(des)integração urbana e precariedade no acesso aos ...em 2003, de acordo com carvalho e stephan...

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Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo ISBN - 978-65-86753-02-8 2148 EIXO TEMÁTICO: ( X ) Acessibilidade e Mobilidade Urbana ( ) Bacias Hidrográficas, Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos ( ) Biodiversidade e Unidades de Conservação ( ) Campo, Agronegócio e as Práticas Sustentáveis ( ) Cidade, Arquitetura e Sustentabilidade ( ) Educação Ambiental ( ) Gestão dos Resíduos Sólidos ( ) Gestão e Preservação do Patrimônio Arquitetônico, Cultural e Paisagístico ( ) Novas Tecnologias Sustentáveis ( ) Saúde, Saneamento e Ambiente (Des)integração urbana e precariedade no acesso aos equipamentos comunitários: estudo de caso em conjuntos habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida em Ilhéus, Bahia Urban (dis)integration and precarious access to community facilities: a case study in housing of the Minha Casa, Minha Vida Program in Ilhéus, Bahia (Des) integración urbana y acceso precario a instalaciones comunitarias: un estudio de caso en urbanizaciones de Minha Casa, Programa Minha Vida en Ilhéus, Bahía Danilo Oliveira do Nascimento Mestrando, UESC, Brasil. [email protected] Peolla Paula Stein Professora Mestre, UFSB, Brasil. Doutoranda, UESC, Brasil. [email protected]

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EIXO TEMÁTICO: ( X ) Acessibilidade e Mobilidade Urbana ( ) Bacias Hidrográficas, Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos ( ) Biodiversidade e Unidades de Conservação ( ) Campo, Agronegócio e as Práticas Sustentáveis ( ) Cidade, Arquitetura e Sustentabilidade ( ) Educação Ambiental

( ) Gestão dos Resíduos Sólidos ( ) Gestão e Preservação do Patrimônio Arquitetônico, Cultural e Paisagístico ( ) Novas Tecnologias Sustentáveis ( ) Saúde, Saneamento e Ambiente

(Des)integração urbana e precariedade no acesso aos equipamentos comunitários:

estudo de caso em conjuntos habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida em

Ilhéus, Bahia

Urban (dis)integration and precarious access to community facilities: a case study in housing of the Minha Casa, Minha Vida Program in Ilhéus, Bahia

(Des) integración urbana y acceso precario a instalaciones comunitarias: un estudio de caso en urbanizaciones de Minha Casa, Programa Minha Vida en Ilhéus, Bahía

Danilo Oliveira do Nascimento Mestrando, UESC, Brasil.

[email protected]

Peolla Paula Stein Professora Mestre, UFSB, Brasil.

Doutoranda, UESC, Brasil. [email protected]

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RESUMO:

Em 2009, o Programa Minha Casa Minha Vida trouxe medidas para garantir o acesso à moradia para as famílias com renda de até 10 Sa lários Mínimos, sendo 40% destes com renda de até 3 SM. Todavia, o Programa tornou-se questionável ao fomentar a especulação do mercado imobiliário e produzir condomínios desintegrados com a malha

urbana e com disponibilidade reduzida de equipamentos comunitários dentro e próximos dos conjuntos habitacionais, eNquanto os centros das cidades abrigam terrenos em s i tuação de vacância. Neste contexto, tal rea lidade se reflete aos residentes em condomínios do PMCMV, na cidade de I lhéus-BA, cujo acesso apresenta-se precário aos equipamentos e serviços essenciais (educação, saúde e segurança). Através da pesquisa exploratória, veri ficou-se a (des)integração dos conjuntos habitacionais com a malha urbana e as distâncias dos principais

equipamentos urbanos a estes condomínios. Nesta perspectiva, constatou-se acessibilidade deficitária aos residentes dos conjuntos habitacionais Moradas do Porto e do Sol e Mar. Pa lavras-Chave: Acessibilidade urbana, Segregação urbana, Periferia. ABSTRACT In 2009, the Minha Casa Minha Vida Program brought measures to guarantee access to housing for families with an

income of up to 10 minimum wages, 40% of which with an income of up to 3 minimum wages. However, the Program has become questionable as it promotes a real estate market and produces disintegrated condoms with an urban fabric and with the availability of dangerous equipment within the next housing developments, and in urban centers

sheltered on holiday situations. In this context, the reality is reflected in residents in PMCMV condominiums, in the city of Ilhéus-BA, whose access is poorly presented in the essential equipment and services (education, health and safety). Through exploratory research, there was a (de) integration of housing estates with urban fabric and the distances

from the main urban facilities to these condominiums. In this perspective, there is a lack of accessibility for residents of the Moradas do Porto and Sol e Mar housing estates.

