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REPOSIÇÃO VOLÊMICA HEMOCOMPONENTES Clélia Sales Camila Santos Juliana Cassia Trabalho apresentado à disciplina De Farmacologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

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REPOSIÇÃO VOLÊMICAHEMOCOMPONENTES

Clélia SalesCamila SantosJuliana Cassia

Trabalho apresentado à disciplinaDe Farmacologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

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Sumário

1.Introdução

2.Indicações

3.Contraindicações

4.Cuidados na administração

5.Reações transfusionais

6.Conduta diagnóstica

7.Cuidados de enfermagem

8.Conclusão

9. Referências bibliográficas

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1.INTRODUÇÃO

Os hemocomponentes e hemoderivados se originam da doação de sangue por um doador. Os produtos gerados um a um nos serviços de hemoterapia, a partir do sangue total, por meio de processos físicos (centrifugação, congelamento) são denominados hemocomponentes.

Existem duas formas para obtenção dos hemocomponentes, mas a mais comum é a coleta do sangue total. A outra forma, mais específica e de maior complexidade, é a coleta por meio de aférese, que consiste na retirada de sangue do doador, seguida da separação de seus componentes por um equipamento próprio, retenção da porção do sangue que se deseja retirar na máquina e devolução dos outros componentes ao doador.

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2.INDICAÇÕES Plasma O plasma fresco congelado consiste na porção acelular do sangue e apresenta três funções básicas: mediar a coagulação e a fibrinólise, manter efeito oncótico e propriedades antissépticas.

Suas principais indicações são: deficiência múltipla de fatores de coagulação, deficiência de um único fator de coagulação, sangramento severo causado por uso de anticoagulantes orais ou necessidade urgente de reversão da anticoagulação, profilaxia de sangramento causado por deficiência de fator de coagulação.

Fonte: Ministério da Saúde, 2010.

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2.INDICAÇÕES Concentrado de plaquetas O concentrado de plaquetas consiste de uma suspensão de plaquetas em plasma, preparada mediante dupla centrifugação de uma unidade de sangue total, sendo importante que este componente não seja colhido em tempo maior que 15 minutos.

As indicações de transfusão de concentrado de plaquetas estão associadas: à plaquetopenias desencadeadas por falência medular, reposição em plaquetopenias por destruição periférica ou alterações congênitas de função plaquetária.

Fonte: Ministério da Saúde, 2010.

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2.INDICAÇÕES Concentrado de hemácias O concentrado de hemácias é obtido por meio da centrifugação de uma bolsa de sangue total e da remoção da maior concentração do plasma. Seu principal objetivo é restabelecer a capacidade de transporte de oxigênio e a massa eritrocitária, ou seja, seu uso está relacionado com o comprometimento da oferta de oxigênio aos tecidos, causado pelo baixo nível de hemoglobina.

Fonte: Ministério da Saúde, 2010.

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3.CONTRAINDICAÇÕES

Plasma Sangramento sem coagulopatia; Quadro de septicemias; Queimaduras extensas; Tratamento de desnutrição; Acelerar processos de cicatrização; Manutenção da pressão oncótica do plasma; Recomposição de sangue total Imunodeficiências; Hipovolemias agudas; Expansor volêmico.

Fonte: HSL,2010

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3.CONTRAINDICAÇÕES

Concentrado de plaquetas Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT); Trombocitopenia induzida por heparina (HIT); Púrpura Trombocitopênica Imune: em sangramentos com risco de morte,

associados a terapêutica imunossupressora.

Fonte: HSL,2010

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3.CONTRAINDICAÇÕES Concentrado de hemácias Promover aumento da sensação de bem-estar; Promover aceleração no processo de cicatrização de feridas; Expansão do volume vascular, quando a capacidade de transporte de oxigênio

estiver adequada; Incompatibilidade ABO e RhD.

Fonte: Ministério da Saúde, 2010.

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4.CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO

Plasma PFC deve ser completamente descongelado em banho-maria a 37°C ou em

equipamentos apropriados para este fim;

Deve ser infundido preferencialmente em acesso venoso periférico exclusivo, utilizando equipos que contenham filtros de 170 – 200 μm;

A punção venosa pode ser feita com “scalps” ou cateter de pequeno calibre;

O tempo de infusão deve ser de 30 a 60 minutos, não devendo permanecer a temperatura ambiente por mais de 2 horas;

Deve ser examinada bolsas com sinais de vazamento quando submetidas à pressão e alterações de cor não podem ser utilizadas para transfusão;

O tempo máximo de infusão deve ser de 1 hora. Fonte: Ministério da Saúde, 2010

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4.CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO Concentrado de plaquetas O tempo de infusão da dose de CP deve ser de aproximadamente 30 minutos (min) em

pacientes adultos ou pediátricos;

A avaliação da resposta terapêutica a transfusão de CPs deve ser feita através de nova contagem das plaquetas 1 hora (h) após a transfusão;

Temperatura de armazenamento 22 ± 2°C, sob agitação constante;

A dose preconizada é de 1 unidade de CP para cada 7 a 10kg de peso do paciente, porém pode-se considerar também a contagem de plaquetas desejada dependendo da presença ou ausência de sangramento.

