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FACULDADE ALIS DE BOM DESPACHO ENGENHARIA CIVIL ILAN GONTIJO FALCÃO RESUMO DE NORMAS TÉCNICAS DE DESENHO NBR – 10068, 8402, 8403, 6492

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FACULDADE ALIS DE BOM DESPACHOENGENHARIA CIVIL

ILAN GONTIJO FALCÃO

RESUMO DE NORMAS TÉCNICAS DE DESENHONBR – 10068, 8402, 8403, 6492

BOM DESPACHO2016

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ILAN GONTIJO FALCÃO

RESUMO DE NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO

NBR – 10068, 8402, 8403, 6492

Trabalho apresentado ao curso de Engenharia Civil, Faculdade Alis de Bom Despacho, para a disciplina Desenho Técnico, Professor Eduardo Hiroshi Takahashi.

BOM DESPACHO2016

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RESUMO DE NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO

A padronização ou normatização do desenho técnico, objetiva uniformizar o desenho por meio de um conjunto de regras ou recomendações que regulamentam a execução e a leitura de um desenho, reduzindo as possibilidades de erro em suas reproduções.

Alguns dos benefícios da normatização:

redução no tempo de projeto, no custo da produção e do produto final;

uniformização da produção;

redução do consumo de materiais e do desperdício;

padronização de equipamentos e componentes;

aumento de produtividade;

melhoria da qualidade;

controle de processos;

Há várias instituições, nacionais e internacionais, que definem e produzem normas sobre diversos assuntos. Como exemplo tem-se a organização européia ISO (International Organization for Standardization), a americana ANSI (American National Standards Institute) e a brasileira ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

A ABNT é responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro e é a representante oficial no Brasil das seguintes entidades internacionais: ISO, IEC (International Eletrotechnical Comission); e das entidades de normalização regional COPANT (Comissão Pan-americana de Normas Técnicas) e a AMN (Associação Mercosul de Normalização).

O conjunto de normas brasileiras que regem o desenho técnico abrange questões referentes a representação de desenho, tais como: formatos de papel, representação de desenho, linhas e suas espessuras, escala, caligrafia técnica, cotas, legendas, dobramento de folhas, dentre outros.

Para cada um destes temas há uma NBR específica que fixa as regras referentes à cada assunto, a seguir em forma de resumo serão apresentadas as NBR’s 10068, 8402, 8403, 6492.

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NBR 10068/1987 - Folha de Desenho, Leiaute e Dimensões

Esta norma padroniza as características dimensionais das folhas em branco e pré- impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos. Além de apresentar o layout da folha do desenho técnico.

O formato básico para desenhos técnicos é o retângulo de área igual a 1 m2 e de lados medindo 841 mm x 1189 mm, isto é, guardando entre si a mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal x/y = 1/21/2. A partir deste formato, denominado A0, derivam-se os demais formatos.

A escolha do formato deve ser feita de forma a não prejudicar a representação (clareza) do desenho, devendo-se escolher formatos menores sempre que possível.

As margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o espaço para o desenho. A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento, por isso tem dimensão maior que as margens restantes.

Tabela 1 – Formatos da série “A”

Tabela 1 – Formatos da série “A”A0 841 x 1189 25 10 1,4 175A1 594 x 841 25 10 1,0 175A2 420 x 594 25 7 0,7 178A3 297 x 420 25 7 0,5 178A4 210 x 297 25 7 0,5 178

A legenda é representada dentro da margem no canto inferior direito da folha. A direção da leitura da legenda deve corresponder à do desenho. A legenda contém informações sobre o desenho (título, escala, unidade dimensional utilizada, data de realização do desenho, número de registro, etc.), nome da empresa proprietária, nome do desenhista ou projetista, número da folha e total de folhas. A legenda deve ter 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, e 175 mm nos formatos A1 e A0.

Nas folhas de formatos de série "A" devem ser executadas quatro marcas de centros. Estas marcas devem ser localizadas no final das duas linhas de simetria (horizontal e vertical) à folha.

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Formatos Dimensões(mm)

Margem (mm) Largura linha do quadro

(mm)

Comprimento da legenda ( m m ) Esquerda Outras

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NBR 8402/1994 - Execução de Caractere para Escrita em Desenho Técnico

Esta norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e documentos semelhantes.