KEYWORDS: Urban accessibility, Urban segregation, Urban periphery.

RESUMEN En 2009, el Programa Minha Casa Minha Vida trajo medidas para garantizar el acceso a la vivienda a las familias con

un ingreso de hasta 10 salarios mínimos, el 40% de los cuales con un ingreso de hasta 3 salarios mínimos. Sin embargo, el Programa se volvió cuestionable ya que fomentó un mercado inmobiliario y produjo condones desintegrados con un tejido urbano y con la disponibilidad de equipos peligrosos dentro de los próximos desarrollos de vivienda, y en

centros urbanos protegidos en situaciones de vacaciones. En este contexto, la realidad se refleja en los residentes de los condominios PMCMV, en la ciudad de Ilhéus-BA, cuyo acceso está mal presentado en los equipos y servicios esenciales (educación, salud y seguridad). A través de la investigación exploratoria, hubo una (des) integración de

urbanizaciones con el tejido urbano y las distancias desde las principales instalaciones urbanas a estos condominios. En esta perspectiva, hay una falta de accesibilidad para los residentes de las urbanizaciones Moradas do Porto y Sol e Mar. PALABRAS-CLAVE: Accesibilidad urbana, segregación urbana, periferia.

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1 INTRODUÇÃO Desde 2009 o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV propõe um pacote de medidas com vistas a reduzir o déficit habitacional no Brasil. O Programa visa atender famílias com até 10 Salários Mínimos (SM), através de financiamentos habitacionais mediante concessão de subsídios. Mas, o programa trouxe consigo algumas incertezas e controvérsias, dentre as quais Müller e Lima (2017) destacam a falta de articulação com a política urbana e com o Plano Nacional de Habitação (PLANHAB). O fato é que este problema é histórico no Brasil ao passo que os interesses e qualidade dos programas de habitação popular tornam-se questionáveis ao definir a localização de muitos conjuntos habitacionais em áreas distantes da malha urbana, com difícil acesso por parte dos residentes aos equipamentos urbanos e serviços públicos. O interesse neste estudo consiste em desvendar a in(compatibilidade) do acesso aos equipamentos comunitários dos residentes de dois conjuntos habitacionais do PMCMV em Ilhéus, BA, e para isso, se faz necessário o levantamento da reflexão-discussão para melhorias do planejamento urbano, maior integração dos conjuntos habitacionais com a malha urbana, bem como ampliar a discussão para a revisão do Plano Diretor do município. Lefebvre (2001) aponta que nas periferias – a urbanização desurbanizada – reúnem condições para que exista uma dominação apurada de pessoas. E os poderes públicos, num país democrático não decretam publicamente a segregação sócio espacial como tal. Mas adotam uma ideologia humanista que se transforma em demagogia e a segregação prevalece nos setores da vida social que os setores públicos regem. Borges (2013) afirma que antes de 1930 não existiam sistemas de financiamentos da casa própria e a maioria da população morava em casa de aluguel. A migração do capital agrário-exportador para o setor industrial em algumas regiões do país e crises da agricultura em outras, o fim da escravidão e a chegada de imigrantes estrangeiros, contribuíram para que um fluxo de migrantes se deslocasse para as cidades. Com isso, a demanda de moradias aumentou e a medida que os serviços de distribuição de água e coleta de esgotos cresciam a um ritmo mais lento do que o necessário. Em meados da década de 90, segundo Carvalho e Stephan (2016) inicia-se um processo de estímulo ao mercado imobiliário para a produção de moradias voltadas para as classes média e sob forte influência das políticas de recorte neoliberal, mediante a aprovação de importantes marcos institucionais e de instrumentos financeiros, capazes de garantir a segurança de investidores no setor habitacional. Por outro lado, de acordo com Brasil (2009) o PLANHAB de 1991 a 2000 houve um esvaziamento de imóveis localizados em centros urbanos dotados de infraestrutura e com acessibilidade por transporte coletivo. O esvaziamento destas áreas é consequência de um conjunto de fatores, que se relacionam com o crescente fenômeno da vacância dos domicílios, que atingiu, em 2000, cerca de 6 milhões de imóveis residenciais em todo país, sendo 75% na zona urbana. Em 2003, de acordo com Carvalho e Stephan (2016) no âmbito da habitação de interesse social, implantaram mudanças no quadro geral – criou-se o Ministério das Cidades, que passou a ser o órgão responsável pela Política de Desenvolvimento Urbano e pela Política de Habitação, ampliando os investimentos nos setores da habitação e adequando os programas existentes às características do déficit habitacional e de infraestrutura urbana. Dentre os programas criados para atender a estas necessidades, surgiu o PMCMV. De acordo com Romagnoli (2012) o Programa mostrou-se, inicialmente, como uma ferramenta do governo frente à crise econômica internacional, destacando-se pela sua proposta social, parte desta destinada à população de baixa renda (historicamente um dos principais gargalos da política habitacional).

