gráfica Funchalense. Distribuição: Jota CBSISSN 1647-1334

Redacção, administração e publicidadeRua Campo de Ourique, 6-A – 7780-148 Castro VerdeTel. 286 328 417e-mail: [email protected]

Propriedade: JOTA CBS – Comunicação e Imagem LdaNIF 503 039 640Depósito Legal nº 240930/06. Registo ERC: 124.893. Tiragem semanal: 3.500 exemplares

Passos Coelho, primeiro do Governo revolucio-nário da direita portuguesa e chefe do seu par-

tido grande, surpreendeu-nos (?) com mais uma tirada e, sem pestanejar, disse: “Sabemos é que não regressaremos àquilo que eram os níveis de ri-queza ilusória que tivemos antes da crise de 2011”.

Duas conclusões quer o visionário que nós ti-remos: “As riquezas que ganhámos, porque fruto duma ilusão de que fomos coniventes, temos que as pagar ao Estado e à banca que nos salvará, du-rante os anos necessários para saldar, com juros, as indevidas apropriações ou roubos que fizemos a empresários, banca e erário público. Devemos, pois, dolosamente, sermos obedientes e confian-tes nos que nos patrioticamente nos governam, para que, a seu tempo, possamos ambicionar vir a atingir os valores dos passados tempos em que nos iludíamos”.

A continuação do empobrecimento dos que

> opinião

JoSé CarloS alBINoConsultor

Riqueza ilusóRiatrabalham ou trabalharam é inevitável e, por isso, obrigatória missão para quem nos comanda no Governo e na gestão dos capitais, de que depen-demos e precisamos. Aprender a viver com pou-quinho, o nosso contributo para salvar a nação.

Infelizmente não estamos a inventar e, mais grave, as pessoas assustadas e desconfiadas que proliferam no país vão assimilando estas mensa-gens, aceitando que são culpados dos devaneios da democracia, pelo que devem tudo fazer para evitar crises governamentais, que nos afastaria da única via segura.

Perante esta doutrina e propaganda em curso, apenas deixo no ar a pergunta: a alternativa não terá que ser revolucionária?

as pessoas assustadas e descon-fiadas que proliferam no país vão [...] aceitando que são culpados dos devaneios da democracia, pelo que devem tudo fazer para evitar crises governamentais, que nos afastaria da única via segura.

152014.02.28 opinião>palavras

www.correioalentejo.com

sexta. 2014.02.28

ÚLTIMAS

O abastecimento de água à vila de Ou-rique vai ser feito desde a barragem do Monte da Rocha a partir do próximo ano de 2015, cumprindo um “sonho antigo dos ouriquenses”. O contrato de emprei-tada para a construção do abastecimento de água a Ourique, no âmbito da parceria pública-pública entre a autarquia local e as Águas Públicas do Alentejo, é assinado esta sexta-feira, 28 de Fevereiro, e a obra deve avançar durante o mês de Abril.

A empreitada está avaliada em 2,8 mi-

Água da Rocha vaiabastecer Ourique

> InvesTIMenTo de 2,8 MILhões de euros

> ObRa. “Sonho antigo” dos ouriquenses deverá ser realidade em Abril de 2015, fruto de uma parceria entre a autarquia e a Águas Públicas do Alentejo.

A Câmara de Aljustrel e a Esdime, em parceria com a Universidade do Algarve, apresentam esta sexta-feira, 28, o projecto “Vipasca 21 – Pactos Locais para a Coesão Territorial do Concelho de Aljustrel”, numa sessão agendada para as 14h30 no auditório da Biblioteca Municipal. O projecto nasceu no âmbito do Plano de Acção para o Con-celho de Aljustrel – Agenda 21 Local para o Desenvolvimento Sustentável e tem por base a metodologia introduzida numa ini-ciativa na aldeia algarvia de Querença. “Esta abordagem procura criar uma dinâmica de intervenção local, à escala da freguesia, através de equipas de três jovens estagiá-rios/as, instaladas em cinco núcleos de tra-balho: Messejana, Ervidel, Aljustrel, Rio de Moinhos e Montes Velhos”, revela ao “CA” fonte oficial da Câmara de Aljustrel.

Câmara e Esdimelançam projecto “Vipasca 21”

> ALjusTreL

lhões de euros e será adjudicada à em-presa DST – Domingos da Silva Teixeira, SA, devendo estar concluída em Abril de 2015. Esta obra junta-se às empreitadas de requalificação do depósito de Garvão, da construção do depósito de Panóias e da ETA da barragem do Monte da Rocha e da ETAR de Ourique, assim como a adução a Panóias e a Garvão, a partir desta albufeira, todas já em execução.

“Este é mais um passo na reestrutura-ção e modernização do fornecimento de água no concelho de Ourique, estando a autarquia empenhada em melhorar signi-ficativamente as infra-estruturas e equipa-mentos públicos que contribuem no futuro para a melhoria da qualidade de vida de todos os munícipes”, revela ao “CA” o pre-sidente da Câmara de Ourique, o socialista Pedro do Carmo.

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UMA QUEStÃoDE CULtURA

> ConTrAKAPA

Há palavras que pela sua utili-zação repetida e quotidiana perdem o seu real significado e banalizam-se. Transformam-se em meros títulos, noções en-

viesadas, conceitos confusos. A palavra cultura é uma delas. Quando essa falácia acontece, quando a génese da palavra é adulterada, é preciso ir à sua raiz e repor a verdade através de um exercício de lógica. A palavra cultura não pode, sob pena de a nossa identidade ruir, significar um produto moderno, global e descartável. Igual em todo o lado, coisa indistinta e luminosa que mais não faz do que entreter. A palavra cultura, no seu espírito e na sua prática, tem alicerces fortes porque ela está ligada à terra. E aqui, sublinhe-se, reforce-se, não se duvide, terra tem um duplo significado. Por um lado a terra-solo, por outro lado a terra-locali-dade. Ambas útero, ambas princípio das nossas gentes, da sua maneira de ser, de pensar e de criar. E em ambos os casos, na terra-solo ou na terra-localidade, os cultivadores devem lavrar a rotina, preparar a terra, revolver o seu passado, perceber a sua história, conservar as suas tradições e descobrir a matriz da existência comu-nitária. Depois de percebidas as potencialidades da terra em que nascemos há que semear objetivos claros e depois há que fertilizar essa mesma terra diariamente através da acção e do entusiasmo. Os frutos apa-recerão a seu tempo.

Vítor EncarnaçãoEscritor

Água da barragem do Monte da Rocha vai chegar às torneiras de Ou-rique em Abril do próximo ano. Dr

A Câmara de Odemira contesta o novo mapa judiciário e pretende avançar com uma acção popular, no sentido de “salvaguardar” o direito de acesso à justiça no concelho. A posição da autarquia surge depois do executivo ter apro-vado por unanimidade no passado dia 20, em reunião de Câmara, uma moção em que mani-festa ao Governo e outros órgãos de soberania “o descontentamento dos munícipes de Ode-mira relativamente ao agravamento das suas condições de acesso à Justiça e dificuldades de funcionamento”. A autarquia do Litoral Alente-jano reivindica para Odemira um modelo que permita a realização das diligências e dos jul-gamentos na área da família, dos menores, do trabalho e do actual Juízo de Grande Instância Cível no edifício do antigo Tribunal de Odemi-ra, onde está actualmente instalado o Juízo de Odemira da Comarca do Alentejo Litoral.

CM Odemira contesta novo mapa judiciário

> jusTIçA