As principais exigências na escrita em desenhos técnicos são:

a) legibilidade;

b) uniformidade;

c) reprodução de desenhos sem perda da qualidade.

As dimensões dos caracteres (largura, espaçamento entre caracteres, linhas e palavras, espessura da linha) são definidas com base na altura da letra maiúscula. A razão entre estas alturas é 21/2, mesma razão usada nos formatos de papel da serie A.

Deve ser aplicada a mesma largura de linha para letras maiúsculas e minúsculas. E os caracteres devem ser escritos de forma que as linhas se cruzem ou se toquem, aproximadamente, em ângulo reto.

A norma NBR 8402 apresenta ainda uma tabela com as proporções e dimensões dos caracteres.

Características da forma de escrita

Tabela 2 – Proporções e dimensões de símbolos gráficosCaracterísticas Relação Dimensões (mm)Altura das LetrasMaiúsculas - h (10/10)h 2,5 3,5 5 7 10 14 20Altura das LetrasMinúsculas - c (7/10)h - 2,5 3,5 5 7 10 14Distância Mínima entreCaracteres - a (2/10)h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4Distância Mínima entreLinhas de Base - b (14/10)h 3,5 5 7 10 14 20 28Distância Mínima entrePalavras - e (6/10)h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12

Largura da Linha – d (1/10)h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2

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NBR 8403/1984 - Aplicação de Linhas em Desenho, Tipos de Linhas e Larguras das linhas

Esta norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes.

As espessuras das linhas correspondem ao mesmo escalonamento (21/2) que osformatos de papel. Desta forma, ao se reduzir ou ampliar um desenho são mantidas as larguras originais das linhas.

As espessuras das linhas devem ser escolhidas, conforme o tipo, dimensão e escala do desenho, de acordo com o seguinte escalonamento: 0,13 - 0,18 - 0,25 - 0,35 - 0,50 - 0,70 - 1,00 - 1,40 e 2,00 mm. As espessuras devem ser mantidas para todos os desenhos na mesma escala.

A NBR 8403 define 10 tipos de linhas e respectivas espessuras que devem ser utilizadas de modo a facilitar a interpretação e compreensão dos desenhos. São elas:

Tabela 3 – Tipos de Linhas em Desenho

(*) se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção.

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NBR 6492/1994 – Representação de projetos de arquitetura

Esta norma fixa as condições exigíveis para a representação de projetos de arquitetura.

Em relação ao TIPO DE PAPEL, a escolha deve ser feita levando em consideração o objetivo, o tipo de projeto e a reprodução de desenho. A norma recomenda utilizar papel transparente, como por exemplo, papel vegetal ou sulfurizê, ou papel opaco, como por exemplo, o papel sulfite.

Em relação ao FORMATO DO PAPEL, deve-se respeitar a NBR 10068/1987 (Tabela1). A área útil de desenho é delimitada por uma margem de 10 mm a partir das bordas inferior, superior e direita do papel e de 25 mm a partir da borda esquerda. Nota-se que para o formato A4 as margens inferior, superior e esquerda deve ser de 7 mm.

No canto inferior esquerdo, junto à margem, deve ser deixada uma área para o carimbo ou legenda, conforme descrito na NBR 10068/1987

As regras de dobramento das cópias de desenho são fixadas pela NBR 13142/1999, sendo que o formato final deve ser o A4, de modo que a legenda fique visível.

As ESCALAS (NBR 8196/1999) utilizadas em desenho de arquitetura geralmente são as escalas de redução (1:X, com X > 1), isto é, o objeto é representado em dimensão menor que a dimensão real. Em algumas situações, como na representação de detalhes, pode-se utilizar a escala real (1:1) ou escala de ampliação (X:1, com X > 1).

A escolha da escala deve ter em vista o tamanho do objeto a ser representado, as dimensões do papel e a clareza do desenho. As escalas mais utilizadas em desenho de arquitetura são: 1:50, 1:75, 1:100, 1:200, 1:250 e 1:500, podendo também ser utilizadas as escalas: 1:5, 1:10, 1:20 e 1:25.