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Conforme Borges (2013) o PMCMV foi amplamente implementado a partir de 2010, com meta inicial para construção de 1 milhão de moradias na área urbana, sendo 400 mil destinadas a beneficiários com renda familiar de até 3 SM. A autora ainda afirma que o Programa responde a uma demanda do empresariado da construção civil, desconsiderando o papel que os governos municipais e estaduais podem ter na formulação e implementação de uma política habitacional mais ampla, que inclua produção de novas moradias, estoque de terras, urbanização, regularização fundiária e planejamento urbano. De acordo com Carvalho e Stephan (2016) a política habitacional no Brasil visa consolidar instrumentos financeiros alinhados com os mercados globais, em que os interesses privados operam o sistema. Entretanto, têm fracassado em relação aos resultados sociais. Meireles e Castro (2017) apontam que a dificuldade em garantir inserção urbana aos empreendimentos habitacionais do PMCMV tem promovido segregação socioespacial. E tal modelo, caracterizado pelo espraiamento do ambiente construído, se vincula aos impactos urbanísticos sucedidos na cidade. Moura (2017) enfatiza que o PMCMV tem produzido condomínios habitacionais em locais que possuem pouca ou nenhuma oferta de transporte público, infraestrutura e equipamentos sociais. Meireles e Castro (2017) ainda afirmam que programas de produção habitacional em larga escala, como o PMCMV, desarticulam a cidade dos empreendimentos, geralmente, localizados nas periferias. Os residentes em conjuntos habitacionais populares, como os do Moradas do Porto e Sol e Mar, possuem carência de acesso a comércio, serviços e empregos, aumentando o custo de vida das famílias, que são obrigadas a realizar viagens diárias em busca de serviços e equipamentos públicos. De acordo com Novaes (2016) o PMCMV ignorou parte do PLANHAB e a proposta de política habitacional apresentada pelos movimentos sociais e que foi base de criação da Lei 11.124/05. O pacote de medidas ainda trouxe a herança da ditadura militar no que tange o incentivo à produção de moradias, repetindo erros já conhecidos, como: precariedade habitacional, padronização da moradia de baixa qualidade e o abandono de uma visão democrática e abrangente de desenvolvimento urbano. Neste sentido Pagani, et al. (2015) afirmam que a habitação de interesse social do PMCMV, utiliza-se do capital em nome de atender uma demanda da população que carece de moradia e enfrentar déficit habitacional, mas que na verdade subordina os direitos sociais em detrimento das determinações econômicas. Como exemplo, Borges (2013) cita que no município de Águas Lindas de Goiás (GO) o empreendimento Doce Lar, do PMCMV, “vendeu a imagem” de segurança, infraestrutura, conforto e acesso a todos os serviços. No entanto, após a entrega do condomínio, foi-se constatado residências distantes de serviços básicos, como transporte público, escola, e saúde. Moura (2017) aponta que o município de Parnamirim (RN) recebeu 13 empreendimentos imobiliários do PMCMV, todos situados em locais distantes do centro da cidade e com problemas relacionados à iluminação pública e à mobilidade urbana para os residentes. De acordo com Meireles e Castro (2017) a Prefeitura de São José do Rio Preto (SP) vislumbrou zerar déficit habitacional para população de baixa renda. Ergueram-se três conjuntos habitacionais – Amizade, Lealdade e Solidariedade – que foram entregues entre 2009 a 2012, com 14.056 unidades habitacionais precárias, distantes do perímetro urbano, e os moradores privados de serviços e equipamentos urbanos. De acordo com Lefebvre (2001) as pessoas se deslocam para as periferias distantes, e os escritórios substituem, em grande parte, os apartamentos nos centros urbanos. Nos EUA, diferentemente como costuma-se ocorrer nos centros urbanos no Brasil, em algumas cidades,