Fonte: Hemocentro UNICAMP,2008

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4.CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO Concentrado de hemácias Infundir em acesso venoso periférico exclusivo, utilizando “scapls” ou cateteres de

calibre superior a 19 e 20;

O tempo de infusão deve ser de 90 a 120 minutos (min), não devendo permanecer a temperatura ambiente por mais de 6 horas, o tempo de infusão não deve ser superior a 4 horas;

Em situações especiais como em portadores de sobrecarga volêmica ou doença cardíaca grave com ICC, o tempo de infusão pode ser mais longo, porém respeitando o limite máximo de 4 horas;

O CH deve ser armazenado a temperaturas constantes de +2 a +6º C, em câmaras de conservação específicas para esta finalidade;

Fonte: Hemocentro UNICAMP,2008

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5.REAÇÕES TRANSFUSIONAIS Os efeitos adversos das transfusões de sangue e hemoderivados são inevitáveis, porém os

benefícios deste procedimento devem superar os riscos. Os sinais e sintomas mais freqüentes são:

Mal-estar Tremores Calafrios Febre Taquicardia Cianose Palidez cutânea Vômitos Etc.

Lembramos ainda que estes sinais e sintomas são inespecíficos, isto é, para uma definição específica da reação transfusional (RT) é necessário a investigação laboratorial e o seguimento clínico do paciente.

Fonte: Hemocentro UNICAMP,2008

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6.CONDUTA DIAGNÓSTICA Esta conduta tem por objetivo identificar a causa da reação transfusional, bem como

detectar as possíveis repercussões clínicas no paciente e a futura conduta transfusional. Conduta padrão frente a sinais ou sintomas de RT:

Suspender a infusão de sangue ou hemocomponentes; Manter acesso venoso com solução isosmolar; Examinar todas as etiquetas, rótulos e registros, conferir a identificação do paciente; Hidratar o paciente (SF 0,9%) e controlar os dados vitais periodicamente; Comunicar ao laboratório de imunohematologia; Colher exames laboratoriais conforme avaliação inicial; Registrar no prontuário do paciente a reação transfusional e sua evolução;

Exames complementares podem ser necessários para melhor caracterização da RT ou seguimento do paciente como: avaliação de função renal ou metabólica, gasometria arterial, coagulograma, pesquisa de hemoglobinúria, etc.

Fonte: Hemocentro UNICAMP,2008

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7.CUIDADOS DE ENFERMAGEM Os principais cuidados de enfermagem incluem: verificar se o paciente assinou um

termo de consentimento autorizando o procedimento, conferir qual o hemocomponente solicitado, examinar o sangue quanto à presença de bolhas, coloração diferente ou turvação,identificar o paciente, pedindo-lhe que diga seu próprio nome e comparar com a da etiqueta, monitorar sinais vitais etc.

Fonte: Silvia et al,2010

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8.CONCLUSÃO

A hemoterapia hoje se constitui em uma das alternativas terapêuticas mais efetivas no tratamento de determinadas patologias e na reposição de hemocomponentes e hemoderivados essenciais à manutenção da vida.

A Enfermagem tem papel preponderante no processo de trabalho exigido pela hemoterapia, porquanto, necessita manter-se atualizada quanto aos procedimentos visando à qualificação da assistência.

A administração de sangue e de hemocomponentes demanda conhecimento das técnicas de aplicação, riscos e capacidade de intervir de forma efetiva nas complicações.

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9.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Brasil Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada.

Guia para o uso de hemocomponentes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília. [on line] Brasília [DF]; 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_uso_hemocomponentes.pdf (17 nov 2016);

Hemocentro UNICAMP. Manual de orientações em Hemoterapia. Hemocentro UNICAMP – Campinas. [on line] Campinas [SP]. Disponível em: http://www.hemocentro.unicamp.br/dbarquivos/manual_de_orientacoes_em_hemoterapia.pdf (17 nov 2016);

Silva LAA, Somavilla MB. Conhecimentos da equipe de enfermagem sobre Terapia Transfusional. Revista Cogitare Enfermagem. [periódico on line]. 2010; [citado em 17 nov 2016]; 15 (2): 327-33. Disponível em: http://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/17871/11661.

Comitê Transfusional Multidisciplinar Hospital Sírio Libanês. Guia de condutas Hemoterápicas. Hospital Sírio Libanês. [on line] São Paulo [SP], 2010. Disponível em: https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/Documents/guia-conduta.pdf (17 nov 2016).