As regras de ESCRITA TÉCNICA são fixadas pela NBR 8402/1994, porém a NBR 6492/1994 apresenta no anexo os tipos de letras e números para o desenho de arquitetura.

A escrita deve ser sempre com letras em caixa alta (maiúsculas) e não inclinadas. Os números também devem ser grafados sem inclinação.

Dimensão entrelinhas não deve ser inferior a 2 mm.

As alturas das letras e números devem ser definidas em função da escala do desenho, sendo adotadas as alturas de;

- 2 mm – régua 80 CL – pena 0,2 mm;

- 2,5 mm – régua 100 CL – pena 0,3 mm;

- 3,5 mm – régua 140 CL- pena 0,4 mm;

- 4,5 mm – régua 175 CL – pena 0,8 mm.

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Em relação aos TIPOS DE LINHAS a norma NBR 8403/1984 dispões sobre a aplicação de linhas, sendo que na NBR 6492/1994 estão apresentados às aplicações e os tipos de linhas mais utilizados em desenho de arquitetura:

As espessuras das linhas variam em função da escala; usualmente adota-se:

LINHAS CONTÍNUAS GROSSAS: 0,6 ou 0,7 mm, linhas de contorno;

LINHAS CONTÍNUAS MÉDIAS: 0,4 ou 0,5 mm, linhas internas, linhas de indicação e chamada;

LINHAS CONTÍNUAS FINAS: 0,2 ou 0,3 mm, linhas internas, linhas de cota, linhas auxiliares;

LINHAS TRACEJADAS: 0,4 ou 0,5 mm, linhas situadas além do plano do desenho;

LINHAS TRAÇO E PONTO: 0,2 ou 0,3 mm, linhas de eixo ou coordenadas.

REPRESENTAÇÃO NORTE

Exemplo de representação do Norte

INDICAÇÃO DOS ACESSOS

Exemplo de indicação dos acessos

INDICAÇÃO SENTIDO ESCADAS E RAMPAS

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Exemplo de indicação de sentido de escadas e rampas

I ND I CAÇÃ O I NCL I NAÇÃ O D E T ELHAD O S E PIS O S

Exemplo de indicação de inclinação de telhados e pisos

C O T A S

- linhas de cota devem estar sempre fora do desenho, salvo em casos

de impossibilidades;

Exemplo de cotagem

- linhas de chamada devem parar 2 mm a 3 mm do ponto dimensionado;

- os números devem ter 3 mm de altura e espaço entre número de linha de

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cota deve ser de no mínimo 1,5 mm;

- quando não for possível escrever o valor da cota dentro das linhas de chamada, coloca-se a cota logo ao lado;

- nos cortes são indicadas somente cotas verticais;

- evitar a duplicação de cotas;

- a indicação dos limites da linha de cota deve ter o mesmo tamanho num mesmo desenho e é feita por meio de pontos ou traços oblíquos desenhados com uma linha curta e inclinados a 45°.

As cotas de nível são sempre em metro, sendo representadas em planta e em corte da seguinte maneira:

Exemplo de cotas de nível em corte e em planta

I ND I CAÇÃ O E M AR C A Ç Ã O D E C O R T E S

A marcação do corte deve ser feita de forma clara e com traçado forte para

evitar dúvidas sobre sua localização. A linha de corte termina com traço do tipo

traço e ponto grosso e com a indicação do corte.

Exemplo de indicação de corteI ND I CAÇÃ O D E FACH A DA S E ELEVAÇ Õ E S

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Exemplo de indicação de elevação

DES IG NAÇÃ O D E P O R T A S E ES Q UADR I A S

Utilizar para portas P01, P02, etc e para janelas J01, J02, etc.

Exemplos de indicação de esquadrias

REPRESEN T AÇÃ O DO S M A T ER I A I S M A I S USAD O S

Representação de concreto em vista e em corte

Representação de mármore/granito em vista e em corte

Representação de madeira em vista e em corte

Representação de aço em corte Representação de isolamento térmico

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10068 Folha de desenho: leiaute e dimensões. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8402 Execução de Caractere para Escrita em Desenho Técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8403 Aplicação de Linhas em Desenho - Tipos de Linhas - Larguras das linhas. Rio de Janeiro: ABNT, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6492 Representação de Projetos de Arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.

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