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os centros urbanos tornam-se guetos para os desfavorecidos. Mas há também cidades em que o poder econômico, as classes sociais mais abastadas conservam posições no centro da cidade, como no Central Park em New York. Moura (2017) aponta que a maioria das cidades brasileiras apresentam profundas desigualdades de condições de moradia e acesso aos equipamentos e serviços urbanos. A ineficiência ou inexistência de um planejamento urbano se evidencia no processo de crescimento das cidades, desprezando as demandas demográficas e, consequentemente, comprometendo a qualidade de vida no espaço urbano metropolitano. Sabe-se que a vantagem das moradias serem construídas longe do centro é o custo dos terrenos. No entanto, depois é preciso levar hospitais, escolas, avenidas e subsidiar o transporte público. Desta forma, morar longe se torna mais caro ao computar todos os esforços e gastos ao integrar conjuntos habitacionais periféricos com a malha urbana. De acordo com Brasil (2010), historicamente, a habitação popular produzida pelo poder público foi erguida fora dos centros urbanos, geralmente em terrenos desprovidos de infraestrutura e equipamentos públicos com a justificativa de diminuir custos. Conforme Goudard, et al. (2008) no Brasil há situações díspares na utilização de equipamentos urbanos: de um lado hospitais lotados, outros vazios; de um lado escolas públicas com turnos intermediários, demandando o transporte de crianças por não terem escolas próximas de casa e de outro escolas novas vazias por falta de alunos que não têm como se deslocar; praças abandonadas ou superlotadas, bairros sem segurança por falta de equipamento e de pessoal; e inexistência de quadras de esportes e bibliotecas públicas. Silva (2010) afirma que uma cidade mais humana só será possível com um planejamento participativo e o envolvimento de todos em prol da preservação, construção e conservação dos equipamentos de lazer, contribuindo assim para um maior desenvolvimento pessoal de seus usuários. O modelo de produção habitacional pelo poder público com redução dos custos por meio da aquisição de terras longínquas e baratas, de acordo com Brasil (2010) contribuiu para o agravamento do processo de periferização. Este processo tem como resultado imediato a demanda de enormes investimentos não contabilizados inicialmente que potencializa problemas de deslocamentos e de vulnerabilidade social. De acordo com a Caixa Econômica Federal – CEF (2010) no seu Guia de Sustentabilidade aponta que uma comunidade bem servida conta com a provisão de serviços públicos, privados, e comunitários e voluntários, incluindo oportunidades de educação e treinamento, serviços de saúde, equipamentos comunitários e de lazer apropriados às necessidades das pessoas e acessíveis a todos. Os gestores públicos, segundo Goudard, et al. (2008) têm a grande tarefa de refletir e propor melhorias para o desenvolvimento das cidades, baseados em soluções técnicas e com o objetivo da melhor aplicação do erário, de modo a inserir nelas, adequadamente, a implementação e a manutenção das necessidades da população. De acordo com o CEF (2010), um dos critérios de avaliação da qualidade de entorno para habitações mais sustentáveis está relacionado com os acessos aos equipamentos urbanos comunitários, sendo estes: de saúde, educação, segurança e lazer. Faz-se necessária a inserção de empreendimento habitacional com a malha urbana, dotada, dentre outros requisitos, de escola pública de ensino fundamental e posto de saúde, os quais deverão ter acessibilidade por rota de pedestres de no máximo 1,5 km de extensão. Moura (2017) ainda enfatiza que a política habitacional brasileira está condicionada a seguir um padrão em que a construção de um novo território será replicado as mesmas bases de exclusão socioespacial, agora estabelecida em locais mais distantes e instituída pelo próprio Estado. Com a implantação do PMCMV se agravou a segregação junto com o processo de desterritorialização e produção de empreendimentos imobiliários em áreas distantes da malha urbana central, de

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equipamentos comunitários e serviços (públicos e privados) essenciais. Ao tempo que mantêm-se terrenos urbanos vazios, mais próximos de regiões centrais, onde há maior acessibilidade, infraestrutura e serviços públicos. De acordo com a CEF (2010), a Lei nº 6.766/79 considera como comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares. Portanto, no caso de empreendimentos executados para atendimento ao Selo Casa Azul, será exigida a construção, pelo proponente, desses equipamentos, com a devida anuência ou parceria do Poder Público local. Uma das documentações obrigatórias a ser apresentada para se obter aprovação pelo proponente é o Mapa de localização do empreendimento e entorno imediato, com descrição da vizinhança do empreendimento, de modo a caracterizar a integração do empreendimento com a malha urbana, com as distância de até 1 km para transportes, comércio e serviços, 1,5 km para equipamentos comunitários e 2,5 km para equipamentos de lazer. De acordo com Neves (2015) a inserção de equipamentos comunitários no processo do planejamento urbano, com vistas em integrá-los à malha urbana buscando a compatibilização do acesso ao uso na cidade, influencia diretamente para uma melhor qualidade do bem estar social. A oferta destes equipamentos contribuem para a qualidade do espaço, pois tende a proporcionar maior sustentabilidade com a redução de deslocamentos e, consequentemente, redução do tráfego, entre outros. O custo de morar longe dos centros urbanos torna-se oneroso não só para os residentes, mas também para o poder público e toda a sociedade. Apesar de beneficiados com uma moradia, as famílias não têm necessariamente uma melhora em seu bem-estar, dado que vão, muitas vezes, para regiões mais longínquas e com infraestrutura inadequada. Müller e Lima (2017) afirmam que as propostas de integração e acessibilidade sugeridas por especialistas estão longe de ser obedecidas dentro dos critérios de planejamento urbano e a política habitacional do PMCMV. Tem-se produzido moradias em locais afastados da malha urbana que carecem de equipamentos e serviços públicos. Assim, os residentes de conjuntos habitacionais situados em regiões longínquas, padecem em todo o país. E a especulação imobiliária se alimenta com aquisição de terrenos mais baratos, consequentemente, mais distantes da cidade, e erguem empreendimentos habitacionais em regiões sem acesso a infraestrutura e serviços urbanos. 2 OBJETIVOS O objetivo deste estudo consiste em verificar a (in)compatibilidade do acesso aos equipamentos urbanos dos residentes em dois conjuntos habitacionais do PMCMV em Ilhéus, BA, bem como: (i) verificar a (des)integração dos conjuntos habitacionais com a malha urbana do município; (ii) identificar os equipamentos comunitários nos conjuntos habitacionais; e (iii) averiguar o acesso aos equipamentos comunitários dos residentes dos conjuntos habitacionais, tais como: escolas, posto de saúde, hospital e posto policial. 3 METODOLOGIA O trabalho foi desenvolvido através da técnica de revisão bibliográfica e de acordo com Lakatos, Marconi (2002) a pesquisa se caracterizou exploratória, com abordagem predominantemente qualitativa. Além da observação in loco, consulta de livros, dissertações, teses e artigos, a pesquisa se utilizou do aplicativo – Google Maps para averiguar as distâncias entre os

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equipamentos comunitários essenciais e os conjuntos habitacionais – Moradas do Porto e Sol e Mar, assim como mensurar as distâncias entre estes e o centro da cidade. 4 RESULTADOS

Planejamento Urbano e Políticas de Habitação, Ilhéus – BA. Oliveira (2008) afirma que o município de Ilhéus foi terceira cidade brasileira a possuir um Plano Diretor. O seu primeiro Plano Diretor foi realizado em 1933, pelos engenheiros Manoel da Rin e Archimedes de Siqueira Gonçalves. De acordo com Rocha (2008) a cidade de Ilhéus teve seu crescimento demográfico de forma desordenada, e com a crise da lavoura cacaueira, deu-se início ao êxodo rural junto com o agravamento nas questões de emprego, renda e habitação com o surgimento de favelas em áreas públicas e em terrenos desocupados. Ecl odiram bairros como Nossa Senhora da Vitória, Nelson Costa e Teotônio Vilela, com ocupações desordenadas próximas e/ou dentro de manguezais, em Áreas de Preservação Permanente – APPs, tornando-se, atualmente, um grande desafio para o exercício do Plano Diretor Participativo do Município. Ilhéus (2001) considera a imigração como o principal responsável pelo crescimento populacional do município. As populações imigrantes são oriundas da própria região cacaueira, cujos municípios vêm sofrendo diminuição de suas populações pela crise do cacau e pela perspectiva de melhor qualidade de vida em centros maiores vizinhos. Como consequência, ocorre um aumento das habitações em áreas indevidas: loteamentos clandestinos, ocupações em APPs, encostas e morros. A cidade de Ilhéus é historicamente dotada de implantações de Planos Diretores. Contudo, jamais teve uma política ou um programa habitacional que atendesse às camadas sociais mais empobrecidas. As iniciativas são oriundas das instâncias governamentais através de conj untos habitacionais ora voltados para uma determinada categoria profissional, ora voltados para uma faixa de renda não compatível com os mais necessitados. Assim, agrava-se um dos grandes problemas do município - os que não ingressam nos programas de financiamentos, muitos destes, ocupam desordenadamente em áreas impróprias da cidade. De acordo com Ilhéus (2014) o PMCMV se inicia na cidade, com vistas em promover a garantia do direito à moradia digna aos mais empobrecidos e em conter o avanço das ocupações em áreas indevidas. Atendendo prioritariamente famílias com renda de até 3 SM e/ou os que residem em áreas de riscos, inapropriadas ou em unidades habitacionais com características precárias. A gestão pública do município, através do PMCMV no âmbito do Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU) com os recurso do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), entregou em 2012, 1.300 unidades habitacionais no Condomínio Moradas do Porto, no bairro Banco da Vitória, na região Oeste da cidade; e em 2016, 2.120 unidades do Conjunto Habitacional Sol e Mar, no bairro Nossa Senhora da Vitória, na região Sul da cidade. O IBGE (2016) aponta que, em média, no Brasil residem 3 habitantes por moradia. Estima-se assim, 3.900 pessoas que habitam no Moradas do Porto e 6.360 no Sol e Mar, que abrange um total de 10.260 beneficiados residindo nestes condomínios. E de acordo com o IBGE (2019) o Município de Ilhéus possui população estimada em 162.327 mil habitantes. Com isso a população residente nos dois condomínios representam cerca de 6,3% da população total do município.

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Desintegração dos Condomínio do PMCMV com a Malha Urbana Ambos empreendimentos são localizados em espaços longínquos, envoltos de área florestal, em regiões limítrofes do município e distantes do centro da cidade, conforme a Figura 01. Alguns equipamentos urbanos existentes foram implantados pelos próprios moradores, que pela ausência do poder público, se organizam, muitas vezes, na informalidade alocando pequenos comércios, igrejas, entre outros, em locais improvisados, de acordo com a Figura 02. A situação ainda se agrava, ao se constatar que, de acordo com Silva (2010) as condições gerais dos equipamentos urbanos da cidade, muitos deles, se apresentam inapropriados para o uso.

Figura 01 – (A) foto aérea do conjunto habitacional: Moradas do Porto; (B) foto aérea do conjunto habitacional:

Sol e Mar.

Fonte: Autores (2018)

Figura 02 – (A) comércio improvisado no conjunto habitacional Moradas do Porto; (B) comércio improvisado no conjunto habitacional Sol e Mar.

Fonte: Autores (2018)

De acordo com a observação in loco no Condomínio Moradas do Porto e conforme a Figura 03, os acessos se encontram precários, esburacados. A iluminação pública se encontra insuficiente, ocasionando um menor índice de segurança. Já no conjunto habitacional Sol e Mar, também conforme Figua 03, não há iluminação pública na única via de acesso, acarretando, entretanto, diversos riscos aos que transitam nesta via no período noturno. Clark (2002) aponta que para o senso comum da sociedade, a iluminação pública é um instrumento importante como fator de redução de criminalidade. Silva (2006) enfatiza que dois aspectos que envolvem segurança e iluminação pública, devem ser observados: a segurança noturna, no tráfego de veículos e pedestres; e o aspecto associado a um aumento da sensação de segurança por parte dos usuários das vias públicas, em relação à criminalidade. Contudo, as ruas do Condomínio se apresentam inseguras para os transeuntes.

A

B

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Figura 03 – (A) acesso ao condomínio habitacional Moradas do Porto; (B) acesso ao condomínio habitacional Sol e

Mar.

Fonte: Autores (2018)

Expansão Urbana e Acesso à Cidade dos residentes do PMCMV Conforme Ilhéus (2006), Art. n° 88, inciso VIII, há um interesse de ampliação e integração das rodovias BR-415 (Ilhéus/Itabuna) e BR-251 (Ilhéus/Buerarema) - vias onde situam-se, respectivamente os Condomínios Moradas do Porto e Sol e Mar. Freitas, et al. (2017) afirmam quanto à infraestrutura de transporte, os seus impactos mais prováveis sobre os aspectos socioeconômicos de uma região resultam na melhoria das condições de acessibilidade, mobilidade e fomento das atividades econômicas. Contudo, a implantação de um semi -anel rodoviário, integrando as zonas Norte e Sul, de acordo com Ilhéus (2006), além de ampliar o acesso, por consequência, fomentaria empreendimentos públicos e privados, os quais alocam um maior fluxo de pessoas e instalação de equipamentos e serviços públicos - melhorando o acesso à cidade para os residentes da região. Análise do Condomínio Moradas do Porto A região do condomínio Moradas do Porto encontra-se em processo de conurbação no vetor da cidade de Itabuna conforme relatado por Trindade (2011). Neste sentido, observa-se a implantação de equipamentos e serviços que lhes possibilitam polarizar os municípios da região cacaueira. A relação de complementaridade entre Itabuna e Ilhéus foi ampliada com a instalação de equipamentos públicos na BR-415, sendo estes: Universidade Estadual Santa Cruz – UESC, Instituto Federal da Bahia Campus Ilhéus, Supermercados – Atacadão Carrefour e Max Atacadão. E em 2017 foram inaugurados as novas instalações do SESI/SENAI e o Hospital Regional Costa do Cacau. Contudo, houve desdobramentos em melhorias de outros serviços, como o transporte público nesta localização. Neste cenário, evidencia-se melhor integração com a malha urbana do empreendimento imobiliário Moradas do Porto, localizado neste perímetro – dentro do processo de conurbação entre as cidades de Ilhéus e Itabuna. No conjunto habitacional Moradas do Porto alguns Equipamentos Comunitários foram identificados, através da observação in loco, tais como: creche, parque infantil, posto de saúde e quadra de esportes. O conjunto habitacional dista 8 km até o centro da cidade e conforme o Quadro 01, as distâncias entre o condomínio e os equipamentos essenciais se encontram mais consoantes com as determinações da CEF (2010) no seu Guia de Sustentabilidade, quando comparado com o condomínio Sol e Mar, mas mesmo assim, apresentam inconformidades em relação às distâncias de escolas (fundamental I e II) e posto de saúde. E a situação se agrava ao

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constatar a distância entre o condomínio e o centro urbano, já que, de acordo com Silva (2010) o centro da cidade concentra grande parte dos Equipamentos Comunitários existentes em Ilhéus, Ba.

Quadro 01 – Comparativo entre as distâncias dos equipamentos comunitários essenciais e o condomínio habitacional Moradas do Porto e as distâncias recomendadas pela CEF.

Equipamentos comunitários e centro da cidade

Distâncias (em Km) Distâncias (em Km) recomendada pela CEF (2010)

Escola do fundamental I 2 1,5 Escola do fundamental I I 2 1,5

Posto de saúde 2,5 1,5

Hospital 0,6 2,5 Posto policial 0,6 2,5

Fonte: Autores (2019)

Análise do Condomínio Sol e Mar O conjunto habitacional Sol e Mar, entregue em 2016, encontra-se com características semelhantes ao do Moradas do Porto, na época de sua inauguração: região sem perspectivas de integração com a malha urbana; traficantes que ordenam o funcionamento de alguns prédios; presença corriqueira de animais peçonhentos (cobras, aranhas e escorpiões) dentro das unidades habitacionais e/ou em acessos e áreas de convivência; inexistência de creche e posto de saúde dentro do condomínio; e oferta insuficiente de transporte coletivo, ocasionando com bastante frequência a superlotação de ônibus. Identificou-se in loco Equipamentos Comunitários tais como quadras de esportes e salões de festa com funcionamentos improvisados, sendo estes: Centro Especializado de Assistência Social – CREAS, academia de ginástica, igrejas e ensino preparatório para o Enem. O conjunto habitacional dista 8,8 km até o centro da cidade e conforme o Quadro 02, as distâncias entre o condomínio e os equipamentos essenciais – Escolas (Fundamental I e II), Posto de Saúde, Hospital e Posto policial se encontram inconformes, de acordo com as determinações da CEF (2010) no seu Guia de Sustentabilidade.

Quadro 02 – Comparativo entre as distâncias dos equipamentos comunitários essenciais e o condomínio

habitacional Sol e Mar e as distâncias recomendadas pela CEF.

Equipamentos comunitários e centro

da cidade

Distâncias (em Km) Distâncias (em Km) recomendada

pela CEF (2010) Escola do fundamental I 2,1 1,5

Escola do fundamental I I 3,5 1,5

Posto de saúde 2,8 1,5 Hospital 11,9 2,5

Posto policial 3,5 2,5

Fonte: Autores (2019)

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O município de Ilhéus, foi um dos pioneiros na elaboração de Plano Diretor e planejamento urbano, mas se deparou com a implementação desafinada com a sua concepção. Parte deste problema pode ser creditado aos planos de habitação popular desenvolvidos e impulsionados pelos governos federais ao longo do tempo. A exemplo disto cita-se o PMCMV cujo objetivo foi de solucionar o déficit populacional e promover o acesso à moradia para as populações de baixa renda. No entanto, conforme já amplamente debatido na literatura científica específica, o Programa na prática mais atendeu aos interesses de construtoras e da especulação imobiliária. E como consequência, a maioria dos conjuntos habitacionais foram construídos em terrenos afastados dos centros urbanos. Em Ilhéus, entre 2012 e 2016, os empreendimentos imobiliários do PMCMV – Moradas do Porto e Sol e Mar. Ambos alocados em áreas não integradas com a malha urbana. No entanto, no presente momento, o condomínio Moradas do Porto se encontra consideravelmente melhor integrado com a malha urbana do que na época de sua entrega. Isto se deve muito a sua localização – entre os municípios de Ilhéus e Itabuna, os quais se encontram em processo de conurbação, muito embora, a expansão dos territórios ocorra sem planejamento de integração por parte das gestões municipais. Do outro lado da cidade, o condomínio Sol e Mar, que se encontra no perímetro em que liga a cidade ao município de Buerarema, seus residentes padecem pela ausência de perspectiva de expansão urbana, apresentando assim um cenário de desintegração do empreendimento imobiliário com a malha urbana. Em ambos condomínios foram identificados alguns equipamentos urbanos de uso comunitário, como, por exemplo, comércio, igrejas, academias de ginástica, quadras de esportes, porém o que se observa é uma qualidade inapropriada. E a maioria do que funciona se deve muito à mobilização individual ou comunitária dos próprios moradores. Equipamentos Comunitários essenciais se apresentam com distâncias incompatíveis com o necessário acesso dos residentes à estes equipamentos. Ao analisar estes condomínios, levanta-se uma discussão sobre os impactos destes conjuntos habitacionais ao município, os esforços e desafios que a gestão pública enfrentará para bem disponibilizar o acesso aos equipamentos e serviços públicos para os residentes destes, sobretudo, do Sol e Mar, que se encontra numa localização menos favorecida, quanto à expansão e integração urbana. No entanto, se os habitantes, de acordo com Lefebvre (2001) permitirem-se ao se deslocar para aqui ou para ali, sob o pretexto de “mobilidade urbana”, se não agirem através de mediação, a segregação socioespacial continuará com resultados em círculo vicioso ditado pelo poder público e econômico. Diante deste contexto, pode -se sugerir levantamento de outras pesquisas, tais como: mensuração do nível de satisfação por parte dos condôminos quanto ao acesso à cidade dos Conjuntos Habitacionais do PMCMV, em Ilhéus-BA. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Borges, J. M. Pol íticas habitacionais, condições de moradia, identidade e subjetividade no Programa Minha Casa, Minha Vida em Águas. Lindas de Goiás. 2013. Dissertação (Mestrado em Geografia)—Universidade de Brasília, Bras ília, 2013. Bras il (2009). Plano Nacional de Habitação - PLANHAB. Brasília: Ministério das Cidades.

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